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2014/2015 ELEIÇÕES PGJ PROGRAMA DE GESTÃO

Programa de Nestor Cabral - 2014/2015 Campanha PGJ

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NESTOR CABRAL CORAGEM PARA TRANSFORMAR

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2014/2015

ELEIÇÕES PGJ

PROGRAMA DE GESTÃO

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APRESENTAÇÃO

Estimado(a) colega,

É chegado o momento de decidirmos o futuro do Ministério Público

do Ceará nos próximos dois anos. Assim como você, sonho com uma instituição

que corresponda aos anseios da sociedade, valorizando seus membros e agindo

com independência e altivez.

A fim de termos uma opção que represente uma verdadeira

transformação, aceitei concorrer ao cargo de Procurador Geral de Justiça. O

projeto que ora apresento tem como meta valorizar a democracia e a

transparência ao longo do mandato.

Democracia na tomada das decisões, sempre observando as

prioridades estabelecidas pelos próprios membros da instituição, seja nas reuniões

do Planejamento Estratégico, seja nas Assembleias Gerais e reuniões promovidas

pela Associação Cearense do Ministério Público. Ouvir nossos colegas e considerar

suas opiniões será fundamental para que o Ministério Público esteja

verdadeiramente a serviço da sociedade, sem interferências de interesses externos

ou pessoais.

Transparência não apenas no trato da coisa pública, mas no

relacionamento com os Promotores e Procuradores de Justiça, agindo com

franqueza e lealdade, tratando com seriedade os compromissos assumidos, sem

tergiversar com os direitos e as legítimas aspirações de nossos colegas. Implementar

o orçamento participativo e chamar nossa entidade de classe para participar de

todas as tratativas de interesse da instituição é o primeiro passo para atender tal

desiderato.

Para ter tais características, nossa gestão não pode sofrer a

interferência do poder político ou econômico, razão pela qual, para assegurar a

independência e altivez do Ministério Público, assumo de logo o compromisso

inarredável de defender que a nomeação do Procurador Geral de Justiça, apesar

da legítima e constitucional prerrogativa do Governador do Estado, recaia

somente sobre aquele que conquistar o maior número de votos, pois essa é a

aspiração de todo o Ministério Público Brasileiro. Para promover uma mudança na

Constituição, é preciso promover primeiro uma mudança de mentalidade, a

exemplo do que já aconteceu em tantos outros Estados, como o vizinho Rio

Grande do Norte.

Essa, portanto, é a principal diferença entre a minha candidatura e

as demais, pois a segurança de que haverá meu empenho para a concretização

das propostas que ora apresento reside no fato de que tenho compromisso apenas

com meus colegas e a sociedade.

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Também tenho a consciência de que o enfrentamento de todos os

problemas de nossa instituição, especialmente melhores condições de trabalho e

uma política remuneratória digna, passa necessariamente pela autonomia

orçamentária e financeira.

O Ministério Público precisa assegurar, através de um diálogo

respeitoso e franco com os outros poderes, recursos suficientes para cumprir sua

missão, já que o orçamento do Ministério Público do Estado do Ceará está muito

abaixo da média nacional e mesmo da média do Nordeste, seja em termos

absolutos ou relativos.

Contudo, não se pode atribuir responsabilidade aos outros poderes,

se o próprio Ministério Público do Ceará não faz sequer consignar em sua proposta

orçamentária os recursos para atender as suas necessidades mais prementes,

sempre prestigiando interesses externos e olvidando os reclamos dos Promotores e

Procuradores de Justiça.

Além disso, só recentemente, após muita cobrança, conquistamos

o repasse do duodécimo, mas ainda assim não foram adotadas as medidas para

assegurar que tais recursos não sejam devolvidos ao final do exercício financeiro,

já que ainda não foi instituído o Fundo de Reaparelhamento e Modernização do

Ministério Público, valendo ressaltar que somente no ano de 2012 houve uma sobra

de R$ 4.270.382,90 (quatro milhões, duzentos e setenta mil, trezentos e oitenta e dois

reais e noventa centavos), conforme relatório de execução orçamentária e

financeira, valor suficiente para suprir várias carências da instituição e que poderia

ser reforçado pelo percentual da arrecadação da taxa judiciária, acaso houvesse

sido instituído o fundo.

Por fim, antes de tudo é preciso que o Procurador Geral de Justiça

aja como membro da instituição, conduzindo-a de forma a representar a vontade

dos Promotores e Procuradores de Justiça, sendo um aliado de seus justos pleitos e

não um adversário dos colegas ou um entrave para as mudanças que precisam

ser promovidas.

Para cumprir os deveres do cargo e os compromissos assumidos, não

é razoável que o líder do Ministério Público precise o tempo todo ser cobrado,

pressionado, instigado e criticado, nem muito menos que os Promotores e

Procuradores de Justiça precisem ficar em constante estado de mobilização, por

não confiarem nas iniciativas da gestão.

O programa que ora apresento se propõe a atender o anseio da

instituição e da sociedade e deverá ser aperfeiçoado durante a gestão, de modo

a contemplar as legítimas aspirações dos colegas.

Porém, mais importante do que o programa de gestão é poder

confiar em quem se propõe a implementá-lo, pela coerência das ideias e pelo

histórico de dedicação ao Ministério Público, pois de promessas vãs todos já

estamos fartos.

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Minha candidatura, portanto, representa não a personificação das

soluções em uma única pessoa, mas sim um projeto de gestão coletiva, em que

todos os Promotores e Procuradores de Justiça serão responsáveis pela

administração da Procuradoria Geral de Justiça.

Dia 6 de dezembro teremos a oportunidade de construir um novo

Ministério Público. Ajude-nos a escrever essa história.

Que Deus nos ilumine!

Nestor Rocha Cabral

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1. CONDIÇÕES DE TRABALHO E EFICIÊNCIA

1.1- REFORMA ADMINISTRATIVA

1.2- QUADRO MÍNIMO DE SERVIÇOS AUXILIARES

1.3- MELHORIAS NO PROGRAMA DE ESTÁGIO

1.4- CONCLUSÃO DA OBRA DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

1.5- INSTALAÇÃO DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA EM SEDES PRÓPRIAS

1.6- MANUTENÇÃO DAS SEDES PRÓPRIAS

1.7- MANUTENÇÃO DOS COMPUTADORES

1.8- COMPARTILHAMENTO DE PEÇAS PROCESSUAIS

1.9- AUMENTAR A EFICIÊNCIA DOS CENTROS DE APOIO OPERACIONAL

1.10- FONTE DE PESQUISA JURÍDICA

1.11- QUALIFICAÇÃO

2. POLÍTICA REMUNERATÓRIA

2.1- AJUDA DE CUSTO PARA MUDANÇA E TRANSPORTE

2.2- AUXÍLIO-MORADIA

2.3- DIÁRIAS

2.4- INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

2.5- CONVERSÃO DE 1/3 DE FÉRIAS EM PECÚNIA

2.6- ATS

2.7- PAGAMENTO DO PAE

2.8- INSTITUIÇÃO DO AUXÍLIO SAÚDE

3. INGRESSO, MOBILIDADE E ASCENSÃO NA CARREIRA

3.1- CONCURSO PÚBLICO

3.2- PROVIMENTO IMEDIATO DOS CARGOS CRIADOS PELA LEI ESTADUAL Nº 14.435/09

3.3- OBSERVÂNCIA DE PRAZO PARA REALIZAÇÃO DAS PROMOÇÕES E REMOÇÕES

3.4- CRITÉRIOS OBJETIVOS NAS PROMOÇÕES E REMOÇÕES

4. PRESERVAÇÃO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA, COMBATE À CRIMINALIDADE

E ATUAÇÃO EXTRAJUDICIAL

4.1- ATUAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL DO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA

4.2- TORNAR A PROCAP E O GAECO ÓRGÃOS DE EXCELÊNCIA

4.3- CRIAÇÃO DE PROMOTORIAS ESPECIALIZADAS DE PATRIMÔNIO PÚBLICO

4.4- NÚCLEO DE TUTELA COLETIVA

4.5- NÚCLEO PERMANENTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

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5. SEGURANÇA INSTITUCIONAL

5.1- INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA

5.2- PROTOCOLO DE ATUAÇÃO

5.3- ESTRUTURAÇÃO DO NUSIT

5.4- BLINDAGEM E ISENÇÃO PARA A BLINDAGEM DE VEÍCULOS

6- AUTONOMIA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

6.1- INSTITUIÇÃO DO FUNDO DE REAPARELHAMENTO E MODERNIZAÇÃO

6.2- PERCENTUAL DA TAXA JUDICIÁRIA

6.3- PERCENTUAL MAIOR DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

6.4- COOPERAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS

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1- CONDIÇÕES DE TRABALHO E EFICIÊNCIA

O colega deve ter ingressado no Ministério Público do Ceará com o ideal de

construir uma nova realidade, contribuindo para uma sociedade calcada na

justiça, mas logo descobriu que os entraves que nos são colocados muitas vezes

constituem obstáculos intransponíveis para a consecução dessa finalidade.

É mais frustrante ainda constatar que esses entraves advêm da própria

instituição, por faltar uma visão de eficiência. Ainda há quem pense que dotar as

promotorias de justiça e os demais órgãos de execução de um quadro qualificado

de servidores e de estrutura física mínima é um luxo dispensável, razão pela qual

continuamos sem a capacidade de dar a resposta adequada a todas as

demandas que nos são apresentadas.

Enquanto isso, assistimos o Ministério Público de outros estados evoluindo

enquanto instituição, dotando seus órgãos dos recursos humanos e materiais

indispensáveis, revelando que o que verdadeiramente enfrentamos é um

problema de gestão e de falta de prioridade.

Apresentamos, portanto, propostas simples, a partir das necessidades

colocadas pelos próprios colegas, para finalmente superarmos esses entraves.

1.1- REFORMA ADMINISTRATIVA

Para aumentar a eficiência da Procuradoria Geral de Justiça,

tanto no âmbito administrativo quanto judicial, promoveremos

uma desconcentração dos poderes e atribuições do Procurador

Geral de Justiça, propondo a criação dos cargos de Procurador

Geral de Justiça Adjunto Judicial, Procurador Geral de Justiça

Adjunto Administrativo e Coordenador Geral dos Centros de

Apoio Operacional, a fim de que o Procurador Geral de Justiça

não precise se dedicar aos problemas burocráticos do cotidiano,

voltando suas atenções para definir, coordenar e supervisionar as macropolíticas

institucionais e representar os interesses do Ministério Público perante os poderes do

Estado e a sociedade civil.

1.2- QUADRO MÍNIMO DE SERVIÇOS AUXILIARES

Conforme definido no planejamento estratégico de 2012, há

necessidade prioritária de assegurar quadro mínimo de

serviços auxiliares por promotoria, composto por 1 (um)

analista ministerial (bacharel em direito), 1 (um) técnico

ministerial e 2 (dois) estagiários.

Suprir todos os órgãos de execução dos serviços

auxiliares indispensáveis deve merecer especial atenção em

nossa gestão, sempre tratando do tema com absoluta prioridade e transparência,

inclusive envolvendo a ACMP e a ASSEMPECE nas tratativas.

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A criação e o provimento dos novos cargos pode ser feita de forma gradual,

estabelecendo no projeto de lei, desde já, quantos cargos serão providos a cada

ano, para que todos os órgãos de execução possam ser contemplados, bem assim

para que haja uma perspectiva concreta e programada do provimento desses

cargos.

No caso dos analistas ministeriais bacharéis em direito já existem 212 (duzentos

e doze) aprovados no último concurso. Para aquelas comarcas que não poderem

ser imediatamente contempladas poderá haver a criação de cargos em comissão

de assessor, para provimento temporário, até que possa haver o provimento por

concurso público dos cargos de analista.

1.3- MELHORIAS NO PROGRAMA DE ESTÁGIO

Conforme já pleiteado pela ACMP, nos empenharemos para

promover uma drástica melhoria do programa de estágio,

procurando assegurar uma bolsa de estágio condigna,

evitando a migração de estagiários qualificados para outras

instituições, bem assim buscando garantir que cada órgão de

execução tenha pelo menos dois estagiários, como permite

o art. 107 da Lei Complementar Estadual nº 72/2008, inclusive

adotando providências para firmar convênios com

instituições de ensino de outros Estados.

1.4- CONCLUSÃO DA OBRA DA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA

O atraso na execução da obra da Procuradoria Geral de

Justiça, no Cambeba, tem acarretado inúmeros problemas

de ordem administrativa e na própria atuação finalística do

Ministério Público, já que os setores administrativos

funcionam de forma inadequada, enquanto vários

Procuradores de Justiça não possuem instalações

condignas, trabalhando muitas vezes em gabinetes

improvisados. Além disso, a insuficiência de espaço

acarreta no aluguel de prédios para funcionamento de

órgãos que deveriam funcionar na própria Procuradoria Geral de Justiça, a

exemplo da PROCAP e dos CAO's, razão pela qual teremos todo empenho na

conclusão dessa obra, para que o Ministério Público possa desempenhar suas

atividades da forma mais eficiente possível.

1.5- INSTALAÇÃO DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA EM SEDES PRÓPRIAS

A instalação dos órgãos de administração, de execução e

de serviços auxiliares em prédios sob a administração do

Ministério Público, sem abrir mão das dependências a ele

reservadas nos prédios do Poder Judiciário, com instalações

condignas e adequadas, não é uma faculdade do

Procurador Geral de Justiça, mas uma imposição legal do art.

2º, §2º, da Lei Complementar Estadual nº 72/2008, sendo um

pressuposto para a autonomia do Ministério Público,

conforme a própria Lei.

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As Promotorias de Justiça da Capital não podem mais suportar a indigna

situação ora vivenciada, repartindo uma espaço de apenas 6m² entre 3 (três)

promotores, quando há, nem muito menos aguardar indefinidamente a

construção do novo prédio. É preciso agir já, assegurando instalações condignas

a todos, ainda que provisórias, até que fique pronta a nova sede, cujos recursos

para projeto e construção devem ser imediatamente incluídos na proposta

orçamentária. Enquanto não avançarem as tratativas com o Poder Judiciário,

podem ser alugados andares ou salas comerciais em edifícios próximos aos Fórum.

Quanto as Promotorias de Justiça do interior, será estabelecida uma

padronização para os prédios, de acordo com o número de promotorias de cada

comarca e já prevendo sua ampliação, criando uma identidade visual própria

para o Ministério Público, sempre contemplando os espaços necessários para os

serviços auxiliares e para os equipamentos e mobiliário adequados. Para tanto,

deve ser estabelecido um cronograma transparente, priorizando-se as sedes das

unidades regionais.

1.6- MANUTENÇÃO DAS SEDES PRÓPRIAS

Tão importante quanto assegurar a instalação do Ministério Público

em sedes próprias é garantir o seu regular funcionamento. Nossa

meta, portanto, é acabar com o improviso na gestão dos prédios,

mantendo, além dos serviços de limpeza e segurança, a

tempestiva manutenção desses prédios, através de equipes

técnicas regionais, compostas por pedreiros, eletricistas,

bombeiros hidráulicos e outros profissionais capazes de fazer

pequenas reformas e reparos, que farão visitas periódicas, preventivas

e corretivas, pois a conservação dos prédios públicos é dever do

administrador.

1.7- MANUTENÇÃO DOS COMPUTADORES

Todos sabemos o quanto dependemos dos computadores

e dos demais equipamentos de informática em nosso

cotidiano de trabalho, não podendo aguardar dias para

conseguir um reparo num equipamento, porque os prazos

não aguardam. Um dia sem produção nos obriga a

trabalhar em dobro no dia seguinte. A manutenção

periódica e tempestiva dos equipamentos de informática

deve ser feita de modo sistemático e tempestivo. O atual

modelo adotado se mostrou caro e ineficiente, não

atendendo as necessidades da instituição, razão pela qual propomos a existência

de técnicos de informática em todas as unidades regionais, para atender todo o

Estado.

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1.8- COMPARTILHAMENTO DE PEÇAS PROCESSUAIS

Criar um ambiente de rede institucional, a fim de que todos

os colegas possam compartilhar as peças processuais, a

serem catalogadas de acordo com o assunto, sendo o

banco de dados alimentados pelos próprio colegas, assim

como pelos Centros de Apoio Operacional, aperfeiçoando o modelo atualmente

em vigor. Tal iniciativa também possibilitará aos Procuradores de Justiça o acesso

a petições elaboradas na 1º Instância, facilitando eventuais transcrições em suas

manifestações, racionalizando o trabalho.

1.9- AUMENTAR A EFICIÊNCIA DOS CENTROS DE APOIO OPERACIONAL

Mais que fornecer peças processuais, doutrina e jurisprudência, os

Centros de Apoio Operacional devem ser indutores de medidas

conjuntas e coordenadas, inclusive acompanhando as metas do

Planejamento Estratégico. Assim, tão logo suprida a carência de

Promotores de Justiça, seus coordenadores devem ser

designados com prejuízo de funções, para dedicarem-se com

exclusividade a esta relevante missão, devendo contar com os

recursos humanos e materiais necessários.

1.10- FONTE DE PESQUISA JURÍDICA

Mediante pequena contribuição, a ACMP oferece a

seus associados o serviço de uma biblioteca virtual, que

disponibiliza milhares de obras na íntegra, de diversas

áreas do conhecimento, incluindo mais de mil obras

jurídicas. De igual modo é oferecido aos associados

serviço de pesquisa de jurisprudência, doutrina e

jurisprudência. Penso que serviços idênticos ou

semelhantes devem ser proporcionados pela própria

Procuradoria Geral de Justiça, sem ônus para os

membros da instituição, inclusive para que haja cada

vez mais a utilização desses serviços, qualificando as peças do Ministério Público.

1.11- QUALIFICAÇÃO

Tão importante quanto recursos e humanos e materiais

nos órgãos de execução, para atingir metas de

eficiência no Ministério Público, é assegurar a

qualificação permanente dos seus membros, razão pela

qual, além dos investimentos necessários na Escola

Superior do Ministério Público, firmaremos convênios de

cooperação com Ministérios Públicos de outros países

para a realização de treinamentos e cursos de pequena

duração, através do Programa de Intercâmbio da International Association of

Prosecutors – IAP.

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2- POLÍTICA REMUNERATÓRIA

Além de oferecer condições de trabalho, pressuposto para assegurar a

eficiência do Ministério Público, é indispensável adotar uma política remuneratória

que assegure o estímulo e a valorização daqueles que fazem a instituição,

condizente com a qualificação e responsabilidade do cargo, bem assim com

irrestrita observância à legalidade, pois aqueles direitos assegurados por lei não

constituem nenhum favor da administração, nem estão na sua esfera de

discricionariedade.

As recentes melhorias que obtivemos na questão remuneratória constituem

apenas uma parcela de nossas reivindicações e foram fruto da cobrança e

insistência de todos os colegas, após um intenso e desgastante processo de

mobilização, do qual participamos para reduzir as desigualdades com os outros

Estados e corrigir injustiças, que acarretam inclusive no locupletamento ilícito do

Estado, em detrimento daqueles que se dedicam para engrandecer nosso

Ministério Público.

Existem duas etapas para alcançarmos êxito na política remuneratória. A

primeira é a iniciativa da nossa própria administração, que deve reconhecer a

justiça e a necessidade dos pleitos. A segunda é assegurar os recursos através de

um diálogo respeitoso e franco com os poderes Legislativo e Executivo. Porém, pelo

que acompanhamos, a resistência aos nossos pleitos está exatamente na

Procuradoria Geral de Justiça que, ao invés de ser uma aliada de nossas

reivindicações, trabalha para adiar ou evitar sua implementação, a exemplo da

decisão do Órgão Especial Colégio de Procuradores de Justiça, que assegurou a

conversão de 1/3 das férias em pecúnia, mas que está sendo combatida pelo

Procurador Geral de Justiça no CNMP, embora já se trate de direito assegurado

em vários Estados e reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça.

Em nossa gestão, contudo, essa primeira etapa estará de logo superada, pois

o Procurador Geral de Justiça será antes de tudo um aliado dos justos pleitos dos

colegas, inclusive por coerência a tudo que defendemos quando na diretoria da

ACMP, a qual será sempre uma parceira para a consecução desse objetivo, como

porta-voz de seus associados, que dessa vez serão efetivamente ouvidos. Para que

fique clara, portanto, a minha posição sobre o tema, enumero as ideias que

sempre defendi e que serão igualmente defendidas e buscadas durante toda a

gestão.

2.1- AJUDA DE CUSTO PARA MUDANÇA E TRANSPORTE

A ajuda de custo para mudança e transporte, que hoje é

paga somente em caso de promoção, também deverá ser

paga, mediante alteração legislativa, nos casos de

remoção e de ingresso na carreira, assegurando a simetria

com o Poder Judiciário.

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2.2- AUXÍLIO-MORADIA

O único pressuposto do auxílio moradia estabelecido na lei é

a ausência da moradia funcional. Por essa razão e por medida

de cautela, formularemos consulta ao CNMP indagando da

juridicidade de assegurar esse pagamento também aos

membros do Ministério Público que residem na Capital, assim

como a todos aqueles que moram à suas expensas, inclusive

em imóveis próprios. Em sendo positiva a consulta,

adotaremos todos as medidas para viabilizar o pagamento.

2.3- DIÁRIAS

O reajuste das diárias é antiga reivindicação dos

colegas, mas o último reajuste não atendeu ao que foi

reclamado, já que não repôs sequer o valor

anteriormente pago, dada a instituição da meia diária

por resolução do CNMP. Pensamos que o valor da diária

para deslocamento no Estado não pode ser inferior a 2%,

destinado a cobrir despesas de hospedagem,

alimentação e locomoção urbana, sem prejuízo da

indenização de transporte.

2.4- INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Segundo a Resolução nº 58/2010 do CNMP, as diárias são

destinadas apenas à cobertura de despesas de alimentação,

hospedagem e locomoção urbana, e o membro deve fazer jus à

percepção de diárias, sem prejuízo do pagamento de

indenização de transporte, razão pela qual adotaremos

providências para que doravante haja o pagamento cumulativo

de diárias e indenização de transporte, seja nos deslocamentos

para comarcas sedes ou vinculadas.

2.5- CONVERSÃO DE 1/3 DE FÉRIAS EM PECÚNIA

A conversão de 1/3 das férias em abono pecuniário está

prevista art. 220, §3º da LC 75/93 c/c art. 80 da Lei nº 8.625/93,

não havendo qualquer margem de discricionariedade para a

administração, conforme já decidiu o Superior Tribunal de

Justiça (REsp 443627/AC) e o Órgão Especial do Colégio de

Procuradores de Justiça do Estado do Ceará, à unanimidade,

ao julgar recurso por mim interposto no Processo nº 1817/2013-

7 (Anexo 26008/2012). A resistência da Procuradoria Geral de

Justiça em cumprir a decisão do Órgão Especial, inclusive ingressando no CNMP

em prejuízo de todo o Ministério Público Brasileiro, será superada em minha gestão,

com a regulamentação do referido direito em prol de todos os membros do

Ministério Público Cearense.

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2.6- ATS

Direito reconhecido pelo CNMP, o pagamento do ATS

(Adicionais por Tempo de Serviço) está suspenso em razão da

Lei Estadual nº 15.203/2012 (art. 63, §5º), o qual impede não

apenas o pagamento do ATS, mas quaisquer despesas de

exercícios anteriores, a exemplo de férias não gozadas, ao

fixar o limite de 1% do valor da folha do exercício anterior. Na

ADI nº 4922, de autoria da Conamp, busca-se o

reconhecimento da inconstitucionalidade desse dispositivo.

Considerando, contudo, que a ação corre o risco de perder o objeto, ante o final

do exercício financeiro, e que semelhante previsão vem sendo reeditada a cada

ano, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, é preciso unir esforços com a CONAMP e

a ACMP, não apenas para obter a declaração de inconstitucionalidade desse

dispositivo, mas sobretudo para evitar que norma semelhante volte a ser reeditada,

por ofender gravemente a autonomia do Ministério Público.

2.7- PAGAMENTO DO PAE

O pagamento do PAE (Parcela Autônoma de Equivalência) deve

ser mantido regularmente, por se tratar de direito reconhecido

pelo CNMP.

2.8- INSTITUIÇÃO DO AUXÍLIO SAÚDE

Propor, mediante alteração legislativa, a instituição do Auxílio

Saúde, nos moldes sugeridos pela ACMP, para cobrir parte das

despesas com plano de saúde dos membros ativos e inativos do

Ministério Público, assim como seus dependentes.

3- INGRESSO, MOBILIDADE E ASCENSÃO NA CARREIRA

Será sempre considerado no ingresso, mobilidade e ascensão na carreira o

princípio da legalidade, pois o provimento dos cargos não pode acontecer apenas

ao alvedrio da administração, ante as balizas normativas de observância cogente.

A defasagem de cargos de promotores de justiça é fruto somente da inércia da

administração e apenas a ela pode ser imputada, devendo ser preservado o

legítimo interesse dos membros do Ministério Público. Assim, como sempre

defendemos junto aos Órgãos de Administração Superior, nas inúmeras reuniões

que participamos quando na diretoria da ACMP, pretendemos adotar todas as

medidas necessárias para resguardar tais direitos.

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3.1- CONCURSO PÚBLICO

Nomear os aprovados no Concurso Público para

Promotor de Justiça que está em andamento, logo após

o resultado final, e adotar como prática da

administração a realização periódica de concursos

públicos, independentemente do número de vagas

atingir a um quinto dos cargos iniciais da carreira,

conforme obrigatoriedade do art. 59, §1º, da Lei

Orgânica Nacional, pois a Procuradoria Geral de Justiça

não precisa fazer concurso público somente quando

está obrigada, devendo realiza-lo sempre que necessário ao interesse público.

3.2- PROVIMENTO IMEDIATO DOS CARGOS CRIADOS PELA LEI ESTADUAL Nº 14.435/09

Os colegas não podem ver prejudicado seu direito à ascensão

funcional, pela demora da realização do concurso público, seja

porque se trata de direito subjetivo assegurado em lei, com prazo

certo e determinado (art. 62 da Lei 8.625/93), seja porque não

deram causa ao esvaziamento institucional, devendo somente a

administração arcar com o ônus e encontrar solução que não

prejudique o direito individual, pois não há interesse público

contrário à lei. Por essa razão, logo no início das sessões do CSMP, apresentarei

para deliberação minuta de edital para provimento de todas as promotorias

atualmente vagas, incluindo as Promotorias de Justiça da Comarca de Fortaleza

ainda não preenchidas.

3.3- OBSERVÂNCIA DE PRAZO PARA REALIZAÇÃO DAS PROMOÇÕES E REMOÇÕES

Velaremos pelo rigoroso cumprimento do prazo previsto no

art. 62 da Lei Orgânica Nacional, a fim de que, sempre que

verificada a vaga para remoção ou promoção, seja

expedido edital para preenchimento do cargo, no prazo

máximo de sessenta dias. Ao mesmo tempo, promoveremos

alteração legislativa, a fim de fixar prazo para realização

das promoções e remoções, inclusive retroagindo os efeitos

da promoção a partir do termo final do prazo, a exemplo do

que está previsto no art. 199, §1º, da LC nº 75/93.

3.4- CRITÉRIOS OBJETIVOS NAS PROMOÇÕES E REMOÇÕES

Proporemos mudanças para assegurar que as

promoções e remoções por merecimento sejam

realizadas mediante critérios objetivos de produtividade

e presteza no exercício das atribuições e pela frequência

e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de

aperfeiçoamento, conforme determinação expressa do

art. 93, II, “a”, da CF/88 e art. 2º da Resolução nº 02/2005

do CNMP, de forma que possa ser mensurado, da

maneira mais clara e precisa possível, o merecimento de

cada candidato.

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4- PRESERVAÇÃO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA, COMBATE À CRIMINALIDADE

E ATUAÇÃO EXTRAJUDICIAL

O trabalho do Ministério Público na preservação da moralidade administrativa,

no combate à criminalidade e na tutela dos direitos difusos e coletivos foi a razão

da imensa mobilização social para a preservação dos poderes e prerrogativas da

instituição, aumentando nossa responsabilidade em dar uma resposta cada vez

mais eficaz à sociedade, mediante investimentos e atitudes que assegurem o

cumprimento de nossa missão constitucional. Essa, portanto, será a grande marca

de nossa gestão, de modo a assegurar o apreço e o respeito por nossa instituição.

4.1-ATUAÇÃO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL DO PROCURADOR GERAL DE JUSTIÇA

A atuação judicial e extrajudicial do Procurador Geral de Justiça,

na sua esfera de atribuições, por si ou por membros que

recebam delegação, deverá ser sempre transparente e

responsável, dando andamento e publicidade às

representações e investigações, de forma a assegurar o

controle social, preservando a imagem da instituição e

resguardando a ordem jurídica, com absoluta independência e

isenção, como se espera de todos os membros do Ministério Público.

4.2- TORNAR A PROCAP E O GAECO ÓRGÃOS DE EXCELÊNCIA

Graças ao trabalho abnegado dos colegas da PROCAP

e do GAECO, combatendo os crimes contra a

administração pública e a macro criminalidade, com a

contribuição dos demais colegas em suas respectivas

comarcas, o Ministério Público conquistou o respeito e a

admiração da sociedade, sendo essa a verdadeira

contribuição para a derrubada da PEC 37.

Embora resolver todas as carências de recursos humanos e materiais da instituição

demande algum tempo, pelo menos na PROCAP e no GAECO é possível fazer

investimentos urgentes e imprescindíveis, aumentando o quadro de pessoal e a

estrutura física, para que os resultados possam ser cada vez mais relevantes.

Atingindo-se esse objetivo, todos os pleitos do Ministério Público conquistarão a

simpatia e o apoio da sociedade, assim como das demais instituições.

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4.3- CRIAÇÃO DE PROMOTORIAS ESPECIALIZADAS DE PATRIMÔNIO PÚBLICO

Todas as mazelas sociais encontram origem na sangria do dinheiro

público, que prejudica investimentos estatais imprescindíveis para o

desenvolvimento do país. Ao Ministério Público incube o dever de

ser guardião da legalidade e da moralidade administrativa, razão

pela qual precisamos de instrumentos para cumprir com eficácia

a missão que nos foi confiada. Uma de nossas metas, portanto, é

a criação de Promotorias Especializadas de Patrimônio Público, com atribuições

cíveis e criminais, além dos serviços auxiliares necessários, a fim de que assunto seja

tratado com absoluta prioridade a partir de nossa gestão.

4.4- NÚCLEOS DE TUTELA COLETIVA

O estímulo à atuação extrajudicial deverá ser uma marca de

nossa gestão, a começar com a efetiva instalação e estruturação

de todos os Núcleos de Tutela Coletiva previstos no Provimento nº

6/2010, a fim de assegurar uma atuação integrada, porém

respeitando o princípio do Promotor de Justiça Natural. Para tanto,

além da designação de promotores de justiça auxiliares e

integrantes da unidade regional, haverá quadro próprio de

analistas e técnicos ministeriais, assim como de estagiários, tudo no

escopo de fortalecer a atuação do Ministério Público.

4.5- NÚCLEO PERMANENTE DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Criação de um núcleo permanente de Tecnologia da

Informação com objetivo de desenvolver e administrar sistemas

de uso do MP nas investigações, atendendo à PROCAP,

GAECO, Promotorias do Patrimônio Público e demais órgãos de

execução, com objetivo de fazer pesquisas e batimentos, de

dados, como por exemplo no combate à terceirização

irregular, acúmulo irregular de cargos públicos, investigação de

fornecedores e empresas etc.

5- SEGURANÇA INSTITUCIONAL

O descaso com a segurança das informações, das instalações físicas e

principalmente dos membros e servidores do Ministério Público não pode mais

persistir, sendo necessário implementar o Plano de Segurança Institucional

elaborado pelo Núcleo de Segurança Institucional e Inteligência - NUSIT, assim

como adotar todas as providências para que o Poder Judiciário faça cumprir a

Resolução nº 104/2010 do CNJ.

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5.1- INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA

O Ministério Público deve investir em recursos humanos e

tecnológicos que garantam a segurança de suas instalações,

seus membros e servidores, tais como a instalação de

câmeras de vigilância, vigilância armada, sistema de

vigilância eletrônica e serviço de monitoramento eletrônico

com alarme.

5.2- PROTOCOLO DE ATUAÇÃO

Deve ser implantado protocolo de atuação em caso de

atentado a membro do Ministério Público, mediante

normatização das condutas que serão adotadas pelas diversas

instituições públicas de segurança, assegurando a pronta

resposta estatal e definindo o papel e a atuação de cada

órgão.

5.3- ESTRUTURAÇÃO DO NUSIT

Nos empenharemos para a estruturação do NUSIT, com destaque

para a criação, mediante lei, da carreira de Técnico de Segurança

Institucional e Inteligência, aptos a fazer a segurança institucional e

realizar atividades de inteligência, além da escolta de membros,

levantamento de alvos, avaliação de possíveis ameaças etc,

devendo o NUSIT observar a seguinte estrutura básica:

1. Diretoria de Inteligência;

2. Diretoria de Segurança Institucional, com três gerências a ela

vinculadas:

2.1. Gerência de Segurança de Pessoal;

2.2. Gerência de Segurança de Patrimônio, Áreas e Instalações;

2.3. Gerência de Segurança da Informação;

3. Técnicos em Segurança Institucional e Inteligência, em número suficiente para

atender as necessidades do NUSIT.

5.4- BLINDAGEM E ISENÇÃO PARA A BLINDAGEM DE VEÍCULOS

Envidaremos todos os esforços junto aos Poderes Executivo e

Legislativo, juntamente com as entidades de classe, para assegurar

a isenção de tributos na blindagem de veículos de membros do

Ministério Público e demais autoridades que exercem atividade de

risco, sem prejuízo de investimento na blindagem de veículos oficiais

para servir a membros do Ministério Público que estejam sob

ameaça ou risco de vida, mediante critérios definidos pelo NUSIT.

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6- AUTONOMIA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

Como o colega deve ter percebido, além de tratar dos assuntos com absoluta

prioridade, transparência e democracia, para concretizar nossas propostas

devemos procurar tornar realidade nossa autonomia orçamentária e financeira. O

primeiro passo foi dado, assegurando-se o repasse do duodécimo, graças a uma

campanha capitaneada pela Associação Cearense do Ministério Público e

abraçada por todos os colegas, tirando o Ministério Público do Estado do Ceará

da vexatória situação que se encontrava, dado o flagrante desrespeito à

Constituição.

Porém, apesar de vencida essa etapa, os efeitos práticos podem ser

inexpressivos, já que até hoje não foi sequer remetido para Assembleia o projeto

de lei para a instituição do Fundo de Reaparelhamento e Modernização do

Ministério Público do Estado do Ceará - FRMMP/CE, que deve ter, entre outras

fontes, o saldo financeiro resultante da execução orçamentária do Ministério

Público, disponível ao final de cada exercício, ou seja, as sobras do duodécimo,

assim como percentual da taxa judiciária.

Além disso, conforme levantamento feito pela própria Procuradoria Geral de

Justiça, o Ministério Público do Estado do Ceará, tomando por base o ano de 2012,

teve um das piores participações no orçamento do respectivo Estado, quando

comparado ao resto do Brasil, em termos de percentual da Receita Corrente

Líquida (RCL), possuindo o sétimo pior orçamento do Nordeste. A título de exemplo,

enquanto o Ministério Público do Ceará participou de apenas 1,91% da RCL, o

Ministério Público da Paraíba participou de 2,81% da RCL e o Ministério Público do

Mato Grosso do Sul participou de 3.61% da RCL, quase o dobro. Destarte, o

Ministério Público do Estado do Ceará tem um dos piores duodécimos do Brasil.

Essas graves distorções somente serão corrigidas com uma postura

independente e altiva do Procurador Geral de Justiça, que deve adotar pelo

menos as medidas que dependem apenas da sua iniciativa, como a instituição do

FRMMP/CE, além de estabelecer um diálogo franco e respeitoso com os outros

poderes, para assegurar outras fontes de recursos e adequar o orçamento do nosso

Ministério Público à média nacional, razão pela qual adotaremos as seguinte

medidas em nossa gestão:

6.1- INSTITUIÇÃO DO FUNDO DE REAPARELHAMENTO E MODERNIZAÇÃO

Encaminharemos à Assembleia Legislativa, logo no primeiro

mês de nossa gestão, projeto de lei para criação do

Fundo de Reaparelhamento e Modernização do

Ministério Público do Estado do Ceará – FRMMP/CE,

destinado à aquisição, construção, ampliação e reforma

de imóveis; implementação, expansão e modernização

dos serviços de informática; aquisição, modernização,

adaptação e manutenção de equipamentos; realização de

concursos públicos para membros e servidores e elaboração e execução de

projetos destinados a atender às funções institucionais.

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6.2- PERCENTUAL DA TAXA JUDICIÁRIA

Intensificaremos as tratativas com o Tribunal de Justiça do

Estado do Ceará a fim de assegurar parte da arrecadação

dos emolumentos e custas judiciais e extrajudiciais ao

Ministério Público do Estado do Ceará, em percentual de

35% (trinta e cinco por cento), como fonte de receita do

Fundo de Reaparelhamento e Modernização do Ministério

Público, a exemplo do que já foi assegurado à Defensoria

Pública, que tem 12% destinados ao Fundo de Aparelhamento da Defensoria

Pública do Estado do Ceará - FAADP.

6.3- PERCENTUAL MAIOR DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA

Melhorar o orçamento do Ministério Público do Estado do

Ceará, que está entre os piores do Brasil e do Nordeste

(1,91% da RCL em 2012), exige do Procurador Geral de

Justiça uma posição de absoluta independência, não

podendo ceder a interesses externos em detrimento da

instituição. Uma vez que sejam demonstradas as

profundas discrepâncias existentes entre o orçamento do

Ministério Público do Ceará e dos outros Estados,

certamente haverá a sensibilidade dos outros poderes

para corrigir tais desigualdades, a fim de que a

Procuradoria Geral de Justiça possa realizar os investimentos esperados por todos.

6.4- COOPERAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS

Na medida em que o Ministério Público estreitar os laços

de cooperação com outros órgãos do Estado, a

exemplo da SEFAZ e da SSPDS, trabalhando contra a

sonegação fiscal e combatendo a criminalidade,

poderá contribuir para aumentar a arrecadação do

Estado e poupar recursos investidos na Segurança

Pública, justificando, consequentemente, mais

investimentos do Estado no Ministério Público, gerando

um círculo virtuoso que trará benefícios a toda a sociedade.