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COLÉGIO DE APLICAÇÃO DOM HÉLDER CÂMARA
UNIDADES: SÃO GONÇALO E NITERÓI
PROJETO INSTITUCIONAL 2013:
ÁGUA, FONTE LIMPA: REEDUCANDO PARA O MILAGRE DA VIDA
Segundo os parâmetros da UNESCO a cooperação pela água
tem múltiplas dimensões, incluindo os aspectos culturais,
educacionais, científicos, religiosos, éticos, sociais, políticos,
jurídicos, institucionais e econômicos. Uma abordagem
multidisciplinar é essencial para entender as várias facetas
implícitas no conceito e para misturar essas peças em uma
visão holística. Além disso, para ser bem sucedida e
duradoura, a cooperação pela água precisa de um
entendimento comum do que sejam as necessidades e os desafios em torno da água. Construir
um consenso sobre as respostas adequadas a estas questões será o foco principal do Ano
Internacional e do Dia Mundial da Água em 2013.
Ao declarar que 2013 é o Ano Internacional da Cooperação pela Água, a comunidade
internacional reconhece a importância do gerenciamento pacífico do uso de recursos hídricos,
trabalhando conjuntamente em busca de um objetivo comum, de maneira mutuamente benéfica.
A UNESCO declarou o ano de 2013 como “Ano Internacional das Nações Unidas para a
Cooperação pela Água”. Nos objetivos de promover eventos e discussões, durante esses 12
meses, que ajudem a buscar soluções para combater, entre outros problemas graves tais como
a ausência de acesso à água potável para 11% da população mundial.
Ainda, a falta de redes de esgoto para mais de 15% das pessoas que vivem no planeta e a
morte de cerca de quatro mil crianças, por dia, por conta de doenças com diarréicas causadas
pela falta de acesso à água de qualidade.
“O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma
atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de
responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro.”
Leonardo Boff
Acordos de Cooperação
Cooperação em águas internacionais
De acordo com a FAO (The Food and Agriculture Organization of the United Nations, ou seja, a
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTURA), esta
Organização nasceu da esperança expressa na Carta do Atlântico de ver estabelecida uma paz
capaz de proporcionar a todos os habitantes da Terra a certeza de poderem viver livres da fome.
A FAO foi criada em 16 de outubro de 1945, quando os estatutos que a regem foram assinados
em Quebec, no Canadá. Seus propósitos são: melhorar os padrões de alimentação e as
condições de vida; assegurar maior eficiência na produção e distribuição de alimentos e dos
produtos agropecuários, florestais e de pesca; e melhorar as condições de vida das populações
rurais e, dessa forma, contribuir para a expansão da economia mundial. A FAO promove o
desenvolvimento dos recursos básicos da terra e da água, a melhoria da produção e a proteção
da agropecuária, a transferência de tecnologia para a agricultura, a pesca e a piscicultura nos
países em desenvolvimento, além de incentivar a pesquisa agrícola nesses países. Entre muitas
outras atividades, a FAO promove a preservação dos recursos genéticos das plantas e a
utilização racional de fertilizantes, o combate às epidemias dos animais, promove o
desenvolvimento e o aproveitamento dos recursos marinhos, fluviais e lacustres e presta
assistência técnica em matéria de nutrição, administração e processamento de alimentos e
também no controle da erosão. A FAO fomenta ainda a cooperação entre países ricos e em
desenvolvimento, com a finalidade de estabelecer mercados estáveis de produtos básicos e
facilitar a exportação por parte dos países em desenvolvimento. A sede da FAO fica em Roma,
ltália. Desde o ano 805 d.C., foram assinados mais de 3.600 Tratados relativos a recursos
hídricos internacionais, havendo inclusivamente quem defenda que o primeiro data do ano de
2.500 a.C. e foi firmado entre duas cidades- Estado da Suméria para resolver uma disputa
relativa ao rio Tigre.
A importância das questões associadas à partilha transnacional de rios e de outros cursos de
água adquire particular magnitude devido ao fato de, a nível mundial, haver 263 lagos e bacias
hidrográficas transfronteiriços que cobrem aproximadamente metade da superfície terrestre.
Cerca de 150 países incluem no seu território bacias internacionais, dos quais 21 países
dependem exclusivamente para a sua sobrevivência.
Figura 1: Países cujos recursos hídricos dependem do afluxo de águas transfronteiriças
Embora a maior parte das bacias seja partilhada por 2 países (como é o caso de
Portugal/Espanha para os casos dos rios Minho/Lima, Douro, Tejo e Guadiana), no caso do
Danúbio, esta é o por 18 países.
Desde 1977, quando foi a realização da Conferência das Nações Unidas na Argentina até à
Cimeira do Rio em 1992, foi dada uma ênfase crescente à água, enquanto recurso fundamental
para o desenvolvimento socioeconômico e para a manutenção dos ecossistemas, fato a que não
foi alheio o aumento significativo, quer da população mundial, quer do consumo, com a
consequente diminuição da disponibilidade de água per capita (nos países desenvolvidos, em
1995, a disponibilidade de água per capita diminuiu 40% face aos valores de 1950).
Dados disponibilizados pelas Nações Unidas indicam que, presentemente, cerca de 20% da
população mundial não tem acesso à água potável, 40% não é servida por sistemas de
saneamento básico, cifrando-se em 2 milhões, o número de pessoas, distribuídas por mais de
40 países, que já se deparam com problemas de escassez de água. De acordo com a visão
prospectiva apresentada no Relatório de Desenvolvimento das Nações Unidas (ONU), em 2050,
a probabilidade de um cidadão viver num país afetado por escassez crônica ou recorrente de
água doce será de 25%.
Neste enquadramento, a diminuição da quantidade e qualidade da água, intensifica uma
competição pela sua posse pelos diferentes utilizadores, situação que se torna ainda mais
complexa quando esta tem que ser partilhada entre países. No entanto, a experiência
acumulada ao longo dos últimos 50 anos, durante os quais foram assinados cerca de 150
Tratados (veja gráfico 1), demonstra que a partilha da água gera majoritariamente cooperações
de sucesso, sendo disso exemplos de situações críticas em que mesmo em situações de guerra,
as condições do Tratado foram cumpridas, como o que envolveu o Camboja, Laos, Vietnam e
Tailândia pela gestão do rio Mekong, ou Israel e Jordânia pela posse do rio Jordão.
Gráfico 1: Distribuição percentual das principais temáticas abordadas em 145 Acordos sobre
águas internacionais:
Fonte: http://www.un.org/waterforlifedecade/transboundary_waters.html
A UNESCO quer, com isso, que organizações contribuam com a campanha para o Ano das
Nações Unidas da Cooperação pela Água 2013.
O CApCHC terá um imenso prazer em trabalhar com esse projeto, fornecendo respostas
concretas em escala global que sejam sintonizadas a particularidades do nosso local e na terra
que habitamos.
O nosso desafio será conscientizar os alunos sobre a distribuição justa e igualitária em todas as
regiões do mundo, oferecendo uma oportunidade para a troca de opiniões, experiências e
práticas entre comunidades científicas, empresarial, política e cívica. Através de análises sobre a
água e os desafios relacionados ao seu impacto na saúde, no clima e na economia.
A UNESCO contribui com a Semana Mundial da Água 2012 com a apresentação de publicações
e a organização de eventos.
A ONG WWF-Brasil afirma que o país, que tem cerca de 14% de toda água doce disponível, é
peça chave no “quebra-cabeça da conservação do planeta”.
Para a relatora independente especial da ONU para Água e Saneamento, Catarina Albuquerque,
“não é suficiente investir no acesso à água para beneficiar as classes médias e altas”.
“Temos que olhar para a redução das desigualdades. Para a agenda pós-2015 não é
suficiente conseguirmos ou investirmos em soluções que estão a beneficiar a classes
médias e as classes altas. Temos que ter um enfoque nas pessoas mais marginalizadas,
mais excluídas e mais pobres que vivem em favelas e em bairros de lata e nos grandes
centros urbanos tanto da América Latina como de África e também as pessoas que vivem
em zonas rurais.”
Albuquerque lembrou que o objetivo de aumentar o acesso à água, até 2015, já foi atingido
“fundamentalmente graças a investimentos e avanços na China e na Índia”.
Entretanto, a relatora frisou que, para África e para a América Latina, é essencial refletir no fato
de este desenvolvimento ter menor abrangência nas zonas rurais e assentamentos informais.
O trabalho da água na nossa escola terá o foco tem conscientizado e formado cidadãos, a partir
da escola, para o uso e a conservação dos recursos hídricos. Trabalha o conteúdo de forma a
introduzir conceitos, mudar procedimentos e comportamentos. Professores e alunos educam
suas famílias e a sociedade para o uso e a conservação dos recursos hídricos em tempo real.
Propiciam ações de educação ambiental da sociedade e para o controle social das políticas
públicas, em relação ao uso da água potável e do saneamento básico.
JUSTIFICATIVA:
O PROJETO INSTITUCIONAL do CApDHC, ANO INTERNACIONAL DE COOPERAÇÃO PELA
ÁGUA, irá propor apresentar para os alunos, docentes, familiares e funcionários, uma visão
ampla que envolve inúmeros problemas que o mundo atual vem enfrentando com relação à falta
de água. O projeto deverá ser desenvolvido visando proporcionar aos alunos uma grande
diversidade de experiências, com participação ativa, para que possam ampliar a consciência
sobre as questões relativas à água no meio ambiente, e assumir de forma independente e
autônoma atitudes e valores voltados à sua proteção e conservação.
OBJETIVO GERAL:
Proporcionar os docentes e discentes o trabalho de conscientização da população em relação à
cultura de preservação da água, mostrando suas múltiplas formas de uso, os ciclos da mesma,
sua importância para a vida e para a história dos povos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Ajudar aos alunos a descobrirem os sintomas e as causas reais dos problemas que o
Brasil vem enfrentando com a poluição e a falta de água;
Perceber as interferências negativas e positivas que o homem pode fazer na natureza,
a partir de sua realidade social;
Reconhecer que a qualidade de vida está ligada às condições de higiene e
saneamento básico, à qualidade do ar e do espaço;
Adotar, por meio de atitudes cotidianas, medidas de valorização da água, a partir de
uma postura crítica;
Levar os alunos a entenderem que o equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem
da preservação da água e de seus ciclos;
Conscientizar que a água não deve ser desperdiçada, nem poluída, etc.
Reconhecer problemas relacionados ao abastecimento doméstico e às atividades
agrícolas que envolvam a escassez de água nos cinco continentes;
Destacar algumas bacias hidrográficas de importância histórico-geográfica e sua
utilização pelas populações;
O professor deverá elaborar os conteúdos específicos de acordo com seus interesses e de seus
alunos, como conceituais, procedimentais e atitudinais.
ABORDAGEM TEÓRICA:
Á água é um bem que o ser humano necessita para sobreviver. A maior parte da água
disponível no planeta Terra, 97, 50%, está nos oceanos, ou seja, é imprópria para o consumo
humano. Do restante, 2, 493% estão nas regiões polares, o que dificulta o aproveitamento e,
apenas 0, 007% da água disponível é apropriada para o consumo humano.
Nas últimas décadas, com o aumento das populações urbanas e com o consumo cada vez
maior desse bem, o uso da água começou a se tornar uma questão importante, visando o seu
melhor aproveitamento e promovendo campanhas em todo o mundo que conscientizem as
pessoas sobre como fazer uso racional desse bem.
Nesse contexto, na década de 80 começaram as primeiras ações em prol do uso racional
desse recurso natural. Em 1986 foi realizado o Simpósio Internacional sobre Economia de Água
de Abastecimento Público e, partir dessa data, começaram algumas iniciativas e parcerias entre
empresas fabricantes de produtos que usam água e algumas instituições de pesquisa.
Em 1997, com o constante agravamento da situação do desperdício de água, foi criado o
PNCDA (Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água). Em abril do mesmo ano,
através de uma articulação entre o Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal e com o Ministério das Minas e Energia, o Ministério do Planejamento e
Orçamento, por meio do Departamento de Saneamento da SEPURB, foi finalmente instituído o
Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água e o Programa Brasileiro de Qualidade
e Produtividade da Construção Habitacional.
Segundo Leonardo Boff, hoje na crise do projeto humano, sentimos a falta clamorosa de
cuidado em toda parte. Suas ressonâncias negativas se mostram pela má qualidade de vida,
pela penalização da maioria empobrecida da humanidade, pela degradação ecológica e pela
exploração exacerbada da violência. Que o cuidado aflore em todos os âmbitos, que penetre na
atmosfera humana e que prevaleça em todas as relações! O cuidado salvará a vida, fará
justiça ao empobrecido e resgatará a Terra como pátria e mátria de todos. (BOFF, 1999, p.
191).
Leonardo Boff é teólogo e filósofo. Ajudou no processo de formulação da Teologia da
Libertação. Foi professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Em 2002,
ganhou em Estocolmo o prêmio Nobel alternativo para a paz.
Uma das preocupações de Boff (1999) é a crise que afeta a humanidade pela falta de
cuidado. Para sair desta crise, segundo o autor, precisamos de uma nova ética, ela deve nascer
de algo essencial ao ser humano, reside mais no cuidado do que na razão e na vontade.
Outra semelhança desponta no que se refere ao meio ambiente, quando os PCN's relatam
que o cuidado com nosso planeta pode representar um grande diferencial, pois "desperta para a
percepção de que os seres humanos são partes integrantes do meio ambiente" (BRASIL, 1998:
40).
Leonardo Boff (1999) defende a opção pelo cuidado. Cuidar, como ele diz, é mais que um ato,
é uma atitude de preocupação, de responsabilidade e de envolvimento afetivo com o outro. As
pessoas, não possuem somente corpo e mente, são seres espirituais. Assim, devemos valorizar
esse lado espiritual através do sentimento e do cuidado com o nosso planeta. Assim, podemos
relacionar que a ética preconizada por Boff (1999), o saber cuidar do outro e do ambiente, é
considerado uma das intervenções dos profissionais da EDUCAÇÃO. Para serem atingidos os
objetivos de contribuir para a autonomia, autoestima, cooperação, solidariedade, integração,
cidadania e preservação do meio ambiente é preciso saber cuidar.
Leonardo Boff (1999) observa que o capitalismo reinante promove a falta de respeito com as
condições básicas do ser humano, pois a exploração visando lucros é a grande ferramenta do
sistema atual. Assim é preciso que o cuidado com o próximo seja ativado para o resgate do
respeito e do sentimento por todos. Para isso é necessária à ênfase no sentimento, já que a
razão está ameaçada pelo capital. Corroboramos a ideia de Fonseca (2002), quando afirma que
precisamos buscar uma perspectiva didático-pedagógica para a ação docente e que esta
proposta não se reduza a apenas buscar uma metodologia do tipo receita ou uma didática
meramente instrumental, pretendemos propor uma reflexão que supere a ideia do apenas "saber
fazer" ou do "como fazer". O que necessitamos é formar alunos questionadores e que procurem
respostas às questões do "por que e para que fazer?".
Através destas questões, os alunos podem ultrapassar a ideia de cuidar apenas de si, se
seu corpo e mente. As respostas podem trazer a reflexão e o cuidar do próximo e do planeta em
que vivemos pode ser a solução para o viver bem, em paz e harmonia, a ênfase deve ser no
emocional.
É a partir desta ênfase no emocional que o cuidado deve ser priorizado. É com o sentimento
que surge simpatia e empatia, a cooperação, a integração e os resultados da solidariedade, de
acordo com Leonardo. É o sentimento que faz o homem amar tudo em sua vida.
Acreditamos, assim como Cury (2003) que professores que possuem sensibilidade podem
falar ao coração de seus alunos e contribuem assim para o desenvolvimento da capacidade de
contemplação do belo, do perdoar, do fazer amigos e do socializar. A EDUCAÇÃO pode gerar
esta sensibilidade nos alunos através de práticas específicas, como a cooperação, e assim
ensinar a cuidar do outro e do nosso ambiente com amor.
O amor, de acordo com as ideias de Boff (1999), manifesta-se no ser humano gerando a
família e por consequência a sociedade. Se não acontecer o amor, o coletivo inexiste. A
competição é negativa, pois só existe um vencedor, ela nega o amor ao próximo. Sem amor, o
homem não possui o cuidado.
A educação atual nega a exclusão e procura um substituto da competição. Busca a prática da
atividade regada pelo sentimento e pelo amor. De acordo com Chalita (2005: 16): “o amor pode
justificar, determinar, agregar, permitir, superar, prolongar, solicitar. O amor também condena,
absolve, revela, esconde, simula, expõe. O amor orienta, desnorteia (...). No amor estão
presentes, ao mesmo tempo os quatro elementos e os cinco sentidos (...). Por ele se luta, se
ganha, se perde, se joga, se brinca, se chora, se vive, se morre (...). Ele ataca e defende,
derruba e sustenta, grita, silencia.”.
Boff (1999) acredita que é na ética que o equilíbrio deve ser alcançado, para atingir objetivos
que busquem melhoras para o planeta e para os excluídos.
O cuidado com os oprimidos deve ser realizado no ato do amor. De acordo com Freire (1987:
36), "só nesta plenitude é que a solidariedade verdadeira se constitui". A EDUCAÇÃO, através
de projetos sociais promovidos com alunos, pode auxiliar os oprimidos através de palestras
sócio-educativas, promoção de momentos de lazer e prestação de serviços de saúde.
- Reflexões conclusivas
Leonardo Boff (1999) defende o ponto de vista de que a espiritualidade deve vir a frente da
religião. Para o autor, a espiritualidade é capaz de ligar, religar e integrar. Compartilhamos a
ideia de que religião significa religar com algo, no caso um Ser Divino. Juntamente com o citado
autor, aceitamos a ideia de que a espiritualidade deve ser priorizada e não apenas a religião.
Através da EDUCAÇÃO, não podemos oferecer tipos de religião ou muito menos influenciar
alunos para esta ou aquela, entretanto podemos estimular a espiritualidade, através do saber
cuidar, não somente de si e de seu corpo, como já explanado, mas, sobretudo do próximo e do
nosso planeta. Assim é necessário que possamos preservar o meio ambiente, cuidar dos outros
e viver com amor.
A questão relacionada à ética proposta por Boff (1999) deve estar presente nos debates sobre
EDUCAÇÃO e ÉTICA, pois representa uma nova teoria para esta disciplina envolvendo o cuidar
do outro e do meio ambiente.
Propomos aos PROFESSORES, ALUNOS E RESPONSÁVEIS que reflitam sobre sua prática,
que ultrapassem a tendência apenas técnica desta modalidade de ensino, que através do nosso
PROJETO INSTITUCIONAL possa oferecer uma aprendizagem do saber cuidar do próximo, que
apliquem seus conteúdos proporcionando o saber cuidar do meio ambiente.
Sugerimos aos mesmos, um esforço maior para adquirir os conhecimentos ético-humanistas,
buscando o desenvolvimento integral de toda a comunidade escolar, superando o cuidar físico e
atingindo o cuidar do outro e do planeta em que vivemos.
Encerramos este debate, ainda inacabado, aberto a novas discussões, destacando a
mensagem trazida pela fábula do mito, trazida por Boff (1999) em seu livro, aqui já mencionado:
Certo dia, ao atravessar um rio, Cuidado viu um pedaço de barro. Logo teve uma ideia
inspirada. Tomou um pouco de barro e começou a dar-lhe forma. Enquanto contemplava
o que havia feito, apareceu Júpiter.
Cuidado pediu-lhe que soprasse espírito nele. O que Júpiter fez de bom grado.
Quando, porém Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado Júpiter o proibiu.
Exigiu que fosse imposto o seu nome.
Enquanto Júpiter e o Cuidado discutiam, surgiu, de repente, a Terra. Quis também ela
conferir o seu nome à criatura, pois fora feita de barro, material do corpo da terra.
Originou-se então uma discussão generalizada.
De comum acordo pediram a Saturno que funcionasse como árbitro. Este tomou a
seguinte decisão que pareceu justa:
"Você, Júpiter, deu-lhe o espírito; receberá, pois, de volta este espírito por ocasião da
morte dessa criatura. Você, Terra, deu-lhe o corpo; receberá, portanto, também de volta o
seu corpo quando essa criatura morrer. Mas como você, Cuidado, foi quem, por primeiro,
moldou a criatura, ficará sob seus cuidados enquanto ela viver. E uma vez que, entre
vocês há acalorada discussão acerca do nome, decido eu: esta criatura será chamada
Homem, isto é, feita de húmus, que significa terra fértil".
PROBLEMATIZAÇÃO:
Através das experiências já vividas pelos alunos no seu âmbito familiar, a principal função
desse projeto é de contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e
atuarem diante da realidade em que o mundo vem enfrentando com a poluição e a escassez de
água. Para isso, é necessário que mais do que informações e conceitos, mas atitudes e
formação de valores, que serão apreendidos na prática do dia a dia, no meio social.
Será esperado ao término do projeto que toda a comunidade escolar esteja consciente da
importância da água tanto para a vida animal como para a vegetal, que saiba utilizá-la sem
desperdício e sem poluí-la, levando para o seu meio social todos esses aprendizados.
PLANO ESTRATÉGICO:
São todos os materiais, atividades soluções utilizadas durante a realização do projeto, como:
aulas passeios, entrevistas com pessoas da família e da sociedade, gravuras
xerocadas, pesquisas, exposições, peças teatrais,...
Conversar com os alunos sobre a importância da água para o nosso organismo e o
meio em que vivemos. O professor poderá contar alguma história associada ao
tema;
Pesquisa em sala de aula sobre o tema, de materiais levados pelas crianças,
pesquisados em casa, e análise dos mesmos; cada aluno poderá confeccionar um
livro com figuras e produções de texto individuais; utilizar os materiais restantes
para a montagem de um mural sobre o assunto, em lugar visível a toda comunidade escolar;
Discussão de uma peça teatral sobre o tema, onde os alunos montarão os diálogos,
a fim de que esta seja apresentada para outras turmas; trabalhar com a música
“Planeta Água”, de Guilherme Arantes, onde as crianças irão elaborar cartazes em
grupo retratando o que entenderam da mesma;
Visita a uma estação de tratamento de água e discussões sobre a realidade da poluição dos
rios; trabalhar com experiências concretas, mostrando a importância da água para nossa vida,
para as plantações, bem como os estados físicos da mesma,...
-Divisão dos segmentos para atividades específicas:
EDUCAÇÃO INFANTIL: A Bacia Amazônica.
EDUCAÇÃO ESPECIAL: A água como tema musical.
ENSINO FUNDAMENTAL I: _1º ano: A água nas canções e histórias infantis. _ 2º ano: Guaranis: os índios do “aquífero”. _ 3º ano: A hidrografia do meu município. _ 4º ano: Moçambique: escassez de água assola o país. _ 5º ano: O rio São Francisco e a discussão sobre a “transposição das águas”.
ENSINO FUNDAMENTAL II:
_ 6º ano: O rio Nilo. _ 7º ano: O rio Mississipi. _ 8º ano: O rio Paraíba do Sul.
_ 9º ano: O aquífero guarani. Obs.: Em São Gonçalo o 9º ano participará da escolha dos temas com o Ensino Médio.
ENSINO MÉDIO: _ O aquífero guarani. _ Soluções europeias para o abastecimento d’água. _ A água e a Questão Palestina. _ Escassez de água: um problema africano. _ Oceania: água e sobrevivência.
EIXOS TEMÁTICOS:
1º SEMESTRE: NOVOS DESAFIOS: O CApDHC, A ÁGUA E VOCÊ
______________________________________________________________
2º SEMESTRE: AÇÃO E COOPERAÇÃO PELA ÁGUA: REESCREVENDO O SEU PRESENTE E
CONSTRUINDO O SEU FUTURO.
_______________________________________________________
EQUIPE DE CRIAÇÃO DO PROJETO:
DIRETORA: SUZANA DE FÁTIMA PIAZ BARCELOS
EQUIPE TÉCNICO PEDAGÓGICA DE SÃO GONÇALO:
COORDENADORA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: CRISTIANE LIMA
COORDENADORA DO FUNADAMENTAL I: FÁTIMA VIEIRA
COORDENADORA DO FUNDAMENTAL II: FABRÍCIA SCARPA
COORDENADORA DO ENSINO MÉDIO: GEISA RONCONI
COORDENADORA CULTURAL E PROFESSORA DE HISTÓRIA: DALVA
COUPEY
COORDENADOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES: SÉRGIO LEITE
EQUIPE TÉCNICO PEDAGÓGICA DE NITERÓI:
COORDENADORA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: ÉRIKA QUINTANILHA
COORDENADORA DO FUNADAMENTAL I: CLERIAN PEREIRA
COORDENADORA DO FUNDAMENTAL II: HEDIMAR PORTO
ORIENTADORA EDUCACIONAL: ELIANE CRISTINA F. DE OLIVEIRA
I. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio: bases
legais. Brasília, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros curriculares nacionais: meio
ambiente saúde. Brasília, 2001.
BOFF, L. Saber Cuidar: ética do humano - compaixão pela Terra. Petrópolis: Vozes, 1999.
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valores das novas gerações. São Paulo: Gente, 2005.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez,
1992.
CONFEF, Conselho Federal de Educação Física, Intervenção do Profissional de Educação
Física. Rio de Janeiro: CONFEF, 2002.
________, Conselho Federal de Educação Física. Código de Ética. Rio de Janeiro: CONFEF,
2003.
CURY, A.J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextantes, 2003.
DAOLIO, J. Educação Física e o conceito de cultura. Campinas: Autores associados, 2004.
Dia a dia do Professor, vol. 2 – Gerusa Rodrigues Pinto e Francês Rodrigues Pinto.
FONSECA, D.G. Educação Física: para dentro e para além do movimento. Porto Alegre:
Mediação, 1999.
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1987.
GARRIDO, Raymundo José Santos. Gestão dos recursos hídricos: educação para cidadania da
água. Entrevistador: Silvestre Gorgulho. Brasília, 2006. Entrevista concedida a Folha de Meio
Ambiente, edição 174, dez.
GHIRALDELLI JUNIOR, P. Educação Física Progressista. São Paulo: Edições Loyola, 1998.
GODOTTI, Moacir. O Projeto político pedagógico da escola na perspectiva de uma educação
para a cidadania. Disponível em: <http://vicenterisi.goglepages.com/Projeto-
_Politico_Ped_godotti.pdf>. Acesso em: 05.10.2008.
http://educador.brasilescola.com/orientacoes/projeto-agua-importancia-para-nossas-vidas.htm http://casaruralptc.blogspot.com.br/2009/04/fundamentacao-teorica.html “Quando Eu Olho para o Mar" - CD Cinco Sentidos, de Alceu Valença. Ariola, 1981
Parâmetros Curriculares Nacionais, vol. 9 – Meio Ambiente e Saúde.
Projetos Pedagógicos 3º Milênio – Miriam Cristina Cazante de Carvalho.
TOJAL, J.B. DA COSTA, L.P. BERESFORD, H. Ética profissional na educação Física. Rio de
Janeiro: Shape, 2004.