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Curso de Análise de Inteligência - 2012
Cel R1 EB André Haydt Castello Branco Página 1
PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO DE INTELIGÊNCIA
ÍNDICE
ASSUNTO pag
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 02
2. O PENSAMENTO CRIADOR 02
3. O CONHECIMENTO DE INTELIGÊNCIA 05
4. SITUAÇÃO DE PRODUÇÃO 06
5. O CICLO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO 06
5.1 FASES DO CICLO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO 08
5.2 METODOLOGIA PARA A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO 09
5.3 FASES DA METODOLOGIA PARA A PRODUÇÃO DO
CONHECIMENTO
09
5.3.1 FASE DO PLANEJAMENTO 10
5.3.2 FASE DA REUNIÃO 14
5.3.3 FASE DA ANÁLISE E SÍNTESE 17
5.3.3.1. ANÁLISE 17
5.3.3.2 A TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DE DADOS (TAD) 22
5.3.3.3 SÍNTESE 26
5.3.4 FASE DA INTERPRETAÇÃO 27
5.3.5 FASE DA FORMALIZAÇÃO E DIFUSÃO 29
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O exercício da Atividade de Inteligência (Atv Intlg) constitui fator indispensável
de assessoria à tomada de decisão das instituições (públicas ou privadas), seja no nível
que vamos chamar de “tático”, onde a Atv Intlg atua para identificar oportunidades e
problemas que estão ocorrendo (no presente), ou que já ocorreram (no passado); seja no
nível “estratégico”, onde a atividade age no sentido de embasar as decisões que podem
maximizar oportunidades; e outras que visam evitar dificuldades para os governos e as
organizações em geral (no futuro).
No setor governamental, por ter esta importante participação no processo
decisório, os órgãos de Inteligência oficiais não podem se esquecer que devem estar
sempre voltados para a aplicação dos princípios doutrinários de Inteligência em
consonância com o Estado Democrático de Direito.
Por isso os órgãos de Inteligência devem ser submetidos a efetivos controles
como forma de garantir que as suas ações não se sobreponham aos interesses da
sociedade e do Estado. E assim acontece no Brasil.
Entendidos os rigores da lei e da ética aos quais a Atv Intelg está submetida, fica
fácil entender a razão da preocupação com o produto final - o Conhecimento de
Inteligência - no sentido de que sua preparação seja realizada dentro de um rigor
metodológico comprometido com a verdade.
Neste trabalho, não há espaço para intuições, opiniões pessoais desprovidas de
qualquer fundamentação científica e ingerência política.
A produção do Conhecimento de Inteligência, como já vimos em outras leituras,
utiliza uma metodologia adotada por algumas escolas do pensamento científico,
devidamente adaptada para a Atv Intlg.
O uso desta metodologia tem a finalidade de buscar reduzir os erros (não
intencionais) que possam ocorrer durante a execução dos trabalhos e,
consequentemente, o grau de incerteza do produto final, o que influenciaria,
negativamente, no resultado final dos conhecimentos produzidos e colocados à
disposição de algum gestor.
2. O PENSAMENTO CRIADOR
Objetivamente, o resultado final dos trabalhos do analista de Inteligência traduz-
se na produção de um conhecimento de conteúdo lógico e significativo, decorrente de
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um processo conduzido pelo seu “pensamento criador”, fundamentado em uma
doutrina e seguindo, rigorosamente uma metodologia.
Esse processo criativo, que ocorre dentro de nosso cérebro, percorre algumas
etapas, que podem ser assim resumidas:
a. acumulação, onde a experiência do analista, sua cultura geral, seu preparo
profissional, sua percepção da conjuntura, sua capacidade de assimilação dos detalhes
do fato, ou objeto de interesse, assim como tudo aquilo que dele conseguir reunir farão
parte de um conjunto de dados que dará início ao processo de criação.
b. incubação, onde o analista, já de posse de tudo aquilo que acumulou, medita,
pensa sobre o fato, ou situação em estudo, procurando formar um quadro lógico da
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massa de dados e conhecimentos disponíveis, utilizando-se da doutrina em vigor e da
metodologia para a produção do conhecimento.
INCUBAÇÃO
c. inspiração, fase em que, depois de acumular dados e conhecimentos; meditar
sobre o assunto; e integrar, fundir, na sua mente tudo isso, o analista procura ter acesso
ao significado real daquilo tudo que já foi trabalhado nas fases anteriores – um novo
significado.
NOVO SIGNIFICADO
d. verificação, fase em que o analista valida ou rejeita a solução que se
apresentou na sua inspiração.
VALIDAÇÃO
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Este processo, utilizado por algumas escolas do pensamento científico, é
perfeitamente adaptável à produção do Conhecimento de Inteligência, conferindo um
cunho científico ao resultado obtido.
3. O CONHECIMENTO DE INTELIGÊNCIA
Por que dizemos que o documento final, produto da Atv Intlg, é um
“Conhecimento”?
Primeiramente, o que é mesmo o Conhecimento?
O conhecimento humano é uma expressão usada para definir toda a experiência
gerada pelo ser humano adquirida até o momento em que vive a humanidade. Podemos
dizer, também, que é a soma de todos os pensamentos, criações e invenções da mente
humana.
Ou seja, tudo que nos cerca e que foi produto da mente criativa do ser humano
podemos chamar de Conhecimento Humano. O Conhecimento de Inteligência também é
um produto da mente humana. Dessa maneira, podemos dizer que o Conhecimento de
Inteligência é científico, uma vez que também utiliza uma metodologia muito
semelhante à aplicada na produção do Conhecimento Científico (já vimos isso em outra
leitura anterior- consulte se necessário).
Por fim, para que todos consigam produzir conhecimentos de qualidade, é
necessário que todos os sistemas de Inteligência do país atuem de forma responsável,
adotando os mesmos procedimentos, a mesma doutrina e a mesma metodologia.
4. SITUAÇÃO DE PRODUÇÃO
O Conhecimento de Inteligência será produzido pelas Agências de Inteligência
(AI) nas seguintes situações:
a) de acordo com um Plano de Inteligência.
O órgão de Inteligência obedece a especificações de um Plano de Inteligência,
tais como os assuntos a serem trabalhados, observando a oportunidade em que os
Conhecimentos devem ser produzidos.
b) em atendimento à solicitação de uma agência congênere.
O órgão de Inteligência é acionado por uma agência congênere, de dentro ou de
fora de seu próprio sistema, para produzir um conhecimento sobre determinado fato ou
situação.
c) em atendimento à determinação da autoridade competente.
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O órgão de Inteligência é acionado por uma autoridade ou gestor
(governamental ou empresarial) para analisar determinado fato ou situação.
d) por iniciativa própria.
A Agência de Inteligência decide, com base nas Diretrizes de Inteligência, que o
usuário ou um órgão congênere deve conhecer determinado fato ou situação.
5. O CICLO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO (CPC)
O Ciclo de Produção de Conhecimento (CPC) é um processo intelectual em que
a capacidade humana, auxiliada por metodologia própria, possibilita a elaboração de
um Conhecimento especializado e estruturado a partir de dados, devidamente avaliados
e analisados, para atender as demandas do processo decisório em qualquer dos seus
níveis.
Mas o que são DADOS?
Exemplos de dados
Relatórios Agendas Livros, teses, etc
Dado é toda e qualquer representação de fato, situação, comunicação, notícia,
documento, extrato de documento, fotografia, gravação, relato, denúncia, etc, ainda
não submetida, pelo profissional de Inteligência, à metodologia de Produção de
Conhecimento.
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Escutas Fichas Imprensa em geral
E Conhecimento?
Assim, para Atv Intlg, produzir Conhecimento é transformar dados e/ou
Conhecimentos (suas frações pertinentes) em um Conhecimentos avaliado,
significativo, útil, oportuno e seguro, de acordo com metodologia própria e específica.
Para a Atv Intlg, conhecimento é o resultado final (a representação de um
fato, ou objeto, de interesse para a Atividade) na forma escrita, ou oral, elaborado
pelo profissional de Inteligência, após a utilização e aplicação da Metodologia de
Produção de Conhecimento sobre dados e/ou conhecimentos anteriormente
reunidos.
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PRODUZIR CONHECIMENTOS DE INTELIGÊNCIA
Vamos fazer uma pequena analogia?
Imagine todo o processo que acontece para se produzir uma jóia de diamantes.
Considere que esta “jóia” é o nosso “Conhecimento de Inteligência”. Vamos ver?
Inicialmente, temos que procurar a matéria-prima, que para a Atv Intlg, dentro
da Metodologia da Produção do Conhecimento, são os dados que não dispomos ainda.
Procurar a matéria-prima (dado) Obter a matéria-prima (os dados)
OBTER DADOS
PRODUZIR CONHECIMENTOS
DIFUNDIR (ASSESSORAR)
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Lapidar a pedra bruta Obter o produto final
(trabalhar os dados dentro da metodologia) (nosso Conhecimento)
Divulgar o trabalho Usar o produto final
(encaminhar ao usuário) (fazer uso do Conhecimento)
Simples, não?
5.1 FASES DO CICLO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
O CPC possui três fases. Inicialmente, existe a fase da Orientação, que se
fundamenta por intermédio das Necessidades de Conhecimentos da autoridade ou
gestor, as quais estão consubstanciadas no Plano de Inteligência, ou não, dependendo
das circunstâncias.
Uma vez entendidas, perfeitamente, aquelas necessidades, dá-se a “Produção do
Conhecimento” que culmina com a “Utilização” pelo interessado, que, por sua vez,
pode realimentar o sistema com novas necessidades.
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CICLO DE PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO (CPC)
Existe uma confusão muito comum, feita por acadêmicos de respeito, que é a de
misturar os conceitos de Ciclo de Produção do Conhecimento com as fases da
Metodologia da Produção do Conhecimento (Planejamento, Reunião, Análise e
Síntese, Interpretação, e Formalização e Difusão)
.
5.2 METODOLOGIA PARA A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
A metodologia consiste na sequência ordenada de procedimentos executados
pelo analista, com vistas à produção de um Conhecimento de Inteligência de forma
racional e com melhores resultados.
O emprego da metodologia, entretanto, não garante o êxito no trabalho, pois
outros fatores concorrem para o sucesso, tais como: a experiência pessoal, os atributos
pessoais do analista, sua preparação profissional, sua experiência e o seu embasamento
cultural.
Como você vai perceber, o emprego da Metodologia para a
produção do Conhecimento acontece na fase da Produção do CPC.
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A metodologia, entretanto, garante que o analista:
- considere todos os aspectos do problema;
- produza um conhecimento em bases científicas;
- uniformize procedimentos no âmbito da Atv Intlg; e
- ofereça, ao usuário, um trabalho pleno de credibilidade.
5.3 FASES DA METODOLOGIA PARA A PRODUÇÃO DO
CONHECIMENTO
A Metodologia de Produção do Conhecimento compreende cinco fases:
Estas fases normalmente são aplicadas, por questão de sequência lógica, na
ordem em que foram apresentadas acima, mas isso não implica procedimentos rígidos,
nem impões limites precisos entre as fases.
São fases que se relacionam e que dependem uma das outras. Abaixo, vemos um
esquema de como transcorrerá o trabalho do analista de Inteligência, desde a chegada de
uma demanda, que pode até não existir (vide situações de produção), até a entrega do
Conhecimento ao usuário.
Fig: Esquema das fases da Metodologia para a Produção do Conhecimento
� Planejamento
� Reunião
� Análise e Síntese
� Interpretação
� Formalização e Difusão
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5.3.1 FASE DO PLANEJAMENTO
É a fase na qual são ordenadas, de forma sistematizada e lógica, as etapas do
trabalho a ser desenvolvido. Nesta etapa são estabelecidos os objetivos, as necessidades,
prazos, prioridades e a cronologia, sendo, também, definidos os parâmetros e as técnicas
a serem utilizadas, partindo-se dos procedimentos mais simples para os mais
complexos.
A Fase do Planejamento deve seguir algumas etapas para que, ao final, o
analista esteja seguro de que realizou todos os estudos preliminares e estabeleceu todos
os procedimentos para cumprir a tarefa.
Assim teremos:
a. Determinação do Assunto
A determinação do assunto (que será o título provisório de seu trabalho) a ser
estudado consiste em especificar o fato ou a situação, objeto do conhecimento a ser
produzido, por intermédio de uma expressão oral ou escrita.
O assunto deve ser preciso, bem determinado e específico, delimitando-se o
aspecto particular, ou o ponto de vista sob o qual será enfocado. Isso só facilitará as
etapas seguintes do método.
Se o assunto de seu trabalho não é tão óbvio assim, para chegar à sua escolha,
adota-se a técnica de formulação de problema. Como se faz isso? Formular um
problema consiste em identificar lacunas no conhecimento já existente, referente ao
assunto.
Faz-se sobre o assunto perguntas significativas e, após compará-las, o
profissional de Inteligência seleciona qual pergunta é mais relevante a ser respondida.
Aí terá o problema a ser abordado – seu assunto.
Calma! Não se preocupe, pois normalmente, o assunto não é tão difícil de ser
determinado. Na maioria das vezes, ele já vem determinado, ou mesmo se oferece ao
analista de maneira evidente.
A fase do Planejamento que serve para organizar o pensamento.
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b. Determinação da faixa de tempo a ser considerada
Consiste em estabelecer marcos temporais para o desenvolvimento do estudo
considerado, sempre levando-se em conta a necessidade do usuário.
Fig: Determinação da faixa de tempo
c. Determinação do usuário do conhecimento
Identifica a autoridade ou o órgão congênere que, pelo menos potencialmente,
utilizará o Conhecimento que está sendo produzido. Identificando isso, o analista pode
ter uma idéia do nível de profundidade do Conhecimento a ser produzido.
Atenção! Conhecer o usuário final nem sempre será possível.
d. Determinação da finalidade do conhecimento
Diz respeito à virtual utilização, pelo usuário, do Conhecimento que está sendo
produzido.
Devido à compartimentação inerente ao exercício da Atv Intlg, nem sempre é
possível a determinação da finalidade. Neste caso, o planejamento é orientado para
esgotar o assunto tratado, de tal modo, que o usuário venha a encontrar em algum ponto
do Conhecimento produzido subsídios úteis a sua atuação.
Obs: o conceito de “compartimentação” encerra em si a necessidade de
conhecer. Ou seja, nem todos, mesmo dentro de um serviço de inteligência, têm
necessidade de saber de tudo.
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e. Determinação do prazo disponível
Nos casos de produção do Conhecimento em obediência a Planos de
Inteligência ou estímulos específicos, é normal que os prazos estejam previamente
estabelecidos.
Quando isso não ocorrer ou quando a iniciativa de produção do Conhecimento é
da própria Agência de Inteligência, os prazos são estabelecidos observando-se o
princípio da oportunidade.
f. Determinação dos aspectos essenciais
Consiste em listar o que o analista, nesta etapa do estudo, acredita necessitar
saber para extrair conclusões sobre o assunto em pauta. Tal lista poderá ser ampliada ou
sofrer supressões em decorrência da evolução dos trabalhos.
A determinação dos aspectos essenciais comporta dois procedimentos: a
verificação dos “aspectos conhecidos” e os “a conhecer” .
A eleição dos aspectos conhecidos consiste em verificar, dentre os aspectos
essenciais já determinados, aqueles para os quais já se tenha algum tipo de resposta,
antes do desencadeamento de qualquer medida de reunião. É importante separar as
respostas completas das incompletas e as que expressam certeza das que expressam
opinião (lembra dos estados da mente do ananalista?). Não se preocupe, pois você
aprenderá como se faz isso.
A identificação dos aspectos essenciais a conhecer remete aos aspectos
essenciais para os quais o profissional de Intlg não possui respostas; ou que necessite
de novos elementos de convicção para as respostas já à sua disposição, ou mesmo que
necessite completar as respostas já disponíveis.
g. Atribuição de um grau de sigilo preliminar
Faz parte das medidas de segurança a adotar durante a produção do
conhecimento a fim de garantir a compartimentação necessária ao desenvolvimento de
qualquer Conhecimento de Inteligência.
“Planejar” deve constituir-se em uma ação rotineira do profissional de
Inteligência.
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RESUMO DA FASE DO PLANEJAMENTO
5.3.2 FASE DA REUNIÃO]
Compreende a etapa em que se procura obter dados e/ou Conhecimentos (estes
últimos virão de outras Agências de Inteligência - AI) , que respondam e/ou
complementem os aspectos essenciais a conhecer.
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A Reunião de Dados pode ser assim esquematizada:
1. Pesquisa, que abarca os contatos com
pessoas, estudos em bibliotecas, ligações
formais e informais com organizações fora do
Sistema de Inteligência. Como resultado da
pesquisa, o analista só reunirá DADOS.
A Pesquisa deve ser feita também nos
arquivos e bancos de dados da própria AI.
Tal processo pode oferecer DADOS ou
CONHECIMENTOS (documentos de
inteligência produzidos pela própria Agência)
sobre o assunto.
2. Ligações com órgãos
congêneres, que consiste na solicitação do
apoio de outras AI, pertencentes ou não ao seu
Sistema de Inteligência. Esse contato fornecerá
CONHECIMENTOS ao analista.
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Esses procedimentos acima constituem a chamada COLETA de dados, pois são
ações realizadas pelo analista de Inteligência acessando fontes abertas.
Obs: antigamente a “coleta” era chamada de “busca ostensiva”.
3. Acionamento do Elemento de Operações (ELO) para realizar a Busca de
dados.
A busca se destina à obtenção do dado que é negado; que não está disponível, ou
que está sob algum tipo de proteção.
O analista deverá saber, com antecedência, se o ELO tem a capacidade de
atendê-lo, antes de emitir a Ordem de Busca, ou mesmo avaliar a real necessidade
daquele DADO que lhe falta, pois acionar o ELO sempre significa risco à AI, ao próprio
ELO e, por conseqüência, ao sistema todo.
4. autorização judicial em hipótese de sigilo legal e investigação criminal, no
caso dos integrantes do Subsistema de Inteligência de Segurança Pública.
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Esses procedimentos acima descritos não obedecem, necessariamente, a ordem
em que foram citados, mas alguns critérios definirão como essas medidas vão ser
utilizadas, quais sejam:
1) usar os procedimentos dos mais simples para os mais complexos.
Por exemplo, antes de perguntar algo a uma AI congênere, esgotar seu arquivo;
antes de proceder pesquisas, verificar se o dado não está no banco da AI; antes de
acionar o ELO, verificar da real necessidade do dado requerido, pois o ELO vai utilizar
muitos meios em homens e materiais, sendo o meio mais complexo da fase da reunião,
caso seja empregado.
2) acionar os procedimentos de menor custo para os de maior custo.
Como exemplo, citamos, novamente, o emprego prematuro, ou mesmo sem uma
real finalidade do ELO.
3) dar preferência aos procedimentos de nenhum ou pouco risco, esgotando-
os antes de usar os mais arriscados.
Em uma Operação de Inteligência, pela sua natureza, sempre haverá risco de
comprometimento do próprio ELO e da AI.
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4) esgotar os meios de reunião da própria AI antes de estabelecer ligações
com as congêneres.
Isto é prescrito para que não desgastemos o parceiro de sistema, demandando-o
com trabalhos, antes de concluirmos nossa própria pesquisa interna.
5.3.3 FASE DA ANÁLISE E SÍNTESE
Compreende duas etapas: a determinação do valor dos Conhecimentos e dados
reunidos (ANÁLISE) e a posterior integração (SÍNTESE) daquilo que restou, ao final
da fase.
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Vamos fazer uma relação entre o trabalho que está sendo feito e a montagem de
um quebra-cabeça, só para fins didáticos?
Nesta hora, ao ingressar na Fase da Análise e Síntese, o analista já dispõe de
muitas “peças” (dados e conhecimentos) que foram reunidas e não sabe quais servirão
no seu “jogo”.
Fig: “peças” reunidas na fase da Reunião
5.3.3.1 ANÁLISE
a. Determinação do Valor dos Conhecimentos e Dados reunidos
Compreende a verificação da pertinência, da significância e da
credibilidade dos Conhecimentos e Dados reunidos.
Fig: determinação do valor do que foi reunido
1) Verificação da pertinência
É o exame preliminar dos Conhecimentos e dados obtidos e a
determinação de sua relação com o assunto delimitado.
Pergunta do analista: o que é pertinente ao meu assunto?
Uma vez reunidos todos os Conhecimentos e dados, das mais diversas
fontes, este trabalho inicial determinará, de uma maneira geral, qual documento ou
fração de documento, ou dado serve e qual não é útil, pois não diz respeito ao problema.
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2) Verificação da significância
Depois o trabalho preliminar (isso “serve, isso não serve”) da
identificação da pertinência, ou seja do reconhecimento dos dados e conhecimentos que
têm relação com o assunto, o analista separa as frações significativas (parágrafos dos
textos) que atendem aos aspectos a conhecer, quer dizer que “significam” ao algo
perante as questões levantadas na Fase do Planejamento.
Então, passa a identificar as frações que respondem aos aspectos
essenciais determinados na fase de Planejamento.
3) Verificação da Credibilidade dos Dados e das frações pertinentes
contidas nos Conhecimentos reunidos
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No estudo das frações (parágrafos) pertinentes ao nosso estudo contidas
nos CONHECIMENTOS , já que estes são documentos de Inteligência processados por
analistas, cabe, apenas, verificar o tipo de Conhecimento reunido e o que ele significa.
Se, por exemplo, o Conhecimento reunido é uma Informação, todo o seu
texto é de credibilidade máxima, pois é o tipo de conhecimento que expressa a
CERTEZA do analista que o confeccionou.
Mas se o Conhecimento reunido foi um Informe , somente pelo tempo
verbal empregado é que vai se depreender, dentre as frações (parágrafos) significativas
presentes, quais as que expressam certeza (pretérito perfeito e presente do indicativo) e
as que denotam a opinião do analista (futuro do pretérito).
Se for uma Apreciação, o analista já sabe, de antemão, que este é um
conhecimento que expressa a opinião do analista que o elaborou, ficando, também
atento para os tempos verbais empregados.
Esta primeira seleção dará ao analista várias frações significativas
(parágrafos) de credibilidade diferente: CERTEZA ou OPINIÃO . E assim, com este
grau de credibilidade, é que essas frações deverão compor, inicialmente, os trabalhos
em curso.
Mais à frente, as frações que denotam “opinião” podem até ter sua
credibilidade mudada para “certeza”, desde que sejam comparadas com outras frações
significativas disponíveis, oriundas de outra fonte, ou até mesmo comparadas com
aquilo que o que o analista sabe sobre o assunto.
Essa certeza estará expressa no texto sob a forma dos tempos verbais:
pretérito perfeito e presente do indicativo.
A opinião do analista estará expressa no texto sob a forma do tempo
verbal Futuro do Pretérito.
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Exemplo:
Neste exemplo, as frações (parágrafos) “A” e “D” expressam a opinião
do analista e, por isso, consideremos que foram escritas no tempo verbal “Futuro do
Pretérito”. Já as demais, “B” e “C”, consideremos para fins de exemplo que possuem
seus verbos no presente do indicativo, ou no pretérito perfeito, simbolizando a “certeza”
do analista que os redigiu.
Agora, quando o analista confronta as frações em estado de opinião com
outras frações de fonte distinta, ou com seu próprio conhecimento, elas podem tornar-se
frações que expressam certeza.
Fração “A” – opinião (verbos no futuro do pretérito)
Fração “D” - opinião
Fração “B” – certeza
(verbos no presente e pretérito perfeito)
Fração “C” - certeza
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Exemplo:
E o que deve-se fazer também com os DADOS reunidos?
Agora, vamos falar dos cuidados referentes somente aos DADOS. Busca-
se avaliar a Fonte que detém o dado e o Conteúdo daquilo que foi transmitido. Para
isso, aplica-se a Técnica de Avaliação de Dados (TAD).
FRAÇÃO “A”
ESTADO DE “OPINIÃO”
FONTE: GOVERNOS DOS EUA
ESTADO DE “CERTEZA”
FONTE: ARQUIVO PRÓPRIO
FRAÇÃO “A”
PASSA AO ESTADO DE “CERTEZA”
JULGAMENTO DA FONTE
JULGAMENTO DO CONTEÚDO
DETERMINAÇÃO DA CREDIBILIDADE DO DADO
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Antes de entrarmos, propriamente, na TAD, vamos comentar alguns
conceitos muito importantes.
a) Fonte de dados
Os dados que chegam a uma AI têm origens, que na linguagem da Atv
Intlg, são conhecidas como “fontes”. As “fontes” podem ser:
- PESSOAS – aquelas que detêm a autoria do dado, por terem percebido,
memorizado e descrito um fato, ou situação.
- ORGANIZAÇÕES – são aquelas que detêm a responsabilidade do
dado, por tê-lo veiculado, não nos sendo possível identificar o autor.
- DOCUMENTOS – são os que contêm os dados, mas não fornecem
indicações que permitam identificar o autor, ou a organização responsável. Nesta
categoria se incluem filmes, gravações de áudio, fotografias, panfletos apócrifos, etc.
Este tipo de dado dever ser avaliado com muito critério.
- EQUIPAMENTOS – capazes de captar imagens e sinais.
b) A comunicação de dados
O analista deve estar muito atento para saber como o dado chegou a seu
conhecimento, ou seja, em que condições o emissor (a fonte – o elemento que
apreendeu o dado originalmente) o entregou ao receptor (o destinatário).
O cuidado que se deve ter, então, é procurar saber se entre a fonte e o
destinatário não existiu um outro elemento intermediário, que também possui a
capacidade de perceber, memorizar e transmitir um dado e o fez, só que obtendo o dado
do mesmo emissor que o passou ao destinatário. Isto pode levar o profissional a
conclusões infundadas. Esta pessoa é chamada de “Canal de Transmissão”.
Veja o exemplo abaixo:
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No exemplo acima, a Fonte observou o fato e o contou para o Destinatário e,
também, para uma outra pessoa. Esta, usando de sua habilidade de perceber detalhes,
memorizar e transmitir dados, relatou o fato, também, ao Destinatário, sem especificar
como o tinha obtido. Estas suas características pessoais podem acabar emprestando uma
credibilidade que não existe aos olhos dos menos avisados.
Se o profissional de Inteligência não aplicar, corretamente, a TAD, no tocante à
Fonte, corre o risco de confirmar este dado que, em sua origem, teve a mesma fonte.
c) O Ponto de Interesse
Antes de submeter um dado ao processo de avaliação, uma das
preocupações do analista deve ser com a definição do chamado “ponto de interesse”.
O ponto de interesse
Definir o “ponto de interesse” significa determinar qual o ponto do
conteúdo de um dado recebido, que interessa efetivamente ao analista para o
desempenho de seu trabalho.
A importância da definição prévia do ponto de interesse relativo a um
dado decorre, de como isto auxiliará na identificação da fonte a ser avaliada, bem
como, determinará o enfoque a ser adotado pelo analista, por ocasião de sua utilização
para a elaboração de um Conhecimento de Inteligência.
5.3.3.2 A TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DE DADOS (TAD)
Agora, sim. Vamos à Técnica de Avaliação de Dados (TAD). Como já
vimos, ela se refere ao julgamento do conteúdo do dado e da fonte que o transmitiu.
Este trabalho deve ser feito todas as vezes que o profissional receber um dado, seja lá
de quem foi (seu irmão, vizinho, amigo de longa data, um desconhecido, alguém
indicado por um amigo, etc).
1) Julgamento do conteúdo do dado
No julgamento do conteúdo, devem ser verificados três aspectos:
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a) Coerência: verifica-se se o dado apresenta contradições em seu
conteúdo, ou no encadeamento lógico. Busca-se verificar a harmonia interna do dado.
Exemplo de Dado incoerente:
Na primeira conversa, ela viu que Alexandre e Anna queriam convencê-
la da existência de uma situação que os excluísse de suspeita. “Eles falavam, e eu
ponderava: ´Por que um ladrão vai jogar uma criança da janela?”. O diálogo
prosseguiu. Aqui, ele é reproduzido de acordo com o relato da delegada:
- Se o ladrão percebe que o morador chegou, a primeira coisa que faz é
fugir do local. Por que despertar uma criança que estava dormindo e jogar pela
janela? — questiona Renata.
- Ela pode ter acordado — diz o pai.
- Se ela acordou, ele sai correndo. Uma criança de 5 anos não vai
conseguir segurar um ladrão.
- Então ela pode ter reconhecido ele.
- Nesse caso, por que criar tanta dificuldade? Se ele tem uma faca, dá
uma facada. Sabendo que o pai ia à garagem e voltava, o que demora dois minutos, ele
não teria todo esse trabalho de procurar a tesoura, a faca, asfixiar a menina, jogar,
guardar a faca e a tesoura, sair e ainda trancar a porta.
O casal admitiu, diz a delegada, que nada fora levado do apartamento. E
passou para outra hipótese: vingança. (“O fim do silêncio sobre Isabella” in Revista
Época, 01/09/08. p. 73-77)
Perceberam que o primeiro relato feito pelos pais de Isabella Nardoni,
apesar de cronologicamente perfeito, estava cheio de contradições, e que, por isso, não
“entrava na cabeça” da delegada.
b) Compatibilidade: verifica-se o grau de harmonia com que o dado se
relaciona com outros dados já conhecidos, ou com que já se conhece sobre o fato ou
situação.
Em palavras mais simples: para um dado ter compatibilidade, basta que
ele não esteja destoando de maneira contundente dos demais que falam sobre o mesmo
assunto.
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Exemplo:
Você reuniu os seguintes dados, provenientes das mais diversas fontes
(Fontes 1, 2, 3 e 4), e os comparou quanto à Compatibilidade.
Qual fonte forneceu um dado que não “se encaixou”? Que foi flagrantemente
distinto de todos os demais? Este deverá ser descartado por encerrar conteúdo que
destoa dos demais.
c) Semelhança: verifica-se se há outro dado, oriundo de fonte
diversa, que venha reforçar, por semelhança, os elementos do dado sob observação. Em
outras palavras, significa verificar se o dado recebido pode ser confirmado por outro
recebido de fonte diferente (que não seja “canal”, claro!)
Exemplo
FONTE 1
DADO A
FONTE 3
DADO A
FONTE 4
DADO A2
FONTE 1
DADO B
DADO CONHECIDO
B
FONTE 3
DADO B2
FONTE 4
DADO B3
FONTE 1
FONTE 2
FONTE 3
FONTE 4
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A representação das setas vermelhas indica que o analista possui, de fontes
diversas, dois ou mais dados que dizem a mesma coisa, levando-o ao estado da mente
de “certeza”.
RESUMO
2) Julgamento da fonte do dado
No julgamento da fonte do dado (pessoas, organização ou documentos),
busca-se avaliar seu grau de idoneidade, verificando-se três aspectos:
a) Autenticidade: verifica-se se o dado ou conhecimento provém
realmente da fonte presumida, ou de intermediários (“canal”). Esta verificação pode ser
realizada mediante o estudo das peculiaridades e dos possíveis indícios que permitam
caracterizar a fonte como sendo a detentora do dado.
b) Confiança: observa-se a fonte, os seus antecedentes criminais;
posicionamento político; comportamento social: colaboração anterior procedente; e
motivação de ordem ética ou profissional. Pode-se considerar, ainda, o grau de
instrução, valores, convicções e sua maturidade.
c) Competência: verifica-se se a fonte é habilitada (técnica, intelectual e
fisicamente) para se pronunciar sobre o tema e/ou se estava em local apropriado para
obter aquele dado específico.
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RESULTADO DA AVALIAÇÃO
Agora, o analista dispões de frações significativas devidamente graduadas em
credibilidade (Certeza e Opinião) .
CREDIBILIDADE
CERTEZA
CERTEZA
OPINIÃO
OPINIÃO
OPINIÃO
A
A2
B
B2
B3
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Seguindo a correlação com o “quebra-cabeças”, o analista, ao final desta fase,
ficou, apenas, com aquelas “peças” que servirão no seu “jogo” (A, B, A2, B2 e B3),
devidamente tratadas e separadas das demais.
5.3.3.2 SÍNTESE
A síntese é a operação que procede do simples para o complexo,
reunindo as partes analisadas em um todo, buscando-se compor um conhecimento
coerente.
A credibilidade (CERTEZA E OPINIÃO) das frações agora
disponíveis, que vão compor o conhecimento quando de sua formalização, será
traduzida por meio de recursos de linguagem que expressam o estado de certeza ou de
opinião do profissional de inteligência.
O analista procede, agora, o trabalho conhecido como
INTEGRAÇÃO, onde vai montar um conjunto coerente, ordenado, lógico e
cronológico, com base nas frações significativas, já devidamente avaliadas.
O aproveitamento de uma fração significativa varia de acordo com
o tipo de conhecimento que se pretende produzir, porém é desejável que sejam
aproveitadas, com prioridade, as frações significativas com grau máximo de
credibilidade - certeza.
Seguindo nossa correlação com o “quebra-cabeças”, o analista
começa a montar seu jogo, buscando colocar cada peça em seu lugar. Ao observar o
contorno de cada peça, das maiores para as menores; aquelas que têm canto reto, etc
(simples para o complexo), ele vai se dando conta do exato lugar onde deve entrar cada
peça no tabuleiro.
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5.3.4 FASE DA INTERPRETAÇÃO
Os procedimentos tratados nesta fase interpenetram-se de tal forma que,
qualquer tentativa de ordenação e delimitação se torna difícil. Neste sentido, apenas
para fins de explicação, eles são apresentados na seguinte sequência:
- delineamento de trajetória,
- estudo dos fatores de influência, e
- significado final.
Estudo dos fatores de influência – consiste em identificar e ponderar os fatores
que influem no fato ou situação, considerando-se a freqüência, a intensidade e os
efeitos.
Os fatores de influência são, na maioria das vezes, encontrados na própria
integração e identificados dinamicamente na maneira como a situação se apresentou, se
apresenta, ou pode vir a se apresentar.
Em outras oportunidades, os fatores de influência podem e devem ser admitidos
no estudo como imposições do usuário.
É a etapa na qual o profissional de Inteligência
esclarece o significado final do assunto tratado. Após o
processo de avaliação, análise e integração, ele deve
buscar estabelecer as relações de causa e efeito,
apontar tendências e padrões e fazer previsões,
baseadas no raciocínio.
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Pergunta a ser respondida:
Quais as variáveis? econômicas? Políticas? Psicossociais? Militares? Científico-
tecnológicas que influenciaram, atuam, ou mesmo podem vir a estar presentes no
futuro?
Delineamento de trajetória - consiste no encadeamento sistemático, com base
na integração, de aspectos relacionados com o assunto, objeto do trabalho em execução.
Integra todos os elementos fundamentais, dentro de uma cadeia de causa e
efeito, definindo, desta forma, o delineamento da trajetória do assunto.
Os limites a serem considerados para o estabelecimento da trajetória são o início
da faixa de tempo identificada no planejamento e determinado ponto do passado, do
presente ou ainda, no futuro.
Pergunta a ser respondida
Com que intensidade e com que freqüência as variáveis levantadas já se
apresentaram no assunto em estudo; permanecem atuando no presente, ou mesmo
podem vir a interferir no futuro?
O limite de tempo abrangido pela trajetória tem como base a faixa de tempo
identificada no Planejamento, podendo atingir mover-se para momentos do passado, do
presente e do futuro, dependendo do estudo realizado.
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Exemplo
Legenda: As letras maiúsculas representam as variáveis identificadas. Portanto, neste
exemplo, 04 variáveis foram apontadas (A, B, C e D). As indicações coma letra “F”
indicam a intensidade identificada pelo analista: F1, a mais forte, até F4, a de
intensidade mais fraca, no espaço de tempo considerado (quatro anos – A-4 até A).
Significado final – nesta fase os resultados dos procedimentos anteriormente
executados são revistos e o analista já tem em sua mente, pelo menos, um esboço da
solução do problema em estudo. O significado final representa a imagem formulada,
pelo analista, representando o fato ou situação em estudo, após a aplicação das quatro
fases da Metodologia da produção do
Conhecimento.
O significado final representa a
imagem formulada pelo analista,
representando o fato ou situação em
estudo, após a aplicação das quatro
fases da Metodologia da produção
do Conhecimento até aqui
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Voltando ao nosso “quebra-cabeça”, o jogo já está PRONTO, devidamente
integrado. Todas as peças no lugar. Jogo pronto para ser mostrado a alguém.
5.3.5 FASE DA FORMALIZAÇÃO E DIFUSÃO
Nesta fase, o conhecimento produzido será formalizado em Documentos de
Inteligência, e difundido (disponibilizado) para o usuário ou outras Agências de
Inteligência - atendidos os princípios do sigilo e da oportunidade e a necessidade de
conhecer - e posteriormente arquivado.
Em atendimento ao princípio da oportunidade admite-se a difusão informal,
previamente à sua formalização.
Em leitura apropriada, veremos como formalizar nosso Conhecimento de
Inteligência.
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QUADRO-RESUMO IMPORTANTE
CONHECIMENTO
ESTADO DA
MENTE
TEMPO VERBAL
TEMPO
INFORME
OPINIÃO
Futuro do pretérito
PASSADO
PRESENTE
CERTEZA
Presente
Pretérito Perfeito
INFORMAÇÃO
CERTEZA
Pretérito Perfeito
Presente
PASSADO
PRESENTE
APRECIAÇÃO
OPINIÃO
Futuro do pretérito
PASSADO
PRESENTE
FUTURO
ESTIMATIVA
OPINIÃO
Futuro do pretérito
FUTURO
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PLANEJAMENTO REUNIÃO ANÁLISE e SÍNTESE
INTERPRETAÇÃO FORMALIZAÇÃO e DIFUSÃO
ASSUNTO
PRAZO
ASPECTOS ESSENCIAIS
ATRIBUIÇÃO PRELIMINAR GRAU SIGILO
LIGAÇÃO ÓRGÃOS
CONGÊNERES
ACIONAR
ELO
PESQUISA
CONSULTA ARQUIVOS
INTEGRAÇÃO
DETERMINAÇÃO VALOR
DELINEAMENTO TRAJETÓRIA
DIFUSÃO
FORMALIZAÇÃO
FINALIDADE
USUÁRIO
FAIXA DE TEMPO
ESTUDO FATORES de INFLUÊNCIA
SIGNIFICADO FINAL