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Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 2
INDICE
A MISSÃO E A VISÃO DO PROJETO EDUCATIVO 3
1. Áreas estruturantes e valências a privilegiar 5
O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES 12
2. Contexto externo: perfis caracterizadores da comunidade 12
2. A população escolar do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires 13
2.1 Pessoal docente e não docente 13
2.2 Crianças e alunos do agrupamento / escolas / anos 14
3. Ofertas escolares e educativas do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires 20
4. O enriquecimento curricular no Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires 22
4.1 Atividades de enriquecimento curricular no Primeiro Ciclo 22
4.2 Atividades de enriquecimento curricular nos Segundo e Terceiro Ciclos 23
5. Relações de parceria com a comunidade 24
PROBLEMAS, OBJETIVOS E LÒGICAS DE AÇÃO 25
6. Resultados educativos do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires 25
6.1 Aprendizagens escolares 25
6.1.1 Sucesso escolar na avaliação interna 25
6.1.1.1 Primeiro Ciclo do Ensino Básico 25
6.1.1.2 Segundo Ciclo do Ensino Básico 26
6.1.1.3 Terceiro Ciclo do Ensino Básico 26
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 3
6.1.2 Sucesso escolar na avaliação externa 27
6.1.2.1 Primeiro Ciclo do Ensino Básico 27
6.1.2.2 Segundo Ciclo do Ensino Básico 28
6.1.2.3 Terceiro Ciclo do Ensino Básico 29
6.2 Percurso escolar 30
6.3 Indisciplina 30
7. Objetivos e lógicas de ação do Projeto Educativo 31
Objetivo 1 – Aumentar o sucesso escolar dos alunos, em relação à evolução 31
média dos resultados por disciplina, atendendo ao contexto socioeducativo
das turma e/ou anos.
Objetivo 2 – Desenvolver a aprendizagem do Português padrão, pelos alunos 32
de Português Língua Não Materna.
Objetivo 3 – Prevenir o abandono escolar, mantendo a taxa de 32
abandono global do agrupamento.
Objetivo 4 – Contribuir para a resolução dos conflitos nas relações 32
interpessoais.
Objetivo 5 – Fomentar o trabalho colaborativo entre os docentes. 33
Objetivo 6 – Promover um bom ambiente entre todos os intervenientes 33
na vida escolar.
Objetivo 7 – Promover a Saúde, a Segurança e a Higiene na Escola. 33
Objetivo 8 – Estreitar as relações com a comunidade. 34
Objetivo 9 – Envolver os Encarregados de Educação na vida das escolas 34
do agrupamento.
AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO 35
8. O modelo da estrutura avaliativa 35
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 4
A MISSÃO E A VISÃO DO PROJETO EDUCATIVO
“Os contextos sociais em que as escolas se inserem podem constituir-se como factores
potenciadores de risco de insucesso no âmbito do sistema educativo normal,
verificando-se que em territórios social e economicamente degradados o sucesso
educativo é muitas vezes mais reduzido do que a nível nacional, sendo a violência, a
indisciplina, o abandono, o insucesso escolar e o trabalho infantil alguns exemplos da
forma como essa degradação se manifesta.”
Despacho Normativo nº 55/2008, de 23 de outubro
O Projeto Educativo de um agrupamento de escolas “território educativo de intervenção
prioritária” como é o Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires, não pode nunca deixar de
colocar duas questões fundamentais, que se prendem diretamente com a sua
operacionalidade:
1. Como deve o agrupamento comunicar e clarificar a sua missão?
2. Como estão traçados os seus objetivos gerais, assegurando-se não só a sua coerência
interna e externa, como também definindo-se estrategicamente a sua visão?
A missão de qualquer escola pública é garantir o serviço público de educação.
No entanto, ao procurar a resposta para aquelas duas perguntas, se de facto se pretender que
ela esteja contextualizada, é necessário tornar clara a visão que se tem do serviço público
que se presta e da responsabilidade que este acarreta.
Num agrupamento “território educativo de intervenção prioritária” esta responsabilidade
extravasa os muros da escola, fronteiras do território escolar, para obrigatoriamente
considerar as comunidades que serve e as suas especificidades, o seu “território educativo”.
VISÃO
Contribuir para fazer a diferença entre o sucesso
educativo e a falta de objectivos para o futuro.
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 5
Esta visão integrada do agrupamento permite ainda identificar as áreas que no seu conjunto
expressam a relação de trabalho educativo entre as escolas e a comunidade, e assim,
encontrar as valências que ajudam a distinguir os programas e projetos, que se afirmam como
sendo pontos fortes deste trabalho desenvolvido por todos os atores nesta comunidade
escolar.
1. Áreas estruturantes e valências a privilegiar
Em consonância com as necessidades da comunidade em que se insere, a visão para o
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires assenta em oito áreas estruturantes:
1.
Área: Promoção do desenvolvimento integral da criança e do jovem, contribuindo para o seu crescimento harmonioso.
Finalidades Valências
Promover medidas que contribuam para o desenvolvimento integral dos jovens nas diferentes dimensões (familiar, escolar e social);
Promover o sucesso educativo dos alunos; Prevenir as situações de risco; Promover uma relação de interação entre a
família, a escola e a comunidade.
- Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família; - Orientação Escolar e Vocacional - Programa de Educação para a Saúde; - Desporto Escolar; - Educação Especial
Integram esta área projetos e programas que o agrupamento desenvolve e que importa
reforçar, não só pela importância e pelo impacto crescentes que têm vindo a ter junto dos
alunos, mas também pela qualidade do trabalho desenvolvido com as famílias, em articulação
com as estruturas da rede social do concelho:
O Gabinete de Apoio à Família que, para além das atividades de mediação sócio-educativa
que desenvolve, garante a sinalização precoce do risco, realiza também um importante
trabalho de ligação da escola à comunidade, através das parcerias que efetiva no seu trabalho
diário com a rede social do concelho.
Os Serviços de Psicologia e Orientação dinamizam atividades que abarcam as seguintes áreas
de intervenção: a área psicopedagógica, onde se desenvolvem ações que pretendem melhorar
o rendimento escolar dos alunos e a sua inserção no meio; a área da orientação escolar e
vocacional, dirigida aos alunos do 9º ano de escolaridade, onde se implementam ações que
visam apoiar os jovens no seu processo de desenvolvimento vocacional e no seu projeto de
vida e a área do desenvolvimento do sistema de relações da comunidade. Neste contexto os
serviços prestam apoio a professores e encarregados de educação e articulam com as
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 6
estruturas da comunidade, tendo em vista encontrar respostas para situações de carência
social, familiar, abandono escolar ou negligência.
O Programa de Educação para a Saúde no agrupamento desenvolve um projeto de trabalho a
partir de quatro eixos temáticos, identificados como os mais prementes e em torno dos quais
se organizam as atividades de promoção da Saúde: Alimentação, Exercício físico e Saúde oral;
Educação sexual; Uso e abuso de substâncias psicoactivas e Violência em contexto escolar.
O Desporto Escolar, por ser uma prática que cria elos de ligação e de inclusão entre os alunos,
é usado no agrupamento como instrumento de ajuda para cimentar uma cultura de escola
identitária e desenvolver nos alunos um sentimento de pertença, que contribui para manter
um ambiente escolar mais disciplinado e motivador. Encarado como uma vertente da
formação global dos alunos, é também particularmente relevante como potenciador da
criação de um vínculo à escola por alunos que não são facilmente cativáveis pela componente
académica, para além da promoção que se faz de uma vida mais saudável, que contribui para
a formação equilibrada dos jovens.
A Educação Especial assume-se neste agrupamento, não só como uma preocupação, mas
também como uma valência diferenciadora e transmissora do valor da inclusão social.
Exemplo desta prática é a existência de uma Unidade de Apoio Especializado em Surdo-
cegueira Congénita e Multideficiência, onde se trabalha para que estas crianças participem
com os seus pares nas turmas a que pertencem.
2.
Área: Promoção dos valores da solidariedade e do espírito de entre-ajuda.
Finalidades Valências
Promover a existência de relações de mentorado entre os alunos;
Promover formas de voluntariado e atitudes solidárias na escola;
Facilitar a integração dos alunos na escola; Prevenir situações de indisciplina.
- Projeto Amigos Solidários
A escola é, para a maioria dos alunos, sinónimo de bem-estar, um local de convívio com
outros jovens, ponto de encontro das mais sólidas amizades, espaço privilegiado de
enriquecimento pessoal, através da aquisição de saberes e do desenvolvimento de aptidões.
Porém, não se pode ignorar nem desvalorizar a existência de uma minoria de alunos, para
quem, infelizmente, a escola tem outros significados: local preferido para extravasarem a sua
revolta interior pelas condições adversas em que vivem, ou onde podem compensar certas
humilhações a que estão expostos. Por isso, algumas manifestações de violência têm vindo a
aumentar nas escolas portuguesas e o trabalho de prevenção é, sem dúvida, imprescindível,
hoje em dia.
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O projeto Amigos Solidários nasceu, na EB2,3 José Cardoso Pires, no ano letivo de 2006/2007,
como necessidade de, em primeiro lugar, contribuir para a integração e o acompanhamento
dos novos alunos de 5º ano numa nova realidade escolar, por alunos voluntários de 9º ano, em
segundo, para promover sentimentos de solidariedade, de tolerância e de respeito à
diferença a partir de situações/ experiências do dia-a-dia escolar, e ainda para desenvolver o
sentido de responsabilidade e cooperação nos alunos mais velhos.
A seleção destes alunos obedece a critérios rigorosos e é da responsabilidade da Coordenação
dos diretores de turma, sob proposta dos diretores de turma do 9º ano, de acordo com o perfil
definido: alunos com um bom desempenho e reconhecidos como bons modelos a seguir.
Os alunos mentores são acompanhados nesta sua missão, ao longo do ano letivo, realizando
reuniões preparatórias e de monitorização com a Coordenação dos diretores de turma e os
Serviços de Psicologia e Orientação.
3.
Área: Projetos de articulação e sequencialidade entre as escolas do agrupamento e entre os diferentes ciclos de escolaridade.
Finalidades Valências
Promover a cooperação e coordenação entre
escolas e entre os dois ciclos de escolaridade;
Implementar um processo de integração das
crianças no 1º ano de escolaridade e dos alunos
em transição do Primeiro para o Segundo Ciclo;
Apoiar um percurso sequencial e articulado das
crianças e dos alunos.
- Projeto Salto Mágico; - Projeto Salto de Gigante.
A integração de novos alunos numa escola é um passo importante para a adesão à cultura da
escola e para o máximo aproveitamento de cada aluno.
Neste âmbito, são de destacar os projetos Salto Mágico e Salto de Gigante. Estes dois projetos
desenvolvem-se ao longo do ano letivo, oferecendo às crianças do Jardim-de-infância
oportunidades para partilhar espaços e experiências educativas com os colegas do 1º ano, no
caso do Salto Mágico, e, concretamente com o Salto de Gigante, permitindo que, sobretudo
nas áreas disciplinares de Português e de Matemática, alunos de 4º e 5º anos partilhem
actividades comuns. O Salto de Gigante termina com uma visita de todos os alunos de 4º ano
à escola sede.
Com o objetivo de partilhar com os pais e encarregados de educação esta visão de escola, o
projeto Salto de Gigante inclui também uma vertente de trabalho com as famílias,
dinamizada pelo Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família.
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4.
Área: Prevenção e tratamento dos casos de indisciplina.
Finalidades Valências
Conhecer as características comportamentais da população discente nas escolas.
Tipificar situações e espaços de indisciplina. Traçar um plano de atuação.
- Projetos orientados para a formação pessoal e social dos alunos: Salto de Gigante, Amigos e Solidários, Desporto Escolar; - Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família; - Trabalho desenvolvido pelo pessoal não docente; - Trabalho desenvolvido ao nível dos professores titulares e das direções de turma.
Um conhecimento mais aprofundado do tipo de comportamentos perturbadores mais
frequentes nos alunos das escolas deste agrupamento ajudará as escolas e os professores a
prepararem-se para os evitar e assim a agir preventivamente.
O lançamento deste estudo não invalida a atuação perante situações de indisciplina, tal como
o prevê o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, Lei nº 51/2012, de 5 de setembro, que define os
graus de responsabilidade de cada um, desde o professor em sala de aula à Direção.
A aposta nesta área vai além da procura de soluções punitivas, que sem dúvida devem existir
e estão nos normativos legais. O alcance de um estudo criterioso nesta área permitirá
capacitar todos os que trabalham com as crianças e os alunos das ferramentas que reforcem a
sua atuação e permitem que lhes seja reconhecida a sua autoridade.
5.
Área: Promoção de estratégias para o sucesso escolar.
Finalidades Valências
Gerir eficazmente os recursos humanos e materiais disponíveis, com vista à oferta de uma estrutura de acompanhamento dos alunos com desempenhos abaixo da média;
Aferir, internamente, os resultados do desempenho dos alunos nas escolas do agrupamento.
- Monitorização das modalidades e dos resultados obtidos com a implementação do Despacho Normativo nº 50/2005, de 9 de novembro; - Monitorização dos resultados obtidos com a aplicação do Despacho nº 7/2006, de 7 de fevereiro; - Ofertas escolares e educativas diferenciadas: Turmas de Percurso Curricular Alternativo Cursos de Educação e Formação - Hora de atendimento às turmas de Terceiro Ciclo
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O modelo pedagógico nas escolas deste agrupamento assenta numa “mecânica de
proximidade”, a turma, o que não impede que, para um grupo elevado de alunos, esta
mecânica de trabalho não seja suficiente. Este é um grupo de alunos que apresenta insucesso
escolar e que se pode dividir em dois segmentos:
- os alunos “que não querem”;
- os alunos “que querem mas não conseguem”.
Se para os primeiros, e as suas famílias, é muitas vezes necessário que os serviços
especializados da escola articulem com as valências da rede social do concelho, para os
segundos a escola deve responder com uma gestão dos seus recursos, capaz de promover
momentos de aprendizagem individualizados, ou em pequeno grupo, orientados para
resultados escolares de sucesso. A Hora de Atendimento à Turma é uma destas estratégias,
garantindo aos alunos do Terceiro Ciclo um tempo de estudo semanal, com um professor do
conselho de turma.
A promoção de estratégias de recuperação junto dos alunos com desempenhos insuficientes é
uma obrigação da escola e encontra-se regulamentada no Despacho Normativo nº 50/2005, de
9 de novembro.
As especificidades linguísticas da população discente das escolas do agrupamento fazem com
que o acompanhamento dos alunos com Língua Portuguesa Não Materna seja também um
objetivo de gestão estratégica. Neste âmbito, a escola deve cumprir o Despacho Normativo nº
7/2006, de 7 de fevereiro, onde se afirma explicitamente que “a direcção executiva de cada
agrupamento ou escola assegura os recursos humanos e materiais necessários ao
funcionamento dos grupos de nível de proficiência linguística.”
6.
Área: Promoção de espaços e experiências de aprendizagem complementares.
Finalidades Valências
Facultar recursos capazes de apoiar e enriquecer
o percurso formativo e curricular dos alunos;
Desenvolver as literacias para o século XXI, tendo
em vista um uso mais eficaz dos espaços e dos
recursos escolares;
Oferecer aos alunos oportunidades de
enriquecimento do currículo.
- Bibliotecas Escolares; - Atividades de enriquecimento curricular / clubes; - Actividades de animação e de apoio à família na Educação Pré-Escolar; - Actividades de enriquecimento curricular no Primeiro Ciclo.
A gestão das Bibliotecas Escolares, no quadro de um agrupamento, e a sua otimização
pedagógica devem favorecer o trabalho escolar de professores e alunos. Essa gestão implica
uma visão de aproveitamento e uso comum das possibilidades das bibliotecas, que deve
traduzir-se em:
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- uso informal do espaço, com possibilidades pedagógicas acrescidas e com impacto no
funcionamento global da escola;
- agregação de recursos, com um papel determinante no desenvolvimento do gosto pela
leitura e pelo saber e na formação sócio-afectiva e cognitiva dos alunos;
- criação de possibilidades de trabalho potenciadoras de melhores aprendizagens.
As Bibliotecas Escolares são encaradas como pólos de atividade cultural e de construção de
aprendizagens, de utilização aberta e criativa. Neste sentido, são dinamizadas de modo a
aproveitarem todo o seu potencial, quer através da realização de trabalhos, quer através de
mostras, exposições itinerantes ou partilha de recursos.
A oferta de actividades de enriquecimento curricular / clubes, por cumprirem a função de
desenvolver as competências não académicas e despertar o interesse dos alunos para outras
áreas de actividade, é uma prática a reforçar neste agrupamento.
Nas escolas de Primeiro Ciclo com Jardim-de-Infância a implementação das atividades de
animação e de apoio à família, na Educação Pré-Escolar, e das atividades de enriquecimento
curricular, no Primeiro Ciclo, oferece uma componente de apoio à família que as escolas
devem integrar nas suas rotinas diárias.
O Despacho nº 14460/2008, de 26 de maio, nas orientações que traça para a implementação
destas atividades, determina a abertura dos estabelecimentos escolares até às 17h:30m, por
um período mínimo de oito horas diárias, sem prejuízo da normal duração semanal e diária
das atividades educativas e curriculares, sendo que a entidade responsável na componente do
funcionamento é o agrupamento de escolas.
Neste sentido, o agrupamento assegura com os professores titulares a componente de apoio
ao estudo e, apesar de se considerar que estas atividades não se podem sobrepor à atividade
curricular diária, é vantajoso que integrem o mais possível os planos de atividades de cada
uma das escolas de Primeiro Ciclo com Jardim-de-Infância.
7.
Área: Promoção dos valores de mérito e de excelência.
Objectivos estratégicos Valências
Valorização do esforço e desempenho dos alunos
nas atividades escolares;
Valorização do desempenho académico.
- Quadro de Honra da Cooperação; - Quadro de Valor e Excelência.
A prática de uma discriminação positiva pode favorecer bons resultados académicos, pelo que
é vantajoso incorporar nas escolas formas de premiar o sucesso na envolvente escolar.
Cabem aqui o Quadro de Honra da Cooperação, da responsabilidade do subdepartamento de
Educação Física e que, todos os anos, premeia em cada turma os dois alunos que se
evidenciaram pelos seus comportamentos e atitudes exemplares durante a prática desportiva
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letiva e nas atividades promovidas pelo Desporto Escolar, e o Quadro de Valor e Excelência,
implementado pela primeira vez no ano letivo de 2010/2011.
O Quadro de Valor e de Excelência insere-se numa conceção de ensino-aprendizagem que visa
a promoção e o reconhecimento, tanto no domínio cognitivo como no das atitudes e valores,
dos bons resultados escolares, do gosto por aprender e do desenvolvimento de uma cidadania
ativa e responsável.
Propositadamente, foi deixada para o fim, a jeito de conclusão, a oitava área estruturante:
8.
Área: Acompanhamento avaliativo dos processos.
“Como é que a escola pode aprender tudo aquilo de que necessita para continuar a trabalhar
diariamente de uma forma mais positiva e eficaz?”
Pois bem, adquirindo conhecimento valorativo sobre tudo aquilo que nela acontece, o que
equivale a dizer, estar atenta aos processos e não apenas aos resultados, ser global, porque
tudo está relacionado como um todo dentro da escola, ser educativa e estar direcionada para
a aprendizagem e para a melhoria, numa palavra, avaliando-se.
Estas oito áreas, que no seu conjunto ilustram a visão deste agrupamento de escolas,
cumprem os valores presentes na Lei de Bases do Sistema Educativo, que pretende garantir o
desenvolvimento pleno e harmonioso da personalidade do indivíduo e criar condições de
promoção do sucesso escolar e educativo, valorizando a dimensão humana do trabalho
escolar.
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 12
O AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ CARDOSO PIRES
1. Contexto externo: perfis caracterizadores da comunidade
De uma maneira geral, mantém-se os perfis caracterizadores da comunidade escolar que
sustentaram o projeto educativo anterior, nomeadamente no que diz respeito à tipologia das
localidades de onde provêem os alunos do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires.
Neste sentido, este projecto educativo apenas reforçará aqueles que continuam a ser os
vetores dominantes das comunidades servidas pelas escolas deste agrupamento e atualizará o
seu conhecimento com os dados relativos ao ano letivo 2012/2013.
O Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires está implantado nas freguesias de Casal de São
Brás, com as escolas EB1/JI da A-da-Beja, EB1/JI dos Moinhos da Funcheira, EB1/JI do Casal
da Mira e EB2,3 José Cardoso Pires, sendo esta a escola sede e da Brandoa, com a escola
EB1/JI José Garcês. Os cinco estabelecimentos de ensino que constituem este agrupamento
estão localizados numa área próxima, distando o mais afastado da escola sede cerca de três
quilómetros.
A EB1/JI da A-da-Beja situa-se numa localidade com o mesmo nome e manifesta ainda marcas
de ruralidade que, no entanto, se têm vindo a modificar com as novas urbanizações ao seu
redor. A maioria dos pais e encarregados de educação é de nacionalidade portuguesa e possui
razoáveis habilitações literárias, o que lhes permite acompanhar os seus educandos. Ao nível
socioeconómico, esta é uma população com alguns recursos económicos.
A EB1/JI Moinhos da Funcheira situa-se numa localidade com o mesmo nome, constituída por
núcleos urbanos muito diferenciados, desde bairros de construção própria mais antigos, em
que predominam as construções de tipo vivenda, a núcleos mais recentes, onde ainda se
regista actividade de construção de novos fogos, na maioria prédios de três andares de
aspecto e volumetrias semelhantes. A população é heterogénea na sua procedência e aqui
vivem ainda famílias imigrantes, originárias dos países de expressão portuguesa e dos países
de leste. O nível económico dos seus habitantes é maioritariamente médio-baixo e as
habilitações raramente atingem o ensino secundário.
A EB1/JI do Casal da Mira e a EB1/JI José Garcês correspondem a uma realidade muito
concreta, resultado da sua implantação num bairro de realojamento social, o bairro de Casal
da Mira. De nacionalidades diferentes, os indivíduos têm, consequentemente, características
sociais e culturais muito distintas, o que levanta problemas sérios de integração e identidade
social e territorial no bairro, que se reflectem em diversos contextos, inclusivamente no
contexto escolar. Relativamente às nacionalidades dos encarregados de educação existe uma
grande diversidade cultural neste bairro, com proveniências de três continentes: Europa,
África e Ásia. No que concerne às habilitações literárias dos encarregados de educação, estes
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 13
têm um nível de escolaridade muito baixo. Na sua grande maioria, a escolarização ficou-se
pelo 2.º ciclo, o que os prende a empregos mal remunerados e pouco seguros, tornando a
situação familiar difícil.
A EB2,3 José Cardoso Pires situa-se na freguesia do Casal de São Brás. As atividades
predominantes nesta freguesia são o comércio e os serviços. A urbanização do Casal de São
Brás apresenta infra-estruturas e equipamentos que asseguram padrões razoáveis de
qualidade de vida. Quanto à caracterização dos pais e encarregados de educação, os dados
apontam que mais de metade exerce profissões no sector terciário, seguido do grupo
daqueles que estão ligados ao sector secundário. No que respeita às habilitações académicas,
mais de metade é detentora da escolaridade básica. Relativamente à nacionalidade, a grande
maioria é portuguesa, embora os dados indiquem um grupo próximo dos 30% originários dos
países de língua oficial portuguesa.
2. A população escolar do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires
Os dados que se apresentam nas tabelas seguintes são relativos ao início do ano letivo
2012/2013.
2.1 Pessoal docente e não docente
Pessoal docente
Pré - escolar Primeiro Ciclo Segundo e Terceiro Ciclos
Efetivos Contratados Efetivos Contratados Efetivos Contratados
11 2 17 14 43 19
Pessoal não docente
O número de assistentes administrativos e de assistentes operacionais ao serviço nas escolas
do agrupamento está conforme estipula o ratio previsto na Portaria 1049-A/2008, de 16 de
setembro.
Pessoal administrativo
Assistentes operacionais
7 41
EB1/JI A-DA-BEJA
EB1/JI CASAL DA MIRA
EB1/JI JOSÉ GARCÊS
EB1/JI MOINHOS DA FUNCHEIRA
EB2,3 JOSÉ CARDOSO PIRES
4 5 8 7 17
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 14
Neste agrupamento trabalham ainda uma psicóloga escolar e, no âmbito dos recursos
humanos adicionais adquiridos com a apresentação do Plano de Melhoria TEIP 3, uma técnica
social, um mediador social e cinco professores contratados para os programas de coadjuvação
pedagógica (três para o Primeiro Ciclo e dois para os Segundo e Terceiro Ciclo).
2.2 Crianças e alunos do agrupamento / escolas / anos
Estabelecido como agrupamento no ano letivo de 2003/2004, as suas cinco escolas são
frequentadas por 272 crianças no Pré-Escolar, 543 alunos no Primeiro Ciclo, 240 no Segundo
Ciclo e 362 no Terceiro Ciclo.
A sua distribuição, por escola e ano de escolaridade, no início do ano letivo de 2012/2013 era
a seguinte:
EB1/JI A-da-Beja
Pré-escolar Total Salas NEE
ASE
A B
63 3 1 9 11
1º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
18 2 0 0 4 1
2º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
19 1 0 0 4 4
3º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
20 2 0 2 2 4
4º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
13 1 0 0 3 3
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 15
Dados globais por escola: EB1/JI A-da-Beja
Total crianças + alunos
NEE %
PLNM % no 1º ciclo
Alunos a repetir o ano - % no 1º ciclo
ASE - % no 1º ciclo
A B
63 + 70 5,2% 0% 2,8% 18,5% 17,1%
Relativamente ao ano letivo de 2011/2012, com um número total de crianças e alunos
semelhante, verificam-se as seguintes variações:
1. Aumento dos casos de crianças e alunos com necessidades educativas especiais (de 3%
para 5,2%).
2. A percentagem de famílias/alunos com apoios sociais escolares (A + B), que foi de
37,3% em 2011/2012, é de 35,6% em 2012/2013, mantendo os mesmos valores globais.
EB1/JI Casal da Mira
Pré-escolar Total Salas NEE
ASE
A B
69 3 0 32 8
1º ano Total NEE LPNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
41 3 0 0 18 2
2º ano Total NEE LPNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
29 1 3 5 18 2
3º ano Total NEE LPNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
32 2 5 6 19 7
4º ano Total NEE LPNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
28 1 4 5 12 5
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 16
Dados globais por escola: EB1/JI Casal da Mira
Total crianças + alunos
NEE %
PLNM % no 1º ciclo
Alunos a repetir o ano - % no 1º ciclo
ASE - % no 1º ciclo
A B
69 + 130 3,5% 9,2% 12,3% 51,5% 12,3%
Relativamente ao ano letivo de 2011/2012, com um número total de crianças e alunos
semelhante, verificam-se as seguintes variações:
1. Diminuição dos casos de crianças e alunos com necessidades educativas especiais (de
5,8% para 3,5%).
2. Diminuição do número de famílias/alunos com apoios sociais escolares (A + B): de uma
percentagem de 70,9% em 2011/2012 para 63,8% em 2012/2013.
EB1/JI José Garcês
Pré-escolar Total Salas NEE
ASE
A B
75 4 5 29 24
1º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
14 4 0 0 8 4
2º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
50 3 9 13 14 6
3º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
24 1 0 4 16 6
4º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
30 5 7 4 23 5
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 17
Dados globais por escola: EB1/JI José Garcês
Total crianças + alunos
NEE %
PLNM % no 1º ciclo
Alunos a repetir o ano - % no 1º ciclo
ASE - % no 1º ciclo
A B
75 + 118 9,3% 13,5% 17,7% 51,6% 17,7%
Relativamente ao ano letivo de 2011/2012, com um número total de crianças e alunos
semelhante, verificam-se as seguintes variações:
1. Aumento dos casos de crianças e alunos com necessidades educativas especiais (de
4,2% para 9,3%).
2. O número de famílias/alunos com apoios sociais escolares (A + B) diminuiu: 77,6% em
2011/2012 para 69,3% em 2012/2013.
EB1/JI Moinhos da Funcheira
Pré-escolar Total Salas NEE
ASE
A B
65 3 4 15 12
1º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
46 6 6 0 14 7
2º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
62 2 6 4 14 17
3º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
52 1 13 4 18 8
4º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
65 4 7 3 12 14
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 18
Dados globais por escola: EB1/JI Moinhos da Funcheira
Total crianças + alunos
NEE %
PLNM % no 1º ciclo
Alunos a repetir o ano - % no 1º ciclo
ASE - % no 1º ciclo
A B
65 + 225 5,8% 14,2% 4,8% 25,7% 24,8%
Relativamente ao ano letivo de 2011/2012, com um número total de crianças e alunos
semelhante, verificam-se as seguintes variações:
1. Aumento dos casos de crianças e alunos com necessidades educativas especiais (de 4%
para 5,8%).
2. Aumento do número de famílias/alunos com apoios sociais escolares (A + B): 34,6% em
2011/2012 para 50,5% em 2012/2013.
EB2,3 José Cardoso Pires
5º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
128 5 8 9 49 16
6º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
112 7 15 16 31 28
7º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
132 7 42 32 42 21
8º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
123 4 30 11 35 13
9º ano Total NEE PLNM
Alunos a repetir o ano
ASE
A B
107 5 11 15 21 15
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 19
Dados globais por escola: EB2,3 José Cardoso Pires
Total alunos 2º + 3º ciclos
NEE %
PLNM %
Alunos a repetir o ano - %
ASE - %
A B
603 4,6% 17,5% 13,7% 29,5% 15,4%
Relativamente ao ano letivo de 2011/201, verificam-se as seguintes variações:
1. Aumento do número de alunos na escola: de 584 passaram a 603.
2. Diminuição do número de casos de alunos com necessidades educativas especiais (de
5,3% para 4,6%).
3. Diminuição do número de famílias/alunos com apoios sociais escolares (A + B): 47,7%
em 2011/2012 para 44,9% em 2012/2013.
Total de crianças e alunos no Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires
PRÉ-ESCOLAR 1º CICLO 2º CICLO 3º CICLO
272 543
240 363
603
1146
1418
A apresentação destes dados, por escola, permite encontrar quatro características globais da
população escolar do agrupamento:
1. Número de alunos com Português como Língua Não Materna
Primeiro Ciclo: os 69 alunos correspondem a 12,7% do número total de alunos no ciclo
Segundo e Terceiro Ciclos: estão referenciados 106 alunos na EB2,3 José Cardoso
Pires, 17,5% dos alunos que a frequentam
2. Número de alunos que se encontra a repetir o seu ano de escolaridade.
Primeiro Ciclo: os 50 alunos nesta situação correspondem a uma percentagem de 9,2%
Segundo Ciclo: 10,4% dos alunos (25 alunos) está a repetir o ano
Terceiro Ciclo: 58 alunos (15,9%) têm pelo menos uma repetência escolar
3. Número de crianças e alunos com necessidades educativas especiais
Estão referenciados no agrupamento 81 casos de crianças e alunos abrangidos pelo
Decreto-Lei nº 3/2008. Este número corresponde a 5,7% da população escolar.
4. Número de famílias/alunos com apoios sociais escolares
Dos 1418 crianças e alunos que frequentam as escolas do agrupamento, 705 (49,7%)
beneficia de uma apoio social escolar.
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 20
3. Ofertas escolares, educativas e sociais do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires
As respostas às necessidades da população escolar traduzem-se na oferta escolar que se
apresenta no quadro abaixo:
Escola Ensino regular Outras ofertas escolares
Pré-Escolar: - 3 salas Primeiro Ciclo: - 4 turmas
Pré-Escolar: - 4 salas Primeiro Ciclo: - 6 turmas
Pré-Escolar: - 4 salas Primeiro Ciclo: - 6 turmas
Unidade de Multideficiência e Surdocegueira Congénita - Primeiro Ciclo
Pré-Escolar: - 3 salas Primeiro Ciclo: - 10 turmas
Segundo Ciclo: - 10 turmas Terceiro Ciclo: - 12 turmas
2 Turmas de Percurso Curricular Alternativo: 5º e 7º anos 1 Curso de Educação e Formação de nível 2 (8º ano): Operador de Informática
A abertura de turmas de percurso curricular alternativo e de cursos de educação e formação,
na EB2,3 José Cardoso Pires, assume-se como uma resposta escolar mais adequada para um
grupo de alunos, cujo perfil se definiu a partir de um historial de insucesso no ensino regular.
A Unidade de Multideficiência e Surdocegueira Congénita é uma resposta à inclusão escolar de
alunos com características especiais.
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 21
Ao nível das respostas educativas e sociais, o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, que
está sediado na EB2,3 José Cardoso Pires, desenvolve a sua atividade enquadrado num plano
que prevê as seguintes áreas de intervenção:
Áreas de intervenção Objetivos gerais
ESCOLA / ALUNOS
Orientação escolar e vocacional dos alunos de 9º ano de escolaridade
Apoiar no prosseguimento de estudos para o secundário. Encaminhar para cursos profissionalizantes.
Mediação em contexto escolar Criar um ambiente escolar propício às aprendizagens.
Articulação com a Equipa de Educação Especial
Referenciar e acompanhar os alunos integrados no regime educativo especial.
Articulação com os projetos/atividades desenvolvidas nas turmas de PCA e CEF
Garantir um apoio sócio-educativo a estas turmas/alunos.
Articulação com os projetos/atividades do PES (Programa de Educação para a Saúde)
Apoiar o desenvolvimento de um programa de atividades no âmbito da Saúde Escolar.
Organização e gestão do Banco dos Manuais Escolares
Suprir as dificuldades detetadas nos alunos e famílias.
Organização e gestão do PERA – Programa Escolar de Reforço Alimentar
ESCOLA / FAMÍLIAS / COMUNIDADE
Gestão das disponibilidades da rede educativa do concelho
Gestão das disponibilidades da rede social do concelho
Formação e educação parental Apoiar as famílias no acompanhamento escolar dos seus educandos.
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4. O enriquecimento curricular no Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires
4.1 Atividades de enriquecimento curricular no Primeiro Ciclo
No ano letivo de 2012/2013, estas atividades, que decorrem diariamente entre as 15h:30m e
as 17h:30m, são asseguradas pelas seguintes instituições:
Atividades das AEC / Dinamizadores
Atividades
E.B.1/J.I.
Expressões Atividade Física e
Desportiva
Apoio ao Estudo
Ensino do
Inglês
Educação Pela Arte
Ensino da Música
Todos os anos de escolaridade 1º/2º
anos de escolaridade
3º/4º anos de
escolaridade
A-da-Beja
SCMA Santa Casa da Misericórdia da Amadora
Futurschool
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires
CLA Centro de Línguas de Alvide
ESTC Escola Superior de Teatro e Cinema
SFCIA Sociedade Filarmónica Comercio e Industria da Amadora
Casal da Mira
CEBESA Centro de Bem Estar Social da Amadora
José Garcês
Moinhos da Funcheira
Junta de Freguesia de S. Brás
Relativamente à frequência destas atividades pelos alunos, em cada uma das escolas, os
dados são os seguintes:
Frequência das atividades de enriquecimento curricular – escolas / alunos
1º Ano 2º Ano Total 3º Ano 4º Ano Total
Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
/ Alunos
% Turmas Alunos Turmas Alunos Turmas
/ Alunos
%
EB1/JI A-da-Beja
1 18 1 19 2 / 37 100% 1 20 1 13 2 / 33 100%
EB1/JI Casal da Mira
2 36 1 21 3 / 57 81,4% 2 23 1 22 3 / 45 75%
EB1/JI José Garcês
1 10 2 46 3 / 56 87,5% 2 22 1 28 3 / 50 92,5%
EB1/JI Moinhos da Funcheira
2 38 3 55 5 / 93 86,1% 2 47 3 61 5 / 108 92,3%
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 23
4.2 Atividades de enriquecimento curricular nos Segundo e Terceiro Ciclos
O Plano de Ocupação dos Tempos Escolares (POTE) na EB2,3 José Cardoso Pires está
organizado em torno de três grupos de atividades: POTE Biblioteca, POTE Clubes e POTE
Desporto, de acordo com o mapa abaixo.
2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
8:30/9:15 Clube da
Matemática
9:15/10:00 Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca
10:15/11:00
Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca
Artes e Pregos Clube do Batik
Ginásio
11:00/11:45 Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca
Artes e Pregos Clube do Batik
12:00/12:45
Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca
Clube do Batik Artes e Pregos Artes e Pregos Clube da Eletricidade
Ginásio Ginásio
12:45/13:30 Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca
Clube do BatiK
Ginásio Artes e Pregos Ginásio Ginásio
13:45/14:30
Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca
Ginásio Ginásio Clube da Eletricidade
14:30/15:15
Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca Biblioteca
Clube do Batik Clube das Artes
Clube da Eletricidade
Clube da Matemática
Clube da Eletricidade
Clube do Ambiente
Artes e Pregos
Clube das Artes
Clube das Artes
Ginásio
15:30/16:15
Biblioteca Biblioteca Biblioteca Clube do Batik
Clube do Batik Clube do Ambiente
Clube do Ambiente
Clube da Eletricidade
16:15/17:00 Biblioteca Biblioteca Biblioteca Clube do Batik
Integradas no conjunto de ações que promovem o enriquecimento curricular no agrupamento
estão ainda as atividades desenvolvidas no âmbito dos seguintes programas:
O PES – Projeto de Educação para a Saúde, que oferece um plano de atividades orientadas
para a educação para a saúde dos jovens e das suas famílias.
O Desporto Escolar, que oferece a prática desportiva nas seguintes modalidades:
- Futsal (masculinos e femininos) – 4 grupos equipa
- Desportos Gímnicos – 1 grupo equipa
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 24
5. Relações de parceria com a comunidade
O incentivo à relação escola-comunidade passa pela divulgação dos projetos escolares,
prática que as escolas de Primeiro Ciclo com Jardim-de-Infância deste agrupamento têm
promovido de uma forma muito regular e consistente, nomeadamente com a sua participação
em eventos com grande impacto no concelho, como sejam a Mostra de Teatro e o
AmadoraEduca. A ExpoAmadora, mais vocacionado para os alunos das escolas de Segundo e
Terceiro Ciclos, é outra oportunidade que o agrupamento tem agarrado para dar mostras do
seu projeto educativo.
Para além destas ocasiões, os serviços especializados do agrupamento, nomeadamente o
Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, têm vindo a construir relações de parceria com a
rede social do concelho, designadamente com a Câmara Municipal da Amadora, a Comissão de
Protecção de Crianças e Jovens da Amadora, o Instituto de Segurança Social da Amadora, o
Hospital Fernando Fonseca, a Escola das Profissões e a Escola Profissional Gustave Eiffel.
São parceiras também as instituições que garantem, nas escolas de Primeiro Ciclo com
Jardim-de-Infância, as atividades de apoio à família e de enriquecimento curricular.
Outras parcerias foram estabelecidas como solução para responder à necessidade de
assegurar acompanhamento técnico e terapêutico aos alunos que integram o regime
educativo especial e que frequentam as escolas do agrupamento, mas também como solução
para a oferta de apoios especializados aos alunos integrados na Sala de Multideficiência e
Surdocegueira Congénita, que funciona na EB1/JI José Garcês. Enquadram-se nesta categoria
as parcerias com a CERCIAMA e a AFID.
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 25
PROBLEMAS, OBJETIVOS E LÒGICAS DE AÇÃO
6. Resultados educativos do Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires
Os resultados educativos do agrupamento são aqui apresentados em três domínios:
Aprendizagens escolares
Percurso escolar
Indisciplina
6.1 Aprendizagens escolares
Para caracterizar a evolução do sucesso das aprendizagens dos alunos do agrupamento,
apresentamos a evolução dos dados relativos à avaliação interna e à avaliação externa, num
histórico de três anos letivos: 2009/2012, 2010/2011 e 2011/2012.
Relativamente à avaliação interna, que apresentamos por ciclo de escolaridade, considerámos
dois indicadores: o primeiro, a relação entre o número de alunos inscritos e o número de
alunos retidos, diferença a partir da qual obtemos a taxa de sucesso escolar; o segundo, a
diferença entre o número de alunos avaliados no terceiro período e o número de alunos com
classificações positivas a todas as disciplinas dá-nos a percentagem de sucesso escolar global.
Quanto à avaliação externa, para o mesmo histórico, nas duas áreas disciplinares sujeitas a
provas externas – Língua Portuguesa e Matemática - apresentamos os dados obtidos pelos
alunos de 4º, 6º e 9º anos de escolaridade.
6.1.1 Sucesso escolar na avaliação interna
6.1.1.1 Primeiro Ciclo do Ensino Básico
Quadro 1. Sucesso escolar no Primeiro Ciclo
Histórico Nº alunos inscritos
Nº alunos retidos
Taxa de sucesso escolar
Nº alunos avaliados
no 3º período
Nº alunos com
classificações positivas a todas as
disciplinas
%
2009/10 560 59 89,46%
2010/11 562 53 90,57%
2011/12 547 57 89,58% 545 384 70,46%
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 26
A análise dos dados acima confirma, globalmente, uma estabilidade nos resultados obtidos
pelos alunos que frequentam os primeiros quatro anos da escolaridade, como o atesta a
percentagem de alunos transitados, que nos três anos letivos de referência ronda os 90%.
Por outro lado, a percentagem de alunos que terminou o ano letivo de 2011/2012 com
classificações positivas a todas as disciplinas, 70,46%, pode indiciar alguma fragilidade na
consolidação das aprendizagens escolares dos alunos do agrupamento, no Primeiro Ciclo de
escolaridade.
6.1.2 Segundo Ciclo do Ensino Básico
Os dados do quadro 4 indicam uma tendência para uma descida da taxa de sucesso entre
2009/2010 e 2011/2012, que passou de 95,11% para 87,44%.
Quanto ao número de alunos que neste ciclo de escolaridade terminou com classificações
positivas a todas as disciplinas, os 52,02% revelam, claramente, aprendizagens pouco seguras.
Quadro 2. Sucesso escolar no Segundo Ciclo
Histórico Nº alunos inscritos
Nº alunos retidos
Taxa de sucesso escolar
Nº alunos avaliados
no 3º período
Nº alunos com
classificações positivas a todas as
disciplinas
%
2009/10 266 13 95,11%
2010/11 244 21 91,39%
2011/12 223 28 87,44% 223 116 52,02%
6.1.3 Terceiro Ciclo do Ensino Básico
Quadro 3. Sucesso escolar no Terceiro Ciclo
Histórico Nº alunos inscritos
Nº alunos retidos
Taxa de sucesso escolar
Nº alunos avaliados
no 3º período
Nº alunos com
classificações positivas a todas as
disciplinas
%
2009/10 278 33 88,13%
2010/11 343 54 84,26%
2011/12 348 93 73,28% 346 129 37,28%
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 27
Os dados recolhidos para o Terceiro Ciclo apresentam, não só, percentagens de sucesso
inferiores às dos ciclos de escolaridade anteriores, como uma tendência para a sua descida
entre 2009/2010 e 2011/2012.
Se considerarmos o número de alunos que terminou o ano letivo de 2011/2012 com
classificações positivas a todas as disciplinas, 129 em 346, o que faz uma percentagem de
37,28%, este dado é, claramente, uma evidência de aprendizagens muito pouco estruturadas
e consolidadas.
6.1.2 Sucesso escolar na avaliação externa
Os dados que aqui se apresentam referem-se, para o 4º ano de escolaridade, nos anos letivos
de 2009/2010, 2010/2011 e 2011/2012, aos obtidos nas Provas de Aferição. O mesmo
acontece para o 6º ano de escolaridade, à exceção de 2011/2012, onde são apresentados os
resultados obtidos nas Provas Finais.
6.1.2.1 Primeiro Ciclo do Ensino Básico
Quadro 4. Sucesso escolar na prova de avaliação externa de Língua Portuguesa no 4º ano
Histórico
Taxa de sucesso Classificação média
No
agrupamento
A nível
nacional Diferença
No
agrupamento
A nível
nacional Diferença
2009/10 82,95% 90,72% - 7,77% 3,07 3,41 - 0,34
2010/11 72,41% 85,41% - 13,00% 3,04 3,43 - 0,39
2011/12 62,50% 79,18% - 16,68% 2,93 3,35 - 0,43
Quadro 4.1 Sucesso escolar na prova de avaliação externa de Matemática no 4º ano
Histórico
Taxa de sucesso Classificação média
No agrupamento
A nível nacional
Diferença No
agrupamento A nível
nacional Diferença
2009/10 76,42% 87,75% - 11,33% 3,17 3,47 - 0,30
2010/11 64,66% 77,69% - 13,03% 3,05 3,39 - 0,34
2011/12 39,17% 55,09% - 15,92% 2,46 2,78 - 0,32
À saída do Primeiro Ciclo do Ensino Básico, quer para a prova de Língua Portuguesa quer para
a prova de Matemática, os resultados obtidos pelos alunos de 4º ano tendem a distanciar-se
progressivamente da taxa de sucesso nacional. Se em 2009/2010 essa diferença era, em
Língua Portuguesa, de – 7,77%, no ano letivo de 2011/2012 a mesma diferença era já de –
Projeto Educativo - 2012/2015
Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 28
16,68%. O mesmo acontece para a prova de Matemática, onde os valores passaram de –
11,33% para – 15,92%. Esta evidência é comprovada pela diferença na classificação média,
também ela a afastar-se: de – 0,34 em 2009/2010 para – 0,43 em Língua Portuguesa; de – 0,30
para - 0,32, no mesmo espaço temporal, para Matemática.
6.1.2.2 Segundo Ciclo do Ensino Básico
Quadro 5. Sucesso escolar na prova de avaliação externa de Língua Portuguesa no 6º ano
Histórico
Taxa de sucesso Classificação média
No agrupamento
A nível nacional
Diferença No
agrupamento A nível
nacional Diferença
2009/10 81,25% 87,48% - 6,23% 3,06 3,17 - 0,11
2010/11 74,34% 81,66% - 7,32% 3,06 3,26 - 0,20
2011/12 71,84% 74,79% - 2,95% 2,98 2,98 - 0,07
Quadro 5.1 Sucesso escolar na prova de avaliação externa de Matemática no 6º ano
Histórico
Taxa de sucesso Classificação média
No agrupamento
A nível nacional
Diferença No
agrupamento A nível
nacional Diferença
2009/10 71,43% 75,38% - 3,95% 2,99 3,07 - 0,08
2010/11 53,45% 61,44% - 7,99% 2,81 2,94 - 0,13
2011/12 38,10% 54,05% - 15,95% 2,35 2,80 - 0,45
A análise dos dados dos quadros 6 e 6.1 apresenta duas situações diferentes. Na prova de
Língua Portuguesa a evolução nos últimos três anos letivos pode considerar-se positiva, ainda
que o ano de 2010/2011 apresente resultados menos satisfatórios. Na realidade, a diferença
entre a taxa de sucesso do agrupamento e a taxa de sucesso nacional de - 2,95% conseguida
em 2011/2012, regista um ganho relativamente a 2009/2010, que foi de – 6,23%. Este ganho
repercutiu-se na diferença da classificação média do agrupamento para a classificação média
nacional, que passou de – 0,11 para – 0,07.
Situação inversa verificou-se na disciplina de Matemática, onde as diferenças entre os
resultados obtidos no agrupamento e os resultados nacionais se têm vindo a acentuar
progressivamente. Dos – 3,95% em 2009/2010, a diferença entre a taxa de sucesso do
agrupamento para a taxa nacional passou, em 2011/2012, para – 15,95%. De igual forma, a
diferença entre a classificação média no agrupamento e a classificação média nacional subiu,
de 2009/2010 para 2011/2012, de – 0,08 para – 0,45.
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Agrupamento de Escolas José Cardoso Pires Página 29
6.1.2.3 Terceiro Ciclo do Ensino Básico
Os resultados obtidos pelos alunos de 9º ano nos Exames nacionais de Língua Portuguesa e de
Matemática estão documentados nos quadros 8. e 8.1.
Quadro 6. Sucesso escolar na prova de avaliação externa de Língua Portuguesa no 9º ano
Histórico
Taxa de sucesso Classificação média
No agrupamento
A nível nacional
Diferença No
agrupamento A nível
nacional Diferença
2009/10 92,45% 70,96% 21,49% 3,30 2,96 0,34
2010/11 66,15% 56,23% 9,92% 2,83 2,73 0,10
2011/12 67,35% 65,41% 1,94% 2,89 2,83 0,06
Quadro 6.1 Sucesso escolar na prova de avaliação externa de Matemática no 9º ano
Histórico
Taxa de sucesso Classificação média
No agrupamento
A nível nacional
Diferença No
agrupamento A nível
nacional Diferença
2009/10 36,21% 51,02% - 14,81% 2,40 2,70 - 0,30
2010/11 36,36% 40,61% - 4,25% 2,31 2,43 - 0,12
2011/12 44,33% 55,51% - 11,18% 2,56 2,87 - 0,31
Tal como foi referido na análise dos dados do 6º ano, também aqui há que distinguir as
situações de Língua Portuguesa e de Matemática.
Relativamente à taxa de sucesso no exame de Língua Portuguesa, os resultados apontam para
uma recuperação sustentada e progressiva, passando de uma diferença entre a taxa de
sucesso nacional e a do agrupamento de 21,49%, em 2009/2010, para 1,94% em 2011/2012 e
reduzindo, assim, a diferença entre as classificações médias nacional e do agrupamento de
0,34 para 0,06.
Quanto à evolução dos resultados do exame de Matemática, ainda que estes acompanhem a
tendência nacional, o que se reflete na constância da diferença entre as classificações médias
(com uma variação entre 0,30 e 0,31), a taxa de sucesso do agrupamento tem sido sempre
inferior à taxa de sucesso nacional.
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6.2 Percurso escolar
O conhecimento do percurso escolar dos alunos do Agrupamento de Escolas José Cardoso
Pires, nomeadamente aquele que se refere ao número de alunos que abandonaram,
precocemente, a escola é aqui apresentado em bloco, considerando os três ciclos de
escolaridade.
Quadro 7. Alunos que interromperam precocemente o seu percurso escolar
Histórico Nº alunos inscritos
Nº alunos retidos/
excluídos por faltas
Nº anulações
de matrícula
Nº abandonos
Nº alunos que interromperam precocemente
%
2009/10 1104 0 1 0 1 0,09%
2010/11 1149 0 0 0 0 0%
2011/12 1118 0 1 4 5 0,45%
Embora se verifique, em 2011/2012, um aumento do número de alunos que interromperam
precocemente o seu percurso escolar, este não parece constituir um problema do
agrupamento.
Os bons resultados obtidos a este nível demonstram uma preocupação de escola, que passa
pelo desenvolvimento de ações concertadas entre professores tutulares de turma e diretores
de turma com os serviços do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família.
6.3 Indisciplina
Quadro 9. Situações de indisciplina registadas
Histórico Nº
alunos inscritos
Nº total de medidas
corretivas
Nº total de medidas
sancionatórias
Nº total de medidas
disciplinares
Medidas disciplinares
por aluno
2011/12 1118 117 30 147 0,13
Tal como a interrupção precoce do percurso escolar dos alunos não constitui um problema
emergente neste agrupamento, também as situações de indisciplina, cuja média é de 0,13 por
aluno, o não são.
Ainda assim, foi criada uma equipa de trabalho que acompanha e analisa, procurando tipificar
para poder delinear um plano de ação preventivo, as situações que se registam nas escolas do
agrupamento. Esta equipa constitui um dos observatórios da estrutura avaliativa do Projeto
Educativo.
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7. Objetivos e lógicas de ação do Projeto Educativo
Mantêm-se como Princípios Orientadores deste documento aqueles que a Lei de Bases do
Sistema Educativo (no seu Artigo 2º) consagrou como Princípios Gerais:
Garantir uma permanente ação formativa orientada para favorecer o
desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da
sociedade.
Incentivar a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários e
valorizar a dimensão humana do trabalho.
Desenvolver o espírito democrático e pluralista, respeitador dos outros e das suas
ideias, aberto ao diálogo e à livre troca de opiniões, formando cidadãos capazes de
julgarem com espírito crítico e criativo o meio social em que se integram e de se
empenharem na sua transformação progressiva.
Na continuidade do anterior projeto educativo, os nove objetivos gerais que aqui se
apresentam, e que orientarão as decisões pedagógicas e organizacionais que se vierem a
tomar até 2014/2015, foram formulados a partir de oito áreas nucleares: o Ensino -
Aprendizagem, o Abandono Escolar, as Relações Interpessoais, a Prática Pedagógica, a
Organização de Escola / Clima de Escola, a Segurança, Saúde e Higiene na Escola, as Relações
com a Comunidade e a Participação dos Pais e Encarregados de Educação na Vida da Escola.
Na formulação de cada um dos nove objetivos gerais cabem, ainda, os correspondentes
objetivos estratégicos.
Ensino - Aprendizagem
Objetivo 1 – Aumentar o sucesso escolar dos alunos, em relação à evolução média dos
resultados por disciplina, atendendo ao contexto socioeducativo das turma e/ou anos.
Objetivos estratégicos:
1.1 Alcançar as metas propostas no Plano de Melhoria TEIP 3, para o ano letivo
2012/2013.
1.2 Aumentar, de uma forma sustentada, a taxa de sucesso dos alunos nos resultados
obtidos na avaliação interna e nas provas de avaliação externa.
1.3 Adequar a oferta educativa às características e necessidades dos alunos, em cada
ano letivo.
1.4 Monitorizar os resultados obtidos internamente, de maneira a responder
atempadamente às necessidades de apoio às aprendizagens dos alunos.
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1.5 Promover respostas educativas adequadas às crianças e aos alunos com
necessidades educativas especiais.
Objetivo 2 – Desenvolver a aprendizagem do Português padrão, pelos alunos de Português
Língua Não Materna.
Objetivos estratégicos:
2.1 Flexibilizar as práticas de ensino, adequando-as às necessidades dos alunos e ao
nível de proficiência em que estão inseridos.
2.2 Promover junto destes alunos ações que motivem à leitura autónoma.
2.3 Inscrever as atividades desenvolvidas nas Bibliotecas Escolares nos planos de
trabalho dos diferentes anos / turmas / disciplinas.
Abandono Escolar
Objetivo 3 – Prevenir o abandono escolar, mantendo a taxa de abandono global do
agrupamento.
Objetivos estratégicos:
3.1 Valorizar o papel do professor titular de turma e do diretor de turma, enquanto
agente de ligação escola – família – docentes.
3.2 Valorizar a ação do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família junto de toda a
comunidade educativa, nomeadamente na promoção de respostas de
encaminhamento e orientação escolar e vocacional.
Relações Interpessoais
Objetivo 4 – Contribuir para a resolução dos conflitos nas relações interpessoais.
Objetivos estratégicos:
4.1 Valorizar a ação do professor titular de turma e do diretor de turma, como
mediador de conflitos.
4.2 Apoiar a realização dos projetos do agrupamento que promovem, junto dos
alunos, os valores da cooperação e da solidariedade.
4.3 Conscencializar os discentes para a existência de regras e normas de
comportamento nas escolas.
4.4 Valorizar a ação do Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família enquanto mediador de
conflitos.
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Prática pedagógica
Objetivo 5 – Fomentar o trabalho colaborativo entre os docentes.
Objetivos estratégicos:
5.1 Promover a formação dos docentes, de acordo com as suas necessidades e as
necessidades do agrupamento.
5.2 Promover momentos de trabalho colaborativo entre os docentes.
Organização de Escola / Clima de Escola
Objetivo 6 – Promover um bom ambiente entre todos os intervenientes na vida escolar.
Objetivos estratégicos:
6.1 Promover a formação do pessoal não docente, de acordo com as necessidades do
agrupamento, nomeadamente no que respeita ao seu papel na Escola, competências e
relações pedagógicas.
6.2 Promover uma articulação eficaz entre todos os membros da comunidade
educativa.
6.3 Apoiar a realização dos projetos de agrupamento que facilitam a integração dos
alunos.
6.4 Apoiar a criação de espaços e atividades de enriquecimento curricular,
nomeadamente os clubes e o desporto escolar.
Segurança, Saúde e Higiene na Escola
Objetivo 7 – Promover a Saúde, a Segurança e a Higiene na Escola.
Objetivos estratégicos:
7.1 Promover a realização de ações, junto da comunidade educativa, no âmbito do
Programa de Educação para a Saúde.
7.2 Promover a realização de ações e atividades que ilustrem a prática de hábitos de
vida saudável.
7.3 Apoiar a realização de atividades desportivas, como forma de desenvolvimento da
condição física e da saúde.
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Relações com a comunidade
Objetivo 8 – Estreitar as relações com a comunidade.
Objetivos estratégicos:
8.1 Promover a realização de atividades nas escolas, com visibilidade e participação
da comunidade.
8.2 Integrar, nos planos de atividades das escolas, ações realizadas em parceria com a
comunidade.
8.3 Participar nos projetos socioeducativos promovidos na comunidade.
Participação dos Pais e Encarregados de Educação na Vida da Escola
Objetivo 9 – Envolver os Encarregados de Educação na vida das escolas do agrupamento.
Objetivos estratégicos:
9.1 Organizar ações com vista à sensibilização dos pais e encarregados de educação
para a importância do seu papel na escola e no percurso escolar dos seus educandos.
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AVALIAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO
8. O modelo da estrutura avaliativa
Este modelo de estrutura avaliativa foi apresentado e aprovado em sede de reunião de
Conselho Pedagógico, organizando-se em dois níveis.
Num primeiro nível, equipas monitorizam os processos ou seja, acompanham a
implementação das ações funcionando como observatórios:
Referentes
Comportamentos e disciplina Resultados sociais: - cumprimento de regras e disciplina - participação na vida da escola e assunção de responsabilidades
Referentes
Plano Anual de Actividades Valorização do Projecto Educativo: - contextualização do currículo e abertura ao meio - qualidade das actividades desenvolvidas - rendibilização dos recursos educativos
Referentes
Aprendizagens Resultados académicos: - evolução dos resultados internos contextualizados - evolução dos resultados externos contextualizados - abandono e desistência
Actividades de enriquecimento curricular / clubes
Referentes
Diversificação de ofertas educativas e promoção do desenvolvimento pessoal e social: - impacto no currículo - cumprimento de regras - participação na vida da escola
Referentes
Relação escola - comunidade
Reconhecimento da comunidade: - grau de satisfação da comunidade - contributo da escola para o desenvolvimento da comunidade envolvente - formas de valorização do sucesso dos alunos
Num segundo nível, a equipa de avaliação recolhe a informação que, periodicamente, cada
observatório produz e trabalha-a, produzindo o conhecimento global necessário para lançar os
processos de melhoria.
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Referentes
Equipa constituída em Conselho Pedagógico
Objetivos do Projeto Educativo - impacto das ações e atividades desenvolvidas, para o cumprimento do Projeto Educativo
Documento apresentado e aprovado em reunião de Conselho Pedagógico
12 de dezembro de 2012
A Diretora
_______________________________________
Cristina Maria Bento Madaleno
Documento apresentado e aprovado em reunião de Conselho Geral realizada a
8 de janeiro de 2013