Upload
lamdung
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Realização
Programa ReDes R e s u lta D o s e a P R e n D i z a D o s
eDição ii o MaRço 2014
2
Caminhos percorridos e avanços consolidadoso Programa ReDes inicia, em 2014, o quarto ano de trabalho em 25 municípios brasileiros, acumulando muitos aprendizados e resultados positivos, como regularização de organizações, estruturação de espaços produtivos, ampliação de acesso a mercados e uma intensa mobilização e articulação comunitária.
iniciativa do instituto
Votorantim em parceria com o BnDes – Banco
nacional de Desenvolvimento
econômico e social, com o apoio das
empresas do Grupo
Votorantim
Editorial
rESUltadoS dE 2013
ModElo dE atUação
GrUpoS dE participação coMUnitária
nEGócioS inclUSivoS
eDitoRial
PRoGRaMa ReDes eDição i i MaRço 2014
esta publicação é um informativo do Programa ReDes, uma iniciativa
do BnDes e instituto Votorantim coordenação | instituto Votorantim
apoio | BnDes projeto editorial e realização | FMF – serviços editoriais
redação e produção | Daniele Próspero, Mariana Rodrigues e Rodrigo Bueno
Jornalista responsável | Fátima Falcão (Mtb 14.011) projeto gráfico e diagramação | 107artedesign
ilustrações | Veridiana scarpelli Fotos | arquivo Programa ReDes
impressão | Corset Site | www.programaredes.org.br
E-mail | [email protected]
Esta publicação tem o propósito de
compartilhar os aprendizados e os
resultados gerados pelo programa
até o presente momento.
n e s ta e d i ç ã o
4
6
10
12
2
esses e outros resultados se devem,
em grande parte, ao sólido processo
de construção coletiva implementado
desde a chegada do programa às cidades
– envolvendo empresas, organizações
sociais, governos e comunidades.
os desafios enfrentados, o conhecimento
obtido na experiência dos projetos e
a contribuição dos seus participantes
constituem a pauta da segunda edição
desta publicação, que também dá voz
àqueles que se mobilizam por ações
transformadoras em suas comunidades.
3
Pedro santos, do projeto estruturação
da Comercialização do Pescado, Laranjeiras (se)
em destaque estão algumas
conquistas, assim como os
caminhos criados pelo ReDes para a
construção de parcerias estratégicas,
que ajudaram a tornar realidade
as iniciativas de dinamização
econômica dos municípios.
os quatro eixos de atuação dos
negócios inclusivos apoiados
também são apresentados a partir
de exemplos práticos. a publicação
dá espaço ainda às iniciativas dos
grupos de participação comunitária,
que têm atuado em diversas ações
relevantes para os municípios.
esperamos que o material possa
inspirar outras iniciativas voltadas
ao desenvolvimento local no âmbito
dessa rede, assim como incentivar
novas práticas nessa perspectiva
pelo país.
Boa leitura!
Equipe do Programa ReDes
3
4
neGóCios inClusiVos
40PRojetos aPoiaDos
25 MuniCíPios
997FaMílias BeneFiCiaDas
inVestiMento eM 2013
R$14 Milhões
r$ 9,4 milhões
investidos diretamente nos projetos
de 2013
9 licenças
de operação obtidas
(projetos+gestão+ comunicação)
8 licenciamentos
prévios
2 novos contratos de
venda para paa (programa de aquisição de alimentos) e pnaE
(programa nacional de alimentação
Escolar)
5 inaugurações
de sedes produtivas
7 obras e
reformas concluídas
Res
ult
ado
s d
e 20
13
2 novos contratos
de venda para mercado local
5
GRuPos De PaRtiCiPação CoMunitáRia
315Pessoas
enVolViDas nesses GRuPos
25 GRuPos
18 concretizaram
ações, totalizando
40 atividades
11 mobilizaram
recursos (físicos, financeiros e
humanos) para realizar suas ações
17 estão articulados e conectados com instituições
locais
13
reuniões sem
dependência de consultor
externo
Mais De
18 possuem clareza
de seu propósito
de atuação
16 têm visão de futuro alinhada a sua
identidade
Alexandre Scelinski, do
projeto Central de Distribuição
de Produtos Agrícolas, Rio
Branco do Sul (PR)
6
am
bie
nte
pro
píc
io p
ara
p
arce
rias
est
raté
gic
as
a busca por novos parceiros é um movimento que extrapola a gestão direta do ReDes. sinal de que essa prática foi incorporada e que os próprios projetos e grupos têm se mobilizado para atrair instituições e pessoas dispostas a pensarem juntas o desenvolvimento de suas regiões.
7
oo Programa ReDes traz no seu Dna a ideia da articulação como
fator-chave para a promoção do desenvolvimento local.
novas conexões estratégicas são estabelecidas a cada dia
para ajudar a tornar realidade as ações planejadas pelas
comunidades. as parcerias conquistadas junto aos governos
locais, organizações da sociedade civil, instituições formadoras e empresas
resultam em capacitações para os participantes dos projetos, doações de
equipamentos, cessão de espaços, orientações em relação aos processos
burocráticos, entre vários outros tipos de apoio.
MoDelo De atuação
caminhos do redes
ações colaborativas
a partir do trabalho em rede, a associação do Conselho Municipal de
Desenvolvimento agrário de Rio Branco do sul (aCaRs), de Rio Branco do sul (PR),
tem conseguido avançar na realização do projeto de construção da Central de
Distribuição de Produtos agrícolas, visando mercados potenciais na região.
a Central ganha “corpo” com a conquista de parceiros estratégicos: a prefeitura
doou o terreno; um funcionário da Votorantim Cimentos ajudou no levantamento
topográfico; a emater (empresa de assistência técnica e extensão Rural) auxiliou
na elaboração do projeto arquitetônico; e a empresa Brascal colaborou com a
terraplanagem. o sebrae (serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas empresas)
também irá oferecer um curso aos pequenos produtores sobre gestão da Central e,
a emater, uma formação em agroecologia.
a inauguração da Central vai permitir aos produtores fazerem o beneficiamento
de seus produtos. “hoje não falta mercado, mas falta produzir com qualidade.
Com a Central, isso vai mudar”, ressalta alexandre scelinski, presidente da
associação. o produtor destaca ainda o papel das parcerias: “essa união é
fundamental. Devido à importância do projeto, quando chegamos para conversar
com novas empresas e instituições, temos encontrado uma recepção muito boa.”
8
a atuação conjunta também entrou no
cotidiano dos 25 grupos de participação
comunitária que são apoiados pelo ReDes.
É o caso da “Rede três Marias”, de três Marias
(MG). o grupo criou os “Fóruns de Projetos
sociais” para que as instituições participantes
apresentem suas ações e conheçam as
iniciativas locais.
a experiência tem trazido frutos. elenice
Vieira Kreusch, presidente da associação
dos artesãos, artistas Plásticos e Produtores
Caseiros de três Marias, por exemplo, passou
a realizar oficinas de artesanato com materiais
recicláveis no CRas (Centro de Referência de
assistência social).
25 organizações firmaram parcerias com prefeituras e nove estabeleceram ações conjuntas com o sistema s para implantação dos projetos apoiados.
a partir dos Fóruns, a associação
conseguiu o apoio do senac para
a realização de uma palestra sobre
motivação aos artesãos. “antes da Rede
não havia articulação e cada um acabava
fazendo o seu. agora, a integração está
maior”, comenta elenice.
esse engajamento da Rede três Marias
foi tão forte que a iniciativa tornou-
se uma das escolhidas para ser uma
experiência beneficiada pelo projeto
“Fundo Comunidade em Rede”, do qual
o instituto Votorantim faz parte junto
ao bloco Brasil da Redeamérica (Rede
interamericana de institutos,
Fundações e empresas para o
Desenvolvimento de Base).
o grupo construiu um projeto
colaborativo que poderá receber até
us$ 50 mil dólares. a proposta é
investir em um curso de capacitação de
lideranças organizacionais, assim como
na reforma do três Marias tênis Clube.
Participantes da Rede três Marias (MG)
9os PaRCeiRos e seus PaPÉis
óRGãos PúBliCos
• apoio de técnicos para obtenção de licenças e certificações.
• orientação sobre as políticas públicas que podem ser acessadas pelas organizações.
• disponibilidade de equipamentos, insumos, materiais.
instituições De ensino
• capacitações nas temáticas de atuação dos
projetos e grupos de participação comunitária.
• disponibilidade de vagas em cursos já oferecidos pela instituição.
• desenvolvimento de pesquisas sobre os projetos.
eMPResas
• apoio na elaboração de projetos.
• colaboração na busca de novos parceiros e articulações necessárias, acionando redes de contatos (fornecedores e clientes).
• apoio de técnicos para obtenção de licenças e certificações.
• doações de equipamentos, insumos, materiais.
• compra dos produtos elaborados pelos projetos.
onGs
• capacitações nas temáticas de atuação dos projetos e grupos de participação comunitária.
• participação em atividades de mobilização e engajamento comunitário.
• apoio na divulgação de ações realizadas nos municípios.
“Sem um parceiro,
muitos desses projetos
não conseguiriam acessar
recursos e créditos porque
não estariam regularizados.
por isso, decidimos encontrar
grupos com potencial para
receber recursos, mas que
não estavam totalmente
estruturados. vimos que
essa seria uma oportunidade
de desenvolvimento da
região. com o redes, temos
conseguido avançar ainda
mais, pois, além do apoio
para a infraestrutura, as
organizações recebem
também assistência técnica e
capacitações para a realização
de seus projetos.“Marcos Matias cavalcante, técnico do departamento de Economia Solidária do BndES
abaixo, alguns dos papéis que os diversos parceiros podem exercer para contribuir com o desenvolvimento local.
10
educação na pauta
Mas, quando esse encontro acontece,
aproximando diferentes atores
locais – como empresas, governos
e organizações sociais – processos
concretos de transformação
social começam a se tornar evidentes. esse é o
caminho que tem sido percorrido por grupos
de participação comunitária nos 25 municípios
em que o Programa ReDes está presente.
os conselhos, comitês, fóruns ou grupos de
participação comunitária surgiram para apoiar
a seleção de projetos e discutir caminhos para
o desenvolvimento local. hoje, apoiados por
representantes das empresas do Grupo Votorantim
em cada município, grupos mantêm esse
compromisso, atuando, também, de acordo com
demandas, oportunidades e desafios locais.
Desse modo, embora a geração de renda por
meio da inclusão produtiva, continue sendo um
dos focos do programa, temas como cultura,
habitação, direitos humanos, educação e saúde,
entraram na agenda, tornando-se formadores da
identidade desses grupos, que estão se tornando
autônomos em suas ações.Diá
logo
par
ticip
ativ
o pa
ra o
de
senv
olvi
men
to lo
cal
Criar um espaço em que o diálogo seja efetivo para estimular a construção coletiva nem sempre é tarefa fácil.
no Conselho Municipal do turismo
e Desenvolvimento local de
Colinas do sul, em Goiás, o tema
educação surgiu no final de 2012,
quando professores do curso de
educação de jovens e adultos
(eja) dos assentamentos Boa
esperança e Boa Vista levaram a
demanda para os conselheiros.
a turma não tinha cadeiras
suficientes para as aulas e,
frente à urgência do assunto, o
grupo procurou caminhos para
solucionar o problema. orientadas
pelos conselheiros, as educadoras
conseguiram as cadeiras em uma
articulação com a prefeitura e a
escola Municipal Maria auxiliadora.
outro exemplo na área da
educação vem de nova Viçosa,
na Bahia. Débora Brauer Barbosa,
secretária executiva do
conselho local, conta que,
durante uma reunião, surgiu
caminhos do redesGRuPos De PaRtiCiPação CoMunitáRia
FoRtaleCiMento De CaDeias PRoDutiVas
tuRisMo/ eConoMia soliDáRia
eDuCação
Caravelas (Ba)
niquelândia (Go)
joão Pinheiro (MG)
são Mateus (es)
itabaiana (se)
laranjeiras (se)
n.s. do socorro (se)
três lagoas (Ms)
três Marias (MG)
Várzea Grande (Mt)
araguaína (to)
Caravelas (Ba)
Vazante (MG)
Conceição da Barra (es)
itabaiana (se)
três lagoas (Ms)
itaperuçu (PR)
teMas De atuação DistRiBuíDos entRe os GRuPos De PaRtiCiPação CoMunitáRia
teM
as
GR
uP
os
FoRtaleCiMento De oRGanizações loCais
nova Viçosa (Ba)
uruaçu (Go)
Conceição da Barra (es)
nobres (Mt)
Xambioá (to)
Colinas do sul (Go)
Brasilândia (Ms)
Paracatu (MG)
1111
Estamos com dois
projetos – ‘tecendo
oportunidades’ e
‘oficina de projetos’ –
em andamento e nos
sentimos mais seguros.
o reconhecimento ao
nosso trabalho como
grupo representativo já
está vindo: as pessoas
nos conhecem, se
interessam e sugerem
ações. isso nos motiva e
ajuda no fortalecimento
da nossa identidade.“Ubirana Magella Ferreira, agente
técnica de desenvolvimento
na advaZ e membro do conselho de
desenvolvimento Sustentável de
vazante que trabalha com
fortalecimento da agricultura familiar, apoio
às organizações locais, apoio à
coleta seletiva e geração de renda
Mais qualidade de vida
opinião dE qUEM FaZ
caminhos do redes
a ideia de oferecer atividades
profissionalizantes. “Percebemos
que a qualificação profissional é
um problema para a entrada
dos jovens no mercado de
trabalho. assim, decidimos criar
um curso gratuito para esse
público”, explica.
o primeiro passo foi identificar
com as empresas locais que
tipo de profissional buscavam.
Depois, firmaram parceria com o
CentRoteC (Centro de educação
Profissional e tecnológica) e
o Banco do Brasil e criaram o
curso de formação em solda
básica. Foram 28 inscrições e 24
formados. as aulas aconteceram
entre os meses de junho e julho de
2013 e, atualmente, uma turma de
formação de pedreiros está
sendo montada.
GeRação De RenDa
ReCiClaGeM/ ResíDuos sóliDos
PReseRVação Do Meio aMBiente
PolítiCas e seRViços PúBliCos
também na Bahia, os Conselhos
de Desenvolvimento sustentável
de Caravelas e alcobaça decidiram
se unir para promover uma ação
inédita na região. os grupos
realizaram um encontro em
2013 para discutir a situação dos
pescadores e pensar em ações para
melhorar a qualidade de vida local.
o resultado foi a reunião de mais
de 85 pessoas entre representantes
do poder público, empresas,
trabalhadores do setor pesqueiro,
sindicados e outras organizações.
a iniciativa aconteceu porque
os grupos perceberam que os
pescadores da região enfrentam
desafios comuns. “se estivéssemos
sozinhos, seria muito mais difícil
avançarmos em determinadas
discussões. agora, estamos mais
fortalecidos”, explica Marina Pereira
Portela, secretária executiva
do Conselho de Caravelas e
vice-presidente da associação
dos Moradores, Pescadores e
Marisqueiros do Povoado de Barra
de Caravelas (aMPMBC).
teMas De atuação DistRiBuíDos entRe os GRuPos De PaRtiCiPação CoMunitáRia
Várzea Grande (Mt)
uruaçu (Go)
joão Pinheiro (MG)
são Mateus (es)
Vila Valério (es)
Curvelo (MG)
alcobaça (Ba)
joão Pinheiro (MG)
Colinas do sul (Go)
uruaçu (Go)
Vazante (MG)
Caravelas (Ba)
nova Viçosa (Ba)
Rio Branco do sul (PR)
Paracatu (MG)
“Participantes do Conselho Comunitário de
desenvolvimento sustentável de nova Viçosa (Ba)
Marivalda Martins Borges,
do projeto XambiArt,
Xambioá (TO)
neg
óci
os
incl
usi
vos
im
pu
lsio
nam
mu
nic
ípio
s
Somente em 2013, o Programa ReDes consolidou o apoio a 40 projetos, beneficiando quase 1000 famílias. Da agricultura familiar à comercialização de pães e biscoitos, os negócios inclusivos se fortalecem como alternativa de renda para diversas famílias e ajudam a impulsionar o dinamismo econômico dessas localidades.
12
opinião dE qUEM FaZ
13
achegada da iniciativa aos municípios motivou a identificação
de diversas oportunidades de atuação em setores comuns
em cada localidade. uma análise estratégica de prioridades e
potenciais de desenvolvimento definiu as linhas de ação que
poderiam trazer resultados mais assertivos em projetos de
geração de trabalho e renda, de acordo com as demandas identificadas.
os investimentos diretos nos quatro grandes segmentos priorizados
começam a gerar frutos e consolidar resultados.
neGóCios inClusiVos
n aBasteCiMento aliMentaR n CoMÉRCio e seRViços n eConoMia CRiatiVa n ReCiClaGeM
abastecimento alimentar
incluir pequenos produtores rurais no mercado,
reorganizar modelos de produção e distribuição
de alimentos para acessar mais mercados são
os desafios desta linha de ação. o alinhamento
a políticas públicas, como o Programa de
aquisição de alimentos (Paa), por exemplo,
vem criando oportunidades para agricultores
familiares, com venda garantida o ano todo.
uma das iniciativas nesse segmento é o projeto
empreendimento Comunitário sabores da
Fazenda, da associação dos Produtores Rurais
do Criminoso na região de niquelândia, em
Goiás. Por lá, um grupo de mulheres atua com a
produção de panificados e, hoje, garante renda
extra para o orçamento familiar.
Soubemos que algumas políticas
públicas favorecem a compra de
produtos de agricultores familiares
e achamos que seria uma ótima
ideia buscar esse
caminho. Hoje,
com o apoio do
redes, contamos
com uma sede
nova (inaugurada
em novembro
de 2013), e boa
estrutura física
e financeira que
nos permite atuar
nesse segmento,
que é muito exigente.“Eliene ribeiro Espíndola pereira, do projeto Empreendimento comunitário Sabores da Fazenda
31PRojetos
nas áReas De hoRtiFRuti,
PisCiCultuRa, latiCínio,
aPiCultuRa, aVes e FRanGos
e FaRinha De ManDioCa
“caminhos do redes
14
Reciclagema aprovação da Política nacional de Resíduos
sólidos colocou a questão da reciclagem
na agenda pública. o cooperativismo vem
se fortalecendo como alternativa para a
destinação adequada de resíduos e fonte de
renda para catadores de material reciclável.
Contudo, os desafios ainda apontam para
necessidades de qualificação, construção de
parcerias com o poder público local e criação
de canais de prestação de serviços para
médios e grandes geradores de resíduos.
silvio Valdevido, membro da associação de
Catadores de Materiais Recicláveis de Várzea
Grande (assCaVaG) é um dos membros do
projeto adequação da Coleta seletiva de Várzea
Grande, no Mato Grosso. ele explica que o
trabalho tem dado tantos frutos que ele levou
a experiência para a 4ª Conferência nacional do
Meio ambiente realizada em 2013 em Brasília
(DF).“Fui escolhido para levar nossas ideias e
conhecer outras ações. saí muito animado da
conferência. estou certo de que, com o ReDes
e a associação fortalecida, mais mudanças
vão acontecer.”
2PRojetos De Coleta
seletiVa, aRtiCulaDos CoM PolítiCa
naCional De ResíDuos
sóliDos
isaque Pereira de Barros, do projeto
adequação da Coleta seletiva de
Várzea Grande (Mt)
Sempre trabalhamos
com polpa de fruta, mas
foi com o programa
redes que vimos
novas possibilidades
de mercado. Estamos
construindo uma
fábrica para aumentar
nossa produção e a
rentabilidade para as
famílias. participo desde
a primeira reunião do
programa e hoje estou
vendo o resultado
concreto de todo o
esforço.“aguilar inacio Gaigher, secretário na associação de agricultores do córrego Juerana 1 e arredores, responsável pelo projeto Fortalecendo uma nova ruralidade, em São Mateus (ES)
“
opinião dE qUEM FaZ
15
Comércio e serviços
economia criativaPara resumir em poucas palavras, economia
criativa significa “ganhar dinheiro com
ideias”. no Programa ReDes, essa linha de
ação identificou que o patrimônio cultural
de algumas comunidades é um ativo que
pode contribuir para o desenvolvimento
local. Foi assim que o artesanato, e as
manifestações artísticas se transformaram
em produtos, aprimorados com técnicas e
design para a geração de renda.
um exemplo de como essas riquezas locais
se transformaram em alternativas de renda
5PRojetos
nas áReas De aliMentos
PaniFiCaDos, FloRes e
MuDas, CostuRa e seMentes
2PRojetos De aRtesanato,
CoM FoCo na CultuRa
e iDentiDaDe loCal
edimirian Fátima da Luz silva, do projeto Coopermoda,
três Marias (MG)
cada uma das etapas de profissionalização de
seu negócio – da qualificação ao estudo de
mercado. Com a nova sede, as mulheres já
planejam ampliar sua atuação para além dos
uniformes vendidos para o mercado local.
edimirian Fátima da luz silva, uma das
fundadoras e presidente da Coopermoda,
explica que o investimento ajudou na
organização legal da cooperativa e viabilizou
o sonho da nova sede. Com essa estrutura
será possível conquistar novos mercados.
“além da demanda local, esperamos atrair
mais clientes na região. estamos muito
felizes e ansiosas”, comemora.
as cidades de pequeno
e médio porte passam
pelo desafio de aproveitar
o cenário de grandes
investimentos do país e
atuarem como indutoras do
desenvolvimento regional.
nesse contexto, destacam-se os micro
e pequenos empreendimentos como
empregadores em potencial, e iniciativas
que adotam o modelo do cooperativismo
ou do associativismo no ambiente rural
e urbano. nessa linha, o principal desafio
do programa foi atender necessidades de
formalização e atender mercados locais
e regionais, além de qualificar e apoiar
a estruturação de redes logísticas para
transporte de matéria-prima e distribuição
da produção.
no sertão mineiro, a Cooperativa Costureiras
e Bordadeiras de três Marias passou por
vem de Xambioá, no norte do tocantins. as
cooperadas do projeto Xambiart mostraram
que é possível explorar de forma sustentável
os recursos naturais, valorizando-os como
insumos de uma produção inspirada no
ecossistema da região.
a produção da linha de biojoias, com uso
de sementes locais, que começa a nascer
depois de uma série de capacitações,
hoje está abrigada em um ateliê que
conta com maquinários adequados para os
novos produtos.
João alves da Fonseca Filho, do Grupo Comunitário de Curvelo (MG)
Carlito Lino, do projeto Fortalecendo uma nova Ruralidade, são Mateus (es)
Para mais informações sobre o Programa ReDes, acesse:
www.programaredes.org.br
Roberto itiro, do projeto entreposto de Pescados Jupiá, três Lagoas (Ms)
Jocicléia de Freitas severiano, do projeto novos
Rumos para novos tempos,
alcobaça (Ba)
José Lara, do projeto novos arranjos para o
desenvolvimento da agricultura Familiar
P.a. diamante, João Pinheiro (MG)