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Leitura sem dogmas 2012|2013 Ano XVI nº1 1ª Tiragem Escola Secundária de Rio Tinto 1960 - 2050 Previsão da Evolução da População Portuguesa 1% 0% 1% (percentagem da população) 100 anos 95 90 85 80 70 75 65 60 55 50 45 40 35 30 15 10 5 Homens Mulheres

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Leiturasem dogmas

2012|2013Ano XVI nº1 1ª Tiragem

Escola Secundária de Rio Tinto

1960-2050

Previsão da Evolução da População Portuguesa

1% 0% 1% (percentagem da população)

100 anos

95

90

85

80

70

75

65

60

55

50

45

40

35

30

15

10

5

Homens Mulheres

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EditorialEmilia Reis, prof de Português

2012chega ao fim e nada melhor para

fechar o balanço do ano do que recordar

tudo o que de bom aconteceu, esquecer

os dias menos bons e começar a listar as

metas para o ano que se inicia em breve,

tendo em conta que “um objetivo sem

um plano não é mais que um desejo”..

O desejo da União Europeia, ao proclamar

2012 o Ano Europeu do Envelhecimento

Ativo e da Solidariedade entre Gerações,

era facilitar a criação de uma cultura do

envelhecimento ativo na Europa, sensibi-

lizando a opinião pública para a impor-

tância do envelhecimento da população

e para o contributo dos idosos para a so-

ciedade e para a economia e incentivar os

responsáveis políticos a tomarem medi-

das para a criação de condições necessá-

rias ao envelhecimento ativo e ao reforço

da solidariedade entre as gerações.

2013 será proclamado o Ano Europeu

dos Cidadãos cujo objetivo consiste em

facilitar aos cidadãos da União o exer-

cício do seu direito de circular e residir

livremente no território da U.E. Ao longo

do novo ano, serão organizados eventos,

conferências e seminários, a nível nacionl,

regional e local.

À conversa com o Eurodeputado Diogo FeioPedro Ferreira, 9º C

No dia 4 de Outubro de 2012, o Eurodeputado Diogo Feio veio à Escola Secundária de Rio Tinto para uma tertúlia sobre o envelhecimento ativo com alguns alunos do 9º, 11º e 12º anos.

Nessa tarde, antes do Eurodeputado chegar, uma equipa de técnicos da “Farol de Ideias” deslocou--se ao nosso estabelecimento de ensino para preparar e montar todo o equipamento indispen-sável para a gravação da conversa.

O encontro decorreu no centro de recursos da es-cola com alguns alunos convidados para o efeito. Durante a conversa com o Eurodeputado, foram colocadas perguntas pertinentes sobre o tema e os alunos acabaram também por responder a questões colocadas pelo próprio entrevistado.

A tertúlia aconteceu, especificamente, para que se filmasse um vídeo que posteriormente irá ser integrado num documentário de 25 minutos e que irá ser divulgado no Parlamento Europeu.

A conversa foi muito agradável e agora os alunos participantes e os professores esperam ver a sua prestação no Parlamento Europeu e na televisão e concretizada a promessa feita: realização de uma viagem ao Parlamento Europeu.

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Leitura sem dogmas ∙ 3

Quando o Tempo Sobra Ana Santos, prof. de Português

Falar do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações é falar de um tema que nos é muito querido e ao qual deveremos dar toda a atenção, pois o envelhecimento é um processo natural e necessário se torna lidar com ele desde cedo para evitarmos situações desagradáveis no futuro. Nesta sociedade tão atarefada onde o tempo não estica e o trabalho nos absorve tanto, deveremos investir mais no futuro, para aprender-mos a viver antes de a nossa vida acabar. Ora, como a medicina deu mais vida aos anos, é imperioso que haja um leque mais variado de atividades, dando oportunidades a todos para que não fiquem à mar-gem do progresso. É por isso que é habitual ouvir-se dizer que se tem tempo demais. É para estas pes-soas idosas, mas com muito tempo, que a sociedade deveria inclinar-se, valorizando o seu saber fazer que se foi acumulando ao longo de décadas de trabalho. E há já muitos municípios que tiveram uma perceção da situação e conseguiram organizar-se no sentido de manter ocupadas as pessoas idosas, mas com muitas competências que agora as põem ao serviço dos outros. Assim, todos ficam a ganhar, os idosos porque não ficam fora do progresso; os outros por-que aprendem numa escola diferente, a da vida.

Porque o envelhecimento não é a bom rigor um problema para o país. Ora, se se vive mais anos, é sinal de que a sociedade fez progressos que permitiram que as pessoas vivessem mais tempo. Mas será que elas se prepararam para continuarem ativas? Há quem o tenha feito, mas há quem não tenha percebido atempadamente que o proble-ma também era delas. Porque a velhice retira-nos mobilidade, é certo, mas não as competências que adquirimos ao longo da vida. E estas poderão ser postas ao serviço da comunidade ou da família, por exemplo. Somos um país de velhos, mas também um país de oportunidades. E inteligentes são aque-les visionários que canalizam para as localidades o saber fazer desta gente ativa, quer em atividades desportivas ou intelectuais, fazendo, muitas vezes, a ponte entre gerações. E disso, há quem ainda se não tenha lembrado!

O papel dos avósem documentário Hugo Correia, jornalista (Farol de Ideias)

2012 foi o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre as Gerações e o Gabinete português do Parlamento Europeu quis valorizar esta problemática. Numa parceria entre o Parlamento e a produtora de televisão Farol de Ideias, foi produzido um documentário protagonizado por cinco eurode-putados portugueses que se uniram em torno de uma causa: dar visibilidade ao Envelhecimento Ativo e à Solidariedade entre Gerações.

Ao longo de cerca de meia hora, a jornalista Sílvia Camarinha convida os espectadores a presenciar o dia-a-dia dos vários eurodeputados e a forma como convivem com esta realidade, seja na sua vida pes-soal ou na discussão política no Parlamento.

Enquanto Edite Estrela e o neto se divertem a fazer exercício físico, Marisa Matias descobriu o que é viver com Alzheimer na velhice e Graça Carvalho vai à procura dos mais recentes avanços na medicina. Dias mais tarde, Inês Zuber, a mais nova eurodepu-tada portuguesa encontrou-se com Astrid Lulling, a mais experiente deputada do Parlamento Europeu e juntas trocaram impressões sobre a solidariedade nesta Europa cada vez envelhecida.

Já a voz dos mais jovens foi ouvida, curiosamente, na nossa Escola Secundária de Rio Tinto. O eurodepu-tado Diogo Feio quis saber o que os nossos colegas têm aprendido com os mais velhos, numa discussão animada, e muito participada também, que teve lugar na biblioteca da Escola. Uma versão compacta deste documentário já pode ser vista na internet (http://vimeo.com/53681277). A versão integral de-verá ser emitida em breve na televisão portuguesa.

O Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Soli-dariedade entre as Gerações já chegou ao fim, mas a pertinência e a atualidade destes temas mantêm-se na agenda política e em todos os dias da nossa vida!

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4 ∙ Leitura sem dogmas

Ana Vaz, 11ºD

No passado dia 5 de Outubro, aquando da comemo-ração dos 102 anos da Implantação da República, Cavaco Silva, o atual Presidente da República, discur-sou perante os vários convidados, após hastear a bandeira de Portugal.

No discurso, Cavaco Silva referiu que, e passo a citar: “Por muito difícil que seja o presente, não podemos abdicar de uma linha de rumo que nos sirva de orientação, uma estratégia nacional que antecipe os desafios que iremos enfrentar num horizonte de médio e longo prazo. O nosso sacrifício tem de ter um propósito, um sentido, uma razão de ser. Não atravessamos dificuldades unicamente para corrigir erros do passado recente, mas também para encon-trar um rumo para o futuro”.

Numa atitude promotora de esperança e ignoran-do as últimas medidas de austeridade impostas ao nosso país, de modo a não estragar o espírito co-memorativo que se vivia nesse dia, o Presidente da República não poderia, na minha opinião, ter feito um discurso mais assertivo. A verdade é que, tendo em conta a situação económica em que vivemos, há que cumprir a lista de objetivos a que nos propomos e não nos distanciarmos do rumo que agora nos serve de orientação para um futuro melhor.

Os portugueses vivem, atualmente, um período de grandes sacrifícios e batalham entre assegurar uma vida minimamente aceitável e assegurar um futuro brilhante para os seus filhos e netos, para que estes não sofram as dificuldades por que hoje passamos. E muito embora os portugueses se manifestem contra algumas medidas impostas pelo Governo, muito forte tem sido o nosso povo, que não desiste perante a primeira dificuldade, que se sente pronto para ultrapassar qualquer obstáculo que apareça a médio e longo prazo, a corrigir erros do passado dos quais também é responsável, lembrando-se sempre de que “vencedor não é aquele que vence sempre, mas aquele que nunca deixa de lutar”.

E a luta continua, entre aumentos de impostos e redução de luxos. O valor da moeda diminui, mas o valor do país deve aumentar e realizam-se esforços conjuntos para que tal aconteça. A produtividade do país tem de crescer, assim como o número de oportunidades para a criação de grandes homens e mulheres; e, nesse sentido, Cavaco Silva defende que “nesta fase devemos adiar obras vultosas e grandes realizações, mas não podemos hipotecar o futuro, comprometendo o investimento na educa-ção das nossas crianças e jovens”, bem como “não podemos negar aos emigrantes o direito de partir em busca de um futuro melhor, mas temos o dever de tudo fazer para que retornem e contribuam para o melhor futuro do seu país. Não podemos deixar que se instale a ideia de uma geração adiada”.

As crianças e jovens de hoje serão os nossos futuros médicos, investigadores e ministros e irão gerir o nosso país conforme lhes for ensinado; daí que se deva investir na sua educação. Queremos que os nossos filhos e netos elevem Portugal em variadís-simos campos e que o levem para o nível seguinte, um nível de grande orgulho em que não se terá de emigrar para encontrar oportunidades de uma vida e em que não se dependa do dinheiro enviado por esses emigrantes.

Um futuro brilhante espera-nos. Só temos de encon-trar o caminho que nos leve até ele e seguir sem re-ceio. É o que temos feito e o que devemos continuar a fazer, tal como defende muito acertadamente o nosso ilustre Presidente da República, num discurso com o qual eu não poderia estar mais de acordo.

Texto de opinião sobre

O discurso de Aníbal Cavaco Silva no dia 5 de Outubro

foto in http://www.mundolusiada.com.br/ 30/12/2012

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Leitura sem dogmas ∙ 5

Parlamento dos Jovens

Crise e que futuro?temas em debateClube Europeu da ESRT

Este programa, organizado pela AR, em colaboração com outras entidades, visa promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pelo deba-te de temas de atualidade. Culmina com a realização de duas Sessões Nacionais na AR, preparadas ao longo do ano letivo, com participação de Deputados, designadamente da Comissão de Educação, Ciên-cia e Cultura, órgão parlamentar responsável pela orientação do programa. Todas as Escolas do 2º e 3º ciclos do ensino básico e do secundário são convida-das a participar.

“Ultrapassar a crise” e “Os jovens e o emprego: que futuro?” são os temas em debate no presente ano letivo.

O primeiro tema, dirigido a alunos de ensino básico, tem por objetivo promover a reflexão dos jovens sobre a atual situação económica e social, a qual atinge grande parte dos países, nomeadamente Portugal, para despertar iniciativas individuais e coletivas que conduzam à adoção de estratégias que permitam o desenvolvimento e o progresso das economias em crise.

Com o segundo tema, dirigido a alunos de ensino secundário, pretende a Comissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura, perante a atual proble-mática da empregabilidade, que atinge uma larga camada jovem da sociedade e que se traduz numa maior procura de trabalho e menor oferta, fomentar a reflexão sobre o tema “Os jovens e o emprego: Que futuro?”

Já foram designados pela Assembleia da República os Deputados que presidirão às Sessões Escolares na ESRT, cujo calendário também já foi afixado.

Nas turmas foram constituídas listas de candi-datos a deputados e discutidos os temas de cada faixa etária.

Nas Sessões Escolares, os alunos eleitos debaterão o tema desta edição do programa e redigirão o Projeto de Recomendação da Escola para sua representação na Sessão Distrital.

Paralelamente, realizar-se-á o Programa Euroscola, destinado apenas a alunos do ensino secundário.

O futuro dos jovens

em PortugalDjanira Só, 12ºH

É verdade que na atual situação do país os cortes são inevitavéis. É inegável que o país precisa de sacrifícios de todos os contribuintes e mais inegável é a necessidade de ajuda do estrangeiro e a inter-venção dos "sanguessugas" pomposamente conhe-cidos por FMI e TROIKA. Por causa de todos estes momentos difíceis em que o país se vê mergulhado talvez seja normal que a taxa de desemprego suba ligeiramente, porém o que não é normal é que o número de pessoas sem trabalho ronde os 16%, o que se traduz em quase um milhão de pessoas de "férias forçadas" e, em muitos casos, sem direito ao subsídio de desemprego. Com esta taxa, Portugal subiu ao terceiro lugar do pódio nas taxas de desem-prego mais elevadas da União Europeia, ultrapassa-do apenas por Espanha e Grécia.

Ainda menos comum é que a taxa de jovens entre os 15-25 anos sem emprego exceda os 35%. Com este panorama cada vez mais negro, eu pergunto:

- Que futuro nos espera?

- E do que nos serve andar anos e anos na escola e, mais tarde, na faculdade se o que nos espera é o abismo? O que vale é que temos o mar como vizi-nho e assim afogamo-nos mais rapidamente.

O amanhã juvenil é tão decadente a ponto de eu achar que devemos seguir o conselho do senhor primeiro-ministro e emigrar. Talvez assim passemos a ter mais valor e de preferência um respeito dura-douro e não somente de 4 em 4 anos ou de 5 em 5 anos que é quando se dão as campanhas legislativas e presidencais respetivamente, alturas em que o foco principal da classe política são os jovens e o seu futuro. Para além da classe juvenil, também estão a ser muito afetadas as criancinhas e os idosos, mas destes é melhor não falar.

A conjuntura atual do país é lamentável e a austeri-dade de certa forma compreensível, todavia o que não se entende é o facto de a austeridade ser feita em cima de muito sofrimento.

Deste modo, jovem nenhum pode olhar em frente e sorrir sem ter a sensação de que lhe está a ser roubado algo para o qual se preparou a vida inteira, merecendo, por isso, um futuro mais digno do que o que lhe está a ser reservado.

Nós, todos os jovens, somos considerados o futuro de um país e os próximos salvadores da Nação, mas como podemos ser considerados o amanhã se nem futuro temos? E como podemos ser vistos como os próximos salvadores da Nação se nem ela nos quer mais? É caso para dizer "nossa, que Violência!"

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6 ∙ Leitura sem dogmas

Programa de parceria multilateral

Tendo-se candidatado no ano letivo passado a uma dessas ações, a ESRT viu aprovado o seu projeto, intitulado SEARCH OF LOST HEROES, o que permi-tiu que, até julho de 2014, possa desenvolver um conjunto de atividades de intercâmbio com oito escolas europeias.

Desta parceria fazem parte duas escolas do Reino Unido, uma das Ilhas Canárias, e uma de cada um dos seguintes países: França, Itália, Polónia, Tur-quia e Grécia.

Na primeira reunião de trabalho, que teve lugar na Polónia, as duas professoras representantes da ESRT, Emília Reis e Odete Silva, discutiram com os restan-tes parceiros importantes aspetos do Projeto, o que implicou certos ajustamentos.

Estão já a trabalhar neste Projeto alunos da turma C do 9º ano, esperando a Equipa Coordenadora que novos alunos se venham juntar a eles.

Já foi criado o website do projeto e pode ser visitado através do endereço www.lostheroes.eu.

As duas próximas reuniões de trabalho terão lugar, ainda durante este ano letivo, em França e no Reino Unido, e contarão com a participação de alunos sele-cionados dentre os participantes.

Mobilidade Individual de Alunos

(MIA) COMENIUS 2013

MIA é uma iniciativa que permite aos alunos do ensino secundário frequentar durante 3 a 10 meses uma escola no estrangeiro, oferecendo uma experiência europeia de aprendizagem. Estas ações contribuem para a compreensão da diversidade das línguas e culturas europeias e desenvolvem competências necessárias ao desenvolvimento pessoal dos alunos.

A escola de origem nomeia um professor de con-tacto para apoiar o trabalho do aluno, seleciona os alunos, a escola e as famílias de acolhimento.

Ambas as escolas estabelecem uma monitoriza-ção eficiente para garantir a segurança do aluno e, conjuntamente com ele, estabelecem um acordo de aprendizagem. Encorajam a reciprocidade das mo-bilidades de alunos entre as escolas e as famílias de acolhimento e promovem intercâmbios de peque-nos grupos de alunos para facilitar a sua integração.

A escola de envio organiza a viagem do aluno, finan-ciada pela Agência Nacional do seu país, em acordo com a escola de acolhimento e assegura-se de que o aluno está segurado pelo Plano de Seguros para Grupos Comenius, providenciado pelo Grupo AXA, em nome da Comissão Europeia.

O financiamento referido contribui para o pagamen-to das despesas efetuadas pelas duas escolas, custo de preparação linguística do aluno e do professor tutor, uma viagem de ida e volta do aluno, desloca-ções internas e uma bolsa mensal paga ao aluno.

Alunos, pais e famílias de acolhimento assinam uma carta/formulário de consentimento com uma clara definição das suas responsabilidades.

A escola de envio seleciona os alunos até fim de março de 2013.

Estas e outras informações estão disponíveis na página web do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (PROALV) e a tua escola está disponível para te fornecer as condições necessárias a uma even-tual participação neste projeto.

Programas de Intercâmbio na ESRTO Programa COMENIUS é um projeto que visa melhorar a qualidade e reforçar a dimensão europeia da educação, desde o ensino pré-escolar até ao ensino secundário, bem como dos estabelecimentos e organi-zações que oferecem esses mesmos níveis de ensino, de modo a atingir todos os intervenientes e agentes da atividade educativa, através de dois tipos de ações descentralizadas geridas pela Agência Nacional PROALV (Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida), a saber: parcerias multilaterais e bilaterais entre escolas e mobilidades individuais.

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Leitura sem dogmas ∙ 7

Em direção ao hotel, passamos pelo Moulin Rouge, onde fizemos vídeos a dançar o can can e desco-brimos um “respiradouro” que libertava vento, o qual nos levantava a roupa. De volta ao hotel e com muita pena, pegamos nas malas e seguimos para o aeroporto onde, por volta das 17h partiríamos de regresso ao Porto com chegada as 21h (hora local).

As nossas elevadíssimas expectativas foram total-mente alcançadas, visto que nada podia ter corrido melhor. Divertimo-nos imenso todos juntos, com os professores, fizemos as nossas asneiras, no entanto tudo correu de acordo com o planeado.

Na nossa opinião, foi uma viagem muito bem pla-neada e a qual nos deu a oportunidade de viver um pouco uma cultura diferente da nossa. Tínhamos uma guia excecional que nos acompanhou durante toda a viagem. Apesar do pouco tempo para visitar todos os locais importantes da cidade achamos que guardamos na memória os factos importantes da visita. Tivemos a melhor das companhias. Salienta-mos ainda o facto de ter sido uma saída do país que guardaremos para sempre como uma das melhores recordações do nosso 3º ciclo.

Relatório da Visita de estudo a ParisDo dia 27 a 30 de junho de 2012, as turmas A e C do 9º ano e alunos do 11º realizaram uma visita de es-tudo a Paris, organizada pela Professora Isabel Alves e agência de viagens Pinto Lopes. Fomos acompa-nhados pelas professoras Isabel Alves, Maria Leite, Fernanda Delindro e Isabel Lourenço e esta visita programou-se no âmbito da disciplina de francês, como prémio de mérito para bons alunos, expandin-do os conhecimentos da cultura francesa.

Durante a viagem Porto-Paris, a partir do aeroporto Francisco Sá Carneiro com partida às 6h40 e com chegada prevista às 9h40 (hora local) ao aeroporto Orly, não houve quaisquer imprevistos.

Ao fim de alguns minutos de espera, chegou o transfer para nos levar ao HOTEL IBIS BUDGET PARIS LA VILLETTE, onde deixamos a bagagem. De seguida apanhamos o metro para irmos almoçar perto da célebre catedral de Notre Dame num restauran-te à escolha. Após o almoço visitamos a catedral. Apanhamos de novo o metro e seguimos para o museu do Louvre, onde pudemos observar o famoso quadro de Leonardo DaVinci, a Mona Lisa. Jantamos e seguimos para o hotel, onde vimos o jogo Portu-gal-Espanha. Durante todo o dia os alunos torceram pelo seu país.

No segundo dia, depois do pequeno-almoço fomos dar um passeio no Bateaux-Mouche pelas 7 pontes do rio Sena. Dirigimo-nos às galerias LaFayette e, em seguida, realizamos um passeio pela cidade. Depois do jantar, e a caminho da Torre Eiffel, admiramos o Arco do Triunfo e as lojas dos Champs-Ellysées. Por volta da meia-noite estávamos no segundo andar da Torre Eiffel a contemplar a maravilhosa noite da cidade de Paris. De regresso ao hotel deparamo-nos com o facto de não haver mais viagens de metro nessa noite, portanto tivemos de recorrer aos táxis. Sentados no chão esperávamos impacientemente pela hora de regresso ao hotel. Como o último grupo chegou muito tarde, as professoras deixaram-nos dormir até ao meio dia do dia seguinte com a condi-ção de estarmos prontos a tempo de irmos visitar o monumento seguinte.

No terceiro dia fomos ao parque da ciência de LaVillette onde pudemos interagir com as várias vertentes da ciência. Ao fim da tarde visitamos um museu de arte moderna, o Pompidou, onde ob-servamos muitos artistas, considerando este um ponto de encontro onde as pessoas podem conviver. Jantamos num local diferente, que achamos muito melhor. Depois do jantar voltamos para o hotel, para passarmos a última noite em conjunto. Foi fantástico pois divertimo-nos imenso nessa última noite.

No quarto e último dia visitamos a catedral de Sacré Coeur, vimos imensos artistas de rua e pudemos ver uma das partes onde incidia mais a cultura fran-cesa em restaurantes e muitas lojas de souvenirs.

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8 ∙ Leitura sem dogmas

“A Missão”Margarida Martins, 11ºH

O filme “A Missão” é uma fonte de cultura históri-ca que retrata precisamente as ações colonizado-ras e evangelização dos índios na América do Sul, no século XVIII.

É um filme que, explorando o tema da escravidão, nos faz refletir sobre o passado do nosso país e questionar se de facto nos podemos vangloriar dos nossos anos prósperos, ou se toda a nossa riqueza não teve valor superior a todo o sangue derramado para a obter. É portanto um filme que retrata a face da História que não costumamos, nem nos interessa, contar.

“A Missão” também dá a conhecer a forma de atuar da Companhia de Jesus. Esta pretendia instruir e, seu objetivo máximo, espalhar o Cristianismo por entre as tribos colonizadas. Só submetidos aos ensinamentos dos jesuítas, os indígenas estariam a salvo da escravatura. A cena do filme que mostra a integração de um jesuíta (Padre Gabriel, interpreta-do por Jeremy Irons) numa tribo de índios é absolu-tamente magnífica. Este consegue aproximar-se dos selvagens através da sua flauta, sendo valorizada a música como linguagem universal.

Este filme, logo de início, mostra-nos a crueldade e capacidade de destruição dos colonizadores quando Roberto Mendoza (Robert de Niro), violentamente, caça índios para servirem depois como escravos. No entanto, após ter morto o irmão, Roberto, afogado num enorme desespero, procura um novo senti-do para a sua vida, aliando-se ao Padre Gabriel e tornando-se um homem pacífico. É perdoado pelos índios, exibindo o filme o caráter bondoso e nada vingativo dos aborígenes, e a partir daí faz sua mis-são o dever de os evangelizar e educar.

O filme tomava um rumo encantador até que os portugueses e os espanhóis, sentindo necessidade de escravos, pediram à Igreja para acabar com as missões. Tendo a Igreja consentido à vontade destes dois países, os índios habituados à sua condição, negaram satisfazer os caprichos dos países coloni-zadores, envolvendo-se em devastadoras lutas. Os jesuítas ficaram do lado dos índios, tendo sido mui-tos deles assassinados. Roberto Mendoza e o Padre Gabriel não foram exceção.

“A Missão” para além de ser, indubitavelmente, um filme interessante, conta também com desempe-nhos louváveis por parte dos atores, maravilhosas paisagens e uma banda sonora soberba.

“A 11ª hora”Hugo Rocha, Curso EFA

“A 11ª Hora”, documentário produzido e narrado por Leonardo Di Caprio, que conta com a partici-pação e o testemunho de muitas pessoas empe-nhadas na causa ecológica, é uma reflexão sobre o impacto da atividade humana no planeta Terra, sobretudo numa perspetiva de análise ligada ao cada vez mais evidente e preocupante fenómeno das alterações climáticas.

As alterações climáticas a nível mundial provocam aumento da temperatura entre 3 e 4 graus, fenóme-nos extremos como a ocorrência de cheias, secas e tempestades com intensificação dos ventos, a redução da precipitação média anual, com períodos de chuva mais intensa e concentrada no Inverno e o aumento da frequência e intensidade das ondas de calor no Verão.

Os impactos das alterações climáticas também atuam sobre os recursos hídricos modificando a sua quantidade e qualidade; a redução da pluviosidade, destrói a qualidade das águas fluviais e aumenta a temperatura superficial da água do mar.

O aquecimento global é uma ameaça para a saúde pública porque aumenta as doenças associadas a ondas de calor; do aumento da poluição do ar resultam alergias e doenças cardiorrespiratórias. Au-mentam também os surtos de doenças transmitidas pela água e alimentos; a febre tifoide, as salmone-las, toxinas associadas a mariscos, cianobactérias e surtos de doenças transmitidas por insetos como malária, dengue, febre-amarela, doença de Lyme, febre escaro nodular e até mesmo encefalopatias são outros impactos do aquecimento global.

O filme “A 11ª Hora” não se limita a abordar estes e outros desastres ambientais, mostra o que é preciso fazer para os travar. As diversas entrevistas a cien-tistas e ambientalistas que o compõem ajudam a esclarecer questões ambientais e indicam alternati-vas conducentes à sustentabilidade. É, por tudo isto, um filme a não perder.

Cinema: crítica e reflexão

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Leitura sem dogmas ∙ 9

Hugo Rocha, Curso EFA

Na sociedade atual tem-se alargado o campo de intervenção do paisagista, muito para além da sua intervenção tradicional na edificação e no urbanismo, sendo o paisagista chamado a intervir nos campos do desenho industrial, nas artes gráficas e na cenografia.

Também a cultura visual tem um papel cada vez mais determinante na elaboração e na comunica-ção de projetos.

Pretende-se abordar e explicar, em que medida, com que processos, e em que circunstâncias, as Artes Visuais concorreram para a formação e se moldaram pelas ideologias e os sistemas culturais das socie-dades modernas e como participaram - direta ou indiretamente - nas contradições, nas tensões e nas crises dos diversos momentos da história mundial.

Os grandes temas culturais do mundo e dos princi-pais “poetas visuais” que fomentaram os diversos movimentos e atuações artísticas, indicam como se encontram e se configuram nos diversos modos de expressão, as suas relações com os avanços tecno-lógicos e, procurando fornecer, pela imagem, uma suficiente documentação ilustrativa.

A realização de uma metodologia crítica de aprecia-ção e valorização, pondo em evidência os valores de obras escolhidas entre as mais significativas permi-tindo analisar o processo com os quais os protago-nistas das artes visuais contribuíram, com os seus métodos e ações individuais, para a elaboração da cultura visual contemporânea que vai desde séculos atrás até aos dias de hoje.

A pintura da natureza imortaliza os seus diversos estilos ao longo dos tempos como o romantismo em que os seus métodos de contrastes cromáticos e estrutura agitada, movimentada, marcam por linhas oblíquas e sinuosas sendo normalmente uma pintu-ra animal, heróica e também histórica e nostálgica.

O Cubismo, representado por Cezanne e Picasso, com uma perceção errática, passa por três fases diferentes que duraram 7 anos por onde passa o Cubismo Cézanniano, que é a fase que dá início ao Cubismo. Período marcado pela forte presença das obras de Paul Cézanne. O Cubismo Analítico (entre os anos de 1910 e 1912) é a fase marcada pela união dos trabalhos criados separadamente por Picasso e Braque. O Cubismo Sintético (entre os anos de 1913 e 1914) é a fase marcada pelo uso de formas decorativas e cores marcantes. Usam a

realidade com a geometria, volume de um variado ponto de vista e contrastes cromáticos.

O Impressionismo, principalmente de paisagens, usa técnicas de pintura que valorizam a ação da luz natural, da decomposição das cores, utilizando um método de pinceladas soltas que buscam os movi-mentos da cena retratada e fazem uso de efeitos de sombras coloridas e luminosas.

O Naturalismo procura explicar o mundo através das forças da natureza. O ser humano está con-finado com as suas características biológicas e o meio social em que vive tem uma forte influência de acordo com o evolucionismo de Charles Darwin que mostra, através de uma forma científica, que se pintava aquilo que se observava; nele ocorre muito o uso de descrições de ambientes e de pessoas e os seus principais temas são as emoções humanas.

E, por fim, o Expressionismo que retrata paisagens de forma irreal onde o pintor expõe as suas fantasias e um mundo de sonhos surreais. Opõe-se à objeti-vidade da imagem, destacando, em contrapartida, o subjetivismo da expressão.

A paisagem na arte através dos tempos

in http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ernst_Ludwig_Kirchner_-_Waldfriedhof_-_1933.jpgKirchner 1933 Waldfriedhof

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10 ∙ Leitura sem dogmas

A clonagem e a ciência

O neo-sapiensHugo Rocha, Curso EFA

“Não se deve brincar com a natureza…, mas sou a fa-vor da clonagem de órgãos para o facto de se poder salvar uma vida”.

A natureza tem o seu rumo próprio e expande-se na-turalmente. Nascer, crescer e morrer é um processo natural. O facto de se poder clonar um ser humano destruiria por completo aquilo que nos faz seres únicos, seres individuais e interrompia o processo de seleção natural, processo esse que nos faz mais fortes, criativos e evolutivos. A evolução cessava.

Há também o caso da clonagem ser usada para fins destrutivos, o facto de um tirano do governo possuir tal tecnologia e por exemplo clonar um exército de soldados alterados geneticamente tornados em máquinas de combate exímias, implacáveis e sem sentimentos, uma visão um pouco “holocáustica” da situação, mas eventualmente possível. Imagine--se que se criava alguma tecnologia capaz de copiar toda a informação cerebral de uma pessoa, ou seja, o individualismo e personalidade, aquilo que faz de nós seres únicos, e que fosse possível introduzir no cérebro de um clone geneticamente manipulado ou até mesmo mais novo ou forte, talvez fosse o elixir da juventude que a humanidade tanto anseia. Tor-návamo-nos imortais, mas a evolução e a criação iria estancar. A vida, como nós conhecemos, extinguia--se… tudo ia contra a natureza do homem, talvez até a nossa criação se virasse contra nós e um novo neo-sapiens colonizava o nosso planeta, o clone.

Esta é uma visão um pouco catastrófica do tema mas com a evolução da tecnologia, ganância e so-berba do homem poderá ou não ser real.

Claro que o processo de clonagem em mãos idóneas e corretas poderá demarcar uma nova era, feita de prosperidade e evolução da raça humana.

Sou a favor da clonagem de órgãos para o aumen-to da qualidade de vida, a cura para certas doen-ças, transplantes. O facto de se ter a capacidade de evitar as listas de espera para a doação de órgãos e de corrigir certos defeitos genéticos, que hoje em dia são irreversíveis devido à escassez de órgãos ou rentabilizar e ter sempre disponíveis todos os tipos de sangue existentes para poderem ser usados sem demoras, seria um grande degrau na evolução do homem e na sua qualidade de vida. Sempre com respeito pela vida humana e seus direitos como a individualidade e originali-dade intrínsecas vejo isso como uma indiscutível evolução positiva para o Homem.

Carta AbertaBernardo, 9ºF

Caros leitores,

É o nosso futuro que está em causa!

As gerações que se avizinham irão sofrer as con-sequências dos nossos atos. O Planeta Terra está a destruir-se aos poucos, os seres vivos estão, cada vez mais, a sofrer. Por isso, a culpa é do Homem! A nossa maneira de viver pode ter sido bastante facilitada, nos últimos anos, mas se os outros seres vivos pudessem falar, eles não diriam o mesmo das suas vidas. Qual é o problema? A destruição de habitats, derrubando árvores, matando milhões de plantas e extinguindo espécies animais para ter material para o fabrico de bens para o Homem. A libertação de dióxido de carbono é outro problema considerado grave: milhares de fábricas libertam toneladas de CO2, a cada dia que passa, e biliões de transportes em todo o Mundo contribuem para agravar a situação. A camada de ozono, essencial ao planeta para regular a temperatura e prevenir RUV, está a ser destruída, principalmente devido a estes dois fatores. Nós podemos acabar com isto! Como?! Utilizando mais os transportes públicos, andando mais vezes a pé e incentivando os outros a não utilizar tanto o automóvel. Já é um bom começo! Se utilizarmos menos o papel, menos ainda os plásti-cos, as fábricas serão obrigadas a produzir menos, e logo menos poluição.

Por tudo isto, cabe-nos a tarefa da prevenção para que o problema se não agrave, fazendo a separação do lixo, apostando na sustentabilidade, de modo a vivermos melhor na Terra, ou seja, utilizando as nos-sas competências ambientais, dando o exemplo!

Óvulo não fertilizado

Núcleo

Óvulo sem núcleo

Formação de embrião

Núcleo de célula adulta

Célula adulta

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Leitura sem dogmas ∙ 11

Brincando com a Matemática...Esta edição do LSD, propõe-te, jovem leitor, por sugestão do prof. Joaquim Moura, uma série de desafios matemáticos, os quais podem ser entendidos como um passatempo ou uma brincadeira, dependendo do espírito com que forem resolvidos

Soluções:

Desafio 2: A solução pode ser a seguinte: (3+3/7) x7

Desafio 3: Ao fazer dois cortes verticais (pode ser em forma de X), o bolo estará dividido em 4 pedaços. Quando fizermos o corte horizontal, o número de pedaços será multiplicado por 2, ou seja, teremos 8 pedaços em apenas 3 cortes.

Desafio nº 1

Com a “Matemágica”, descobre a idade e o número de pessoas da família de alguém. Pede a alguém que pegue numa calculadora e dá-lhe as seguintes instruções:

1. Multiplica a tua idade por 2.

2. Soma 10 ao resultado.

3. Multiplica por 50.

4. Soma o número de pessoas da tua família (pai, mãe, irmãos).

5. Subtrai 500.

Pedindo-lhe o resultado final, podes dizer-lhe a idade e quantas pessoas tem a sua família. A idade é o número formado pelos algarismos do milhar e das centenas. O número de pessoas da família é forma-do pelos algarismos das dezenas e da unidade.

Desafio nº2

Forma o número 24 usando apenas os algarismos 3,3,7,7 um de cada vez. Podes usar as operações +, -, x, / e também parênteses, se achares necessário.

Desafio nº 3

Corta um bolo em 8 pedaços iguais, fazendo apenas 3 movimentos (3 cortes).

?

?

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12 ∙ Leitura sem dogmas

Cronicando“Velhos são os trapos”Vasco Paz-Seixas, técnico superior

Hoje novos, amanhã velhos.

De onde vimos para onde vamos? …

O ideal seria como diz o título da canção: “Forever Young” (dos Alphaville), mas não é assim e, tal como diz a Professora Rosário Melo: “Morremos, para a vida ter mais valor”.

Mas como não somos jovens para sempre, ao menos vamos tendo alguns apelos para condutas de maior respeito por esse patamar da nossa vida: a “velhice”, como é disso exemplo o “ano europeu do envelhecimento ativo”.

Tendo como mote para a nossa reflexão: “Como é que os jovens sentem que as pessoas com mais idade são tratadas na sociedade a nível da sua valoração como cidadãos ativos”, se sentem que os seus pares (e os jovens) os respeitam e se há um enquadramento “saudável” entre os mais novos e os mais velhos e sobretudo um aproveitamento de conhecimentos de uma vida, que só mesmo o enve-lhecimento consegue dar.

Eis então o que pensam sobre o assunto as cronistas de serviço Ana Paula França, Djanira Só e Joana Pedrosa.

Ana França, 12ºE

2012 chega ao fim e com ele o ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, algo que não devia ser apenas um ano, mas sempre. Pois se a natureza não nos pregar uma partida, é para “velhos” que vamos, e com certe-za que ninguém quer ser esquecido, maltratado, desrespeitado ou inferiorizado por ter uma idade já mais avançada.

Os jovens por vezes não são tão respeitadores e compreensivos com os idosos como era de esperar que fossem. Ora vejamos um exemplo: quando um idoso entra num autocarro, cansado demais e quase sem poder estar em pé, o que é que uma pessoa mais jovem deveria fazer? Dar o seu lugar pois deve ter mais condições de ficar em pé durante a viagem. É o que fazem? Por vezes, não! Às vezes é a pessoa mais idosa que tem de pedir para se sentar, algo que, na minha opinião, não deveria ser necessário e chega ao patamar do ridículo! Como estes episódios há muitos mais, infelizmente!

Tirando isto, algumas pessoas não têm a noção do quanto poderiam aprender, “perdendo cinco minu-tos” do seu tempo a ouvir um idoso contar as suas histórias e a transmitir tudo aquilo que a vida o fez

entender e aprender, a bem, ou a mal. Muitas vezes não percebem que esses conhecimentos, essas his-tórias de alguém que já passou pela nossa idade e já viveu muito, poderiam trazer enorme ajuda às suas vidas, às suas “decisões difíceis”, ou por semelhança de ocasiões ou porque se poderiam lembrar “se aquela pessoa conseguiu ultrapassar aquele mau momento, eu também vou conseguir”.

Felizmente cada vez são criados mais locais que pro-porcionam aos mais velhos, um convívio entre estes e os jovens, que lhes proporcionam uma ocupação do seu tempo de forma a não “definharem” e pode-rem manter-se ativos e com uma mente saudável, pois muitos idosos quando deixam de trabalhar, deixam de fazer o cérebro e o corpo trabalhar, o que leva a que estes se tornem menos saudáveis, tanto a nível psicológico como a nível fisiológico. Além dis-to, com estes locais, os jovens ao interagirem com as pessoas mais velhas começam a compreendê-las e a serem muito mais pacientes.

Eu acredito que comparando os tempos de hoje com os passados, os idosos não são tão negligen-ciados como eram, as pessoas estão finalmente a começar a mudar as suas ideias e a entender que uma pessoa mais velha pode ser tão ativa e interes-sante como qualquer outra pessoa mais nova, mais cansados e marcados pela vida, é certo, mas que não o deixam de ser.

Como se diz popularmente “Velhos são os trapos”, não desvalorizem hoje para não serem desvaloriza-dos amanhã, nós somos o futuro!

Djanira Só, 12ºH

A juventude é com certeza bela e preciosa, porém é algo que perde um pouco do seu valor diante da sabedoria que só o passar dos anos permite adqui-rir. Mas será que ainda há quem queira “consumir” essa sabedoria com quem a tem?! Arrisco-me a res-ponder que não, pois hoje em dia os jovens ou a sua grande maioria só se interessam pelo conhecimento das tecnologias.

Para a nova geração o novo cânone de beleza “jovem para sempre” descarta a velhice que passa a ser uma etapa da vida não desejável. O único interesse é o futuro, onde mora a esperança de novas técnicas de beleza, contudo muitos jovens esquecem-se que para se compreender o futuro próxmo tem de se conhecer o passado longínquo, que muitas vezes não é assim tão distante como julga a mocidade, tendo em conta que esse tempo

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Alguns da mesma idade que eu, não saberiam nada do que aconteceu no 25 de abril de 74 ou até mesmo de outras situações do passado tais como os jogos na rua ou os namoros à janela. Tudo isto é importante.

É uma alegria saber que os idosos não têm apenas um dia de reconhecimento, mas sim um ano inteiro. Se o envelhecimento ativo me preocupa? Sim, claro. Se o isolamento de idosos me entristece? Sim, todos os dias. Se as noticias de mortes de idosos em casa me solicita atenção? Claro que solicita. Perguntam vocês porquê e eu respondo: Não é apenas um idoso que morre, não é apenas uma pessoa que en-velhece, não é apenas um idoso que se sente triste. São vidas que custaram tanto a construir, para, num estalar de dedos, desaparecer deixando os lugares deles ficarem vazios. E quando digo vazios é de atenção, carinho, de poderem partilhar o pouco que aprenderam na escola, mas o muito que a experiên-cia de vida lhes ensinou. Precisarão então de melhor resposta para esta?! Não meus caros, porque tal como é costume dizer-se nestas situações: “Contra factos, não há argumentos” e por isso, temos que ter cuidado quando pensamos que o tudo é para sempre.

Digo-vos: Temos tantas coisas para aprender e tão pouco tempo para as assimilar. A vida são dois dias e não existem ainda as máquinas do tempo para fazer com que os relógios recuem. O futuro, está nas nossas mãos e já que os nossos pais e avós nos deixaram uma herança, continuemos a sua obra, sejamos ativos, coerentes, persistentes, enérgicos, consistentes, Grandes. Não sejamos mesquinhos, egoístas, pessoas de nariz empinado. A “beleza” não se põe à mesa e nem sequer somos mais que ninguém. Cresçamos em sabedoria e graça enqua-drando-nos nos sentimentos expressos pela popu-lação idosa, querendo procurá-los e saber o que eles sabem, partilhando as alegrias e as tristezas. Não maltratemos quem nos deu as condições que existem agora, porque nós iremos dar as mesmas condições ou ainda melhores às gerações futuras.

Pessoalmente, refiro de novo que, nós jovens somos ingratos. Não damos valor a quem merece e sim a quem não merece. Por isso, se nós não mudarmos a nossa atitude ninguém a irá mudar por nós. Se eu gostava de ser jovem eternamente? Porque não? Toda a gente gostaria de o ser. Mas temos de en-carar a realidade: Nascemos, Crescemos, Vivemos, Envelhecemos e Morremos. Não tomemos a velhice como inimiga, porque um dia lá chegaremos e toda a gente se lembrará do que aqui foi dito.

nos visita todos os dias, através dos nossos avós, amigos, vizinhos e até desconhecidos.

Apesar das promessas de um futuro apetecível no qe diz respeito à beleza ou muitas áreas, nós não podemos rejeitar o nosso passado e encará-lo como um fardo que deve ser eliminado. E como é que frequentemente se elimina esse fardo? De muitas maneiras, desde maus tratos fisícos e psicológicos, ao abandono em hospitais ou em quaisquer outros lugares. Apesar destes atos cruéis, a sociedade, de olhos fechados, torna-se complacente com as ações macabras contra os idosos que nada podem fazer para se defenderem. E como se não bastassem os maus tratos da vida, estas pessoas veem-se obri-gadas a suportar os tratamentos menos dignos por parte dos governantes que em nome dos país en-contram uma justificação para os seus ”ROUBOS” a “esta geração” que durante anos a fio se sacrificou. Contudo, felizmente ainda existe quem se empenha na proteção dos mais velhos.

Em suma, “velhos são os trapos”, como afirma o ditado popular e com razão. Em consequência do egoísmo da nova gente, os “lavradores do caminho” foram “enterrados”, como se de mortos se tratas-sem e foram substituídos por padrões de beleza, mas não se iludam, pois a beleza é temporária, em contraste com essas pessoas que mesmo depois do fim das sua missões no mundo dos carnais os seus ensinamentos e sabedoria ficam, e esses já mais serão destruídos.

Joana Pedrosa, 12ºK

No tempo que corre, sinto, como jovem que sou, que nós somos ingratos em certos pontos. Só da-mos valor a algo quando o perdemos. E eu tenho a consciência disso. Posso falar de bens materiais, mas não foi isso que me levou a redigir esta crónica. Falo é de pessoas, dos nossos idosos que não são bens materiais, mas mais do que isso são seres hu-manos com sentimentos.

Nós, sem os mais velhos, não somos nada e graças a Deus que este ano se lembraram de dedicar 366 dias aos nossos idosos, porque eles merecem ser reco-nhecidos, devido ao que nos ensinam. Quem é que não se lembra do pai a contar-nos histórias da sua juventude? Quem é que não se lembra do olhar ma-terno dos nossos avós quando nos pegavam ao colo? Eu lembro-me. Só tenho pena de tais coisas não te-rem acontecido mais vezes. Se soubermos ser inteli-gentes, sabemos igualmente aproveitar a família que temos. Se não fossem os nossos antepassados, hoje, no ano de 2012 não estaríamos aqui.

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14 ∙ Leitura sem dogmas

Ser OutroAna Marques, 12ºG

Ser outro é, por vezes, uma necessidade do ser humano em se abstrair do seu pensamento, da sua vida, dos seus problemas.

A literatura ajuda cada um a conseguir isso, a «en-trar» noutra personagem e, por breves instantes, esquecer quem é e o que faz, para encarnar na pele de «outro», seguindo as suas peripécias ao longo de páginas e páginas de um livro que algum escritor, poeta ou dramaturgo escreveu.

Podemos ver, no caso de Fernando Pessoa, que este se servia da literatura para se fazer passar por outras personagens por ele criadas, escrevendo os seus poemas do ponto de vista daquele «eu» ima-ginário, tentando, nesses momentos, atenuar a sua dor, esquecendo a sua vida, os seus problemas, para viver a vida de «outro», criado pela sua mente.

Quantas pessoas chegam a casa, depois de um longo dia de trabalho, depois de enfrentar todos os problemas e o stress do dia-a-dia e o seu maior prazer é refastelarem-se no sofá com uma chávena de chá quente e um bom livro entre mãos? E porque é que isso acontece? Simplesmente porque têm necessidade de se abstrair da realidade, do presen-te. A literatura dá-lhes essa abstração necessária, permitindo ao leitor perder-se nas páginas de um livro, vivendo a vida de «outro», sentindo as suas emoções, os seus medos, esquecendo os problemas da vida real, apenas com um folhear de páginas.

Os atores levam ao extremo as emoções dos «outros», reproduzindo os seus gestos, ações, vivendo a vida das personagens ao som do «luzes, câmara, ação».

A literatura é então essencial, importante para o ser humano, satisfazendo a sua necessidade de abs-tração, vivendo o mundo pelos olhos do « outro» fictício criado pela sua mente ou pela de outrem.

Natal à beira-rioDavid Mourão-Ferreira

É o braço do abeto a bater na vidraça?

E o ponteiro pequeno a caminho da meta!

Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,

A trazer-me da água a infância ressurrecta.

Da casa onde nasci via-se perto o rio.

Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!

E o Menino nascia a bordo de um navio

Que ficava, no cais, à noite iluminado…

Ó noite de Natal, que travo a maresia!

Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.

E quanto mais na terra a terra me envolvia

E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.

Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me

À beira desse cais onde Jesus nascia…

Serei dos que afinal, errando em terra firme,

Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?

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Na província nevaFernando Pessoa

Natal... Na província neva.

Nos lares aconchegados,

Um sentimento conserva

Os sentimentos passados.

Coração oposto ao mundo,

Como a família é verdade!

Meu pensamento é profundo,

Estou só e sonho saudade.

E como é branca de graça

A paisagem que não sei,

Vista de trás da vidraça

Do lar que nunca terei!

Que saudades!...Vasco Paz-Seixas, técnico superior

Que saudades!...

Que saudades de um Natal de pequenino,

Ou até que saudades,

De um “certo” Natal que nunca tive.

Saudades e lembranças,

De um Natal e de um passado,

Que sinto…vão morrendo devagar…

Mas não faz mal…

Na província, há sempre Natal na natureza.

E então aquele Natal, que tivemos em criança,

Pode estar sempre a florescer.

Porque não há pressa nas “coisas” de existirem,

Não há pressa de se transformarem,

E há sempre um Natal morno,

A acontecer.

Quer seja nas pessoas,

Nas coisas…nas plantas, nas pedras, nas flores.

No ritual místico,

De cada amanhecer.

Porque o sol nasce

Tal qual um Deus,

Porque o sol nasce

Como um MENINO!

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16 ∙ Leitura sem dogmas

Histórias de encantar

Pesquisas de Djanira Só, 12ºH

A menina que não falavaCerto dia, um rapaz viu uma rapariga muito bonita e apaixonou-se por ela. Querendo casar com ela, procurou os pais da rapariga para tratar do assunto.

- Essa nossa filha não fala. Caso consigas fazê-la falar, podes casar com ela. - disseram-lhe os pais dela.

O rapaz, aproximando-se da menina, começou a fazer-lhe perguntas, a contar-lhe coisas engraçadas, a insultá-la, mas ela nem chegou a rir nem a pronun-ciar uma única palavra.

O rapaz desistiu e foi-se embora.

Depois deste rapaz, seguiram-se outros preten-dentes, alguns com muita fortuna mas, ninguém conseguia fazê-la falar.

O último pretendente era um rapaz sujo, pobre e insig-nificante. Apareceu junto dos pais da rapariga dizendo que queria casar com ela e os pais responderam:

- Se já várias pessoas apresentáveis e com muito dinheiro não conseguiram fazê-la falar, tu é que vais conseguir? Nem penses nisso!

O rapaz insistiu e pediu que o deixassem tentar a sorte e os pais acederam.

O rapaz pediu à rapariga para irem à sua machamba, para esta o ajudar a sachar. A machamba estava pejada de milho e amendoim e o rapaz começou a sachá-los.

Depois de muito trabalho, a menina, ao ver que o rapaz estava a acabar com os seus produtos, perguntou-lhe:

- O que estás a fazer?

O rapaz começou a rir e, por fim, disse para regres-sarem a casa para junto dos pais dela e acabarem de uma vez com a questão.

Quando aí chegaram, o rapaz contou o que se tinha passado na machamba. A questão foi dis-cutida pelos anciãos da aldeia e organizou-se um grande casamento.

A Lua tinha uma filha branca e em idade de casar. Um dia apareceu-lhe em casa um monhé pedindo a filha em casamento. A lua perguntou-lhe:

- Como pode isso ser, se tu és monhé? Os monhés não comem ratos nem carne de porco e também não apreciam cerveja... Além disso, ela não sabe pilar...

O monhé respondeu:

- Não vejo impedimento porque, embora eu seja monhé, a menina pode continuar a comer ratos e carne de porco e a beber cerveja... Quanto a não saber pilar, também não tem importância pois as minhas irmãs podem fazê-lo.

A lua, então, respondeu:

- Se é como dizes, podes levar a minha filha que até é boa rapariga.

O monhé levou consigo a menina e, ao chegar a casa foi ter com a mãe , e fez-lhe saber que a menina com quem tinha casado comia ratos, carne de porco e bebia cerveja, mas que era necessário deixá-la à-vontade naqueles hábitos. Acrescentou também que ela não sabia pilar mas que as irmãs dele teriam a paciência de suprir essa falta.

Dias depois, o monhé saiu para o mato à caça. Na sua ausência, as irmãs chamaram a rapariga para ir pilar com elas para as pedras do rio e ela desatou a chorar.

As irmãs censuraram-na:

- Então tu pões-te a chorar por te convidarmos a pilar?... Isso não está bem! Tens de aprender porque é trabalho de mulheres.

E, sem mais conversas, levaram-lhe pela mão ao lugar onde costumavam pilar.

Quando chegaram ao rio puseram-lhe o pilão na fren-te, entregaram-lhe um maço e ordenaram que pilasse.

A rapariga começou a pilar mas com uma mágoa tão grande que as lágrimas não paravam de lhe escorrer pela cara. Enquanto pilava ia-se lamentando:

- Quando estava em casa da minha mãe não cos-tumava pilar...

Ao dizer estas palavras, e sempre a pilar começou a sumir-se com o pilão pelo chão abaixo, por entre as pedras que, misteriosamente, se afastavam. E foi mergulhando, mergulhando... até desaparecer.

A Lua Feiticeira... ...e a filha que não sabia pilar

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Ao verem aquele estranho fenómeno, as irmãs do monhé abandonaram os pilões e foram a cor-rer contar à mãe o que acontecera. Esta estava assustada por causa da estranha novidade e com o coração apertado de receio quando chegou o monhé, seu filho.

Este, ao ouvir o relato do que acontecera à sua mulher, ralhou com as irmãs, censurando-as por não terem cumprido as suas ordens. Apressou-se a ir ter com a lua, sua sogra, para lhe dar conta do desapa-recimento da filha.

A lua, muito irritada, disse:

- A minha filha desapareceu porque não cumpriste o que prometeste. Faz como quiseres, mas a minha filha tem de aparecer!

- Mas como posso ir ao encontro dela se desapare-ceu pelo chão abaixo?

A lua mudou, então, de aspeto e, mostrando-se conciliadora, disse:

- Bom, vou mandar chamar alguns animais para se fazer um remédio que obrigue a minha filha a voltar... Vai para o lugar onde desapareceu a minha filha e espera lá por mim.

O monhé foi-se embora e a lua chamou um cria-do ordenando:

- Chama o javali, a pacaça, a gazela, o búfalo e o cá-gado e diz-lhes que compareçam, sem demora, nas pedras do rio onde desapareceu a minha filha.

O criado correu a cumprir as ordens e os animais convidados apressaram-se para chegar ao lugar indi-cado. A lua também para lá se dirigiu com um cesto de alpista e quando chegou ao rio, derramou um punhado de alpista numa pedra e ordenou ao porco que moesse.

O porco, enquanto moía, cantou:

- Sou o javali e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!

Nesse momento ouviu-se a voz cava da menina que, debaixo do chão, respondia:

- Não te conheço!

O javali, despeitado, largou a pedra das mãos e afastou-se cabisbaixo.

Aproximou-se em seguida a pacala e, enquanto moía, cantou:

-Sou a pacaça e estou a moer alpista para que tu, rapariga, apareças ao som da minha voz!

Ouviu-se novamente a voz da menina que dizia:

- Não te conheço!

A gazela e o búfalo ajoelharam também junto do moinho, fazendo a sua invocação, mas a menina deu a ambos a mesma resposta:

- Não te conheço!

Por último, tomou a pedra o cágado e, enquanto moía, cantou:

-Sou o cágado e estou a moer alpista para tu, rapari-ga, apareceres ao som da minha voz!

A menina cantou, então, em voz terna e melodiosa:

- Sim, cágado, à tua voz vou aparecer!...

E, pouco a pouco, a menina começou a surgir por entre as pedras do rio, juntamente com o pilão, mas sem pilar. Emergindo completamente, parou e ficou silenciosa.

Os animais juntaram-se, curiosos, à sua volta e a lua disse:

- Agora a minha filha já não pode continuar a ser mulher do monhé pois ele não soube cumprir o que me prometeu. Ela será, daqui para o futuro, mulher do cágado, pois só à sua voz é que ela tornou a aparecer.

Então o cágado levantou a voz dizendo:

- Estou muito feliz com a menina que acaba de me ser dada em casamento e, como prova da minha satisfação, vou oferecer-lhe um vestido luxuoso que ela vestirá uma só vez, pois durará até ao fim da sua vida. E, dizendo isto, entregou à menina uma cara-paça lindamente trabalhada, igual à sua.

Da ligação do cágado com a filha da lua é que des-cendem todos os cágados do mundo...

monhé= mestiço de árabe com negro

in http://aprender-a-gostar-de-ler.blogspot.pt/2010/05/contos--africanos-lua-feiticeira-e-filha.html 30 Dezembro 2012

A Lua Feiticeira... ...e a filha que não sabia pilar

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18 ∙ Leitura sem dogmas

Não é meia noite quem quer Emília Reis, prof de Português

O título “Não é Meia Noite Quem Quer”é um verso de René Char, um poeta que António Lobo Antunes muito admira. Esse título aparece também como uma homenagem ao Steiner. Lobo Antunes tinha estado com o ele e tinham falado sobre isso. É um homem que tem livros geniais, de compreensão do fenómeno literário, de compreensão da vida.

A ação do mais recente livro de António Lobo An-tunes, o mais autobiográfico de todos, segundo o próprio autor, publicado em outubro último, “Não é Meia Noite Quem Quer”, desenvolve-se num período muito curto, apenas três dias, sexta, sábado e domingo.

A protagonista, uma mulher de cinquenta e dois anos e uma vida de sofrimento, vai passar um fim de semana na casa de praia onde o irmão mais velho perdeu a vida. Esta modesta casa de férias que, atra-vés do “borbulhar dos canos, os gemidos dos móveis e os estalos do soalho” comunica mais do que o irmão surdo-mudo ( “vozes mudas que não param, não param, tanta gente a falar no interior das pes-soas, ganas de cobrir as orelhas com as palmas”), foi vendida e ela quer despedir-se dela, dos pinheiros, do mar e ressuscitar memórias do passado – a sua infância com pais e irmãos, o suicídio do mais velho (“Há pessoas que demoram tanto tempo a deixar--nos”), o relacionamento complexo e patético dos pais, o balbuciar impercetível do irmão surdo-mudo, a amiga que vivia em frente e que mais tarde já não reconhece.

Depois é relatada a sua vida atual, mal casada, sem filhos, professora numa escola igual a tantas outras, vivendo uma relação frustrante e sem entusiasmo com uma colega mais velha…

O falhanço da sua vida reflete-se na casa desabitada há muito e nos seus sonhos ali enterrados irreme-diavelmente.

A despedida da casa pode levá-la a imitar o irmão mais velho e, no domingo, atirar-se das arribas e encerrar ali uma vida sem futuro. Escrever é um trabalho que se faz por paixão, com muito sacrifício, com muitas olheiras”

Escrever é um trabalho que se faz por paixão, com muito sacrifício, com muitas olheiras”

O livro “Não é Meia Noite Quem Quer” é “uma coisa que se apanha, como uma doença, uma gripe”, comenta Lobo Antunes.

A política portuguesa em análiseQuestionados sobre que depoimento fariam no julgamento de políticos portugueses, alguns alunos de 9º ano , aceitando o desafio, deram as seguintes respostas:

Ao ministro que levou o país à miséria por não ser nem honesto, nem amigo dos portugueses, gostava de dizer que gostamos de respeito, uma coisa que ele não tem. Gostaria de perguntar-lhe se estivesse no nosso lugar, se gostaria de ser desrespeitado pelos portugueses. Nós apenas queremos o que nos pertence por direito, o que é nosso pelo nosso esfor-ço; queremos justiça. (Diogo Filipe)

Se eu fosse testemunha num julgamento de um dos nossos governantes, acusá-lo-ia de ser mau gover-nante ao ponto de colocar a população portuguesa a nadar em dívidas, num estado de crise indescritível, por não saber gerir o dinheiro público e subtrair dinheiro a pessoas que já pouco têm.

Diria que o senho governante deve ter tanto dinhei-ro na sua conta bancária que nem se deve aperceber da crise que se vive nos dias de hoje em Portugal. (Inês Filipa)

Senhor doutor Juiz, este governante conseguiu tirar uma licenciatura de 3 anos em 3 dias, acha isso normal? Eu não acho. Se calhar é por isso que não faz nada de jeito. Agora, falando de uma maneira geral, isto está cada vez pior, é corrupção atrás de corrupção. O único sítio onde ainda não há políticos corruptos é na prisão, por isso é mandar para lá o primeiro. (Ricardo Rodrigues)

Senhor doutor juiz, o presente arguido tirou num fim de semana uma licenciatura de três anos, o que é um absurdo, não acha, senhor doutro juiz? Consi-dero isto um tremendo absurdo. Aliás, sendo ele ministro, acho que merecia uma pena exemplar para aprender e dar bom exemplo. (Valentina Silva)

Senhor doutor juiz, este senhor que alega estar ino-cente, levou um país inteiro à ruína, devido às suas ações. O excesso de impostos, o enriquecimento descontrolado dos mais ricos e a falência dos mais pobres está a provocar a emigração da população portuguesa, que é, aliás, o que esse senhor quer. Além disso, este senhor ganha milhões de euros e nas suas declarações à imprensa afirma que não tem dinheiro para pagar as suas contas no fim do mês, fazendo assim troça dos mais pobres.

Concluo que este senhor deve ser acusado de roubo e extorsão de dinheiro. (Joana Sousa).

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Alunos do 9º c

Nós, jovens, temos andado a esquecer-nos de pa-lavras que são importantes para o nosso dia a dia. Estamos a ficar com um registo de língua demasiado vulgar. Podíamos ir buscar palavras que já todos es-queceram, diversificando assim o nosso vocabulário. (Luis, 9º C)

Jovens leitores, precisamos de mais palavras para encher o nosso dicionário, como quem enche um carrinho de compras. Se não enchermos os nossos dicionários, quem os comprará, então?

Se não enriquecermos o nosso vocabulário, como poderemos acompanhar o avanço da técnica e da ciência? Gostavam de continuar a falar como os nos-sos mais remotos antepassados cujo dicionário não continha mais de uma mão cheia de verbos como “comer”, “beber”, “dormir” e “matar”? Eu não. Fe-lizmente, temos muitas escolas e bons professores para com eles aprendermos; contudo, há também muitos jovens que desvalorizam o esforço de quem nos quer ensinar. (Dante, 9º C)

A cada ano que passa, descubro novas palavras, algumas esquecidas, outras desconhecidas e isso deixa-me feliz. Sei que os conhecimentos não têm limites e que posso aprender palavras novas até falecer. As novas palavras dão-nos, de certa forma, uma nova visão, um novo modo de ver tudo o que nos rodeia. (Artur, 9º C)

A linguagem hoje é bem diferente da de antigamen-te. É certo que os tempos vão mudando e com eles as coisas vão mudando também. Há muitas palavras que antigamente se usavam e que hoje raramente se ouvem, tão raramente que até as estranhamos, ou nem sabemos o seu significado. Na minha opinião, a capacidade que temos de alterar a nossa linguagem para melhor é imensa. Infelizmente, há pessoas pre-guiçosas demais para o fazer, pessoas que se limitam a usar o que todos usam, em vez de ir além frontei-ras das suas capacidades. (Julian, 9º C)

Em minha opinião, na nossa língua, ainda há muitas palavras que desconhecemos. Para comunicarmos de uma forma mais eficaz, deveríamos descobrir palavras novas e articular bem aquelas que utiliza-mos no ato de fala. Vou dar um exemplo : muitas pessoas dizem «tá» em vez de «está». Fazem-no por preguiça ou por ignorância? Condeno seja qual for a razão. (Leonardo, 9º C)

Descobrir novas palavras significa saber mais. As pessoas, sobretudo as mais jovens, habituaram-se a usar palavras e expressões populares, aquelas que são mais fáceis de dizer, esquecendo a eficácia da comunicação. Na minha opinião, saber e querer saber novas palavras, é sinal de inteligência. (Maria Inês, 9º C)

Quanto melhor falarmos e mais palavras souber-mos, melhor explicamos aquilo que queremos e mais instruídos ficamos. Uma das coisas mais difíceis da adolescência é explicar os sentimentos porque parece que ninguém nos percebe. Isso acon-tece porque ainda somos jovens e não conhecemos as palavras certas. Aprender palavras novas não é difícil. Basta abrir o dicionário e ver o significado de palavras que desconhecemos. Não custa nada.

Jovem, se te esqueceres da ortografia de uma pala-vra ou ignorares o seu significado, não te esqueças que tens aquele livrinho velho e pequenino, chama-do dicionário, que, de certeza, te vai ajudar (David, 9º C)

Em minha opinião, o dicionário é muito necessário. Sem ele, nunca saberíamos de palavras que usamos no dia a dia. Descobrir novas palavras torna mais poderosa a nossa capacidade de comunicar. Imagi-nemos que não havia dicionários, nem outros livros onde pudéssemos descobrir novas palavras. Como poderíamos comunicar, escrevendo e falando, como fazemos hoje tão bem? (Catarina, 9º C)

Conhecer novas palavras só traz benefícios, pois, além de enriquecer o nosso vocabulário , tornando--nos mais instruídos, pode ajudar na obtenção de melhores classificações. No 9º ano de escolaridade, no âmbito da disciplina de Português, aprendemos algumas transformações que as palavras sofreram desde a sua origem – o latim - até à atualidade. Quem conhece bem as transformações de algumas palavras descobre facilmente o seu significado.

Para concluir, na minha opinião, conhecer muitas palavras é fundamental para nos exprimirmos. (Joana, 9º C)

Vamos fazer só mais um pequeno esforço para me-lhorar a forma de comunicação do nosso Portugal!

Eu vou! E tu!

Pensa que é o melhor para todos nós e para a Lín-gua Portuguesa. Ajuda Portugal! (Juliana, 9º C)

E se nos faltassem as palavras?

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20 ∙ Leitura sem dogmas

Relatório de atividades do-Projeto Eco-Escola da ESRT 2011/2012

- Link das Reportagens ambientais realizadas na plataforma Jovens repórteres para o Ambiente (JRA), em

http://www.jra.abae.pt/portal/project/eficiencia--energetica-para-um-desenvolvimento-mais-susten-tavel/

O vídeo “Rio Tinto - Águas do passado”, realizado pelo grupo de alunos Ana Rui Amorim, António Lopes, Bruno Moreira e Catarina Silva, do 12º C, do ano 2011-2012, ganhou o 2º prémio a Nível Nacio-nal, na categoria de Melhor Vídeo - Reportagem Ambiental 2012! Este vídeo foi realizado no âmbito do Projeto Jovens Repórteres para o Ambiente, na disciplina de Biologia. Os referidos alunos fizeram um trabalho de pesquisa sobre as águas do Rio Tinto e entrevistaram a aluna Sara, do Clube da Biodiversi-dade, que também é muito defensora do Rio Tinto. As águas do Rio Tinto já estão a dar muita notícia!

O “Encontro Nacional - Dia Bandeiras Verdes 2012 - Galardão Eco-Escolas” realizou-se no dia 10 de Outubro de 2012, no Pavilhão Municipal Multiusos, em Gondomar.

De manhã, fizemos parte das atividades de receção das escolas de todo o país – Feira das Escolas (Eco--Mostra) com um Jogo/Pedipaper Ambiental, elabo-rado pelo Núcleo de Estágio de Educação Física do ISMAI (Diogo Oliveira, Humberto Barbosa, Tiago Bri-to e a orientadora de estágio Fátima Ribeiro) e atra-vés da dinamização de um Atelier / Stand dos alunos do Curso profissional de Gestão do Ambiente, com exposição de material reutilizado, com fabrico de papel reciclado, observação de amostras de água do Rio Tinto, visionamento através de projeção em tela de todas as atividades realizadas ao longo do ano no projeto eco-escolas e no clube da Biodiversidade, com a participação das docentes Cristina Medon, Estela Rocha e da vice-diretora Isabel Lourenço.

12 alunos do clube de dança, sob orientação da docente Guilhermina Costa, participaram, através da atuação da dança “Tenho asas nos pés”, a repre-sentar a ESRT, que tinha sido em Julho uma das 6 escolas selecionadas a nível nacional, no Concur-so” Escolas em movimento”. A ESRT foi uma das 3 escolas finalistas vencedoras no concurso Nacional

2º Prémio para Projeto da ESRT Estela Rocha, prof de Biologia

A Escola Secundária de Rio Tinto foi distinguida com o 2º lugar na Categoria Ambiente e Sustentabilidade com o Projeto “Ambiente e Sustentabilidade em Rio Tinto”, no âmbito dos Prémios de Reconhecimento à Educação - 2012. Trata-se de uma organização con-junta do Ensino do Futuro e SINASE, que tem como objetivo distinguir e galardoar entidades educativas e formativas cuja atuação se destaque ao nível do contributo que prestaram junto e para a comunida-de educativa. Este ano concorreram projetos com atividades relativas ao ano de 2011.

O projeto “Ambiente e Sustentabilidade em Rio Tinto” é um projeto integrador de várias atividades ambientais inovadoras, através do uso das novas tecnologias como estratégia / instrumento, ao serviço da educação ambiental, realizadas na nossa escola em 2011-2012, tendo sempre por base o projeto Educativo da Escola Secundária de Rio Tinto que defende, entre outros, os seguintes princípios orientadores: promoção da humanização da escola e a promoção da dimensão ética de toda a comuni-dade escolar.

A atribuição do prémio à ESRT, através da presença da Coordenadora do projeto “Ambiente e Sustenta-bilidade em Rio Tinto” e da Presidenta da CAP, Dra. Luísa Pereira, decorreu no dia 12 de novembro de 2012 na Universidade Católica de Lisboa, integrada na 20ª Conferência Sinase. O resumo dos Projetos Vencedores – Edição 2012 pode ser consultado em:

http://api.ning.com/files/8cfVnuo4gpCfA4OHfkMC-dc614U4NszJMnFDieHjVj60PY63PQP1kfrgeLENLB56Bl7-N88slbWW6dYGcCB0FSfHZZ4hza-2N/InfoVence-dores.pdf

Saliente-se que o prémio SINASE/Ensino de Futuro é um dos mais importantes prémios nacionais na área da educação.

A Escola Secundária de Rio Tinto irá dar continui-dade à adesão a este tipo de iniciativas promovidas pelo SINASE e demais entidades que contribuem para a disseminação e consolidação de boas práticas em áreas fundamentais, como a educação ambien-tal.

Coordenadora do projeto “Ambiente e Sustentabili-dade em Rio Tinto”: Estela Rocha

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“Escolas em Movimento” e dançaram simultanea-mente, após ganharem o prémio, com o Grupo Clã o tema “Asas Delta”. Foram também elaboradas uma asas a colocar nos pés dos dançarinos, sob orienta-ção da docente Célia Barbosa de Educação Visual. A Presidente da CAP, Luísa Pereira, esteve presente no evento.

Seguiu-se a entrega das bandeiras Verdes 2012. Uma aluna (Ana Catarina) do Curso Profissional de Gestão do Ambiente, do 11º R subiu ao palco para receber o Galardão da Bandeira Verde Eco-escolas 2012-13, quando chamaram pela ESRT e a escola foi distinguida com a Bandeira Verde 2011-2012 e com um diploma de Boas Práticas Ambientais, emitido pelo Programa Eco-Escolas, uma realização excelente na educação do desenvolvimento susten-tável e numa larga melhoria contínua da sua Política Ambiental.

Esta atividade foi organizada pela Associação Ban-deira Azul da Europa (ABAE), Secção Portuguesa da Foundation for Environmental Education (FEE), Município de Gondomar, Ministério da Educação e Ministério do Ambiente.

- Comemoração do Dia Internacional Eco-Escolas na Escola Secundária de Rio Tinto, 7 de Novembro de 2012

No dia 7 de Novembro de 2012, o Projeto Eco-Escola comemorou o Dia Internacional Eco-Escola, com o início de um Jardim Biológico, com atuação do Grupo de Dança Vencedor ESRT no Concurso Escolas em Movimento e com o hasteamento da nossa Ban-deira Verde 2011-2012! Podes consultar as nossas atividades e as de outras eco-escolas em:

http://eco-schools.org/wda/?s=escola+secund%C3%A1ria+de+rio+tinto&submit.x=0&submit.y=0

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22 ∙ Leitura sem dogmas

Curiosidades Ana Santos, prof de Português

Sabias que…

…quando se diz «levar o óbolo ao barqueiro sombrio» a referência é feita a Caronte? O barco navegava no Estige, noroeste da Grécia, o rio dos mundos subterrâneos quando contornava sete vezes o Inferno. Um dos seus afluentes era o Aqueronte - mencionado por Virgílio, na Eneida, como um dos rios do mundo dos mortos.

Dessa imagem, vem o título da obra de Gabriel Garcia Márquez, “Cem anos de solidão”. Os mortos deveriam pagar ao barqueiro pela passagem, com uma pequena moeda, o óbolo.

Por causa dessa lenda, sobrevive a secular tradição de pôr, na boca do morto, uma moeda de prata, o próprio óbolo de Caronte.

Como só aos pobres era permitido entrar direta-mente no reino do Céu, algumas tradições enraiza-ram-se em Portugal na tentativa de escapar desse «barqueiro sombrio».

Até à primeira guerra mundial, por exemplo, eram retirados aos militares os botões dourados das fardas, na hora do enterro, pois, segundo crendice popular, o cadáver deveria passar à eternidade des-pojado das riquezas terrestres.

Por isso, ainda hoje é usual, em vários locais, arran-car os dentes de ouro ao morto, para que a alma não retorne depois, chorando, ao inferno terrestre, impedida de subir aos céus.

(Fernando Pessoa, Uma Quase- Biografia)

Emília Reis, prof de Português

Sabias que...

...a velhice não começa aos 60 anos?

Para fins de proteção, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que a velhice começa aos 60 anos nos países em desenvolvimento e aos 65 nos desenvolvidos. No entanto, todos sabemos que a velhice nem sempre corresponde a uma idade cronológica, nem ocorre de forma igual para todas as pessoas. Fruto de hábitos e costumes, o envelhe-cimento é um processo pessoal que também difere de época para época.

Sabias que...

...o idoso é detentor de conhecimento, experiência e ampla visão do mundo, possuindo condições para participar do mercado de trabalho, contribuindo com a experiência e o conhecimento que adquiriu ao longo dos anos?

Sabias que...

... a velhice não é doença?

Há muitas formas de prevenir doenças e preservar a saúde física e mental. Sabias que algumas das doen-ças que se manifestam na velhice, como a diabetes, hipertensão, osteoporose, depressão e má saúde bucal podem ter sido adquiridas na infância? O envelhecimento com qualidade depende da preven-ção, cuidados e hábitos saudáveis cultivados desde os primeiros anos de vida.

Sabias que...

...o envelhecimento não é sinónimo de perda de memória?

Os efeitos do envelhecimento sobre a memória não são inevitáveis nem irreversíveis. Os seres humanos têm a capacidade de recordar em qualquer idade, desde que exercitem a memória. Os jovens também esquecem, também se enganam e até agem, muitas vezes, de forma ilógica.

Fonte: Cartilha do idoso; Prefeitura da Cidade de São Paulo.

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Leitura sem dogmas ∙ 23

Q1. A quelle bataille Charles le téméraire est-il mort ?R. : Sa dernière bataille.

Q2. Où a été signée la déclaration d'indépendance américaine ?R. : Au bas de la dernière la page.

Q3. Dans quel état se trouve la rivière Rio-Grande ?R. : Liquide.

Q4. Comment expliquer autant de divorces ?R. : Trop de mariages.

Q5. Quelle est la raison principale de l'échec scolaire ?R. : Les examens.

Q6. Qu’est-ce que vous ne pouvez jamais manger au petit déjeuner ?R. : Un dîner ou un souper.

Q7. Qu’est-ce qui ressemble le plus à une demi--pomme ?R. : L'autre moitié.

Q8. Si vous jetez une pierre bleue dans la mer Rou-ge, que va-t-elle devenir ?R. : Humide...très humide.

Q9. Comment un homme peut-il rester huit jours sans dormir ?R. : En ne dormant que la nuit.

Q10. Comment pouvez-vous soulever un éléphant avec une seule main ?R. : Impossible, ça n'existe pas, un éléphant avec une seule main.

Q11. Si vous aviez trois pommes et quatre oranges dans une main, et quatre pommes et trois oranges dans l'autre, qu'auriez-vous ?R. : Deux grandes mains.

Q12. Il a fallu 8 heures à 10 hommes pour construire un mur. Combien de temps faudrait-il à quatre hom-mes pour le construire ?R, : Inutile, le mur est déjà construit.

A l’examen…Cet étudiant a obtenu la note de 0/20 à cet examen....moi, je lui aurais mis 20/20 .....allez, 18 à cause des deux dernières.

Q13. Comment peux-tu laisser tomber un œuf cru sur un sol en béton sans le fissurer ?R. : Pas de problème, les planchers de béton sont très difficiles à fissurer.

Q14. Qu’est-ce que signifie l'eau potable ?R.: C'est celle que l'on peut mettre dans un pot.

Q15. Quoi faire la nuit pour éviter les moustiques?R.: Il faut dormir avec un mousquetaire.

Q16.Pourquoi le chat a-t-il quatre pattes ?R.: Les 2 de devant sont pour courir, les 2 de derrière pour freiner.

Q17. À quoi sert la peau de la vache ?R.: Elle sert à garder la vache ensemble.

Q18. Complète la phrase : Je me réveille et à ma grande surprise...R.: Je suis encore vivant. Q19. La prof. demande : Quand je dis «je suis belle» quel temps est-ce ?R.: Le passé, madame.

Q20. Complète la phrase : "Certains hommes n'ont que ce qu'ils méritent..."R. : ..les autres sont célibataires !

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24 ∙ Leitura sem dogmas

Ficha Técnica

Editor

Emília Reis,

prof.ª Português e Francês

Repórter

Ana Santos,

prof.ª Português e Francês

Ana França, 12º E

Ana Marques, 12º G

Djanira Só 12ºH

Hugo Rocha, Curso EFA

Pós-produção

Ana Santos,

prof.ª Informática

Design

Mário Freitas,

designer e prof.

Paginação

Ana Reis, arquiteta

Revisão

Ana Reis, arquiteta

Telefone 224893710

[email protected]

Fournitures:* cuillères en bois* laque de décoration acrylique en rouge cerise, bleu et chair* clous de girofle; étoiles d’anis* feutrine rouge* ouate blanche* perles en bois rouges 8 mm* yeux mobiles* colle universelle

Trouve les mots Quantas pombas são?

Quem escreveu o quê?Liga o nome do escritor, da coluna da esquerda, ao título da obra, da coluna da direita.

Ernest HemingwayMaria Teresa Maia GonzalezJohn Boyne Nicholas SparksFrançois BégaudeauLuís SepúlvedaRobert MuchamoreSuzanne CollinsAgatha ChristieJúlio Verne

• O Rapaz do Pijama às Riscas• História de uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar• O Traficante• A Turma• Em Chamas• Um Crime no Expresso do Oriente• Recados da Mãe• Viagem ao Centro da Terra• Diário da Nossa Paixão• O Velho e o Mar

P Â T E S N V S R S E L I M P NA S F R B Z E R T D K L I E O HI B T G T C F R T J U I M V U IN G L J A G S A R I Z E H P L OP R J L R U O P T O P S R E E PO D G M S L O G M G O S O S T LT G H U R R P L G I P U F A Q OG A J L B A N A N E T C R L M OO L T P F I N I R T P R I A O EL E R U H J L T B R I E A D R UH G E R T R M B F A S G O E U FG N S W E D R E O L C I U P M SF A D P B I L O G F R K R E V OR R U C F H J Y F R O M A G E LU O N S R M L P O T P C V N T RS I S A B E U R R E S F T E P O

OeufsGlacesPâtes

BananeSoupe

Riz

LaitOrange

PorcFromage

PainSalade

Beurre Sucre

ViandeSel

PoireJus

1. Peindre chaque cuillère en rouge. Après séchage, peindre le visage en chair, coller les yeux et une perle rouge pour le nez.2. Confectionner un bonnet en découpant deux triangles en feu-trine rouge.3. Pour la barbe, les cheveux et le pompon du bonnet coller de la ouate.4. Enduire un côté du manche de la cuillère de colle et coller les clous de girofle et les étoiles d’anis.5. Laisser sécher.6. Retourner la cuiillère et procéder de la même façon de l’autre côté.7. Décorer les côtés du manche avec des épices.

Fais toi-même - Cuillères odorantes

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Descobre quantas pombas está o gavião a cumprimentar!