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"Vivia com os meus pais numa casa pequena no Havai, com a cozinha a um canto", conta. "Lembro-me que um dia cheguei a casa e tínhamos uma ordem de despejo e uma fechadura nova na porta. Não sabíamos onde íamos dormir naquela noite e a minha mãejoi-se abaixo. Pedimos emprestados, acho que foram 180 dólares a familiares para pagarmos a renda da semana e voltarmos a entrar. Lembro-me de estar deitado à noite, grato por ler uma cama onde dormir, e de pensar que ia começar a trabalhar o meu corpo para que a minha mãe não tivesse de voltar a passar por aquilo. Todos os tipos que idolatrava -fossem da família, ou tipos como Stallone ou Schwarzenegger ou até Clint Eastwood em O Indomável Rebelde, onde fazia de lutador - trabalhavam os seus corpos e tinham atingido o sucesso. " Johnson tem uma presença enorme, tanto em dimensões físicas como ao nível do sucesso profissional. A Empire encontrou-o na sua casa em San Fernando Valley, na Califórnia, uma casa que tem uma vista que outrora pensámos estar apenas ao alcance de abastados barões da droga em filmes de ação. No corredor de entrada tem um expositor de vidro enorme que contém os cinco cintos dos seus dias no wrestling. A espada de O Rei Escorpião está pendurada a um canto, e deve ser um dissuasor mais eficaz que qualquer alarme antirroubo. Na casa de banho seis toalhas de mãos diferentes - que decadência. Sentamo-nos para conversar no escritório: paredes e teto prelos, cadeiras de cabedal preto, vidros pretos. A única cor é providenciada por uns post-its rosa colados na secretária, com notas de Johnson. É o reino de um homem que alcançou o sucesso e gosta de se lembrar de como o fez. Fisicamente, é enorme (quase dois metros e pesa mais ou menos o mesmo que uma pequena casa de campo), mas também tem uma presença enorme. Tem um sorriso rápido (nos seus dias de wresíler disseram-lhe que o sorriso era o seu maior dom) e aborda cada conversa como se fosse o momento mais alto do dia. Pode muito bem ser que. tal como muitos outros que estão no topo, o ator seja apenas bastante bom a "jogar o jogo", mas a verdade é que Dwayne Johnson parece mesmo gostar de ver felizes aqueles que o rodeiam. Todos os que o conhecem elogiam a sua simpatia. Hoje parece estar mais sério do que o costume, talvez porque terminou a promoção a Ilha Misteriosa, o que exige o máximo da sua concentração. Ou talvez tenha sido da festa de estreia de ontem à noite. Mas é boa companhia, e nada intimidante para um homem com aquele perímetro. Johnson fala da sua carreira de uma forma mais comum aos rappers do que aos atores. A maior parte dos atores fala dos realizadores com quem gostariam de trabalhar e de este ou daquele festival de cinema europeu que estão ansiosos por visitar. Mas Johnson fala antes do seu "brand"- o que normalmente é o suficiente para nos fazer desconfiar de uma pessoa - e ao pensar no futuro diz que "vou com certeza continuar a ser ator, mas também adoro a ideia de me tornar bem-sucedido e dominante noutras áreas. Quero apresentar qualidade, seja num filme de ação ou num filme familiar - que normalmente são sovados pelos críticos. quero que o filme seja bom. Quero expandír-me e crescer, seja a trabalhar em diferentes géneros, a produzir ou a escrever outro livro [o primeiro, a autobiografia The Rock Says..., foi um bestseller]." Faia dos seus filmes mais como um produto, e em vez de se preocupar com aquilo que o papel lhe oferece, pensa antes no que o filme oferece "ao meu público". Sendo assim, qual éa sua prioridade: ser empresário ou ator? "Ambos têm igual importância", diz com sinceridade. O que não é surpreendente quando pensamos na arena que o catapultou para o sucesso. EM 1995, O MUNDO DE DWAYNE JOHNSON desabou. O ator estava no pico da sua condição física, a jogar futebol americano na equipa cios Calgarv Stampedersna liga

Press Review page - clipquick.com · e tinha a hipótese de 'roubar' o filme com aquele ... não aceitou um papel tão arrojado como o da estrela de ... às vaias-tinha de se manter

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"Vivia com os meus pais numa casa pequena no Havai, com

a cozinha a um canto", conta. "Lembro-me que um dia chegueia casa e tínhamos uma ordem de despejo e uma fechadura nova

na porta. Não sabíamos onde íamos dormir naquela noite

e a minha mãejoi-se abaixo. Pedimos emprestados, acho que

foram 180 dólares a familiares para pagarmos a renda da semana

e voltarmos a entrar. Lembro-me de estar deitado à noite, grato

por ler uma cama onde dormir, e de pensar que ia começara trabalhar o meu corpo para que a minha mãe não tivesse de

voltar a passar por aquilo. Todos os tipos que idolatrava -fossemda família, ou tipos como Stallone ou Schwarzenegger ou até

Clint Eastwood em O Indomável Rebelde, onde fazia de lutador- trabalhavam os seus corpos e tinham atingido o sucesso.

"

Johnson

tem uma presença enorme, tanto

em dimensões físicas como ao nível do sucesso

profissional. A Empire encontrou-o na sua casa

em San Fernando Valley, na Califórnia, uma casa

que tem uma vista que outrora pensámos estar

apenas ao alcance de abastados barões da drogaem filmes de ação. No corredor de entrada tem

um expositor de vidro enorme que contém os cinco cintos

dos seus dias no wrestling. A espada de O Rei Escorpião está

pendurada a um canto, e deve ser um dissuasor mais eficaz que

qualquer alarme antirroubo. Na casa de banho há seis toalhas

de mãos diferentes - que decadência.

Sentamo-nos para conversar no escritório: paredes e teto

prelos, cadeiras de cabedal preto, vidros pretos. A única coré providenciada por uns post-its rosa colados na secretária,

com notas de Johnson. É o reino de um homem que alcançouo sucesso e gosta de se lembrar de como o fez.

Fisicamente, é enorme (quase dois metros

e pesa mais ou menos o mesmo que uma pequenacasa de campo), mas também tem uma presençaenorme. Tem um sorriso rápido (nos seus dias

de wresíler disseram-lhe que o sorriso era o seu

maior dom) e aborda cada conversa como se

fosse o momento mais alto do dia. Pode muito

bem ser que. tal como muitos outros que estão

no topo, o ator seja apenas bastante bom a "jogaro jogo", mas a verdade é que Dwayne Johnson

parece mesmo gostar de ver felizes aqueles queo rodeiam. Todos os que o conhecem elogiama sua simpatia. Hoje parece estar mais sério

do que o costume, talvez porque terminoua promoção a Ilha Misteriosa, o que exigeo máximo da sua concentração. Ou talvez tenhasido da festa de estreia de ontem à noite.

Mas é boa companhia, e nada intimidante

para um homem com aquele perímetro.Johnson fala da sua carreira de uma forma

mais comum aos rappers do que aos atores.

A maior parte dos atores fala dos realizadores

com quem gostariam de trabalhar e de este ou

daquele festival de cinema europeu que estão

ansiosos por visitar. Mas Johnson fala antes do

seu "brand"- o que normalmente é o suficiente

para nos fazer desconfiar de uma pessoa - e ao

pensar no futuro diz que "vou com certezacontinuar a ser ator, mas também adoro a ideia

de me tornar bem-sucedido e dominante noutrasáreas. Quero apresentar qualidade, seja num filmede ação ou num filme familiar - que normalmentesão sovados pelos críticos. Só quero que o filme

seja bom. Quero expandír-me e crescer, sejaa trabalhar em diferentes géneros, a produzir

ou a escrever outro livro [o primeiro, a autobiografia The Rock

Says..., foi um bestseller]." Faia dos seus filmes mais como um

produto, e em vez de se preocupar com aquilo que o papel lhe

oferece, pensa antes no que o filme oferece "ao meu público".Sendo assim, qual é a sua prioridade: ser empresário ou

ator? "Ambos têm igual importância", diz com sinceridade.O que não é surpreendente quando pensamos na arena queo catapultou para o sucesso.

EM 1995, O MUNDO DE DWAYNE JOHNSONdesabou. O ator estava no pico da sua condição física, a jogarfutebol americano na equipa cios Calgarv Stampedersna liga

canadiana. " linha conseguido uma bolsa para a Universidade

de Miami e estava a jogar na companhia de atletas fantásticos",

conta. "Naquela altura a universidade era uma máquina que

produzia jogadores fantásticos para a NFL. Estava tudo

alinhado e tinha dado todos os passos certos." Dois meses depois

do início da primeira época, foi despedido. Sem mais nem menos.

A sua crença de que aplicar-se a HW/» em algo levava ao sucesso

foi abalada. Tinha visto os homens que idolatrava a moldarem

os seus corpos até à perfeição e a alcançarem o sucesso, mas este

método não tinha funcionado consigo.

"Para mim, a condição física era sinónimo de sucesso.

As minhas notas eram más, mas lá me ia safando. Acreditava que

se conseguisse fazer algo com as minhas mãos, esculpir o meu

corpo, conseguiria deixar de ser pobre." O objetivo que tinha

almejado e pelo qual tinha feito todos os possíveis para alcançar

fugiu-lhe, e Johnson sentiu-se abatido. "Tive de voltar a viver

com a minha mãe num pequeno apartamento em Tampa, na

Florida. Lembro-me que o julgamento do O. J. Simpson estava

a dar na TV e passei três dias em limpezas. Esfreguei as paredes,

o chão, tudo. Depois disso percebi que tinha de fazer algo ".

Passados três dias, Johnson entendeu que tinha de tentar algo

diferente. Iria experimentar o negócio de família: o wrestling.O seu avô materno, "High Chief" Peter Maivia, tinha sido um

wrestlerdé" renome na década de 1960 e o seu pai, Roeky

Johnson, fazia parte da WWFííos anos 1980. "Eles tinham sido

a sua própria 'marca'", por isso, na mente do jovem Johnson faziasentido continuar o negócio de família.

"Contei ao meu pai e tivemos uma discussão enorme. Às vezes

prefiro levar um murro na cara do que ouvir alguém que amo

a gritar comigo. Consigo encaixar melhor o murro, mas as

palavras do meu pai magoaram-me. Estava numa aliura sensível

e ele disse: 'A cho que não tem nada a oferecer [ao wrestling].Não devias entrar, nem podes.

' E depois disse algo que me

marcou. Disse: 'Olha à tua volta. Isto é tudo o que tenho depois

de 35 anos a lutar: um apartamento de duas assoalhadas em

Tampa que custa 500 dólares por mês. Não quero que passes poristo.

' Mas quando somos um miúdo rebelde de 24 anos que está

decidido a vencer o mundo, percebemos as palavras, mas

seguimos avante na mesma. Por isso, disse-lhe que ou ele me

treinava, ou eu iria treinar com outro qualquer, mas que iafazê-lode qualquer das formas. Eele. concordou em treinar-me. . .

"O wrestling acabou por ser o local indicado para mim, »

"Para mim é uma saladade frango." The Rock

eßruceWHlistentam persuadir

Adrianne Palicki a ir

comprar o almoço.

"Acreditava que setrabalhasse o meu corpo,poderia deixar de ser pobre."Dwayne Johnson

que na altura não tinha experiência como ator... Aprendia apresentar-me em frente a 50 mil pessoas todas as noites.

Era o meu próprio argumentista, realizador, produtor, ator,

duplo. Foi algo de muito valioso. "

jflßE| meio da nossa entrevista, o telefone toca.JHHt Johnson olha para o ecrã e diz: "É só o Steven

SKWÊk Spielberg. Ligo-lhe depois." Era mentira,ÊÊÊ mi mas o mais engraçado é que essa chamada

pode mesmo vir a acontecer. Johnson é uma

JHPHIHb estrela de cinema de corpo inteiro, um nomeMmÊ Sfifique é dinheiro em caixa, mas também é um

bom ator, melhor do que muitos pensam, talvez até mesmo ele

próprio. Até em filmes como O Regresso da Múmia, onde foi

transformado num dos piores monstros CG da história, nunca

se desgraçou ("Tinha um aspeto merdoso, mas a minha cara

continuava bonita", sorri). Só fez dois filmes que fugiram àquiloa que nos habituou: Jogos Mais Perigosos, a sequela de Jogos

Quase Perigosos, e Soulhland Tales, de Richard Kelly. Nenhumdeles teve bons resultados, mas no primeiro mostrou que tinha

talento para a comédia e que era capaz de fazer algo opostoà sua imagem popular. Que outra estrela de wrestling estaria

disposta a interpretar um guarda-costas gay que gosta de

música country?"Foi um grande risco", sublinha. "Em especial tendo em

conta a minha base de fãs na altura, porque tinha acabado

de sair do wrestling. Mas havia grandes atores envolvidos

e tinha a hipótese de 'roubar' o filme com aquele pequenopapel. Por isso tentei." E conseguiu. Nos últimos seis anos

não aceitou um papel tão arrojado como o da estrela de açãoamnésica Boxer Santaros em Southland Tales. Será quese assustou com os fracos resultados destes filmes mais

modestos, algo inaceitável para Johnson? É a primeira vez

que entramos num silêncio prolongado.O ator acaba por dizer: "Não, não diria assustado. . .

A verdade é que os guiões independentes que me chegamàs mãos não são assim tão interessantes. Vai acontecer; algo

especial acabará por surgir, mas isso ainda não aconteceu.

Também acho que ao longo dos anos estabeleci uma relaçãocom o público a nível global, e há certas qualidades nas

personagens que interpreto, acho que elas querem fazer

o que está certo. Sínto-me atraído por aqueles papeisonde [as personagens] precisam de ultrapassar o desesperoe de certa forma galvanizar as pessoas à sua volta.

Aprecio isso em pessoas que não são necessariamente heróis

elas só querem fazer o que está certo. "

EM 1997, DWAYNE JOHNSON ESTAVA PERANTEmilhares de pessoas que gritavam:

" VOU FUCKJNGSUCK!" Ele era. diz o ator, "o lutador menos popular [daWWF],

"Depois de lutar brevemente sob o nome de Flex

Kavana e Rocky Maivia - uma combinação dos nomes do seu

pai e avô sugerida pelo mentor e patrão da WWF (agora WWE)Vince McMahon tinha-se tornado The Rock. Tinha sido

declarado uma estrela pela empresa, mas a multidão vaiava-o emtodos os combates, esendoum "babyface" (umdosbons). The

Rock não podia reagir às vaias - tinha de se manter fiel ao guião."Felizmente, lesionei-me e tive de ficar um verão de baixa",

conta. 'Depois recebi uma chamada do vice-presidente [daWWF[ a dizer. ' Vamos fazer de ti um 'heel '

[vilão].' Disse:

'Tudo bem, mas quero uma oportunidade para falar durante60 segundos em direto na TV" The Rock foi colocado num

grupo chamado Nation Of Domination. um grupo de vilões

"pró-negros". "Por isso, tive os meus 60 segundos e disse:' Vou juntar-me à Nation Of Domination, mas isto não temnada a ver com a raça, tem a ver comigo a partir-vos a boca.'

No espaço de duas semanas passei a ser o 'heel' mais popularda empresa e passados três meses sagrei-me o campeão

do mundo mais jovem de sempre."

Johnson

vai fazer 40 anos em maio, algo que não

o perturba minimamente. Menciona SylvesterStallone como alguém que consegue manter

o estatuto de estrela de ação bem depois de entrar

nos "entas". O ator chama agora amigos aos seus

heróis de infância - Stallone. Schwarzenegger,Willis -, tendo-os conhecido enquanto ainda era

wrestler e tendo-se sentido "muito agradecido pelo seu apoio"

quando decidiu tornar-se ator. (Willis, como é óbvio,

contracena com Johnson em G. I. Joe: Retaliação, e o ator

"As personagens que interpreto não são bem heróis- só querem fazer o que está certo." Dwayne Johnson

partilhou uma cena com Schwarzenegger em Bem- Vindos

ú Selva, de 2003; e apesar de ainda não lhe terem pedido

para entrar num Expendables, seria algo que consideraria

se o conseguisse "elevar".)"Sinto-me lindamente por ir entrar nos 40 anos", afirma.

"E vou dizer-vos porquê. Dos 20 aos 30 pensei que podia fazer

tudo o que quisesse. Não sabia nada de nada. Foi uma época

em que atingi alguns marcos, mas estava sempre a improvisar

e pensava que sabia tudo. Não percebia a importância das

relações, de ter um mentor, das figuras paternas; é tudo coisas

que esquecemos quando estamos na casa dos 20. Quando

cheguei aos 30, comecei a aperceber-me da realidade e as coisas

começaram a acontecer. Tornei-me pai, depois perdi o meu

Em cima: de volta à afrono papel de Elllot

Wilhelm em JogosMesmo Perigosos.

Em cima, à direita: umconfronto de elevado

índice de testosteronacom Vin Diesel em

Velocidade Furiosa 5.

casamento, tive uma altura em que os meus filmes começarama fracassar. Tive de aprender com tudo isto e arranjar forma

de recuperar. É como vos digo, sinto-me fascinado com

homens que têm de vencer as dificuldades. Por isso, 40 anos?

Força, estou à espera."

EM 1985, DWAYNE JOHNSON PASSOU A MÃlOfi

parte do verão a ver Rocky IV, visitando o cinema do bairro

quase todos os dias. Estava obcecado com o filme. Subitamente.,

numa bela tarde atendeu um dos mais fantásticos telefonemas

da sua vida: "O meu pai ligou-me e disse: 'Sabes aquele russo

grande que entra naquele filme de que tanto gostas? Está aqui no

ginásio.' Ali, no World Gym em Waikiki, no Havai. Nunca corri

tanto na minha vida. Estava a seis quilómetros de distância.

Era um dos meus ídolos.

"E cheguei lá,

com borbulhas na cara,

com a minha afro,

um corpo estranho.

Para piorar a situação,trazia um rádio enorme

ao ombro - era um desses tipos. . . Cheguei láeo Dolph Lundgren

estava a sair do ginásio. Fui direto a ele e comecei a balbuciar.

E ele não podia ter sido mais simpático. Tirou uma fotografia

comigo, que a minha mãe ainda tem pendurada em casa, e quando

nos estávamos a separar disse-lhe uma coisa mesmo estúpida:

'Ei, talvez possamos sair juntos um dia!' Ele virou-se e disse:

'Pois! Sim! Claro!' Ele não fazia ideia de como aquilo era

importante para mini, de tal forma que ainda hoje falo nisso.

Não tinha ideia de como tinha sido porreiro por ter passado

aqueles cinco minutos comigo, para mostrar que se importava

com osfãs. Fantástico. " OR

G,I. Joe; Retaliação estreia a 19 de julho.