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Prof. Danilo Almeida – Biologia 02 – UnIENEM/PIAP - 2017 1 | Página Profº.Danilo Almeida BIOLOGIA 02

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Profº.Danilo Almeida

BIOLOGIA 02

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2 | P á g i n a

Essa apostila aborda os seguintes

grandes temas: Seres Vivos, Ecologia,

Genética e Evolução. Antes de tudo,

abordaremos os níveis de organização dos

seres vivos a partir de organismos, em

seguida, será feito uma breve analise dos

temas e suas características.

Organismo → conjunto de todos os

sistemas, formando um ser vivo.

Espécie → conjunto de organismos

semelhantes capazes de se cruzar em

condições naturais, produzindo

descendência fértil.

População → conjunto de seres da mesma

espécie que habitam determinada região

geográfica.

Comunidade → conjunto de seres vivos de

diferentes espécies que coabitam em uma

mesma região.

Ecossistema → conjunto formado pelas

comunidades biológicas em interação com

os fatores abióticos do meio.

Biosfera → conjunto de regiões do planeta

Terra capaz de abrigar formas de vida.

Características Gerais dos Seres Vivos

Para ser considerado um ser vivo, esse

tem que apresentar certas características:

- Ser constituído de célula;

- buscar energia para sobreviver;

- responder a estímulos do meio;

- se reproduzir;

- evoluir.

De acordo com o número de células

podem ser divididas em:

Unicelulares - Bactérias, cianófitas,

protozoários, algas unicelulares e leveduras.

Pluricelulares - os demais seres vivos.

O ciclo de vida ocorre nos indivíduos

que possuem reprodução sexuada, pois

inicia quando dois gametas se unem e vai

até a produção de gametas do indivíduo

formado, finalizando um ciclo e começando

outro com a fecundação. Nas espécies

vivas, encontramos os seguintes ciclos de

vida:

Ciclo haplobionte haplonte

Neste ciclo de vida o organismo adulto é

haploide (n) e produz gametas por mitose.

Ao se fundirem, originam um zigoto diploide

que rapidamente sofre uma meiose, para

que o organismo mantenha a haploidia da

espécie. Ao ficar maduro sexualmente, irá

produzir gametas por meiose, começando

outro ciclo e finalizando este. A meiose

neste ciclo ocorre na formação do zigoto,

por isso é chamada de meiose zigótica.

Seres vivos

Apostila de Biologia 02: Seres Vivos, Ecologia, Genética e Evolução.

Tipos de ciclo de vida

Níveis de organização dos seres

vivos

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3 | P á g i n a

Ciclo haplobionte

Este ciclo de vida ocorre na espécie

humana. Em idade reprodutiva, o organismo

produz por meiose os gametas, que são

células sexuais com metade do número de

cromossomos da espécie, ou seja, são

células haplóides. A meiose deste ciclo

ocorre na formação de gametas, por isso é

chamada de meiose gamética. Da união

destes gametas origina-se um zigoto

diploide, e quando estiver sexualmente

maduro irá produzir gametas por meiose,

finalizando este ciclo de vida e começando

outro.

Ciclo diplobionte

Este ciclo de vida ocorre na maioria das

algas e sua principal característica é a

alternância de gerações, onde alterna uma

fase haploide produtora de gametas e uma

diploide, produtora de esporos.

À fase diploide damos o nome de

esporófito e sua duração varia conforme a

espécie considerada. Em briófitas a fase

gametofítica é mais duradoura que a

esporofítica, já em angiospermas a fase

esporofítica é a mais duradoura.

O esporófito (2n) possui células

produtoras de esporos. Os esporos são

haplóides, portanto há meiose na sua

produção. Os esporos são liberados no

ambiente e quando encontram um local

adequado irão dar origem a organismos

haplóides, produtores de gametas.

Estes produtores de gametas são os

gametófitos, e representam a geração

gametofítica. Os gametas se fundem, dando

origem a um organismo diploide, o zigoto,

que cresce e se desenvolve, dando origem à

fase esporofítica.

De acordo com a organização

estrutural, as células são divididas em:

Células Procariontes

A sua principal característica é a

ausência de carioteca, individualizando o

núcleo celular, pela ausência de algumas

organelas e pelo pequeno tamanho que se

acredita que se deve ao fato de não

possuírem compartimentos membranosos

originados por evaginação ou invaginação.

Também possuem DNA na forma de um

anel não associado a proteínas (como

acontece nas células eucarióticas, nas quais

o DNA se dispõe em filamentos espiralados

e associados a histonas).

Estas células são desprovidas de

mitocôndrias, plasmídeos, complexo de

Golgi, retículo endoplasmático e, sobretudo,

cariomembrana o que faz com que o DNA

fique disperso no citoplasma.

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4 | P á g i n a

Pertencem a este grupo os seres

unicelulares ou coloniais:

- Bactérias.

- Cianófitas (algas cianofíceas, algas azuis

ou ainda Cianobactéria).

- PPLO ("pleuro-pneumonia like organisms")

ou Micoplasmas.

Células Eucariontes

As células eucariontes ou

eucarióticas, também chamadas de

eucélulas, são mais complexas que os

procariontes. Possuem membrana nuclear

individualizada e vários tipos de organelas.

A maioria dos animais e plantas a que

estamos habituados são dotados deste tipo

de células.

Células incompletas

As bactérias dos grupos das

rickettsíases e das clamídias são muito

pequenas, sendo denominadas células

incompletas por não apresentarem

capacidade de autoduplicação independente

da colaboração de outras células, isto é, só

proliferam no interior de outras células

completas, sendo, portanto, parasitas

intracelulares obrigatórios.

Diferente dos vírus por apresentarem:

- Conjuntamente DNA e RNA;

- Parte da máquina de síntese celular

necessária para reproduzirem-se;

- Uma membrana semipermeável, através

da qual realizam as trocas com o meio

envolvente.

Obs.: Já foram encontrados vírus com DNA,

adenovírus, e RNA, retrovírus, no entanto

são raros, os vírus que possuem DNA e

RNA simultaneamente.

Vírus é uma partícula basicamente

proteica que pode infectar organismos

vivos. São parasitas obrigatórios do

interior celular e isso significa que eles

somente se reproduzem pela invasão e

possessão do controle da maquinaria de

autoreprodução celular. O termo vírus

geralmente refere-se às partículas que

infectam eucariontes (organismos cujas

células têm carioteca), enquanto o termo

bacteriófago ou fago é utilizado para

descrever aqueles que infectam

procariontes (domínios Bacteria e

Archaea).

Os níveis de organização das Células

Eucariotas

Nesse grupo encontram-se:

Células Vegetais (com cloroplastos e com

parede celular; normalmente, apenas, um

grande vacúolo central).

Células Animais (sem cloroplastos e sem

parede celular; vários pequenos vacúolos).

A Sistemática é uma área da Biologia

que estuda a biodiversidade através de um

sistema sintético de classificação, chamado

taxonomia, que utiliza hierarquias para

agrupar os organismos formando grupos e

subgrupos. Dessa forma, por exemplo,

dentro do grupo das plantas há o subgrupo

das plantas com frutos e outro das plantas

sem frutos.

Os objetivos da sistemática são:

- Conhecer melhor os seres vivos, e

para tal são agrupados em categorias

taxonômicas ou táxons. Já foram

identificadas mais de 1,5 milhão de espécies

e acredita-se que ainda haja muitas

desconhecidas;

Sistemática

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5 | P á g i n a

- Usar a taxonomia para identificar,

descrever, nomear e catalogar as espécies;

- Identificar os processos determinantes

da biodiversidade ou diversidade biológica;

- Investigar as relações de parentesco

evolutivo entre as espécies atuais e seus

antepassados, usando conhecimentos de

outras áreas da biologia como genética e

biologia molecular.

Quanto a sua classificação, os seres

vivos estão atualmente divididos em

cinco reinos:

I. Reino Metazoa ou Animalia: composto por

organismos pluricelulares e heterótrofos

(não são capazes de produzir sua própria

energia). Fazem parte deste grupo: animais

invertebrados, vertebrados, aves,

mamíferos, inclusive o homem.

II. Reino Metaphyta ou reino Plantae: seres

pluricelulares que possuem células

revestidas por uma membrana de celulose e

que são autótrofos (capazes de produzir sua

própria energia). Fazem parte deste grupo:

vegetais inferiores (algas verdes, vermelhas

ou marrons), vegetais intermediários (ex.

samambaia) e vegetais superiores (plantas).

III. Reino Monera: composto por organismos

unicelulares (formados por uma única célula)

e procariontes (células que não possuem um

núcleo organizado). Fazem parte deste

reino: as bactérias e algas azuis ou

cianobactérias (antigamente eram

consideradas como vegetais inferiores).

IV. Reino Fungi: composto por seres

eucariontes (núcleo organizado e

individualizado) que podem ser uni ou

pluricelulares. Fazem parte deste reino: os

fungos elementares e os fungos superiores

(antigamente eles eram classificados como

vegetais inferiores).

Reino Protista: formado por seres

unicelulares e eucariontes. Estão presentes

neste reino: protozoários (giárdias, amebas,

tripanossomas) e algas inferiores ou

eucariontes.

Identidade dos seres vivos -.. Funções

vitais dos seres vivos e sua

relação com a adaptação desses

organismos a diferentes ambientes.

Biotecnologia e sistemática

Ecologia

Tem origem do grego, Oikoslogos (oikos

= casa + logos = estudo), originalmente

empregado em 1866 pelo zoólogo alemão

Ernst Haeckel (1834 - 1919), designa o

estudo das relações entre os seres vivos e o

ambiente em que vive. Ou seja, é a parte da

biologia que estuda todos os tipos de

interações dos seres vivos entre si e com

o ambiente em que vivem. A Ecologia

estuda também as relações entre os seres

vivos e o meio físico (ar, luz, temperatura,

umidade, tipo de solo, etc.).

Componentes estruturais de um

ecossistema

Os ecossistemas são constituídos,

essencialmente, por três componentes:

• Abióticos - que em conjunto

constituem o biótopo: ambiente físico e

fatores químicos e físicos. A radiação solar é

um dos principais fatores físicos dos

ecossistemas terrestres.

Ecologia e Ciências Ambientais

Classificação dos seres vivos

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6 | P á g i n a

• Bióticos - representados pelos seres

vivos que compõem a comunidade biótica

ou biocenoses. Compreendendo os

organismos heterótrofos dependentes da

matéria orgânica e os autotróficos

responsáveis pela produção primária, ou

seja, a fixação do CO2.

• Energia – caracterizada pela força

motriz que aporta em diversos ambientes e

garante as condições necessárias para a

produção primária em um ambiente, ou seja,

a produção de biomassa a partir de

componentes inorgânicos.

Um ecossistema ou unidade ecológica é

uma unidade natural que compreende o

conjunto das interações estabelecidas entre

os seres vivos de uma comunidade, entre si

e com o ambiente em que vivem. Ou seja, É

o conjunto de comunidades

interdependentes cujos organismos reciclam

matéria enquanto a energia flui através

deles.

Relações ecológicas

Em um ecossistema, os seres vivos

relacionam-se com o ambiente físico e

também entre si, formando o que chamamos

de relações ecológicas. As relações

ecológicas ocorrem dentro da mesma

população (isto é, entre indivíduos da

mesma espécie), ou entre populações

diferentes (entre indivíduos de espécies

diferentes). Essas relações estabelecem-se

na busca por alimento, água, espaço,

abrigo, luz ou parceiros para reprodução.

A seguir veremos alguns exemplos

desses tipos de relações.

Sociedade

União permanente entre indivíduos em

que há divisão de trabalho. Ex.: insetos

sociais (abelhas, formigas e cupins)

Portanto, uma sociedade é composta

por um grupo de indivíduos da mesma

espécie que vivem juntos de forma a

permanentes e cooperando entre si.

Colônia

Associação anatômica formando uma

unidade estrutural e funcional. Ex.: coral-

cérebro, caravela, recife de corais.

Colônia é um grupo de organismos da

mesma espécie que formam uma entidade

diferente dos organismos individuais. Por

vezes, alguns destes indivíduos

especializam-se em determinadas funções

necessárias à colônia.

Mutualismo

Associação obrigatória entre indivíduos,

em que ambos se beneficiam. Ex.: líquen,

Relações Harmônicas ou

intraespecíficas (positivas)

Relações interespecíficas (entre

indivíduos)

Ecossistemas

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7 | P á g i n a

bois e microrganismos do sistema

digestório.

Exemplo:

Abelhas, beija-flores e borboletas são

alguns animais que se alimentam do néctar

das flores. O néctar é produzido na base das

pétalas das flores e é um produto rico em

açucares. Quando abelhas, borboletas e

beija-flores colhem o néctar, grãos de pólen

se depositam em seu corpo. O pólen contém

células reprodutoras masculinas da planta.

Pousando em outra flor, esses insetos

deixam cair o pólen na parte feminina da

planta. As duas células reprodutoras - a

masculina e a feminina - irão então se unir e

dar origem ao embrião (contido dentro da

semente). Perceba que existe uma relação

entre esses insetos e a planta em que

ambos lucram. Esse tipo de relação entre

duas espécies diferentes e que traz

benefícios para ambas é chamada

mutualismo. Os animais polinizadores

obtêm alimento e a planta se reproduz.

Liquens e polinizadores

Comensalismo

Associação em que um indivíduo

aproveita restos de alimentares do outro,

sem prejudicá-lo. Ex.: Tubarão e Rêmoras,

Leão e a Hiena, Urubu e o Homem.

Protocooperação

Associação facultativa entre indivíduos,

em que ambos se beneficiam. Ex.: Anêmona

do Mar e paguro, gado e anum (limpeza dos

carrapatos), crocodilo africano e ave palito

(higiene bucal).

Canibalismo

Relação desarmônica em que um

indivíduo mata outro da mesma espécie

para se alimentar. Ex.: louva-a-deus,

aracnídeos, filhotes de tubarão no ventre

materno.

Amensalismo ou Antibiose

Relação em que indivíduos de uma

espécie produzem toxinas que inibem ou

impedem o desenvolvimento de outras. Ex.:

Maré vermelha, cobra (veneno) e homem,

fungo penicillium (penicilina) e bactérias.

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8 | P á g i n a

A Penicilina foi descoberta em 1928

quando Alexander Fleming, no seu

laboratório no Hospital St Mary em Londres,

reparou que uma das suas culturas de

Staphylococcus tinha sido contaminada por

um bolor Penicillium, e que em redor das

colônias do fungo não havia bactérias. Ele

demonstrou que o fungo produzia uma

substância responsável pelo efeito

bactericida, a penicilina.

Sinfilia ou Esclavagismo

Indivíduo mantém em cativeiro

indivíduos de outra espécie, para obter

vantagens. Ex.: formigas e pulgões.

Predação

Relação em que um animal captura e

mata indivíduos de outra espécie para se

alimentar. Ex.: cobra e rato, homem e gado.

Todos os carnívoros são animais

predadores. É o que acontece com o leão, o

lobo, o tigre, a onça, que caçam veados,

zebras e tantos outros animais. O predador

pode atacar e devorar também plantas,

como acontece com o gafanhoto, que, em

bandos, devoram rapidamente toda uma

plantação. Nos casos em que a espécie

predada é vegetal, costuma-se dar ao

predatismo o nome de herbivorismo.

Raros são os casos em que o predador

é uma planta. As plantas carnívoras, no

entanto, são excelentes exemplos, pois

aprisionam e digerem principalmente

insetos.

A predação é uma forma de controle

biológico natural sobre a população da

espécie da presa. Embora o predatismo seja

desfavorável à presa como indivíduo, pode

favorecer a sua população, evitando que

ocorra aumento exagerado do número de

indivíduos, o que acabaria provocando

competição devido à falta de espaço,

parceiro reprodutivo e alimento. No entanto

ao diminuir a população de presas é

possível que ocorra a diminuição dos

predadores por falta de comida. Em

consequência, a falta de predadores pode

provocar um aumento da população de

presas. Essa regulação do controle

populacional colabora para a manutenção

do equilíbrio ecológico.

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9 | P á g i n a

Parasitismo

Indivíduos de uma espécie vivem no

corpo de outro, do qual retiram alimento.

Ex.: Gado e carrapato, lombrigas e vermes

parasitas do ser humano.

A lombriga é um exemplo de parasita. É

um organismo que se instala no corpo de

outro (o hospedeiro) para extrair alimento,

provocando-lhes doenças. Os vermes

parasitas fazem a pessoa ficar mal nutrida e

perder peso. Em crianças, podem prejudicar

até o crescimento.

As adaptações ao parasitismo são

assombrosas - desde a transformação das

probóscides dos mosquitos num aparelho de

sucção, até à redução ou mesmo

desaparecimento de praticamente todos os

órgãos, com exceção dos órgãos da

alimentação e os reprodutores, como

acontece com as tênias e lombrigas.

Competição Interespecífica

Existem basicamente dois modos de

competição interespecífica, a competição

interespecífica por interferência ou por

exploração de recursos. Basicamente, a

competição interespecífica por interferência

é observada quando espécies diferentes

estão diretamente em contato umas com as

outras, muitas vezes como resultado

simplesmente da sobreposição de áreas de

vida de ambas.

A competição por recursos é mais

abrangente. É notável que os indivíduos

estejam competindo por diversos recursos

disponíveis, mas que estão limitando de

alguma forma o crescimento, sobrevivência

e fecundidade de ambas.

___________________________________

ANOTAÇÔES:

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10 | P á g i n a

O habitat é o lugar na natureza onde uma espécie vive dentro de um ecossistema. Por

exemplo, o habitat da planta vitória régia são os lagos e as matas alagadas da Amazônia,

enquanto o habitat do urso panda são as florestas de bambu das regiões montanhosas na China e

no Vietnã, uma planta pode ser o habitat de um inseto, o leão pode ser encontrado nas savanas

africanas.

______________________________________________________________________________

ANOTAÇÕES:

A dispersão limita sua distribuição?

O comportamento limita sua distribuição?

Fatores bióticos (outras espécies) limitam sua distribuição?

Fatores abióticos limitam sua distribuição?

Não

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Área inacessível ou tempo insuficiente.

Seleção de habitat.

Predação, parasitismo, competição, doença.

Fatores químicos: agua, pH, nutrientes de solo, oxigênio, etc.

Fatores físicos: Temperatura, luz, fogo, umidade, etc.

Interações entre os seres vivos

Habitat

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11 | P á g i n a

Cada espécie de ser vivo está adaptada

a seu habitat. Essa adaptação refere-se a

um conjunto de relações e de atividades

características da espécie no local. Esse

conjunto de interações adaptativas de

espécies constitui o nicho ecológico. O nicho

informa à custa de que se alimenta a quem

serve de alimento, como se reproduz, entre

outros.

Exemplos: a fêmea do Anopheles

(transmite malária) é um inseto hematófago

(se alimenta de sangue), o leão atua como

predador devorando grandes herbívoros,

como zebras e antílopes.

A cadeia alimentar é definida como a

série linear de organismos pela qual flui a

energia originalmente captada pelos seres

autotróficos fotossintetizantes e

quimiossintetizantes. Ou seja, são as

relações alimentares que se estabelecem

entre os seres produtores, consumidores e

decompositores dentro deum ecossistema.

Os seres vivos de um ecossistema

podem ser organizados de acordo com as

relações alimentares existentes entre eles.

Essas relações costuma ser representadas

por meio de diagramas denominados Teias

alimentares, estes se compõem de diversas

cadeias alimentares interligadas por meio de

linhas, que unem os diversos componentes

da comunidade entre si, evidenciando suas

relações alimentares.

Os ecossistemas tendem à maturidade,

ou estabilidade, e ao atingi-la passam de um

estado menos complexo para um mais

complexo. Essa mudança direcional é

chamada sucessão. As fases distintas da

sucessão ecológica são: comunidade

pioneira, comunidade intermediária e

comunidade clímax.

Nicho ecológico

Cadeia e teia alimentar Sucessão ecológica

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12 | P á g i n a

Comunidade pioneira: Em um terreno

abandonado, a remoção da cobertura

vegetal, expõe o solo à ação da erosão,

vento, sol/chuva tornando-o cada vez mais

estéril. Porém na natureza existem

organismos menos exigentes

(cianobactérias e liquens), esses são talvez

os primeiros organismos a se estabelecerem

em uma área como essa descrita é também

um exemplo de comunidade pioneira.

Comunidade intermediária: são

comunidades de organismos que surgem

após o desenvolvimento da comunidade

pioneira, o ambiente vai se transformado

favoravelmente ao desenvolvimento de

outros organismos. A cobertura vegetal uma

vez estabelecida protege o solo tornando-o

mais fértil.

Comunidade clímax: A comunidade

arbustiva gradualmente será substituída por

uma vegetação arbórea (mais estável). À

medida que a comunidade vegetal vai se

alterando, a comunidade animal também se

altera, por exemplo, passando a abrigar

pássaros nas árvores. Assim é consolidada

a última comunidade que é mais estável, a

partir de uma forte interação entre os

animais e vegetais.

Classificação dos processos de

sucessão:

Quanto às forças que direcionam o

processo:

- Sucessão autogênica: mudanças

ocasionadas por processos biológicos

internos ao sistema.

- Sucessão alogênica: direcionamento das

mudanças por forças externas ao sistema

(incêndios, tempestades, processos

geológicos)

Quanto à natureza do substrato na origem

do processo:

- Sucessão primária: em substratos não

previamente ocupados por organismos. Ex.(:

afloramentos rochosos, exposição de

camadas profundas de solo, depósitos de

areia, lava vulcânica recém-solidificada).

- Sucessão secundária: em substratos que

já foram anteriormente ocupados por uma

comunidade e, consequentemente, contêm

matéria orgânica viva ou morta (detritos,

propágulos). Exemplo: clareiras, áreas

desmatadas, fundos expostos de corpos de

água.

É a parte da ecologia que estuda as

variações de ocorrência de indivíduos da

mesma espécie (população) e procura

definir a (s) causa(s) dessas variações. As

populações possuem diversas

características próprias, mensuráveis. Cada

membro de uma população pode nascer,

crescer e morrer, mas somente uma

população como um todo possui taxas de

natalidade e de crescimento específicas,

além de possuir um padrão de dispersão no

tempo e no espaço.

O potencial biótico de uma população

é a sua capacidade de reprodução e,

portanto, de aumentar o número de

indivíduos em certa área, em condições

favoráveis.

Apesar de muitas espécies

apresentarem um potencial biótico elevado,

ao longo do tempo as populações mantêm-

se constantes devido à ação da resistência

ambiental.

Dinâmica populacional

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13 | P á g i n a

A resistência ambiental é a própria

ação da seleção natural sobre as

populações, tais como a limitação de

alimento e espaço, competição intra e

interespecífica, predação, parasitismo, entre

outros fatores.

O gráfico a seguir mostra o

comportamento da curva de crescimento

das populações naturais com a interferência

da resistência ambiental.

O crescimento de uma população

natural obedece a uma curva sigmoide

(também chamada de curva S) conforme

observado no gráfico acima, onde podemos

notar várias fases no crescimento

populacional.

Fase A: crescimento lento, fase de

adaptação da população ao ambiente,

também chamada de fase lag.

Fase B: crescimento acelerado ou

exponencial, também chamada de fase log.

Fase C: a população está sujeita aos limites

impostos pelo ambiente, a resistência

ambiental é maior sobre a população.

Fase D: estabilização do tamanho

populacional, onde ocorrem oscilações do

tamanho populacional em torno de uma

média.

Fase E: é a curva teórica de crescimento

populacional sem a interferência dos fatores

de resistência ambiental.

É o numero de indivíduos de uma

mesma espécie que vivem em determinada

área ou volume. À medida que a densidade

populacional aumenta, muitos mecanismos

dependentes da densidade retardam ou

interrompem o crescimento populacional

mediante a baixa taxa de natalidade e o

aumento das taxas de mortalidade.

Alguns mecanismos de regulação

dependentes da densidade:

A competição por recursos: o

aumento da densidade populacional

intensifica a competição por nutrientes e

outros recursos, reduzindo as taxas

reprodutivas.

Doenças: se a taxa de transmissão de

uma doença aumentar à medida que uma

população torna-se mais adensada, o

impacto da doença é dependente da

densidade.

Predação: A predação pode ser uma

causa importante de mortalidade

dependente da densidade, se um predador

capturar mais alimento à medida que a

densidade populacional da presa aumenta.

Ou seja, à medida que a população da presa

aumenta, os predadores podem alimentar-se

preferencialmente dessas espécies.

Territorialidade: Também pode limitar

a densidade populacional, quando o espaço

torna-se o recurso pelo qual os indivíduos

competem.

Densidade Populacional

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14 | P á g i n a

Resíduos tóxicos: as leveduras, como

as da cerveja (Saccharomyces cerevisiae),

são usadas para converter carboidratos em

etanol na fabricação de vinho. O etanol que

se acumula no vinho é toxico as leveduras e

contribui para a regulação (dependente da

densidade) do tamanho da sua população.

Imigração, emigração e metapopulação.

Além das contribuições de natalidade e

mortalidade relacionadas à dinâmica de

populações, temos a influencia de imigração

e emigração no aumento ou diminuição da

população. Quando temos uma população

adensada e a competição por recursos se

acentua, a imigração costuma aumentar.

Metapopulação: É quando há varias

populações locais conectadas sejam elas

por imigração ou emigração.

O saneamento básico é composto por

um conjunto de medidas que têm o objetivo

de conservar ou melhorar o meio ambiente

de uma região, colaborando para manter as

condições de higiene e saúde da população.

Entre os serviços que compõem esse

conjunto, estão o tratamento da água, a

coleta e o descarte adequado de resíduos

sólidos, a limpeza de vias públicas e a

canalização, afastamento e o tratamento de

esgotos. Ou seja, O saneamento básico,

segundo a Organização Mundial de Saúde

(OMS), é o gerenciamento ou controle dos

fatores físicos que podem exercer efeitos

nocivos ao homem, prejudicando seu bem-

estar físico, mental e social.

Outra definição é a trazida pela Lei do

Saneamento Básico (apelido dado para a

Lei Ordinária N.º 11.445 de 05 de janeiro de

2007 que estabelece as diretrizes básicas

nacionais para o saneamento), que o define

como o “conjunto de serviços, infraestrutura

e instalações operacionais de:”

abastecimento de água potável,

esgotamento sanitário, limpeza urbana,

manejo de resíduos sólidos e drenagem e

manejo das águas pluviais.

A Biologia da Conservação é um campo

de conhecimento que surgiu nas últimas

duas décadas do século XX e tem como

objetivo oferecer alternativas à acelerada

perda de biodiversidade Projetos de

conservação voltados para espécies,

populações, comunidades e ecossistemas

inteiros têm chamado a atenção de

cientistas, de formuladores de políticas

públicas e da população de um modo geral.

Estes projetos caracterizam-se por

abordagens interdisciplinares, e buscam

garantir a manutenção da complexidade

ecológica a partir do combate à extinção

prematura de espécies e os fatores que a

determinam, como a perda e fragmentação

de habitat, a superexploração de recursos

naturais, e as diversas formas de poluição e

seus efeitos sobre o clima e as populações

naturais.

Para a manutenção da vida do nosso

planeta é necessário que haja equilíbrio

entre esses dois fatores. Conceitos

Fundamentais

- Espécie: é o conjunto de indivíduos

semelhantes (estruturalmente,

funcionalmente e bioquimicamente) que se

reproduzem naturalmente, originando

descendentes férteis. Ex.: Homo sapiens

- População: é o conjunto de indivíduos de

mesma espécie que vivem numa mesma

área em um determinado período. Ex.:

população de ratos em um bueiro, em um

determinado dia; população de bactérias

causando amigdalite por 10 dias, 10 mil

Noções de Saneamento Básico

Conservação e Biodiversidade

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15 | P á g i n a

pessoas vivendo numa cidade em 1996 e

entre outros

- Comunidade ou biocenose: é o conjunto de

populações de diversas espécies que

habitam uma mesma região num

determinado período. Ex.: seres de uma

floresta, de um rio, de um lago de um brejo,

dos campos, dos oceanos, entre outros.

- Ecossistema ou sistema ecológico: é o

conjunto formado pelo meio ambiente físico,

ou seja, o BIÓTOPO (formado por fatores

abióticos como: solo, água, ar) mais a

comunidade (formada por componentes

bióticos – seres vivos) que com o meio se

relaciona. 126

- Biótopo: Área física na qual determinada

comunidade vive. Por exemplo, o habitat das

piranhas é a água doce, como, por exemplo,

a do rio Amazonas ou dos rios do complexo

do Pantanal o biótopo rio Amazonas é o

local onde vivem todas as populações de

organismos vivos desse rio, dentre elas, a

de piranhas.

- Ecótono: é a região de transição entre

duas comunidades ou entre dois

ecossistemas. Na área de transição

(ecótono) vamos encontrar grande número

de espécies e, por conseguinte, grande

número de nichos ecológicos.

- Biosfera: toda vida, seja ela animal ou

vegetal, ocorre numa faixa denominada

biosfera, que inclui a superfície da Terra, os

rios, os lagos, mares e oceanos e parte da

atmosfera. E a vida é só possível nessa

faixa porque aí se encontram os gases

necessários para as espécies terrestres e

aquáticas: oxigênio e nitrogênio.

A rota especifica de um elemento em

um ciclo biogeoquímico depende do

elemento e da estrutura trófica do

ecossistema. Por conveniência,

reconhecemos duas categorias de ciclos

biogeoquímicos.

Ciclos globais: As formas gasosas de

carbono, oxigênio, enxofre e nitrogênio.

Ciclos locais: fosforo, potássio e cálcio.

Ciclo do carbono

Ciclo do Nitrogênio

Ciclos Biogeoquímicos: Fluxo de

Energia no ecossistema

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16 | P á g i n a

Ciclo do Fosforo

Ciclo do Oxigenio

Ciclo da água

Ao estudar cada ciclo, considere que

etapas são acionadas principalmente por

processos biológicos. Para o ciclo do

carbono, por exemplo, os vegetais, os

animais e outros organismos controlam a

maioria das etapas fundamentais, incluindo

a fotossíntese e a decomposição. Para o

ciclo da agua, entretanto, processos

puramente físicos controlam muitas etapas

fundamentais, como a evaporação a partir

dos oceanos.

É uma ciência que estuda o padrão de

distribuição de organismos na Terra, bem

como as variações nesse padrão que

ocorreram no passado e ainda ocorrem no

presente. Os biogeógrafos tentam

compreender o porquê de determinada

espécie viver ali! Sendo assim, ela é uma

ciência baseada mais na observação,

analisando padrões e fazendo comparações.

O Brasil possui enorme extensão

territorial e apresenta climas e solos muito

variados. Em função dessas características,

há uma evidente diversidade de biomas,

definidos, sobretudo pelo tipo de cobertura

vegetal. Os principais biomas brasileiros

são: AMAZÔNIA, CERRADO, MATA

ATLÂNTICA, CAATINGA, PAMPA,

PANTANAL.

Bioma Amazônia

A Floresta Equatorial brasileira ocupa

cerca da metade do território do Brasil e está

concentrado nas regiões Norte e em parte

da região Centro-Oeste. Esse bioma é muito

influenciado pelo clima equatorial, que se

caracteriza pela baixa amplitude térmica e

grande umidade, proveniente da

evapotranspiração dos rios e das árvores. A

sua flora é constituída por uma vegetação

florestal muito rica e densa e apresenta

Biogeografia

Biomas Brasileiros

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17 | P á g i n a

espécies de diferentes tamanhos – algumas

podem alcançar até 50 metros de altura –

com folhas largas e grandes, que não caem

no outono. A fauna também é muito

diversificada, composta por insetos, que

estão presentes em todos os estratos da

floresta, uma infinidade de espécies de

aves, macacos, jabutis, antas, pacas, onças

e outros.

Bioma Cerrado

O Cerrado, ou a Savana brasileira,

estende-se por grande parte da região

Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste do país.

É um bioma característico do clima tropical

continental, que, em razão da ocorrência de

duas estações bem definidas – uma úmida

(verão) e outra seca (inverno) –, possui uma

vegetação com árvores e arbustos de

pequeno porte, troncos retorcidos, casca

grossa e, geralmente, caducifólia (as folhas

caem no outono). A fauna da região é

bastante rica, constituída por capivaras,

lobos-guarás, tamanduás, antas.

Bioma Mata Atlântica

O exemplar de Floresta Tropical do

Brasil praticamente já desapareceu, pois,

como estava localizada na faixa litorânea do

país, grande parte de sua vegetação original

foi devastada para ceder lugar à intensa

ocupação do litoral. Originalmente, a

vegetação desse bioma encontrava-se

localizada em uma extensa área do litoral

brasileiro, que se estendia do Piauí ao Rio

Grande do Sul, e era constituída por uma

vegetação florestal densa, com praticamente

as mesmas características da Floresta

Amazônica: com diversos tamanhos,

latifoliada (folhas largas e grandes) e perene

(folhas que não caem). A fauna dessa região

já foi praticamente extinta e era constituída

por micos-leões, lontra, onça-pintada, tatu-

canastra, arara-azul e outros.

Bioma Caatinga

Estende-se por todo o sertão brasileiro,

ocupando cerca de 11% do território

nacional. Trata-se da região mais seca do

país, localizando-se na zona de clima

tropical semiárido. A vegetação dessa região

é composta, principalmente, por plantas

xerófilas (acostumadas com a aridez, como

as cactáceas) e caducifólias (que perdem a

folha durante o período mais seco), além de

algumas árvores com raízes bem grandes

que conseguem captar a água do lençol

freático em grandes profundidades e que,

por isso, não perdem as suas folhas, como o

juazeiro. A fauna desse bioma é composta

por uma grande variedade de répteis, sapo

cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá,

veado-catingueiro, tatupeba etc.

Bioma Pampa

Localizado no extremo sul do Brasil, no

Rio Grande do Sul, esse bioma é bastante

influenciado pelo clima subtropical e pela

formação do relevo, que é constituído

principalmente por planícies. Em virtude do

clima frio e seco, a vegetação não consegue

desenvolver-se, sendo constituída

principalmente por gramíneas, como capim-

barba-de-bode, capim-gordura, capim-

mimoso etc. São exemplos de animais que

vivem nesse bioma o veado, garça, lontras,

capivaras e outros.

Bioma Pantanal

Trata-se da maior planície inundável do

país e está localizado nos estados de Mato

Grosso e Mato Grosso do sul. Esse bioma é

muito influenciado pelos regimes dos rios

presentes nesses lugares, pois, durante o

período chuvoso (outubro a abril), a água do

pantanal alaga grande parte da planície da

região. Quando o período chuvoso acaba,

os rios diminuem o seu volume d'água e

retornam para os seus leitos. Por essa

razão, a vegetação e os animais precisam

adequar-se a essa movimentação das

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18 | P á g i n a

águas. Todos esses fatores tornam a

vegetação do pantanal muito diversificada,

havendo exemplares hidrófilos (adaptados à

umidade), plantas típicas do Cerrado e da

Amazônia e, nas áreas mais secas,

espécies xerófilas. A fauna é constituída por

várias espécies de aves, peixes, mamíferos,

répteis etc.

Os principais problemas estão

relacionados com as práticas agropecuárias

predatórias, o extrativismo vegetal (atividade

madeireira) e a má gestão dos resíduos

urbanos.

Os principais agravantes de ordem rural e

urbana são:

- perda da biodiversidade em razão do

desmatamento e das queimadas;

- degradação e esgotamento dos solos por

causa das técnicas de produção;

- escassez da água pelo mau uso e

gerenciamento das bacias hidrográficas;

- contaminação dos corpos hídricos por

esgoto sanitário;

- poluição do ar nos grandes centros

urbanos.

Desmatamento

O desmatamento na Floresta

Amazônica causa perda de biodiversidade

e prejudica as comunidades locais que

vivem dos recursos da floresta

O índice de desmatamento em nosso

território é tão alarmante que chega a

pontuar proporcionalmente o Brasil como o

segundo país, atrás apenas da China, com

maiores áreas devastadas em todo o

mundo.

Erosão

É um fenômeno natural provocado pela

desagregação de materiais da crosta

terrestre pela ação dos agentes exógenos,

tais como as chuvas, os ventos, as águas

dos rios, entre outros. Essas partículas que

compõem o solo são deslocadas de seu

local de origem, sendo transportadas para

as áreas mais baixas do terreno.

De acordo com sua origem, o processo

erosivo pode ser classificado em erosão

pluvial (ação das chuvas), erosão fluvial

(ação das águas dos rios), erosão por

gravidade (movimentação de rochas pela

força da gravidade), erosão eólica (ação dos

ventos), erosão glacial (ação das geleiras),

erosão química (alterações químicas no

solo) e erosão antrópica (ação do homem).

Poluição da água

É a introdução de partículas estranhas

ao ambiente natural, bem como induzir

condições em um determinado curso ou

corpo de água, direta ou indiretamente,

sendo por isso potencialmente nocivo à

fauna, flora, bem como populações

humanas vizinhas a tal local ou que utilizem

essa água.

Problemas Ambientais

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19 | P á g i n a

Há três formas principais de

contaminação de um corpo ou curso de

água, a forma química, a física e a biológica:

- A forma química altera a composição da

água e com esta reagem;

- A forma física, ao contrário da química, não

reage com a água, porém afeta

negativamente a vida daquele ecossistema;

- A forma biológica, consiste na introdução

de organismos ou microrganismos estranhos

àquele ecossistema, ou então no aumento

danoso de determinado organismo ou

microrganismo já existente.

Além das formas, temos duas categorias de

como pode se dar a poluição:

I - poluição localizada, onde a fonte de

poluição origina-se de um ponto específico,

como por exemplo, uma vala ou um cano.

Exemplos de tal forma são o despejo de

impurezas, por parte de uma estação de

tratamentos residuais, por parte de uma

empresa ou então por meio de um bueiro.

II - poluição não localizada é uma forma de

contaminação difusa que não possui origem

numa única fonte. É geralmente o resultado

de acumulação do agente poluidor em uma

área ampla. A água da chuva recolhida de

áreas industriais e urbanas, estradas bem

como sua consequente utilização é

geralmente categorizada como poluição não

localizada.

Como principais contaminantes da água,

pode-se citar:

I - Elementos que contenham CO2 em

excesso (como fumaça industrial, por

exemplo)

II - contaminação térmica

III - substâncias tóxicas

IV - agentes tensos ativos

V - compostos orgânicos biodegradáveis

VI - agentes patogênicos

VII - partículas sólidas

VIII - nutrientes em excessos (eutrofização)

IX - substâncias radioativas

BIG BANG: A formação do Universo

Os cientistas supõem que, há cerca de

10 a 20 bilhões de anos, uma massa

compacta de matéria explodiu – o chamado

Big Bang -, espalhando seus inúmeros

fragmentos que se movem até hoje pelo

Universo. Acreditam esses cientistas, que os

fragmentos se deslocam continuamente e,

por isso, o Universo estaria em contínua

expansão.

Atualmente, há duas correntes de

pensamento entre os cientistas com relação

à origem da vida na Terra: uma que teria

surgido a partir de outros planetas

(panspermia), e outra, que teria se

desenvolvido gradativamente em um longo

processo de mudança, seleção e evolução.

Geração espontânea ou abiogênese

Até meados do século XIX os cientistas

acreditavam que os seres vivos eram

gerados espontaneamente do corpo de

cadáveres em decomposição; que rãs,

cobras e crocodilos eram gerados a partir do

lodo dos rios.

Essa interpretação sobre a origem dos

seres vivos ficou conhecida como hipótese

da geração espontânea ou da abiogênese

(a= prefixo de negação, bio = vida, genesis

= origem; origem da vida a partir da matéria

bruta).

Origem e Evolução da Vida

Origem do Universo

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20 | P á g i n a

Pesquisadores passaram, então, a

contestar a hipótese de geração

espontânea, apresentando argumentos

favoráveis à outra hipótese, a da

biogênese, segundo a qual todos os seres

vivos originam-se de outros seres vivos

preexistentes.

Os experimentos de Redi

Em 1668, Francesco Redi (1626 -1697)

investigou a suposta origem de vermes em

corpos em decomposição. Ele observou que

moscas são atraídas pelos corpos em

decomposição e neles colocam seus ovos.

Desses ovos surgem as larvas, que se

transformam em moscas adultas. Como as

larvas são vermiformes, os “vermes” que

ocorrem nos cadáveres em decomposição

nada mais seriam que larvas de moscas.

Redi concluiu, então, que essas larvas não

surgem espontaneamente a partir da

decomposição de cadáveres, mas são

resultantes da eclosão dos ovos postos por

moscas atraídas pelo corpo em

decomposição.

Os experimentos de Needham e

Spallanzani

Em 1745, o cientista inglês John T.

Needham (1713-1781) realizou vários

experimentos em que submetia à fervura

frascos contendo substancias nutritivas.

Após a fervura, fechava os frascos com

rolhas e deixava-os em repouso por alguns

dias. Depois ao examinar essas soluções ao

microscópio, Needham observava a

presença de microrganismos.

A explicação que ele deu a seus

resultados foi de que os microrganismos

teriam surgido por geração espontânea. Ele

dizia que a solução nutritiva continha uma

“força vital” responsável pelo surgimento

das forças vivas.

Posteriormente, em 1770, o

pesquisador italiano Lazzaro Spallanzani

(1729-1799) repetiu os experimentos de

Needham, com algumas modificações, e

obteve resultados diferentes.

Spallanzani colocou substâncias

nutritivas em balões de vidro, fechando-os

hermeticamente. Esses balões assim

preparados eram colocados em caldeirões

com água e submetidos à fervura durante

algum tempo. Deixava resfriar por alguns

dias e então ele abria os frascos e

observava o líquido ao microscópio.

Nenhum organismo estava presente.

Os experimentos de Pasteur

Somente por volta de 1860, com os

experimentos realizados por Louis Pasteur

(1822 – 1895), conseguiu-se comprovar

definitivamente que os microrganismos

surgem a partir de outros preexistentes.

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21 | P á g i n a

Os experimentos de Pasteur estão

descritos e esquematizados na figura

abaixo:

A hipótese da biogênese passou, a

partir de então, a ser aceita universalmente

pelos cientistas.

A hipótese de Oparin e Haldane

Trabalhando independentemente, o

cientista russo Aleksander I. Oparin (1894-

1980) e o cientista inglês John Burdon S.

Haldane (1892 – 1964) propuseram na

década de 1920, hipóteses semelhantes

sobre como a vida teria se originado na

Terra. Eles propuseram que os primeiros

seres vivos surgiram a partir de moléculas

orgânicas que teriam se formado na

atmosfera primitiva e depois nos oceanos, a

partir de substâncias inorgânicas.

John Burdon S. Haldane e Aleksander I.

Oparin

As condições da Terra antes do

surgimento dos primeiros seres vivos eram

muito diferentes das atuais. As erupções

vulcânicas eram muito frequentes, liberando

grande quantidade de gases e de partículas

para a atmosfera.

Esses gases e partículas ficaram retidos

por ação da força da gravidade e passaram

a compor a atmosfera primitiva. Embora não

exista um consenso sobre a composição da

atmosfera primitiva, foi proposto no início

que, provavelmente, era formada por

metano (CH4), amônia (NH3), gás hidrogênio

(H2) e vapor d’água (H2O). Não havia gás

oxigênio (O2) ou ele estava presente em

baixíssima concentração; por isso se fala em

ambiente redutor, isto é, não oxidante.

Nessa época, a Terra estava passando por

um processo de resfriamento, que permitiu o

acúmulo de água nas depressões da sua

costa, formando os mares primitivos.

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22 | P á g i n a

As descargas elétricas e as radiações

eram intensas e teriam fornecido energia

para que algumas moléculas presentes na

atmosfera se unissem, dando origem a

moléculas maiores e mais complexas: as

primeiras moléculas orgânicas. É importante

lembrar que na atmosfera daquela época,

diferentemente do que ocorre hoje, não

havia o escudo de ozônio (O3) contra as

radiações, especialmente a ultravioleta, que,

assim, atingiam a Terra com grande

intensidade.

As moléculas orgânicas formadas eram

arrastadas pelas águas das chuvas e

passavam a se acumular nos mares

primitivos, que eram quentes e rasos. Esse

processo, repetindo-se ao longo de muitos

anos, teria transformado os mares primitivos

em verdadeiras “sopas nutritivas”, ricas

em matéria orgânica. Essas moléculas

orgânicas poderia ter-se agregado,

formando coacervado, nome derivado do

latim coacervare, que significa formar

grupos. No caso, o sentido de coacervados

é o de conjunto de moléculas orgânicas

reunidas em grupos envoltos por moléculas

de água.

Esses coacervados não eram seres

vivos, mas uma primitiva organização das

substâncias orgânicas em um sistema semi-

isolado do meio, podendo trocar substâncias

com o meio externo e havendo possibilidade

de ocorrerem inúmeras reações químicas

em seu interior.

Nesse momento teriam surgido os

primeiros seres vivos que, apesar de muito

primitivos, eram capazes de se reproduzir,

dando origem a outros seres semelhantes a

eles.

O experimento de Miller

Em 1950, dois pesquisadores da

Universidade de Chicago, Stanley Miller e

Harold Urey, desenvolveram um aparelho

em que simularam as condições supostas

para a Terra primitiva.

Inicialmente, obtiveram com o seu

experimento pequenas moléculas que, com

o passar do tempo, se combinaram

formando moléculas mais complexas,

inclusive os aminoácidos glicina e alanina.

Posteriormente, novas pesquisas obtiveram

outros aminoácidos e vários compostos de

carbono.

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23 | P á g i n a

Os protobiontes de Oparin receberam

diferentes nomes dados pelos cientistas,

dependendo de seu conteúdo: microesferas,

protocélulas, micelas, lipossomos e

coacervados. Estes possuem uma

“membrana” dupla, formada por duas

camadas lipídicas, à semelhança das

membranas celulares.

Ampliando a hipótese de Oparin:

proteinóides e ribozimas

No começo da década de 1970, o

biólogo Sidney Fox aqueceu, a seco, a

60ºC, uma mistura de aminoácidos. Obteve

pequenos polipeptídios, a que ele chamou

de proteinóides. A água resultante dessa

reação entre aminoácidos evaporou em

virtude do aquecimento. Fox quis, com isso,

mostrar que pode ter sido possível a união

de aminoácidos apenas com uma fonte de

energia, no caso o calor, e sem a presença

de água. Faltava esclarecer o possível local

em que essa união teria ocorrido.

A argila em particular, teria sido o

principal local da síntese. Ela é rica em

zinco e ferro, dois metais que costumam

atuar como catalisadores em reações

químicas. A partir daí, vagarosamente

ocorrendo às sínteses, as chuvas se

encarregariam de lavar a crosta terrestre e

levar as moléculas para os mares,

transformando-os no imenso caldo orgânico

sugerido por Oparin. Essa descoberta,

aliada aos resultados obtidos por Fox,

resolveu o problema do local em que

possivelmente as sínteses orgânicas teriam

ocorrido.

Assim, sugerem os cientistas, RNAs

produzidos na superfície de argilas, no

passado, teriam o papel de atuar como

enzimas na síntese dos primeiros

polipeptídios. Esses RNAs atuariam como

enzimas chamadas ribozimas e sua ação

seria auxiliada pelo zinco existente na argila.

A evolução do metabolismo

Todo o ser vivo precisa de alimentos,

que são degradados nos processos

metabólicos para a liberação de energia e

realização das funções. Esses alimentos

degradados também podem ser utilizados

como matéria-prima na síntese de outras

substâncias orgânicas, possibilitando o

crescimento e a reposição de perdas.

Duas hipóteses têm sido discutidas

pelos cientistas: a hipótese heterotrófica e

a autotrófica.

Hipótese heterotrófica

Os heterótrofos (hetero = diferente,

trofos = alimento): são organismos que não

são capazes de sintetizar seus próprios

alimentos a partir de compostos inorgânicos,

obtendo-os prontos do meio ambiente.

Os seres capazes de sintetizar seus

próprios alimentos a partir de substâncias

inorgânicas simples são chamados de

autótrofos (auto = próprio, trofos =

alimento), como é o caso das plantas.

Havendo disponibilidade de oxigênio, foi

possível a sobrevivência de seres que

desenvolveram reações metabólicas

complexas, capazes de utilizar esse gás na

degradação do alimento. Surgiram, então,

os primeiros seres aeróbios, que realizam a

respiração. Por meio da respiração, o

alimento, especialmente o açúcar glicose, é

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24 | P á g i n a

degradado em gás carbônico e água,

liberando muito mais energia para a

realização das funções vitais do que na

fermentação.

A fermentação, a fotossíntese e a

respiração permaneceram ao longo do

tempo e ocorrem nos organismos que vivem

atualmente na Terra. Todos os organismos

respiram e/ou fermentam, mas apenas

alguns respiram e fazem fotossíntese.

HIPÓTESE HETEROTRÓFICA

Fermentação Fotossíntese Respiração

Alguns cientistas têm argumentado que

os seres vivos não devem ter surgido em

mares rasos e quentes, como proposto por

Oparin e Haldane, pois a superfície terrestre,

na época em que a vida surgiu, era um

ambiente muito instável. Meteoritos e

cometas atingiam essa superfície com muita

frequência, e a vida primitiva não poderia se

manter em tais condições.

Logo no início da formação da Terra,

meteoritos colidiram fortemente com a

superfície terrestre, e a energia dessas

colisões era gasta no derretimento ou até

mesmo na vaporização da superfície

rochosa. Os meteoritos fragmentavam-se e

derretiam, contribuindo com sua substância

para a Terra em crescimento. Um impacto

especialmente violento pode ter gerado a

Lua, que guarda até hoje em sua superfície

as marcas desse bombardeio por

meteoritos. Na superfície da Terra a maioria

dessas marcas foi apagada ao longo do

tempo pela erosão.

Os que argumentam a favor dessa

hipótese baseiam-se em evidências que

sugerem abundância de sulfeto de

hidrogênio (gás sulfídrico, H2S, que tem

cheiro de ovo podre) e compostos de ferro

na Terra primitiva. As primeiras bactérias

devem ter obtido energia de reações que

tenham envolvido esses compostos para a

síntese de seus componentes orgânicos.

Assim, segundo essa hipótese, a

quimiossíntese - um processo autotrófico –

teria surgido primeira. Depois teria surgido a

fermentação, a fotossíntese e finalmente a

respiração.

Os debates sobre origem da vida ainda

darão muito que falar. A hipótese mais

aceita sobre a evolução do metabolismo

ainda é a heterótrofa, embora a hipótese

autótrofa venha ganhando cada vez mais

força.

Vida multicelular

Evidências obtidas de estudos

geológicos sugerem que os primeiros

multicelulares simples surgiram na Terra há

cerca de 750 milhões de anos. Antes disso

houve o predomínio de vida unicelular, como

formas eucarióticas simples. A partir dessa

data, surgem os primeiros multicelulares,

originados dos unicelulares eucariotos

existentes.

Evolução biológica

Na Antiguidade, a ideia de que as

espécies seriam fixas e imutáveis foi

defendida pelos filósofos gregos

(Aristóteles, por exemplo). Os chamados,

fixistas propunham que as espécies vivas

já existiam desde a origem do planeta e a

extinção de muitas delas deveu-se a

eventos especiais como, por exemplo,

catástrofes, que teriam exterminado

grupos inteiros de seres vivos.

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25 | P á g i n a

ANOTAÇÕES:

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26 | P á g i n a

Evolução biológica é a adaptação das espécies os meios em contínua mudança. Nem

sempre a adaptação implica aperfeiçoamento. Muitas vezes, leva a uma simplificação. É o caso,

por exemplo, das tênias, vermes achatados parasitas: não tendo tubo digestório, estão

perfeitamente adaptadas ao parasitismo no tubo digestório do homem e de outros vertebrados.

Criacionismo: origem da vida por criação

especial

Anterior às tentativas científicas

relacionadas à origem da vida, já era

difundida a ideia de criação especial,

segundo a qual a vida é fruto da ação

consciente de um Criador. Essa corrente de

pensamento, que passou a ser denominada

criacionista, baseia-se na fé e nos textos

bíblicos – principalmente no livro de Gênesis

– que relatam a ideia sobre a origem da vida

do ponto de vista religioso.

As evidências da evolução

O esclarecimento do mecanismo de

atuação da evolução biológica somente foi

concretamente conseguido a partir dos

trabalhos de dois cientistas, o francês Jean

Baptiste Lamarck (1744 – 1829) e o inglês

Charles Darwin (1809 – 1882). A discussão

evolucionista, no entanto, levanta grande

polêmica. Por esse motivo é preciso

descrever, inicialmente, as principais

evidências da evolução utilizadas pelos

evolucionistas em defesa de sua tese.

Dentre as mais utilizadas destacam-se:

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27 | P á g i n a

- Os fósseis;

- A semelhança embriológica e anatômica

existente entre os componentes de alguns

grupos animais (notadamente os

vertebrados),

- A existência de estruturas vestigiais e

- As evidências bioquímicas relacionadas a

determinadas moléculas comuns a muitos

seres vivos.

O que são fósseis?

Um fóssil (do latim fossilis, tirado da

terra) é qualquer vestígio de um ser vivo que

habitou o nosso planeta em tempos

remotos, como uma parte do corpo, uma

pegada e uma impressão corporais.

Fóssil de um dinossauro e de uma planta.

Processo de fossilização

Um fóssil se forma quando os restos

mortais de um organismo ficam a salvo tanto

da ação dos agentes decompositores como

das intempéries naturais (vento, sol direto,

chuvas, etc.). As condições mais favoráveis

à fossilização ocorrem quando o corpo de

um animal ou uma planta é sepultado no

fundo de um lago e rapidamente coberto por

sedimentos.

Dependendo da acidez e dos minerais

presentes no sedimento, podem ocorrer

diferentes processos de fossilização. A

permineralização ou petrificação, por

exemplo, é o preenchimento dos poros

microscópicos do corpo de um ser por

minerais. Já a substituição consiste na lenta

troca das substâncias orgânicas do cadáver

por minerais, transformando-o em pedra.

Anatomia comparada

A asa de uma ave, a nadadeira anterior

de um golfinho e o braço de um homem,

ainda que muito diferentes, possuem

estrutura ósseas e musculares bastante

parecidas. A semelhança pode ser explicada

admitindo-se que esses seres tiveram

ancestrais em comum, dos quais herdaram

um plano básico de estrutura corporal.

O parentesco evolutivo entre as aves e

os mamíferos, por exemplo, também permite

explicar as semelhanças entre os órgãos

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28 | P á g i n a

internos desses animais. O coração e o

sistema circulatório e nervoso, entre outros,

são constituídos pelas mesmas partes

básicas.

Semelhanças embrionárias

As semelhanças entre os embriões de

determinados grupos de animais são ainda

maiores do que as semelhanças

encontradas nas formas adultas. Por

exemplo, é difícil distinguir embriões jovens

de peixes, sapos, tartarugas, pássaros e

seres humanos, todos pertencentes ao

grupo dos vertebrados. Essa semelhança

pode ser explicada se levarmos em conta

que durante o processo embrionário é

esboçado o plano estrutural básico do corpo,

que todos eles herdaram de um ancestral

comum.

Órgãos ou estruturas homólogos

Certos órgãos ou estruturas se

desenvolvem de modo muito semelhante

nos embriões de todos os vertebrados. São

os órgãos homólogos. Apesar de terem a

mesma origem embrionária, os órgãos

homólogos podem ter funções diferentes,

como é o caso do braço humano e da asa

de uma ave, por exemplo.

Órgãos ou estruturas análogos

Se dois órgãos ou estruturas

desempenham a mesma função, mas têm

origem embrionária diferente, são chamados

análogos. As asas de aves e de insetos, por

exemplo, são estruturas análogas: ambas

servem para voar, porém suas origens

embrionárias são totalmente distintas.

Órgãos vestigiais

Órgãos vestigiais são estruturas

atrofiadas, sem função evidente no

organismo. O apêndice do intestino

humano, por exemplo, é um órgão vestigial.

Esse órgão é uma pequena projeção do

ceco (região do intestino grosso) e não

desempenha nenhuma função importante no

homem e nos animais carnívoros. Já nos

herbívoros, o apêndice é muito desenvolvido

e tem importante papel na digestão da

celulose; nele vivem microrganismos que

atuam na digestão dessa substância.

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29 | P á g i n a

Tudo indica que os mamíferos atuais,

carnívoros e herbívoros, tiveram ancestrais

comuns, cuja dieta devia ser baseada em

alimentos vegetais, ricos em celulose.

Entretanto, no decorrer da evolução, cecos e

apêndices deixaram de ser vantajosos para

alguns grupos de organismos, nos quais se

encontram reduzidos, como vestígios de sua

origem.

Será que os Homens descendem dos

macacos?

Um dos argumentos usados para

defender o evolucionismo é o da Anatomia

Comparada. Na imagem que se segue

podemos verificar a existência de órgãos

homólogos (órgãos que têm a mesma

origem, a mesma estrutura básica e posição

idêntica no organismo, podendo

desempenhar funções diferentes) entre o

homem e outro primata.

Evidências moleculares da evolução

A comparação entre moléculas de DNA

de diferentes espécies tem revelado o grau

de semelhança de seus genes, o que mostra

o parentesco evolutivo. O mesmo ocorre

para as proteínas que, em última análise,

refletem as semelhanças e diferenças

genéticas.

Semelhanças entre moléculas de DNA

Os recentes avanços da Biologia

Molecular têm permitido comparar

diretamente a estrutura genética de

diferentes espécies, através da comparação

das sequências de nucleotídeos presentes

nas moléculas de DNA.

Os resultados das análises bioquímicas

têm confirmado as estimativas de

parentesco entre espécies obtidas por meio

do estudo de fósseis e anatomia comparada.

Isso reforça ainda mais a teoria de que os

seres vivos atuais resultam da evolução de

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30 | P á g i n a

seres vivos que viveram no passado,

estando todos os seres vivos relacionados

por graus de parentescos mais ou menos

distantes.

O homem descende do macaco?

Na polêmica apresentação de seu

trabalho a respeito do processo de seleção

natural e da origem das espécies, Darwin foi

acusado de defender a tese de que o

homem descendeu dos macacos. Será que

isso é verdade? A acusação é injustificada.

Darwin nunca afirmou isso. O que ele

procurava esclarecer era o fato de que todas

as espécies viventes, inclusive a humana,

teriam surgido por meio de um longo

processo de evolução a partir de seres que

o antecederam. Nesse sentido, homens e

chipanzés, que tiveram um ancestral

comum, seria “primos em primeiro grau”,

fato que provocou a ira de muitos oponentes

de Darwin.

Um grupo de cientistas etíopes e

japoneses encontrou restos fossilizados, na

verdade oito dentes; de uma nova espécie

de macaco – batizada com o nome

Chororapithecus abyssinicus (ou macaco

abissínico de Chorora) – que viveu a cerca

de 10 milhões de anos e está sendo

considerado o mais velho parente dos

gorilas.

Explicando melhor: até agora, os

cientistas acreditavam que os gorilas, ao

longo da evolução, tivessem se separado

dos chimpanzés bem mais tarde. E, depois

disso, teria havido a separação das

linhagens que originaram os chimpanzés e

os hominídeos (família a que pertence a

espécie humana). Agora, com essa nova

descoberta, tudo leva a crer que a origem do

homem é mais antiga, cerca de 9 milhões de

anos. E, para completar, essa descoberta é

um forte apoio da origem africana tanto dos

humanos quanto dos grandes macacos

modernos.

Para aqueles que acreditam na

evolução biológica, descobertas como essa

ajudam a esclarecer a origem dos seres

humanos. E, também, a desfazer os mitos

baseados em acusações infundadas.

As ideias de Lamarck

Lamarck, naturalista francês, foi o

primeiro a propor uma teoria sintética da

evolução. Sua teoria foi publicada em 1809,

no livro Filosofia Zoológica. Ele dizia que

formas de vida mais simples surgem a partir

da matéria inanimada por geração

espontânea e progridem a um estágio de

maior complexidade e perfeição.

Teorias da Evolução

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31 | P á g i n a

Em sua teoria, Lamarck sustentou que a

progressão dos organismos era guiada pelo

meio ambiente: se o ambiente sofre

modificações, os organismos procuram

adaptar-se a ele.

Segundo Lamarck, portanto, o princípio

evolutivo estaria baseado em duas leis

fundamentais:

Lei do uso ou desuso: no processo de

adaptação ao meio, o uso de determinadas

partes do corpo do organismo faz com que

elas se desenvolvam, e o desuso faz com

que se atrofiem;

Um exemplo clássico da lei do uso e do

desuso é o crescimento do pescoço da

girafa. Segundo Lamarck: Devido ao esforço

da girafa para comer as folhas das arvores

mais altas o pescoço do mesmo acabou

crescendo.

Lei da transmissão dos caracteres

adquiridos: alterações no corpo do

organismo provocadas pelo uso ou desuso

são transmitidas aos descendentes.

Vários são os exemplos de abordagem

lamarquista para a evolução. Um deles se

refere às aves aquáticas, que se teriam

tornado pernaltas devido ao esforço que

faziam para esticar as pernas e assim evitar

molhar as pernas durante a locomoção na

água. A cada geração esse esforço

produziria aves com pernas mais altas, que

transmitiam essa característica à geração

seguinte. Após várias gerações, teriam sido

originadas as atuais aves pernaltas.

Na época, as ideias de Lamarck foram

rejeitadas, não porque falavam na herança

das características adquiridas, mas por

falarem em evolução. Não se sabia nada

sobre herança genética e acreditava-se que

as espécies eram imutáveis. Somente muito

mais tarde os cientistas puderam contestar a

herança dos caracteres adquiridos. Uma

pessoa que pratica atividade física terá

musculatura mais desenvolvida, mas essa

condição não é transmitida aos seus

descendentes.

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32 | P á g i n a

Quadro comparativo das ideias de

Lamarck e Darwin

LAMARCK DARWIN

O meio cria

necessidades que

induzem mudanças nos

hábitos e nas formas

dos indivíduos.

O meio exerce uma

seleção natural que

favorece os indivíduos

portadores das

características mais

apropriadas para um

determinado ambiente

e num determinado

tempo.

As novas

características

conseguem-se pelo

uso e desuso repetido

de um órgão ou parte

do corpo.

No seio de uma

população certos

indivíduos

apresentam

características que

lhes conferem uma

melhor adaptação em

relação aos outros.

As características

adquiridas são

transmitidas aos

descendentes

Os mais aptos vivem

mais tempo,

reproduzem-se mais e

transmitem as suas

características aos

descendentes.

Explicações pré-darwinistas para a

modificação das espécies

Darwin se torna adepto do evolucionismo

A pergunta que Darwin se fazia era: se

os animais e plantas tinham sido criados tal

e qual se apresentam hoje, porque razão

espécies distintas, mas notadamente

semelhantes, como as de pássaros e

tartarugas de Galápagos, foram colocadas

pelo criador e ilhas próximas, e não

distribuídas homogeneamente pelo mundo?

Era realmente surpreendente que ilhas

de clima e condições físicas semelhantes,

mas distantes uma das outras (como

Galápagos e Cabo Verde, por exemplo) não

tivessem espécies semelhantes.

Darwin acabou concluindo que a flora e

a fauna de ilhas próximas são semelhantes

porque se originam de ancestrais comuns,

provenientes dos continentes próximos. Em

cada uma das ilhas, as populações

colonizadoras sofrem adaptações

específicas, originando diferentes

variedades de espécies. Por exemplo, as

diversas espécies de pássaros fringilídeos

de Galápagos provavelmente se originaram

de uma única espécie ancestral oriunda do

continente sul-americano. A diversificação

da espécie original, que teria originado as

diferentes espécies atuais, deu-se como

resultado às diferentes ilhas do arquipélago.

Teoria evolutiva de Charles Darwin

Seleção Natural

A ação da seleção natural consiste em

selecionar indivíduos mais adaptados a

determinada condição ecológica, eliminando

aqueles desvantajosos para essa mesma

condição.

A expressão mais adaptado refere-se

à maior probabilidade de determinado

indivíduo sobreviver e deixar descendentes

em determinado ambiente.

A seleção natural atua

permanentemente sobre todas as

populações. Mesmo em ambientes estáveis

e constantes, a seleção natural age de modo

estabilizador, está presente, eliminando os

fenótipos desviantes. Entretanto, o ambiente

não representa um sistema constante e

estável, quer ao longo do tempo, quer ao

longo do espaço, o que determina

interações diferentes entre os organismos e

o meio.

Essa heterogeneidade propicia

diferentes pressões seletivas sobre o

conjunto gênico da população, evitando a

eliminação de determinados alelos que, em

um ambiente constante e estável, não

seriam mantidos. Dessa forma, a

variabilidade genética sofre menor redução.

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33 | P á g i n a

É o que acontece com a manutenção na

população humana de certos alelos que

normalmente seriam eliminados por serem

pouco adaptativos. Um exemplo é o alelo

que causa uma doença chamada anemia

falciforme. Essa doença é causada por um

alelo que condiciona a formação de

moléculas anormais de hemoglobina com

pouca capacidade de transporte de oxigênio.

Devido a isso, as hemácias que as contêm

adquirem o formato de foice quando a

concentração de oxigênio diminui. Por essa

razão são chamadas hemácias falciformes.

Os heterozigóticos apresentam tanto

hemácias e hemoglobinas normais como

hemácias falciformes. Apesar de

ligeiramente anêmicos, sobrevivem, embora

com menor viabilidade em relação aos

homozigotos normais.

Em condições ambientais normais, o

alelo para anemia falciforme sofre forte

efeito seletivo negativo, ocorrendo com

baixa frequência nas populações. Observou-

se, no entanto, alta frequência desse alelo

em extensas regiões da África, onde há

grande incidência de malária.

Essa alta frequência deve-se à

vantagem dos indivíduos heterozigotos para

anemia falciforme, pois são mais resistentes

à malária. Os “indivíduos homozigotos

normais” correm alto risco de morte por

malária enquanto os “indivíduos

homozigotos para a anomalia” morrem de

anemia. Os heterozigóticos, entretanto,

apresentam, sob essas condições

ambientais, vantagem adaptativa,

propiciando a alta taxa de um alelo letal na

população.

Teoria sintética da evolução

Seleção artificial

Um dos argumentos apresentados por

Darwin em favor da seleção dos mais aptos

baseou-se no estudo das espécies

cultivadas pelo homem. Sabia-se que pelo

menos alguns animais domésticos e

vegetais cultivados pertenciam à espécie

com representantes ainda em estado

selvagem. Os exemplares domésticos,

entretanto, diferiam em tantas

características dos selvagens que podiam,

quanto ao seu aspecto geral, até ser

classificados como espécies diferentes.

Darwin se dedicou à criação de

pombos, cujas variedades domésticas eram

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34 | P á g i n a

sabidamente originadas de uma única

espécie selvagem, a Columba livia, a partir

da seleção artificialmente conduzida pelos

criadores. Sua conclusão foi que a seleção

artificial podia ser compara àquela que a

natureza exercia sobre as espécies

selvagens.

Da mesma forma que o homem

seleciona reprodutores de uma determinada

variedade ou raça, permitindo que apenas

os que têm as características desejadas se

reproduzam, a natureza seleciona, nas

espécies selvagens, os indivíduos mais

adaptados às condições reinantes. Estes

deixam um número proporcionalmente maior

de descendentes, contribuindo

significativamente para a formação da

geração seguinte.

Seleção artificial e seu impacto sobre

ambientes naturais e sobre populações

humanas

As seleções artificiais, principalmente,

no caso dos vegetais, visam trazer alta

produção de alimentos, numa menor área

relativa, por outro lado, podem gerar

impactos ambientais, pois necessitam de

cuidados maiores, e para isso, os usos de

agrotóxicos podem agredir o meio natural,

(fauna e flora) e consequentemente, as

populações humanas, de forma direta ou

indireta.

A teoria sintética da evolução

De 1900 até cerca de 1920, os adeptos

da genética mendeliana acreditavam que

apenas as mutações eram responsáveis

pela evolução e que a seleção natural não

tinha importância nesse processo.

Depois disso vários cientistas

começaram a conciliar as ideias sobre

seleção natural com os fatos da Genética,

o que culminou com a formulação da Teoria

sintética da evolução, às vezes chamada

também de Neodarwinismo.

Conforme Darwin já havia proposto,

essa teoria considera a população como a

unidade evolutiva. Uma população pode ser

definida como uns grupamentos de

indivíduos da mesma espécie que ocorrem

em uma mesma área geográfica, em um

mesmo intervalam de tempo.

Cada população apresenta determinado

conjunto gênico, que pode ser alterado de

acordo com fatores evolutivos. O conjunto

gênico de uma população é o conjunto de

todos os genes presentes nessa população.

Assim, quanto maior for o conjunto gênico

da população, maior será a variabilidade

genética.

Os principais fatores evolutivos que

atuam sobre o conjunto gênico da população

podem ser reunidos em duas categorias:

- Fatores que tendem a aumentar a

variabilidade genética da população-

mutação e permutação;

- Fatores que atuam sobre a variabilidade

genética já estabelecida – migração, deriva

genética e seleção natural.

Sabe-se que uma população está

evoluindo quando se verificam alterações na

frequência de seus genes. Atualmente

considera-se a evolução como o conceito

central e unificador da Biologia, e uma frase

marcante que enfatiza essa ideia foram

escritos pelo cientista Dobzhansky: “Nada

se faz em biologia a não ser à luz da

evolução”.

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35 | P á g i n a

Bases genéticas da evolução

A mutação cria novos genes, e a

recombinação os mistura com os genes já

existentes, originando os indivíduos

geneticamente variados de uma população.

A seleção natural, por sua vez, favorece os

portadores de determinados conjuntos

gênicos adaptativos, que tendem a

sobreviver e se reproduzir em maior escala

que outros. Em função da atuação desses e

de outros fatores evolutivos, a composição

gênica das populações se modifica ao longo

do tempo.

Princípios básicos da Genética

É o ramo da biologia que estuda a

transmissão dos caracteres hereditários, ou

seja, a natureza química do material

hereditário.

Apesar de ser sabido que não eram

pelo sangue que eram transmitidas essas

características, ainda assim estavam

parcialmente errados. Não eram exatamente

os gametas que carregavam essa função,

mas sim os cromossomos, que são parte de

seu conteúdo nuclear. O gene foi

evidenciado algum tempo depois como um

elemento pertencente aos cromossomos

que era o real transportador dos caracteres

hereditários. Cada um destes genes ocupa

um lugar definido ao longo dos

cromossomos.

Quem descobriu as leis de transmissão

de características hereditárias foi Gregor

Mendel que, por meio do cruzamento de

ervilhas encontrou semelhança na

transmissão. Seus trabalhos, no entanto,

ficaram esquecidos por muitos anos quando,

em 1900, três pesquisadores que

trabalhavam independentemente

redescobriram seu trabalho e confirmaram

suas descobertas.

Concepções pré-mendelianas sobre a

hereditariedade

A primeira hipótese de que se tem

notícia foi a da Pangênese. Idealizada pelo

grego Hipócrates, em 410 a.C., essa teoria

afirmava que a transmissão das

características de pais para filhos baseava-

se na produção, por todas as partes do

corpo, de partículas muito pequenas,

denominadas gêmulas, que eram

transmitidas para a descendência no

momento da concepção.

A Pangênese permaneceu aceita como

a única teoria de hereditariedade até o

século XIX.

No entanto, no final do século XVII,

surgiu a teoria da pré-formação ou

Preformismo, que defendia que os

organismos já estariam completos e pré-

formados no interior do gameta masculino

(espermatozoide) ou feminino (óvulo). Esse

organismo em miniatura era chamado de

homúnculo. Então, o desenvolvimento seria

apenas o crescimento do homúnculo até se

tornar um ser totalmente formado.

Em meados do século XIX, com o

desenvolvimento de microscópios mais

aperfeiçoados, a teoria do Preformismo

perdeu força e desapareceu. As

observações utilizando esse equipamento

demonstraram que não existiam homúnculos

dentro do espermatozoide ou óvulo.

A Teoria da Pangênese foi proposta

por Charles Darwin, que afirmava que todos

os órgãos do pai e da mãe secretavam

miniaturas de si, as gêmulas ou pangênes.

As miniaturas seriam carregadas pela

corrente sanguínea até os gametas. Na

fecundação, as gêmulas do pai e da mãe se

juntariam a partir da união gamética

(espermatozoide + ovócito) e originariam os

órgãos do novo indivíduo.

Hereditariedade e Diversidade de

vida

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36 | P á g i n a

Gregor Mendel (1822 – 1884), um

monge austríaco, cultivou e estudou durante

sua vida, as ervilhas-de-cheiro (Pisum

sativum). Estas ervilhas são fáceis de

cultivar e produzem muitas sementes, o que

facilitou o trabalho. Além disso, possuem

características morfológicas bem distintas,

como por exemplo, a cor das sementes, que

podem ser amarelas ou verdes, não

havendo uma cor intermediária e sua textura

pode ser lisa ou rugosa, sua flor é púrpura

ou branca e sua vagem pode ser verde ou

amarela.

Mendel realizava cruzamentos entre

linhagens que ele chamava de puras. Para

obter essa pureza, ele realizava um

processo chamado autofecundação (no

qual os gametas femininos são fecundados

por gametas masculinos da mesma planta)

até que todos os descendentes possuíssem

as mesmas características da geração

parental.

Em um de seus experimentos, cruzou

ervilhas de semente lisa com ervilhas de

semente rugosa, a qual chamou de Geração

Parental, representada pela letra P e

observou que todos os descendentes

possuíam sementes lisas, e foram

chamados de Geração F1. A variedade

rugosa não aparecia na F1. Ao cruzar

indivíduos da geração F1, obteve-se a

geração F2, na qual 75% ou 3/4 dos

indivíduos possuíam sementes lisas e 25%

ou 1/4 possuíam sementes rugosas.

Mendel concluiu que o fator responsável

pela textura lisa da semente era dominante

sobre o fator para a textura rugosa,

ocultando-a na geração F1, e que este

caráter é determinado por um par de fatores.

Na geração parental esses fatores são

iguais, pois os indivíduos são puros, e são

representados da seguinte forma:

RR para semente lisa, dominante (utiliza-se

a letra inicial da característica recessiva); rr

para semente rugosa, recessiva;

Na produção de gametas, esses fatores

se separam e vai cada um pra um gameta,

para que a carga genética seja sempre

constante nas espécies, pois metade vem

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37 | P á g i n a

do gameta feminino e a outra metade do

masculino.

Ao cruzar indivíduos RR com rr, obteve-

se 100% da geração F1 Rr, porém apenas o

fator dominante se expressava:

E ao cruzar os híbridos da geração F1,

3/4 dos indivíduos eram dominantes e 1/4

eram recessivos:

R r

R RR Rr

r Rr rr

Este estudo ficou conhecido como 1ª

Lei de Mendel e pode ser enunciado da

seguinte forma: “cada caráter é

determinado por um par de fatores que

se separam na formação dos gametas,

indo um fator do par para cada gameta,

que é, portanto, puro”.

A 2ª lei de Mendel ou também

enunciada por diibridismo, refere-se à

segregação independente dos fatores, isto

é, a separação de dois ou mais pares de

genes alelos localizados em diferentes pares

de cromossomos homólogos, para formação

dos gametas.

O princípio para essa segregação tem

suporte na anáfase I da divisão meiótica,

instante em que ocorre o afastamento dos

cromossomos homólogos (duplicados),

paralelamente dispostos ao longo do fuso

meiótico celular.

Dessa forma, a proposição da segunda

lei de Mendel, tem como fundamento a

análise dos resultados decorrentes às

possibilidades que envolvem não mais o

estudo de uma característica isolada

(Primeira Lei de Mendel), mas o

comportamento fenotípico envolvendo duas

ou mais características, em consequência

da probabilidade (combinação) de

agrupamentos distintos quanto à separação

dos fatores (genes alelos / genótipo) na

formação dos gametas.

Segue abaixo um exemplo prático da

Segunda lei de Mendel:

Do cruzamento de ervilhas com

características puras, em homozigose

dominante e recessiva respectivamente para

a cor da semente (amarela e verde) e para a

textura da semente (lisa e rugosa), temos a

seguinte representação para a geração

parental e seus gametas:

RRVV (semente lisa e amarela) x rrvv

(semente rugosa e verde) Gameta → RV

Gameta → rv.

Desse cruzamento são originados

exemplares vegetais de ervilha 100%

heterozigóticas RrVv, com característica

essencialmente lisa e amarela (geração F1 –

primeira geração filial).

A partir do cruzamento entre

organismos da geração F1, são formados

tipos diferentes de gametas e combinações

diversas para constituição dos indivíduos

que irão surgir após a fecundação (geração

F2).

Tipos de gametas da geração F1 → RV,

Rv, rV e rv.

Prováveis combinações entre os gametas:

R R

r Rr Rr

r Rr Rr

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38 | P á g i n a

Proporção fenotípica obtida:

9/16 → ervilhas com característica lisa e

amarela;

3/16 → ervilhas com característica lisa e

verde;

3/16 → ervilhas com característica rugosa e

amarela;

1/16 → ervilhas com característica rugosa e

verde.

Mendel concluiu que as características

analisadas não dependiam uma das outras,

portanto, são consideradas características

independentes.

Aconselhamento genético

Consiste em Verificar a probabilidade de

uma doença genética ocorrer em uma

família. Além disso, pode orientar casais que

pensam em ter filhos, mas apresentam

grande probabilidade de transmitirem

alguma patologia ou malformação.

Através do aconselhamento, é possível

observar essas probabilidades, bem como

as consequências para o bebê e para a

família, ajudando assim nas decisões a

respeito do futuro reprodutivo de um casal.

Fundamentos genéticos da evolução

Deriva Genética

Corresponde a uma drástica alteração

casual de ordem natural, atingindo a

concentração genotípica de uma ou várias

espécies, não preliminarmente envolvendo

fatores de seleção natural, mas ocasionada

por eventos repentinos.

Tal fenômeno é caracterizado pela

ocorrência de catástrofes ecológicas, por

exemplo: terremotos, tsunamis, tornados,

inundações, queimadas, avalanches e

outros processos, atingindo um grande

contingente populacional.

Limitando, desde a forma, o teor

genético de um determinado grupo, restrito

aos indivíduos prevalecentes. Cabendo a

estes, integração a outra população, caso

mantida uma adaptação, ou com o decorrer

do tempo, a partir de um isolamento

geográfico e posterior reprodutivo,

constituição de uma nova espécie (princípio

da espécie fundadora).

Nesta situação, portando uma baixa

variabilidade, os indivíduos diferenciados

irão passar por uma pressão de seleção

mais significativa em relação à linhagem

ascendente, que minimizava os feitos da

seleção em razão do elevado número de

indivíduos viventes.

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39 | P á g i n a

QUESTÃO 01 - (FUVEST 2014 – Primeira

Fase - Adaptado)

No Reino Vegetal, as briófitas

representam o grupo de plantas mais antigo

da face da Terra, o que explica serem tidas

como pouco desenvolvidas. No reino animal,

temos os anfíbios, eles são os primeiros

vertebrados e representam os anuros e

urodelos e são considerados os primeiros

grupos a conquistar o ambiente terrestre.

Adaptado; Disponível em:

http://hdl.handle.net/123456789/2472 e

https://rachacuca.com.br/educacao/vestibula

r/tags/biologia/

Comparando-os, é correto afirmar que,

(A) nos anfíbios, a fecundação origina um

indivíduo diploide e, nas briófitas, um

indivíduo haploide; nos dois casos, o

indivíduo formado passa por metamorfoses

até tornar-se adulto.

(B) nos anfíbios, o produto imediato da

meiose são os gametas; nas briófitas, a

meiose origina um indivíduo haploide que

posteriormente produz os gametas.

(C) nos anfíbios e nas briófitas, a absorção

de água se dá pela epiderme; o transporte

de água é feito por difusão, célula por célula,

às demais partes do corpo.

(D) nos anfíbios e nas briófitas, o sistema

vascular é pouco desenvolvido; isso faz com

que, nos anfíbios, a temperatura não seja

controlada internamente.

(E) nos anfíbios e nas briófitas, a

fecundação ocorre em meio seco; o

desenvolvimento dos embriões se dá na

água.

QUESTÃO 02 - (ENEM 2010)

Alguns anfíbios e répteis são adaptados

à vida subterrânea. Nessa situação,

apresentam algumas características

corporais como, por exemplo, ausência de

patas, corpo anelado que facilita o

deslocamento no subsolo e, em alguns

casos, ausência de olhos.

Suponha que um biólogo tentasse explicar a

origem das adaptações mencionadas no

texto utilizando conceitos da teoria evolutiva

de Lamarck. Ao adotar esse ponto de vista,

ele diria que:

Disponivel em:

https://docs.google.com/file/d/0B_8htSiBUGc

mb1UwVWQ4VEl0emc/edit

(A) o corpo anelado é uma característica

fortemente adaptativa, mas seria transmitida

apenas à primeira geração de

descendentes.

(B) as características citadas no texto foram

adquiridas por meio de mutações e depois,

ao longo do tempo, foram selecionadas por

serem mais adaptadas ao ambiente em que

os organismos se encontram.

(C) as características citadas no texto foram

originadas pela seleção natural.

(D) as patas teriam sido perdidas pela falta

de uso e, em seguida, essa característica foi

incorporada ao patrimônio genético e então

transmitida aos descendentes.

(E) a ausência de olhos teria sido causada

pela falta de uso dos mesmos, segundo a lei

do uso e desuso.

QUESTÃO 03

No reino animal existe uma grande

diversidade de organismo que podem ser

invertebrados ou vertebrados. Dentre eles,

Questões de Prova

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40 | P á g i n a

podemos citar alguns artrópodes que são

animais invertebrados que podem ser

ácaros, insetos, crustáceos (lagostas,

camarões, caranguejo e isopodas),

escorpiões e aranhas. A maioria vive em

comunidade biológica e interagem entre si,

através de relações ecológicas. Alguns

isopodas têm relações ecológicas com

outros organismos, como por exemplo, os

peixes, e eles obtêm seus nutrientes e vivem

a custa do peixe, normalmente provocando

dano, porem sem levar a morte.

No texto acima é citado uma relação

interespecífica entre dois organismos

diferentes. Que relação é essa?

(A) Predação

(B) Mutualismo

(C) Comensalismo

(D) Inquilinismo

(E) Parasitismo

QUESTÃO 04 (Enem 2012 – Primeira

Fase)

O menor tamanduá do mundo é solitário

e tem hábitos noturnos, passa o dia

repousando, geralmente em um

emaranhado de cipós, com o corpo curvado

de tal maneira que forma uma bola. Quando

em atividade, se locomove vagarosamente e

emite som semelhante a um assobio. A cada

gestação, gera um único filhote. A cria é

deixada em uma árvore à noite e é

amamentada pela mãe até que tenha idade

para procurar alimento. As fêmeas adultas

têm territórios grandes e o território de um

macho inclui o de várias fêmeas, o que

significa que ele tem sempre diversas

pretendentes à disposição para namorar.

Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 174,

nov. 2006. Disponível em:

https://rachacuca.com.br/educacao/vestibula

r/tags/biologia/

A descrição sobre o tamanduá diz respeito

ao seu

(A) Habitat

(B) Potencial biótico

(C) Biótopo

(D) Nível trófico

(E) Nicho ecológico

QUESTÃO 05 - (ENEM 2003)

A biodiversidade é garantida por

interações das várias formas de vida e pela

estrutura heterogênea dos habitats. Diante

da perda acelerada de biodiversidade, tem

sido discutida a possibilidade de se

preservarem espécies por meio da

construção de "bancos genéticos" de

sementes, óvulos e espermatozoides.

Apesar de os "bancos" preservarem

espécimes (indivíduos), sua construção é

considerada questionável do ponto de vista

ecológico-evolutivo, pois se argumenta que

esse tipo de estratégia:

I. Não preservaria a variabilidade genética

das populações;

II. Dependeria de técnicas de preservação

de embriões, ainda desconhecidas;

III. Não reproduziria a heterogeneidade dos

ecossistemas.

Disponível em:

https://docs.google.com/file/d/0B_8htSiBUGc

mb1UwVWQ4VEl0emc/edit

(A) I e III

(B) I, apenas.

(C) I, II e III.

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41 | P á g i n a

(D) II, apenas.

(E) I e II.

QUESTÃO 06 - (UFSCar-SP - Adaptado)

Em uma teia alimentar, a biomassa

contida em cada nível trófico pode ser

representada por gráficos em forma de

pirâmides, que constituem as chamadas

pirâmides de energia.

Amabis, J. M.; Martho, G. R., 2004.

Biologia. 2º ed. São Paulo.

A largura de cada nível dessa pirâmide,

quando analisada de baixo para cima,

representa:

(A) O número de produtores, consumidores

primários e consumidores secundários,

respectivamente.

(B) O tamanho dos produtores,

consumidores primários e consumidores

secundários, respectivamente.

(C) A quantidade de energia disponível para

o nível trófico seguinte.

(D) A quantidade de energia perdida,

quando se passa de um nível trófico para o

seguinte.

(E) A produtividade primaria bruta, a

produtividade primaria liquida e a

produtividade primaria secundaria,

respectivamente.

QUESTÃO 07 – (Enem 2010)

Os ratos da espécie Peromyscus

polionotus encontram-se distribuídos em

ampla região na América do Norte. A

pelagem de ratos dessa espécie varia do

marrom claro até o escuro, sendo que os

ratos de uma mesma população têm

coloração muito semelhante. Em geral, a

coloração da pelagem também é muito

parecida à cor do solo da região em que se

encontram, que também apresenta a mesma

variação de cor, distribuída ao longo de um

gradiente sul-norte. Na figura, encontram-se

representadas sete diferentes populações

de P. polionotus. Cada população é

representada pela pelagem do rato, por uma

amostra de solo e por sua posição

geográfica no mapa.

Observe o mapa com a distribuição dos

ratos Peromyscus polionotus pela América

do Norte

MULLEN, L. M.; HOEKSTRA, H. E. Natural

selection along an environmental gradient:

a classic cline in mouse pigmentation.

Evolution, 2008.

O mecanismo evolutivo envolvido na

associação entre cores de pelagem e de

substrato é

(A) a alimentação, pois pigmentos de terra

são absorvidos e alteram a cor da pelagem

dos roedores.

(B) o fluxo gênico entre as diferentes

populações, que mantém constante a

grande diversidade interpopulacional.

(C) a seleção natural, que, nesse caso,

poderia ser entendida como a sobrevivência

diferenciada de indivíduos com

características distintas.

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42 | P á g i n a

(D) a mutação genética, que, em certos

ambientes, como os de solo mais escuro,

têm maior ocorrência e capacidade de

alterar significativamente a cor da pelagem

dos animais.

(E) a herança de caracteres adquiridos,

capacidade de organismos se adaptarem a

diferentes ambientes e transmitirem suas

características genéticas aos descendentes.

QUESTÃO 08 – (Fatec-SP)

As abelhas apresentam três castas

sociais: as operárias, fêmeas estéreis que

realizam o trabalho da colmeia, a rainha e o

zangão, encarregados da reprodução.

Essa divisão de trabalho caracteriza uma:

(A) Sociedade heteromorfa com relações

intraespecíficas harmônicas.

(B) Colônia heteromorfa com relações

interespecíficas harmônicas.

(C) Sociedade isomorfa com relações

intraespecíficas harmônicas.

(D) Colônia isomorfa com relações

interespecíficas harmônicas.

(E) Colônia heteromorfa com relações

intraespecíficas harmônicas.

QUESTÃO 09 - (ENEM 2009)

Mendel cruzou plantas puras de ervilha

com flores vermelhas e plantas puras com

flores brancas, e observou que todos os

descendentes tinham flores vermelhas. Nesse

caso, Mendel chamou a cor vermelha de

dominante e a cor branca de recessiva. A

explicação oferecida por ele para esses

resultados era a de que as plantas de flores

vermelhas da geração inicial (P) possuíam

dois fatores dominantes iguais para essa

característica (VV), e as plantas de flores

brancas possuíam dois fatores recessivos

iguais (vv). Todos os descendentes desse

cruzamento, a primeira geração de filhos (F1),

tinham um fator de cada progenitor e eram

Vv, combinação que assegura a cor vermelha

nas flores.

Disponivel em:

https://docs.google.com/file/d/0B_8htSiBUGc

mSVpZMEtCbUhEYUE/edit

Tomando-se um grupo de plantas cujas flores

são vermelhas, como distinguir aquelas que

são VV das que são Vv?

(A) Cruzando-as com plantas de flores

vermelhas da geração P. Os cruzamentos

com plantas Vv produzirão descendentes

de flores brancas.

(B) Cruzando-as entre si, é possível que

surjam plantas de flores brancas. As

plantas Vv cruzadas com outras Vv

produzirão apenas descendentes

vermelhas, portanto as demais serão VV.

(C) Cruzando-as entre si, é possível

identificar as plantas que têm o fator v na

sua composição pela análise de

características exteriores dos gametas

masculinos, os grãos de pólen.

(D) Cruzando-as com plantas recessivas,

de flores brancas. As plantas VV

produzirão apenas descendentes de flores

vermelhas, enquanto as plantas Vv podem

produzir descendentes de flores brancas.

(E) Cruzando-as com plantas recessivas e

analisando as características do ambiente

onde se dão os cruzamentos, é possível

identificar aquelas que possuem apenas

fatores V.

QUESTÃO 10

As relações alimentares entre as

espécies em uma comunidade determinam

sua:

(A) Sucessão secundaria

(B) Nicho ecológico

(C) Riqueza de espécies

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43 | P á g i n a

(D) Estrutura trófica

(E) Sucessão primária

QUESTÃO 11

As cadeias alimentares às vezes são

curtas por que:

(A) Apenas uma única espécie de

herbívoro se alimenta de cada espécie

vegetal

(B) A extinção local de uma espécie causa

extinção das outras espécies na sua

cadeia alimentar.

(C) A maior parte em um nível trófico é

perdida à medida que a energia passa

para o nível superior seguinte.

(D) A maioria dos produtores não é

comestível.

(E) Existe somente três espécies na cadeia

alimentar.

QUESTÃO 12

Ao escalar uma montanha, você pode

observar transições nas comunidades

biológicas que são análogas às mudanças:

(A) Nos biomas em latitudes diferentes.

(B) nas profundidades diferentes dos

oceanos.

(C) Em uma comunidade durante as

diferentes estacoes.

(D) Em um ecossistema que evolui ao

longo do tempo.

(E) Nos biomas em altitudes similares.

QUESTÃO 13

Qual das alternativas abaixo não é uma

observação ou interferência na qual a

seleção natural se baseia?

(A) Existe variação herdável entre os

indivíduos.

(B) Indivíduos menos adaptados nunca

deixam a prole.

(C) As espécies geralmente têm prole mais

numerosa do que o meio pode suportar.

(D) Apenas uma fração da prole produzida

por um individua sobrevive

(E) Não existe variação herdável entre os

indivíduos, ou seja, eles são todos iguais.

QUESTÃO 14 – (Enem 2015)

Um cladograma representa, de forma

simplificada, o processo evolutivo de

diferentes grupos de vertebrados. Nesse

contexto, o desenvolvimento de ovos

protegidos por casca rígida (pergaminácea

ou calcárea) possibilitou a conquista do

ambiente terrestre.

(A) 1.

(B) 2.

(C) 3.

(D) 4.

(E) 5.

QUESTÃO 15 – (Enem 2015)

Os parasitoides são insetos diminutos,

que têm hábitos bastante peculiares: suas

larvas se desenvolvem dentro do corpo de

outros animais. Em geral, cada parasitoide

ataca hospedeiros de determinada espécie

e, por isso, esses organismos vêm sendo

amplamente usado para o controle

biológico de pragas agrícolas.

SANTO, M. M. E. et al. Parasitoides: insetos

benéficos e cruéis. Ciência Hoje, n. 291,

abr. 2012 (adaptado).

O uso desses insetos na agricultura traz

benefícios ambientais, pois diminui o (a):

(A) Tempo de produção agrícola.

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(B) Diversidade de insetos-praga.

(C) Aplicação de inseticidas tóxicos.

(D) Emprego de fertilizantes agrícolas.

(E) Necessidade de combate a ervas

daninha.

QUESTÃO 16

Os membros superiores dos humanos e

dos morcegos possuem esqueleto

semelhante, ao passo que os ossos

correspondentes nas baleias representam

diferentes formas e proporções. No

entanto, dados genéticos sugerem que os

três organismos divergiram de um

ancestral comum mais ou menos ao

mesmo tempo.

JANE, B. R. et al. Biologia de Campbell. N.

479, 2015.

Nesse contexto, qual é a explicação mais

provável para esses dados?

(A) A evolução dos membros superiores foi

adaptativa em humanos e morcegos, mas

não em baleias.

(B) A seleção natural no ambiente aquático

resultou em mudanças significativas na

anatomia dos membros superiores das

baleias.

(C) Os genes mutam mais rapidamente em

baleias do que em humanos ou morcegos.

(D) As baleias não estão corretamente

classificadas como mamíferos.

(E) Os membros superiores dos humanos

e dos morcegos possuem esqueleto

semelhante, já o da baleia, é totalmente

diferente.

QUESTÃO 17

Sequencias de DNA em muitos genes

humanos são semelhantes a sequencias

dos genes correspondentes em

chimpanzés. A explicação mais provável

para esse resultado é:

(A) Humanos e chimpanzés compartilham

ancestral comum relativamente recente.

(B) Humanos evoluíram de chimpanzés.

(C) Chimpanzés evoluíram dos humanos.

(D) A evolução convergente levou a

similaridade no DNA.

(E) Humanos e chimpanzés evoluíram do

macaco comum.

QUESTÃO 18 (Enem 2015)

Um gel vaginal poderá ser um recurso

para as mulheres na prevenção contra a

AIDS. Esse produto tem como principio

ativo um composto que inibe a

transcriptase revessa viral.

Essa ação inibidora é importante, pois a

referida enzima:

(A) Corta a dupla hélice do DNA,

produzindo um molde para o RNA viral.

(B) Produz moléculas de DNA viral que

vão infectas células sadias.

(C) Polimeriza molécula de DNA, tendo

como molde o RNA viral.

(D) Promove a entrada do vírus da aids no

linfócitos T.

(E) Sintetiza os nucleotídeos que

compõem o DNA viral.

QUESTÃO 19 – (MACKENZIE)

Durante uma pesquisa científica,

seguimos alguns passos importantes para

o bom andamento da investigação. A(s)

hipótese(s) levantada(s) sobre o que se

pesquisa:

(A) deve(m) ser bastante(s) para que

possamos, descartando uma a uma,

chegar à comprovação do fato e à

explicação do mesmo.

(B) é (são) uma fase que sucede a teoria e

a lei sobre o assunto da investigação

científica em questão.

(C) deve(m) ser um número mínimo, de

preferência apenas uma.

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45 | P á g i n a

(D) é (são) argumento(s) que levantamos

sempre e somente depois de exaustiva

fase de experimentação.

(E) é (são) sempre ponto de partida da

investigação, em cima do qual criaremos o

fato.

QUESTÃO 20 UFMT

“Um pesquisador cortou as cauda de

camundongos e cruzou estes animais

entre si. Quando os filhotes nasceram, o

pesquisador cortou-lhes as caudas e

novamente cruzou-os entre si. Continuou a

experiência por 20 gerações e na 21ª

geração os camundongos apresentavam

caudas tão longas quanto às da primeira.”

Este experimento demonstrou que:

(A) A hipótese de Lamarck sobre a

herança dos caracteres adquiridos está

correta.

(B) Os caracteres adquiridos não são

transmitidos à descendência.

(C) A teoria mendeliana está errada.

(D) Não existe evolução, pois os ratos não

se modificam.

(E) Este experimento não pode ter dado

esse resultado, pois já a partir da 2ª

geração os ratos nasceriam sem cauda.

QUESTÃO 21 UFLA

Selecione a alternativa que apresenta a

ordem CORRETA dos termos que

completam as afirmações abaixo:

1. Charles Darwin e Alfred Wallace

propuseram a__________como um

mecanismo essencial para o processo

evolutivo.

2. __________É uma modificação

evolutiva que pode aumentar as chances

de sobrevivência e sucesso reprodutivo de

um organismo.

3. ________são evidências que suportam

a teoria evolutiva.

4. O processo de especiação pode ocorrer

por________dos indivíduos de uma

população.

(A) adaptação; seleção natural; genes;

clonagem.

(B) seleção natural; competição; fósseis;

extinção.

(C) extinção; adaptação; genes; isolamento

reprodutivo.

(D) seleção natural; adaptação; genes;

extinção.

(E) seleção natural; adaptação; fósseis;

isolamento reprodutivo.

QUESTAO 22 (Enem 2012)

Não é hoje que o homem cria,

artificialmente, variedade de peixes por

meio da hibridação. Esta é uma técnica

muito usada pelos cientistas e pelos

piscicultores porque os híbridos

resultantes, em geral, apresentam maior

valor comercial do que a média de ambas

as espécies parentais, além de reduzir a

sobrepesca no ambiente natural.

Terra da Gente, ano 4, n. 47, mar. 2008

(adaptado).

Sem controle, esses animais podem

invadir rios e lagos naturais, se reproduzir

e:

(A) originar uma nova espécie poliploide.

(B) substituir geneticamente a espécie

natural.

(C) ocupar o primeiro nível trófico no

hábitat natural.

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46 | P á g i n a

(D) impedir a integração biológica entre as

espécies parentais

(E) produzir descendentes com o código

genético modificado.

QUESTÃO 23 (ENEM 2012) –

A imagem representa o processo de

evolução das plantas e algumas de suas

estruturas. Para o sucesso desse

processo, a partir de um ancestral simples,

os diferentes grupos vegetais

desenvolveram estruturas adaptativas que

lhes permitam sobreviver em diferentes

ambientais.

Qual das estruturas adaptativas apresentadas

contribui para uma maior diversidade genética?

(A) as sementes aladas, que favorecem a

dispersão aérea.

(B) os arquegônios, que protegem o embrião

multicelular.

(C) os grãos de pólen, que garantem a

polinização cruzada.

(D) os frutos, que promovem uma maior

eficiência reprodutiva.

(E) os vasos condutores, que possibilitam o

transporte de seiva bruta.

QUESTÃO 24 (Enem 2016)

Ao percorrer o trajeto de uma cadeia

alimentar, o carbono, elemento essencial e

majoritário da matéria orgânica que

compõem os indivíduos, ora se encontra na

sua forma inorgânica, ora se encontra na

sua forma orgânica. Em uma cadeia

alimentar composta por fitoplâncton,

zooplâncton, moluscos, crustáceos e peixes

ocorrem a transição desse elemento da

forma inorgânica para a orgânica.

Em qual grupo de organismos ocorre essa

transição?

(A) Fitoplâncton

(B) Zooplâncton

(C) Moluscos;

(D) Crustáceos;

(E) Peixes.

QUESTÃO 25 (Enem 2016)

A vegetação apresenta adaptações ao

ambiente, como plantas arbóreas e

arbustivas com raízes que se expandem

horizontalmente, permitindo forte

ancoragem no substrato lamacento; raízes

que se expandem verticalmente, por causa

da baixa oxigenação do substrato; folhas

que têm glândulas para eliminar o excesso

de sais; folhas que podem apresentar

cutícula espessa para reduzir a perda de

água por evaporação.

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As características descritas referem-se a

plantas adaptadas ao bioma:

(A) Cerrado

(B) Pampas

(C) Pantanal

(D) Manguezal

(E) Mata de Cocais

QUESTÃO 26 (Enem 2016)

Darwin, em viagem às Ilhas Galápagos,

observou que os tentilhões apresentavam

bicos com formatos diferentes em cada

ilha, de acordo com o tipo de alimentação

disponível. Lamarck, ao explicar que o

pescoço da girafa teria esticado para

colher folhas e frutos no alto das árvores,

elaborou ideias importantes sobre a

evolução dos seres vivos.

O texto aponta que uma ideia comum às

teorias da evolução, propostas por Darwin

e por Lamarck, refere-se à interação entre

os organismos e seus ambientes, que é

denominada de:

(A) Mutação;

(B) Adaptação;

(C) Seleção natural

(D) Recombinação gênica;

(E) Variabilidade genética.

QUESTÃO 27 (Enem 2016)

Os seres vivos mantêm constantes

trocas de matéria com o ambiente

mediante processos conhecidos como

ciclos biogeoquímicos. O esquema

representa um dos ciclos que ocorrem nos

ecossistemas.

O esquema apresentado corresponde ao

ciclo biogeoquímico do (a):

(A) Água;

(B) Fosforo;

(C) Enxofre;

(D) Carbono;

(E) Nitrogênio.

Questão 28

Chamamos de lixo a grande diversidade

de resíduos sólidos de diferentes

procedências, como os gerados em

residências. O aumento na produção de

resíduos sólidos leva à necessidade de se

pensar em maneiras adequadas de

tratamento. No Brasil, 76% do lixo é

disposto em lixões e somente 24% tem

como destino um tratamento adequado,

considerando os aterros sanitários, as

usinas de compostagem ou a incineração.

FADINI, P. S.. FADINI, A. A. A. Lixos:

desafios e compromissos. Química nova na

escola, maio 2001 (adaptado).

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Comparando os tratamentos descritos, as

usinas de compostagem apresentam como

vantagem serem o destino:

(A) que gera um produto passível de utilização na agricultura.

(B) onde ocorre a eliminação da matéria

orgânica presente no lixo

(C) mais barato, pois não implica custos de

tratamento nem controle.

(D) que possibilita o acesso de catadores,

pela disposição do lixo a céu aberto.

(E) em que se podem utilizar áreas

contaminadas com resíduos de atividades

de mineração

Questão 29 (Enem 2016)

A modernização da agricultura, também

conhecida Revolução Verde, ficou

marcada pela expansão da agricultura

nacional. No entanto, trouxe

consequências como o empobrecimento

do solo, o aumento da erosão e dos custos

de produção, entre outras. Atualmente, a

preocupação com a agricultura sustentável

tem suscitado práticas como a adubação

verde, que consiste na incorporação ao

solo de fitomassa de espécies vegetais

distintas, sendo as mais difundidas as

leguminosas.

ANUNCIAÇÃO, G. C. F. Disponível em:

www.muz.ifsuldeminas.edu.br.

Acesso em: 20 dez 2012. (adaptado).

A utilização de leguminosas nessa pratica

de cultivo visa reduzir a

(A) utilização de agrotóxicos.

(B) atividade biológica do solo.

(C) necessidade do uso de fertilizantes.

(D) decomposição da matéria orgânica.

(E) capacidade de armazenamento de

agua no solo.

Questão 30 (Enem 2016)

Uma nova estratégia para o controle da

dengue foi apresentada durante o

Congresso Internacional de Medicina

Tropical, no Rio de Janeiro, em 2012. O

projeto traz uma abordagem nova e natural

para o combate à doença e já está em fase

de testes. O objetivo do programa é cessar

a transmissão do vírus da dengue pelo

Aedes aegypti, a partir da introdução da

bactéria Wolbachia — que é naturalmente

encontrada em insetos — nas populações

locais de mosquitos. Quando essa bactéria

é introduzida no A. aegypti, atua como uma

“vacina”, estimulando o sistema

imunológico e bloqueando a multiplicação

do vírus dentro do inseto.

Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br. Acesso em: 20 dez. 2012 (adaptado).

Qual o conceito fundamental relacionado a essa estratégia?

(A) Clonagem.

(B) Mutualismo.

(C) Parasitismo.

(D) Transgênese.

(E) Controle Biológico.

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Referências

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moderna: Biologia dos organismos.

Volume 2. São Paulo, Editora Moderna,

2004.

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R.

Fundamentos da Biologia Moderna.

Volume único. São Paulo, Ed. Moderna.

Cadernos dos Cursinhos Pré-Universitários

da UNESP. Volume 3. Ciências da

Natureza - Biologia, Física e Química. São

Paulo: Editora Cultura Acadêmica, 2016.

BEGON, M. HARPER, J. L.; TOWNSEND,

C. R. Ecologia – de ecossistemas e

indivíduos. 2009.

REECE, J. B. et al.Biologia de Campbell.

10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

RIDLEY, Mark. Evolução. 3ª ed. Porto

Alegre, Artmed, 2006.

RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk da

Fonseca. "“Deriva genética; Problemas

ambientais brasileiros” Brasil Escola.

Disponível em

<http://brasilescola.uol.com.br/biologia/deri

va-genetica.htm>. Acesso em 06 de janeiro

de 2017.

Só Biologia. Disponivel em

<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/e

ologia/Ecologia2.php> acessado em: 03 de

Janeiro de 2016.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos.

"Aconselhamento genético"; Brasil Escola.

Disponível em

<http://brasilescola.uol.com.br/biologia/aco

nselhamento-genetico.htm>. Acesso em 06

de janeiro de 2017.

Gabarito: 1.b 2.e 3.e 4.e 5.a 6.b 7.c 8.a 9.d 10.d 11.c

12.a 13.b 14.c 15.c 16.b 17.a 18.c 19.e 20.b 21.e

22.b 23.c 24.a 25.d 26.b 27.d 28.a 29.c 30.e.