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30/01/2018 Número: 0800169-67.2015.4.05.8401 Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA Tribunal Regional Federal da 5ª Região PJe - Processo Judicial Eletrônico Consulta Processual Partes Tipo Nome ADVOGADO RODRIGO ZEIDAN BRAGA EXEQUENTE RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO EXEQUENTE KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTE BRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTE CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA EXECUTADO UNIÃO FEDERAL Documentos Id. Data/Hora Documento Tipo 4058401.633450 28/02/2015 10:28 PETIÇÃO INICIAL - AUXLÍO-MORADIA - ADICIONAL POR SUBSTITUIÇÃO - VERBAS INDENIZATÓRIAS Petição Inicial 4058401.633451 28/02/2015 10:28 PROCURAÇÕES Documento de Comprovação 4058401.633454 28/02/2015 10:28 DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO Documento de Identificação 4058401.633455 28/02/2015 10:28 CUSTAS PROCESSUAIS Documento de Comprovação 4058401.635950 03/03/2015 10:22 Despacho Despacho 4058401.636084 03/03/2015 10:22 Intimação Expediente 4058401.637674 04/03/2015 08:41 Certidão de Intimação Certidão de Intimação 4058401.637688 04/03/2015 08:47 EMENDA À INICIAL - RETIFICAÇÃO DO VALOR DA CAUSA Petição 4058401.637689 04/03/2015 08:47 DOCUMENTO - PARTE AUTORA - CUSTAS COMPLEMENTARES Documento de Comprovação 4058401.637692 04/03/2015 08:47 DOCUMENTO - PARTE AUTORA - COMPROVANTE DE ENDEREÇO FUNCIONAL Documento de Comprovação 4058401.643782 06/03/2015 20:05 Despacho Despacho 4058401.643785 06/03/2015 20:05 Intimação Expediente 4058401.643973 06/03/2015 23:21 Certidão de Intimação Certidão de Intimação 4058401.643974 06/03/2015 23:29 AUTOR - MODIFIAÇÃO DO PEDIDO - ITEM D.3 - JUNTADA DE COMPROVANTE DE DOMICÍLIO FUNCIONAL Petição 4058401.643975 06/03/2015 23:29 AUTOR - DOCUMENTO - COMPROVANTE DE DOMICÍLIO Documento de Comprovação 4058401.643976 06/03/2015 23:29 AUTOR - DOCUMENTO - DOU - DESIGNAÇÃO DO AUTOR BRUNO FÉLIX COMO CHEFE DA UNIDADE Documento de Comprovação 4058401.658907 17/03/2015 12:23 Inspeção Despacho Inspeção 4058401.659186 20/03/2015 08:49 Decisão Despacho 4058401.665695 20/03/2015 08:49 Intimação Expediente

PROCESSO: 0800169-67.2015.4.05.8401 - CUMPRIMENTO DE … · custas processuais documento de comprovação ... juntada de comprovante de domicÍlio funcional ... petiÇÃo - autor

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30/01/2018

Número: 0800169-67.2015.4.05.8401

Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Tribunal Regional Federal da 5ª RegiãoPJe - Processo Judicial EletrônicoConsulta Processual

Partes

Tipo Nome

ADVOGADO RODRIGO ZEIDAN BRAGA

EXEQUENTE RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO

EXEQUENTE KARLA CUNHA MEDEIRO

EXEQUENTE BRUNO FELIX DE ALMEIDA

EXEQUENTE CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA

EXECUTADO UNIÃO FEDERAL

Documentos

Id. Data/Hora Documento Tipo

4058401.633450 28/02/201510:28

PETIÇÃO INICIAL - AUXLÍO-MORADIA -ADICIONAL POR SUBSTITUIÇÃO - VERBASINDENIZATÓRIAS

Petição Inicial

4058401.633451 28/02/201510:28

PROCURAÇÕES Documento de Comprovação

4058401.633454 28/02/201510:28

DOCUMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO Documento de Identificação

4058401.633455 28/02/201510:28

CUSTAS PROCESSUAIS Documento de Comprovação

4058401.635950 03/03/201510:22

Despacho Despacho

4058401.636084 03/03/201510:22

Intimação Expediente

4058401.637674 04/03/201508:41

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.637688 04/03/201508:47

EMENDA À INICIAL - RETIFICAÇÃO DOVALOR DA CAUSA

Petição

4058401.637689 04/03/201508:47

DOCUMENTO - PARTE AUTORA - CUSTASCOMPLEMENTARES

Documento de Comprovação

4058401.637692 04/03/201508:47

DOCUMENTO - PARTE AUTORA -COMPROVANTE DE ENDEREÇO FUNCIONAL

Documento de Comprovação

4058401.643782 06/03/201520:05

Despacho Despacho

4058401.643785 06/03/201520:05

Intimação Expediente

4058401.643973 06/03/201523:21

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.643974 06/03/201523:29

AUTOR - MODIFIAÇÃO DO PEDIDO - ITEMD.3 - JUNTADA DE COMPROVANTE DEDOMICÍLIO FUNCIONAL

Petição

4058401.643975 06/03/201523:29

AUTOR - DOCUMENTO - COMPROVANTE DEDOMICÍLIO

Documento de Comprovação

4058401.643976 06/03/201523:29

AUTOR - DOCUMENTO - DOU - DESIGNAÇÃODO AUTOR BRUNO FÉLIX COMO CHEFE DAUNIDADE

Documento de Comprovação

4058401.658907 17/03/201512:23

Inspeção Despacho Inspeção

4058401.659186 20/03/201508:49

Decisão Despacho

4058401.665695 20/03/201508:49

Intimação Expediente

4058401.667467 23/03/201508:43

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.679430 31/03/201500:00

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.699189 15/04/201514:20

Citação Expediente

4058401.703139 17/04/201500:45

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.717459 26/04/201500:00

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.819807 18/06/201523:56

União Contestação

4058401.824591 23/06/201509:57

AUTOR - RÉPLICA - PEDIDO DEJULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE

Réplica

4058401.900026 12/08/201514:18

Sentença Sentença

4058401.900083 12/08/201514:18

Intimação Expediente

4058401.901556 13/08/201510:57

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.916933 23/08/201500:00

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.930312 01/09/201508:37

PARTE AUTORA - MANIFESTAÇÃO FINAL Petição

4058401.998231 09/10/201513:56

Trânsito em julgado Certidão Trânsito em Julgado

4058401.998236 09/10/201513:59

Intimação da União Ato Ordinatório

4058401.998246 09/10/201514:00

Intimação Expediente

4058401.1012390 19/10/201501:20

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1026080 25/10/201520:01

MANIFESTAÇÃO - Intimação da Parte Autora -Execução de Honorários - UNIÃO

Petição

4058401.1048337 06/11/201509:41

Despacho Despacho

4058401.1049131 06/11/201509:41

Intimação Expediente

4058401.1057112 11/11/201511:04

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1060459 12/11/201515:00

PETIÇÃO - AUTOR - JUNTADA DECOMPROVANTE - PAGAMENTO DEHONORÁRIOS

Petição

4058401.1060460 12/11/201515:00

COMPROVANTE DE PAGAMENTO -HONORÁRIOS

Documento de Comprovação

4058401.1061640 13/11/201507:44

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1110468 02/12/201517:55

intimar União Ato Ordinatório

4058401.1110472 02/12/201517:56

Intimação Expediente

4058401.1113942 04/12/201508:04

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1122309 08/12/201518:18

EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS - Recolhimentodo Valor Devido-Arquivamento - UNIÃO

Petição

4058401.1162991 13/01/201617:39

Despacho Despacho

4058401.1165209 14/01/201618:32

Arquivamento Certidão

4058401.1717893 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1717894 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1717895 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1717898 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1717899 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1717900 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1717926 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1717927 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

4058401.1717928 24/09/201600:01

Certidão de Intimação Certidão de Intimação

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA ___ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO NORTE.

  1.                 Sistema remuneratório dos servidores públicos. Artigo 39, §8º, da

Constituição da República. Regime de subsídio. Parcela única remuneratória.

Parcelas indenizatórias. Possibilidade de coexistência.  

  2.          EC nº 41/2003. Exclusão de vantagens .de qualquer outra natureza

Nova redação do artigo 37, inciso XI, da CRFB/88. Revogação de disposições

legais em contrário à Emenda, especialmente as que estabeleciam vantagens de

natureza remuneratória e indenizatória. Auxílio-moradia. Verba indenizatória.

Parcela indenizatória prevista em lei. Artigo 37, §11, da CRFB. Artigo 51,

inciso IV, e artigo 60-A da Lei nº 8.112/90. Possibilidade de coexistência da

parcela única remuneratória com parcelas de caráter indenizatório que venham

a ser criadas a partir da instituição do novo regime. Desnecessidade de lei

específica. Inocorrência de repristinação da legislação anterior à EC nº

41/2003.

3.                 Lei nº 11.335/2006, Portaria PGR/MPU/Nº 484/2006. Inovação na

ordem jurídica. Reconhecimento de novas hipóteses em que o agente público

deve ser indenizado. Impossibilidade de distinção o pagamento da indenização

em razão do órgão ao qual o servidor está ligado. Inaplicabilidade dos artigos

37, inciso XIII, e 39, §1º, da CRFB, que se referem à remuneração e não à

indenização. Distinção feita pelo §11 do artigo 37 e §4º do artigo 39 da CRFB.

Responsabilidade civil pressuposta. Situações de moradia adversa indenizadas

pela União que reclamam tratamento idêntico aos Juízes, Procuradores da

República e Federais.    

4.          Desnecessidade de lei específica. Autotutela. Indenização. Restauração

de direito lesado. Artigo 37, §6º, da CRFB. Reconhecimento de situação

indenizável por qualquer ato legítimo do Poder Público. Ampliação das

hipóteses pela Portaria PGR/MPU/Nº 71/2014 e pela Portaria nº 460/2014 da

DPU. Via de mão dupla. Precedentes no âmbito da Administração Federal.

Pagamento com base em dotações orçamentárias consignadas para adimplir as

obrigações da União até que sejam realocados no orçamento para indenizar

pessoal.  

5.                 Os membros do Ministério Público da União não se beneficiaram da

liminar concedida no Supremo (AO nº 1.773), tampouco sua LC nº 75/93

atribui a todos os membros, como ocorre na LOMAN, o direito ao auxílio, mas

apenas a quem preenchesse certos requisitos. A situação é idêntica aos

membros da Advocacia-Geral da União: não foram beneficiados por liminar,

tampouco a Lei nº 8.112/90 atribuiu, originalmente, essa vantagem a todos. Se

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os primeiros fazem jus a tal indenização, os Procuradores Federais também o

fazem.  

6.                 Gratificação por substituição. Necessidade de concessão para evitar o

enriquecimento ilícito do Estado. Trabalho extraordinário. a devidaMereceida

contraprestação pecuniária.

 CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA , brasileiro, casado, Procurador Federal, matriculado sob

o nº 1553150 (SIAPE), inscrito no CPF sob o nº 512.807.953-87, , casado, ProcuradorBRUNO FÉLIX DE ALMEIDA

Federal, inscrito no CPF sob o nº 841.627.673-00, , brasileira, casada, inscrita no CPF sob o nºKARLA CUNHA MEDEIRO

980.042.633-72, e , brasileira, casada, inscrita no CPF sob o nºRAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO

634.435.113-68, todos com endereço profissional na Avenida Rio Branco, nº 1.260, Centro, Mossoró/RN, CEP 59.611-400,

vêm, respeitosamente, ajuizar a presente em face da , pessoa jurídica de direitoAÇÃO DE RITO ORDINÁRIO UNIÃO

público interno, ( )presentada pela Procuradoria da União no Estado do Rio Grande do Norte, pelos fatos e fundamentosre  

que passa a expor.

  I - DOS FATOS E DO DIREITO AO AUXÍLIO-MORADIA.

  A parte autora, que ocupa cargo remunerado por subsídio e exerce uma função essencial à [1]

Justiça, está lotada numa cidade cujas condições de moradia são consideradas adversas pela Administração Pública Federal, à

semelhança dos Juízes e membros do Ministério Público, o que lhe dá, com igualdade de motivos a estes últimos, direito à

indenização do auxílio-moradia.

  O traço que aproxima os Procuradores Federais, assim como os demais agentes públicos

contemplados pelo pagamento da indenização (magistrados, membros do MP e Defensores Federais), é a remuneração por

subsídio e o exercício de uma função essencial à Justiça. Ao derredor de um Poder, a Justiça, prestam uma função igualmente

essencial três órgãos públicos distintos: o MPU, a DPU e a AGU.

  Na espécie, vale ressaltar que aos Procuradores do Ministério Público se reconheceu,

administrativamente, o pagamento do auxílio-moradia, muito embora não estivessem contemplados na decantada liminar

proferida na AO nº 1.773/DF . De outro lado, a LC nº 75/93 não atribui a todos os Procuradores essa vantagem [2]

indenizatória, mas apenas aqueles que estão em situações específicas. É exatamente o caso dos Procuradores Federais, como se

passará a demonstrar.

  Deveras, assim como os magistrados, Defensores Federais e membros do MPU, os Procuradores

Federais passaram ser remunerado por subsídio, ou seja, mediante parcela única . À ocasião da efetiva implantação do regime

de subsídio pela EC nº 41/2003 (a EC nº 19/98, em razão da redação do artigo 48, inciso XV, da CRFB, não era autoaplicável)

, houve incremento substancial na remuneração dos membros de Poder, do Ministério Público, dos Defensores e [3]

Procuradores apontados no artigo 31, inciso XI, e no artigo 39, §8º, da CRFB. Na magistratura e no o subsídioParquet,

representou quase a dobra do valor do vencimento-base da carreira.

 Reuniram-se, numa parcela única, todos os penduricalhos do sistema remuneratório de vencimentos,

incluindo adicionais, gratificações, vantagens de qualquer natureza que se tornaram incompatíveis com a parcela do subsídio.

Segundo o MINISTRO TEORI ZAVASCKI , no julgamento do RE nº 609.381/GO, o teto de remuneração estabelecido

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pela Emenda Constitucional 41/2003 é de eficácia imediata, submetendo às referências de valor máximo nela fixadas todas

as verbas remuneratórias percebidas pelos servidores de União, estados e municípios, ainda que adquiridas sob o regime

legal anterior . De acordo com o Ministro Joaquim Barbosa , o subsídio é forma de pagamento que por natureza indica o

.englobamento em valor único de parcelas anteriormente pagas em separado"

 Não é à toa, por exemplo, que, no âmbito do Ministério Público da União, deixou-se de pagar o

anuênio previsto no artigo 224, §1º, da LC nº 75/93, ao passo que, na magistratura federal, deixou-se de pagar a ajuda de custo

para moradia do artigo 65, inciso II, da LC nº 35/79, que era uma vantagem do cargo de juiz. Não houve revogação expressa,

tampouco repristinação. Há, em verdade, nítida incompatibilidade de uma norma inferior com outra de hierarquia superior.

Isso decorreu da EC nº 41/2003, que deu a seguinte redação ao artigo 37, inciso XI, da Constituição da República:

  Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:  

[...]  

XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da

administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e

dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos

cumulativamente ou não, , nãoincluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza

poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,

aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito

Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos

Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos

Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos

por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no

âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos

Procuradores e aos Defensores Públicos;

Portanto, a partir da EC nº 41, de 19 de dezembro de 2003, implementouse uma nova política de

Estado relativa a gastos com pessoal por meio do sistema remuneratório do subsídio. No entanto, o regime de subsídio, em

parcela única, não é incompatível com o pagamento parcelas de natureza indenizatória que venham a ser reconhecidas a partir

daquela data.

Justamente por essa razão que os Estados-membros passaram a editar leis novas, voltando a

reconhecer a situação de moradia adversa merecedora de indenização, reservando dotação adequada no orçamento para não ser

necessário retirá-la da dotação para pagamento de obrigações decorrentes de responsabilidade civil. Cite-se, apenas para 

ilustrar, a Lei Estadual nº 17.691/2014 do Paraná , que, recentemente, reconheceu naquele Estado ser devida a indenização. [4]

Ainda que se admita que não houve a revogação do artigo 65, inciso II, da LOMAN pela EC nº

41/2003, o que contornaria o problema entre a compatibilidade das velhas disposições sobre o regime de vencimentos com a

nova ordem constitucional, o dispositivo não é autoaplicável e dependeria de regulamentação, que pode ser por via de lei ou,

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como prudentemente o CNMP e o Conselho Superior da Defensoria Pública da União, por via de ato administrativo, por conta

da natureza indenizatória da verba. Se fosse remuneração, seria necessária uma lei específica pra instituí-la ou majorar

.seu valor, o que não acontece na prática, do artigo 37, inciso X, da CRFBex vi

Sob essa perspectiva, o Poder Executivo, ao resistir a estender a regulamentação da Orientação

Normativa nº 10/2013 do MPOG a todos os Procuradores Federais, ,está incidindo na proibição de proteção deficiente

deixando indene uma situação que o Poder Público Federal reconheceu, independente de lei, como sendo uma hipótese

merecedora da reparação.

Seja qual for o fundamento, o tratamento das verbas indenizatórias regularmente instituídas sob a EC

nº 41/2003 deve se adequar nova ordem constitucional, que é substancialmente diferente do sistema remuneratório anterior,a

por vencimentos. É o caso do auxílio-moradia que, embora chamado de vantagem nomenclatura típica do regime anterior , é

verba indenizatória e deve ser estendida a todos que exercem uma função essencial à Justiça: Defensores, Promotores e

Advogados públicos.

A Lei nº 11.355/2006 e a Portaria PGR/MPU/nº 484/2006, em âmbito federal, foram os primeiros atos

normativos do Poder Público, após a EC nº 41/2003, a inovarem na ordem jurídica em matéria de pagamento dessa

indenização para os agentes públicos federais que exercem uma função essencial à Justiça e são remunerados por subsídio.

Por meio da já mencionada Lei nº 11.355/2006, a Administração Federal reconheceu aos servidores

do Poder Executivo o pagamento do auxílio-moradia. Com efeito, reza o artigo 60-A da Lei nº 8.112/90 com redação dada pela

Lei nº 11.355/2006:

Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor:

[...]

IV - auxílio-moradia.  

[...]

Art.  60-A.    O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente

realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por

empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor.  

A regra foi regulamentada pela Orientação Normativa nº 10/2003 do Ministério do Planejamento.

Inicialmente, o pagamento do auxílio-moradia para quem ocupasse cargo em comissão ou função de confiança do grupo DAS

4 ou superior, cargo de natureza especial ou cargo de Ministro de Estado ou equivalente, desde que o servidor tenha se

deslocado e não tenha residido no Município,  região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por

, nos últimos doze meses, onde for exercer o cargo em comissão ou função .municípios limítrofes e regularmente instituídas

O artigo 227, inciso VIII, da LC nº 75/93 (a LONMP), regulamentado inicialmente pela Portaria

PGR/MPU/nº 484/2006, previa o pagamento do auxílio-moradia aos Procuradores que residissem em cidades cujas

Nos termos do referido dispositivo, nãocondições de moradia fossem consideradas difíceis ou particularmente onerosas.  

são todos os Procuradores do Ministério Público que fazem jus à vantagem. Só passaram a fazer por conta do princípio da

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embora os Estatuto da Magistratura só lhes seja aplicável no que couber, conforme artigo 129, §4º, dasimetria constitucional,

CRFB.

O pagamento do auxílio-moradia, contudo, foi se ampliando na Administração Federal com base em

atos administrativos.  

Com a Portaria PGR/MPU/nº 484/2006, o Poder Público reconheceu hipóteses de pagamento daquela

verba indenizatória sem previsão legal. De acordo com aquele ato, também é devida a indenização aos membros do MPU que

continuam lotados em locais que autorizavam a percepção do auxílio com base na Portaria PGR/MPU/nº 465/1995 e aos que

haviam sido aprovados no concurso mais recente para carreira e lotados onde a antiga portaria considerava localidade com

condições difíceis ou onerosas de moradia.

Aquela portaria foi revogada por diversas outras. Atualmente, até ser estendido o auxílio a todos os

membros, a Portaria PGR/MPU nº 652/2013 reconhecia o pagamento da referida indenização nas seguintes hipóteses:

  Art. 2º Consideram-se como condições de moradia particularmente difíceis:

I - a localidade de difícil acesso; e

II - a localidade inóspita ou de precária condição de vida.

§ 1º Caracteriza-se como localidade de difícil acesso aquela em que o deslocamento do membro do MPU

para a capital federal exigir sua passagem por rodovia, ou trecho de rodovia, sem pavimentação até o

aeroporto que tenha voo regular efetuado por empresa aérea local ou nacional.

§ 2º Considera-se como inóspita ou de precária condição de vida a localidade situada na faixa de até cento

e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, bem como aquelas localizadas na

Amazônia Legal e no Semiárido Nordestino que tenham população inferior a trezentos mil habitantes,

conforme dados do IBGE, e, ainda, as unidades situadas nos Estados do Acre, do Amapá, de Roraima e de

Rondônia, constantes do Anexo.

§ 3º O limite populacional definido no § 2º para os municípios localizados na Amazônia Legal e no

Semiárido Nordestino será revisto a cada dois anos após a publicação desta Portaria, por ato do

Secretário-Geral do MPU.

Art. 3º Considera-se como localidade particularmente onerosa aquela constante do Anexo, estabelecida

com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF 2008/2009, divulgada pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística IBGE.

A Portaria em questão inovou na ordem jurídica, pois criou hipóteses de indenização que não

necessariamente correspondem a localidades inóspitas ou de precária condição de vida, como previa a LONMP (p. , cidadesex

a 150km das fronteiras brasileiras, como Erechim/RS, São Miguel do Oeste/SC e Umuarama/PR têm, respectivamente, IDH de

0,826, 0,801 e 0,800, à semelhança de Países do Primeiro Mundo) . [5] Até os Procuradores lotados na evoluída cidade de

Mossoró/RN faziam jus a tal benefício.

5/19

A Portaria PGR/MPU nº 71/2014, por sua vez, estendeu a vantagem a todos os membros do MPU,

embora isso não signifique que, para o Ministério Público, todo território brasileiro seja considerado inóspito, de difícil acesso

ou de precária condição de vida.

Apesar do descompasso do adjetivo utilizado na classificação das cidades, é plenamente possível

reconhecer que ato administrativo ou decisão judicial tratem sobre verbas indenizatórias. Ela, como dito, inovou no

ordenamento jurídico, reconhecendo novas situações de moradia merecedoras de reparação, administrativamente, sem amparo

.na LC nº 75/93, a LONMP

 A tese que levou o benefício a todos é a equivalência entre as carreiras que prestam uma função

essencial à Justiça.

A propósito, a MINISTRA CARMEN LÚCIA , RE nº 602.381/AL, discorreu, que a AGU é o

órgão que exerce as funções justificadoras da equiparação com o Ministério Público.  

No mesmo sentido, o Ministro Gilmar Mendes [6] ensina que são também funções essenciais à

Justiça a Advocacia Pública e Privada e a Defensoria Pública. O constituinte não as tratou com a minúcia que devotou ao

Ministério Público opção que não deve ser interpretada como valoração diferente da relevância dos entes que compõe esse

. capítulo da Carta. Todos, dentro das peculiaridades, são fundamentais para realização da Justiça

No julgamento do , oRE nº 558.258 MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI também entendeu

pelo tratamento isonômico entre as carreiras jurídicas. Defendeu que embora os integrantes de tais carreiras não façam parte

do Poder Judiciário, exercem, segundo assenta o próprio texto constitucional, funções essenciais à Justiça. Tal

característica determinou que se conferisse tratamento isonômico aos membros das carreiras jurídicas .

Por sua vez, o Ministro Ayres Britto , nos debates do referido julgamento, sustentou o seguinte: O

Ministro Lewandowski - parece-me - foi extremamente feliz quando buscou a razão de ser da aplicabilidade dos subsídios

do Poder Judiciário no caso do Supremo Tribunal Federal - como parâmetro para os procuradores em geral pela

polissemia do substantivo. Os procuradores aí a Constituição não distinguiu. Aí diz o Ministro Ricardo Lewandowski que é

porque eles desempenham função essencial à justiça. Justiça aí não é Poder Judiciário; significa função jurisdicional. E,

de fato, a Constituição exige para os procuradores como exige para os juízes o quê? Concurso público, estrutura os cargos

em carreira e exige a participação da OAB, no concurso, em todas as fases do concurso. Então, Vossa Excelência buscou, e

foi feliz nisso, a explicação, o porquê de se colocar para os procuradores como parâmetro, em termo de remuneração, o

Supremo Tribunal Federal. São carteiras jurídicas, versadas pela Constituição .

Efetivamente, por conta da União, existe uma Justiça para cuidar de seus interesses: a Justiça Federal.

Nessa mesma Justiça, atua, na persecução criminal e na defesa de interesses transindividuais, o Ministério Público Federal. Em

defesa dos hipossuficientes que têm direitos relacionados a bens, interesses e serviços da União, existe a Defensoria Pública da

União. Qual o motivo de deixar de fora desse tratamento paritário apenas e tão somente a carreira que ( )presenta a própriare

União (e todos os Poderes) nesse sistema, bem como lhe presta, internamente, a consultoria e o assessoramento jurídico? Não

faz qualquer sentido!

O auxílio-moradia é mais um típico exemplo do reconhecimento do pagamento de indenização com

base na equiparação constitucional entre as funções essenciais à Justiça, que gravitam ao derredor da magistratura, estes, sim,

6/19

membros de um Poder.

Não existe uma igualdade absoluta entre as carreiras que prestam uma função essencial à Justiça, até

porque elas exercem competências diferentes. Mas, em razão da e da igual relevância no capítuloparidade de armas

constitucional reservado a essas três categorias MPU, DPU e AGU - deve haver, no que couber, um tratamento paritário entre

seus membros, sob pena de se criarem distorções não desejadas pelo Poder Constituinte, que possam comprometer a

administração da Justiça. A extensão do auxílio-moradia a todos os membros dessas carreiras jurídicas insere-se nesse

contexto.

A necessidade de conferir, , tratamento paritário às carreiras que exercem uma funçãono que couber

essencial à Justiça decorre do artigo 129, §4º, do artigo 134, §4º, da CRFB, e do artigo 29, §§2º e 3º, do ADCT:

  Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

[...]

§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93.

[...]

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,

incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação

jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos

direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do   inciso LXXIV

do art. 5º desta Constituição Federal . 

[...]  

§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência

funcional, e no inciso II do art. 96 destaaplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93

Constituição Federal. 

[...]  

Art. 29. Enquanto não aprovadas as leis complementares relativas ao Ministério Público e à

Advocacia-Geral da União, o Ministério Público Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, as

Consultorias Jurídicas dos Ministérios, as Procuradorias e Departamentos Jurídicos de autarquias

federais com representação própria e os membros das Procuradorias das Universidades fundacionais

públicas continuarão a exercer suas atividades na área das respectivas atribuições.

[...]

  § 2º - Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será facultada a opção, de

forma irretratável, entre as carreiras do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União .

§ 3º - Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do Ministério

7/19

Público admitido antes da promulgação da Constituição , observando-se, quanto às vedações, a situação

jurídica na data desta.

A isonomia constitucional entre o Ministério Público e o Judiciário ou entre o Judiciário e a

Defensoria se dá no que couber. No caso da Advocacia-Geral da União, essa equiparação é direta, ao ponto de facultar ao

Procurador a opção entre o MPU ou a AGU. A propósito do regime anterior, o artigo 37 da Lei nº 1.341/51, ainda em vigor por

conta do §3º do artigo 29 do ADCT, não poderia ser mais claro na identidade entre os cargos:

  Art. 37. , defenderão os Os Procuradores da República, como advogados da União interêsses

desta em as instâncias, perante a justiça dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,tôdas

servindo nos feitos mediante distribuição, quanto forem mais de um.  

Tem-se ainda o artigo 1º da Lei 2.123/53 (revogado em 1997):

 

Art. 1º - Os procuradores das autarquias federais terão, no que couber, as mesmas atribuições e

impedimentos e prerrogativas dos membros do Ministério Público da União, reajustados os respectivos

vencimentos na forma do   , de com asart. 16 da Lei nº 499, de 28 de novembro de 1948 acôrdo

possibilidades econômicas de cada entidade autárquica. 

 Não custa citar o artigo 4º do Decreto-Lei nº 2.333/87:

  Art. 4º A remuneração mensal dos servidores a que se refere o caput do artigo 1º, compreendida pela

soma do vencimento básico mais representação, acrescida das gratificações de nível superior,

produtividade e desempenho, não poderá exceder o total do vencimento básico e idênticas vantagens pagos

aos ocupantes da classe final da carreira de Procurador da República.

Antes, as funções eram atribuições de cargos da mesma carreira. Hoje, estão em carreiras distintas.

Porém, o tratamento isonômico persiste.

Pois bem, voltando ao assunto principal. Muito embora a LC nº 75/93 não preveja o auxílio-moradia a

todos os membros, a vantagem foi estendida a todos os integrantes do Ministério Público, sem exceção, pois todos exercem

função essencial à Justiça e residem nas mesmas cidades de lotação. A mesma razão está presente para estender a indenização

a todos os Advogados Públicos, afinal a Lei nº 8.112/90, à semelhança da LC nº 75/93, também não concede a todos o

auxílio-moradia, mas nada impede que ato administrativo o faça, a exemplo da Portaria PGR/MPU nº 71/2014.

Essas lacunas legais foram preenchidas, validamente, por atos administrativos, já que indenização é

matéria que não está submetida a reserva legal. A propósito, apenas para se comparar a previsão do auxílio-moradia nas leis

que tratam da magistratura, do MPU, da AGU e da DPU:

Na LC nº 35/79 (a LOMAN):

  Art. 65 - Além dos vencimentos, ser outorgadas aos magistrados, , aspoderão nos termos da lei

seguintes vantagens:

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[...]

II - ajuda de custo, para moradia, nas localidades em que não houver residência oficial à

disposição do Magistrado.  

 Na LC nº 75/93 (a LONMP):

Art. 227. Os membros do Ministério Público da União farão jus, ainda, às seguintes vantagens:

[...]

VIII - auxílio-moradia, em caso de lotação em local cujas condições de moradia sejam

, assim definido em ato do Procurador-Geral da República;particularmente difíceis ou onerosas

 

Por fim, a LC nº 73/93 (LOAGU) diz o seguinte:

Art. 26. Os membros efetivos da Advocacia-Geral da União têm os direitos assegurados pela  

Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 ; e nesta lei complementar.  

 A Lei nº 8.112/90, por seu turno, prevê em favor dos Procuradores Federais o seguinte:

Art. 51.  Constituem indenizações ao servidor:

[...]

  IV - auxílio-moradia.  

[...]

Art.  60-A.    O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente

realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por

empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor.  

Portanto, a base legal e constitucional para concessão do auxílio-moradia à Defensoria Pública da

União é mesma para que a vantagem seja concedida aos membros da Advocacia-Geral da União. E mais: não custa repetir 

que, ainda que o artigo 60-B da Lei nº 8.112/90 não tenha conferido o auxílio-moradia a todos os Advogados Públicos, da

mesma forma que o artigo 227, inciso VIII, da LC nº 75/93, também não o estendeu a todos os membros do MPU, o ato

administrativo ou decisão judicial podem fazê-lo por se tratar de indenização, de verba inenizatória .

Efetivamente, existem outros precedentes que, de forma inaugural no ordenamento jurídico,

reconheceram o dever do Estado de indenizar. O fato é que, diante da previsão constitucional artigo 37, §6º, da CRFB, que

institui a , o pagamento de indenização, ao contrário dasresponsabilidade civil da União por atos lícitos e ilícitos

remunerações, independe de lei específica.

Em verdade, a concessão de indenizações não está ligada ao órgão ao qual o agente público se

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vincula, mas à situação fática, ao direito lesado que merece reparação . A remuneração do servidor, ao contrário, comporta

distinção em razão do cargo, conforme artigo 39, §1º, da Constituição da República, verbis :

  Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de

política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos

respectivos Poderes. 

§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório

observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada

carreira;

II - os requisitos para a investidura;

III - as peculiaridades dos cargos.

 Com relação às verbas indenizatórias, é diferente. A Constituição separa claramente remuneração de

indenização, tratando-as como coisas distintas. A propósito:

  Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:   

[...]

§ 11. , para efeito dos de que trata o inciso XI doNão serão computadas limites remuneratórios

caput deste artigo, . as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei  

[...]  

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua

competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração

pública direta, das autarquias e das fundações públicas

[...]  

§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários

Estaduais e Municipais serão fixado em parcelaremunerados exclusivamente por subsídio

única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de

representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art.

37, X e XI.

Indenizar não é remunerar. Não é à toa que sobre a parcela tida como indenizatória não incidem

imposto de renda e contribuição previdenciária, nem há submissão da mesma ao teto constitucional. Se indenizar e remunerar,

sob o ponto de vista do tratamento constitucional, são coisas distintas, não há que se falar em equiparação de espécies

remuneratórias ou aumento de vencimentos, afastando-se, assim, a aplicação do artigo 37, inciso XIII, da CRFB e da Súmula

339 do STF (nova Súmula Vinculante nº 37).

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De fato, indenizar é reparar um direito lesado. O tema foi tratado, ainda que a traços largos, na decisão

que reconheceu a repercussão geral no RE nº 710.293/SC, quando o Supremo afastou o enunciado nº 339 de Súmula. Naquele

caso, se  discutia a possibilidade de equiparação do auxílio-alimentação de servidores públicos pertencentes a carreiras

diferentes, tendo como fundamento ato do Tribunal de Contas da União que fixou o valor daquela indenização em montante

Segundo o voto do superior a de outros órgãos federais.  ,MINISTRO LUIZ FUX a questão não se encerra na vigência do

enunciado, mas na sua incidência ou não no auxílio-alimentação, tratado no pronunciamento como verba indenizatória

livre do alcance da súmula.

Se fossem aplicáveis o artigo 39, §1º, e artigo 37, inciso XIII, da Constituição da República ao

auxílio-moradia, seus valores, alteração de hipóteses de cabimento não poderiam ser fixados por resolução ou portaria, umaetc

vez que a remuneração dos servidores públicos somente pode ser fixada ou alterada por lei específica, conforme prescreve o

artigo 37, inciso X, da nossa Lei Maior.

Auxílio-moradia, portanto, tem natureza indenizatória e não depende, como sói acontecer com

quaisquer indenizações, de lei específica para ser pago.

O , em parecer dado quando ainda era AdvogadoMINISTRO LUIZ ROBERTO BARROSO

Público (Parecer nº 01/08-LRB, no processo E-14/17738/2007 ), defendeu que a indenização independe de lei específica. [7]

Para ele, "tratando-se de recomendação de natureza indenizatória, convém lembrar que à Administração se reconhece o

poder de autotutela. Dele decorre não só o poder mais evidente e específico de anular seus próprios atos, mas, de modo mais

amplo, o poder de recompor a ordem jurídica violada. Decorrendo diretamente da vinculação da Administração à

legalidade (art. 37, caput, da Constituição), a autotutela também engloba, nesse aspecto mais amplo, por exemplo, o poder

de indenizar. A autotutela não depende da conclusão de nenhum procedimento especial (inquérito policial ou ação civil,

por exemplo), tampouco de autorização legislativa. No que tange à prática dos entes brasileiros no cumprimento de

recomendações da Comissão [Interamericana de Direitos Humanos], a autotutela já ocorreu tanto com quanto sem

autorização legislativa. O que parece importante é a concessão de indenização contar como ocorre com os atos

.administrativos em geral com elementos suficientes para sua justificação"

Perceba-se que o próprio Governo Federal reconhece que o pagamento de indenizações independe de

previsão legislativa específica. Nesse sentido, o Acordo de Cumprimento de Recomendações, de 23 de fevereiro de 2006, no

caso nº 11.516 julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (caso ), que posteriormente, resultouOvelário Tames

no  Decreto nº 5.611/2006 (e não lei), autorizando a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência a pagar

indenizações, independente de lei específica, com base genérica na previsão orçamentária para indenização de vítimas da

violação de obrigações contraídas pela União. 

Se a Administração reconhece o pagamento de indenização, sob o título de auxílio-moradia, por meio

de ato administrativo, ela passa a ter o dever de indenizar os demais agentes públicos, que igualmente exercem função

essencial à Justiça, lotados em situações análogas. Se o Poder Público, após uma decisão liminar na AO nº 1.773/DF, ampliou,

por atos administrativos, os casos de pagamento da indenização, deverá fazê-lo em favor de todos membros desponte ,propria

carreiras essenciais à Justiça que se encontrem na mesma situação, ainda que seja necessária uma decisão judicial para obrigar

o MPOG a ampliar a ON nº 10/2013 do MPOG.

Pontue-se ainda uma questão interessante: a indenização recebida pelo Ministro do Supremo é a

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mesma recebida por juiz federal substituto. O mesmo ocorrerá no âmbito do Ministério Público. Isso só reforça a tese:

situações iguais devem ser reparadas de forma igual (artigo 39, §1º, da CRFB), o que, no caso concreto,independente do cargo

resultou no valor de R$ 4.377,73 mensais.

Destarte, se a Administração resiste em reparar, mediante a respectiva indenização, a situação da parte

autora, surge a pretensão para que ela possa pleitear o mesmo, com base nas dotações orçamentárias consignadas para custeio

de indenizações decorrentes da responsabilidade civil do Estado, até que o Poder Executivo, ao consolidar o orçamento da

União, resolva espontaneamente fazer dotações para esse fim.

Em matéria de indenização, pouco importa o órgão ao qual se vincula o servidor. Trata-se de uma

, bastando o reconhecimento oficial da Administração Pública da situação merecedora da reparaçãovia de mão dupla

mediante indenização. Nesse contexto, a Portaria PGR/MPU/nº 71/2014 e a Resolução nº 100/2014 do CSDPU devem também

ser aplicadas aos Procuradores Federais, cuja direito de moradia permanece indene. Este é o motivo do pedido para que a AGU

ou o MPOG regulamente a matéria em benefício de todos os Advogados Públicos e não apenas os Defensores.

Outrossim, o pagamento do auxílio-moradia nada tem a ver com a garantia da inamovibilidade. A

inamovibilidade é uma regra cujo efeito é impedir a remoção, do titular do cargo com tal garantia, salvo por razõesex ¸officio

de interesse público. Já a indenização, em razões de condições adversas de moradia, é concedida a titulares de cargos que não

têm essa garantia. O exemplo é retirado da estrutura do Poder Judiciário, entre o cargo de juiz e o cargo de diretor de

secretaria, conforme trecho retirado da liminar na AO nº 1.773/DF:

  [...] em casos de remoção ou promoção de um magistrado federal, usualmente ele se desloca

para o interior do país e alguns servidores que integram a sua equipe o acompanham.

Normalmente, o Diretor de Secretaria, ocupante de um cargo CJ-3, é um dos que aceita o

convite. Em razão do deslocamento para um local em que não existe residência oficia, o Diretor

de Secretaria terá o direito a receber o auxílio-moradia pago regularmente nos termos da

Resolução n° 4 do CJF. Por outro lado, o Juiz Federal, que é seu chefe na hierarquia

administrativa e que, também se removeu para o mesmo local, tem o seu pedido de ajuda de

custo para fins de moradia negado.

Portanto, a Portaria PGR/MPU/nº 71/2014 e as Resoluções do CNJ, CNMP e CSDPU são atos

normativos do Poder Público Federal que inauguram na ordem jurídica e servem de parâmetro, com base no poder de

autotutela, para estender a concessão da indenização auxílio-moradia em favor dos demais agentes públicos federais

magistrados, Procuradores e Defensores federais, que são remunerados por subsídio e exercem, a exemplo dos membros do

MPU, função essencial à Justiça. Se não for assim, o Poder Público estará tratando, de forma desigual, aqueles que merecem

tratamento idêntico, por estarem, em termos de moradia, nas mesmas condições fáticas.  

Pense-se, por exemplo, que a LONMP contivesse a previsão específica para pagamento de

indenização a servidor do MPU que, a serviço, tivesse seu carro particular danificado por uma viatura da polícia federal. Juízes

e Procuradores Federais, na mesma situação, teriam o idêntico direito à reparação, independente de previsão específica nas leis

de suas respectivas carreiras. Basta um ato do Poder Público, seja ele um acordo, portaria ou sentença, reconhecendo a situação

merecedora de reparação. O exemplo é esdrúxulo, é verdade, pois o pagamento da indenização destina-se a reparar o direito

lesado, amparando-se na previsão do artigo 37, §6º, da Constituição.

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Se é indenizatório, o auxílio-moradia deve ser estendido à parte autora, bem como a

magistrados e Defensores federais que estejam nas mesmas condições fáticas. Se é vantagem remuneratória, o que lhe

deixaria circunscrita ao cargo específico e não à situação merecedora de indenização, deve ser instituída por lei, incidir

imposto de renda e adequar-se ao teto constitucional.

O pagamento de indenizações, sob o regime remuneratório de subsídios instituído pela EC nº

41/2003, precisa, portanto, ser reconstruído . O momento atual dessa trilha evolutiva, no qual diversas leis e atos normativos

surgiram e recriaram vantagens e gratificações, atribuindo-lhes natureza indenizatória, traz a necessidade de ocupar o sistema

de responsabilidade civil com a preocupação de garantir o direito de ninguém mais ser vítima de dano, de encontrar-se em

situação merecedora de reparação, como parece acontecer, atualmente, com os magistrados, Defensores e Advogados Públicos.

Trata-se da teoria da responsabilidade pressuposta.

A propósito, disserta que GISELDA HIRONAKA [8] [h]á um novo sistema a ser construído, ou,

pelo menos, há um sistema já existente que reclama transformação, pois as soluções teóricas e jurisprudenciais até aqui

desenvolvidas, e ao longo de toda história da humanidade, encontram-se em crise, exigindo revisão em prol da mantença do

.justo

Chegou o momento de o Judiciário, que é o Poder da República que por último decide e em caráter

definitivo, manifestar-se sobre o assunto, estendendo a indenização do auxílio-moradia também a todos os Advogados Públicos

e não só aos Defensores. O artigo 51, inciso IV, e o artigo 60-A, da Lei nº 8.112/90, são normas aplicáveis aos Defensores

Federais, cuja hipótese de incidência foi alargada pelo Conselho Superior da Defensoria da União, alcançando todos os

integrantes daquela instituição.

É preciso fazer o mesmo em favor dos Procuradores Federais, já que seu órgão não tem autonomia

para lutar contra o controle orçamentário imperial feito pela Presidência da República, que corta orçamentos até mesmo

daqueles entes que receberam autonomia constitucional. Estas categorias, felizmente, podem adotar uma atitude institucional.

Para os Advogados Públicos Federais, resta postular ao Judiciário, como fizeram os Juízes Federais autores da AO nº

1.773/DF, que resultou nessa salutar mudança de paradigma. Auxílio-moradia: um privilégio ou uma vantagem isonômica

ao alcance de quem exerce uma função essencial à Justiça?

E ainda que não exista a alegada isonomia/simetria, pelo conjunto normativo e a situação fática da

parte autora (lotada em Mossoró/RN), deve ser concedida verba em questão, até porque há previsão na Lei nº 8.112/90! Sem

falar do esquecido artigo 37, inciso XII, segundo o qual os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder

.Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo

II - DOS FATOS E DO DIREITO AO ADICIONAL POR SUBSTITUIÇÃO.

Pois bem, o pleito em questão se afina com as Leis 13.024/14 13.093/15, 13.094/15, 13.095/15 enºs

13.096/15, que preveem a gratificação aqui tratada para os membros da do Ministério Público da União e da magistratura da

União e do Distrito Federal, funções essenciais à Justiça, assim como a Advocacia-Geral da União, conforme já mencionado

acima.

O pleito em comento é necessário porque já é tema pacificado na doutrina e na jurisprudência

(trecho do parecer do Senador Eunício Oliveira que apreciou o PLCpátria que é vedado o enriquecimento ilícito do Estado

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06/2014 que trouxera a previsão da gratificação em tela para o MPU ). Dessa forma, como é corriqueiro ocorrer o acúmulo [9]

de atribuições, é mais do que necessária a devida compensação pecuniária.

Como se sabe, é sobremodo comum a acumulação de acervos processuais, consultivos e

administrativos por parte dos membros da Advocacia-Geral da União, que, decerto pela falta de atratividade em virtude da

discrepante remuneração em relação às carreiras da magistratura, do Ministério Público e até mesmo de Procuradorias

estaduais e municipais, nunca consegue completar o seu quadro de Procuradores e Advogados. Assim, é corriqueiro o membro

da AGU dobrar, triplicar, o seu trabalho, sem qualquer contraprestação financeira.

Essa situação, agravada pela ausência de adequada carreira administrativa, obriga o membro da

Advocacia-Geral da União a assumir, de forma não remunerada, papel distinto daquele para o qual prestaram concurso

público.

Na verdade, o pagamento do acúmulo de atribuições equivale, no serviço público, à remuneração do

trabalho extraordinário, que é prevista no artigo 39, §3º , c/c artigo 7º, inciso XVI , da Constituição da República, que [10] [11]

carece de regulamentação para os membros da Defensoria Pública e da Advocacia-Geral da União.

Assim, a indenização pelo acúmulo de atribuições visa a ressarcir, adequadamente, o membro da

Advocacia-Geral da União pelo desempenho de atribuições de seu par, nos casos de vacâncias, afastamento, como férias,

licenças, suspensões ou afastamentos a qualquer título.

Para situações iguais, deve haver tratamento igual, sob pena de se configurar uma escancarada

violação ao princípio da igualdade, na medida em que se omitir com relação aos membros da AGU, que exercem, igualmente,

uma função essencial à Justiça, como os membros do Ministério Público, a quem já foi dada a oportunidade, inclusive, de fazer

a opção pela carreira da Advocacia-Geral da União, conforme artigo 29 do ADCT.

Ademais, a sistemática indenizatória já existe numa série de carreiras jurídicas, como no Ministério

Público do Estado do Ceará, do Estado de Pernambuco, na Procuradoria-Geral do Distrito Federal, na Defensoria Pública do

Estado do Rio de Janeiro, dentre outras carreiras essenciais à Justiça.

Outrossim, a indenização pelo acúmulo de atribuições atende ao disposto no §7º do artigo 39 da

Constituição da República, que prevê o pagamento de prêmio de produtividade ao servidor, na medida que incentiva o

Advogado Público a, voluntariamente, aumentar sua carga de trabalho, bem como buscar mais vitórias judiciais em favor da

União.

Caso se entenda que não é possível o Poder Judiciário determinar o pagamento da verba em questão,

que então que se reconheça que a parte autora não pode ser obrigada a realizar a substituição de qualquer colega. Se não é

possível haver a contraprestação, o membro não pode ser compelido a fazer trabalho extraordinário.

Ora, como se deve saber, em despacho do dia 29 de setembro, o juiz Rogério Tobias de Carvalho, da

1ª Vara Federal de Niterói, registrou que, a partir daquela data, somente julgaria os processos pares. Nos processos ímpares, ele

despachou justificando a sua atitude, nos seguintes termos:

  Diante da necessidade de continuidade de serviço público essencial, e carência de juízes, é

possível a acumulação, desde que o magistrado com ela concorde, expressa ou tacitamente. Esta

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acumulação não é coercitiva, a ponto de obrigar o juiz, bem como qualquer trabalhador, a atuar

. Nosso ordenamento jurídico, bem como tratados internacionais dossem retribuição adequada

quais o Brasil é signatário, não admitem trabalho forçado, sendo tipificado como crime reduzir

de alguém à condição análoga de escravo (artigo 149 do Código Penal).

Que então se adote aqui o mesmo raciocínio acima!

Entende-se, por fim, que tal parcela deve ser reconhecida como indenizatória (dispensando, assim

como o auxílio-moradia, a edição de lei), pois, caso contrário, sua existência esbarraria na nos ditames do artigo 39, §4º, da

CRFB, que veda o acréscimo ao subsídio de .qualquer gratificação

III - DOS PEDIDOS.

Diante do exposto , requer-se:

a) ,tento em vista a decantada decisão liminar proferida pelo Ministro Luiz Fux na AO nº 1.773

seja aqui também deferida a antecipação de tutela meritória, para que a ré passe a pagar imediatamente o auxílio-moradia,

no mesmo valor estabelecido para os membros do MPU/Poder Judiciário Federal (hoje correspondente a R$ 4.377,73), ou,

caso assim não entenda, no valor de R$1.800,00, nos termos do artigo 60-D da Lei nº 8.112/90 , sob pena de multa de [12]

R$ 1.000,00 em caso de descumprimento dessa obrigação;

b) seja ainda liminarmente reconhecido à parte autora o direito de receber a gratificação por

substituição (correspondente a 1/3 do valor do subsídio ), aplicando-se, até que a questão seja devidamente [13]

13.024/14, com as adaptações indicadas no item d.4 abaixo, ou, casoregulamentada pela autoridade competente, a Lei nº

assim não entenda, sob penaque se determine à ré que se abstenha de obrigar a parte autora a substituir outros membros,

de multa de R$ 1.000,00 em caso de descumprimento dessa obrigação;

c) a citação da UNIÃO para que apresente contestação;

d) confirmando-se na sentença a tutela antecipada, seja julgado procedente o pleito autoral para

condenar a ré:

 d.1) na obrigação de fazer, mediante a implantação, no contracheque da parte autora, da

indenização do auxílio-moradia no mesmo valor pago aos membros do MPU/Poder Judiciário

Federal (hoje correspondente a R$ 4.377,73);

d.2) caso assim não entenda, o que se admite apenas em atenção ao princípio da

eventualidade, na obrigação de fazer, mediante a implantação, no contracheque da parte autora,

da indenização do auxílio-moradia no montante de R$ 1.800,00, conforme artigo 60-D da Lei nº

8.112/90 c/c artigo 37, §6º, da CRFB;

d.3) no pagamento dos valores atrasado desde 15/09/2014 (data prevista na decisão do

Ministro Luiz Fux proferida na AO nº 1.733);

d.4) a reconhecer à parte autora o direito a receber a gratificação por substituição,

15/19

aplicando-se, até que a questão seja devidamente regulamentada pela autoridade competente, a

Lei 13.024/14, com as seguintes adaptações (inspiradas no PL 8.000 de 2014 apresentado na

Câmara dos Deputados ): [14]

- A gratificação será devida aos membros que forem designados em substituição desde que

a designação importe acumulação por período superior a 3 (três) dias úteis.

- Para fim de concessão da gratificação deverão ser analisados a lotação ideal e o número

de membros efetivamente em exercício na unidade da Advocacia-Geral da União

(Procuradoria-Geral Federal na espécie, a Procuradoria Seccional Federal em Mossoró/RN).

- A acumulação de atribuições de representação, consultoria e assessoramento da União,

de suas autarquias e fundações ocorrerá, em caráter voluntário e, preferencialmente, na mesma

base territorial, nos termos de editais publicados semestralmente pela autoridade competente, que

assegurarão igualdade de participação e a rotatividade entre os interessados (no caso aqui,

somente os autores).

d.5) caso assim não entenda, que se determine à ré que se abstenha de obrigar a parte

autora a substituir outros membros (em Mossoró, a lotação ideal é de 15 Procuradores Federais;

hoje, só existem 12);

d.6) em todo caso, haja manifestação expressa sobre os seguintes dispositivos:

- artigo 7º, inciso XVI, artigo 37, incisos VIII, X e XII, e §6º, artigo 39, §§ 3º e 4º, e artigo

135, todos da CRFB;

- artigo 29, §§2º e 3º, do ADCT;

- Artigo 37 da Lei nº 1.341/51;

- Artigo 65, inciso II, da LOMAN;

- Artigo 51, inciso IV, e artigo 60-A, da Lei nº 8.112/90;

- Artigo 227, inciso VIII, da LC 75/93.

Embora a prova documental acostada a esta petição seja bastante para permitir o acolhimento do

pedido, a parte autora protesta pela produção de todos os meios de prova em direito admitidos.

 Dá-se à causa o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais).

 Termos em que pede deferimento.

RODRIGO ZEIDAN BRAGA

OAB/CE Nº 19.262

16/19

 

 

DOCUMENTOS - HIPERLINKS

 

ON do MPOG 10/2013

https://conlegis.planejamento.gov.br/conlegis/pesquisaTextual/atoNormativoDetalhesPub.htm?id=9321&ti poUrl=link

Portarias PGR:

http://bibliotecadigital.mpf.mp.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/26161/PORTARIA%20PGR%20N%C2%BA%2

0652-2013%20E%20ANEXO.pdf?sequence=5

http://bibliotecadigital.mpf.mp.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/57970/PORTARIA%20PGR-MPU%20N%C2%

BA%2071-2014.pdf?sequence=1

  Notícias:

http://noticias.pgr.mpf.mp.br/noticias/noticias-do-site/copy_of_geral/pgr-vai-recorrer-de-decisao-qu

e-suspende-pagamento-do-auxilio-moradia-aos-membros-do-mpu

  Portaria da DPU:

  http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI209686,91041-Membros+da+DPU+receberao+auxiliomoradia

 

[1] Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo

serão remunerados na forma do art. 39, § 4º.  

[2] , e considerando, primordialmente, que o CNJ já reconhece o direito à ajuda de custo para fins de moradia aos magistrados eEx positis  

Conselheiros que lá atuam, vi da sua Instrução Normativa nº 9, de 8 de agosto de 2012, tendo em vista que todos os magistrados destaex

Corte têm o direito à ajuda de custo assegurado por ato administrativo, haja vista que os Membros do Ministério Público Federal, inúmeros

Juízes de Direito e Promotores de Justiça já percebem o referido direito, e em razão, também, da simetria entre as carreiras da Magistratura e

do Ministério Público, que são estruturadas com um eminente caráter nacional, a tutela antecipada requerida, a fim de que   DEFIRO    

todos os juízes federais brasileiros tenham o direito de receber a parcela de caráter indenizatório prevista no artigo 65, inciso II, da

LC nº 35/79, aplicando-se como regra aplicável para a concessão da referida vantagem,: i) o artigo 65 da LOMAN ora referido, que,

apenas, veda o pagamento da parcela se, na localidade em que atua o magistrado, houver residência oficial à sua disposição; ) osii

.valores pagos pelo STF a título de auxílio-moradia a seus magistrados  

A fim de que não haja dúvidas na implementação desta liminar pelos Tribunais Regionais Federais brasileiros, a ajuda de custo assegurada

por esta medida liminar deverá ser paga a todos os juízes federais na forma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional, inclusive nos casos de

acumulação, e salvo em favor do magistrado federal a quem tenha sido disponibilizada a residência oficial. Aduza-se que os efeitos da

presente liminar serão contados a partir da sua publicação.

17/19

 

[3] DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. 18ª ed., São Paulo: Atlas, 2005, p. 468Direito administrativo.

[4] Embora as carreiras remuneradas que exercem uma função essencial à justiça tenham sua disciplina afeta à lei

complementar, como é o caso da magistratura, defensoria e da advocacia pública, a criação de indenizações não está adstrita à

reserva do legislador complementar.  Os fundamentos para tal afirmação estão na ADI 4822/PE, na qual o Ministro Marco

Aurélio, comparando a sistemática da CF/69 com a CF/88, concluiu que lei ordinária pode fixar verba indenizatória para a

magistratura. Segundo ele, "a redação original do inciso V do artigo 93, ao cuidar de limites e escalonamento para a fixação

dos 'vencimentos' dos magistrados, não autoriza dizer da exigência de lei  complementar para disciplinar todo e qualquer

assunto relativo apagamentos em favor dos integrantes da carreira. A situação não veio a  ser modificada com a Emenda

Constitucional nº 19, de 1998, que alterou esse inciso para definir a figura do 'subsídio' como forma exclusiva de remuneração

dos magistrados e impor novos parâmetros e escalas.  Sob a óptica textual, estabelecer limites à previsão de

política  remuneratória, em relação ao legislador complementar, não significa  entregar a este o monopólio sobre todos os

elementos da disciplina (...)".

 

[5] Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil   . Atlas do Desenvolvimento Humano.

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010).

[6] MENDES, Gilmar Ferreira, COELHO, Inocêncio Mártires e BRANCO, Paulo Gustavo . Gonet Curso

3ª ed., São Paulo: Saraiva, 2008, p. 999.de direito constitucional.  

[7]http://download.rj.gov.br/documentos/10112/995656/DLFE-50838.pdf/Revista65Pareceres_pg_269_a_291.pdf

 

[8] HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Belo Horizonte: DelResponsabilidade pressuposta.

Rey, 2005, p. 2

[9] http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=149788&tp=1

 

[10] § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX,

XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.

[11] Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

[...]

XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em por cento à do normal;cinqüenta

[12] Art. 60-D.  O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, função 

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comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado.

§ 1  O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vinte e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado.o

§ 2  Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos oo

ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).  

 

[13] Art. 3   O valor da gratificação corresponderá a 1/3 (um terço) do subsídio do membro designado ào

substituição para cada 30 (trinta) dias de exercício de designação cumulativa e será pago   pro rata

tempore .

[14] http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=622784

 

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15022810140649700000000635030

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 28/02/2015 10:28:55Identificador: 4058401.633450Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

P R O C U R A Ç Ã O

Por este instrumento particular de mandato, nesta e

melhor forma de direito, , brasileiro, CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA

casado, Procurador Federal, inscrito no CPF sob o nº 512.807.953-87, com

endereço profissional na Procuradoria Seccional Federal em Mossoró,

situada na Avenida Rio Branco, nº 1.260, Centro, CEP 59.611-400, nomeia e

constitue seu bastante procurador o advogado , RODRIGO ZEIDAN BRAGA

brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil –

Secção do Estado do Ceará sob o nº 19.262, com endereço nesta cidade, à

Rua Alfeu Aboim, nº 511, ap. 1002, Papicu, CEP 60.175-375, com poderes ad

judicia para o foro em geral e onde com esta se apresentarem, podendo,

ainda, variar, transigir, acordar, desistir, firmar compromissos, receber, dar

quitação e substabelecer. Esta procuração é específica para ajuizar ação em

face da UNIÃO, objetivando, em síntese, o reconhecimento ao direito à

percepção de auxílio-moradia.

Fortaleza, 24 de fevereiro de 2015.

OUTORGANTE

1/4

P R O C U R A Ç Ã O

Por este instrumento particular de mandato, nesta e

melhor forma de direito, , brasileiro, casado, BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA

Procurador Federal, inscrito no CPF sob o nº 841.627.673-00, com endereço

profissional na Procuradoria Seccional Federal em Mossoró, situada na

Avenida Rio Branco, nº 1.260, Centro, CEP 59.611-400, nomeia e constitue

seu bastante procurador o advogado , brasileiro, RODRIGO ZEIDAN BRAGA

solteiro, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Secção do

Estado do Ceará sob o nº 19.262, com endereço nesta cidade, à Rua Alfeu

Aboim, nº 511, ap. 1002, Papicu, CEP 60.175-375, com poderes ad judicia

para o foro em geral e onde com esta se apresentarem, podendo, ainda,

variar, transigir, acordar, desistir, firmar compromissos, receber, dar

quitação e substabelecer. Esta procuração é específica para ajuizar ação em

face da UNIÃO, objetivando, em síntese, o reconhecimento ao direito à

percepção de auxílio-moradia.

Fortaleza, 24 de fevereiro de 2015.

OUTORGANTE

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15022810250595600000000635031

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 28/02/2015 10:28:55Identificador: 4058401.633451Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

1/2

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15022810261070100000000635034

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 28/02/2015 10:28:55Identificador: 4058401.633454Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

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Comprovante de pagamento com código de barras

Via Internet Banking CAIXA

Nome: BRUNO FELIX DE ALMEIDA

Conta de débito: 1048 / 001 / 00003839-6

Representação numérica do código de barras:

858000000020 500002811873 100012710004 512807953879

Convênio: GRU JUDICIAL-EXCLUSI

Valor: 250,00

Data de vencimento: 24/02/2015

Identificação da

operação:GRU CUSTAS

Data de débito: 24/02/2015

Data/hora da operação: 24/02/2015 17:15:59

Código da operação: 00179841

Chave de segurança: F970Q2L565XQVRP8

SAC CAIXA: 0800 726 0101Pessoas com deficiência auditiva: 0800 726 2492Ouvidoria: 0800 725 7474Help Desk CAIXA: 0800 726 0104

Inte R net----Ba Nking____CA:IXA https://internetbanking.caixa.gov.br/SIIBC/imprime_tributos.processa

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15022810264605700000000635035

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 28/02/2015 10:28:55Identificador: 4058401.633455Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros)ADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

DESPACHO

 

Trata-se de Ação Ordinária ajuizada por CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA, BRUNO FÉLIX DEALMEIDA, KARLA CUNHA MEDEIRO e RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO,procuradores federais, objetivando a condenação da UNIÃO FEDERAL a conceder-lhes os benefícios doauxílio-moradia e da gratificação por substituição.

Como se sabe, o valor da causa, além do caráter meramente fiscal de taxa tributária, natureza de que serevestem as custas processuais, possui instrumentalidade inerente à função judicante. Nessa hipótese,funciona como base de cálculo para o sancionamento de atos atentatórios à dignidade da justiça (art. 14,inciso V; art. 18; e art. 601, todos do CPC), bem como para a fixação da competência jurisdicional (art. 91do CPC e art. 3º da Lei nº 10.259/01).

Convém lembrar que nas ações individuais, ainda que plúrimas, caso dos autos, todos os Autores deverãocomprovar individualmente o valor da causa para fins de fixação da competência do órgão judicial.

Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA DE DIFERENÇA NO VALOR DA "INDENIZAÇÃO DECAMPO". LITISCONSÓRCIO ATIVO. VALOR DA CAUSA TOMADO INDIVIDUALMENTE. AÇÃOPLÚRIMA. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. COMPETÊNCIA. 1. Os apelantes pretendem sejareconhecida a competência da 3ª Vara Federal da Paraíba para processar e julgar a presente ação, reformando asentença proferida pela MM. Juíza singular, que, apesar de verificar que a competência, na hipótese, era dosJEFs, em função do valor da causa tomado por autor, não remeteu os autos físicos àquelas unidades jurisdicionaispor entender inviável tal remessa em virtude do processamento eletrônico lá adotado, e, assim, extinguiu o feito,sem resolução do mérito. 2. "Para que incida o art. 3.º da Lei n.º 10.259/2001 e seja, conseqüentemente,fixada a competência dos Juizados Especiais Federais no caso de litisconsórcio ativo facultativo, impendeconsiderar o valor de cada uma das causas individualmente considerado, não importando que a soma de

(STJ, REsp 794806/PR, Primeira Turma, DJ detodos eles ultrapasse o valor de sessenta salários mínimos"10.04.2006, p. 152). Precedentes desta Corte. 3. Inexistência de recusa na formação do litisconsórcio ativofacultativo, tendo a ação permanecido com o mesmo número de autores com que foi ajuizada. 4. "Ao excetuar dacompetência dos Juizados Especiais Federais as causas relativas a direitos individuais homogêneos, a Lei10.259/2001 (art. 3º, parágrafo 1º, I) se refere apenas às ações coletivas para tutelar os referidos direitos, e não àsações propostas individualmente pelos próprios titulares" (STJ, CC 58211/MG, Primeira Seção, DJ de18.09.2006). Como, no caso, a ação é individual, apesar de plúrima, e não coletiva, também não se afasta, poresse motivo, a competência dos JEFs para processar e julgar a causa. 5. Apelação à qual se nega provimento.(AC 200782000088000, Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, TRF5 - Primeira Turma, DJ -Data::14/11/2008 - Página::279 - Nº::222.) (grifos acrescidos)

Dessa maneira, a competência do Juizado Especial Federal Cível é absoluta e, por se tratar de questão deordem pública, deve ser conhecida de ofício pelo juiz, ainda que implique reavaliar o valor atribuídoerroneamente à causa.

O valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), atribuído aleatoriamente pelos Autores na peça inicialdesta demanda, implica no suposto valor da causa no importe de R$ 12.500,00 (doze mil e quinhentosreais) para cada Autor, o qual é inferior ao teto dos Juizados Especiais Federais.

1/2

Assim, sendo certo que o valor atribuído à causa deve guardar estrita consonância com o relevoeconômico perseguido pelo sujeito ativo da relação jurídico processual constituída, não se deve admitircomo plausível estimativa aleatória das partes autoras, como se observa na presente hipótese.

Ante o exposto, intimem-se os demandantes, na pessoa de seu advogado, para que emendem a petição , a fim de retificar o valor da causa, apresentando, inclusive, planilha nainicial no prazo de 10 (dez) dias

qual demonstre discriminadamente o valor perseguido por cada um deles nesta ação, observado o dispostono art. 260 do CPC, com o respectivo complemento das custas; bem como para juntarem aos autos osrespectivos comprovantes de residência ou fazerem prova de que possuem domicílio funcional num dosmunicípios abrangidos pela competência territorial deste juízo, tudo sob pena de extinção do processosem resolução do mérito.

Mossoró, 3 de março de 2015.

 

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal da 10ª Vara/SJRN

 

 

 

 

 

 

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15030309364114100000000637530

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 03/03/2015 10:22:32Identificador: 4058401.635950Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros)ADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

DESPACHO

 

Trata-se de Ação Ordinária ajuizada por CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA, BRUNO FÉLIX DEALMEIDA, KARLA CUNHA MEDEIRO e RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO,procuradores federais, objetivando a condenação da UNIÃO FEDERAL a conceder-lhes os benefícios doauxílio-moradia e da gratificação por substituição.

Como se sabe, o valor da causa, além do caráter meramente fiscal de taxa tributária, natureza de que serevestem as custas processuais, possui instrumentalidade inerente à função judicante. Nessa hipótese,funciona como base de cálculo para o sancionamento de atos atentatórios à dignidade da justiça (art. 14,inciso V; art. 18; e art. 601, todos do CPC), bem como para a fixação da competência jurisdicional (art. 91do CPC e art. 3º da Lei nº 10.259/01).

Convém lembrar que nas ações individuais, ainda que plúrimas, caso dos autos, todos os Autores deverãocomprovar individualmente o valor da causa para fins de fixação da competência do órgão judicial.

Nesse sentido:

PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE COBRANÇA DE DIFERENÇA NO VALOR DA "INDENIZAÇÃO DECAMPO". LITISCONSÓRCIO ATIVO. VALOR DA CAUSA TOMADO INDIVIDUALMENTE. AÇÃOPLÚRIMA. JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS. COMPETÊNCIA. 1. Os apelantes pretendem sejareconhecida a competência da 3ª Vara Federal da Paraíba para processar e julgar a presente ação, reformando asentença proferida pela MM. Juíza singular, que, apesar de verificar que a competência, na hipótese, era dosJEFs, em função do valor da causa tomado por autor, não remeteu os autos físicos àquelas unidades jurisdicionaispor entender inviável tal remessa em virtude do processamento eletrônico lá adotado, e, assim, extinguiu o feito,sem resolução do mérito. 2. "Para que incida o art. 3.º da Lei n.º 10.259/2001 e seja, conseqüentemente,fixada a competência dos Juizados Especiais Federais no caso de litisconsórcio ativo facultativo, impendeconsiderar o valor de cada uma das causas individualmente considerado, não importando que a soma de

(STJ, REsp 794806/PR, Primeira Turma, DJ detodos eles ultrapasse o valor de sessenta salários mínimos"10.04.2006, p. 152). Precedentes desta Corte. 3. Inexistência de recusa na formação do litisconsórcio ativofacultativo, tendo a ação permanecido com o mesmo número de autores com que foi ajuizada. 4. "Ao excetuar dacompetência dos Juizados Especiais Federais as causas relativas a direitos individuais homogêneos, a Lei10.259/2001 (art. 3º, parágrafo 1º, I) se refere apenas às ações coletivas para tutelar os referidos direitos, e não àsações propostas individualmente pelos próprios titulares" (STJ, CC 58211/MG, Primeira Seção, DJ de18.09.2006). Como, no caso, a ação é individual, apesar de plúrima, e não coletiva, também não se afasta, poresse motivo, a competência dos JEFs para processar e julgar a causa. 5. Apelação à qual se nega provimento.(AC 200782000088000, Desembargador Federal Francisco Cavalcanti, TRF5 - Primeira Turma, DJ -Data::14/11/2008 - Página::279 - Nº::222.) (grifos acrescidos)

Dessa maneira, a competência do Juizado Especial Federal Cível é absoluta e, por se tratar de questão deordem pública, deve ser conhecida de ofício pelo juiz, ainda que implique reavaliar o valor atribuídoerroneamente à causa.

O valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), atribuído aleatoriamente pelos Autores na peça inicialdesta demanda, implica no suposto valor da causa no importe de R$ 12.500,00 (doze mil e quinhentosreais) para cada Autor, o qual é inferior ao teto dos Juizados Especiais Federais.

1/2

Assim, sendo certo que o valor atribuído à causa deve guardar estrita consonância com o relevoeconômico perseguido pelo sujeito ativo da relação jurídico processual constituída, não se deve admitircomo plausível estimativa aleatória das partes autoras, como se observa na presente hipótese.

Ante o exposto, intimem-se os demandantes, na pessoa de seu advogado, para que emendem a petição , a fim de retificar o valor da causa, apresentando, inclusive, planilha nainicial no prazo de 10 (dez) dias

qual demonstre discriminadamente o valor perseguido por cada um deles nesta ação, observado o dispostono art. 260 do CPC, com o respectivo complemento das custas; bem como para juntarem aos autos osrespectivos comprovantes de residência ou fazerem prova de que possuem domicílio funcional num dosmunicípios abrangidos pela competência territorial deste juízo, tudo sob pena de extinção do processosem resolução do mérito.

Mossoró, 3 de março de 2015.

 

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal da 10ª Vara/SJRN

 

 

 

 

 

 

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15030310223453300000000637664

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 03/03/2015 10:22:34Identificador: 4058401.636084Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 04/03/2015, o(a) Sr(a) CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA foi intimado(a)acerca de acórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 03/03/2015 - 10:22 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15030310223453300000000637664

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 04/03/2015 08:41 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

1/1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 10ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO NORTE.

 

PROCESSO Nº:  0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR:  CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros) ADVOGADO:  RODRIGO ZEIDAN BRAGA RÉU:  UNIÃO FEDERAL 10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR  

 

CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA , , BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA KARLA CUNHA

e vêm promover a MEDEIRO RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO EMENDA À PETIÇÃO INICIAL

, nos termos a seguir expendidos.

Pois bem, o primeiro pedido autoral diz respeito à concessão do auxílio-moradia mensal no valor [1]

de R$ 4.377,73 . Multiplicando esta quantia por 12 e abrindo-se mão dos atrasados, chega-se ao valor total de R$52.532,76

.(valor individual)

Com relação ao segundo pleito (adicional de substituição), como se trata apenas de reconhecimento de

um direito sem a obrigatória prestação pecuniária (para tanto, deverá haver designação da autoridade competente o que pode

nunca ocorrer), é razoável apontar como conteúdo econômico do pedido o correspondente a 1/3 do subsídio de cada autor

(valor do adicional). Observe-se:

 

NOME CATEGORIA VALOR DO SUBSÍDIO

[2]

1/3 DO SUBSÍDIO

Carlos André Studart Pereira Especial R$22.516,94 R$7.505,64

Bruno Félix de Almeida Especial R$22.516,94 R$7.505,64

Karla Cunha Medeiro Segunda Categoria R$17.330,33 R$5.776,77

Raquel Benevides M. Anselmo Primeira Categoria R$19.913,33 R$6.637,77

    TOTAL R$27.425,82

1/2

 

Assim, tem-se como conteúdo econômico: R$210.131,04 (4 x R$52.532,76) + R$27.425,82 =

R$237.556,86. .Este valor é que deve ser atribuído à causa

  Segue em anexo o comprovante de pagamento de custas complementares e de endereço funcional 

da parte autora.

 Termos em que pede deferimento.

 RODRIGO ZEIDAN BRAGA

OAB/CE Nº 19.262

[1] Pedido principal.

[2] http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12775.htm

 

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15030408433288700000000639276

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 04/03/2015 08:47:35Identificador: 4058401.637688Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

Gerado a partir de https://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru_novosite/gru_simples_parte2.aspSR. CONTRIBUINTE: ESTA GUIA NÃO PODERÁ SER LIQUIDADA COM CHEQUE

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL

Guia de Recolhimento da União

GRU Judicial

Código de Recolhimento18710-0

Número do Processo08001696720154058401

Competência03/2015

Vencimento04/03/2015

Nome do Contribuinte/Recolhedor:BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA

CNPJ ou CPF do Contribuinte841.627.673-00

Nome da Unidade Favorecida:JUSTICA FEDERAL DE PRIMEIRO GRAU - RN

UG / Gestão090007 / 00001

Nome do Requerente/Autor:

841.627.673-00

(=) Valor do Principal704,36

CNPJ/CPF do Requerente/Autor:

CARLOS ANDRE STUDART PEREIRA(-) Desconto/Abatimento

Seção Judiciária: 84 Vara: 10 Classe: (-) Outras deduções

Base de Cálculo: (+) Mora / Multa

Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva responsabilidade do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas, consultar a Unidade Favorecida dos recursos.

(+) Juros / Encargos

SR. CAIXA: NÃO RECEBER EM CHEQUE

Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal[STNEFA5725B63DBFB9070385325F517F28C]

(+) Outros Acréscimos

(=) Valor Total704,36

85800000007-0 04360281187-6 10001271000-4 84162767300-5

SR. CONTRIBUINTE: ESTA GUIA NÃO PODERÁ SER LIQUIDADA COM CHEQUE

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL

Guia de Recolhimento da União

GRU Judicial

Código de Recolhimento18710-0

Número do Processo\Referência08001696720154058401

Competência03/2015

Vencimento04/03/2015

Nome do Contribuinte/Recolhedor:BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA

CNPJ ou CPF do Contribuinte841.627.673-00

Nome da Unidade Favorecida:JUSTICA FEDERAL DE PRIMEIRO GRAU - RN

UG / Gestão090007 / 00001

Nome do Requerente/Autor:

841.627.673-00

(=) Valor do Principal704,36

CNPJ/CPF do Requerente/Autor:

CARLOS ANDRE STUDART PEREIRA(-) Desconto/Abatimento

Seção Judiciária: 84 Vara: 10 Classe: (-) Outras deduções

Base de Cálculo: (+) Mora / Multa

Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva responsabilidade do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas, consultar a Unidade Favorecida dos recursos.

SR. CAIXA: NÃO RECEBER EM CHEQUE

(+) Juros / Encargos

Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal[STNEFA5725B63DBFB9070385325F517F28C]

(+) Outros Acréscimos

(=) Valor Total704,36

85800000007-0 04360281187-6 10001271000-4 84162767300-5

1/2

Comprovante de pagamento com código de barras

Via Internet Banking CAIXA

Nome: BRUNO FELIX DE ALMEIDA

Conta de débito: 1048 / 001 / 00003839-6

Representação numérica do código de barras:

858000000070 043602811876 100012710004 841627673005

Convênio: GRU JUDICIAL-EXCLUSI

Valor: 704,36

Data de vencimento: 04/03/2015

Identificação da

operação:GRU COMPLEM CUSTAS

Data de débito: 04/03/2015

Data/hora da operação: 04/03/2015 08:16:44

Código da operação: 00018483

Chave de segurança: Y6SPMTCVV9XV87VW

SAC CAIXA: 0800 726 0101Pessoas com deficiência auditiva: 0800 726 2492Ouvidoria: 0800 725 7474Help Desk CAIXA: 0800 726 0104

Internet---Bank-inG---CAIXA https://internetbanking.caixa.gov.br/SIIBC/imprime_tributos.processa

1 de 1 04/03/2015 08:162/2

15030408453525600000000639277

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 04/03/2015 08:47:35Identificador: 4058401.637689Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

2

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 10ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO NORTE.

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO AUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros) ADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGA RÉU: UNIÃO FEDERAL 10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA, BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA, KARLA

CUNHA MEDEIRO e RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO, vêm promover a EMENDA À

PETIÇÃO INICIAL, nos termos a seguir expendidos.

Pois bem, o primeiro pedido1 autoral diz respeito à concessão do auxílio-moradia no valor atual

de R$ 4.377,73. Multiplicando este valor por 12 e abrindo-se mão dos atrasados, chega-se ao valor total de R$52.532,76

(valor individual).

Com relação ao segundo pleito (adicional de substituição), como se trata apenas de

reconhecimento de um direito sem a obrigatória prestação pecuniária (para tanto, deverá haver designação da autoridade

competente – o que pode nunca ocorrer), é razoável apontar como conteúdo econômico do pedido o correspondente a 1/3

do subsídio de cada autor (valor do adicional). Observe-se:

NOME CATEGORIA VALOR DO SUBSÍDIO2 1/3 DO SUBSÍDIO

Carlos André Studart Pereira Especial R$22.516,94 R$7.505,64

Bruno Félix de Almeida Especial R$22.516,94 R$7.505,64

Karla Cunha Medeiro Segunda Categoria R$17.330,33 R$5.776,77

Raquel Benevides M. Anselmo Primeira Categoria R$19.913,33 R$6.637,77

TOTAL R$27.425,82

Assim, tem-se como conteúdo econômico: R$210.131,04 (4 x R$52.532,76) + R$27.425,82 =

R$237.556,86. Este valor é que deve ser atribuído à causa.

Seguem em anexo o comprovante de pagamento de custas complementares e de endereço

funcional da parte autora.

Termos em que pede deferimento.

RODRIGO ZEIDAN BRAGA

OAB/CE Nº 19.262

1 Pedido principal. 2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12775.htm

1/1

15030408460933100000000639280

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 04/03/2015 08:47:35Identificador: 4058401.637692Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

DESPACHO

Considerando que o documento constante no id. 637692 é mera repetição da petição constante no id.637688, intimem-se os autores para cumprirem na íntegra o despacho do id. 635950, devendo, no prazode 5 dias, juntarem aos autos os respectivos comprovantes de residência ou fazerem prova de quepossuem domicílio funcional num dos municípios abrangidos pela competência territorial deste juízo, sobpena de extinção do processo sem resolução do mérito.

Na mesma oportunidade deverão esclarecer expressamente, diante da afirmação constante na petição doid. 637688 de que abrem mão dos atrasados, se aditaram a inicial quanto ao requerimento constante doitem do capítulo dos pedidos.d.3

Mossoró, 6.3.2015.

 

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal

 

1/1

15030620035472600000000645404

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 06/03/2015 20:05:13Identificador: 4058401.643782Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

DESPACHO

Considerando que o documento constante no id. 637692 é mera repetição da petição constante no id.637688, intimem-se os autores para cumprirem na íntegra o despacho do id. 635950, devendo, no prazode 5 dias, juntarem aos autos os respectivos comprovantes de residência ou fazerem prova de quepossuem domicílio funcional num dos municípios abrangidos pela competência territorial deste juízo, sobpena de extinção do processo sem resolução do mérito.

Na mesma oportunidade deverão esclarecer expressamente, diante da afirmação constante na petição doid. 637688 de que abrem mão dos atrasados, se aditaram a inicial quanto ao requerimento constante doitem do capítulo dos pedidos.d.3

Mossoró, 6.3.2015.

 

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal

 

1/1

15030620051452200000000645407

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 06/03/2015 20:05:14Identificador: 4058401.643785Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 06/03/2015, o(a) Sr(a) CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA foi intimado(a)acerca de acórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 06/03/2015 - 20:05 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15030620051452200000000645407

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 06/03/2015 23:21 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

1/1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 10ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO NORTE.

PROCESSO Nº:  0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

AUTOR:  CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros) 

ADVOGADO:  RODRIGO ZEIDAN BRAGA 

RÉU:  UNIÃO FEDERAL 

10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA , , BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA KARLA CUNHA

e , vêm expor e requerer o que se segue.MEDEIRO RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO

Primeiramente, requer-se a alteração do pedido inicial, mais precisamente do item d.3, para que seja a

UNIÃO condenada a pagar os atrasados (de auxílio-moradia) apenas a partir da data do ajuizamento da presente

demanda.

Com relação ao comprovante de domicílio funcional, pede-se escusa pelo ocorrido. Na espécie, foi

convertida em PDF a página do documento do word errada.

Assim, agora está se fazendo a juntada da tela da página virtual da Procuradoria Seccional Federal em

Mossoró/RN, na qual se indicam os Procuradores Federais lotados na aludida unidade da Advocacia-Geral da União,

apontando-se, outrossim, o endereço eletrônico para eventual conferência.

De qualquer forma, oportuno registrar que o segundo requerente, BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA, é o

Procurador-Chefe da PSF-Mossoró e, ratifica, por meio do seu advogado, que todos os autores possuem domicílio funcional

em Mossoró/RN (DOU anexo).

Termos em que pede deferimento.

RODRIGO ZEIDAN BRAGA

OAB/CE Nº 19.262

1/1

15030623222340300000000645596

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 06/03/2015 23:29:07Identificador: 4058401.643974Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

COMPROVANTE DE DOMICÍLIO FUNCIONAL

http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/122883

1/1

15030623261554300000000645597

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 06/03/2015 23:29:07Identificador: 4058401.643975Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

Ano LV No- 119

Brasília - DF, quarta-feira, 25 de junho de 2014

ISSN 1677-7050

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00022014062500001

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

Sumário.

PÁGINAPresidência da República .................................................................... 1Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ...................... 3Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação .................................. 3Ministério da Cultura .......................................................................... 4Ministério da Defesa........................................................................... 5Ministério da Educação .................................................................... 11Ministério da Fazenda....................................................................... 35Ministério da Integração Nacional ................................................... 40Ministério da Justiça ......................................................................... 40Ministério da Pesca e Aquicultura ................................................... 41Ministério da Previdência Social...................................................... 42Ministério da Saúde .......................................................................... 44Ministério das Relações Exteriores .................................................. 48Ministério de Minas e Energia......................................................... 49Ministério do Desenvolvimento Agrário.......................................... 49Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome........... 50Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ... 50Ministério do Esporte........................................................................ 51Ministério do Meio Ambiente .......................................................... 51Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.......................... 52Ministério do Trabalho e Emprego.................................................. 53Ministério do Turismo ...................................................................... 55Ministério dos Transportes ............................................................... 55Conselho Nacional do Ministério Público....................................... 57Ministério Público da União ............................................................ 57Tribunal de Contas da União ........................................................... 59Defensoria Pública da União............................................................ 59Poder Legislativo............................................................................... 60Poder Judiciário................................................................................. 61Entidades de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais ... 66Editais e Avisos................................................................................. 66

CASA CIVIL

PORTARIA No- 482, DE 24 DE JUNHO DE 2014

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIALE COMBATE A FOME

O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVILDA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições etendo em vista o disposto no art. 1o do Decreto no 4.734, de 11 dejunho de 2003, resolve

NOMEAR

NATASCHA RODENBUSCH VALENTE, para exercer o cargo deSecretária-Executiva Adjunta do Ministério do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome, código DAS 101.6, ficando exonerada do queatualmente ocupa.

ALOIZIO MERCADANTE OLIVA

GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONALAGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA

DESPACHO DO DIRETOR-GERAL

O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA BRASILEIRA DEINTELIGÊNCIA DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITU-CIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso das atri-buições que lhe confere o Regimento Interno da Agência Brasileirade Inteligência (ABIN), aprovado pela Portaria nº 037-GSI-PR/CH/ABIN, de 17 de outubro de 2008, e alterado pela Portaria nº07/GSIPR/CH/ABIN, de 3 de fevereiro de 2009; e consoante o De-creto de 1º de dezembro de 2009, publicado na edição do DOU nº230, de 02 de dezembro de 2009, e considerando a subdelegação decompetência estabelecida no Inciso I do Art. 2º da Portaria nº 44 -GSIPR de 14 de março de 2003, publicada no DOU nº 52, de 17 demarço de 2003, resolve:

Autorizar o afastamento do País, por motivo de licença paracapacitação, da servidora da Agência Brasileira de Inteligência ma-trícula nº 908387, com ônus limitado, no período de 5 de julho de2014, a 9 de agosto de 2014, incluído trânsito, conforme consta noProcesso nº 01180001846/2008.

Publicado de acordo com o art. 9º da Lei nº 9.883/99.

WILSON ROBERTO TREZZA

SECRETARIA EXECUTIVA

PORTARIAS DE 24 DE JUNHO DE 2014

O SECRETÁRIO EXECUTIVO DO GABINETE DE SE-GURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚ-BLICA, no uso da subdelegação de competência que lhe foi con-ferida pelo art. 1o da Portaria no 9 - GSIPR/CH, de 13 de fevereiro de2009, resolve

No 227 - DESIGNAR

a Maj Ex ANDRÉA GONÇALVES LINS CALDAS ZORZO para exer-cer a função de ASSESSORA TECNICA MILITAR no Gabinete doGabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, en-quadrando-a na letra "C" da tabela anexa à Portaria nº 16-CH/CM, de 30de novembro de 1998 e ficando dispensada da que atualmente ocupa.

No 228 - DESIGNAR

a Cap Ex MARIA RAPHAELLA BURLAMAQUI THEOPHILO pa-ra exercer a função de ASSISTENTE MILITAR no Gabinete doGabinete de Segurança Institucional da Presidência da República,enquadrando-a na letra "D" da tabela anexa à Portaria nº 16-CH/CM,de 30 de novembro de 1998.

EDSON LEAL PUJOL

DEPARTAMENTO DE GESTÃO

PORTARIA No- 226, DE 24 DE JUNHO DE 2014

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE GESTÃO DASECRETARIA EXECUTIVA DO GABINETE DE SEGURANÇAINSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no usoda subdelegação de competência que lhe foi conferida pelo art. 1o daPortaria no 9 - GSI/PR/CH, de 13 de fevereiro de 2009, resolve tornarsem efeito a designação do Cb Ex RODRIGO PEREIRA EVAN-GELISTA, constante na Portaria nº 225 - SE/GSI/PR, de 18 de junhode 2014, publicada no Diário Oficial da União nº 116, de 20 de junhode 2014, Seção 2, páginas 1 e 2.

AIRES DE MELO JUREMA

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃOPROCURADORIA-GERAL FEDERAL

PORTARIA Nº 390, DE 21 DE MAIO DE 2014

O PROCURADOR-GERAL FEDERAL, no uso das atri-buições que lhe conferem os incisos I e VIII do § 2º do art. 11 da Leinº 10.480, de 2 de julho de 2002, e considerando o contido noProcesso nº 00419.001061/2014-96, resolve:

DISPENSAR, a pedido,

CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA, Procurador Federal, ma-trícula SIAPE nº 1553150, do encargo de Responsável pela Pro-curadoria Seccional Federal em Mossoró / RN.

MARCELO DE SIQUEIRA FREITAS

PORTARIA Nº 391, DE 21 DE MAIO DE 2014

O PROCURADOR-GERAL FEDERAL, no uso das atri-buições que lhe conferem os incisos I e VIII do § 2º do art. 11 da Leinº 10.480, de 2 de julho de 2002, e considerando o contido noProcesso nº 00419.001061/2014-96, resolve:

DESIGNAR

BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA, Procurador Federal, matrícula SIA-PE nº 1553383, para o encargo de Responsável pela ProcuradoriaSeccional Federal em Mossoró / RN.

MARCELO DE SIQUEIRA FREITAS

SECRETARIA-GERAL DE CONSULTORIA

PORTARIA Nº 463, DE 24 DE JUNHO DE 2014

O SECRETÁRIO-GERAL DE CONSULTORIA DA AD-VOCACIA-GERAL DA UNIÃO, no uso das atribuições que lheforam delegadas pela Portaria nº 1.663, de 2 de dezembro de 2009, doAdvogado-Geral da União, e considerando o que consta do Processonº 00404.005009/2013-97, resolve

Presidência da República.

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15030623265710700000000645598

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 06/03/2015 23:29:07Identificador: 4058401.643976Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

Processo sem ocorrências

 

Vistos em Inspeção

(Período Anual Inspecionado: 16/03/2015 a 20/03/2015)

DESPACHO

Mantenham-se conclusos.

 

Mossoró/RN,16/03/2015.

 

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal da 10ª Vara/RN

 

 

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15031712234960400000000660559

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 17/03/2015 12:23:49Identificador: 4058401.658907Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

DESPACHO

 

Acolho os pedidos de aditamento à inicial constantes nos ids. 637688 e 643974.

Cite-se a União para, querendo, contestar no prazo legal, após o qual me pronunciarei sobre o pedido detutela antecipado formulado na inicial. Por não haver nenhuma situação de premente necessidade, a tonarinoportuna a postergação da análise da tutela de urgência, deve ser prestigiado o princípio docontraditório.

Havendo alegação na contestação de preliminares, de fato impeditivo, modificativo ou extintivo dedireito, intimem-se os autores para se manifestarem no prazo de 10 dias.

Intimem-se.

Mossoró, 20.3.2015.

 

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal

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15031713503047700000000660837

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 20/03/2015 08:49:08Identificador: 4058401.659186Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

DESPACHO

 

Acolho os pedidos de aditamento à inicial constantes nos ids. 637688 e 643974.

Cite-se a União para, querendo, contestar no prazo legal, após o qual me pronunciarei sobre o pedido detutela antecipado formulado na inicial. Por não haver nenhuma situação de premente necessidade, a tonarinoportuna a postergação da análise da tutela de urgência, deve ser prestigiado o princípio docontraditório.

Havendo alegação na contestação de preliminares, de fato impeditivo, modificativo ou extintivo dedireito, intimem-se os autores para se manifestarem no prazo de 10 dias.

Intimem-se.

Mossoró, 20.3.2015.

 

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal

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15032008490993400000000667382

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 20/03/2015 08:49:10Identificador: 4058401.665695Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/03/2015, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca deacórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 20/03/2015 - 08:49 nos autos judiciais eletrônicosespecificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15032008490993400000000667382

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 23/03/2015 08:43 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 30/03/2015, o(a) Sr(a) CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA foi intimado(a)acerca de acórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 20/03/2015 - 08:49 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15032008490993400000000667382

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 31/03/2015 00:00 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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  da União para contestação no prazo legal.Citação

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15041514182338900000000701069

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: ANA PAULA MOURA SILVA OLIVEIRA - Diretor de SecretariaData e hora da assinatura: 15/04/2015 14:20:31Identificador: 4058401.699189Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 17/04/2015, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca deacórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 20/03/2015 - 08:49 nos autos judiciais eletrônicosespecificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15041514182338900000000701069

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 17/04/2015 00:45 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 25/04/2015, o(a) Sr(a) CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA foi intimado(a)acerca de acórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 20/03/2015 - 08:49 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15041514182338900000000701069

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 26/04/2015 00:00 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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EXMO(A) SR(A) DR(A) JUIZ(ÍZA) FEDERALDA 10ª VARA FEDERAL DA SEÇÃOJUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE 

 

 

 

 

 

Processo 0800169-67.4.05.8401

Autores: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO E OUTROS (3)  

 

 

 

 

A , pessoa jurídica de direito público interno, pelo representante judicial signatário, vem, peranteUNIÃOVossa Excelência, o pedido, com fundamento nos arts. 297 e 300 do Código de ProcessoCONTESTARCivil, e outros, pelas seguintes razões:

 

 

 

1 - SÍNTESE DO PEDIDO:

 

 

Trata-se de ação ordinária proposta por quatro procuradores federais objetivando seja reconhecido direitoà indenização e/ou à implantação dos benefícios conhecidos como auxílio-moradia e auxílio-substituição,

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com fundamento na simetria constitucional assegurada às carreiras da Magistratura Federal e doMinistério Público da União (Resolução/CNJ nº 133, de 21/6/2011; Lei Complementar nº 75, de20/5/1993, art. 227, VIII; dentre outros atos normativos).

 

Requer seja a União condenada a implantar o auxílio-moradia no mesmo valor pago ao MPU e ao PoderJudiciário Federal, bem como pretendem receber o auxílio-substituição e todas as demais indenizaçõesque forem sendo criadas pelas outras funções essenciais à justiça.

 

Utilizam, como fundamento principal, o princípio da simetria, tanto usado pelas outras carreiras jurídicastidas como essenciais pela Constituição Federal.

 

Alternativamente, pedem para não serem obrigados a substituir outros membros, quando estes estiveremafastados por algum motivo.

 

O pedido não pode prosperar, entretanto.

 

Veja, Excelência, que a pretensão autoral é mais uma forma de manifestação da  indignação, por parte dosautores, por causa da atual defasagem (estrutural e econômica), cada vez maior, existente entre ascarreiras da Advocacia-Geral da União (AGU) e as demais funções essenciais à Justiça.

 

A AGU vem sofrendo um processo de grave sucateamento e desvalorização, trazendo à tona inúmerosproblemas existente nas carreiras. É tratada como uma advocacia de governo quando deveria servalorizada e tida como advocacia de Estado. Não é isso que vem acontecendo, razão pela qual é enorme onúmeros de colegas que são aprovados em concursos melhores como o da Magistratura e do MinistérioPúblico. 

 

Para tentar minimizar a crise/conflito/prejuízo, então, procuram os autores, por meios seriamentecontestáveis, um aumento salarial a fim de "equacionar e equilibrar a balança".

 

Essas desejadas indenizações fazem parte da cultura brasileira de querer "dar um jeito" para obtenção deganhos pessoais e/ou de determinados grupos, com intuito de concretizar desejos particulares emdetrimento do  interesse público.

 

O uso frequente dessas  aberrantes  indenizações ( sem a devida atenção a um dos princípios , via de regra), apesar de existirem há muito tempo, passaramconstitucionais da Administração Pública

a ser bastante utilizadas,  a partir da ocupação de cargos comissionados por apadrinhados políticos emBrasília.

 

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A Medida Provisória nº 632, por exemplo, editada na véspera de Natal, tratando a respeito doauxílio-moradia, acabou com o prazo-limite de oito anos para o recebimento de auxílio-moradia pelosservidores federais efetivos e os nomeados sem vínculo com a Administração Pública dos Três Poderes,que assumem cargo comissionado em outra cidade. O benefício passou a ser por tempo indeterminado, atéque o funcionário volte para casa ou compre um imóvel para morar (ninguém compra, claro).

 

O Ministério Público também goza de tal regalia. Antes, tudo era de forma mais discreta e restrita (só paraaqueles que moravam no interior). Depois, foi-se estendendo o benefício para todos os membros, adespeito de possuírem moradias próprias.  A Magistratura, pelo interessante (comprincípio da simetriao MP), já estendeu o mesmo benefício aos seus membros. Então, houve a troca de benefícios.Osbenefícios da LOMAN foram estendidos aos membros do parquet e aqueles contemplados na LeiComplementar 75 também servem para os juízes e vice versa. Os autores querem participar dessa

.jubilosa conquista

 

 

 

Além desse auxílio-moradia, pretendido pelos autores (afinal, também são gente), outros são igualmenteusufruídos, ou serão em breve, pela magistratura e pelos membros do MP: auxílio capacitação;auxílio-alimentação; auxílio-creche; auxílio-saúde; auxílio-adoção; auxílio funeral; auxílio-transporte;auxílio-substituição; auxílio-transporte, auxílio nascimento, auxílio adoçãoetc.

 

Comentário: Outras ações virão dos advogados públicos federais sequiosos pelos mesmos auxílios ebenefícios.

 

Retornando ao assunto, é bom recordar que teve até magistrado que, inclusive, chegou a dizer, em matériajornalística, que os subsídios seriam apenas para guardar ou investir, já que existe auxílio para tudo. Esseé o patamar também almejado pelos autores e por todos os servidores públicos brasileiros.

 

Vale a pena transcrever os seguintes trechos da matéria feita pela revista Época:

 

"Com estabilidade, poder e prestígio social, juízes e promotores recebem como executivos da iniciativaprivada, mas gozam um pacote de benefícios só possível na esfera pública. Usufruem dois meses deférias anuais - mais um recesso de 14 a 30 dias -, não têm horário fixo, ganham auxílios para moradia,alimentação, transporte, plano de saúde, dinheiro para livros e computadores e ajuda até para pagar aescola particular dos filhos. É uma longa série de benefícios, alguns que se enquadram facilmentecomo regalias. Variam conforme o Estado. ÉPOCA descobriu 32 delas. Além do auxílio-moradia, omais comum é o de alimentação. Chega a R$ 3.047 mensais para promotores do Maranhão ."

 

 

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Em outra passagem, tem-se o seguinte:

 

 

"A gama de benefícios é resquício de privilégios históricos. Nos primeiros anos do Brasil Colônia nãohavia Justiça organizada, e os donatários das Capitanias Hereditárias tinham jurisdição sobre suasterras. Em meados do século XVI, o rei de Portugal, Dom João III, estabeleceu um governo central epassou a nomear magistrados, formando uma classe fidalga cheia de privilégios, que defendia osinteresses da Coroa. No Império, a Justiça continuaria a ser exercida por escolhidos do imperador.Com a Constituição Republicana de 1891, foram instituídas a vitaliciedade para juízes e airredutibilidade de vencimentos. Era a tentativa de garantir autonomia e evitar perseguições aos quedeveriam zelar pelo "bem comum", não por interesses do imperador ou "coronéis". Só em 1934 seriacriado o concurso de seleção. O historiador do Direito Cássio Schubsky acreditava que a origemfidalga explica os ganhos e benefícios especiais. Juízes e promotores se definem como "membros" deseu órgão; "servidores" são os demais funcionários. As leis mudaram, mas hábitos e práticas dopassado ainda determinam o status social da classe jurídica."

 

Na verdade, aqui no Brasil, muitas coisas giram em torno de um círculo vicioso, de extremos egoísmos evaidades ("cada um por si e Deus por todos"). Ao invés de se consertar o problema, enfrentando-o,prefere-se burlar esse obstáculo trazendo subterfúgios (de padrão ético não muito elevado) para se atingirao fim pretendido, ou seja, os fins muitas vezes podem justificar os meios. E, sempre (ou quase) ointeresse privado se sobrepõe ao público, repita-se.

 

Corroborando o que se disse acima, segue outro trecho da referida reportagem:

 

"O que torna os vencimentos dos magistrados "aparentemente acima do teto", diz, são as indenizaçõesfruto da "falta de aumento e de valores atrasados". "São vias legais que a carreira buscou decomplementar os reajustes para recompor o salário, de acordo com a norma constitucional." Apesardisso, ele afirma que há defasagem de 20% a 25%."

 

Esse introito é apenas para se inserir o tema (objeto da lide) no contexto atual de indignação dos autores edos demais advogados públicos federais. Começa,doravante, a se tratar do mérito propriamente dito.

 

O pedido, certamente, não tem amparo legal, mas.... por meio de uma interpretação jurídica romântica doprincípio da isonomia e da equidade e, ainda, mediante uma nababesca e ampliativa hermenêutica doprincípio da simetria, tudo será possível... Eles existem, afinal de contas, para isso no meio jurídico, paratudo se justificar.

 

 

RAZÕES DE DEFESA

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2. PRELIMINAR- CARÊNCIA DE AÇÃO POR IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO.

 

A possibilidade jurídica do pedido (na estrita acepção do CPC vigente) foi tida por LIEBMAN como " aadmissibilidade em abstrato do pronunciamento pedido, segundo as normas vigentes no ordenamento

" ( E.D. Moniz de Aragão, , vol. II,jurídico nacional apud Comentários ao Código de Processo CivilForense, 1983, p. 521) ou, por MONIZ DE ARAGÃO, como a inexistência de uma proibição, peloordenamento jurídico, ao exercício da ação ou a ausência de uma solução ao pedido, consoante oordenamento jurídico posto a protegê-lo (ob. cit., p. 524).

 

Idêntico entendimento se extrai da jurisprudência oriunda do Superior Tribunal de Justiça, como severifica na RT 652/183, segundo o qual " Por possibilidade jurídica do pedido entende-se aadmissibilidade da pretensão perante o ordenamento jurídico, ou seja, previsão ou ausência de vedação,

."no direito vigente, do que se postula na causa

 

No caso dos autos, a pretensão da parte autora implica extensão de vantagem recebida pela magistratura epelos membros do MP para os autores. Entretanto, não está prevista na Lei nº 8.112/90 para a situaçãoem que se encontram os autores.

 

 

Portanto, sob esse aspecto o pedido formulado se mostra juridicamente impossível.

 

Assim, caracterizada está a carência de ação pela impossibilidade jurídica do pedido, nos termos do art.267, inciso VI, do CPC, razão pela qual se impõe a extinção do processo sem julgamento do mérito.

 

 

3 . PRESCRIÇÃO

 

Apenas argumentando, em caso de prosseguimento da demanda e eventual julgamento de mérito, ematenção ao princípio da eventualidade, requer sejam ressalvadas as parcelas anteriores ao quinquênio dadata do ajuizamento da demanda, nos termos da Súmula n. 85 do STJ, em caso de procedência do pedido

 

 

4-DEFESA DE MÉRITO PROPRIAMENTE DITO.

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INFORMAÇÃO PRESTADA PELO TRF 4ª REGIÃO.

 

De início, a título de comparação, já que os autores usam o princípio da simetria para justificar o pedidodeles, pede-se vênia para transcrever as informações prestadas pela  Secretaria de Assuntos daMagistratura sobre o assunto em apreço, assim como as razões que justificam o indeferimento de seurequerimento com vistas ao pagamento do Auxílio-Moradia.

 

 As informações abaixo transcritas passam a fazer parte da defesa de mérito da União, que a elas sereporta integralmente, :litteris

 

INFORMAÇÃO

Trata-se de solicitação formulada pela Procuradoria Regional da União na 4ª Região voltada à obtençãode subsídios para elaboração da defesa a ocorrer no processo 5095109.56.2014.404.7100/RS, movido porBruno Risch Fagundes de Oliveira em face da União (OF. 12003/15 AGU/PRU4; doc. 2360238).

Por meio do referido processo autuado em 31/12/2014 e distribuído ao Juízo Federal da 10ª Vara Federalde Porto Alegre/RS, o Autor requer:   seja reconhecido direito à indenização a título de(a)auxílio-moradia entre 01/01/2010 e 31/12/2010 com fundamento na simetria constitucional assegurada àscarreiras da Magistratura Federal e do Ministério Público da União (Res, CNJ 133/2011; LeiComplementar 75/1993, art. 227, VIII);   seja a União condenada a pagar valores não percebidos no(b)período discriminado com correção monetária e demais consectários legais (doc. 2360248).

É o relatório.

 Informa-se ter o Autor sido nomeado para o cargo de Juiz Federal Substituto da 4ª Região mediante Atode Nomeação 64, de 03/03/2008; ter tomado posse e entrado em exercício em 17/03/2008; terinicialmente ficado à disposição da Corregedoria da Justiça Federal da 4ª Região e a seguir lotado na 1ªVara Federal e JEFs Criminal e Previdenciário de Uruguaiana, c/vigência em 05/04/2008; ter sidoremovido para Vara Federal e JEF Cível de Santana do Livramento/RS com vigência a contar de16/06/2008; ter sido removido para 4ª Vara Federal de Novo Hamburgo/RS c/vigência a contar de31/10/2014 e exercício a contar de 17/01/2015 (doc. 2362992). As designações que envolvem o Autorconstam do doc.  2364000.

Sustenta o Autor deva ser dispensado idêntico tratamento jurídico às carreiras do Ministério Público e daMagistratura, assegurando-se a esta direitos reconhecidos àquela. Faz alusão à tese defendida peloConselheiro Felipe Locke Cavalcanti cujo voto foi adotado pelos demais Conselheiros que integravam oPlenário do CNJ à época (  Pedido Providências 2009.10.00.002043-4/numeração únicain0002043-22.2009.2.00.0000; protocolado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil; julgado pormaioria em sessão ordinária, de 17/08/2010; baixa/arquivamento em 12/06/2012; desarquivamento em08/04/2013;  baixa/arquivamento em 08/05/2013). 

Impõe-se referir não ter constado da decisão supramencionada a extensão da simetria (CF/1988, art. 129,§ 4º), tendo sido julgado procedente o pedido nestes termos:  (...) para que se edite resolução quecontemple a comunicação das vantagens funcionais do Ministério Público Federal à MagistraturaNacional, como decorrência da aplicação direta dos dispositivos constitucionais que garantem a simetriaàs duas carreiras de Estado. 

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Editou então o Conselho Nacional de Justiça a Resolução 133, de 21/06/2011 (disponibilizada DJ-e, de24/06/2011; pub. e vigência em 27/06/2011), estendendo a magistrados  :  estas vantagens e verbasauxílio-alimentação; licença não remunerada para o tratamento de assuntos particulares; licença pararepresentação de classe, para membros da diretoria, até três por entidade; ajuda de custo para serviçofora da sede de exercício; licença remunerada para curso no exterior; indenização de férias não gozadaspor absoluta necessidade de serviço após acúmulo de dois períodos.

Realmente o CNJ disciplinou simetria constitucional entre os regimes jurídicos da Magistratura e doMinistério Público e equiparação de vantagens por meio da Resolução 133, de 21/06/2011(disponibilizada DJ-e, de 24/06/2011; pub. e vigência em 27/06/2011) não constando dessa Resolução, previsão de concessão de auxílio-moradia independentemente das condições da localidade.

Em relação aos membros do Ministério Público da União, consta da LC 75/1993, art. 227, inc. VIII:  auxílio-moradia, em caso de lotação em local cujas condições de moradia sejam particularmente difíceis

. Ato materializado em portariasou onerosas, assim definido em ato do Procurador-Geral da República;que vêm sendo expedidas desde o ano de 1995, em que elencadas localidades com condições de moradiadifíceis ou onerosas como Uruguaiana/RS, Francisco Beltrão/PR e Santana do Livramento/RS, pertinentesao pedido demandado judicialmente.  

Atualmente a concessão de ajuda de custo para moradia aos membros do MPU consta da Portaria71/2014, expedida pelo Procurador da República (pub. DOU 10/10/2014, c/efeitos financeiros retroativosa 15/09/2014):

Art. 1º A ajuda de custo para moradia é devida a todo membro do Ministério Público da União ematividade, desde que não haja imóvel funcional disponível para sua habitação na localidade de sualotação ou de sua efetiva residência, em caso de autorização para residência fora da sede daunidade.

Aos membros da magistratura federal também foi assegurado o pagamento de ajuda de custo paramoradia a contar de 15/09/2014, nos termos das Resoluções CNJ 199/2014 e CJF 310/2014 (pub. e vig.09/10/2014, c/efeitos financeiros a contar 15/09/2014).       

Informa-se ainda ter o Autor Bruno Risch Fagundes de Oliveira ajuizado

- a ação 5000106-90.2013.404.7106/RS em 17/01/2013 no JEF Cível da Subseção Judiciária de Santanado Livramento/RS, pleiteando  ... a condenação da requerida ao pagamento do  de queauxílio-moradiatrata o art. 227, VIII, da LC 75/93, c/c a Portaria PGR nº 484, de 19 de Setembro de 2006,correspondente a 10% (dez por cento) do subsídio bruto mensal do cargo de juiz federal substituto, noperíodo de 05.04.2008 a 31.12.2008, monetariamente corrigido desde o inadimplemento, e demaisconsectários legais, sem a incidência de imposto de renda ou contribuição previdenciária, dado o caráter

 (petição inicial, item b). Pretensão que foi julgada procedente em julho/2013, estando aindenizatóriosentença sendo objeto de embargos de declaração em setembro/2014 ( , evento 67),E-proc

- a ação 5003379-77.2013.404.7106/RS em 31/12/2013 em 31/12/2013 no JEF Cível da SubseçãoJudiciária de Uruguaiana/RS, pleiteando ...  a condenação da requerida ao pagamento do 

 de que trata o art. 227, VIII, da LC 75/93, c/c a Portaria PGR nº 484, de 19 deauxílio-moradiaSetembro de 2006, correspondente a 10% (dez por cento) do subsídio bruto mensal do cargo de juizfederal substituto, no período de 01.01.2009 a 31.12.2009, monetariamente corrigido desde oinadimplemento, e demais consectários legais, sem a incidência de imposto de renda ou contribuição

(petição inicial, item b). Pretensão que foi julgadaprevidenciária, dado o caráter indenizatório da verba; procedente em setembro/2014, estando a sentença sendo objeto de recurso em outubro/2014 ( ,E-procevento 49).

É o que cabe informar.

 

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AUXÍLIO MORADIA. VANTAGENS DA LOMAN. . RESOLUÇÃO CNJNUMERUS CLAUSUS133. INCONSTITUCIONALIDADE.

As vantagens enumeradas no art. 65 da LOMAN constituem , não cabendo, pornumerus claususconseguinte, à Administração conceder aos procuradores federais benefício pecuniário por aplicaçãosubsidiária da LOMAN ou da Lei Orgânica do Ministério Público da União (LC 75/93).

Neste sentido a , jurisprudência do TRF da 4ª região in verbis:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MAGISTRATURA. VANTAGENS PECUNIÁRIASOBTIDAS NA CONDIÇÃO DE FUNCIONÁRIO PÚBLICO. INCORPORAÇÃO. DIREITOADQUIRIDO INEXISTENTE. 1. Com efeito, com a edição da Emenda Constitucional nº 7/77, àConstituição de 1967, implantou-se a tão esperada unificação legal do Poder Judiciário brasileiro, em seuspontos fundamentais, através de normas aplicáveis a todos os seus órgãos, federais e estaduais, daadministração da Justiça, que é um serviço público eminentemente nacional. Deve-se ter presente que, noBrasil, o Poder Judiciário apresenta uma peculiaridade que o diferencia dos demais Poderes queconstituem o Estado federal ou estadual no que concerne à integração político-administrativa na União ounos Estados-membros; e, contudo, uno e nacional à sua prerrogativa principal, ou seja, o exercício daprestação jurisdicional. Esse caráter nacional do Poder Judiciário brasileiro, quanto à prestaçãojurisdicional, já havia sido percebido por JOÃO MENDES DE ALMEIDA JR., nos primeiros anos donosso federalismo (in Direito Judiciário Brasileiro, 3ª ed., Freitas Bastos, 1940, p. 34). Certamente foiessa a razão que motivou os eminentes Ministros THOMPSON FLORES, RODRIGUES ALCKMIN eXAVIER DE ALBUQUERQUE a sugerir a edição de um Estatuto ou Lei Orgânica do Poder Judiciáriono célebre Diagnóstico da Reforma do Poder Judiciário, por eles elaborado, com a aprovação da SupremaCorte, e que serviu de fundamento à edição da Emenda Constitucional nº 7/77. Realmente, dispunha, noparticular, o Diagnóstico da Reforma Judiciária, : " A edição de um Estatuto ou Lei Orgânica daverbisMagistratura Nacional em que, sem prejuízo da inserção de garantias constitucionais e até a ampliaçãodelas, se estabelecessem, como explicitação, prerrogativas, direitos e deveres, com as respectivas sanções,é desejável. Também os Estados ficariam submetidos às regras estabelecidas quanto a vencimentos, avantagens, ao recrutamento e a aspectos outros do exercício da função judicante." (in Reforma do PoderJudiciário - Diagnóstico, Departamento de Imprensa Nacional, 1975, pp. 31/2, nº 31) A sugestãoformulada pelo Diagnóstico elaborado pelo Supremo Tribunal Federal foi acolhida pelo legisladorconstituinte (art. 112, parágrafo único, da CF de 1967, na redação da Emenda nº 7/77; art. 93 da CF de1988), estabelecendo-se, a partir de então, um sistema unificado concernente à disciplina de direitos,vencimentos e vantagens da magistratura, tanto federal, quanto estadual. Dessa forma, a partir da entradaem vigor da Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Lei Complementar nº 35/79), estabeleceu-se umnovo regime jurídico em relação aos magistrados, inclusive quanto ao regime de vantagens evencimentos, pelo que se infere do exame dos arts. 65 e seu § 2º, bem como do art. 145, todos da LeiComplementar nº 35/79. Assim, as vantagens enumeradas no art. 65 da LOMAN constituem numerusclausus, não cabendo, por conseguinte, à Administração conceder ao magistrado benefício pecuniário poraplicação subsidiária da Lei nº 8.112/90, que disciplina o regime dos servidores públicos federais. Arespeito, precioso o magistério de CASTRO NUNES, em conceituada obra, verbis: "O Estatuto Judiciárioe, portanto, a própria Constituição nas cláusulas basilares da independência da função, desenvolvida pelasleis complementares ou peculiares à magistratura. Sempre se entendeu aliás que o Estatuto dosFuncionários Públicos seria restrito aos funcionários administrativos, compendiação de normas a queestariam sujeitos os agentes do Poder Executivo, jamais os magistrados. Assim é que em todos os projetos(dos deputa dos MUNIZ SODRÉ e GRACCHO CARDOSO, no da Comissão nomeada em 1920 peloPresidente Epitácio Pessoa e bem assim no projeto da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, em1929), se declarava que o Estatuto não abrangeria a magistratura, pela razão apontada de que os juízes nãosão funcionários públicos na acepção própria dessa locução." (in Teoria e Prática do Poder Judiciário,Forense, Rio de Janeiro, 1943, pp. 127/8, n. 3) Portanto, o ilustre autor, ao passar a integrar amagistratura, exonerando-se da condição de funcionário público federal, sujeita-se ao estatuto de sua novacategoria, no caso, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Nesse sentido, firmou-se a jurisprudência daSuprema Corte, verbis: "Mandado de segurança. Vantagens auferidas como indenizações pelo Oficialgeneral Ministro do Superior Tribunal Militar, pagas pela Força a que pertence. Pretensão baseada no'caput' do artigo 93 da Constituição Federal, que assegura aos oficiais, em toda sua Plenitude, tanto da

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ativa e da reserva, como reformados, as patentes, vantagens, prerrogativas e deveres a eles inerentes. OOficial General nomeado Ministro do Superior Tribunal Militar tem vencimentos próprios demagistrados, equiparados aos dos Ministros do Tribunal Federal de Recursos. Como magistrados, é-lhesvedado perceber vantagens peculiares a cargos do Poder Executivo. Não se pode atender topicamente aoartigo 93 da Constituição, em detrimento do parágrafo 2. Do artigo 128 e todas as prerrogativas elimitações que peculiarizaram os cargos da magistratura. Os vencimentos dos Juízes, qualquer que seja oseu antecedente funcional, obedecem as normas estabelecidas para os membros desse Poder, comoconsectário lógico de sua independência, que é princípio básico da Constituição. Mandado de segurançadenegado." (MS nº 20.593-DF, rel. Min. CARLOS MADEIRA, in RTJ 126/562) Em seu voto, assinalou oilustre Relator, verbis: "A juízes originários de outras carreiras do Poder Executivo - como os membrosdo Ministério Público ou integrantes do Serviço Jurídico da União -, não se reconhece o direito àsvantagens acaso percebidas até a sua investidura do Poder Judiciário. Os vencimentos dos Juízes qualquerque seja o seu antecedente funcional, obedecem às normas estabelecidas para os membros desse Poder,como consectário lógico de sua independência, que é princípio básico da Constituição." (in RTJ126/566-7) No mesmo sentido, deliberou a Suprema Corte ao julgar o RE nº 81.268-DF, rel. Min.XAVIER DE ALBUQUERQUE, in RTJ 75/949, e o RE nº 103.991-DF, rel. Min. RAFAEL MAYER, inRTJ 113/1.336. Dessa forma, o benefício postulado pelo autor produziu o seu efeito quando o recorrenteintegrava os quadros do TRT da 4ª Região, fazendo parte de seu patrimônio jurídico, protegido pelo art.5º, XXXVI, da CF de 1988. Contudo, passando o eminente autor a compor a Magistratura, submeteu-seao regime peculiar desta, inclusive quanto aos vencimentos e vantagens. Ora, a intenção do legislador aoeditar a Lei Orgânica da Magistratura Nacional foi justamente promover a unificação, que até então nãoexistia, do estatuto dos magistrados, concernente à disciplina de seus direitos, vencimentos e vantagens,tanto no plano federal, quanto estadual. Tendo presente esses princípios é que deve ser interpretado odisposto nos arts. 65, "caput", e seu § 2º, bem como o art. 145 da Lei Complementar nº 35/79, de modo apreservar-se o espírito que motivou o legislador a aprovar a Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

(CELSO, Dig., 1,3,18). Pertinente oBenignius leges interpretandae sunt, quo voluntas eorum conserveturmagistério de FRANCESCO FERRARA, Mestre da Universidade de Pisa, verbis: 'L'attivitàinterpetrativa e l'operazione più difficile e delicata, a cui il giurista possa dedicarsi, e che esige un tattosquisito ed un misura, felicità d'intuizione ed esperienza ed una perfetta padronanza, non solo deImateriale positivo, ma delIo spirito d'una certa legislazione. Sono da evitare gli ecces sia, sia di coloroche per timidità ed inesperienza, stanno strettamente attaccati aI testo delIa legge per non smarrire Ia via(e talora tutta un era dottrinale e contrassegnata da questo indirizzo, cosi l'epoca dei commentatqrichesegue immediatamente la pubblicazione di un Codice), dall'altro il pericolo, anche piú grave chel'interpetre appassionando si ad una tesi, lavori di fantasia, e creda di riscontrare nel diritto positivo ideee principi che sono invece frutto delle sue elucubrazioni teoriche o delle sue tendenze sentimentali.L'interpetrazione - dev'essere obbiettiva, spassionata, equilibrata, tal ora ardita ma non rivoluzionaria,

( Trattato di Diritto Civile Italiano Athenaeum, Roma, 1921,acuta, ma sempre ossequente alla legge.' inv. I, p. 206) A vantagem postulada pelo autor, ou seja, a incorporação aos seus vencimentos demagistrado do benefício dos quintos, não encontra respaldo na enumeração taxativa, , donumerus claususart. 65 da LOMAN, notadamente considerando-se o disposto no § 2º do mencionado artigo legal e o art.145 da referida Lei Complementar, que afastam, de forma expressa, a possibilidade da concessão dequalquer vantagem pecuniária não prevista na Lei Orgânica da Magistratura, sem que se possa invocar-se,como o fez o autor, a proteção constitucional ao direito adquirido. É sabido que a natureza do vínculo queliga o funcionário público ao Estado e de natureza legal, podendo, por conseguinte, sofrer modificaçõesno âmbito da legislação pertinente, as quais o funcionários, aqui, também se aplicam tais considerações aoParquet e à Magistratura, embora sejam agentes políticos - deve obedecer, não havendo direito adquiridodo funcionário público a determinado regime jurídico, nos termos de tranqüila jurisprudência da SupremaCorte (AI nº 53.498 (AgRg)-SP, rel. Min. ANTÔNIO NEDER, in RTJ 66/721; RE nº 72.496-SP, rel. Min.XAVIER DE ALBUQUERQUE, in RTJ 68/107; RE nº 82.729-ES, rel. Min. BILAC PINTO, in RTJ78/270; RE nº 99.522-PR, rel. Min. MOREIRA ALVES, in RTJ 107/854) . Esse o magistério de PAULROUBIER, verbis: "La situation de fonctionnaire public constitue un statut légal, qui peut toujours être

" ( Les Conflits de Lois dans le Temps, Libr. Du Recueilmodifiépar les lois nouvelles in futurum. inSirey, Paris, 1933, t. II, p. 471, nº 122) Ademais, os administrativistas referem que é comum no âmbito daAdministração a existência de vantagens especificas, deferidas em razão de situações particulares,decorrentes de uma legislação especial, como é o caso dos Magistrados e do Parquet, o que os distinguedos servidores públicos em geral. Nessa linha, o ensinamento de ALAIN PLANTEY, verbis: " Certainscorps de fonctionnaires auxquels ne s'appliquent pas les dispositions du statut général, peuvent bénéficier

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d'autres indemnités, souvent di verses et nombreuses. Leur attribution est subordonnée à la collation desfonctions (v. decret du 22.12.1958; C.E. Darsières, 8.1.1965. Rev. dr. publ. 1965 p. 560), à leur exercice

(C.E. Honore, 8.1.1965. Rev. dr.effectif (C.E. Jean, 28.10.1964. Rec. p. 926) et à l'existence d'un textepubl. 1965 p. 560).' ( La Fonction Publique Traite Général, Libraire de la Cour de Cassation, ÉditionsinLitec, Paris, 1991, p. 530, §5, n. 1.277) Por outro lado, a prevalecer o entendimento sustentado na peçavestibular, ou seja, a incorporação aos vencimentos do autor dos quintos, desconsiderando-se o dispostono art. 65 da LOMAN, criar-se-ia, na realidade, um estatuto pessoal, em detrimento da lei e dos princípiosque disciplinam os direitos e vantagens pecuniárias dos magistrados, consoante assinalado, com inteirapropriedade, pelo saudoso Ministro CORDEIRO GUERRA, ao votar em caso semelhante ao dos autos,

: "O que a requerente postula não e, assim, o direito adquirido aos adicionais, mas a criação de umverbisestatuto pessoal, em detrimento da lei que regula o regime de vencimentos e adicionais dos servidores daJustiça federal, em que se integrou, o que se me afigura impossível, e bem o demonstrou o eminenteRelator, em seu voto, a que dou minha adesão." (Voto proferido no julgamento do RE nº 81.268 DF, inRTJ 75/952) 2. Provimento dos embargos infringentes. (EMBARGOS INFRINGENTES nº200771000408050 - EMBARGOS INFRINGENTES - Relator CARLOS EDUARDO THOMPSONFLORES LENZ - TRF4, SEGUNDA SEÇÃO, D.E. 27/01/2010)

Ementa: MANDADO DE SEGURANÇA. JUIZ DE TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL.VENCIMENTOS. INCORPORAÇÃO DE VANTAGEM PESSOAL ADQUIRIDA NA

. 1. Não se nega que oCONDIÇÃO DE PROCURADOR DA REPÚBLICA. DESCABIMENTOimpetrante incorporou aos seus proventos de Procurador-Chefe da Procuradoria Regional da República ovalor dos " quintos " ( LEI-8911 /94, 11.07.94 , ART-2 ) e que tal incorporação estava sob a proteção doART-5, INC-36 da Constituição. Todavia, esse direito não pode ser isolado da situação jurídica maisabrangente, na qual nasceu e dentro da qual pode ser exercido. É direito necessariamente integrado àcondição de Procurador da República, então ostentada pelo impetrante, não podendo ser exercido senãonaquela condição. 2. Ao assumir o cargo de Juiz do TRF o impetrante vinculou-se a outro regime jurídico,estabelecido, essencialmente, pela Lei Complementar LCP-35 /79. Embora preenchendo vaga reservadaao Ministério Público, ao assumir o novo cargo o impetrante não deu continuação à sua carreira deProcurador. Pelo contrário, integrou-se à carreira de juiz, com os direitos e deveres próprios do regime demagistratura, inclusive no que se refere a vencimentos. Não faz jus, assim, nem ao valor, nem a qualquerparcela isoladamente considerada, dos vencimentos que até então percebia como Procurador. 3. Não há,nisso, qualquer ofensa a direito adquirido , pois foi a mudança de regime jurídico, para a qual concorreu avontade livre do impetrante, que determinou a perda de seus direitos como Procurador, assim comodeterminou a aquisição de outros direitos, próprios do regime da magistratura. (MANDADO DESEGURANÇA nº 9604190059)

O , com fundamento em supostaConselho Nacional de Justiça por meio da Resolução CNJ nº 133simetria existente entre o Poder Judiciário e o Ministério Público, autorizou a extensão das vantagensfuncionais concedidas no Estatuto do Ministério Público APENAS aos membros da magistraturanacional.

A tentativa da parte autora de equiparação viola flagrantemente o Texto Constitucional, uma vez que nãoexiste essa simetria com a carreira dos advogados públicos federais.

Sabe-se, ademais, que o Supremo Tribunal Federal - STF já reafirmou que o Judiciário não podeaumentar vencimento de servidor com base na isonomia.

"Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidorespúblicos sob fundamento de isonomia". Este entendimento, consolidado na e reiterado peloSúmula 339Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), serviu de fundamento para a decisão da Corte de darprovimento ao Recurso Extraordinário (RE) 592317 e reformar acórdão do Tribunal de Justiça do Estadodo Rio de Janeiro (TJ-RJ) que havia reconhecido direito de um servidor público a receber gratificaçãoprevista em lei municipal, pelo princípio da isonomia, mesmo não preenchendo os requisitos legais.

Ocorre que o tema versado nesta contenda - qual seja, a concessão de vantagens funcionais aosprocuradores federais - insere-se dentre aqueles que são próprios ao Estatuto do Servidor Público, sendoque a instituição concreta de cada um desses auxílios, bem como a fixação de seu valor, dependem da

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do ente federado responsável pelo seu pagamento, no caso, o Executivo.aprovação de lei

Nesse sentido, o artigo 65 da Lei Complementar n. 35/79 (LOMAN) enumera, taxativamente, asvantagens que podem ser conferidas, por meio de lei ordinária federal ou estadual, aos membros damagistratura. A propósito, confira-se:

Art. 65 - Além dos vencimentos, poderão ser outorgadas aos magistrados, nos termos da lei, as seguintesvantagens:

        I - ajuda de custo, para despesas de transporte e mudança;

        II - ajuda de custo, para moradia, nas Comarcas em que não houver residência oficial para Juiz,exceto nas Capitais;

        II - ajuda de custo, para moradia, nas localidades em que não houver residência oficial à disposiçãodo Magistrado. (Redação dada pela Lei nº 54, de 22.12.1986)

        III - salário-família;

        IV - diárias;

        V - representação;

        VI - gratificação pela prestação de serviço à Justiça Eleitoral;

        VII - gratificação pela prestação de serviço à Justiça do Trabalho, nas Comarcas onde não foreminstituídas Juntas de Conciliação e Julgamento;

        VIII - gratificação adicional de cinco por cento por qüinqüênio de serviço, até o máximo de sete;

        IX - gratificação de magistério, por aula proferida em curso oficial de preparação para a Magistraturaou em Escola Oficial de Aperfeiçoamento de Magistrados (arts. 78, § 1º, e 87, § 1º), exceto quando recebaremuneração específica para esta atividade;

        X - gratificação pelo efetivo exercício em Comarca de difícil provimento, assim definida e indicadaem lei.

        § 1º - A verba de representação, salvo quando concedida em razão do exercício de cargo em funçãotemporária, integra os vencimentos para todos os efeitos legais.

        § 2º - É vedada a concessão de adicionais ou vantagens pecuniárias não previstas na presenteLei, bem como em bases e limites superiores aos nela fixados. (g.n.)

Note-se que, após a enumeração das vantagens funcionais atribuíveis aos magistrados, dispõe o § 2º domesmo artigo que "é vedada a concessão de adicionais ou vantagens pecuniárias não previstas na presentelei, ". (grifo nosso)bem como em bases e limites superiores aos nela fixados

Com fundamento nesse dispositivo legal, o STF entende que " é de caráter exaustivo a enumeração das ", razão pela qual évantagens conferidas aos magistrados pela Lei Complementar n. 35/79

inconstitucional a concessão de qualquer vantagem não prevista no art. 65 da LOMAN. Nesse sentido: AO 820-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, DJ 05/12/2003; MS 23557/DF, Rel. Min. MoreiraAlves, PLENO, DJ 04/05/2001.

No Acórdão nº 482 o Pleno do STF ratifica ser taxativo o rol de direitos e vantagens que consta da Seguem, respectivamente, ementa e excerto do voto que integram esse acórdão:LOMAN.

EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA. RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA 84/1995.

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(...) 3. O rol taxativo de direitos e vantagens para a magistraturaLICENÇA PRÊMIO. MAGISTRADO.nacional estatuído no art. 69 da LOMAN não prevê a licença especial ou a licença prêmio porassiduidade, razão por que não se aplicam aos magistrados as normas que conferem esse mesmo direitoaos servidores públicos em geral. Precedentes. (STF, Ação Originária 482/PR; Rel. Ministra CármenLúcia, pub. 14/4/2011)

 (...) De registrar, inicialmente, que a Lei Complementar n. 35, de 14.3.1979 - LOMAN, estatuiu regimepróprio de direitos e vantagens para a magistratura nacional. Nela não se prevê, no rol taxativo de seu art.69, a licença especial ou a licença-prêmio por assiduidade, conforme pacificada jurisprudência doSupremo Tribunal Federal: AI 312.187-AgR/SC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ1.8.2003; RMS 21.410/RS, Rel. Min. Néri da Silveira, Tribunal Pleno, DJ 2.4.1993; AO 153QO-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ 7.8.1992; e RE 100.584/SP, Rel. Min.Néri da Silveira, Tribunal Pleno, DJ 3.4.1992.

(...) Esse entendimento foi reafirmado no julgamento do Mandado de Segurança n. 23557/DF, Relator oMinistro Moreira Alves, quando o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu:

'EMENTA: -Mandado de segurança. Juiz. Exclusão da contagem em dobro, para a aposentadoria, delicença-prêmio. - O Pleno desta Corte, ao julgar a ação originária 155, de que foi relator o eminenteMinistro Octávio Gallotti, concluiu que a Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar n. 35/79),que, no ponto, foi recebida pela Constituição de 1988 e que é insusceptível de modificação por meio delegislação estadual de qualquer hierarquia e de lei ordinária federal, estabeleceu um regime taxativo dedireitos e vantagens dos magistrados, no qual não se inclui o direito a licença prêmio ou especial, razãopor que não se aplicam aos magistrados as normas que confiram esse mesmo direito aos servidorespúblicos em geral. Nesse mesmo julgamento, foram trazidos à colação precedentes deste Tribunal (oRMS21.410 e o RE 100.584, dos quais foi relator o ilustre Ministro Néri da Silveira), no último dos quaisse salientou que não há quebra de isonomia por não se aplicarem aos juízes os mesmos direitosconcedidos aos servidores públicos, uma vez que, por força da Constituição, têm um estatuto próprio ondese disciplinam seus direitos e vantagens. Mandado de segurança indeferido (Publicação: DJ 04-05-2001PP-OOOO6 EMENT VOL-02029-02 PP-00362 - grifo

nosso)'."

 

Ainda o Pleno do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a representação de inconstitucionalidade do§ 3º do art. 65 da LOMAN, incluído pela LC 54/86, reconheceu que as vantagens previstas no art.

O referido dispositivo pretendia outorgar aos respectivos65 da LOMAN dependeriam de lei específica.Tribunais a regulamentação do auxílio-moradia aos juízes a eles vinculados, sendo reconhecida ainconstitucionalidade da norma, no âmbito federal, em razão decorrência do vício de iniciativa da leicomplementar (STF, Rp 1.417/DF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Moreira Alves, DJU 15.04.1988, p. 8.397).

 

REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DO PARAGRAFO 3 DO ARTIGO 65 DA LEIORGÂNICA DA MAGISTRATURA NACIONAL, INTRODUZIDO PELA LEI COMPLEMENTAR N.54/86. - O PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO(VERFASSUNGSKONFORME AUSLEGUNG) E PRINCÍPIO QUE SE SITUA NO ÂMBITO DOCONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE, E NÃO APENAS SIMPLES REGRA DEINTERPRETAÇÃO. A APLICAÇÃO DESSE PRINCÍPIO SOFRE, POREM, RESTRIÇÕES, UMAVEZ QUE, AO DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE UMA LEI EM TESE, O S.T.F. - EMSUA FUNÇÃO DE CORTE CONSTITUCIONAL - ATUA COMO LEGISLADOR NEGATIVO, MASNÃO TEM O PODER DE AGIR COMO LEGISLADOR POSITIVO, PARA CRIAR NORMAJURÍDICA DIVERSA DA INSTITUIDA PELO PODER LEGISLATIVO. POR ISSO, SE A ÚNICAINTERPRETAÇÃO POSSIVEL PARA COMPATIBILIZAR A NORMA COM A CONSTITUIÇÃOCONTRARIAR O SENTIDO INEQUIVOCO QUE O PODER LEGISLATIVO LHE PRETENDEUDAR, NÃO SE PODE APLICAR O PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A

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CONSTITUIÇÃO, QUE IMPLICARIA, EM VERDADE, CRIAÇÃO DE NORMA JURÍDICA, O QUEE PRIVATIVO DO LEGISLADOR POSITIVO. - EM FACE DA NATUREZA E DAS RESTRIÇÕESDA INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO, TEM-SE QUE, AINDA QUANDO ELASEJA APLICAVEL, O E DENTRO DO ÂMBITO DA REPRESENTAÇÃO DEINCONSTITUCIONALIDADE, NÃO HAVENDO QUE CONVERTER-SE, PARA ISSO, ESSAREPRESENTAÇÃO EM REPRESENTAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO, POR SEREMINSTRUMENTOS QUE TEM FINALIDADE DIVERSA, PROCEDIMENTO DIFERENTE EEFICACIA DISTINTA. - NO CASO, NÃO SE PODE APLICAR A INTERPRETAÇÃO CONFORMEA CONSTITUIÇÃO POR NÃO SE COADUNAR ESSA COM A FINALIDADEINEQUIVOCAMENTE COLIMADA PELO LEGISLADOR, EXPRESSA LITERALMENTE NODISPOSITIVO EM CAUSA, E QUE DELE RESSALTA PELOS ELEMENTOS DAINTERPRETAÇÃO LOGICA. - O PARAGRAFO 3 DO ARTIGO 65 DA LEI COMPLEMENTARN. 35/79, ACRESCENTADO PELA LEI COMPLEMENTAR N. 54, DE 22.12.86, EINCONSTITUCIONAL, QUER NA ESFERA FEDERAL, QUER NA ESTADUAL. VIOLAÇÃODOS ARTIGOS 57, II, 65 E 13, III E IV, BEM COMO SEU PARAGRAFO 1, DA CARTAMAGNA. REPRESENTAÇÃO QUE SE JULGA PROCEDENTE, PARA SE DECLARAR AINCONSTITUCIONALIDADE DO PARAGRAFO 3 DO ARTIGO 65 DA LEICOMPLEMENTAR N. 35/79, INTRODUZIDO PELA LEI COMPLEMENTAR N. 54, DE22.12.86.(Rp 1417, Relator(a):  Min. MOREIRA ALVES, Tribunal Pleno, julgado em 09/12/1987, DJ 15-04-1988PP-08397 EMENT VOL-01497-01 PP-00072)

Assim, reconhecida a inconstitucionalidade da regra que atribuía aos Tribunais a definição dos requisitose circunstâncias da concessão do auxílio-moradia aos magistrados, bem como o seu respectivo valor,voltou a viger a necessidade de existência de lei ordinária para a concessão da verba aos juízes.

Por haver expressivo número de atos/decisões administrativos(as) em que são outorgadas a magistradosvantagens não previstas na LOMAN, foi editada , de autoriaProposta de Súmula Vinculante sob o nº 71do Ministro Gilmar Mendes, com o seguinte verbete: É inconstitucional a outorga a magistrado de

(DJe nº 79, de 24/4/2012,  doc.vantagem não prevista na Lei Orgânica da Magistratura Nacional.1120256).

Aliás, além de entender pela taxatividade do rol de vantagens previsto no art. 65 da LC 35/79, o SupremoTribunal Federal reconhece também que a LOMAN foi recepcionada pela Constituição. Desse modo,enquanto não editada a lei complementar prevista pelo art. 93, , da CF, os temas atinentes aocaputEstatuto permanecem sob a disciplina instituída pela LC 35/79, sendo inválidas espécies normativasdiversas que disponham sobre a matéria. Nesse sentido: ADI 2753, Rel. Carlos Velloso, PLENO, DJ11/4/2003; ADI 2494, Rel. Min. Eros Grau, PLENO, DJ 26/4/2006.

 

Logo, com maior razão, não há como se conceder os auxílios pretendidos pela parte autora por meio dedecisão judicial. Seria um ato .contra legem

De fato a jurisprudência do STF está pacificada no sentido de que o art. 65 da LC 35/79 permanece emvigor, situação essa que não foi alterada em razão da superveniência da EC 19/98. Referida conclusão éconfirmada pelos precedentes indicados, que são posteriores à edição da referida emenda.

Por fim, saliente-se que a vedação ao pagamento de vantagens não enumeradas pelo art. 65 da LOMANnão se restringe às verbas de natureza remuneratória, mas abrange, igualmente, as parcelas indenizatórias,conforme se depreende da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ( AO 499/DF, Rel. Min.

).Maurício Correa, PLENO, DJ 1/8/2003

Evidencia-se que o ato editado pelo CNJ trata de matéria própria ao Estatuto da Magistratura, razão pelaqual sua disciplina está reservada a lei complementar de iniciativa do Supremo E NÃO PODE SER

.ESTENDIDA AOS AUTORES

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Com efeito, é inconstitucional a Resolução CNJ 133/2011, por vício formal, em afronta ao docaputart. 93 da CF.

Ademais, a concessão de vantagens sem a correspondente edição da lei complementarconstitucionalmente exigida também configura ofensa o princípio da legalidade (inciso II, art, 5º, CF).

Registre-se ainda que, caso sejam deferidos os pedidos da parte autora haverá grave vulneração da , pois o Judiciário estará imiscuindo-se nas atribuições do Poderindependência dos Poderes (art. 2º CF)

Executivo, sem observância à iniciativa reservada e, pior, sem qualquer discussão prévia no âmbito dacarreira da parte autora. 

 

CONTEÚDO INCERTO E IMPRECISO DA SIMETRIA ENTRE CARREIRAS JURÍDICAS.VANTAGENS FUNCIONAIS. ISONOMIA INDEVIDA.

Não há previsão legal de pagamento, para procuradores federais - como é o caso dos autores, deauxílio-moradia, em caso de lotação em Mossoró.

Não existe embasamento jurídico para se afirmar que em Mossoró as condições de moradia sejamparticularmente difíceis ou onerosas.

 

Para a LC nº 75/1993, art. 227, inc. VIII, o auxílio-moradia, em caso de lotação em local cujas condiçõesde moradia sejam particularmente difíceis ou onerosas, é assim definido em ato do Procurador-Geral daRepública.

No Executivo não existe essa definição.

Outrossim, o CNJ afirmou ser devida aos magistrados as seguintes vantagens previstas na Lei Orgânicado Ministério Público da União (alínea 'd' do art. 1º da Resolução nº 133/2011).

"Art. 1º São devidas aos magistrados, cumulativamente com os subsídios, as seguintes verbas e vantagensprevistas na Lei Complementar nº 75/1993 e na Lei nº 8.625/1993:

a) Auxílio-alimentação;

b) Licença não remunerada para o tratamento de assuntos particulares;

c) Licença para representação de classe, para membros da diretoria, até três por entidade;

d) Ajuda de custo para serviço fora da sede de exercício;

e) Licença remunerada para curso no exterior;

f) indenização de férias não gozadas, por absoluta necessidade de serviço, após o acúmulo de doisperíodos."

 Não está incluída, portanto, na referida resolução o pagamento da vantagem instituída no inciso VIII doart. 227 da LC nº 75/1993: "auxílio-moradia, em caso de lotação em local cujas condições de moradiasejam particularmente difíceis ou onerosas, assim definido em ato do Procurador-Geral da República".

As garantias constitucionalmente deferidas ao Judiciário distinguem-se em duas espécies: asinstitucionais, que protegem o Judiciário como um todo, conferindo-lhe autonomia

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orgânico-administrativa e financeira; e as funcionais, destinadas a assegurar independência eimparcialidade aos seus membros, as quais são previstas não só em razão dos próprios magistrados, mastambém em favor da própria instituição .[1]

De acordo com JOSÉ AFONSO DA SILVA, o conjunto das garantias funcionais é constituído pelasgarantias de imparcialidade dos órgãos judiciários, que se revelam sob a forma de vedações; bem comopelas garantias de independência, que correspondem à vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade desubsídios (art. 95, CF).

Tem-se que as garantias de independência e imparcialidade atribuídas aos membros do Poder Judiciárioencontram-se expressamente elencadas na CF, nos termos do dispositivo transcrito. Trata-se, pois, dematéria de nítido cunho constitucional.

Com efeito, o texto constitucional não prevê que as vantagens funcionais da Magistratura e do MinistérioPúblico sejam estendidas à AGU.

As vantagens funcionais, por não serem asseguradas diretamente pela Lei Maior, não constituem garantiasconstitucionais dos procuradores federais.

Ademais, se a previsão das vantagens funcionais que podem ser deferidas aos magistrados e membros doMP constitui matéria reservada à lei complementar federal, conclui-se que a norma contida no art. 129, §4º, da CF, não tem o condão de estender aos membros da AGU as disposições constantes da LOMAN, daLei Complementar 75/93 e da Lei 8.625/93.

Ora, é hululante que o referido dispositivo constitucional não serve de fundamento para a extensão aosautores das vantagens conferidas aos componentes do .parquet

Enfim, não há simetria entre a AGU e a magistratura e /ou o MPF , no que diz respeito à percepçãode vantagens funcionais, razão pela qual é descabida a aplicação recíproca dos estatutos dascarreiras da magistratura e do MPF.

Embora a CF inclua a AGU entre uma das funções essenciais à Justiça, não há como se extrair do textomaior a obrigatoriedade de tratamento funcional idêntico ao dado aos juízes e aos membros do MP.

Dito isso, convém ressaltar ser expressamente vedado pela Constituição a vinculação/equiparação dequalquer espécie de remuneração para o pessoal pertencente aos quadros do serviço público (art. 37,inciso XIII).

A Resolução do CNJ, citada pelos autores, é incompatível com o disposto no art. 37, XIII e 129, § 4º, daLei Maior, devendo ser declarada incidentalmente sua inconstitucionalidade, uma vez que confere areferido dispositivo constitucional interpretação que não se harmoniza com seus termos expressos.

Ademais, o Judiciário constitui um Poder do Estado, enquanto que a AGU é órgão integrante do PoderExecutivo, razão suficiente para a impossibilidade de extensão de prerrogativas/vantagens do primeiro aosegundo, salvo quando a Constituição expressa e restritivamente a determine.

 

Do mesmo modo, não existe previsão legal em favor dos membros dado AUXÍLIO-SUBSTITUIÇÃOAGU. Ademais, a estrutura do Poder Judiciário e a ocupação dos cargos difere daquelas existentes noâmbito da AGU, o que inviabiliza essa desejada simetria e isonomia.

 

A PARTE AUTORA TAMBÉM PEDE (PEDIDO ALTERNATIVO),  PARA NÃO TRABALHAR NOSPROCESSOS DOS COLEGAS AFASTADOS. Não passa de outro pedido desprovido de amparo

e dados plausíveis, uma vez que não prova que esteja trabalhando acima daquilo a que estálegal

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obrigado.

 

5. OFENSA CONSTITUCIONAL. PREQUESTIONAMENTO.

A parte autoratambém não possui direito a valores retroativos.

Bem se percebe, assim, que a pretensão deduzida na presente ação tem contra si expressa disposição , que - salvo se declarada inconstitucional (Súmula Vinculante 10/STF), para o que não hálegal

fundamento algum -, deve ser aplicada, o que leva à improcedência do pedido.

Ademais o acórdão cria REGRA com base em ato administrativo como autêntico legislador positivo, OQUE LHE É VEDADO FAZER por ofensa ao .art. 2º da Constituição Federal

O deferimento do BENEFÍCIO PARA A PARTE AUTORA ofende .  Deos arts. 2º e 5º, II, da CF/88fato, entender devido o pagamento DO AUXÍLIO MORADIA E DO AUXÍLIO SUBSTITUIÇÃO aosautores, implica ao Judiciário criar regra não prevista em lei, razão pela qual está legislandopositivamente. Como se não bastasse, a pretensão, como visto, viola o .art. 37, inciso XIII

Aplica-se à espécie o entendimento consolidado na do Egr. Supremo Tribunal Federal,Súmula n. 339cujo teor é o seguinte:

"Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidorespúblicos, sob fundamento de isonomia"

Ademais, as despesas com pessoal sujeitam-se, como as demais, a previsões orçamentárias, nos termos doque dispõe o art. 169 da Constituição Federal.

Estabelecendo, pois, a Legislação referida a impossibilidade de modificação pautada pela equiparação dobeneficio de Auxílio-Moradia aos magistrados sem lei, NÃO MERCE GUARIDA A PRETENSÃO.Requer-se, assim, o devido dos seguintes dispositivos Constitucionais:PREQUESTIONAMENTO

- : a concessão do auxílio-moradia por meio doConstituição, art. 5º, II, 37, , e 93, caput caputreconhecimento de "simetria" com as atividades desenvolvidas pelo Ministério Público, cujos integrantesdela se beneficiam por força do art. 227, VIII, da LC 75/93, impõe o sacrifício do princípio da reserva delei complementar para a criação de parcelas pecuniárias em favor dos membros da Magistratura;

- : a concessão do auxílio-moradia por meio doConstituição, art. 37, XI e XIII; art. 129, § 4ºreconhecimento de "simetria" com as atividades desenvolvidas pelo Ministério Público acarreta indevidavinculação de uma espécie remuneratória (da Magistratura) a outra (do Ministério Público), traduzida estano auxílio-moradia, parcela inexistente na LOMAN; tal vinculação, por seu turno, sequer encontrasuporte no texto constitucional, visto que é a remuneração da Magistratura que ocupa o topo da cadeiaremuneratória no serviço público ( ), e não a do Ministério Público, a qual pode buscarlato sensuextensão na remuneração do Judiciário por força do art. 129, § 4º, da CRFB, e não o contrário;

- : é o Texto Magno que impõe a percepção, à Magistratura e/ou à AGU (aosConstituição, art. 39, § 4ºmembros dos Poderes, aos detentores de mandato eletivo, aos Ministros de Estado e aos Secretários deEstado e de Município), de subsídio em parcela única, "... vedado o acréscimo de qualquer gratificação,adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória ...", não havendo talproibição aos membros do Ministério Público ou aos membros de outras carreiras jurídicas da nação;

- : o princípio da separação harmônica dos Poderes legitimamenteConstituição, arts. 2º e 96, II, "b"instituídos impede que o julgador atue, como feito no caso concreto, como legislador positivo (nãoobstante já exista previsão constitucional atribuindo ao Poder Judiciário, enquanto integrante daAdministração - STF, STJ e Tribunais Superiores -, a proposição remuneratória dos seus membros eservidores), dada a extensão a membro da Magistratura, sem suporte legal, de parcela estipendiária

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atribuída por lei a outra carreira do serviço público, circunstância contemplada na Súmula 339 doSupremo Tribunal Federal;

- competência originária do STF para julgar demanda que envolva interesseConstituição, art. 102, I, "n":de todos os magistrados;

- execução orçamentária de acordo com a lei de diretrizes orçamentárias.Constituição, art. 99, § 5°:

 

6 - NA EVENTUALIDADE DE PROCEDÊNCIA DA AÇÃO:

 

Correção monetária e juros :

 

A correção monetária e os juros moratórios deverão obedecer a atual redação do art. 1ºF da Lei nº , conforme redação dada pela Lei 11.960/09, razão pela qual fica, desde já, impugnado o cálculo9.494/97

apresentado pela parte autora:

 

Art. 1º-F.  Nas condenações impostas à Fazenda Pública, independentemente de sua natureza e para finsde atualização monetária, remuneração do capital e compensação da mora, haverá a incidência uma únicavez, até o efetivo pagamento, dos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta depoupança. (Redação dada pela Lei nº 11.960, 2009) - grifamos

 

Devem, assim, ser adotados os seguintes parâmetros:

 

1) A título de Correção Monetária:  Deve ser aplicado o IPCA-E (ou outro  índice de correção monetária)desde a data que a  importância é devida até 07/2009;

 

2)  A  título de Correção Monetária:  A partir  07/2009 até a data da citação, somente a TR (TaxaReferencial);

 

3) Juros: Somente a partir da data da citação, e nos termos da Lei 11906/09, ou seja equivalentes aosíndices de remuneração básica e juros aplicáveis à caderneta de poupança.

 

Entendimento diverso implica ofensa aos princípios da segurança jurídica (consagrado no art. 5º, XXXVI,CF); da isonomia (art. 5º, , CF); da legalidade (art. 5º, II, CF, 37, t, CF).caput capu

 

 

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7. DOS PEDIDOS

 

DIANTE DO EXPOSTO , protestando por todos os meios de provas em direito admitidas, requer aUnião o acolhimento das preliminares e da prescrição; e, após, a total improcedência da ação.   Acasoassim não entenda esse Juízo, requer a União seja observado o requerido na presente peça quanto aosjuros e correção monetária.

 

Protesta pela produção de provas, especialmente pela juntada posterior de documentos, comoforma de demonstrar a imperiosa necessidade de se indeferir todos os pedidos da parte autora.

Finalmente, requerexpressamente os prequestionamento dos dispositivos legais e constitucionais orainvocados.

Pede deferimento.

Natal/RN, data do evento eletrônico.

 

CÁSSIO RÊGO DE CASTRO

Advogado da União

AGU - PURN

 

[1] SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2003, p.576.

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15061823512695800000000821825

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: Cássio Rêgo de Castro - Gestor, Cássio Rêgo de Castro - Gestor, Cássio Rêgo de Castro - Gestor, Cássio Rêgo de Castro - GestorData e hora da assinatura: 18/06/2015 23:56:11Identificador: 4058401.819807Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 10ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO NORTE.

 

PROCESSO Nº:  0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

AUTOR:  CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros) 

ADVOGADO:  RODRIGO ZEIDAN BRAGA 

RÉU:  UNIÃO FEDERAL 

10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR  

RÉPLICA

CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA , , BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA KARLA CUNHA

e , vêm apresentar ,MEDEIRO RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO RÉPLICA À CONTESTAÇÃO

nos termos a seguir expendidos.

a) Esclarecimento inicial. Inexistência de pedido alternativo. Cumulação de pedidos.

Ao contrário do que entendeu o nobre Advogado da União, o pedido para que a parte autora não

substitua outros colegas não é alternativo.

Na verdade, há uma cumulação de pedidos: concessão de auxílio-moradia (com pedido emsucessivo

relação a um valor menor) e a concessão da gratificação por substituição (com pedido de não ser obrigado asucessivo

substituir outros colegas sem a contraprestação pecuniária).

b) Das críticas a benefícios percebidos pela magistratura e pelos membros do Ministério

Público.  

A contestação é iniciada com críticas a vários benefícios que são percebidos pela magistratura e

membros do Ministério Público. Entende-se que essa não é a forma adequada de se defender.

Se a UNIÃO considera que tais benesses são indevidas, que então adote as providências cabíveis para

extirpá-las do nosso ordenamento jurídico. E, caso consiga, decerto cairá por terra a pretensão aqui formulada. No entanto,

enquanto isso não ocorrer (se é que vai ocorrer), os autores terão direito aos mesmos benefícios.

c) Da decantada preliminar de impossibilidade jurídica do pedido.  

Lamentável que os membros da PGU continuem invocando preliminar inadequada para o caso.

Praticamente em todas as contestações da UNIÃO há essa preliminar. Com tal postura, só se perdem prestígio e credibilidade.

Enfim, não merece acolhida a preliminar de impossibilidade jurídica do pedido arguida, tendo em

vista que a postulação de parcelas indenizatórias e remuneratórias, em tese, se inclui entre aquelas que podem ser deferidas

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pelo Judiciário. São várias ações tramitando, por exemplo, em que se pede ajuda de custo por remoção a pedido (parcela

indenizatória sem expressa previsão legal). A própria AO nº 1.773, em que se postulou a concessão de auxílio-moradia a

alguns magistrados federais, é um exemplo que de os pedidos aqui formulados são juridicamente possíveis.

d) As vantagens previstas na LOMAN são taxativas.  

Afirma a parte ré, para afastar indiretamente a pretensão autoral, que as vantagens enumeradas no

numerus clausus art. 65 da LOMAN constituem , não cabendo, por conseguinte, à Administração conceder aos

procuradores federais benefício pecuniário por aplicação subsidiária da LOMAN ou da Lei Orgânica do Ministério Público

.da União (LC 75/93)

Infelizmente, Excelência, não é esse o entendimento atual do Supremo Tribunal Federal, tanto que foi

deferida a liminar nos autos da já mencionada AO nº 1.773.

Os precedentes citados pela ré são antigos, não refletindo, portanto, o entendimento atual da Suprema

Corte.

e) Da Resolução nº 133/2011.  

Apesar de não ter sido mencionada na inicial, vem a ré afirmar que é inconstitucional a Resolução

.CNJ 133/2011, por vício formal, em afronta ao caput do art. 93 da CF

E mais: postulou-se, na contestação, estranhamente a declaração de inconstitucionalidade da

resolução. Estranho, não?

Não obstante isso, por ela ter como fundamento o princípio da simetria, não custa fazer algumas

considerações sobre referida resolução.

Como se sabe, tal normativo foi alvo da ADI nº 4.822 proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil.

O julgamento foi iniciado em 2013, e já existem dois votos pela improcedência do pleito nela

formulado.

Para o ministro Teori Zavascki, a extensão do auxílio-alimentação à magistratura caracteriza-se como

uma decisão eminentemente administrativa, por isso o CNJ não extrapolou suas atribuições ao editar a Resolução 133/2011.

Segundo seu voto, é entendimento do STF que o CNJ pode extrair diretamente da Constituição Federal os critérios para

fundamentação de suas decisões administrativas.

Para o ministro Teori, o artigo 65 da Lei Orgânica da Magistratura, que estabelece as vantagens

devidas aos magistrados, tornou-se incompatível com a Constituição desde a promulgação da Emenda Constitucional 19/98,

que estabeleceu a remuneração dos magistrados pelo subsídio, e não pelo vencimento. Para ele, essa circunstância autorizaria o

CNJ a estabelecer regras remuneratórias da magistratura, frente ao déficit normativo e ao descompasso entre o legislador

constitucional e infraconstitucional.

No atendimento a esse déficit, o legislador estará condicionado a certos parâmetros inafastáveis,

entre os quais o de assegurar à magistratura um regime de remuneração não inferior ao do Ministério Público, uma vez

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que submetidos todos a carreiras de Estado significativamente semelhantes , afirmou o ministro, votando pela improcedência

da ADI.

Já o ministro Fux destacou a simetria constitucional entre a magistratura e os membros do Ministério

Público, que recebem o benefício. Segundo ele, não há motivo para que, sendo iguais as vedações às duas carreiras, o mesmo

princípio não seja seguido quando se trata de prerrogativas remuneratórias. A simetria não pode ser moeda de única face, uma

, sustentou.via de mão única em que apenas as vedações são idênticas

Assim, tal resolução continua em pleno vigor e, pelo andar da carruagem, não será declarada

inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

f) Da ausência de simetria.

Indo de encontro ao movimento de valorização que vem sendo promovido pelos membros da

Advocacia-Geral da União, a parte ré vem afirmar que a tentativa da parte autora de equiparação viola flagrantemente o

.Texto Constitucional, uma vez que não existe essa simetria com a carreira dos advogados públicos federais

Tanto existe essa simetria que, em 21 de maio de 2015, a Associação Nacional dos Advogados da

União (ANAUNI), entidade à qual o subscritor da peça de defesa certamente está associado, assinou uma nota com as [1]

seguintes passagens, que deixam clara a existência da simetria (ou paridade):

Inclusive no julgamento do  , o próprio Presidente da Suprema Corte, a quem se pode atribuirRE nº 558.258

a responsabilidade pela edição da resposta ora repudiada, também entendeu pelo tratamento isonômico entre as

carreiras jurídicas. Defendeu que  embora os integrantes de tais carreiras não façam parte do Poder Judiciário,

exercem, segundo assenta o próprio texto constitucional, funções essenciais à Justiça. Tal característica

determinou que se conferisse tratamento isonômico aos membros das carreiras jurídicas.

Por sua vez, o  , nos debates do referido julgamento, sustentou o seguinte:  Ministro Ayres Britto O Ministro

Lewandowski parece-me foi extremamente feliz quando buscou a razão de ser da aplicabilidade dos subsídios

do Poder Judiciário no caso do Supremo Tribunal Federal como parâmetro para os procuradores em geral pela

polissemia do substantivo. Os procuradores aí a Constituição não distinguiu. Aí diz o Ministro Ricardo

Lewandowski que é porque eles desempenham função essencial à justiça. Justiça aí não é Poder Judiciário;

significa função jurisdicional. E, de fato, a Constituição exige para os procuradores como exige para os juízes o

quê? Concurso público, estrutura os cargos em carreira e exige a participação da OAB, no concurso, em todas

as fases do concurso. Então, Vossa Excelência buscou, e foi feliz nisso, a explicação, o porquê de se colocar para

os procuradores como parâmetro, em termo de remuneração, o Supremo Tribunal Federal. São carteiras

jurídicas, versadas pela Constituição.

A necessidade de conferir, no que couber, tratamento paritário às carreiras que exercem uma função essencial

à Justiça decorre do artigo 129, §4º, do artigo 134, §4º, da CRFB, e do artigo 29, §§2º e 3º, do ADCT:

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

[]

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§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93.[]

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,

incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação

jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos

direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV

do art. 5º desta Constituição Federal.[]

§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a indivisibilidade e a independência

funcional,     aplicando-se também, no que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta

Constituição Federal.[]

Art. 29. Enquanto não aprovadas as leis complementares relativas ao Ministério Público e à

Advocacia-Geral da União, o Ministério Público Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,

as Consultorias Jurídicas dos Ministérios, as Procuradorias e Departamentos Jurídicos de autarquias

federais com representação própria e os membros das Procuradorias das Universidades fundacionais

públicas continuarão a exercer suas atividades na área das respectivas atribuições. []

§ 2º Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será facultada a opção, de

forma irretratável, entre as carreiras do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da União.

  § 3º Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do

Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto às vedações,

a situação jurídica na data desta.

A isonomia constitucional entre o Ministério Público e o Judiciário ou entre o Judiciário e a Defensoria se dá

no que couber. No caso da Advocacia-Geral da União, essa equiparação é direta, ao ponto de facultar ao

Procurador da República a opção entre o MPU ou a AGU.

Antes, as funções eram atribuições de cargos da mesma carreira. Hoje, estão em carreiras distintas.Porém, o

tratamento isonômico persiste.

E o que ratifica o tratamento isonômico entre tais carreira é a disposição presente no artigo 37, inciso XI, da

Carta Magna, que atribuiu teto remuneratório diferenciado aos membros da Advocacia Pública, Defensoria

Pública e do Ministério Público:

Art. 37 []

XI a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração

direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentespolíticos e os

proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as

vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,

dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como   limite, nos Municípios, o subsídio do

Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder

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Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio

dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por

  cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder

Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores

e aos Defensores Públicos;

O próprio Advogado-Geral da União reconheceu a existência da simetria em nota recentemente [2]

publicada, cujo trecho se transcreve a seguir:

4. Em decorrência, não é a remuneração conferida à carreira de Advogado da União parâmetro para a

recomposição remuneratória dos servidores do Poder Judiciário, sob pena de subversão completa do sistema

constitucional estabelecido pelo legislador constituinte originário. Em verdade, apesar de se respeitar a

reivindicação dos aludidos servidores, não há como negar o tratamento diferenciado conferido pela Constituição

Federal às Funções Essenciais à Justiça, como, aliás, já reconheceu em diversas oportunidades esse Supremo

Tribunal Federal. A título de exemplo, ressaltem-se as decisões exaradas nos Recursos Extraordinários de nºs

602.381 e 558.258.

5. Com efeito, em reverência à Constituição da República, que dedicou um Capítulo específico às Funções

Essenciais à Justiça, o parâmetro a ser utilizado para as carreiras da Advocacia-Geral da União é aquele

estabelecido para as demais Funções Essenciais à Justiça, razão pela qual não se revela adequado o padrão

comparativo invocado na resposta emanada dessa Suprema Corte.

Atenciosamente,

LUÍS INÁCIO LUCENA ADAMS

Advogado-Geral da União

Assim, totalmente contraditório o argumento trazido na contestação.

g) Da Súmula nº 339 do STF. Da vedação à equiparação.

A parte ré invocou a súmula acima, sem, no entanto, rebater os argumentos ventilados na inicial, cuja

repetição aqui é oportuna:

Indenizar não é remunerar. Não é à toa que sobre a parcela tida como indenizatória não

incidem imposto de renda e contribuição previdenciária, nem há submissão da mesma ao teto

constitucional. Se indenizar e remunerar, sob o ponto de vista do tratamento constitucional, são coisas

distintas, não há que se falar em equiparação de espécies remuneratórias ou aumento de vencimentos,

afastando-se, assim, a aplicação do artigo 37, inciso XIII, da CRFB e da Súmula 339 do STF (nova

Súmula Vinculante nº 37).

 

De fato, indenizar é reparar um direito lesado. O tema foi tratado, ainda que a traços largos, na

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decisão que reconheceu a repercussão geral no RE nº 710.293/SC, quando o Supremo afastou o

enunciado nº 339 de Súmula. Naquele caso, se  discutia a possibilidade de equiparação do

auxílio-alimentação de servidores públicos pertencentes a carreiras diferentes, tendo como

fundamento ato do Tribunal de Contas da União que fixou o valor daquela indenização em montante

Segundo o voto do superior a de outros órgãos federais.  ,MINISTRO LUIZ FUX a questão não se

encerra na vigência do enunciado, mas na sua incidência ou não no auxílio-alimentação, tratado

no pronunciamento como verba indenizatória livre do alcance da súmula.

Assim, não há que se falar em concessão de aumento de vencimentos, tampouco de equiparação

remuneratória.

h) Da necessidade de lei.

Nesse ponto, a parte ré também não conseguiu afastar os fundamentos presentes na inicial.

Se fossem aplicáveis o artigo 39, §1º, e artigo 37, inciso XIII, da Constituição da República ao

auxílio-moradia, seus valores, alteração de hipóteses de cabimento etc não poderiam ser fixados por resolução ou portaria, uma

vez que a remuneração dos servidores públicos somente pode ser fixada ou alterada por lei específica, conforme prescreve o

artigo 37, inciso X, da nossa Lei Maior.

Auxílio-moradia, portanto, tem natureza indenizatória e não depende, como sói acontecer com

quaisquer indenizações, de lei específica para ser pago.

O , em parecer dado quando ainda era AdvogadoMINISTRO LUIZ ROBERTO BARROSO

Público (Parecer nº 01/08-LRB, no processo E-14/17738/2007 ), defendeu que a indenização independe de lei específica. [3]

Para ele, "tratando-se de recomendação de natureza indenizatória, convém lembrar que à Administração se reconhece o

poder de autotutela. Dele decorre não só o poder mais evidente e específico de anular seus próprios atos, mas, de modo mais

amplo, o poder de recompor a ordem jurídica violada. Decorrendo diretamente da vinculação da Administração à

legalidade (art. 37, caput, da Constituição), a autotutela também engloba, nesse aspecto mais amplo, por exemplo, o poder

de indenizar. A autotutela não depende da conclusão de nenhum procedimento especial (inquérito policial ou ação civil,

por exemplo), tampouco de autorização legislativa. No que tange à prática dos entes brasileiros no cumprimento de

recomendações da Comissão [Interamericana de Direitos Humanos], a autotutela já ocorreu tanto com quanto sem

autorização legislativa. O que parece importante é a concessão de indenização contar como ocorre com os atos

.administrativos em geral com elementos suficientes para sua justificação"

Se a Administração reconhece o pagamento de indenização, sob o título de auxílio-moradia, por meio

de ato administrativo, ela passa a ter o dever de indenizar os demais agentes públicos, que igualmente exercem função

essencial à Justiça, lotados em situações análogas. Se o Poder Público, após uma decisão liminar na AO nº 1.773/DF, ampliou,

por atos administrativos, os casos de pagamento da indenização, deverá fazê-lo em favor de todos membros desponte propria,

carreiras essenciais à Justiça que se encontrem na mesma situação, ainda que seja necessária uma decisão judicial para obrigar

o MPOG a ampliar a ON nº 10/2013 do MPOG.

i) Da violação ao princípio da separação dos Poderes.

O reconhecimento pelo Poder Judiciário da ocorrência de dano indenizável e fixação de indenização

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não implica aumento de vencimentos, usurpação de competência legislativa, usurpação de iniciativa do Poder Executivo,

violação à discricionariedade do Poder Executivo na edição de benefício para seus agentes públicos, tampouco violação ao

princípio da separação dos Poderes, isto porque lhe compete a interpretação e aplicação do direito ao caso submetido à

Jurisdição.

j) Da AGU como órgão integrante do Poder Executivo.

Afirmou-se, na peça de defesa, que o Judiciário constitui um Poder do Estado, enquanto que a AGU

é órgão integrante do Poder Executivo, razão suficiente para a impossibilidade de extensão de prerrogativas/vantagens do

.primeiro ao segundo, salvo quando a Constituição expressa e restritivamente a determine

Mais uma contradição! Na mesma nota da ANAUNI acima referida, afirmou-se o seguinte:

No que diz respeito à outra incorreção presente na resposta do Supremo Tribunal Federal, o Ministro Dias

Toffoli fez importante reflexão:

No Capítulo IV, trata das chamadas Funções Essenciais à Justiça. Na seção I, do Ministério Público; na

Seção II, da Advocacia Pública; na Seção III, da Defensoria Pública. []. Ora, o que temos aí? Temos que

tanto o Ministério Público, quanto a Advocacia Pública e a Defensoria Pública são instituições que não

integram nenhum dos Três Poderes. Eles estão separados tanto do Legislativo, quanto do Executivo,

quanto do Judiciário.

A própria Advocacia-Geral da União reconhece essa condição em seu site : [4]

A Advocacia-Geral da União (AGU) é uma Instituição prevista pela Constituição Federal, e tem natureza de

Função Essencial à Justiça, não se vinculando, por isso, a nenhum dos três Poderes que representa.

Assim, totalmente descabida tal alegação.

k) Da parte da defesa referente ao auxílio-substituição.

A parte ré limitou-se a dizer que não existe previsão legal para a concessão da parcela em epígrafe

(argumento inaceitável, pois se houvesse previsão legal, não se teria ingressado com a presente ação).

Também não procede a alegação de que a estrutura do Poder Judiciário e a ocupação dos cargos

. Prova disso foi adifere daquelas existentes no âmbito da AGU, o que inviabiliza essa desejada simetria e isonomia

apresentação do PL 8.000 de 2014 na Câmara dos Deputados , que demonstra a viabilidade da concessão da gratificação. [5]

E mais: recentemente, o Advogado-Geral da União apresentou, como medida para valorização da

carreira, uma proposta que prevê o pagamento de adicionais por sobrecarga de trabalho jurídico.

Por fim, no que diz respeito ao pedido sucessivo, totalmente sem sentido a afirmação de que os

autores não comprovaram que estão .trabalhando acima daquilo a que está obrigado

Ora, é óbvio que em uma unidade, cuja lotação ideal é de 15 membros, e na qual só existem 12

Procuradores Federais, a carga de trabalho que seria dos 3 faltantes está sendo distribuída entre os lotados na PSF-Mossoró.

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Além disso, quando da ausência de qualquer um dos 12 (por motivo de férias, licenças etc), é óbvio que alguém irá assumir o

trabalho do ausente. O Procurador Federal CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA, por exemplo, está em exercício na

Procuradoria Federal junto à UFERSA (que só atua na área consultiva). No entanto, encontra-se em colaboração com a

Procuradoria Seccional Federal em Mossoró, atuando em processos contenciosos do PJ-e. Por fim, importa dizer que o chefe

desta unidade compõe o polo ativo da presente demanda, o que confirma a afirmação de que está havendo sobrecarga de

trabalho.

Diante do exposto , requer-se:

a) sejam desconsiderados os pálidos argumentos trazidos pela ré;

b) por se tratar de matéria predominantemente de direito, o julgamento antecipado da lide.

Termos em que pede deferimento.

RODRIGO ZEIDAN BRAGA

OAB/CE Nº 19.262

 

[1] http://www.anauni.org.br/?p=11439

 

[2] http://www.agu.gov.br/page/content/detail/id_conteudo/330193

 

[3]http://download.rj.gov.br/documentos/10112/995656/DLFE-50838.pdf/Revista65Pareceres_pg_269_a_291.pdf

 

[4] http://www.agu.gov.br/interna/institucional/funcao_institucional

 

[5] http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=622784

 

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15062309551564000000000826635

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 23/06/2015 09:57:33Identificador: 4058401.824591Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros)ADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

SENTENÇA

CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA, BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA, KARLA CUNHAMEDEIRO e RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO, ajuizaram a presente ação ordináriacontra a UNIÃO, objetivando receber o auxílio-moradia e a gratificação por substituição nos mesmosmoldes em que são pagos aos membros do MPU e do Poder Judiciário Federal. Houve pedido de tutelaantecipada.

Argumentam serem procuradores federais, e, nessa condição, recebem remuneração por subsídio eexercem função essencial à Justiça, além estarem lotados em Mossoró, cidade cujas condições de moradiasão consideradas adversas pela Administração Pública Federal, à semelhança dos Juízes e membros doMinistério Público, circunstâncias essas que lhes dão, em simetria a estes últimos, o direito à indenizaçãodo auxílio-moradia.

Afirmam que aos procuradores do Ministério Público foi reconhecido, administrativamente, o direito aoauxílio-moradia, muito embora não estivessem contemplados pela liminar deferida pelo STF na AO nº1.773/DF, e a LC nº 75/93 autorize o pagamento de tal vantagem apenas em situação específica. Dizemque a Portaria PGR/MPU nº 71/2014, ao estender a vantagem a todos os membros do MPU, assim o fezlevando em conta a equivalência entre as carreiras que prestam função essencial à Justiça, pelo que omesmo tratamento deve ser conferido aos procuradores federais.

Alegam que, apesar de inexistir uma igualdade absoluta entre as carreiras jurídicas, a necessidade deconferir, no que couber, tratamento paritário as que exercem função essencial à Justiça (MPU, DPU eAGU) decorre do artigo 129, § 4º, do artigo 134, § 4º, da Constituição Federal, e do artigo 29, §§ 2º e 3º,do ADCT.

Aduzem também que, por serem o auxílio-moradia e a gratificação por substituição vantagens de naturezaindenizatória, o direito a percepção deles não deve ser condicionado ao órgão ao qual o agente público sevincula, mas à situação fática merecedora de reparação. Desse modo, situações iguais devem serreparadas de forma igual, independentemente do cargo ocupado, o qual deve servir de parâmetro apenaspara fins de fixação do respectivo padrão vencimental (art. 39, § 1º, da CF).

Por isso, tratando-se de verbas indenizatórias, que não se confundem com remuneração, é possível aextensão das vantagens pretendidas sem a prévia edição de lei, não se aplicando ao caso concreto odisposto no artigo 37, inciso XIII, da Constituição Federal e na Súmula 339 do STF (atual SúmulaVinculante 37).

Especificamente quanto à gratificação por substituição, aduzem ainda que sua concessão é necessária parase evitar o enriquecimento ilícito do Estado com o trabalho extraordinário do procurador.

Assim, e com fundamento especialmente no princípio da isonomia, pedem:

a) o pagamento do auxílio-moradia no mesmo valor estabelecido para os membros do MPU/PoderJudiciário Federal (hoje correspondente a R$ 4.377,73), ou, sucessivamente, no valor de R$1.800,00, nostermos do artigo 60-A da Lei nº 8.112/90;

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b) o reconhecimento do direito a receberem a gratificação por substituição, aplicando-se, até que aquestão seja devidamente regulamentada pela autoridade competente, a Lei 13.024/14, com adaptaçõesinspiradas no Projeto de Lei nº 8.000 de 2014 em trâmite na Câmara dos deputados, ou, sucessivamente,que se determine à ré que se abstenha de obrigar os autores a substituírem outros membros em Mossoró.

Por meio da petição do id. 637688, os autores renunciaram os valores atrasados anteriormente aoajuizamento da ação; retificaram o valor da causa; e recolheram as custas complementares.

Prova dos domicílios funcionais dos requerentes no id. 643975.

A apreciação da tutela antecipada foi postergada para após o contraditório.

A União contestou alegando, preliminarmente, a impossibilidade jurídica do pedido e a necessidade de sereconhecer as eventuais parcelas alcançadas pela prescrição. No mérito, defende ser indevida aequiparação pretendida, pois o CNJ reconheceu a existência de simetria entre os membros do MinistérioPúblico e os membros da magistratura nacional, não a estendendo a carreira dos advogados públicosfederais. Ressalta, ainda, inexistir previsão legal autorizando o pagamento do auxilio-moradia para osprocuradores federais, especialmente com base nas condições do local de lotação, como igualmente dagratificação por substituição. Argumenta que a estrutura do Poder Judiciário e a ocupação dos seusrespectivos cargos diferem daquelas existentes no âmbito da AGU, o que inviabiliza a desejada simetria eisonomia. Pede, assim, a improcedência do pedido.

Houve réplica.

É o relatório.

Fundamentação

Por ser a matéria unicamente de direito, procedo ao julgamento antecipado da lide.

A União sustenta serem juridicamente impossíveis os pedidos formulados na inicial, pois os direitosreclamados pelos autores não encontrariam amparo na Lei 8.112/90, o que é o mesmo que dizer que osrequerimentos formulados não procedem. Assim, posta a questão nesses termos, verifica-se que ela seconfunde com o próprio mérito, razão pela qual não conheço da preliminar de carência de ação.

Por sua vez, não há nenhuma parcela prescrita a ser reconhecida, pois os autores postulam diferençasvencidas apenas a partir da data de ajuizamento desta ação.

Quanto ao mérito, não procedem os pedidos.

Auxilio-moradia

Pretendem os autores que lhes seja reconhecido o direito à indenização conhecida como auxílio-moradia,nas mesmas condições em que é paga aos juízes e aos membros do MPU.

O principal argumento para que seja reconhecido tal direito é a existência de simetria entre as carreiras doMPU, DPU e AGU, pois todas exercem funções essenciais justiça, bem como a aproximação história quehá entre a carreira da AGU e a do Ministério Público Federal.

Com base nessa premissa, exercem os autores o seguinte raciocínio: se os membros do Ministério Públicoda União recebem o auxílio-moradia, embora não contemplados pela liminar concedida pelo STF (AO nº1.773), e a LC nº 75/93 não lhes autorize o pagamento da vantagem de forma indistinta, a mesma soluçãodeve ser adotada em relação aos membros da Advocacia-Geral da União, por ser idêntica a situação: nãoforam beneficiados por liminar, tampouco a Lei nº 8.112/90 atribuiu originalmente o auxilio a todos.Desse modo, se os primeiros fazem jus a tal indenização, os procuradores federais também o fazem.  

Apesar de a Constituição Federal prever a Advocacia Pública como instituição essencial ao

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funcionamento da Justiça, não há como se extrair do texto constitucional a obrigatoriedade de se concederaos membros da AGU tratamento funcional e remuneratório idêntico ao dos membros do Poder Judiciárioe do Ministério Público.

Com efeito, o Capítulo IV da Constituição Federal, denominado "Das Funções Essenciais à Justiça",reúne o Ministério Público, a Advocacia Pública, Advocacia e Defensoria Pública apenas a título deorganização especial, pois, apesar de seus integrantes não comporem o Poder Judiciário, a atuação delesse dá essencialmente perante o Judiciário. Daí exercerem função essencial à justiça, isto é, essencial àatividade jurisdicional.

Em verdade, cada uma das citadas carreiras tem seu próprio protagonismo, peculiaridades, atribuições eresponsabilidades, vale dizer, regime jurídico próprio, o que afasta a possibilidade de equiparação entreelas, pois em nenhum momento a Constituição demonstrou tal intenção. Ao revés, cuidou separadamentede cada uma das carreiras, como se pode ver a seguir:

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interessessociais e individuais indisponíveis.

(...)

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seuscargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas etítulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua

.organização e funcionamento

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático,fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, emtodos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integrale gratuita, aos necessitados, na forma do  inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição

.Federal

§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargose dos Territórios

de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos,assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício daadvocacia fora das atribuições institucionais.

 Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgãovinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei

, as atividades decomplementar que dispuser sobre sua organização e funcionamentoconsultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

O MPU tem sua organização, atribuições e estatuto regidos pela LC 75/93. A DPU, por sua vez, éorganizada pela LC 80/94, e a AGU pela LC 73/93.

Fica clara, portanto, a diferença de regimes entre o MPU, a DPU e a AGU, o que autoriza, porconsequência, que cada uma delas seja tratada de forma diferenciada quanto a estruturação dos cargos,carreira, remuneração e concessão de vantagens.

A magistratura também é regida por regime próprio, conforme previsto no art. 93 da Constituição Federal,ao preconizar que lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatutoda Magistratura.

Atualmente, a magistratura nacional é organizada pela LC 35/79 (LOMAN), recepcionada pela

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Constituição Federal, cujo art. 65, II, prevê expressamente, como vantagem funcional do magistrado, opagamento de ajuda de custo, para moradia, nas localidades em que não houver residência oficial a suadisposição. O pagamento do auxílio-moradia é compatível com o regime de subsídio, pois a própriaConstituição Federal, em seu art. 37, § 11, exclui do cômputo do teto de remuneração as parcelas decaráter indenizatório previstas em lei , como é caso da vantagem em foco.[1]

Note-se que a índole indenizatória do auxilio-moradia foi reconhecida pela Resolução 13, de 21 de marçode 2006, do Conselho Nacional de Justiça ao dispor que:

Art. 8º Ficam excluídas da incidência do teto remuneratório constitucional as seguintesverbas:

I - de caráter indenizatório, previstas em lei:

(...)

b) auxílio-moradia;

No que toca ao Ministério Público, embora a LC nº 75/93 somente autorize o pagamento do auxíliomoradia em caso de lotação em local cujas condições de moradia sejam particularmente difíceis ouonerosas, assim definido em ato do Procurador-Geral da República, a extensão dessa vantagem aos seusmembros, nas mesmas condições em que são pagas aos magistrados, e vice-versa, justifica-se ante aexistência de simetria de regime jurídico entre as duas carreiras, como se infere do § 4º do art. 129,Constituição Federal, ao prever que se aplica ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93do mesmo Diploma, o qual estabelece nada menos que os princípios fundamentais do Estatuto daMagistratura.

São diversos, pois, os pontos em comum a aproximar as carreiras da magistratura e do Ministério Público,e que torna possível reconhecer-lhes a equivalência de regimes, conforme feito pela Resolução 133 de 21de junho de 2011, do Conselho Nacional de Justiça, equivalência essa que não se verifica em relação àcarreira da advocacia pública, considerando que suas atribuições e regime são distintos.

Por exemplo, além do previsto no art. 93 da Constituição Federal, aos magistrados e membros doMinistério Público é igualmente garantida a vitaliciedade após dois anos de exercício; inamovibilidade,salvo por motivo de interesse público; e irredutibilidade de subsídio, ressalvadas as hipóteses que própriaConstituição indica. Por outro lado, é-lhes vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo oufunção, salvo uma de magistério; receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação emprocesso; dedicar-se à atividade político-partidária; receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios oucontribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamentodo cargo por aposentadoria ou exoneração (arts. 95 e 128, § 5º, CF).

Aos membros da AGU, por sua vez, não se aplicam as vedações apontadas, eis que podem, por exemplo,exercer cargos em comissão ou função de confiança, sendo remunerados por isso, bem como têm o direitode receber, conforme o novo Código de Processo Civil (art. 85, § 19), honorários advocatícios desucumbência.

Ademais, conforme já mencionado, a organização e o funcionamento da AGU são regulados pela LC73/93, cujo art. 26 disciplina que "[o]s membros efetivos da Advocacia-Geral da União têm os direitos

."assegurados pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; e nesta lei complementar

A Lei 8.112/90, por sua vez, prevê que constitui indenização ao servidor público o auxílio moradia (arts.51, IV e 60-A), sendo devido o seu pagamento, e desde que atendidos os demais requisitos elencados noart. 60-B, quando " o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão oufunção de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza

".Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes

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Desse modo, diante da existência desse regramento específico, aplicáveis aos integrantes da AdvocaciaPública, tem-se como juridicamente inviável a extensão recíproca de vantagens entre procuradoresfederais e magistrados ou membro do MP, eis que tanto o art. 129, § 4º quanto o art. 134, § 4º, daConstituição Federal não admitem tal sorte de equiparação.

Por outro lado, é impróprio cogitar-se da pretendida paridade com fundamento na opção de que trata o art.29, §§ 2º e 3º, do ADCT, pois, se é certo que antes da Constituição Federal de 1988 o Ministério Públicoincorporava as funções hoje atribuídas à Advocacia Pública, hoje as duas carreiras exercem atribuiçõesdistintas.

Os dispositivos apontados não deixa margem de dúvida de que o objetivo da Constituição Federal de1988 foi justamente separar essas atribuições, por serem diversas, criando carreira própria do MinistérioPúblico Federal e da Advocacia Geral da União, como se pode ver a seguir:

§ 2º Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será facultadaa , de forma , entre as e opção irretratável carreiras do Ministério Público Federal da

.Advocacia-Geral da União

§ 3º Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membrodo Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se,quanto às vedações, a situação jurídica na data desta.

Se o constituinte desejasse dar o mesmo tratamento ao MPU e AGU, teria o feito, o que claramente nãoocorreu. Em nada se assemelham essas instituições que desde a promulgação da Constituição Federal de1988 caminham funcional e administrativamente separadas.

Essa desvinculação foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 602.381, admitido soba sistemática da repercussão geral, que negou pleito formulado por procuradores federais, que visavamobter a concessão de férias de 60 dias por ano. Para chegar a tal conclusão, entendeu a Corte Maior que aProcuradoria Geral Federal, apesar de manter vinculação, não se caracteriza como Órgão daAdvocacia-Geral da União, bem como reconheceu ser juridicamente inadequado manter a equiparaçãodos procuradores federais aos membros do Ministério Público Federal, que perdeu, desde 5.10.1988, afunção de representante jurídico da União, transferida para a Advocacia-Geral da União, nos termos doart. 131 da Constituição da República.

Eis a ementa do referido precedente:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ALEGADA INCOMPETÊNCIAABSOLUTA DE TURMA RECURSAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.SÚMULAS NS. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADEDE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSACONSTITUCIONAL INDIRETA. RECURSO AO QUAL NÃO SE CONHECE NOPONTO. PROCURADORES FEDERAIS. PRETENDIDA CONCESSÃO DE FÉRIAS DESESSENTA DIAS E CONSECTÁRIOS LEGAIS. ART. 1º DA LEI N. 2.123/1952 E ART.17, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI N. 4.069/1962. DISPOSIÇÕES NORMATIVASRECEPCIONADAS COM STATUS DE LEI ORDINÁRIA. POSSIBILIDADE DEREVOGAÇÃO PELO ART. 18 DA LEI N. 9.527/1997. INTERPRETAÇÃO DO ART.131, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. A PROCURADORIA-GERALFEDERAL, APESAR DE MANTER VINCULAÇÃO, NÃO SE CARACTERIZACOMO ÓRGÃO DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. ATUALIMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO DAS CONDIÇÕES FUNCIONAIS DOS

.MEMBROS DA ADVOCACIA PÚBLICA E DO MINISTÉRIO PÚBLICORECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, PROVIDO.

(STF, RE 602381, Tribunal Pleno, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em 20/11/2014,PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-023 DIVULG03-02-2015)

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Por outro lado, não se aplica ao caso concreto ou, ainda, não se presta para fundamentar a pretensão dosautores, o julgamento proferido pelo STF no RE 558.258, pois ali não se reconheceu, ainda que depassagem, a existência de simetria entre a AGU e a magistratura e/ou o MPF.

O que o STF decidiu no precedente apontado foi tão somente que os procuradores, em suas distintascategorias ou acepções, devem ser considerados como integrantes da Advocacia Pública, para fins desubmissão ao mesmo subteto remuneratório, nos termos do art. 37, XI, da Constituição Federal ( no caso,discutia-se a constitucionalidade da distinção de teto remuneratório feita pelo Estado de São Paulo entre

), sem reconhecer qualquer outra sorte deos procuradores autárquicos e os procuradores do Estadorepercussão a partir daquela constatação. Tanto é verdade, que o relator, Ministro Ricardo Lewandowski,consignou a seguinte ressalva em seu voto:

"Destaco, mais uma vez, por oportuno, que não se trata neste RE, como se cuidava naquelaação de controle de constitucionalidade [ADI 1434], de discutir a equiparação daremuneração dos Procuradores Autárquicos à dos Procuradores do Estado, da mesmamaneira como não se cogita de equiparação salarial entre membros do Ministério

, apesar de sujeitos ao mesmo subtetoPúblico, os Procuradores e os Defensores Públicosconstitucional."

Por todo o exposto, é descabida a concessão do auxilio moradia aos autores nos moldes em que pago amagistrados e membros do Ministério Público.

Quanto ao pedido e sucessivo de pagamento do auxílio moradia no patamar de R$ 1.800,00, seuacolhimento somente seria possível se os autores tivessem comprovado o preenchimento dos requisitoscontidos no art. 60-B da Lei 8.112/90, o que não ocorreu.

Por fim, é impróprio pretender a indenização do auxilio-moradia com fundamento no art. 37, § 6º, daConstituição Federal, ante a inexistência de qualquer ilicitude, seja comissiva ou omissiva, praticada pelaAdministração Pública, que, por força do princípio da legalidade, somente é obrigada a pagar a vantagemem questão ao servidor que reúne os requisitos previstos em lei.

Da gratificação por substituição

Em relação à gratificação por acumulação de ofício/acervo, devida aos membros do MPU e damagistratura da União e do Distrito Federal, trata-se de vantagem criada por meio de leis específicas (Leis13.024/14, 13.093/15, 13.094/15, 13.095/15 e 13.096/15), e, ao contrário do que sustentam os autores,possui nítido caráter remuneratório, tanto que seu pagamento é limitado ao valor do subsídio mensal dosMinistros do STF e integra a base de cálculo do imposto de renda.

Nesse sentido, cita-se, a título exemplificativo, o disposto no art. 4º da Lei 13.093/15, que instituiu agratificação por exercício cumulativo de jurisdição no âmbito da Justiça Federal:

Art. 4º O valor da gratificação corresponderá a 1/3 (um terço) do subsídio do magistradodesignado à substituição para cada 30 (trinta) dias de exercício de designação cumulativa eserá pago pro rata tempore.

Parágrafo único. , não podendo o seuA gratificação terá natureza remuneratóriaacréscimo ao subsídio mensal do magistrado implicar valor superior ao subsídio mensal dosMinistros do Supremo Tribunal Federal. 

Desse modo, cuidando-se de verba de inegável natureza salarial, seu pagamento aos autores, comfundamento no princípio da isonomia, encontra óbice na Súmula Vinculante 37 do STF (antiga Súmula399), segundo a qual: " Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar

".vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia

Ademais, conforme noticiado na própria inicial, está tramitando na Câmara dos Deputados o PL

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8.000/2014, que visa instituir a "indenização" por exercício cumulativo de funções processual, judicial econsultiva, dos membros efetivos da Advocacia-Geral da União, o que demonstra que o pagamento davantagem em comento depende da edição de lei específica.

Por isso, enquanto não aprovada a lei disciplinando o seu pagamento, não há como se conceder aosautores a gratificação em alusão, e muito menos determinar que a ré se abstenha de obrigar os autores asubstituírem outros membros em Mossoró, uma vez que faltam parâmetros legais para fins decaracterização e aferição do serviço extraordinário (acúmulo de atribuições) porventura suportado pelosprocuradores federais lotados em Mossoró.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo improcedentes os pedidos.

Custas na forma da lei. Condeno os autores a pagar, de forma rateada, honorários advocatícios no valor deR$ 2.000,00.

Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com baixa definitiva.

Publicação e registros eletrônicos. Intimem-se.

Mossoró, 12 de agosto de 2015.

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal da 10ª Vara

CF, Art. 37, § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso[1]XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

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15081214035351800000000902212

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 12/08/2015 14:18:11Identificador: 4058401.900026Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros)ADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

SENTENÇA

CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA, BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA, KARLA CUNHAMEDEIRO e RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO, ajuizaram a presente ação ordináriacontra a UNIÃO, objetivando receber o auxílio-moradia e a gratificação por substituição nos mesmosmoldes em que são pagos aos membros do MPU e do Poder Judiciário Federal. Houve pedido de tutelaantecipada.

Argumentam serem procuradores federais, e, nessa condição, recebem remuneração por subsídio eexercem função essencial à Justiça, além estarem lotados em Mossoró, cidade cujas condições de moradiasão consideradas adversas pela Administração Pública Federal, à semelhança dos Juízes e membros doMinistério Público, circunstâncias essas que lhes dão, em simetria a estes últimos, o direito à indenizaçãodo auxílio-moradia.

Afirmam que aos procuradores do Ministério Público foi reconhecido, administrativamente, o direito aoauxílio-moradia, muito embora não estivessem contemplados pela liminar deferida pelo STF na AO nº1.773/DF, e a LC nº 75/93 autorize o pagamento de tal vantagem apenas em situação específica. Dizemque a Portaria PGR/MPU nº 71/2014, ao estender a vantagem a todos os membros do MPU, assim o fezlevando em conta a equivalência entre as carreiras que prestam função essencial à Justiça, pelo que omesmo tratamento deve ser conferido aos procuradores federais.

Alegam que, apesar de inexistir uma igualdade absoluta entre as carreiras jurídicas, a necessidade deconferir, no que couber, tratamento paritário as que exercem função essencial à Justiça (MPU, DPU eAGU) decorre do artigo 129, § 4º, do artigo 134, § 4º, da Constituição Federal, e do artigo 29, §§ 2º e 3º,do ADCT.

Aduzem também que, por serem o auxílio-moradia e a gratificação por substituição vantagens de naturezaindenizatória, o direito a percepção deles não deve ser condicionado ao órgão ao qual o agente público sevincula, mas à situação fática merecedora de reparação. Desse modo, situações iguais devem serreparadas de forma igual, independentemente do cargo ocupado, o qual deve servir de parâmetro apenaspara fins de fixação do respectivo padrão vencimental (art. 39, § 1º, da CF).

Por isso, tratando-se de verbas indenizatórias, que não se confundem com remuneração, é possível aextensão das vantagens pretendidas sem a prévia edição de lei, não se aplicando ao caso concreto odisposto no artigo 37, inciso XIII, da Constituição Federal e na Súmula 339 do STF (atual SúmulaVinculante 37).

Especificamente quanto à gratificação por substituição, aduzem ainda que sua concessão é necessária parase evitar o enriquecimento ilícito do Estado com o trabalho extraordinário do procurador.

Assim, e com fundamento especialmente no princípio da isonomia, pedem:

a) o pagamento do auxílio-moradia no mesmo valor estabelecido para os membros do MPU/PoderJudiciário Federal (hoje correspondente a R$ 4.377,73), ou, sucessivamente, no valor de R$1.800,00, nostermos do artigo 60-A da Lei nº 8.112/90;

1/7

b) o reconhecimento do direito a receberem a gratificação por substituição, aplicando-se, até que aquestão seja devidamente regulamentada pela autoridade competente, a Lei 13.024/14, com adaptaçõesinspiradas no Projeto de Lei nº 8.000 de 2014 em trâmite na Câmara dos deputados, ou, sucessivamente,que se determine à ré que se abstenha de obrigar os autores a substituírem outros membros em Mossoró.

Por meio da petição do id. 637688, os autores renunciaram os valores atrasados anteriormente aoajuizamento da ação; retificaram o valor da causa; e recolheram as custas complementares.

Prova dos domicílios funcionais dos requerentes no id. 643975.

A apreciação da tutela antecipada foi postergada para após o contraditório.

A União contestou alegando, preliminarmente, a impossibilidade jurídica do pedido e a necessidade de sereconhecer as eventuais parcelas alcançadas pela prescrição. No mérito, defende ser indevida aequiparação pretendida, pois o CNJ reconheceu a existência de simetria entre os membros do MinistérioPúblico e os membros da magistratura nacional, não a estendendo a carreira dos advogados públicosfederais. Ressalta, ainda, inexistir previsão legal autorizando o pagamento do auxilio-moradia para osprocuradores federais, especialmente com base nas condições do local de lotação, como igualmente dagratificação por substituição. Argumenta que a estrutura do Poder Judiciário e a ocupação dos seusrespectivos cargos diferem daquelas existentes no âmbito da AGU, o que inviabiliza a desejada simetria eisonomia. Pede, assim, a improcedência do pedido.

Houve réplica.

É o relatório.

Fundamentação

Por ser a matéria unicamente de direito, procedo ao julgamento antecipado da lide.

A União sustenta serem juridicamente impossíveis os pedidos formulados na inicial, pois os direitosreclamados pelos autores não encontrariam amparo na Lei 8.112/90, o que é o mesmo que dizer que osrequerimentos formulados não procedem. Assim, posta a questão nesses termos, verifica-se que ela seconfunde com o próprio mérito, razão pela qual não conheço da preliminar de carência de ação.

Por sua vez, não há nenhuma parcela prescrita a ser reconhecida, pois os autores postulam diferençasvencidas apenas a partir da data de ajuizamento desta ação.

Quanto ao mérito, não procedem os pedidos.

Auxilio-moradia

Pretendem os autores que lhes seja reconhecido o direito à indenização conhecida como auxílio-moradia,nas mesmas condições em que é paga aos juízes e aos membros do MPU.

O principal argumento para que seja reconhecido tal direito é a existência de simetria entre as carreiras doMPU, DPU e AGU, pois todas exercem funções essenciais justiça, bem como a aproximação história quehá entre a carreira da AGU e a do Ministério Público Federal.

Com base nessa premissa, exercem os autores o seguinte raciocínio: se os membros do Ministério Públicoda União recebem o auxílio-moradia, embora não contemplados pela liminar concedida pelo STF (AO nº1.773), e a LC nº 75/93 não lhes autorize o pagamento da vantagem de forma indistinta, a mesma soluçãodeve ser adotada em relação aos membros da Advocacia-Geral da União, por ser idêntica a situação: nãoforam beneficiados por liminar, tampouco a Lei nº 8.112/90 atribuiu originalmente o auxilio a todos.Desse modo, se os primeiros fazem jus a tal indenização, os procuradores federais também o fazem.  

Apesar de a Constituição Federal prever a Advocacia Pública como instituição essencial ao

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funcionamento da Justiça, não há como se extrair do texto constitucional a obrigatoriedade de se concederaos membros da AGU tratamento funcional e remuneratório idêntico ao dos membros do Poder Judiciárioe do Ministério Público.

Com efeito, o Capítulo IV da Constituição Federal, denominado "Das Funções Essenciais à Justiça",reúne o Ministério Público, a Advocacia Pública, Advocacia e Defensoria Pública apenas a título deorganização especial, pois, apesar de seus integrantes não comporem o Poder Judiciário, a atuação delesse dá essencialmente perante o Judiciário. Daí exercerem função essencial à justiça, isto é, essencial àatividade jurisdicional.

Em verdade, cada uma das citadas carreiras tem seu próprio protagonismo, peculiaridades, atribuições eresponsabilidades, vale dizer, regime jurídico próprio, o que afasta a possibilidade de equiparação entreelas, pois em nenhum momento a Constituição demonstrou tal intenção. Ao revés, cuidou separadamentede cada uma das carreiras, como se pode ver a seguir:

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interessessociais e individuais indisponíveis.

(...)

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo,observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seuscargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas etítulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua

.organização e funcionamento

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional doEstado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático,fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, emtodos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integrale gratuita, aos necessitados, na forma do  inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição

.Federal

§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargose dos Territórios

de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos,assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício daadvocacia fora das atribuições institucionais.

 Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgãovinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei

, as atividades decomplementar que dispuser sobre sua organização e funcionamentoconsultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

O MPU tem sua organização, atribuições e estatuto regidos pela LC 75/93. A DPU, por sua vez, éorganizada pela LC 80/94, e a AGU pela LC 73/93.

Fica clara, portanto, a diferença de regimes entre o MPU, a DPU e a AGU, o que autoriza, porconsequência, que cada uma delas seja tratada de forma diferenciada quanto a estruturação dos cargos,carreira, remuneração e concessão de vantagens.

A magistratura também é regida por regime próprio, conforme previsto no art. 93 da Constituição Federal,ao preconizar que lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatutoda Magistratura.

Atualmente, a magistratura nacional é organizada pela LC 35/79 (LOMAN), recepcionada pela

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Constituição Federal, cujo art. 65, II, prevê expressamente, como vantagem funcional do magistrado, opagamento de ajuda de custo, para moradia, nas localidades em que não houver residência oficial a suadisposição. O pagamento do auxílio-moradia é compatível com o regime de subsídio, pois a própriaConstituição Federal, em seu art. 37, § 11, exclui do cômputo do teto de remuneração as parcelas decaráter indenizatório previstas em lei , como é caso da vantagem em foco.[1]

Note-se que a índole indenizatória do auxilio-moradia foi reconhecida pela Resolução 13, de 21 de marçode 2006, do Conselho Nacional de Justiça ao dispor que:

Art. 8º Ficam excluídas da incidência do teto remuneratório constitucional as seguintesverbas:

I - de caráter indenizatório, previstas em lei:

(...)

b) auxílio-moradia;

No que toca ao Ministério Público, embora a LC nº 75/93 somente autorize o pagamento do auxíliomoradia em caso de lotação em local cujas condições de moradia sejam particularmente difíceis ouonerosas, assim definido em ato do Procurador-Geral da República, a extensão dessa vantagem aos seusmembros, nas mesmas condições em que são pagas aos magistrados, e vice-versa, justifica-se ante aexistência de simetria de regime jurídico entre as duas carreiras, como se infere do § 4º do art. 129,Constituição Federal, ao prever que se aplica ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93do mesmo Diploma, o qual estabelece nada menos que os princípios fundamentais do Estatuto daMagistratura.

São diversos, pois, os pontos em comum a aproximar as carreiras da magistratura e do Ministério Público,e que torna possível reconhecer-lhes a equivalência de regimes, conforme feito pela Resolução 133 de 21de junho de 2011, do Conselho Nacional de Justiça, equivalência essa que não se verifica em relação àcarreira da advocacia pública, considerando que suas atribuições e regime são distintos.

Por exemplo, além do previsto no art. 93 da Constituição Federal, aos magistrados e membros doMinistério Público é igualmente garantida a vitaliciedade após dois anos de exercício; inamovibilidade,salvo por motivo de interesse público; e irredutibilidade de subsídio, ressalvadas as hipóteses que própriaConstituição indica. Por outro lado, é-lhes vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo oufunção, salvo uma de magistério; receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação emprocesso; dedicar-se à atividade político-partidária; receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios oucontribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamentodo cargo por aposentadoria ou exoneração (arts. 95 e 128, § 5º, CF).

Aos membros da AGU, por sua vez, não se aplicam as vedações apontadas, eis que podem, por exemplo,exercer cargos em comissão ou função de confiança, sendo remunerados por isso, bem como têm o direitode receber, conforme o novo Código de Processo Civil (art. 85, § 19), honorários advocatícios desucumbência.

Ademais, conforme já mencionado, a organização e o funcionamento da AGU são regulados pela LC73/93, cujo art. 26 disciplina que "[o]s membros efetivos da Advocacia-Geral da União têm os direitos

."assegurados pela Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; e nesta lei complementar

A Lei 8.112/90, por sua vez, prevê que constitui indenização ao servidor público o auxílio moradia (arts.51, IV e 60-A), sendo devido o seu pagamento, e desde que atendidos os demais requisitos elencados noart. 60-B, quando " o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão oufunção de confiança do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza

".Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes

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Desse modo, diante da existência desse regramento específico, aplicáveis aos integrantes da AdvocaciaPública, tem-se como juridicamente inviável a extensão recíproca de vantagens entre procuradoresfederais e magistrados ou membro do MP, eis que tanto o art. 129, § 4º quanto o art. 134, § 4º, daConstituição Federal não admitem tal sorte de equiparação.

Por outro lado, é impróprio cogitar-se da pretendida paridade com fundamento na opção de que trata o art.29, §§ 2º e 3º, do ADCT, pois, se é certo que antes da Constituição Federal de 1988 o Ministério Públicoincorporava as funções hoje atribuídas à Advocacia Pública, hoje as duas carreiras exercem atribuiçõesdistintas.

Os dispositivos apontados não deixa margem de dúvida de que o objetivo da Constituição Federal de1988 foi justamente separar essas atribuições, por serem diversas, criando carreira própria do MinistérioPúblico Federal e da Advocacia Geral da União, como se pode ver a seguir:

§ 2º Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será facultadaa , de forma , entre as e opção irretratável carreiras do Ministério Público Federal da

.Advocacia-Geral da União

§ 3º Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membrodo Ministério Público admitido antes da promulgação da Constituição, observando-se,quanto às vedações, a situação jurídica na data desta.

Se o constituinte desejasse dar o mesmo tratamento ao MPU e AGU, teria o feito, o que claramente nãoocorreu. Em nada se assemelham essas instituições que desde a promulgação da Constituição Federal de1988 caminham funcional e administrativamente separadas.

Essa desvinculação foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 602.381, admitido soba sistemática da repercussão geral, que negou pleito formulado por procuradores federais, que visavamobter a concessão de férias de 60 dias por ano. Para chegar a tal conclusão, entendeu a Corte Maior que aProcuradoria Geral Federal, apesar de manter vinculação, não se caracteriza como Órgão daAdvocacia-Geral da União, bem como reconheceu ser juridicamente inadequado manter a equiparaçãodos procuradores federais aos membros do Ministério Público Federal, que perdeu, desde 5.10.1988, afunção de representante jurídico da União, transferida para a Advocacia-Geral da União, nos termos doart. 131 da Constituição da República.

Eis a ementa do referido precedente:

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. ALEGADA INCOMPETÊNCIAABSOLUTA DE TURMA RECURSAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.SÚMULAS NS. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. IMPOSSIBILIDADEDE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSACONSTITUCIONAL INDIRETA. RECURSO AO QUAL NÃO SE CONHECE NOPONTO. PROCURADORES FEDERAIS. PRETENDIDA CONCESSÃO DE FÉRIAS DESESSENTA DIAS E CONSECTÁRIOS LEGAIS. ART. 1º DA LEI N. 2.123/1952 E ART.17, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI N. 4.069/1962. DISPOSIÇÕES NORMATIVASRECEPCIONADAS COM STATUS DE LEI ORDINÁRIA. POSSIBILIDADE DEREVOGAÇÃO PELO ART. 18 DA LEI N. 9.527/1997. INTERPRETAÇÃO DO ART.131, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. A PROCURADORIA-GERALFEDERAL, APESAR DE MANTER VINCULAÇÃO, NÃO SE CARACTERIZACOMO ÓRGÃO DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO. ATUALIMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO DAS CONDIÇÕES FUNCIONAIS DOS

.MEMBROS DA ADVOCACIA PÚBLICA E DO MINISTÉRIO PÚBLICORECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, PROVIDO.

(STF, RE 602381, Tribunal Pleno, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, julgado em 20/11/2014,PROCESSO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-023 DIVULG03-02-2015)

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Por outro lado, não se aplica ao caso concreto ou, ainda, não se presta para fundamentar a pretensão dosautores, o julgamento proferido pelo STF no RE 558.258, pois ali não se reconheceu, ainda que depassagem, a existência de simetria entre a AGU e a magistratura e/ou o MPF.

O que o STF decidiu no precedente apontado foi tão somente que os procuradores, em suas distintascategorias ou acepções, devem ser considerados como integrantes da Advocacia Pública, para fins desubmissão ao mesmo subteto remuneratório, nos termos do art. 37, XI, da Constituição Federal ( no caso,discutia-se a constitucionalidade da distinção de teto remuneratório feita pelo Estado de São Paulo entre

), sem reconhecer qualquer outra sorte deos procuradores autárquicos e os procuradores do Estadorepercussão a partir daquela constatação. Tanto é verdade, que o relator, Ministro Ricardo Lewandowski,consignou a seguinte ressalva em seu voto:

"Destaco, mais uma vez, por oportuno, que não se trata neste RE, como se cuidava naquelaação de controle de constitucionalidade [ADI 1434], de discutir a equiparação daremuneração dos Procuradores Autárquicos à dos Procuradores do Estado, da mesmamaneira como não se cogita de equiparação salarial entre membros do Ministério

, apesar de sujeitos ao mesmo subtetoPúblico, os Procuradores e os Defensores Públicosconstitucional."

Por todo o exposto, é descabida a concessão do auxilio moradia aos autores nos moldes em que pago amagistrados e membros do Ministério Público.

Quanto ao pedido e sucessivo de pagamento do auxílio moradia no patamar de R$ 1.800,00, seuacolhimento somente seria possível se os autores tivessem comprovado o preenchimento dos requisitoscontidos no art. 60-B da Lei 8.112/90, o que não ocorreu.

Por fim, é impróprio pretender a indenização do auxilio-moradia com fundamento no art. 37, § 6º, daConstituição Federal, ante a inexistência de qualquer ilicitude, seja comissiva ou omissiva, praticada pelaAdministração Pública, que, por força do princípio da legalidade, somente é obrigada a pagar a vantagemem questão ao servidor que reúne os requisitos previstos em lei.

Da gratificação por substituição

Em relação à gratificação por acumulação de ofício/acervo, devida aos membros do MPU e damagistratura da União e do Distrito Federal, trata-se de vantagem criada por meio de leis específicas (Leis13.024/14, 13.093/15, 13.094/15, 13.095/15 e 13.096/15), e, ao contrário do que sustentam os autores,possui nítido caráter remuneratório, tanto que seu pagamento é limitado ao valor do subsídio mensal dosMinistros do STF e integra a base de cálculo do imposto de renda.

Nesse sentido, cita-se, a título exemplificativo, o disposto no art. 4º da Lei 13.093/15, que instituiu agratificação por exercício cumulativo de jurisdição no âmbito da Justiça Federal:

Art. 4º O valor da gratificação corresponderá a 1/3 (um terço) do subsídio do magistradodesignado à substituição para cada 30 (trinta) dias de exercício de designação cumulativa eserá pago pro rata tempore.

Parágrafo único. , não podendo o seuA gratificação terá natureza remuneratóriaacréscimo ao subsídio mensal do magistrado implicar valor superior ao subsídio mensal dosMinistros do Supremo Tribunal Federal. 

Desse modo, cuidando-se de verba de inegável natureza salarial, seu pagamento aos autores, comfundamento no princípio da isonomia, encontra óbice na Súmula Vinculante 37 do STF (antiga Súmula399), segundo a qual: " Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar

".vencimentos de servidores públicos sob o fundamento de isonomia

Ademais, conforme noticiado na própria inicial, está tramitando na Câmara dos Deputados o PL

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8.000/2014, que visa instituir a "indenização" por exercício cumulativo de funções processual, judicial econsultiva, dos membros efetivos da Advocacia-Geral da União, o que demonstra que o pagamento davantagem em comento depende da edição de lei específica.

Por isso, enquanto não aprovada a lei disciplinando o seu pagamento, não há como se conceder aosautores a gratificação em alusão, e muito menos determinar que a ré se abstenha de obrigar os autores asubstituírem outros membros em Mossoró, uma vez que faltam parâmetros legais para fins decaracterização e aferição do serviço extraordinário (acúmulo de atribuições) porventura suportado pelosprocuradores federais lotados em Mossoró.

Dispositivo

Ante o exposto, julgo improcedentes os pedidos.

Custas na forma da lei. Condeno os autores a pagar, de forma rateada, honorários advocatícios no valor deR$ 2.000,00.

Certificado o trânsito em julgado, arquivem-se os autos com baixa definitiva.

Publicação e registros eletrônicos. Intimem-se.

Mossoró, 12 de agosto de 2015.

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal da 10ª Vara

CF, Art. 37, § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso[1]XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

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15081214181384000000000902269

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 12/08/2015 14:18:14Identificador: 4058401.900083Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 13/08/2015, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca deacórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 12/08/2015 - 14:18 nos autos judiciais eletrônicosespecificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15081214181384000000000902269

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 13/08/2015 10:57 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 22/08/2015, o(a) Sr(a) CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA foi intimado(a)acerca de acórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 12/08/2015 - 14:18 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15081214181384000000000902269

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 23/08/2015 00:00 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DA 10ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO NORTE.

 

PROCESSO Nº:  0800169-67.2015.4.05.8401 - PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

AUTOR:  CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA (e outros) 

ADVOGADO:  RODRIGO ZEIDAN BRAGA 

RÉU:  UNIÃO FEDERAL 

10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR  

RÉPLICA

CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA , , BRUNO FÉLIX DE ALMEIDA KARLA CUNHA

e , vêm expor o que se segue.MEDEIRO RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO

Primeiramente informa-se que não será interposto recurso de apelação.

No entanto, a parte autora sente a necessidade de fazer algumas considerações finais.

Não custa lembrar que, no dia 15 de setembro de 2015, a liminar concedida pelo Ministro Fux, nos

autos da Ação Originária nº 1.773, em que se concedeu o auxílio-moradia a todos os magistrados federais, completará um ano

de existência.

O tema é polêmico e está sendo discutido também fora âmbito jurídico. Ao que parece, a sociedade

não vem se conformando com essa decisão. É que fica difícil justificar para ela por que motivo um trabalhador recebe um

auxílio para morar na cidade em que deve trabalhar. É complicado explicar para a população por que o valor do

auxílio-moradia deve ser maior do que o salário médio do brasileiro.

Essa questão, portanto, deve ser, o quanto antes, julgada de forma definitiva por nossa Suprema Corte,

buscando-se com isso uma pacificação social e evitar que ações como a presente sejam ajuizadas. Até porque deixou-se claro

nos autos que a pretensão aqui formulada só teria sentido enquanto vigorasse a liminar concedida pelo Ministro Fux. Revogada

a decisão, não faria mais sentido a presente demanda.

Oportuno registrar que a Advocacia-Geral da União (AGU) já buscou vários caminhos para reformar a

decisão, tendo inclusive impetrado mandado de segurança, alegando o caráter teratológico da liminar. No entanto, não obteve

êxito. O caminho mais acertado agora seria a apreciação do agravo regimental interposto pela AGU.

Assim, no que diz respeito ao auxílio-moradia, o que se buscou aqui foi trazer o tema para uma outra

instância, a fim de discutir alguns aspectos que estão sendo esquecidos na AO 1.773.

E principalmente se buscou sedimentar o entendimento segundo o qual deve haver tratamento

simétrico entre aqueles que exercem as chamadas Funções Essenciais à Justiça, como, aliás, já reconheceu em diversas

oportunidades esse Supremo Tribunal Federal (Recursos Extraordinários de nºs 602.381 e 558.258).

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No entanto, mais uma vez se constatou que, se a ação desse tipo não envolver membros da

magistratura e do Ministério Público, dificilmente ela terá êxito. É o que, infelizmente, constatou-se aqui (daí o motivo de não

mais levar adiante a causa).

Interessante uma passagem existente no texto intitulado Ou o Brasil acaba com o auxílio-moradia, ou

o auxílio-moradia acaba com o Brasil , em que fica claro o que foi dito acima: [1]

Súmula Vinculante nº 37 do STF: Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a

Lei

Quando o interesse em jogo é da própria classe, bem, aí as coisas são um

pouco diferentes Um mês antes da aprovação da súmula vinculante nº 37, o

próprio STF, em decisões liminares proferidas pelo Ministro Luiz Fux, atendeu

a pedidos formulados por associações de magistrados e estendeu a todos os

juízes brasileiros o direito ao auxílio-moradia. A primeira decisão do Min. Luiz

Fux nesse sentido, que serviu de base para as demais, foi proferida na medida

cautelar na ação originária nº 1773 e pode ser lida .aqui

O auxílio-moradia é um benefício que foi previsto no art. 65 da Lei

Complementar nº 35, publicada em 1979 (Lei Orgânica da Magistratura

LOMAN). A LOMAN mencionou o benefício apenas uma vez e ainda tirou

dele  toda a aplicabilidade imediata, pois não estabeleceu seu valor e previu a

necessidade de que sua concessão fosse regulamentada por Lei. Por conta disso,

o auxílio-moradia ficou esquecido anos a fio pela quase totalidade da

magistratura brasileira.

Para tanto, aliás, muito contribuía o fato de que a LOMAN é anterior à

Constituição de 1988, e havia sérias dúvidas sobre a compatibilidade daquele

privilégio previsto aos juízes do país com o novo texto constitucional.

A partir da metade da década de 1990, no entanto, o art. 65 da LOMAN

foi de alguma forma redescoberto. Outrora frágil e desprezado, o auxílio

renascia forte e robusto. Era preciso dar cumprimento à Lei, oras! Tribunais de

Justiça país afora, então, correram para levar às correspondentes Assembleias

Legislativas projetos de Lei para instituir o benefício em seus Estados (a

decisão liminar do Min. Luiz Fux na ação nº 1773, em sua  p. 22, faz um

panorama das Leis aprovadas nos Estados brasileiros).

Nem todos os Tribunais brasileiros se lembraram do benefício previsto na

longínqua norma de 1979, contudo. Por conta disso, no ano passado, algumas

associações de magistrados não contemplados com o auxílio procuraram o STF

para solicitar ao órgão que fizesse garantir o benefício na marra.

A medida foi um sucesso. O STF não apenas reconheceu o direito ao

2/4

benefício a todos os juízes brasileiros, exceto aqueles que ocupam residência

oficial, como considerou o art. 65 da LOMAN aplicável imediatamente,

mandou pagar o auxílio-moradia desde logo e ainda definiu o parâmetro da

ajuda de custo. O valor do auxílio deveria ser o mesmo pago a esse título aos

Ministros do STF, disse o Tribunal, no valor de R$ 4.377,73. O critério foi

endossado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que editou a Resolução nº

, em 7 de outubro de 2014. No mesmo dia, o Conselho Nacional do199/2014

Ministério Público (CNMP), sustentando a simetria das carreiras da

magistratura e do Ministério Público, estendeu o benefício a todos os

promotores do país, por meio da .Resolução nº 114/2014

O resto da história é conhecido. Com a edição das Resoluções do CNJ e

do CNMP, todos os Tribunais e Promotorias  do país hoje pagam

auxílio-moradia a seus membros. A empolgação com a liminar do STF é

tamanha que, no Paraná, por exemplo, a associação dos magistrados

estaduais  já pediu ao Tribunal de Justiça do Estado que, com base na liminar

proferida pelo Min. Luiz Fux, retroaja o pagamento do benefício aos últimos

.cinco anos

O que não é conhecido, contudo, é que a decisão proferida pelo Min. Luiz

Fux não apenas baseia-se em um ato administrativo editado pelo próprio

Tribunal, como aplica o próprio ato de forma imprópria. Ou seja, cioso da

legalidade na fixação da remuneração dos outros agentes públicos, o STF

deixou o entendimento de lado quando foi preciso beneficiar a própria

classe.

Inclusive um dos autores da presente ação escreveu um artigo sobre o tema , defendendo, de forma [2]

bem singela, que o auxílio-moradia não pode ser considerado como verba indenizatória. Não é que agora ele tenha mudado de

opinião. Na verdade, ele queria que alguém, no caso esse nobre Juízo, dissesse que seu entendimento estava equivocado. A

sentença aqui proferida simplesmente falou que o benefício era indenizatório, não tendo, no entanto, trazido argumentos que

confirmassem tal entendimento. Estariam indenizando o quê? A fundamentação (ou a ausência dela) não convence. Mas

enfim...

O que sinceramente se deseja é que a questão seja resolvida, de forma definitiva, no âmbito do

Supremo Tribunal Federal, não se permitindo que uma simples decisão liminar monocrática do Ministro Fux cause tantos

problemas (efeito cascata, multiplicador etc).

Com relação ao adicional de substituição, entende-se que era algo mais justo, até pelos nobres

argumentos que serviram de fundamentação para a criação dessa parcela para a magistratura e o MPU.

RODRIGO ZEIDAN BRAGA

OAB/CE Nº 19.262

3/4

 

[1]http://homeromarchese.com.br/2015/03/07/ou-o-brasil-acaba-com-o-auxilio-moradia-ou-o-auxilio-moradia-acaba-com-o-brasil-2/

 

[2] http://www.conjur.com.br/2013-dez-06/carlos-studart-auxilio-moradia-nao-verba-indenizatoria

 

4/4

15090108363458500000000932520

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 01/09/2015 08:37:51Identificador: 4058401.930312Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

CERTIDÃO

Certifico que a sentença retro transitou em julgado

Mossoró/RN, 09.10.2015

Ana Paula Moura Silva OliveiraTécnica Judiciária

1/1

15100913544380200000001000547

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: ANA PAULA MOURA SILVA OLIVEIRA - Diretor de SecretariaData e hora da assinatura: 09/10/2015 13:56:04Identificador: 4058401.998231Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

ATO ORDINATÓRIO

Em consonância com o Código de Processo Civil (art. 162, § 4º) e com o Provimento nº 1/2009 daCorregedoria-Regional da Justiça Federal da 5ª Região (art. 87, nº 6), intime-se a União para, em 5 dias,manifestar-se acerca dos documentos juntados. Nada sendo requerido, arquivem-se os autos, conformedeterminado na sentença retro.

Mossoró/RN, 09.10.2015

Ana Paula Moura Silva OliveiraTécnica Judiciária

1/1

15100913562745200000001000552

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: ANA PAULA MOURA SILVA OLIVEIRA - Diretor de SecretariaData e hora da assinatura: 09/10/2015 13:59:51Identificador: 4058401.998236Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

ATO ORDINATÓRIO

Em consonância com o Código de Processo Civil (art. 162, § 4º) e com o Provimento nº 1/2009 daCorregedoria-Regional da Justiça Federal da 5ª Região (art. 87, nº 6), intime-se a União para, em 5 dias,manifestar-se acerca dos documentos juntados. Nada sendo requerido, arquivem-se os autos, conformedeterminado na sentença retro.

Mossoró/RN, 09.10.2015

Ana Paula Moura Silva OliveiraTécnica Judiciária

1/1

15100914001381700000001000562

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: ANA PAULA MOURA SILVA OLIVEIRA - Diretor de SecretariaData e hora da assinatura: 09/10/2015 14:00:54Identificador: 4058401.998246Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 19/10/2015, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca deacórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 09/10/2015 - 13:59 nos autos judiciais eletrônicosespecificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15100914001381700000001000562

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 19/10/2015 01:20 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

1/1

 

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA FEDERAL DA SEÇÃO10ª VARAJUDICIÁRIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

 

 

 

 

AÇÃO ORDINÁRIA

Processo n.º: 0800169-67.2015.4.05.8401

Autores:  CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA e OUTROS

Ré:      UNIÃO - Advocacia-Geral da União

 

 

 

A , por meio do Advogado signatário, membro da Advocacia-Geral da União - Procuradoria noUNIÃOEstado do Rio Grande do Norte, que está situada nesta Capital, na Av. Brancas Dunas, nº 565, 2º andar,

, intimada do r. DESPACHO ( ), vem peranteCandelária, Natal/RN, CEP: 59064-720 ID- 998.236Vossa Excelência, com o devido respeito e acatamento, REQUERER seja a parte autora intimada aefetuar o pagamento do valor correspondente à condenação que lhe foi imposta a título de

), no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena dehonorários de sucumbência na SENTENÇA (Id-900.026incidência das cominações legais, nos termos do art. 475-J, do CPC, o que fica desde já requerido.  

Nestes termos, pede deferimento.

 

Natal (RN), 25 de outubro de 2015.

 

CARLOS LUIZ NETO

Advogado da União

Mat. 1325182

1/1

15102520000883900000001028420

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: CARLOS LUIZ NETO - ProcuradorData e hora da assinatura: 25/10/2015 20:01:48Identificador: 4058401.1026080Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

DESPACHO

Preliminarmente, modifique-se a classe do presente feito para "Cumprimento de Sentença".

cutados, para pagarem o valor em execução, no prazo de 15  dias, sob pena de multaIntimem-se os exe  de 10% sobre o montante da condenação, conforme art. 475-J do CPC, bem como de honoráriosadvocatícios fixados também em 10% sobre o valor da condenação.

Intimados os executados e decorrido o prazo para pagamento ou garantia da execução, determino aindisponibilidade dos bens e direitos porventura existentes em nome do devedor, até o valor total dodébito acrescido da multa, nos termos do art. 655 e 655-A do Código de Processo Civil.

Caso não seja efetivado o bloqueio de dinheiro, ou este seja insuficiente para o adimplemento do total dadívida, providencie-se, através do Sistema , a indisponibilidade do(s) veículo(s) sobRENAJUDpropriedade do(s) devedor(ES), ficando a Secretaria desde já autorizada a proceder aos expedientesnecessários.

Não sendo localizados veículos, decreto a quebra do sigilo fiscal do(s) devedor(es), autorizando consultada última declaração do imposto de renda do(s) executado(s), por meio do Sistema , pelaINFOJUDprópria a exequente (quando for a Fazenda Nacional) ou pela Secretaria deste Juízo (quando for outroexequente).

Em sendo negativo o resultado da pesquisa, expeça-se mandado de penhora livre para localização de bensdo devedor passíveis de constrição judicial.

Expedientes necessários.

Mossoró/RN, 05.11.2015

Lauro Henrique Lobo BandeiraJuiz Federal

1/1

15110519190910700000001050737

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 06/11/2015 09:41:34Identificador: 4058401.1048337Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

DESPACHO

Preliminarmente, modifique-se a classe do presente feito para "Cumprimento de Sentença".

cutados, para pagarem o valor em execução, no prazo de 15  dias, sob pena de multaIntimem-se os exe  de 10% sobre o montante da condenação, conforme art. 475-J do CPC, bem como de honoráriosadvocatícios fixados também em 10% sobre o valor da condenação.

Intimados os executados e decorrido o prazo para pagamento ou garantia da execução, determino aindisponibilidade dos bens e direitos porventura existentes em nome do devedor, até o valor total dodébito acrescido da multa, nos termos do art. 655 e 655-A do Código de Processo Civil.

Caso não seja efetivado o bloqueio de dinheiro, ou este seja insuficiente para o adimplemento do total dadívida, providencie-se, através do Sistema , a indisponibilidade do(s) veículo(s) sobRENAJUDpropriedade do(s) devedor(ES), ficando a Secretaria desde já autorizada a proceder aos expedientesnecessários.

Não sendo localizados veículos, decreto a quebra do sigilo fiscal do(s) devedor(es), autorizando consultada última declaração do imposto de renda do(s) executado(s), por meio do Sistema , pelaINFOJUDprópria a exequente (quando for a Fazenda Nacional) ou pela Secretaria deste Juízo (quando for outroexequente).

Em sendo negativo o resultado da pesquisa, expeça-se mandado de penhora livre para localização de bensdo devedor passíveis de constrição judicial.

Expedientes necessários.

Mossoró/RN, 05.11.2015

Lauro Henrique Lobo BandeiraJuiz Federal

1/1

15110609413528300000001051531

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 06/11/2015 09:41:35Identificador: 4058401.1049131Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 11/11/2015, o(a) Sr(a) CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRA foi intimado(a)acerca de acórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 06/11/2015 - 09:41 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15110609413528300000001051531

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 11/11/2015 11:04 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

1/1

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ 10 DA VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DOESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE.

 

A PARTE AUTORA, por intermédio do seu advogado adiante subscrito, vem juntar, tempestivamente, ocomprovante de pagamento da verba honorária aqui fixada, feito através de GRU.

Diante do exposto, requer-se a extinção da presente "execução" (cumprimento de sentença).

Termos em que pede deferimento.

 

RODRIGO ZEIDAN BRAGA

OAB/CE 19.262

1/1

15111214534637400000001062932

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 12/11/2015 15:00:29Identificador: 4058401.1060459Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

1/1

15111214582499300000001062933

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: RODRIGO ZEIDAN BRAGA - AdvogadoData e hora da assinatura: 12/11/2015 15:00:29Identificador: 4058401.1060460Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: PROCEDIMENTO ORDINÁRIOAUTOR: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOAUTOR: KARLA CUNHA MEDEIROAUTOR: BRUNO FELIX DE ALMEIDAAUTOR: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGARÉU: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 13/11/2015, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca deacórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 06/11/2015 - 09:41 nos autos judiciais eletrônicosespecificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15110609413528300000001051531

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 13/11/2015 07:44 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

1/1

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇAEXEQUENTE: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO (e outros)ADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGAEXECUTADO: UNIÃO FEDERAL10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

 

ATO ORDINATÓRIO

 

Em consonância com o Código de Processo Civil (art. 162, § 4º) e com o Provimento nº 1/2009 daCorregedoria-Regional da Justiça Federal da 5ª Região (art. 87, nº 6), intime-se a União para, em 05(cinco) dias, manifestar-se acerca dos documentos anexados pela parte contrária, conforme id. .1060460

Mossoró, 02 de dezembro de 2015

Francisco de Assis Vieira Pinto

Diretor de Secretaria da 10ª Vara Federal

1/1

15120217531430100000001113035

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA PINTO - Diretor de SecretariaData e hora da assinatura: 02/12/2015 17:55:32Identificador: 4058401.1110468Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇAEXEQUENTE: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO (e outros)ADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGAEXECUTADO: UNIÃO FEDERAL10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

 

ATO ORDINATÓRIO

 

Em consonância com o Código de Processo Civil (art. 162, § 4º) e com o Provimento nº 1/2009 daCorregedoria-Regional da Justiça Federal da 5ª Região (art. 87, nº 6), intime-se a União para, em 05(cinco) dias, manifestar-se acerca dos documentos anexados pela parte contrária, conforme id. .1060460

Mossoró, 02 de dezembro de 2015

Francisco de Assis Vieira Pinto

Diretor de Secretaria da 10ª Vara Federal

1/1

15120217554684600000001113039

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: FRANCISCO DE ASSIS VIEIRA PINTO - Diretor de SecretariaData e hora da assinatura: 02/12/2015 17:56:10Identificador: 4058401.1110472Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401CLASSE: CUMPRIMENTO DE SENTENÇAEXEQUENTE: CARLOS ANDRÉ STUDART PEREIRAEXEQUENTE: BRUNO FELIX DE ALMEIDAEXEQUENTE: KARLA CUNHA MEDEIROEXEQUENTE: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMOADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGAEXECUTADO: UNIÃO FEDERAL

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 04/12/2015, o(a) UNIÃO FEDERAL foi intimado(a) acerca deacórdão/sentença/decisão/ato ordinatório registrado em 02/12/2015 - 17:55 nos autos judiciais eletrônicosespecificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15120217554684600000001113039

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 04/12/2015 08:04 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

1/1

 

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA FEDERAL DA SEÇÃO10ª VARAJUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE.

 

 

 

 

 

EXECUÇÃO DE HONORÁRIOS

Processo n.º 0800169-67.2015.4.05.8401

Exequente:  UNIÃO - Advocacia-Geral da União

Executado:  CARLOS ANDRE STUDART PEREIRA

 

 

 

A , por meio do Advogado signatário, membro da Advocacia-Geral da União - Procuradoria daUNIÃOUnião no Estado do Rio Grande do Norte, que está situada nesta Capital, na Av. Brancas Dunas, nº 565,

, em resposta ao ATO ORDINATÓRIO ( 2º andar, Candelária, Natal/RN, CEP: 59064-720 Id. ) e diante da comprovação do pagamento dos honorários de sucumbência pela parte1110468

autora/executada (Id. 1060460), vem à presença de Vossa Excelência, com o devido respeito eacatamento, requer o arquivamento do feito, com baixa na distribuição.

Termos em que, pede deferimento.

 

Natal (RN), 08 de dezembro de 2015.

 

 

CARLOS LUIZ NETO

Advogado da União

Mat. 1325182

1/1

15120818173919200000001124876

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: CARLOS LUIZ NETO - ProcuradorData e hora da assinatura: 08/12/2015 18:18:51Identificador: 4058401.1122309Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

PROCESSO Nº: 0800169-67.2015.4.05.8401 - CUMPRIMENTO DE SENTENÇAEXEQUENTE: RAQUEL BENEVIDES MONTENEGRO ANSELMO (e outros)ADVOGADO: RODRIGO ZEIDAN BRAGAEXECUTADO: UNIÃO FEDERAL10ª VARA FEDERAL - JUIZ FEDERAL TITULAR

 DESPACHO

Tendo em vista o adimplemento do débito (id. 1060460), conforme solicitado pela própria exequente,arquive-se (id. 1122309).

Mossoró/RN, 13/01/2016.

 

LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA

Juiz Federal da 10ª Vara/RN

1/1

16011317042362000000001165706

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: LAURO HENRIQUE LOBO BANDEIRA - MagistradoData e hora da assinatura: 13/01/2016 17:39:38Identificador: 4058401.1162991Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

ARQUIVAMENTO

Certifico que, nesta data, procedi ao arquivamento do presente processo.

 

 Moss oró, 14/01/2015.

1/1

16011418313070500000001167930

Processo: 0800169-67.2015.4.05.8401Assinado eletronicamente por: JULIA ALVES DO REGO - Diretor de SecretariaData e hora da assinatura: 14/01/2016 18:32:17Identificador: 4058401.1165209Para conferência da autenticidade do documento: https://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) KARLA CUNHA MEDEIRO foi intimado(a) acercade Despacho registrado em 03/03/2015 10:22 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15030310223453300000000637664

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

1/1

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) BRUNO FELIX DE ALMEIDA foi intimado(a)acerca de Despacho registrado em 03/03/2015 10:22 nos autos judiciais eletrônicos especificados naepígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15030310223453300000000637664

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

1/1

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) RAQUEL BENEVIDES MONTENEGROANSELMO foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 03/03/2015 10:22 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15030310223453300000000637664

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) BRUNO FELIX DE ALMEIDA foi intimado(a)acerca de Despacho registrado em 06/03/2015 20:05 nos autos judiciais eletrônicos especificados naepígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15030620051452200000000645407

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) RAQUEL BENEVIDES MONTENEGROANSELMO foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 06/03/2015 20:05 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15030620051452200000000645407

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) KARLA CUNHA MEDEIRO foi intimado(a) acercade Despacho registrado em 06/03/2015 20:05 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15030620051452200000000645407

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) RAQUEL BENEVIDES MONTENEGROANSELMO foi intimado(a) acerca de Despacho registrado em 20/03/2015 08:49 nos autos judiciaiseletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15032008490993400000000667382

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) BRUNO FELIX DE ALMEIDA foi intimado(a)acerca de Despacho registrado em 20/03/2015 08:49 nos autos judiciais eletrônicos especificados naepígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15032008490993400000000667382

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO 10º VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO GRANDE DO NORTE PROCESSO: - 0800169-67.2015.4.05.8401 PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

Polo ativoRAQUEL BENEVIDES

MONTENEGRO ANSELMOEXEQUENTE

KARLA CUNHA MEDEIRO EXEQUENTEBRUNO FELIX DE ALMEIDA EXEQUENTECARLOS ANDRÉ STUDART

PEREIRAEXEQUENTE

RODRIGO ZEIDAN BRAGA ADVOGADO

Polo passivoUNIÃO FEDERAL EXECUTADO

Outros participantesSem registros

CERTIDÃO

CERTIFICO que, em 23/09/2016 23:59, o(a) Sr(a) KARLA CUNHA MEDEIRO foi intimado(a) acercade Despacho registrado em 20/03/2015 08:49 nos autos judiciais eletrônicos especificados na epígrafe.

1 - Esta Certidão é válida para todos os efeitos legais, havendo sido expedida através do Sistema ProcessoJudicial Eletrônico - PJe.

2 - A autenticidade desta Certidão poderá ser confirmada no endereço , através do código de autenticaçãohttps://pje.jfrn.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam

nº . 15032008490993400000000667382

3 - Esta Certidão foi emitida gratuitamente em 24/09/2016 00:01 - Seção Judiciária do Rio Grande doNorte.

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