Principio Scap 13 - Espaço de Estados

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    Modelagem de Sistemas de Controle por Espaço de

    Estados

    A modelagem por espaço de estados possui diversas vantagens.

    •   Introduz a teoria conhecida como“Controle Moderno”;

    •  Adequada para sistemas de múltiplas entradas e múltiplas sáıdas (MIMO);

    •   Possibilita o projeto de controladores usando técnicas avançadas.

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    Modelagem de Sistemas de Controle por Espaço de

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    Algumas definições:

    •   Estado: O estado de um sistema dinâmico é o menor conjunto devariáveis (chamadas variáveis de estado) tal que o conhecimento destasvariáveis para  t  = t 

    0  ,juntamente com a entrada para t  ≥ t 

    0, determina

    completamente o comportamento do sistema para qualquer instantet  ≥ t 0.

    •   Variáveis de estado: As variáveis de estado de um sistema dinâmico sãoo menor conjunto de variáveis que determinam o estado do sistemadinâmico. Se pelo menos  n variáveis x 1(t ),  x 2(t ), . . . ,  x n(t ) são necessáriaspara descrever completamente o comportamento de um sistema dinâmico(tal que uma vez dada a entrada para t  ≥ t 0  e o estado inicial em  t  = t 0, oestado futuro do sistema está completamente determinado), então as taisn  variáveis x 1(t ),  x 2(t ), . . . ,  x n(t ) são um conjunto de variáveis de estado.

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    •   Se  n  variáveis de estado são necessárias para descrever completamente ocomportamento de um sistema, então estas n  variáveis de estado podemser consideradas como as n  componentes de um vetor  x (t ). Tal vetor échamado de vetor de estados.

    •   O espaço  n  dimensional cujo eixos de coordenadas são x 1,  x 2, . . . ,  x n, échamado espaço de estados. Qualquer estado pode ser representado porum ponto no espaço de estados.

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    Trabalhamos nesse curso com o sistema linear na forma

    ẋ (t ) =   Ax (t ) + Bu (t ) (1)

    y (t ) =   Cx (t ) + Du (t ),   (2)

    onde  A  é chamada de matriz de estado, B  matriz de entrada, C  matriz desáıda e D  matriz de transição direta. Uma representação do diagrama deblocos deste sistema de equações lineares pode ser representado em diagramade blocos, como mostrado na Figura 1.

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    Figura:   Diagrama de blocos de um sistema linear de tempo cont́ınuo representadono espaço de estados.

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    Exemplo

    Representar circuito RLC na forma

    ẋ (t ) =   Ax (t ) + Bu (t )

    y (t ) =   Cx (t ) + Du (t )

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    Relembrando a lei da tensões de Kirchhoff:

    Ldi (t )

    dt   + Ri (t ) + e o (t ) = e i (t ) e

      Cde o (t )

    dt   = i (t )

    Denomine  x 1(t ) = i (t ) [corrente no Indutor],  x 2(t ) = e o (t ) [tensão noCapacitor], u (t ) = e i (t ) [entrada de tensão] para escrever as duas equações:

    Lẋ 1(t ) + Rx 1(t ) + x 2(t ) = u (t )   C  ẋ 2(t ) = x 1(t )

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    Podemos reescrever as duas equações anteriores de modo equivalente a:ẋ 1(t )ẋ 2(t )

     =

    −R L

    −1L

    0   1C 

    x 1(t )x 2(t )

     +

    1L

    0

    u (t ) (3)

    Se consideramos e o (t ) a sáıda, então

    y (t ) = [0 1]

    x 1(t )x 2(t )

    .

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    Circuitos RLC

    Para um circuito elétrico RLC, pode-se empregar o seguinte procedimentopara obtenção da representação em espaço de estados:

    1.   Escolha cada tensão independente de capacitores e toda correnteindependente de indutor como variáveis de estado;

    2.   Encontre um conjunto de correntes de malha e expresse as variáveis de

    estado e suas respectivas derivadas primeiras em termos das correntes demalha;

    3.   Escreva as equações de malha e elimine todas as variáveis, exceto as deestado e suas primeiras derivadas, das equações encontradas nos passosanteriores.

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    Circuitos RLC

    ExemploObtenha uma representação em espaço de estados para o circuito da Figuraabaixo.

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    Passo 1: Há um capacitor e um indutor no circuito. Assim a corrente x 1  noindutor e a tensão  x 2  no capacitor serão escolhidas como variáveis de estado.Passo 2: A relação entre as correntes de malha e as variáveis de estado são

    dadas por:

    x 1   =   i 2   (4)

    1

    2 ẋ 2   =   i 2 − i 3   (5)

    Passo 3: As equações de malha são:

    4i 1 − 2i 2   =   v    (6)

    2 (i 2 − i 1) + ẋ 1 + x 2   = 0 (7)

    −x 2 + 3i 3   = 0 (8)

    Eliminando   i 1,   i 2  e   i 3  das equações anteriores, segue que:

    ẋ 1  = 2 (−i 2 + i 1) − x 2  = −x 1 + 1

    2v  − x 2,   (9)

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    li l il

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    E

    ẋ 2  = 2x 1 − 2

    3x 2.   (10)

    Portanto,   ẋ 1ẋ 2

         x=

      −1   −1

    2   −2/3

       A

      x 1x 2

       x+

      1/2

    0

       Bv .   (11)

    Considere que a sáıda seja a tensão no resistor de 2Ω da malha mais à direita,ou seja,

    y  = 2i 3 = 2

    3x 2,   (12)

    ou seja,

    y  =

      0 2/3

       C

      x 1x 2

       

    x

    + 0  D 

    v .   (13)

    Vale lembrar que a forma de representação em espaço de estados não é única.12 of 42

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    B A A li P R S l A N V UTFPR B il

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    Representação em Espaço de Estados de Sistemas de

    EDO Lineares com derivadas na entrada

    Considere um sistema dinâmico descrito pela equação diferencial

    (n)y   +a1

    (n−1)y    + · · · an−1ẏ  + any  = b 0

    (n)u   +b 1

    (n−1)u    + · · · + b n−1u̇  + b nu ,   (14)

    ou, equivalentemente, pela função de transferência

    T (s ) =  Y (s )

    U (s )  =

      b 0s n + b 1s 

    n−1 + · · · + b n−1s  + b ns n + a1s n−1 + · · · + an−1s  + an

    (15)

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    Uma das posśıveis representações em espaço de estados que pode ser obtida,neste caso, consiste em definir as  n  variáveis de estado da seguinte forma:

    x 1  = y  − β 0u x 2  = ẋ 1 − β 1u x 3  = ẋ 2 − β 2u 

    ...x n  = ẋ n−1 − β n−1u 

    onde,β 0  = b 0

    β 1  = b 1 − a1b 0β 2  = b 2 − a1β 1 − a2b 0

    ...

    β n  = b n − a1β n−1 − · · · − an−1β 1 − anb 0

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    Com tal escolha, pode-se mostrar que:

    ẋ 1  = x 2 + β 1u ẋ 2  = x 3 + β 2u 

    ...ẋ n−1  = x n + β n−1u ẋ n  = −anx 1 − an−1x 2 − · · · − a1x n + β nu 

    Em termos de vetor e matriz, tem-se:

    ẋ 1ẋ 2...

    ẋ n−1ẋ n

       x

    =

    0 1 0   · · ·   00 0 1   · · ·   0...

    ......

    ......

    0 0 0   · · ·   1−an   −an−1   −an−2   · · · −a1

       A

    ·

    x 1x 2...

    x n−1x n

         x

    +

    β 1β 2...

    β n−1β n

       B

    (16)

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    y  =   1 0   . . .   0

    x 1x 2.

    ..x n

    + β 0u    (17)

    Em seguida serão vistas algumas outras formas de representação da Equação(14) no espaço de estados.

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    Sistemas lineares

    No espaço de estados, é possivel determinar  G (s ) =  Y (s )U (s ) . Note que

    ẋ (t ) =   Ax(t) + Bu(t) (18)

    y (t ) =   Cx (t ) + Du (t ) (19)

    Aplicando a transformada de Laplace na equação anterior e considerandocondições iniciais nulas, tem-se que

    sX (s ) =   AX (s ) + BU (s ) (20)

    Y (s ) =   CX (s ) + DU (s ) (21)

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    Da primeira equação, tem-se que

    (s I − A)X (s ) = BU (s ) ⇒  X (s ) = (s I − A)−1BU (s ) (22)

    Substituindo  X (s ) na segunda equação, tem-se que

    Y (s ) =

    C(s I − A)−1B + D 

    U (s ) (23)

    Portanto,Y (s )

    U (s )   = C(s I − A)−1

    B + D  = G (s ) (24)

    Como o termo (s I − A)−1 aparece na expressão de  G (s ), verifica-se que

    G (s ) =  Q (s )

    det(s I − A),   (25)

    onde  Q (s ) é um polinômio em  s  e det(·) é o determinante de uma matriz.Note que os polos de  G (s ) são os autovalores de matriz A.

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    Solução de Equações de Estado Homogêneas

    A solução de uma equação diferencial homogênea do tipo

    ẋ (t ) = ax (t ),   (26)

    é dada por

    x (t ) = e at 

    x (0) (27)Analogamente para uma equação de estado homogênea do tipo

    ẋ (t ) = Ax (t ),   (28)

    tem-se a seguinte solução:

    x (t ) = e At x (0) (29)

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    g , , g , ,

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    Aplicando a transformada inversa de Laplace, tem-se:

    x(t ) =  L−1

    (s I − A)−1

    x(0) (33)

    Portanto, tem-se que:

    L−1

    (s I − A)−1

     =  e At  (34)

    Exemplo

    Considere o sistema linearẋ 1(t )ẋ 2(t )

     =

    0   −11   −2

    x 1(t )x 2(t )

    com condições iniciais  x 0   = [1 1]′. Determine  x (t ).

    Solução:

    Precisamos determinar e At  para usar a expressão   x (t ) = e At x 0   .

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    Note que

    (sI  − A)−1 =   s    1−1   s  + 2

    −1

    =  1

    (s  + 1)2

    s  + 2   −11   s 

    Aplicando técnica de expansão por frações parciais chega-se a:

    1

    (s  + 1)2

    s  + 2   −1

    1   s 

      ⇒   exp(At ) =

    (1 + t ) exp(−t )   −t  exp(−t )

    t  exp(−t ) (1 − t ) exp(−t )

    Então x 1(t )x 2(t )

     =

    (1 +  t ) exp(−t )   −t  exp(−t )

    t  exp(−t ) (1 − t ) exp(−t )

    11

     =

    exp(−t )exp(−t )

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    Solução do Sistema Linear

    Considere o sistema linear

    ẋ (t ) = Ax (t ) + Bu (t ),   t  ≥ 0.

    Dada a condição inicial x (0) e a entrada  u (t ) para todo o instante de tempot  ≥ 0, a solução do sistema é:

    x (t ) = e At x (0) +

       t 0

    e A(t −τ )Bu (τ )d τ 

    Homework:

    Considere o sistema linearẋ 1(t )ẋ 2(t )

     =

    0   −11   −2

    x 1(t )x 2(t )

     +

    10

    u (t )

    com condições  x 0   = [1 1]′ e  u (t ) = 1,  ∀t  ≥ 0. Determine  x (t ).

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    Realimentação completa de estados

    Considere o sistema a controlar representado no espaço de estados por:

    ẋ (t ) = Ax (t ) + Bu (t ) (35)

    Supondo a existência de sensores ou medidores de todas as variáveis deestado em  x (t ) = [x 1(t ), . . . , x n(t )]

    ′, podemos então usar elementos

    x 1(t ), . . . , x n(t ) para implementar a realimentação de estados.•   A sáıda  y (t ) = Cx (t ) pode ser reescrita com  C   igual a matriz identidade.

    Isso significa que  y (t ) = x (t ).•   Se cada uma das variáveis de estado x i (t ) for empregada no controle

    através de um ganho  k i , haverá  n  ganhos  k i , representados pelo vetorK = [k 1 · · · k n] que podem ser ajustados para produzir os valores desejados

    dos polos de malha fechada através da formula

    u (t ) = Kx (t ) + r (t ),

    no qual  r (t ) representa a entrada de referencia (pode ser degrau, rampa,senoide, ou outra entrada qualquer).

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    Com a realimentação estados, tem-se que:

    ẋ =  Ax + B (Kx + r ) = (A + BK) x + Br    (36)

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    •  No problema de  rastreamento consideramos  r (t ) = 0 qualquer (degrau,rampa, etc).

    •  No problema de  regulação consideramos r (t ) = 0 (sempre nulo).

    Vamos supor que desejamos trabalhar a regulação. Disto a equaçãocaracteŕıstica do sistema descrito em (36) é dada por

    det(s I − [A + BK]) (37)

    Suponha que desejamos alocar os pólos da malha fechada em  p 1, . . . , p n.

    Entãop c (s ) = (s  − p 1) · (s  − p 2) · · · (s  − p n) ,   (38)

    e por isso o vetor  K  pode ser obtido como

    det(s I − [A + BK]) = (s  − p 1) · (s  − p 2) · · · (s  − p n) (39)

    Se o sistema dinâmico ẋ (t ) = Ax (t ) + Bu (t ) é  controĺavel, então sempreexiste  K  = [k 1   k 2   · · ·   k n], tal que

    det(s I − [A + BK]) = p c (s )

    para qualquer polinômio  p c (s ) de grau  n  especificado.26 of 42

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    Controlabilidade

    •  Conceito importante:   Controlabilidade.

     Dizemos que um sistema linear ẋ (t ) = Ax (t ) + Bu (t ) é  controĺavel  se amatrizC =

    B AB A2B    · · ·   An−1B 

    possui rank(C)=n. Isso significa que todas as linhas de  C  obrigatoriamentedevem ser linearmente independentes entre si.

    Exemplo

    Considere o sistema descrito por

    ẋ (t ) =

    0 1 00 0 1

    −1   −5   −6

    x (t ) +

    10

    1

    u (t )

    É posśıvel alocar os polos de malha fechada do sistema controlado ems  = −2 + j 4,  s  = −2 − j 4 e  s  = −10? Se sim determine  K   tal queu (t ) = Kx (t ) realiza essa tarefa.

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    Solução:

    O Sistema é controlável pois n = 3,

    C = 1 0 1

    0 1   −7−1   −7 37

    e o rank(C)=3 pois todas as linhas de  C  são linearmente independentes.Portanto a resposta é sim.

    Projeto do controle: defina K

     = [k 

    1  k 

    2  k 

    3]

    A + BK   =

    k 1   k 2 + 1   k 30 0 1

    k 1 − 1   k 2 − 5   k 3 − 6

    tem-se que:

    det(s I − [A + BK]) = s    −1 00   s    −1

    1 − k 1   5 − k 2   s  + 6 − k 3

    =   k 2 − 6k 1 + 5s  − 6k 1s  − k 2s  + k 3s  − k 1s 

    2 − k 3s 2 + 6s 2 + s 3 + 1

    =   s 3 + (6 − k 1 − k 3) s 2 + (5 − 6k 1 + k 3 − k 2) s  + (1 + k 2 − 6k 1)

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    Usando os polos em  s  = −2 + j 4,  s  = −2 − j 4 e  s  = −10 podemos escrever

    (s  − (−2 + j 4))(s  − (−2 − j 4))(s  + 10) =  s 3 + 14s 2 + 60s  + 200

    Logo,

    s 3 + (6 − k 1 − k 3) s 2 + (5 − 6k 1 + k 3 − k 2) s  + (1 + k 2 − 6k 1)

    = s 3 + 14s 2 + 60s  + 200

    Da igualdade acima obtemos (Homework: determine k 1,  k 2,  k 3)

    K = [k 1   k 2   k 3]

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    Realimentação de sáıda

    Considere o sistema a controlar representado no espaço de estados por:

    ẋ (t ) = Ax (t ) + Bu (t ) (40)

    Suponha que exista somente alguns sensores ou medidores dispońıveis. Issoquer dizer que não temos sensores simultaneamente para x 1(t ), . . . , x n(t ).

    Equivalentemente, a matriz C   é “deitada”, ou seja, rank (C ) é menor que  n.Adotamosu (t ) = Fy (t ) = FCx (t )

    •   Problema: determinar F = [f  1, . . . , f  q ] de modo que os polos de malhafechada de  A + BFC   satisfaçam especificações de projeto

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    Realimentação de sáıda

    HomeworkConsidere o sistema linear descrito por

    ẋ  =

    4 2 41 0 00 1 0

    x  +

    100

    y  =

    1 0 10 1 0

    (a) Encontre (se posśıvel; se não for posśıvel, justifique) uma realimentaçãode estados  u  = Kx ,  K   ∈ R1×3, que aloque os autovalores do sistema em

    malha fechada A + BK   em  −1, −2, −3.(b) Encontre (se posśıvel; se não for posśıvel, justifique) uma realimentaçãode sáıda  u  = Fy ,  F   ∈ R1×2, que aloque os autovalores do sistema em malhafechada  A + BFC   em  −1, −2, −3.

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    Conversor DC-DC buck

    Conversor DC-DC buckEste conversor é muit́ıssimo utilizado em aplicações de Eletrônica. Suacaracteŕıstica básica é prover na sáıda (ou seja em v o (t )) uma tensão inferioraquela da entrada v g (t ). Determine a representação em Espaço de Estados.

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    Conversor DC-DC buck

    Solução

    O conversor DC-DC opera em dois modos:   ON  ou   OFF. Note na Figura que oDriver envia ao MOSFET um sinal PWM que liga-desliga o MOSFET. Talcomportamento faz o MOSFET atuar como uma chave “fechada”ou “aberta”.

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    Conversor DC-DC buck

    •   CASO 1:  MOSFET no modo   ON:MOSFET se comporta como chavefechada e o diodo não conduz. Então

    o circuito do conversor DC-DC buckpode ser reescrito na forma da figuraacima. [Considere sempre  i inj (t ) = 0].Escreva  R ON  = R L + R t 

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    Conversor DC-DC buck

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    Conversor DC-DC buck

    •   CASO 2:  MOSFET no modo   OFF:MOSFET se comporta como chaveaberta e o diodo conduz. Então o

    circuito do conversor DC-DC buckpode ser reescrito na forma da figuraacima. [Considere sempre  i inj (t ) = 0].Escreva  R off    = R L +  R d 

    Observação: Neste Caso 2as equações são as mesmasdo Caso 1, exceto que deve-

    se fazer aĺı v g (t ) = 0 e tro-car   R ON    por   R off    para re-cuperar as expressões exa-tas para o Caso 2.

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    Conversor DC-DC buck

    Importante

    Observe que obtemos dois sistemas distintos, o primeiro válido para   ON e osegundo para   OFF. Qual deles devemos adotar?

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    Conversor DC-DC buck

      Qual dos sistemas devemos adotar? Resposta: Sistema médio obtido comocombinação linear de ambos.

    Fato:  Quando a frequência do PWM é superior a 10 KHz, a representaçãomédia apresenta-se muito adequada para capturar o comportamento real doconversor buck.

    0 ≤  δ (t ) ≤ 1

    δ (t ) representa a porcentagem do tempo   ON  do Duty-cycle do PWM.

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    Conversor DC-DC buck

    Representar média do Conversor DC-DC buckO sistema médio do conversor buck é

    dx (t )

    dt   = δ (t )[A1x (t ) + B 1u (t )] + (1 − δ (t ))[A2x (t ) + B 2u (t )]

    Lembrando que   i inj (t ) = 0 e que  A1  = A2   temos

    dx (t )

    dt   = A1x (t ) + B 1V g (t )δ (t )

    y (t ) = C 1x (t )

    Normalmente supomos a entrada  V g (t ) um valor constante, então δ (t ) passaa ser a  entrada de controle  restrita a assumir valores somente no intervalo[0, 1].

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    Exerćıcio do conversor DC-DC buck

    ExerćıcioConsidere o conversor buck da figura acima e adote valores abaixo:

    R t  =  R L =   R C   = 1mΩ   L = 20mH C  = 100µF R  = 10Ω   V g (t ) = 25V 

    1.   Determine a equação de espaço de estados do conversor.

    2.   Determine se o sistema é controlável.

    3.   Determine o ganho  K  = [k 1  k 2] de modo que a matriz do sistema emmalha fechada A + BK   seja estável.

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    Exerćıcio do conversor DC-DC buck

    ExerćıcioConsidere o conversor buck da figura acima e adote valores abaixo:

    R t  =   R L  =  R C   = 0   L = 2H C   = 1F R  = 2Ω   V g (t ) = 4V 

    (a) Determine a solução de  x (t ) considerando x (0) = [0 0]′ e  δ (t ) = 0.5,

    ∀t  ≥ 0.(b) Determine a corrente e tensão do conversor quando o tempo tende ainfinito.

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    Dica de atividades

    Dica1.   Fazer os Exerćıcios apresentados no livro K. OGATA, “Engenharia de

    Controle Moderno”.

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