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Problema 01
Preso em flagrante pela prática do artigo 213 do código penal, o delegado não
nomeou curador ao preso, nem tão pouco entregou nota de culpa. Formulado o
pedido adequado, o juiz da 1ª vara criminal da comarca de presidente Epitácio
indeferiu o pleito alegando que o crime era grave. Adotar a medida judicial
cabível em face do enunciado.
Previsão legal 648 CPP
Argumentação: previsão irregular, relaxamento da prisão em flagrante.
No final do pedido com liminar, lembrar de pedir que seja mantida a decisão
liminar. Expedido o alvará de soltura.
Excelentíssimo Senhor Doutor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
“Fulano de tal”, brasileiro, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade n. ----, CPF/MF nº____
domiciliado, cidade de____, vem por meio de seu advogado que abaixo subscreve, respeitosamente, perante vossa
excelência, com fulcro nos artigos 5º, LXVIII, da Constituição Federal e 647 e 648, I, do Código de Processo Penal,
impetrar “HABEAS CORPUS”, contra ato do Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal da comarca de
Presidente Epitácio-SP, ora autoridade coatora, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I – Fatos
O paciente no dia ______ foi preso em flagrante pela prática do artigo 213 do Código Penal. Sendo que o
delegado não nomeou curador ao preso, nem tão pouco entregou sua nota de culpa. Foi formulado o pedido adequado
de relaxamento da prisão, mas o juiz “A” da 1ª vara criminal da comarca de Presidente Epitácio indeferiu o pedido
alegando que o crime era grave.
II – Fundamentação Jurídica
Descontente com a decisão, vem impetrar o presente remédio jurídico para que seja sanado o vício nessa
prisão que se demonstra ilegal. Senão vejamos:
Código de Processo Penal - ...
§ 1º Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
§ 2º No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das testemunhas.
Ora Excelência, se o prazo é de 24 horas para a entrega da nota de culpa e nomeação do curador e a
mesma não ocorreu, entende-se por prisão ilegal. Esse vício não pode ser considerado mera irregularidade, apego ao
formalismo derivado da instrumentalidade do processo.
Constituição Federeal
CF/88 - Art. 5º, LXV – A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária
Código de Processo Penal
Art. 647 e 648 - Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir ou vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
Veja Excelência que a prisão está ocorrendo de forma ilegal, ofendendo o direito de liberdade de ir e vir do paciente.
III DOS PEDIDOS
Isso posto, requer a concessão do presente “Habeas Corpus” , em favor do paciente e o imediato
relaxamento da prisão ilegal, com a conseqüente expedição de alvará de soltura, uma vez ser esta totalmente nula, o
que constitui prisão ilegal, visto ser medida da mais ilibada justiça.
Termos em que Pede deferimento
Local
Advogadooab
Problema 02 – liberdade provisória
Daniel, conhecido empresário de São Paulo, brasileiro, casado,residente e
domiciliado na Rua Xangai n27, bairro paulista, foi preso em flagrante pela
suposta prática do delito tipificado no art 3º da Lei 1521/51: “destruir ou
inutilizar, intencionalmente e sem autorização legal, com o fim de determinar
alta de preços, em proveito próprio ou de terceiro, matérias-primas ou produtos
necessários ao consumo do povo.”
Diante desse fato, Geiza, esposa de Daniel, procurou um advogado e lhe
informou que Daniel era primário e possuia residência fixa. Aduziu que a
empresa do marido, Feijão Paulistano S/A já atuava no mercado havia mais de
8 anos. Ressaltou que Daniel sempre fora pessoa honesta e voltada para o
trabalho.
Além disso, Geiza narrou que Daniel era pai de criança de tenra idade, Júlia,
que necessitava urgentemente do retorno do pai as atividades laborais para
manter-lhe o sustento. Por fim, informou que estava grávida e não trabalhava
fora.
Geiza apresentou ao advogado os seguintes documentos: CPF e RG de
Daniel, comprovante de residência, cartão da gestante expedido pela secretaria
de saúde de São Paulo, certidão de nascimento da filha do casal, Júlia, auto de
prisão em flagrante, nota de culpa e folha de antecedentes penais do indiciado,
sem qualquer incidência.
Considerando a situação hipotética descrita, formule na condição de advogado
contratado por Daniel a peça_ diversa de Habeas Corpus_ que deve ser
apresentada no processo.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ vara criminal da comarca de São Paulo – SP
Daniel de tal, brasileiro, casado, empresário. Residente e domiciliado na Rua Xangai, nº 27, Bairro Paulista,
na cidade de São Paulo – SP, vem, “mui” respeitosamente perante Vossa Excelência, por seu advogado que abaixo
subscreve, com fulcro no artigo 310, do Código de Processo Penal, requerer a LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU
SEM FIANÇA, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I Dos Fatos
No dia tal/mês/ano, Daniel de tal foi preso em flagrante acusado de prática de delito tipificado no artigo 3º da
Lei 1521/51: “destruir ou inutilizar, intencionalmente e sem autorização legal, com o fim de determinar alta de preços,
em proveito próprio ou de terceiro, matérias-primas ou produtos necessários ao consumo do povo.”
II Da Fundamentação Jurídica
Excelência, antes de qualquer coisa, e acima de tudo, frisamos que o Acusado Daniel de tal é pessoa
íntegra, de bons antecedentes e que jamais respondeu a qualquer processo crime. Daniel de tal jamais teve
participação em qualquer tipo de delito, visto que é PRIMÁRIO, conforme pode ser verificado em seu antecedente
criminal anexo nos autos. Possui BONS ANTECEDENTES, sendo que sempre foi pessoa honesta e voltada para o
trabalho; possui PROFISSÃO DEFINIDA, pois é empresário; possui RESIDÊNCIA FIXA, no distrito da culpa, não
havendo assim, motivos para a manutenção da Prisão em Flagrante, porquanto o Acusado possui os requisitos legais
para responder o processo em liberdade.
Salientamos Excelência que o acusado preenche os requisitos do parágrafo único do art. 310 do Código de
Processo Penal. Logo não se apresenta como medida justa o encarceramento de pessoa cuja conduta sempre pautou
na honestidade e no trabalho.
II DO DIREITO
Cumpre ressaltar mais uma vez que, não existe vedação legal para que não seja concedida a LIBERDADE
PROVISÓRIA, vez que o Acusado preenche os requisitos elencados no parágrafo único, do art. 310 do Código de
Processo Penal, que assim determina:
“Art. 310. Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente
praticou o fato, nas condições ao art. 19, I, II e III, do Código Penal, poderá, depois de
ouvir o Ministério Público, conceder ao réu liberdade provisória, mediante termo de
comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação.
Parágrafo único. Igual procedimento será adotado quando o juiz verificar, pelo
auto de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam a
prisão preventiva (arts. 311 e 312).”
Sendo o crime cometido, afiançável e o requerente homem de bem, primário, de bens antecedentes a fiança
deve ser concedida até com base na Constituição Federal, artigo 5º, inciso LXVI.
Também é cabível, no caso em tela a liberdade provisória sem a fiança em favor de Daniel de tal, pois sendo
primário e de bons antecedentes, com residência fixa e trabalho certo, não estão presentes contra ele as hipóteses de
prisão preventiva e assim, “data vênia”, ele faz jus à liberdade provisória, com fulcro nos artigos 310, inciso III e 321
ambos do Código de Processo Penal.
Assim, ilustre magistrado, no presente caso a liberdade provisória sem fiança é totalmente pertinente, “data
vênia”, porque não estão presentes os requisitos para prisão preventiva, como já foi dito.
III DO PEDIDO
Diante do exposto, requer respeitosamente a Vossa Excelência, depois de ouvido o DD. Representante do
Ministério Público neste R. Juízo, que seja concedida a LIBERDADE PROVISÓRIA do requerente para defender-se
solto do delito que lhe é imputado, comprometendo-se, desde logo, a comparecer a todos os atos processuais, sem
criar qualquer obstáculo ou embaraço ao regular andamento da persecução penal.
Requer finalmente que seja expedido em favor do requerente o competente Alvará de Soltura, com
comunicação à autoridade competente, que deverá soltá-lo imediatamente.
Termos em que,
Pede Deferimento.
São Paulo-SP, ---/---/---
Advogado
OAB. Nº
Problema 03
No dia 10 de março de 2011 após ingerir um litro de vinho na sede de sua
fazenda, Jose Alves pegou seu automóvel e passou a conduzi-lo ao longo
da estrada que tangencia sua propriedade rural. Após percorrer cerca de
dois KM na estrada absolutamente deserta, José Alves foi surpreendido
por uma equipe da polícia militar que lá estava a fim de procurar um
indivíduo foragido do presídio da localidade. Abordado pelos policiais,
Jose Alves saiu de seu veículo trôpego e exalando forte odor de álcool,
oportunidade em que, de maneira incisiva, os policiais lhe compeliram a
realizar o teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar. Ao realizar o
teste foi constatado que José Alves tinha concentração de álcool de 1 mg
por litro de ar expelido pelos pulmões, razão pela qual os policiais o
conduziram à unidade de polícia judiciária, onde foi lavrado alto de prisão
em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 306 da lei 9503/97,
sendo-lhe negado no referido alto de prisão em flagrante o direito de
entrevistar-se com seus advogados ou com seus familiares. Dois dias
após a lavratura do alto em flagrante, em razão de José Alves ter
permanecido encarcerado na delegacia de polícia, você é procurado pela
família do preso, sob protestos de que não conseguiam vê-lo e de que o
delegado não comunicara o fato ao juízo competente, tão pouco a
defensoria pública. Com base somente nas informações de que dispõe e
nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de
advogado de José Alves, redija a peça cabível, exclusiva de advogado,
no que tange à liberdade de seu cliente, questionando em juízo eventuais
ilegalidades praticadas pela autoridade policial, alegando para tanto toda
a matéria de direito pertinente ao caso.
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da_ Vara Criminal da Comarca de _
José Alves, nacionalidade, estado civil _, RG_, CPF nº_, residente e domiciliado _ , por seu advogado que ao
final subscreve, vem mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigo 5º, inciso
LXV, da Constituição Federal, postular a seu favor RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, pelos
motivos a seguir expostos:
Dos Fatos
No dia _ Jose Alves foi surpreendido por policiais militares dirigindo carro de sua propriedade. Os
mesmos o compeliram a realizar o teste de alcoolemia em aparelho de ar alveolar, constatando que tinha
concentração de álcool de 1 mg por litro de ar expelido pelos pulmões. Jose Alves foi conduzido a unidade de
polícia judiciária onde foi preso em flagrante pela prática do crime previsto no artigo 306 da lei 9503/97.
Do Direito
O presente requerimento de relaxamento de prisão em flagrante, ilustre Juiz, data vênia, deve ser
deferido em favor de Jose Alves, por evidencia nulidade ocorrida no auto de prisão em flagrante.
Jose Alves foi preso e não teve direito de comunicar-se com sua família ou com seu advogado, bem como não
teve seus autos remetidos ao Juízo competente ou ao Ministério Público conforme redação dado pelo artigo
306 do Código de Processo Penal, se não, vejamos:
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou a pessoa
por ele indicada.
§ 1o Dentro em 24h (vinte e quatro horas) depois da prisão, será encaminhado ao
juiz competente o auto de prisão em flagrante acompanhado de todas as oitivas
colhidas e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral
para a Defensoria Pública.
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa,
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e o das
testemunhas.”
Art. 5º da Constituição Federal, inciso LXV. “A prisão ilegal será imediatamente
relaxada pela autoridade judiciária.”
Ora Excelência, a prisão torna-se assim ilegal, visto que não foram cumpridos requisitos necessários
para a continuidade da mesma.
Mesmo que Vossa Excelência entenda pela legalidade da prisão em flagrante, ainda assim deverá o
requerente ser posto em liberdade, em razão da inocorrência de qualquer das hipóteses autorizadoras da
prisão preventiva, consoante o parágrafo único do art. 310 do CPP.
Art. 310. Quando o juiz verificar pelo auto de prisão em flagrante que o agente
praticou o fato, nas condições do art. 19, I, II e III, do Código Penal, poderá, depois
de ouvir o Ministério Público, conceder ao réu liberdade provisória, mediante termo
de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena de revogação.
Parágrafo único. Igual procedimento será adotado quando o juiz verificar, pelo auto
de prisão em flagrante, a inocorrência de qualquer das hipóteses que autorizam a
prisão preventiva (arts. 311 e 312).”
A isso alia-se o fato de que o requerente não tem antecedentes criminais, não resistiu a prisão,
possui residência e emprego fixos, deve-se conceder o relaxamento da prisão.
Do Pedido
“Ex positis”, requer-se o deferimento do presente requerimento de relaxamento de prisão em
flagrante, em favor do acusado Jose Alves, expedindo-se o competente alvará de soltura clausulado, fazendo-
se, assim, a necessária
JUSTIÇA!!!
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/ Data
Advogado
OAB nº