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Presidente da República Itamar Franco
Ministra-Chefe da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação Veda Rorato Cruslus
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA- IBGE
Presidente Eurico de Andrade Neves Borba
Diretor de Planejamento e Coordenação Djalma Galvão Carneiro Pessoa
ÓRGÃOS TÉCNICOS SETORIAIS
Diretoria de Pesquisas Tereza Cristina Nascimento Araújo
Diretoria de Geociências Sergio Bruni
Diretoria de Informática Francisco Quental
Centro de Documentação e Disseminação de Informações Nelson de Castro Senra
UNIDADE RESPONSÁVEL
Diretoria de Pesquisas
Departamento de Estatísticas e Indicadores Sociais Rosa Maria Ramalho Massena
<.
\ ~~~~eEç:NoA J SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E COO~D~E]N~AC.ÇAÃJO:l-----
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATiSTICA ·IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS
DEPARTAMENTO DE ESTATÍSTICAS E INDICADORES SOCIAIS
,
SAUDE
Indicadores Sociais
ISSN 0103 - 9571
Saúde lndic. soe., Rio de Janeiro, v.1, p.1 - 27, 1985/87
-.:
FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Av. Franklln Roosevelt, 166- Centro- 20021·120- Rio de Janeiro
ISSN 0103 - 9571
©IBGE
Devido a urgência na velocidade de divulgação dos dados para o público usuário, esta publicação não passou por um processo apurado de editoração.
EQUIPE TÉCNICA
AUTORES
Luiz AntOnio Pinto de Oliveira Celso Cardoso da Silva Simões
COLABORADORES
Leituras e Comentários
Maria Isabel Parayba Ulibeth Cardoso Roballo Ferreira
Edição de Texto
Vera Lúcia Lucas Pinto Moreira
IMPRESSÃO
Divisão de GráfteaiDepartamento de Editoração e Gráfica- DEDIT/CDDI, em abril de 1993, os 02. 01. 1. 320
CAPA
Renato J . Aguiar- Divisão de Promoçãot'Departamento de Promoção e Comercialização- DECOP/CDDI.
Saúde: Indicadores IOCiail/ Fundaçto lnsi~Uio Brasileiro de Geografia e EslaliSiica. Departamento de EslatíSiicas e Indicadores Sociais. • v. 1 ( 198!>'117) • • • Rio de J.,.;ro: IBGE. 1992·
v. Anual.
ISSN 0103 • 9571
1. Indicadores de séude • Breal. 2. lndícedores sociais • Brui. I . IBGE. Depaname->to de Eslatlsticas e lndicadorea Sociail.
IBGE. COOI. Oep. de Ooc:llnentaçAo e Blllioteca RJ ·IBGE /92 ·24 CDU 311 .141 :814(81)
lmprneo no Bralil/ Prlnla:lln Srazil
Apresentação
Este trabalho constitui parte integrante de um sistema contínuo de Indicadores Sociais, já iniciado pelo Departamento de Estatísticas e Indicadores Sociais - DEISO -, que tem por objetivo elaborar e divulgar informações básicas sobre diferentes áreas temáticas que compõem o elenco de pesquisas tratadas pelo DEISO.
Com este volume iniciamos a publicação que analisará, com exclusividade, o tema SAÚDE. O texto deste volume foi elaborado a partir de infonnações da Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária • AMS • 1985 e 1987.
O trabalho, ALGUNS INDICADORES DOS SERVIÇOS DE SAÚDE NO BRASIL A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DA PESQUISA ASSISTÊNCIA MÉDICO-SANITÁRIA. trata de indicadores relevantes sobre a oferta de serv1ços de saúde e o seu grau de adequação à produção brasileira.
Rio de Janeiro, RJ. março de 1993 Eurico de Andrade Neves Borba
Presidente
Sumário
Alguns Indicadores dos Serviços de Saúde no Brasil a partir das Informações da Pesquisa Assistência Médico-Sanitária
1 Introdução.................................................................................................................................................. 7
2 A Distribuição Atual dos Estabelecimentos de Saúde ............................................................................... 8
3 Disponibilidade de Leitos e Freqüência de Consultas e Internações ........................................................ 13
4 A Oferta de Profissionais Médicos ............................................................................................................. 17
5 O Nível de Atendimento Médico da Rede Hospitalar com Internação ...................................................... 20
6 Baixo Peso ao Nascer ............................................................................................................................... 24
~lguns Indicadores aos Serviços de Saúae no erasi 1 a partir
das Informações oa Pesauisa Assistência Médico-Sanitária.
1 - Introduçno
Luiz Antonio P. Oliveira
Celso Cardoso Simões
A crescente aemanaa por informações estatís:icas na área da oferta
de serviços de saúde à população. levou a que o Ministeric da Saúde e o IBGE
firmassem convênio com vistas a levantamentos sistemáticos ae âmbito nacional ..
com o intuito de se obter um cuadro real da oferta desses servicos e aas
condições de sua atuação. objetivando destacar aauelas áreas e/ou setores onde a
oferta é carente.
Coube ao IBGE. c~mo órgão cooraenaaor :o Sis:ema Esta:is:ico
Nacional. já em 1975, assumir a responsabilidade pelo planejamento. coleta,
apuração. sistematização e aivu1gação dos resultaaos. Entretanto. os primeiros
resultaaos da pesquisa vindos a púolico referem-se às estatísticas de saúae
relativas ao ano de 1976.
Durante, praticamente, 10 anos poucos eram os setores ligados à àrea
de saúde que tinham conhecimento da existência de tão importante pesquisa. Este
fato motivou a que, em 1985, o IBGE fizesse um amplo debate com os principais
usuários da mesma, a exemplo do INAMPS, Fundação Oswaldo Cruz. Ministério da
Saúde e algumas entidades acaaémícas, onde se proceaeu a uma avaliação dos
principais instrumentos de coleta. O resultado foi uma suostancial reformuiação
desses instrumentos. à luz de novas necessidades surgidas no setor de saúde,
mantendo-se. no entanto. a sua periodicidade. Houve. também, a preocupação de
se preservar algumas indagações anteriores de forma a não haver interrupção da
série histórica.
De uma maneira geral, a pesquisa Assistência Médico-Sanitár1a-AMS é
um levantamento de todos os estabelecimentos do País que prestam serviços de
saúde. com ou sem fins lucrativos. particulares ou públicos, em regime de
Internação ou ~ão.
Um amplo espectro ae informações são, então. Investigadas em cada
estabelecimento. indo desde informações sobre a espécie ae clínicas básicas
oferecidas à população e a disponibilidade de serviços (como leitos,
7
amoulatorios, pessoal aam1nistrativo. numero oe meoícos. etc. J
movimento ~e oacie~res a:erc,css e·O~ 1~:ernaocs
A pesquisa fornece. ainaa, informações soore baixo peso ao nascer ce
crianças nascidas na reae rcscitalar. o aue aer~ite um ciagnóst~co aorox1maco
Embora a cesouisa forneca informações para tocos os munic:c ~s
brasileiros. o presente ~elatório estará centralizaao. apenas. na anáiise. em
1innas gerais. para as Granaes Regiões.
Para tanto. ~êz-se uma seleção oe alguns incicaaores consideracos,
genericamente. mais relevantes. ae mooo a cue se tenha um cuaaro geral soore a
oferta aos serviços püolicos oe saüae no Brasil. bem como seu grau ce aaeauação
ao conjunto populacional oistribuíao celas Granaes Regiões.
2 - A Distribuição Atual dos Estabelecimentos de Saúde
A informação inicial. básica. c a pesquisa Assistência-
Médico-Sanitária do IBGE refere-se ao número de estaoelecimen:os 1evantacos em
todo o País, o cual. em 1987. atingiu a 32 450. Para fins da oesquisa. são
incluídos como estabelecimentos de saúde. os Postos de Saúae. Centros de Saúde,
Clínicas de Assistência Médica, Pronto Socorro, Unidaaes Mistas e Hospitais. o
que, como se verifica. abrange tanto os estabelecimentos com internação como os
sem internação. Por ccnseguinte. em relação ao número de estabelecimentos. a
taoela 1 permite visualizar sua dispersão regional no Brasil segunao a aicotomia
oúolico-privado.
A distribuição ao número de estabelecimentos, em linhas gerais. não
difere substancialmente da distribuição espacial da população orasileira. onde
as parcelas correspondentes ás regiões Norte e Centro-Oeste são basicamente
iguais, navendo. porém, uma pequena redução quanto à Região Sudeste (36.6% dos
estabelecimentos de saúde para 43.6% da população total do País). que é
compensaca por pequenos acréscimos nas Regiões Sul e Nordeste.
Como se percebe. as questões relacionadas ao que usualmente se
denomina "desigualdade no acesso aos serviços de saúde", sob o ponto de vista da
distribuição regional. não dizem propriamente respeito à distribuição
proporcional dos estabelec~mentos de saúde, mas sim. com maior rigor. a aspectos
outros. ae natureza mais qualitativa.
8
Tabela 1
Distribui~ào dos Estabelecimentos oe Saúde por Entidade
Mantenedora. segundo as Grandes Regiões - 1987
Estabelecimentos ::""anoes
I
Públicos \Particulares Regiões
Total ------------- --------- __________ ! __________ __
Bras i ~ 100,0 100.0 100,0
Norte 6,4 8., 3.6
Noroeste 30,7 35,8 ,.,,., ' ,,;;.,.o..t
Sudeste 36.6 32. 1 44,1
Sul 19,7 18.0 22.5
c. Oeste 6,6 6,0 7.4
~~--~~~-~----~----------~~----------~~-~ante: IBGE. Estatísticas oa Saúoe. Assis:éncia Médico-Sanitária.
Assim é que. em relação ao conjunto aos estabelecimentos. a
proporção dos estaoeiecimentos mantidos pelos ooaeres púolicos (62.2%) é
nitidamente superior á proporção de particulares (37.8%). Ocorre. entretanto.
que os estabelecimentos públicos são, em sua grande maioria, categorizados como
estabelecimentos sem internação (91,6%), ou seja, os ambulatórios, que se
incluem nos Postos e Centros de Saúde, os quais ofertam assistência
médico-sanitária à população distribuída por todo o Pais. sem regime de
internação. Já entre os estabelecimentos particulares. 43,7% aos mesmos
funcionam com regime oe internação, evidenciando o granae número de nospitais e
clinicas particulares programadas para a prestação de serviços de internação.
Desse modo, o número de estabelecimentos particulares com internação {5 359) é
mais de três vezes superior aos estabelecimentos públicos com internação
(1 703).
Quando se observa mais atentamente a distribuição regional dos
estabelecimentos nota-se aue, entre os públicos. a maior proporção localiza-se
na Região Nordeste (35,8%) onde a presença de estabelecimentos particulares é
bem mais modesta {22,4% do total do País). Essa situação reflete. de certo modo,
a situação sócio-econômica da população, evidenciando um mercaoo mais restrito
para a expansão aos estabelecimentos particulares e uma ampla demanda por
atendimento básico em termos de saúde pública, coberta. em parte, pelos Postos e
Centros de Saúde. Fenômeno do mesmo tipo é analogamente observado na Região
Norte. Já na Região Sul, e mais expressivamente ainda na Região Suoeste, o oeso
9
e'evaoo. -e~letinoo a ex•s:erc·a ce uma es:ru:ura scc:a ma,s civers'ficaoa e ae
uma oase econ6mica mais sal ioa e general izaaa. caoaz ce suste~tar a oemanaa cor
serviços de saGae nos ~oiaes oferecidos ceio setor privaao. k Região
Centro-Oeste. que ras _ t 'mas aecaoas vem exoer'mer:anoo ~recessos o e
também carece constitu r-se em um "locus" prooicio à expansão ao setor privaeo
de saGoe.
Desse moao. c oerfjl ae distribuição dos estabelecimentos ae saúde
no Brasil. tende. em geral. a espelnar a dinâmica da organização social e
econ6mica das regiões brasileiras, senao mais forte a presença ao setor privado
nas regiões mais ricas.
Contuao. ao se considerar unicamente os estabelecimentos oue
funciona~ com regime ae internação. ou seja, aaueles
capacioaae instalada e produção oe serviços
cujos
refletem
recursos humanos.
um estágio mais
especializado de acumulação técnica e institucional. perceoe~se algumas
peculiariaades acerca aa qualificação aos estabelecimentos ae saúae segunao as
regiões brasileiras.
A apresentação da distribuição dos estabelecimentos com internação
(tabela 2) fornece uma visão mais apurada da real dimensão dos setores públicos
e privados no atendimento mais qualificado da população brasileira. Assim é que.
conforme já havíamos ressaltado em parágrafos anteriores. quanao se excluí do
total de estabelecimentos os Postos de Saúde e ae Atenaimento Ambulatorial em
geral. eviaencia-se. cem granoe nitidez. a marcante presença ao setor privado.
Para o Gltimo ano de informação disponível. 1987, mais ae três quartos (75.9%)
dos estabelecimentos com internação perteciam á iniciativa prívaaa. para o
conjunto do País. A proporção de estabelecimentos privaaos com internação em
relação ao total de estabelecimentos com internação. é consideravelmente mais
elevaaa nas Regiões mais desenvolvidas. variando entre 85% e 89.6%. nas Regiões
Sudeste. Sul e Centro-oeste. Em contrapartida, nas Regiões Norte e Nordeste, a
proporção de estabelecimentos privados é de 58,6% e 56.8%. respectivamente, o
que eviaencía que o peso ao setor privado com Internação nessas regiões é.
apenas. 11geíramente superior ao do setor público.
10
Tabela 2
Distribuição relativa oos Estabelecimentos com Internação por Entidade
Mantenedora. segundo as Grandes Regiões. 1985 -1987
~s!aDelecimentos com Internação t%1
Granaes Regiões Total Públicos Par·t i cu 1 ar·es
1985 1987 1985 1987 1985 1987
Brasi 1 I 100.0 ~00.0 22.0 24. 1 78.0 75.9 (66781 '7062) ( 1459) ( 1703) 15209) \53591
Norte 100.0 100.0 40,0 41,4 60.0 58.6
Nordeste 100.0 '00,0 ~1. 1 43,2 S8.9 56.8
Sudeste iOO.C, ~00,0 i3 .6 '4.3 86.4 e::.. 7
R. de Janeiro 100.0 100,0 19,3 20, 1 80.7 79.9
São Paulo 100.0 wo.o 9.5 i0,3 90,5 89,7
Sul 100.0 :00,0 8,9 10,4 91.1 89.6
Centro-Oeste 100.0 100,0 11.5 15. 1 88.5 84,9
Bras i 1 100,0 100,0 100,0 100.0 100,0 100,0
Norte 6.7 6,9 12,2 11.8 5.2 5.3
Noroeste 28. 1 29.6 52.6 53.0 21. 2 22.2
Sudeste 35.4 34.0 21,9 20,2 39.2 38,3
R. de Janeiro 2.4 7,8 7,4 6.5 8.7 8.2
São Paulo 13.8 13,6 6,0 5,8 16,0 16,0
Sul 18.7 18,0 7,6 7,8 21,9 21.2
Centro-Oeste 11' 1 11,5 5,8 7,2 12,5 13,0
Fonte: IBGE. Estatísticas a a Saúoe. Assistência Médico-Sanitária
11
privaaos com internação e"-~c as regiões mais ricas. c=~~iguranoc-se. aSSlffi. o
oerfi; :121co ae me~caao a:enaimento á oco~lacáo ma1s ooore. oue é
proporcionalmente ma1or nas ~e;16es menos aesenvo!v:oas. :enae. oor conseguinte.
a fica~ por conta aa reoe oGcilca.
Contuac. cs Gl:i~os 2 anos registram uma l'aeira reauçáo aa
procorção de estabelecimentos orivaaos 178.0% para 75.9%1 e conseaüente aumento
do setor oúo1íco. c~jo crescimento em termos ce uniaaoes fo' suoerior ao dO
setor privado (244 novos estabelecimentos em 1987 contra 150. em relação a
19851. Esse crescimento. aue ocorreu em praticamente tocas as regiões e com
escecial ênfase no Centro-Oeste. não chega, contuoo. a alterar
significativamente a relação oúblico x privado na oferta ae serv•çcs inerentes
aos es:abelecimentos co~ 1n:e~nacão no conjunto ao País
Em relação à aistr~buição ao número de estaoelecimentos oelas
Regiões. os resultados encontraaos tenaem a manter a similituae aa distribuição
entre 1985 e 1987, ou seJa, a criação ae novos estaoelecimentos no aeríoao não
proauz~u mudanças significativas no perfil interregionaJ de distríouição dos
estabelecimentos com internação no Brasil Considerando-se a Cistriouição pelos
dois setores, vê-se que quase aois terços dos estabelecimentos públicos com
internação localizam-se nas Regiões menos aesenvolvidas. ou seja. Norte e
Nordeste, enquanto. em contrapartida. cerca de 60% dos estabelecimentos 8rívados
situam-se nas Regiões Sul e Sudeste.
Em síntese. no
entre 1985 e 1987 houve uma
privado quando comparaao
aue se refere à capaciaaae instalada. nota-se aue,
desaceleração relativa do crescimento do setor
ao setor público, em rei ação
estabelecimentos com internação. Estudos com mais ênfase
dados estariam mostrando que, no setor privado, a
em
á evolução
desagregação
dOS
dos
aesaceleração ocorreu
fundamentalmente no setor não- lucrativo (beneficente e filantrópico), enquanto
o crescimento do setor privado lucrativo esteve oem oróximo do observado no
setor público. Quanto a este. o crescimento recente aeveu-se prioritariamente.
ao aumento da rede de pequeno e médio porte. fruto ae oolíticas públicas para o
atenaimento aescentralizaao às cemanaas por saúae.
Por último. em relação aos estabelecimentos sem internação. Mais
precisamente à reoe amoulatorial, sua existência é praticamente assegurada
devioo à forte presença do setor público. que, inclusive. vem in~ensificando,
12
~os :·:·mos anos. swa excansão na oe~scec:lva ca ate~cao p~•maria e~ sauae.
ustiflca8a oelo oaixo cus:o e aaeauação ás necess1caaes essen:1ais aos a~oios
contingentes sociais emoooreciaos.
3- Disponibilidade de leitos e frequência de consultas e internações
Nos últimos anos. acompanhanao a evolução aa reae hospitalar. vem-se
registranao um crescimento ao número ae leitos cara 'nternação. embora em
condições tais que aenotam um crescimento inferior ao ritmo ae incremento
demográfico. Entre 1985 e 1987. por exemplo, é possiveí identificar. inclusive.
uma redução do número ae leitos. conforme consta na :abela 3.
O declínio ooservado entre 1985 e 1987 está associado á redução ao
número ae leitos cara nternação nos estabelecimentos públicos da Região
Sudeste. aue teria cassado de 75,4 mil para 50.6 mii. ~ssa ocorrência irá
necessitar ae investigações suplementares.
Em linhas gerais. há um pequeno crescimento ae leitos no setor
particular, que em 1987 já aeteria cerca de 77,8% aos leitos disponíveis para
internação. Nas Regiões Sul e Suaeste esse percentual oscila entre 80 e 84%,
enquanto nas Regiões Norte e Noroeste, mais pobr~s. a proporção ae leitos na
rede pública é mais significativa, alcançando entre 32% e 45%, respectivamente.
Concretamente. o setor público vem declinando. proporcionalmente,
seu número de leitos em termos de participação vis a vis ao setor privaao. A
ampliação da capaciaaae ae internação no setor púclico carece estar fortemente
contida pela excassez ae recursos e pela necessidade de aesoênaios cara
enfrentar a depreciação e desgaste dos equipamentos e instalações.
A Tabela 4 fornece um
número de leitos disponíveis para a
espacial.
indicador genérico acerca da adequação do
população de uma determinada unidade
O Brasil, como um todo, revelava em 1987 uma razão de 3,7 leitos por
mil habitantes, relação essa que é declinante, visto que, em 1981 chegava a 4,2
e, em 1985. a 3.9 leitos.
As maiores relações estão nas Regiões Sul e Sudeste, atingindo. em
1987, o ponto máximo no Rio de Janeiro, com 5,1 (em 1985 era 7,4).
13
Tabela 3
Número ae leitos aosolutos e reltivos por Entioaae Manteaora,
Granaes Regiões
segundo as Grandes Regiões. 1985 -1987
'985 '987
-----------------c.--------1--------,------------------IPar!icu-:
Total "úo'icosl :ares Total PartiCL;
Púo l i cos i ares
Bras i 1 532 283 >37 543 394 740 519 694 1 ·5 8ll2 403 852 ( 100.0 I ':s. 8) !74.:2) \100.01 ·22.3) í 77' 7)
Norte 16 247 6 903 9 344 í 7 431 7 828 9 603 ( 100.0) 142,5) 157,5) ( 100.01 'll4,9) 155, 1 I
Noroeste 98 981 ~~ 366 66 615 W6 517 33 832 72 685 .,)~
( 100.0 l ; 3 •. 3) I 68,7) { 100.0 I • 3 ~, B i • E·8. 2 í
Sudeste 287 708 '5 432 221 276 263 090 50 608 212 482 ( 100.0 I 126.2) 173,8) ( 100.01 I 19,2) (80.8)
Sul 93 100 . 5 103 77 997 93 805 ~5 010 78 795 ( 100.0) \ ':6. 2) (83.8) i 100.01 \ 16,01 (84.01
c. Oeste 36 250 7 739 2<l 511 38 794 8 564 30 230 ( 100,0J I 21, 3) (78,7) ( 100,0) \22' 1) ( 77,9)
Fonte: IBGE. Estatísticas a a Saúde. Assistência Médico-Sanitária.
As Regiões Norte e Nordeste têm os mais baixos índices, 2,1 e 2.6.
respectivamente, enquanto a Região Centro-Oeste aoresenta um comoortamento
aproximado ao das regiões mais aesenvolviaas. Nesse sentido. o inaicador soore
número de leitos é coerente com a maior capacidade instalada para internáção do
setor privado. que tem presença dominante nas regiões mais desenvolvidas do
País. Nas regiões mais atrasadas, constata-se a existência de um déficit
potencial de le1tos para internação, que necessita ser investigado em nível de
comportamento observado em cada especialidade médica. sooretudo. naquelas que
são mais demandadas pela população.
Por fim, a tabela 5 fornece os indicaaores sobre o número de
internações e de consultas. através dos quais percebe-se a influência das
vari na capacidade ínstaíada sobre a utilização dos serviços assistênciais
de saúde pela população.
14
~ssim. em re acà~ as internações. no ano ce '987 ~o-am croouzicas
cerca ae 125 por mil nao~:an:es. o~ seja. em torno ae i7.7 m~lhões ae oacien:es
acmitidos oara internação no Brasil. Entre ~985 e 1987 o movimento ae
internações registra um 'igeirissimo declínio ( 127 para 125 por 1000 hab. J. O
padrão normalmente estaoelecido pelo INAMPS 100 internações por mil
habitantes/ano - tem s'ao constantemente suoeraco cesae a aécaaa ce 70. Menos oe
20% das internações são efetuacas pelo setor p8cl i co. aue. nesse caso. apresenta
baixa capacidade de prestação ae serviços.
Tabela 4
Número de leitos por 1000 habitantes. segundo
as Grandes Regiões. 1985 -1987
NÚMERO DE LEITOS POR 1000 HABITANTES
Granaes Regiões
Bras i l
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste I
1985 :987
3.9 3.7
2. 1 2. 1
2.5 2.6
4,9 4,3
4,5 4.4
4.0 4. ,
I ~F-o-n~t-e-:~I~B~G~E~.-=E-s-ta-t~i-s~t~i-c_a_s __ a_a __ S~a~ú-o-e-.~A-s_s_i~s-t~ê~n-c~ia--~M~é~d~i-c_o ____ __ Sanitária.
Em termos regionais, a maior proporção oe internações ocorre nas
regiões mais ricas. chamando atenção a elevada proporção de internações na
Região Centro-Oeste. onde como já foi visto, as características do sistema ae
saúde tendem a assemelhar-se às das regiões mais desenvolvidas. A taxa de
internação na Região Nordeste é a mais baixa ao País equivale ao paorão
estabelecido pelo INAMPS e isso, provavelmente, reflete, semelhantemente à
Região Norte, a presença menos expressiva ao setor privado no total de
estabelecimentos com internação. Como já visto. a capacidade de atração do setor
privado para fins de internação é consideravelmente superior à do setor público.
15
-::.46 c::::nsu1~as
parâmetro estaceleciao ce.o i~AMPS .~consultas por na~i:antes;anot ~m 1937
teriam sido produzidas no Brasil cerca ce 348 milnões ce consultas médicas.
número c~e vem crescenco cc~siaeravelmente c~ran:e a aecaca ae 80 ~ara se ter '
~ma ~oção oesse crescime~:
de 238 milhões. o que co~resoonaia a um inC 4 cador ce 1.95 consultas c~r
habitante. No prazo oe 6 anos. teria haviao um crescimento acsoluto ce '")
milhões de consultas, cerca ae 0,5 consultas por naoitante a mais por ano.
Atualmente. 51% das consultas méaicas são efetuadas em estabelecimentos orivaaos
e 49% em estabelecimentos oúol icos.
Tabela 5
Números de pacientes internados por 1000 habitantes e número
médio de consultas por habitantes em estabelecimentos com
atendimento a pacientes externos. segundo as
Grandes Regiões. 1985 - 1987
Internações por 1000 hac. Cons" i tas por habi tam:e
G:-andes Regiões !
1985 1987 1985 1987
Bras i i 127 125 :2,38 2,46
Norte 102 103 1. 37 1. 33
Noroeste 99 100 1 '55 1. 58
Sudeste 134 127 3,20 3.30
Sul 154 151 2. 13 2,23
Centro-Oeste 160 177 1. 93 2, i i
a.
A distribuição regional das consultas méaicas segue o já connecido
padrão de desigualdades. tenao a Região Sudeste. por exemolo. em média, ~. 1
vezes mais consultas por nao1tante do que a Região Noroeste. Tal ocorréncía
reflete. por um lado, o acesso diferenciado aos serviços oe saúae mais
numerosos e influentes nas regiões mais desenvolvidas e. por outro lado, a
16
-e;ação c~ltural e mate~~a me~!e c1ferenciaaa aue as 800u1ac6es es:aoe 1 ecem com
a percepção aa aoença e a ~ecessi~aae oe atena1mento meaico.
Em suma. auestoes como disponíbilidaae ae leitos hospitalares.
admissão ae internações e p-oouçào ae consultas. quanoo a~alisaaas através ae
indicadores quantitativos. -=velam um expressivo c-esc1menro nu~érico. uma
associação nítida com a e~oansão ao setor orivaoo e uma forte e persistente
iniquiaaoe em termo ae C!stribuição regional. a aual poae estar ocultando. ae
alguma forma, aesigualaaaes ae acesso e ooortuniaaae social.
4 - A oferta de profissionais médicos.
Conforme já mostraao na seção anterior. a distribuição aos serviços
de saúde no território nacional reflete as desigualdades regionais existentes no
País, ocorrendo uma maior concentração desses serviços nas áreas ae maior pooer
aquisitivo.
Neste sentido o moaelo ae saúde vigente aefine claramente as funções
de competência ao setor público e ao privado.
~o setor público coube cuidar daqueles aspectos predominantemente
preventivos e atuar, também, naquelas áreas não atrativas ao setor privaao,
mormente em programas oe atendimento ambulatorial. Entretanto. devido ao
aumento do ritmo de crescimento e diversificação da aemanoa. o setor privado não
teve condições próprias de acompanhar esta expansão. Desta forma. •outros
incentivos adicionais foram criados na tentativa de acelerar ainda mais a
expansão ao setor assistencial, principalmente o de caráter hospitalar. nos
grandes centros urbanos. Isto veio aumentar a já importante concentração de
recursos em centros metropolitanos. mantendo-se a escassez nas áreas periféricas
desses centros e na zona rural. "(1)
(1) Brasil. Ministério da Saúde. Assistência de saúde no Brasil. Sumário \
analítico e proporção ae modelo de atuação ;o setor público. In. saúae no
Brasil. Brasília 1(2), abril/jun. 1983.
17
~ exoansào ~aves ~3 acocào ce
cc1i~icas cficiais ae saJae.
espac1a ca oferta ae se~v1cos saüae nos g~anaes centros uroanos. com efeitos
bastante regressivos soore as aesigualaaaes regionais na assistência à saúae.
Cra. se é veraade aue a cancen:raçâo aos serviços crivados nos granaes centros
e veraaae aue a realização co lucro emoresa~ia1 e mais efetiva raauelas regiões
onae os recursos e a renaa oessoai estão mais concentraaos. como é o caso cas
Regiões Suaeste e Sul e mais recentemente a Centro-Oeste.
Este fato exolica o oorauê ca maior concentração ae estaoelecímentos
privados e leitos nestas Regiões em detrimento aas demais. conforme já mostrado.
E não é muito diferente auanao se consiaera o etetivo disponível ae ocuoações
médicas.
Também no caso oas ccuoações méaicas não se ooserva uma aístribuição
similar à população existente, mas. sim, uma distribuição aue reflete o níve1 de
desenvolvimento sócio-econômico ae caca Região.
Na tabela 6 são aoresentaaas estas distribuições. São claras as
di~~aríaades na distribuição oas ocupações médicas entre as regiões orasileiras.
Enquanto a Região Nordeste com 28,8% da população nacional concentrava 23,7% das
ocupações médicas no ano de 1985. já a Sudeste concentrava 57% de todas
ocupações médicas. apesar ae dispor de apenas 43.6% da população. Nesta região.
o Rio de Janeiro sozinho. com apenas 9,4% da população, detinha. praticamente, o
mesmo número de ocupações méaicas que a Região Noroeste.
Durante os anos ae 1985 a 1987 este processo de concentração
intensificou-se em detrimento da Região Noraes:e. senao esta a única a ter
diminuí no efetivo de médicos, igualanao-se ao número existente no Rio de
Janeiro. cuja população representava, apenas, a terça parte da residente na
Região Nordeste.
A mesma precariedade ocorre na Região Norte. onde o quadro não
parece ter tido alterações sígnif~cativas durante os anos de 1985 a 1987.
contingente
Nas demais regiões
populacio~al e a
verifica-se um
disponibilidade
significativas durante aqueles anos.
18
relativo equilíbrio entre o
de méaicos. com ~elhorías
construiu-se o indicaco~ numero de ocupações médicas por mil habitantes iTaoela
71.
Os resultaaos aos ind4cadores reforçam. ~:aramente. as análises
~receaentes. aestacanac-se a Região Suaeste ber, ac:ma ca mécía nacional. ~~m 2
médicos por 1000 haoitantes. o cobro ao ooservaao ::;a.·a o Noroeste. No caso do
Rio ae Janeiro. o inaicaaor méaio encontrado cnega a ser oe 3 médicos por mil
habitantes.
Tabela 6
Proporção da população residente e das ocupações médicas nos
estabelecimentos de saúde, segundo Grandes Regiões
Grandes Regiões
Brasil
Norte
Nordeste
Sudeste
R. de Janeiro São Paulo
Sul
Centro-Oeste
Distrito Federal
1985 - 1987
'; da pooulação residente
100.0 ( 135 564.5)
5,6
28,8
43.6
9,4 21,8
15.3
6,7
1. 2
'985
% das ocuoações
médicas
100.0 (198,3)
2.5
23.7
57.0
18. 1 26.9
10.9
5,9
2.2
Fonte: IBGE. Estatísticas o a Saúde. Assitência
;~ da população resiaente
100,0 ( 141 452,2)
5,8
28.7
43.6
9.4 21.9
15,2
6.8
1,2
~987
% das ocupações
médicas
100.0 (206,4)
2,7
19,4
59.7
19,5 27,9
11,9
6.3
2,5
Médico-Sanitária
Podemos. então. concluir que, no Pais. a tão propalada carência de
médicos deve ser bastante relativizada. uma vez aue as relações indicam até
excedentes destes profissionais em praticamente todas as regiões brasileiras e,
em especial, na Sudeste. O Estado do Rio de Janeiro e o Distrito Feaeral
apresentam as ma1ores concentrações de médicos por habitante no pais. com cerca
de 3,0 médicos para caca 1000 oessoas. o que. em termos co oaarão internacional,
19
ã-ea ca saúde. analísanc= 2 s~a =~str~~ulção Se?~nco a e~r·caae manteneaora e o
nível Oe atendimentO à ~oculação. ~O OD]etivo CO !ODÍCO segulrte.
Tabela 7
Número de ocuoacões medicas por 1000 habitantes.
segundo as Grandes Regiões 1985 - 1987
Bras i 1
Norte
Granaes Regiões
Nordeste
Sudeste
Rio a e Janeiro São Paulo
Sul
Centro Oeste
DistrHo federal
Ocupações médicas oor 1000 naoitan1es
1985 1987
. -',::> :.5
':.6 ~·. 7
~ '2 ~.o
1,9 2~0
2.8 3.0 1 '8 1 .9
1,0 ; . 1
1 '3 i. 4
2,7 3.0
Fonte: IBGE. Estatística da Saúae. Assistência Médico Sanitária.
5 - O nível de atendimento medico da rede hospitalar com Internaçào
A tabela 8 most~a. em 1987, a distriOuiçâo ao número ae ocupações
médicas em estabelecimentos com internações por entidaae mantenedora (pública e
particular), segundo as g:anaes regiões brasileiras e alguns estaaos.
De um modo geral. constata-se oue a reae hospitalar privada
concentra a maioria das ocuoações médicas no cais 156.7% contra 43.3% na rede
pública). Entretanto. observam-se padrões regionais bastante distintos ao se
analisarem os aados pelas granaes regiões. Ou seja, os caaos parecem estar
indicanao que naquelas áreas menos atrativas ao seta: privado. onae a realização
do lucro é menos efet1va aev1do à baixa renda da população. como é o caso das
Regiões Norte e Nordeste. a reae pública hospitalar assume o oapel principal
20
concentração cas
ocucações meaicas na re~e crivada aos granaes centros uroancs 1Regiões Suoeste e
Sul l corresponae á existência ae maior poder aauisitivo nesses centros. onde a
realização do lucro emoresaria1 e. conseqüentemente. mais efetiva.
Assim. e~a~antc 2 oropo~ç~o je ocGcaç6es meaicas na reae cr~vaaa
nordestina é de 43,6%, na Região Sudeste sobe oara 61% e na Sul para 63%.
Chama a atenção mais uma vez o caso do Rio ae Janeiro. onae. de um
total ~e 23.3 mil ocupações médicas. aproximadamente. cerca de 14 mil
concentravam-se na rede o~blica. representando 59,5% co total ao estado. No
Estaco de São Paulo. ao contrário. as ocupações médicas em entidades de saúde
pública representavam apenas 22.5%.
Por outro laao. ao examinar-se o nível de atendimento oor parte do
corpo ~édico. através ~a rel "número de internações nosoitalares pelo
quantitativo de ocupações médicas". constata-se algumas especificidades que
necessitam ser destacadas.
É importante assinalar. inicialmente (~abela 9l. que no País as
internações são. quase na sua totalidade atendidas pela rede privada (conveniada
·ou não). Em 1987, apenas 18,6% das internações de um total de aproximadamente
17,7 milhões, foram atendidas pela rede pública. Somente nas Regiões Norte e
Nordeste a rede pública teve algum papel importante. com proporções ce 43% e
31,7%. respectivamente. Nas Regiões Sudeste e Sul, estas proporções caem para
algo em torno dos 12%. No estado de São Paulo. por exemoio. apenas 323,6 mil de
um total de 4,1 milhões internações hospitalares aeram-se na reae púolica.
Estas informações. conjuntamente com as da taoela 8. são importantes
como ponto de partida para melhor •entender" as relações mostradas na tabela 10
a seguir.
Para o Brasil como um todo, conforme dados da tabela. um médico
seria o responsávei pelo atendimento de 145 doentes internados.
21
Tabela 8
Distribuição das ocupações medicas em estabelecimentos
com internação por entidades mantenedoras.
segundo as Grandes Regiões - 1987
Bras i 1
Grandes Regiões
Norte
N~rdeste
Sudeste
Rio de Janeiro
São Paulo
Sul
Centro Oeste
Distrito Federal
Jístr~~uíçào aas ocuoações meoicas por entioaoe manteneaora
~otal
I 112.9\ 100.0
(2.9) 100.0
( 21.6) 100.0
170,0) 100.0
I 23,3) 100.0
( 31.8 l 100.0
( 10,4) 100,0
(7.8) 100.0
(3,2) 100.0
Públicas
43.3
59. 1
56.4
39. 1
59.5
30.0
36,9
46,4
77.3
Pa;-ticulares
56.7
40,9
·~ ~ -.J,O
61.0
40.5
70.0
63. 1
53.6
,.,,., ~
..;:.....,-:.,I
Fonte: IBGE. Estatls ica aa Saúde. Assistência Médico-Sanitária.
Esta relação apresenta um padrão diferenciaao pelas distintas
Regiões. No Sudeste. por exemolo, a relação é de 105 internações para cada
médico, subindo para 287 no Sul e 255 na Região Norte. Ou seja naauelas regiões
que apresentam menor número ae médicos por habitantes. aumenta a carga de
traoa1ho para a categoria.
Entretanto. auanao se particulariza essas mesmas informações segundo
a entidade mantenedora (pública ou privada), constata-se aue. de um modo geral,
não existe uma correspondência entre o quantitativo de médicos existentes cor
entidade mantenedora e o número ae internações verificaao durante o ano.
22
7abela 9
Número de internações hospitalares por entidade manteneaora.
segundo as Grandes Regiões - 1987
J1striouíção ao número de internações Grandes nosp4:ala~es
Regiões
Total Públicas Particulares
( 17 729. 1) Bras i 1 100.0 18,6 81.4
(842.2) Norte 100.0 43,0 57.0
(4 084,5) Nordeste 100.0 31.7 68.3
( 7 844.1 I
Sudeste 100,0 11 . 5 88.5
( 1 399,4) Rio de Janeiro 100,0 23,4 76.6
(4 103. 1) São Paulo 100.0 7,9 0" • _.L • I
(3 262,2) Sul 100,0 12,2 87,8
( 1 696,1) Centro Oeste 100,0 20,6 79,4
(201, 6) Distrito Federal 100,0 79. 1 20,9
Fonte: IBGE. Estatis~íca aa Sa~de Assistênc~a Mealco-Sanltàr1a.
Ou seja, os médicos em entidades particulares atenaem. durante o
ano. em média, cerca ae 5 vezes mais doentes que aqueles em entidades públicas.
como se verifica na Região Sudeste
Nesta mesma região, o Rio de Janeiro por exemplo, tem
aproximadamente, 60% do total de médicos ocupados na rede hospitalar com
internação trabalhanco em hospitais públicos. No entanto. os dados mostram que,
apesar oeste volume. eles só atenaem, em média, 21,1 internados. contra 101.6 na
rede privada. Estas relações para o Brasil como um todo são ae 62.6 na rede
pública e 208,4 na rede privada.
23
7aOela 10
Número oe internacôes hospitalares oor numero ae ocuoacôes
médicas por entidade mantenedora. segunao as
Bras i 1
Grandes Regiões
Norte
Nordeste
Sudeste
Rio de Janei:o
São Paulo
Sul
Centro Oeste
Distrito Federal
Granaes Regiões- 1987.
J'stribuição ao nGmero 8e :~osoita1ares
~otal PGb1 ~cas
145,:2 62.6
:255,4 185.9
4..,"1 ') f I,.._ 96.::
104,9 30,9
53.7 ::: 1 . 1
120.3 31 . 6
287.5 95.5
193,3 86.0
54,5 55,7
ernações
208.4
355,8
:63' 1
~t::.'J ') 1-'-•'-'
101.6
158.3
399.7
286. 1
50.2
Fonte: IBGE. Esta:ís:ica aa Saúde. Assistênc1a Meaíco-Sanitáia.
Os dados. ae u~a certa forma. ooaem nos levar a supor que. cc~ a
atuai estrutura de saúae vigente no país, que privilegia o setor empresarial das
grandes empresas médicas. deveria ser reorientada·a distribuição do volume de
ocupações médicas na reae 8úblíca com internação. tendo e~ vista a sua oaixa
capacidade de internações. Para sermos mais exatos, ocorreram apenas 3,3 milhões
de internações na rede pública. num total de 17.7 milhões ae internações em
1987.
6 - Baixo peso ao nascer
Uma das informações mais importantes investigaaas pela AMS. a partir
de 1985. refere-se às informações soore crianças nasciaas em hospitais. com
discriminação das que nascera~ com menos de 2500 gramas. O indicador construindo
a partir destas informações- baixo peso ao nascer obtido pela relação
24
nasc1cas :e : 500 gramas co~ :::a oe nasc1oas. :em s~ao
consioeraao, pelos esoec1a' istas. como uma meaica aaeouaoa e sens1ve1 :anto ao
estado nutricional, quanto ce sa~de da mãe antes e durante a gravidez. como ao
estaco nutricional dos gruoos mais pobres aa população tauando se considera como
indicador geral a nível agregado).
Neste sentido. se. por um lado, este inaicaaor torna poss~vel
determinar áreas e situações oe alto risco chamanao atenção para a necessiaade
de acompanhamento intensivo. por outro lado, é capaz ae ihdicar que grupos e em
que momento necessitam ae col í:icas especificas de saúae e nutrição.
Os dados derivaaos da AMS sobre ba;xo peso ao nascer, no entanto,
podem para algumas regiões geográficas. não refletir a real situação do estado
nutricional e de sa~de aos grupos populacionais ai resiaentes. dado que são
informações obtidas exclusivamente em maternidades.
Este é o caso. por exemplo, das Regiões Norte e Nordeste. onde
conforme já mostrado anteriormente. existem setores oopulacionais bastante
volumosos que não têm ainaa acesso à assistência médica pela ausência destes
serviços nas áreas de residência ou próximas.
56 para exemplificar, segundo dados do Registro Civil, em 1987 cerca
de 28% dos nascimentos registrados na Região Nordeste aeram-se fora da rede
hospitalar.
Estes fatos exolicam, de uma certa forma. os resultados que aparecem
na tabela 11 onde as ~egiões Noroeste e Norte apresentam proporções de
crianças com baixo peso ao nascer inferiores à das Sudeste e Sul.
Ou seja, enquanto os resultados para o Sudeste estariam refletindo
um acesso mais amplo aos serviços de sa~de por parte da população, inclusive
daqueles estratos mais carentes. na Região Nordeste, ao contrário, o valor
encontrado estaria subestimado uma vez que se está deixando de contabilizar
aquela população mais carente que não tem acesso aos serviços de assistência
mécica e que representa. nesta região. um peso ainda bastante significativo no
cômputo geral. Por certo, a situação nutricional, tanto das mães, quanto das
crianças destes estratos. deve ser bastante precária e. caso fossem
incorporadas, elevariam os valores das proporções de crianças com baixo peso ao
nascer.
25
~cesa~ -::2s res .... :ac:cs s:::;e
em. ~rat~camente. toaas as reg~ões orasi leiras.
Para o Bras· c8mc um tOC8. a o:ccorçâo Ge 11.3:~ ::le cr1ar.ças com
taixc ~eso ao nasce; é.
dobro ~a encont raaa para Da i ses como Cuba I 7~; l. -.:sA I 7'; l. Arger:t 1 r.a 1 6', i. URSS
16%1 e s~écia 14%1.
Tabela 11
Proporção ae crianças com baixo peso ao nascer,
segunao as Grandes Regiões 1985 -1987
Proporção de crianças com oaixo peso ao nascer 1 ;; l
Grandes Regiões
Bras i 1
Norte
Nordeste
Sudeste
Sul
Centro-Oeste
1985 1987
11 '3
9.3 H),Ll
9,3 9,4
13,7 1 o' 1
10,7 9.6
7,9 6,4
Aceitando-se como ~ais corretas as informações para as regiões mais
desenvolvidas, em 1985 o quaaro mostra-se ainda mais dramático. com proporções
de 13,7% e 10,7% para a Região Sudeste e Sul, respectivamente O alto valor
encontrado para a Região Sudeste por certo deve ser ainda um reflexo da crise
econômica que se abateu socre a Região durante os primeiros anos da aécaaa de
80. a aual teve reflexo orofundo sobre as condições ae vida da pooulação. em
esoecíal entre os estratos mais carentes.
Já em 1987, constatam-se reduções nas áreas mais aesenvolvidas,
coincidindo com o processo oe recuperação econômica.
26
Na Região Nort e e Noroeste. oraticamente não houve granoes
a l terações nas proporções o oue atesta a tese da suoenumeração cesses valores.
Quanto à Região Centro-Oeste, que durante a década tem siao uma
área onae ocorreram grances in vestimentos e expansão econômica. obteve a mesma
os menores índices sobre oaixo oeso ao nascer. oastante oróximos aos aos oa ises
acima relacionados.
Em síntese , são a i nca bastante precárias as condições de saúae e
nutrição cas crianças brasileiras. inaepenaentemente oa região sob estudo . Este
fat o nos leva a advogar a necessidade ce que seja caca atenção especia l às
mu lneres, principalmente durante o parto e às crianças . após o nascimento . de
orma a que não tenhamos ainda mais comprometido o desenvolvimento físico e
ment al normal, com reflexos profundos no desenvolvimento futuro do país.
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Livraria do IBGE Avenida Franklin Roosevelt, 146 -loja 20021-120- Castelo- Tel.: (021)220-9147
Nos Estados procure o Setor de Documentação e Disseminação de Informações- SDDI, da Divisão de Pesquisa
Norte
RO Porto Velho- Rua Tenreíro Aranha, 2643- Centro 78900-750- Tels.: (069)221-3077/3658- Telex: 692148
AC - Rio Branco - Rua Benjamin Constant, 506 - Centro 69900-160- Tel.: (068)224-1540- Telex: 682529
AM- Manaus- Avenida Ayrão, 667- Centro- 69025-050 Tels.: (092)232-0152/0188- Ramal 13- Telex: 922668
RR- Boa Vista- Avenida Getúlio Vargas, 84-E- Centro 69301-030- Tel.: (095)224-4425- Telex: 952061
PA- Belém- Avenida Gentil Bittencourt, 418- Batista Campos 66035-340- Tel.: (091)241-1440- Telex: 911404
AP- Macapá- Rua Jovino Dinoá, 2123 -Centro 68900-160- Tel.: (096)223-2696- Telex: 962348
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Nordeste
MA- São Luís- Av. Silva Maia, 131- Centro 65020-570- Tel.:(098)232-3226- Telex: 982415
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CE- Fortaleza- Avenida 13 de Maio, 2901- Benfica 64040-531- Tel.: (085)243-6941- Telex: 851297
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Sudeste
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