Projeto Equilibrium

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ASSOCIAO ALIANA LUZ THE LIGHT ALLIANCE FEDERATION

PROJETO

CIDADES SUSTENTVEIS, SOCIEDADES INCLUSIVAS

ASSOCIAO ALIANA LUZ CNPJ : 12.917.483/0001-72 Rua Gustavo Borges Jr., 15 SBC-SP C.E.P. 09890-370 Tel.: 0055 11 26772221

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"Voc nunca muda a realidade lutando contra ela. Para mudar algo voc cria um novo modelo que torna o modelo existente obsoleto." Buckminster Fuller

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PROJETO EQUILIBRIUM: MUDANA DE PARADIGMAS PARA TEMPOS DE MUDANA

Este documento contm a descrio sumria do Projeto Equilibrium: Mudanas de Paradigma para Tempos de Mudanas. Projeto a ser apresentado aos chefes de Estado - Ptria, governos, empresrios e cidados do planeta, proposto pela Associao Aliana Luz, instituio de carter cientfico e scio-progressista, que visa o estabelecimento de assentamentos humanos organizados tcnica e cientificamente para experimentao de um novo paradigma socioeconmico inclusivo, justo e sustentvel.

Brasil - 2011

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EQUILIBRIUM PROJECT: PARADIGMS CHANGING FOR CHANGING TIMES

This document presents a summary description of The Equilibrium Project: Paradigms Changing for Changing Times. Project to be presented to the Heads of State Homeland, governments, business men and citizens of the planet, proposed by The Light Alliance Federation, a scientific and socio-progressive institution, whichs looking for the establishment of humans settlement, technically and scientifically organized to experiment a new socioeconomic and inclusive paradigm, equitable and sustainable.

Brazil - 2011

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Este projeto dedicado a todos que, de muitas maneiras: No desistem ! No desistem de laborar na senda de tornarem-se mais humanos, No desistem de criar e ofertar um mundo mais justo, Mais harmonioso, igualitrio, fraterno e sustentvel.

Este projeto, um projeto de muitas vidas, Todas entrelaadas em uma s.

Este projeto, um projeto de uma s voz, Contendo milhes de vozes.

Ao redor de muitos objetivos, mas com apenas uma direo, O caminho da inteligncia, da paz e do amor.

Este um projeto de luz, a luz da chama da vida, A luz da sabedoria e da compaixo.

Luz que ilumina um sonho, Sonho de muitos sonhadores, Que sonhando juntos, torna-se realidade.

Uma aliana entre humanos, entre cidados do planeta, Uma aliana entre coraes e almas despertas,

Em busca de um novo paradigma, Para um novo tempo.

Ns, Aliana Luz.

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This is a project dedicated to all that, in many ways: Dont give up! Do not give up to laboring in the path of becoming more human, Do not give up to offer and create a fairer world, More harmonious, egalitarian, fraternal and sustainable. This project, is a project of many lives, All connected into one. This project, is a project with one voice, Containing millions of voices. Around many goals, but with only one direction, An intelligence, peace and love path. This is a project of light, light from the flame of life, The light of wisdom and compassion. Light, that illuminates a dream, Dream of many dreamers, That dreamt together, it becomes reality. An alliance between humans, between citizens of the planet, An alliance of awakened hearts and souls; In a new paradigm search, For a new time.

We, The Light Alliance.

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SUMRIO DO PROJETO1.1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 1.10

APRESENTAO ..................................................................................................................................................... 9RESUMO ........................................................................................................................................................................ 10 ABSTRACT ...................................................................................................................................................................... 11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................................................................................. 12 LISTA DE ILUSTRAES................................................................................................................................................... 13 INTRODUO ................................................................................................................................................................ 14 ENTIDADE PROPONENTE ................................................................................................................................................ 15 JUSTIFICATIVA DO PROJETO ........................................................................................................................................... 16 PRECEDENTES HISTRICOS............................................................................................................................................. 21 OBJETIVOS GERAIS ......................................................................................................................................................... 24 OBJETIVOS ESPECFICOS ................................................................................................................................................. 25

2.2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7 2.8 2.9

OS ECOPOLOS (EP) ............................................................................................................................................... 26ECOPOLOS RURAIS ( EPR) ............................................................................................................................................... 26 ECOPOLOS URBANOS ( EPU)........................................................................................................................................... 27 MICRO ECOPOLOS (MEP) ............................................................................................................................................... 28 LABORATRIOS DE EXPERIMENTO SOCIAL ..................................................................................................................... 28 ESTRUTURA, INSTALAES E DIMENSES ...................................................................................................................... 29 HABITAES E CONSTRUES ECOLGICAS ................................................................................................................... 31 VILAS EXTERNAS CONJUGADAS (VEC) ............................................................................................................................. 31 CAPACIDADE.................................................................................................................................................................. 32 FORMA JURDICA ........................................................................................................................................................... 33 SERVIOS ....................................................................................................................................................................... 34 AUTONOMIA ................................................................................................................................................................. 34

2.10 2.11

3.3.1 3.2 3.3 3.4 3.5

RECURSOS GERAIS ............................................................................................................................................... 34RECURSOS NECESSRIOS ............................................................................................................................................... 34 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ............................................................................................................................... 36 PREVISO DE ORAMENTOS E ETAPAS ........................................................................................................................... 36 CAPTAO DE RECURSOS - LEI 9.249/95 ......................................................................................................................... 38 PATROCINVEIS E MARKETING ASSOCIADO S CAUSAS ................................................................................................. 38

4.4.1

SUBPROJETOS E AES PROGRAMTICAS ........................................................................................................... 38EXPERIMENTO SOCIOECONMICO ................................................................................................................................. 40 4.1.1 4.1.2 4.1.3 4.1.4 4.1.5 4.1.6 4.1.7 4.1.8 4.1.9 4.1.10 4.1.11 4.1.12 CENTRO DE ESTUDOS E INTEGRAO SOCIAL (CEIS) .................................................................................................. 41 CENTRO MULTIMDIA DE DOCUMENTAO, PRODUO E DIFUSO (CMDPF) .......................................................... 41 CENTRO DE PESQUISA E PROMOO DA SADE (CPPS) ............................................................................................. 42 CENTRO DE TREINAMENTO, FORMAO E EDUCAO (CTFE) ................................................................................... 42 SISTEMA DE OPERAO E MANEJO DE ARTIGOS RECICLVEIS (SOMAR) .................................................................... 43 CENTRO DE ALIMENTAO RESPONSVEL (CEAR) ..................................................................................................... 43 SISTEMA DE INTEGRAO COLETIVA (SINC)............................................................................................................... 44 ESPAO CULTURAL DE ARTES E EXPOSIES (ECAE) .................................................................................................. 44 CENTRO DE PESQUISA DE TECNOLOGIAS SUSTENTVEIS (CPTS) ................................................................................. 44 INCUBADORA DE EMPREENDIMENTOS ECONMICOS SOLIDRIOS (IEES) .................................................................. 45 CENTRO ADMINISTRATIVO DE GESTO E FOMENTO DA REDE DE EMPREENDIMENTOS SOLIDRIOS (RESER) .............45 CENTRO DE INOVAO E PESQUISA EM PERMACULTURA (CIPP)................................................................................ 46 www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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4.2 4.3 4.4 4.5 4.6 4.7 4.8

EMPREENDIMENTOS ECONMICOS SOLIDRIOS (EES) ................................................................................................... 46 EMPREENDIMENTOS SOCIAIS SOLIDRIOS (ESS) ............................................................................................................. 48 NCLEOS DE INTERAO E VIVNCIA (INTERAVIVE) ....................................................................................................... 48 CENTRO DE MONITORAMENTO E PREVENO DE CATSTROFES (CMPC) ....................................................................... 50 BANCO DE SEMENTES NATURAIS E SEGURANA ALIMENTAR (BSNSA) ............................................................................ 51 BANCO COMUNITRIO E ECONOMIA SOLIDRIA DE RECURSOS (BCESR) ......................................................................... 51 OFICINA DE DESENVOLVIMENTO DE PROTTIPOS OPEN SOURCE ECOLOGY (OPOSE) ...................................................... 56

5.5.1 5.2 5.3

BENEFCIOS SOCIAIS ............................................................................................................................................. 59BENEFCIOS GERAIS........................................................................................................................................................ 59 BENEFCIOS AOS RESIDENTES ......................................................................................................................................... 59 BENEFCIO AS COMUNIDADES E AOS MUNICPIOS .......................................................................................................... 60

6.6.1 6.2

ALCANCE, REPERCUSSO, BENEFCIOS E RESULTADOS ......................................................................................... 61SETOR PBLICO ............................................................................................................................................................. 61 SETOR PRIVADO............................................................................................................................................................. 62

7. 8.8.2

OBJETIVOS E METAS ............................................................................................................................................ 62 ANEXOS ............................................................................................................................................................... 64TABELAS ........................................................................................................................................................................ 64 8.2.1 8.3 8.2 Tabela de Preservao de reas e Ocupao Urbana ................................................................................................. 64 IMAGENS ....................................................................................................................................................................... 65 ORAMENTOS PREVISTOS ............................................................................................................................................. 71

INFORMAO ADICIONAL ............................................................................................................................................. 73Contato 73

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1.

APRESENTAO

A Associao Aliana Luz (AAL BRASIL) uma associao civil de direito privado com fins no lucrativos, qualificada como OSCIP pelo Ministrio da Justia, de carter cientfico, cultural, educacional e scio-progressista. Fundada em Dezembro de 2009, tem o propsito de estabelecer comunidades autossustentveis, desenvolver modelos de Economia Solidria (EDC) e cooperativismo, pesquisar e desenvolver tecnologias de permanncia, a fim de experimentar e aperfeioar novos paradigmas sociais e econmicos voltados ao desenvolvimento integral das potencialidades humanas. No modelo proposto pretende-se a convivncia pacfica, harmoniosa e o avano da civilizao de forma sustentvel e integrada ao universo. Desta maneira, no se foca no mero assistencialismo, mas no fomento busca pessoal e coletiva atravs dos caminhos multidimensionais da vida. A ao de cada um dentro da associao estar voltada a melhorar e auxiliar, em cada ato, tantas quantas pessoas puder, com maior amplitude igualitria, sustentvel e ecolgica, no s local, mas globalmente. Procuramos um caminho no dogmtico, no poltico e no religioso, mas com bases nos sentimentos e aes ticas e espiritualistas da humanidade. O presente documento visa apresentar aos interessados as informaes necessrias para o conhecimento e parceria com a Associao Aliana Luz, para tanto, agradecemos desde j vosso interesse e disposio na leitura deste projeto.

"NUNCA DUVIDE DE QUE UM PEQUENO GRUPO DE CIDADOS CONSCIENTES E DETERMINADOS POSSA MUDAR O MUNDO. DE FATO, ASSIM QUE TEM ACONTECIDO SEMPRE."

Margaret Mead

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ASSOCIAO ALIANA LUZ. Projeto EQUILIBRIUM: Mudana de Paradigmas para Tempos de Mudana. Projeto independente de apresentao dos ideais gerais e aes da Associao Aliana Luz. So Paulo / So Bernardo do Campo, Brasil, 2011.

1.1

RESUMO

Atravs de um projeto cientfico de design social, a ASSOCIAO ALIANA LUZ (AAL) experimentar um novo paradigma socioeconmico fundamentado em gesto Democrtica Direta ante Expertise e Economia Solidria e de Recursos. A AAL Prope a instalao de Assentamentos Residenciais e de Produo, aberto s populaes. Nestes Ecopolos ou Ecovilas Comunitrias, sero pesquisadas e desenvolvidas tecnologias sustentveis e metodologias sociais e organizacionais diversas, as quais sero focadas no desenvolvimento sustentvel, na sade e na qualidade de vida dos seus habitantes e populao em geral. Como Associao de carter principalmente cientfico, prope-se a ampliao do espectro epistemolgico moderno e a adoo de novos paradigmas sociais e tcnicos, especialmente atravs da abordagem transdisciplinar, a fim de permitir a evoluo das cincias e das sociedades de forma compatvel com a utilizao sustentvel dos recursos Terrestres, a preservao das espcies e o desenvolvimento da humanidade.

Palavras-chave: Design Social, Ecopolo, Economia de Recursos, Economia Solidria, Sustentabilidade, Transdisciplinaridade, Novo Paradigma, Gesto Democrtica Direta, Sade, Qualidade de Vida.

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THE LIGHT ALLIANCE FEDERATION. Solidarity Earth Project: Paradigms Changing for Changing Times. Independent presentation project of the Light Alliance Federations goals and actions. Brazil, So Bernardo do Campo / So Paulo, 2011.

1.2

ABSTRACT

With a scientific project of social design, the LIGHT ALLIANCE FEDERATION (LAF) will experience a new socioeconomic paradigm management, based on Direct Democratic under expertise and Solidarity and Resources Based Economy. The LAF Proposes housing settlements and producing facilities installation, open to everyone. In these Ecocities, it will be research and development sustainable technologies and new social and organizational methodologies with constant focus on health and quality of life for its residents and the general population. It is proposed to expand the spectrum of the modern epistemological paradigms and the adoption of a new social and technical ones, especially through the transdisciplinary approach in order to allow progress in science and society in a consistent and compatible Earth resources uses and its conservation, heading to the maintenance and development of mankind.

Key-words: Social Design, Ecovillage, Resource Based Economy, Solidary Economy, Sustainability, Transdisciplinarity, New Paradigm, Direct Democratic under expertise, Health, Quality of Life.

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1.3

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAL - Associao Aliana Luz APLS - Arranjos Produtivos Locais Solidrios BSNSA - Banco de Sementes Naturais e Segurana Alimentar BCCSR - Banco Comunitrio e Economia Solidria de Recursos CEAR - Centro de Alimentao Responsvel CEIS - Centro de Estudos e Integrao Social CIPP - Centro de Inovao e Pesquisa em Permacultura CPDS - Comisso de Polticas de Desenvolvimento Sustentvel CMPC - Centro de Monitoramento e Preveno de Catstrofes CMDPF - Centro Multimdia de Documentao, Produo e Difuso CPTS - Centro de Pesquisa de Tecnologias Sustentveis CTFE - Centro de Treinamento, Formao e Educao DOT - Domo Teraputico EAF - Entidade de Apoio, Assessoria e Fomento ECAE - Espao Cultural de Artes e Exposies ECP - Espao de Convivncia Planejada EES - Empreendimentos Econmicos Solidrios ESS - Empreendimentos Sociais Solidrios EP Ecopolo EPR - Ecopolo Rural EPU - Ecopolo Urbano MEP - Micro Ecopolo FBES - Frum Brasileiro de Economia Solidria IEES - Incubadora de Empreendimentos Econmicos Solidrios NINHU - Ncleos de Interao Humana RESER - Renda Solidria e Economia de Recursos RDS - Reserva de Desenvolvimento Sustentvel SINC - Sistema de Integrao Coletiva SOMAR - Sistema de Operao e Manejo de Artigos Reciclveis ONU - Organizao das Naes Unidas OPOSE - Oficina de Desenvolvimento de Prottipos Open Source Ecology VEC - Vila Externa Conjugada

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1.4

LISTA DE ILUSTRAES

Figura 1. Exemplo de um Projeto para a Disposio dos Ecopolos (Em anlise) ............... 65 Figura 2. Exemplo de Domos residenciais em tecnologia EPP ......................................... 66 Figura 3. Exemplo de Aproveitamento Elico ................................................................. 66 Figura 4. Exemplo de Tratamento de Resduos ............................................................... 66 Figura 5. Exemplo de uma vila de domos ....................................................................... 67 Figura 6. Exemplo de Detalhes de peas para os Domos de EPP...................................... 67 Figura 7. Exemplo de um interior de um Domo .............................................................. 67 Figura 8. Imagens ilustrativas do Centro de Inovao e Pesquisa em Permacultura (CIPP) Projeto da Arquiteta Marcela Fenyves Ary ..................................................................... 68 Figura 9. Imagens ilustrativas do Centro de Inovao e Pesquisa em Permacultura (CIPP) Projeto da Arquiteta Marcela Fenyves Ary ..................................................................... 68 Figura 10. Exemplos de Galpes e Coberturas Ecolgicas............................................... 69 Figura 11. Mquinas Opens Source disponveis e em desenvolvimento .......................... 70

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1.5

INTRODUO

Ecoaldeias ou Ecovilas mostram-se alternativas aos conglomerados urbanos, aos seus problemas e deficincias no sistema vigente. Retomam o convvio equilibrado e sustentvel com a natureza sem abrir mo das tecnologias presentes. Estes no so conceitos novos, porm neste projeto tornar-se-o iniciativas eficazes e inovadoras. Oferta-se, neste projeto, uma viso de Ecopolo ou Ecocidade, mais completo e complexo, integrando itens na execuo de gerenciamento de recursos e resduos, suprimento de energia e gua local, produo de alimentos orgnicos, manejo experto de floresta, madeira e fibras diversas, aumento da biodiversidade, educao, sade, cultura, lazer, servios sociais e econmicos solidrios, pesquisas cientficas com aplicao local, global, entre outros. Para alcanar tal meta, aperfeioar suas aes e permitir um avano sustentvel, tal ideal deve pautar-se em cartas de conduta, tica e organizao experta geral. Com esta sofisticao necessria, fica evidente que um cenrio local ou apenas uma ecovila no suprir de maneira adequada proposta buscada, uma vez que ao alcanar um crescimento exponencial, ficar difcil ou at invivel atender a demanda sem comprometer a infraestrutura pr-concebida e desenhada, as relaes sociais e produo geral. Criou-se, desta forma, uma Associao de Interesse Comum, a qual suportar as iniciativas buscadas sem limitar-se a um espectro fsico, expandindo-se conforme a demanda. Na definio de Associao1, explica-se melhor que (...) uma organizao resultanteda reunio legal entre duas ou mais pessoas, com ou sem personalidade jurdica, para a realizao de um objetivo comum e, portanto, eficaz ao que se prope aqui.

Com a qualificao e amplo campo de atuao de uma Associao, possvel seguir com a construo de inmeros polos em disposio de ecovilas e, cada uma, na medida do tempo, complementaria as demais com servios e atividades especficas. Por exemplo: Um polo voltado s prticas cientficas e experimentos tecnolgicos; Um polo com maior produo de ctricos e orgnicos; Outro com capacidade para receber moradores, centros de convivncia, escolas e etc. Em tal disposio, so ilimitadas as possibilidades para a concretizao de polos em distintas regies do Pas ou at noutros continentes. Bastam algumas pessoas de bons

1

Texto acessado e adaptado em 17/02/2011, proveniente do endereo eletrnico: http://pt.wikipedia.org/wiki/Associa%C3%A7%C3%A3o www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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costumes e boa vontade, a afiliao na Associao e a disposio para iniciar mais um Ecoplo! Assim se apresenta a ASSOCIAO ALIANA LUZ. Como outras iniciativas e experimentos j em andamento ao redor do globo2, a Aliana Luz prope introduzir no Brasil um projeto cientfico de mbito socioeconmico, baseado em economia solidria, produo de conhecimento e tecnologias diversas, convvio cooperativo e sustentabilidade. Nesse sentido, a Associao experimentar novos paradigmas sociais em busca de sistemas sociais sustentveis e capazes de apresentar diferentes solues em curto, mdio e longo prazo, problematizando, refletindo e dispondo solues para esta e futuras geraes. Atravs de um projeto de design social simples, constri-se um arcabouo jurdico, sociolgico e econmico, que inclui gesto democrtica direta e prticas de economia de recursos, as quais serviro de instrumental prtico a fim de viabilizar e desenvolver assentamentos comunitrios plenamente funcionais, solidrios, abertos e de grande interesse social. este projeto que se apresenta a seguir.

1.6

ENTIDADE PROPONENTE

Fundada em Dezembro de 2009, a ASSOCIAO ALIANA LUZ (AAL) uma Sociedade de Direito Privado sem fins lucrativos de carter cientfico-cultural, educacional e scio progressista, qualificada como OSCIP, Organizao da Sociedade Civil de Interesse Pblico, regida pela LEI 9.790/99, tem autorizao para captao de recursos, permitindo a deduo de impostos de empresas patrocinadoras por meio da LEI 9.249/95. Entre os fundadores e associados da AAL, incluem-se professores, estudantes, educadores, pesquisadores, inventores e outros experientes profissionais e voluntrios, todos, oriundos das mais diversas reas do conhecimento humano. Este corpo de associados, consciente da necessidade de promover e estimular modelos sociais e de produo sustentveis, cria constantemente as bases de uma comunidade planejada, para ser experimentada e desenvolvida no Brasil com o amparo de estudos prvios sobre experincias internacionais de associativismo e economia solidria, que j esto em andamento h alguns anos.

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Ver uma lista de alguns exemplos mais adiante neste texto. www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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A AAL est comprometida, estatutariamente, a contratar os servios de consultorias e assessorias, sempre que no disponha de pessoal qualificado prprio para execuo de qualquer das fases de implantao dos projetos que pretende executar, assim como pesquisadores para desenvolvimento das tecnologias que pretende operar nos Polos Aliana. Atualmente, a Associao operara com o trabalho de muitos voluntrios, e assim, est profissionalizando seu corpo diretivo e de colaboradores diretos constantemente, contando com parcerias especiais que incluem suporte de ecovilas, organizaes, institutos e associaes nacionais e internacionais de pesquisa e desenvolvimento social. Todas as referncias utilizadas para a formao das bases da AAL suportam aes relacionadas sustentabilidade, atravs da transferncia de know-how e tecnologia para projetos de sade, gerao de renda, dignidade e qualidade de vida, como por exemplo; o Instituto Antena na Frana, ou o Faith And Sustainable Technologies (F.A.S.T.) na Carolina do Sul, E.U.A.

1.7

JUSTIFICATIVA DO PROJETO

Hoje, tratar sobre cidades sustentveis e sobre as formas de estabelecer comunidades urbanas mais conscientes , no s algo importante, mas necessrio, uma vez que se vislumbra um quadro urbano geral negativo em diversas cidades e metrpoles do planeta. Os problemas so diversos, assim como os desafios e propostas a serem estudadas. Atualmente no Brasil, cerca de 85% da populao vive em reas urbanas e estimase que at o ano de 2050, 75% da populao mundial ir residir em cidades.3 Estas cidades so responsveis pelo consumo de aproximadamente dois teros da energia gerada mundialmente, sem tratar do consumo de gua e alimentos que so provenientes do exterior das cidades, ou seja, afetando todo seu entorno ou continente com esta demanda. Estamos enfrentando, por descuido ou explorao irresponsvel dos recursos, mudanas climticas acentuadas, falta de sade, meio ambiente txico e modelos insustentveis de viver. Paralelamente mostram-se presentes quadros de injustias sociais, falta de dignidade e de recursos bsicos, pouca qualidade de vida, educao pobre, trabalho insuficiente, desvalorizado e etc. H um grande sentimento de insatisfao com o modelo atual e seus problemas, porm, no so muitas as ofertas para uma nova disposio ou solues eficazes aos mesmos.3

GREENPEACE, 2010 www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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Os aglomerados urbanos esto cada vez mais verticalizados pela falta de espao, organizao e projeo. Construir sem medidas pode gerar ineficcia de movimentao e evacuao. Faltam beleza e verde, sobram estresse e problemas de sade, entre outros. Prever, planejar e manejar a urbanizao tambm necessrio. No obstante, as florestas so cada vez menos presentes no globo e deixam de suprir diversas funes necessrias ao planeta. No h dvida que a relao entre natureza e homem simbitica. A Europa Ocidental, por exemplo, j perdeu 99,7% de suas florestas primrias; a sia, 94%; frica, 92%; Oceania, 78%; Amrica do Norte, 66%; e Amrica do Sul, 54%. No mundo, cerca de 13 milhes de hectares de florestas foram convertidos para outros usos (agricultura, pastos entre outros) ou perdidos por causas naturais anualmente entre 2000 e 2010. Dezesseis milhes de hectares anuais, s na dcada de 90. Segundo um relatrio mostrado em 2010 4, resta pouco mais de quatro bilhes de hectares de floresta no mundo no mesmo ano, o que corresponde a 31% da rea de terra total. De um total de, aproximadamente, 1,3 milhes de km quadrados da Mata Atlntica primitiva, restam, apenas, cerca de 50 mil km, menos de 5% da rea original.5 Alterar a dinmica dos ecossistemas florestais, afeta o balano de carbono da Terra, altera os ciclos de gua e energia e, portanto, afeta o clima. Perde-se biodiversidade, desequilibrando fauna e flora, colocando-se a cadeia das espcies, a qual pertencemos, em risco crescente e cumulativo. Neste sistema, perde um, perdem todos. Alm disso, resultados comprovados demonstram o empobrecimento do solo, alterao do curso dos rios, comprometimento da qualidade das guas e perda das funes da bacia hidrogrfica, reduzindo-se o regime de chuvas e de umidade no ar, entre outros. As aes a favor da conservao da natureza e, portanto, do prprio homem, so indispensveis. Estas no podem ser postergadas ou mesmo relegar-se meramente ao mbito legislativo, com vistas a regulamentar ou limitar as aes perniciosas contra o meio ambiente. uma responsabilidade de todos ns, juntos. preciso olhar para o futuro que desejamos ter agora, e mudar o presente. Ser ecolgico ou sustentvel est alm e aqum de estar na moda, de explorar um novo mercado lucrativo, de ser moralmente ou socialmente reconhecido. Ser sustentvel urge e urgente por questes morais, ticas e de preservao do homem e do bioma Terra.4 5

Global Forest Resources Assessments 2010, Divulgado pelo Food and Agriculture Organization of The United Nations (FAO) IBAMA, 2010www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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O manejo experto dos recursos gera possibilidade da continuidade da vida, sobretudo diante de um quadro de esgotamento e sobrecarga do sistema global atual. Devemos promover aes para aumentar as interaes positivas do homem e favorecer as capacidades locais, assim se obter recursos de qualidade, respeitando-se a regenerao do meio e podendo-se usufruir destas riquezas por longa data, sem perdas maiores. Onde h manejo consciente e sustentabilidade, a vida pode continuar e aperfeioar-se cada vez mais. Cada passo e investimento nesse sentido, valorizando o meio ambiente, o bioma, as comunidades e a sustentabilidade geral, progressivamente retornar s comunidades participantes riquezas e melhores condies da vida, assegurando aos sujeitos toda espcie de benefcios, melhorando sua relao com consigo mesmos, com os outros e com o planeta. Desta maneira, se gastar menos com problemas de violncia, doenas provenientes do estresse ou de ambientes txicos, assim como os demais problemas previsveis. Surgir desta ao assertiva, um novo paradigma, regido por uma tica mais afinada e expressa nos padres de comportamento intra e inter-relacionais dos homens, que se mostrar tambm mais assertiva. Para isso, o bioma terrestre e os humanos devem ser vistos como um todo integrado, onde os limites no so mais as fronteiras polticas ou marcos naturais, ms sim a interao sbia e sistmica destes, respeitando os limites da utilizao sustentvel dos recursos e de relacionamentos mais coerentes com o todo. Avaliando a palavra sustentabilidade, sustentvel, verificamos que este termo deriva-se do latim, significando tambm defender, suster, suportar, proteger, favorecer, manter, conservar, cuidar. Mas para ser sustentvel, deve-se priorizar a renovao dos elementos necessrios vida ou atividade buscada. Ou seja, sem regenerao no pode haver sustentabilidade. Alguns rgos governamentais e no governamentais apontam que nosso planeta j passa da capacidade de se regenerar para continuar a ofertar recursos. Levando em considerao a informao sobre o crescimento da populao urbana em 2050, deveremos ter mais de dois planetas Terra para suprir a demanda de energia, gua, alimentao e outras necessidades bsicas, apenas para manter o padro de consumo atual de todos ns. Diante da velocidade da modernidade, dos meios de produo e consumo, pensar em regenerao no tem sido a prioridade para a maioria das entidades ou governos, por isso vislumbramos os sintomas da crise climtica, ecolgica, econmica e humana.www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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Este tambm um assunto de estudo para que possamos entender qual a relao o homem atual estabelece com as coisas, e como ou porque as consome de determinadas maneiras, podendo inferir neste curso para algo mais positivo. Novamente, estes so apontamentos da situao real, o que sugere o que devemos comear a mudar para no agravar as coisas doravante. Para dar conta desta mudana de comportamento atual, temos que projetar e tentar estabelecer as bases de um novo paradigma. Deixar a abordagem linear e consumista, a fim de praticar processos sistmicos para todos os processos de vida, produo e projeo de metas, garantindo a regenerao e sustentabilidade dos recursos, assim como a nossa digna sobrevivncia. Em uma pesquisa importante intitulada como A Pegada Humana6, se evidencia o tamanho do impacto que cada ser humano deixa no planeta no decorrer de uma vida. Estes dados estabelecem os permetros de nossa pegada e com isso, podemos tambm projetar no futuro os benefcios das aes sustentveis que viermos a tecer, podendo reverter com xito o alarmante quadro atual. Quem consome, deve se responsabilizar pelos recursos, bem como pelos descartes. Hoje, o cenrio des-responsabiliza, des-culpa e no informa corretamente a populao, sonegando muitas vezes os danos causados por grandes corporaes, as quais devem seguir suas produes velozmente a fim de manter seus lucros e permanecer com suas aes em alta. No h mais tempo para justificar os atos ilcitos e irresponsveis, hora de conhecer a realidade e agir para mud-la ou nosso futuro ser de incertezas e subtraes diversas a ns mesmos e aos nossos descendentes. A continuao de uma sociedade individualista e competitiva continuar nos retornando os resultados que j conhecemos e que sintomatizamos a cada dia. No devemos mais colaborar com estes padres predatrios de comportamento, pois isto fomenta a solido e infelicidade coletiva, permitindo a estratificao social e a violncia. Aqui, importante conhecer os sintomas, mas tratar das causas. No desejamos confabular crticas apenas ao modelo capitalista, uma vez que ele props um avano at anos atrs, porm ele dever ser melhorado, assim como os outros modelos antes dele. Quatro caractersticas econmicas fazem parte do modo de produo capitalista7 vigente. Elas so:

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The Human Footprint, A Pegada Humana Exibido pelo National Geographic Channel e tambm disponvel em documento no endereo da WEB: http://www.nationalgeographic.com/xpeditions/lessons/14/g68/HumanFootprint.pdf , acessado em 08/04/2011. GAIGER, L. A economia solidria diante do modo de produo capitalista. Disponvel em Acesso em 10 de mar. de 2002.www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221 7

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1. 2. 3. 4.

Produo de mercadorias com nico objetivo de comercializao; Separao dos trabalhadores dos meios de produo; Transformao do trabalho em mercadoria por meio do empregado assalariado; Existncia do lucro e da acumulao de capital por parte do empregador que detm os meios de produo.

Com tudo isso, o principal elemento do modelo capitalista ser desigual e combinado, onde parte dos trabalhadores bem sucedida, o restante perde suas qualificaes e muitos se tornam miserveis8. Isso se d devido a uma crescente valorizao da competio, que, ao contrrio do senso comum, no antagnica cooperao. Ambas coexistem e o que caracteriza o modo de produo em que a sociedade se baseia a predominncia de uma ou outra. Quando a competio sobressai em relao cooperao, a grande tendncia a excluso daqueles que fracassam ou no esto aptos, enfraquecendo o ambiente sistemicamente.9 Em contrapartida, quando a cooperao preside as relaes, cria-se um ambiente tolerante e igualitrio, tornando possveis processos de recuperao de economias abaladas10. Os projetos da Associao Aliana Luz prope estabelecer pequenas comunidades chamadas de Ecopolos, onde o meio de vida seja sustentvel, cooperativo e solidrio. Onde haja produo, inovao e divulgao de saberes necessrios para reverter o quadro atual. Haver espaos ideais para reservas naturais, gerao de emprego e renda, apoio mtuo, projetos de urbanizao conscientes e ecologicamente corretos, etc. partindo deste compromisso que alamos voo pelas diretrizes ticas e da cultura de paz, no violncia e sustentabilidade que buscamos, cuidando da natureza e das pessoas a fim de favorecer a regenerao desta ligao simbitica, sistmica e inseparvel do humano e do mundo que o rodeia, planejando nossas aes, metas de crescimento dos polos, produo e consumo, compartilhamento de excedente e vivncia humana integrada ao todo, o que favorecer o desenvolvimento das capacidades humanas, sade, cultura, educao, recursos e economia local. Construmos a cultura todos os dias. O amanh depende de aes fomentadas hoje, por isso estabelecer novos hbitos de vida, um novo paradigma mais integrativo e ecolgico, prever qual o futuro queremos e teremos.

SINGER, P. Desenvolvimento capitalista e desenvolvimento solidrio. Revista de Estudos Avanados, So Paulo, n. 51, 2004.

89

MYRDAL, G. Teoria econmica e regies subdesenvolvidas. Rio de Janeiro: Ed. Saga,1965. ARROYO, J. T; SCHUCH, F. (Org.). Solidariedade e sucesso: a experincia do Banco do Povo de Belm. Editado pela Prefeitura de Belm, Par, 2006.10

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As causas de tantos quantos desajustes devem ser estudadas. Aes e medidas urgentes devem ser postas em prtica. Urge a busca de solues improrrogveis. Desta forma, o presente projeto no apenas importante, mas tambm fundamental, eis que novas trilhas desenvolvimentistas e progressistas, mais viveis e sustentveis, devem se fazer presentes para tentar solucionar tais desequilbrios. neste cenrio que a Associao Aliana Luz prope seu trabalho e atuao. Uma vez que se conhecem ou reconhecem a maior parte dos problemas que nos colocam desequilbrios hoje, basta uma organizao mais eficaz dos recursos e saberes para reverter o quadro preocupante. esta nossa misso.

1.8

PRECEDENTES HISTRICOS

Como j discorremos anteriormente, a ideia de ecovilas ou ecoaldeias no nova. Supostamente, muitos de nossos avs, bisavs e antepassados mais longnquos j presenciaram esta realidade, a de serem sustentveis, de se alimentarem sem tantos txicos, de cuidarem das guas, florestas, recursos e etc. Porm, aps os avanos da era industrial e com a urbanizao de espaos verdes, dando lugar s cidades, este cenrio foi se alterando paulatinamente e de forma dramtica. Na definio de Ecovilas 11 temos: Um modelo de assentamento humano sustentvel So comunidades urbanas ou rurais de pessoas que tem a inteno de integrar uma vida social harmnica a um estilo de vida sustentvel. Para alcanar este objetivo, as ecovilas incluem em sua organizao muitas prticas como: Produo local e orgnica de alimentos; Utilizao de sistemas de energias renovveis; Utilizao de material de baixo impacto ambiental nas construes (bioconstruo ou Arquitetura sustentvel); Criao de esquemas de apoio social e familiar; Diversidade cultural e espiritual; Governana circular e empoderamento mtuo, incluindo experincia com novos processos de tomada de deciso e consenso; Economia solidria e de Recursos, cooperativismo e rede de trocas; Educao transdisciplinar e holstica;11

Texto acessado e modificado em 17/02/2011, proveniente do endereo eletrnico - http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecovila www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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Sistema de Sade integral e preventivo; Preservao e manejo de ecossistemas locais; Comunicao e ativismo global e local;

Ao longo de milhares de anos a humanidade viveu em comunidades sustentveis, em contato ntimo com a natureza, desenvolvendo uma gigantesca diversidade cultural, onde em geral imperava uma estrutura social de apoio mtuo e cooperao. O evento da sociedade patriarcal e guerreira bastante recente (16.000 anos)12, mas tem causado um grande impacto no planeta. Enquanto isso as sociedades tradicionais lutam por sobreviver. Neste contexto as ecovilas surgem como modelos alternativos ao padro insustentvel das sociedades modernas, incorporando os antigos conhecimentos com a moderna cincia e filosofia. De acordo com um nmero crescente de cientistas, teremos que aprender a viver de forma sustentvel se quisermos sobreviver como espcie. Os modelos de sustentabilidade desenvolvidos ao longo de mais de 40 anos pelas milhares de ecovilas ao redor do mundo, formam um grande banco de dados de solues aos atuais problemas da humanidade e fonte de riqussimas experincias que podem ajudar a reconectar as pessoas Terra, numa forma que permita o bem estar de todas as formas de vida e futuras geraes. Em 1998, as ecovilas foram nomeadas oficialmente na lista da ONU, como uma das 100 melhores prticas para o desenvolvimento sustentvel, como modelos excelentes de vida sustentvel. Elas surgem de acordo com as caractersticas de suas prprias biorregies e englobam tipicamente quatro dimenses: a social, a ecolgica, a cultural e a espiritual, todas combinadas numa abordagem que estimula o desenvolvimento local, municipal, comunitrio e pessoal. O conceito de ecovilas oferece hoje diversos modelos com mltiplas manifestaes locais. No ncleo de todo modelo, est a celebrao da diversidade cultural, espiritual e ecolgica, bem como o impulso para se recriar comunidades humanas em que as pessoas possam redescobrir as relaes saudveis e sustentveis consigo mesmas, a sociedade e a Terra.

12

MATURANA, H.; VERDEN-ZLLER, G. Amar e brincar: fundamentos esquecidos do humano. So Paulo: Editora Palas Athena, 2004 www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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Os modelos de ecovila tambm tm proposto solues viveis para erradicao da pobreza e da degradao do meio-ambiente, combinando-se a um contexto de apoio sociocultural com um estilo de vida de baixo custo e impacto e alta qualidade. O que sustentado numa ecovila, no o crescimento econmico ou o desenvolvimento, mas toda a rede de vida da qual depende nossa sobrevivncia futura de longo prazo. Uma ecovila programada de tal maneira que os negcios, as estruturas fsicas e tecnolgicas no interfiram com a habilidade inerente natureza de manter a vida. Um dos princpios fundamentais do modelo no tirar da Terra mais do que podemos devolver a ela. E assim fazendo, potencialmente, a comunidade pode continuar indefinidamente. Para isso, um dos conceitos utilizados nas ecovilas o da permacultura, que um sistema de design sustentvel. Nesta obra do design consciente, ofereceremos um centro de inovao e pesquisa de Permacultura, o qual expandir o modelo aos estudantes, universitrios, residentes e todos aqueles cujo tm uma busca pela real economia, consumo consciente e manejo dos excedentes e resduos. A implantao das ecovilas envolve um esforo das bases, de baixo para cima, mais do que a abordagem de cima para baixo. Cada ecovila dentro do seu prprio contexto cultural e ambiental busca e demonstra solues locais, usando tecnologias apropriadas, materiais locais, know-how local e antes de tudo oferecendo solues compatveis e acessveis a todos. O conceito de ecovila tem sido promovido e utilizado por grupos espalhados pelo planeta, muitas vezes com recursos limitados e mnimo apoio institucional ou governamental. Estes grupos demonstram exemplos viveis de vida autossustentada, modelos positivos traduzidos em realidade, para que outros grupos e indivduos possam aprender, e inspirar-se onde o sucesso j foi alcanado. Essa a misso do movimento das ecovilas: explorar novas fronteiras e praticar aplicaes concretas para a sustentabilidade. Nesta busca elas tecem uma filosofia de harmonia e paixo, sonho e viso, de terra e cosmo, de tecnologia e esprito, de educao e ativismo, de dana e canto, de ciclo e equilbrio, de morte e renovao. Ecovilas, em sntese, honram, restauram e celebram os quatro elementos e seus processos interconectados na Natureza e nas pessoas.1313

Para saber mais sobre as Ecovilas, procure no site da Rede de Ecovilas Global, ou Global Ecovillage Network GEN em http://gen.ecovillage.org/www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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Abaixo citamos alguns nomes de Vilas e Cidades Sustentveis, algumas com mais de 30 anos de sucesso e alternativas eficazes ao modelo atualmente saturado e muitas vezes nocivo das grandes cidades. Ecovila Arca Verde, Brasil; Ecovila Tib, Brasil; Ecovila Clareando, Brasil; Findhorn, Esccia; Torri Superiore, Itlia; Tamera, Portugal; Sieben Linden, Alemanha; Zegg, Alemanha; The Farm, Estados Unidos; Auroville, ndia; Huehuecoyotl, Mxico; Damanhur, Itlia.

1.9

OBJETIVOS GERAIS

Atravs de um projeto cientfico de design social, a ASSOCIAO ALIANA LUZ experimentar um novo paradigma socioeconmico, fundamentado em gesto Democrtica Direta ante Expertise e Economia Solidria de Recursos. Entre os objetivos principais est: A busca de um modelo socioeconmico inclusivo, vivel e sustentvel, capaz de gerar renda aos assentados, assegurando a continuidade e o progresso humano no Planeta Terra, reduzindo riscos de colapsos ambientais, econmicos e humanos irreparveis, fortalecendo os processos de deciso com instrumentos de democracia direta e participativa. O presente projeto tem carter universal, buscando a integrao de pessoas de diversas origens, compartilhando principalmente os significados, saberes e meios de produo, agregando voluntrios, estudantes, profissionais e outros participantes em projetos comunitrios de interesse e benefcios mtuos. Espera-se, desta maneira, promover a difuso do modelo socioeconmico proposto atravs de programas de capacitao de agentes multiplicadores, a fim da transferncia da tecnologia social, tcnica e eco-sustentvel, posteriormente alcanadas.www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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1.10

OBJETIVOS ESPECFICOS

A instalao de assentamentos residenciais e de produo, em disposio de Ecovilas ou Ecopolos projetados por meio de design social, so instrumentos inovadores, propostos no sentido de instrumentalizar a sociedade civil para que possa transformar suas relaes de produo e ampliar seus meios de subsistncia, qualidade de vida e expresso de potencialidades assecuratrias da dignidade, liberdade e independncia, visando teleologicamente, entre outros objetivos: a) Elaborar arranjos produtivos locais solidrios para gerao de emprego e renda sustentveis, estimulando o empreendedorismo solidrio e o associativismo; b) Coletivizar a responsabilidade pelo bem comum, convocando todos os setores da sociedade civil local para a participao efetiva nos processos de deciso, monitoramento e avaliao; c) Reduzir a insegurana alimentar e melhorar a sade das populaes, reduzindo a toxidade de alimentos, do ar e aquela oriunda dos processos produtivos dos bens de consumo; d) Ofertar micro crdito e orientar o consumo, fidelizando-o na regio; e) Construir e manter um Banco de sementes Naturais, visando preservao e difuso de sementes de qualidade da biodiversidade brasileira, manuteno da pureza do patrimnio gentico natural, pesquisar e promover a melhoria gentica natural de plantas, promover a agricultura sustentvel evitando a dependncia das sementes transgnicas ou modificadas geneticamente, ofertar suprimento de emergncia nas gestes de crises meio ambientais ante o risco e insegurana proposta pelas mudanas climticas globais; f) Potencializar a capacidade interventiva da comunidade na sua autogesto e independncia econmica, na preservao do seu meio ambiente, sade e nas liberdades individuais e cidadania; g) Instrumentalizar as populaes atravs de tecnologias sustentveis para gesto continuada de recursos, visando continuidade e expanso dos propsitos para formar mais regies sustentveis; a) Educar crianas e jovens para um futuro sustentvel em uma sociedade cooperativa e solidria; b) Integrar indivduos, grupos e comunidades em um paradigma socioeconmico sustentvel e transformador; c) Formar agentes transformadores sociais e multiplicadores de saberes; d) Reduzir o dficit habitacional e ampliar a segurana, economia e qualidade da vida das pessoas; e) Ampliar o acesso a cultura, educao, artes e lazer;www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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Melhorar a qualidade vida das populaes por meio da identificao de prticas nocivas, fomentando a educao e orientao para preservao da sade, por meio de aes preventivas e complementares, a reeducao alimentar, alm da proposio de novos hbitos de vida sistmicos e integrativos; g) Introduzir prticas produtivas e econmicas sustentveis; h) Pesquisar, desenvolver e difundir tecnologias sustentveis; i) Preservar biomas e ecossistemas; j) Desenvolver tecnologias sustentveis; k) Facilitar a replicao do modelo proposto, tornando nossas solues claras, rigorosas e transparentes; l) Instrumentalizar populaes para autossubsistncia; m) Formar conscincia crtica sobre o self, a cidadania e a sustentabilidade; n) Promover a cooperao e parcerias entre os municpios vizinhos, outras cidades, regies metropolitanas e outros nveis da administrao pblica.

f)

2.

OS ECOPOLOS (EP)

Trata-se de Assentamentos Residenciais e de produo, urbanizados e em harmonia sustentvel com o ecossistema natural em que se insere. Em alguns pases, estes espaos receberam o nome de espaos rurbanos, por serem tecnologicamente urbanizados e encontrar-se em meio rural. Nas trs modalidades de Ecopolos da Aliana Luz mostradas logo abaixo, a Associao atuar como entidade gestora, promovendo o desenho social da comunidade, coordenando as atividades de cultura e educao, sade complementar, meio ambiente, produo e comrcio na forma de arranjos produtivos, economia solidria, coordenao de mutires, regulamentao interna, gesto participativa nos EES atravs da afiliao voluntria ao programa EQUILIBRIUM e demais projetos e aes da Aliana Luz.

2.1

ECOPOLOS RURAIS ( EPR)

Os Ecopolos Rurais esto sendo projetados como unidades funcionais de integrao socioeconmica em meio natureza. Tais Polos visam a harmonia com o entorno e, em muitos casos, a instalao promover a regenerao da vegetao local atravs de programas de reflorestamento planejado, recuperando reas anteriormente exploradas e devastadas pela ao humana.

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Adotar-se- o formato urbanstico de ecovilas modulares ou clulas expansveis, que se inserem na categoria de Reserva de Desenvolvimento Sustentvel (RDS), podendo ser instalados prximos ou no s demais reas de Proteo Ambiental, entre outras14, eis que so incuos para o meio ambiente exceo em alguns casos; da superfcie de instalao. Os Ecopolos Rurais sero as bases principais de atuao da Associao Aliana Luz, sendo que estes espaos podem ser plenamente planejados e modelados a fim de serem otimizados ao propsito de impulsionar o desenvolvimento humano sustentvel.2.2 ECOPOLOS URBANOS ( EPU)

Os Ecopolos Urbanos estaro localizados dentro dos espaos mais urbanizados, tanto em cidades menores ou grandes centros urbanos. Podem ser estabelecidos em reas que forem adquiridas pelos interessados, ou foram desapropriadas, destinadas a construo de residncias populares pelos poderes pblicos, terrenos de propriedade particular, que podero ser doados, utilizados em regimes de comodato ou parceria, adquiridos por meio de financiamento coletivo, promessa de compra e venda futuros, permuta15 por bens ou acesses, e outros meios mutuamente benficos. Apesar de serem de execuo mais onerosa, recebero parte dos recursos dos Ecopolos Rurais, incluindo equipamentos, gneros alimentcios, suporte material e imaterial diversos, etc. Estes espaos urbanos so partes essenciais dos projetos da Aliana Luz, uma vez que sero pontos sustentveis referenciais dentro das cidades, os quais apresentaro um conjunto de solues sustentveis aplicveis de forma clara e imediata nas comunidades urbanas em que se inserem. A integrao com os demais Polos parte dos benefcios oferecidos na afiliao ao EQUILIBRIUM, servindo como bases para o estabelecimento de pontes com os demais Ecopolos, permitindo o trnsito de diversos servios, produtos, sujeitos e agentes comunitrios e demais grupos interessados. Vrios programas podero ser estabelecidos nestes polos, tais como intercmbios, venda de produtos naturais e orgnicos, demonstrao de tecnologias verdes, cursos e palestras referentes ao objeto da AAL, tais como: Sustentabilidade, Promoo da Sade, Economia Solidria, Cooperativismo, Permacultura, Cincia e Pesquisa, formao de gruposReserva Extrativista, Floresta Nacional, Estao Ecolgica, Reserva Biolgica, Parque Nacional, entre outras reas que por sua proximidade aos Plos, possam ser objeto de parcerias estratgicas para preservao vigilncia, conservao e pesquisas, sejam elas com entidades Pblicas ou Privadas.15

14

Proprietrio oferece o terreno e recebe em troca um imvel ali construdo pela outra parte.www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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de estudos e mobilizao social, cidadania, artes, cultura, oficinas e outros servios relevantes.2.3 MICRO ECOPOLOS (MEP)

Assim como os Ecopolos Urbanos, os Micro Ecopolos estaro localizados dentro de espaos urbanizados privados, como condomnios residenciais, imveis nicos de carter residencial, ou outros arranjos e conjuntos de solues socioeconmicas aplicveis e de amparo coletivo. Sero estabelecidos em terrenos de propriedade particular, que podero ser doados, utilizados em regime de comodato ou parceria, adquiridos ou obtidos por meio de permuta recebendo parte da infraestrutura presente nos Ecopolos Rurais. Estes pequenos espaos so tambm partes essenciais de nossos projetos, uma vez que sero pontos sustentveis referenciais dentro destes conglomerados coletivos, apresentando de forma clara e prxima os benefcios da vida sustentvel e cooperativa, permitindo aos residentes ou presentes que sejam ativos na proposta de uma vida melhor, solidria, responsvel e sustentvel. Os Micro Ecopolos serviro tambm como bases para o estabelecimento de pontes com os demais Ecopolos, permitindo o trnsito de diversos servios, produtos, sujeitos e grupos interessados, a fim de promover a adoo do paradigma socioeconmico proposto em mbito nacional ou ao menos a oferta da oportunidade de ingresso neste. Vrios programas podero ser estabelecidos nestes polos, tais como intercmbios, venda de produtos naturais e orgnicos, demonstrao de tecnologias verdes, cursos e palestras referentes ao objeto da AAL, tais como: Sustentabilidade, Promoo da Sade, Economia Solidria, Cooperativismo, Permacultura, Cincia e Pesquisa, formao de grupos de estudos e mobilizao social, cidadania, artes, cultura, oficinas e outros servios relevantes.

2.4

LABORATRIOS DE EXPERIMENTO SOCIAL

O Projeto EQUILIBRIUM essencialmente um experimento social, no qual se buscar introduzir um paradigma epistemolgico socioeconmico, entendido como uma proposta de design social pr-estruturado de uma comunidade de voluntrios, por intermdio do qual o objeto de estudo e a fonte de transformaes ser a prpria comunidade, atravs de processos dialticos e transdisciplinares, envolvendo elementos constituintes de ordem humana e material.

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Destarte, sero promovidos estudos e investigaes em diversas disciplinas, entre eles: Comportamento Humano, Axiologia, Economia, Sustentabilidade, Manejo de Recursos Naturais e outros objetos de estudo das cincias naturais e sociais. A operao econmica do Polo Experimental se dar por meio da aplicao dos princpios e conceitos da Economia Solidria e de Recursos em um ambiente projetado, no qual se espera aprimorar as tecnologias de desenho social e tcnicas de desenvolvimento sustentvel. Paralelamente, a AAL promover a instalao de diversos laboratrios e de projetos de pesquisas nos Polos, experimentao de tecnologias sustentveis e eventualmente de inovaes tecnolgicas. Tais instalaes so inerentes ao prprio projeto, eis que so necessrios para investigao, anlises e estudos para desenvolvimento da comunidade e registro metodolgico de dados prospectados ou investigados, suporte tecnolgico para as incubadoras de empreendimentos, prestando-se tambm ao apoio didtico e de pesquisas para discentes e docentes de institutos de ensino e pesquisa, que eventualmente podem tornar-se parceiros da iniciativa. Todos estes locais de produo de conhecimento, vivncias, cultura e demais subsequentes partes dos projetos, tambm ofertaro aos associados diferentes formas de relacionamento e significados de vida, os quais certamente expandiro os horizontes dos envolvidos, ofertando mais linhas de atuao no mundo-projeto e escolha de cada um, expandindo o quadro geral de ser e estar no mundo, possibilitando o despertar de novas capacidades humanas. Futuramente, a AAL tambm promover esforos para a instalao de um instituto de pesquisas e um centro universitrio com foco nestas questes.

2.5

ESTRUTURA, INSTALAES E DIMENSES

A instalao da infraestrutura habitacional e de produo far-se- nos estritos limites legais de aproveitamento do solo, preservando e recuperando as reas naturais e reservas legais, podendo servir de estao de pesquisas ambientais, de vigilncia e proteo s reas adjacentes. A instalao do assentamento dever dar-se de forma a possibilitar a completa inocuidade ambiental, o que inclui a coleta e tratamento integral de esgotos, a utilizao de calamentos e ruas permeveis ao fluxo pluvial, a emisso zero de toxinas prejudiciais www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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vida e outros atributos seguidos pela Comisso de Polticas de Desenvolvimento Sustentvel (CPDS) 16 e Agenda 21 Nacional, o que incluir entre outras as seguintes aes e programas: a) As reas degradadas, nas quais o assentamento ser instalado, sero recuperadas e as reas agricultveis sero exploradas, sempre que possvel, em sistemas verticais, estufas e produo orgnica mecanizada. Nos polos, todos os elementos sociais sero planejados de forma logstica, incluindo o transporte, comunicaes, uso de recursos, e economicidade para eficincia e eficcia; b) Toda a infraestrutura e todas as atividades econmicas, de sade, sociais, industriais, comerciais e demais operaes nas reas de propriedade da AAL ou sob responsabilidade da mesma, sero regulamentadas, visando adequao proposta e a responsabilizao coletiva das aes; c) Todos os processos produtivos e de gerao de renda sero organizados na forma de Economia Solidria, implicando que os ganhos e prejuzos so coletivizados, eliminando conflitos de interesse entre os integrados no programa; d) A propriedade de todos os imveis existentes ou a construir-se sero exclusiva da AAL, que conceder comodato indefinido para os assentados que voluntariamente cumprirem os regulamentos internos; e) A proviso de habitao, alimentos, sade e trabalho principalmente, sero de responsabilidade coletiva, envolvendo: a instituio proponente, os voluntrios integrados e residentes, e finalmente o Estado, na medida e na forma estabelecida pela legislao ptria e pelas disposies entre os contratantes; f) As atividades nos Polos sero reguladas e as responsabilidades sero compartilhadas. As dimenses sugeridas para os imveis podem variar, entretanto, sugerimos para incio das operaes uma rea rural a partir de 02 hectares, ou 20.000 metros quadrados, sendo idealmente entre 08 e 12 hectares, entendida como passvel de ampliao ou reestruturao. Os polos, com a populao total sugerida de at 500 famlias, devem ocupar uma rea mdia mnima de 12 alqueires, sendo a distribuio da ocupao aproximadamente segundo a seguinte projeo, considerando-se uma diviso hipottica de 50 % (cinquenta por cento) da rea em construda e 50% (cinquenta por cento) de rea no construda. (Ver tabela no item anexo 9.2.1)

16 Criao, mbito, cmara tcnica, recursos naturais, comisso, poltica, desenvolvimento sustentvel - DSN 03/02/04, acessado em 17/02/2011 no endereo eletrnico - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Dnn/Dnn10114.htm www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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No projeto Auroville, que se localiza na ndia, por exemplo, utilizam a mesma proporo da tabela exposta no item 9.2.1 do anexo deste projeto, cuja qual se estabelecer igualmente em nossos polos.

2.6

HABITAES E CONSTRUES ECOLGICAS

As residncias sero/devero ser construdas nas reas j impactadas ou degradadas, e em seu caso, utilizar de conceitos ecossustentveis com autossuficincia, eficincia energtica e mnimo impacto ambiental. As habitaes devem integrar-se natureza e sustentabilidade do bioma local, atributos j citados e seguidos pela Comisso de Polticas de Desenvolvimento Sustentvel e Agenda 21 Nacional (CPDS). Todas as residncias17 e alojamentos contaro quando possvel com a utilizao de materiais naturais sustentveis e outros reciclados de forma inteligente, alm de tecnologias e materiais de longa durabilidade, reduzindo bastante o impacto ambiental, bem como devero optar por sistemas de captao de gua de chuva e tratamento de esgoto. Possuiro o sistema de aquecimento solar de gua e gerao de parte de sua prpria eletricidade.

2.7

VILAS EXTERNAS CONJUGADAS (VEC)

Est em estudo um projeto que pode instalar pequenas vilas ao redor do espao delimitado do polo. Tais vilas tero lotes particulares e sero organizadas de maneira sustentvel e integrada aos polos, mesmo que no pertenam a este. Esta medida visa ofertar a incluso de subjetividades as quais no esto preparadas para abdicar da propriedade privada e estabelecer-se em espaos coletivos ou de propriedade da AAL. Neste sentido, vale lembrar que tais vilas respeitaro os mesmos cdigos de conduta e tica e todos os artigos do regimento e estatuto, com ressalvas ao patrimnio privado que faro uso, o espao e prticas sociais sero as mesmas. Estas vilas tambm servem de limite geogrfico para proteo dos polos, uma vez que toda regio ao entorno ser valorizada e poder criar a especulao imobiliria, colocando em risco os ideais da AAL dentro dos polos ou limitar seu reordenamento futuro.

A Arquiteta Tatiana Ary, desenvolveu um projeto voltado para construo sustentvel e apoio socioeconmico das famlias envolvidas no programa, este, objeto de possvel parceria com a AAL.www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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Seu desenho estrutural e urbanizao ser decidido e aprovado, seguindo uma linha harmnica e integrada ao polo da AAL. Tais vilas externas podero ofertar moradia para sujeitos vitimizados de diversas maneiras pelo sistema, os quais construram uma subjetividade frgil e temem, constantemente, a perda de bens e de segurana de vida. Nestas vilas e lotes, outras famlias podero desfrutar de construes inteligentes, as quais so inviabilizadas na regio urbana por diversas razes e, passar finais de semana, frequentar o polo, cursos, prticas e demais infraestrutura oferecida. Todos os residentes destas vilas devero ser associados e respeitar os cdigos da AAL. Sero, quando possvel, ofertadas facilidades para a compra destes lotes, bem como para a construo inteligente e sustentvel, a escolha do interessado e com apoio das tecnologias da AAL. Conforme o regimento, a venda destes lotes ou casas devem respeitar um teto mximo, bem como devem, os prximos compradores, aceitarem os termos da AAL e serem associados. Ainda, medidas de passagem podem acontecer nestes espaos, uma vez que possibilitaro pessoas de fora dos ideais propostos a estarem prximos de uma outra forma de viver e realidade, em processo de aprendizado, estgio e aguardo para habitarem os polos da Aliana no futuro.

2.8

CAPACIDADE

Polos tcnicos, industriais, produtores ou de atividades especficas devero fundamentar suas bases na lei do equilbrio, construindo uma equao favorvel entre todos os atributos vivenciados nos outros polos. Estabelecer-se-o limites de crescimento demogrfico dos diversos setores em cada polo. Como exemplo desta poltica, nos casos em que um polo seja mais especificamente voltado para experimentos de cultivo orgnico, dever respeitar as propostas de construo, sustentabilidade, equidade, moradia, lazer, cultura e demais objetos deste experimento social, mesmo que em menor escala. Pretende-se expandir a populao local de residentes para um mximo entre 400 a 500 famlias.

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Segundo pesquisas18 uma populao maior de residentes pode despertar um sentimento de no pertena, impessoalidade, falta de proximidade social e dissociao do ambiente familiar, o que remete novamente a uma percepo das grandes cidades. Alm disso, um nmero muito acima de 500 pessoas pode sugerir a necessidade de subdivises territoriais e sociais mais amplas. No podemos negligenciar a necessidade de estabelecer um relacionamento pessoal entre os habitantes dos Ecopolo. Segundo Bill Mollison and Christopher Alexander, sugerido um esquema que pode demonstrar a quantidade de pessoas e as respectivas necessidades que podem ser supridas. De 30 a 40 pessoas - Nmero mnimo de pessoas para cobrir a maioria das funes humanas; De 200 a 300 pessoas - Nmero mnimo para a variabilidade gentica humana; De 600 a 1.000 pessoas Nmero mximo para o relacionamento pessoal e a representatividade de todos; De 1.000 a 5.000 - Nmero mximo para uma federao de ecovilas; De 7.000 a 40.000 pessoas Nmero indicado para Cidades, sendo funcional somente se organizado em vilas ou cooperativas confederadas; At 50.000 pessoas - Nmero mximo para uma cidade organizada. medida que a demanda for maior que a capacidade do polo, ser realizado um estudo para a expanso de novos agrupamentos e polos nas proximidades, porm com alguma distncia entre si, a fim de preservar reas nativas de vegetao e as conexes geobiologias naturais entre os biomas.

2.9

FORMA JURDICA

Empregar-se- uma Associao Privada sem fins lucrativos, estabelecida na forma da lei (AAL), que promover a gesto cientfica das Comunidades de Voluntrios (ECPs), integrando econmica e logisticamente os Empreendimentos Econmicos Solidrios, Cooperativas e Bancos Comunitrios, entre outras instituies privadas legalmente previstas, fazendo a gesto dos fundos privados, orientar as aes econmicas dentro do paradigma socioeconmico proposto e dos Arranjos Produtivos Locais, objetivando principalmente a sustentabilidade das atividades nos polos, o bem estar de seus habitantes e o desenvolvimento da Economia de Recursos.

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MOLLISON, BILL. Introduo Permacultura. National Libray of Austrlia. 1991www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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2.10

SERVIOS

Os Polos oferecero a prestao de servios diversos para a populao em geral, incluindo residentes e no residentes tais como: cursos, atelis, workshops, terapias, encontros de grupos, turismo ecolgico, vivencial e temtico, alimentao especial, compra, venda e troca, ateno sade, exibio de filmes e documentrios, apoio tecnolgico, capacitao e qualificao profissional, microcrdito e moeda solidria, orientao jurdica, cooperativismo, incubao de empreendimentos, assessoria jurdica, consultorias tcnicas, etc.

2.11

AUTONOMIA

A busca da autossustentabilidade do Polo uma diretriz assecuratria da economicidade de recursos, reduo de poluio, sustentabilidade e prtica ecologicamente correta.

3.

RECURSOS GERAIS

Os recursos para a realizao do projeto originam-se na fora produtiva e organizada dos EES e APLS e redes solidrias, garantido pela fora do trabalho desenvolvido pelos associados, voluntrios, residentes e outros. Contaremos tambm com aportes de recursos originados de parceiros da iniciativa pblica e privada, atravs da captao de recursos amparada na Lei n 9.249/95, que servir de suporte para as atividades prprias da OSCIP. Junto a estas iniciativas, outras como atividades associativistas, assessorias diversas, doaes das empresas solidrias e cooperativas parceiras, incubao de novos negcios, aluguis, concesses, parcerias comerciais, licenas institucionais, taxas de emprstimos e outros recursos materiais e imateriais provenientes de termos de parceria, patentes, publicaes, prestaes de servio e doaes diversas.

3.1

RECURSOS NECESSRIOS

Uma das principais caractersticas do Projeto Terra Solidaria sua continuidade no tempo, portanto, trata-se de um projeto permanente e em constante operao e desenvolvimento, visando ampliao dos Polos, at o limite de crescimento estabelecido, e seguidamente, outro Polo ser criado.www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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Os Polos ofertam uma opo vivel para a populao local, bem como para a mudana de outras pessoas das reas urbanas superpopulosas para espaos mais harmnicos e integrados, possibilitando reeducao cidad, assuno de responsabilidades e planejamento familiar, o que trar impactos positivos sobre o desenvolvimento sustentvel geral. Destarte, no possvel estabelecer um oramento preciso ou estabelecer os recursos necessrios a mdio ou longo prazo, eis que o potencial de gerao de recursos cresce na medida em que se estabelecem redes sociais de afiliados, parcerias, captaes, voluntariado, empreendimentos econmicos e etc. Assim, apesar de podemos indicar os elementos essenciais para as primeiras instalaes e a previso oramentria de instalao atravs de valores de mercado atuais e projees estatsticas, disponveis mais adiante, preciso salientar que cada iniciativa tem peculiaridades prprias e sero objeto de estudos preliminares para determinar-se os custos de implantao em cada caso. A instalao dos Ecopolos depende primariamente da disponibilidade da rea produtiva, podendo estabelecer o incio de atividades em pequenos terrenos urbanos (Micropolos), at grandes reas rurais. Entretanto, em vista das caractersticas do projeto, dar-se- preferncia para incio das atividades de implantao nas reas situadas em zonas rurais com acesso vivel, a fim de permitir o trfico de coletivos entre o polo e o municpio. Esta necessidade se baseia na possibilidade de permitir a conjugao das atividades produtivas ou de gerao de renda e a disponibilidade de alojamentos ou residncias para os voluntrios. Entendemos que a disponibilidade da rea mencionada fundamental para o incio da parte principal projeto, sendo o elemento de maior valor financeiro e que implica em maiores dificuldades para obteno, por outro lado tambm o elemento motivador social do cooperativismo. A rea rural ou urbana o primeiro elemento material do projeto, a fim de promover as demais aes de captao de recursos, eis que os prprios associados e suas redes sociais sero capazes de iniciar as primeiras construes sustentveis e os primeiros EES, que sero as bases para gerao de recursos prprios para ampliao da infraestrutura e a aquisio de novas reas quando forem necessrias. A aquisio destas reas poder dar-se nas formas previstas precedentemente, e decorrentes das iniciativas econmicas e cooperativadas dos afiliados.www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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3.2

RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Os polos sero o resultado direto de aes conjuntas entre os agentes sociais e institucionais envolvidos na iniciativa. Residentes, parceiros, voluntrios e colaboradores e a prpria AAL compem esta fora realizadora, que j vem operando em aes prvias necessrias para implantao das comunidades sugeridas. Mutires, voluntariado e outras participaes sociais solidrias, tambm acontecem por toda a estrutura da Associao. Estamos trabalhando para profissionalizar nossas equipes de implantao e gesto, o que resultar num incremento significativo do potencial de realizao e desenvolvimento e, medida que mais pessoas e profissionais se aproximarem das iniciativas, a troca de saberes, os programas de educao e solidariedade se encarregaro do resto. certo dizer que dispomos de grande potencial de realizao, eis que os prprios Associados da AAL colaboram voluntariamente com um nmero especfico de horas para os projetos desenvolvidos pela Associao, sendo esta uma prerrogativa da associao. Neste sentido, sero sempre promovidas e priorizadas aes coletivas para implantao de projetos de infraestrutura e apoio imaterial ao Polo. Tambm sero realizadas aes sociais como ateno a sade, orientao profissional, cursos, ateliers, workshops, e aes associativas de gerao de trabalho e renda. Os recursos materiais por outro lado, so diretamente proporcionais ao tempo de dedicao s tarefas e ao nmero de aes desenvolvidas neste sentido.

3.3

PREVISO DE ORAMENTOS E ETAPAS

A AAL promover o planejamento e gesto de recursos para instalao sustentvel do assentamento, estabelecendo um plano de ocupao compatvel com os recursos materiais e humanos disponveis em cada momento. Evidentemente, sero apresentados projetos especficos, nos quais possvel fazer uma previso oramentria realista para apresentao aos parceiros. Entretanto, so sugeridas quatro fases de estruturao prvias para sucesso do projeto: 1 Etapa: Estudo, pr-projetos de Anlise e Prospeco, Identificao das necessidades e dificuldades especficas:www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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a) Estudos Geobiolgicos da rea: Identificar estruturas geolgicas e topografia do terreno, identificar potencial hdrico, reas degradadas, espcies autctones, projeto arquitetnico e de gesto ambiental, agrimenso, etc.; b) Fotos de Satlite, se necessrio; c) Combustvel para Deslocamentos; d) Medidas assecuratrias do ambiente e das instalaes, cercas, valetas, curvas de nvel, etc.; e) Licenas e Taxas; f) Assessorias e Consultorias. 2 Etapa: Construo de Sede Funcional, que no caso dos Ecopolos Rurais, corresponde construo do Centro de Inovao e Pesquisa em Permacultura (CIPP - Figura. 8) a) b) c) d) e) f) g) h) i) Galpo coberto Banheiros coletivos Fossa blindada / bacia de evapotranspirao ou sistema equivalente. Escritrio de Administrao/Portaria e Recepo do Polo Depsito geral Alojamentos Poo de gua / cisterna Aquecedores Solares Espao para aula / cursos

3 Etapa: Construo de Infraestrutura Comunitria Bsica e Projeto arquitetnico do Polo a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) l) Uma Cozinha Comunitria Uma Lavanderia Comunitria Um Restaurante Comunitrio Sistema de captao de guas e tratamento Quartos / Sutes para alojamento de voluntrios e visitantes Rede de distribuio em valas tcnicas Bacia de evapotranspirao ou sistema equivalente Aquecedor solar para os alojamentos Gerador solar de vapor para cozinha Gerador solar/elico/HHO de eletricidade Sistema de reciclagem de gua Salas de uso pessoal e coletivo, espaos contemplativos e para interiorizao

4 Etapa: Transferncia dos EES para o Polo

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a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) l) m)

Construo de galpes multifuncionais (Figura. 9) Construo de edifcios administrativos e funcionais da fase 3 Mini estao de tratamento de resduos Centro de triagem e reciclagem de materiais (SOMAR) Bibliotecas Sala de Informtica Auditrio e Arena Quadras esportivas Escolas e Creches Mini estaes de gerao de energia Laboratrios Estao de tratamento de resduos Reservatrio ou bacia de reteno de guas pluviais

Na verdade, esperara-se a transferncia dos EES para os Ecopolos sempre que a estrutura de produo seja factvel independentemente das fases de implantao.

3.4

CAPTAO DE RECURSOS - LEI 9.249/95

Associao Aliana Luz obteve o ttulo de OSCIP. O Estado promove por meio de lei especial, o incentivo para doadores, atravs da renncia sobre o Imposto de Renda devido das empresas. Este um dos meios legais mais viveis para obteno de recursos financeiros para projetos diversos.

3.5

PATROCINVEIS E MARKETING ASSOCIADO S CAUSAS

As aes de divulgao de projetos da AAL, a projeo alcanada pela Associao no reconhecimento e respeitabilidade pblica, as iniciativas sustentveis, de pesquisa, de incluso e desenvolvimento que se promoverem, entre outras causas sociais, so aes que estimulam a parceria pessoal e empresarial, abrindo linhas de recursos e crescimento.4. SUBPROJETOS E AES PROGRAMTICAS

A AAL, como Entidade de Apoio, Assessoria e Fomento (EAF)19, estabelecer prioritariamente a implementao de Empreendimentos Econmicos Solidrios (EES)20, envolvendo ncleos de incubao de negcios solidrios, que amparados por aes19 20

Sigla usada pelo SIES da Secretaria Nacional de Economia Solidria. Empreendimentos Econmicos Solidrios www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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programticas conjuntas, envolver organizaes da sociedade civil, iniciativa privada, entes pblicos e a prpria comunidade. As aes de apoio e fomento envolvem, entre outros: Organizao Social para o Empreendedorismo Solidrio Capacitao, formao e qualificao; Assessoria e acompanhamento; Incubao e fomento de empreendimentos diversos; Assistncia tcnica e gesto organizacional; Pesquisa e transferncia de tecnologias sustentveis; Desenvolvimento e disseminao de conhecimentos e tecnologias sociais; Implantao e gesto de EES. Formao de Arranjos Produtivos Locais Solidrios

Os voluntrios e interessados sero reunidos e organizados em Arranjos Produtivos Locais Solidrios (APLS) direcionados gerao de renda e trabalho, de forma que os sujeitos laborais possam integrar-se num conjunto transdisciplinar e sistmico de operaes, envolvendo gesto de recursos, produo e comercializao de produtos e servios, programas habitacionais, de sade, educao e cultura associativista. As iniciativas organizar-se-o juridicamente, principalmente no estabelecimento e incubao de cooperativas, empresas solidrias e parcerias de negcios. Finalmente, os trabalhadores e suas famlias sero integrados em um Espao de Convivncia Planejada (ECP), especialmente configurado para harmonizar, aperfeioar e organizar de forma inclusiva os mltiplos aspectos das atividades humanas como: habitao, trabalho, segurana alimentar, educao, lazer e outros quesitos bsicos de uma vida digna e potencialmente realizadora. A comunidade tecnicamente organizada pode beneficiar-se de muitas formas, entre elas: a) b) c) d) e) f) g) Mtuo amparo; Pleno emprego; Segurana alimentar; Ampliao da Cultura e da Cidadania; Reduo da violncia domstica e urbana; Troca permanente de informaes e saberes; Resgate de prticas e conhecimentos populares;www.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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h) Preservao do patrimnio pblico material e imaterial; i) Facilidade e expanso socioeconmica, educacional e cultural; j) Compartilhamento de infraestrutura de forma eficaz e eficiente; k) Economicidade dos recursos, poupando em transporte, vias, comunicaes, energia e etc.; A gerao de renda e trabalho de forma associativa pode contribuir para a reduo das desigualdades sociais, harmonizando a convivncia e os interesses coletivos, reduzindo o estresse, evidenciando maior qualidade de produo, conscientizando o consumo e o pleno emprego dos recursos, proporcionando assim o progresso real e sustentvel, garantindo a dignidade da pessoa humana. Entre os principais pontos do programa, os quais integraro o modelo comunitrio sustentvel, assecuratrio do progresso social e cientfico, incluem-se; a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) l) O Empreendedorismo Solidrio; A reciclagem de materiais diversos; O manejo e tratamento racional da gua; A difuso cultural e a incluso educacional; A produo e o uso de energias renovveis; Explorao sustentvel de recursos naturais; A prtica de agricultura orgnica (biodinmica); A construo de habitaes ecologicamente corretas; A produo e industrializao sem emisso de toxinas; Aes de preservao ambiental e de espcies naturais; Completo ciclo de tratamento de resduos dentro dos Polos; O Compartilhamento de recursos produtivos e de infraestrutura social e etc.

4.1

EXPERIMENTO SOCIOECONMICO

Trata-se do escopo do prprio projeto EQUILIBRIUM, que visa experimentao social propriamente dita do paradigma socioeconmico proposto. Neste sentido, um grupo gestor (Comisso de Integrao Social - CEIS), sob a coordenao da Diretoria Social, promover estudos e propostas facilitadoras relacionadas aos aspectos psicolgicos e interpessoais dos residentes, voltadas para a integrao comunitria dos indivduos por meio de instrumentos disciplinares correlatos. Destarte, atravs destes instrumentos se promover os estudos e adequaes necessrios, a fim de buscar melhoras constantes de mbito social e a aplicao de aeswww.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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de consenso para a valorizao do interesse do bem comunitrio e manejo pacfico de conflitos.

4.1.1

CENTRO DE ESTUDOS E INTEGRAO SOCIAL (CEIS)

Trata-se de um departamento de pesquisa, desenvolvimento e aplicao de modelos de gesto e integrao social, focado na ateno aos aspectos sociais e individuais imateriais, promovendo o auxilio individual, a harmonizao dos interesses e a paz social na senda do progresso individual e coletivo para a realizao de potencialidades positivas ou construtivas humanas. Ser o departamento responsvel pela recepo de novos ingressantes no ambiente dos polos AAL, onde sero discutidas as faltas e desacatos ao Regimento Interno, Estatuto e Carta de Conduta e tica da AAL, bem como suas medidas solucionadoras. Para isso ofertar uma equipe multi e transdisciplinar e diversas maneiras de estabelecer acordos amigveis entre as partes envolvidas. Este departamento tambm realizar a integrao de pessoal junto s medidas de segurana, juntamente com a equipe socorrista local e departamento da Comisso Interna de Preveno de Acidentes (CIPA) vinculado ao CMPC. Dever ser composto por psiclogos, socilogos, antroplogos, assistentes sociais, mestres das cincias complementares e atividades reconhecidamente benficas sade psquica e corporal da humanidade, alm de outros orientadores com habilidades humanas, para ateno e cuidados com as pessoas. Tambm faro parte outros profissionais das reas afins, na medida em que forem encontradas outras demandas humanas ou forem se apresentando mais residentes, voluntrios e parceiros profissionais comprometidos.

4.1.2

CENTRO MULTIMDIA DE DOCUMENTAO, PRODUO E DIFUSO (CMDPF)

Como parte do projeto, estabeleceremos um laboratrio audiovisual para utilizao dos proponentes dos diversos projetos, a fim de oferecer instrumentos multimdias de registro e difuso comumente utilizados nos processos de implantao e desenvolvimento dos projetos em geral. A instalao do laboratrio e instrumentao audiovisual, incluindo cmeras, editores no lineares, projetores, salas de projeo e estdios diversos, visam tambm owww.aliancaluz.org Rua Gustavo Borges jr, 15 planalto SBC-SP CNPJ: 12.917.483/0001-72 Tel.: 0055 11 26772221

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estabelecimento de um ncleo de produo audiovisual prprio, ofertando capacitao profissional e formao de mo de obra para conduo das atividades de suporte, apoio aos demais projetos e a produo multimdia local incluindo documentao, difuso e educao. Tais facilidades so fundamentais para estimular as manifestaes culturais, artsticas e educativas, a multiplicao de saberes, sendo este o instrumento idneo para formao de registros audiovisuais histricos que preservam e reafirmam a identidade cultural das populaes envolvidas.

4.1.3

CENTRO DE PESQUISA E PROMOO DA SADE (CPPS)

O centro de pesquisa e promoo da sade prope a construo de uma sociedade saudvel, aquela em que todos os cidados tm igual acesso aos recursos que constituem a qualidade de vida, a saber: educao, habitao e meio ambiente adequado, emprego e renda, informao, lazer e cultura, saneamento, alimentao, segurana, participao social e servios de sade. Este processo se d a partir de uma dinmica participat