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NESTAEDIÇÃO:

Setembro | Outubro 2016

7,5€

Produção automóvel nacional

NO LIMITE!Repintura automóvel em focoComércio no aftermarketServiços de garantia automóvelMOBINOV: análise SWOT do setor automóvel

84

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EDITORIAL 3

Edito

rial

Director: Henrique Neves › Editor: Osvaldo Pires › Colaboram nesta edição: Comissão instaladora da MOBINOV › Designer: Lília Correia › Publicidade: [email protected]ção de exemplares: [email protected] › www.algebrica.pt/auto › Tel.: 220 812 782 Fax: 220 812 782 Assinaturas: [email protected] › Impressão: 1500 exemplares › Finepaper, Lda - Rua do Crucifixo nº 86, 3º D, 1100 - 824 Lisboa › Registo: NROCS nº 123335 › Depósito legal: n.º 139685/99Periodicidade: Trimestral › Propriedade: Nova Algébrica, Lda › Rua Ribeirinhos, 295 | 4500-535 Espinho

www.algebrica.pt

A avaliar pelos recentes desenvolvimentos na produção automóvel nacional, como no-vos negócios e criação de novas unidades fabris, a fabricação vê agora a sua atividade alavancada, ditada sobretudo pela evolução favorável da indústria automóvel global. Em termos de previsões sobre o setor, a Associação de Fabricantes para a Indústria Auto-móvel (AFIA) estima um crescimento de 40% na produção de automóveis em Portugal, entre 2015 e 2019, graças aos novos modelos anunciados pelos principais fabricantes. Em comunicado, a AFIA antecipa “um crescimento substancial da produção de automó-veis, de cerca de 150 mil unidades em 2015 para seguramente mais de 210 mil em 2019”, devido aos novos modelos que serão desenvolvidos pela Volkswagen e Peugeot-Citroën. Segundo a AFIA, Portugal vai produzir mais 40% de carros em 2019.Sobre os players nacionais, uma nota positiva vai para o Departamento de Engenharia Automóvel do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria), que possui o maior e mais avan-çado Laboratório de Engenharia Automóvel a nível nacional, estando dividido em áreas vocacionadas para as diferentes vertentes da tecnologia automóvel: reparação de com-ponentes mecânicos, diagnóstico eletrónico, zona de preparação de superfícies e pintura, zona de instrumentação eletrónica e de simuladores de controlo eletrónico de sistemas dos veículos, banco de potência e uma zona para projetos e trabalhos de investigação. Atualmente, o Politécnico de Leiria é a única entidade nacional com competência e know--how para organizar crash tests como os dois que se assistiram recentemente no Estádio Dr. Magalhães Pessoa daquela cidade. Foi um evento que contou com a colaboração técnica do IPLeiria, tendo sido organizado pela Glassdrive, com o apoio da Sika Portugal.Ainda no âmbito de investigação e desenvolvimento, as parcerias dos fabricantes de au-tomóveis com as universidades portuguesas assumem um papel de relevo para o cresci-mento sustentado na inovação. É o caso da parceria da Bosch alemã com a Universidade do Minho, de onde saem soluções que pretendem moldar o futuro da mobilidade, e é o caso da Faurecia francesa que, no contexto da Indústria 4.0, pretende criar mais sinergias com o Instituto Politécnico de Bragança.

Osvaldo Pires

Novos negócios fomentam a produção nacional

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Sum

ário

4 SUMÁRIO

24 Repintura automóvel

Certificação de boas práticasA Axalta e a SGS acabam de firmar uma parceria para ajudar as oficinas a eviden-ciarem junto dos seus clientes os bons desempenhos alcançados e o nível da qualidade do serviço prestado.

OpiniãoAnálise global da evolução do setor automóvelA MOBINOV – Associação do Cluster Automóvel apresenta a análise SWOT (pontos fracos, pontos fortes e opor-tunidades) do setor automóvel, obser-vando o crescimento atual.

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05 Atualidade“NO LIMITE!” - Primeiro car lift público do mundo com dois crash testsLeiria foi palco do primeiro car lift públi-co do mundo com dois crash tests ao vivo. Um evento organizado pela Glas-sdrive, com o apoio da Sika e da orga-nização técnica do Politécnico de Leiria.

12 DossierProdução automóvel nacionalAnalisamos com entrevistas as fábricas Faurecia e Bosch que operam em Portu-gal, distinguindo-se pela inovação e com-petividade em termos de volume de ex-portação. Com parcerias universitárias, a investigação e desenvolvimento enaltece a qualidade dos produtos gerados.

36 Garantia Automóvel

Reparação no pós-vendaA principal vantagem da garantia automó-vel é o facto de, no momento da venda, ser apresentado ao comprador um con-trato que estipula direitos e obrigações, assegurando serviços como assistência em viagem e reparações mecânicas.

30 Comércio noaftermarket

Oferta diversificadaPara dinamizar a sua oferta no pós--venda automóvel as empresas focam a sua estratégia na criação de parcerias, aposta no know-how e integração de marcas bem representativas do merca-do em que atuam.

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ATUALIDADE 5

NO LIMITE!

Leiria foi palco do primeiro car lift público do mundo com dois crash tests ao vivo,

num evento único onde a promoção da segurança rodoviária foi a motivação prin-

cipal. “No Limite!” testa a capacidade do para-brisas na proteção dos ocupantes

da viatura em caso de acidente.

Mais de 15 mil portugueses assistiram em Leiria, no dia 25 de setembro, ao evento “NO LIMITE!”, organizado pela Glassdrive, com o apoio da Sika e da organização técnica do Politécnico de Leiria. O evento apre-sentou o primeiro car lift público do mundo - uma iniciativa inédita que contou, ainda, com dois crash tests em céu aberto, o que também re-presentou uma estreia surpreendente em Portugal. Com “No Limite!” o público assistiu em primeira mão como se testa, em todo o mundo, a segurança dos veículos automóveis. O crash test consiste no embate do veículo numa parede de betão e o car lift consiste na suspensão da viatura apenas pelo para-brisas. Ambos são ferramentas reconhecidas e usadas em todo o mundo para testar a se-gurança dos automóveis. Os dois crash tests foram realizados no Estádio Dr. Magalhães Pessoa de Leiria, apenas 30 minutos após a substituição do vidro para-brisas, utilizando o novo adesivo Sika Tack ELITE e o car lift – que consistiu na suspensão da viatura pelo para-brisas 60 minutos após a colagem do vidro com o mesmo adesivo-, captou a atenção de todos os presentes, segundo a organização. “NO LIMITE!” pretendeu, assim, provar a eficácia da solução inovado-ra para a substituição do vidro para-brisas - o adesivo Sika Tack ELITE-, que, aliada à experiência e know-how na substituição de vidros feita pelos centros Glassdrive, minimiza a probabilidade de projeção dos passageiros em caso de acidente e possibilita a utilização da viatura imediatamente após a substituição do para-brisas. Os resultados destes testes pretendem reforçar a confiança que as famílias portuguesas poderão ter na segurança dos ocupantes das viaturas automóveis quando se utilizam SikaTack Elite e SikaTack PRO nos centros da Glassdrive.Conforme referido, o evento contou com o imprescindível apoio técnico de uma vasta equipa do Politécnico de Leiria, desde o seu planeamento até à sua concretização. Igualmente, contou ainda com o apoio da Câ-mara Municipal de Leiria e insere-se no evento “Leiria Sobre Rodas 2016

que, durante uma semana, levou àquela cidade os entusiastas, coleciona-dores e especialistas em veículos automóveis – carros, motos e bicicletas. No mesmo dia, aconteceu ainda o Passeio dos Clássicos, com um desfile de centenas de relíquias pelas ruas da cidade.

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6 ATUALIDADE

Know-how único do Politécnico de Leiria

A organização técnica do evento ficou a cargo da área de Engenharia Au-tomóvel do Politécnico de Leiria, a única entidade a nível nacional com competência para realizar este tipo de crash test. Na organização dos dois crash tests e do car lift estiveram envolvidas mais de uma dezena de pessoas do Politécnico de Leiria: quatro docentes, dois técnicos de labo-ratório e cinco estudantes. João Fonseca Pereira, docente do Politécnico de Leiria e responsável pelo Laboratório de Engenharia Automóvel, considera que “foi uma experiên-cia muito positiva para todos os envolvidos”. E explica que “aos estudan-tes permite-lhes uma experiencia prática única, assim como a hipótese de adquirirem experiência relevante neste tipo de crash test, porque colabo-raram ativamente na preparação, recolha de dados e no tratamento de resultados a posteriori”. Para os docentes e investigadores do Politécnico de Leiria foi “uma oportunidade de aumentar o know-how e a capacidade técnica ao nível da reconstituição científica de acidentes, uma área em que cada vez mais estamos a apostar”, referiu o responsável.O Laboratório de Engenharia Automóvel do Politécnico de Leiria colabo-ra regulamente com um número alargado de entidades externas ligadas ao setor automóvel, o que tem resultado em diversos projetos de de-senvolvimento e inovação (são exemplo disto as diversas parcerias com equipas de competição, os projetos de I&D em parceria com entidades nacionais e estrangeiras, e os muitos eventos realizados a nível nacional e internacional).Na sequência destes projetos, e da participação em outros crash tests no passado “o Politécnico de Leiria é a única entidade nacional com compe-tência e know-how para organizar crash tests que complementam e au-mentam as competências que já tem ao nível da reconstituição científica de acidentes”, adianta ainda João Fonseca Pereira.

“A possibilidade de podermos organizar na totalidade este crash test foi muito importante, pela oportunidade de aumentar a nossa capacidade técnica no que se refere à reconstituição científica de acidentes, que ocupa uma boa parte da prestação de serviços do Laboratório a particulares, seguradoras, e também a tribunais”, explica Fonseca Pereira. Os crash tests permitem aferir as técnicas que os investigadores utilizam na reconstituição científica de aci-dentes, pois possibilitam comparar os dados medidos na realidade com os dados obtidos por simulação no Laboratório. “Este tipo de investigação é muito importante, especialmente porque ajuda a encontrar o verdadeiro responsável em caso de acidente, ou pelo menos, a excluir responsabilidade, em acidentes complexos”, con-clui o responsável.A formação em Engenharia Automóvel foi criada no Politécnico de Leiria em 1997 - pioneira no país -, e conta hoje com mais de 300 es-tudantes, distribuídos pelos três níveis de formação: TeSP, Licenciatura

Dados do crash test permitem melhorar o rigor na reconstituição científica de acidentes

e Mestrado. No campus 2 do Politécnico de Leiria, no Alto do Vieiro, em Leiria, localiza-se o maior e mais avançado Laboratório de Enge-nharia Automóvel a nível nacional, num edifício autónomo, construído de raiz exclusivamente para o ensino da Engenharia Automóvel, que conta com um espaço laboratorial com cerca de 400 m2.

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ATUALIDADE 7

Bosch e SAP potenciam Indústria 4.0

A Bosch e a SAP anunciam uma parceria estratégica para a Internet das Coisas (Internet of Things, IoT) e Indústria 4.0. As empresas pretendem expandir a sua colaboração em tecnologias de cloud e soluções de software. Esta união promete acelerar a produção e os processos de logística, aumentando a segurança e a qualidade dos produtos e serviços para os consumidores. “De modo a utili-zar melhor o potencial da indústria de conectividade, as empresas internacionais devem trabalhar ainda mais de perto e devem basear a sua colaboração em standards abertos”, afirma Volkmar Denner, CEO da Bosch. Neste momento, existem planos para permitir aos consumidores utilizarem a plataforma de base de dados SAP Hana na IoT Cloud da Bosch. O objetivo é processar grandes quantidades de informação para aplicações IoT em tempo real. Deste modo, os microsserviços da Internet das Coisas da Bosch vão estar disponíveis na plataforma cloud SAP HANA para ligar diferentes dispositivos e componentes. Isto inclui mais segurança e conectividade eficiente para veículos, maquinaria de produção ou ferramentas. O objetivo é oferecer aos consumidores serviços novos e inteligentes, resultando numa maior eficiência na produção.

Continental iTyres: pneus inteligentes como equipamento de série

Em 2013, com o lançamento do sistema de monitorização de pres-são de pneus ContiPressureCheck, a Continental abriu o caminho para os pneus inteligentes. E agora, com a sua gama iTyre, o fabri-cante de pneus topo de gama dá a conhecer uma solução digital de verificação de pneus ainda mais amiga do utilizador. Os sensores ContiPressureCheck para medição da pressão e temperatura dos pneus são pré-instalados na fábrica. Os sensores pré-instalados não só poupam às empresas transportadoras o tempo gasto na instala-ção, mas também os custos de montagem e a Continental garante que os sensores sejam corretamente instalados e posicionados den-tro dos pneus. Atualmente, 22 das principais dimensões de pneus – especialmente os das linhas Conti Hybrid e Conti EcoPlus – estão também disponíveis como pneus iTyre.

Os dados medidos no interior do pneu são continuamente gravados e apresentados ao condutor num ecrã. Se a pressão dos pneus se desviar do valor pretendido, o ContiPressureCheck avisa imediata-mente o condutor, o que permite tomar as medidas necessárias para resolver o problema e fazer com que a pressão regresse imediata-mente ao seu valor normal.

Grupo GEFCO cresce no primeiro semestre do ano

O Grupo GEFCO, fornecedor mundial na logística industrial e destacado operador europeu na logística automóvel, gerou um volume de negócios de 2,2 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2016, mais 3,5% em comparação com mesmo período em 2015. Segundo Luc Nadal, Presidente do Conselho de Administração do Grupo GEFCO: “Estes re-sultados positivos para o primeiro semestre de 2016 refletem a elevada capacidade da GEFCO para aumentar a sua competitividade ao mesmo tempo que oferece as melhores soluções de logística para os seus clien-tes, mesmo num ambiente económico instável.”Na primeira metade de 2016, o Grupo GEFCO alcançou um volume de negócios de 2,2 mil milhões de euros, um aumento de 3,5% em compa-ração com o mesmo período de 2015. Este aumento foi essencialmente impulsionado pela atividade transitária, depois da aquisição da IJS Global em finais de 2015, assim como pela recuperação do mercado automóvel europeu e o crescimento dos clientes industriais de grandes dimensões. Em particular, o crescimento foi gerado na Europa Ocidental, nos países do Magrebe e na Europa Central e de Leste.

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8 ATUALIDADE

MANN+HUMMEL lança filtro de combustível inovador

O Grupo MANN+HUMMEL acaba de lançar o PU 11 001 z, um filtro de combustível inovador que possui um rendimento de filtração significativa-mente melhorado. Como um meio filtrante de tripla camada, a solução cumpre os requisitos de pureza do combustível dos sistemas de injeção de alta pressão mais recentes. Para além disso, incorpora sete vezes mais eficiência de filtração do que o anterior filtro premium da MANN-FILTER e quase o dobro da capacidade de retenção de sujidade. Uma vez que é um elemento filtrante sem metal, é completamente incinerável.Com a implementação dos sistemas de injeção a diesel de condução comum, altamente avançados, os requisitos de pureza do combustível estão a aumentar. Com a sua solução de filtragem de camada Multigra-de F-MB 333, o filtro de combustível PU 11 001 z da MANN-FILTER oferece uma solução pioneira para a proteção dos sistemas de inje-ção modernos. O filtro inovador, lançado no mercado recentemente, está equipado com uma camada de fibra de vidro mista encapsulada e beneficia de uma eficiência de filtragem de mais de 99,7%, até em partículas que medem quatro microns, conforme impõe a norma ISO 19438. Em termos de comparação, estas partículas são até 18 vezes mais pequenas que a largura de um cabelo humano. Portanto, o PU 11 001 detém 997 de cada 1000 partículas que entram no combustí-vel. Tem ainda a vantagem de funcionar a baixas temperaturas, permi-tindo igualmente a poupança de combustível.

Portugueses são entre os europeus os que mais usam o automóvel

A Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) assinala a Semana Europeia da Mobilidade e o Dia Europeu Sem Carros com a divulgação de dados do projeto ESRA (European Survey of Road users’ safety Attitudes). O pro-jeto, que é uma iniciativa conjunta, de instituições de segurança rodoviária e centros de investigação de 17 países europeus, entre os quais Portugal, foca-se nas opiniões, atitudes e comportamentos dos utentes da estrada.

Segundo os resultados do ESRA, o automóvel é o meio de transporte mais utilizado pelos portugueses, como condutores e como passageiros, sendo o principal meio de transporte de 70,4% dos inquiridos. Este valor é superior à média europeia, que se situa nos 61,5% e coloca os portu-gueses como um dos países com mais utilização deste tipo de veículo, entre os países inquiridos.Já no que diz respeito aos transportes públicos, a PRP informa que apenas 8,7% dos portugueses mencionam este meio como a sua principal forma de transporte e cerca de 30% como um dos três que mais utiliza, em contraste com a média europeia de 9,8% e cerca de 38% respetivamente. É a bicicleta o modo de transporte menos utilizado pelos portugueses. Apenas 0,2% refere a bicicleta como seu principal meio de transporte e 7,6% um dos três meios de transporte que mais utiliza em contraste com a média europeia de 4,8% e 24,9% respetivamente.

Demonstradores do Grupo PSA já percorreram 60 000 km em modo autónomo

Quatro unidades de demonstração do Citroën C4 Picasso, equipadas com funções autónomas, já percorreram 60.000 km em modo autónomo “handsoff” (sob a supervisão de um condutor) em vias rápidas europeias desde o arranque dos testes, em meados de 2015. Trabalhar os diferentes aspetos da fiabilidade dos sistemas e detetar situações potencialmente perigosas, relacionadas com as infraestruturas e os utilizadores das es-tradas, são objectivos prioritários desses testes. As diferentes situações permitiram fazer evoluir os algoritmos de condução e de inteligência em-barcada, de forma a se garantir o adequado comportamento dos veículos autónomos do Grupo. O sistema de condução autónoma atingiu, assim, um elevado nível de fiabilidade em face de todas as situações. A partir de 2018, o Grupo PSA irá disponibilizar recursos de condução automatizados - sob a supervisão do condutor – e, a partir de 2020, as funções de condução autónoma já permitirão ao condutor delegar por completo a condução ao veículo.

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A Aliança Renault-Nissan adquire empresa especializada em software

A Aliança Renault-Nissan adquiriu a empresa francesa Sylpheo, espe-cializada no desenvolvimento de software, com o objetivo de acelerar a expansão dos seus programas de automóveis conectados e de servi-ços de mobilidade. Esta aquisição foi recentemente anunciada por Ogi-Redzic, Diretor do Departamento de veículos conectados e serviços de mobilidade da Aliança. Até 2020 a Aliança irá lançar mais de 10 veículos equipados com uma tecnologia de condução autónoma. A generalização dos veículos conectados irá permitir à Aliança oferecer, aos seus clientes, serviços inovadores. Esta aquisição é a mais recente iniciativa efetuada pela Aliança para acelerar este desenvolvimento. Desde o início do ano, o quarto construtor automóvel mundial tem em curso uma campanha para recrutar 300 especialistas em tecnologia.

Apple acelera para a Fórmula 1 com compra da McLaren

A fabricante britânica de automóveis de luxo e dona de uma das principais equipas do circuito de Fórmula 1, McLaren, está no carrinho de com-pras da Apple. Segundo o “Financial Times”, a empresa liderada por Tim Cook está em conversações com a construtora britânica tendo em vista uma possível aquisição. Sabe-se que a dona do iPhone está a trabalhar na construção de um carro elétrico sem condutor há quase dois anos, e que nesse sentido, a compra da Mclaren poderia acelerar a estratégia de expansão da marca da maçã para o setor automóvel.

Petronas celebra 25º aniversário da marca Selenia na Europa A Petronas Lubricants Italy SpA celebra o 25.º aniversário da marca de excelência Selenia, a gama de óleos para motores de veículos ligeiros es-pecialmente formulada para motores do Grupo FCA. A Petronas Selenia é, desde 2008, uma marca da Petronas Lubricant International, a unidade de fabrico e marketing de lubrificantes a ní-vel mundial da Petronas, empresa da Malásia nas áreas de óleo e gás, totalmente integrada, que estabeleceu o seu negócio de lubrificantes na Europa através da aquisição da FL Selenia, uma empresa euro-peia consolidada e com uma forte marca ambientalista e tecnológica. Com a chegada ao mercado europeu em 1991, a marca Selenia tor-nou-se rapidamente líder de mercado com um produto inovador, recomendado em todos os manuais de proprietário automóvel e, desde então, a gama de produtos tem crescido e tem-se desenvol-vido para responder ao mercado e às expectativas ambientalistas do ramo automóvel, segundo fonte da Petronas. A crescente preocupa-ção com o ambiente provocou nesse ano uma tendência para tipos de óleos de motor tecnologicamente avançados, exclusivamente sin-téticos, que pudessem oferecer mais quilometragem e menos emis-sões poluentes: a Selenia foi a resposta para satisfazer os fabricantes automóvel e as principais necessidades dos seus clientes.

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10 ATUALIDADE

Conectividade HERE

A partir de 2017 automóveis fabricados pela BMW, Audi e Daimler (Mer-cedes-Benz) começarão a ter integrada a tecnologia da Here, que parti-lhará em tempo real informações valiosas dos seus sensores e câmaras entre os veículos.Como conta o “Engadget”, isto significa que será possível aos condutores trocarem informação sobre lugares de estacionamento disponível, trânsi-to e até más condições de estrada. Tudo de forma automática. O facto do sistema ser o primeiro disponibilizado nos veículos das fabricantes alemãs deve-se ao facto da Here ser detida pelas três, sendo de esperar que ve-nha a ser lançado para veículos de outras marcas. Por agora não é sabido se tal acontecerá mas há uma grande probabilidade que venha a aconte-cer, uma vez que este sistema de partilha de informações será tão eficaz quanto maior for a quantidade de veículos que o integre. A Here também já fez saber que todas as informações serão trocadas de forma anónima, evitando assim acusações de invadir a liberdade individual.

Novo Fiesta ST Line já disponível na LizDrive

De entre os vários concessionários da Europa, a LizDrive em Leiria foi a escolha número um para a rodagem de um novo filme publicitário da Ford. Com as filmagens a terem lugar no passado mês de julho, a LizDri-ve recebeu então a equipa da Ford Europa que gravou os anúncios dos novos Fiesta e Focus ST Line, divulgados durante o mês de setembro. O novo Fiesta ST Line já se encontra disponível na LizDrive desde 5 de setembro.

STEF reforça a sua rede em Portugal

A STEF Portugal anuncia o arranque de uma nova plataforma de trans-porte localizada em Coimbra (a 200 km de Lisboa e a 100 km do Porto). Totalmente dedicada à indústria agro-alimentar, esta plataforma de trans-porte de temperatura controlada permitirá expedir para todo o território nacional os produtos alimentares refrigerados e congelados produzidos na região centro. Para François Pinto, Diretor da STEF Portugal: “Esta nova plataforma de transporte vai aproximar-nos dos centros de produ-ção e de consumo alimentar. A ideia chave: acelerar os fluxos logísticos, garantindo uma maior competitividade aos nossos clientes. A plataforma de Coimbra tem por objetivo reforçar o dispositivo nacional de distribui-ção da rede STEF a partir do centro do país permitindo-nos construir modelos de exploração mais optimizados para responder às necessidades dos industriais agro-alimentares desta região.”

Futuro mais ecológico com a TRW PROEQUIP

A TRW Aftermarket expandiu o seu programa pioneiro de caixas de direção reconstruídas para veículos pesados, destinado ao mercado de pós-venda, e que é comercializado sob a marca TRW PROEQUIP. O pro-grama consiste em dois tipos de caixas para os sistemas de direção assis-tida dos veículos comerciais pesados (HCV): a caixa de direção avançada original da TRW (TRW TAS) e a caixa de direção de alta pressão de nova geração da TRW (TRW THP), com as quais o programa totaliza atual-mente 57 referências, e que abrangem os seguintes fabricantes de veícu-los: DAF, Scania, Volvo, Dennis e Sisu. Em sintonia com o seu objetivo de fornecer o acesso imediato a peças mais ecológicas e menos poluentes, a companhia defende os diversos benefícios da reconstrução, a importância de aplicar peças com a qualidade do equipamento original que funcionem harmoniosamente dentro do sistema e a forma como o acesso digital é uma parte fundamental do modelo de negócio moderno.

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ATUALIDADE 11

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Dossier: Produção automóvel nacional

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DOSSIER 13

“Lideramos a produção de veículos sustentáveis”

PAULO FERNANDES – Faurecia Portugal

A Faurecia acaba de inaugurar a nova extensão da sua fábrica de Bragança. O objetivo

é criar sistemas de controlo de emissões de gases poluentes com as mais inovadoras

tecnologias para motores a diesel e partes quentes dos sistemas de escape. Paulo Fer-

nandes, Porta-Voz, destaca que toda a produção de Bragança é exportada para as

principais fábricas de automóveis da Europa.

Auto Profissional: A Faurecia, multinacional francesa e um dos maiores fabricantes mundiais de equipamento automóvel, inau-gurou recentemente a ampliação das suas instalações em Bra-gança. Qual é o principal objetivo que motivou este crescimento?�Paulo Fernandes: A extensão da fábrica de Bragança surge da neces-sidade de dar resposta ao crescimento que a empresa tem conhecido ao longo dos últimos anos. Durante a fase de planeamento deste pro-jeto, a Faurecia ponderou vários locais em Portugal até que decidiu que a melhor opção seria expandir a operação industrial de Bragança, por uma série de razões, das quais destaco: a existência de mão-de-obra qualificada, a localização privilegiada face a centros de venda e a partilha dos recursos atuais de Bragança. O trabalho desenvolvido pela Faurecia de Bragança tem sido fundamental para o sucesso contínuo da operação junto dos nossos clientes em França, Espanha e Reino Unido. Recordo que 100% da produção de Bragança é exportada para as principais fá-bricas de automóveis da Europa.

AP: O que difere no funcionamento desta extensão, face à pro-dução já existente em Bragança?�PF: Esta nova extensão produz sistemas de controlo de emissões com as mais inovadoras tecnologias, tais como sistemas de redução de óxidos de nitrogénio (NOx) para motores diesel e partes quentes dos sistemas de escape. Os processos industriais incluem revestimento de monólito, dobragem de tubos, formação de tubos, soldadura e montagem.

AP: Quais serão as principais marcas do setor automóvel na Europa que irão beneficiar do crescimento da Faurecia, em Bragança?�PF: A Faurecia, de Bragança, vende para a Jaguar Land Rover, Skoda,

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14 DOSSIER

Daimier, PSA, Renault, Nissan e Ford. Os produtos produzidos desta extensão serão comercializados para as linhas de montagem de mode-los da Jaguar Land Rover, Nissan e Renault.

AP: Qual foi o investimento realizado para a criação desta ex-tensão de componentes da Faurecia?�PF: A extensão da unidade industrial de tecnologias de controlo de emissões representa um investimento de 41,5 milhões de euros.

AP: Qual é o historial da Faurecia em Portugal, em termos de fabrico de componentes para automóveis?�PF: Presente em Portugal desde 1951, a Faurecia é um player chave na indústria automóvel portuguesa. Emprega mais de 4000 pessoas nas seis fábricas atuais que fornecem fabricantes de automóveis em Portu-gal e no exterior, gerando um total de vendas anuais superior a € 967 milhões (2015), dos quais 90% representam exportações.As fábricas da Faurecia no país operam nas três unidades de negócio do Grupo e produzem para algumas das principais marcas de automó-veis. A Faurecia de Bragança opera na unidade de negócios Faurecia Emissions Control Technologies (FECT) e produz componentes como tubos, silenciadores, conversores catalíticos, filtros de partículas e tubos de queda, com uma produção média de [9500] conjuntos de carros por dia. Tem como principais clientes a Jaguar Land Rover, Skoda, Daimler, PSA, Renault, Nissan e Volkswagen. Temos vários fábricas a operar no país: em São João da Madeira, Nelas, Palmela e Vouzela.A Faurecia Espumas & Acessórios situa-se em São João da Madeira e integra a unidade de negócios Faurecia Automotive Seating (FAS), pro-duzindo cabeceiras, apoios de braços, espumas, mecanismos e cober-turas, para cerca de [45000] conjuntos de carros por dia. Os principais clientes são a PSA Peugeot-Citroën, Renault-Nissan, Volkswagen e Mercedes. Já a Faurecia Metal, também em São João da Madeira, pro-duz diariamente cerca de [30000] conjuntos de carros, nomeadamen-te, almofadas de assento, costas do assento e faixas. Esta fábrica está também integrada na unidade de negócio FAS e tem como principais clientes a PSA Peugeot-Citroën, Renault-Nissan, Seat, Volkswagen e General Motors. A Faurecia, baseada em Nelas, opera na unidade de negócios FAS e centra a sua atividade na produção de assentos para veículos para as marcas PSA Peugeot-Citroën e Renault-Nissan. Aqui são produzidos cerca de [1062] conjuntos de carros por dia. A Faurecia de Palmela faz parte da unidade de negócios Faurecia Interior Systems (FIS), produzindo sistemas de interior, como painéis de instrumentos, componentes para estes painéis, peças de plástico injetadas e co-ckpits. Com uma produção de 1543 carros/dia, vende para clientes como Jaguar Land Rover, Mercedes, Renault-Nissan, Seat e Volkswa-gen. Por fim, a Faurecia de Vouzela produz coberturas de assen-tos automóveis para a PSA Peugeot-Citroën, a uma média de 7500 conjuntos de carros por dia. Esta fábrica está também integrada na unidade Faurecia Automotive Seating.

AP: É possível descrever o centro de serviços partilhados que a Faurecia possui no país?�PF: A Faurecia tem um centro de serviços partilhados, baseado em São João da Madeira, que conta com mais de 150 colaboradores. Estão aqui localizados os serviços de Sistemas de Informática, incluindo o Departa-mento de Helpdesk que dá suporte técnico a 12 países (Portugal, Espa-nha, Brasil, Argentina, Uruguai, Itália, França, Tunísia, Marrocos, Bélgica,

Luxemburgo e África do Sul) e funções na área de segurança, infraes-truturas Windows, entre outras, que prestam suporte a nível mundial. Integra também o serviço de Contabilidade e Fiscalidade, que dá apoio a vários países como Portugal, França, Tunísia, Marrocos, Luxemburgo e Inglaterra; e Recursos Humanos.

AP: Tratando-se de uma das unidades mais sofisticadas de Por-tugal, quais são as principais tecnologias adotadas na extensão da fábrica da Faurecia?�PF: Tal como já referi, a extensão das instalações de Bragança utiliza as mais inovadoras tecnologias, tais como sistemas de redução de óxidos de nitrogénio (NOx) para motores diesel e partes quentes dos sistemas de escape.

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DOSSIER 15

AP: Quantos novos postos de trabalho irão ser criados?�PF: O crescimento da fábrica de Bragança criará 400 novos postos de trabalho até 2018, sendo que o recrutamento já está a decorrer, tanto para os trabalhadores na fábrica e escritório, como para o staff adminis-trativo. Atualmente, a Faurecia Bragança é a maior empresa emprega-dora de Bragança, empregando cerca de 850 pessoas.

AP: Segundo o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, a extensão da fábrica de Bragança vem reforçar a ambi-ção de se criar um “cluster” automóvel na autarquia. Na sua opinião, que dinâmicas a primeira unidade de produção de Bragança conseguiu implementar na região?� PF: O facto da fábrica de Bragança ter apresentado bons resultados, ao longo dos anos, fez com que o Grupo decidisse estender as suas insta-lações. O objetivo de atrair os nossos fornecedores para a região é um trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, ao longo dos últimos três anos, em conjunto com as nossas equipas de Compras, ainda com a ideia de uma extensão da fábrica em estudo. Temos desenvolvido parcerias com o Instituto Politécnico de Bragança de modo a mostrar aos futuros licenciados a realidade da indústria automóvel e com isto criar valências e interesse por esta área. Em conjunto com a Câmara de Bragança temos vindo a preparar as áreas necessárias para acolher novas empresas que se estão a instalar e aquelas que se venham a instalar num futuro próximo.

AP: Que novas sinergias a extensão da unidade fabril possibi-litará?�PF: A extensão da fábrica de Bragança vem facilitar o aumento de vo-lume de produção prevista para os próximos anos. Estamos a iniciar o

lançamento da Indústria 4.0 o que nos permitirá criar outro tipo de si-nergias com o Instituto Politécnico de Bragança. O objetivo é potenciar a criação de startups ligadas à Indústria 4.0 e outros serviços. Estamos a trabalhar em colaboração com a Câmara de Bragança e com o Brigantia EcoPark. O Brigantia Ecopark tem um potencial enorme para este tipo de soluções, dispõe de instalações totalmente preparadas para receber startups ou pequenas empresas de serviços.

AP: Lançado ao abrigo do programa Compete 2020, o projeto submetido pela Faurecia visa o aumento da capacidade pro-dutiva para o fabrico de novos e inovadores sistemas de esca-pe, destinados a modelos automóveis específicos. Pretende-se, com isso, a convergência para com a norma Euro 6.2, que visa a redução de emissão de gases poluentes e que entrará em vigor na União Europeia em 2017?�PF: Esse é um dos nossos principais objetivos, continuar a trabalhar na inovação dos nossos produtos de modo a reduzir a emissão de gases poluentes. Os produtos que irão ser lançados na nossa fábrica irão de encontro a nova norma da União Europeia.

AP: Qual é a estratégia de diferenciação da Faurecia, enquan-to fornecedora de novos componentes que visam a qualidade técnica e ambiental?�PF: A mobilidade sustentável e a proteção do meio ambiente são dois dos maiores desafios da indústria automóvel. Na Faurecia, o nosso prin-cipal objetivo é minimizar o impacto ambiental da nossa atividade, quer na conceção de produtos, quer no melhoramento dos processos de produção.A Faurecia orgulha-se de ser líder na procura de formas de produção de veículos mais sustentáveis, que reduzam o consumo de combustí-vel e diminuam as emissões de GEE. Através das nossas tecnologias de controlo de emissões, estamos a contribuir significativamente para a re-dução das emissões, para a diminuição da poluição sonora e na criação de soluções para recuperar e reutilizar energia. Uma vez que os nossos produtos podem representar até 25% da massa total do veículo, limitar o uso de matérias-primas na construção de veículos tornou-se uma das nossas prioridades estratégicas. Somos ainda pioneiros na pesquisa e no uso de materiais - desde novos compostos a resinas de origem natural. Em 2015, 66% de nossas instalações industriais foram certificadas se-gundo a norma ISO 14001.

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16 DOSSIER

“Queremos definir o futuro, antecipando tendências”

CARLOS RIBAS – Bosch Portugal

A Bosch em Braga é a maior fábrica do Grupo em Portugal, contribuindo com

mais de 60% do volume anual de faturação da Bosch no país. É também um

dos principais centros de I&D da divisão Multimédia Automóvel da Bosch na

Europa. Segundo Carlos Ribas, Administrador-Delegado, as parcerias com as

universidades portuguesas têm permitido estar na vanguarda da inovação.

Auto Profissional: A Bosch, multinacional alemã e um dos maio-res fabricantes mundiais de componentes para automóvel, de-tém em Braga uma fábrica com soluções inovadoras. Qual foi o principal objetivo que motivou a criação desta unidade de fabri-co da Divisão Car Multimedia da Bosch?�Carlos Ribas: A Bosch iniciou a sua atividade em Braga com a produ-ção de autorrádios da marca Blaupunkt, em 1990. Ao longo dos anos, tornou-se num dos principais motores de desenvolvimento da região e um dos mais importantes exportadores nacionais. A razão da criação da unidade da Bosch em Braga foi a reconhecida qualidade da mão-de--obra, bem como a rápida aprendizagem e aquisição de competências dos colaboradores. O foco do negócio está fortemente orientado para as áreas do conhecimento, com variados projetos na área de I&D, onde o crescimento tem sido exponencial nos últimos anos. Atualmente, a Bosch em Braga é a maior fábrica do Grupo em Portugal, contribuindo com mais de 60% do volume anual de faturação da Bosch no país, e também um dos principais centros de I&D da divisão Multimédia Auto-móvel da Bosch na Europa. A empresa é ainda um dos maiores empre-gadores da região, com mais de 2.400 colaboradores.

AP: Com um grande enfoque na criação de soluções multimédia avançadas para a indústria automóvel, nomeadamente através do projeto “HMIEXCEL”, que novos desenvolvimentos foram al-cançados na fábrica da Bosch, em Braga?�CR: Da unidade de Braga saem atualmente soluções de multimédia au-tomóvel inovadoras, com processos como o optical bonding, que é apli-cado aos displays de instrumentação e que anula o reflexo de exposição à luz direta, aumentando desta forma a visibilidade, segurança e confor-to a bordo. Produzimos também sistemas de infotainment de tecnologia

inovadora como o Head-Up-Display, que permite ao condutor ver a informação relacionada com a condução projetada no para-brisas do automóvel, e verdadeiros computadores de bordo para os automóveis de marcas premium. Além disso, estamos a trabalhar no desenvolvimen-to de soluções de comunicação entre veículos e entre veículos e infraes-truturas, e estamos a aperfeiçoar aquilo a que chamamos HMI (Human Machine Interface), nomeadamente, através de sensores sensíveis ao gesto. Queremos ir ao encontro das expetativas dos consumidores, de-finindo as suas necessidades e prioridades, e contribuindo desta forma para influenciar o mercado com o mote “Tecnologia para a Vida”.

AP: Atualmente, quais são os principais produtos fabricados na fábrica da Bosch em Braga?�CR: Para além das soluções que mencionadas anteriormente, esta-mos a produzir displays centrais que podem ser usados como iPads no

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carro, no centro do tablier; estes dispõem de funções de assistência à condução para o condutor e de entretenimento para o passageiro no mesmo display. Da nossa fábrica também saem painéis de instrumentos e infotainment livremente programáveis que substituem os tradicionais instrumentos com ponteiros mecânicos: grafismos de imagem e vídeo de alta definição podem agora ser programados individualmente, de acordo com a preferência e ou conveniência do cliente. O modelo i8, desportivo elétrico de luxo da BMW, já está equipado com esta tecno-logia e são produzidos diariamente na nossa fábrica. De salientar ainda que em Braga não são desenvolvidas apenas soluções para a divisão de Multimédia Automóvel, mas também para outras divisões da Bosch, como é o caso dos sensores de ângulo de direção do ESP (Programa Eletrónico de Estabilidade).

AP: Quais são os principais mercados de exportação da fábrica de Braga?�CR: A Bosch em Braga é um importante exportador a nível nacional e exporta quase a totalidade da sua produção para vários países eu-ropeus, nomeadamente a Alemanha, o Reino Unido, e também para os EUA, entre outros. Vamos continuar a procurar oportunidades para aumentar a nossa presença global.

AP: Recentemente, arrancou a segunda fase do projeto de In-vestigação e Desenvolvimento entre a Bosch Car Multimedia Portugal e a Universidade do Minho, que prevê um investimen-to de 55 milhões de euros e o registo de 22 patentes até 2018. Como descreve a parceria da Bosch com a Universidade do Mi-nho, em termos de investigação e desenvolvimento?�CR: Para a Bosch, parcerias como a atual com a Universidade do Minho são fundamentais para o crescimento sustentado da inovação na em-presa. Esta segunda fase da parceria com a Universidade – denominada “Innovative Car HMI” – prevê o investimento de cerca de 55 milhões de euros e vai permitir à Bosch recrutar mais de 90 novos engenheiros, com diferentes especializações para a área de I&D, e 170 bolseiros de diferentes Escolas da Universidade do Minho. No total são mais de 550 profissionais altamente qualificados a participar neste ambicioso pro-jeto, considerado pelo Governo como sendo de interesse estratégico nacional. Este trabalho tem como foco o desenvolvimento de soluções que vão moldar o futuro da mobilidade e trazer digitalização e conec-tividade para os nossos produtos e processos, criando conhecimentos em Portugal que se traduzam em inovações mundiais.

AP: Em termos de criação de soluções multimédia inovadoras, continua como principal pressuposto da fábrica de Braga a pro-dução de soluções de conectividade de um veículo automóvel à internet e aos smartphones, assim como a produção de aplicações de realidade aumentada que forneçam informação em tempo real aos condutores?�CR: Sem dúvida, na Bosch em Braga estão a ser desenvolvidos e pro-duzidos sistemas de informação e entretenimento conectados que vão permitir aos condutores não apenas a condução, mas também a gestão das suas tarefas e necessidades diárias. O condutor poderá aceder a ser-viços online e aplicações de smartphone, e controlá-los através de gestos e voz. Isto irá transformar o carro num verdadeiro assistente pessoal ou mesmo no chamado “third living space”.

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DOSSIER 19

AP: Neste momento, quantas patentes já foram registadas atra-vés das soluções lançadas na fábrica da Bosch de Braga?� Em que domínios?�CR: O projeto de Investigação e Desenvolvimento em parceria entre a Bosch em Braga e a Universidade do Minho veio potenciar a cultura de inovação exportada pelo Grupo Bosch para o mundo. Numa primeira fase desta parceria foram submetidas 12 patentes, para esta segunda fase temos como objetivo submeter pelo menos 22 patentes.

AP: Atualmente, quantos postos de trabalho existem na fábrica da Bosch em Braga?�CR: Na unidade da Bosch em Braga temos, atualmente, cerca de 2.400 colaboradores, mas continuamos a recrutar, pelo que o número conti-nuará a crescer.

AP: Um dos grandes objetivos que ditaram a criação da fábrica da Bosch, localizada em Braga, consistiram no desenvolvimento de novos conceitos aliados à mobilidade no setor automóvel. Na sua opinião, considera que estes objetivos foram alcançados?�CR: Consideramos que os objetivos são alcançados diariamente. A Bosch chegou a Braga há 26 anos e todos os dias os colaboradores desta unidade trabalham para entregar “Tecnologia para a Vida” e fascinar os consumidores. Somos proactivos no estabelecimento de parcerias com universidades portuguesas, o que tem permitido dar um passo em frente em termos de inovação. Atualmente, a Bosch em Braga é a principal fábrica da divisão Multimédia Automóvel do Grupo. Este trabalho de afirmação de competitividade no seio do Grupo tem sido muito importante e consideramos que tem sido feito de forma exímia. A prova disto é que temos conseguido trazer para

Portugal novos projetos de desenvolvimento e produção, bem como novos serviços partilhados e estamos a recrutar mão-de-obra, grande parte altamente qualificada. Só este ano já contratámos mais de 400 colaboradores.

AP: Quais são as novas aplicações que estão a sair da fábrica de Braga, através da Divisão Car Multimedia da Bosch?�CR: O carro conectado é talvez a tendência mais importante na temáti-ca atual do automóvel. Sistemas de informação com informações de trá-fego e meteorologia em tempo real, navegação integrada, chamadas de emergência e diagnósticos do veículo são já uma realidade dos produtos Bosch. O condutor está cada vez mais interessado na conectividade. Sabemos que ao ligar os veículos em rede estamos também a melho-rar o conforto, a segurança e a eficiência das soluções de mobilidade. Queremos definir o futuro através da perceção e da antecipação das tendências.

AP: Qual é a estratégia de diferenciação da fábrica da Bosch, enquanto fornecedora de novas soluções que visam criar o para-digma da mobilidade do futuro?�CR: Para perceber a Bosch é preciso conhecer a nossa essência e o que nos diferencia. Neste contexto podemos dizer que a Bosch e as suas fábricas são reconhecidas pela motivação que nos conduz e nos leva a influenciar a mudança. Procuramos a excelência em tudo que fazemos e acreditamos e vivemos os nossos valores. A cultura Bosch está enraizada nos nossos comportamentos diários e a inovação é parte do nosso ADN. Além disso, estamos orientados para o futuro e para os resultados e acreditamos na transparência e confiança. Fiabilidade, cre-dibilidade e legalidade são o que define a nossa atitude, a atitude Bosch.

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20 DOSSIER

Politécnico de Leiria com laboratório de Engenharia Automóvel mais avançado

O Politécnico de Leiria inaugurou, a 23 de março, o maior e mais avançado Laboratório de Engenharia Automóvel a nível nacional. A ampliação do atual espaço vem dar resposta ao crescimento e ao sucesso desta área de ensino pioneira, que já diplomou mais de 600 estudantes, com capacidades laboratoriais únicas.

Pedro Martinho, diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, salienta que “a criação de laboratórios de topo é cada vez mais uma aposta da nossa escola, uma vez que o acompanhamento das tecnologias atuais, principalmente nas áreas das engenharias, é fundamental para a formação dos estudantes. Ter boas condições laboratoriais, para além de ser essencial na aplicação prática dos conhecimentos teóricos, e para um ensino que se quer de qualidade, capacita-nos também para uma melhor investigação e, consequentemente, melhor transferência de conhecimento para a indústria”. “O caso da Engenharia Automóvel é um bom exemplo, já que muitas aulas são ministradas em ambiente empresarial, sendo algumas delas ministradas em parceria com as empresas e por técni-

cos especializados”, acrescenta.A intervenção agora concluída resulta de uma candidatura do Po-litécnico de Leiria ao Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT), representando um investimento total de 813.100€, dos quais 663.685€ possuem financiamento comu-nitário aprovado, enquadrando-se no eixo de Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimen-to Urbano (FEDER). “Os novos espaços laboratoriais permitirão dar continuidade ao crescente apoio necessário para a acentuada componente prática dos cursos, tanto na vertente de Tecnologia Mecânica Automóvel, como na vertente de Tecnologia Eletrónica Automóvel. O espaço terá ainda maior capacidade de dar respos-

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ta às solicitações de colaboração com entidades externas do setor automóvel, bem como a criação de condições para a realização da parte experimental necessária para o desenvolvimento de proje-tos de investigação”, explica João Fonseca Pereira, responsável do Laboratório de Engenharia Automóvel.Atualmente o edifício E, como é denominado no Campus 2 do Politécnico de Leiria, foi construído de raiz exclusivamente para o ensino da Engenharia Automóvel, e possui, entre outros, um espaço laboratorial com cerca de 400 m2, que se encontra divi-dido em áreas vocacionadas para as diferentes vertentes da tec-nologia automóvel: reparação de componentes mecânicos, diag-nóstico eletrónico, zona de preparação de superfícies e pintura, zona de instrumentação eletrónica e de simuladores de controlo eletrónico de sistemas dos veículos, banco de potência e uma zona para projetos e trabalhos de investigação. Esta requalifica-ção permitirá também a reorganização dos espaços atualmente existentes, de acordo com as necessidades pedagógicas e didá-ticas dos cursos.As obras de ampliação deste laboratório, para um total de mais de 1200 m2, compreendem a criação de um novo espaço com 250 m2, de um espaço acusticamente isolado e especialmente dedicado ao Banco de Ensaios de Potência, com 115 m2, de ga-binetes de apoio à investigação, e ainda um espaço para arma-zenamento de alguns equipamentos didáticos. Inclui-se ainda na obra a aquisição e a implantação de equipamento pedagógico e de investigação.

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22 DOSSIER

Mercedes-Benz planeia construir uma nova fábrica de motores na Polónia

A primeira instalação fabril da Mercedes-Benz Cars na Polónia será criada em Jawor, estando previsto um investimento de aproximadamente 500 milhões de euros na nova linha de produção de motores e o início de produção para 2019.

A Daimler AG planeia investir aproximadamente 500 milhões de euros numa nova fábrica de produção na Polónia, que irá permitir a criação de várias centenas de novos postos de trabalho naquele país. A primeira fábrica da Mercedes-Benz Cars na Polónia será criada em Jawor, a cerca de 70 quilómetros a leste de Wroclaw, e irá produzir motores a gasolina e diesel de quatro cilindros que irão equipar veículos ligeiros de passa-geiros da Mercedes-Benz. A decisão da localização e a implementação do projeto dependem de vários compromissos finais a definir em relação às condições de investimento, incluindo a concessão de auxílios estatais ao investimento em Jawor. Para a primeira fase das novas instalações de fabrico de motores, está previsto um investimento de aproximadamente 500 milhões de euros.“O plano de criação de uma nova fábrica de motores na Polónia é mais um passo na nossa estratégia global de crescimento. O aumento da capacidade na Europa de Leste reflete a crescente orientação internacional das nossas instalações de produção de cadeias cinemáticas. Isto irá resultar numa maior flexibilidade e eficiência da nossa rede de produção em todo o mundo,” afirmou Markus Schäfer, membro do Conselho de Administração da Produção e Cadeia de Fornecimento da Divisão Mercedes-Benz Cars. O início da produção nas novas instalações da Daimler está previsto para o ano de 2019.

Grupo de produção da Mercedes-Benz

O grupo de produção de cadeias cinemáticas da Mercedes-Benz inclui várias instalações alemãs e internacionais, geridas a partir da fábrica principal em Untertürkheim, Alemanha. Neste local são produzidos motores, caixas de velocidades, sistemas de eixos e componentes relacionados. As atividades da fábrica da Mercedes-Benz em Berlim concentram-se no desenvolvimento e produção de componentes e peças ultra modernos e também na produção de motores. A fábrica da Mercedes-Benz em Hamburgo desenvolve e produz sistemas de eixos e componentes relacionados, colunas da direção, componentes para sistemas de escape e pelas estruturais de baixo peso. A fábrica de motores MDC Power em Kölleda, no estado federal alemão de Thuringia, é uma subsidiária da Daimler, detida a 100 por cento, e pro-duz motores de quatro cilindros que equipam veículos Mercedes-Benz e Mercedes-AMG. Os motores e outros componentes principais também são produzidos fora da Alemanha. A Star Transmission na Roménia, uma subsidiária da Daimler, realiza a montagem de caixas de velocidades e produz peças e componentes. Já o consórcio BBAC em Beijing na China, produz motores para satisfazer as necessidades do mercado local.

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DOSSIER 23

A nova fábrica Dongfeng Peugeot Citroën Automobile na China

Como parte da implementação do plano “Push to Pass” e com vista ao objetivo fixado de vender 1 milhão de veículos até 2018 na região da China e Sudeste Asiático, a DPCA lançou a sua quarta fábrica na China, em Chengdu.

A quarta fábrica da Dongfeng Peugeot Citroën Automobil (DPCA) irá fabricar veículos assentes na plataforma EMP2 do Grupo PSA, das marcas Dongfeng Peugeot, Dongfeng Citroën e a Dongfeng Fengshen, principalmente do segmento de SUV. A produção iniciar--se-á com o novo SUV Peugeot 4008, cujo lançamento comercial está agendado para novembro próximo na China. Depois de um crescimento de 53% em 2015, o segmento SUV continuou a sua forte ascensão no 1º semestre de 2016 (+44%), representando actualmente 38,8% do mercado chinês. De um modo geral, aque-le mercado automóvel apresenta um potencial inédito com uma taxa de equipamento de 75 veículos por cada 1.000 habitantes. Tendo destronado os EUA, a classe média chinesa tornou-se na mais numerosa do mundo, abrangendo um total de 110 milhões de pessoas. Espera-se que possa duplicar em menos de uma década, passando a representar 220 milhões de pessoas.A DPCA afirma ter-se baseado nas melhores práticas aplicadas nos dois Grupos - PSA e DFM -, para construir, ao longo dos últimos dois anos, uma fábrica que vai ao encontro dos mais exigentes pa-drões, dotando-a, assim, de um dispositivo industrial ao melhor ní-vel mundial, resultando numa fábrica flexível com a integração em seu redor dos seus fornecedores, implementando ainda as melho-res práticas em matéria ambiental.

Em complemento à fábrica de Shenzenda CAPSA, que produz os modelos da gama DS, o dispositivo industrial da DPCA passa agora a contar com quatro fábricas principais: três baseadas em Wuhan, na Província de Hubei, e esta nova de Chengdu, na Província de Sichuan. Com esta nova infraestrutura e o novo plano a médio prazo “5A+” da DPCA, divulgado a 11 de maio último, o Grupo PSA e a Dongfeng Motor (DFM) envolvem-se ainda mais e reforçam a sua parceria estra-tégica para atender às exigências do mercado chinês, melhorando o desempenho económico desta joint-venture com objetivos claros: visar um forte crescimento na satisfação do cliente em produtos e serviços, que lhe permita situar-se no Top 3 do setor até 2018 e atingir o 1º lugar em 2020; alcançar um volume de negócios superior a 100 000 milhões de RMB até 2020 e apostar num crescimento rentável e sustentável, baseado em 30% de ganhos de produtividade até ao ano 2020.

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24 DOSSIER

Repintura automóvel em foco

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ENTREVISTA 25

Auto Profissional: A BMW AG renovou recentemente a sua aprovação anual para 2016 para a Spies Hecker e Standox – duas das marcas globais de repintura premium da Axalta Co-ating Systems, fabricante global de tintas líquidas e em pó. Na sua opinião, qual é a importância deste acordo?�Virgílio Maia: É um acordo importante, pois representa uma parce-ria com mais de 20 anos e que está em vigor em 39 países espalhados pela Europa, Médio Oriente, África, Europa de Leste e Ásia-Pacífico.

AP: Concretamente, em que consiste este acordo com a BMW AG?�VM: O acordo com as duas marcas compreende o uso das tecnolo-gias de repintura da Spies Hecker e Standox, incluindo apoio técnico abrangente e formação orientada às oficinas em toda a rede de serviço da BMW AG e, nos termos do contrato, vai proporcionar igualmente formação prática e apoio local. As duas marcas globais de repintu-ra premium disponibilizarão seminários, consultoria especializada e abrangente, aconselhamento e dicas práticas de aplicação para ajudar as oficinas.

AP: De que forma descreve a tecnologia de repintura automó-vel da Axalta Coating Systems, desde as fases do processo de reparação às ferramentas de cor digital?� Quais são as princi-pais inovações?�VM: A Axalta Coating Systems possui produtos tecnologicamente evoluídos, em que a maximização da produtividade, a facilidade de uti-lização, a redução do consumo energético e o respeito pelo meio am-biente são pilares estruturais. Toda a investigação e desenvolvimento assenta nestes pilares mas também nas necessidades que o mercado

VIRGÍLIO MAIA - Axalta Coating Systems Portugal

Tecnologias de vanguarda

Maximização da produtividade, facilidade de utilização das tintas, redução do

consumo energético e respeito pelo meio ambiente são pilares estruturais para

a Axalta Coating Systems. Segundo Virgílio Maia, Marketing Department & Cus-

tomer Service Supervisor, ter boas soluções para satisfazer os clientes é o maior

compromisso da empresa.

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26 ENTREVISTA

apresenta. Ter boas e equilibradas soluções para satisfazer e ajudar os clientes a conseguir atingir os seus objetivos é o nosso maior desafio.

AP: A Axalta Coating Systems, publicou o seu relatório de sustentabilidade, que abrange a evolução do desempenho da companhia no que se refere a uma série de indicadores de sus-tentabilidade monitorizados ao longo de 2014 e 2015. Em ter-mos gerais, quais foram as grandes conclusões deste relatório?�VM: O relatório analisa os progressos realizados nas operações e no cumprimento da legislação ambiental, a tecnologia e inovação de pro-dutos, a aquisição e desenvolvimento de talentos, que vão fornecer a base para um crescimento sustentado, e ainda as iniciativas corpora-tivas de responsabilidade social que contribuem para apoiar as comu-nidades nas quais a Axalta opera. O relatório reflete os avanços mais significativos obtidos no que diz respeito ao cumprimento das metas fundamentais de sustentabilidade que estabelecemos para nós, e que a sociedade em geral espera de empresas responsáveis, esforçando--nos ainda para ajudar os nossos clientes a cumprir esses mesmos ob-jetivos.

AP: Recentemente, a Axalta Coating Systems adquiriu a em-presa holandesa Geeraets Autolak, distribuidora dos produtos de repintura da marca Cromax da Axalta durante cerca de 40 anos. Na sua opinião, qual é a importância deste negócio?�

VM: A Axalta Coating Systems é uma companhia sempre atenta a boas oportunidades de crescimento. Os nossos clientes podem con-

tar com o apoio que sempre lhes proporcionámos e continuar a usu-fruir dos nossos produtos e dos programas de apoio, assim como da dimensão completa dos recursos da Axalta.

AP: Quais são as preocupações da Axalta em termos de defesa do ambiente?� De que forma se observam nos produtos lança-dos?�VM: As nossas tintas são desenvolvidas para permitir que os produtos dos nossos clientes durem mais tempo e obtenham um melhor de-sempenho. Isto sustentará o seu sucesso, e quando os nossos clientes progridem, nós progredimos também. Orgulhamo-nos ainda dos es-forços desenvolvidos para minimizar o nosso impacto ambiental.

AP: A Axalta e a SGS acabam de firmar uma parceria para ajudar as entidades reparadoras a evidenciarem junto dos seus clientes os bons desempenhos alcançados e o nível da qualida-de do serviço prestado. Para a empresa qual é a importância desta certificação?�VM: A parceria entre a Axalta e a SGS é uma das componentes da proposta de valor que a Axalta Coating Systems tem para os seus clientes e que pretende ajudá-los em termos de eficiência, produtivi-dade, rentabilidade e organização. É uma parceria que pretende criar uma relação sólida com os nossos clientes, pois as vantagens daí de-correntes pretendem melhorar os resultados do negócio.

AP: Em Portugal, existem já oficinas abrangidas por esta cer-tificação?�

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ENTREVISTA 27

VM: Esta parceria foi assinada há poucas semanas, estando neste mo-mento a decorrer alguns processos relativos a oficinas que pretendem a certificação.

AP: A Axalta Coating Systems acaba de inaugurar a sua nova sede em Basileia, Suíça, para a região da Europa, Médio Orien-te e África (EMEA). Qual é a importância desta estratégia?�VM: É uma estratégia que reflete o nosso compromisso em obter uma perspetiva verdadeiramente regional. Ter a equipa de liderança, que define a gestão estratégica dos negócios da região, reunida num único local, permite promover sinergias e focarmo-nos totalmente na estimulação do crescimento dos mercados.

AP: A Axalta foi homenageada pela Renault com o prémio de fornecedor na categoria de inovação pela sua mais recente tec-nologia de vernizes de cura rápida, numa cerimónia que decor-reu em Paris, França, recentemente. Para a empresa, qual é a importância desta distinção?�VM: Para a Axalta Coating Systems é um orgulho ser distinguida pelos seus clientes. É de realçar que fomos a única companhia a receber o galardão por Inovação, um facto que muito nos honra.A Axalta é uma empresa motivada pelo desejo de ajudar os seus clientes a atingir os seus objetivos, o que se traduz em investi-mentos contínuos no desenvolvimento das mais recentes inova-ções para atender as necessidades específicas dos clientes. Recen-temente, o nosso Centro de Tecnologia Europeu em Wuppertal, Alemanha, sede das nossas instalações para a investigação de tintas

líquidas, onde 300 profissionais pesquisam e criam tintas e serviços de última geração, foi expandido para podermos continuar a pro-porcionar aos nossos clientes tecnologia de vanguarda.

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28 ENTREVISTA

Auto Profissional: A Axalta e a SGS acabam de firmar uma par-ceria para ajudar as entidades reparadoras a evidenciarem junto dos seus clientes os bons desempenhos alcançados e o nível da qualidade do serviço prestado. Para a SGS qual é a importância desta certificação?�Jorge Marchante: A certificação de acordo com referenciais espe-cíficos para as oficinas vai beneficiar claramente a gestão das mesmas em diversos critérios, como as instalações, equipamento, ferramentas, qualificações dos técnicos, entre outros. O cumprimento destas boas práticas vai permitir que as oficinas as evidenciem publicamente através do certificado que lhes é atribuído. Tudo isto possibilita uma melhor resposta às necessidades dos clientes, o que se traduz num aumento da produtividade e numa maior rentabilidade do negócio.A Axalta Coating Systems é uma parte interessada neste processo por-que acredita numa maior eficiência da utilização dos seus produtos pelas oficinas, quando estas são certificadas. AP: Em Portugal, já existem oficinas abrangidas por esta certi-ficação?�JM: A SGS audita diversos referenciais específicos para as oficinas com diferentes graus de exigência e abrangência, sendo que os benefícios e vantagens que a certificação traz para uma entidade oficinal são tangí-veis e mensuráveis. Dependendo dos interesses comerciais das oficinas, estas selecionam o referencial mais adequado e, em Portugal, as oficinas certificadas já são um número muito significativo. AP: Quais são as normas que a SGS implementa nos seus pro-cessos de certificação para as oficinas automóveis?�JM: Na área oficinal já existem vários referenciais em Portugal, alguns dos quais são realizados em exclusivo pela SGS. No âmbito da parceria

Boas práticas oficinais

JORGE MARCHANTE – SGS

No âmbito de uma parceria entre a Axalta Coating Systems e a consultora SGS, foi

firmado um acordo para certificar a qualidade do serviço prestado pelas oficinas.

Segundo Jorge Marchante, Business Developer do Transportation Services, a certifi-

cação é sinónimo de qualidade para o consumidor e, por este motivo, é um fator de

diferenciação para as oficinas.

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ENTREVISTA 29

entre a SGS Portugal e a Axalta Coating Systems o referencial em ques-tão é a Certificação do Centro de Zaragoza. AP: Na sua opinião, quais são as vantagens da parceria entre a Axalta e a SGS para com as oficinas clientes?� JM: A Axalta Coating Systems, sendo líder de mercado, pretende contribuir ativamente para que os seus clientes oficinais possuam uma estrutura mais eficiente e com maior capacidade de resposta aos novos e exigentes desafios do setor. É para atingir estes objeti-vos que surge a Certificação, funcionando também como um fator de diferenciação no mercado. Desta forma, as oficinas clientes da Axalta, têm a oportunidade de beneficiar desta parceria estabele-cida com a SGS. Por sua vez, a SGS, sendo uma das entidades líder na área da Certificação e com provas dadas no que diz respeito a competências e conhecimento do setor automóvel, apresentou-se como a melhor solução para este projeto. Estamos confiantes de que, a adoção dos sistemas de Certificação por parte das entidades oficinais, terá impactos positivos em todo o setor automóvel, ele-

vando assim o seu nível de eficiência, produtividade e os padrões de excelência nos serviços prestados. AP: Em termos gerais, de que forma a SGS observa o mercado da Repintura Automóvel e quais são as principais necessidades em termos de certificação?�JM: À semelhança de praticamente todos os setores de atividade, a pro-cura de processos mais eficientes, o desenvolvimento tecnológico e sa-tisfação dos clientes, fazem da certificação de sistemas de gestão uma ferramenta indispensável para os gestores que procuram a concretização destes objetivos. O setor oficinal, e mais especificamente o da Repintura Automóvel, não é exceção. A certificação transforma os sistemas de ges-tão em órgãos vivos e dinâmicos. Através da manutenção diária do siste-ma de gestão e das auditorias periódicas a que está sujeito, permite man-ter o sistema ativo, assinalando os aspetos menos positivos, procurando assim a melhoria continua. Para além de todas as vantagens anteriormen-te enunciadas, a certificação é sinónimo de qualidade para o consumidor e por este motivo, é um fator de diferenciação para as oficinas.

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Comércio no aftermarket

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ENTREVISTA 31

Tecnologia e inovação

JORGE RIBEIRO – JR Diesel

Com principal área sobre o sistema diesel, a nível de material novo e reconstruído, a

estratégia da JR Diesel passa pela adoção de soluções tecnológicas avançadas. Jorge

Ribeiro, Gerente, aponta a inovação como fator de diferenciação da empresa.

Auto Profissional: Qual é o historial da JR Diesel na área de so-luções para automóveis?�Jorge Ribeiro: A JR Diesel é uma empresa particular no seu conceito de negócio. Os produtos que comercializa são alternativos e diferencia-dores no mercado, estando adaptados às necessidades mais exigentes dos clientes. Esta empresa com sede nas Caldas das Taipas, Guimarães, oferece soluções para o mercado automóvel sem igual no nosso país. É a única empresa que agrega duas marcas exclusivas e complementares na sua gama de produtos: Ecoparts e Pador. A marca Ecoparts apre-senta uma variedade de produtos reconstruídos de elevada qualidade como turbos, bombas injetoras, injetores, alternadores e motores de arranque. Por sua vez, a marca Pador, recentemente chegada ao mer-cado português e de já elevada quota de mercado, aposta na tecnologia avançada dos seus produtos de consumo automóvel como anticonge-lantes, óleos e baterias.A JR Diesel aposta fortemente nestes dois parceiros porque acredita na tecnologia e inovação que se faz diferenciar para melhor servir o seu cliente.

AP: Em termos gerais, como descreve a oferta da empresa, ao nível de peças e componentes para automóveis no aftermarket?�JR: A JR Diesel labora diariamente para alcançar um diversificado leque de ofertas e servir da melhor forma o seu cliente. Desta forma, como anteriormente descrito, a empresa aposta em duas marcas diferencia-doras que permite um elevado nível de satisfação do seu cliente sempre com um preço competitivo e nunca abdicando da garantia e serviço pós-venda.

AP: Quais são as principais áreas da empresa ao nível do after-

market automóvel?�JR: A nossa principal área recai sobre o sistema diesel, a nível de mate-

rial novo e reconstruído, tendo também a vertente de aditivos/consu-míveis auto e a formação em parceria com a ACM.

AP: Que tipo de serviços pós-venda a JR Diesel presta aos seus clientes?�JR: Consideramos que a etapa mais importante é o serviço pós-venda, uma vez que a satisfação do nosso cliente é o que nos preocupa. Assim,

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32 ENTREVISTA

para qualquer questão que surja após a venda de qualquer produto, a JR Diesel dispõe de apoio técnico telefónico e presencial para que consiga-mos resolver todos os possíveis acontecimentos. AP: Em relação ao seu posicionamento no serviço de pós-venda automóvel, qual é a estratégia atual da empresa?�JR: A estratégia da empresa passa fundamentalmente pela satisfação do nosso cliente, garantindo-lhe apoio técnico durante todo o processo de montagem e período de garantia do produto.

AP: Como classifica o posicionamento da empresa face à con-corrência?�JR: Procuramos acompanhar a evolução do setor, adaptando os re-cursos existentes às necessidades nos nossos clientes, bem como inovar. O facto de termos comerciais que trabalham diariamente na divulgação das marcas inovadoras com que operamos, faz-nos ser diferentes, assim como a capacidade e disponibilidade de entrega dos mesmos.

AP: Qual é o perfil dos clientes da JR Diesel existentes na área do aftermarket automóvel?�JR: Os clientes que trabalham com a JR Diesel são detentores de um perfil exigente que procuram também alcançar as melhores soluções para satisfazer os seus clientes.

AP: Como descreve a adesão das oficinas aos serviços da em-presa?� JR: Face à qualidade que dispomos nos produtos e serviços prestados, a adesão das oficinas é de nível elevado, uma vez que não abdicamos da relação qualidade/preço.

AP: Quais são as principais marcas distribuídas pela JR Diesel no mercado de aftermarket?�JR: As principais marcas distribuídas pela JR Diesel são na parte mecâni-ca: Ecoparts e Bosch; na parte consumível: Bosch, Pador.

AP: Qual é o volume de negócios da empresa na área do pós--venda automóvel?�JR: O volume de negócios da JR Diesel é considerável face a este setor, dado que procura desenvolver ofertas para todo o tipo de cliente e assim abranger uma enorme quantidade de clientes.

AP: Qual é a importância do projeto Ecoparts para a empresa?�JR: Consideramos o Ecoparts um projeto inovador e amigo do am-biente, que procura reaproveitar o corpo do produto e reconstruí--lo, garantindo a mesma qualidade e satisfação para o cliente. Sendo um recondicionado, não abdica da garantia total da mesma e relação qualidade/preço.

Parcerias estratégicas

A JR Diesel agrega duas marcas exclusivas e complementares na sua gama de produtos. A marca Ecoparts tem na sua gama, produtos recons-truídos de altíssima qualidade. Os produtos mais técnicos da Ecoparts, como turbos e injetores/bombas diesel, são o core business da empresa. A outra marca representada é a Pador que, apesar de recentemente chegada ao mercado português, já conseguiu uma quota de mercado muito relevante. Esta marca tem na tecnologia avançada dos seus produtos a grande aposta e, para a JR Diesel, esta diferenciação faz toda a diferença. Para melhor servir os seus clientes, a JR Diesel criou um call-center que permite uma resposta ao cliente de forma imediata. A questão logística também não foi esquecida e a JR Diesel tem soluções para colocar “a peça na hora” em casa do cliente. Sendo uma empresa que se diferencia pelas características técnicas e tecnológicas dos seus produtos, a equipa JR Diesel afirma estar preparada para dar respostas técnicas, ao nível mais exigente dos seus clientes técnicos auto. A empresa declara que, em 2015, esteve associada a eventos que levaram o conhecimento ao setor automóvel minhoto. Em 2016, a JR Diesel pretende levar mais longe este conhecimento, dedicado às oficinas auto que estejam presentes no norte do país.

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ENTREVISTA 33

Know-how na refrigeração automóvel

RICARDO PIMENTA - Competinstante

A Competinstante centraliza a sua oferta no setor da refrigeração e do ar-condicio-

nado, apesar de ter outras vertentes de ação. Para Ricardo Pimenta, Gestor Comer-

cial, a empresa quer ser um dos principais parceiros de negócio das oficinas especia-

lizadas nessas áreas.

Auto Profissional: Qual é o historial da Competinstante na área de peças e de equipamentos para automóveis?�Ricardo Pimenta: A Competinstante é uma empresa jovem.Tem ape-nas quatro anos, porém, é já uma referência a Norte no que diz respeito ao setor da refrigeração e ar-condicionado automóvel, assim como ao nível dos equipamentos e ferramentas de carga e reparação de A/C, de equipamentos de diagnóstico e limpeza de filtros de particulas. Re-presentamos as mais prestigiadas marcas do mercado e dedicamo-nos inteiramente à distribuição de peças e acessórios para a revenda, e à venda e assistência de equipamentos para oficinas.

AP: Em termos gerais, como descreve a oferta da empresa, ao nível de peças e componentes para automóveis no aftermarket?�RP: Temos uma oferta diversificada na área do ar-condicionado, e isso deve-se muito aos parceiros com quem trabalhamos e as marcas que representamos, que são marcas de primeiro equipamento, de excelen-te qualidade e com uma vasta oferta de produtos. Além disso, temos linhas que trabalhamos secundariamente no setor automóvel, nomea-damente o car audio, a segurança e conforto auto, produtos de electri-cidade e eletrónica automovel, mecânica, lubrificação e também, mais recentemente, os filtros de particulas quer ao nível dos equipamentos de limpeza, quer de novos filtros de aftermarket.

AP: Quais são as principais áreas da empresa ao nível do after-

market automóvel?� RP: O nosso foco e aquele onde queremos ser mais fortes é o setor da refrigeração e do ar-condicionado. Queremos ser um dos principais parceiros de negócio das oficinas especializadas em reparação automó-vel no setor do ar-condicionado automotivo, e é com esse objetivo que trabalhamos diariamente.

AP: Que tipo de serviços pós-venda a Competinstante presta aos seus clientes?�RP: O serviço pós-venda prende-se apenas com os equipamentos que vendemos, onde garantimos assistencia técnica e apoio via call-center direto das marcas que representamos, para além de informações técni-cas que por vezes nos são solicitadas pelos clientes.

AP: Em relação ao seu posicionamento no serviço de pós-venda automóvel, qual é a estratégia atual da empresa?�

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34 ENTREVISTA

RP: Como já referimos, o pós-venda é garantido aos nossos clientes através de parcerias estratégicas com as nossas marcas representadas, o que representa para nós e para os nossos clientes uma mais-valia e segurança quando compram os produtos, o que é economicamente rentável para todos os intervenientes.

AP: Como classifica o posicionamento da empresa face à con-corrência?�RP: Existem empresas no Norte do país com mais poderio que a Com-petinstante, no entanto o nosso maior valor será o know-how adquirido pela larga experiência dos nossos colaboradores. São profissionais com formação neste setor especifico e que têm um profundo conhecimento desta área, assim como - e não me canso de referir-, a nossa maior valia reside efetivamente nos nossos parceiros que são escolhidos “a dedo” e que estão entre os melhores do aftermarket, no que diz respeito ao setor do ar-condicionado e da refrigeração automóvel.

AP: Qual é o perfil dos clientes da Competinstante existentes na área do aftermarket automóvel?�RP: É muito diversificado, não temos um cliente-tipo, até porque todos são tratados por igual, mas claramente são todas aquelas oficinas que se dedicam mais ao setor do A/C e da refrigeração.

AP: Como descreve a adesão das oficinas aos serviços da em-presa?� Existe algum tipo de formação prestada pela empresa às oficinas clientes?�RP: As oficinas procuram-nos naturalmente, através do “network” pas-sa-palavra, presença na internet, redes sociais, entre outras... Normal-mente quando nos compram a primeira vez, ficam clientes. Não temos ainda qualquer programa de fidelização, e, relativamente à formação, também não temos qualquer programa nesse sentido. No entanto, sempre que os nossos parceiros promovem cursos de formação, infor-mamos os nossos clientes e, de uma forma gratuita, promovemos esses cursos de formação. Pensamos sempre que um cliente bem informado e bem formado será sempre um melhor cliente e, por conseguinte, todos saímos a ganhar com isso.

AP: Quais são as principais marcas distribuídas pela Competins-tante no mercado do aftermarket?�RP: Trabalhamos com as principais marcas do aftermarket no que ao A/C diz respeito e em outras linhas secundárias. Somos distribuidores oficiais no Norte das marcas Sanden, Denso, Delphi, Diavia-Webasto e NRF, assim como distribuidores/revendedores das marcas Errecom e Mastercool. Procuramos estar lado-a-lado com as melhores marcas do mercado, tais como: Metasystem, Car-Alarms, Pioneer, Parrot, Luk, Hella-Pagid Purflux, Texa, Pierburg e Bosch.

AP: A Competinstante estabeleceu recentemente uma nova parceria comercial com a Dom Carro, o que lhe permite a co-mercialização de uma nova marca de equipamentos A/C. Na sua opinião, qual é a importância deste negócio?�RP: Como já referimos, são este tipo de parcerias que queremos privilegiar, uma vez que nos garantem quer a nós, como empresa distribuidora, quer aos nossos clientes um serviço de excelência na venda e no pós-venda e assistência técnica. Temos este tipo de parcerias também com outras empresas, nomeadamente, com as marcas Texa, CTR, Sanden, Denso, Delphi e Diavia, conforme já re-ferido.

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Serviços de garantia automóvel

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ENTREVISTA 37

Formação e consultoria

JORGE ZÓZIMO – POLIVALOR

A Polivalor oferece, através da sua Academia, cursos técnicos e de suporte ao

processo de Reparação Após-Garantia a todo o tipo de reparador. Segundo Jorge

Zózimo, o mercado atual do após-venda exige que, para além do que sempre foi

necessário em termos de reparação, o reparador domine técnicas de comunica-

ção e de propeção.

Auto Profissional: Qual é o historial da Polivalor enquanto con-sultora no setor automóvel e, concretamente, na área da Repa-ração Automóvel Após-Garantia?�Jorge Zózimo: A Polivalor tem vindo a desenvolver variados progra-mas destinados a incrementar o negócio do após-venda, considerado de uma forma genérica na reparação ante e após-garantia. O Progra-ma Dealer Optimizer tem como estrutura fundamental um diagnós-tico inicial do ponto de reparação, durante o qual o nosso consultor irá observar todo o processo e a atuação do front office durante dois a quatro dias, de acordo com a dimensão do reparador, sendo de seguida produzido um relatório do diagnóstico o qual aponta um conjunto de situações de melhoria que serão monitorizadas durante um período de seis a nove meses. Neste período, o consultor desloca-se ao reparador para coaching direto como o gerente, chefe de oficina, rececionistas, técnicos, pessoal das peças e outros ligados ao negócio de após-venda. No final será efetuada uma avaliação comparativa sendo observada a evolução dos parâmetros definidos para cada caso, como elementos fundamentais e melhorar. No caso do reparador estar associado a uma área de vendas a nossa consultoria pode estender-se a toda a empresa, harmonizando processos e alinhando, assim, as vendas e o após-venda no sentido da melhoria do negócio. Outro elemento de suporte às em-presas é o nosso Contact Center, que oferece serviços de lead manage-ment, ações de push, call to business e inquéritos de satisfação.

AP: Na sua opinião, que tipo de readaptação ao mercado atual do pós-venda a Polivalor concebe?�JZ: Na pergunta anterior focou a Reparação Após-Garantia. Se, em tempos idos, este termo definia uma fronteira entre a reparação de Marca e a reparação por oficinas independentes, assumindo o merca-do que as viaturas a partir do segundo ou terceiro ano de idade iriam maioritariamente ser reparadas em oficinas independentes e/ou em re-des independentes, hoje o mercado é muito diferente.O aumento de garantia por parte de algumas marcas até aos cinco e

sete anos, e a vulgarização de oferta de planos de manutenção até três e cinco anos, bem como os cartões de fidelização para viaturas com mais de cinco anos, vieram alterar a passividade que se viveu durante muitos anos, tendo o mercado acordado para o facto do após-venda ser rentável e que vale a pena investir para reparar viaturas pelo menos até aos 10 anos de idade. Temos casos do mercado das marcas em que a percentagem de viaturas reparadas nas suas redes é próxima dos 50% do total de reparações efetuadas.Esta pressão da procura do cliente aliada à sofisticação tecnológica das viaturas obriga a que todo o reparador, de marca ou independente, apre-sente junto do seu cliente um conjunto de competências que demons-tram profissionalismo, oferecendo serviços de qualidade a preço justo. Para alcançar o preço justo reconhecido pelo cliente é necessário que a confiança esteja presente através de um atendimento correto, no qual a

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38 ENTREVISTA

verdade seja totalmente inequívoca, estando todo o pessoal preparado para um serviço de qualidade e o reparador seja capaz de alcançar boas condições da parte do seus fornecedores, de forma a que a reparação seja competitiva.O mercado atual do após venda exige que, para além do que sempre foi necessário em termos de reparação, o reparador domine técnicas de comunicação e propeção, sendo simultaneamente capaz de fazer bons negócios com os seus fornecedores, suportado por uma boa estrutu-ra financeira. Este é o desafio principal que os reparadores enfrentam atualmente.

AP: Face ao tipo de utilização do automóvel que a Europa Oci-dental tem perante Portugal, quais são as soluções da Polivalor para preparar as oficinas nacionais para os usados?�JZ: Os usados que são assistidos em Portugal já são detentores de sofis-ticação tecnológica que obriga os reparadores a estarem aptos a todo o tipo de intervenções, desde a simples mudança de óleo ao diagnóstico mais complexo. A solução reside no acesso à informação técnica atua-lizada e ao suporte à reparação quando se justifique. Existem diversos operadores no mercado para este suporte, no caso de estarmos a refe-rir um reparador independente, uma vez que os que estão integrados em marcas e redes independentes deverão ter o apoio das mesmas.

AP: Em termos gerais, como descreve o suporte da empresa a este nível?�JZ: A Polivalor oferece, através da Academia Polivalor, cursos técnicos e de suporte ao processo de reparação para apoio a todo o tipo de reparador.

AP: Que tipo de serviços de Reparação Após-Garantia a Poliva-lor presta aos seus clientes?�JZ: A Polivalor oferece uma gama de serviços que permite preparar os reparadores em praticamente todas as vertentes no negócio, como a organização da empresa em termos de gestão principal, dos proces-sos operacionais e de formação técnica, não técnica e de recursos hu-manos. A consultadoria em marketing e CRM é um dos aspetos mais importantes dos serviços que atualmente oferecemos. Oferecemos também apoio à gestão financeira em termos de aconselhamento da gestão de topo.

AP: Em relação ao seu posicionamento no mercado da Repara-ção Após-Garantia, qual é a estratégia atual da empresa?�JZ: A Polivalor fornece serviços em dois setores: a formação e consul-tadoria, como atrás referi. Na formação, através da nossa estrutura for-mativa - a Academia Polivalor -oferecemos todo o tipo de formação que permite às empresas preparar os seus colaboradores para os desafios atuais e futuros. Na consultadoria, oferecemos serviços através de diver-sos programas por nós desenvolvidos. Oferecemos igualmente o apoio informático em termos de softwares específicos para o após-venda, no-meadamente, para o controlo do negócio no caso das marcas e das re-des independentes através da nossa empresa de informática associada, a Moonlight, com produtos como o Business Analytics e outros usados por operadores do mercado como a ACAP o IMTT e todos os operadores de pontos de venda através das informações sobre o CO2 das viaturas.

AP: Como classifica o posicionamento da empresa face à concor-rência, na área da Reparação Após-Garantia?�

JZ: Acreditamos que a Polivalor, face ao seu historial e à sua dimensão, tendo neste momento em conjunto com a sua associada Moonlight e com a estrutura da Academia Polivalor aproximadamente 90 colabora-dores diretos e indiretos, apresenta uma gama única de serviços face á sua concorrência.

AP: Qual é o perfil dos clientes da Polivalor existentes na área da Reparação Após-Garantia?�JZ: Temos clientes de todas as áreas, marcas, grupos de reparadores de marca, redes independentes e reparadores independentes, assim como empresas de peças e equipamentos.

AP: Como descreve a adesão das oficinas aos serviços de Repa-ração Após-Garantia da empresa?�JZ: Tem vindo a crescer com a necessidade das empresas se prepara-rem para a crescente concorrência.

AP: Existe algum tipo de formação prestada pela empresa às oficinas clientes?�JZ: A Polivalor existe desde 2003, tendo sido criada para prestar servi-ços de formação e consultadoria, com especial incidência no mercado automóvel. Sucedeu a outra empresa do Grupo, a Formoprojectos, que, a partir de 2004 concentrou a sua atividade no mercado moçam-bicano.Da experiência acumulada na formação do após-venda, salientamos a formação técnica automóvel com a formação curricular de técnicos com diferentes níveis de especialização, tendo como base uma escala hierárquica do saber em três etapas sequenciais como técnico de base, técnico sénior e um técnico de nível mais elevado com competências de topo em termos técnicos mas também com capacidade de ges-tão operacional de oficinas, que transmite o conhecimento adquirido. Complementarmente, temos realizado inúmeras ações de lançamento de novos modelos para o pessoal do após-venda, assim como para o pessoal das vendas.Oferecemos diversos cursos integrados em processos de certificação para gerentes principais, gerentes de serviço, chefes de oficina rececio-nistas, e outro pessoal para o negócio de reparação mecânica e de repa-ração na colisão. Fazemos, igualmente, cursos à distância e presenciais, bem como ações nos reparadores.

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ENTREVISTA 39

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40 ENTREVISTA

Auto Profissional: Qual é o historial da Gras Savoye NSA Portu-gal na área da Garantia Automóvel?�Sofia Cruz: A Gras Savoye NSA está no mercado português desde 1993, totalmente vocacionada para a gestão da Garantia Automóvel, um serviço inovador quando iniciou em Portugal a sua atividade. In-tegrada no Grupo Gras Savoye, uma empresa Willis Towers Watson (NASDAQ : WLTW), estamos presentes em 120 países, com 39 000 colaboradores. A Gras Savoye NSA defendeu sempre o princípio de escutar para compreender os seus clientes, propõe e desenvolve soluções ajustadas às necessidades mais simples, assim como às mais complexas.A empresa presta um serviço exclusivo na área da Garantia Automóvel. São muitos os profissionais do ramo automóvel que, ao longo destes 23 anos, têm mantido uma parceria com a NSA, cujo objetivo principal é oferecer soluções que permitam satisfazer e fidelizar os clientes dos

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A NSA garante todas as viaturas ligeiras que tenham valor económico, possuindo

garantias ativas em viaturas até 20 anos. Sofia Cruz, Diretora-Geral Adjunta, subli-

nha a atenção da empresa à evolução do mercado e a sua adaptação às exigências

dos clientes.

seus clientes. A nossa estrutura coloca à disposição do cliente uma equi-pa profissional, competente e flexível, permitindo relações de confiança e de proximidade.

AP: Para a Gras Savoye NSA Portugal, quais são as principais vantagens da Garantia Automóvel?�SC: A garantia automóvel é uma obrigação legal para o profissional que vende uma viatura nova ou usada: dois anos para os novos e mínimo de 12 meses para os usados. A principal vantagem é, sem dúvida, o facto de, no momento da venda, ser apresentado ao comprador os direitos e obrigações no âmbito da garantia, através de um contrato. Por um lado, o cliente sai confiante pela compra do seu automóvel e, por outro lado, sabe como deve proceder no momento de uma avaria, e sabe a quem se deve dirigir para resolver todo o processo de reparação da viatura. A nossa missão é acompanhar um processo sensível do cliente, pois a

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ENTREVISTA 41

avaria de uma viatura implica várias etapas: a imobilização, a necessida-de de reboque, a atribuição de uma viatura de substituição e a análise do orçamento (quem vai pagar a reparação, se está ou não coberta pelo contrato). Em todas estas etapas temos um equipa de profissionais que respondem eficazmente às necessidades de cada situação. Quem vende o automóvel tem a vantagem de poder transferir a sua responsabilidade para a NSA, com a garantia de que vai ter um parceiro a resolver as suas necessidades diárias do pós-venda.

AP: Que serviços da Gras Savoye NSA Portugal são abrangidos pela Garantia Automóvel?�SC: A garantia NSA inclui a assistência em viagem 24h; a cobertura de órgãos de peças com uma vasta abrangência; a vantagem de liquidarmos as reparações diretamente às oficinas e uma plataforma de gestão e atendimento permanente constituída por profissionais com uma forma-ção contínua e adaptada, capaz de responder a todas as necessidades do comprador, do vendedor ou do reparador do veículo.

AP: A Gras Savoye NSA Portugal possui alguma rede de oficinas para os seus serviços de Garantia Automóvel?�SC: A NSA tem um papel importante na fidelização dos clientes ao longo de toda a cadeia de valor, ou seja, a oficina da entidade vendedora será sempre a de preferência no momento da reparação do automóvel.

AP: A empresa administra ações de formação às oficinas nesta área?�SC: Sim. A nossa formação é dada a todos os intervenientes no proces-so de venda e pós-venda, desde chefes de venda, vendedores, secre-tárias comerciais, rececionistas até aos chefes de oficina, pois é de ex-trema importância o conhecimento de todas as etapas, funcionamento, integração e complementaridade de serviços.

AP: Que tipo de veículos usados podem ser abrangidos pela Ga-rantia Automóvel da Gras Savoye NSA Portugal?�SC: A NSA garante todas as viaturas ligeiras que tenham valor econó-mico. Temos garantias ativas em viaturas até 20 anos.

AP: Na sua opinião, de que forma a Gras Savoye NSA Portugal se diferencia da concorrência com as suas soluções de Garantia Automóvel?�SC: A nossa principal missão é defender a satisfação dos vários inter-venientes, comprador e vendedor. Para que isso aconteça temos que estar preparados para a disponibilidade necessária de comunicação de proximidade, Não podemos ter uma plataforma de atendimento para dizer “sim” ou “não” mas sim uma equipa de pessoas prontas para escu-tar as necessidades e apresentar as respetivas soluções. Existe sempre um interlocutor direto entre a NSA e o cliente que é o nosso Gestor Comercial. É este que faz a ponte em todos os momentos e intervém ativamente com a sua flexibilidade comercial - o que consideramos uma caraterística diferenciadora perante a concorrência.

AP: Em relação ao seu posicionamento no mercado de Garantia Automóvel, qual é a estratégia atual da empresa?�SC: O mercado automóvel continua a crescer, em recuperação das quotas já existentes no passado. Celebramos o crescimento dos nossos clientes, pois é graças ao crescimento deles que nós crescemos. Pro-curamos sempre adaptar as exigências e ultrapassar os objetivos a que nos propomos, estarmos atentos à evolução do mercado, fidelizar os clientes existentes e continuar a ganhar sempre novos clientes!

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42 OPINIÃO

Análise global da evolução do setor automóvel

MOBINOV – Associação do Cluster Nacional

No setor automóvel existem alguns aspectos transversais que merecem uma maior

reflexão por parte da MOBINOV – Associação do Cluster Automóvel. Para além

da análise SWOT (pontos fracos, pontos fortes e oportunidades), releva observar o

crescimento atual do setor.

A forte concorrência das fábricas nos países da Europa do Leste, Norte de África e Ásia, a contração da procura no mercado automóvel europeu, a volatilidade do sistema fiscal e da política penalizadora da solução de transporte automóvel, a tendência global para a procura de fornecedores que agreguem mais componentes da cadeia de valor, a perda de com-petitividade do fabrico de veículos em médios e grandes volumes, dos fatores de produção, como recursos humanos, logística e utilidades e a perda de espaço nas cadeias de fornecimento das grandes fábricas, são algumas das ameaças a ter em consideração. Por outro lado, também, há que ter em conta alguns pontos fracos deste setor, designadamente: setor fracionado, índice de cooperação fraco, dispersão de competências e falta de escala; necessidades de capital, dificuldade no financiamento, limitação no investimento em I&D; desempenho na qualidade, gestão e I&D aquém da referência da indústria; escassez de competências em I&D, fraca ite-ração com entidades do SI&I e em consórcios europeus; necessidade de formação profissional especializada em determinadas áreas; insuficiente suporte à internacionalização da atividade, particularmente na cadeia de fornecimento; elevada carga burocrática interna e associada à internacio-nalização de um produto; custos elevados em alguns fatores de produção (e.g. eletricidade e portagens); escassez de fornecedores nas áreas de ele-trónica, sistemas, materiais avançados e motorizações e falta de autono-mia de OEM e integradores locais na gestão da cadeia de fornecimento.Não obstante todos os aspectos acima referidos e, que merecem uma reflexão por parte da MOBINOV, considera esta Associação do Cluster Automóvel, que o Setor tem a seu favor um conjunto de pon-tos fortes (setor consolidado e com peso na economia - criação de emprego, VAB, exportações; competitividade dos OEM nacionais nos grandes grupos; infraestruturas e equipamentos de fabrico avançados - unidades de montagem flexíveis; capacidade de estabelecer cadeias de fornecimento maioritariamente nacionais; competências de I&D e engenharia em centros nacionais, com custos competitivos; indústria de componentes internacional, com núcleo de empresas portuguesas líderes (ex.: moldes; determinação política no desenvolvimento do setor, no contexto da estratégia e instrumentos Portugal 2020; país com infraestruturas de transporte e tecnológicas de elevada quali-dade e com localização geoestratégica para atração de investimento estrangeiro; clima social e natural estável, qualidade no ensino/saúde, mercado de trabalho flexível e eficiente) e de oportunidades (posicio-

namento da indústria junto dos principais clientes e mercados; redes de cooperação para sinergias na indústria de componentes, visando exportação; reestruturação industrial global, com aposta na especia-lização tecnológica e novos conceitos; desenvolvimento e projeção de competências do SI&I nacional na área automóvel e setores trans-versais; potencial sinergético nacional através de novas estratégias e capacidade logística no eixo atlântico; abertura de mercados globais; apoio financeiro à competitividade/internacionalização - programas estratégicos/operacionais 2020; especialização da indústria automó-vel em pequenas e médias séries; aumento da incorporação local na cadeia de valor local e de proximidade, assim como desenvolvimento de novas estratégias de operação logística que permitirão sustentar a competitividade futura do setor autmóvel.

Indicadores positivos

De acordo com os dados recolhidos pela AFIA – Associação de Fabrican-tes para a Indústria Automóvel – o ano de 2015 foi, uma vez mais, um ano positivo para o setor automóvel nacional, que registou um crescimento económico de 5,4% relativamente a 2014. Nos últimos cinco anos, as exportações para a União Europeia aumentaram 30% e as vendas para outros destinos aumentaram 36%. De acordo com os dados da AFIA, os destinos das exportações mantêm também a tendência habitual com Espanha e a Alemanha a surgirem como os principais destinos, seguidos de perto pela França e Inglaterra. Estes quatro países representam entre si 70% do total das exportações, sendo que as restantes 30% estão dis-tribuídos por outros países europeus e outros de fora da Europa, como os Estados Unidos da América e a China. Positiva também é esta constância do destino das exportações que mos-tra uma fidelização na relação cliente-fornecedor e que é fundamental para o contínuo crescimento da atividade do setor. Um fator que se torna ainda mais relevante se tivermos em conta que as empresas estão a com-petir num mercado global, caracterizado por uma capacidade produtiva superior à procura. Estes resultados refletem um crescimento sustenta-do, tal como vem sendo demonstrado ao longo do tempo pelo histórico do setor. É notória e sintomática a dinâmica empresarial desta indústria, que é um dos maiores setores exportadores e em muito tem contribuído para o crescimento da economia portuguesa.

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