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Proenol – Indústria Biotecnológica
Fernando Pedrosa
Estação Vitivinícola Amândio Galhano
12 de Dezembro de 2014
Produção de Vinhos Espumantes
Agenda
� Produção vinho base
� Viticultura
� Vinificação
� Produção de espumante
� Como se prepara o vinho e suas condições
� Fermentação e acompanhamento
� Degorgement e licor de expedição
Produção de Vinho Base
Viticultura
� Utilizar castas autóctones
� A escolha das castas deve seguir os seguintes critérios:
� Complexidade
� Bem adaptadas ao terroir
� Boa capacidade de envelhecimento
Produção de Vinho Base
Viticultura
Definição da data da vindima:
� Características procuradas num espumante: Elegância, finesse,
complexidade, frescura
� Procurar uma “boa” acidez – pH suficientemente baixo para obter
frescura e potencial de envelhecimento, sem agressividade
� Uma maturação não excessiva para evitar vinhos pesados e
muito estruturados
� Uvas maduras de modo a evitar gostos herbáceos e amargos
Produção de Vinho Base
Viticultura
Características analíticas das uvas:
� Grau alcoólico em torno dos 10 %Vol.
� pH à vindima entre 3,0 e 3,1
� Teor em ácido málico entre 2 e 5 g/L (FML?)
� Bom estado sanitário
Como orientação deve-se procurar uma relação AÇÚCAR/ACIDEZ =17
Seguindo a regra: álcool objectivo entre 10 e11,5 %vol. e acidez entre
as 9,5 e 11,5 g/L.
Produção de Vinho Base
Viticultura Vindima
� A vindima deverá idealmente ser realizada para caixas pequenas
� Evitar vindima mecânica, se necessária, as uvas deverão ser
protegidas com neve carbónica e sulfuroso e prensadas
rapidamente.
� Todas as macerações, provocam uma diminuição da fineza do futuro
vinho
� Evitar o esmagamento de uvas por sobreposição excessiva de
caixas e evitar grandes trepidações durante o transporte.
� A uva deve ir inteira para a prensa, sem desengace e sem
esmagamento
Produção de Vinho Base
Vinificação
PRENSAGEM
É a ETAPA mais importante do nascimento do vinho
RESPEITAR a integridade da uva
A DEGUSTAÇÃO e ASPECTO VISUAL devem “guiar” a prensagem
CONHECER bem o equipamento e o seu modo de trabalho
Conhecer a COMPOSIÇÃO da uva
Produção de Vinho Base
Vinificação
Produção de Vinho Base
Vinificação
Produção de Vinho Base
Vinificação
Produção de Vinho Base
Vinificação
Produção de Vinho Base
Vinificação
Tratamentos pré-fermentativos com bentonite, PVPP, caseína,
gelatina, N, deverão ser feitos em mosto durante a decantação.
Foi verificado pela universidade de Reims que os tratamentos em
mostos são menos prejudiciais do que realizados em vinho.
Por exemplo, um tratamento com 100 g/hL de bentonite em mosto é
menos lesivo para a qualidade da espuma do que um tratamento com
20 g/hL da mesma bentonite em vinho.
Produção de Vinho Base
Como se controla a qualidade da espuma
Mosalux (Maujean et al., 1990)
a
bc
d
e
f
gh
CO2
0
100
200
alça
da
(mm
)
0 5 10 15temps (s)
HM
HS
TS
Aturada sortida
de CO2
HS ou Hauteur à stabilité : On l'assimile au cordon de mousse généré par l’effervescence.HM ou Hauteur Maximale : On
l’assimile à la mousse produite dans la flûte au moment de servir
Produção de Vinho Base
Vinificação
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Ha
ute
ur M
ax
i en
mm
...
Témoin sur moût sur vin
Bentonite 50g/hL Charbon 50g/hL
Produção de Vinho Base
Produção de Vinho Base
Produção de Vinho Base
Produção de Vinho Base
Vinificação
Densidade
Tempo
995
1025
1040
1055
1085
1070
1010
1100
Aporte de 5 mg/L de Oxigénio (ou
remontagem)
Aplicar Fermaid E Blanc (30 g/hL)
Co-inoculação bactéria
VP41
Inocular Biodiva
25 g/hL, aclimatizada à
temperatura do mosto
Partindo de mosto clarificado
OptiMUM White 40 g/hL
Fim FA
Trasfega
Fim FML
Sulfitar 20
mg/L
Trasfega
Bâtonnage
Fermaid O (30 g/hL)
Temperatura
fermentação: 16 ºCInocular QA23
25 g/hL, aclimatizada à
temperatura do mosto
Produção de Vinho Base
Vinificação
ColagemHM (mm)
0
20
40
60
80
100
a
bb
HS (mm)
0
10
20
30
40
aa
b
Cola de Peix (2 g/hL)
Gelatina extra (2 g/hL)
Vi control
mg/L BSA F1 F2 F3 Prot. total
Vi control 5,32±0,25 a 11,13±0,33 a 56,61±2,30 a 73,06±2,89 a
Gelatina Extra 6,27± 0,12 b 12,97±0,21 b 65,93±2,46 b 85,17±2,47 b
Cola de peix 5,00± 0,20 a 10,63±0,35 a 50,81±3,05 c 66,45±3,39 c
Produção de Vinho Base
VinificaçãoEstabilização tartárica
A estabilidade tartárica é FUNDAMENTAL para a produção de vinho
espumante.
Após a estabilização tartárica o vinho deve ter:
• Teor em cálcio menor que 80 mg/L
• Temperatura de saturação:
• < 10 ºC – para vinhos brancos
• < 16 ºC – para vinhos tintos
Produção de Espumante
Preparação do vinho e licor de tiragem
� Vinho estável do ponto de vista tartárico, proteico e microbiológico
� Sulfuroso livre menor que 15 mg/L (Atenção SO2
molecular)
� Não deve conter agentes bioestáticos ou biocidas (ex. sorbato)
� Deve ser adicionado 0,3 mg/L de tiamina e o azoto assimilável deve
ser corrigido para 100 mg/L
� Adição de açúcar entre 21 a 26 g/L. Para vinhos de rotação rápida
utiliza-se 21g/L, para vinhos com maior estágio 26 g/L
� Outros: leveduras inactivas, taninos, cobre, etcN
Produção de Espumante
Preparação do vinho e licor de tiragem
Produção de Espumante
Preparação do vinho e licor de tiragem
ProElif®
Produção de Espumante
Condições de enchimento
� Fundamental garantir uma boa limpeza e desinfecção da linha de
enchimento.
� Temperatura do vinho deverá estar entre os 12 e 18 ºC
� Atenção à temperatura e qualidade das garrafas
� No caso de levedura encapsulada: deverá garantir a integridade da
membrana esterilizante utilizada na filtração
� No caso de levedura livre: Deverá garantir a agitação constante do
vinho no depósito pulmão e um enchimento turbulento
Produção de Espumante
Fermentação e acompanhamento
� A temperatura ideal para a segunda fermentação em garrafa é 14 ºC ± 2
� É fundamental o vinho fermentar num local com temperatura estável, as
variações de temperatura são prejudiciais para a qualidade do
espumante e podem mesmo por em causa a toma de gás.
� A cinética de fermentação pode variar bastante consoante os vinhos, um
valor médio é 0,2 bar/dia, sendo que o valor ideal é 0,1 bar/dia para ter
uma fermentação lenta.
� O objectivo da fermentação é atingir um mínimo de 6 bar de pressão
medidos a 20ºC
Produção de Espumante
Problemas que podem surgir e sua origem
� Filtração microbiológica deficiente » Vinho fica “contaminado” com
leveduras e/ou bactérias que provocam turvação, atrasam e
dificultam o degorgement, alteram as características do vinho.
� Má higienização da linha de enchimento » Igual ao anterior.
� Má estabilização tartárica » há a deposição de microcristais de
tartarátos que ficam aderentes ao vidro, que para além de
visualmente ser um defeito, provocam no degorgement uma
“degasage” elevada fazendo com que se perca muito vinho.
Produção de Espumante
Problemas que podem surgir e sua origem
� Má estabilidade proteica » Vinho pode ficar turvo, com aspecto
leitoso.
� Deficiente preparação do inóculo » Não fermentação, ou formação
parcial de gás.
� Sulfuroso elevado ou outros agentes biocidas » Não fermentação, ou
formação parcial de gás.
� Temperatura de fermentação muito alta (>25ºC) ou muito baixa (<10
ºC) assim como grandes variações » Não fermentação, ou formação
parcial de gás.
Produção de Espumante
Dégorgement - Descabeçamento
� O dégorgement é a ultima operação enológica a realizar no
espumante.
� Consiste na eliminação das leveduras e introdução do licor de
expedição.
� É importante congelar o colo da garrafa para formar um cubo de gelo
em torno das leveduras (ou borras) de modo a que quando se abre a
garrafa não haja ressuspensão das leveduras no vinho
Produção de Espumante
Dégorgement - Descabeçamento
� A higiene da doseadora do licor de expedição é importantíssima, deve
seguir o mesmo procedimento da enchedora.
� O licor de expedição idealmente deve ter como base o próprio
espumante, de modo a evitar instabilidades e perdas excessivas de
pressão.
� O licor de expedição pode conter: açúcar, sulfuroso, ácido ascórbico,
ácido cítrico, ácido láctico, goma arábica, tanino, Cu, destilados de
vinhoN
Obrigado pela vossa atenção
Produção de Vinhos Espumantes