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1 PREPARATÓRIO SES/MG EDITAL SES/MG GESTÃO PÚBLICA Instrumentos de planejamento de médio/longo prazos no Estado de Minas Gerais: Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI 2011/2030) e Plano Plurianual de Ação Governamental - (PPAG 2012/2015). Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. Gestão financeira e ciclo orçamentário. Lei de Responsabilidade Fiscal: princípios, objetivos, efeitos no planejamento e no processo orçamentário. Lei de Acesso à Informação: Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Decreto 45.969, de 24 de maio de 2012 – Minas Gerais. Administração Pública: princípios, competências, servidores públicos, administração direta e indireta. Órgãos colegiados. Novas tendências da gestão pública: governança, democratização e participação.

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EDITAL SES/MG

GESTÃO PÚBLICA Instrumentos de planejamento de médio/longo prazos no Estado de Minas Gerais: Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI 2011/2030) e Plano Plurianual de Ação Governamental - (PPAG 2012/2015). Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. Gestão financeira e ciclo orçamentário.

Lei de Responsabilidade Fiscal: princípios, objetivos, efeitos no planejamento e no processo orçamentário.

Lei de Acesso à Informação: Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. Decreto 45.969, de 24 de maio de 2012 – Minas Gerais.

Administração Pública: princípios, competências, servidores públicos, administração direta e indireta. Órgãos colegiados. Novas tendências da gestão pública: governança, democratização e participação.

Instrumentos gerenciais contemporâneos: avaliação de desempenho, gestão orientada para resultados, flexibilidade organizacional, trabalho em equipe, cultura da responsabilidade e mecanismos de rede informacional.

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O CONCURSO

Cargos: Técnico e Especialista em Gestão da Saúde.

Organizadora: FUNCAB – Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt.

Data: 07/12/2014 – Manhã (04 horas duração).

Prova: 60 questões objetivas de múltipla escolha.

Eliminação: zero em qualquer prova e menos de 50% no bloco de provas de conhecimentos gerais e/ou específicos.

14 Questões de Português12 Questões de Gestão Pública14 Questões de Políticas Públicas de Saúde06 Noções de Direito14 Conhecimentos Específicos

Total: 60 questões

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FINANÇAS PÚBLICAS

PLANEJAMENTO

O planejamento é uma atividade que vem se sofisticando de forma proporcional à complexidade das organizações e das demandas da sociedade, que exigem, cada vez mais, maior qualidade, diversidade e disponibilidade de bens e serviços

públicos e privados.

De forma geral, o planejamento pode ser entendido como o conjunto de ações desenvolvidas de forma sistemática e

continuada para alcançar determinados objetivos.

O planejamento possui três níveis de abrangência, definidos com base no período de tempo considerado:

Estratégico, Tático e Operacional.

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FINANÇAS PÚBLICAS

ESTRATÉGICO - planejamento de longo prazo em que são analisadas as grandes tendências, a missão, as diretrizes e os

macro-objetivos para um horizonte de 10 anos ou mais;

TÁTICO - planejamento de médio prazo em que são verificadas as tendências secundárias, os objetivos e políticas das unidades

administrativas e as ações corretivas para um horizonte de tempo superior a 01 ano e inferior a dez anos;

OPERACIONAL - planejamento de curto prazo, em que são definidas as ações (metas) a serem implementadas e que culminarão com a execução dos objetivos, normalmente

utilizado para um horizonte temporal de até 01 ano.

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FINANÇAS PÚBLICAS

Na administração pública não há previsão constitucional quanto à necessidade de um plano estratégico para a União, para os

Estados-membros, para o Distrito Federal e para os Municípios com menos de 20 mil habitantes.

Os Municípios com mais de 20 mil habitantes devem cumprir a exigência constitucional (Arts. 30, 182 e 183) e da Lei Federal

10.257 de 2001, conhecida como Estatuto das Cidades (Art. 41), quanto à elaboração do Plano Diretor.

Trata-se de um instrumento, em nível estratégico, da política de desenvolvimento e sua principal finalidade é orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços

urbano e rural, e na oferta dos serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população.

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FINANÇAS PÚBLICAS

Em relação aos planejamentos tático e operacional, a Constituição Federal de 1988, em seu Art. 165, teve a preocupação clara de institucionalizar seus processos, determinando que leis de iniciativa exclusiva do Poder

Executivo devem estabelecer o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais:

Plano Plurianual - PPA - cumpre a função de ser o plano de médio prazo que transforma os objetivos do Governo e da

sociedade em programas e ações para um horizonte de tempo de quatro anos.

DICA: O PPA também é lembrado como DOM – pois estabelece Diretrizes, Objetivos e Metas.

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FINANÇAS PÚBLICAS

Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO tem a função de informar, anualmente, as prioridades e metas da administração, funcionando como elo entre os planos de médio prazo (PPA) e

o orçamento anual da administração pública (LOA); e

Lei Orçamentária Anual - LOA tem a função de quantificar e alocar recursos necessários para que as ações priorizadas

pela LDO possam ser executadas da melhor maneira possível, é o orçamento propriamente dito, onde se faz a previsão de todas

as receitas e a fixação das despesas.

LOA = OGU = OGE

OGU – Orçamento Geral da União.OGE – Orçamento Geral do Estado.

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FINANÇAS PÚBLICAS

Em síntese: o PPA planeja o que deve ser feito, a LDO prioriza o que pode ser feito e a LOA materializa

o que vai ser feito.

A LDO deve ser compatível com o PPA e a LOA não pode divergir do PPA e da LDO.

Assim, o PPA, a LDO e a LOA constituem o ciclo orçamentário dos entes públicos.

No caso de Minas Gerais o ciclo orçamentário é composto por quatro leis, PMDI, PPAG, LDO e LOA.

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ORÇAMENTO PÚBLICO

O Estado desempenha muitas funções que não podem ser atribuídas ao mercado e para isso precisa de dinheiro.

O Estado arrecada e gasta dinheiro, buscando o controle dessas ações com o objetivo do equilíbrio.

Assim, o Governo realiza quatro atividades ligadas à aprovação dos gastos e à movimentação do dinheiro para executar suas

funções definidas constitucionalmente, necessitando:

1)Planejar e gerenciar o uso do dinheiro – orçamento público;2)Arrecadar dinheiro – receita pública;3)Tomar dinheiro emprestado – crédito público(endividamento)4)Despender dinheiro – despesa pública.

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ORÇAMENTO PÚBLICO

DEFINIÇÃO

É um documento do Poder Executivo, aprovado pelo Poder Legislativo,que faz uma previsão (estimativa) das receitas e

uma fixação das despesas (gastos) que serão realizados, para poder controlar as finanças públicas e executar as ações

governamentais, ensejando o objetivo estatal do bem comum.

No modelo brasileiro, compreende a elaboração e execução de três leis – PPA, LDO E LOA.

Essas receitas estimadas e as despesas fixadas são para o período de um ano para todos os órgãos do Governo,

discriminando o programa de trabalho autorizado a ser realizado, elaborado segundo os princípios orçamentários.

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ORÇAMENTO PÚBLICO

DEFINIÇÃO

Do ponto de vista político, corresponde a um contrato sobre as ações a serem implementadas pelo Poder Público, que precisa de

aprovação popular por meio do Poder Legislativo.

O orçamento não é dinheiro e não gera dinheiro. Ele serve para planejar e autorizar o uso do dinheiro.

Somente na fase de execução do orçamento, haverá o envio do dinheiro propriamente dito.

Portanto, em finanças públicas é preciso distinguir esse dois aspectos: o orçamentário (sem dinheiro) e o financeiro (com

dinheiro).

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ORÇAMENTO PÚBLICO

Com o orçamento aprovado existem créditos ou dotações orçamentárias que poderão virar despesas. Sendo o crédito

orçamentário o limite superior (máximo) da despesa mas não o limite inferior (mínimo).

O povo (dono do dinheiro) é representado pelo Poder Legislativo na aprovação da forma como o dinheiro será gasto. Deve haver transparência no que o Governo está realizando, o que pode ser

obtido por meio das prestações de contas e de cobrança por parte da sociedade.

ACCOUNTABILITY - consiste na obrigação de prestar contas, de agir com transparência e com lisura no trato com dinheiro

público.Orçamento participativo deveria ser incorporado à elaboração e

avaliação dos orçamentos.

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ORÇAMENTO PÚBLICO - APROVAÇÃO

Como o orçamento público, passa por votação no Poder Legislativo, ele recebe status de lei. Tem, portanto, força e forma

de lei, mas se olharmos bem, não se parece com outras leis.

As leis, normalmente, trazem normas gerais e abstratas, pois não tratam de um caso específico, o orçamento trata de gastos

específicos, como a construção de uma estrada.

As leis são impessoais, o orçamento é direcionador de despesas para determinados órgãos, ou seja, diz para onde vai o recurso

para a compra de um determinado bem, se parecendo mais com um ato administrativo (Ação da Administração) que uma lei.

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ORÇAMENTO PÚBLICO

CARACTERÍSTICAS

1) Orçamento é lei formal: tem forma de lei, pois passa por um processo legislativo específico. É também chamado de lei de meios, uma vez que é por meio do orçamento

que permite que os programas e ações aconteçam;

2) Orçamento público é ato na matéria: trata de matéria própria de um ato administrativo. Diz-se que é ato-condição, pois a regra

é que todo gasto precisa constar no orçamento antes de ser executado.

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ORÇAMENTO PÚBLICO - CARACTERÍSTICAS

O orçamento é uma lei, com as seguintes características:

Temporária: possui vigência (duração) limitada. As demais leis, em regra, são elaboradas para durar indefinidamente;

Especial: o processo legislativo do orçamento é diferente das demais leis. Além disso, seu conteúdo o diferencia das demais por apresentar características de ato administrativo;

Lei ordinária: o orçamento é aprovado por maioria simples;

Autorizativa: é uma lei que autoriza o gasto, mas não obriga que ele seja efetuado.

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ORÇAMENTO PÚBLICO - ELABORAÇÃO

Quanto a forma de elaboração do orçamento ele pode ter três tipos: Legislativo, Executivo e Misto.

O tipo adotado depende do regime político vigente e da forma de Governo adotada. O Brasil ao longo de suas sete

constituições federais já vivenciou todas as formas de elaboração.

Atualmente, o Brasil adota a forma de elaboração mista, que é utilizado em países cujas funções legislativas são exercidas

pelo Congresso ou Parlamento, sendo sancionado pelo Chefe do Poder Executivo.

No sistema misto, a elaboração e execução é competência do Poder Executivo, cabendo ao Legislativo a aprovação e

controle. Foi adotado nas Constituições de 1934, 1946, 1967 e 1988.

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ORÇAMENTO PÚBLICO SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO DE 1988

A Constituição Federal de 1988 permitiu ao Poder Legislativo participar de forma mais intensa do planejamento e orçamento das despesas públicas no Brasil: de forma indireta, a partir da avaliação e discussão das propostas apresentadas pelo Poder

Executivo; e de forma direta, por meio de Emendas Parlamentares ao Orçamento.

A Constituição de 1988 estabeleceu um Sistema Orçamentário, formado pela edição de um Plano Plurianual - PPA , Diretrizes

Orçamentárias - LDO e Orçamento Anual – LOA, atos interligados e formadores de uma única peça orçamental

com o objetivo de criar um processo de planejamento orçamentário de longo, médio e curto prazos.

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PAPEL DE CADA PODER

• Executivo: Elaboração, Execução e Controle Interno (auxiliado pela CGU).

• Legislativo: Apreciação, Aprovação e Controle Externo (com auxílio do TCU).

• Judiciário: Julgamento de irregularidades aferidas no controle.

• Ministério Público: Quando acionado, realiza investigação e abre processo para incriminar os responsáveis por irregularidades.

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ESFERAS DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO

O governo federal, com aprovação do Congresso Nacional que define nas leis orçamentárias , as prioridades e as metas a serem atingidas em um ano. Mas nem tudo é decidido por essa esfera de poder. As ações dos governos estaduais e municipais devem

ser registradas nas suas respectivas leis orçamentárias.

Há um conceito que resume o que acontece nos orçamentos do Brasil: paralelismo. Trocando em miúdos, isso quer dizer que o que acontece no governo federal, ocorre também nos estados emunicípios. Há um PPA,uma LDO e uma LOA para o País, os

estados e os municípios.

O Congresso Nacional, as Assembléias Legislativas e as Câmaras Municipais analisam e votam essas propostas que são

na verdade projetos de leis.

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PLANO PLURIANUAL – PPA

O Plano Plurianual – PPA é o instrumento legal de planejamento de maior alcance temporal e da mais alta hierarquia no sistema de planejamento da União, dos Estados-membros, do Distrito

Federal e dos Municípios com menos de 20 mil habitantes. Todos os demais planos e programas devem subordinar-se

às orientações e aos indicadores nele estabelecido.

OBS: Nos Municípios com mais de 20 mil habitantes, apesar da existência do Plano Plurianual, o documento de mais alta hierarquia no sistema de planejamento é o Plano Diretor.

Quando o Presidente da República inicia seu mandato ele tem um ano para elaborar e aprovar no Congresso o seu Plano

Plurianual, representando o plano de médio prazo do Governo.

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PLANO PLURIANUAL - PPA - ELABORAÇÃO

Na esfera Federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) através da Secretaria de Planejamento e

Investimento Estratégico e Secretaria de Orçamento Federal (SPI/SOF) coordena a elaboração do Plano Plurianual.

Inicialmente são definidas as bases estratégicas do PPA e as disponibilidades de recursos orçamentários para o quadriênio.

É necessário a definição de tetos orçamentários para os diversos ministérios, a partir desses limites os ministérios apresentam suas propostas à SOF/MPOG, que as consolida em um projeto de Lei

e envia ao Presidente da República, a quem cabe remeter o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional.

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PLANO PLURIANUAL - PPA - ELABORAÇÃO

Há uma intensa negociação no âmbito do Poder Executivo entre os ministérios setoriais, que desejam expandir suas dotações

orçamentárias para ampliar os programas existentes e implantar novos programas, e a SOF/MPOG, cujo objetivo é limitar os gastos públicos às receitas disponíveis, em consonância

com a meta fiscal.

Assim, são analisadas a consistência e a viabilidade física e financeira dos programas elaborados pelos órgãos setoriais (Ministérios), ou seja, pelos órgãos e unidades orçamentárias.

Uma vez consolidado o PPA, o Ministério do Planejamento elabora um projeto de lei, levando em conta as sugestões

oferecidas por outros ministérios.

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PLANO PLURIANUAL - PPA - ELABORAÇÃO

O projeto de lei é então encaminhado pelo Presidente da República à apreciação e votação na Comissão Mista de

Planos, Orçamento Público e Fiscalização do Congresso Nacional. Por fim, após aprovação pelo Congresso, o projeto

retorna ao Presidente da República para sanção.

Nos Estados, Municípios e DF a elaboração do PPA segue o disposto na constituição estadual ou em lei orgânica que, a

princípio, não se distancia do previsto para a esfera Federal.

A formulação do PPA compreende as seguintes etapas: análise da situação econômica e social, definição da orientação estratégica do Chefe do Executivo, definição de macro-

objetivos (diretrizes), previsão dos recursos orçamentários, definição dos programas e ações.

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PPA - CONCEITO

O PPA tem a função de definir as diretrizes, os objetivos e as metas (DOM) que orientarão a aplicação dos recursos públicos e, excepcionalmente, dos recursos privados, quando decorrentes de

parcerias, para os próximos quatro anos.

OBSERVAÇÃO: o PPA ultrapassa o mandato do presidente que o sancionou, permanecendo vigente até o primeiro ano do

mandato seguinte.

Por ser estabelecido no primeiro ano de Governo, há um “descasamento” de um ano entre a vigência do PPA e o tempo do

mandato do presidente, buscando o benefício de uma maior continuidade nos trabalhos do Governo.

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PPA - CONCEITO

Mas qual é a diferença entre diretrizes, objetivos e metas?

Diretrizes: orientações gerais ou princípios que nortearão a captação de recursos e o gasto público para alcançar os objetivos (ex: combater a pobreza e promover a cidadania);

Objetivos: discriminação dos resultados que se quer alcançar com as ações do governo (ex: aumentar a educação, combater o analfabetismo, diminuir a fome);

Metas: quantificação dos objetivos (ex: alfabetizar 20.000 pessoas, investir R$ 100 milhões em escolas, acabar com a fomede 10.000 famílias).

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A CONSTITUIÇÃO E O PPA

Veja como a Constituição Federal trata o PPA:

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.

§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. (...)

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A CONSTITUIÇÃO E O PPA

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.(...)

Art. 167. São vedados:I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

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A CONSTITUIÇÃO E O PPA

Repare que a Constituição aponta três leis cujas iniciativas são competência exclusiva do Poder Executivo (presidente,

governador e prefeito).

O PPA é a base, é o planejamento do Governo. Os demais documentos, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual

devem se adequar às diretrizes do Plano Plurianual.

É importante ressaltar que o PPA traz ações de forma regionalizada. Sendo assim, o PPA da União tem como um de seus objetivos a redução das desigualdades regionais em nosso

País, e o PPA do Estado deve procurar diminuir as desigualdades econômicas e sociais entre suas regiões.

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A CONSTITUIÇÃO E O PPA

O PPA trata especialmente de despesas de capital, ou seja, investimentos, que é a utilização do dinheiro para construir ou

modificar algo. As despesas correntes, ao contrário das despesas de capital, servem para a manutenção do

funcionamento da máquina estatal, tais gastos não proporcionam nada novo, só mantêm em funcionamento o que já existe.

Entretanto, o PPA prevê despesas correntes, pois quando há uma despesa de capital, como a construção de um hospital, haverá em decorrência de sua criação, gastos com despesas correntes. § 1º

do Artigo 165 da Constituição Federal de 1988.

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PLANO PLURIANUAL – PPA

Como o PPA é o plano de médio prazo do Governo, obras que ultrapassem um exercício financeiro devem ser incluídas nele. Se

essa inclusão não for realizada, o chefe do Poder Executivo incorre em crime de responsabilidade.

Cuidado: Uma vez elaborado o PPA, o Governo já pode começar a elaborar o orçamento público? Errado! Há um documento

intermediário que precisa ser preparado antes: a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO

A LDO surgiu na Constituição Federal de 1988, que deu ênfase à função do planejamento no processo orçamentário do País.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.(...)§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO

A Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, elaborada para o período de um ano, corresponde ao plano operacional de curto

prazo e tem a finalidade de orientar a construção dos orçamentos anuais para adequá-los às diretrizes, objetivos e

metas da administração pública, estabelecidos no PPA.

A LDO estabelece, dentre os programas incluídos no PPA, quais terão prioridade na programação e execução do orçamento

subsequente e deve estar acompanhada dos anexos de metas fiscais e de riscos fiscais.

Portanto, o papel da LDO é destacar do Plano Plurianual as prioridades para o próximo exercício e, por isso, ela constitui o

instrumento de planejamento de curto prazo do Governo.

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LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - LDO

A principal função da LDO é orientar a elaboração do orçamento público (LOA), devendo, portanto, estar pronta e

aprovada antes de a LOA começar a ser elaborada e, por isso, os prazos da LDO antecedem os da LOA.

Deve ser elaborada e enviada ao Legislativo pelos respectivos governos executivos de cada esfera governamental, conforme determinar a Constituição Federal, Estadual ou a Lei orgânica.

Estabelecendo para o período de 1 ano, as metas e prioridades da Administração Pública, as orientações para elaboração da

lei orçamentária anual, as alterações na legislação tributária, a concessão de vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, a admissão de pessoal e a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA

A LOA é na prática o orçamento público . Trata-se de lei, que deve ser elaborada e enviada pelos respectivos governos

executivos de cada esfera governamental ao Poder Legislativo para sua aprovação. É a terceira lei orçamentária e deve

subordinar-se às outras duas, ao PPA e a LDO.

A Lei Orçamentária Anual transforma em números as diretrizes e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias –

LDO, viabilizando a concretização do Plano Plurianual – PPA. O orçamento público não é impositivo, apenas autoriza os gastos.

Assim, apesar da obrigatoriedade de contemplar todas as despesas, estas podem ou não ser realizadas pelo Poder

Executivo.

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ELABORAÇÃO DA LOA - PROPOSTA

A LOA, também conhecida como orçamento público anual, compreende as etapas de: elaboração, estudo e aprovação,

execução, e controle (avaliação/acompanhamento).

Elaboração – nesta etapa são calculados os recursos humanos, materiais e financeiros necessários à concretização dos objetivos

fixados na LDO, em consonância com o PPA.É feita estimativa da receita, compatibilização com os programas,

metas e custos.

Estudo, votação e aprovação – sob coordenação do Poder Legislativo são realizadas audiências públicas para a definição

das prioridades. Nessa etapa, é estimulada a participação popular.

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ELABORAÇÃO DA LOA - PROPOSTA

A atuação parlamentar ocorre, fundamentalmente, por um remanejamento ou cancelamento de dotações orçamentárias

de uma para outra programação, e as emendas legislativas ao orçamento estão sujeitas a restrições de diversas ordens.

Constitucionalmente, a aprovação de modificações ao Projeto de Lei Orçamentária Anual deve seguir as seguintes regras

fundamentais:

não pode haver aumento na despesa total do orçamento, a menos que sejam identificados erros ou omissões nas receitas, devidamente comprovados;

é obrigatória a compatibilidade da emenda apresentada com o PPA e a LDO;

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ELABORAÇÃO DA LOA - PROPOSTA

é obrigatória a indicação dos recursos a serem cancelados de outra programação, já que, habitualmente, as emendas provocam a inserção ou o aumento de uma dotação;

não podem ser objeto de cancelamento as despesas com pessoal, benefícios previdenciários, transferências constitucionais, juros e amortização de dívida.

Execução – nesta etapa, cumprem-se as orientações definidas e busca-se alcançar a racionalidade na solução de problemas não previstos, decorrentes de mudanças nas condições vigentes à

época de sua elaboração, buscando-se manter o equilíbrio entre a receita e a despesa (LRF).

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ELABORAÇÃO DA LOA - PROPOSTA

Controle e avaliação – esta etapa é simultânea à execução e refere-se à verificação quanto:

- aos critérios, trabalhos e cumprimento dos objetivos fixados no orçamento e às modificações ocorridas durante a execução;- à eficiência das ações empregadas; e- ao grau de racionalidade na utilização dos recursos.

O controle e avaliação é interno e externo.

- Controle interno: Efetuado por todos os poderes com apoio da Controladoria Geral da União (CGU) ou do Estado (CGE);

- Controle Externo: Efetuado pelo Poder Legislativo com apoio do Tribunal de Contas da União (TCU) ou do Estado (TCE).

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LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL - LOA

Acima temos uma representação simbólica de um orçamento com a coluna da esquerda contendo a previsão da receitas que o

Governo irá arrecadar no próximo ano e a da direita sendo uma relação das despesas autorizadas para o próximo ano (as

despesas são fixadas, pois além de ser possível estabelecê-las com antecedência, não deve ser possível incluir novos gastos no orçamento, salvo em situações especiais ou extraordinárias.

A

LOA ANO 20XXRECEITAS DESPESAS

RECEITAS CORRENTES..........................XXXRECEITAS DE CAPITAL...........................XXXCRÉDITO PÚBLICO(dinheiro tomado emprestado)............XXX

DESPESAS CORRENTES(salários, conta de luz, etc)....................YYYDESPESAS DE CAPITAL(nova ponte, nova estrada)...................YYY

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LOA

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LOA

Podemos perceber que a LOA é dividida em três partes, ou três suborçamentos: orçamento fiscal, orçamento da seguridade social e orçamento de investimento das empresas estatais.

Entretanto, ela consiste em um só orçamento (orçamento uno).

Assim, isto não significa a existência de um único documento, mas a integração entre os diversos orçamentos, respeitando o

princípio da unidade.

Nas provas normalmente usa-se o termo orçamento também para os suborçamentos.

OBS: A LOA inclui as receitas e as despesas, tanto correntes como de capital.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LOA

1) Orçamento Fiscal: é o suborçamento mais importante e engloba quase todos os órgãos e despesas. Este suborçamento

deve ser elaborado de forma a reduzir as desigualdades sociais e econômicas entre as regiões, favorecendo as mais pobres.

Envolve gastos de toda a Administração Direta (órgãos dos três Poderes e Ministério Público) e de entidades da Administração Indireta (autarquias, fundações públicas, e empresas estatais

dependentes que são mantidas com recursos públicos).

As empresas estatais independentes (empresas públicas e sociedades de economia mista que não recebem recursos

públicos, por se manterem com recursos próprios) não constam no orçamento fiscal.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LOA

2) Orçamento de investimento: este suborçamento abrange os casos em que o Governo injeta recursos em empresas estatais,onde ele detenha a maioria do capital social com direito a voto, como forma de investimento, e não com o objetivo de mantê-las. Uma das maneiras de o Governo investir em sociedades de economia mista, por exemplo, é comprando mais de suas ações.

No orçamento de investimento poderão constar tanto empresas estatais dependentes como independentes.

No entanto, as empresas estatais independentes jamais constarão no orçamento fiscal, pois elas se mantêm com

recursos próprios e não necessitam de recursos públicos para esse fim.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LOA

O orçamento de investimento, como o próprio nome indica, não engloba as despesas de custeio.

A exigência desse orçamento foi uma inovação da Constituição Federal de 1988, proporcionando maior transparência e facilidade para a sociedade controlar o desempenho das empresas estatais.

Por outro lado, também aumentou a dificuldade para a transferência de recursos públicos para suprir eventual

ineficiência operacional dessas empresas.

Os suborçamentos de investimento e fiscal devem ser usados para reduzir desigualdades regionais econômicas e sociais,

por determinação constitucional.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL E LOA

3) Orçamento da seguridade social: este é um suborçamento que compreende um grande volume de recursos e abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta e

indireta, bem como fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público. A seguridade social envolve saúde, assistência social e previdência (SAP). Essa parte do orçamento sofreu e ainda sofre grandes déficits anuais.

Sua separação dos demais orçamentos surgiu com a Constituição de 1988 e tem por objetivo garantir que os recursos da

seguridade não sejam desviados para outros fins e, também aumentar a transparência na gestão desses recursos.

OBS: Diferente dos outros suborçamentos o da seguridade social não precisa procurar reduzir desigualdades regionais.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

Vimos que a LOA é uma lei que autoriza o Governo a gastar para realizar seus programas de trabalho. Ela precisa ser aprovada

antes do exercício, e não pode haver despesas que não estejam nelas contempladas, de acordo com o princípio da universalidade.

Mas e se o orçamento de uma obra houver sido calculado com um erro de previsão na LOA, como no caso de uma ponte que irá requerer recursos adicionais de 10% para ser concluída? E se a

LOA não contemplar determinada despesa importante? A construção da ponte do nosso exemplo só faz sentido se a

estrada que passa por ela for recuperada.

E se o Poder Executivo se esqueceu de inserir a despesa referente a essa recuperação na LOA?

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CRÉDITOS ADICIONAIS

E se acontecer alguma catástrofe? Algo imprevisto, como enchentes ou secas, fenômenos comuns em alguns estados do

Brasil? Por isso, a LOA como qualquer planejamento, não pode ser rígida e imutável. É preciso haver certa maleabilidade, para que se possa corrigir os erros e adequar as ações conforme

o plano vai sendo executado.

A LOA deve ser, portanto, um documento dinâmico.

A regra é que, ao corrigir ou adequar o planejamento, ocorram novos gastos, ou seja, surja a necessidade de mais créditos

orçamentários. Esses créditos novos são os chamados créditos adicionais. Existem três tipos de créditos adicionais.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

1) Créditos Suplementares: ocorrem quando a estimativa inicial do gasto não corresponde à real necessidade de recursos.

A despesa está fixada na LOA , mas o crédito orçamentário não é suficiente para concluir o objeto. É o caso da ponte, que está

prevista na LOA, mas necessitará de recursos a mais na ordem de 10% para ser executada. O crédito suplementar de 10%, no nosso exemplo, serve para complementar um gasto

já previsto. Ele pode ser autorizado em uma nova lei, que precisa ser

aprovada pelo Legislativo, ou já vir aprovado na própria LOA. Este último caso, como já vimos, é uma das exceções

ao princípio da exclusividade, pois uma autorização para aumentar gastos não é nem previsão de receita e nem fixação

de despesas, é apenas uma autorização.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

2) Créditos especiais: ocorrem quando há um erro de planejamento, quando quem elabora a LOA se esquece de

incluir determinada despesa.

É o caso da manutenção da estrada citada anteriormente. Repare que essa é uma despesa que não havia sido prevista e,

portanto, deve passar pelo crivo do Poder Legislativo e ser incluída na LOA como crédito especial.

Portanto, quando é requerido somente um aumento em uma despesa já prevista (crédito suplementar), o Legislativo pode

autorizá-lo previamente na própria LOA. Essa autorização prévia não pode ocorrer para o caso de

uma despesa nova; será necessária uma nova votação pelo Legislativo para sua aprovação.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

3) Créditos extraordinários: são créditos utilizados para permitir a cobertura de despesas urgentes e imprevistas, em casos

de guerra, comoção ou calamidade pública.Não representam um erro na estimativa inicial de gasto (crédito

suplementar), nem erro de planejamento (crédito especial). Não há um erro, mas sim a ocorrência de um fato novo que

requer que o Governo execute algumas despesas, geralmente urgentes e bastante necessárias.

Há duas características dos créditos extraordinários que o diferenciam dos demais processos orçamentários:

a) Os créditos extraordinários dispensam a autorização legislativa prévia;

b) Os créditos extraordinários não precisam demonstrar origem dos recursos.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

PRINCIPAIS DIFERENÇAS

1 – Os créditos suplementares e especiais requerem autorização legislativa para que possam ser utilizados.

No caso dos créditos suplementares, essa autorização pode estar contida na LOA ou em uma lei específica para esse fim, caso a LOA já tenha sido aprovada. É importante que essa lei

seja específica, que trate somente desses novos créditos, para evitar que sejam aprovadas matérias maliciosamente

“escondidas” em um projeto de crédito suplementar.No caso dos créditos especiais, a única forma de aprovação é

por meio de lei específica.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

Após a aprovação legislativa, específica ou na própria LOA, dependendo do caráter dos créditos adicionais, o Poder

Executivo insere esses novos créditos no orçamento corrente por meio de um decreto.

No caso dos créditos suplementares, seu valor é acrescido ao valor da LOA original, e no caso dos créditos especiais, é criada uma nova dotação, que discrimina o novo gasto.

Os créditos extraordinários em decorrência da maior urgência, a autorização legislativa é dispensada. A União e alguns estados abrem esses créditos por meio de Medida Provisória. Nos municípios e nos estados em que não há a

previsão de MP em suas constituições, essa abertura ocorre por meio de decreto do Executivo.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

2 – A outra grande diferença é que, para os créditos extraordinários, em decorrência de sua urgência e

importância, não é necessário justificar a origem do recursos.

Já os créditos especiais e suplementares, para que sejam abertos, é necessário demonstrar qual a origem dos recursos utilizados. Essa demonstração é fundamental para preservar o equilíbrio orçamentário ou, pelo menos, para não aumentar o

desequilíbrio.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

Portanto, para solicitar o crédito adicional é necessário a existência de recursos necessários à cobertura do valor

proposto, oriundos de:

superávit primário apurado em balanço patrimonial do exercício

anterior; excesso de arrecadação; anulação de dotação ou de crédito adicional; operações de crédito autorizadas.

OBS: Os créditos adicionais vigerão no exercício financeiro em que foram abertos (até 31/12), salvo expressa

disposição legal em contrário quanto aos especiais e extraordinários.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

Os créditos especiais e extraordinários, autorizados nos últimos quatro meses do exercício poderão ser reabertos no

exercício seguinte no limite dos seus saldos. É o que se chama de reabertura ou prorrogação do crédito

orçamentário.

É importante frisar que essa reabertura não é automática, mas requer um decreto e só é válido para os créditos

extraordinários e especiais que tenham tido a autorização promulgada nos últimos quatro meses do ano.

Esse mecanismo existe pois os créditos especiais e extraordinários são usados em despesas novas, não prevista na LOA, sendo que muitas vezes precisam ter continuidade

no período seguinte.

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CRÉDITOS ADICIONAIS

Portanto, a reabertura de créditos especiais e extraordinários é uma exceção ao princípio da anualidade, pois nesse caso podemos ter uma única despesa configurada em duas LOAs, em dois exercícios financeiros distintos (créditos com vigência

plurianual).

OBS: O crédito suplementar é improrrogável.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

Seção II

Dos Orçamentos

Art. 153 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:I – o plano plurianual de ação governamental - PPAG;II – as diretrizes orçamentárias - LDO;III – o orçamento anual - LOA.

Art. 154 – A lei que instituir o plano plurianual de ação governamental (PPAG) estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas a programas de duração continuada.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

Dos Orçamentos

Parágrafo único – O plano plurianual e os programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado (PMDI) e submetidos à apreciação da Assembléia Legislativa.

Art. 155 – A Lei de Diretrizes Orçamentárias, compatível com o plano plurianual, compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública Estadual, incluirá as despesas correntes e de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

§ 1° – O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, de iniciativa do Governador do Estado, resultará das propostas parciais de cada Poder, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública, compatibilizadas em regime de colaboração.

§ 2° – Para proceder à compatibilização prevista no parágrafo anterior e à efetiva verificação dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias, será constituída comissão permanente, composta de seis membros, indicados:I – um, pela Mesa da Assembléia; II – um, pelo Governador do Estado; III – um, pelo Presidente do Tribunal de Justiça; IV – um, pelo Procurador-Geral de Justiça; V – um, pelo Presidente do Tribunal de Contas;VI – um, pelo Defensor Público-Geral do Estado.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

§ 3º – A comissão a que se refere o parágrafo anterior, com amplo acesso a todos os documentos pertinentes à sua função, emitirá laudo conclusivo sobre a capacidade real do Estado de arcar com os custos das propostas parciais e indicará, se for o caso, os ajustes necessários ao equilíbrio da despesa com a receita.

§ 4º – A lei definirá os critérios e a competência desta comissão, que acompanhará e avaliará as receitas do Estado, para o fim de se estabelecer a justa remuneração do servidor.

§ 5º – A Lei de Diretrizes Orçamentárias fixará percentual não inferior a um por cento da receita orçamentária corrente ordinária do Estado, destinado ao atendimento das propostas priorizadas nas audiências públicas regionais, a ser incluído na Lei Orçamentária Anual e executado, com o respectivo pagamento, até o final do exercício financeiro correspondente, sob pena de responsabilidade.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

Art. 156 – As propostas orçamentárias dos Poderes Legislativo e Judiciário serão elaboradas, respectivamente, pela Assembléia Legislativa e pelo Tribunal de Justiça, observados os limites estipulados conjuntamente e incluídos na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Art. 157 – A lei orçamentária anual compreenderá:I – o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta;II – o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

Art. 157 – A lei orçamentária anual compreenderá:I – o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta;II – o orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

§ 1º – Integrará a lei orçamentária demonstrativo específico com detalhamento das ações governamentais, em nível mínimo, de:I – objetivos e metas especificados em subprojetos e subatividades;II – fontes de recursos;III – natureza da despesa;IV – órgão ou entidade responsável pela realização da despesa;V – órgão ou entidade beneficiários;

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

VI – identificação dos investimentos, por região do Estado;VII – identificação, de forma regionalizada, dos efeitos, sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.§ 2º – O orçamento, compatibilizado com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado, terá, entre suas funções, a de reduzir desigualdades entre as regiões do Estado, segundo critério populacional.§ 3º – A lei orçamentária anual não conterá disposição estranha à previsão da receita e à fixação da despesa, ressalvadas a autorização para a abertura de crédito suplementar e a contratação de operação de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.§ 4º – O Estado publicará, até o dia trinta do mês subseqüente ao da competência, balancetes mensais de sua execução orçamentária e financeira.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

§ 5º – Para subsidiar a elaboração do Plano Mineiro Desenvolvimento Integrado, do plano plurianual de ação governamental e da proposta orçamentária anual, a Assembléia Legislativa sistematizará e priorizará, em audiência pública regional, realizada a cada dois anos, as propostas resultantes de audiências públicas municipais realizadas pelos poderes públicos locais, nos termos de regulamentação.s mensais de sua execução orçamentária e financeira.

§ 6º – O Tribunal de Contas, órgão auxiliar do Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo, com a finalidade de prestarem informações e colherem subsídios para as ações pertinentes a seu âmbito de competência, participarão da audiência pública regional a que se refere o § 5º.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

Art. 158 – A lei orçamentária assegurará investimentos prioritários em programas de educação, saúde, habitação, saneamento básico, proteção ao meio ambiente, fomento ao ensino, à pesquisa científica e tecnológica, ao esporte e à cultura e ao atendimento das propostas priorizadas nas audiências públicas regionais.

§ 1º – Os recursos para os programas de saúde não serão inferiores aos destinados aos investimentos em transporte e sistema viário.

§ 2º – Tomando-se como referência as respectivas dotações orçamentárias, o percentual executado e pago das despesas com publicidade não será superior, em cada trimestre, ao percentual executado e pago das despesas decorrentes das propostas priorizadas nas audiências públicas regionais, ressalvados os casos de despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de calamidade pública.

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Art. 159 – Cabe à lei complementar:

I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual;II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, e condições para a instituição e funcionamento de fundo.

Art. 160 – Os projetos de lei relativos a plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e a crédito adicional serão apreciados pela Assembléia Legislativa, observado o seguinte:I – caberá à Comissão Permanente de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa:

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

Art. 159 – Cabe à lei complementar:I – caberá à Comissão Permanente de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembléia Legislativa:a) examinar e emitir parecer sobre os projetos de que trata este artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Governador do Estado;b) examinar e emitir parecer sobre os planos e programas estaduais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição, e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentários, sem prejuízo da atuação das demais comissões da Assembléia Legislativa;II – as emendas serão apresentadas na Comissão indicada no inciso I, a qual sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário da Assembléia Legislativa;III – as emendas ao projeto da lei do orçamento anual ou a projeto que a modifique somente podem ser aprovadas caso:

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a) sejam compatíveis com o plano plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;b) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:1) dotação para pessoal e seus encargos;2) serviço da dívida;3) transferência tributária constitucional para Município; ouc) sejam relacionadas:1) com a correção de erro ou omissão; ou2) com as disposições do projeto de lei.

§ 1º – O Governador do Estado poderá enviar mensagem à Assembléia Legislativa, para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada, na Comissão a que se refere o inciso I, a votação da parte cuja alteração for proposta.

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§ 2º – Os projetos de lei do plano plurianual das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Governador do Estado à Assembléia Legislativa, nos termos da lei complementar a que se refere o art. 159.

§ 3º – Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

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Art. 161 – São vedados:

I – o início de programa ou projeto não incluídos na Lei Orçamentária anual;II – a realização de despesa ou assunção de obrigação direta que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;III – a realização de operação de crédito que exceda o montante das despesas de capital, ressalvada a autorizada mediante crédito suplementar ou especial com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo, pela maioria de seus membros;IV – a vinculação de receita de imposto a órgão, fundo ou despesas, ressalvadas:a)a repartição da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 149;b) a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como determinado pelo art. 201;

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

c) a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, prevista no art. 157, § 3º;d) a destinação de recursos para o amparo e fomento à pesquisa, prevista no art. 212;e) a prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta;f) a destinação de recursos para a Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG – e para a Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES -, prevista no art. 199.g) a realização de atividades da administração tributária;

V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa;VII – a concessão ou utilização de crédito ilimitado;VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos previstos no art. 158, para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresa, fundação pública ou fundo;IX – a instituição de fundo de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa;X – o lançamento de títulos da dívida pública estadual e a realização de operação de crédito interna e externa, sem prévia autorização da Assembléia Legislativa;XI – a aplicação de disponibilidade de caixa do Estado em títulos, valores mobiliários e outros ativos de empresa privada;

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

XII – o aporte de recursos pelo Estado, por suas autarquias e fundações, por empresas públicas e sociedades de economia mista, a entidade de previdência complementar privada, salvo na qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal poderá exceder a do segurado;

XIII – a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelo Estado e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo e inativo e com pensionistas dos Municípios.

§ 1º – Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá, sob pena de crime de responsabilidade, ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que a autorize.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

§ 2º – Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que tenham sido autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º – A abertura de crédito extraordinário somente será admitida, ouvido o Conselho de Governo e ad referendum da Assembléia Legislativa, por resolução, para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de calamidade pública.

§ 4º – É permitida a vinculação dos recursos de que trata o art. 149 para os efeitos previstos no inciso IV, alínea e, deste artigo.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

Art. 162 – Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, aí compreendidos os créditos suplementares e especiais destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues em duodécimos, até o dia vinte de cada mês.

§ 1º – O repasse financeiro dos recursos a que se refere este artigo será feito mediante crédito automático em conta própria de cada órgão mencionado no caput deste artigo pela instituição financeira centralizadora da receita do Estado.

§ 2º – É vedada a retenção ou restrição ao repasse ou emprego dos recursos atribuídos aos órgãos mencionados no caput deste artigo, sob pena de crime de responsabilidade.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

Art. 163 – Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judicial, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.

§ 1° – É obrigatória, no orçamento das entidades de direito público, a inclusão da verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1° de julho, fazendo- se o pagamento, em valores atualizados monetariamente, até o final do exercício seguinte.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

§ 2° – As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar o sequestro da quantia respectiva, a requerimento do credor, exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito.

§ 3° – O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

§ 4° – Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos.

§ 5° – O disposto no “caput” deste artigo, relativamente à expedição de precatórios, não se aplica ao pagamento de obrigações definidas em lei como de pequeno valor, devidas pelas Fazendas Públicas estadual ou municipal em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

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ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DE MG

§ 6° – O Estado e os Municípios poderão fixar, por leis próprias, valores distintos para os débitos das entidades de direito público a serem considerados de pequeno valor para fins do disposto no § 5°, segundo a capacidade econômica de cada entidade, valores esses que não poderão ser inferiores ao do maior benefício pago pelo regime geral de previdência social.

§ 7° – É proibida a expedição de precatório complementar ou suplementar de valor pago, bem como o fracionamento, a repartição ou a quebra do valor da execução, vedado o pagamento em parte na forma estabelecida no § 5° deste artigo e em parte mediante expedição de precatório.

Art. 164 – Os projetos de lei de que trata esta seção serão apreciados, na forma do Regimento, por comissão permanente da Assembléia Legislativa, com a competência indicada no inciso I do art. 160.

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PREPARATÓRIO SES/MG

PPA , LDO E LOA

PRAZOS

PPAG – Até três meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro (30/09) e devolvido para sanção do

Governador até o encerramento da sessão legislativa (20/12).

Portanto, o PPAG deve ser enviado a Assembléia Legislativa até o dia 30/09 do primeiro ano de mandato do Governador, que

vigorará de seu segundo ano de mandato até o fim do primeiro ano de mandato do próximo Governador. A finalidade

dessa vigência é a tentativa de assegurar continuidade administrativa entre uma gestão e outra.

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PPA , LDO E LOA

PRAZOS

LDO – Até 7,5 meses antes do encerramento do exercício financeiro (15/05) e devolvida para sanção do Governador até

o encerramento do primeiro período da sessão legislativa (18/07).

Portanto, o projeto da LDO é encaminhado a assembléia legislativa até 15/05 de cada ano. Para se ter uma idéia de sua

importância o recesso parlamentar do meio do ano está condicionado a sua aprovação.

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PREPARATÓRIO SES/MG

PPA , LDO E LOA

PRAZOS

LOA – Até três meses antes do encerramento do exercício financeiro (30/09) e devolvido para sanção do Governador até

o encerramento da sessão legislativa (20/12).

Portanto, o projeto de LOA é enviado até o dia 30/09 de cada ano,acompanhado de mensagem em que se analisam a

macroeconomia e a situação fiscal do estado.

Esse projeto de Lei engloba o orçamento fiscal e o orçamento de investimento das empresas estatais.

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PREPARATÓRIO SES/MG

PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

1) Princípio da unidade: O orçamento deve ser único para cada esfera de Governo. Um para a União, um para cada Estado, e

um para cada município. O orçamento deve ser usado para autorizar e controlar os gastos. Se houvesse mais de um orçamento, isso iria atrapalhar o controle e/ou dificultar o acompanhamento dos gastos. Art. 2°, Lei n° 4.320/64

No Brasil o orçamento é dividido em três suborçamentos, ou seja, três diferentes áreas. Apesar disso continua sendo um só.

Suborçamento fiscal; Suborçamento da seguridade social; Suborçamento de investimento das empresas estatais.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

2) Princípio da universalidade (totalidade): O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas referentes aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades

da administração direta e indireta.

Dessa forma, não deve haver receita que não esteja prevista e não pode haver despesa que não esteja autorizada pelo

orçamento, para que o Executivo não gaste sem prévia autorização do Legislativo.

Este princípio e o anterior, facilita o controle e o análise das despesas pelo orçamento e ajuda a analisar o equilíbrio entre despesa e receita. Se houvesse despesa fora do orçamento,

essa análise seria bem mais difícil.Fundamento legal: Art. 2º, 3º e 4º da Lei 4.320/64 e Art. 165 § 5º

da Constituição Federal.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

3) Princípio do orçamento bruto (valor total): Os valores que constam no orçamento sempre devem vir em sua totalidade, sem deduções. Isso também serve para facilitar o controle

parlamentar, afinal se houvesse alguma dedução, ela poderia mascarar o orçamento e dificultar a fiscalização.

Art. 6º Lei 4.320/64.

Cuidado: Perceba a diferença entre este princípio e o anterior. Quando falamos que todas as despesas devem estar no

orçamento, estamos nos referindo ao princípio da universalidade e quando falamos que o orçamento deve

trazer o valor total de cada despesa, sem descontos nem deduções, referimo-nos ao princípio do orçamento bruto.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

4) Princípio da anualidade (periodicidade): O orçamento, como qualquer planejamento, deve ser elaborado para um

período determinado de tempo (exercício financeiro). O ideal é que esse período seja de uma ano, podendo este coincidir ou não com o ano civil. No Brasil, o exercício financeiro coincidirá

com o Ano Civil (art. 34, Lei n° 4.320/64).

O orçamento e os créditos orçamentários tem vigência limitada a um exercício financeiro.

A não coincidência do exercício financeiro com o ano civil não implica em violação o princípio da anualidade.

Existem Estados em que o orçamento tem vigência iniciando-se em 01.Ago.X1 e terminando em 31.07.X2, sem que se

possa falar em violação ao princípio da anualidade.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

5) Princípio da discriminação ou especialização: O orçamento deve ser detalhado para que se possa identificar claramente a origem dos recursos e sua aplicação. Assim,

ficam vedadas dotações globais, gerais, que atribuam, por exemplo, um valor para um pacote de despesas.

Portanto, elas devem ser autorizadas pelo Legislativo não em bloco, mas em detalhe, de tal forma que se possa saber,

pormenorizadamente, a origem dos recursos e sua aplicação.

Art. 5°, Lei n° 4.320/64: Vedação às dotações globais destinadas a atender indiferentemente as despesas de pessoal, materiais

e serviços de terceiros, etc.

As entidades públicas podem realizar detalhamentos ainda maiores que os da Lei.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

6) Princípio da exclusividade: O orçamento deverá tratar somente de matéria financeira, não devendo portanto trazer

dispositivos que não sejam relacionados à estimativa de receita e fixação de despesas.

Art. 165, § 8°, CF/88 e art. 7°, da Lei n° 4.320/64. Regra: Matérias exclusivas da LOA: Fixação da Despesa +

Previsão da Receita.

Exceções:a) autorização para a abertura de créditos suplementares;b) autorização para a realização de operações de crédito,

ainda que por antecipação de receita orçamentária.

No Brasil, durante a Primeira República, a lei orçamentária incluía muitas matérias estranhas ao tema, chamadas “caudas

orçamentárias”, dificultando sua tramitação no Congresso.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

7) Princípio do equilíbrio: Este princípio sugere que deve haver equilíbrio das finanças públicas, ou seja, deve-se gastar

somente o que se arrecada (a despesa deve ser igual a receita). Receita Prevista = Despesa Fixada.

Caso contrário, em um orçamento desequilibrado, é preciso que o Governo contraia mais dívida. A Lei de Responsabilidade

Fiscal, que trataremos posteriormente, traz alguns limites para o gasto dos entes e, também, para seu endividamento.

Embora este seja um princípio importante, ele é sugerido na legislação, não havendo, portanto, obrigatoriedade para

que haja equilíbrio.

Contabilmente ele está sempre equilibrado (crédito público).

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Art. 167, III, CF/88 (REGRA DE OURO): Veda a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas

de capital.

Exceção: operações de crédito autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados

pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

Finalidade: Evitar que as operações de crédito (receitas de capital) sejam usadas para financiar despesas correntes (custeio, despesas com manutenção das atividades, etc.).

Receitas Correntes + Receitas de Capital = Despesas Correntes + Despesas de Capital.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

8) Princípio da legalidade: Pelo princípio da legalidade, a Administração Pública só pode fazer o que a lei determina.

É o princípio da legalidade positiva, pois trata do que se “pode” fazer, conforme artigo 37 da Constituição Federal. O orçamento é uma peça autorizativa, que autoriza a

Administração a gastar. Precisa, portanto, ter forma de lei para que tenha valor, assim, as leis são encaminhadas pelo

Executivo para discussão e aprovação no Poder Legislativo.

9) Princípio da precedência: o orçamento deve estar pronto antes do início do período a que se refere. Essa é uma

característica dos orçamentos e do planejamento; eles precisam ser instrumentos que antecedem a ação.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

10) Princípio da programação: Como os recursos são escassos, o Governo não pode fazer tudo o que deseja, devendo optar

pelas ações mais necessárias. Isso é planejamento.

O orçamento deve expressar as realizações e objetivos da forma programada. O princípio da programação coloca o orçamento

como peça de planejamento e gerência, e não somente como controle parlamentar.

11) Princípio da clareza: Segundo esse princípio, o orçamento deve ser de fácil compreensão para aqueles que desejam

analisá-lo. Ao cumprir múltiplas funções – algumas não técnicas – deve ser apresentado em linguagem clara e

compreensível a todas aquelas pessoas que, por força de ofício ou por interesse, precisam manipulá-lo.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

12) Princípio da não-vinculação da receita (ou não-afetação da receita): Veda a vinculação de impostos à órgão, fundo ou

despesa. Art. 167, IV, CF/88.

Vincular a receita significa determinar que toda ou parte dela irá para uma despesa específica. Assim, se ficar estabelecido

que 20% da receita de determinado tributo deverão ir para a educação, essa parcela da receita está vinculada ou afetada à

educação.

Isso limita as possibilidades do orçamento como ferramenta de planejamento. Não poderá haver planejamento se os recursos já estiverem todos vinculados, pois, nesse caso, não haveria

possibilidade de escolha.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

Exceções:

Repartição dos impostos cf. arts. 158/159, CF/88;

a) Destinação de recursos para a Saúde;b) Destinação de recursos para o desenvolvimento do ensino;c) Destinação de recursos para a atividade de administração

tributária;d) Prestação de garantias às operações de crédito ARO;f ) Garantia, contragarantia à União e pagamento de débitos para

com esta, Art. 167, §4°, CF/88.

Cuidado: A não-vinculação das receitas é válida somente para os impostos. As taxas, contribuições de melhoria, contribuições

sociais e empréstimos compulsórios podem ser vinculados.

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PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS

LEMBRETE:

O princípio da unidade de caixa estabelece que todas as receitas devem ser recolhidas em uma única conta.

Vide art. 56, da Lei n° 4.320/64 (veda a fragmentação no recolhimento das receitas) e no art. 43, §1°, da

Lei Complementar n° 101/2000:

estabelece, entretanto, que as disponibilidades de caixa relativas à Seguridade Social deverão ser apartadas das

demais disponibilidades do ente público.

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EMBASAMENTO LEGAL DO ORÇAMENTO

As principais determinações legais para a construção do orçamento estão presentes:

1)na Constituição Federal de 1.988 (Capítulo II, as Finanças Públicas, Artigos 165 a 169);

2) na Lei 4.320/1964, que estabelece as normas específicas sobre elaboração e organização orçamentária;

3) na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101 de 2.000); e

4) no caso dos Estados e Municípios, deve-se também respeitar as determinações existentes na Constituição Estadual e na Lei Orgânica dos Municípios.

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RENÚNCIA DA RECEITA PÚBLICA

RENÚNCIA DE RECEITA

A renúncia de receitas implica redução de tributos, contribuições ou outros benefícios conforme o Manual de Receita Nacional,

dentre os mecanismos de renúncia de receitas estão aanistia de tributos, a remissão de dívidas, a concessão de

subsídio, a alteração de alíquota, a modificação de base de cálculo ou a isenção de tributos em caráter não geral.

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OBSERVAÇÕES

REGIME CONTÁBIL

Nas empresas e no Governo, as ações que envolvem recursos devem ser acompanhadas pela contabilidade. Mas em que

momento deve-se lançar uma receita, ou seja, registrar a entrada de recursos nos controles contábeis?

Para o Governo, a resposta é simples: quando o dinheiro chega ao caixa do Estado. Por isso, dizemos que o regime que o Estado usa para registrar suas receitas é o regime de caixa, que aliás,

é o mais prudente para contabilizar receitas.

As empresas privadas usam outro regime, o regime de competência.

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REGIME CONTÁBIL

Segundo o regime de competência, se uma venda é feita em dezembro de 2011, para que o cliente pague em janeiro de 2012,

essa venda é lançada como sendo de 2011.

O regime de competência observa o momento que o fato ocorreu. Se um fato compete ao ano de 2011, ele é lançado nos registros contábeis daquele ano, mesmo se o dinheiro não saiu ou entrou

em 2011.

Note que no caso da despesa, o Governo adota o regime de competência. Assim, que o recurso é comprometido, a despesa

é reconhecida e é lançada nos registros contábeis.

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REGIME CONTÁBIL

Portanto, podemos dizer que o Governo adota o regime misto: caixa para receita e competência para despesa.

O motivo para isso é a prudência. Ou seja, só se pode contar com recurso quando ele estiver realmente disponível para ser usado

(quando estiver no caixa) e deve-se separar os recursos para as despesas assim que forem comprometidas.

Existem duas exceções para a contabilização da receita em regime de caixa: o cancelamento de restos a pagar e a dívida

ativa (registro do direito), pois os dois são considerados pela contabilidade pública receitas, mas sem o ingresso de dinheiro.

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DESPESA PÚBLICA

Despesas públicas são o conjunto de dispêndios realizados pela administração pública para o funcionamento e manutenção dos

serviços públicos.

A definição de despesa pública é bastante simples: são gastos feitos pelo Governo para atender as necessidades da sociedade.

Mas, para isso, é necessário que haja uma autorização legislativa (LOA ou créditos adicionais).

Tudo o que o Governo faz, seja para atender as necessidades da sociedade ou para sua própria manutenção, requer a aplicação

de recursos financeiros.

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DESPESA PÚBLICA

O orçamento público, prevê as receitas e fixa as despesas. Assim, em primeiro lugar, para que possa haver gastos públicos é

necessário que essas despesas estejam previstas no orçamento (LOA), ou que sejam incluídas na LOA por meio da

aprovação de créditos adicionais.

O orçamento é uma autorização Legislativa para o gasto. Assim, caso haja a necessidade de efetuar o pagamento de pessoal de

determinado órgão, será preciso reservar recursos orçamentários para esse fim – é o que chamamos de dotação orçamentária.

A dotação é um valor no orçamento. Esse valor não é financeiro, não corresponde a recursos reais, é só uma

autorização.