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COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO RUA ALEMANHA, 400 FONE/FAX 0XX-44 3654 1131 BRASILÂNDIA DO SUL PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO BRASILÂNDIA DO SUL 2012

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

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COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

RUA ALEMANHA, 400 – FONE/FAX – 0XX-44 3654 1131

BRASILÂNDIA DO SUL – PARANÁ

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

BRASILÂNDIA DO SUL 2012

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ......................................................... 6 3.1. NÍVEIS, MODALIDADES E RESPECTIVAS TURMAS ATENDIDAS POR TURNOS ..................................................................................................................... 8 3.2 - PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO ... 8 3.3. MATRIZ CURRICULAR E CALENDÁRIO ESCOLAR ....................................... 9 3.4 SALAS DE AMBIENTES PEDAGÓGICOS ........................................................ 11 3.5. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ................................................................... 11 4. MARCO SITUACIONAL ...................................................................................... 12 5. MARCO CONCEITUAL ........................................................................................ 19 5.1. CONCEPÇÃO DE MUNDO ................................................................................ 19 5.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ....................................................................... 20 5.3. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ......................................................................... 20 5.4. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA ........................................... 21 5.5. CONCEPÇÃO DE LUDICIDADE ...................................................................... 23 5.6. CONCEPÇÃO DE HOMEM ............................................................................... 25 5.7. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ................................................................... 26 5.8. CONCEPÇÃO DE CULTURA E TRABALHO .................................................. 27 5.9. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/ESCOLA ......................................................... 28 5.10. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ............................................................. 31 5.11. CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ............................................ 32 5.12. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO ............................... 34 5.13. GESTÃO ESCOLAR ........................................................................................ 36 5.14. GESTÃO DO TEMPO ...................................................................................... 37 5.15. GESTÃO DO ESPAÇO .................................................................................... 38 5.16. GESTÃO DOS RECURSOS .......................................................................... 39 5.17. FORMAS DE CONVIVÊNCIA .......................................................................... 40 5.18. FORMAÇÕES CONTINUADA ......................................................................... 41 5.19. ORGANIZAÇÕES DA HORA / ATIVIDADE NO HORÁRIO ESCOLAR .......... 41 5.20. CURRÍCULO .................................................................................................... 42 5.21. MATRIZ TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS .......................... 42 5.22. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS .............................................................. 44 5.23. METODOLOGIA .............................................................................................. 45 5.24. RECURSOS DIDÁTICOS ................................................................................ 46 5. 25. AVALIAÇÃO ................................................................................................... 47 6. MARCO OPERACIONAL ..................................................................................... 51 6.1. CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA ................................ 54 6.2. AS RELAÇÕES ENTRE OS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS ....................................................................................................... 56 6.3. PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS ....................................................... 57 7 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR POR DISCIPLINAS ...................... 59 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE APRIMORAMENTO - ESPANHOL... ........................................................................................................... 60 PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ...................................................................................................................... 69 PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO .................. 85 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ....................................................................................................... 93

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO CELEM - LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL ....................................................................................... 107 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FISICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ...................................................................... 117 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL. ............ ........................................................................ 140 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO.................................................................................... ..................................153 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO .................................................................................................................... 169 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ..................................................................................... 185 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ..................................................................................... 197 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ..................... 221 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LINGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO. ..................................................................... 242 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ..................................................................................... 302 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO. ................................................................................................................... 317 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO .................................................................................................................... 324 8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ....... 335 9. APROVAÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR ....................................................... 335 10. REFERÊNCIAS ................................................................................................. 336 ANEXO I- MATRIZ CURRICULARL ....................................................................... 341 ANEXO I- MATRIZ CURRICULARL ....................................................................... 342 ANEXO I- MATRIZ CURRICULARL ....................................................................... 343 ANEXO I- MATRIZ CURRICULARL ...................................................................... 344 ANEXO I- MATRIZ CURRICULARL ...................................................................... 345 ANEXO II- CALENDÁRIO ESCOLAR .................................................................... 346 ANEXO III- PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO ...................................................... 347

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1. INTRODUÇÃO

Diante das transformações ocorridas no mundo e com o avanço da

tecnologia e retrocessos em questões sociais, políticas, econômicas, há

necessidade de inovar as práticas e os recursos pedagógicos para poder satisfazer

aos anseios dos alunos que chegam às nossas escolas.

A escola, assim como, toda sociedade passa por muitas mudanças no intuito

de conquistar a qualidade em tudo aquilo que se faz ou se propõe a fazer, para isto

se faz necessário planejar minuciosamente todas as ações a serem executadas.

O Projeto Político Pedagógico - PPP vem ao encontro deste momento que se

está vivendo e proporciona um momento de reflexão coletiva que envolve

professores, alunos, funcionários, pais, equipe pedagógica, direção e alguns

segmentos da sociedade para que juntos conheçam a realidade do colégio para

compreender o seu presente e construir o seu futuro, embasados nas reflexões

feitas e em estudos teóricos e práticos pertinentes e, assim, o PPP será a identidade

da escola e será também o promotor de sua autonomia administrativa, pedagógica,

financeira e jurídica. O que é fundamental numa instituição educacional.

O PPP deverá ser uma organização prévia sistematizada e coletiva da vida da

escola, em que as atividades planejadas envolvem além do currículo escolar, os

sonhos, os desejos, os anseios e os valores da comunidade escolar e busque

transformá-la num empreendimento cooperativo em que tanto professores quanto

alunos sejam participativos, comprometidos, criativos e completamente envolvidos

no processo de ensino aprendizagem voltados à qualidade de modo que os

educandos desenvolvam sua cidadania e sejam autônomos, criativos e que tenham

domínio dos conhecimentos científicos de modo a compreenderem criticamente as

mudanças sociais e econômicas que a sociedade como um todo está vivendo e

tenham condições de interferir nesse processo.

O PPP do Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio,

uma construção coletiva, de pais, alunos, direção, equipe pedagógica, professores e

funcionários, norteará o trabalho escolar.

Ele deve procurar articular propostas com vistas a garantir para os alunos a

aprendizagem significativa dos diferentes conteúdos selecionados, em função dos

objetivos que se pretendem atingir. Para isso, é preciso usar estratégias de atuação

que garantam a participação dos alunos em diferentes atividades a serem

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desenvolvidas, criando condições para que possam manifestar suas preocupações,

seus problemas e seus interesses. O PPP nunca está pronto, mas sempre em

construção, sempre há algo para mudar.

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2. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

O Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental de 09 anos, séries

finais e Médio (cód. 0004-5) situa-se na Rua Alemanha nº. 400, no município de

Brasilândia do Sul (cód. 0338), na área urbana, Fórum e Comarca de Alto Piquiri,

Estado do Paraná, tem como veículo de comunicação o telefone e/ou fax sob nº.

(0XX 44) 36541131, e o endereço eletrônico [email protected].

Pertence ao NRE de Assis Chateaubriand (cód.04), a distância do Colégio do

NRE é de 25 km. Tendo como Entidade Mantenedora o Governo do Estado do

Paraná. Ato de autorização de funcionamento do Colégio, Resolução nº. 17/81 de

08/01/82. Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº. 685 de 22/03/89.

Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar nº. 053 de 05/03/08.

A primeira turma de alunos iniciou com uma 5ª série em 1971, como

extensão do Ginásio de Alto Piquiri, criado pela portaria nº 350/71, de 27 de janeiro

de 1971 e mantido pelo governo do Estado do Paraná. As turmas foram aumentando

gradativamente até 1974.

A partir de 1975, de acordo com a Resolução nº 625/75, passou a

denominar-se Ginásio Manoel Bandeira - extensão de Brasilândia, tendo seu

período de funcionamento até o ano de 1978, pela Lei 4.024/61.

Através do Decreto de Reorganização nº 900/79, passou a se chamar

Complexo Cecília Meireles - Escola Manoel Bandeira Ensino de 1º Grau - extensão

de Brasilândia. A Escola Rui Barbosa - Ensino de 1º Grau iniciou seu funcionamento

no ano de 1981, pertencente a Alto Piquiri, ficando autorizada a funcionar e ministrar

as 04 (quatro) últimas séries de 1º Grau. Com a Resolução nº 2.221/83, a Secretaria

de Estado da Educação, no uso da Delegação que lhe foi conferida pelo Decreto nº

817/71, tendo em vista a Deliberação nº 051/82, do Conselho Estadual de Educação

resolve que a Escola Rui Barbosa - Ensino de 1º Grau passou a denominar-se

Escola Estadual Rui Barbosa - Ensino de 1º Grau. Com a Resolução nº 2.974/89

houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau -

Educação Geral como Colégio Estadual Papa João XXIII - Ensino de 1º e 2º Graus -

Subsede de Brasilândia.

Através da Resolução nº 351/92 foi autorizado o funcionamento do Ensino

de 2º Grau Educação Geral - Preparação Universal para o Trabalho na Escola

Estadual Rui Barbosa - Ensino de 1º Grau, no Município de Brasilândia do Sul.

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Em decorrência, a Escola Estadual Rui Barbosa - Ensino de 1º Grau passa a

denominar-se Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino de 1º e 2º Graus.

Até março de 1993 esta Escola pertenceu ao Núcleo Regional de Educação

de Umuarama, com a criação do Núcleo Regional de Educação em Assis

Chateaubriand e como Umuarama está distante desse Município, o Colégio Estadual

Rui Barbosa ficou pertencendo administrativa e pedagogicamente ao Núcleo

Regional de Educação de Assis Chateaubriand.

Através da Resolução nº 937/94 de 22 de fevereiro de 1994, foi outorgada a

Implantação da Habilitação Magistério, com autorização de Funcionamento

concedida através da Resolução nº 5.444/94 de novembro de 1994, cessado pela

Resolução nº 3728/97 de 05/11/97.

Através da Resolução nº 6.089/94 de 15 de dezembro de 1994 foi concedida

a Implantação Habilitação Auxiliar em Contabilidade, cessado pela Resolução nº

3080/97 de 10/09/97.

Considerando a Deliberação nº 003/98-CEE e a Resolução nº 03.120/98,

que reformulam as normas relativas à nomenclatura dos Estabelecimentos de

Ensino de Educação Básica do Sistema Estadual de Ensino do Paraná, este

Estabelecimento passa a denominar-se Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino

Fundamental e Médio.

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3. TURNOS DE FUNCIONAMENTO E ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

3.1. NÍVEIS, MODALIDADES E RESPECTIVAS TURMAS ATENDIDAS POR

TURNOS

O Ensino Fundamental de 9 anos é ofertado nos três turnos de

funcionamento. No período matutino funcionam 04 turmas, vespertino 05 turmas e

noturno 01 turma.

O Ensino Médio é ofertado em dois turnos, no matutino 03 turmas e no

noturno 03 turmas.

O Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental de 9 anos, séries

finais e Médio é composto atualmente por 358 alunos matriculados nos três turnos:

no CELEM há 13 alunos da comunidade. O período matutino funciona com 04

(quatro) turmas do ensino fundamental com 92 alunos, e 03 (três) turmas do Ensino

Médio com 82 alunos. O período vespertino funciona com 05 (cinco) turmas do

ensino fundamental com 112 alunos. O período noturno com 01 (uma) turma do

ensino fundamental com 09 alunos e 03 (três) turmas do médio com 50 alunos.

3.2 - PROGRAMA DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES EM CONTRATURNO

Em contra turno a escola oferta: quatro turmas de Sala de Apoio à

Aprendizagem, duas no período matutino sendo uma de 6º ano e outra de 9º ano e

duas no vespertino, sendo uma de 6º ano e outra de 9º ano frequentada por alunos

de 6º e 9º ano; uma Sala de Recursos Multifuncional funcionando no período

matutino para alunos de 6º ao 9º ano; três turmas da Proposta Pedagógica de

Atividade Complementar Curricular: Meio Ambiente – modalidade Horta Escolar

Orgânica, no turno matutino com 25 alunos do Ensino Fundamental; Esporte e Lazer

– modalidade de Esporte: Futsal e Vôlei no turno vespertino com 25 alunos do

Ensino Médio; Hora Treinamento – modalidade Futsal no intermediário (17h20min às

19h) atendendo aproximadamente 30 alunos entre 12 à 17 anos. O Centro de

Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM) oferece os cursos de Espanhol Básico e

Aprimoramento nos turnos vespertino e noturno.

Oferta também o Estágio não obrigatório para alunos do Ensino Fundamental

e Médio, de acordo com o Plano de Estágio Não Obrigatório, com idade mínima de

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16 anos, aprovado pelo Parecer nº 072/10 – EP/NRE de Assis Chateaubriand. Duas

turmas do e-Tec Brasil no período noturno sendo uma turma de Técnico em

Segurança do Trabalho, outra de Técnico em Administração.

Temos dois alunos com necessidades educacionais especiais: um aluno com

baixa visão e outro com comprometimento neuromotor. Existe um Professor de

Apoio à Comunicação Alternativa na Área da Deficiência Física Neuromotora e uma

Auxiliar Operacional que prestam atendimento individualizado a este último aluno.

Sabe-se da necessidade de formação continuada para que sejam capacitados

todos os professores e funcionários a fim de estarem preparados em caso de

recebimento de mais alunos com necessidades especiais diversas (surdez, etc.)

oferecendo-lhes condições de proporcionar perspectivas de cidadania e formação de

um homem crítico e criador, autônomo quanto a própria construção do

conhecimento.

3.3. MATRIZ CURRICULAR E CALENDÁRIO ESCOLAR

O regime da oferta da Educação Básica nos anos finais do Ensino

Fundamental e no Ensino Médio é de forma presencial, sendo organizada por anos.

Os conteúdos curriculares na Educação Básica observam: difusão de valores

fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito

ao bem comum e à ordem democrática; respeito a diversidade e orientação para o

trabalho.

Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta

Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino em conformidade com as

Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual de

Ensino e por disciplinas.

O estabelecimento de ensino oferta os anos finais do Ensino Fundamental de

9 anos organizado por ano, com 4 (quatro) anos de duração perfazendo um total de

3.200 horas. A Matriz Curricular é composta por Base Nacional Comum com as

disciplinas de: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Geografia,

História, Matemática e Língua Portuguesa, e na Parte Diversificada a disciplina de

Língua Estrangeira Moderna/Inglês. O Ensino Médio com duração de 3 (três) anos

perfazendo um mínimo de 2.400 horas, contém na Base Nacional Comum as

disciplinas: Arte, Biologia, Educação Física, Física, Filosofia, Geografia, História,

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Língua Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia, e na Parte Diversificada

Língua Estrangeira Moderna/Inglês.

Ao longo do ano letivo serão trabalhadas História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena em todas as disciplinas; História do Paraná nas disciplinas de

História e Geografia; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas nas disciplinas de

Biologia, Ciências, Língua Portuguesa e Química; Sexualidade Humana nas

disciplinas de Biologia e Ciências; Educação Ambiental nas disciplinas de Biologia,

Ciências e Geografia; Educação Fiscal e Tributária nas disciplinas de História e

Matemática; Música nas disciplinas de Arte e Filosofia; Enfrentamento à Violência

contra a Criança e o Adolescente nas disciplinas de Ensino Religioso, Língua

Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna/Inglês; Direitos das Crianças e

Adolescentes – ECA- nas disciplinas de História, Língua Portuguesa e Sociologia.

O Calendário Escolar do estabelecimento aprovado para o ano de 2012 está

embasado na LDBEN Nº. 9.394/96, que determina o mínimo de 800 horas,

distribuídas por um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar e segue as

orientações da INSTRUÇÃO Nº. 015/2011-SUED/SEED.

São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas

organizadas, estruturadas a partir da Proposta Pedagógica do estabelecimento de

ensino. Para fins da garantia das 800 horas, são consideradas as atividades de

cunho pedagógico inseridas no PPP da escola e que exijam frequência dos alunos

sob efetiva orientação dos professores, podendo ser realizadas em sala de aula e/ou

em outros locais pedagogicamente adequados ao processo ensino aprendizagem.

Para garantir as 800 horas determinadas por lei os turnos diurno e noturno

ofertam 192 dias com a presença do aluno e do professor.

A reposição de aulas deverá ser com a presença física do aluno e do

professor, portanto, as atividades realizadas pelos alunos sem a presença do

professor não são consideradas como dia letivo e nem como carga horária.

O Calendário Escolar deve ser aprovado pelo Conselho Escolar e após

encaminhado ao NRE para homologação.

A Matriz Curricular e o Calendário Escolar constam no anexo I e II.

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3.4 SALAS DE AMBIENTES PEDAGÓGICOS

O Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio é composto

de 06 (seis) salas de aula, sendo que 01 (uma) sala de aula foi utilizada para o

laboratório de informática; 01 (uma) secretaria, 01 (uma) sala de direção, 01 (uma)

sala de atendimento ao Programa Leite das Crianças, 01 (uma) sala de equipe

pedagógica, 01 (uma) cozinha com despensa, 01 (uma) cantina, utilizada como

depósito de merenda, 01 (um) almoxarifado, 01 (um) laboratório de Química/Física e

Biologia, uma parte deste foi adaptado para sala de professores e o restante ficou

como sala de aula, 01 (uma) biblioteca, uma parte desta dividida para sala de aula,

02 (dois) banheiros masculinos e 02 (dois) banheiros femininos.

3.5. PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Atualmente o Colégio está sob a Direção da professora Sônia Maria Moretti

Furlan que compõem a Equipe Pedagógica juntamente com três professoras

pedagogas. A equipe de docentes é constituída por 37 professores dos quais todos

graduados e com especialização. O quadro de apoio está assim constituído:

04 funcionários do setor Administrativo – Agente Educacional II, sendo todos

Estatutários, 03 possuem o Ensino Superior Completo;

07 funcionárias auxiliares de Serviços Gerais, sendo 02 CLAD e 05 Agentes

Educacionais I, desempenhando as funções de merendeiras, zeladoras,

inspetora de alunos, 03 possuem o Ensino Superior Completo.

Os profissionais da educação com os respectivos nomes, função e turno

estão no anexo III.

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4. MARCO SITUACIONAL

O Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental de 9 anos, séries

finais e Médio, instituição mantida pelo Estado iniciou sua atividade em 1971 com

uma única turma de 5ª série como extensão do Ginásio de Alto Piquiri, criado pela

portaria nº 350/71, de 27 de janeiro de 1971. As turmas foram aumentando

gradativamente até 1974.

A escola tem como função social organizar sua vida de forma amplamente

coletiva para que atenda aos anseios, aos desejos, aos sonhos, aos valores de toda

a comunidade escolar de modo que os alunos que dela fazem parte se tornem

cidadãos detentores de conhecimentos, exigidos atualmente no mundo, através da

execução de atividades criativas em salas de aula e da realização de programas que

atendam aos problemas urgentes dessa instituição.

O colégio tem como filosofia:

Articular a Proposta Pedagógica Curricular com vista a garantir a

aprendizagem significativa dos alunos nos diferentes conteúdos selecionados em

função dos objetivos que se pretende atingir;

Tornar a escola uma instituição eficiente em atender os estudantes que a

ela procuram, sem exclusão;

Propiciar a participação e integração de pais, alunos, professores,

funcionários e comunidade escolar, dinamizando e diversificando as atividades

escolares e extraclasses, buscando melhoria da qualidade de ensino;

Promover o acesso, permanência e o sucesso dos educandos dentro do

âmbito escolar;

Preparar o aluno ao longo do tempo para acompanhar as mudanças

tecnológicas e científicas, possibilitando a eles interagir junto à comunidade local,

regional e mundial, visando à interação entre a Educação Fundamental e a Vida

Cidadã. Os alunos, ao aprender os conhecimentos e valores da Base Nacional

Comum e da Parte Diversificada, estarão também constituindo sua identidade como

cidadãos em processo, capazes de serem protagonistas de ações responsáveis,

solidárias, autônomas em relação a si próprios, às suas famílias e às comunidades.

Formar cidadãos críticos, participativos, conscientes e que respeitem os

valores, direitos e deveres, exercendo a cidadania.

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Queremos uma escola onde os alunos tenham vontade de estudar e que

participem das atividades, deem opiniões, aprendam ouvir e a falar, respeitem os

colegas, tornando-se verdadeiros cidadãos.

Valorizar a experiência extraescolar dos alunos e proporcionar a vinculação

entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

A sociedade atual está envolvida em um intenso processo de mutação de

sua estrutura. As novas tecnologias fizeram a humanidade entrar na era da

comunicação universal e em tempo real, abolindo as distâncias, moldando a

sociedade do futuro, que não corresponderá, a nenhum modelo do passado. A

interatividade permitirá não só emitir e receber informações, mas também dialogar,

discutir e transmitir informações e conhecimentos, sem limite de distância ou de

tempo. Não se pode esquecer, contudo, de que numerosas populações carentes

vivem ainda afastadas desta evolução. O domínio dos sistemas de informações

confere um verdadeiro poder cultural e político a quem o detém, principalmente

sobre as populações que não foram preparadas, através de uma educação

adequada, a hierarquizar, a interpretar e a criticar as informações recebidas.

Percebendo o importante papel que o Ensino Fundamental e Médio tem a

desempenhar neste contexto de profundas mudanças no conhecimento e seus

desdobramentos, e atendendo a nova identidade do Ensino Fundamental e Médio

conferida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei 9394/96; o

Parecer Nº. 15/98 CEB/CNE que delibera sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Fundamental e Médio; a Resolução Nº03/98 CEB/CNE que institui as

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio; a Resolução Nº3492/98 -

SEED que determina o início da implantação da reforma do Ensino Médio no Estado

do Paraná, a Instrução Nº01/98-SEED que orienta a implantação das Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio no Estado do Paraná e Deliberação

014/99 – CEE, o Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio

fundamenta esta proposta curricular para o Ensino Fundamental e Médio no

conceito de educação ao longo de toda a vida como uma das chaves de acesso ao

século XXI.

Num país socialmente injusto, marcado por gritantes desigualdades, onde há

exclusão das grandes maiorias e violência, a falta de investimentos oficiais em

políticas públicas em termos de saúde, educação, moradia e acesso à terra

condena à miséria milhões de pessoas.

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A sociedade é dividida em classes e formada por pobres dependentes dos

benefícios públicos, as instituições são burocratizadas e passam por constantes

mudanças.

Todo sistema escolar é montado para cumprir sua função social, que é

garantir aos alunos a transmissão e a apropriação dos conhecimentos

historicamente produzido pela humanidade. Portanto, cabe à escola, por seus

órgãos legítimos de decisão, estabelecer com a sociedade os objetivos a serem

buscados, que devem ser a expressão dos anseios, das aspirações, dos valores e

das tradições da própria sociedade na busca de transformá-la.

O município de Brasilândia do Sul foi colonizado na década de 60 por

migrantes de várias regiões do Brasil. Atualmente a comunidade brasilandiense é

formada por 3.209 habitantes, sendo 2.180 da região urbana e 1.029 da zona rural,

é fixa, sendo o nível socioeconômico, cultural e intelectual baixo.

O município tem pouca oferta de trabalho no setor agropecuário pois os

grandes e médios proprietários substituem a mão-de-obra pela mecanização e os

pequenos e micro proprietários praticam agricultura familiar. Outras fontes de

empregos são os serviços públicos, as empresas locais e de outros municípios que

empregam muitos trabalhadores, transportando – os diariamente, contribuindo assim

para economia do município.

Ao longo dos anos a população melhorou suas condições de moradia,

devido a maior oferta de emprego, porém, ainda existem moradias precárias, falta

rede de saneamento básico e local que propicie maior lazer e cultura à comunidade.

Há necessidade de melhorar a parte intelectual, cultural, econômica e de

lazer da comunidade para assim desfrutar de melhores condições de vida e ter uma

maior participação na vida escolar dos seus filhos.

O Município de Brasilândia do Sul, por estar localizado em uma região com

disparidades sociais, culturais e econômicas, exige um Ensino Fundamental e Médio

voltado para transformação da interdependência real em solidariedade desejada,

para isso os profissionais da escola e alunos buscam relacionar de forma coerente

com o ambiente escolar, visando sempre a aprendizagem. Deve, para isso, preparar

cada indivíduo para compreender a si mesmo e ao outro, através de um melhor

conhecimento de mundo, permitindo, a todos, o acesso ao conhecimento entretanto

a maioria de nossos alunos não aproveitam o conhecimento que o professor

disponibiliza, muitos apresentam problemas familiares, de indisciplina, alguns com

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dificuldade de aprendizagem, desinteresse, distorção idade/série, sem projeto de

vida pessoal bem definido e com pouca perspectiva de futuro.

A educação no Brasil surgiu com os padres jesuítas, instituída com o objetivo

de formar a elite dando continuidade ao poder. Em seguida vieram as escolas de

formação de mão-de-obra para a classe trabalhadora. Depois, passou a ser

universal, buscando a transformação da autonomia e a igualdade para todos,

transmitindo saberes históricos e científicos desvinculados do mundo real dos

alunos. Hoje ainda encontramos escolas da classe dominante e escolas para as

classes dominadas. Os filhos das classes dominantes estudam na sua grande

maioria em escolas particulares e visam ao curso superior, e os das classes

dominadas estudam em escolas públicas, visando à preparação para a vida, e a

grande maioria após concluir o ensino, continua sendo dominada.

A escola que temos possibilita o acesso a todo estudante que a procura,

oferece condições de permanência e retorno aos que se afastaram ou abandonaram

por motivos diversos, inclusive o de indisciplina. Com seu quadro de educadores

oferece acesso ao conhecimento a todos.

A prática da pesquisa poderia ser mais utilizada na escola, porém há falta de

espaço físico, o laboratório de informática e a biblioteca são utilizados como sala de

aula, o que limita a utilização desses espaços.

Os alunos do período noturno são trabalhadores e ficam prejudicados, pois

não têm tempo disponível para pesquisas em biblioteca e em casa não têm acesso a

livros, revistas e jornais e muitas vezes nem computador para ampliar seus

conhecimentos, sendo impedido pelo cansaço físico de participar atentamente das

aulas. Já os alunos do período diurno têm mais facilidade em aprender, pois estão

descansados e têm oportunidade de frequentar a biblioteca e sala de informática. No

período vespertino estão matriculados os alunos mais carentes e indisciplinados,

havendo necessidade de mais um pedagogo para auxiliar os docentes nos

problemas decorrentes da indisciplina.

Os índices de repetência ainda são elevados nos 6ºs anos e 1º ano do

Ensino Médio. A evasão escolar tem diminuído nos últimos anos, porém no período

noturno continua sendo em número mais elevado. A aprovação por conselho de

classe também diminuiu, entretanto aumentou o número de alunos retidos.

Em relação ao aproveitamento das avaliações externas (Prova Brasil e

ENEM) tem se mostrado não satisfatório, mas vem melhorando gradativamente a

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cada avaliação. O Índice de Desenvolvimento de Educação Básica - IDEB da escola

vem aumentando consideravelmente, em 2005 (2,5); 2007 (3,5); 2009 (3,9)

superando a meta de 2011.

Quanto ao critério de organização das turmas, a escola adota a ordem de

efetivação de matrícula para a escolha de turno, quando há duas séries no mesmo

turno, direção, equipe pedagógica e professores utilizam como critério a adequação

idade série e o comportamento do aluno buscando colocá-lo em salas distintas.

Na escola, grande parte dos alunos chega com a autoestima baixa e

desmotivada, visto que seus familiares apresentam poucas expectativas de

melhorias do nível social, cultural e econômico. O relacionamento familiar de muitos

de nossos alunos é delicado, percebe-se que o diálogo é raro e muitas vezes

inexistente. Uma grande parte dos pais são semialfabetizados, muitos não

reconhecendo ainda a importância da escola, desta forma não colaborando com as

dificuldades dos filhos, nem acompanhando o seu desempenho.

A participação dos pais na escola deixa a desejar, pois a comunidade só

comparece à escola quando convocada pela equipe pedagógica ou nas reuniões de

entregas de boletins, eventos culturais, nos jogos escolares como expectadores, na

promoção anual da APMF, onde colaboram com donativos e ajudam nos trabalhos

da festa, com isso, a gestão democrática fica comprometida pois pais, professores,

funcionários e alunos só participam de reuniões sob convocação e ainda assim em

um número reduzido.

É importante que a escola e família trabalhem unidas com o objetivo de

recuperar sua finalidade e especificidade, fazendo com que o aluno eleve sua

autoestima, transformando-se num ser autônomo, criativo, participativo, responsável,

solidário, capaz de exercer sua cidadania, buscando assim melhoria na qualidade de

vida e respeite os trabalhadores da educação como profissionais.

O espaço físico, os recursos e a biblioteca são usados precariamente pelo

corpo docente e discente da escola. O laboratório de ciências físicas e biológicas

está desativado, devido à necessidade de utilizar este ambiente como sala de aula,

estando os equipamentos guardados em armário e sem utilização por falta de

espaço.

Para a sala de informática foi utilizada uma sala de aula que possui 20

computadores com acesso à internet. E também funciona a sala de recursos que

possui 2 computadores com internet. As salas de aula comportam no máximo 40

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alunos, porque o espaço é pequeno, variando de 43 m² a 52 m². O Estabelecimento

não possui salas - ambientes (laboratórios de informática, sala de multiuso, sala de

equipe pedagógica, sala de vídeo, secretaria adequada, e nem refeitório).

Os recursos didáticos atualmente são suficientes para atender as exigências

que se pede da escola quanto às necessidades da atual sociedade, porém a hora

atividade é insuficiente para os professores prepararem suas aulas utilizando tais

recursos.

A Escola conta com recursos didáticos para o Ensino Fundamental e Médio

como: revistas, jornais, mapas e dois globos, dois retroprojetores, três aparelhos de

televisão e de vídeo, quatro DVDs, jogos educativos, quarenta computadores, sendo

que dois deles de uso dos alunos da sala de recursos, um aparelho de som, dois

microfones e um amplificador, dois rádios com aparelho para CD, um data show e

vários outros materiais educativos. Em cada sala de aula possui uma TV multimídia.

A escola possui um notebook para uso da sala de recurso.

A inserção de novos recursos tecnológicos é capaz de criar condições para

que frutifiquem valores educacionais, tais como: entendimento crítico, colaboração,

cooperação, curiosidade que leva ao saber e os valores éticos de uma cidadania

participativa se contrapondo aos pensamentos e práticas totalizantes, que defendem

receitas únicas.

Os recursos financeiros são insuficientes e a administração é transparente e

democrática.

Quanto à formação inicial a escola não possui professores habilitados nas

disciplinas de Química, Física e Sociologia. Todos os profissionais da educação

procuram participar dos cursos de formação continuada e em serviço, oferecidos por

instituições na modalidade de educação à distância ou presencial, buscando

melhorar sua prática pedagógica para atender o objetivo do PPP, ou seja, a garantia

de sucesso no processo ensino aprendizagem.

A organização da hora atividade dos professores não propicia o trabalho em

grupo, pois não há como ofertar o mesmo horário de hora atividade para professores

da mesma disciplina, o que inviabiliza um trabalho coletivo com uso do laboratório

de informática.

Temos uma quadra de esportes coberta, o que favorece precariamente às

aulas de Educação Física, pois em dias de chuva ficam impossibilitadas as aulas

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práticas. A quadra é usada com objetivo de integração e socialização dos alunos, da

família e comunidade, como: jogos, gincanas, etc.

O estágio não remunerado é ofertado para os alunos maiores de 16 anos

dos anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio e cursos técnicos (e-Tec

Brasil). Para tanto, o acesso aos conhecimentos universais possibilita ao aluno

estagiário, não somente sua integração nas atividades produtivas, mas a sua

participação nela, de forma plena, integrando as práticas aos conhecimentos

teóricos que as sustentam.

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5. MARCO CONCEITUAL

Todo sistema escolar é montado para cumprir uma função social. Portanto,

cabe à escola e seus órgãos legítimos de decisão estabelecer com a sociedade os

objetivos a serem buscados, que devem ser a expressão dos anseios, das

aspirações, dos valores e das tradições da própria sociedade na busca de

transformá-la.

5.1. CONCEPÇÃO DE MUNDO

O desenvolvimento de uma concepção de mundo que se contraponha ao

neoliberalismo, na escola, põe-se com maior importância ainda quando se sabe que

os jovens estão diariamente se alimentando dessa ideologia nos demais espaços

que eles frequentam. Mas, também na escola, a influência sobre ele não se restringe

à sala de aula, e, mesmo aí, não se limita ao que o professor diz. A escola deve ser

reservada a tarefa de contribuir, em sua especificidade, para a atualização histórico-

cultural dos cidadãos. Isso implica uma preparação para o viver bem, para além do

simples viver pelo trabalho e para o trabalho. Parece, portanto, passível de crítica a

centralidade que, pelas mais diferentes razões e por pessoas e instituições dos mais

variados matizes políticos, se pretende dar à preparação para o trabalho em nossa

escola, hoje.

Entendemos que educação é atualização histórico-cultural dos indivíduos e

se estamos comprometidos com a superação do estado geral de injustiça social que,

em lugar do bem viver, reserva para a maioria o trabalho alienado, então é preciso

que nossa escola concorra para a formação de cidadãos atualizados, capazes de

participar politicamente, usufruindo daquilo que o homem histórico produziu, mas ao

mesmo tempo dando sua contribuição criadora e transformando a sociedade.

Se o compromisso é com uma nova visão de mundo, o caminho parece ser

precisamente este: ao mesmo tempo em que se desenvolvem conteúdos de uma

concepção mais elaborada de mundo, se propiciam condições para vivê-la e

apreendê-la cada vez mais consistentemente. Só assim se pode esperar contribuir

para desarticular a ideologia do mercado incrustada no dia-a-dia da sociedade e, em

particular, no sistema de ensino.

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5.2. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

A função social da escola é o trabalho educativo. Para que a educação

aconteça é preciso entender em que tipo de sociedade estamos inseridos.

Segundo Demerval Saviani (1992), o entendimento do modo como funciona

a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis

que regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de

leis naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem

historicamente.

A sociedade reflete todas as experiências individuais do homem, transmite-

lhe o conhecimento acumulado e absorve as contribuições que cada indivíduo

produz e oferece a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para

si. (Pinto, 1994).

Inês A. de Oliveira (1999) diz que uma sociedade democrática não é,

portanto, aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia

pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto dos membros da

sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito a sua vida (em

casa, na escola, no bairro, etc.).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho

concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a

partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Raul Pont no texto “Democracia Representativa e Democracia Participativa”,

conclui que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina que não

há verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado e que

aquelas se fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca

de uma democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de

liberdade e igualdade social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa

utopia para a humanidade.

5.3. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a

simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. A

cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza um indivíduo e que lhe

permitem intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo

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direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar,

(direto) seja ao concorrer a cargo público (indireto).

Construir a cidadania é também construir novas relações e consciências. A

cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia,

os direitos humanos, a ecologia, a ética.

Pode-se dizer que cidadania é essencialmente consciência de direitos e

deveres e exercício da democracia. Não há cidadania sem democracia. Cabe a

escola, como instituição, estimular e cultivar os valores éticos, morais e cívicos para

que o educando possa vir a ser um cidadão consciente e atuante dentro da

sociedade.

A escola reveste-se, de uma dupla responsabilidade social: por um lado, é

uma mediação indispensável para a cidadania, ao prover, de modo sistemático e

organizado, a educação que atualiza historicamente as novas gerações; por outro,

porque não pode dar conta de todo o saber produzido historicamente, ela precisa

fazer isso de modo seletivo, priorizando aquilo que é mais relevante para a formação

dos cidadãos. Tudo isso empresta uma extrema seriedade àquilo que a escola se

propõe a fazer e àquilo que ela de fato faz.

5.4. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

O conceito de infância sofreu transformações historicamente, o que se

evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates

educacionais, em especial a partir da década de 1980, no Brasil.

Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa

compreender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da

fase adulta (KUHLMANN, 1988).

Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é resultado de

determinações sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e

cultural.

Embora se apresentem ainda grandes desafios para que os direitos sociais da

infância materializem-se plenamente, diante das várias pressões sofridas pelo

estado, este passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como

sujeito de direitos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, O

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Estatuto da Criança e do Adolescente, nos anos de 1990, a LDB Nº 9394/96, além

de textos curriculares que tratam da especificidade da infância. (KRAMER, 2006).

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao

analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da

inteligência e das características essencialmente humanas.

Os estudos de Vygotsky (2007) indicam que é importante analisar

criticamente o contexto social, a fim de compreender com que crianças se está

trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças se

apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar.

Isso significa, por exemplo, que, se vivemos numa sociedade letrada, espera-

se que todas as pessoas, na idade socialmente reconhecida como adequada,

tenham asseguradas as condições para se apropriar deste conhecimento.

Políticas para a infância têm o papel de garantir que o conhecimento

produzido por todos se torne de todos. É importante fortalecer tradições e laços

culturais e históricos dos diversos grupos, mas graças ao conhecimento universal

poderemos escapar do isolamento, do estreitamento das relações, da perda de

humanidade. Políticas para a infância podem exercer importante papel ao

reconhecer as diferenças combatendo a desigualdade, ao garantir a posse do

conhecimento, questão central da distribuição do poder. O conhecimento universal e

a compreensão da história possibilitam superar a particularidade. Falar de

conhecimento é, pois, falar de cidadania.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como

uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de

serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da

adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria

sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser

compreendidas quando inseridas na história que a geraram.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem

do latim adolescência, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra

derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência.

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Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento

humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de

ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises,

que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a

adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na

verdade, ela é bem mais do que isso. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico,

quando consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a

adolescência.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica, da

puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de

elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência deve

ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se reconstrói dentro

de uma história e tempo específicos.

5.5. CONCEPÇÃO DE LUDICIDADE

A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina 'ludus' que quer dizer

'jogo'.

O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de

liberdade e espontaneidade de ação. Seu objetivo é a vivência prazerosa de sua

atividade. Ele privilegia a criatividade, a inventividade e a imaginação, por sua

própria ligação com os fundamentos do prazer.

Reconhecer o lúdico é reconhecer a especificidade da infância: permitir que

as crianças sejam crianças e vivam como crianças; é ocupar-se do presente, porque

o futuro dele decorre; é esquecer o discurso que fala da criança e ouvirem as

crianças falarem por si mesmas.

O brinquedo é a atividade da criança, ele cria na criança uma nova forma de

desejos a um „eu‟ fictício, ao seu papel no jogo e nas regras. Através do brinquedo a

criança adquire o que futuramente tornar-se-á seu nível básico de ação real e

moralidade. (VYGOTSKY, 1984).

Reencontrar o lúdico, entender seu valor revolucionário, torna-se imperativo

se deseja preservar os valores humanos no homem. Através dele podemos resgatar

a criatividade, ousando experienciar o novo.

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A atividade lúdica pode desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala

de aula: o lúdico se apresenta como uma ferramenta de ensino para o desempenho

de desenvolvimento intelectual dos alunos.

A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades;

não deve ser vista apenas como diversão ou momento de prazer, mas momentos de

desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a

coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.

Os professores podem trabalhar a prática com a teoria, desenvolvendo as

inteligências múltiplas e a participação efetiva dos alunos no processo pedagógico.

A ludicidade apresenta benefícios para o desenvolvimento da criança: a vontade da

criança em aprender cresce, seu interesse aumenta, pois desta maneira ela

realmente aprende o que lhe está sendo ensinado.

O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana,

trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão. (ALMEIDA, 2006).

KISHIMOTO (2001) em sua obra “Jogo, brinquedo, brincadeira e educação”

apresenta o uso do brinquedo e do jogo educativo com fins pedagógicos, nos

remetendo à relevância desse instrumento para situações de ensino aprendizagem e

de desenvolvimento infantil, trabalhando o cognitivo, afetivo, físico e social da

criança.

A ludicidade muda o comportamento infantil, buscando a autonomia da

criança e valorizando a afetividade que envolve o processo de aprender.

Brincando, as crianças aprendem a cooperar com os companheiros, a

obedecer as regras do jogo, a respeitar os direitos dos outros, a acatar a autoridade,

a assumir responsabilidade, a aceitar penalidades que lhe são impostas, a dar

oportunidades aos demais, enfim, a viver em sociedade. (ROJAS, 2006).

Os jogos pedagógicos têm que ser planejados pelo professor

cuidadosamente, para saber o objetivo da aula. O professor deve preparar seus

alunos para o momento especial a ser propiciado pelo jogo e explicar a razão pela

qual está adotando o jogo naquele momento da aula.

A ludicidade precisa ser trabalhada por todos os professores,

independentemente da disciplina que atuam.

É através do lúdico que conseguiremos reconhecer os problemas de cada

aluno, apresentando a eles um mundo real, misterioso e curioso para se aprender e

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transformar. É preciso que as rotinas, a organização dos conteúdos e as atividades

abram espaço para que possamos, junto com as crianças, brincar e produzir cultura.

Segundo Vygotsky (1987), o brincar é uma atividade humana criadora, na

qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas

possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças.

A brincadeira não é algo já dado na vida do ser humano, ou seja, aprende-se

a brincar, desde cedo, nas relações que os sujeitos estabelecem com os outros e

com a cultura.

O brincar não apenas requer muitas aprendizagens, mas constitui um espaço

de aprendizagem. (VYGOTSKY, 1987).

A brincadeira é um lugar de construção de culturas fundado nas interações

sociais entre as crianças. É também suporte da sociabilidade.

Brincar é uma experiência de cultura importante não apenas nos primeiros

anos da infância, mas durante todo o percurso de vida de qualquer ser humano,

portanto, também deve ser garantida em todos os anos do ensino fundamental e

etapas subsequentes da nossa formação.

O brincar é uma atividade humana significativa, por meio da qual os

sujeitos se compreendem como sujeitos culturais e humanos, membros de

um grupo social.

5.6. CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,

ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência dessas, ele produz conhecimentos. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-

materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani

(1992):

“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para

tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,

transformá- la pelo trabalho”.

Considerando-se um ser social, o homem atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

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organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade.

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes à natureza humana. O

homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a

realidade, capaz de aprender e passa a vida toda exercendo essa capacidade, isso

justifica a necessidade da educação.

O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a escola

deve levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao conhecimento mais

elaborado sobre a realidade. Isso é garantir o acesso ao conhecimento,

possibilitando a compreensão das contradições da sociedade capitalista, seus

processos de exclusão e exploração das relações de trabalho, instrumentalizando o

sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social no sentido de cumprir

e fazer cumprir seus direitos.

5.7. CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

As vertiginosas evoluções socioculturais e tecnológicas do mundo atual

geram incessantes mudanças nas organizações e no pensamento humano e

revelam um novo universo no cotidiano das pessoas.

A informática invadiu nos últimos 25 anos, nosso cotidiano e mudou nossa

vida em muitos aspectos. E isso de tal modo que hoje nenhuma experiência de

escolaridade básica pode deixar de incluir o acesso à informática, porque viver na

sociedade contemporânea, em suas mais diferentes dimensões, inclusive no mundo

do trabalho, é cada vez menos possível sem uma inserção na cultura informatizada.

A informática é apresentada como um recurso que contribui para a

construção do conhecimento, e a Educação deve buscar conexão com a realidade.

A História registra que nas atividades das mais variadas sociedades, ferramentas e

instrumentos são importantes para o desenvolvimento do indivíduo.

O Estado do Paraná vem investindo na melhoria da aprendizagem no

ambiente escolar, seja por meio da oferta de programas de estudo e

desenvolvimento profissional (proporcionado aos seus docentes), seja por meio de

ações de instrumentalização tecnológica nas escolas, contribuindo para a melhoria

da educação brasileira.

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O computador é o artefato tecnológico contemporâneo que mais se percebe

presente na vida das pessoas, sendo por essa razão, considerado como uma

ferramenta privilegiada para práticas de aprendizagem e uma alternativa viável de

abordagem para a busca de efeitos significativos na Educação.

O uso da tecnologia na aprendizagem é mais do que objetos, ferramentas,

conhecimentos técnicos e conceituais, pois envolve postura afetiva, social, simbólica

e conceitual por parte do docente e precisa estar ciente de que, aprimorar os

conhecimentos que integram sua atuação, faz parte de seu dever e também é seu

direito como profissional na Educação.

Um ambiente informatizado pode contribuir para desenvolver a

comunicação, a troca de ideias, opiniões, reflexões, num constante aprender e

desenvolver a aprendizagem.

5.8. CONCEPÇÃO DE CULTURA E TRABALHO

A cultura, como sabemos, constitui-se de tudo aquilo que é construção

humana: o saber, o fazer, o ser de cada grupo, impregnados dos valores e

significados conferidos às suas ações. Ela é produto de um eterno labor da

sociedade, acumulando em si o que é adquirido, conservado e transmitido entre as

gerações.

É importante refletir nas relações entre cultura e educação na sociedade em

que vivemos, procurando caminhos para o fortalecimento da cidadania.

Nós somos dependentes e estamos ligados à cultura. Não é possível pensar

num ser humano apartado dela.

A cidadania não se dá como algo natural e inato nas pessoas, é construída.

A cultura é um alicerce para realizar tal tarefa. É pelo seu fortalecimento e

valorização que se desenvolve nas pessoas o sentimento de pertencer, o que é uma

base para a cidadania. Por isso a necessidade de reforçarmos em nosso ambiente

cultural, na casa e na escola, os valores democráticos e humanísticos.

A cultura é dinâmica, se recicla incessantemente incorporando novos

elementos, abandonando antigos, mesclando os dois transformando-os num terceiro

com novo sentido. Tratamos, portanto, do mundo das representações, incorporadas

simbolicamente na complexidade das manifestações culturais. Cultura não é

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acessório da condição humana, é sim seu substrato. O ser humano é humano

porque produz cultura, dando sentido à experiência objetiva, sensorial.

Segundo Saviani, para sobreviver, o homem necessita, extrair da natureza,

ativa e intencionalmente, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso, ele inicia o

processo de transformação da natureza, criando um mundo humano (o mundo da

cultura).

O homem aparece, portanto como um ser que gera cultura. Ou seja,

diferentemente de outras criaturas, o homem se autoproduz reproduzindo o meio

que o circunda. Mais do que isso, recria o mundo natural que o circunda e ao

mesmo tempo recria o já criado, dando-lhe novo significado. Não se prende ao que

está pronto, mas está sempre ressignificando as realidades mesmo as que já

possuem significado; recria a utilização e a utilidade das realidades mesmo aquelas

que já tem significado e utilidade consagrada.

A escola possibilita ao jovem uma leitura do mundo, levando-o a reconhecer

o que é pertecente ao seu ambiente cultural e o que é externo. A partir disso, torna -

se possível o processo de identidade coletiva, base para a perpetuação cultural, o

que não significa evidentemente uma estagnação, mas sim um processo de

transformação consciente do ambiente cultural, inclusive capaz de respeitar e

conviver com diferenças.

5.9. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/ESCOLA

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história - ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser

mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que

ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do processo para o processo de trabalho,

bem como é ela própria, um processo de trabalho (SAVIANI, 1992, p.19).

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história

individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem - processo

constitutivo do ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a

sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da

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expectativa de transformação futura.

É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de

homem.

É libertadora porque, segundo BOFF (2000, p. 77), se faz necessário

desenvolver uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de

produzir um tipo de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente

sustentado.

A educação visa a atingir três objetivos que formam o ser humano para

gestar uma democracia aberta. São eles:

A apropriação pelo cidadão e pela comunidade, dos instrumentos

adequados para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão

globalizante da realidade que o possa orientar em sua vida.

A apropriação, pelo cidadão e pela comunidade, do conhecimento cientifico,

político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a

satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;

A apropriação, por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos

de avaliação crítica do conhecimento acumulado, para reciclá-lo e acrescentar-lhe

novos conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humanas.

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação

tem suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita

para constituir-se e transformar a realidade.

A escola é um dos meios que proporciona a formação humana. É um espaço

de convivência onde há o pluralismo cultural, assim é necessário que haja uma

maior integração e participação dos pais e da comunidade nas atividades

educacionais, orientando os filhos para que valorizem a escola e os acompanhe nas

atividades escolares e nas atividades culturais.

A integração dos pais e da comunidade deve promover a contextualização

de conteúdos e a aquisição de conhecimentos que façam dos alunos cidadãos

participativos, criativos, autônomos e empreendedores em sua vida pessoal.

A escola é importante para a construção da cidadania. Ela deve fazer opção

por atividade de complementação curricular, tomando como referência o currículo,

os conteúdos propostos para a disciplina, o plano de trabalho docente e uma

avaliação sobre as necessidades de seus alunos.

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A função essencial da escola pública consiste na socialização do saber

sistematizado indispensável ao exercício da cidadania, assim como na produção e

sistematização de um novo saber, nascido da prática social.

A escola tem procurado alternativas, juntamente com o colegiado de

professores, para reduzir o alto índice de repetência no 6º ano e 1º ano do ensino

médio, assim como a evasão do ensino noturno.

A escola tem sempre uma função básica e universal, que é garantir o direito

ao saber científico cultural e ético.

A escola pode promover práticas pedagógicas que favoreçam reflexão e

interação do estudante com as demais atividades humanas de natureza cultural e

artística. São múltiplas as possibilidades de outros locais que a escola pode

identificar para a realização do trabalho pedagógico de natureza teórico e prático.

Dado ser esse o entendimento em relação aos dispositivos legais, pode-se

considerar que toda e qualquer programação incluída no PPP da instituição, com

exigência de frequência e sob a responsabilidade de professores habilitados, será

caracterizada como atividade escolar.

Para efetivar essas atividades curriculares, considerando o tempo de

aprendizagem do estudante, os docentes e gestores precisam desenvolver práticas

curriculares de reorganização do fazer cotidiano e da gestão da escola, com

objetivos pedagógicos claros, incentivando posturas de comprometimento da

comunidade escolar.

A escola trabalhará os desafios educacionais contemporâneos. Eles não

devem ser trabalhados em formatos de projetos ou temas transversais, mas quando

chamados ao currículo, fazem parte da totalidade de um conteúdo nele presente,

portanto, fazendo parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação

de fatos sociais, seja por questões de violência, relações étnicorraciais, da educação

ambiental, do uso indevido de drogas, educação fiscal e tributária, direitos da criança

e do adolescente e direitos humanos. É necessário pontuar que hoje alguns deles

são marcos legais, sendo assim tais leis e lutas históricas e coletivas da humanidade

não serão negadas pela escola.

Trabalhará também a História do Paraná, História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena, através de ações de enfrentamento ao preconceito,

discriminação e racismo no ambiente escolar.

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A escola deve promover a ação coletiva voltada para a inclusão e

diversidade, possibilitando assim a formação de pessoas críticas capazes de

mobilizar-se na sociedade de forma a garantir o reconhecimento de sua cidadania.

A escola assume o compromisso do direito ao acesso à escolarização e ao

saber sistematizado historicamente dos educandos com necessidades educacionais

especiais sendo atendidos através da sala de recurso.

Cabe à instituição escolar problematizar as concepções de mundo, de

homem e de sociedade para definir sua ação pedagógica. São os professores,

funcionários, pais e alunos que devem pensar o papel da escola, para que ela seja

universal e de qualidade.

5.10. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações

entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas

relações sociais mediadas pelo trabalho no decorrer da vida.

Na sociedade capitalista, o homem não se apropria da produção material de

seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações, porque o

trabalhador não domina as formas de produção e sistematização do conhecimento.

Segundo Marx e Engels citado por FRIGOTTO, 1993, p. 67 “a classe que

tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os meios de

produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as ideias daqueles

que carecem desses meios ficam subordinadas a ela.”

Ainda neste sentido, Andery (1988, p.15) confirma que “nesse processo do

desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-relações e

interferências recíprocas entre ideias e condições materiais, a base econômica será

o determinante fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire

diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético, pressupondo

diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre

o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das

condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que

representam as necessidades do homem a cada momento, implicando

necessariamente nova forma de ver a realidade, um novo modo de atuação para

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obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade.

Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a ela garantir a

socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.

Conforme Veiga:

“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor. (VEIGA: 1995, p. 27)

Para Boff (2000, p. 82), “conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a

partir dela ganhar consciência e capacidade de conceptualização. O ato de

conhecer, portanto, representa um caminho privilegiado para a compreensão da

realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a

realidade somente a conversão do conhecimento em ação”.

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudança interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

O conhecimento é fruto de uma relação mediata entre o sujeito que aprende,

o sujeito que ensina e o objeto de conhecimento. Os processos de produção do

conhecimento permitem ao aluno sair do papel de passividade e fazer parte dessa

relação, através do desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores, entre

elas a linguagem.

5.11. CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Aprender e ensinar são processos inseparáveis, a aprendizagem é efetiva

quando o indivíduo se apropria de elementos culturais necessários à sua formação e

à sua humanização. O ensino se torna democrático quando o professor ensina com

compromisso, buscando aprendizagem para todos os alunos, pois o professor tem

que levar em conta a forma, o tempo e o ambiente para a aprendizagem do aluno.

Cabe ao professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento

científico, o papel de mediador, ou seja, de desenvolver procedimentos adequados

para viabilizar a apropriação desse conhecimento pelos alunos, analisando que

alguns conhecimentos são mais valiosos que os outros.

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Pode-se considerar o ensino e aprendizagem de todas as disciplinas como

prática pedagógica, resultante da articulação de três variáveis: aluno, os

conhecimentos com os quais se operam nas práticas das disciplinas e a mediação

do professor.

O primeiro elemento - o aluno - é o sujeito da ação de aprender, aquele que

age com e sobre o objeto de conhecimento. O segundo elemento - o objeto de

conhecimento - são os conhecimentos implicados nas práticas sociais de cada

disciplina. O terceiro elemento é a prática educacional do professor e da escola que

organiza a mediação entre sujeito e objeto de conhecimento.

O objeto de ensino e, portanto, de aprendizagem, é o conhecimento com o

qual o sujeito opera ao participar das práticas sociais. Organizar situações de

aprendizado nesta perspectiva supõe: planejar situações de interação nas quais

esses conhecimentos sejam construídos ou tematizados; organizar atividades que

procurem recriar na sala de aula situações enunciativas de outros espaços que não

o escolar, considerando-se sua especificidade e a inevitável transposição didática

que o conteúdo sofrerá; saber que a escola é um espaço de interação social onde

práticas sociais acontecem e se circunstanciam, assumindo características bastante

específicas em função de sua finalidade: o ensino.

Ao professor cabe planejar, implementar e dirigir as atividades didáticas,

com objetivo de desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do

aluno, procurando garantir aprendizagem efetiva.

A aprendizagem é construída pelo sujeito na relação dialética com os

conteúdos escolares. O aluno é o próprio construtor de significados sobre os

conteúdos da aprendizagem. No entanto, conceber o processo de aprendizagem

como propriedade do sujeito implica valorizar o papel do sujeito, implica valorizar o

papel determinante da interação com o meio social e, em particular, com a escola.

É importante entender a aprendizagem como atividade contínua, que se

estende ao longo da vida. A educação tende a criar condições para o aluno

desenvolver habilidade de aprender a aprender, de modo que ele seja capaz de

continuar sua aprendizagem mesmo depois de deixar a escola.

Aluno, professor e família atuam como corresponsáveis em situações de

ensino e aprendizagem, exercendo influência decisiva para o êxito do processo.

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O grande desafio dos educadores é estabelecer uma proposta de ensino

que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos sem perder de vista o

conhecimento historicamente produzido, que constitui patrimônio de todos.

5.12. CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma

tecnologia inventada e aperfeiçoada pela humanidade ao longo do milênio.

Até meados de 1980, a aprendizagem inicial da leitura e da escrita limitava-

se à alfabetização, com o sentido atribuído a essa palavra neste texto: o objetivo era

levar a criança à aprendizagem do sistema convencional da escrita – primeiro

apropriar-se do sistema de escrita, para só depois fazer uso dele. A questão que

então se colocava para alfabetizadoras e alfabetizadores era a escolha do método

de alfabetização. Os métodos de alfabetização se alternaram, ao longo do tempo.

Em meados dos anos 1980, a difusão, no Brasil, da psicogênese da língua

escrita – do construtivismo – trouxe nova orientação para a aprendizagem inicial da

língua escrita, que por meio do letramento, a criança iria construindo

progressivamente seu conceito do sistema de escrita, até tornar-se alfabética, e iria

descobrindo, de acordo com seu ritmo e suas hipóteses próprias, as relações entre

fonemas e letras.

Um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a aquisição de

uma tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação: codificação de

sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou grafemas em sons; a

aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lápis, caneta,

borracha, régua...; a aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços de

escrita: papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal...; a

aprendizagem das convenções para o uso correto do suporte: a direção da escrita

de cima para baixo, da esquerda para a direita.

A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e das

técnicas para seu uso é que se chama ALFABETIZAÇÃO.

Apenas com a aquisição da tecnologia da escrita não se entra no mundo da

escrita. Não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e escrever apenas como

um processo de codificação e decodificação, como quando dizemos: esta criança já

sabe ler, já sabe escrever; é necessário também outro ”passaporte”, saber usar a

tecnologia, ou seja, desenvolver competências para uso da leitura e da escrita nas

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práticas sociais que as envolvem, como apropriar-se das habilidades que

possibilitam ler e escrever de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em

que precisamos ou queremos ler ou escrever: ler e escrever diferentes gêneros e

tipos de textos, em diferentes suportes, para diferentes objetivos, em interação com

diferentes interlocutores, para diferentes funções: para informar ou informar-se, para

interagir, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimento, para

seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à memória, para

catarse... A esse desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da

escrita é que se chama LETRAMENTO.

A escola não é a única responsável por propiciar à criança a entrada no

mundo da escrita. Muito antes de chegar à instituição educativa – de Ensino

Fundamental e mesmo de Educação Infantil – a criança já convive tanto com a

tecnologia da escrita quanto com seu uso, porque, em seu contexto, a escrita está

sempre presente: ora muito presente, como nas camadas economicamente

privilegiadas e nas regiões urbanas, ora menos presente, como nas camadas

populares e nas regiões rurais, mas sempre presente; ora em gêneros e suportes

mais próximos ora menos próximos daqueles que a escola valoriza, mas sempre

presente. Assim, desde muito cedo a criança convive com práticas de letramento –

vê pessoas lendo ou escrevendo, e assim vai se familiarizando com as práticas de

leitura e de escrita; e também desde muito cedo inicia seu processo de alfabetização

– observa textos escritos à sua volta, e vai descobrindo o sistema de escrita,

reconhecendo algumas letras, algumas palavras.

Esses primeiros passos da criança no mundo da escrita, fora e antes da

instituição educativa, ocorrem, em geral, de forma assistemática, casual, sem

planejamento; é a escola que passará a orientar de forma sistemática, metódica,

planejada, esses processos de alfabetização e letramento.

O sistema de ensino se organiza pelo critério de idade em função das

possibilidades econômicas e políticas do país, não propriamente em função dos

processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança, processos que, sabe-se,

têm uma trajetória que não coincide inteiramente com a trajetória cronológica. Tanto

é que a idade de entrada no Ensino Fundamental varia de país a país. É comum ver

criança apropriando do sistema de escrita e alfabetizando já na etapa da Educação

Infantil, como também não são poucos os casos de crianças que se alfabetizam

antes mesmo do ingresso nessa etapa.

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No processo de aprendizagem inicial da leitura e da escrita, a criança deve

entrar no mundo da escrita fazendo uso dos dois “passaportes”: precisa apropriar-se

da tecnologia da escrita, pelo processo de alfabetização, e precisa identificar os

diferentes usos e funções da escrita e vivenciar diferentes práticas de leitura e de

escrita, pelo processo de letramento. Se lhe é oferecido apenas um dos

“passaportes” – se apenas se alfabetiza, sem conviver com práticas reais de leitura

e de escrita – formará um conceito distorcido, parcial do mundo da escrita; se usa

apenas o outro “passaporte” – se apenas se letra, sem se apropriar plena e

adequadamente da tecnologia da escrita – saberá para que serve a língua escrita,

mas não saberá se servir dela.

Para que a criança se insira de forma plena no mundo da escrita, é

fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e

indissociáveis. Portanto, quando a criança aprende a ler e a escrever, deve

aprender, simultaneamente e indissociavelmente, o sistema alfabético e ortográfico

da escrita e os usos e funções desse sistema nas práticas sociais que envolvem a

leitura e a escrita.

Os métodos de alfabetização e do letramento são muitos e diferentes, não

se pode pretender ensinar utilizando UM único método para a orientação da

aprendizagem inicial da língua escrita, é preciso lançar mão de vários MÉTODOS,

ou seja, uma articulação de procedimentos que alfabetizem e letrem, propiciando à

criança uma entrada plena no mundo da escrita, que é a finalidade última da

aprendizagem inicial da língua escrita.

5.13. GESTÃO ESCOLAR

A democracia implica a participação de todos para atingir objetivos comuns

como o desenvolvimento do senso crítico do aluno, o respeito a individualidade e a

troca de resultados e experiências.

A gestão democrática constitui um dever para todos os educadores em

atuação na escola, desenvolvendo capacidade decisória, possibilitando a percepção

e a compreensão das diferentes alternativas, pois a vida é um processo dinâmico,

flexível, atualizado, técnico, criativo, adaptável, são ações que representam uma

dimensão ampla no contexto em que vivemos.

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A gestão democrática também permite colaborar no desenvolvimento de

suas competências profissionais, vinculadas à capacidade e disposição de construir

relações e estabelecer um clima de confiança mútua, compartilhamento da prática

de estudo que promova uma mudança coletiva na maneira de pensar e agir.

Nesse sentido, propicia o desenvolvimento de princípios fundamentais para

garantir a transformação do ensino. Uma escola que promove a inclusão social

dentro da ética, busca de igualdade, liberdade, pluralismo de ideias e valorização

dos profissionais da educação.

Realizar gestão democrática e colegiada implica respeitar o contexto real da

comunidade escolar, e atribuir responsabilidade a todos. A família e comunidade

escolar são fundamentais nesse trabalho.

Democratizar decisões significa envolver pais, alunos, professores e agentes

educacionais, membros do Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil na

administração escolar.

A gestão deve contribuir efetivamente para o processo de construção de

uma cidadania emancipadora, o que requer autonomia, participação,

posicionamentos críticos que combatam a ideia burocrática de hierarquia.

O papel do diretor, dos professores, alunos, agentes educacionais, equipe

pedagógica e pais ou responsáveis é fortalecer o trabalho coletivo no intuito de

organizar uma escola voltada ao processo de ensino aprendizagem e combater, a

cada dia, dentro e fora da escola, a visão fragmentada de escola e sociedade.

5.14. GESTÃO DO TEMPO

O Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental e Médio funciona em

três turnos: matutino, vespertino e noturno. Sendo que o matutino inicia às 7:40

horas com término às 12:00 horas, o vespertino tem começo às 13:00 horas com

término às 17:20 horas e o noturno começa às 18:45 horas e termina às 23:05

horas.

O calendário escolar será organizado com a carga horária mínima anual de

oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho

escolar seguindo determinações da Secretaria de Estado da Educação constando

início e término do período letivo, feriado, recesso, conselho de classe,

planejamentos, formação continuada e férias escolares.

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A matrícula é o ato formal que vincula o aluno ao estabelecimento de ensino.

O aluno não vinculado ao estabelecimento de ensino poderá ingressar na escola a

qualquer tempo, desde que se submeta a processo de classificação, previsto no

Regimento Escolar, sendo que o controle de frequência se fará a partir da data

efetiva da matrícula. O Estabelecimento ofertará matrícula com progressão parcial

em até três disciplinas a partir do 7º ano do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino

Médio.

Todos os outros critérios exigidos para matrícula estão previstos no

Regimento Escolar do Artigo 68 ao Artigo 78.

A organização das classes é seriada e por modalidade de ensino.

5.15. GESTÃO DO ESPAÇO

Para que ocorra aprendizagem é necessário que haja um ambiente propício

para que o aluno sinta-se bem e estimulado a desenvolver sua aprendizagem.

A nossa escola não possui salas de aulas suficientes para atender a

demanda. Atualmente utiliza-se espaços improvisados como: biblioteca, laboratório

e sala de informática.

Apesar dos vários pedidos à Mantenedora, a escola foi contemplada com

uma reforma apenas em 2006, mudando seu visual e melhorando até a autoestima

dos alunos. Mas atualmente precisa de nova pintura e carteiras novas. O número de

alunos tem aumentado e há oferta de programas (apoio aprendizagem, recurso,

CELEM, informática, atividade complementar e e-Tec Brasil) que vieram para ajudar

a escola no desenvolvimento do aprendizado dos alunos com necessidades

específicas e precisam de salas. Porém, por falta das mesmas foram adaptados

alguns ambientes como a biblioteca, sala de informática e laboratório, ficando todos

os alunos com atendimento precário.

Faz-se necessário uma escola bem equipada, com espaço suficiente e com

o menor número de alunos por sala para que socializem saberes transformadores da

sociedade, autônoma, emancipadora, democrática voltada para a formação integral

do educando, com a participação da família, uma vez que temos ótimos profissionais

e oferta programas do governo (Sala de Recursos e CELEM, Atividade

Complementar, Sala de Apoio Aprendizagem em Língua Portuguesa e Matemática e

e-Tec Brasil, voltados para a melhoria da aprendizagem.

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Diante dos motivos expostos e para que o problema de espaço seja

solucionado, a escola necessita urgentemente ser atendida no seu pedido de

ampliação de salas de aula, sala ambiente, secretaria, sala de professores, depósito

de merenda escolar, etc.

Precisa também melhorar a ventilação das salas com janelas maiores para o

bem estar dos alunos, com instalação de câmeras de segurança para monitorar a

rotina das salas de aula e adquirir uma câmera filmadora para registrar os eventos

realizados pelo colégio.

5.16. GESTÃO DOS RECURSOS

Para conservação do patrimônio escolar e sustentabilidade dos gastos

necessários para um bom aprendizado do aluno a escola conta com fundos oriundos

dos órgãos públicos federal e estadual e órgãos colegiados. Algumas verbas são

recebidas regularmente como: Fundo Rotativo, cujo valor oscila de acordo com o

número de alunos da escola. O Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE é

recebido anualmente. Outro recurso é o PDE Escola, proveniente do governo federal

para as escolas que apresentam baixo Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica (IDEB) e são localizadas em municípios com baixo Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH), recebido no ano de 2008 e 2009. A APMF faz

promoções angariando fundos para auxiliar nas despesas que nem sempre podem

todas serem pagas com as verbas enviadas, pois são poucas e existem restrições

quanto à sua execução.

Os recursos oriundos dos órgãos federais e estaduais são gerenciados pelo

Conselho Escolar e APMF que mensalmente elaboram o Plano de Aplicação e

Aprovação das Prestações de Contas de todo o dinheiro recebido.

A escola também é beneficiada com recursos enviados via Fundo Rotativo

como Escola Cidadã e Cota Suplementares, quando solicitados pela escola.

Para solucionar os problemas de aprendizagem, os pais ou responsáveis

são convocados a comparecer à escola através de comunicados via telefone

escritos.

A Escola necessita urgentemente de Agente Educacional I,

preferencialmente do sexo masculino para os serviços de preparação e cuidados

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com a horta escolar e auxílio nos serviços de limpeza, cuidados com pátio e

pequenos reparos no estabelecimento.

As aulas de Educação Física, nos dias de chuva, são precárias porque a

quadra é aberta e fica molhada, impossibilitando sua prática.

A escola possui um bom acervo bibliográfico, o qual está sempre sendo

complementado quando solicitado pelo professor, além de possuir livros recebidos

dos programas dos governos federal e estadual. A escola possui biblioteca do

professor composta por 211 livros (209 títulos).

O laboratório de informática está equipado com 38 computadores para o

ensino regular e 02 para a sala de recursos.

5.17. FORMAS DE CONVIVÊNCIA

A informação atualizada circula democraticamente e ajuda a manter uma

convivência produtiva e solidária.

As diferenças de gênero, cor, religião, condições especiais de

aprendizagem, etnia, códigos culturais são respeitadas e consideradas para

promover o respeito, o acolhimento da diversidade e aprendizagem.

As diferentes manifestações culturais são trabalhadas, respeitando-se as

expressões de ideias, valorizando as manifestações artísticas, incentivando a troca

de experiências e de opiniões da comunidade quando convocada a participar nas

decisões da escola. Além dessas manifestações, serão trabalhados: música,

prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental,

educação fiscal e tributária, direito das crianças e adolescentes e enfrentamento à

violência contra a criança e o adolescente.

O professor é um mediador do conhecimento e do conteúdo a ser trabalhado

considerando as necessidades que surgem em sala de aula, a experiência cultural

que o estudante traz e a função formadora da educação.

As salas de aulas estão organizadas de modo que todos os alunos possam

participar das aulas de uma maneira espontânea interagindo uns com os outros e

com o professor através de diálogo aberto, em que há troca de informações partindo

do saber do senso comum para a construção do conhecimento científico.

A comunidade escolar tem acesso à biblioteca respeitando o horário de

funcionamento e os critérios de organização da mesma, sendo ela um espaço que

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propicia a leitura, a pesquisa a produção de conhecimento, exposição e

apresentação de trabalhos. Porém, sua utilização é precária pois ela é ocupada

quatro vezes na semana com aulas da Sala de Apoio à Aprendizagem no período

matutino, além de ter sido dividida para formar mais uma sala de aula.

Para atender as determinações exigidas pela LDB 9394/96 o professor

precisa ser um orientador da aprendizagem do aluno, ser reflexivo, avaliar e

ressignificar sua prática pedagógica, deve incentivar também a estética da

sensibilidade, zelar pela política da igualdade e pela ética da identidade.

5.18. FORMAÇÕES CONTINUADA

O aprimoramento é indispensável, principalmente porque contribui com a

formação da nova geração e da sociedade. A evolução da ciência gerou novos

conceitos científicos e são tantas as responsabilidades do professor do novo século

que é necessário que ele esteja em sintonia com o mundo de informações cada vez

mais velozes, buscando atualizar-se também através da internet e de outros

veículos de comunicação.

Aos professores são oferecidas várias formas de Formação Continuada,

pela Secretaria (SEED) algumas previstas no calendário escolar (Semana

Pedagógica), outras aos sábados, participam ainda do Grupo de Trabalho em Rede

(GTR) e outras modalidades de cursos que são oferecidos a distância e também por

Instituição de Ensino Superior (IES). Em dois períodos durante o ano todos os

professores e funcionários participam juntos na Escola de capacitação oferecida

pela SEED e NRE Itinerante, em que são estudados temas relevantes para a

educação.

5.19. ORGANIZAÇÕES DA HORA / ATIVIDADE NO HORÁRIO ESCOLAR

A hora atividade neste estabelecimento de ensino é realizada por turno e

proporcionalmente ao número de aulas que de acordo com a lei vigente determina

vinte por cento da carga horária do professor. Faz – se necessário a ampliação da

hora atividade afim de que o professor possa organizar todo o seu trabalho dentro

dessa carga horária na escola. Quando há necessidade dos professores trocarem

experiências eles combinam um horário para o encontro.

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5.20. CURRÍCULO

Pesquisas sobre educação apontam que o currículo é toda experiência

educativa de alunos e professores, isto é, tudo que acontece na escola e para

alguns, até mesmo fora dela, já que a escola não é mais a única fonte de formação e

informação de alunos.

O currículo deve contemplar conteúdos e estratégias de aprendizagem,

estando oculto nas práticas escolares atingindo uma dimensão sociopolítica inegável

que se relaciona com as funções de socialização que a escola tem dentro da

sociedade. Hábitos de ordem, pontualidade, correção, respeito, competição –

colaboração, docilidade e conformidade são, entre outros, aspectos inculcados

consciente ou inconscientemente pela escola que denotam um modelo de cidadão.

O currículo deve prever a melhor forma de organização do conhecimento na

escola, tendo em vista atender aos interesses de formação para emancipação

humana e não apenas aos desígnios do mercado.

As abordagens do currículo guiam-se por uma racionalidade técnica,

instrumental, que atribui ao currículo uma dimensão utilitarista fundamentada nos

critérios de eficiência.

5.21. MATRIZ TEÓRICA E ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

O Ensino neste estabelecimento será oferecido de forma seriada, vinculando

o aluno no ato da matrícula ao conjunto de disciplinas estabelecido para um ano

letivo.

A educação básica, nos níveis fundamental e médio, terá a carga horária

anual de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo

trabalho escolar.

Os currículos do ensino fundamental e médio terão uma base nacional

comum a ser complementada por uma parte diversificada.

O Colégio adotará de acordo com a Instrução nº 04/2005, 75% na Base

Nacional Comum e até 25% na parte diversificada.

O Ensino Religioso é ofertado de forma facultativa para o 6º e 7º anos do

Ensino Fundamental, mas não integrado às 800 horas anuais.

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A organização curricular é por disciplina e tem como objetivo facilitar o

desenvolvimento dos conteúdos numa perspectiva de interdisciplinaridade e

contextualização.

A escola trabalhará os desafios educacionais contemporâneos. Eles não

devem ser trabalhados em formatos de projetos ou temas transversais, mas quando

chamados ao currículo, fazem parte da totalidade de um conteúdo nele presente,

portanto, fazendo parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação

de fatos sociais, seja por questões de violência, relações etnicorraciais, da educação

ambiental, do uso indevido de drogas, educação fiscal e tributária, direitos da criança

e do adolescente e direitos humanos. É necessário pontuar que hoje alguns deles

são marcos legais, sendo assim tais leis e lutas históricas e coletivas da humanidade

não serão negadas pela escola.

Trabalhará também a História do Paraná, História e Cultura Afro-Brasileira,

Africana e Indígena, através de ações de enfrentamento ao preconceito,

discriminação e racismo no ambiente escolar.

O currículo deve contemplar conteúdos e estratégias de aprendizagem que

capacitem o ser humano para realização de atividades, visando à integração no

tríplice universo das relações política, do trabalho e da simbolização subjetiva.

O Ensino Fundamental será organizado por disciplinas. A Base Nacional

Comum é formada por: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino Religioso,

Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa, e na Parte Diversificada a

disciplina de Língua Estrangeira Moderna/Inglês. O Ensino Médio com duração de 3

(três) anos, contém na Base Nacional Comum as disciplinas: Arte, Biologia,

Educação Física, Física, Filosofia, Geografia, História, Língua Portuguesa,

Matemática, Química e Sociologia, e na Parte Diversificada Língua Estrangeira

Moderna/Inglês.

Neste estabelecimento de ensino temos implantado o Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas - CELEM - com oferta da Língua Espanhola para o ensino

fundamental e médio em contraturno.

Com a LDB, o Ensino Médio passou a integrar a etapa do processo

educacional que a nação considera básica para o exercício da cidadania e o acesso

às atividades produtivas.

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A escola pode promover práticas pedagógicas que favoreçam reflexão e

interação do estudante com as demais atividades humanas de natureza cultural e

artística.

São múltiplas as possibilidades de outros locais que a escola pode identificar

para a realização do trabalho pedagógico de natureza teórico e prático.

Sendo esse o entendimento em relação aos dispositivos legais, pode-se

considerar que toda e qualquer programação incluída no Projeto Político Pedagógico

da instituição, com exigência de frequência e sob a responsabilidade de professores

habilitados, será caracterizada como atividade escolar.

Para efetivar essas atividades curriculares, considerando o tempo de

aprendizagem do estudante, os docentes e gestores precisam desenvolver práticas

curriculares de reorganização do fazer cotidiano e da gestão da escola, com

objetivos pedagógicos claros, incentivando posturas de comprometimento da

comunidade escolar.

5.22. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS

Antes os conteúdos eram um fim em si mesmo e atualmente devem ser um

meio para levar o aluno a desenvolver todo o seu potencial, não só no conhecimento

científico mas também ético e moral colaborando para uma vida de qualidade e

cidadã.

Qualquer que seja a linha pedagógica, professores e alunos trabalham,

necessariamente, com conteúdos. O que diferencia as propostas curriculares é a

função atribuída aos conteúdos no contexto escolar e, em decorrência disso, as

diferentes concepções quanto à maneira como devem ser selecionados e tratados.

Simplesmente transmitir o conteúdo e esperar que ele seja reproduzido não forma o

indivíduo emancipado. A escola não é só mais o lugar onde uma geração passa

para a outra um acervo de conhecimentos. Ela é o espaço onde as relações

humanas são moldadas. Deve ser usada para aprimorar valores e atitudes além de

capacitar o indivíduo na busca de formação, onde quer que elas estejam, para usá-

las no seu cotidiano.

Na verdade, os conteúdos devem constituir-se em um elo essencial no

processo de concretização das intenções educativas, indicando e definindo aspectos

do desenvolvimento do aluno que a educação escolar tenta desenvolver. O processo

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de apropriação dos conteúdos deve basear-se na aprendizagem significativa e, por

isso, tais conteúdos têm de estar relacionados às reais necessidades do aluno,

articulados interdisciplinarmente e vinculados aos valores humanos fundamentais. O

importante é que o aluno possa construir significados e atribuir sentido aquilo que

aprende, pois só deste modo é possível concorrer para o seu crescimento pessoal,

favorecendo e promovendo o seu desenvolvimento e socialização, contribuindo para

que se compreenda melhor o mundo e se torne capaz de assumir uma postura

transformadora em vista do bem comum.

Assim, os conteúdos contemplados no currículo devem levar em conta sua

relevância social e sua contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno.

O aprendizado e vivência das diversidades de etnia, gênero, classe, a

relação com o meio ambiente, a vivência equilibrada da afetividade e sexualidade, o

respeito à diversidade cultural, entre outros, são temas essenciais com que todos

nós nos defrontamos e que não podem ser desconsiderados pela escola.

A incorporação desses temas exige um repensar dos conteúdos escolares,

estabelecendo a relação entre as áreas de conhecimentos e os temas

contemporâneos.

Nesse enfoque, repensar os conteúdos escolares não significa abandonar as

disciplinas curriculares ou simplesmente acrescentar a elas os temas atuais, mas

principalmente ressignificá-los, contextualizando. Proporcionar o conhecimento no

próprio processo de sua produção é criar condições para que o aluno experimente a

curiosidade, o encantamento da descoberta e a satisfação de construir o

conhecimento com autonomia.

5.23. METODOLOGIA

Para efetivação dessa proposta, o Colégio Estadual Rui Barbosa

fundamenta-se numa metodologia dialética de construção de conhecimento em que

se entende o homem como um ser ativo e de relações. Assim compreende-se que

os conteúdos não são “transferidos” ou “depositados” pelo outro, mas sim

construídos pelo sujeito nas suas relações com os outros e com o mundo.

Em todos os componentes são propostas atividades e são encaminhados os

desenvolvimentos de noções, conceitos e atitude. Considera-se o conhecimento

como processo relacional, como ato humano de apropriação; daí entender o trabalho

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que acontece em sala de aula sempre como atividade ou ação entre pessoas e

conteúdos que devem ser apropriados.

As atividades passam a ter significado quando são vistas como bloco de

situações que envolvem trabalho de alunos e professores e devem ser pensadas

para proporcionar o desenvolvimento dos alunos e a intervenção do professor;

apresentam tarefas que se organizam em torno de problematização, busca e

organização de informações e implicam a realização de variadas operações de

pensamento.

A missão fundamental da educação consiste em ajudar cada indivíduo a

desenvolver todo o seu potencial e a tornar-se um ser humano completo, e não um

mero instrumento da economia; a aquisição de conhecimentos e competências deve

ser acompanhada pela educação do caráter, pela abertura cultural e pelo despertar

da responsabilidade social.

É fundamental tentar entender o universo cultural dos alunos, a linguagem,

códigos e estratégias que utilizam para sobreviver fora da escola, o que faz sentido

para eles, o que tem valor em sua cultura. Cabe ao professor acolher o aluno,

estabelecendo com ele um diálogo afetivo para introduzí – lo em outros universos

culturais sem destruir ou ameaçar seu próprio universo.

Nesse novo contexto, para o professor desempenhar bem o seu papel ele

deve mudar a sua postura frente a sua turma. De dono absoluto do saber, o

educador passa a ser intermediário entre o conhecimento acumulado e o interesse e

a necessidade do aluno. Mais do que isto, ele se torna o elemento que desencadeia

e sacia a curiosidade da turma, ao mesmo tempo em que aprende com ela.

Se o conhecimento não é partilhado, ele é inútil, fica sem sentido. É preciso

encontrar sentido e valor para se estabelecer relações com o saber. Abrir espaço

para que os alunos percebam o que o conhecimento tem a ver com suas vidas exige

oferecer diferentes tipos de tarefas e possibilidades de expressão.

Para isso é preciso que os professores analisem sua prática e reflitam

coletivamente sobre ela.

5.24. RECURSOS DIDÁTICOS

Os recursos didáticos atualmente são suficientes para atender as exigências

que se pede da escola quanto às necessidades da atual sociedade, porém a hora

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atividade é insuficiente para os professores prepararem suas aulas utilizando tais

recursos.

A Escola conta com recursos didáticos para o Ensino Fundamental e Médio

como: revistas, jornais, mapas e dois globos, dois retroprojetores, três aparelhos de

televisão e de vídeo, quatro DVDs, jogos educativos, quarenta computadores, sendo

que dois deles de uso dos alunos da sala de recursos, um aparelho de som, dois

microfones e um amplificador, dois rádios com aparelho para CD, um data show e

vários outros materiais educativos. Em cada sala de aula possui uma TV multimídia.

A escola possui um notebook para uso da sala de recurso.

A inserção de novos recursos tecnológicos é capaz de criar condições para

que frutifiquem valores educacionais, tais como o do entendimento crítico, o da

colaboração, o da cooperação, o da curiosidade que leva ao saber, e, por fim, os

valores éticos de uma cidadania participativa se contrapondo aos pensamentos e

práticas totalizantes, que defendem receitas únicas.

Além de o professor usar sua criatividade, estes recursos didáticos também

são essenciais para o sucesso da aula e motivação dos alunos.

5. 25. AVALIAÇÃO

A avaliação dos alunos deve ser emancipatória, o que implica garantir o

acesso ao conhecimento por parte do aluno e avaliá-lo durante todo esse processo

de apropriação do saber. Ela é parte integrante do processo de desenvolvimento dos

alunos, numa proposta na qual o aluno é solicitado o tempo todo a participar,

questionar e criar.

A avaliação no Plano de Trabalho Docente (PTD) deve ser organizada de tal

forma que mostre com clareza os critérios e instrumentos a serem utilizados.

Os critérios são estabelecidos para avaliar o trabalho em sala de aula e,

consequentemente o aproveitamento/apropriação dos alunos em função dos

conteúdos que estão especificados em cada PTD.

Os instrumentos de avaliação são meios e recursos utilizados para se

alcançar determinados fim, de acordo com os encaminhamentos metodológicos e

em função dos conteúdos e critérios estabelecidos para tal fim. No ato de planejar o

professor deve fazer suas escolhas quanto aos instrumentos mais adequados para

sua ação pedagógica se efetivar durante o processo educativo, lançando mão de

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provas, produção de textos, levantamento de dados, atividades de leituras

compreensivas de textos, pesquisa bibliográfica, palestra, apresentação oral,

atividades experimentais, pesquisa de campo, relatórios, seminário, debate,

atividades com textos literários, atividades a partir de recursos audiovisuais, trabalho

em grupo, questões discursivas e objetivas, entre outros.

Neste projeto, a avaliação é concebida como um instrumento para auxiliar o

aluno a aprender, fazendo parte integrante do dia a dia em sala de aula. Não é uma

avaliação para ser um ponto final, uma classificação, para depois excluir o aluno. A

avaliação precisa ser diagnóstica, processual, para ser de aprendizagem e para ser

de todos.

Não podemos aceitar a avaliação comparativa, cada ser humano é diferente.

Precisamos reconstruir a escola para incluir.

A avaliação é uma atividade pedagógica sem a qual a escola não sobrevive,

mas é preciso transformar a prática avaliativa, repensando a sua verdadeira função.

As alterações na forma de avaliar são integrantes do processo escola, demandando

estudo e reflexão, resultado do trabalho coletivo dos educadores.

Entende-se que a avaliação não deve converter – se num fim em si mesma

nem se centrar exclusivamente na análise dos aproveitamentos individuais. A

avaliação é antes de tudo um meio para melhorar a forma que se conduz o processo

de aprendizagem e, portanto, devem levar em conta, também, indicadores que são

observáveis em nível grupal. O processo de avaliação representa um compromisso

do professor em investigar o processo de aprendizagem do aluno no seu cotidiano,

contínua e gradativamente, buscando não só compreender e participar da

caminhada do aluno, mas também intervir, fazendo provocações intelectuais

significativas, utilizando – se de diversos encaminhamentos pedagógicos.

Qualquer decisão sobre os alunos deve ser tomada levando-se em conta a

análise do seu desempenho, através da observação e interpretação da sequência de

suas atividades e manifestações e pelo coletivo dos educadores que trabalham com

ele. Também nenhum juízo isolado ou parcial sobre o aluno pode ser considerado

como absoluto ou definitivo, e decisões de aprovação e reprovação deverão ter

como base a história do seu processo de aprendizagem do conhecimento.

Na avaliação em processo, o professor pode rever os procedimentos que

vem utilizando e replanejar sua atuação, enquanto o aluno vai continuamente se

dando conta de seus avanços e dificuldades.

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Aos alunos que demonstrarem rendimento insuficiente, a escola

proporcionará oportunidade de melhoria de aproveitamento através da recuperação

de estudos.

A recuperação de estudos consiste na retomada de conteúdos durante o

processo de ensino e aprendizagem, possibilitando que os alunos tenham

oportunidades de apropriar-se do conhecimento historicamente produzido por meio

de diferentes metodologias.

A recuperação paralela de estudos significa propor aos alunos,

permanentemente, gradativos desafios e tarefas articuladas e complementares às

etapas anteriores, visando sempre ao maior entendimento à maior precisão de suas

respostas, à maior riqueza de seus argumentos.

A recuperação de estudos será planejada e aplicada em função das

necessidades individuais, considerando-se os diversos ritmos e deficiência de

aprendizagem, sendo realizadas através de aulas, tarefas, trabalhos, pesquisas,

exercícios, provas, e outros, orientados pelo professor.

Na recuperação de estudos o professor considerará a aprendizagem do

aluno no decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota da

avaliação e da recuperação prevalecerá sempre a maior.

A promoção resultará da combinação do resultado da avaliação do

aproveitamento escolar do aluno e da apuração da assiduidade.

Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e frequência,

serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.

Será considerado aprovado o aluno que apresentar frequência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do período letivo

e média igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero), resultante da média aritmética

dos bimestres nas respectivas disciplinas.

Será considerado reprovado o aluno que não apresentar frequência igual ou

superior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total da carga horária do período

letivo, com qualquer média anual.

O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco

por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero), mesmo após a

recuperação de estudos ao longo da série ou período letivo, será submetido à

análise do conselho de classe que definirá pela sua aprovação ou não.

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Havendo aproveitamento de estudos, o estabelecimento de destino

transcreverá no histórico escolar a carga efetivamente cumprida pelo aluno, nas

séries ou períodos concluídos com aproveitamento na escola de origem, para fins de

cálculo da carga horária total do curso.

O Estabelecimento adotará a classificação e reclassificação, segundo

critérios próprios, para posicionar o aluno na série ou etapa compatível com a idade,

experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.

A classificação poderá ser realizada por promoção, para alunos que

cursaram com aproveitamento a série anterior na própria escola; por transferência,

para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do exterior, considerando

a classificação na escola de origem; independente de escolarização anterior,

mediante avaliação feita pela escola para definir o grau de desenvolvimento e

experiência do aluno.

A reclassificação será feita pela Escola para avaliar o grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com

sua experiência e desempenho, independente do que registre o seu histórico

escolar.

O aluno não poderá ser classificado ou reclassificado para etapa inferior a

anteriormente cursada.

O Estabelecimento realizará adaptação de estudos, sem prejuízo das

atividades normais da série ou período, em que o aluno se matricular, para que

possa seguir, com proveito, o novo currículo. A adaptação far-se-á pela base

nacional comum e poderá ser realizada durante os períodos letivos ou entre eles, a

critério da escola. As formas de adaptação a serem adotadas serão escolhidas de

acordo com a situação específica do aluno.

O Estabelecimento prevê no seu Regimento Escolar Progressão Parcial em

até três disciplinas no regime seriado, podendo cursá-las subsequente e

concomitante às séries seguintes.

Os resultados bimestrais serão comunicados aos alunos e seus

responsáveis, através de boletins e ficha de acompanhamento de aprendizagem.

Os demais critérios estão previstos no Regimento Escolar.

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6. MARCO OPERACIONAL A escola conta com elementos que auxiliam e direcionam todo o processo

ensino aprendizagem. Esses elementos são pautados em lei e direcionados pela

Secretaria de Estado da Educação. A partir daí a escola traça suas ações para um

determinado prazo, buscando sua excelência no projeto educacional.

O Colégio Estadual Rui Barbosa desenvolverá as seguintes ações com

encaminhamentos pedagógicos:

Implementar a Proposta Pedagógica Curricular, com acompanhamento da

equipe pedagógica e as mudanças que se fizerem necessárias no decorrer do

ano letivo;

Incentivar o uso do uniforme e sua importância através da consulta aos pais,

sob a verificação da direção da escola;

Prestar primeiros socorros em caso de acidente, encaminhando se

necessário, ao Centro de Saúde, em casos mais graves comunicando os

pais;

Eleger os líderes de sala no início do ano letivo, sob a coordenação da

direção;

Incentivar o Grêmio Estudantil com iniciativas que contribuam para a melhoria

da escola e qualidade de ensino;

Realizar o pré-conselho de cada turma com alunos e professores sob a

coordenação da equipe pedagógica;

Promover conselho de classe participativo (líderes de sala, funcionários,

direção, professores, pedagogos e pais);

Realizar o pós conselho de cada turma após o conselho de classe;

Reunião bimestral com os pais, buscando a melhoria do ensino

aprendizagem;

Promover palestras sobre temas educativos para pais e alunos na busca de

conscientização a respeito de problemas que influenciam e prejudicam o

processo ensino aprendizagem;

Acompanhar o desenvolvimento do processo educativo através de

assiduidade e estatísticas bimestrais;

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Incentivar grupos de estudos para os profissionais da Educação oferecidos

pelo NRE e SEED com vistas a melhoria do fazer educativo;

Participar e acompanhar o desenvolvimento dos programas da Secretaria de

Estado da Educação, como: Jogos Escolares do Paraná, Atividades

complementares em contraturno, sala de apoio à aprendizagem, CELEM,

entre outros;

Incentivar alunos e pais na participação de atividades recreativas, culturais e

esportivas desenvolvidas pela escola e SEED, evitando a evasão e

promovendo integração da família com a escola;

Trabalhar os Desafios Educacionais Contemporâneos (direito e violência

contra criança e adolescente; prevenção ao uso indevido de drogas;

sexualidade humana e educação ambiental dentro do currículo disciplinar,

assim como História do Paraná; História e cultura afro-brasileira, africana e

indígena; educação fiscal e tributária atendendo a legislação educacional;

Convocar e incentivar a participação das instâncias colegiadas, quando se

fizer necessário, para definição do plano de trabalho para o ano letivo,

aprovação do Calendário Escolar, apreciação dos planos de aplicação,

aprovação dos recursos financeiros a fim de tornar transparente toda ação

escolar;

Incentivar a participação dos alunos na Prova Brasil, ENEM, Olimpíadas e

informar aos pais as datas e a importância destas avaliações externas para a

escola;

Incentivar os alunos a fazer leitura dos periódicos, livros, jornais e textos on-

line e outros;

Promover gestão democrática através do fortalecimento das instâncias

colegiadas;

Divulgar as decisões do Conselho Escolar para a comunidade escolar em

forma de editais;

Preparar os membros das instâncias colegiadas, entregando cópias com

partes do estatuto referente as suas atribuições;

Priorizar as ações da APMF nas questões relativas ao processo ensino

aprendizagem;

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Avaliar a qualidade dos serviços prestados pelos diversos setores da escola

através de questionamentos realizados com os alunos no pré-conselho;

Adquirir mais material de apoio didático-pedagógico para continuar atendendo

as necessidades pedagógicas da escola;

Priorizar o processo ensino aprendizagem e não a nota, tornando o aluno

sujeito da aprendizagem;

Discutir os índices educacionais com a comunidade escolar buscando sempre

a melhoria dos resultados;

Encontrar juntamente com a Rede de Proteção à criança e o adolescente

(Ação Social, Conselho Tutelar, CRAS, etc), alternativas que venha diminuir

os índices de evasão acompanhando a frequência do aluno, comunicando

aos pais e solicitando justificativa das faltas, encaminhando a FICA nos casos

não resolvidos;

Incentivar o uso adequado da biblioteca para leituras e pesquisa na Internet

acompanhados pelo professor da sala e também em contraturno.

Desenvolver ações integradas com a rede de inclusão FICA em parceria com

Conselho Tutelar e Ação Social;

Preservar e conservar todo o patrimônio físico e cultural do estabelecimento

de ensino;

Encaminhar alunos que necessitam de acompanhamento pelos profissionais

de saúde (psicólogo, neurologista, oftalmologista, fonoaudiólogo, psiquiatra,

etc);

Buscar recursos junto à mantenedora para adequação da quadra, ampliação

de novo bloco com salas de aula, também uma passarela entre a escola e a

quadra, e mesas no espaço de lazer;

Elaborar o PTD e adequar sempre que necessário;

Supervisionar o estágio não obrigatório para alunos matriculados nas séries

finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio que frequentam as aulas

regularmente, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem

ser adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento

cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sob o aspecto

produtivo. A jornada do estágio terá, no máximo, 4 horas diárias e 20 horas

semanais para os alunos maiores de 16 anos dos anos finais do Ensino

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Fundamental e 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de alunos do

Ensino Médio. A carga horária do estágio não pode comprometer a frequência

às aulas e o cumprimento dos demais compromissos escolares. A duração do

estágio, contratado com a mesma instituição concedente, não poderá exceder

2 anos, exceto quando se tratar de estagiário com deficiência. As atividades

de estágio desenvolvidas pelos alunos são consideradas como parte do

currículo. O estágio deve ser desenvolvido com a mediação do professor

pedagogo, o qual é responsável pelo acompanhamento e realização das

atividades através de relatório periódico do estagiário, zelar também pelo

cumprimento do termo de compromisso firmado entre as instituições.

Propor atividades metodológicas que garantam ao aluno a apropriação dos

conteúdos;

Avaliar o trabalho em sala de aula, os índices das avaliações internas e

externas da escola com vistas ao aproveitamento/apropriação dos alunos a

respeito dos conteúdos do PTD;

Acompanhar e dar apoio aos professores do Programa de Desenvolvimento

Educacional-PDE durante o processo de Implementação do Projeto de

Intervenção Pedagógica na escola com registro em formulários específicos;

Ofertar classificação, reclassificação, adaptação/aproveitamento de estudos,

regime de progressão parcial de acordo com a necessidade do aluno.

6.1. CRITÉRIO DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

A gestão da escola se traduz cotidianamente como ato político, pois implica

sempre uma tomada de posição dos atores sociais (pais, professores, funcionários,

alunos). Logo, a sua construção não pode ser individual, pelo contrário, deve ser

coletiva, envolvendo as instâncias colegiadas nas discussões e nas tomadas de

decisões.

Para garantir a qualidade de ensino, a escola possui em sua organização

interna mecanismos e os instrumentos inclusos na LDB que visam a assegurar a

qualidade do ensino.

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Funções Específicas:

Direção: É um gestor que, juntamente com outras instâncias colegiadas (Grêmio

Estudantil, Conselho Escolar, Conselho de Classe e APMF), efetiva uma gestão

democrática. Tem como principal atribuição coordenar a elaboração e a execução

da proposta pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida pelo

estabelecimento.

Direção Auxiliar: Assessorar a Direção nas determinações e normas gerais de

organização do estabelecimento.

Equipe Pedagógica: O pedagogo é responsável pela organização do trabalho

pedagógico e sua implementação, pois a ele compete coordenar a elaboração

coletiva e acompanhar a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular, Projeto

Político Pedagógico, Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para

a Rede Estadual de Ensino e Plano de Trabalho Docente, respondendo pela

mediação, organização, integração, articulação do trabalho pedagógico e dando

suporte teórico-metodológico ao trabalho docente em relação aos aspectos da

prática pedagógica que ocorre nos estabelecimentos de ensino.

Professores: Elaborar e cumprir a Proposta Pedagógica Curricular, o PPP e Plano

de Trabalho Docente, de acordo com a filosofia da escola, e demais atribuições

definidas no Regimento Escolar.

Agente Educacional I: Tem como atribuições: zelar pelo ambiente escolar,

preservando e integrando o ambiente físico escolar; acompanhar os alunos em

atividades extraclasses quando solicitado; executar atividades de manutenção e

limpeza, comunicar as ocorrências à chefia imediata; controlar o movimento de

pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino cooperando com a

organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou

acompanhar o público em diversos setores da escola, conforme necessidade; agir

como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do

ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar; preparar a alimentação

escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene, valorizando a cultura

alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar. As demais

atribuições encontram-se no Anexo I da lei Complementar 123 de 09/09/2008 e no

Regimento Escolar.

Agente Educacional II: Responsável por todo o serviço de escrituração e

correspondência do Estabelecimento de Ensino, mantendo em dia todo registro e

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arquivo escolar dos alunos, de forma a permitir em qualquer época a verificação;

auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e

gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; prestar atendimento

ao público de forma pronta e cordial; prestar orientações e esclarecimentos ao

público em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas na unidade

escolar; lavrar termo de abertura e encerramento de livros de escrituração;

comunicar a direção fatos relevantes no dia a dia da escola; manter organizado e em

local acessível o conjunto de legislação pertencente ao estabelecimento de ensino;

acompanhar os alunos quando solicitado em atividades extraclasses ou

extracurriculares; comunicar antecipadamente a direção sobre a falta de material de

expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;

agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando,

facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola. As demais atribuições

encontram-se no Anexo II da Lei Complementar 123 de 09/09/2008 e no Regimento

Escolar. Na escola todos são educadores sendo imprescindível tomar o educando

em suas múltiplas dimensões intelectual, social, física e emocional, tendo como

finalidade realizar uma educação que conduza à autonomia intelectual e moral.

Equipe multidisciplinar: Responsável pela elaboração do plano de ação e da equipe

e também orientação aos educadores sobre o trabalho com a História e Cultura afro-

brasileira, africana e indígena. A equipe multidisciplinar é composta pela Pedagoga

Maria de Oliveira Mendes, representante dos Agentes Educacionais Maria Helena

Pereira, representante das instâncias colegiadas Ramona de Oliveira Lopes,

Professora da área de Humanas Márcia Baleeiro dos Santos Moreti, professora da

área de Exatas Mabel Rosa de Souza Dal Bem e professora da área de Biológicas

Silvana Aparecida Malfato Colognese.

6.2. AS RELAÇÕES ENTRE OS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E

PEDAGÓGICOS

O trabalho administrativo e pedagógico é articulado, uma vez que a direção

é responsável pela execução do PPP elaborado com envolvimento e participação de

toda a comunidade escolar.

Há um bom relacionamento humano facilitando o desenvolvimento dos

aspectos administrativo e pedagógico.

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6.3. PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Conselho de Classe: Tem como objetivo avaliar o processo ensino aprendizagem na

relação professor – aluno e os procedimentos adequados a cada caso. Pode-se

constituir em um espaço democrático, já que possibilita a participação efetiva de

todos os sujeitos diretamente envolvidos no processo pedagógico escolar. O

conselho de classe participativo deve abranger todos os segmentos da organização

escolar (professores, direção, pedagogos, pais, alunos e funcionários), oferecendo

possibilidades de um juízo sobre a evolução do processo educativo, tornando um

espaço de reflexão pedagógica, servindo para reorientar a ação pedagógica, a partir

de fatos apresentados em metas traçadas no Projeto Político Pedagógico.

Conselho Escolar: O Conselho Escolar é o órgão responsável pela execução,

acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico. Tem por finalidade

efetivar a gestão escolar, na forma de colegiado, promovendo a articulação entre os

segmentos da comunidade escolar e os setores da escola, constituído assim como

órgão auxiliar da direção do Estabelecimento de Ensino.

O Conselho Escolar, como instância máxima de decisão da escola, tem a

legitimidade para deliberar, fiscalizar, avaliar e ser consultado pela comunidade

escolar. As demais atribuições estão previstas no Estatuto do Conselho Escolar e

Regimento Escolar.

APMF: Tem a finalidade de prestar assistência aos educandos, professores e

funcionários e de buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada;

busca promover o entrosamento entre os pais, alunos, professores, funcionários e

toda comunidade escolar, através de atividades socioeducativas, culturais e

desportivas; colabora com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas

instalações; acompanha o desenvolvimento da Proposta Pedagógica Curricular do

Estabelecimento de Ensino. A APMF é responsável no início do ano letivo pela

elaboração e aplicação dos seus próprios recursos em benefícios a tudo que se fizer

necessário.

Grêmio Estudantil: Como órgão de representação dos alunos tem por objetivo

representá-los defendendo seus interesses, cooperando e incentivando todas as

iniciativas que contribuem para a melhoria da escola e a qualidade do ensino, assim

como a participação dos alunos no debate político, social, financeiro e pedagógico

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da escola. O grêmio estudantil deve ser tomado como política de valorização e

incentivo da gestão democrática.

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7 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR POR DISCIPLINAS Uma proposta pedagógica expressa sempre os valores que a constituem, e

precisa estar intimamente ligada a realidade a que se dirige, explicitando seus

objetivos de pensar criticamente esta realidade.

Ela deve privilegiar os fatores sociais e culturais, entendo-os como sendo os

mais relevantes para o processo educativo, porque implicam também a conquista da

autonomia e da cooperação, princípios básicos da cidadania, garantindo, ainda, o

enfrentamento de solução de problemas, a responsabilidade, a criatividade, a

formação de auto conceito, a vivência da linguagem nos seus vários modos de

expressão.

Neste estabelecimento de ensino serão desenvolvidas por disciplinas as

seguintes Propostas Pedagógicas Curriculares:

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE APRIMORAMENTO - ESPANHOL

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de língua estrangeira iniciou - se para suprir a necessidade de

melhora do conhecimento público, vendo que essa demanda aumentava com o

crescimento dos portos comerciais. Após a expulsão dos Padres Jesuítas foram

contratados professores que ensinavam línguas estrangeiras, entre elas; Grego,

Latim, Alemão, Inglês, Francês, Japonês, Italiano e Inglês.

Com a Segunda Guerra Mundial, o Brasil posicionou - se contra a Alemanha,

proibindo as escolas de ensinar Alemão. A língua Espanhola teve sua valorização a

partir desse momento porque estavam ligadas as tradições, culturas e nacionalismo,

sendo assim modelo a ser seguido pelos estudantes. Dessa forma o idioma

Espanhol passou a ser incentivado no lugar de Alemão, Japonês e Italiano.

No início do século XX o ensino de língua estrangeira deixou de usar o

método Tradicional, passando a enfatizar a comunicação, não somente na escrita,

mas também oralmente. Deixando então as traduções passando a priorizar as

associações, sendo que os aprendizes raciocinavam na língua estrangeira. A

gramática passa a ser estudada com perguntas e respostas dentro da língua,

articulando com a pronúncia semelhante aos nativos.

No que diz respeito ao ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras

Modernas, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica para Língua Estrangeira

Moderna (LEM) propõe que os métodos de ensino atendam às expectativas e as

demandas sociais da atualidade e possam propiciar o aprendizado de

conhecimentos históricos do que apenas meros exercícios de formas linguísticas

descontextualizadas.

A língua estrangeira pode propiciar a construção das identidades dos

alunos ao oferecer - lhes a oportunidade de desenvolvimento da consciência sobre o

papel exercido pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama

internacional, favorecendo ligações entre a comunidade local e a planetária.

O aluno que tem o conhecimento de línguas estrangeiras participa do

processo de inclusão social numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa,

através do comprometimento mútuo.

Ao ser exposto às diversas manifestações de uma língua estrangeira e às

suas implicações político-ideológicas, o aluno constrói recursos para compará-la à

língua materna, de maneira a alargar horizontes e expandir sua capacidade

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interpretativa e cognitiva. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno aprende

também como construir significados para entender melhor a realidade.

No Colégio Estadual Rui Barbosa, o Aprimoramento é importante como

saber escolar, porque é uma forma de dar continuidade ao que foi estudado no

curso básico podendo assim focar mais as práticas discursivas: oralidade, leitura e

escrita.

O Aprimoramento no colégio Rui Barbosa também contribuirá para a

formação e transformação dos estudantes, pois os mesmos terão maior acesso a

língua.

2. CONTEÚDOS

O ensino da língua terá como conteúdo estruturante o Discurso como Prática

Social e este, enquanto construção de significados e prática social efetivar - se-á

através das práticas discursivas.

A Oralidade que nesta escola será o foco da aprendizagem, onde os alunos

serão expostos a textos orais de diversos gêneros textuais, para que os mesmos

possam se expressar na língua alvo, mesmo com algumas limitações, pois assim

haverá mais aquisição de conhecimento e interação com os sons específicos da

língua. Não deixando também de trabalhar a Leitura que é de suma importância

através de textos curtos e longos abarcando diferentes gêneros textuais. A Escrita

também deve ser fundamentada em variados gêneros textual, possibilita o aluno

usar a língua escrita para a comunicação e interação, deve - se salientar que esta

prática deve ser objetiva, denominando o motivo a que e a quem se escreve.

Para que a comunicação escrita ocorra com espontaneidade, esta deve

desvincular - se parcialmente das formas da língua escrita.

Conforme Koch e Elias (2009) a produção escrita recorre a conhecimentos

armazenamos na memória. Esses conhecimentos resultam das inúmeras atividades

em que o produtor se envolve ao longo da vida.

Será critério para a seleção dos textos o seu conteúdo ao que se refere às

informações, de modo que instiguem à pesquisa e discussão. Dentro das temáticas

que serão desenvolvidas, estarão os Desafios Educacionais Contemporâneos e as

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Leis: 10.639/03 “Historia e Cultura Afro” e a Lei: 11.645/08 “História e Cultura dos

povos Indígenas.”

Os conteúdos que serão trabalhados no Aprimoramento serão os seguintes:

Oralidade

· Tema do texto;

· Aceitabilidade do texto;

· Finalidade do texto;

· Informatividade do texto;

· Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

· Papel do locutor e interlocutor;

· Conhecimento de mundo;

· Elemento extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

· Adequação do discurso ao gênero;

· Turnos de fala;

· Variações linguísticas.

· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;

· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Leitura

Fatores de textualidade centrados no leitor:

• Tema do texto;

• Conteúdo temático do gênero;

• Elementos composicionais do gênero;

• Propriedades estilísticas do gênero;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

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• Conhecimento de mundo;

• Temporalidade;

• Referência textual.

• Intertextualidade;

• Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

• Partículas conectivas básicas do texto.

Escrita

• Tema do texto;

• Conteúdo temático do texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Propriedades estilísticas do gênero;

• Aceitabilidade do texto;

• Finalidade do texto;

• Informatividade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Situacionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Conhecimento de mundo

• Temporalidade;

• Referência textual.

• Intertextualidade;

• Partículas conectivas básicas do texto;

• Vozes do discurso: direto e indireto;

• Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das

palavras, figuras de linguagem;

• Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão,

negrito);

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

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• Concordância verbal e nominal.

Os Gêneros que serão trabalhados no Aprimoramento, utilizando os

conteúdos já selecionados serão os seguintes:

-Comunicado;

-Curriculum Vitae;

-Exposição Oral;

-Ficha de Inscrição;

-Piada;

-Comercial para televisão;

-Entrevista;

-Notícias;

-Tiras;

-Contação de história;

-Biografia;

-Receita;

-Resenha;

-Música;

- Aula em Vídeo;

3. METODOLOGIA

O ensino de língua estrangeira deve considerar, em primeira instância, o

papel das línguas nas sociedades para além de meros instrumentos de acesso à

informação. É imprescindível que, nos encaminhamentos dos trabalhos com a

língua, estas sejam vistas como possibilidade de conhecer, expressar e transformar

modos de entender o mundo e de construir significados.

Assim, partindo do conteúdo estruturante “Discurso como prática social”

manifestado nas e pelas práticas discursivas, oralidade, leitura e escrita serão

abordadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas

relacionadas ao tema: Gêneros Textuais contando com o desenvolvimento do aluno.

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O professor deve partir do texto como unidade da linguagem em uso

(comunicação verbal, não verbal) o qual trará uma problematização em relação a um

tema possibilitando aos alunos o desenvolvimento da prática analítica e crítica

acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira, amplie seus

conhecimentos linguísticos - culturais e percebam as implicações sociais, históricas

e ideológicas presentes num discurso e que nele se revele o respeito às diferentes

culturas, crenças e valores.

Assim o curso de Aprimoramento em Língua Espanhola será abordado

vários tipos de Gêneros Textuais com atividades diversificadas entendendo - se o

Gênero como um material verbal (e não verbal), produto de uma determinada visão

de mundo, de uma intenção e de uma produção, o que leva a uma reflexão sobre as

ações que se pode fazer com a língua não deixando de contemplar os aspectos

culturais do idioma estudado.

No decorrer do curso serão observados os itens:

Durante as práticas de escrita, planejar a produção textual a partir: da

delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; estimular a ampliação

de leituras sobre o tema e o gênero proposto; acompanhar a produção do texto;

encaminhar e acompanhar a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias,

dos elementos que compõem o gênero; analisar se a produção textual está coerente

e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está

adequada ao contexto; conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

Durante as práticas de leitura, propiciar textos de diferentes gêneros;

considerar os conhecimentos prévios dos alunos; formular questionamentos que

possibilitem inferências sobre o texto; encaminhar discussões sobre: tema,

intenções, intertextualidade; contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores,

finalidade, época; utilizar textos verbais que dialoguem com não-verbais, como:

gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; relacionar o tema com o contexto atual;

oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. Os alunos farão

apresentações de seus textos, dessa forma será avaliada a pronúncia, articulação, e

organização da fala de suas produções. De maneira a explorar as expressões

faciais, corporais e gestuais e a entonação, serão propostas contações de histórias,

e outros gêneros, salientando a reflexão do conteúdo com o contexto histórico.

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E ainda, durante as práticas de oralidade, organizar apresentações de textos

produzidos pelos alunos; orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral

selecionado; preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal; selecionar discursos de outros para análise

dos recursos da oralidade.

Com todos esses processos de leituras os alunos deverão conseguir

localizar informações implícitas e explícitas, além de deduzir os sentidos das

expressões e das palavras que contém nos textos e todos os outros gêneros

estudados. Deverão também perceber os participantes de um texto como quem

escreve a quem se destina e outros participantes, e principalmente a intenção do

autor.

Serão oferecidos aos alunos suportes didáticos necessários para um bom

desempenho dos alunos nas aulas, proporcionando momentos de interação entre o

grupo para melhor aprimorar a oralidade.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira moderna está

articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes e na LDB n. 9394/96.

Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o

processo de ensino e aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem

como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra no

percurso pedagógico.

É importante, que o professor observe a participação dos alunos e considere

que o engajamento discursivo na sala de aula se faz pela interação verbal, a partir

da escolha de textos consistentes e de diferentes formas: entre os alunos e o

professor, na interação com o material didático e nas conversas em Língua Materna

e Língua Estrangeira.

O Professor ao avaliar o aluno na oralidade espera - se que utilize o discurso

de acordo com a situação de produção (formal ou informal) apresentando suas

ideias com clareza, coerência; utilizando adequadamente entonação, pausas,

gestos; organizando a sequência da fala. Também se espera que o aluno explore a

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oralidade em adequação ao gênero proposto; que exponha seus argumentos e que

compreenda os argumentos no discurso do outro.

Já na avaliação de leitura espera - se que o aluno possa localizar

informações explícitas e implícitas no texto; que ele deduza os sentidos das palavras

ou expressões a partir do contexto; perceba o ambiente no qual circula o gênero

textual, analisando as intenções do autor e que amplie seu léxico, bem como as

estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.

Que na escrita o aluno possa expressar as ideias com clareza, consiga

elaborar e re-elaborar textos de acordo com o encaminhamento do professor

atendendo a situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade); e

que use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos

atrelados aos gêneros trabalhados.

Como instrumento de avaliação, algumas atividades de bom resultado são

as atividades de leitura compreensiva de textos; projeto de pesquisa bibliográfica;

produção de texto; palestra; apresentação oral; atividades experimentais;

seminários; debates; trabalho em grupo; questões discursivas e questões objetivas

em avaliações escritas, sendo assim, quatro provas durante o ano, uma avaliação

escrita por bimestre. E para que cumpra sua finalidade educativa, a avaliação

deverá ser contínua, permanente e cumulativa, e em nossa escola o resultado será

traduzido na forma de notas de 0,0 a 10, sendo de forma somatória. A avaliação

deverá adotar procedimentos próprios, visando à formação integral do aluno.

5. REFERÊNCIAS

KOCH, I. V.: ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. São Paulo: Contexto, 2009. 220p. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008, p. 88.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Desde a Pré-história, a arte acompanha e contribui para o desenvolvimento

cultural, filosófico e cientifico da humanidade. A apreciação da arte como atividade

enriquecedora e construtiva, como meio de transmissão e valorização da realidade

local, dentro de um processo criador que amplia o repertório cultural, propiciando

conhecimento teórico e prático dos fundamentos artísticos, presentes nas artes

visuais, na música, na dança e no teatro, desenvolvendo o pensamento estético e

crítico do educando, provocando a interação com a sociedade.

Alguns encontram na arte possibilidades de expressar seu modo de ver e

sentir a sociedade em constante transformação. Outro fator importante é a

apreciação da arte como atividade enriquecedora e construtiva, como meio de

transmissão de valores culturais, dentro de um processo criador que amplia este

repertório, propiciando conhecimento teórico e prático dos fundamentos artísticos.

Durante o decorrer do ano será estudado também o conteúdo sobre música

(Lei nº 11.769/08) em que, irá se aprofundar um pouco mais no conteúdo teórico

sobre música, e sua estrutura. Além de música também será estudado a cultura afro-

brasileira (Lei n° 11.645/08).

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Por meio da educação básica é possível oferecer ao estudante, a formação

necessária para o enfrentamento com vistas á transformação da realidade social,

econômica e poética de seu tempo. Esta ambição remete ás reflexões de Gramsci

em sua defesa de uma educação na qual o espaço de conhecimento, na escola,

deveria equivaler á ideia de atelier – biblioteca - oficina, em favor de uma formação,

a um só tempo, humanista e tecnológica.

Assim, a disciplina de arte vai ao encontro desses ideais expostos acima por

meio das linguagens artísticas, como dança, música, teatro e as artes visuais, para

fazer com que se desperte no estudante a criticidade e o entendimento da própria

sociedade em que ele vive. Pois por meio destas linguagens acima é possível

analisar tudo o que nos rodeia, as pessoas, as intenções sociais presentes de

maneira apelatória na mídia, ou em quaisquer outros meios da comunicação que

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tanto influenciam a cabeça de nossos alunos, sendo crianças, adolescentes e

jovens.

Assim o “processo de ensino deve transmitir aos alunos a lógica do

conhecimento de referência é do saber especializado e acumulado pela humanidade

que dever ser extraídos os conceitos e os princípios a serem ensinados aos alunos”

(LOPES, 2002, p.151-152).

Desta forma, atingimos a proposta pelo PPP de formar cidadãos

conscientes, críticos, autônomos, emancipados, capazes de interpretar as condições

históricas e culturais da sociedade em que vivem, de modo a perceberem - se

construtores do mundo e da cultura, porque antes de fazer isto eles conseguiram

olhar, analisar e criticar este mundo tão complexo que os rodeiam.

A disciplina também deve ser vinculado as experiências vividas pelo aluno,

assim diferente do ensino vinculado ao cientificismo, centrado em planos e estudos,

este método da aprendizagem com foco nas experiências vivenciadas pelos alunos.

(ZOTTI, 2008).

3. OBJETIVOS GERAIS

O ensino de arte deve basear - se num processo de reflexão sobre a

finalidade da Educação, os objetos específicos dessa disciplina e a coerência entre

tais objetivos, os conteúdos programados.

Assim, a arte na escola deve despertar no aluno, a criticidade e o

entendimento da sociedade e o meio em que ele vive que na maioria das vezes é

influenciado pelos meios de comunicação como a mídia. Pois ao analisar uma obra,

ou ao reproduzi - lá é necessário em primeiro saber o momento histórico e social, e

tudo que a circundava, já que a arte é uma reflexo social, histórico, político,

econômico de todo uma sociedade. E assim como reflexo da sociedade e além

disso, o uso das linguagens artísticas também vinculadas a publicidade e a

propaganda que tanto agem na cabeça, dos nossos estudantes sendo crianças,

adolescentes e jovens, é que por meio da arte possa se ter uma criticidade e poder

analisar esses apelos feitos pelos meios de comunicação incentivando o

consumismo.

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4. CONTEÚDOS

6º ano

Artes visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Cultura afro-

brasileira

Bidimensional

Figurativa, tridimensional

Geométrica,

Técnicas: Pintura, desenho

baixo e alto relevo,

escultura, arquitetura...

Gêneros: cenas da

mitologia, paisagem e

retrato.

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-Histórica

Renascimento, barroco, arte popular e

folclore.

Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica,

Pentatônica, cromática,

maior, menor

Improvisação, gêneros,

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

Teatro

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73

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico, adereços

Técnicas: jogos teatrais,

teatro indireto e direto

improvisação, manipulação,

máscara...

Gênero: Tragédia,

Comédia, Circo e adereços.

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento teatro africano e teatro

popular.

Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Eixo

Ponto de Apoio

Movimentos

articulares

Fluxo (livre,

interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto, médio e

baixo)

Deslocamento (direto

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

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74

e indireto)

Dimensões (pequeno e

grande)

Técnica:

Improvisação

Gênero: Circular

7º ano

Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Cultura afro

brasileira

Proporção

Tridimensional,

bidimensional

Figurativa

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura,

escultura, modelagem,

gravura...

Gêneros: Paisagem,

retrato, natureza morta...

Arte indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

abstracionismo, expressionismo e

impressionismo.

Música

Conteúdos Estruturantes

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75

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico,

indígena, popular e

Étnico

Técnicas: vocal,

Instrumental e mista

Improvisação

Música popular e

Étnica (ocidental e oriental), brasileira,

paranaense, africana, renascimento,

neoclássica, sertanejo, raiz.

Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos

teatrais, mímica,

improvisação e formas

animadas.

Gêneros: Rua, arena,

Caracterização e comédia.

Comédia dell' arte

Teatro Popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

Dança

Conteúdos Estruturantes

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76

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Movimento

Corporal

tempo

espaço

Rotação

Coreografia, salto e queda.

Níveis (alto, médio e baixo)

Gênero: Folclórica popular,

Étnica, ponto de formação.

Dança Popular

Brasileira, Paranaense, Africana,

Indígena e renascentista.

8º ano

Artes visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Cultura afro

brasileira

Bidimensional, tridimensional,

Figurativo, abstrato

Contrastes, semelhanças

Ritmo Visual

retrato, paisagem.

Deformação

Técnicas: desenho,

fotografia, audiovisual,

gravura, natureza morta.

Indústria Cultural

Arte digital

Arte Contemporânea

vanguardas

artecinetica, opart popart

classicismo.

Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos Composição Movimentos e períodos

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77

Formais

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia, sonoplastia

Tonal, modal e a fusão de

ambos.

Técnicas: vocal, instrumental

eletrônica e mista.

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock, Tecno,vanguardas

clássicas.

Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Representação no

Cinema e Mídias

Texto dramático

Maquilagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos

teatrais, sombra,

adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo, vanguardas

classicismo.

Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Movimento Dinâmica Hip Hop

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78

Corporal

Tempo

Espaço

Aceleração e desaceleração

Direções

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero: Indústria

Cultural e espetáculo.

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna e clássica.

9º ano

Artes visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Cultura afro

brasileira

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura,

grafitte,

performance..., perspectiva,

Gêneros: Paisagem urbana, cenas

do cotidiano...

Realismo, dadaísmo, arte

engajada, muralismo

pré-colombiana, grafitte

Hip Hop romantismo.

Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

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79

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal,

instrumental, mista

Gêneros: popular,

folclórico, Étnico, estrutura.

Música Engajada

Música Popular Brasileira.

Música contemporânea

hip hop, rock, punk, romantismo.

Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: Monólogo,

jogos teatrais, direção,

ensaio, Teatro-Fórum, teatro

de imagem, representação

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino.

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Vanguardas.

Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Movimento

Corporal

Ponto de Apoio

níveis

Vanguardas

Dança Moderna

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80

Tempo

Espaço

rotação

deslocamento

gêneros

salão

espetáculo

moderno

coreografia

Dança Contemporânea

romantismo

arte engajada.

Conteúdos estruturantes para a disciplina de arte no Ensino Médio

Artes Visuais

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Cultura afro

brasileira

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

história em

quadrinhos

Técnica: Pintura,

desenho, modelagem,

instalação

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de Vanguarda

Indústria Cultural

Arte Contemporânea

Arte Latino - Americana

arte engajada

arte digital.

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81

performance,

fotografia, gravura e

esculturas, arquitetura,

Gêneros: paisagem,

natureza-morta.

Música

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Escalas

Modal, Tonal e fusão de

ambos.

Gêneros: erudito,

clássico, popular,

étnico, folclórico, Pop ...

Técnicas: vocal,

instrumental, eletrônica,

informática e mista

Improvisação

Música Popular

Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria Cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americano

Teatro

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

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Personagem:

expressões

corporais, vocais,

gestuais e faciais

Ação

Espaço

Técnicas: jogos

teatrais, teatro direto e

indireto, mímica,

ensaio, Teatro-Fórum

Roteiro

Encenação, leitura

dramática

Gêneros: Tragédia,

Comédia, Drama Épico

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização

Cenografia,

sonoplastia, figurino,

iluminação

Direção

Produção

Teatro Greco-Romano

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-

Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

Dança

Conteúdos Estruturantes

Elementos

Formais

Composição Movimentos e períodos

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Eixo, dinâmica

Salto e Queda

Giro

rotação

Níveis formação

Deslocamento,

Direções

Planos

Pré-história

Greco-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

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Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo,

industrial cultural,

Étnica, folclórica,

populares, salão,

contemporânea.

Africana

Indígena

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança

Contemporânea e engajada.

5. METOLOGIA

O trabalho do professor de arte é significativo na medida em que articula o

lúdico e o real, tornando o aluno um investigador e descobridor de conhecimento,

considerando a cultura local, regional nacional e mundial como fonte de saberes,

valorizando a diversidade como forma de compreensão de um todo. Três momentos

devem ser contemplados na organização pedagógica: o sentir e perceber, que são

as formas de apreciação e familiarização com a produção artística; o trabalho

artístico, que é a prática criativa; a teorização que possibilita ao aluno o sentir e

perceber o trabalho artístico sistematizado, de modo a direcionar o aluno à formação

de conceitos próprios das quatro áreas artísticas – artes visuais, teatro, música e

dança.

Com isso, o encaminhamento metodológico deverá considerar:

As peculiaridades culturais de cada aluno para ampliação dos saberes em

arte;

As várias manifestações artísticas presentes na sociedade entendendo todas

essas manifestações como produção cultural;

Situações de aprendizagem permitindo ao aluno a compreensão da criação e

execução nas áreas artísticas;

O fator lúdico como enriquecimento do fazer artístico;

A experimentação para o desenvolvimento e reconhecimento por meio dos

sentidos.

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6. AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser diagnóstica, processual e individual, observando sua

diversidade cultural, evidenciada na retórica e na produção artística, que, de modo

progressivo deve apresentar saberes específicos das quatro áreas do conhecimento

artístico – Arte visuais, teatro, música e dança.

Critérios de avaliação: estabelecer relações de respeito com as diferentes

formas de produções artísticas; compreender as manifestações artísticas como

produtos culturais históricos em evolução; desenvolvimento do potencial crítico e

criativo do aluno, considerando o fator lúdico, a experimentação e a sensibilização.

7. REFERÊNCIA

PARANÁ. SEED. Diretriz Curricular de Arte. Curitiba, 2008

PARANÁ. SEED. Conteúdos Básicos da disciplina de arte para a Educação

Básica. Curitiba, 2008.

BRASILÂNDIA DO SUL. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Rui

Barbosa - EFM, 2010.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno “VIDA”, na

construção das diferentes concepções sobre o fenômeno Vida e suas implicações

para o ensino, buscou-se na História da Ciência os contextos - históricos nas quais

pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças

conceituais no modo como o homem passou a compreender a natureza. Alguns

exemplos de concepções históricas da ciência: Na Antiguidade Platão e Aristóteles

fizeram contribuições relevantes a biologia referente à classificação dos seres vivos.

Idade Média – O conhecimento do universo foi associado a Deus e oficializado pela

Igreja Católica que transforma em dogmas, institucionalizando o dogmatismo

teocêntrico. Em (1707 – 1778) Car Von Linné em seu “Systema Nature” mantém a

visão de mundo estático idêntico em sua essência à criação perfeita do Criador. No

fim do século XVIII, a imutabilidade da Vida é questionada com as evidências de

processo evolutivo dos seres vivos. Com Darwin, a concepção teológica criacionista,

que falava das espécies imutáveis desde a sua criação, dá lugar a reorganização

temporal do homem. No século XX, a biologia começou a ser vista como utilitária

pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em outras

áreas. A Biologia tem como prioridade fornecer ao educando a base para

sobrevivência, desde o conhecimento de como funciona o seu organismo e os

demais, bem como identificar a origem de tudo que existe no universo relacionar

com o meio socioambiental. Despertar a curiosidade do homem para encontrar

resposta para as questões da atualidade que possibilite uma melhor qualidade de

vida em todas as dimensões, histórico, social, político e econômico. Os objetivos

gerais do ensino de Biologia é levar o ser humano a refletir sobre a necessidade de

garantir sua sobrevivência, respeitando a natureza e entendendo que os benefícios

historicamente conquistados pela humanidade devem beneficiar a todos e não

apenas a uma pequena minoria. Desenvolver as habilidades práticas necessárias à

compreensão das ciências biológicas, através da investigação e do estudo do

trabalho dos cientistas, considerando as investigações e as implicações da biologia

para sociedade. Desenvolver a capacidade para empreender estudos independentes

e, sobretudo dar meios para fazer uma avaliação crítica dos dados e dos fatos, em

lugar de simplesmente os memorizados.

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2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens

situando-os dentro da história - ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser

mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que

ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do processo para o processo de trabalho,

bem como é ela própria, um processo de trabalho (SAVIANI, 1992, p.19).

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história

individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.

A integração dos pais e da comunidade deve promover a contextualização

de conteúdos e a aquisição de conhecimentos que façam dos alunos cidadãos

participativos, criativos, autônomos e empreendedores em sua vida pessoal.

A escola é importante para a construção da cidadania. Ela deve fazer opção

por atividade de complementação curricular, tomando como referência o currículo,

os conteúdos propostos para a disciplina, o plano de trabalho docente e uma

avaliação sobre as necessidades de seus alunos.

A função essencial da escola pública consiste na socialização do saber

sistematizado indispensável ao exercício da cidadania, assim como na produção e

sistematização de um novo saber, nascido da prática social.

A escola tem sempre uma função básica e universal, que é garantir o direito

ao saber científico, cultural e ético.

A escola pode promover práticas pedagógicas que favoreçam reflexão e

interação do estudante com as demais atividades humanas de natureza cultural e

artística. São múltiplas as possibilidades de outros locais que a escola pode

identificar para a realização do trabalho pedagógico de natureza teórico e prático.

A escola assume o compromisso do direito ao acesso à escolarização e ao

saber sistematizado historicamente dos educandos com necessidades educacionais

especiais sendo atendido através da sala de recurso.

Cabe à instituição escolar problematizar as concepções de mundo, de

homem e de sociedade para definir sua ação pedagógica. São os professores,

funcionários, pais e alunos que devem pensar o papel da escola, para que ela seja

universal e de qualidade.

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3. OBJETIVOS GERAIS

Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo

contextualizado, estabelecendo - se, entre eles, relações interdisciplinares e

colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam

quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe - se

que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e

econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propiciem

compreender a produção científica, atendendo igualmente aos sujeitos, seja qual for

sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis

necessidades especiais para aprendizagem. Essas características devem ser

tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos

que cabe à escola ensinar, para todos.

4. CONTEÚDOS

Os conceitos biológicos e conteúdos estruturantes são trabalhados de forma

integrada, associada e não fragmentada, permitindo o desenvolvimento conceitual e

não o conceito como algo pronto, acabado, definido por um gênio da ciência.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos seres vivos.

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

1º ANO:

O que é Biologia?

As bases químicas da vida

A ordem da vida

Instrução à citologia

Os limites da célula

O citoplasma

Metabolismo energético

Fotossíntese e quimiossíntese

O núcleo celular

Divisão celular

O controle celular

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Reprodução dos seres vivos

Desenvolvimento embrionário

Desenvolvimento dos mamíferos

Histologia animal

Pluricelularidade e tecido epitelial

Tecido conjuntivo

Tecido muscular

Tecido nervoso

2º ANO:

Sistemática

Vírus, seres procarióticos,

protoctista e fungos

Grupos de plantas e seus ciclos

Histologia, morfologia e fisiologia

das angiospermas

Organização geral do corpo dos

animais; invertebrados e

vertebrados

Fisiologia e sistemas de órgãos

3º ANO:

Genética: primeira ideia sobre a

genética

Gregor Mendel

Métodos utilizados

Variações do monoibridismo

Segunda lei de Mendel

Genes ligados e anomalias

Determinação do sexo e influencia

na herança

Biotecnologia

Evolução

Origem da evolução das espécies

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Evolução da vida

Ecologia

Relações ecológicas

Ecossistemas

Biomas

O ser humano e o ambiente

5. METODOLOGIA

É muito importante que os conteúdos tenham sequências e relação servindo

como ponte entre o conhecimento anterior e aquele a ser adquirido, não sendo

apenas chegada, mas o caminho. Abordar, sempre, o conteúdo de forma

significativa para o aluno, incentivando - o a refletir sobre a situação problema que

envolve a discussão crítica do tema, despertando no aluno o interesse e a vontade

de aprofundar as pesquisas e buscar as alternativas resolutivas para a questão em

pauta. Que através do conhecimento da anatomia e fisiologia das células que

formam os seres vivos, perceber a importância de uma alimentação equilibrada para

uma vida saudável. Saber como prevenir doenças, conhecendo como são

transmitidas e que a prevenção lhes proporcionara melhores condições econômicas.

Que os conhecimentos sobre genes é a base para entender como funciona o

mecanismo de miscigenação das raças, bem como a biodiversidade. Oportunizar

situações onde o educando possa questionar e opinar diante de temas polêmicos

como: transgênicos, clonagem, aquecimento global etc..., quais os pontos positivos

e negativos que possa influenciar nas consequências para as futuras gerações,

serão estudados assuntos inerentes a, Educação do Campo, Cultura Afro-brasileira

e Africana, meio em que vivem, e ao momento vivido a fim de que tenham um

posicionamento crítico da realidade, para compreendê - lá e nela intervir, para

informar: aula expositiva, demonstração, investigação e experimentos, para analisar

as causas e implicações do desenvolvimento da Biologia: simulações e trabalhos

dirigidos, propiciando ao aluno situações de estudo debates, leituras de rótulos,

embalagens, troca de experiências, uso de vídeo, da informática, TV pendrive e

pesquisa. Para informar com as aulas demonstrativas, faz se necessário a leitura e

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interpretação de livros didáticos, textos complementares de revistas, jornais e

internet, bem como, exploração de mapas dos referidos temas com ênfase no que

está sendo enfocado no conteúdo. Para investigar usando o método científico,

chegar às conclusões dos experimentos relacionando a teoria com a prática. Os

temas sociais como: (drogas medicamentosas, tabagismo, alcoolismo e outras...),

nutrição (alimentação balanceada e alternativa), plantas medicinais, cultura –afro,

educação no campo e sexualidade, relacionando com os conteúdos sistematizados.

Nas simulações, confeccionar modelos que possam ser manuseados e observável

no estudo de conteúdos mais abstratos. (ex: modelo de célula, gametogêneses,

etc...). Debate sobre temas da atualidade, oportunizando o aluno a se posicionar

contra ou a favor, argumentando seu ponto de vista. Uso de vídeo que enfoque

situações relevantes ao conteúdo, depois explorável através de questionamento e

dialogo. Serão trabalhados em sala de aula, os pontos mais interessantes das

pesquisas relacionando com os conteúdos trabalhados.

6. AVALIAÇÃO

Prática emancipatória;

Instrumento para obtenção de informações necessárias sobre o

desenvolvimento da prática pedagógica;

Instrumento reflexivo;

A avaliação será colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos,

de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento

externo a este processo. As práticas avaliativas superarão as práticas classificatórias

e autoritárias, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por

uma sociedade justa e mais humana.

A avaliação será diagnóstica, contínua, utilizando vários instrumentos

avaliativos, valorizando o conhecimento já adquirido pelo aluno, proporcionando

condições para o seu processo de ensino-aprendizagem. Ou seja, será voltada para

o sucesso no processo ensino-aprendizagem, realizada através dos instrumentos

avaliativos como: testes escritos, relatórios, trabalhos em grupos, debates,

pesquisas, seminários, experiências e outros, considerando todo o processo de

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construção. E não atingindo a média decreta pela instituição,será aplicada a

recuperação bimestral.

7. REFERÊNCIAS

Brasil. MEC. Parâmetros Curriculares – Orientações Curriculares –

Fevereiro/2006.

Brasilândia do Sul. Colégio Estadual Rui Barbosa Ensino Fundamental e Médio -

Projeto Político Pedagógico- 2012.

KRASILCHIK Myriam - Prática de Ensino de Biologia - 4ªed. rev. e ampl., 1ª

reimpr- São Paulo: Editora da Universidade de são Paulo, 2005.

MACHADO, Sídio. Biologia: de olho no mundo do trabalho, volume único. 1ª Edição

– Editora Scipione.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - Diretrizes Curriculares de Biologia

para a Educação Básica, 2008.

PARANÁ. SEED. BIOLOGIA / vários autores, livro didático público – Curitiba, 2006-

p. 272.

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO

FUNDAMENTAL

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Considerando o quadro conceitual da disciplina de Ciências este é composto

por referências da Biologia, da Física, da Química, da Geologia, da Astronomia,

entre outras (MACEDO e LOPES, 2002) e pressupõe uma perspectiva pedagógica

de integração conceitual.

A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que

ultrapassam os campos de saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins

educacionais e fins sociais” (MACEDO e LOPES, 2002, p. 84), de modo a

possibilitar ao aluno a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da

investigação da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural,

ético e político.

A disciplina de Ciências assim como o ensino de Ciências nas escolas

passou por diversas modificações levando - se em consideração o contexto

histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político de cada época.

Diante do contexto histórico atual a disciplina de Ciências tem como objeto

de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza. Do

ponto de vista científico, entende - se por Natureza o conjunto de elementos

integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano

cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes

das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,

movimento, força, campo, energia e vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a

interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,

técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas

formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê - lá e se apropriar dos

seus recursos.

Os conhecimentos científicos escolares selecionados para serem ensinados

na disciplina de Ciências têm origem nos modelos explicativos construídos a partir

da investigação da Natureza. Pelo processo de mediação didática, o conhecimento

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científico sofre adequação para o ensino, na forma de conteúdos escolares, tanto

em termos de especificidade conceitual como de linguagem.

A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto escolar

implica a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o

conhecimento anterior do estudante, construído nas interações e nas relações que

estabelece na vida cotidiana, num primeiro momento, deve ser valorizado.

Denominam - se tais conhecimentos como alternativos aos conhecimentos

científicos e, por isso, podem ser considerados como primeiros obstáculos

conceituais a serem superados.

O conhecimento cotidiano ou mesmo o alternativo não podem ser

considerados incoerentes com o conhecimento científico, uma vez que são úteis na

vida prática e para o desenvolvimento de novas concepções. Valorizá - los e tomá -

los como ponto de partida terá como consequência à formação dos conceitos

científicos, para cada estudante, em tempos distintos.

No ensino de Ciências o professor se depara constantemente com

conhecimentos alternativos, tanto pela banalização da divulgação científica, quanto

pelo uso de linguagem simplificada do conhecimento científico, inclusive nos livros

didáticos. Nesse momento, o contato com a história da ciência pode propiciar ao

professor compreender como se desenvolveu o conhecimento científico.

Portanto, a concepção que se pretende é que o aluno aprenda os conteúdos

construindo, reconstruindo ou desconstruindo os conhecimentos, fato que requer a

implementação amplo repertório de metodologias e estratégias de ensino que se

contemplam. Dessa forma, os alunos poderão adquirir uma compreensão realista do

significado da ciência e tecnologia e das suas relações com a sociedade, e que a

ciência seja caracterizada como uma atividade não - neutra, que o aluno perceba

que não há verdades absolutas e inquestionáveis e que a produção cientifica é

coletiva, direito de todos. Espera - se uma superação do que o estudante já possui

de conhecimentos alternativos rompendo com obstáculos conceituais e adquirindo

maiores condições de estabelecer relações conceituais, interdisciplinares e

contextuais, de saber utilizar uma linguagem que permita comunicar - se com o outro

e que possa fazer da aprendizagem dos conceitos científicos algo significativo no

seu cotidiano.

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2 – FUNDAMENTOS TEORICOS DA DISCIPLINA

A produção científica, as manifestações artísticas e o legado filosófico da

humanidade, como dimensões para as diversas disciplinas do currículo, possibilitam

um trabalho pedagógico que aponte na direção da totalidade do conhecimento e sua

relação com o cotidiano.

Com isso, entende - se a escola como o espaço do confronto e diálogo entre

os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano popular. Essas

são as fontes sócio - históricas do conhecimento em sua complexidade.

Em breve retrospectiva histórica, é possível afirmar que, até o

Renascimento, o que se entendia por conhecimento se aproximava muito da noção

de pensamento filosófico, o qual buscava uma explicação racional para o mundo e

para os fenômenos naturais e sociais.

A filosofia permite um conhecimento racional, qual um exercício da razão.

[...] A partir do século VI a.C. passou a circunscrever todo o conhecimento da época

em explicações racionais acerca do cosmo. A razão indagava a natureza e obtinha

respostas a problemas teóricos, especulativos. Até o século XVI, o pensamento

permaneceu imbuído da filosofia como instrumento do pensamento especulativo.

[...] Desta forma, a filosofia representou, até o advento da ciência moderna, a

culminância de todos os esforços da racionalidade ocidental. Era o saber por

excelência; a filosofia e a ciência formavam um único campo racional (ARAUJO,

2003, p. 23-24).

Com o Renascimento e a emergência do sistema mercantilista de produção,

entre outras influências, o pensamento ocidental sofreu modificações importantes

relacionadas ao novo período histórico que se anunciava. No final do século XVII,

por exemplo, Isaac Newton, amparado nos estudos de Galileu, TychoBrahe e

Kepler, estabeleceu a primeira grande unificação dos estudos da Física relacionando

os fenômenos físicos terrestres e celestes. Temas que eram objeto da filosofia

passaram a ser analisados pelo olhar da ciência empírica, de modo que “das

explicações organizadas conforme o método científico surgiu todas as ciências

naturais” (ARAUJO, 2003, p. 24).

O conhecimento científico, então, foi se desvinculando do pensamento

teocêntrico e os saberes necessários para explicar o mundo ficaram a cargo do ser

humano, que explicaria a natureza por meio de leis, princípios, teorias, sempre na

busca de uma verdade expressa pelo método científico.

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A dimensão filosófica do conhecimento não desapareceu com o

desenvolvimento da razão científica. Ambas caminharam no século XX, quando se

observou a emergência de métodos próprios para as ciências humanas, que se

emanciparam das ciências naturais. Assim, as dimensões filosóficas e científicas

transformaram a concepção de ciência ao incluírem o elemento da interpretação ou

significação que os sujeitos dão às suas ações – o homem torna - se, ao mesmo

tempo, objeto e sujeito do conhecimento.

Pretende - se também trabalhar com o educando ao longo do ano letivo a

Cultura e História Afro-brasileira (Lei 10.639/03) e História e Cultura dos povos

Indígenas (Lei 11.645/08), visando maior entendimento do valor exercido por esse

grupo de pessoas, e sua importante colaboração para cultura de vários países;

também a Educação Ambiental (Lei Federal nº. 9795/99) visando conciliar método

de preservação e conscientização ambiental e ainda desenvolver o trabalho com o

tema Prevenção ao uso de Drogas e Sexualidade Humana.

3 - OBJETIVOS GERAIS

Conhecer e compreender as transformações e, principalmente a

integração entre os sistemas que compõe o corpo humano, suas funções de

nutrição, coordenação, relação, regulação e reprodução, bem como as questões

relacionadas à saúde e a sua manutenção.

Compreender e discutir sobre os diferentes ambientes da Terra, sua

diversidade, localização, caracterização, transformações ao longo da história e,

adaptação dos seres vivos e do homem aos ambientes.

Comparar e entender o funcionamento dos seres vivos, a fim de

compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o

conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.

Considerar as interações, as transformações, as propriedades, as

transferências, as diversas fontes e formas, os modos como se comportam em

determinadas situações, as relações com o ambiente, assim como os problemas

sociais e ambientais relacionados não só a geração de energia, sua distribuição,

consumo e desperdício, como também a produção e ao descarte dos resíduos

referentes ao seu uso e ainda conhecimento das leis ambientais.

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Conhecer sobre a dinâmica dos corpos celestes numa abordagem

histórica que traz as discussões sobre o geocentrismo e o heliocentrismo, bem

como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos explicativos,

possibilitando estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo.

Perceber que a ciência e a tecnologia são neutras. Portanto, que pode

compreender que o bom ou mau que se faz delas depende, muitas vezes, de

interesse políticos, militares e empresariais que se apoderam de seus resultados

e os utilizam em benefício de uma elite, visando lucro, dominação e guerra.

Refletir sobre discriminação racial, social, inclusão, a sexualidade,

sabendo que somos seres sociáveis e que podemos viver de forma harmoniosa.

4 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º Ano

Astronomia

- Universo

- Sistema solar

- Movimentos terrestres

- Movimentos celestes

- Astros

Matéria

- Constituição da matéria

- Sistemas Biológicos

- Níveis de organização

Energia

- Formas de energia

- Conversão de energia

- Transmissão de energia

Biodiversidade

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- Organização dos seres vivos

- Ecossistemas

- Evolução dos seres vivos

7º Ano

Astronomia

- Astros

- Movimentos terrestres

- Movimentos celestes

Matéria

- Constituição da matéria

Sistemas Biológicos

- Célula

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Energia

- Formas de energia

- Transmissão de energia

Biodiversidade

- Origem da vida

- Organização dos seres vivos

- Sistemática

8º Ano

Astronomia

- Origem e evolução do Universo

Matéria

- Constituição da matéria

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Sistemas Biológicos

- Célula

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Energia

- Formas de energia

Biodiversidade

- Evolução dos seres vivos

9º Ano

Astronomia

- Astros

- Gravitação universal

Matéria

- Propriedades da matéria

Sistemas Biológicos

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos

- Mecanismos de herança genética

Energia

- Formas de energia

- Conservação de energia

Biodiversidade

- Interações ecológicas

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5 - METODOLOGIA

De acordo com as Diretrizes Curriculares o ensino de Ciências deve

contemplar uma prática pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e

valorize o pluralismo metodológico.

Diante disto propõem - se alguns elementos da abordagem pedagógica a

serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem

problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a

leitura cientifica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os

recursos instrucionais e o lúdico, essas ações possibilitam a aproximação entre o

conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se

pretende ensinar.

A abordagem problematizadora pode ser efetuada, evidenciando - se duas

dimensões: na primeira, o professor leva em conta o conhecimento de situações

significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando - as; na segunda, o

professor problematiza de forma que o estudante sinta a necessidade do

conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados.

A relação contextual significa aproximar os conteúdos científicos escolares

das estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta

aproximação, no âmbito pedagógico, se estabelece por meio de abordagens que

fazem uso, necessariamente, de conceitos teóricos precisos e claros, voltados para

as experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.

Em Ciências as relações interdisciplinares podem ocorrer quando o

professor busca, nos conteúdos específicos de outras disciplinas, contribuições para

o entendimento do objeto de estudo de Ciências, o conhecimento científico

resultante da investigação da Natureza.

A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do

conhecimento. Essa estratégia inicia - se na procura de material de pesquisa, passa

pela interpretação desse material e chega à construção das atividades. A pesquisa

pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral, entretanto, para que os objetivos

pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja construída com redação do

próprio estudante, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar ideias

e explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que

domina. Na apresentação oral o estudante deve superar a simples leitura e

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repetição, evidenciando a compreensão crítica do conteúdo pesquisado e

explicitando a sua interpretação.

A leitura científica como recurso pedagógico permite aproximação entre os

estudantes e o professor, pois propicia um maior aprofundamento de conceitos.

Cabe ao professor analisar o material a ser trabalhado, levando - se em conta o grau

de dificuldade da abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada.

No trabalho em grupo, o estudante tem a oportunidade de trocar

experiências, apresentar suas proposições aos outros estudantes, confrontar ideias,

desenvolver espírito de equipe e atitude colaborativa. Esta atividade permite

aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo a contribuir para a

construção significativa de conhecimento pelo estudante.

A observação à utilização desse elemento estimula, no estudante, a

capacidade de observar fenômenos em seus detalhes para estabelecer relações

mais amplas sobre os mesmos. Por outro lado, permite que o professor perceba as

dificuldades individuais de interpretar tais fenômenos devido à falta de atenção e a

lacunas teórico - conceituais.

A observação é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da

disciplina. O estudante pode desenvolver observações e superar a simples

constatação de resultados, passando para construção de hipóteses que a própria

observação possibilita.

A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta - se

como uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada pelo

professor de forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar situações de

investigação para a formação de conceitos.

Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar,

visto que podem ser realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de

aula, e utilizar materiais alternativos aos convencionais.

Entretanto, é importante que essas práticas proporcionem discussões,

interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala. Não devem,

portanto, ser apenas momento de comprovação de leis e teorias ou meras

ilustrações das aulas teóricas.

Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de

relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem

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ser usados na análise do conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/

tecnológico e na avaliação da aprendizagem.

Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos em sala de

aula porque se fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam o professor

em seu trabalho com o conteúdo científico escolar, porque são compostos por

elementos extraídos da observação, das atividades experimentais, das relações

contextuais e interdisciplinares, entre outros.

Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras

fixas a serem utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos

podem ter estruturas diversas, pois ultrapassam a ideia de serem apenas sínteses

conceituais.

O lúdico é uma forma de interação do estudante com o mundo, podendo

utilizar - se de instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a

curiosidade e o interesse, tais como jogos, brinquedos, modelos, exemplificações

realizadas habitualmente pelo professor, entre outros.

O lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e quanto

mais intensos for esta interação, maior será o nível de percepções e reestruturações

cognitivas realizadas pelo estudante. O lúdico deve ser considerado na prática

pedagógica, independentemente da série e da faixa etária do estudante, porém,

adequando - se a elas quanto à linguagem, a abordagem, as estratégias e aos

recursos utilizados como apoio.

O processo ensino-aprendizagem pode ser mais bem articulado com o uso

de recursos pedagógico - tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como:

livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos,

música, quadro de giz, mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo,

modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre

outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, TV pendrive, computador, entre outros.

6 - AVALIAÇÃO

A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos

conteúdos científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve

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ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados no qual o estudante

aprende. Para que tal ação torne - se significativa, o professor precisa refletir e

planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado

da avaliação tão somente classificatória e excludente.

Será preciso respeitar o estudante como um ser humano inserido no

contexto das relações que permeiam a construção do conhecimento científico

escolar. Desse modo, a avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do

estudante, construídos no cotidiano, nas atividades experimentais, ou a partir de

diferentes estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos.

É fundamental que se valorize, também, o que se chama de “erro”, de modo a

retomar a compreensão equivocada do estudante por meio de diversos instrumentos

de ensino e de avaliação.

O “erro” pode sugerir ao professor a maneira como o estudante está

pensando e construindo sua rede de conceitos e significados e, neste contexto, se

apresenta como importante elemento para o professor rever e articular o processo

de ensino, em busca de sua superação (BARROS FILHO e SILVA, 2000).

Na aprendizagem significativa, o conteúdo específico ensinado passa a ter

significado real para o estudante e, por isso, interage “com ideias relevantes

existentes na estrutura cognitiva do indivíduo” (MOREIRA, 1999, p. 56).

Ao investigar se houve tal compreensão, o professor precisa utilizar

instrumentos compostos por questões e problemas novos, não familiares, que

exijam a máxima transformação do conhecimento adquirido, isto é, que o estudante

possa expressar em diferentes contextos a sua compreensão do conhecimento

construído, pois [...] é muito mais importante ter ideias claras sobre o que é

aprendizagem significativa, organizar o ensino de modo a facilitá – lá e avaliá –lá

coerentemente, talvez com novos instrumentos, mas, sobretudo com outra

concepção de avaliação. Para avaliar a aprendizagem significativa, muito mais

essencial do que instrumentos específicos é a mudança conceitual necessária por

quem faz a avaliação. (MOREIRA, 1999, p. 63)

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A investigação da aprendizagem significativa pelo professor pode ser por

meio de problematizações envolvendo relações conceituais, interdisciplinares ou

contextuais, ou mesmo a partir da utilização de jogos educativos, entre outras

possibilidades, como o uso de recursos instrucionais que representem como o

estudante tem solucionado os problemas propostos e as relações estabelecidas

diante dessas problematizações.

Dentre essas possibilidades, a prova pode ser um excelente instrumento de

investigação do aprendizado do estudante e de diagnóstico dos conceitos científicos

escolares ainda não compreendidos por ele, além de indicar o quanto o nível de

desenvolvimento potencial tornou - se um nível real (VYGOTSKY, 1991b). Para isso,

as questões da prova precisam ser diversificadas e considerar outras relações além

daquelas trabalhadas em sala de aula.

O diagnóstico permite saber como os conceitos científicos estão sendo

compreendidos pelo estudante, corrigir os “erros” conceituais para a necessária

retomada do ensino dos conceitos ainda não apropriados, diversificando - se

recursos e estratégias para que ocorra a aprendizagem dos conceitos.

Dentre os vários instrumentos que serão desenvolvidos em sala de aula,

citamos de forma resumida os seguintes: avaliação individual e escrita, produção de

textos, resumos, realização de exercícios do livro didático, atividades em grupo,

avaliação contínua durante as atividades desenvolvidas em sala atividades,

pesquisas extraclasses e recuperação de estudos.

Nestes termos, avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo

ensino-aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos

conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma

aprendizagem realmente significativa para sua vida.

7 – REFERÊNCIAS

BRASILANDIA DO SUL, Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e

Médio – Projeto Político Pedagógico – 2012.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Conteúdos Básicos das

Disciplinas Curriculares -2008.

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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de ciências -

2008.

SANTANA, Olga Aguilar, et al. Ciências Naturais, 6º ano – 3. ed. – São Paulo: Saraiva - 2009.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CELEM - LINGUA ESTRANGEIRA

MODERNA - ESPANHOL

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A língua tem um princípio social e dinâmico, por isso não se limita a uma

visão sistêmica e estrutural do código linguístico; é heterogênea, ideológica e opaca.

Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, ela organiza

e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece entendimentos

possíveis. Entendimento este entre eu e o outro, sujeitos que se constitui

socialmente em um espaço discursivo.

Desta forma, a língua é concebida não como uma estrutura ou código a ser

decifrado e sim como discurso onde se constrói significados e não apenas os

transmite. Ao se apropriar de uma língua o sujeito se apropria de sua cultura e torna

- se capaz de delinear um contorno para sua própria identidade, atuando sobre os

sentidos possíveis reconstruindo sua identidade.

Assim, o ensino de língua estrangeira abre possibilidade para que o sujeito

compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social, tenha maior consciência

sobre o papel das línguas na sociedade, reconheça e compreenda a diversidade

linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do

país e também sua contribuição para a formação de sujeitos críticos e

transformadores.

O estudo da língua pode propiciar ao aluno a construção da própria

identidade ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido

pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional,

favorecendo ligações entre a comunidade local e planetária.

Esse estudo propicia a inclusão social dos alunos numa sociedade

reconhecida, diversa e complexa, alargando seus horizontes expandindo sua

capacidade interpretativa e cognitiva, tornando - os integrantes da sociedade e

participantes ativos do mundo, construindo significados para entender melhor a

realidade.

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização,

política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de

ensino são instigados a atender as expectativas e demandas sociais

contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente

produzidos as novas gerações.

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Ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma

língua estrangeira permite - se aos sujeitos perceberem - se como integrantes da

sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o

aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a

realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna - se capaz de delinear

um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e

reconstruirá sua identidade com agente social.

2. Conteúdo Estruturante

O Discurso manifestado nas e pelas práticas discursivas: oralidade, leitura e

escrita.

1) Estruturas específicas dos textos pertencentes aos diversos gêneros

discursivos:

- Informativos

- Publicitários

- Literários

-Diálogo

- Anúncios

- Reportagens

- História em quadrinhos

- Música

- Poema

- Cinema

- Instrução de jogos

- Manual de instrução

- Charges

- Bilhetes

- Cartas

- Receitas

- Cartão Postal

- Torpedos

- Textos Literários (poemas, crônicas, contos, etc)

- Gírias

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- Recados

- Resumo e tiras

- Textos midiáticos: mensagem eletrônica, mensagem de celular, e_mail, MSN

- Folhetos

- Folders

- Cartaz e outdoor

- Diagrama

- Diário

- Relato

-Jogos

Considerando:

- os aspectos externos (condições de produção: análise e crítica das

relações entre texto, língua, poder, grupos sociais e práticas sociais; formas de olhar

o texto escrito, visual, oral e hipertexto para questionar e desafiar as atitudes, os

valores e as crenças a ele subjacentes).

- os aspectos internos (elementos linguísticos - discursivos: nível de

organização linguística, fonético - fonológico, léxico - semântico e de sintaxe);

elementos verbais e não verbais que atuam na produção de sentido do texto; as

linguagens específicas utilizadas na comunicação mediada por recursos

tecnológicos).

2) - Particularidades Linguísticas observadas nas práticas discursivas e

oralidade, escrita e leitura.

- Aspectos Pragmáticos diferentes nas línguas

- Aplicabilidade da língua

- Peculiaridade da linguística

- Diversidade linguística

- Aspecto semântico das diferentes línguas

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3) - Análise da Língua em uso visando a construção dos conhecimentos

linguísticos (estrutura fonética, sintática e morfológica)

Conteúdos comuns a todas as séries podendo ser retomados diversas vezes, porém

observando - se o grau de complexidade.

Saludos y despedidas;

Presentaciones formales e informales;

Alfabeto;

Artículos:

- definidos,

- indefinidos,

- neutro;

Pronombres:

- personales,

- posesivos,

- demostrativos,

- relativos‟

- interrogativos,

- complementos de personas y de objetos;

Contracciones;

Preposiciones;

Interjecciones;

Preposición más artículo;

Signos ortográficos;

Adverbios;

Expresiones de tiempo;

Género y número de sustantivos y adjetivos;

Comparativos y superlativos;

Heterotónicos;

Heterogenéricos;

Heterosemánticos;

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Correspondencia formal e informal;

Tiempos verbales en los modos:

- Indicativo,

- Subjuntivo;

- Imperativo;

Verbos regulares e irregulares;

Verbos en infinitivo, gerundio y participio;

Perífrasis verbales;

Discurso directo e indirecto;

Cohesión y coherencia;

Literatura y sus géneros;

Producciones literarias;

Numerales cardinales y ordinales;

Hora;

Días de la semana;

Meses del año;

Estaciones del año;

Países y nacionalidades;

Adjetivos patrios;

Familia – parentesco;

Características físicas y psicológicas;

Lugares;

La sala de clase;

La casa;

La calle;

Los colores;

Medios de transporte;

Profesiones;

Ocio;

Comidas y bebidas;

Animales;

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Partes del cuerpo;

Deportes;

Derechos y deberes;

Salud y enfermedades;

Vestuario;

Fiestas;

Internet;

Medio ambiente;

Arte;

Cinema;

Música;

Expresiones idiomáticas;

Dichos y frases hechas;

Trabalenguas;

Castellano o Español;

Cultura, geografía y costumbres de España y países hispanoamericanos en relación

al Brasil;

Cultura Afro y su influencia en la cultura nacional e hispánica.

3. Metodologia

O ensino de língua estrangeira deve considerar, em primeira instância, o

papel das línguas na sociedade para ale de meros instrumentos de acesso à

informação. È imprescindível que, nos encaminhamentos dos trabalhos com a

língua, estas sejam como possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos

de entender o mundo e de construir significados.

Assim, partindo do conteúdo estruturante Discurso com prática social

manifestado nas e pelas práticas discursivas, oralidade, leitura e escrita serão

abordadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas.

O professor deve partir do texto como unidade da linguagem em uso

(comunicação verbal, não verbal) o qual trará um problematização em relação a um

tema. O trabalho com o texto deve possibilitar que os alunos desenvolvam uma

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prática analítica e crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira,

ampliem seus conhecimentos linguísticos - culturais e percebam as implicações

sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso e que nele se revele o

respeito às diferentes culturas, crenças e valores.

Neste sentido, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna devem ser

abordados vários tipos de textos em atividades diversificadas não deixando de

contemplar os aspectos culturais do idioma estudado.

Os elementos do interdiscurso (o contexto físico: o lugar, o momento e as

circunstâncias de produção) e do intradiscurso (a superfície discursiva: o texto

propriamente dito, as sequências linguísticas e os tipos de textos em seus diversos

gêneros) nos quais os sentidos da enunciação se cruzam com outros dizeres que

residem na memória dos sujeitos, dizeres estes ativados pelo e no processo de

leitura é que constroem os sentidos.

Assim, no processo de leitura é possível integrar as demais práticas

discursivas por meio de discussões orais sobre a compreensão do que se leu, bem

como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir do texto lido.

Propõe - se que a aula de língua constitua um espaço para que o aluno

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural de modo que se

envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera - se que o aluno compreenda que os

significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

Neste processo, o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos

devem ser valorizadas por meio de discussões dos temas abordados. É preciso

explorar seus pressupostos, formular hipótese, criar situações que ajudem os alunos

a reconstruírem expectativas, quanto ao sentido possível dos textos estudados.

Ao se trabalhar a produção escrita deve ser garantido seu caráter

sociointeracional, isto é, deve se propor atividades significativas, em situações reais

de uso da língua: escreve - se para alguém ou um alguém de quem se constrói uma

representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja definido como

um sujeito sócio – histórico - ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo

imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência.

A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento

de orientá - lo para uma produção. Ao propor uma tarefa de escrita, o professor deve

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proporcionar aos alunos elementos para que consigam expressar-se e dos quais

não dispõem, tais como, discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais.

No trabalho com textos literários, a reflexão sobre a ideologia e a construção

da realidade faz parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e

dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar

textos literários aos alunos, deve - se propor atividades que colaborem para que ele

analise os textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um

determinado contexto sociocultural.

No ensino da Língua Estrangeira Moderna e importante que ele seja

articulado com as demais disciplinas do currículo, para relacionar os vários

conhecimentos. Por exemplo: variação linguística existe tanto na língua estrangeira

como na materna. A literatura está relacionada à história e às tradições culturais de

uma comunidade, cuja geografia também a influencia.

4. Avaliação

A avaliação como parte do processo ensino aprendizagem deve ter como

principal objetivo o de fornecer este processo norteando o trabalho do professor e

fornecendo dados aos alunos da dimensão do ponto em que se encontra no

percurso pedagógico. Ela se sobrepõe ao caráter eventualmente punitivo e de

controle, cumprindo sua função de subsidiar a construção da aprendizagem bem

sucedida. Assim, ela se configura como processual, e, como tal levanta dados para

discussões sobre as dificuldades e avanços dos alunos.

Nesta concepção de avaliação, cabe ao professor observar a participação

dos alunos e considerar que o engajamento discursivo na sala de aula se faz pela

interação verbal, a partir dos textos e de diferentes formas: entre os alunos e o

professor, entre os alunos na turma; na interação com o material didático, nas

conversas em língua materna e língua estrangeira; e no próprio uso da língua, que

funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias.

Avaliar em língua estrangeira não se trata de testar conhecimentos

linguísticos – discursivos - gramaticais, de gêneros textuais, entre outros de um

texto, mas sim verificar a construção dos significados na interação com textos e nas

produções textuais dos alunos, não perdendo de vista que vários significados são

possíveis e válidos, desde que apropriadamente justificados.

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No Ensino Fundamental e Médio, a avaliação de determinado dado de

produção em língua estrangeira considera o erro com resultado do processo de

aquisição de uma nova língua. Assim, na avaliação o erro deve ser visto como um

passo para que aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo que

não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para diferentes

pessoas.

Considerando que no processo ensino aprendizagem o aluno é também

construtor do conhecimento.

5. Referências

PARANÁ. DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

– SEED- PR, 2007.

PARANÁ. Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / vários autores –

Curitiba, SEED-PR, 2006. p. 256.

FANJUL, Adrián. Gramática de Español Paso a Paso. São Paulo: Moderna, 2005.

Vol. Único.

SOUZA, Jair de Oliveira. IPor Supuesto! Español para brasileños. São Paulo:

FTD, 2003. Vol. Único.

BRASILANDIA DO SUL, Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e

Médio – Projeto Político Pedagógico – 2012.

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117

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FISICA PARA O

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL - PR 2012

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1 - APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A Educação Física deve dar oportunidade a todos para que desenvolvam

suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu

aprimoramento como “seres humanos”.

Nessa perspectiva, o corpo e as práticas corporais são vinculados aos

interesses do capital, que influenciam nos caminhos que a Educação Física deve

trilhar na escola. Dar um novo significado às aulas é um exercício necessário que

requer uma amplitude das possibilidades de intervenção, superando a dimensão

meramente motriz por uma dimensão histórica, cultural, social, rompendo com a

ideia de que o corpo se restringe somente ao biológico, ao mensurável.

A dança possibilita o entendimento dos valores culturais, sociais e pessoais

situados historicamente. Neste sentido, através da dança a escola pode tornar-se

um espaço de resistência, de transformação e de superação de manifestações

discriminatórias.

O esporte é um fenômeno popular, de massa, portanto não deve ser tratado

de forma simplista, como comumente se faz nas aulas de Educação Física, negando

assim, a grandeza do acervo cultural que ele compõe. Assim sendo, o esporte como

conteúdo das aulas de Educação Física deverá ser viabilizada a mesma condição

para todos os alunos.

A ginástica permitirá diversas possibilidades de movimentos corporais

descobrindo e reconhecendo as possibilidades e limites do próprio corpo permitindo

a interação, o conhecimento e a partilha de experiências que viabilizem a reflexão, a

inserção crítica no mundo.

Os jogos devem ser abordados considerando a realidade regional e cultural

do aluno, sendo importante o auxílio dos alunos na construção das regras, podendo

ser questionadas e reelaboradas conforme as necessidades e desafios.

As lutas desenvolvidas nos diversos continentes estão constantemente

permeadas pelas questões culturais. Tanto as lutas ocidentais como as lutas

orientais, surgem a partir de determinadas necessidades sociais enfrentadas pelos

seres humanos, em função de um dado contexto histórico específico, influenciados

por fatores econômicos, políticos e culturais.

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1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao

analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da

inteligência e das características essencialmente humanas.

Políticas para a infância têm o papel de garantir que o conhecimento

produzido por todos se torne de todos. É importante fortalecer tradições e laços

culturais e históricos dos diversos grupos, mas graças ao conhecimento universal

poderemos escapar do isolamento, do estreitamento das relações, da perda de

humanidade. Políticas para a infância podem exercer importante papel ao

reconhecer as diferenças combatendo a desigualdade, ao garantir a posse do

conhecimento, questão central da distribuição do poder. O conhecimento universal e

a compreensão da história possibilitam superar a particularidade. Falar de

conhecimento é, pois, falar de cidadania.

Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento

humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de

ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises,

que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a

adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na

verdade, ela é bem mais do que isso. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico,

quando consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a

adolescência.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica,

da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou

de elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência

deve ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se reconstrói

dentro de uma história e tempo específicos.

O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de

liberdade e espontaneidade de ação. Seu objetivo é a vivência prazerosa de sua

atividade. Ele privilegia a criatividade, a inventividade e a imaginação, por sua

própria ligação com os fundamentos do prazer.

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Reconhecer o lúdico é reconhecer a especificidade da infância: permitir que

as crianças sejam crianças e vivam como crianças; é ocupar-se do presente, porque

o futuro dele decorre; é esquecer o discurso que fala da criança e ouvirem as

crianças falarem por si mesmas.

O brinquedo é a atividade da criança, ele cria na criança uma nova forma de

desejos a um „eu‟ fictício, ao seu papel no jogo e nas regras. Através do brinquedo a

criança adquire o que futuramente tornar-se-á seu nível básico de ação real e

moralidade. (VYGOTSKY, 1984).

Reencontrar o lúdico, entender seu valor revolucionário, torna-se imperativo

se deseja preservar os valores humanos no homem. Através dele podemos resgatar

a criatividade, ousando experienciar o novo.

A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades;

não deve ser vista apenas como diversão ou momento de prazer, mas momentos de

desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a

coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.

A ludicidade muda o comportamento infantil, buscando a autonomia da

criança e valorizando a afetividade que envolve o processo de aprender.

Brincando, as crianças aprendem a cooperar com os companheiros, a

obedecer as regras do jogo, a respeitar os direitos dos outros, a acatar a autoridade,

a assumir responsabilidade, a aceitar penalidades que lhe são impostas, a dar

oportunidades aos demais, enfim, a viver em sociedade. (ROJAS, 2006).

É através do lúdico que conseguiremos reconhecer os problemas de cada

aluno, apresentando a eles um mundo real, misterioso e curioso para se aprender e

transformar. É preciso que as rotinas, a organização dos conteúdos e as atividades

abram espaço para que possamos, junto com as crianças, brincar e produzir cultura.

Considerando-se um ser social, o homem atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade.

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes à natureza humana. O

homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a

realidade, capaz de aprender e passa a vida toda exercendo essa capacidade, isso

justifica a necessidade da educação.

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O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a

escola deve levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao

conhecimento mais elaborado sobre a realidade. Isso é garantir o acesso ao

conhecimento, possibilitando a compreensão das contradições da sociedade

capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de trabalho,

instrumentalizando o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social

no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.

2. OBJETIVOS GERAIS

Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas,

respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos

outros, sem discriminar por características pessoais, físicas e sociais;

Promover a socialização e a integração entre os educandos;

Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando o e adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos básicos de vida e agindo com

responsabilidade em relação a sua saúde a saúde coletiva.

Desenvolver atividades teóricas, práticas corporais que auxilie na formação

de uma consciência corporal, capaz de interferir criticamente na construção

de uma sociedade mais justa e mais humana e para uma melhor qualidade de

vida.

3 - CONTEUDOS 6º ANO

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS Conteúdo Básico: JOGOS E BRICADEIRAS POPULARES, BRICADEIRAS E

CANTIGAS DE RODA, JOGOS DE TABULEIRO E JOGOS COOPERATIVOS.

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Conteúdos Específicos: Jogos de imitação, jogos rítmicos, brinquedos cantados

(rodas, ciranda...), jogos sensoriais, jogos recreativos, jogos dramáticos, jogos

cooperativos, brincadeiras folclóricas, jogos intelectivos.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTE INDIVIDUAL Conteúdo Específico: ATLETISMO

Histórico; Posicionamento; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos;

Mecânica do movimento; Regras básicas; Provas:

Lançamento da pelota;

75 m rasos;

100 m rasos;

250 m rasos;

800 m;

Salto em distancia;

Salto em altura;

Conteúdo Específico: TÊNIS DE MESA

Introdução; Conhecimento do jogo, Regras básicas do jogo; Jogo propriamente dito.

Conteúdo Específico: XADREZ

Introdução; Conhecimento do jogo; Tabuleiro; posição inicial, Peças; movimentação

e captura das peças, jogos pré-desportivos.

Conteúdo Básico: ESPORTE COLETIVO

Conteúdo Específico: BASQUETEBOL, FUTSAL, HANDEBOL, VOLEIBOL.

Noções de quadra; Posicionamento; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos

básicos: Manejo de corpo, Manejo de bola, Passes, Recepção, Dribles, manchete,

toque, saque por baixo, Iniciação aos Arremessos, Condução de bola, Domínio de

bola, Finta, Chute; Ataque e defesa; Noções básicas de Regras; Jogos pré-

desportivos; Marcação individual; Refinamento das destrezas motoras básicas; Mini

voleibol – 2x2, 3x3; 4x4 e Voleibol Gigante; Noções do Sistema 6x0.

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Conteúdo Estruturante: DANÇA Conteúdo Básico: DANÇAS FOLCLÓRICAS, DANÇAS DE RUA E DANÇAS

CRIATIVAS.

Conteúdos Específicos: Origem da Dança (histórico) e suas mudanças, diferentes

tipos de dança, Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas: Mímica

imitação e representação, Expressão corporal com e sem materiais.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA Conteúdo Básico: GINÁSTICA RITMICA, GINASTICA CIRCENSE E GINÁSTICA

GERAL.

Conteúdo Específico: GINÁSTICA DE RUA E GINÁSTICA DE SOLO

Origem da cultura de rua e do circo, Ginástica de Solo: Rolamentos para frente e

para trás, Vela, Avião, Saltitos, Saltos, Parada de cabeça e Parada de mão com

ajuda, Roda (estrela), Iniciação ao movimento de ponte.

Conteúdo Estruturante: LUTAS Conteúdo Básico: LUTAS DE APROXIMAÇÃO E CAPOEIRA

Conteúdo Específico:

Judô;

Capoeira Angola.

ELEMENTOS ARTICULADORES:

CULTURA CORPORAL E CORPO

CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE

CULTURA CORPORAL E SAÚDE

CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO

CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO

CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA

CULTURA CORPORAL E LAZER

CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE

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CULTURA CORPORAL E MÍDIA

7º ANO

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS Conteúdo Básico: JOGOS E BRICADEIRAS POPULARES, BRICADEIRAS E

CANTIGAS DE RODA, JOGOS DE TABULEIRO E JOGOS COOPERATIVOS.

Conteúdos Específicos: Jogos de imitação, jogos rítmicos, brinquedos cantados

(rodas, ciranda...), jogos sensoriais, jogos recreativos, brincadeiras folclóricas, jogos

de estafetas, jogos cooperativos, jogos intelectivos, diferença entre jogo e esporte.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTE INDIVIDUAL

Conteúdo Específico: ATLETISMO

Histórico; Posicionamento; Iniciação e desenvolvimento dos fundamentos básicos;

Mecânica do movimento; Regras básicas; Provas:

Lançamento da pelota;

75 m rasos;

100 m rasos;

250 m rasos;

800 m;

Salto em distancia;

Salto em altura;

Salto triplo;

Revezamentos;

Arremesso de peso;

Lançamento de dardo;

Conteúdo Específico: TÊNIS DE MESA

Conhecimento do jogo, Regras básicas do jogo; Jogo propriamente dito.

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Conteúdo Específico: XADREZ

Conhecimento do jogo; Tabuleiro; posição inicial, xeque e xeque mate,

movimentação especiais das peças, captura, jogos pré-desportivos.

Conteúdo Básico: ESPORTE COLETIVO

Conteúdo Específico: BASQUETEBOL, FUTSAL, HANDEBOL E VOLEIBOL.

Histórico; Conhecimento da quadra; Marcação individual; Desenvolvimento dos

fundamentos básicos; Manejo e posicionamento do corpo; Manejo, condução e

domínio da bola; Ataque e defesa; Dribles; Passes; Recepção; Arremessos; Dribles;

Finta; Chute; manchete, toque; saque por baixo; saque por cima e ataque; Iniciação

a marcação individual; Regras básicas; Jogos pré-desportivos; Refinamento das

destrezas motoras básicas.

Conteúdo Estruturante: DANÇA Conteúdo Básico: DANÇAS FOLCLÓRICAS, DANÇAS DE RUA, DANÇAS

CRIATIVAS E DANÇAS CIRCULARES.

Conteúdos Específicos: Origem da Dança Folclórica e Regional (histórico) e suas

mudanças, Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas: Mímica,

Imitação e Representação, Expressão corporal com e sem materiais.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA Conteúdo Básico: GINÁSTICA RÍTMICA, GINÁSTICA CIRCENSE E GINÁSTICA

GERAL.

Conteúdo Específico: GINÁSTICA GERAL E GINÁSTICA DE SOLO

Origem da Ginástica (histórico) e suas mudanças, diferentes tipos de ginásticas,

Ginástica de Solo: Rolamentos para frente e para trás, Vela, Avião, Saltos com

rolamento, Giros, Parada de cabeça (elefantinho) e Parada de mão, Roda (estrela) e

Rodante, Movimento de ponte propriamente dito.

Conteúdo Estruturante: LUTAS Conteúdo Básico: LUTAS DE APROXIMAÇÃO E CAPOEIRA

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Conteúdo Específico:

Jiu-jitsu;

Capoeira Angola.

ELEMENTOS ARTICULADORES:

CULTURA CORPORAL E CORPO

CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE

CULTURA CORPORAL E SAÚDE

CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO

CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO

CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA

CULTURA CORPORAL E LAZER

CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE

CULTURA CORPORAL E MÍDIA

8º ANO

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS Conteúdo Básico: JOGOS DE TABULEIROS, JOGOS DRAMÁTICOS E JOGOS

COOPERATIVOS.

Conteúdos Específicos: Por que brincamos? Jogos recreativos, Jogos

cooperativos e Jogos pré-desportivos, Jogos intelectivos.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES RADICAIS

Conteúdo Específico: Skate e sua história

Conteúdo Básico: ESPORTE COLETIVO

Conteúdo Específico: BASQUETEBOL, FUTSAL, HANDEBOL E VOLEIBOL.

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Regras oficiais e penalidades, Aprofundamento dos fundamentos: Tipos de

arremessos, Corta-luz simples, Finta, Tipos de saque, Bloqueio duplo e triplo;

Posicionamento e função de cada um; Iniciação ao sistema de jogo; Marcação

mista; Coberturas; Sistema 4x2 com iniciação ao 5x1; Súmulas; Superioridade e

inferioridade numérica; Iniciação ao sistema de ataque e de defesa.

Conteúdo Estruturante: DANÇA Conteúdo Básico: DANÇAS CRIATIVAS E DANÇAS CIRCULARES

Conteúdos Específicos: Origem da Dança de Salão e Danças Tradicionais

(histórico) e suas mudanças, Desenvolvimento de formas corporais rítmico-

expressivas: Mímica imitação e representação, Expressão corporal com e sem

materiais, Possibilitar a recriação de papeis de forma coletiva a partir de

tematizações de acordo com as necessidades da realidade.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA Conteúdo Básico: GINÁSTICA RÍTMICA, GINÁSTICA CIRCENSE E GINÁSTICA

GERAL.

Conteúdos Específicos: GINÁSTICA RÍTMICA E GINÁSTICA DE SOLO

Origem da Ginástica Rítmica (histórico) e suas mudanças; Ginástica Rítmica: fita,

bola, corda e arco; Ginástica de Solo: Saltos grupados e carpados, Movimentos

combinados e Construção de coreografias (ritmos).

Conteúdo Estruturante: LUTAS Conteúdo Básico: LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR E CAPOEIRA

Conteúdo Específico:

Esgrima;

Capoeira Regional.

ELEMENTOS ARTICULADORES:

CULTURA CORPORAL E CORPO

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CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE

CULTURA CORPORAL E SAÚDE

CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO

CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO

CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA

CULTURA CORPORAL E LAZER

CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE

CULTURA CORPORAL E MÍDIA

9º ANO

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS Conteúdo Básico: JOGOS DE TABULEIRO, JOGOS DRAMÁTICOS E JOGOS

COOPERATIVOS.

Conteúdos Específicos: Jogos recreativos, Jogos cooperativos e Jogos pré-

desportivos, Jogos intelectivos, Organização de Gincanas.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTE COLETIVO

Conteúdo Específico: BASQUETEBOL, FUTSAL, HANDEBOL E VOLEIBOL. Regras oficiais e penalidades, Aprofundamento dos fundamentos (Arremesso Jump,

Corta-luz ou cortina com bloqueio duplo, Tipos de arremesso, sistema 6x0, Ataque e

contra ataque, Finta; Tipos de saque, Bloqueio duplo e triplo, ataque); Sistema de

jogo (Sistema de ataque e defesa 1x3x1; 3x2; 2x1x2, flutuação e individual,

Marcação mista, Coberturas; Sistema 4x2 e 5x1); Superioridade e inferioridade

numérica; Súmulas.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES RADICAIS

Conteúdo Específico: Treking e sua história.

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Conteúdo Estruturante: DANÇA Conteúdo Básico: DANÇAS CRIATIVAS E DANÇAS CIRCULARES

Conteúdos Específicos: Origem da cultura Afro-brasileira, Danças de Rua,

Apresentações Teatrais, Organização de festivais.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA Conteúdo Básico: GINÁSTICA RÍTMICA E GINÁSTICA GERAL

Conteúdo Específico: GINÁSTICA ARTÍSTICA, GINÁSTICA AERÓBICA E

GINÁSTICA OLÍMPICA.

Montagem de coreografias (Contagem Rítmica), Iniciação a ginástica aeróbica,

Vivências de competições ginásticas artísticas e olímpicas.

Conteúdo Estruturante: LUTAS Conteúdo Básico: LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR E CAPOEIRA

Conteúdo Específico:

Esgrima;

Capoeira Regional.

ELEMENTOS ARTICULADORES:

CULTURA CORPORAL E CORPO

CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE

CULTURA CORPORAL E SAÚDE

CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO

CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO

CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA

CULTURA CORPORAL E LAZER

CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE

CULTURA CORPORAL E MÍDIA

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1º ANO Conteúdo Estruturante: DANÇA Conteúdo Básico: DANÇAS FOLCLÓRICAS, DANÇAS DE SALÃO E DANÇAS DE

RUA.

Conteúdos Específicos:

Diversas manifestações da dança;

Ritmos;

Dramatização;

Danças temáticas;

Tipos de dança (Jazz, Country, Danças Modernas...);

Interpretação e recriação coreográficas.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES COLETIVOS

Conteúdos Específicos:

Basquetebol;

Futebol de Campo;

Futebol Suíço;

Futsal;

Handebol;

Tênis;

Voleibol;

Voleibol de Areia;

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES INDIVIDUAIS

Conteúdos Específicos:

Atletismo;

Ciclismo;

Natação;

Tênis de Mesa;

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Xadrez.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES RADICAIS

Conteúdos Específicos:

BungeeJumping e sua história.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA Conteúdo Básico: GINÁSTICA ARTÍSTICA/OLÍMPICA, GINÁSTICA DE

ACADEMIA E GINÁSTICA GERAL

Conteúdos Específicos:

Ginástica Localizada: Conceito, Correções posturais, Grupos musculares,

Resistência muscular, Diferença entre resistência e força, Tipos de força,

Fonte energética, Alongamentos, Relaxamento.

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS Conteúdo Básico: JOGOS DE TABULEIRO, JOGOS DRAMÁTICOS E JOGOS

COOPERATIVOS.

Conteúdos Específicos:

Dinâmica de grupos;

Jogos cooperativos;

Jogos Intelectivos;

Jogos pré-desportivos;

Jogos recreativos

Espirobol.

Conteúdo Estruturante: LUTAS Conteúdo Básico: LUTAS COM APROXIMAÇÃO, LUTAS QUE MANTÊM À

DISTÂNCIA, LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR E CAPOEIRA.

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Conteúdos Específicos:

Capoeira: Histórico, Estilos de Jogo, Musicalização e Ritmo, Confecção de

instrumentos; Movimentação: ginga, golpes acrobáticos, golpes

traumatizantes, golpes desequilibrantes, Floreios, Desenvolvimento do jogo

na Roda;

Taekondo: Histórico, Defesas, Ataques.

ELEMENTOS ARTICULADORES:

CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO: mobilização social, esporte

de rendimento x qualidade de vida;

CULTURA CORPORAL E MÍDIA: mobilização social, esporte de rendimento x

qualidade de vida;

CULTURA CORPORAL E SAÚDE: esporte de rendimento x qualidade de

vida, nutrição e suplementação esportiva;

CULTURA CORPORAL E CORPO: mobilização social, esporte de rendimento

x qualidade de vida, nutrição e suplementação esportiva;

CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA: os aprimoramentos da tática e

da técnica, juntamente com as regras oficiais acontecerão no decorrer de todo o

Ensino Médio e, estes sendo abordados em todas as modalidades esportivas;

CULTURA CORPORAL E LAZER: mobilização social, esporte de rendimento

x qualidade de vida;

CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE: mobilização social, esporte de

rendimento x qualidade de vida.

CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE

CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO

2º ANO Conteúdo Estruturante: DANÇA Conteúdo Básico: DANÇAS FOLCLÓRICAS, DANÇAS DE SALÃO E DANÇAS DE

RUA.

Conteúdos Específicos:

Diversas manifestações da dança;

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Ritmos;

Dramatização;

Danças temáticas;

Tipos de dança (Jazz, Country, Danças Modernas...);

Interpretação e recriação coreográficas.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES COLETIVOS

Conteúdos Específicos:

Basquetebol;

Futebol de Campo;

Futebol Suíço;

Futsal;

Handebol;

Tênis;

Voleibol;

Voleibol de Areia;

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES INDIVIDUAIS

Conteúdos Específicos:

Atletismo;

Ciclismo;

Natação;

Tênis de Mesa;

Xadrez.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES RADICAIS

Conteúdos Específicos:

Rafting e sua história.

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134

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA Conteúdo Básico: GINÁSTICA ARTÍSTICA/OLÍMPICA, GINÁSTICA DE

ACADEMIA E GINÁSTICA GERAL

Conteúdos Específicos:

Ginástica Aeróbica: Conceito, Freqüência cardíaca, Fonte metabólica e Gasto

energético, Composição corporal, Coordenação motora geral.

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS Conteúdo Básico: JOGOS DE TABULEIRO, JOGOS DRAMÁTICOS E JOGOS

COOPERATIVOS.

Conteúdos Específicos:

Dinâmica de grupos;

Jogos cooperativos;

Jogos Intelectivos;

Jogos pré-desportivos;

Jogos recreativos

Espirobol.

Conteúdo Estruturante: LUTAS Conteúdo Básico: LUTAS COM APROXIMAÇÃO, LUTAS QUE MANTÊM À

DISTÂNCIA, LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR E CAPOEIRA.

Conteúdos Específicos:

Karatê: Histórico, Defesas, Ataques.

Boxe: Histórico, Defesas, Ataques.

ELEMENTOS ARTICULADORES:

CULTURA CORPORAL E CORPO: características físicas;

CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE: características físicas;

CULTURA CORPORAL E SAÚDE: doping e distúrbios emocionais estéticos

(bulimia, anorexia, padrões de beleza), características físicas;

CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO: características físicas;

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CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO: esporte e ciência;

CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA: os aprimoramentos da tática

e da técnica, juntamente com as regras oficiais acontecerão no decorrer de todo

o Ensino Médio e, estes sendo abordados em todas as modalidades esportivas;

CULTURA CORPORAL E LAZER: características físicas;

CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE: características físicas;

CULTURA CORPORAL E MÍDIA: características físicas;

3º ANO Conteúdo Estruturante: DANÇA Conteúdo Básico: DANÇAS FOLCLÓRICAS, DANÇAS DE SALÃO E DANÇAS DE

RUA.

Conteúdos Específicos:

Diversas manifestações da dança;

Ritmos;

Dramatização;

Danças temáticas;

Tipos de dança (Jazz, Country, Danças Modernas...);

Interpretação e recriação coreográficas.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES COLETIVOS

Conteúdos Específicos:

Basquetebol;

Futebol de Campo;

Futebol Suíço;

Futsal;

Handebol;

Tênis;

Voleibol;

Voleibol de Areia;

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Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES INDIVIDUAIS

Conteúdos Específicos:

Atletismo;

Ciclismo;

Natação;

Tênis de Mesa;

Xadrez.

Conteúdo Estruturante: ESPORTE Conteúdo Básico: ESPORTES RADICAIS

Conteúdos Específicos:

Rappele sua história.

Conteúdo Estruturante: GINÁSTICA Conteúdo Básico: GINÁSTICA ARTÍSTICA/OLÍMPICA, GINÁSTICA DE

ACADEMIA E GINÁSTICA GERAL

Conteúdos Específicos:

Ginástica Laboral: Conceito, Alongamento e Flexibilidade, Dort (L. E. R).

Conteúdo Estruturante: JOGOS E BRINCADEIRAS Conteúdo Básico: JOGOS DE TABULEIRO, JOGOS DRAMÁTICOS E JOGOS

COOPERATIVOS.

Conteúdos Específicos:

Dinâmica de grupos;

Jogos cooperativos;

Jogos Intelectivos;

Jogos pré-desportivos;

Jogos recreativos

Espirobol.

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Conteúdo Estruturante: LUTAS Conteúdo Básico: LUTAS COM APROXIMAÇÃO, LUTAS QUE MANTÊM À

DISTÂNCIA, LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR E CAPOEIRA.

Conteúdos Específicos:

Judô: Histórico, Lutas de solo, Bases, Tipos de pegadas, Rolamento, Tipos de

golpes (ataque e defesa), Imobilização;

Jiu-jitsu: Histórico, Defesas, Ataques.

ELEMENTOS ARTICULADORES:

CULTURA CORPORAL E CORPO: lazer x trabalho, psicologia esportiva;

CULTURA CORPORAL E LUDICIDADE: lazer x trabalho;

CULTURA CORPORAL E SAÚDE: lazer x trabalho, psicologia esportiva;

CULTURA CORPORAL E MUNDO DO TRABALHO: lazer x trabalho;

CULTURA CORPORAL E DESPORTIVIZAÇÃO: esporte e sociologia;

CULTURA CORPORAL – TÉCNICA E TÁTICA: os aprimoramentos da tática

e da técnica, juntamente com as regras oficiais acontecerão no decorrer de todo

o Ensino Médio e, estes sendo abordados em todas as modalidades esportivas;

CULTURA CORPORAL E LAZER: lazer x trabalho;

CULTURA CORPORAL E DIVERSIDADE: esporte e sociologia, lazer x

trabalho;

CULTURA CORPORAL E MÍDIA: lazer x trabalho, psicologia esportiva;

4 - METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico para as aulas de educação física na

educação básica, de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, mais

especificamente a diretriz da disciplina de Educação Física, sugere o seguinte:

Preparação e mobilização do aluno para a construção do conhecimento,

aquilo que o aluno traz como referência a cerca do conteúdo proposto;

Problematização. O professor propõe um desafio e cria um ambiente de

dúvida sobre os conhecimentos prévios;

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Apresentação aos alunos do conteúdo sistematizado, para que os alunos

tenham condições de assimilação e recriação do mesmo e ainda o professor

realiza as intervenções pedagógicas necessárias;

Efetivação de um diálogo que permite ao professor e ao aluno avaliar o

processo de ensino-aprendizagem, transformando-se intelectual e

qualitativamente em relação ao conteúdo.

Este encaminhamento será efetivado através de:

Aulas teóricas e práticas;

Trabalhos de pesquisas realizados de forma individual e coletiva;

Uso de vídeos, jornais, revistas, apostilas, livros e outros;

Elaboração e uso de quadro mural para divulgação dos trabalhos de pesquisa

e sugestões de atividades;

Participação e elaboração de festivais, gincanas;

Trabalho de forma interdisciplinar.

5 - AVALIAÇÃO

Nesta proposta, a avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem

de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não

como um elemento externo a este processo.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a

avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, com

critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de

ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os progressos

do aluno durante o ano letivo, levando-se em consideração o que preconiza a LDB

9394/96 pela chamada avaliação formativa, com vistas à diminuição das

desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos

poderão revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no

processo de ensino e de aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas. Será um

processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor organizará e

reorganizará o seu trabalho visando às diversas manifestações corporais,

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evidenciadas através da ginástica, do esporte, da dança dos jogos e brincadeiras e

das lutas, possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente

com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de

educação física para o ensino fundamental e médio. Versão preliminar, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de

educação física para a educação básica. Versão, 2008.

BRASILÂNDIA DO SUL, Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e

Médio – Projeto Político Pedagógico – 2012.

PARANÁ, SEED. Educação Física – Ensino Médio/Vários Autores. Curitiba, 2006.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Para o Ensino Religioso, inicia-se uma nova fase da história, foi aprovada

uma nova lei que o constitui, agora, em uma disciplina com todas as propriedades,

enquanto tal. Isto significa que o Ensino Religioso não se dá mais no processo linear

como foi concebido até recentemente, mas por meio de articulações complexas num

mundo pluralista e multiforme, pois é nela e a partir dela que se inicia o processo.

Ensino Religioso é a disciplina à qual se confia do ponto de vista da escola

leiga e pluralista a indispensável educação da religiosidade. Aqui, já vale observar a

necessidade de se superar uma posição monopolista e proselitista, para que haja

uma autêntica educação da religiosidade inserida no sistema público de educação

em benefício do povo.

Em termos metodológicos propõe-se, com a disciplina, um processo de

ensino e de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo debate,

pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida – real e metódica –, do

confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente

de conteúdos formalizados. Opõe-se, portanto, a um modelo educacional que centra

o ensino tão-somente na transmissão dos conteúdos pelo professor, o que reduz as

possibilidades de participação do aluno e não atende a diversidade cultural e

religiosa.

Para isso, retoma-se a necessidade de:

• superar as tradicionais aulas de religião;

• abordar conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações

culturais e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações

culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas as formas

diversas de religiosidade.

Assim, qualquer religião deve ser tratada como conteúdo escolar, uma vez

que o Sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de

organização de diferentes sociedades. A disciplina de Ensino Religioso deve

propiciar a compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do

Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. Ainda,

subsidiará os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso

e na forma como as sociedades são influenciadas pelas tradições religiosas, tanto

na afirmação quanto na negação do Sagrado.

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Para se chegar a bom termo nesse trabalho pedagógico será necessário

uma criteriosa definição dos conteúdos escolares, produção de materiais didático-

pedagógicos e científicos, bem como a contínua formação dos professores, ações

que em conjunto podem orientar a disciplina do Ensino Religioso.

Ao longo do ano letivo serão trabalhados os conteúdos relacionados a

História e Cultura, Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08),

Enfretamento à violência contra a criança e o adolescente.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

De acordo com a própria DCE, a religião e conhecimento religioso são

patrimônios da humanidade, pois, constituíram-se historicamente na inter-relação

dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina

de Ensino Religioso na escola fundamental deve orientar-se para a apropriação dos

saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua

relação com outros campos do conhecimento.

No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais/culturais vem

consolidando o reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da escola o

trabalho pedagógico com o conhecimento sobre essa diversidade, frutos das raízes

culturais brasileiras. Nesse sentido, um dos grandes desafios da escola e da

disciplina de Ensino Religioso é efetivar uma prática de ensino voltada para a

superação do preconceito religioso, como também, desprender-se do seu histórico

confessional catequético, para a construção e consolidação do respeito à

diversidade cultural e religiosa. Um Ensino Religioso de caráter doutrinário, como

ocorreu no Brasil Colônia e no Brasil Império, estimula concepções de mundo

excludentes e atitudes de desrespeito às diferenças culturais e religiosas.

É justamente esse contexto que reclama uma reformulação do Ensino

Religioso adequada ao ideal republicano de separação entre Igreja e Estado, pois,

suas formas confessionais são incapazes de cumprir exigências que hoje se

apresentam. Assim, a disciplina de Ensino Religioso deve oferecer subsídios para

que os estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e

como se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer

relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de

religiosidade.

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Tratado nesta perspectiva, o Ensino Religioso contribuirá para superar

desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de

crença e expressão e, por consequência, o direito à liberdade individual e política.

Desta forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a LDB

9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.

O desafio mais eminente da nova abordagem do Ensino Religioso é,

portanto, superar toda e qualquer forma de apologia ou imposição de um

determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na medida em que uma

doutrinação religiosa ou moral impõe um modo adequado de agir e pensar, de forma

heterônoma e excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de

contestação e até mesmo de criação de novos valores.

O conceito de infância sofreu transformações historicamente, o que se

evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates

educacionais, em especial a partir da década de 1980, no Brasil.

Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa

compreender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da

fase adulta (KUHLMANN, 1988).

Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é resultado de

determinações sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e

cultural.

Embora se apresentem ainda grandes desafios para que os direitos sociais da

infância materializem-se plenamente, diante das várias pressões sofridas pelo

estado, este passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como

sujeito de direitos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, O

Estatuto da Criança e do Adolescente, nos anos de 1990, a LDB Nº 9394/96, além

de textos curriculares que tratam da especificidade da infância. (KRAMER, 2006).

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao

analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da

inteligência e das características essencialmente humanas.

Os estudos de Vygotsky (2007) indicam que é importante analisar

criticamente o contexto social, a fim de compreender com que crianças se está

trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças se

apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar.

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Isso significa, por exemplo, que, se vivemos numa sociedade letrada, espera-

se que todas as pessoas, na idade socialmente reconhecida como adequada,

tenham asseguradas as condições para se apropriar deste conhecimento.

Políticas para a infância têm o papel de garantir que o conhecimento

produzido por todos se torne de todos. É importante fortalecer tradições e laços

culturais e históricos dos diversos grupos, mas graças ao conhecimento universal

poderemos escapar do isolamento, do estreitamento das relações, da perda de

humanidade. Políticas para a infância podem exercer importante papel ao

reconhecer as diferenças combatendo a desigualdade, ao garantir a posse do

conhecimento, questão central da distribuição do poder. O conhecimento universal e

a compreensão da história possibilitam superar a particularidade. Falar de

conhecimento é, pois, falar de cidadania.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como

uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de

serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da

adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria

sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser

compreendidas quando inseridas na história que a geraram.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem

do latim adolescência, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra

derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência.

Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento

humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de

ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises,

que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a

adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na

verdade, ela é bem mais do que isso. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico,

quando consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a

adolescência.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica, da

puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de

elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência deve

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ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se reconstrói dentro

de uma história e tempo específicos.

A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina 'ludus' que quer dizer

'jogo'.

O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de

liberdade e espontaneidade de ação. Seu objetivo é a vivência prazerosa de sua

atividade. Ele privilegia a criatividade, a inventividade e a imaginação, por sua

própria ligação com os fundamentos do prazer.

Reconhecer o lúdico é reconhecer a especificidade da infância: permitir que

as crianças sejam crianças e vivam como crianças; é ocupar-se do presente, porque

o futuro dele decorre; é esquecer o discurso que fala da criança e ouvirem as

crianças falarem por si mesmas.

O brinquedo é a atividade da criança, ele cria na criança uma nova forma de

desejos a um „eu‟ fictício, ao seu papel no jogo e nas regras. Através do brinquedo a

criança adquire o que futuramente tornar-se-á seu nível básico de ação real e

moralidade. (VYGOTSKY, 1984).

Reencontrar o lúdico, entender seu valor revolucionário, torna-se imperativo

se deseja preservar os valores humanos no homem. Através dele podemos resgatar

a criatividade, ousando experienciar o novo.

A atividade lúdica pode desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala

de aula: o lúdico se apresenta como uma ferramenta de ensino para o desempenho

de desenvolvimento intelectual dos alunos.

A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades;

não deve ser vista apenas como diversão ou momento de prazer, mas momentos de

desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a

coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.

Os professores podem trabalhar a prática com a teoria, desenvolvendo as

inteligências múltiplas e a participação efetiva dos alunos no processo pedagógico.

A ludicidade apresenta benefícios para o desenvolvimento da criança: a vontade da

criança em aprender cresce, seu interesse aumenta, pois desta maneira ela

realmente aprende o que lhe está sendo ensinado.

O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana,

trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão. (ALMEIDA, 2006).

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KISHIMOTO (2001) em sua obra “Jogo, brinquedo, brincadeira e educação”

apresenta o uso do brinquedo e do jogo educativo com fins pedagógicos, nos

remetendo à relevância desse instrumento para situações de ensino aprendizagem e

de desenvolvimento infantil, trabalhando o cognitivo, afetivo, físico e social da

criança.

A ludicidade muda o comportamento infantil, buscando a autonomia da

criança e valorizando a afetividade que envolve o processo de aprender.

Brincando, as crianças aprendem a cooperar com os companheiros, a

obedecer as regras do jogo, a respeitar os direitos dos outros, a acatar a autoridade,

a assumir responsabilidade, a aceitar penalidades que lhe são impostas, a dar

oportunidades aos demais, enfim, a viver em sociedade. (ROJAS, 2006).

Os jogos pedagógicos têm que ser planejados pelo professor

cuidadosamente, para saber o objetivo da aula. O professor deve preparar seus

alunos para o momento especial a ser propiciado pelo jogo e explicar a razão pela

qual está adotando o jogo naquele momento da aula.

A ludicidade precisa ser trabalhada por todos os professores,

independentemente da disciplina que atuam.

É através do lúdico que conseguiremos reconhecer os problemas de cada

aluno, apresentando a eles um mundo real, misterioso e curioso para se aprender e

transformar. É preciso que as rotinas, a organização dos conteúdos e as atividades

abram espaço para que possamos, junto com as crianças, brincar e produzir cultura.

Segundo Vygotsky (1987), o brincar é uma atividade humana criadora, na

qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas

possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças.

A brincadeira não é algo já dado na vida do ser humano, ou seja, aprende-se

a brincar, desde cedo, nas relações que os sujeitos estabelecem com os outros e

com a cultura.

O brincar não apenas requer muitas aprendizagens, mas constitui um espaço

de aprendizagem. (VYGOTSKY, 1987).

A brincadeira é um lugar de construção de culturas fundado nas interações

sociais entre as crianças. É também suporte da sociabilidade.

Brincar é uma experiência de cultura importante não apenas nos primeiros

anos da infância, mas durante todo o percurso de vida de qualquer ser humano,

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portanto, também deve ser garantida em todos os anos do ensino fundamental e

etapas subsequentes da nossa formação.

O brincar é uma atividade humana significativa, por meio da qual os sujeitos

se compreendem como sujeitos culturais e humanos, membros de um grupo social.

A implantação de uma política de ampliação do ensino fundamental de oito

para nove anos de duração exige tratamento político, administrativo e pedagógico,

uma vez que o objetivo de um maior número de anos no ensino obrigatório é

assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar com

maiores oportunidades de aprendizagem.

Ressalte-se que a aprendizagem não depende apenas do aumento do tempo

de permanência na escola, mas também do emprego mais eficaz desse tempo: a

associação de ambos pode contribuir significativamente para que os estudantes

aprendam mais e de maneira mais prazerosa.

Para a legitimidade e a efetividade dessa política educacional, são

necessárias ações formativas da opinião pública, condições pedagógicas,

administrativas, financeiras, materiais e de recursos humanos, bem como

acompanhamento e avaliação em todos os níveis da gestão educacional.

Nesse sentido, elaboramos este documento Ensino Fundamental de Nove Anos:

orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade, uma vez que a

implementação dessa política requer orientações pedagógicas que respeitem as

crianças como sujeitos da aprendizagem.

A ampliação do ensino fundamental para nove anos significa, também, uma

possibilidade de qualificação do ensino e da aprendizagem da alfabetização e do

letramento, pois a criança terá mais tempo para se apropriar desses conteúdos. No

entanto, o ensino nesse primeiro ano ou nesses dois primeiros anos não deverá se

reduzir a essas aprendizagens. Por isso, neste documento de orientações

pedagógicas, reafirmamos a importância de um trabalho pedagógico que assegure o

estudo das diversas expressões e de todas as áreas do conhecimento, igualmente

necessárias à formação do estudante do ensino fundamental.

3. OBJETIVOS GERAIS

Definir a educação das mais diferentes formas e com parâmetros diversos,

mas, em se tratando de seu objetivo final, todas as definições convergem para o

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desenvolvimento pleno do sujeito humano na sociedade. É aqui onde o Ensino

Religioso fundamenta a sua natureza: o homem para adquirir seu estado de

realização integral necessita da perfeição religiosa, também.

Compreender a razão de ser do Ensino Religioso, partindo de uma concepção

de educação que a entenda como um processo global, integral, enfim, de uma visão

de totalidade que reúne todos os níveis de conhecimento, dentre os quais está o

aspecto religioso, deixar muito claro que o Ensino Religioso não pretende ser

nenhuma experiência de fé, mas que precisa se manter para a sua própria razão de

ser, sob o fundamento do conhecimento.

4. CONTEUDOS 4.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Paisagem Religiosa Símbolo Texto Sagrado Valores Humanos Ética e Moral

4.2. CONTEÚDOS BÁSICOS:

O Ensino Religioso na Escola Pública

Lugares Sagrados

Comportamento (Ética)

(valores)

Textos Sagrados Orais e Escritos

Organizações Religiosas:

-Budismo (Sidarta Gautma)

-Cristianismo (Cristo)

-Confucionismo (Confúcio)

-Espiritismo (Alan Kardec)

-Taoísmo (Lao Tsé)

-Aninismo (Rulanga)

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-Hinduísmo (Brahma, Vishnu e Xiva)

-Judaísmo (Messias)

-Islamismo (Maomé)

Religiões de Matrizes Africanas no Brasil

Universo Simbólico Religioso

Vida e Morte

Ética e Moral

Ritos/Festas Religiosas

Ritos:

-Ritos de passagem

-Mortuários

-Propiciatórios

Festas Religiosas:

-Peregrinações,

-Festas Familiares,

-Festas nos Templos

-Datas Comemorativas

5. METODOLOGIA

A disciplina de Ensino Religioso, mais do que planejar formas, métodos,

conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, pressupõe um constante

repensar das ações que subsidiam esse trabalho, pois, uma abordagem nova de um

conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a novos métodos de investigação, análise e

ensino.

Nas aulas baseadas na pedagogia tradicional os conteúdos eram trabalhados

com ênfase no estudo confessional. A transmissão desse conhecimento era feita a

partir da exposição de conteúdos sem oportunidade para análises ou

questionamentos. A aprendizagem se dava de forma receptiva, passiva, sem um

contexto reflexivo, de modo que ao aluno restava a memorização e a aceitação.

O trabalho pedagógico proposto nestas diretrizes para a disciplina de Ensino

Religioso ancora-se na perspectiva da superação dessas práticas tradicionais que

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marcaram o ensino escolar. Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado

na aula dialogada, isto é, partir da experiência religiosa do aluno e de seus

conhecimentos prévios para, em seguida, apresentar o conteúdo que será

trabalhado.

Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por

uma visão de senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como

natural, como afirma Saviani (1991, p. 80). O professor, por sua vez, deve

posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o

Sagrado e seu papel sócio-cultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os

saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e

dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que usos fazem

do conhecimento em sua prática social cotidiana. Sugere-se que o professor faça um

levantamento de questões ou problemas envolvendo essa temática para que os

alunos identifiquem o quanto já conhece a respeito do conteúdo, ainda que de forma

caótica. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está

de alguma forma, presente na prática social dos alunos.

Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo.

Trata-se da “identificação dos principais problemas postos pela prática social. [...] de

detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da Prática Social e, em

consequência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1991, 80). Essa

etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à

vida do educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do

conhecimento.

A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua

contextualização, pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto

histórico, político e social. Ou seja, estabelecem-se relações entre o que ocorre na

sociedade, o objeto de estudo da disciplina, nesse caso, o Sagrado, e os conteúdos

estruturantes. A interdisciplinaridade é fundamental para efetivar a contextualização

do conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas

curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de

estudo do Ensino Religioso.

Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito faz-se

necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não

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religioso. Assim, o professor estabelecerá uma relação pedagógica frente ao

universo das manifestações religiosas, tomando-o como construção histórico-social

e patrimônio cultural da humanidade. Nestas Diretrizes, repudiam-se, então,

quaisquer juízos de valor sobre esta ou aquela prática religiosa. Nesta disciplina

será trabalhado também a questão do Enfrentamento à Violência contra criança e o

adolescente.

Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para suas aulas, torna-se

recomendável que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da

respectiva manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação

comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é

importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como meio

de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar

seus pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações.

É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do

educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão

aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade

sociocultural.

6. AVALIAÇÃO

Consiste em diagnosticar a capacidade reflexiva e crítica do aluno mediante

aos temas propostos durante as aulas, com base nos conteúdos básicos oferecidos

e trabalhados pelo professor. Ocorrendo em atividades desenvolvidas a partir de

pesquisas dentro e fora de sala de aula, trazendo de uma forma dinâmica à

discussão para a sala, onde o objetivo principal é a aquisição do conhecimento

Religioso. Esta avaliação pode ocorrer individualmente e/ou em grupo, podendo ser

escrita, visual e oral.

Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem

aprovação ou reprovação do aluno, recomenda-se que o professor registre o

processo avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos

seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,

como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de

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concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em

torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade,

pluralidade, amplitude e profundidade.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ensino

Religioso. Versão, 2008.

BRASILÂNDIA DO SUL. Escola Estadual Rui Barbosa - EFM – Projeto Político

Pedagógico – 2012.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo. Editora: Martin Claret, 2004.

BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega. Petrópolis. Editora: Vozes, Vol. III,

4.ª edição, 1992.

GRESCHAT, Hans Jürgen. O que é ciência da religião. trad. São Paulo. Editora:

Paulinas, 2005.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. 11ª ed. São

Paulo. Editora: Pioneira, 1996.

MARCHON, Benoit. As grandes religiões do mundo. São Paulo. Editora: Paulinas,

1995.

MARTELLI, Stefano. A religião na sociedade pós-moderna: entre a secularização

e a Dessecularização. São Paulo. Editora: Paulinas, 1995.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA.

A Física tem papel fundamental para a formação do cidadão e tem como

objetivo o estudo do universo em toda sua complexibilidade, pois o homem tem

grande capacidade de acumular conhecimento. Isso permite a cada geração partir

do ponto em que a anterior chegou, sem precisar recomeçar do zero.

As descobertas no campo da Física remontam à Pré-História.

Posteriormente, as primeiras civilizações que surgiram na Mesopotâmia e no Egito,

aprenderam a transportar e levantar enormes blocos de pedras e a construir

monumentos. Com o desenvolvimento da sociedade, o surgimento do comércio e da

vida urbana, surge a necessidade de novas descobertas e nas tentativas de resolver

problemas, lança – se as bases da ciência moderna.

Todavia, a construção do conhecimento não se faz por simples acumulo, a

cada nova descoberta devemos incorporar conhecimentos anteriores.

A Física pode ser considerada a base de todas as outras ciências e da

tecnologia, pois estuda os componentes básicos de um determinado fenômeno e as

leis que governam suas interações.

Ao longo de nossos estudos, procuramos mostrar de que maneira a Física

está presente em nosso dia-a-dia. Num simples passeio podemos encontrar

inúmeras aplicações de Física, no ambiente em que vivemos na escola ou no

trabalho, estamos constantemente em contato com fenômenos naturais explicados

pela Física, com equipamentos e máquinas construídos com a teoria desenvolvida

em seus vários campos.

Acreditamos que, como outras disciplinas, a Física pode contribuir para que,

em seu processo de individuação, o aluno não só construa um esquema conceitual,

mas também desenvolva uma visão critica que lhe permita perceber a relação entre

a ciência e outros campos do conhecimento, não tomando-a como verdades

absolutas mas uma ciência em construção que possibilite lidar com o grande volume

de informações trazidos pelos meios de comunicação de forma tão diversificada,

aprendendo a selecionar e a compreender aquelas que são relevantes.

Nesse contexto, acredita –se que a Física tem contribuído atualmente, nas

mais diferentes ciências que se servem de seus conceitos para explicar seus

fenômenos específicos, seja na tecnologia desenvolvida; em medicina, onde grande

parte dos modernos métodos de diagnósticos e a tomografia computadorizada que

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são aparelhos cuja as aplicações práticas são de princípios Físicos. Os engenheiros

e os arquitetos valem-se dos conceitos Físicos na maior parte de suas tarefas e o

progresso crescente na informática é possível graças a descobertas que tem sido

frutos no campo de Física. E assim acontece com a biotecnologia, com a genética e

muitas outras áreas do conhecimento humano.

Nessa perspectiva, acreditamos também que a Física contribui para a

formação de uma cultura científica na condução do exercício da cidadania e na

percepção da beleza que o conhecimento desvenda à melhoria da relação entre os

seres humanos.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O recorde histórico da Física, apresentado na primeira parte desde

documento, teve por objetivo buscar um quadro conceitual de referencia capaz de

abordar o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua evolução, suas

transformações e as interações que nele ocorrem.

Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três

campos de estudo da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final

do século XIX:

A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton na obra: Pilosophia e

naturalisprincipia, athematica (os principia);

A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule,

Clausius, Kelvin, Helmholtz e outros;

O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos

de homens como Ampére e Faraday.

A primeira síntese refere-se ao estudo dos movimentos (mecânica e

gravitação) presente nos trabalhos de Newton e desenvolvida posteriormente por

outros cientistas, como Lagrange, Laplace e Hamilton. Centra-se nas leis do

movimento dos corpos materiais, sua descrição e suas causas. Com esses estudos,

o Universo passou a ser explicado a partir de entidades como o espaço e o tempo, e

as causas dos movimentos explicadas pela ação das forças.

Os conceitos de massa, espaço e tempo se fizeram presentes desde que os

homens iniciaram seu contado com a natureza, mas foi Newton que elaborou a

primeira “concepção cientifica”.

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O tempo absoluto, verdadeiro e matemático, por si mesmo e da sua própria

natureza, flui uniformemente sem relação com qualquer coisa externa e é chamado

de duração; o tempo relativo, aparente e comum é alguma medida de duração

perceptível e externa (seja ela exata ou não uniforme) que é obtida através do

movimento e que é normalmente usada no lugar do tempo verdadeiro, tal como uma

hora, um dia, um mês, um ano. O espaço absoluto, em sua própria natureza, sem

relação com qualquer coisa externa.

Os conceitos explicitados por Newton são considerados entidades no estudo

dos movimentos porque eles são fundamentais para a sustentação da teoria. A

Física newtoniana ampara-se em ideias mecanicistas e deterministas de mundo e

sustenta-se na ideia de que se conhecêssemos a posição inicial, o momentum da

partícula e sua massa, todo o seu futuro poderia ser determinado.

A segunda síntese, a termodinâmica, deu-se a partir do estudo dos

fenômenos, mecânica e do calor de onde se desenvolveu o Principio da

Conservação da Energia.

Bucussi (2006), amparado em Kuhn, postula que a descoberta do principio

da conservação da energia ocorreu de forma simultânea entre 1842 e 1947 por

quatro cientistas europeus: Mayer, joule, Ludwig Colding e Helmholtz, e conclui:

Só depois de Rudolf Clausius (1822 – 1888) ter, em 1865, demonstrado

matematicamente esta lei [da conservação da energia] foi que o termo energia

recebeu significado preciso sendo admitido como uma “função de estado”, estando

em tal gênese um forte vínculo com as relações entre calor e trabalho, dois

conceitos que hoje tidos como “processos transparência-transformação de energia”.

Destaca-se ainda que Joule e Clausius assumiram que o calor estava relacionado

com uma certa energia cinética das partículas que constituem os corpos, passando

a se estruturar cada vez mais uma Teoria Cinética baseada nas leis de Newton, que

permitirá, inclusive, a compreensão das Leis da Termodinâmica.

O estabelecimento do princípio da conservação da energia se expressa na

primeira lei da termodinâmica por meio do conceito de energia interna de um

sistema. Entretanto, a irreversibilidade dos fenômenos espontâneos exigia a

formulação de outra lei, pois, aparentemente, existia uma violação da primeira lei:

não era possível a transformação integral de calor em trabalho. A constatação da

aparente violação da primeira levou á formulação da segunda lei da termodinâmica e

à construção do conceito de entropia.

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Assim, o calor (entendido como uma das várias manifestações da energia), o

conceito de temperatura e a entropia são essenciais para a compreensão do corpo

teórico da termodinâmica, por isso são considerados, por estas diretrizes, entidades

fundamentais.

A terceira síntese, do eletromagnetismo, deu-se a partir do estudo dos

fenômenos elétricos e magnéticos. Sua elaboração deveu-se a estudos de diversos

cientistas, entre eles Ampére, Faraday e Lenz. Os resultados desses estudos

permitiram a Maxwell sistematizar as quatro leis do eletromagnetismo.

Após um período de prevalência do método indutivo de Newtom, com a

publicação dos Principia, no século XVIII, o método hipotético voltou à tona para

explicar os fenômenos ligados à gravitação, à eletricidade, ao magnetismo e à

óptica, entre outros. Uma série de fluidos sutis (por exemplo, o éter) foi considerada

para explicar estes fenômenos.

Nesse contexto cientifico trabalharam Faraday e Maxwell, ambos contrários

à idéia da ação à distância. Faraday, ao formular a hipótese de linhas de força,

instituiu a idéia de ação continua. Maxwell, através de uma analogia entre as linhas

de força e o fluido incompressível (o éter), estabeleceu conexão entre os fenômenos

descobertos por Faraday, em busca de uma teoria para o campo eletromagnético.

A energia é fundamental em substituição à descrição mecânica newtoniana,

em termos de impulsos e força. O campo eletromagnético não e meramente

disposicional, possui energia, ou seja, é uma entidade física com existência real.

Mas, apesar de dotado de energia própria, o campo de Maxwell está associado ao

éter, isto é, a um meio mecânico.

De acordo com Bezerra (2006), Maxwell se apresenta como um personagem

de transição entre a visão mecanicista e a desmecanização do mundo, pois, sua

teoria se divide entre a visão mecanicista e o rompimento com ela. No plano

ontológico a teoria de Maxwell é uma teoria do campo eletromagnético, mas, ao

mesmo tempo uma teoria de éter eletromagnético.

Na teoria de campo eletromagnético elaborada por Maxwell, cargas,

correntes e campos, considerados, hoje, conceitos fundamentais do

eletromagnetismo, apresentam-se como estados mecânicos do éter. Ao prever que

os campos eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas e que essas ondas

se propagam à velocidade da luz, Maxwell eleva a luz ao status de conceito

fundamental do eletromagnetismo.

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Assim, a Física chegou ao fim do século XIX com um quadro conceitual de

referência constituído nestes três campos: Movimento (mecânica e gravitação),

Termodinâmica e eletromagnetismo. Esse conjunto teórico e a visão de mundo deles

decorrente ficaram conhecidos como Física Clássica. Muitos pesquisadores desta

época acreditam que todos os problemas relacionados a questões físicas

resolveriam-se com essa teoria clássica.

Esse quadro, contudo, apresentou alguns problemas de abrangência,

especialmente certos aspectos de eletromagnetismo, que não se harmonizavam

com a mecânica newtoniana. Um exemplo é a radiação emitida por estrelas e corpos

aquecidos, fenômeno não compreendido pela Termodinâmica nem pelo

Eletromagnetismo. Outras questões, que permaneceram em aberto (e algumas

ainda permanecem), nos mostram quão longe se estava da compreensão do

Universo. Entre elas:

Qual a origem da matéria?

Que forças agem sobre os componentes da matéria?

Como explicar as propriedades térmicas e químicas da matéria?

Qual a natureza da força de gravitação?

A visão mecanicista começou a ser abalada com a experiência de Albert

Michelson (1852-1931) e Edward Morley (1838-1923), em 1987, que revelou ser o

valor da velocidade da luz independente do referencial adotado para a medida e pôs

em dúvida a existência do éter. Este fato pode ter contribuído para que os físicos

aceitassem uma visão relativística da natureza, a qual independe do éter. Isso já se

observava no trabalho de Maxwell, embora este aceitasse o éter.

A eletrodinâmica de Maxwell estava adiante do seu tempo, pois tal teoria se

apresenta independente em relação ao éter, compatível com a imagem relativística

da natureza. Isso se justifica, pois o campo eletromagnético, união dos campos

elétricos e magnéticos, impõe uma união entre o espaço e o tempo, uma vez que a

variação de um campo no espaço está ligada à variação do outro campo no tempo.

Até a década de 1870, os físicos ainda acreditavam ser possível medir a

velocidade da terra em relação ao éter, mas o impacto proporcionado por

experimentos como o de Michelson e Morley fez surgir a ideia do princípio da

relatividade para os fenômenos ópticos e eletromagnéticos, embora fosse unânime a

sua aceitação.

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Einstein, em 1905, escreveu o artigo “Sobre a eletrodinâmica dos corpos em

movimento” no qual preservava as equações de Maxwell e postulava a invariância

da velocidade da luz. O éter foi, então, desconsiderado e o espaço e o tempo,

redefinidos.

Os resultados apresentado por Einstein esse artigo foram obtidos antes por

Lorentz e Poincaré, que aceitavam a existência do éter. Einstein, ao contrário,

desconsiderou-a, uma vez que o éter não era observável experimentalmente e a

Física deveria se preocupar com grandezas observáveis e mensuráveis. A

impossibilidade de comprovação experimental do éter é base fundamental da teoria

da relatividade. Essa base não existia antes de 1885. Einstein utilizou essa ideia em

1905 e, certamente, não teria feito da mesma forma se seus estudos fossem

realizados vinte anos antes.

Assim, a descrição dos fenômenos eletromagnéticos passava pelos

conceitos básicos de carga e campo, designados, nestas diretrizes, entidades

fundamentais do Eletromagnetismo. A revisão dos conceitos de espaço e tempo nos

leva ao golpe final desferido na visão mecanicista. Para o surgimento da teoria da

relatividade, era necessário que os últimos bastiões de uma visão mecanicista de

mundo – a saber, o espaço e o tempo – fossem por abaixo. A teoria da relatividade

restrita incorpora princípios aos quais tem que se sujeitar tanto a mecânica quanto o

eletromagnetismo. Esse é mais um golpe na visão mecanicista. A teoria da

relatividade geral completa a demolição, na medida em que o próprio espaço-tempo,

a própria geometria do universo; se identifica com o campo gravitacional. O ultimo

resquício da imagem mecanicista da natureza e de ciência se foi. Neste novo quadro

conceitual finalmente, após uma longa e acidentada travessia histórica, agora

investido de um estatuto ontológico comparável ao da matéria, resta, enfim, o

campo.

A disciplina de Física também contempla em seus conteúdos Educação

Ambiental contidos na Lei Federal nº9795/99 e no Decreto nº420/02.

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,

ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência dessas, ele produz conhecimentos. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-

materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani

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(1992):

“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para

tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,

transforma- lá pelo trabalho”.

Considerando-se um ser social, o homem atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade.

A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina 'ludus' que quer dizer

'jogo'.

O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de

liberdade e espontaneidade de ação. Seu objetivo é a vivência prazerosa de sua

atividade. Ele privilegia a criatividade, a inventividade e a imaginação, por sua

própria ligação com os fundamentos do prazer.

Reconhecer o lúdico é reconhecer a especificidade da infância: permitir que

as crianças sejam crianças e vivam como crianças; é ocupar-se do presente, porque

o futuro dele decorre; é esquecer o discurso que fala da criança e ouvirem as

crianças falarem por si mesmas.

3. OBJETIVOS GERAIS

A Física tem como objetivo de estudo o Universo em toda sua complexidade,

por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudantes o estudo da

natureza, entendida, como realidade material sensível. Ressalte-se que os

conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são

coisas da natureza, ou da própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem

no intuito de explicar e entender essa natureza.

Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade

observa a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de

garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras

sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas

observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia, talvez a mais

antiga das ciências e, com ela, o inicio do estudo dos movimentos.

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Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos,

como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física

demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência

conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de

Ptolomeu (150 d. C.) e à Física de Aristóteles (384-322 a.C.).

As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo

com o que se conhece sobre ele. Aristóteles, no século IV a.C., apresentou

argumentos bastante convincentes para mostrar a forma arredondada da Terra e

desenvolveu uma Física para tentar compreender a nova visão de mundo terrestre.

Essa ideia trazia alguns questionamentos, dentre eles: como pessoas e objetivos

moventes não caíam da terá? Um percurso pode iniciar e terminar no mesmo lugar?

Como a Terra não cai, já que não há nada que a segure, como se supunha haver,

quando se imaginava que ela fosse plana?

Assim, estudando o movimento dos corpos Aristóteles deduziu

qualitativamente que “existem coisas “pesadas”, como os sólidos e os líquidos que

caem em direção ao centro da Terra; e outras coisas “leves”, como o ar e o fogo que

se afastem do centro da Terra.

Dessa forma, quatro elementos formariam o Universo: terra, água, fogo e ar.

O que se observada era um comportamento natural dos corpos terrestres em um

cosmos considerado ordenado, hierárquico e imutável: os elementos terra e água,

por serem pesados, buscavam uma aproximação com o centro do Universo;

enquanto os elementos fogo e ar, leves tentavam afastar-se dele. Esses movimentos

contribuíam para a formação de uma matéria pesada no centro do Universo e como

essa matéria pressiona por todos os lados, para esse ponto central, forma-se uma

grande massa redonda, que fica parada e que não cai para nenhum lado, pois é

igualmente empurrada por todos os lados em direção ao centro. Isso explicaria

porque a Terra não cai.

4. CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES BÁSICO DESDOBRAMENTOS

Momentum, inércia

e a conservação do

Espaço, tempo e massa,

velocidade, 1ª lei de Newton,

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MOVIMENTO

momentum

Variação da

quantidade de

movimento, impulso

e a 2ª lei de

Newton.

Gravidade

3ª Lei de Newton e

a condição de

equilíbrio

Energia e o

Princípio de

Conservação de

Energia (Meio

Ambiente)

Fluídos

referenciais inerciais e não

inerciais, unidades, vetores, etc.

Impulso, força, força resultante, a

2ª lei de Newton e a fórmula de

Euller para a força (F = m.a),

massa inercial, aceleração

movimentos acelerados e

retardados, vetores etc.

Rotação e translação, Leis de

Kepler, Lei da Gravitação

Universal, Campo de Forças,

Força da Gravidade, peso, massa

Gravitacional e inercial etc.

Centro de gravidade, sistema

massa mola (Lei de Hooke), força

resultante, massa inercial etc.

Energia cinética e potencial, a

conservação de energia

mecânica, transformação de

energia e trabalho, massa,

energia e quantização de energia,

deferentes formas de energia, por

exemplo, energia nuclear etc.

Massa específica e densidade,

pressão e volume, Princípio de

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Arquimedes e o empuxo, pressão

hidrostática e atmosfera, Lei de

Stevim, teorema de Pascal,

tensão superficial, capilaridade e

viscosidade etc.

TERMODINÂMICA

Lei zero da

Termodinâmica

(Efeito Estufa).

1ª lei da

Termodinâmica (

Meio Ambiente)

2ª lei de

Termodinâmica

Entropia e a 3ª lei

da Termodinâmica.

Teoria cinética, leis dos gases

ideais, calor e temperatura,

propriedade térmicas, termômetros

e as escalas termométricas,

equilíbrio térmico, efeitos da

variação de temperatura de um

objeto etc.

Energia Interna de um gás Ideal,

conservação de energia, variação

de energia e trabalho sobre um

gás, capacidade calorífica e calor

específico de substancias nos

estados sólido, líquido e gasoso,

mudança de fase e calor latente,

sensível e calor como forma de

energia etc.

Máquinas térmicas, variação de

energia de um sistema, trabalho

potencia e rendimento, Ciclo de

Carnot etc.

Processos reversíveis e

irreversíveis; a energia como

constante do universo e a

entropia etc.

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Luz Fenômenos luminosos, refração e

reflexão, interferência, difração

efeito fotoelétrico, efeito

Compton, dualidade, onda –

partícula, espalhamento etc.

ELETROMAGNETIS

MO

Oscilações

A natureza da luz e

suas propriedades

Carga elétrica

Campo

Ondas mecânicas

(acústica), sistema massa –

mola, pêndulo, ressonância,

refração e reflexão,

interferência, ondas

estacionárias, dualidade

onda – partícula efeito

Doppler, etc.

Condutividade elétrica,

carga elétrica, quantização

da carga elétrica, processos

de eletrização, variação da

carga elétrica no tempo,

corrente elétrica, princípio

da conservação da carga

elétrica, Equações de

Maxwell: Lei de Gauss para

eletrostática/Lei de

Coulomb, Lei de Ampère,

Lei de Gauss magnética, Lei

de Faraday etc.

O conceito de campo e

campo eletromagnético,

indução eletromagnética,

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Força eletromagnética

Energia e o princípio da

conservação da energia.

transformadores etc.

Força elétrica e magnética,

Força de Lorentz, vetores

etc.

Lei de Lenz e a conservação

da energia, transformação

de energia, geradores e

motores, trabalho e

potencial elétrico a energia

potencial elétrica, energia

nuclear, fissão e fusão

nuclear, elementos de um

circuito elétrico, fontes de

energia, geradores,

motores, resistores e

capacitores etc.

5. METODOLOGIA

Os conteúdos de Física devem ser trabalhados a partir de situações reais

que levem os educando a tomarem consciência de que já possuem algum

conhecimento. Os conteúdos trabalhados deverão proporcionar ao educando ir

muito além do limite da informação e atingir a fronteira da formação, para isso é

preciso uma mediação que não aleatória, mas pelo conhecimento Físico, num

processo organizado e sistematizado pelo professor. O objetivo é que professor e

educando em conjunto, compartilhem o significado da busca de aprendizagem que

acontece quando as novas informações interagem com o conhecimento prévio do

sujeito e simultaneamente, diferenciando e integrando, enriquecendo o

conhecimento já existente, podendo inclusive substituí – lo.

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Assumindo para o ensino de Física o pressuposto fundamental que

considera a ciência como uma produção cultural, um objeto humano construído e

produzido nas relações sociais, como fruto de suas experiências de vida em seu

contexto social e que, na escola, se fazem presentes no momento em que se iniciam

aqueles processos.

O papel da Experiência. A experimentação no ensino da Física é importante

se entendida como uma metodologia de ensino que pode contribuir para uma melhor

interação entre professor e educando, e entre grupos desses, contribuindo para o

desenvolvimento cognitivo e social dos mesmos dentro de um contexto especial que

é a escola. No entanto, não se pode fazer uso da experimentação nas aulas de

física somente para, coleta de dados, observação e verificação de fenômenos

Físicos etc.

Ao adotar a experimentação e propor atividades experimentais, o professor,

mais do que explicar um fenômeno físico, deve assumir uma postura questionadora

de quem lança dúvidas para o aluno e permite que ele explicite suas ideias, as

quais, por sua vez, serão problematizadas pelo professor.

O livro didático de uma maneira geral, apresenta a Física como ciência que

permite compreender uma imensidade de fenômenos naturais, indispensáveis para

formação do educando, a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitos.

Neles recaem os problemas de Física que se traduzem em explicação de fórmulas

Matemática que contribuem para consolidar uma metodologia de ensino centrada na

resolução de problemas. O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica,

está associada ao controle de trabalho pedagógico não sendo único instrumento,

muito menos servir como roteiro de trabalho. Assim o livro didático deverá ser uma

ferramenta de apoio pedagógico a serviço do professor.

O uso da história: no Ensino de Física faz parte de um quadro amplo que é a

história da humanidade e é capaz de mostrar a evolução das ideias e conceito nas

diversas áreas de conhecimento. Essa história deve, mostrara não neutralidade da

produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os sistemas

produtivos, enfim os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta

ciência, contextualizando assim a produção do conhecimento em estudo.

A partir do conhecimento Físico, o estudante deve ser capaz de perceber e

aprender circunstancia onde se fazem presentes situações semelhantes e

trabalhadas pelo professor em sala, apropriando –se de uma nova informação,

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transformando – a em conhecimento. Ao contrário do que pensamos, a busca do

conhecimento Físico que contribuiu para a construção da sociedade que vivemos

hoje, não foi um caminho de uma única direção, tampouco linear, mas cheio de

dúvidas e contradições, erros e acertos, muitas vezes, motivado por interesses

externos á produção científica.

Utilização de textos e literaturas cientifica: Pesquisadores em educação

consideram muito importantes a utilização dos textos e leituras científicas, porém

com uma ressalva, pois é preciso tomar alguns cuidados quanto ao tipo de

linguagem, e a seleção do conteúdo, pois não se deve considerar como se todo

conteúdo esteja presente neste texto, ele deve ser um instrumento de mediação

entre aluno – aluno e professor – aluno, a fim de surjam novas discussões.

Uso das tecnologias: Em função de que hoje nós vivemos cercados de

aparelhos tecnológicos, dos mais simples aos mais sofisticados, não há como, não

fazer uso desses recursos. Portanto, cabe a nós professores fazermos o

planejamento para utilização dos mesmos em prol de auxiliar o trabalho pedagógico

(prática de sala de aula), ou seja, auxiliar o processo ensino aprendizagem.

Então, qualquer que seja a metodologia adotada o conteúdo trabalhado deve

sempre buscar uma avaliação do processo e adotar algumas práticas para

enriquecer o aprendizado tais como: palestras, seminários, aulas expositivas, feiras

de ciências, práticas de laboratório, pesquisas em bibliotecas e internet.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados,

considerar importantes os aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução

das ideias em Física, a avaliação se verifica pelo processo do educando quanto a

esses aspectos, deve ter um caráter diversificado.

A avaliação é utilizada como instrumento para intervir no processo de

aprendizagem dos educados de acordo com o ensino desenvolvido, proporcionando

ao professor informações sobre o processo dos educando no que se refere – a:

3. Considerar a apropriação dos objetivos de estudos da Física;

4. Considerar o progresso dos alunos quanto aos aspectos históricos,

conceituais e culturais;

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5. Buscar uma avaliação do processo de aprendizagem como um todo,

não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas encontrar subsídios para o

professor intervir;

6. Os alunos deverão ser avaliados continuamente;

7. Faz-se necessário uma avaliação diagnostica e cumulativa, utilizando

os seguintes instrumentos:

- observação direta quanto a resolução e participação das atividades em

sala de aula, bem como das mudanças de atitude após aquisição de novos

conhecimentos;

- formulação, resolução e apresentação de situação problema;

- apresentação de relatório de pesquisa e experimentos;

- apresentação de proposta de solução das problematizarão estudadas;

- aplicação de teste.

7. REFERÊNCIAS

Brasilândia do Sul. Colégio Estadual rui Barbosa EFM. Projeto Político

Pedagógico, 2012.

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio, 2008.

SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA. Caio Sérgio. Física: volume único. 2ª Ed.. São

Paulo, Editora: Atual, 2005.

GREF. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2 ed. 3 vol. São Paulo:

EDUSP, 1985.

GONÇALVES FILHO, A; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio. São Paulo:

Scipione, 2002.

MAXIMO. A: ALVARENGA. B. Física: Volume único. São Paulo: Scipione. 1987.

BONJORNO, Regina de Azevedo. et al.– Física Completa: Volume Único;

Ensino Médio- 2. ed. São Paulo: FTD, 2001.

CARRON, Wilson, Guimarães, Osvaldo. As Faces da Física, volume único. São

Paulo: Ed. Moderna, 1998.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA PARA O ENSINO

MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

O estudo da filosofia é constituído como pensamento racional há mais de

2600 anos, com origem na Grécia antiga, traz como problema teorias de ensino

baseadas no pensamento de filósofos como Tales de Mileto (primeiro filósofo),

Sócrates, Platão, Aristóteles como também os demais pensadores que ao longo da

história da filosofia se preocuparam em dar respostas as mais diversas questões.

Em determinados momentos, esses pensadores preocupavam-se com a

relação do conhecimento e a função da retórica (método didático) no ensino. Outro

fator importante é a questão da interação com os alunos, isto é, a persuasão que os

professores terão juntamente com o conteúdo para instigar o jovem a se adentrar ao

pensamento filosófico.

Contudo, temos que preocuparmos com a garantia de estremar os

conteúdos a ponto de não vulgarizar a filosofia. Por mais que seja visto vários

âmbitos de maneira até então superficial pela pouca carga horária, devemos então

lembrar que por mais cotidiano e corriqueiro seja o exemplo tratado em sala de aula,

não quer dizer que seja anêmico tal conteúdo.

Outro aspecto importante é o esclarecimento em relação à que se trata a

filosofia, pois a priori ela deve ser entendida como a mãe das ciências, a base de

todas outras ciências, porém na filosofia não existem verdades absolutas em

conteúdos como moral, ética e política.

Como a filosofia trabalha muitas vezes com teses de vários pensadores,

nem sempre essas ideias tem um fundamento verdadeiro, pelo contrário, à filosofia

se preocupa muitas vezes em trazer o problema à tona e não resolvê-lo. Instigar o

“pensar” é realmente o que mais extasia o amor pela sabedoria.

A disciplina de filosofia faz-se importante na medida em que é à base de

todas as ciências, ou seja, as demais disciplinas. Sendo assim, ela é importante

como “saber escolar” porque contribui na formação do jovem para a vida, dando

base para ter conhecimento em diversos ramos.

Há uma questão que muita gente formula de imediato quando ouve falar de

filosofia: qual a utilidade da filosofia? Não há certamente expectativa alguma de que

ela contribua para a produção de riqueza material. Contudo, a menos que

suponhamos que a riqueza material seja a única coisa de valor, a incapacidade da

filosofia de promover esse tipo de riqueza não implica que não haja sentido prático

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em filosofar. Não valorizamos a riqueza material por si própria - aquela pilha de

papel que chamamos de dinheiro não é boa por si mesma, mas por contribuir para

nossa felicidade.

Não resta dúvida de que uma das mais importantes fontes de felicidade, ao

menos para os que podem apreciá-la, consiste na busca da verdade e na

contemplação da realidade; eis aí o objetivo do filósofo. Ademais, aqueles que, em

nome de um ideal, não classificaram todos os prazeres como idênticos em seu valor,

tendo chegado a experimentar o prazer de filosofar, consideraram essa experiência

como superior em qualidade a qualquer outra.

Visto que a maior parte dos bens que a indústria produz, excetuando os que

suprem nossas necessidades básicas, valem apenas como fonte de prazer, torna-se

a filosofia perfeitamente apta, no que se refere à utilidade, para competir com a

maioria dos produtos industriais, quando poucos são os que podem dedicar-se, em

tempo integral à tarefa de filosofar. Mesmo que entendêssemos a filosofia como

fonte de um inocente prazer particularmente válido por si próprio (obviamente, não

apenas para os filósofos, mas também para todos aqueles a quem eles ensinam e

influenciam), não haveria razão para invejar tão pequeno desperdício da força

humana dedicada ao filosofar.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Esta Proposta Pedagógica Curricular para o Ensino de Filosofia na

Educação foi elaborada tendo como referência as Diretrizes Curriculares de Filosofia

para a Educação Básica do Estado do Paraná e as especificidades desta

modalidade de ensino que considera os educandos sujeitos de um processo

histórico em que a experiência vivida fora dos processos de educação

institucionalizada constitui forte elemento formativo.

As Diretrizes Curriculares de Filosofia pontuam que ao se tratar de ensino de

Filosofia, é comum retomar a clássica questão a respeito da cisão entre Filosofia e

filosofar. Se ensina Filosofia ou a filosofar? Muitos citam Kant, para lembrar que não

é possível ensinar Filosofia e sim a filosofar. Ocorre que para ele não é possível

separar a Filosofia do filosofar. Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante

diante da própria filosofia. Do mesmo modo Hegel, não é possível conhecer o

conteúdo da Filosofia sem filosofar. A Filosofia constitui seu conteúdo na medida em

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que reflete sobre ele. A prática da Filosofia leva consigo o seu produto não é

possível fazer filosofias sem filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a Filosofia

não é um sistema acabado, nem o filosofar apenas investigação dos princípios

universais propostos pelos filósofos (GALLO & KOHAN, 2000, p.184).

Não é possível filosofar sem Filosofia e estudar Filosofia sem filosofar. Deste

modo, se entende que as aulas de Filosofia, são espaços de estudo da Filosofia e

do filosofar. A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e também como um

conhecimento que possibilita ao educando o desenvolvimento de um estilo próprio

de pensamento.

As Diretrizes Curriculares para o ensino de Filosofia no Estado do Paraná

propõe que este ensino seja um espaço para criação de conceitos, unindo a

Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida a aula. Seguindo

essas Diretrizes, propomos que o trabalho pedagógico tome esse ensino como

criação e ressignificação de conceitos.

Sobre a necessidade de pensar a Filosofia e o seu ensino com caráter de

criação de conceitos, Deleuze & Guattari (1992) têm uma significativa contribuição.

Mas o conceito é dado é criado, está por criar; não é formado, ele próprio se põe em

si mesmo, auto posição. (DELEUZE & GUATTARI, 1992, p, 20).

Portanto, a Filosofia, em sua dimensão pedagógica, significa o espaço de

experiência filosófica, o espaço de criação e provocação do pensamento original, da

busca, da compreensão, da imaginação da investigação e da criação de conceitos.

Os conteúdos devem ser trabalhados na perspectiva de pensar problemas

com significados histórico e social para os educandos, e serão estudados e

analisados com auxilio de fragmentos de textos filosóficos, que devem fornecer

subsídios para que o educando possa pensar o problema, pesquisar, fazer relações,

ressignificar e criar conceitos.

Por isso é importante não fazer apenas uma leitura histórica dos textos

filosóficos, o que seria uma atualização de formas antigas que colocaria em risco a

atividade filosófica. Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia não significa

trabalhar numa perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única

preocupação da aula de Filosofia. Eles são importantes na medida em que atualizam

o problema filosófico a ser tratado com os educandos.

O trabalho realizado em sala de aula deve assegurar, para o educando, a

experiência do “específico” da atividade filosófica. Este exercício poderá se

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manifestar em cada aula refazendo o percurso filosófico. O educador organiza a aula

propondo problematizações, leituras filosóficas e análises de textos; organiza

debates, propõe pesquisas, sistematizações e elaborações de conceitos.

O ensino de Filosofia possui uma especificidade que se concretiza na

relação com o educando com os problemas suscitados, com a busca de soluções

nos textos filosóficos por meio do diálogo investigativo.

3 - OBJETIVOS GERAIS

Possibilitar, através do ensino da Filosofia, a formação do pensamento

crítico do indivíduo. Refletindo e formulando ideias coerentes com as relações entre

os fatos filosóficos e a realidade.

Integrar o educando no contexto da civilização ocidental, como reforço para

o exercício consciente da cidadania ampliando seus conhecimentos sobre a

evolução da humanidade, o posicionamento do homem nas perspectivas da

harmonização das sociedades modernas.

Aprofundar os conceitos filosóficos, valorizando o homem como agente

transformador da sociedade. Onde o educando poderá por meio da Filosofia:

- Desenvolver criatividade e consciência moral e ética;

- Desenvolver raciocínio lógico e linguagem oral e escrita;

- Ampliar e enriquecer seu vocabulário e a organização do pensamento;

- Aperfeiçoar sua forma de forma de comunicação e expressão;

- Exercitar a imaginação e desenvolver sua capacidade criadora;

- Compreender o mundo real, lidando melhor com suas emoções e situações

de conflitos;

- Conhecer culturas diferentes ampliando seu conhecimento social;

- Desenvolver censo crítico, capacidade de tomar decisões e formar opinião.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

As Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do Estado do

Paraná propõe seis conteúdos estruturantes, com possibilidades para a organização

do ensino de Filosofia, de acordo com o número de aulas disponíveis no curso ou na

matriz curricular.

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Esses conteúdos são conhecimentos de maior amplitude e relevância que,

desmembrados em um plano de Ensino, deverão garantir conteúdos significativos ao

educando. Estes conteúdos são: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética;

Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência.

1. MITO E FILOSOFIA

O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e

cria explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a

racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a base

racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de

formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado,

pois é a partir dele que o homem desenvolve suas ideias, cria sistemas, inventa e

elabora leis, códigos, práticas. Entender a conquista da autonomia da racionalidade

(LOGOS) diante do mito marca o advento de uma etapa fundamental na história do

pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas

ao longo da história humana. Autores sugeridos: Jean-Pierre Vernant, Mircea Elíade,

Moses Finley, Vidal Naquet.

1.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1.1.1 O nascimento da Filosofia;

1.1.2 A vida cotidiana na sociedade grega;

1.1.3 O mito a origem de todas as coisas;

1.1.4 Mito e razão filosófica;

1.1.5 Senso comum e conhecimento filosófico;

1.1.6 Senso comum, conhecimento filosófico e conhecimento científico;

1.1.7 Ciência e senso comum.

2. TEORIA DO CONHECIMENTO

Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a

possibilidade e a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento

possibilitando perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua

elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas

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soluções relativas a seu tempo. Entre os clássicos que trataram do problema do

conhecimento podemos citar: Aristóteles, Descartes, Hegel, Hume, Kant, Platão,

Russell.

2.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

2.1.1 O problema do conhecimento;

2.1.2 Fundamentos do conhecimento;

2.1.3 Filosofia e método;

2.1.4 Racionalismo;

2.1.5 Empirismo;

2.1.6 Ceticismo;

2.1.7 Essência da política;

2.1.8 Política e poder;

2.1.9 Política e violência;

2.1.10 Política e liberdade subjetiva;

2.1.11 Política e sociabilidade;

2.1.12 Formas de governo;

2.1.13 Liberdade Política;

2.1.14 Crise da política contemporânea;

2.1.15 A função do político na contemporaneidade.

3. ÉTICA

Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as

relações intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa um dos grandes

problemas enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular) e a norma

(universal). Outra grande questão está na fundamentação dos valores e das ações:

razão ou paixões/desejos. A ética possibilita a problematização, análise e crítica dos

valores, virtude, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade, vontade,

autonomia, heteronomia, anomia, niilismo, violência, relação entre os meios e os

fins. Alguns filósofos: Adorno, Aristóteles, Nietzsche, Scheler, Schopenhauer,

Sêneca.

3.1. CONTEÚDO ESPECÍFICO

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3.1.1 Ética e moral;

3.1.2 Concepções éticas;

3.1.3 O que é liberdade?;

3.1.4 Liberdade e autonomia;

3.1.5 Liberdade e determinismo;

3.1.6 Sociabilidade e reconhecimento;

3.1.7 Autoridade e autoritarismo;

3.1.8 Responsabilidade e liberdade;

3.1.9 Questões de gênero;

3.1.10 Diversidade e sociedade.

4. FILOSOFIA POLÍTICA

Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que

estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupasse na investigação

sobre a necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de

autogoverno ou pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo.

Problematiza conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça,

igualdade, liberdade, público e privado, retórica, indivíduo e cidadão. Alguns

pensadores clássicos: Aristóteles, Arendt, Gramsci, Hegel, Hobbes, J.S. Mill, Kant,

Locke, Maquiavel, Marcuse, Marx, Montesquieu, Platão, Rousseau, Voltaire.

4.1. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

4.1.1 O preconceito contra política;

4.1.2 Os Gregos e a invenção da Política;

4.1.3 Nascimento da democracia;

4.1.4 Ética e Política;

4.1.5 Concepção liberal e Política;

4.1.6 Crítica de Marx ao liberalismo.

5. ESTÉTICA

Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva

do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o

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mundo e consigo mesmo é objeto de conhecimento desse conteúdo. Voltada

principalmente para a beleza e a arte, a estética está intimamente ligada à realidade

e às pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir, completar,

alterar, apropriar-se do mundo enquanto realidade humanizada. Também estão em

questão as diferentes concepções sobre a arte, as relações entre a arte e

pensamento, arte e mercado, arte e sociedade. Alguns filósofos: Baumgarten, Hegel

Hume, Dufrenne, Bachelard, Schiller, Eagleton, Kant, Benjamim, Adorno Rancière,

Merleau-Ponty, Husserl, Paul Valéry.

5.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5.1.1 Pensar a beleza;

5.1.2 Estética ou Filosofia da Arte?

5.1.3 Concepções de estética;

5.1.4 Concepções de Arte;

5.1.5 Arte como conhecimento;

5.1.6 Necessidade ou finalidade da Arte;

5.1.7 Arte e Política;

5.1.8 Crítica do gosto;

5.1.9 Arte e movimento: cinema, teatro e dança;

5.1.10 Perspectivas contemporâneas: Arte conceitual e suas perspectivas.

6. FILOSOFIA DA CIÊNCIA

É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das

diversas ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona

com planos epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e

tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do

empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendê-

las. Filósofos sugeridos: Bachelard, Feyerabend, Foucault, Granger, Habermas,

Kuhn, Popper, Ricouer.

6.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

6.1.1 O que é Ciência;

6.1.2 Revoluções científicas e progresso da ciência;

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6.1.3 As consequências sociais e políticas da ciência;

6.1.4 Bioética: geral, especial e clínica;

6.1.5 Tendências da Bioética;

6.1.6 Bioética e Aborto;

6.1.7 Bioética e experiência Genética.

CONTEÚDOS BÁSICOS

O que é mito

Passagem do mito à Filosofia

O que é Filosofia?

A atualidade do mito

A possibilidade do conhecimento

As formas de conhecimento

O problema da verdade

A questão do método

Ética e moral

Valores morais

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas

Razão desejo e vontade

Ética e violência

As relações entre comunidade e poder

Liberdade e igualdade política

Esfera pública e privada

Cidadania formal e participativa

A questão do método científico

O progresso e os limites da ciência

Ciência e ideologia

Ciência e ética

Arte como conhecimento

Juízo de beleza e juízo de gosto

Necessidade ou finalidade da arte

Arte e sociedade

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4. METODOLOGIA

Como podemos ver, à própria DCOE já nos situa que a polêmica mundial

dos sentidos éticos, políticos, estéticos e epistemológicos estão presentes em nosso

cotidiano. Desta forma os trabalhos com os conteúdos estruturantes da filosofia e

seus conteúdos específicos ocorrem em alguns momentos; a problematização, a

investigação e a mobilização para o conhecimento.

Devemos salientar também que são inúmeras as possibilidades de

atividades para o ensino da filosofia, seja um filme ou uma mera imagem, ou ate um

texto rotineiro. O que nos interessa é motivar possíveis relações entre o cotidiano do

estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.

Com respeito a seus métodos, a filosofia difere fundamentalmente das

ciências especiais. A não ser quando se aplica a matemática, todas as ciências

utilizam processos de generalização empírica, mas a filosofia reserva a tal método

um lugar muito modesto. Por outro lado, a tentativa de assimilar a filosofia à

matemática, embora muito frequente, não tem sido bem-sucedida (exceto em

determinados ramos da lógica que, pela própria natureza, têm mais afinidade com a

matemática do que com os demais setores da filosofia). Particularmente, parece

humanamente impossível que os filósofos possam alcançar a certeza e a clareza

que caracterizam a matemática. Essa diferença entre os dois campos de estudo

pode ser atribuída a várias causas. Em primeiro lugar, não se tem mostrado possível

determinar, em filosofia, o significado dos termos do mesmo modo inequívoco que

em matemática.

Assim sendo, seu significado pode mudar de forma quase imperceptível ao

longo de uma argumentação, sendo muito difícil nos certificar de que diferentes

filósofos utilizam a mesma palavra com o mesmo sentido. Em segundo lugar,

somente na matemática encontramos conceitos simples formando a base de

inúmeras inferências complexas e, todavia, rigorosamente válidas. Em terceiro lugar,

a matemática pura é hipotética, ou seja, não nos pode dizer o que se passa no

mundo real, como, por exemplo, o número de coisas situadas num dado lugar, mas

apenas o que ocorrerá se isso for verdade, como, por exemplo, que encontraríamos

12 cadeiras numa sala caso lá houvesse 5 + 7 cadeiras. A filosofia, contudo, objetiva

ser categórica, isto é, dizer-nos o que de fato ocorre; consequentemente, em

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filosofia, não é apropriado, como geralmente se faz em matemática, fazer deduções

apenas a partir de postulados ou definições.

Desse modo, é impossível encontrar uma analogia adequada entre os

métodos da filosofia e os de qualquer outra ciência. É igualmente impossível definir

de modo preciso qual é o método da filosofia, a não ser limitando de forma grotesca

o seu objeto. A filosofia não emprega um método único, mas uma variedade de

métodos que diferem de acordo com o objeto ao qual são aplicados. E a tentativa de

defini-los de maneira independente de sua aplicação carece de qualquer propósito

útil. De fato, isso é muito perigoso.

No passado, ela frequentemente conduziu a uma limitação equivocada do

escopo da filosofia, excluindo tudo aquilo que não se sujeitasse ao controle de

determinado método escolhido como caracteristicamente filosófico. A filosofia requer

grande variedade de métodos, pois deve abranger em sua interpretação todo tipo de

experiência humana. Não obstante, ela está longe de ser meramente empírica, pois,

tanto quanto possível, tem a tarefa de apresentar uma imagem coerente dessas

experiências e a partir delas inferir o que pode ser inferido de uma realidade distinta

da experiência humana. No que se refere à teoria do conhecimento, deve a filosofia

submeter a uma crítica construtiva todas as modalidades de pensamento; contudo,

devemos reservar um lugar nessa visão para qualquer modo de pensar que se nos

apresente como auto justificado no que há de melhor em nossas reflexões comuns,

e não filosóficas, e não rejeitá-lo por diferir dos outros.

Os critérios filosóficos são em linhas gerais, a coerência e a abrangência; o

filósofo deve visar à apresentação de uma visão coerente e sistemática da

experiência humana e do mundo, tão esclarecedora quanto o permita a natureza dos

casos investigados, mas não deve buscar coerência à custa de rejeitar aquilo que de

direito é conhecimento real ou crença justificada. Uma séria objeção a uma filosofia

consiste na acusação de que ela sustenta algo em que não podemos acreditar na

vida cotidiana. Essa objeção poderia ser feita a uma filosofia que logicamente

conduzisse, como algumas, à conclusão de que não há um mundo físico, ou de que

todas as nossas crenças, científicas ou éticas, carecem de qualquer justificação.

O trabalho pedagógico com os conteúdos específicos da Filosofia constitui-

se em quatro momentos: a sensibilização; a problematização; a investigação; e a

criação de conceitos.

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Em sala de aula, o início do conteúdo pode ser facilitado pela exibição de um

filme ou de uma imagem; da leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição

de uma música; ou tantas outras possibilidades (atividades geralmente conduzidas,

pelo educador, com o objetivo de investigar e mobilizar possíveis relações entre o

cotidiano do educando e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido) damos o nome a

essa etapa de sensibilização.

Após a sensibilização, inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a

problematização, a investigação e a criação de conceitos. Não significa dizer que a

sensibilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo problematizado.

A problematização seria o segundo momento, quando o educador e

educando levantam questões, identificam problemas e problematizam o conteúdo. Ë

importante ressaltar que o recurso utilizado para a sensibilização seja o filme, a

música, ou o texto, filosófico ou não, podem ser retomados a qualquer momento no

trabalho em sala.

Problematizando, o educador convida o educando a investigar o problema

em questão, isto se dá por meio do diálogo investigativo. O diálogo investigativo a

partir do texto e com o texto é o primeiro passo para possibilitar a experiência

filosófica em sala de aula. Recorrendo à história da Filosofia e aos clássicos, o

educando defrontasse com as diferentes maneiras de enfrentar o problema e com as

possíveis soluções que já foram elaboradas, que não obstante, podem não resolver

o problema, mas orientar a discussão.

A aula de Filosofia na deve estar na perspectiva de quem dialoga com a

vida, por isso, é importante que a busca de resolução do problema se preocupe

também com uma análise atual, fazendo uma abordagem contemporânea que

remeta o educando a sua própria realidade. Desta forma, partindo de problemas

atuais, estudados a partir da história da filosofia, do estudo dos textos clássicos, da

abordagem realizada por outras ciências, e de sua abordagem contemporânea, o

educando pode formular seus conceitos e construir seu discurso filosófico. Portanto,

o texto filosófico que ajudou os filósofos do passado a entender e analisar

filosoficamente o problema em questão deve ser trazido para o presente. O

contemporâneo, no sentido de fazer entender o que ocorre hoje e como o educando

pode, a partir da história da filosofia, entender os problemas da nossa sociedade.

Após esse exercício, o educando terá condições de perceber o que está

implícito nas ideias e de com elas se tornam conhecimentos e por vezes ideologias,

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criando assim a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios

lógicos um pensar coerente e crítico.

É imprescindível que a aula de Filosofia seja permeada por atividades

individuais e coletivas, que organizem e orientem o debate filosófico, dando um

caráter dinâmico e investigativo ao ato de filosofar.

Outro fator de suma importância na disciplina de filosofia é a inclusão de

assuntos referentes à História e Cultura Afro-brasileira e Indígena de acordo com a

Lei 11645/08; referente a Programas de Informação e Prevenção da AIDS com base

na Lei 11734/97 e referente a Educação Ambiental de acordo com a Lei 9597/99.

5. AVALIAÇÃO

Consiste em diagnosticar a capacidade reflexiva e crítica do aluno mediante

aos temas propostos durante as aulas, com base nos conteúdos básicos oferecidos

e trabalhados pelo professor. Ocorrendo em atividades desenvolvidas a partir de

pesquisas dentro e fora de sala de aula, trazendo de uma forma dinâmica à

discussão para a sala, onde o objetivo principal é a aquisição do conhecimento

filosófico. Esta avaliação pode ocorrer individualmente e/ou em grupo, podendo ser

escrita, visual e oral.

Para Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma

especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. Como

prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos dessa disciplina

encontra seu sentido na experiência do pensamento filosófico. Entendemos por

experiência esse conhecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar,

porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica; isto e não tem

finalidade em si mesma, mas tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação no processo de ensino-aprendizagem, pela qualidade com que

educadores, educandos e a própria instituição de ensino o constroem coletivamente.

Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, a avaliação

não resumir-se-á a perceber quanto o educando assimilou do conteúdo presente, na

história da Filosofia, do texto ou dos problemas filosóficos, nem a examinar sua

capacidade de tratar deste ou daquele tema.

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O ensino da Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio conforme salienta

Langón (2003, p. 94):

Ora, parece-me que a atividade filosófica do mestre consiste em gerar ou dar poder ao outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto reside a fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de pensar, dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras, ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle” [...} Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um querer fácil.

Ao avaliar, o educador deve ter profundo respeito pelas posições do

educando, mesmo que não concorde com ela, pois o que está em questão é a

capacidade de argumentar e de identificar os limites dessas posições.

O que deve ser levado em conta é atividade com conceitos, a capacidade de

construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos

temas e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do educando trabalhar e criar

conceitos sob os seguintes pressupostos:

Qual conceito trabalhou e criou/recriou;

Qual discurso tinha antes;

Qual discurso tem após o estudo da Filosofia.

A avaliação da Filosofia se inicia com a sensibilização, com a coleta do que

o educando pensava antes e o que pensa após o estudo. Com isso, torna-se

possível entender a avaliação como um processo, não como um momento separado,

visto em si mesma.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná de

Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

BRASILÂNDIA DO SUL. Colégio Estadual Rui Barbosa EFM. Projeto Político Pedagógico, 2012.

ALVEZ, Rubens. Filosofia da Ciência. Capítulo 1: "O senso comum e a ciência”, s/d., p. 21.

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184

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Filosofia / Vários autores- Curitiba: SEED- PR, 2006.

PADOVANI, Umberto e CASTAGNOLA, Luís, História da Filosofia, Edições Melhoramentos, São Paulo, 10.ª edição, 1974.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. JUSTIFICATIVA E APRESENTAÇÃO

A disciplina de geografia tem como objeto de estudo o Espaço Geográfico,

suas características naturais, culturais, políticas, sociais e econômicas, bem como os

conceitos básicos da geografia – lugar, paisagem, região, território, natureza e

sociedade. Nos anos finais do Ensino Fundamental o ensino da geografia tem como

objetivo ampliar suas noções espaciais, por isso o professor deverá trabalhar os

conhecimentos necessários para o entendimento das inter - relações entre as

dimensões econômicas, cultural e demográfica, política e socioambiental

compreendendo o espaço geográfico como resultado da integração entre dinâmica

físico - natural e dinâmica humano - social.

Ao concluir o Ensino Fundamental e Médio, espera - se que os alunos

tenham compreensão sobre as relações sócio espaciais nas diferentes escalas

geográficas (do local ao global), através de uma abordagem espiralada dos

conteúdos. A linguagem cartográfica que tem como objetivo mostrar como os

fenômenos se distribuem e se relacionam nesse espaço deverá ser trabalhada pelos

professores ao longo da Educação Básica.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Neste sentido a disciplina de geografia tem como objetivo de estudo o

espaço geográfico, (como um conjunto indissociável), solidário e também

contraditório de sistemas, de objetivos e sistemas de ações, não considerados

isoladamente, mas, como quadro único no qual a historia se dá (Santos, 1996,51),

terá como objetivo abordar os conhecimentos necessários para o entendimento das

inter - relações entre as dimensões econômicas, cultural, demográfica, político e

socioambiental, compreendido o espaço geográfico como resultado da integração

entre a dinâmica- físico- natural e dinâmica- social. Neste sentido atingimos a

proposta pelo PPP de formar cidadãos conscientes, críticos, autônomos,

emancipados, capazes de interpretar as condições históricas e culturais da

sociedade em que vivem, de modo a perceberem - se construtores do mundo e da

cultura.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como

uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de

serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da

adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria

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sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser

compreendidas quando inseridas na história que a geraram.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem

do latim adolescência, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra

derivada do latim pubertas - atis, referindo - se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência.

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando - a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,

ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência dessas, ele produz conhecimentos. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não

materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani

(1992):

“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para

tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,

transforma- lá pelo trabalho”.

A atividade lúdica pode desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala

de aula: o lúdico se apresenta como uma ferramenta de ensino para o desempenho

de desenvolvimento intelectual dos alunos.

A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades;

não deve ser vista apenas como diversão ou momento de prazer, mas momentos de

desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a

coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.

Os professores podem trabalhar a prática com a teoria, desenvolvendo as

inteligências múltiplas e a participação efetiva dos alunos no processo pedagógico.

A ludicidade apresenta benefícios para o desenvolvimento da criança: a

vontade da criança em aprender cresce, seu interesse aumenta, pois desta maneira

no processo de aprendizagem inicial da leitura e da escrita, a criança deve entrar no

mundo da escrita fazendo uso dos dois “passaportes”: precisa apropriar - se da

tecnologia da escrita, pelo processo de alfabetização, e precisa identificar os

diferentes usos e funções da escrita e vivenciar diferentes práticas de leitura e de

escrita, pelo processo de letramento. Se lhe é oferecido apenas um dos

“passaportes” – se apenas se alfabetiza, sem conviver com práticas reais de leitura

e de escrita – formará um conceito distorcido, parcial do mundo da escrita; se usa

apenas o outro “passaporte” – se apenas se letra, sem se apropriar plena e

adequadamente da tecnologia da escrita – saberá para que serve a língua escrita,

mas não saberá se servir dela.

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Para que a criança se insira de forma plena no mundo da escrita, é

fundamental que alfabetização e letramento sejam processos simultâneos e

indissociáveis. Portanto, quando a criança aprende a ler e a escrever, deve

aprender, simultaneamente e indissociavelmente, o sistema alfabético e ortográfico

da escrita e os usos e funções desse sistema nas práticas sociais que envolvem a

leitura e a escrita.

Os métodos de alfabetização e do letramento são muitos e diferentes, não

se pode pretender ensinar utilizando um único método para a orientação da

aprendizagem inicial da língua escrita, é preciso lançar mão de vários métodos, ou

seja, uma articulação de procedimentos que alfabetizem e letrem, propiciando à

criança uma entrada plena no mundo da escrita, que é a finalidade última da

aprendizagem inicial da língua escrita.

A implantação de uma política de ampliação do ensino fundamental de oito

para nove anos de duração exige tratamento político, administrativo e pedagógico,

uma vez que o objetivo de um maior número de anos no ensino obrigatório é

assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar com

maiores oportunidades de aprendizagem.

Ressalte - se que a aprendizagem não depende apenas do aumento do

tempo de permanência na escola, mas também do emprego mais eficaz desse

tempo: a associação de ambos pode contribuir significativamente para que os

estudantes aprendam mais e de maneira mais prazerosa.

Para a legitimidade e a efetividade dessa política educacional, são

necessárias ações formativas da opinião pública, condições pedagógicas,

administrativas, financeiras, materiais e de recursos humanos, bem como

acompanhamento e avaliação em todos os níveis da gestão educacional, pois as

crianças requerem orientações pedagógicas que respeitem as crianças como

sujeitos da aprendizagem.

A ampliação do ensino fundamental para nove anos significa, também, uma

possibilidade de qualificação do ensino e da aprendizagem da alfabetização e do

letramento, pois a criança terá mais tempo para se apropriar desses conteúdos. No

entanto, o ensino nesse primeiro ano ou

Nesses dois primeiros anos não deverá se reduzir a essas aprendizagens

3. OBJETIVOS GERAIS

Para conceituar objeto de estudo no ensino de Geografia e especificar os

conceitos básicos no entender e agir sobre o espaço geográfico, sendo esse o

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objeto de estudo da geografia entendida como espaço produzido e apropriado pela

sociedade (LEFEBVRE, 1974) com as mudanças sociais, revela as contradições

presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como homens e mulheres

transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há que se tornar

possível ao educando perceber- se como parte integrante da sociedade, do espaço

e da natureza. Daí a possibilidade dele poder (re) pensar a realidade em que está

inserido, descobrindo - se nela e percebendo - se na sua totalidade, onde revelam -

se as desigualdades e as contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia

contribui na formação de um cidadão mais completo, que se percebe como agente

das transformações sócio espaciais, reconhecendo as temporalidades e o seu papel

ativo nos processos.

Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos

educandos compreenderem a realidade que os cercam em sua dimensão espacial,

em sua complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja entendido como o

produto das relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza.

Segundo CARLOS (2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante da natureza;

existe um procedimento dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades

diferenciados em função de momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse

sentido, o espaço é humano não porque o homem o habita, mas porque o produz”.

Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do conhecimento

geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível.

4. CONTEÚDOS

Conteúdos de Geografia – 6º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural,

1) Formação e transformação das paisagens naturais e

culturais.

2) Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e produção.

3) A formação, localização e exploração dos recursos

naturais.

4) A distribuição espacial das atividades produtivas, a

transformação da paisagem, a reorganização do espaço

geográfico.

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190

demográfica do espaço

geográfico.

Dimensão sócio ambiental do

espaço geográfico.

5) As relações entre campo e a cidade na sociedade

capitalista.

6) A mobilidade populacional e as manifestações sócio

espaciais da diversidade cultural.

7) A evolução demográfica, a distribuição espacial da

população e os indicadores estatísticos.

8) As diversas regionalizações do espaço geográfico.

Conteúdos de Geografia - 7º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão sócio ambiental do

espaço geográfico.

1) Formação território brasileiro.

2) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração do território brasileiro.

3) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção.

4) As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

5) A mobilidade populacional e manifestação sócio

espaciais da diversidade cultural.

6) A evolução demográfica ,sua distribuição espacial e

indicadores estatísticos.

7) Movimentos migratórios e suas motivações.

Mercadorias e das informações.

8) O espaço rural e a modernização da agricultura.

9) Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a

apropriação do espaço.

10) A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica

dos espaços urbanos e a urbanização.

11) A distribuição espacial das atividades produtivas, a

reorganização do espaço geográfico.

12) A circulação de mão-de-obra ,das

Conteúdos de Geografia – 8º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

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191

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

Dimensão sócio ambiental do

espaço geográfico.

1) As diversas regionalizações do espaço geográfico.

2) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente americano.

3) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e

o papel do estado.

4) O comércio em suas implicações socioespaciais.

5) A circulação de mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e informações.

6) A distribuição espacial das atividades produtivas, (re)

organização do espaço geográfico.

7) As relações entre o campo e a cidade na sociedade.

8) O espaço rural e a modernização da agricultura.

9) A evolução demográfica da população, sua distribuição

espacial e os indicadores estatísticos.

10) Os movimentos migratórios e suas motivações.

11) A mobilidade populacional e as manifestações

socioespaciais da diversidade cultural;

12) A formação, a localização, exploração dos recursos

naturais.

Conteúdos de Geografia –9º ANO

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural

demográfica do espaço

geográfico

1) As diversas regionalizações do espaço geográfico.

2) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e

o papel do estado.

3) A revolução técnico – científico -informacional e os

novos arranjos no espaço da produção.

4) O comércio mundial e as implicações socioespaciais.

5) A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração territórios.

6) A evolução demográfica da população, sua distribuição

espacial e os indicadores estatísticos.

7) A mobilidade populacional e as manifestações

socioespaciais da diversidade cultura.

8) Os movimentos migratórios mundiais e suas

motivações.

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192

Dimensão sócio ambiental do

espaço geográfico.

9) A distribuição das atividades produtivas, a

transformação da paisagem e a (re) organização do

espaço geográfico.

10) A formação, localização, exploração dos recursos

naturais;

11) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção.

12) O espaço em rede: produção, transporte e

comunicações na atual configuração territorial.

Conteúdos de Geografia – Ensino Médio

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do

espaço geográfico

Dimensão política do espaço

geográfico

Dimensão cultural demográfica

do espaço geográfico

Dimensão sócio ambiental do

espaço geográfico.

1) A formação e transformação das paisagens.

2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção.

3) A distribuição espacial das atividades produtivas, a

transformação da paisagem, e (re) organização do

espaço geográfico.

4) A formação, localização e exploração dos recursos

naturais.

5) A revolução técnico – científica - informacional e os

novos arranjos no espaço da produção;

6) O espaço rural e a modernização da agricultura.

7) O espaço em rede: produção, transporte e

comunicação na atual configuração territorial.

8) A circulação de mão-de-obra, do capital, das

mercadorias e das informações.

9) Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

10) As relações entre o campo e a cidade na sociedade

capitalista.

11) A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica

dos espaços urbanos e a urbanização recente.

12) Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a

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193

apropriação do espaço.

13) A evolução demográfica, a distribuição espacial da

população e os indicadores estatísticos.

14) Os movimentos migratórios e suas motivações.

15) A mobilidade populacional e as manifestações

socioespaciais da diversidade cultural.

16) O comércio e as implicações socioespaciais.

17) As diversas regionalizações do espaço geográfico.

18) As implicações socioespaciais do processo de

mundialização.

19) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais

e o papel do Estado.

5. METODOLOGIA

A estrutura da produção do conhecimento geográfico ficará por conta dos

estudos de elementos dinâmicos da organização espacial dos diversos aspectos,

entre eles, infraestrutura, integração urbana - rural, da questão ambiental. Entendem

- se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a

coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e

competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum

do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

A educação ambiental é um componente essencial e permanente da

educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis

e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal, enfocando as

dinâmicas da Agenda 21, Cultura Afro - brasileira e Africana (O conteúdo

programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da

cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois

grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos

negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o

negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas

contribuições nas áreas sociais, econômica e política, pertinentes à história do

Brasil.)

Entre outros temas pertinentes aos aspectos geográficos, entendendo que a

organização espacial reflete - se na organização social.

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Para isso os conteúdos de geografia devem ser trabalhados de forma crítica

e dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos.

Caberá ao professor ao organizar a sua prática pedagógica definir os

conteúdos a serem abordados nos diferentes momentos do ano letivo, bem como as

metodologias e formas de avaliação e registrá - los criteriosamente no Plano de

Trabalho Docente.

O conhecimento espacial, ou seja, a vivência do aluno deverá ser

considerada no ensino da geografia para que possam relacioná - los com os

conhecimentos científicos decorrente das relações estabelecidas entre conteúdo –

método e concepção de mundo confrontando o saber trazido pelo aluno com o saber

elaborado, na perspectiva da apropriação de uma concepção cientifico/filosófica da

realidade social, mediado pelo professor.

Nos encaminhamentos metodológicos recomenda - se que o professor crie

uma situação problematizadora sobre o conteúdo levando o aluno a pensar de forma

crítica a situação. Recomenda - se ainda que os conceitos sejam contextualizados,

relacionando - os com a realidade vivida do aluno, localizando - os historicamente

nas relações políticas, sociais, econômicas e culturais.

As relações interdisciplinares tornam - se necessárias para que ocorra o

processo ensino aprendizagem. O professor deve ainda conduzir o processo de

aprendizagem em forma de diálogo, possibilitando a interação professor x aluno,

para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam.

Ao elaborar o Plano de Trabalho Docente, o professor deverá considerar o

número de aula da disciplina na matriz curricular.

Algumas práticas pedagógicas serão apresentadas, como importante

instrumento para compreensão do espaço geográfico.

A aula de campo – é um importante encaminhamento metodológico para

analisar a área em estudo oportunizando ao aluno experiências na prática.

Os recursos áudio visuais – tais como: trechos de filmes programas de

reportagens e imagens em geral (fotografias, slides, charge, ilustrações), poderão

ser utilizados para a problematização dos conteúdos.

O uso de recursos áudio visuais como mobilização para a pesquisa, deve

levar o aluno a questionar as verdades anunciadas.

A cartografia – a linguagem cartografia resulta de uma construção teórico –

prática que vem desde as séries iniciais até o final da Educação Básica.

Através da compreensão da linguagem cartográfica, o aluno estará apto a

reconhecer representações de realidades mais complexas.

A literatura – as obras de arte são importantes instrumentos para o ensino

da geografia, assim como as obras literárias, que poderão servir de instrumento de

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análise e confronto com outros períodos históricos, cabe ao professor fazer a

relação entre a obra, ou parte dela, e as concepções cotidianas dos alunos sobre o

tema tratado.

Serão utilizados os seguintes instrumentos metodológicos:

Aulas expositivas;

Trabalho em grupo;

Pesquisas;

Pesquisa de campo;

Recursos audiovisuais;

Rádio;

Data show;

Livro didático;

Jornais;

Revistas, entre outros.

6. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação deve estar articulado com os seus conteúdos

estruturantes, os conceitos geográficos, objetos de estudos, as categorias

espaço/tempo, a relação sociedade/natureza e as relações de poder, contemplando

a escala local e global e vice-versa.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEM), a

avaliação deverá ser formativa, diagnóstica e processual.

Nessa concepção a avaliação deverá tanto acompanhar a aprendizagem

dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.

Orienta - se que a avaliação em geografia seja mais do que a definição de

uma nota ou um conceito, as atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem

possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e posicionamento crítico frente

aos diferentes contextos sociais.

Os principais critérios de avaliação deverão ter como princípios básicos a

formação dos conceitos geográficos e o entendimento das relações socioespaciais

para a compreensão e intervenção na realidade.

Cabe ao professor observar se os alunos formaram os conceitos geográficos

e assimilaram as relações espaço-tempo e sociedade – natureza para compreender

o espaço nas diversas escalas geográficas.

A avaliação deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto

nortear o trabalho do professor.

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Deve ainda contemplar diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,

interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos e

imagens e principalmente diferentes tipos de mapas; verificação de aprendizagem

escrita, pesquisas bibliográficas, aulas de campo, entre outros; cuja uma das

finalidades seja a apresentação de seminários, leitura e interpretação de diferentes

tabelas e gráficos, relatórios de experiências práticas, de aulas de campo ou

laboratórios; construção de maquetes; produção de mapas mentais, entre outros.

7 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná de

Filosofia para o Ensino Médio. Curitiba, 2008.

BRASILÂNDIA DO SUL. Colégio Estadual Rui Barbosa EFM. Projeto Político Pedagógico, 2012. DANELLI, Sonia Cunha de Souzal - Projeto Araribá: Geografia. São Paulo:

Moderna, 2007.

SENE, Eustáquio de, João Carlos Moreira. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo:

Scipione, 2010.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA PARA O ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL 2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Todo ser humano de uma forma lida com o passado para situar - se em seu

espaço de identidade e no mundo em que vive. Estudar História não é um privilégio

universitário. Mas é na universidade que esse estudo ganha sua forma organizada

sistemática. Estudar História é descobrir apropriar - se do resultado da ação dos

homens no tempo, que se transforma em realidade concreta individual e social.

Ao buscar estabelecer os fatores explicativos confiáveis da ação humana no

passado, a História ganhou reconhecimento entre as chamadas Ciências Humana e

Sociais. A História pode ser científica, pois dialoga com as demais fontes de saber,

como a Literatura, à Filosofia, a Política, a Antropologia, a Sociologia, o Direito, a

Economia, sendo o produto final do historiador um texto científico de múltiplas

facetas, uma composição literária, em estilo que permita ser lido e compreendido

pelos seus leitores.

A disciplina de História tratará os conhecimentos históricos e suas relações

de Poder, Trabalho e Cultura na construção e transformação da sociedade Antiga,

média, Moderna e Contemporânea.

As Diretrizes Curriculares para o ensino de História na Educação Básica

busca - se despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos,

culturais, sociais, e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do

conhecimento histórico.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As

relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas

sócio históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar,

instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.

A finalidade da História é a busca da superação das carências humanas

fundamentadas por meio de um conhecimento constituído por interpretações

históricas. Essas interpretações são compostas por teorias que diagnosticam as

necessidades dos sujeitos históricos e propõem ações no presente e projetos de

futuro. Já a finalidade do ensino de História é a formação de um pensamento

histórico dos alunos a partir da produção do conhecimento. Esse conhecimento é

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provisório, configurado pela consciência histórica dos sujeitos. O conhecimento

histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de investigação, a partir das

experiências dos sujeitos e do contexto em que vivem.

De acordo com a historiadora portuguesa Isabel Barca (2000), a

aprendizagem histórica se dá quando os professores e alunos investigam as ideias

históricas. Essas podem ser tanto ideias substantivas da História, tais como os

conteúdos históricos (Revolução Francesa, escravidão na América portuguesa,

democracia etc.), como as categorias estruturais ligadas à epistemologia da História

(temporalidade, explicação, evidência, inferência, empatia, significância, narrativas

históricas etc.).

No ensino, considera - se o aprendizado de conceitos históricos que

explicam os processos de mudança da consciência histórica nos alunos, a qual pode

ser expressa de formas diferentes.

Os conteúdos básicos devem desenvolver a análise das temporalidades

(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações. Já

os Conteúdos Estruturantes são imprescindíveis para o ensino de História, pois são

entendidos como fundamentais na organização curricular e são a materialização

desse pensamento histórico. Esses Conteúdos Estruturantes são carregados de

significados, os quais delimitam e selecionam os conteúdos específicos e os temas

históricos.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Pensar uma concepção de currículo para a Educação Básica traz, aos

professores do Estado do Paraná, uma primeira questão a ser enfrentada. Afinal, o

que é currículo? Sacristán fala de impressões que, “tal como imagens, trazem à

mente conceito de currículo”. Em algumas dessas impressões, a ideia de que o

currículo é construído para ter efeitos sobre as pessoas fica reduzida ao seu caráter

estrutura restritivo. Nelas, parece não haver destaque para a discussão sobre como

se dá, historicamente, a seleção do conhecimento, sobre a maneira como esse

conhecimento se organiza e se relaciona na estrutura curricular e, consequência

disso, o modo como as pessoas poderão compreender o mundo e atuar nele. ver-

se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominadas como é o caso da

formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e

valores para que os alunos melhorem a sociedade em relação [...] o currículo A

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como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas pelo aluno dentro

de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção mais clássica e

desenvolvida o currículo como programa de atividades planejadas, devidamente

sequencialidades, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num manual

ou num guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como

resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano

reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimentos,

valores e atitudes; o currículo como experiência recriada nos alunos por meio da

qual podem desenvolve - la reconstrução social da mesma. (SACRISTAN).

Essas impressões sobre currículo podem ser consideradas as mais

conhecidas e corriqueiras, porém, nem todas remetem a uma análise crítica sobre o

assunto. Quando se considera o currículo tão somente como um documento

impresso, uma orientação pedagógica sobre o conhecimento a ser desenvolvido na

escola ou mera lista de objetivos, métodos e conteúdos necessários para o

desenvolvimento dos saberes escolares, despreza - se seu caráter político, sua

condição de elemento que pressupõe um projeto de futuro para a sociedade que o

produz. Faz - se necessária, então, uma análise mais ampla e crítica, ancorada na

ideia de que, nesse documento, está impresso o resultado de embates políticos que

produzem um projeto pedagógico vinculado a um projeto social.

Assim, da tentativa de responder o que é currículo, outras duas questões

indissociáveis se colocam como eixos para o debate: a intenção política que o

currículo traduz e a tensão constante entre seu caráter prescritivo e a prática

docente como documento institucional, o currículo pode tanto ser resultado de

amplos debates que tenham envolvido professores, alunos, comunidades, quanto

ser fruto de discussões centralizadas, feitas em gabinetes, sem a participação dos

sujeitos diretamente interessados em sua constituição final. No caso de um currículo

imposto às escolas, a prática pedagógica dos sujeitos que ficaram à margem do

processo de discussão e construção curricular, em geral, transgredi o currículo

documento. Isso, porém, não se dá de forma autônoma, pois o documento impresso,

ou seja, “o estabelecimento de normas e critérios tem significado, mesmo quando a

prática procura contradizer ou transcender essa definição pré ativa (de currículo).

Com isso, ficamos vinculados a formas prévias de reprodução, mesmo

quando nos tornamos criadores de novas formas (GOODSON, 1995, p. 18).

Entretanto, quando uma nova proposição curricular é apresentada às escolas,

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como fruto de ampla discussão coletiva, haverá, também, criação de novas práticas

que irão além do que propõe o documento, mas respeitando seu ponto de partida

teórico-metodológico.

Em ambos os casos, mas com perspectivas políticas distintas, identifica - se

uma tensão entre o currículo documento e o currículo como prática. Para enfrentar

essa tensão, o currículo documento deve ser o complemento da educação,

principalmente a concepção de conhecimento que ele carrega, pois, ela varia de

acordo com as matrizes teóricas que o orientam e o estruturam.

Esses vínculos, em geral, buscam atrelar a concepção teórica e política do

currículo à distribuição de verbas destinadas à educação, à avaliação dos materiais

didáticos a serem comprados e distribuídos para as escolas, e ao tipo de formação

continuada oferecida aos professores.

História uma dessas matrizes dá ênfase a diferentes saberes a serem

socializados pela escola, tratando o conhecimento escolar sob óticas diversas.

Dessa perspectiva, e de maneira muito ampla, é possível pensar em três grandes

matrizes curriculares, a saber:

O conceito de infância sofreu transformações historicamente, o que se

evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates

educacionais, em especial a partir da década de 1980, no Brasil.

Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa

compreender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da

fase adulta (KUHLMANN, 1988).

Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é resultado de

determinações sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e

cultural.

Embora se apresentem ainda grandes desafios para que os direitos sociais

da infância materializem - se plenamente, diante das várias pressões sofridas pelo

estado, este passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como

sujeito de direitos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, O

Estatuto da Criança e do Adolescente, nos anos de 1990, a LDB Nº 9394/96, além

de textos curriculares que tratam da especificidade da infância. (KRAMER, 2006).

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao

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analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da

inteligência e das características essencialmente humanas.

Os estudos de Vygotsky (2007) indicam que é importante analisar

criticamente o contexto social, a fim de compreender com que crianças se está

trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças se

apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar.

Isso significa, por exemplo, que, se vivemos numa sociedade letrada, espera

- se que todas as pessoas, na idade socialmente reconhecida como adequada,

tenham asseguradas as condições para se apropriar deste conhecimento.

Políticas para a infância têm o papel de garantir que o conhecimento

produzido por todos se torne de todos. É importante fortalecer tradições e laços

culturais e históricos dos diversos grupos, mas graças ao conhecimento universal

poderemos escapar do isolamento, do estreitamento das relações, da perda de

humanidade. Políticas para a infância podem exercer importante papel ao

reconhecer as diferenças combatendo a desigualdade, ao garantir a posse do

conhecimento, questão central da distribuição do poder. O conhecimento universal e

a compreensão da história possibilitam superar a particularidade. Falar de

conhecimento é, pois, falar de cidadania.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como

uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de

serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da

adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria

sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser

compreendidas quando inseridas na história que a geraram.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem

do latim adolescência, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra

derivada do latim pubertas - atis, referindo - se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência.

Atualmente, fala - se da adolescência como uma fase do desenvolvimento

humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de

ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises,

que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a

adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na

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203

verdade, ela é bem mais do que isso. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico,

quando consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a

adolescência.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica,

da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou

de elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência

deve ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se reconstrói

dentro de uma história e tempo específicos.

A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina 'ludus' que quer dizer

'jogo'.

O lúdico refere - se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de

liberdade e espontaneidade de ação. Seu objetivo é a vivência prazerosa de sua

atividade. Ele privilegia a criatividade, a inventividade e a imaginação, por sua

própria ligação com os fundamentos do prazer.

Reconhecer o lúdico é reconhecer a especificidade da infância: permitir que

as crianças sejam crianças e vivam como crianças; é ocupar - se do presente,

porque o futuro dele decorre; é esquecer o discurso que fala da criança e ouvirem as

crianças falarem por si mesmas.

O brinquedo é a atividade da criança, ele cria na criança uma nova forma de

desejos a um „eu‟ fictício, ao seu papel no jogo e nas regras. Através do brinquedo a

criança adquire o que futuramente tornar – se - á seu nível básico de ação real e

moralidade. (VYGOTSKY, 1984).

Reencontrar o lúdico, entender seu valor revolucionário, torna - se imperativo

se deseja preservar os valores humanos no homem. Através dele podemos resgatar

a criatividade, ousando experienciar o novo.

A atividade lúdica pode desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala

de aula: o lúdico se apresenta como uma ferramenta de ensino para o desempenho

de desenvolvimento intelectual dos alunos.

A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades;

não deve ser vista apenas como diversão ou momento de prazer, mas momentos de

desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a

coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.

Os professores podem trabalhar a prática com a teoria, desenvolvendo as

inteligências múltiplas e a participação efetiva dos alunos no processo pedagógico.

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A ludicidade apresenta benefícios para o desenvolvimento da criança: a

vontade da criança em aprender cresce, seu interesse aumenta, pois desta maneira

ela realmente aprende o que lhe está sendo ensinado.

O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana,

trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão. (ALMEIDA, 2006).

KISHIMOTO (2001) em sua obra “Jogo, brinquedo, brincadeira e educação”

apresenta o uso do brinquedo e do jogo educativo com fins pedagógicos, nos

remetendo à relevância desse instrumento para situações de ensino aprendizagem e

de desenvolvimento infantil, trabalhando o cognitivo, afetivo, físico e social da

criança.

A ludicidade muda o comportamento infantil, buscando a autonomia da

criança e valorizando a afetividade que envolve o processo de aprender.

Brincando, as crianças aprendem a cooperar com os companheiros, a

obedecer as regras do jogo, a respeitar os direitos dos outros, a acatar a autoridade,

a assumir responsabilidade, a aceitar penalidades que lhe são impostas, a dar

oportunidades aos demais, enfim, a viver em sociedade. (ROJAS, 2006).

Os jogos pedagógicos têm que ser planejados pelo professor

cuidadosamente, para saber o objetivo da aula. O professor deve preparar seus

alunos para o momento especial a ser propiciado pelo jogo e explicar a razão pela

qual está adotando o jogo naquele momento da aula.

A ludicidade precisa ser trabalhada por todos os professores,

independentemente da disciplina que atuam.

É através do lúdico que conseguiremos reconhecer os problemas de cada

aluno, apresentando a eles um mundo real, misterioso e curioso para se aprender e

transformar. É preciso que as rotinas, a organização dos conteúdos e as atividades

abram espaço para que possamos, junto com as crianças, brincar e produzir cultura.

Segundo Vygotsky (1987), o brincar é uma atividade humana criadora, na

qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas

possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças.

A brincadeira não é algo já dado na vida do ser humano, ou seja, aprende -

se a brincar, desde cedo, nas relações que os sujeitos estabelecem com os outros e

com a cultura.

O brincar não apenas requer muitas aprendizagens, mas constitui um

espaço de aprendizagem. (VYGOTSKY, 1987).

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A brincadeira é um lugar de construção de culturas fundado nas interações

sociais entre as crianças. É também suporte da sociabilidade.

Brincar é uma experiência de cultura importante não apenas nos primeiros

anos da infância, mas durante todo o percurso de vida de qualquer ser humano,

portanto, também deve ser garantida em todos os anos do ensino fundamental e

etapas subsequentes da nossa formação.

O brincar é uma atividade humana significativa, por meio da qual os sujeitos

se compreendem como sujeitos culturais e humanos, membros de um grupo social.

3. OBJETIVOS GERAIS

Possibilitar, através do ensino de história, a formação do pensamento crítico

para observar.

Refletir e formular ideias coerentes com as relações entre os fatos históricos

e a atualidade.

Integrar o educando no contexto da civilização ocidental, como reforço para

o exercício consciente da cidadania, e ampliação de seus conhecimentos sobre a

evolução da humanidade, o posicionamento do homem nas perspectivas da

harmonização das sociedades modernas.

Analisar os períodos históricos do Brasil nos aspectos políticos, econômicos

e sociais.

Aprofundar as raízes culturais, valorizando o homem como agente

transformador da sociedade e construtor da história. Onde o educando poderá por

meio da História:

- Conhecer e vivenciar noções de cidadania e regras sociais;

- Desenvolver criatividade e consciência moral e ética;

- Desenvolver raciocínio e linguagem oral e escrita;

- Expressar seus sentimentos e emoções;

- Ampliar e enriquecer seu vocabulário e a organização do pensamento;

- Aperfeiçoar sua forma de forma de comunicação e expressão;

- Exercitar a imaginação e desenvolver sua capacidade criadora;

- Compreender o mundo real, lidando melhor com suas emoções e situações

de conflitos;

- Conhecer culturas diferentes ampliando seu conhecimento social;

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206

- Exercitar e desenvolver a expressão gestual e artística;

- Desenvolver censo crítico, capacidade de tomar decisões e formar opinião.

4. CONTEÚDOS

História – Ensino Fundamental: 6º ano - Os Diferentes Sujeitos Suas

Culturas Suas Histórias

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

A experiência humana no tempo

Temporalidades e as

periodizações: memórias e documentos

familiares e locais.

A formação do pensamento

histórico

Os vestígios humanos e os

documentos históricos.

O surgimento dos lugares de

memórias: lembranças, mitos, museus,

arquivos, monumentos, espaços

públicos, sagrados.

A constituição do espaço público

da antiguidade na pólis grega e na

sociedade romana

As reformas agrárias na

antiguidade Greco-romana

As revoltas democráticas nas polis

gregas

As revoltas plebeias, escravas e

camponesas na república romana

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207

O trabalho e a vida em sociedade

A história do trabalho nas primeiras

sociedades humanas

O significado do trabalho na

Antiguidade Oriental e Antiguidade

Clássica

Os sujeitos e suas relações com o outro

no tempo.

Os povos indígenas e suas culturas

na história do Paraná: xetás, kaigangs,

xoklengs e tupi-guaranis

Os povos africanos e suas culturas

no Brasil e no Paraná.

A formação do cacicado nas

sociedades indígenas do Brasil

A instituição da Igreja no Império

Romano

O surgimento da monarquia nas

sociedades da antiguidade no

Crescente Fértil

As culturas locais e a cultura comum

Os mitos, rituais, lendas dos povos

indígenas.

As manifestações populares no

Paraná: a congada, o fandango, cantos,

lendas, rituais e as festividades

religiosas.

Pinturas rupestres e sambaquis no

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208

Paraná

Pensamento científico: a

antiguidade grega e Europa moderna

A formação da arte moderna

As relações entre a cultura oral e a

cultura escrita: a narrativa histórica.

História – Ensino Fundamental: 7º ano - A Constituição Histórica do Mundo

Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

As relações de propriedade.

A propriedade coletiva entre os

povos indígenas, quilombolas,

ribeirinhas.

A sociedade patriarcal brasileira

A constituição do latifúndio na

América portuguesa e no Brasil Imperial

e republicano

As reservas naturais e indígenas

no Brasil

A propriedade coletiva na

sociedade pré-colombiana.

A conquista e colonização da

América pelos povos europeus

A constituição histórica do mundo do

campo e do mundo da cidade.

As primeiras cidades brasileiras:

formação das vilas e das câmaras

municipais

O engenho colonial, as conquistas

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209

do sertão.

As missões jesuíticas

As cidades na antiguidade oriental

As cidades nas sociedades antigas

clássicas.

A ruralização do império romano e a

transição para o feudalismo europeu, a

constituição do feudo e glebas servis.

As transformações no feudalismo

europeu.

As 3 ordens do imaginário feudal

As guerras feudais na Europa

Ocidental e as cruzadas.

O crescimento comercial e urbano

na Europa.

As corporações de ofício.

O surgimento da humanidade na

África e a diversidade cultural e as teorias

sobre seu aparecimento.

O trabalho e a vida cotidiana nas

colônias espanholas: a mita.

O trabalho assalariado.

As relações entre o campo e a cidade.

As cidades mineradoras

As cidades e tropeirismo no Paraná

Os engenhos da erva mate no

Paraná.

As feiras medievais

O comércio com o Oriente

Os cercamentos na Inglaterra

moderna.

O inicio da industrialização na

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210

Europa.

O Nascimento das fábricas e a vida

cultural ao seu redor

A reforma agrária na América

Latina no século XX

Conflitos e resistências e produção

cultural campo/cidade.

A relação entre senhores e

escravos

O sincretismo religioso (formas

resistência afro-brasileira)

As cidades e as d

Doenças: peste negra e as revoltas

camponesas

As culturas teocêntricas e

antropocêntricas

As histórias das mulheres orientais,

africana e outras.

As revoltas religiosas na Europa

moderna.

História - Ensino Fundamental: 8º ano - O Mundo do Trabalho e os

Movimentos de Resistência

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Relações de trabalho

História das relações da humanidade

com o trabalho.

Trabalho escravo, Mocambos,

Quilombos as resistências na colônia.

Remanescentes de quilombos

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211

Relações de poder

Relações culturais

O trabalho e a vida em sociedade.

A desvalorização do trabalho no

Brasil colônia e império

Brasil império e a busca pela

cidadania

Revolução industrial: o nascimento

das fábricas

O trabalho e as contradições da

modernidade.

O latifúndio no Paraná e no Brasil.

A sociedade oligárquico -

latifundiária

A vida cotidiana das classes

trabalhadoras no campo e as

contradições da modernização

A produção e a organização social

capitalista

Os trabalhadores e as conquistas de

direito.

O movimento sufragista feminino

As congadas como resistência

cultural

A consciência negra e o combate

ao racismo

Movimentos sociais e

emancipacionistas

Os homens, as mulheres e os

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212

homossexuais no Brasil, no Paraná e

no mundo contemporâneo.

A Declaração dos Direitos do

Homem e do Cidadão

O Ludismo.

As constituições dos primeiros

sindicatos de trabalhadores

A constituição do Brasil imperial

As revoltas sociais no Brasil

império

As revoluções modernas:

Revolução industrial, Francesa,

Iluminismo e Independência EUA

As guerras cisplatinas e a guerra

do Paraguai

História - Ensino Fundamental: 9º ano - Relações de Dominação e Resistência:

a Formação do Estado e das Instituições Sociais

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Relações de trabalho

A constituição das instituições sociais:

política, econômica, religiosas,

culturais e civis.

As irmandades católicas e as

religiões afro-brasileiras na América

portuguesa

A formação de poder entre os

povos africanos

A formação dos sindicatos no

Brasil

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213

Relações de poder

Relações culturais

A formação do Estado: a monarquia, a

república (aristocracia, ditadura e

democracia), os poderes do Estado.

As relações entre o poder local e o

governo geral na América portuguesa

Os quilombos na América

portuguesa e no Brasil imperial

A formação do Estado Brasileiro

As constituições do Brasil

republicano

A instituição da república no Brasil:

as ditaduras e a democracia

Os poderes do Estado brasileiro:

executivo, legislativo e judiciário.

A constituição do Mercosul

A Belle Époque tropical,

modernização das cidades

A formação dos reinos africanos

A constituição da república no

Ocidente

O imperialismo no século XIX

A formação dos Estados Nacionais

nos séculos XIX a XX: as ditaduras e as

democracias

A constituição dos Estados

socialistas e dos Estados de Bem Estar

Social

A formação dos blocos econômicos

Sujeitos, Guerras e revoluções.

1 - As revoltas republicanas na América

portuguesa

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214

2 - As revoltas sociais no Brasil

republicano

3 - Os movimentos republicanos e

abolicionistas no Brasil imperial

4 - O movimento anarquista, comunista

e tenentista no Brasil

5 - O Brasil nas Guerras mundiais

6 - A 1ª e a 2ª guerra mundial

7 -Os movimentos pela democratização

do Brasil

8 - As revoluções socialistas no século

XX

9 - As guerras de independência das

nações africanas e asiáticas

10 - Os movimentos camponeses e

latino-americanos e asiáticos

História - Ensino Médio

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o

Trabalho Livre.

O conceito de trabalho livre e explorado

O mundo do trabalho em diferentes sociedades

no tempo: trabalho explorado escravo e servil

(teocráticas, greco-romanas e medievais).

Transição do trabalho escravo, servil e

artesanal para o trabalho livre.

O trabalho livre: as sociedades do consumo

produtivo: as primeiras sociedades humanas, as

sociedades nômades e seminômades, as etnias

indígenas e africanas.

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215

Tema 2: Urbanização e Industrialização

As cidades na História: cidades neolíticas, da

antiguidade greco-romana, da Europa medieval,

pré-colombianas, africanas e asiáticas.

Urbanização e industrialização no Brasil

Urbanização e industrialização nas sociedades

ocidentais, africanas e orientais.

Urbanização e industrialização no Paraná

Tema 3: O Estado e as relações de poder

Os Estados teocráticos

Os Estados na Antiguidade Clássica

O Estado e as Igrejas medievais

A formação dos Estados Nacionais

As metrópoles europeias, as relações de poder

sobre as colônias e a expansão do capitalismo

O Paraná no contexto da sua emancipação

O estado e as doutrinas sociais (anarquismo,

socialismo positivismo).

O nacionalismo nos Estados ocidentais

O populismo e as ditaduras na América Latina

Os sistemas capitalistas e socialistas

Estados da América Latina e o neoliberalismo

Tema 4: Os sujeitos, as revoltas e as guerras

Relações de dominação e resistência nas

sociedades grega e romana na Antiguidade grega

e romana: mulheres, crianças e escravos.

Guerras e revoltas na Antiguidade Clássica:

Grécia e Roma

Relações de dominação e resistência nas

sociedades medieval: camponeses, artesãos,

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216

mulheres, hereges e doentes

Relações de resistência na sociedade ocidental

moderna

As revoltas indígenas, africanas na América

portuguesa.

Os quilombos e a comunidade quilombolas no

território brasileiro

As revoltas sociais na América portuguesa

Tema 5: Movimentos sociais, políticos e

culturais e as guerras e revoluções

As revoluções democráticas liberais no

Ocidente: Inglaterra, França e EUA

Movimentos sociais no mundo do trabalho nos

séculos XVIII e XIX o surgimento do sindicalismo

A América portuguesa e as revoltas pela

independência

As revoltas federalistas no Brasil imperial e

republicano

As guerras mundiais no século XX e a Guerra

Fria

As revoluções socialistas na Ásia, África e

América Latina.

Os movimentos de resistência no contexto das

ditaduras da América Latina

Os Estados africanos e as guerras étnicas

A luta pela terra e a organização de

movimentos pela conquista do direito a terra na

América Latina

A mulher e suas conquistas de direitos nas

sociedades contemporâneas

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217

Tema 6: Cultura e religiosidade

A formação das religiões dos povos africanos,

americanos, asiáticos, europeus e neolíticos:

xamanismo, totens, animismo.

A formação das grandes religiões: hinduísmo,

budismo, confucionismo, judaísmo, cristianismo e

islamismo.

Teocentrismo versus antropocentrismo na

Europa renascentista

Reforma e contra reforma e seus

desdobramentos culturais

Cultura e ideologia no governo de Vargas

As manifestações populares: congadas,

cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de mamão,

romaria de São Gonçalo.

5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para os anos finais do Ensino Fundamental propõe - se que os conteúdos

temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo - se relações e

comparações com a história mundial. Quando não for possível partir da História do

Brasil é possível iniciar a abordagem por estudos comparativos, de forma a

continuar priorizando as Histórias locais e do Brasil. Para o Ensino Médio, a

proposta é um ensino por temas históricos, ou seja, os conteúdos (básicos e

específicos) terão como finalidade a discussão e a busca de solução para um

tema/problema previamente proposto.

O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e

específicos tem como finalidade a formação do pensamento histórico dos

estudantes. Isso se dá quando professor e alunos utilizam, em sala de aula e nas

pesquisas escolares, os métodos de investigação histórica articulados pelas

narrativas históricas desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão que a História

está narrada em diferentes fontes (livros, cinema, canções, palestras, relatos de

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218

memória, etc.), sendo que os historiadores se utilizam destas fontes para

construírem suas narrativas históricas.

É importante, também, problematizar o conteúdo a ser trabalhado.

Problematizar o conhecimento histórico “significa”. “Em primeiro lugar partir do

pressuposto de que ensinar História é construir um diálogo entre o presente e o

passado, e não reproduzir conhecimentos neutros e acabados sobre fatos que

ocorreram em outras sociedades e outras épocas”. (CAINELLI & SCHMIDT, 2004, p.

52).

Ao usar o método da História, o professor deve considerar, também, que as

ideias históricas dos estudantes são marcadas pelas suas experiências de vida e

pelos meios de comunicação. Nas narrativas produzidas pelos estudantes estão

presentes as concepções históricas da comunidade à qual pertencem, seja na forma

de adesão a essas ideias, seja na sua crítica. Tais ideias históricas, além do caráter

de pertencimento social e cultural, são conhecimentos que estão em processo de

constante transformação. Como tal, precisam ser consideradas na definição e

problematização dos conteúdos específicos.

Ao planejar as aulas, caberá ao professor problematizar, a partir do

conteúdo que se propôs e estar esclarecido de que a produção do conhecimento

histórico e sua apropriação, pelos alunos, e processual, e, desse modo, e necessário

que a construção do conhecimento histórico em questão seja constantemente

retomado.

Para o bom funcionamento da prática metodologia o educador deve ir além

da ideologia oferecida por um simples livro didático, havendo a necessidade da

apropriação dos TICs (Tecnologias de Informações e Comunicações) de modo a ser

tradutor que transforme informações em conhecimento de forma humanística.

O professor deve fazer uso de vários ambientes educacionais da escola de

forma dinâmica e interdisciplinar articulando o tempo cronológico e o espaço por

etapa de conclusão. Esses procedimentos metodológicos fazem com que os alunos

vão gradativamente adquirindo autonomia na busca do conhecimento.

Ao longo do ano letivo serão trabalhados os conteúdos relacionados a

História e Cultura, Afro-brasileira , Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), História do

Paraná (Lei nº 13.381/01) a Direitos das Crianças e Adolescentes – ECA

(LF.nº11.525/07), Educação Fiscal e Tributária (DEC.nº1.143/99, Portaria nº413/02) .

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219

6. AVALIAÇÃO

Nesta Proposta Curricular a avaliação no ensino de História deve estar a

serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações

pedagógicas.

E de suma importância o diálogo acerca de questões relativas aos critérios e

a função da avaliação, seja de forma individual ou coletiva. Assim, o aprendizado e a

avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo,

processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das práticas que

podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos. No entanto, é

necessário destacar que cabe ao professor planejar situações diferenciadas de

avaliação.

Ao considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula,

essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, é necessário ter clareza

que avaliar é sempre um ato de valor. Diante disto, professor e alunos precisam

entender que os pressupostos da avaliação, tais como finalidades, objetivos,

critérios e instrumentos, podem permitir rever o que precisa ser melhorado ou o que

já foi apreendido.

Quanto aos Conteúdos Estruturantes, o professor deverá investigar como os

estudantes compreendem as relações de trabalho no mundo contemporâneo, as

suas configurações passadas e a constituição do mundo do trabalho em diferentes

períodos históricos, considerando os conflitos inerentes a essas relações.

No que diz respeito às Relações de Poder, o professor precisa investigar

como os estudantes compreendem essas relações que se apresentam em todos os

espaços sociais. Também deve diagnosticar como eles identificam, localizam os

espaços decisórios e os processos históricos que as constituíram.

Referente às Relações Culturais, o professor deverá investigar se os

estudantes reconhecem a si e aos outros como construtores de uma cultura comum

considerada as especificidades de cada grupo social e as relações entre eles.

Deverá entender como eles compreendem a constituição das experiências

culturais dos sujeitos ao longo do tempo e das permanências e mudanças nas

diversas tradições e costumes sociais.

O professor deve recorrer a diferentes atividades, tais como: leitura,

interpretação e análise de narrativas historiográficas, resolução de exercícios,

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220

mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas, filmes e imagens,

pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de

apresentação de seminários, entre outras.

Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, após a avaliação

diagnóstica, o professor e seus alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas

até então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação

permitirá ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a superação

das dificuldades constatadas.

Deseja - se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos

tenham condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as

relações de poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que

vivem de modo a se fazerem sujeitos da própria História.

7. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História.

Versão, 2008.

BRASILÂNDIA DO SUL, Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e

Médio – Projeto Político Pedagógico – 2012.

MOTA, Myrian Becho - História: das Cavernas ao Terceiro Milênio – São Paulo:

Moderna, 2005.

APOLINÁRIO, Maria Raquel - Projeto Araribá: História. São Paulo: Moderna, 2007.

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221

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LINGUA ESTRANGEIRA

MODERNA INGLÊS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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222

1- APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A língua tem um princípio social e dinâmico, por isso não se limita a uma

visão sistêmica e estrutural do código linguístico; é heterogênea, ideológica e opaca.

Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas e sociedades, ela organiza

e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece entendimentos

possíveis. Entendimento este entre eu e o outro, sujeitos que se constitui

socialmente em um espaço discursivo.

Desta forma, a língua é concebida não como uma estrutura ou código a ser

decifrado e sim como discurso onde se constrói significados e não apenas os

transmite. Ao se apropriar de uma língua o sujeito se apropria de sua cultura e torna-

se capaz de delinear um contorno para sua própria identidade, atuando sobre os

sentidos possíveis reconstruindo sua identidade.

Assim, o ensino de língua estrangeira abre possibilidade para que o sujeito

compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social, tenha maior consciência

sobre o papel das línguas na sociedade, reconheça e compreenda a diversidade

linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do

país e também sua contribuição para a formação de sujeitos críticos e

transformadores.

O estudo da língua pode propiciar ao aluno a construção da própria

identidade ao oportunizar o desenvolvimento da consciência sobre o papel exercido

pelas línguas estrangeiras na sociedade brasileira e no panorama internacional,

favorecendo ligações entre a comunidade local e planetária.

Esse estudo propicia a inclusão social dos alunos numa sociedade

reconhecida, diversa e complexa, alargando seus horizontes expandindo sua

capacidade interpretativa e cognitiva, tornando-os integrantes da sociedade e

participantes ativos do mundo, construindo significados para entender melhor a

realidade.

O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do

currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização,

política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de

ensino são instigados a atender as expectativas e demandas sociais

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223

contemporâneas e a propiciar à aprendizagem dos conhecimentos historicamente

produzidos as novas gerações.

Ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma

língua estrangeira permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da

sociedade e participantes ativos do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o

aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a

realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear

um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e

reconstruirá sua identidade com agente social.

2. FUNDAMENTOS TEORICOS DA DISCIPLINA

Os estudos de Vygotsky (2007) indicam que é importante analisar

criticamente o contexto social, a fim de compreender com que criança se está

trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças se

apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar.

Isso significa, por exemplo, que, se vivemos numa sociedade letrada,

espera-se que todas as pessoas, na idade socialmente reconhecida como

adequada, tenham asseguradas as condições para se apropriar deste

conhecimento.

O professor deve respeitar a idade da criança e do adolescente, pois em

cada fase seu aprendizado é diferenciado, na infância atividade lúdica, pode

desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala de aula: o lúdico torna-se

presente como uma ferramenta de ensino para desempenho e desenvolvimento

intelectual do aluno, que o acompanhará em todas as etapas de sua vida.

O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de

liberdade e espontaneidade de ação. Seu objetivo é a vivencia prazerosa de sua

atividade. Ele privilegia a criatividade, a inventividade e a imaginação, por sua

própria ligação com os fundamentos do prazer.

Já a adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade

cronológica, da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de

passagem, ou de elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A

adolescência deve ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e

se reconstrói dentro de uma história e tempo específicos.

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224

O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a

escola deve levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao

conhecimento mais elaborado sobre a realidade. Isso é garantir o acesso ao

conhecimento, possibilitando a compreensão das contradições da sociedade

capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de trabalho,

instrumentalizando o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social

no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.

Portanto, o idioma a ser ensinado na escola não é neutro, mas

profundamente marcados por questões político-econômicas e ideológicas, que

resultam muitas vezes do imperialismo de uma língua. Tais questões marginalizam

razões históricas e/ou étnicas que podem ser valorizadas, levando-se em conta a

história da comunidade atendida pela escola. Destaca-se que o comprometimento

com o plurilinguismo como política educacional é uma das possibilidades de

valorização e respeito à diversidade cultural, garantido na legislação, pois permite às

comunidades escolares a definição da Língua Estrangeira a ser ensinada.

A partir destas reflexões e de suas implicações no ensino de Língua

Estrangeira Moderna, serão apresentados alguns dos fundamentos teórico-

metodológicos que referenciam estas Diretrizes e os princípios que orientam esta

escolha:

• o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e

a garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna

em relação às demais obrigatórias do currículo;

• o resgate da função social e educacional do ensino de Língua

Estrangeira no currículo da Educação Básica;

• o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no

ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que

sustenta as Diretrizes Curriculares desta disciplina, por ser esta a tônica de uma

abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela

apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão

das relações sociais e para a transformação da realidade.

Por isso, além dos conteúdos básicos da disciplina os professores também

irão trabalhar com: História e Cultura Afro-brasileira e Africana com base na Lei nº

10.639/03 e Enfrentamento à Violência contra a Criança e Adolescente.

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225

Ancorada nos pressupostos da pedagogia crítica, entende-se que a

escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que

não apenas assimilem o saber como resultado, mas apreendam o processo de sua

produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o papel de

informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas,

mas principalmente para que possam ser modificadas.

Para superar uma visão de ensino de Língua Estrangeira Moderna apenas

como meio para se atingir fins comunicativos que restringem as possibilidades de

sua aprendizagem como experiência de identificação social e cultural, ao postular os

significados como externos aos sujeitos.

Propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço

para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de

modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda

que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis

de transformação na prática social.

A proposta adotada nas Diretrizes se baseia na corrente sociológica e nas

teorias do Círculo de Bakhtin2, que concebem a língua como discurso.

Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua

Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta disciplina na

Educação Básica.

3. OBJETIVOS GERAIS

Um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam uso da língua que estão aprendendo em

situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma

mera prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da inclusão social

do aluno numa sociedade reconhecidamente diversa e complexa através do

comprometimento mútuo

O ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe

superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm

marcado o ensino desta disciplina.

Desta forma, espera-se que o aluno:

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226

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que

lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

• tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

• conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, tornando-se

sujeitos integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo.

4. CONTEUDO

O discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica, por

meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam o

discurso.

6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, como

a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em

conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade

adequado a cada uma das séries.

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

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227

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

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228

7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, como

a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em

conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade

adequado a cada uma das séries.

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Informações explícitas

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Repetição proposital de palavras;

Léxico;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

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229

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, coma

a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em

conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade

adequado a cada uma das séries.

LEITURA

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230

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

-expressões que denotam ironia e humor no texto.

- Léxico.

ESCRITA

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Concordância verbal e nominal;

Semântica:

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231

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, como

a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em

Page 232: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

232

conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade

adequado a cada uma das séries.

LEITURA

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade

Temporalidade

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem.

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade

Temporalidade

Discurso direto e indireto

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233

Elementos composicionais do gênero

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

Polissemia

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Processo de formação de palavras

Acentuação gráfica

Ortografia

Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

Conteúdo temático

Finalidade

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações linguísticas

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Semântica

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

ENSINO MÉDIO

GÊNEROS DISCURSIVOS

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234

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise

linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, como

a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em

conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade

adequado a cada uma das séries.

LEITURA

Tema do texto

Interlocutor

Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade

Temporalidade

Referência textual

Partículas conectivas do texto

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto

Interlocutor

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Finalidade do texto

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Situacionalidade

Intertextualidade

Temporalidade

Referência textual

Partículas conectivas do texto

Discurso direto e indireto

Elementos composicionais do gênero

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Acentuação gráfica

Ortografia

Concordância verbal/nominal

ORALIDADE

Conteúdo temático

Finalidade

Aceitabilidade do texto

Informatividade

Papel do locutor e interlocutor

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...

Adequação do discurso ao gênero

Turnos de fala

Variações linguísticas

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc).

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Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

5. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É fundamental tentar entender o universo cultural dos alunos, a linguagem,

códigos e estratégias que utilizam para sobreviver fora da escola, o que faz sentido

para eles, o que tem valor em sua cultura. Cabe ao professor acolher o aluno,

estabelecendo com ele um diálogo afetivo para introduzí-lo em outros universos

culturais sem destruir ou ameaçar seu próprio universo.

As atividades passam a ter significado quando são vistas como bloco de

situações que envolvem trabalho de alunos e professores e devem ser pensadas

para proporcionar o desenvolvimento dos alunos e a intervenção do professor;

apresentam tarefas que se organizam em torno de problematização, busca e

organização de informações e implicam a realização de variadas operações de

pensamento.

Observando isso o professor deve respeitar a idade da criança e do

adolescente, pois em cada fase seu aprendizado é diferenciado, na infância

atividade lúdica, pode desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala de aula:

o lúdico torna-se presente como uma ferramenta de ensino para desempenho e

desenvolvimento intelectual do aluno, que o acompanhará em todas as etapas de

sua vida.

Brincar é uma experiência de cultura importante não apenas nos primeiros

anos da infância, mas durante todo o percurso de vida de qualquer ser humano,

portanto, também deve ser garantida em todos os anos do ensino fundamental e

etapas subsequentes da nossa formação. Além disso, é atividade humana

significativa, por meio da qual os sujeitos se compreendem como sujeitos culturais e

humanos, membros de um grupo social.

O brinquedo é a atividade da criança, ele cria na criança uma nova forma de

desejos. Ensina a desejar, relacionando seus desejos a um “eu‟‟ fictício, ao seu

papel no jogo e suas regras. Através do brinquedo a criança adquire o que

futuramente tornar-se-á seu nível básico de ação real e moralidade (Vygotsky,1984).

Os métodos de alfabetização e do letramento são muitos e diferentes, não

se pode pretender ensinar utilizando UM único método para a orientação da

aprendizagem inicial da língua escrita, é preciso lançar mão de vários MÉTODOS,

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ou seja, uma articulação de procedimentos que alfabetizem e letrem, propiciando à

criança uma entrada plena no mundo da escrita, que é a finalidade última da

aprendizagem inicial da língua escrita.

O ensino de língua estrangeira deve considerar, em primeira instância, o

papel das línguas na sociedade para além de meros instrumentos de acesso à

informação. É imprescindível que, nos encaminhamentos dos trabalhos com a

língua, estas sejam como possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos

de entender o mundo e de construir significados.

Língua Estrangeira, desenvolvendo as inteligências múltiplas e a

participação efetiva do aluno no processo pedagógico de maneira prazerosa e mais

fácil para o mesmo.

Assim, partindo do conteúdo estruturante Discurso com prática social

manifestado nas e pelas práticas discursivas, oralidade, leitura e escrita serão

abordadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas.

Para aprofundar nos conteúdos, o professor deve partir do texto como

unidade da linguagem em uso (comunicação verbal, não verbal) o qual trará um

problematização em relação a um tema. O trabalho com o texto deve possibilitar que

os alunos desenvolvam uma prática analítica e crítica acerca dos discursos que

circulam em Língua Estrangeira, ampliem seus conhecimentos linguísticos-culturais

e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso

e que nele se revele o respeito às diferentes culturas, crenças e valores.

Neste sentido, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna devem ser

abordados vários tipos de textos em atividades diversificadas não deixando de

contemplar os aspectos culturais do idioma estudado.

Os elementos do interdiscurso (o contexto físico: o lugar, o momento e as

circunstâncias de produção) e do intradiscurso (a superfície discursiva: o texto

propriamente dito, as sequências linguísticas e os tipos de textos em seus diversos

gêneros) nos quais os sentidos da enunciação se cruzam com outro dizeres que

residem na memória dos sujeitos, dizeres estes ativados pelo e no processo de

leitura é que constroem os sentidos.

Assim, no processo de leitura é possível integrar as demais práticas

discursivas por meio de discussões orais sobre a compreensão do que se leu, bem

como produzir textos orais, escritos e/ou visuais a partir do texto lido.

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Propõe-se que a aula de língua constitua um espaço para que o aluno

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural de modo que se

envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em

relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os

significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de

transformação na prática social.

Neste processo, o conhecimento de mundo e as experiências dos alunos

devem ser valorizadas por meio de discussões dos temas abordados. É preciso

explorar seus pressupostos, formular hipótese, criar situações que ajudem os alunos

a reconstruírem expectativas, quanto ao sentido possível dos textos estudados.

Ao se trabalhar a produção escrita deve ser garantido seu caráter

sociointeracional, isto é, deve se propor atividades significativas, em situações reais

de uso da língua: escreve-se para alguém ou um alguém de quem se constrói um

representação. É preciso que no contexto escolar esse alguém seja definido como

um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo

imaginário, fundamental para a construção do texto e de sua coerência

A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento

de orientá-lo para uma produção. Ao propor uma tarefa de escrita, o professor deve

proporcionar aos alunos elementos para que consigam expressar-se e dos quais

não dispõem, tais como, discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais.

No trabalho com textos literários, a reflexão sobre a ideologia e a construção

da realidade fazem parte da produção do conhecimento, sempre parcial, complexo e

dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder. Assim, ao apresentar

textos literários aos alunos, deve-se propor atividades que colaborem para que ele

analise os textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um

determinado contexto sociocultural.

No ensino da Língua Estrangeira Moderna e importante que ele seja

articulado com as demais disciplinas do currículo, para relacionar os vários

conhecimentos. Por exemplo: variação linguística existe tanto na língua estrangeira

como na materna. A literatura está relacionada à história e às tradições culturais de

uma comunidade, cuja geografia também a influencia.

Para trabalhar o tema História e Cultura Afro-brasileira e Africana o professor

irá utilizar leitura de textos e músicas sobre o tema para que o aluno perceba a

importância dessa cultura. E para o tema Enfrentamento à Violência contra a criança

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e o adolescente, será trabalhado clips fazendo alerta e conscientizando os alunos a

denunciar sobre este problema tão grave.

Além das práticas pedagógicas já citadas, o ensino de Língua Estrangeira

utiliza: músicas, clips, jogos, DVDs, TV pen drive, jornais, revistas, som, rádio,

textos, cartazes, dicionários, internet, histórias em quadrinhos, livro didático, livros de

apoio, entre outros.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação como parte do processo ensino aprendizagem deve ter como

principal objetivo o de fornecer este processo norteando o trabalho do professor e

fornecendo dados aos alunos da dimensão do ponto em que se encontra no

percurso pedagógico. Ela se sobrepõe ao caráter eventualmente punitivo e de

controle, cumprindo sua função de subsidiar a construção da aprendizagem bem

sucedida. Assim, ela se configura como processual, e, como tal levanta dados para

discussões sobre as dificuldades e avanços dos alunos.

Nesta concepção de avaliação, cabe ao professor observar a participação

dos alunos e considerar que o engajamento discursivo na sala de aula se faz pela

interação verbal, a partir dos textos e de diferentes formas: entre os alunos e o

professor, entre os alunos na turma; na interação com o material didático, nas

conversas em língua materna e língua estrangeira; e no próprio uso da língua, que

funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias.

Avaliar em língua estrangeira não se trata de testar conhecimentos

linguísticos-discursivos-gramaticais, de gêneros textuais, entre outros de um texto,

mas sim verificar a construção dos significados na interação com textos e nas

produções textuais dos alunos, não perdendo de vista que vários significados são

possíveis e válidos, desde que apropriadamente justificados

No Ensino Fundamental e Médio, a avaliação de determinado dado de

produção em língua estrangeira considera o erro com resultado do processo de

aquisição de uma nova língua. Assim, na avaliação o erro deve ser visto como um

passo para que aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo que

não é linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para diferentes

pessoas.

Considerando que no processo ensino aprendizagem o aluno é também

construtor do conhecimento, ele deve ter seu esforço reconhecido por meio de

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ações tais como: um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do erro como

integrante da aprendizagem. Desta maneira, tanto o professor quanto os alunos

poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades,

bem como planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las.

Além da avaliação processual, é importante considerar também avaliações

de outras naturezas: diagnóstica e formativa desde que se articule com os objetivos

específicos e conteúdos definidos.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante o período letivo, num processo contínuo e cumulativo e com instrumentos e

técnicas de avaliação, serão utilizados: participação e desempenho nas atividades

propostas, elaboração de textos, expressão de ideias, ampliação do léxico,

realização de leituras, exposição de argumentos, provas escritas, relatos, atividades

específicas, trabalhos de pesquisa, estudo dirigido e outros.

Aos alunos que demonstrarem rendimento insuficiente, o professor

proporcionará oportunidade de melhoria de aproveitamento através da recuperação

de estudos que consiste na retomada de conteúdos durante o processo de ensino e

aprendizagem, possibilitando que os alunos tenham oportunidades de apropriar-se

do conhecimento historicamente produzido por meio de diferentes metodologias.

Essa recuperação de estudos é paralela isso significa propor aos alunos,

permanentemente, gradativos desafios e tarefas articuladas e complementares às

etapas anteriores, visando sempre ao maior entendimento à maior precisão de suas

respostas, à maior riqueza de seus argumentos.

A recuperação de estudos será planejada e aplicada em função das

necessidades individuais, considerando-se os diversos ritmos e deficiência de

aprendizagem, sendo realizadas através de aulas, tarefas, trabalhos, pesquisas,

exercícios, provas, e outros, orientados pelo professor.

Na recuperação de estudos o professor considerará a aprendizagem do

aluno no decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota da

avaliação e da recuperação prevalecerá sempre a maior.

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8. REFERÊNCIA

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Língua Estrangeira Moderna, 2008.

BRASILÂNDIA DO SUL. Colégio Estadual Rui Barbosa – EFM. Regimento Escolar,

2008.

BRASILÂNDIA DO SUL. Colégio Estadual Rui Barbosa - EFM. Projeto Político

Pedagógico, 2012.

Chin, Elizabeth Young & Zaorob, Maria Lucia. Keep in mind: língua estrangeira

moderna: inglês – São Paulo: Scipione, 2009

MARTIN, Ivan. Síntesis curso de lengua española: Língua Estrangeira Moderna:

Espanhol – Ensino Médio - São Paulo: Ática, 2011. (vol. 1, 2 e 3).

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LINGUA PORTUGUESA PARA O

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A Constituição Brasileira, em seu artigo 5º, prescreve: “Todos são iguais

perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e

aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à igualdade, à

segurança e à propriedade (...)”.

O Estado de Direito garante a todos os cidadãos a igualdade perante as leis,

porém sabemos que, historicamente, em nosso país, há um descompasso entre o

que a lei propõe e a realidade vivida pela sociedade, incluídos, aí, os processos de

Educação. Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil

iniciou-se com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental

na formação a elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e

“catequizar” os indígenas (MOLL, 2006, p. 13).

A concepção de educação e o trabalho de escolarização dos indígenas

estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o modo de

pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista, que

a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava

o pensamento. Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se

de práticas pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos

hegemônicos da metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava-se,

então, a partir de dois objetivos: primeiro, uma pedagogia que por meio da

catequese indígena visava à expansão católica e a um modelo econômico de

subsistência da comunidade. Segundo, esse sistema objetivava a formação de elites

subordinadas à metrópole, “favorecendo o modelo de sociedade escravocrata e de

produção colonial destinada aos interesses do país colonizador” (LUZ-FREITAS,

2007 s/p).

Evidenciava-se, já na constituição da escola e do ensino no Brasil, que o

acesso à educação letrada era determinante na estrutura social, fazendo com que

os colégios fossem destinados aos filhos da elite colonial.

As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os

poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Essas práticas

visavam à construção de uma civilização de aparências com base em uma

educação “claramente reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma ordem

patriarcal, estamental e colonial. Assim, priorizaram [...] uma não-pedagogia,

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acionando no cotidiano o aparato repressivo para inculcar a obediência [à fé, ao

rei e à lei]” (VILLALTA, 1997, p. 351).

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às

escolas de ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados

secundários, as aulas eram de gramática latina e retórica, além do estudo de

grandes autores clássicos.

No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O

português “era a língua da burocracia” (ILARI, 2007 s/p), ou seja, a língua das

transações comerciais, dos documentos legais. A interação entre colonizados e

colonizadores resultou na constituição da Língua Geral (tupi-guarani), utilizada pelos

portugueses, num primeiro momento, com vistas ao conhecimento necessário para a

dominação da nova terra. Essas línguas continuaram sendo usadas por muito

tempo na comunicação informal por grande parte da população não escolarizada.

Entretanto, a partir do século XVIII, época que coincide com as expedições

bandeirantes e a descoberta da riqueza mineral do solo brasileiro, essa situação de

bilinguismo passou a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal, que

precisava manter a colônia e, para isso, a unificação e padronização linguística

constituíram-se fatores de relevância.

A fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal

tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral.

No ano seguinte, os jesuítas, que haviam catequizado índios e produzido literatura

em língua indígena, foram expulsos do Brasil. Essa foi uma das primeiras medidas

para tornar hegemônica a Língua Portuguesa em todo o território. Essa hegemonia

foi “conseguida, historicamente, a ferro e fogo: com decretos e proibições, expulsões

e prisões, perseguições e massacres” (BAGNO, 2003, p. 74).

A Reforma Pombalina, em 1759, impôs a Língua Portuguesa como idioma-

base do ensino, entre outras medidas que visavam à modernização do sistema

educacional, a cargo dos jesuítas por mais de dois séculos. Tal reforma era

reflexo do Iluminismo, que trazia em seu bojo ideias de reorganização da sociedade

por meio de princípios racionais decorrentes do cartesianismo e do empirismo do

século XVII. A Língua Portuguesa passa, então, com a Reforma Pombalina, a fazer

parte dos conteúdos curriculares, mesmo assim seguindo os moldes do ensino de

latim. (LUZ- FREITAS, 2004, s/p).

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Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua

Portuguesa passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o

currículo privilegiava as disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao

Português um espaço sem relevância (LUZ-FREITAS, 2004).

Seguindo os moldes do ensino de Latim, o ensino de Língua Portuguesa

fragmentava-se no ensino de Gramática, Retórica e Poética. Os professores eram

“estudiosos autodidatas da língua e de sua literatura, com sólida formação

humanística, que, a par de suas atividades profissionais (...) e do exercício de

cargos públicos, que quase sempre detinham, dedicavam-se também ao ensino”

(SOARES, 2001, s/p).

Ainda no final do século XIX, e com o advento da República, a preocupação

com a nascente industrialização influenciou a estrutura curricular: tendo em vista a

formação profissional, as humanas não eram consideradas prioritárias, fortalecendo-

se o caráter utilitário da educação. Houve, então, uma ampliação do acesso ao

ensino para atender às necessidades da industrialização. É sintomático que com a

multiplicação das escolas públicas tenha-se excluído do currículo a Retórica, isto é,

a disciplina que fornecia às classes dirigentes uma técnica privilegiada que lhe

permitia “assegurar-se da propriedade da linguagem” (FONTES, 1999, p. 47).

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data

em que foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de

Português. Contudo, a mudança de denominação não significou que o objetivo do

ensino de língua havia mudado.

[...] de um lado essa persistência se explica por fatores externos às próprias

disciplinas: manteve-se essa tradição (da gramática, da retórica e da poética) porque

fundamentalmente continuaram a serem os mesmos, aqueles a quem a escola

servia: os grupos sociais e economicamente privilegiados, únicos a ter acesso à

escola, pertencentes a contextos culturais letrados, chegavam às aulas de português

já com um razoável domínio do dialeto de prestígio (a chamada “norma padrão

culta”), que a escola usava e queria ver usado, e já com práticas sociais de leitura e

escrita frequentes em seu meio social. A função do ensino de português era, assim,

fundamentalmente, levar ao conhecimento talvez mesmo apenas o reconhecimento

das normas e regras de funcionamento desse dialeto de prestígio: ensino da

gramática, isto é, ensino a respeito da língua, e análise de textos literários, para

estudos de retórica e poética. (SOARES, 2001, s/p).

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Nesse período, o Latim começou a perder prestígio com a valorização da

língua nacional. Esse declínio teve início já no contexto Romântico, e Modernista, de

1922, que defendiam a necessidade de romper com os modelos tradicionais

portugueses e privilegiar o falar brasileiro.

O Modernismo, embora não tenha protagonizado uma revolução na

linguagem, contribuiu para aproximar nossa língua escrita do falar cotidiano do

Brasil. O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até

meados do século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um

processo de expansão do ensino primário público.

[...] com a expansão quantitativa da rede escolar, passou a haver um

profundo choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes.

(FARACO, 1997, p. 57)

A Lei n. 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o

ensino deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu

a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na disciplina de Língua Portuguesa,

pautava-se na concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo objeto é a

língua vista como código), com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do

aprimoramento das capacidades linguísticas do falante. Essa concepção baseou-se

nos estudos de Saussure, o qual se preocupou com a organização interna da língua

ao elegê-la como objeto de estudo. Os seguidores de Saussure denominaram essa

organização de estrutura.

Nessa visão de ensino, continua a valer a tese que privilegia no aprendizado

e acesso ao uso competente da língua, o aluno oriundo das classes letradas. O viés

utilitário e pragmático do trabalho pedagógico afastava o aluno vindo das classes

menos favorecidas, da norma culta da língua portuguesa.

A disciplina de Português passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no

primeiro grau, Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e

Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries), com base em

estudos posteriores a Saussure, em especial nos estudos de Jakobson, referentes à

teoria da comunicação. As únicas inovações com o estudo de gramática e literatura

eram o trabalho sistemático com a produção de texto e a leitura entendida como um

ato mecânico. O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em

exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamentos de habilidades de leitura.

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A pedagogia tecnicista, introduzida no Brasil no início da década de 70,

“centrou o ensino nos meios (métodos e técnicas), diminuindo o papel dos

conteúdos do conhecimento e pulverizando o caráter político-filosófico das

organizações escolares” (SILVA, 2005, p. 23). Com relação à literatura, até meados

do século XX, o principal instrumento do trabalho pedagógico eram as antologias

literárias, com base nos cânones. A leitura do texto literário, no ensino primário e

ginasial, visava transmitir a norma culta da língua, com base em exercícios

gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos. O objetivo

era despertar o sentimento nacionalista e formar cidadãos respeitadores da ordem

estabelecida.

Nos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então segundo grau,

com abordagens estruturalistas e/ou historiográficas do texto literário. Na análise do

texto poético, por exemplo, adotava-se o método francês, isto é, propunha-se a

análise do texto conforme as estruturas formais: rimas, escansão de versos, ritmo,

estrofes, etc. Cabia ao professor a condução da análise literária, e aos alunos, a

condição de meros ouvintes. A historiografia literária, que ainda hoje resiste em

algumas salas de aula, direcionava e limitava as leituras dos alunos. Em muitos

casos, eram interpretações dos professores e/ou dos livros didáticos,

desconsiderando o papel ativo do aluno no processo de leitura e, em outros, os

textos eram levados para sala como pretexto para se ensinar gramática. Com o

movimento que levaria ao fim do regime militar, houve um aumento de cursos de

pós-graduação para a formação de uma elite de professores e pesquisadores,

possibilitando um pensamento crítico em relação à educação. Ganha força as

discussões sobre o currículo escolar e sobre o papel da educação na transformação

social, política e econômica da sociedade brasileira. A consolidação da abertura

política resultou em pesquisas que fortaleceram a pedagogia histórico-crítica,

propiciando uma rede de outras pesquisas, inserindo, no pedagógico dos anos 80,

uma vertente progressista. A pedagogia histórico-crítica vê a educação como

mediação da prática social. “A prática social, põe-se, portanto, como ponto de

partida e ponto de chegada da prática educativa” (SAVIANI, 2007, p. 420).

Na disciplina de Língua Portuguesa, essa pedagogia se revelou nos estudos

linguísticos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas

discursivas. As novas concepções sobre a aquisição da Língua Materna chegaram

ao Brasil no final da década de 1970 e início de 1980, quando as primeiras obras do

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Círculo de Bakhtin passaram a ser lidas nos meios acadêmicos. Essas primeiras

leituras contribuíram para fazer frente à pedagogia tecnicista. A dimensão

tradicional de ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas, envolvendo

questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade fundamental de

análise.

O Currículo de Língua Portuguesa orientava os professores a um trabalho de

sala de aula focado na leitura e na produção, buscava romper com o ensino

tradicionalista: “optamos por um ensino não mais voltado à teoria gramatical ou ao

reconhecimento de algumas formas de língua padrão, mas ao domínio efetivo de

falar, ler e escrever” (PARANÁ, 1990, p. 56).

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990, também

fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção

interacionista, levando a uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.

Essa restrição, de acordo com Brait (2000, p. 24) “impede um trabalho mais aberto e

histórico com os textos e seus leitores”. O trabalho com modelos pré-estabelecidos

enfatiza os aspectos formais do texto, deixando de considerar que todo texto é um

elo na cadeia da interação social, sempre é uma resposta ativa a outros textos e

pressupõe outras respostas. “Uma abordagem, apenas formal exclui o texto de seu

contexto social.”

Bakhtin (1999) defende uma concepção histórico-discursiva de sujeito, para

ele, a interação verbal constitui a realidade fundamental da língua. O aprendizado

envolve sempre a interação com outros indivíduos e a interferência direta ou indireta

deles. A experimentação literária torna-se assim uma exigência ética da escola. É

um momento do exercício de percepção e de incorporação de um tipo de discurso

ou comportamento linguísticos que correspondem ao exercício pleno da liberdade

criadora. Por seu acesso, o aluno conseguirá perceber e exercitar as possibilidades

mais remotas e imprevistas a que a sua Língua pode remeter. (FREDERICO;

OSAKABE, 2004, p. 79)

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na

Educação Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de

analfabetismo funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos

apresentada pelos alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e,

mesmo, de pesquisas acadêmicas em relação às práticas de ensino; seja pela

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discussão crítica dessas práticas, seja pelo envolvimento direto dos professores na

construção de alternativas. Essas considerações resultam numa proposta que dá

ênfase à língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente

reflexiva e produtiva.

É através da linguagem que o homem se reconhece humano, interage e

troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e o seu papel

como participante da sociedade. A partir desse caráter social da linguagem, temos o

conceito de discurso (vozes que se materializam, ato humano, é linguagem em uso

efetivo), assim, o texto é a articulação de discursos.

Para tanto, o ensino de Língua Portuguesa tem como objeto de estudo a

prática social, subdividido em três praticas discursivas (oralidade, leitura e escrita) e

uma prática linguística (análise linguística), em uma concepção de língua sócio-

interacionista, em que os sujeitos estão historicamente inseridos. Neste sentido, a

língua é vista como um discurso no qual e pelo qual os sujeitos se constroem e são

construídos em busca do exercício da cidadania.

No ensino de literatura, tem a Língua Portuguesa a tarefa de propiciar

informações que desenvolvam um modo de pensar histórico das questões culturais

para que os alunos adquiram assim uma compreensão melhor do momento que

estão vivendo. Todo esse estudo levará o aluno a compreender a dinâmica histórico-

cultural do fazer literário e que a boa literatura transcende os limites do seu tempo.

2 - FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

Refletir sobre o ensino da Língua e da Literatura implica pensar também as

contradições, as diferenças e os paradoxos do quadro complexo da

contemporaneidade. Mesmo vivendo numa época denominada “era da informação”,

a qual possibilita acesso rápido à leitura de uma gama imensurável de informações,

convivemos com o índice crescente de analfabetismo funcional, e os resultados das

avaliações educacionais revelam baixo desempenho do aluno em relação à

compreensão dos textos que lê.

O ensino de Língua Portuguesa seguiu, e em alguns contextos ainda segue,

uma concepção de linguagem que não privilegia, no processo de aquisição e no

aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, como destaca

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Travaglia (2000), pautando-se no repasse de regras e na mera nomenclatura da

gramática tradicional.

A atitude normativista fundamenta-se em teorias que têm pouco a dizer

sobre a noção de discurso, porque trabalha com frases ou palavras isoladas do

contexto de atividade humana, local de sua gênese. A ênfase na norma gramatical e

na historiografia literária decorre de uma mesma concepção de Língua e Literatura,

identificada já no Renascimento. Tratou-se de um período de ruptura definitiva entre

a escrita e a oralidade (a invenção da imprensa consolidou a supremacia da escrita,

como se ela fosse a língua, reforçando ainda mais a língua como instrumento de

poder). Além disso, a visão de literatura baseava-se no conceito de modelo

originado da pedagogia greco-latina, que buscava moldar o educando a uma

realidade ideal encontrada nos clássicos da literatura (FREDERICO & OSAKABE,

2004).

As Diretrizes ora propostas assumem uma concepção de linguagem que não

se fecha “na sua condição de sistema de formas (...), mas abre-se para a sua

condição de atividade e acontecimento social, portanto estratificada pelos valores

ideológicos” (RODRIGUES, 2005, p. 156). Dessa forma, a linguagem é vista como

fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação (política, social,

econômica) entre os homens. Tendo como base teórica as reflexões do Círculo de

Bakhtin a respeito da linguagem, defende-se que:

É no processo de interação social que a palavra significa, o ato de fala é de

natureza social (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 109). Isso implica dizer que os

homens não recebem a língua pronta para ser usada, eles “penetram na corrente da

comunicação verbal; ou melhor, somente quando mergulham nessa corrente é que

sua consciência desperta e começa a operar”, postula Bakhtin/Volochinov (1999, p.

108). Ensinar a língua materna, a partir dessa concepção, requer que se considerem

os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto

de produção do enunciado8, uma vez que os seus significados são sociais e

historicamente construídos. A palavra significa na relação com o outro, em seu

contexto de produção:

As palavras estão carregadas de conteúdo ideológico, elas “são tecidas a

partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as relações

sociais em todos os domínios” (BAKHTIN/VOLOCHINOV, 1999, p. 41).

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Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa

aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles

possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir

com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma

arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes

opiniões. A esse respeito, Bakhtin/Volochinov (1999, p. 66) defende: “(...) cada

palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam os

valores sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se, no momento de sua

expressão, como produto de relação viva das forças sociais.”

Nestas Diretrizes, considera-se o processo dinâmico e histórico dos agentes

na interação verbal, tanto na constituição social da linguagem, que ocorre nas

relações sociais, políticas, econômicas, culturais, etc., quanto dos sujeitos

envolvidos nesse processo.

Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por

meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno,

para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e

escrita.

Destaca-se que o letramento vai além da alfabetização: esta é uma atividade

mecânica, que garante ao sujeito o conhecimento do código linguístico (codificação

e decodificação); já aquele, de acordo com Soares (1998), refere-se ao indivíduo

que não só sabe ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a

leitura e escrita, posiciona-se e interage com as exigências da sociedade diante das

práticas de linguagem, demarcando a sua voz no contexto social.

O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a

prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística,

literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto, defende-se que as práticas

discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem

verbal com outras linguagens (multiletramentos):

A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o

envolvimento do sujeito com as práticas discursivas, alterando “seu estado ou

condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguísticos

e até mesmo econômicos” (SOARES, 1998, p. 18).

Ao considerar o conceito de letramento, também é necessário ampliar o

conceito de texto, o qual envolve não apenas a formalização do discurso verbal ou

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não-verbal, mas o evento que abrange o antes, isto é, as condições de produção e

elaboração; e o depois, ou seja, a leitura ou a resposta ativa. Todo texto é, assim,

articulação de discursos, vozes que se materializam, ato humano, é linguagem em

uso efetivo. O texto ocorre em interação e, por isso mesmo, não é compreendido

apenas em seus limites formais (BAKHTIN, 1999).

Assim, temos que um texto não é um objeto fixo num dado momento no

tempo, ele lança seus sentidos no diálogo intertextual, ou seja, o texto é sempre

uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece relações dialógicas.

Na visão de Bakhtin (1992, p. 354), “mesmo enunciados separados um do outro no

tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no plano de

sentido, revelarão relações dialógicas”. Bakhtin/Volochinov (1999, p. 123)

compreende a palavra “diálogo” num sentido mais amplo: “não apenas como a

comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda a

comunicação verbal, de qualquer tipo que seja”. Sobre as relações dialógicas,

Faraco acrescenta:

Pode-se dizer, então, que os nossos enunciados são heterogêneos, uma vez

que emergem da multidão das vozes sociais. Faraco (2003) destaca que é nessa

atmosfera heterogênea que o sujeito vai se constituindo discursivamente.

Para Bakhtin (1992), os tipos relativamente estáveis de enunciados são

denominados gêneros discursivos. A definição de gênero, em Bakhtin,

compreendendo a mobilidade, a dinâmica, a fluidez, a imprecisão da linguagem, não

aprisiona os textos em determinadas propriedades formais:

Bakhtin (1992) dividiu os gêneros discursivos em primários e secundários.

Os primários referem-se às situações cotidianas; já os secundários acontecem em

circunstâncias mais complexas de comunicação (como nas áreas acadêmicas,

jurídicas, artísticas, etc.). As duas esferas são interdependentes.

Brait (2000, p. 20) recorda que “não se pode falar de gêneros sem pensar na

esfera de atividades em que eles se constituem e atuam aí implicadas as condições

de produção, de circulação e recepção”. Há diferentes esferas de comunicação,

e cada uma delas produz os gêneros necessários a suas atividades,

tendo-se, por exemplo: os gêneros da esfera jornalística (notícia, reportagem,

editorial, classificados...); da esfera televisiva (novela, telejornal, entrevistas...),

da esfera cotidiana (listas de supermercado, receitas, recados...), da esfera digital

(e-mail, bate-papo virtual, lista de discussão...), e assim por diante.

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Alguns gêneros são adaptados, transformados, renovados, multiplicados ou

até mesmo criados a partir da necessidade que o homem tem de se comunicar com

o outro, tendo em vista que “todos os diversos campos da atividade humana estão

ligados ao uso da linguagem” (BAKHTIN, 1992, p. 261). Um exemplo dessa

necessidade é o surgimento dos gêneros do discurso eletrônico (e-mail; chat; lista

de discussão; videoconferência interativa; fórum de discussão; blog), que são

criados e transformados pela cultura tecnológica na qual estamos inseridos.

Os gêneros variam assim como a língua – a qual é viva, e não estanque. As

manifestações comunicativas mediante a língua não acontecem com elementos

linguísticos isolados, elas se dão, conforme Bakhtin, como discurso.

Bunzen (2006) discorre que as práticas discursivas presentes nos diversos

gêneros que fazem parte do cotidiano dos educandos podem ser legitimadas na

escola. Isso colaboraria com a não fragmentação entre a língua e a vida do aluno,

uma vez que na escola ele não leria e produziria apenas textos escolares,

didatizados, mas teria contato com textos presentes nos diversos espaços de

socialização que frequenta.

Os gêneros discursivos “são formas comunicativas que não são adquiridas

em manuais, mas sim nos processos interativos” (MACHADO, 2005, p. 157). Nessa

concepção, antes de constituir um conceito, é uma prática social e deve orientar a

ação pedagógica com a língua. Compreender essa relação é fundamental para que

não se caia tão somente na sua normatização e, consequentemente, no que Rojo

(2004, p. 35) define como “pedagogia transmissiva das análises estruturais e

gramaticais”, que dissocia o texto de sua realidade social.

O aprimoramento da competência linguística do aluno acontecerá com maior

propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o

caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O trânsito pelas diferentes esferas de

comunicação possibilitará ao educando uma inserção social mais produtiva no

sentido de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que está

inserido. Bakhtin (1992, p. 285) afirma que “quanto melhor dominamos os gêneros

tanto mais livremente os empregamos, tanto mais plena e nitidamente descobrimos

neles a nossa individualidade (onde isso é possível e necessário) (...)”.

O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é

instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito

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para todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa conhecer e

ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a norma culta.

É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam as redes

públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua, ao

conhecimento social e historicamente construído e a instrumentalização que

favoreça sua inserção social e exercício da cidadania. Contudo, a escola não pode

trabalhar só com a norma culta, porque não seria democrática, seria a-histórica e

elitista.

O que precisa ficar muito claro para os interlocutores deste documento é que

ele não propõe o abandono do conhecimento gramatical e tampouco impede que o

professor apresente regras gramaticais para os alunos, visto que toda língua é

constituída de uma gramática e de um léxico (ANTUNES, 2003). Vale considerar

que, ao utilizar uma língua, usamos normas fonológicas, morfológicas, sintáticas e

semânticas. Contudo, é importante esclarecer a diferença entre regras de gramática

e o ensino de nomenclaturas e classificações. As regras, segundo Antunes (2003),

servem para orientar o uso das unidades da língua, são normas.

Já as nomenclaturas e classificações não são regras de uso da língua, mas

“apenas questões metalinguísticas”, como reitera Antunes (2003, p. 87). Assim, é

necessário que ocorra um trabalho paralelo entre as atividades metalinguísticas e

epilinguísticas.

O estudo dos conhecimentos linguísticos, sob esse enfoque, deve propiciar

ao aluno a reflexão sobre as normas de uso das unidades da língua, de como elas

são combinadas para produzirem determinados efeitos de sentido, profundamente

vinculados a contextos e adequados às finalidades pretendidas no ato da linguagem.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de

língua, busca:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-

la a cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos

do cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio

de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;

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• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o

aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da

oralidade, da leitura e da escrita;

• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar

acesso às ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes

supõem um processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na

alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no

período escolar, mas se estende por toda a vida.

Por isso, além dos conteúdos básicos da disciplina os professores também

irão trabalhar com: História e Cultura Afro-brasileira e Africana com base na Lei nº

10.639/03 e Enfrentamento à Violência contra a Criança e Adolescente.

O conceito de infância sofreu transformações historicamente, o que se

evidencia tanto na literatura pedagógica, quanto na legislação e nos debates

educacionais, em especial a partir da década de 1980, no Brasil.

Afirmar que a infância é um conceito construído historicamente significa

compreender que esta é uma condição da criança, é uma fase da vida distinta da fase

adulta (KUHLMANN, 1988).

Significa reconhecer que esta condição da criança, a infância, é resultado de

determinações sociais mais amplas do âmbito político, econômico, social, histórico e

cultural.

Embora se apresentem ainda grandes desafios para que os direitos sociais

da infância materializem-se plenamente, diante das várias pressões sofridas pelo

estado, este passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como

sujeito de direitos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, O

Estatuto da Criança e do Adolescente, nos anos de 1990, a LDB Nº 9394/96, além

de textos curriculares que tratam da especificidade da infância. (KRAMER, 2006).

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao

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analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da

inteligência e das características essencialmente humanas.

Os estudos de Vygotsky (2007) indicam que é importante analisar

criticamente o contexto social, a fim de compreender com que crianças se estão

trabalhando, quais suas necessidades e como possibilitar que todas as crianças se

apropriem dos conteúdos organizados no currículo escolar.

Isso significa, por exemplo, que, se vivemos numa sociedade letrada,

espera-se que todas as pessoas, na idade socialmente reconhecida como

adequada, tenham asseguradas as condições para se apropriar deste

conhecimento.

Políticas para a infância têm o papel de garantir que o conhecimento

produzido por todos se torne de todos. É importante fortalecer tradições e laços

culturais e históricos dos diversos grupos, mas graças ao conhecimento universal

poderemos escapar do isolamento, do estreitamento das relações, da perda de

humanidade. Políticas para a infância podem exercer importante papel ao

reconhecer as diferenças combatendo a desigualdade, ao garantir a posse do

conhecimento, questão central da distribuição do poder. O conhecimento universal e

a compreensão da história possibilitam superar a particularidade. Falar de

conhecimento é, pois, falar de cidadania.

Assim como a infância, a adolescência é também compreendida hoje como

uma categoria histórica, que recebe significações e significados que estão longe de

serem essencialistas. É como afirma Pitombeira (2005): a naturalização da

adolescência e sua homogeneização só podem ser analisadas à luz da própria

sociedade. Assim, as características “naturais” da adolescência somente podem ser

compreendidas quando inseridas na história que a geraram.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem

do latim adolescência, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra

derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência.

Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento

humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de

ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises,

que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a

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adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na

verdade, ela é bem mais do que isso. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico,

quando consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a

adolescência.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica,

da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou

de elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência

deve ser pensada como uma categoria que se constrói se exercita e se reconstrói

dentro de uma história e tempo específicos.

A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina 'ludus' que quer dizer

'jogo'.

O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de

liberdade e espontaneidade de ação. Seu objetivo é a vivência prazerosa de sua

atividade. Ele privilegia a criatividade, a inventividade e a imaginação, por sua

própria ligação com os fundamentos do prazer.

Reconhecer o lúdico é reconhecer a especificidade da infância: permitir que

as crianças sejam crianças e vivam como crianças; é ocupar-se do presente, porque

o futuro dele decorre; é esquecer o discurso que fala da criança e ouvirem as

crianças falarem por si mesmas.

O brinquedo é a atividade da criança, ele cria na criança uma nova forma de

desejos a um „eu‟ fictício, ao seu papel no jogo e nas regras. Através do brinquedo a

criança adquire o que futuramente tornar-se-á seu nível básico de ação real e

moralidade. (VYGOTSKY, 1984).

Reencontrar o lúdico, entender seu valor revolucionário, torna-se imperativo

se deseja preservar os valores humanos no homem. Através dele podemos resgatar

a criatividade, ousando experienciar o novo.

A atividade lúdica pode desenvolver o aprendizado da criança dentro da sala

de aula: o lúdico se apresenta como uma ferramenta de ensino para o desempenho

de desenvolvimento intelectual dos alunos.

A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades;

não deve ser vista apenas como diversão ou momento de prazer, mas momentos de

desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a

coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.

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Os professores podem trabalhar a prática com a teoria, desenvolvendo as

inteligências múltiplas e a participação efetiva dos alunos no processo pedagógico.

A ludicidade apresenta benefícios para o desenvolvimento da criança: a vontade da

criança em aprender cresce, seu interesse aumenta, pois desta maneira ela

realmente aprende o que lhe está sendo ensinado.

O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana,

trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão. (ALMEIDA, 2006).

KISHIMOTO (2001) em sua obra “Jogo, brinquedo, brincadeira e educação”

apresenta o uso do brinquedo e do jogo educativo com fins pedagógicos, nos

remetendo à relevância desse instrumento para situações de ensino aprendizagem e

de desenvolvimento infantil, trabalhando o cognitivo, afetivo, físico e social da

criança.

A ludicidade muda o comportamento infantil, buscando a autonomia da

criança e valorizando a afetividade que envolve o processo de aprender.

Brincando, as crianças aprendem a cooperar com os companheiros, a

obedecer as regras do jogo, a respeitar os direitos dos outros, a acatar a autoridade,

a assumir responsabilidade, a aceitar penalidades que lhe são impostas, a dar

oportunidades aos demais, enfim, a viver em sociedade. (ROJAS, 2006).

Os jogos pedagógicos têm que ser planejados pelo professor

cuidadosamente, para saber o objetivo da aula. O professor deve preparar seus

alunos para o momento especial a ser propiciado pelo jogo e explicar a razão pela

qual está adotando o jogo naquele momento da aula.

A ludicidade precisa ser trabalhada por todos os professores,

independentemente da disciplina que atuam.

É através do lúdico que conseguiremos reconhecer os problemas de cada

aluno, apresentando a eles um mundo real, misterioso e curioso para se aprender e

transformar. É preciso que as rotinas, a organização dos conteúdos e as atividades

abram espaço para que possamos, junto com as crianças, brincar e produzir cultura.

Segundo Vygotsky (1987), o brincar é uma atividade humana criadora, na

qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas

possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças.

A brincadeira não é algo já dado na vida do ser humano, ou seja, aprende-se

a brincar, desde cedo, nas relações que os sujeitos estabelecem com os outros e

com a cultura.

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O brincar não apenas requer muitas aprendizagens, mas constitui um

espaço de aprendizagem. (VYGOTSKY, 1987).

A brincadeira é um lugar de construção de culturas fundado nas interações

sociais entre as crianças. É também suporte da sociabilidade.

Brincar é uma experiência de cultura importante não apenas nos primeiros

anos da infância, mas durante todo o percurso de vida de qualquer ser humano,

portanto, também deve ser garantida em todos os anos do ensino fundamental e

etapas subsequentes da nossa formação.

O brincar é uma atividade humana significativa, por meio da qual os sujeitos

se compreendem como sujeitos culturais e humanos, membros de um grupo social.

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,

ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência dessas, ele produz conhecimentos. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não

materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani

(1992):

“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para

tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,

transforma- lá pelo trabalho”.

Considerando-se um ser social, o homem atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade.

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se

necessário compreendê-lo em suas relações inerentes à natureza humana. O

homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a

realidade, capaz de aprender e passa a vida toda exercendo essa capacidade, isso

justifica a necessidade da educação.

O trabalho pedagógico deve fundamentar-se no compromisso de que a

escola deve levar seus alunos para além do senso comum e chegar ao

conhecimento mais elaborado sobre a realidade. Isso é garantir o acesso ao

conhecimento, possibilitando a compreensão das contradições da sociedade

capitalista, seus processos de exclusão e exploração das relações de trabalho,

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instrumentalizando o sujeito para agir de forma consciente sobre sua prática social

no sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.

3. OBJETIVOS GERAIS

• Possibilitar o aprimoramento das competências para uso da escrita em

práticas sociais;

• Conceber a linguagem ressaltando suas perspectivas sociológicas

priorizando o fenômeno da interlocução,

• Buscar uma apropriação dialética entre polo do sistema e da atividade;

• Participar ativamente na construção do objeto de aprendizagem, tanto no

que se refere ao conhecimento sobre o sistema gráfico (alfabetização), quanto aos

usos sociais dessa modalidade linguística (letramento).

• Aprimorar a competência de leitor e produtor de textos, pelas praticas

frequentes de uso (ler e escrever gêneros textuais variados) e de reflexão sobre a

língua (análise linguística) Bakhtin (1988).

• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a

cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;

• Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o

aluno amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da

oralidade, da leitura e da escrita;

• Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando

ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,

apropriando-se, também, da norma padrão.

4. CONTEÚDOS

Este é o quadro de conteúdos básicos que a equipe disciplinar do

Departamento de Educação Básica (DEB) sistematizou a partir das discussões

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realizadas com todos os professores do Estado do Paraná nos eventos de formação

continuada ocorridos ao longo de 2007 e 2008 (DEB Itinerante).

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para

cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio,

considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas

diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direto

do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com

tais conteúdos é responsabilidade do professor.

Nesse quadro, os conteúdos básicos estão apresentados por série e devem

ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica

curricular das escolas.

Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser

suprimidos nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos

básicos na proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina

naquilo que a constitui como conhecimento especializado e sistematizado.

Esse quadro indica, também, como os conteúdos básicos se articulam com

os conteúdos estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-

metodológica devem receber e, finalmente, a que expectativas de aprendizagem

estão atrelados. Portanto, as Diretrizes Curriculares fundamentam essa

seriação/sequenciação de conteúdos básicos e sua leitura atenta e aprofundada é

imprescindível para a compreensão do quadro.

No plano de Trabalho docente, os conteúdos básicos terão abordagens

diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante.

Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre

considerando-se o aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino.

O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos

receberão abordagens contextualizadas histórica, social e politicamente, de modo

que façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e

econômicas, contribuindo com sua formação cidadã.

O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará a

expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular

construída nas discussões coletivas.

Page 262: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

262

ENSINO FUNDAMENTAL 6ºANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICA-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS

DISCURSIVOS

Para o trabalho das

práticas de leitura,

escrita, oralidade e

análise linguística serão

adotados como

conteúdos básicos os

gêneros discursivos

conforme suas esferas

sociais de circulação.

Caberá ao professor

fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes

esferas, de acordo com

o Projeto Político

Pedagógico, com a

Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou

seja, em conformidade

com as características

da escola e com o nível

de complexidade

adequado a cada uma

LEITURA

É importante que o professor:

•Propicie práticas de leitura de

textos de diferentes gêneros;

•Considere os conhecimentos

prévios dos alunos;

• Formule questionamentos

que possibilitem inferências

sobre o texto;

• Encaminhe discussões

sobre: tema, intenções,

intertextualidade;

• Contextualize a produção:

suporte/fonte, interlocutores,

finalidade, época;

• Utilize textos verbais

diversos que dialoguem com

não verbais como gráficos,

fotos, imagens, mapas, e

outros;

• Relacione o tema com o

contexto atual;

• Oportunize a socialização

das ideias dos alunos sobre o

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Identifique o tema;

• Realize leitura

compreensiva do texto;

• Localize informações

explícitas no texto;

• Posicione-se

argumentativamente;

• Amplie seu horizonte

de expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Identifique a ideia

principal do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse as ideias com

clareza;

• Elabore/reelabore

textos de acordo com

o encaminhamento do

professor, atendendo:

Page 263: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

263

das séries.

*Vide relação dos

gêneros ao final deste

documento.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e

indireto;

• Elementos

composicionais do

gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito),

figuras de linguagem.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

texto.

ESCRITA

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a

partir: da delimitação do tema,

do interlocutor, do gênero, da

finalidade;

• Estimule a ampliação de

leituras sobre o tema e o

gênero proposto;

• acompanhe a produção do

texto;

• Encaminhe a reescrita

textual: revisão dos

argumentos/das ideias, dos

elementos que compõem o

gênero (por exemplo: se for

uma narrativa de aventura

observar se há narrador,

quem são os personagens,

tempo, espaço, se o texto

remete a uma aventura, etc.);

• Analise se a produção

textual está coerente e coesa,

se há continuidade temática,

se atenda à finalidade, se a

linguagem está adequada ao

contexto;

• Conduza, na reescrita, a

uma reflexão dos elementos

−às situações de

produção propostas

gênero, interlocutor,

finalidade...); −à

continuidade temática;

• Diferencie o contexto

de uso da linguagem

formal e informal;

• Use recursos textuais

como coesão e

coerência,

informatividade, etc;

• Utilize adequadamente

recursos linguísticos

como pontuação, uso e

função do artigo,

pronome, numeral,

substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

•Utilize discurso de

acordo com a situação

de produção

(formal/ informal);

•Apresente suas ideias

com clareza, coerência e

argumentatividade;

•Compreenda

argumentos

no discurso do outro;

•Explane diferentes

Page 264: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

264

• Discurso direto e

indireto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

• Divisão do texto em

parágrafos;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito),

figuras de linguagem;

• Processo de formação

de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

•Concordância

verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e

interlocutor;

•Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos...;

• Adequação do discurso

discursivos, textuais,

estruturais normativos.

ORALIDADE

É importante que o professor:

• Organize apresentações de

textos produzidos pelos

alunos;

• Oriente sobre o contexto

social de uso do gênero oral

selecionado;

• Prepare apresentações que

explorem as marcas

linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e

informal;

• Estimule contação de

histórias de diferentes

gêneros, utilizando-se dos

recursos extralinguísticos,

como entonação, pausas,

expressão facial e outros;

• Selecione discursos de

outros para análise dos

recursos da oralidade, como

cenas de desenhos,

programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre

outros.

textos, utilizando

adequadamente

entonação, pausas,

gestos, etc;

•Respeite os turnos de

fala.

Page 265: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

265

ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição,

recursos semânticos.

ENSINO FUNDAMENTAL 7ºANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICA-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS

DISCURSIVOS

Para o trabalho das

práticas de leitura,

escrita, oralidade e

análise linguística serão

adotados como

conteúdos básicos os

gêneros discursivos

conforme suas esferas

sociais de circulação.

Caberá ao professor

fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes

LEITURA

É importante que o

professor:

• Propicie práticas de

leitura de textos de

diferentes gêneros,

ampliando também o

léxico;

•Considere os

conhecimentos prévios

dos alunos;

•Formule

questionamentos que

possibilitem inferências

sobre o texto;

LEITURA

Espera-se que o aluno:

• Realize leitura

compreensiva do texto;

• Localize informações

explícitas e implícitas no

texto;

• Posicione-se

argumentativamente;

• Amplie seu horizonte de

expectativas;

• Amplie seu léxico;

• Perceba o ambiente no

qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal

Page 266: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

266

esferas, de acordo com

o Projeto Político

Pedagógico, com a

Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou

seja, em conformidade

com as características

da escola e com o nível

de complexidade

adequado a cada uma

das séries.

*Vide relação dos

gêneros ao final deste

documento

LEITURA

•Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

• Informações explícitas

e implícitas;

• Discurso direto e

indireto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

• Repetição proposital

• Encaminhe discussões

sobre: tema e intenções;

•Contextualize a

produção: suporte/fonte,

interlocutores, finalidade,

época;

• Utilize textos verbais

diversos que dialoguem

com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens,

mapas, e outros;

• Relacione o tema com o

contexto atual, com as

diferentes possibilidades

de sentido (ambiguidade)

e com outros textos;

•Oportunize a

socialização das ideias

dos alunos sobre o texto.

ESCRITA

É importante que o

professor:

• Planeje a produção

textual a partir: da

delimitação do tema, do

interlocutor, do gênero, da

finalidade;

• Estimule a ampliação de

leituras sobre o tema e o

gênero propostos;

• Acompanhe a produção

do texto;

do texto;

• Analise as intenções do

autor;

• Identifique o tema;

• Deduza os sentidos das

palavras e/ou expressões a

partir do contexto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• Expresse suas ideias

com clareza;

•Elabore textos atendendo:

às situações de produção

propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...); à

continuidade temática;

• Diferencie o contexto de

uso da linguagem formal

e informal;

• Use recursos textuais

como coesão e coerência,

informatividade, etc;

• Utilize adequadamente

recursos linguísticos como

pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo,

etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• Utilize o discurso de

Page 267: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

267

de palavras;

• Léxico;

• Ambiguidade;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito),

figuras de inguagem.

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

•Discurso direto e

indireto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito),

figuras de linguagem;

• Processo de formação

de palavras;

• Encaminhe a reescrita

textual: revisão dos

argumentos/das ideias, do

elementos que compõem

o gênero (por exemplo: se

for uma narrativa de

enigma, observar se há o

narrador, quem são os

personagens, tempo,

espaço, se o texto remete

a um mistério, etc.);

• Analise se a produção

textual está coerente e

coesa, se há continuidade

temática, se atende à

finalidade, se a

linguagem está adequada

ao contexto.

• Conduza, na reescrita, a

uma reflexão dos

elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o

professor:

• Organize apresentações

de textos produzidos

pelos alunos;

• Proponha reflexões

sobre os argumentos

utilizados nas exposições

acordo com a situação

de produção (formal/

informal);

• Apresente suas ideias

com clareza;

• Expresse oralmente suas

deias de modo fluente e

adequado ao gênero

proposto;

• Compreenda os

argumentos no discurso

do outro;

• Exponha objetivamente

seus argumentos;

• Organize a sequência de

sua fala;

• Respeite os turnos de

fala;

• Analise os argumentos

dos colegas de classe

em suas apresentações

e/ou nos gêneros orais

trabalhados; participe

ativamente dos diálogos,

relatos, discussões, etc.

Page 268: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

268

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

•Concordância

verbal/nominal.

ORALIDADE

•Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e

interlocutor;

•Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc;

• Adequação do discurso

ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição;

• Semântica.

orais dos alunos;

• Oriente sobre o contexto

social de uso do gênero

oral selecionado;

• Prepare apresentações

que explorem as marcas

linguísticas típicas da

oralidade em seu uso

formal e informal;

• Estimule contação de

histórias de diferentes

gêneros, utilizando-se

dos recursos

extralinguísticos, como

entonação, pausas,

expressão facial e outros.

• Selecione discursos de

outros para análise dos

recursos da oralidade,

como cenas de desenhos,

programas infanto-

juvenis, entrevistas,

reportagem, entre outros.

ENSINO FUNDAMENTAL 8ºANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICA-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Page 269: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

269

GÊNEROS

DISCURSIVOS

Para o trabalho das

práticas de leitura,

escrita, oralidade e

análise linguística serão

adotados como

conteúdos básicos os

gêneros discursivos

conforme suas esferas

sociais de circulação.

Caberá ao professor

fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes

esferas, de acordo com

o Projeto Político

Pedagógico, com a

Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou

seja, em conformidade

com as características

da escola e com o nível

de complexidade

adequado a cada uma

das séries.

*Vide relação dos

gêneros ao final deste

documento.

LEITURA

LEITURA

É importante que o

professor:

•Propicie práticas de

leitura de textos de

diferentes gêneros;

•Considere os

conhecimentos prévios

dos alunos;

•Formule

questionamentos que

possibilitem inferências

sobre o texto;

•Encaminhe discussões

e

reflexões sobre: tema,

finalidade, intenções,

intertextualidade,

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade;

•Contextualize a

produção:

suporte/fonte,

interlocutores,

finalidade, época;

•Utilize textos verbais

diversos que dialoguem

com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens,

mapas, e outros;

LEITURA

Espera-se que o aluno:

•Realize leitura compreensiva

do texto;

• Localize de informações

explícitas e implícitas no

texto;

•Posicione-se

argumentativamente;

•Amplie seu horizonte

de expectativas;

•Amplie seu léxico;

•Perceba o ambiente no

qual circula o gênero;

• Identifique a ideia principal do

texto;

•Analise as intenções do

autor;

• Identifique o tema;

•Reconheça palavras

e/ou expressões que

denotem ironia e humor

no texto;

•Compreenda as

diferenças decorridas

do uso de palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo e denotativo;

• Identifique e reflita

sobre as vozes sociais

presentes no texto;

Page 270: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

270

Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do

texto;

• Argumentos do texto;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

•Vozes sociais

presentes no texto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

• Relação de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

• Semântica:

operadores

argumentativos;

ambiguidade; sentido

figurado; expressões

que denotam ironia e

humor no texto.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

•Relacione o tema com

o contexto atual;

•Oportunize a

socialização das ideias

dos alunos sobre o

texto;

• Instigue a identificação

e reflexão dos sentidos

de palavras e/ou

expressões figuradas,

bem como de

expressões que

denotam ironia e humor;

•Promova a percepção

de recursos utilizados

para determinar causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto.

ESCRITA

É importante que o

professor:

•Planeje a produção

textual a

partir: da delimitação do

tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade;

•Estimule a ampliação

de

leituras sobre o tema e o

gênero propostos;

•Acompanhe a produção

•Conheça e utilize os

recursos para determinar

causa e consequência

entre as partes e

elementos do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

•Expresse suas ideias

com clareza;

•Elabore textos

atendendo:

- às situações de produção

propostas (gênero,

interlocutor, finalidade...);

- à continuidade

temática;

•Diferencie o contexto

de uso da linguagem

formal e informal

•Utilize recursos textuais como

coesão e coerência,

informatividade, etc.;

•Utilize adequadamente

recursos linguísticos como

pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo,

adjetivo, advérbio, etc;

•Empregue palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo;

•Entenda o papel sintático

e estilístico dos pronomes na

Page 271: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

271

• Interlocutor;

• Intencionalidade do

texto;

• Informatividade;

• Contexto de produção;

• Intertextualidade;

•Vozes sociais

presentes no texto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

• Relação de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

• Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos como aspas,

travessão, negrito;

• Concordância verbal e

nominal;

• Papel sintático e

estilístico dos pronomes

na organização,

retomadas e

sequenciação do texto;

• Semântica:

-operadores

argumentativos;

- ambiguidade;

do

texto;

•Analise se a produção

textual está coerente e

coesa, se há

continuidade temática,

se atende

à finalidade, se a

linguagem está

adequada ao contexto;

•Estimule o uso de

figuras de

linguagem no texto;

• Incentive a utilização

de recursos de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Proporcione o

entendimento do papel

sintático e estilístico dos

pronomes na

organização, retomadas

e sequenciação do

texto;

•Encaminhe a reescrita

textual: revisão dos

argumentos/das ideias,

dos elementos que

compõem o gênero (por

exemplo: se for uma

notícia, observar se o

fato relatado é relevante,

organização, retomadas e

sequenciação do texto;

•Perceba a pertinência e use

os elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos, bem como os

recursos de causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

•Utilize o discurso de acordo

com a situação de produção

(formal/ informal);

•Apresente ideias com clareza;

•Obtenha fluência na

exposição oral, em adequação

ao gênero

proposto;

•Compreenda os argumentos

no discurso do outro;

•Exponha objetivamente seus

argumentos;

•Organize a sequência da fala;

•Respeite os turnos de fala;

•Analise os argumentos dos

colegas em suas

apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados;

•Participe ativamente de

diálogos, relatos, discussões,

etc.;

Page 272: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

272

- significado das

palavras;

- sentido figurado;

- expressões que

denotam ironia e humor

no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e

interlocutor;

•Elementos

extralinguísticos:

entonação, expressões

facial, corporal e

gestual, pausas ...;

• Adequação do discurso

ao gênero;

•Turnos de fala;

• Variações linguísticas

(lexicais, semânticas,

prosódicas, entre

outras);

• Marcas linguísticas:

coesão,

coerência, gírias,

repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao

contexto (uso de

conectivos, gírias,

se apresenta dados

coerentes, se a

linguagem é própria do

suporte (ex. jornal), se

traz

vozes de autoridade,

etc.).

•Conduza, na reescrita,

a uma reflexão dos

elementos discursivos,

textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

É importante que o

professor:

•Organize

apresentações de textos

produzidos pelos alunos

levando em

consideração a:

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade e

finalidade do texto;

•Proponha reflexões

sobre os argumentos

utilizados nas

exposições orais dos

alunos, e sobre a

utilização dos recursos

de causa e

•Utilize conscientemente

expressões faciais corporais e

gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre

outros elementos

extralinguísticos.

Analise recursos da oralidade

em cenas de desenhos,

programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre

outros.

Page 273: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

273

repetições, etc);

•Diferenças e

semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Oriente sobre o

contexto social de uso

do gênero oral

selecionado;

•Prepare apresentações

que explorem as marcas

linguísticas típicas da

oralidade em seu uso

formal e informal;

•Estimule contação de

histórias de diferentes

gêneros, utilizando-se

dos recursos

extralinguísticos, como

entonação, expressões

facial, corporal e

gestual, pausas e

outros;

•Propicie análise e

comparação dos

recursos veiculados em

diferentes fontes como

jornais, emissoras de

TV, emissoras de rádio,

etc., a fim de perceber a

ideologia dos discursos

dessas esferas;

•Selecione discursos de

outros para análise dos

recursos da oralidade,

Page 274: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

274

como cenas de

desenhos, programas

infanto-juvenis,

entrevistas, reportagens,

entre outros.

ENSINO FUNDAMENTAL 9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

GÊNEROS

DISCURSIVOS

Para o trabalho das

práticas de leitura,

escrita, oralidade e

análise linguística serão

adotados como

conteúdos básicos os

gêneros discursivos

conforme suas esferas

sociais de circulação.

Caberá ao professor

fazer a seleção de

gêneros, nas diferentes

esferas, de acordo com

o Projeto Político

Pedagógico, com a

METODOLÓGICA

LEITURA

É importante que o

professor:

•Propicie práticas de

leitura de textos de

diferentes gêneros;

•Considere os

conhecimentos

prévios dos alunos;

•Formule

questionamentos que

possibilitem inferências

sobre o texto;

•Encaminhe discussões

e reflexões sobre: tema,

finalidade, intenções,

LEITURA

Espera-se que o aluno:

•Realize leitura

compreensiva do texto e

das partículas conectivas;

• Localize informações

explícitas e implícitas no

texto;

•Posicione-se

argumentativamente;

•Amplie seu horizonte

de expectativas;

•Amplie seu léxico;

•Perceba o ambiente no

qual circula o gênero;

• Identifique a ideia

principal do texto;

Page 275: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

275

Proposta Pedagógica

Curricular, com o Plano

Trabalho Docente, ou

seja, em conformidade

com as características

da escola e com o nível

de complexidade

adequado a cada uma

das séries.

*Vide relação dos

gêneros ao final deste

documento.

LEITURA

•Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do

texto;

•Argumentos do texto;

•Contexto de produção;

• Intertextualidade;

•Discurso ideológico

presente no texto;;

•Vozes sociais

presentes no texto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

•Relação de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

intertextualidade,

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade,

temporalidade, vozes

sociais e ideologia ;

•Proporcione análises

para estabelecer a

referência textual;

•Contextualize a

produção: suporte/fonte,

interlocutores,

finalidade, época;

•Utilize textos verbais

diversos que dialoguem

com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens,

mapas e outros;

•Relacione o tema com

o contexto atual;

•Oportunize a

socialização das ideias

dos alunos sobre o

texto;

•Instigue o

entendimento/

reflexão das palavras

em sentido figurado;

•Estimule leituras que

suscitem no

reconhecimento do

estilo, que é próprio de

cada gênero;

•Analise as intenções do

autor;

• Identifique o tema;

•Deduza os sentidos de

palavras e/ou expressões

a partir do contexto;

•Compreenda as

diferenças decorridas

do uso de palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo e denotativo;

•Conheça e utilize os

recursos para determinar

causa e consequência

entre as partes e

elementos do texto;

•Reconheça palavras

e/ou expressões que

estabelecem a progressão

referencial;

•Reconheça o estilo,

próprio de diferentes

gêneros.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

•Expresse ideias com

clareza;

•Elabore textos

atendendo: às situações de

produção propostas

gênero, interlocutor,

finalidade...); à continuidade

Page 276: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

276

•Partículas conectivas

do texto;

•Progressão referencial

no texto;

•Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das

classes gramaticais no

texto, pontuação,

recursos gráficos como

aspas, travessão,

negrito;

•Semântica:

•operadores

argumentativos;

- polissemia;

- expressões que

denotam ironia e humor

no texto.

ESCRITA

•Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Intencionalidade do

texto;

• Informatividade;

•Contexto de produção;

• Intertextualidade;

•Vozes sociais

presentes no texto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

• Incentive a percepção

dos recursos utilizados

para determinar causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Conduza leituras para a

compreensão das

partículas conectivas.

ESCRITA

É importante que o

professor:

•Planeje a produção

textual a partir: da

delimitação

tema, do interlocutor,

finalidade, intenções,

intertextualidade,

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade,

temporalidade e

ideologia;

•Proporcione o uso

adequado de palavras e

expressões para

estabelecer a referência

textual;

•Estimule a ampliação

de leituras sobre o tema

e o gênero proposto;

•Acompanhe a produção

temática;

•Diferencie o contexto de uso

da linguagem formal e

informal;

•Use recursos textuais

como coesão e coerência,

informatividade,

intertextualidade, etc;

•Utilize adequadamente

recursos linguísticos como

pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo,

adjetivo, advérbio, verbo,

preposição, conjunção, etc.;

•Empregue palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo;

•Perceba a pertinência e use

os elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos, bem como os

recursos de causa e

consequência entre as partes e

elementos do texto;

•Reconheça palavras e/ou

expressões que estabelecem a

progressão referencial.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

•Utilize o discurso de acordo

com a situação de produção

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277

•Relação de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Partículas conectivas

do texto;

•Progressão referencial

no texto;

•Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

pontuação, recursos

gráficos como aspas,

travessão, negrito, etc.;

•Sintaxe de

concordância;

•Sintaxe de regência;

•Processo de formação

de palavras;

•Vícios de linguagem;

•Semântica:

- operadores

argumentativos;

- modalizadores;

- polissemia.

ORALIDADE

•Conteúdo temático;

• Finalidade;

•Argumentos;

•Papel do locutor e

interlocutor;

do texto;

•Analise se a produção

textual está coerente e

coesa, se há

continuidade temática,

se atende à finalidade,

se a linguagem está

adequada ao contexto;

•Estimule o uso de

palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo e denotativo,

bem como de

expressões que

denotam ironia e

humor; figuras de

linguagem no texto;

• Incentive a utilização

de recursos de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Conduza a utilização

adequada das partículas

conectivas;

•Encaminhe a reescrita

textual: revisão dos

argumentos/das ideias,

dos elementos que

compõem

o gênero (por exemplo:

se for uma crônica,

verificar se a temática

(formal/ informal);

•Apresente ideias com clareza;

•Obtenha fluência na

exposição oral, em adequação

ao gênero proposto;

•Compreenda argumentos no

discurso do outro;

•Exponha objetivamente

argumentos;

•Organize a sequência da fala;

•Respeite os turnos de fala;

•Analise os argumentos

apresentados pelos colegas

em suas apresentações e/ou

nos gêneros orais trabalhados;

•Participe ativamente de

diálogos, relatos, discussões,

etc.;

•Utilize conscientemente

expressões faciais corporais e

gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre

outros elementos

extralinguísticos;

•Analise recursos da oralidade

em cenas de desenhos,

programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem entre

outros.

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278

•Elementos

extralinguísticos:

entonação, expressões

facial, corporal e

gestual, pausas ...;

•Adequação do discurso

ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas

(lexicais, semânticas,

prosódicas entre

outras);

•Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

gírias, repetição,

conectivos;

•Semântica;

•Adequação da fala

ao contexto (uso de

conectivos, gírias,

repetições, etc.);

•Diferenças e

semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

está relacionada ao

cotidiano, se há relações

estabelecidas entre os

personagens, o local, o

tempo em que a história

acontece, etc.);

•Conduza, na reescrita,

a uma reflexão dos

elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o

professor:

•Organize

apresentações de textos

produzidos pelos

alunos levando em

consideração a:

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade

finalidade do texto;

•Proponha reflexões

sobre os argumentos

utilizados nas

exposições orais dos

alunos, e sobre a

utilização dos recursos

de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

Page 279: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

279

texto;

•Oriente sobre o

contexto social de uso

do gênero oral

selecionado;

•Prepare apresentações

que explorem as marcas

linguísticas típicas da

oralidade em seu uso

formal e informal;

•Estimule contação de

histórias de diferentes

gêneros, utilizando-se

dos recursos

extralinguísticos, como

entonação, expressões

facial, corporal e

gestual, pausas e

outros;

•Selecione discursos de

outros para análise dos

recursos da oralidade,

como cenas de

desenhos, programas

infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem

entre outros.

LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

Page 280: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

280

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-

METODOLÓGICO

AVALIAÇÃO

GÊNEROS

DISCURSIVOS

Para o trabalho das

práticas de leitura,

escrita, oralidade

e análise linguística

serão adotados como

conteúdos

básicos os gêneros

discursivos conforme

suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao

professor fazer a

seleção de gêneros, nas

diferentes esferas, de

acordo com o Projeto

Político Pedagógico,

com a Proposta

Pedagógica Curricular,

com o Plano Trabalho

Docente, ou seja, em

conformidade com as

características da escola

e com o nível de

complexidade adequado

a cada uma das séries.

*Vide relação dos

gêneros ao final deste

LEITURA

É importante que o

professor:

•Propicie práticas de

leitura

de textos de diferentes

gêneros;

•Considere os

conhecimentos

prévios dos alunos;

• Formule

questionamentos

que possibilitem

inferências a

partir de pistas textuais;

•Encaminhe discussões

e reflexões sobre: tema,

finalidade, intenções,

intertextualidade,

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade,

temporalidade, vozes

sociais e ideologia;

•Contextualize a

produção:

suporte/fonte,

interlocutores,

finalidade, época;

LEITURA

Espera-se que o aluno:

•Efetue leitura

compreensiva, global,

crítica e analítica de

textos verbais e não-

verbais;

• Localize informações

explícitas e implícitas

no texto;

•Produza inferências

a partir de pistas

textuais;

•Posicione-se

argumentativamente;

•Amplie seu léxico;

•Perceba o ambiente

no qual circula o gênero;

• Identifique a ideia

principal do texto;

•Analise as intenções

do autor;

• Identifique o tema;

•Referente à obra

literária, amplie seu horizonte

de expectativas, perceba

os diferentes estilos

e estabeleça relações

entre obras de

Page 281: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

281

documento

LEITURA

•Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto ;

• Intencionalidade;

•Argumentos do texto;

•Contexto de produção;

• Intertextualidade;

•Vozes sociais

presentes no texto;

•Discurso ideológico

presente no texto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

•Contexto de produção

da obra literária;

•Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das

classes gramaticais no

texto, pontuação,

recursos gráficos como

aspas, travessão,

negrito;

•Progressão referencial;

•Partículas conectivas

do texto;

•Relação de causa e

consequência entre

partes e

referente à obra literária,

explore os estilos do

autor, da época, situe o

momento de produção

da obra e dialogue com

o momento atual, bem

como com outras áreas

do conhecimento;

•Utilize textos verbais

diversos que dialoguem

com não-verbais, como

gráficos, fotos, imagens,

mapas e outros;

•Relacione o tema com

o

contexto atual;

•Oportunize a

socialização

das ideias dos alunos

sobre o

texto;

• Instigue o

entendimento/

reflexão das palavras

em

sentido figurado;

•Estimule leituras que

suscitem o

reconhecimento do

estilo, que é próprio de

cada gênero;

• Incentive a percepção

dos recursos utilizados

diferentes épocas com

o contexto histórico

atual

•Deduza os sentidos

de palavras e/ou

expressões a partir do

contexto;

•Compreenda as diferenças

decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido

conotativo;

•Conheça e utilize

os recursos para

determinar causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Reconheça palavras

e/ou expressões

que estabelecem a

progressão referencial;

•Entenda o estilo,

que é próprio de cada

gênero.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

•Expresse ideias com clareza;

• Elabore textos

atendendo:

- às situações de produção

propostas

(gênero, interlocutor,

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282

elementos do texto;

•Semântica:

- operadores

argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem.

ESCRITA

•Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade;

• Informatividade;

•Contexto de produção;

• Intertextualidade;

•Referência textual;

•Vozes sociais

presentes no texto;

• Ideologia presente no

texto;

•Elementos

composicionais do

gênero;

•Progressão referencial;

•Relação de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Semântica:

- operadores

argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem;

para determinar causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Proporcione análises

para

estabelecer a

progressão

referencial do texto;

•Conduza leituras para a

compreensão das

partículas

conectivas.

ESCRITA

É importante que o

professor:

•Planeje a produção

textual a partir: da

delimitação do tema, do

interlocutor, intenções,

contexto de produção do

gênero;

•Proporcione o uso

adequado de palavras e

expressões para

estabelecer a referência

textual;

•Conduza a utilização

adequada dos

conectivos;

•Estimule a ampliação

de leituras sobre o tema

finalidade...);

- à continuidade temática;

•Diferencie o contexto de uso

da linguagem formal e

informal;

•Use recursos textuais como

coesão e coerência,

informatividade,

intertextualidade, etc.;

•Utilize adequadamente

recursos linguísticos como

pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo,

adjetivo advérbio, verbo,

preposição, conjunção,

etc.;

•Empregue palavras e/ou

expressões no

sentido conotativo;

•Perceba a pertinência e use

os elementos

discursivos, textuais,

estruturais e normativos;

•Reconheça palavras e/ou

expressões que

estabelecem a progressão

referencial;

•Entenda o estilo, que é próprio

de cada gênero.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

•Utilize seu discurso de acordo

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283

•Marcas linguísticas:

coesão, coerência,

função das classes

gramaticais no texto,

conectores, pontuação,

recursos gráficos

como aspas, travessão,

negrito, etc.;

•Vícios de linguagem;

•Sintaxe de

concordância;

•Sintaxe de regência.

ORALIDADE

•Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Intencionalidade;

•Argumentos;

•Papel do locutor e

interlocutor;

•Elementos

extralinguísticos:

entonação, expressões

facial, corporal e

gestual, pausas ...;

•Adequação do discurso

ao gênero;

•Turnos de fala;

•Variações linguísticas

(lexicais, semânticas,

prosódicas, entre

outras);

•Marcas linguísticas:

e o gênero proposto;

•Acompanhe a produção

do texto;

• Instigue o uso de

palavras e/ou

expressões no sentido

conotativo;

•Estimule produções que

suscitem o

reconhecimento

do estilo, que é próprio

de cada gênero;

• Incentive a utilização

de recursos de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

texto;

•Encaminhe a reescrita

textual: revisão dos

argumentos/das ideias,

dos elementos que

compõe o gênero (por

exemplo: se for um

artigo de opinião,

observar se há uma

questão problema, se

apresenta

defesa de argumentos,

se a linguagem está

apropriada,

se há continuidade

temática, etc.);

•Analise se a produção

com a situação de produção

(formal/ informal);

•Apresente ideias com clareza;

•Obtenha fluência na

exposição oral, em

adequação ao gênero

proposto;

•Compreenda os argumentos

do discurso do outro;

•Exponha objetivamente seus

argumentos e defenda

claramente suas ideias;

•Organize a sequência da fala

de modo que as informações

não se percam;

•Respeite os turnos de fala;

•Analise, contraponha, discuta

os argumentos apresentados

pelos colegas

em suas apresentações e/ou

nos gêneros

orais trabalhados;

•Contra-argumente ideias

formuladas pelos colegas em

discussões, debates, mesas

redondas, diálogos,

discussões, etc

•Utilize de forma intencional e

consciente

expressões faciais, corporais e

gestuais, pausas e entonação

nas exposições orais, entre

outros elementos

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284

coesão, coerência,

gírias repetição;

•Elementos semânticos

•Adequação da fala

ao contexto (uso de

conectivos, gírias,

repetições, etc.);

•Diferenças e

semelhanças entre o

discurso oral e o escrito.

textual está coerente e

coesa, se há

continuidade temática,

se atende à finalidade,

se a linguagem está

adequada ao contexto;

•Conduza, na reescrita,

a uma reflexão dos

elementos discursivos,

textuais, estruturais e

normativos.

ORALIDADE

É importante que o

professor:

•Organize

apresentações de textos

produzidos pelos

alunos levando em

consideração a:

aceitabilidade,

informatividade,

situacionalidade e

finalidade do texto;

•Proponha reflexões

sobre os argumentos

utilizados nas

exposições orais dos

alunos, e sobre a

utilização dos recursos

de causa e

consequência entre as

partes e elementos do

extralinguísticos.

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285

texto;

•Oriente sobre o

contexto social de uso

do gênero oral

selecionado;

•Prepare apresentações

que explorem as marcas

linguísticas típicas da

oralidade em seu uso

formal e informal;

•Estimule contação de

histórias de diferentes

gêneros, utilizando-se

dos recursos

extralinguísticos, como

entonação, expressões

facial, corporal e

gestual, pausas e

outros;

•Selecione discursos de

outros para análise dos

recursos da oralidade,

como seminários,

telejornais, entrevistas,

reportagens, entre

outros;

•Propicie análise e

comparação dos

recursos veiculados em

diferentes fontes como

jornais, emissoras de

TV, emissoras de rádio,

etc., a fim de perceber a

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286

ideologia dos discursos

dessas esferas.

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287

* TABELA DE GÊNEROS CONFORME AS ESFERAS DE COMUNICAÇÃO

ESFERAS SOCIAIS

DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANA

Adivinhas

Álbum de Família

Anedotas

Bilhetes

Cantigas de Roda

Carta Pessoal

Cartão

Cartão Postal

Causos

Comunicação

Convites

Curriculum Vitae

Diário

Exposição Oral

Fotos

Musicas

Parlendas

Piadas

Provérbios

Quadrinhas

Receitas

Relatos de Experiências Vividas

Trava-Línguas

LITERÁRIA /ARTÍSTICA

Autobiografia

Biografias

Contos

Contos de Fadas

Contos de Fada s

Contemporâneos

Crônicas de Ficção

Escultura

Fabulas

Fabulas Contemporâneas

Haicai

Historias em Quadrinhos

Lendas

Literatura de Cordel

Memórias

Cetras de Músicas

Narrativas de Aventura

Narrativas de Enigma

Narrativas de Ficção Cientifica

Narrativas de Humor

Narrativas de Terror

Narrativas Fantásticas

Narrativas Míticas

Paródia

Pinturas

Poemas

Romances

Tankas

Textos Dramatizados

CIENTIFICA Artigos

Conferência

Relato Histórico

Relatório

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288

Debate

Palestra

Pesquisas

Resumo

Verbetes

ESCOLAR

Ata

Cartazes

Debate Regrado

Dialogo/Discussão

Argumentativa

Exposição Oral

Júri Simulado

Mapas

Palestra

Pesquisas

Relato Histórico

Relatório

Relatos de Experiências

Resenha

Resumo

Seminário

Texto Argumentativo

Texto de Opinião

Verbetes de Enciclopédia

IMPRENSA

Agenda Cultural

Anuncio de Emprego

Artigo de Opinião

Caricatura

Carta ao Leitor

Carta do Leitor

Cartum

Charge

Classificados

Crônica Jornalística

Editorial

Entrevista (oral e escrita)

Fotos

Horóscopos

Infografo

Manchete

Mapas

Mesa redonda

Noticia

Reportagens

Resenha Critica

Sinopses de Filmes

Tiras

PUBLICITÁRIA

Anuncio

Caricatura

Cartazes

Comercial para TV

E-mail

Folder

Fotos

Slogan

Músicas

Outdoor

Paródia

Placas

Publicidade Comercial

Publicidade Industrial

Publicidade Oficial

Texto Político

Page 289: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

289

POLITICA

Abaixo-Assinado

Assembleia

Carta de Emprego

Carta de Reclamação

Carta de Solicitação

Debate

Debate Regrado

Discurso Político “de Palanque”

Fórum

Manifesto

Mesa Redonda

Panfletos

JURIDICA

Boletim de Ocorrência

Constituição Brasileira

Contrato

Declaração de Direitos

Depoimentos

Discurso de Acusação

Discurso de Defesa

Estatutos Leis

Oficio

Procuração

Regimentos

Regulamentos Requerimentos

PRODUÇÃO E

CONSUMO

Bulas

Manual Técnico

Placas

Regras de Jogo

Rótulos/Embalagens

MIDIÁTICA

Blog

Chat

Desenho Animado

E-mail

Entrevista

Filmes

Fotoblog

Home Page

Reality Show

Talk Show

Telejornal

Telenovelas

Torpedos

Vídeo Clip

Vídeo Conferência

(Fonte: adaptado de BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros dos

discursos: uma perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa).

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES:

É necessário o planejamento seja feito em conjunto pelos professores da

disciplina de Língua Portuguesa, considerando os encaminhamentos propostos e,

ainda, discussão de outras propostas de ações pedagógicas que envolvem os

alunos, o coletivo da Escola e, se possível, a comunidade, para um trabalho

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290

interdisciplinar a ser implementado ao longo do ano. A titulo de exemplo: uma

mostra científica, um festival de música, um sarau, uma exposição, uma feira de

livro, entre outras ações.

Ressalta-se a importância de propiciar a auto avaliação pelos professores,

no término do ano, a fim de que eles relatem como foi o processo pedagógico e

forneçam ao professor informações que possam orientar o trabalho na série

seguinte.

5 - METODOLOGIA

A seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um

processo histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa ser

considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa. Sendo

assim, as indicações que seguem precisam ser problematizadas a partir da

pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional da

educação.

Para trabalhar o tema História e Cultura Afro-brasileira e Africana o professor

irá utilizar leitura de textos e músicas sobre o tema para que o aluno perceba a

importância dessa cultura. E para o tema Enfrentamento à Violência contra a criança

e o adolescente, será trabalhado clips fazendo alerta e conscientizando os alunos a

denunciar sobre este problema tão grave.

5.1. ORALIDADE

A fala como conteúdo implica conhecimentos relativos às variedades

linguísticas e às diferentes construções da língua, inclusive quanto aos aspectos

argumentativos do discurso, precisam ser desenvolvidas em sala de aula atividades

que favoreçam o desenvolvimento das habilidades de falar e ouvir, como as

relacionadas a seguir:

Apresentação de temas variados: histórias de família, da comunidade, um

filme, um livro etc.;

Depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo próprio aluno

ou pessoas de seu convívio;

Uso do discurso oral para emitir opiniões, justificar ou defender opções

tomadas, colher e dar informações, fazer e dar entrevistas, apresentar resumos,

expor programações, dar avisos, fazer convites, etc.;

Page 291: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - CET RUI BARBOSA · houve a implantação gradativa a partir do ano letivo de 1989 do Curso de 2º Grau - Educação Geral como Colégio Estadual Papa

291

Confronto entre os mesmos níveis de registro de forma a constatar as

similaridades e diferenças entre as modalidades oral e escrita; relato de

acontecimentos, mantendo-se a unidade temática;

Debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que possibilitem o

desenvolvimento da argumentação;

Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações

para serem ouvidas, transcritas e analisadas, observando-se as pausas, hesitações,

truncamentos, comparação com outros textos, etc.

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e apontam

diferentes caminhos. Considerando-se a língua em sua perspectiva histórica e

social, esse trabalho precisa pautar-se em situações reais de uso da fala,

valorizando-se a produção de discursos nos quais o aluno realmente se constitua

como sujeito no processo interativo.

Não deve-se tomar as variedades lingüísticas como pretexto para

discriminação social dos sujeitos, mas promover o diálogo entre os diferentes

falares, ressaltando a necessidade de sua seleção e adequação às circunstancias

do processo de interlocução. Isso não significa uma valorização excessiva das

variedades em detrimento da norma padrão, ao contrario, a sala de aula deve ser o

espaço de apropriação deste conhecimento, pois, para a grande maioria dos alunos,

é o único lugar que lhes possibilita contato com a norma padrão.

É partindo, pois, dessa realidade que o professor deve planejar e

desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno não

só conhecer e usar também a outra variedade lingüística, a padrão, como também

entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. Como afirma

Soares (1991), é função da Escola e do professor trabalhar com o bidialetalismo,

preparando o aluno para o emprego da língua padrão, mas sabendo que, em

situações informais, ele continuará utilizando o dialeto que lhe é peculiar.

O saber ouvir, escutar com atenção e respeito os mais diferentes tipos de

interlocutores é fundamental. Se não houver ouvinte, a interação não acontece.

Logo, é preciso desenvolver a sensibilidade de saber ouvir o outro, o que favorece,

inclusive, a convivência social.

5.2. LEITURA

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Entende-se a leitura como um processo de produção de sentido que se dá a

partir de interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o

leitor.

A leitura é co-produtora de sentidos. O leitor, nesse contexto, ganha o

mesmo estatuto do autor e do texto.

A leitura, assim, compreende o contato do aluno com uma ampla variedade

de textos – discursos produzidos numa igualmente ampla variedade de práticas

sociais: o desenvolvimento de uma atitude critica de leitura, que leve o aluno a

perceber o sujeito presente nos textos; o desenvolvimento de uma atitude

responsiva diante dos textos. O ato de ler é identificado com o de familiarizar-se com

diferentes textos produzidos em diferentes praticas sociais – noticias, crônicas,

piadas, poemas, artigos científicos, ensaios, reportagens, propagandas,

informações, charges, romances, contos, etc. -, percebendo em cada texto a

presença de um sujeito histórico, de uma intenção.

O que não pode ocorrer é que a leitura seja feita somente a partir dos livros

didáticos. O professor pode propor uma infinidade de textos, porém, a fim de

desenvolver a subjetividade do aluno, deve considerar, também, a preferência e a

opinião dele ao selecioná-los.

Algumas estratégias podem favorecer, na Escola, o envolvimento com a

leitura, como: cercar os alunos de livros que possam ser folheados, selecionados e

levados para casa; proporcionar um ambiente iluminado e atrativo; organizar

exposições de livros; ler trechos de obras e expô-los em cartazes; produzir com os

alunos, um quadro de avisos dobre o prazer de ler, ilustrado com seus temas

preferidos; leitura oral, desde poemas até histórias prediletas; o professor pode

comentar com os alunos o que está lendo e vice-versa; trazer convidados para ler e

comentar sua história de leitura com a classe; produzir coletivamente peças de

teatro e dramatizações sobre textos lidos; discutir antes da leitura o titulo e as

ilustrações da história; encontrar musicas apropriadas para o memento da leitura;

criar momentos em que alunos exponham suas idéias, opiniões e experiências de

leitura; não vincular a leitura a questionários, trabalhos puramente escritos e

cansativos; organizar um clube do livro para que os alunos se reúnam para a

realização de leitura extraclasse; escolher o autor do mês ou do bimestre e trabalhar

a leitura de suas obras.

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A Escola, no processo de leitura, não pode deixar de lado as linguagens não

verbais – a leitura das imagens (fotos, outdoors, propagandas, imagens digitais e

virtuais, figuras) que povoam, com intensidade crescente, nosso universo cotidiano –

precisa contemplar o multiletramento como suporte e condição para todo o

conhecimento.

Neste ponto, destaca-se que a perspectiva do multiletramento demanda uma

atenção maior do professor no que diz respeito aos textos midiáticos aos quais, via

emissões televisivas, radiofônicas, virtuais, os alunos têm um maior acesso que aos

textos selecionados no próprio ambiente escolar. Essa demanda tem sido

respondida pelos professores com posições que vão da negação do texto midiático à

sua aceitação sem critério ou sem a necessária critica. Sabe-se das pressões

uniformizadas, normalmente voltadas para o consumo ou para a não-reflexão sobre

os problemas estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias ao articularem seus

textos. Essa pressão deve ser desvelada com atividades de leitura critica que

possibilitem ao estudante a análise dos recursos empregados pelos textos

midiáticos.

As categorias como quem fala e o lugar de onde se fala, tomadas nas

teorizações de Bakhin, podem ajudar no desenvolvimento dos sentidos destes textos

e das relações de poder a eles inerentes.

As atividades de leitura devem considerar a formação do leitor e isso implica

não só considerar diferentes leituras de mundo,, diferentes experiências de vida e,

consequentemente diferentes leituras, mas também o dialogo dos estudantes com o

texto (e não sobre o texto, dirigido pelo professor).

Além dos literários, pode-se contemplar também os textos de imprensa,

dentre os quais destacam-se: noticias, editoriais, artigos, reportagens, cartas de

leitores, entrevistas. Como exemplos de textos lúdicos têm-se os trava-línguas,

quadrinhas, adivinhas, parlendas e piadas. Verbetes enciclopédicos, relatórios de

experiências, artigos e textos didáticos estão entre os textos de divulgação cientifica

que precisam, também, ser trabalhados no Ensino Fundamental, assim como os

textos de publicidade (propagandas, classificados), dentre tantos.

5.3. ESCRITA

O trabalho com a escrita apresenta algumas dificuldades devido à

complexidade de articulação com o conceito de língua. Sendo assim, ao ligar ao

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texto à gramática tradicional corre-se o risco de empobrecê-lo. A escrita deve ser

pensada e trabalhada em uma perspectiva discursiva que aborda o texto como

unidade potencializada de sentidos, através da pratica textual. Prática esta não

ligada apenas à norma padrão, pois a assimilação da escrita em que não há

reducionismo linguístico, autoritarismo e a desconsideração pela linguagem do aluno

tende a ser mais eficiente.

O aluno precisa antes de tudo compreender os mecanismos de

funcionamento de um texto, que são diversos da oralidade. E depois de internalizar

essas diferenças, pode amadurecer na produção de textos cuja intenção é provocar

uma ação no mundo.

LAJOLO (1982, p.60) defende que “as atividades que visem à produção de

texto sejam (também) fundadas numa concepção que privilegie não o texto redigido,

mas o ato de redigir”. Escrita é, antes de tudo, ação, experiência.

A ação com a língua escrita deve valorizar a experiência lingüística do

estudante em situações especificas, e não a língua ideal. A norma real, aquela

usada socialmente, mesmo se tratando da norma padrão ou da norma culta,

aprende-se lendo e escrevendo e não a partir de conceitos. É nas experiências

concretas de produção de textos que o estudante vai aumentando seu universo

referencial e aprimorando sua competência de escrita. É analisando seu texto

segundo as intenções e as condições de sua produção que ele vai adquirindo a

necessária autonomia para avaliar seus próprios textos e o universo de textos que o

cercam. É na experiência com a escrita que o aluno vai aprender as exigências

dessa manifestação linguística, o sistema de organização próprio da escrita,

diferente da oralidade, da organização da fala.

Pensar a prática da escrita é ter em mento que tanto o professor quanto o

aluno necessitam, primeiramente, planejar o que será produzido; em seguida

escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada e, finalmente, revisar,

reestruturar e reescrever esse texto. Havendo necessidade, tais atividades devem

ser retomadas, analisadas e avaliadas durante todo processo de ensino e de

aprendizagem. É bom lembrar que estas etapas são interdependentes e Inter

complementares.

Por meio deste processo, em que o aluno cria o hábito de planejar, escrever,

revisar e reescrever seus textos, ele perceberá que a reformulação da escrita não é

motivo para constrangimento, não caracteriza que o texto ficou “errado” e, sim que é

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possível produzir textos que refletem seus pontos de vista, suas fantasias e sua

criatividade, através da troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação

por outro, do acréscimo ou da exclusão de uma idéia etc.

A reescrita deve valorizar, antes de tudo, o esforço daquele que escreve,

desconfia, rasga e reescreve tantas vezes quantas julgar necessárias, até que o

texto lhe pareça bom para atender à intenção e claro para o outro que o lerá. O

refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às

exigências circunstancias de sua produção e, em função disso, deve ser pensada.

Também vale lembrar que, quando há uma proposta de produção escrita, e

necessário saber quem será o leitor desse texto, quem será o seu destinatário.

Produzir textos argumentativos, descritivos, de noticia, narrativos, cartas ou

memorando, poemas, abaixo assinados, crônicas ou textos de humor, informativos

ou literários, quaisquer que possam ser os gêneros, deve sempre constituir resposta

a uma intenção e uma situação, para que o estudante posicione-se como sujeito

daquele texto, daquele discurso, naquela determinada circunstancia, naquela esfera

de atuação, e para que ele perceba seu texto como ele de interação, também pleno

de expectativa de atitudes responsivas ativas por parte de seu possíveis leitores.

Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção

acontece (quem escreve, o que, para quem, para que, porque, quando, onde e

como se escreve) é que determinam o texto. Além disso, cada gênero textual tem

suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo do texto variam conforme

se produza uma história, um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião,

ou um tipo de texto. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula

como experiências reais de uso e não a partir de conceitos e definições de

diferentes modelos de textos.

É importante garantir a socialização da produção textual, seja afixado no

mural da Escola os textos de alguns alunos (neste caso, convém fazer um rodízio,

para que todos os alunos tenham seus textos no mural), seja reunindo os diversos

textos em uma coletânea, ou publicando-os no jornal da Escola, por exemplo. Dessa

forma, além de se recuperar o caráter interlocutivo da linguagem, garante-se a

constituição dos autores dos diferentes textos e dos seus possíveis leitores em

sujeitos do fazer linguísticos.

Quanto aos gêneros previstos para a prática da produção de texto, podem

ser trabalhados, dentre outros, relatos (histórias de vida); bilhetes, cartas, cartazes,

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avisos (textos pragmáticos); poemas, contos e crônicas (textos literários); notícias,

editoriais, cartas de leitor e entrevistas (texto de imprensa); relatórios, resumos de

artigo e verbetes de enciclopédia (texto de divulgação cientifica). Assim, essa pratica

orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a prática

da leitura.

5.4. ANÁLISE LINGUISTICA

A análise linguística (aqui inclui-se, também, o trabalho gramatical) deve

estar presente no ensino de Línguas como ferramenta que perpasse as atividade de

leitura, oralidade e escrita.

É necessário explicar a noção de erro. Enquanto a gramática normativa

toma como erro qualquer transgressão a suas regras, as outras o relativizam.

O erro estaria menos relacionado à transgressão que à adequabilidade e

aceitabilidade dentro de uma variante linguística (BAGNO, 2003). Dessa forma,

quanto mais variado dor o contato do aluno com diferentes tipos e gêneros textuais,

mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso padrão. Vale

lembrar que um texto se faz a partir de elementos como organização, unidade,

coerência, coesão, clareza, dentre outros.

A questão não é se o professor pode ou não trabalhar a gramática normativa

com seus alunos, mas, em que medida ela dá conta da complexidade do texto, uma

vez que se restringe aos limites da oração. Considerando a interlocução como ponto

de partida para todo o trabalho com o texto, os conteúdos gramaticais devem ser

estudados a partir de seus aspectos funcionais na gramática normativa, mas

também outras, como a descritiva e a internalizada no processo de ensino da Língua

Portuguesa.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos

alunos a reflexão sobre seu próprio texto – tais como atividades de revisão, de

reestruturação ou refacção do texto, de análise coletiva de um texto selecionado e

sobre outros textos, de diversos gêneros, que circulam no contexto escolar e extra-

escolar. O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao

professor a exploração das categorias gramaticais, conforme cada texto em análise.

Mas ele não deve perder de vista que, nesse estudo, o que vale não é a categoria

em si: é a função que ela desempenha para os sentidos do texto. Como afirma

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Antunes, “mesmo quando se está fazendo a análise linguística de categorias

gramaticais, o objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).

O aluno precisa ampliar suas capacidades discursivas em atividades de uso

da língua, a partir das quais o professor vai explorar os aspectos textuais e as

exigências específicas de adequação da linguagem (por exemplo: operadores

argumentativos, aspectos de coerência, coesão, situcionalidade, intertexstualidade,

informatividade, referenciação, concordância, regência, formalidade/informalidade,

entre outros).

Também vale lembrar que a prática de análise linguística constitui-se num

trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito, um trabalho no qual o

aluno perceba o texto como um resultado de opções temáticas e estruturais feitas

pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser

pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser

o objeto de ensino. Com isso, o trabalho com a gramática passa a ser visto sob

outra perspectiva: não são os exercícios tradicionais de gramática, como reconhecer

substantivos, adjetivos, aumentativos, lista de conjunções, que interessam; mas a

compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado, como os

elementos gramaticais na sua função real no interior do texto, ligam palavras, frases,

parágrafos, retomando ou avançando ideias defendidas pelo autor. Pretende-se que

o aluno tenha noção de unidade temática e da unidade estrutural, entendendo como

um mesmo assunto é organizado e como as ideias e as partes do texto são

costuradas, garantindo a interação com o leitor.

O aluno, assim, poderá reconhecer a gramática não como um aglomerado

de inadequações explicativas sobre os fatos da língua, mas como um documento de

consulta para muitas das duvidas que temos sobre como agir em relação aos

padrões normativos exigidos pela escrita (CASTRO; FARACO, 1999)

LITERATURA

Na Educação Básica torna-se relevante que as aulas de literatura não sejam

meramente a escolha de uma prática utilitária de leitura ou que o texto literário sirva

como pretexto para outras questões de ensino, que não a literatura como instituição

autônoma, autoreferencial.

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A literatura, como produção humana, está intrinsicamente ligada à vida

social, assim compreende-se que ela é criada dentro de um contesto; numa

determinada língua, dentro de um determinado país e numa determinada época,

onde se pensa de ima certa maneira; portanto, ela carrega em si as marcas desse

contexto (SILVA, 2003, p. 123).

Vele lembrar que a obra literária não está ancorada, fixa no contexto original

de sua produção, a relação dialógica entre leitor, texto e autor, de diferentes épocas,

acaba por atualizá-la, o que revela “um sintoma de que está viva”, destaca

Zilberman (1989, p. 33).

Não raro, o livro didático, as fichas de leitura, as propostas de trabalho (via

encarte anãs obras de literatura) apresentam propostas que escolarizam o texto

literário e que privilegiam questões alheias à especificidade desse gênero ou lhe

conferem um tratamento meramente formal. Com isso, há um esvaziamento da

complexidade da obra literária, seja no aspecto das diversas vozes presentes no

texto da temática ou da própria forma.

É fundamental que o professor tenha claro o que pretende com o ensino da

literatura, qual a concepção de literatura que quer privilegiar e que tipo de leitor quer

formar.

Há muitas teorias que discutem sobre a necessidade de formar um leitor

critico e os currículos de ensino confirmam esse objetivo. Mais que isso, porém,

espera-se formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com

condições de reconhecer nas aulas de literatura um envolvimento de subjetividades

que se expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio de uma interação que está

presente no ato de ler. De fato, trata-se da relação entre o leitor e a obra e nela a

representação de mundo do autor que se confronta com a representação de mundo

do leitor, no ato ano mesmo tempo solitário e dialógico da leitura. Com isso, pode-se

dizer que a obra também constitui-se no momento da recepção. Aquele que lê

amplia seu universo, mas amplia também o universo da obra a partir de sua

experiência cultural.

É desafio do professor, portanto, compartilhar a experiência da interação

entre a obra e o leitor, como sujeito ativo capaz de refletir sobre o que leu, emitir

juízos, e principalmente, ampliar seus horizontes de expectativas em relação à obra

lida. Assim concebida a leitura da obra literária, propõe-se que se pense o ensino da

literatura a partir dos pressupostos teóricos da Estética da Recepção.

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Ao valorizar a leitura e a fruição, sem perder de vista a dimensão histórica da

obra, a Estética da Recepção questiona as concepções de caráter mais imanente,

ou seja, as quais que se pautam apenas no plano formal, desconsiderando o viés

contextual. Por outro lado, essa linha de abordagem do texto literário não fica cativa

de uma perspectiva exclusivamente historicista ou sociológica, o que seria conceber

a literatura como um simples reflexo da realidade.

A ideia central da Estética da Recepção é a de que nenhuma obra, por mais

canônica que seja, possa ficar incólume às determinações históricas, às condições

de recepção a que é exposta com o passar do tempo. Toda obra, desse modo, está

sujeita ao horizonte de expectativas de um publico. Portanto, a obra é valorizada

tendo em vista o modo como é recebida pelos leitores das diferentes épocas em que

é fruída. Dessa maneira, supera-se a ideia de que uma obra esteja vinculada apenas

ao seu contexto original.

Feitas essas considerações, é importante pensar em que sentido a Estética

da Recepção pode servir como suporte teórico para construir uma reflexão válida no

que concerne à literatura.

Levando em conta o importante papel do leitor e a sua formação, torna-se

imprescindível pensar estratégias que sirvam para despertar o interesse pela leitura

entre as crianças e os adolescentes.

Sugere-se que o professor privilegie, num primeiro momento, a leitura-

fruição do texto literário como meio de desenvolver o gosto e o hábito pela leitura e,

na medida que o aluno amplie seu repertório de conhecimento de obras, o professor

lhes incentive a capacidade critica sobre as leituras feitas a partir da socialização

destas em sala de aula.

Os pressupostos teóricos e metodológicos da Estética da Recepção

embasam o trabalho com a Literatura tanto no Ensino Fundamental quanto no

Médio. No Fundamental, tem-se como objetivo a formação de um leitor maduro,

critico, nesse sentido, as estratégias pautadas Estética da Recepção

Consideram que a leitura possui um horizonte limitado de leitura, mas que

pode ampliar-se continuamente, alargando suas fronteiras. Esses limites advém de

seu circulo social e das diversas vozes que o compõem (discurso religioso, filosófico,

cientifico, jurídico, estético, etc.).

Quanto mais distante o texto for do universo do leitor, mais modificará e

ampliará seu horizonte de expectativas.

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6. AVALIAÇÃO

Esta proposta entende a avaliação como parte integrante do processo

educativo e como tal ela deve ser continua e priorizar a qualidade e o processo de

aprendizagem sendo, portanto, formativa. Para avaliar, nesta perspectiva, o

professor utiliza a observação diária e instrumentos variados, selecionados de

acordo com cada conteúdo e/ou objetivo e a ênfase deve ser na aprendizagem e

não na nota. Considera-se que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e por a avaliação ser contínua e diagnóstica aponta as

dificuldades possibilitando assim, que a intervenção pedagógica aconteça o todo o

tempo.

Diante dessas considerações sobre a avaliação como um todo e

reconhecendo a função interativa, dialógica e discursiva da linguagem, a avaliação

precisa dar ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando

para se apropriar, efetivamente, das atividades verbais da fala, da leitura e da

escrita.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada considerando a participação do

aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor seus

pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso/texto

aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura, o professor pode propor aos alunos questões abertas,

discussões, debates, construção de sentido individual e coletivo, compreensões,

análises e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles

empregaram no decorrer da leitura, na compreensão do texto lido e no seu

posicionamento diante do tema, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a

partir do texto.

Em relação à escrita, é preciso haver clareza na resposta de produção

textual; os paramentos em relação ao que vai se avaliar devem estar bem definidos

para o professor e para o aluno. Na produção textual, os critérios de avaliação

tomam como base as condições de produção.

A avaliação, portanto, deve ser ampla e aberta, lenta e cuidadosa, refletindo

sobre o seu papel antes e depois, profunda e contínua para verificar o avanço na

aprendizagem.

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7. REFEÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola

Editorial, 2003.

ANTUNES, Irandé. Muito além da gramática: por um ensino línguas sem pedras no

caminho. São Paulo, Parábola Editorial, 2007.

FARACO, Carlos Alberto & TEZZA, Cristóvão. Práticas de texto: língua portuguesa

para estudantes universitários. Petrópolis, RJ: Vozes, 1992

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma

perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em

Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontificia Universidade Católica de São

Paulo, São Paulo, 2001.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. De Michel

Lahud e Yara Frayeschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – Língua Portuguesa, 2008.

BRASILÂNDIA DO SUL. Colégio Estadual Rui Barbosa – EFM. Regimento Escolar,

2008.

BRASILÂNDIA DO SUL. Colégio Estadual Rui Barbosa - EFM. Projeto Político

Pedagógico, 2012.

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL

2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

As discussões entre educadores matemáticos do início do século XX

procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente

daquele proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos,

pautados no rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino

da Matemática baseado nas explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o

campo de estudo da Educação Matemática (SCHUBRING, 2003).

Embora as discussões sobre a Educação Matemática remontem ao final do

século XIX e início do século XX, no Brasil, as produções nesta área começaram a

se multiplicar com o declínio do Movimento da Matemática Moderna, mais

precisamente a partir da década de 1970.

A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, onde

apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são

considerados suficientes para atuação profissional (LORENZATO & FIORENTINI,

2001), pois envolve o estudo dos fatores que influem, direta ou indiretamente, sobre

os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (PITOMBEIRA, 1991).

Assim, embora o objeto de estudo da Educação Matemática ainda esteja em

construção, está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o

ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático (Fiorentini, 2006), e envolve

o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria

da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos,

procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70). Investiga,

também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve

valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como

cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que

os conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos,

influenciando na formação do pensamento do aluno.

A efetivação desta proposta requer um professor interessado em

desenvolver-se intelectual e profissionalmente e em refletir sobre sua prática para

tornar-se um educador matemático e um pesquisador em contínua formação.

Interessa-lhe, portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as ideias centrais

que articulam a pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar

desafios pedagógicos.

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Nesse encaminhamento, é importante que o professor reflita sobre a sua

concepção de matemática enquanto campo de conhecimento. Nessa ação reflexiva,

abre-se espaço para um discurso matemático voltado tanto para aspectos cognitivos

como para a relevância social do ensino da Matemática. Isso implica olhar a

Matemática tanto do ponto de vista do seu fazer e do seu pensar e da sua

construção histórica, quanto do ensinar e do aprender Matemática, buscando

compreendê-los (MEDEIROS, 1987). Nessas Diretrizes assume-se a Educação

Matemática como campo de estudos que possibilita ao professor balizar sua ação

docente, fundamentado numa ação crítica que conceba a Matemática como

atividade humana em construção.

Pela Educação Matemática, almeja-se um ensino que possibilite aos

estudantes análises, discussões, conjecturas, apropriação de conceitos e

formulação de ideias. Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela

consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu

conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que

emergem das aplicações, superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o

caráter científico da disciplina e do conteúdo matemático. Ir além do senso comum

pressupõe conhecer a teoria científica, cujo papel é oferecer condições para

apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados pela aparência da

realidade (RAMOS, 2004).

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que

o estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e

apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos

matemáticos e de outras áreas do conhecimento.

Apontar a perspectiva da Educação Matemática para a elaboração destas

Diretrizes implica em pensar na transposição didática que regula a ligação entre a

Matemática como campo de conhecimento e disciplina escolar.

2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

A Matemática foi sendo construída com base nas necessidades diárias das

primeiras civilizações há mais de 30.000 anos.

Os métodos utilizados para a sua prática eram informais, sendo usado

ossos, pedras, nós em cordas a até os dedos das mãos. Sinais e combinações de

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desenhos foram utilizados por muito tempo como instrumentos de contagem de

objetos.

Com a evolução das comunidades houve a necessidade de buscar novas

alternativas e formas simples e apropriadas para registrar suas atividades.

A criatividade e habilidade foi um fator marcante na história da Matemática,

pois nomes e fórmulas daquela época são conhecidas, estudadas e aplicadas até

hoje. A Matemática modifica-se em ciência que estuda as relações e

interdependências quantitativas entre as grandezas, envolvendo um vasto campo de

teorias, procedimentos de análise, modelos, metodologias próprias de pesquisa,

formas de coletar e interpretar os fatos e dados do cotidiano.

A Matemática desde a sua origem até agora está passando por profundas

transformações. O acesso a informação é garantido pelas novas tecnologias.

Espera-se criatividade e agilidade nas resoluções de problemas relacionados ao

cotidiano dos cidadãos. Com isso, entende-se a escola como o espaço do confronto

e diálogo entre os conhecimentos sistematizados e os conhecimentos do cotidiano

popular. Essas são as fontes sócio históricas do conhecimento em sua

complexidade. Propõe-se que o currículo da Educação Básica ofereça, ao

estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação

da realidade social, econômica e política de seu tempo.

Os estudos sobre a história da produção do conhecimento, seus métodos e

determinantes políticos, econômicos, sociais e ideológicos, relacionados com a

história das disciplinas escolares e as teorias da aprendizagem, possibilitam uma

fundamentação para o professor em discussões curriculares mais aprofundadas e

alteram sua prática pedagógica.

É importante que os professores tenham claro que o método fundamental,

no confronto entre contexto sócio histórico, é a distinção temporal entre as

experiências do passado e as experiências do presente. Tal distinção é realizada

por meio dos conceitos e saberes que estruturam historicamente a disciplina de

Matemática.

A disciplina de matemática contemplará a cultura afro-brasileira, africana,

indígena e a educação fiscal. Os conteúdos programáticos incluirão diversos

aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população

brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da

África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura

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negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,

resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes

à história do Brasil.

A educação fiscal tem por objetivo levar os cidadãos ao conhecimento sobre

a administração pública e a função socioeconômica do tributo.

3. OBJETIVOS GERAIS

A atual sociedade globalizada e informatizada tem exigido mudanças

significativas na educação. Formar cidadãos capazes de interpretar e analisar

informação de forma crítica, de tomar decisões, de resolver problemas, de criar, de

aperfeiçoar conhecimentos e valores, passa a ser o seu objetivo, podendo

consolidar o aprofundamento do conhecimento adquirido no ensino fundamental e

médio, possibilitando o prosseguimento de estudos. Podendo assim aprimorar o

educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico.

4. CONTEÚDOS

6º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Sistema de Numeração;

Números naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais;

Cultura afro-brasileira, africana e indígena.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

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Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de tempo;

Medidas de ângulos

Sistema monetário.

GEOMETRIA

Geometria Plana;

Geometria Espacial.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

7º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números inteiros;

Números racionais;

Equação e inequação do 1º grau;

Razão e proporção;

Regra de três simples.

Cultura afro-brasileira, africana e indígena.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de temperatura;

Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria não-euclidianas.

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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Pesquisa estatísticas;

Medidas aritméticas;

Moda e mediana;

Juros simples.

8º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números racionais e irracionais;

Sistemas de equações do 1º grau;

Potências;

Monômios e polinômios;

Produtos notáveis;

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de ângulos;

Medidas de comprimento;

Medidas de área;

Medidas de volume.

GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometria não-euclidiana.

Cultura afro-brasileira, africana e indígena.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Gráfico e informações;

População e amostra;

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9º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA.

Números reais;

Propriedade dos radicais;

Equação do 2º grau;

Teoremas de Pitágoras;

Equação irracional;

Equação biquadrada;

Regra de três composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Relações métricas no triângulo retângulo;

Trigonometria no triângulo retângulo.

Cultura afro-brasileira, africana e indígena.

FUNÇÕES Noções intuitivas de função afim;

Noções intuitivas de função quadráticas.

GEOMETRIAS

Geometria plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometria não-euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Noções de análise combinatória;

Noções de probabilidade;

Estatística;

Juros compostos.

ENSINO MÉDIO

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1° ANO

NÚMEROS E ALGEBRA

Introdução à teoria dos conjuntos

Sistemas de coordenadas

FUNÇÕES

Função afim;

Função quadrática;

Função modular;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica;

Cultura afro-brasileira, africana e indígena;

Educação tributária.

GEOMETRIA

Trigonometria

2º ANO

NÚMEROS E ALGEBRA Matrizes;

Determinantes;

Sistemas Lineares.

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Trigonometria no triangulo retângulo

Trigonometria na circunferência

Funções (Seno, Cosseno e Tangente)

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Funções (Cotangente, Cossecante e Secante)

Domínio e Imagem

Leis do Seno e Cosseno

Teorema da área

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Estatística;

Matemática financeira.

Análise combinatória.

Cultura afro-brasileira, africana e indígena.

Educação tributária.

3º ANO

NÚMEROS E ÁLGEBRA Números complexos;

Polinômios e equações polinomiais.

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica.

Cultura afro-brasileira, africana e indígena.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Estatística;

Educação tributária.

5 - METODOLOGIA A organização da proposta curricular de matemática reflete o modo de

conceber, de fazer e de ensinar os conhecimentos matemáticos. Assim, a

metodologia é entendida como as formas como são abordagens os conteúdos a

partir de como é concebida a proposta curricular.

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A proposta curricular de matemática está sistematizada em conteúdos

estruturantes. Estes são as bases que orientam o processo de ensino-aprendizagem

da matemática. O desdobramento desses em conteúdos específicos se põe pela

necessidade didática do fazer o ensino da matemática, porém mantém suas

relações e interdependências conceituais de processo de construção do

conhecimento enquanto ciência e como ensino-aprendizagem.

As relações de interdependências não se limitam à disciplina de matemática.

Trata-se do reconhecimento de que os conhecimentos não se explicam e justificam-

se isoladamente, mas inserem-se numa realidade maior e complexa. Assim, não se

trata apenas de perceber a abrangência e as relações intrínsecas com outros

conhecimentos, mas de reconhecer a necessidade de superação de práticas que se

caracterizam pela fragmentação.

A partir dessas considerações, elegem-se algumas propostas metodológicas

que orientam a prática docente: Resolução de Problemas enquanto proposta

metodológica aponta que resolver problemas possibilita ao estudante aplicar

conhecimentos adquiridos em novas situações, pensar em estratégias diferenciadas

para a sua resolução, tecer argumentos, fazer análise das ideias matemáticas

envolvidas.

Essa proposta metodológica supera a resolução de exercícios como prática

que utiliza mecanismo de repetição. A resolução de problemas pode ser viabilizada

através de situações-problema a partir da prática social dos estudantes; problemas

desafio e problemas que envolvem ideias e conceitos matemáticos.

Destaca-se que a resolução de problema possibilita a prática de introdução

do conteúdo matemático a partir de uma situação-problema, o que pode tornar esse

conteúdo mais significativo para os estudantes. Além disso, o desenvolvimento do

conteúdo pode ser tratado na mesma perspectiva, garantindo aos estudantes o

acesso aos conhecimentos matemáticos historicamente produzidos, ao mesmo

tempo em que pode dinamizar o processo ensino-aprendizagem.

Modelagem Matemática enquanto proposta metodológica propõe a

problematização de situações do cotidiano e a partir destas, organiza-se as

informações, levanta-se hipótese para resolução sistematizando um modelo

matemático que dê conta de responder e propiciar a análise da questão envolvida e

uma possível proposta de solução para a situação.

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A modelagem matemática possibilita a prática do ensino da matemática mais

significativa a partir do momento que considera as necessidades e expectativas dos

estudantes, ao mesmo tempo em que oportuniza a eles o conhecimento matemático

sistematizado.

A etnomatemática, segundo as DOCEs, tem o papel de reconhecer e

registrar questões de relevância social que produzem conhecimento matemático.

Esta tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas vários

saberes distintos e nenhum menos importante que outro. As manifestações

matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e práticas, das mais

diversas áreas, que emergem dos ambientes culturais.

A etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o

exercício da crítica e a análise da realidade. Sendo assim, é preciso que se priorize

um ensino que valoriza a história dos estudantes através do reconhecimento e

respeito de suas raízes culturais. D‟Ambrósio (2001, p. 42) afirma que “reconhecer e

respeitar as raízes de um indivíduo não significa ignorar e rejeitar as raízes do outro,

mas num processo de síntese reforçar suas próprias raízes”. O seu enfoque deverá

relacionar-se a uma questão maior, como o ambiente do indivíduo e as relações de

produção e trabalho, assim como se vincular a manifestações culturais como arte e

religião.

História da Matemática possibilita o ensino da matemática a partir do

reconhecimento de que o conhecimento é construído historicamente e da sua

relevância para a humanidade, vinculado às descobertas aos fatos sociais e

políticos, as circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinam o

pensamento que influência no avanço científico de cada época, possibilitando o

levantamento e a discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios

e procedimentos. Para Miguel e Miorim (2004), apud DCE: a história deve ser o fio

condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da Matemática, bem

como, para a promoção de ensino e da aprendizagem da Matemática escolar

baseado na compreensão e na significação.

Mídias e Tecnologias enquanto proposta metodológica considera, segundo

as DCOEs, os ambientes de aprendizagem gerados por aplicativos informáticos,

dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo de ensino e da

aprendizagem. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas em

relação ao currículo, à experimentação Matemática, às possibilidades do surgimento

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de novos conceitos e de novas teorias matemáticas (Borba, 1999). Atividades

realizadas com o uso do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz como a

construção de gráficos, por exemplo, com o uso dos computadores ampliam-se as

possibilidades de observação e investigação, visto que algumas etapas formais de

construção são sintetizadas (D'Ambrósio, 1988).

Os recursos tecnológicos sejam eles o software, a televisão, as

calculadoras, os aplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as

experimentações matemáticas, potencializando formas de resolução de problemas.

Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e

professores avisualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de

uma maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação,

trabalho colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto

entre a teoria e a prática.

Para as DCOEs, outro potencial pedagógico das ferramentas tecnológicas

segundo Borba e Penteado (2001) é abordar atividades matemáticas com os

recursos tecnológicos enfatizam um aspecto fundamental na proposta pedagógica

da disciplina: a experimentação. De posse dos recursos tecnológicos, os estudantes

conseguem desenvolver argumentos e conjecturas relacionadas às atividades com

as quais se envolvem, sendo as conjecturas resultado dessa experimentação.

Tais propostas metodológicas, assim como os conteúdos estruturantes e

específicos articulam-se entre si de modo que, por exemplo, uma situação problema

pode ter uma conotação etnomatemática quando considera e respeita diferentes

formas e modelos para resolver uma questão que envolve conhecimento matemático

pode considerar a modelagem como orientação de como trabalhar essa situação-

problema que partiu do interesse e necessidade dos estudantes, mas requer

trabalhar com um conteúdo não planejado previamente; pode considerar a história

da matemática para discutir como o conceito envolvido foi desenvolvido e o porquê;

as mídias e tecnologias podem potencializar pesquisas sobre o assunto tratado, bem

como, dispor de software que auxiliem a resolver o problema, ampliando as

possibilidades para discussões, análises, deduções e conclusões.

Assim sendo, o encaminhamento do trabalho docente com cada conteúdo

ou bloco de conteúdos depende da concepção do professor do que seja matemática,

ensino e aprendizagem, de que estudante se quer formar, do conhecimento das

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diferentes propostas metodológicas e da articulação entre elas como principais

dimensões do processo ensino-aprendizagem.

Investigação A prática pedagógica de investigações matemáticas tem sido

recomendada por diversos estudiosos como forma de contribuir para uma melhor

compreensão da matemática.

Em contextos de ensino e aprendizagem, investigar não significa

necessariamente lidar com problemas muito sofisticados na fronteira do

conhecimento. Significa, tão só, que formulamos questões que nos interessam, para

as quais não temos resposta pronta, e procuramos essa resposta de modo tanto

quanto possível fundamentado e rigoroso (PONTE, BROCARDO & OLIVEIRA 2006,

p. 9).

Na investigação matemática o aluno é chamado a agir como um matemático,

não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque

formula conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações

matemáticas envolvem, naturalmente, conceitos, procedimentos e representações

matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo de

conjecturateste- demonstração” (PONTE; BROCARDO; OLIVEIRA, 2006, p.10).

Como são estabelecidas diferentes conjecturas, os alunos precisam verificar

qual é a mais adequada à questão investigada e, para isso, devem realizar provas e

refutações, discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor. Esse é

exatamente o processo de construção da matemática pelos matemáticos e, portanto,

o espírito da atividade matemática genuína está presente na sala de aula. Enfim,

investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de

toda ação pedagógica.

6 - AVALIAÇÃO A avaliação deve ser vista como parte integrante em todo o processo de

ensino e aprendizagem. Ela deve ocorrer numa variedade de situações. Qualquer

avaliação do conhecimento matemático construído pelos estudantes deve, entre

outros, fornecer informação sobre o desenvolvimento da capacidade de distinguir

tributos relevantes e irrelevantes de um dado conceito, de verificar se o aluno

consegue de forma adequada, representar esses conceitos reconhecendo seus

significados.

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Assim, a avaliação deve ser contínua, diagnóstica e cumulativa e nesses

processos avaliativos poderão ser observados a produção escrita, a expressão oral

na apresentação de argumentos demonstrativos.

Algumas questões são fundamentais para que o professor elabore uma

proposta de práticas avaliativas que indiquem se o aluno:

-Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004).

-Participa coletiva e colaborativamente nos trabalhos realizados em grupos.

-Compreende, por meio da leitura, o problema matemático.

-Elabora um plano que possibilite a solução do problema.

-Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático.

-Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Considera-se ainda que no processo ensino-aprendizagem, o erro deve ser

visto pelo professor como indicativo do nível de compreensão do estudante, e que

este seja considerado como um momento de retomada do conceito envolvido, em

estratégias didáticas e metodológicas que propicie ao estudante avançar na

compreensão. Portanto, o erro faz parte dos processos de construção do

conhecimento matemático pelo estudante e representa a oportunidade para o

professor estar realizando a avaliação diagnóstica.

7 - REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de

matemática. Versão preliminar, 2008.

RIBEIRO, Jackson. Matemática- ciência, linguagem e tecnologia, ensino médio,

1ª Ed/São Paulo: Editora: Scipione, 2011.

BRASILANDIA DO SUL, Colégio Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e

Médio – Projeto Político Pedagógico – 2012.

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317

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA PARA O ENSINO MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL 2012

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1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Desde a antiguidade o homem está em busca de benefícios que possam

suprir suas necessidades humanas, sejam elas de qualquer natureza. Na busca da

melhoria e aperfeiçoamento desses benefícios, a Química vai se consolidando ao

longo da história como uma ciência, até se efetivar como uma das disciplinas

escolares. Considerando que o conhecimento químico, assim como os demais, não

é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação. Esse

processo de elaboração e transformação do conhecimento ocorre a partir das

necessidades humanas, uma vez que a Ciência é construída pelos homens e

mulheres, falíveis e inseparáveis dos processos sociais, políticos e econômicos. O

contexto da sociedade capitalista exige das ciências respostas precisas e

específicas a suas demandas econômicas, sociais e políticas, em virtude da sua

constante transformação.

Sendo assim, a disciplina de Química deverá ser tratada com os alunos de

modo a possibilitar o entendimento do mundo e a sua interação com ele, tendo como

objetivo, formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz

de refletir criticamente sobre o período histórico atual, além de exercer seu papel de

cidadão no mundo contextualizado. A abordagem no ensino da Química deverá ser

norteada pela construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos,

vinculado a contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais. Esse

processo deve ser planejado e orientado pelo professor, numa relação de mútuo

aprendizado, para a organização deste conhecimento científico.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DA DISCIPLINA

O Projeto Político Curricular referem - se a uma concepção curricular que se

fundamenta nas necessidades de desenvolvimento pessoal do indivíduo, em prejuízo

da aprendizagem dos conhecimentos históricos e socialmente construídos pela

humanidade.

Além disso, a perspectiva experiencial reduz a escola ao papel de instituição

socializadora, ressaltando os processos psicológicos dos alunos e secundarizando os

interesses sociais e os conhecimentos específicos das disciplinas. Essa perspectiva

considera que o ensino dos saberes acadêmicos é apenas um aspecto, de importância

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relativa, a ser alcançado. Uma vez que esta concepção de currículo não define o papel

das disciplinas escolares na organização do trabalho pedagógico com a experiência, o

utilitarismo surge como um jeito de resolver esse problema, aproximando os conteúdos

das disciplinas das aplicações sociais possíveis do conhecimento.

3. OBJETIVOS GERAIS

O conhecimento científico químico, então, foi se desvinculando do pensamento

teocêntrico e os saberes necessários para explicar o mundo ficaram a cargo do ser

humano, que explicaria a natureza por meio de leis, princípios, teorias, sempre na

busca de uma verdade expressa pelo método científico. A dimensão filosófica do

conhecimento não desapareceu com o desenvolvimento da razão científica.

Ambas caminharam no século XX, quando se observou a emergência de

métodos próprios para as ciências humanas, que se emanciparam das ciências

naturais. Assim, as dimensões filosófica e científica transformaram a concepção de

ciência ao incluírem o elemento da interpretação ou significação que os sujeitos dão às

suas ações – o homem torna - se, ao mesmo tempo, objeto e sujeito do conhecimento.

Além disso, as ciências humanas desenvolveram a análise da formação,

consolidação e superação das estruturas objetivas do ser humano na sua subjetividade

e nas relações sociais. Essas transformações, que se deram devido à expansão da vida

urbana, à consolidação do padrão de vida burguesa e à formação de uma classe

trabalhadora consciente de si, exigem investigações sobre a constituição do sujeito e do

processo social. São as dimensões filosófica e humana do conhecimento que

possibilitam aos cientistas perguntarem sobre as implicações de suas produções

científicas. Assim, pensamento científico e filosófico constituem dimensões do

conhecimento que não se confundem, mas não se devem separar.

4. CONTEÚDOS

Os Conteúdos Estruturantes da Disciplina de Química - Matéria e sua

Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética - serão tratados de forma e relacionar-

se a partir dos conteúdos básicos a seguir:

1º ANO:

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Instrução ao estudo da Química

Substâncias químicas

Introdução ao conceito de reação química

Átomos e moléculas

Introdução á estrutura atômica

Noção mais detalhada da estrutura atômica

Tabela periódica

Ligações químicas

Geometria

Condutividade

Princípio da química inorgânica

Mol

O comportamento dos gases

Reações químicas

2ºANO:

Expressando a concentração de soluções aquosas

Propriedades coligativas

Processos de oxirredução

Eletroquímica

Termoquímica

Cinética química

Equilíbrio químico: Coexistência de reagentes e produtos

Radioatividade: Fenômenos de origem nuclear

3ºANO:

Introdução á química dos compostos de carbono

Classes funcionais dos compostos orgânicos

Ligações intermoleculares na química Orgânica

Isomeria

Reações de substituição

Reações de adição

Noções de acidez s de basicidade em compostos orgânicos

Oxirredução, desidratação e esterificação

Polímeros sintéticos

Noções sobre alguns compostos presentes em seres vivos

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321

A química orgânica e o ambiente

5. METODOLOGIA

Nesta Proposta Pedagógica Curricular assim como nas Diretrizes

Curriculares de Química para o Ensino Médio, pretende - se levar o aluno a

compreender e se apropriar do conhecimento químico através do contato do mesmo

com o objeto de estudo da Química: as substâncias e materiais, de forma a se

apropriar dos conceitos científicos para entender algumas dinâmicas do mundo e

mudar sua atitude em relação a ele. Para tanto, propõe - se que os conteúdos

químicos sejam tratados a partir dos conteúdos estruturantes - Matéria e sua

Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética – onde tais conteúdos considerem, em

sua abordagem, as relações que estabelecem entre si e entre os conteúdos básicos

trabalhados no dia-a-dia da sala de aula. Sendo assim, quando um conteúdo

químico for tratado na perspectiva do conteúdo estruturante Matéria e Sua Natureza

deve - se trabalhar os modelos a fim de representar estruturas microscópicas da

matéria fazendo relação com o comportamento macroscópico, da mesma forma na

abordagem do conteúdo estruturante Biogeoquímica, será relacionado com a

atmosfera, hidrosfera e litosfera, por fim no conteúdo estruturante Química Sintética

o enfoque será a produção de novos materiais, a transformação de outros, a

formação de compostos artificiais, etc. Os modelos e o Ensino de Química: o ensino

deve proporcionar ao aluno uma inter-relação de dois componentes básicos:

conhecimento químico e o contexto social, contribuindo para que o educando tenha

uma visão mais abrangente do universo.

Quando utilizamos um determinado modelo para exemplificar um conteúdo

em Química, não podemos afirmar que estes são exatos e definidos, pois procuram

explicar o comportamento macroscópico dos materiais. Tendo em vista que o

trabalho pedagógico na escola é com os estudantes, contextualizar a produção e a

validade dos conhecimentos científicos é fundamental para o ensino significativo.

Experimentação no Ensino de Química: deve ser o ponto de partida para

desenvolver a compreensão de conceitos teóricos e práticos. A experimentação

pode também ser organizada em discussão e reflexão, após a manipulação do

material e a interpretação dos fenômenos químicos e a troca de informações entre

os grupos que participam da aula. Leituras Científicas e Ensino de Química: as

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leituras devem ser um instrumento de mediação na sala de aula, propiciando novas

questões e discussões, levando - se em conta, que não trabalhamos com leitores

iguais, pois possuem histórias de vida diferentes. Desse modo, torna - se importante

propor aos educandos, leituras que contribuam para a sua formação e identificação

cultural, que possam se constituir num elemento motivador para a aprendizagem da

Química e o hábito da leitura.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação requer um professor que compreenda a concepção de ensino de

Química na perspectiva crítica a ser concebida de forma processual e formativa, sob

as condicionantes do diagnóstico e da continuidade afim de contemplar a formação

de conceitos científicos, portanto, ela deve ser flexível sujeito a alteração no seu

desenvolvimento.

O educador deverá usar instrumentos de avaliação que contemplem várias

formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção

de textos, leitura e interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas

relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outros. Esses

instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de

ensino.

Sendo assim, é necessário que os critérios e instrumentos de avaliação

fiquem bem claros para os alunos, de modo que se apropriem efetivamente de

conhecimentos que contribuam para uma compreensão ampla do mundo em que

vivem. Os critérios de avaliação devem servir de base para o julgamento do nível de

aprendizagem dos alunos além de explicitar a intenção que se tinha em trabalhar

determinados conteúdos, bem como, aferir a expectativa de aprendizagem sobre o

conteúdo trabalhado. E não atingindo a média decreta pela instituição, será aplicada

a recuperação bimestral.

7. REFERENCIAS

Brasilândia do Sul, Colégio Estadual Rui Barbosa Ensino Fundamental e Médio -

Projeto Político Pedagógico - 2012.

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323

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de

Química para o Ensino Médio, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Conteúdos Básicos das

Disciplinas Curriculares, 2008.

PERUZZO, M. F., CANTO, L. E. QUÍMICA: na abordagem do cotidiano, vol.1, 2, 3,

Ed. Moderna, SP. - 2010.

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324

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEUAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA PARA O ENSINO

MÉDIO

BRASILÂNDIA DO SUL 2012

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325

1. APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A Sociologia, termo empregado pela primeira vez por August Comte (1798 -

1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminho cientifico da

humanidade, considerada capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais

ciências.

Com missão de prever, prover e intervir na realidade social, a sociologia faz

emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de

solução pelos primeiros pensadores sociais – Comte, Durkheim Weber e Marx.

A Sociologia ingressa primeiramente no sistema de ensino, em 1891, com a

reforma educacional protagonizada por Benjamin Constant.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) abriu perspectivas

para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art.36, §

1º, inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e

Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.

No dia 02 de junho de 2008 é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei

9.394/96, para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em

todas as séries do Ensino Médio.

O uso de livros didáticos e materiais de apoio pedagógico, especialmente

elaborados para a disciplina no Ensino Médio não deve dispensar leituras

complementares, críticas e ilustrativas.

A justificativa do ensino de Sociologia baseia-se na necessidade de que nós,

seres sociais, devamos compreender os movimentos que influenciam o espaço onde

atuamos cotidianamente e as consequências dos mesmos sobre cada indivíduo.

A história é constituída pelos seres sociais que compõem a sociedade. É

necessário, portanto, que tenhamos o entendimento de que tal construção, ora sim,

ora não, pode vir a beneficiar alguns em detrimento de outros. Compreender como a

história e as relações sociais são construídas é essencial para o exercício pleno da

cidadania de todos os indivíduos da sociedade.

Nesse sentido, a Sociologia, Ciência Social voltada para o entendimento da

vida em sociedade, vem contribuir, através de suas teorias sociais, com a formação

de indivíduos conscientes e críticos da realidade social, proporcionando aos

mesmos a possibilidade de direcionarem suas ações no sentido da construção de

uma sociedade que venha atender a todos com justiça e equidade.

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326

2. FUNDAMENTOS DA DISCIPLINA

Toda ciência, como um produto histórico, está em constante processo de

construção e se vale do conhecimento acumulado pelos intelectuais que lançaram

as bases teóricas- metodológicas do pensar a realidade com método e arguto

espírito de indagação.

O francês Émile Durkheim (1858- 1917), o alemão Max Weber (1864- 1920)

e o filósofo alemão Karl Marx (1818- 1883) entre outros, são sociólogos clássico-

tradicionais.

Os sociólogos clássicos ainda os fazem presentes na sociologia

contemporânea. Marx analisou a dinâmica das relações sociais presentes no

capitalismo.

A contribuição de Marx, ainda hoje valiosa, refere-se ao fato da sociologia

adotara metodologia dialética do materialismo histórico, aceitando sua interpretação

da formação, composição e dinâmica da sociedade capitalista exposta na extensa

obra. O Capital (1885- 1905), publicada após sua morte. Para ele o trabalho humano

é o único meio de produção capaz de agregar valor aos bens produzidos, uma vez

que os outros são meios materiais de produção, só se multiplicam se a eles for

incorporado trabalho.

A Sociologia que se desenvolve na vertente do materialismo histórico toma a

contradição social como princípio metodológico. Reconhecer as contradições sociais

é tarefa do cientista para Marx, que concebe o sujeito cognoscente também como

sujeito histórico, pois conhecer e transformar são como tomadas de consciência

histórica. Já o pesquisador Weber persegue o princípio da racionalização social

buscando o significado das ações sociais no entendimento de que a subjetividade é

um momento necessário do processo objetivo de conhecimento.

Durkheim vale-se da metodologia funcionalista para explicar o princípio da

integração social. Todos os clássicos lidam com questões da mudança social, seja

com a preocupação de manutenção da ordem, seja admitindo ser o conflito inerente

a ela, conforme a metodologia proposta.

A Sociologia crítica procura colher da sociedade os elementos de não

racionalidade presentes nas sociedades capitalistas, sobretudo aquelas do

capitalismo avançado em níveis de alto consumismo, característicos da indústria

cultural e da cultura de massa. Ela se desafia exercitando oposições e

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desenvolvendo o espírito crítico, capaz de observar dialeticamente a realidade em

seus movimentos contraditórios e paradoxais.

Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crítica científica não acontece

sem uma crítica social. A Sociologia perturba porque o conhecimento dos

mecanismos de poder permite determinar as condições e os meios de uma ação

destinada a dominá-los. O conhecimento exerce um efeito libertador, pois através do

olhar sociológico a sociedade pode voltar-se sobre si mesma e os agentes sociais

podem saber melhor o que são.

O objeto de estudo e ensino da disciplina de Sociologia são as relações que

se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem

as relações entre os indivíduos e a coletividade.

Para aprimorar os conhecimentos ainda mais, serão trabalhados em todos

os anos do Ensino Médio: Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº11.

645/08), Direito das Crianças e Adolescente LF nº 11525/07 e Enfrentamento à

violência contra a criança e o adolescente.

Embora se apresentem ainda grandes desafios para que os direitos sociais

da infância materializem-se plenamente, diante das várias pressões sofridas pelo

estado, este passa a incorporar, nos textos legais, o entendimento da criança como

sujeito de direitos. Exemplos destes textos legais são a Constituição de 1988, O

Estatuto da Criança e do Adolescente, nos anos de 1990 a LDB Nº 9394/96, além de

textos curriculares que tratam da especificidade da infância. (KRAMER, 2006).

A concepção de infância e de desenvolvimento infantil como construção

histórica foi uma das grandes contribuições dos estudos de Vygotsky (2007) que, ao

analisar o desenvolvimento humano privilegia a interação social na formação da

inteligência e das características essencialmente humanas.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem

do latim adolescência, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra

derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência.

Atualmente, fala-se da adolescência como uma fase do desenvolvimento

humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta. Nessa perspectiva de

ligação, a adolescência é compreendida como um período atravessado por crises,

que encaminham o jovem na construção de sua subjetividade. Porém, a

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adolescência não pode ser compreendida somente como uma fase de transição. Na

verdade, ela é bem mais do que isso. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico,

quando consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a

adolescência.

Para melhor apreensão dos conteúdos o trabalho com o lúdico faz-se

necessário em todas as fases da vida humana.

A palavra ludicidade tem sua origem na palavra latina 'ludus' que quer dizer

'jogo'.

O lúdico refere-se a uma dimensão humana que evoca os sentimentos de

liberdade e espontaneidade de ação. Seu objetivo é a vivência prazerosa de sua

atividade. Ele privilegia a criatividade, a inventividade e a imaginação, por sua

própria ligação com os fundamentos do prazer.

A ludicidade é uma necessidade na vida do ser humano em todas as idades;

não deve ser vista apenas como diversão ou momento de prazer, mas momentos de

desenvolver a criatividade, a socialização com o próximo, o raciocínio, a

coordenação motora, os domínios cognitivos, afetivos e psicomotores.

O lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana,

trabalhando com a cultura corporal, movimento e expressão. (ALMEIDA, 2006).

Os jogos pedagógicos têm que ser planejados pelo professor

cuidadosamente, para saber o objetivo da aula. O professor deve preparar seus

alunos para o momento especial a ser propiciado pelo jogo e explicar a razão pela

qual está adotando o jogo naquele momento da aula.

A ludicidade precisa ser trabalhada por todos os professores,

independentemente da disciplina que atuam. Possibilitando assim o

desenvolvimento integral do homem.

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a

segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,

ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula

experiências e em decorrência dessas, ele produz conhecimentos. Sua ação é

intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-

materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani

(1992):

“O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para

tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,

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transforma- lá pelo trabalho”.

Considerando-se um ser social, o homem atua e interfere na sociedade, se

encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na

organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas

esferas da sociedade.

A informática invadiu nos últimos 25 anos, nosso cotidiano e mudou nossa

vida em muitos aspectos. E isso de tal modo que hoje nenhuma experiência de

escolaridade básica pode deixar de incluir o acesso à informática, porque viver na

sociedade contemporânea, em suas mais diferentes dimensões, inclusive no mundo

do trabalho, é cada vez menos possível sem uma inserção na cultura informatizada.

A informática é apresentada como um recurso que contribui para a

construção do conhecimento, e a Educação devem buscar conexão com a realidade.

A História registra que nas atividades das mais variadas sociedades, ferramentas e

instrumentos são importantes para o desenvolvimento do indivíduo.

Para aprimorar os conhecimentos ainda mais, serão trabalhados em todos

os anos do Ensino Médio: Cultura afro-brasileira, africana e indígena (Lei nº11.

645/08), Direito das Crianças e Adolescente LF nº 11525/07 e Enfrentamento “a

violência contra a criança e o adolescente.

3. OBJETIVOS GERAIS

Buscar trabalhar o objeto de estudo da ciência social que são as relações

objetivas, matérias, determinadas, já que a sociedade se apresenta como uma

realidade determinada historicamente.

Proporcionar ao educando através de uma perspectiva sociológica, o acesso

a conhecimentos acerca da realidade social em que vive, para que este tenha

possibilidade de reformular sua prática social, uma vez que passa a refletir sobre a

sociedade não mais, apenas, a partir do senso comum, mas sim com base em

teorias reconhecidas por toda a comunidade científica, e também para que o aluno

seja despertado à necessidade de se tornar um cidadão preparado para as

exigências científicas e tecnológicas da sociedade contemporânea e do mundo do

trabalho.

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4. CONTEÚDOS

Conteúdos estruturantes são, portanto, instâncias conceituais que remetem

à reconstrução da realidade e „as suas implicações lógicas. São estruturantes os

conteúdos que identificam grandes campos de estudos, onde as categorias

conceituais básicas da Sociologia – ação social, relação social, estrutura social e

outras eleitas como unidades de analisa pelos teóricos - fundamentam a explicação

científica.

O desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes não descarta a

necessidade da constante retomada do histórico do surgimento da Sociologia, bem

como dos pressupostos básicos das teorias clássicas.

Os conteúdos abaixo relacionados deverão ser trabalhados independente da

ordem em que aqui aparecem.

Ressaltamos que as discussões a serem realizadas através destes

conteúdos deverão ser permeadas pelos autores que fundamentam a Sociologia.

AS TEORIAS SOCIOLÓGICAS E O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO

- O surgimento da Sociologia

- As teorias sociológicas na compreensão do presente

- A produção sociológica brasileira

- As relações entre indivíduo e sociedade

AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS

- A instituição familiar

- A instituição religiosa

- A instituição escolar

- Direito das Crianças e Adolescentes-Eca

-Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos).

CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL

- Cultura ou culturas: uma contribuição antropológica

- Diversidade cultural brasileira

- Cultura: criação ou apropriação

- Cultura afro-brasileira, africana e indígena.

- Cultura e ideologia

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- Cultura e indústria cultural no Brasil

- Meios de comunicação de Massa;

- Sociedade de consumo.

TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS

- O processo de trabalho e a desigualdade social

- Globalização

- O trabalho nas diferentes sociedades

- O trabalho na sociedade moderna capitalista

- A questão do trabalho no Brasil

- Desigualdades sócias: estamentos, castas, classes sociais.

- A questão ambiental e os movimentos ambientalistas

PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA

- Ideologia

- Formação do Estado Moderno

-Poder, política e Estado no Brasil

- A democracia no Brasil

- Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente

DIREITO, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS

- Direitos e cidadania

- Movimentos sociais no Brasil

- Movimentos agrários no Brasil

- Movimento estudantil

- Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc).

5. METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os

Conteúdos Estruturantes e os Conteúdos Básicos devem ser trabalhados de forma

articulada.

Considera-se relevante no exercício pedagógico da sociologia, manter no

horizonte de análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição

dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos

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básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos

levando-se em consideração o recorte temporal no qual se erige a Sociologia.

O ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou

reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização

histórica e política das teorias, seguindo o rigor metodológico que a ciência requer.

O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a

para além do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz

da ciência, permitindo que a dimensão analítica do conhecimento sociológico

estabeleça um diálogo contínuo com as transformações socioeconômicas, culturais

e políticas contemporâneas.

A Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar

respostas no seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria

escola, na família, nos programas de televisão, nos noticiários, nos livros de

Histórias etc...

A abordagem dos conteúdos deverá ser explicitada de maneira clara e

desmistificadora, uma espécie de “desconstrução” que o professor deverá fazer de

todas as manifestações superficiais de senso comum acerca da sociedade que,

muitas vezes, imperam na mente do aluno, substituindo-as pelo conhecimento

elaborado cientificamente. Para tanto, faz-se necessário que o professor, em diálogo

com seus educando, obtenha uma prévia do que eles já sabem sobre o tema ou

conteúdo a ser trabalhado para, então, começar o trabalho de

desconstrução/construção.

A metodologia deverá ressaltar a leitura e análise de textos, reflexão,

pesquisas bibliográficas, debates, pesquisas de campo, aulas expositivas, recursos

audiovisuais, painéis, bibliografia clássica e contemporânea, contextualizando,

sempre, o cotidiano dos alunos, para que se reconheçam como sujeitos da história.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os

objetivos da disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação proposto pelo

professor em sala de aula. A avaliação também se pretende ser processual, por

estar presente em todos os momentos da prática pedagógica e possibilitar a

constante intervenção para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.

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O caráter diagnóstico da avaliação, ou seja, a avaliação percebida como

instrumento dialético da identificação de novos rumos.

Os instrumentos de avaliação em Sociologia podem ser registros de

reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes; participação

nas pesquisas de campo; produção de textos que demonstrem capacidade de

articulação entre teoria e prática. Varias podem ser as formas, desde que se tenha

como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir.

A avaliação em Sociologia deve ser encarada, tanto por professores, como

por alunos, numa perspectiva diagnóstica, ou seja, como uma ferramenta que

permita a verificação da aprendizagem não de forma pontual, mas sim de forma

progressiva, levando em conta todos os processos ocorridos durante os trabalhos

realizados, seja em sala de aula ou fora dela.

Os critérios que permitem a verificação da aprendizagem em sociologia se

remetem à capacidade de argumentação, clareza e coerência na exposição de

ideias, seja em textos orais ou escritos, autonomia e iniciativa nas tomadas de

decisões, sempre de forma a substituir o senso comum por uma maneira mais crítica

de agir.

7. REFERÊNCIAS

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Educação Básica de Sociologia. Versão, 2008.

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Médio. Projeto Político Pedagógico – 2012.

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335

8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Após executar cada etapa do Projeto Político Pedagógico, é imprescindível

proceder a avaliação dos resultados alcançados, com a finalidade de verificar se os

objetivos propostos foram atingidos de modo plenamente satisfatório e quais

os objetivos que não foram atingidos e traçar novas perspectivas e sugestões para

melhorar a qualidade do ensino aprendizagem.

A cada final de ano letivo será feita uma avaliação do Projeto Político

Pedagógico através de reuniões com a comunidade escolar para analisar e atualizar

o seu desenvolvimento, assim como avaliar a qualidade dos serviços prestados

pelos diversos setores da escola, através de consulta à comunidade escolar.

9. APROVAÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR

Parecer nº 01/11- Brasilândia do Sul, 03 de outubro de 2011.

Assunto: Aprovação do Projeto Político Pedagógico

O Conselho Escolar do Colégio Estadual Rui Barbosa - Ensino Fundamental

e Médio do município de Brasilândia do Sul enquanto instância responsável pela

execução, acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico, emite o

presente Parecer, resultado da análise do Projeto Político Pedagógico do Colégio

Estadual Rui Barbosa – Ensino Fundamental e Médio, do município de Brasilândia

do Sul.

O Projeto Político Pedagógico, construído coletivamente está de acordo com

as normas estabelecidas, com observância dos desígnios constitucionais, da LDB

9394/96 e demais legislação vigente, sendo assim, somos de Parecer Favorável à

aprovação do mesmo.

Sonia Aparecida Gonçalves

Presidente do Conselho Escolar

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concepções correntes. UNICENTRO, Guarapuava-Paraná.

KRAMER, Sonia. Infância, Cultura Contemporânea e Educação Contra a

Barbárie Diferente concepções da infância e adolescência: a importância da

historicidade para sua construção.

http://www.revispsi.uerj.br/v7n1/artigos/pdf/v7n1a13.pdf. Acessado em 13 / 09/

2011.

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341

ANEXO I

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA Ensino Fundamental e Médio

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 04 ASSIS CHATEAUBRIAND MUNICÍPIO: 0338- BRASILANDIA DO SUL

ESTABELECIMENTO: 0004-5 COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA -ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENDEREÇO: RUA ALEMANHA, 400

TELEFONE: (44) 3654-1131

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano

TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS

6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 4

Educação Física 3 3 3 2

Ensino Religioso * 1 1

Geografia 3 3 4 3

História 3 3 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. – INGLÊS

2

2

2 2

Subtotal

Total Geral 25 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

Brasilândia do Sul, 14 de setembro de 2011.

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342

ANEXO I COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA

Ensino Fundamental e Médio

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 04 ASSIS CHATEAUBRIAND MUNICÍPIO: 0338- BRASILANDIA DO SUL

ESTABELECIMENTO: 0004-5 COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA -ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENDEREÇO: RUA ALEMANHA, 400

TELEFONE: (44) 3654-1131

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano

TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS

6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 4

Educação Física 3 3 3 2

Ensino Religioso * 1 1

Geografia 3 3 4 3

História 3 3 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 Subtotal 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. – INGLÊS

2

2

2 2

Subtotal

Total Geral 25 25 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

Brasilândia do Sul, 14 de setembro de 2011.

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343

ANEXO I COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA

Ensino Fundamental e Médio

MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

NRE: 04 ASSIS CHATEAUBRIAND MUNICÍPIO: 0338- BRASILANDIA DO SUL

ESTABELECIMENTO: 0004-5 COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA -ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENDEREÇO: RUA ALEMANHA, 400

TELEFONE: (44) 3654-1131

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º / 9º ano

TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS / ANOS

6º 7º 8º 9º

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 4

Educação Física 3 3 3 2

Ensino Religioso * 1 1

Geografia 4 3 4 3

História 3 4 3 4

Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 Subtotal 24 24 23 23

PARTE DIVERSIFI-

CADA

L.E.M. – INGLÊS

2

2

2 2

Subtotal

Total Geral 26 26 25 25 Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.

Brasilândia do Sul, 14 de setembro de 2011.

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344

ANEXO I COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA

Ensino Fundamental e Médio

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 04- ASSIS CHATEAUBRIAND MUNICÍPIO: 0338- BRASILÂNDIA DO SUL

ESTABELECIMENTO: 0004-5 - COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENDEREÇO: RUA ALEMANHA, 400 – BRASILÂNDIA DO SUL

FONE: (44) 3654-1131

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009-ENSINO MÉDIO

TURNO: MANHÃ ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 4 2 4

MATEMÁTICA 3 3 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

*LEM.-ESPANHOL 4 4 4

LEM.-INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.

Brasilândia do Sul, 30 de agosto de 2011.

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345

ANEXO I COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA

Ensino Fundamental e Médio

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIO

ESTADO DO PARANA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 04 ASSIS CHATEAUBRIAND MUNICÍPIO: 0338 BRASILÂNDIA DO SUL

ESTABELECIMENTO: 0004-5 COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

ENDEREÇO: RUA ALEMANHA, 400 – BRASILÂNDIA DO SUL

FONE: (44) 3654-1131

ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009-ENSINO MÉDIO

TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011

FORMA: SIMULTÂNEA

BASE NACIONAL

COMUM

DISCIPLINAS SÉRIES

1ª 2ª 3ª

ARTE 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 4 2 4

MATEMÁTICA 3 3 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

*LEM.-ESPANHOL 4 4 4

LEM.-INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96 *Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.

Brasilândia do Sul, 30 de agosto de 2011.

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346

ANEXO II

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 4 1 2 3

1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 22

8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 2422 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 3129 30 31

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14 18 6 7 8 9 10 11 12 22 3 4 5 6 7 8 9 18

15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias

22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 19

15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29

3007 Dia do Func ioná rio de Esc ola

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 1 2 3 1

7 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 19 2 3 4 5 6 7 8 13

14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 31

15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Início/Término

FériasRecesso

Formação Continuada SEED e NREItineranteFeriado MunicipalConselho de classeReunião pedagógicaReplanejamentoSemana esportiva cultural

Dias Letivos por Bimestre1º Bim: 53 dias 3º Bim: 52 dias2º Bim: 45 dias 4º Bim: 53 dias

3º 04/07 28/09 29/094º 01/10 19/12 15/12

1º 02/02 20/04 23/04Semana Pedagógica 2º 24/04 02/07 03/07

Planejamento Organização dos BimestresBimestre Início Término Conselho de Classe

Dezembro 12 dias Outros recessos 03 Total 68 dias Total 60

Dias Letivos 203 dias Julho 18 dias Dez/recesso 12 Reunião Pedagógica 01 dia Fevereiro 07 dias Janeiro/julho/recesso 15 Conselho de Classe 02 dias Janeiro 31 dias Janeiro/férias 30

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor

Dias Letivos Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes

Julho Agosto Setembro

7 Independência

Outubro Novembro Dezembro

6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi

21 Tiradentes 15 Feriado Municipal

1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval

Abril Maio Junho

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012 Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias); replanejamento (01 dia);

reunião pedagógica (01 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro Março

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE ASSIS CHATEAUBRIAND

COLÉGIO ESTADUAL RUI BARBOSA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIORua Alemanha, 400 – Fone/Fax (0xx44) 3654-1131 – e-mail: [email protected]

Cep: 87.595-000 – Brasilândia do Sul – Paraná

Anexo da Resolução N º4901/2011- GS/SEED

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347

ANEXO III

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

TURNO

Nº: NOME: FUNÇÃO M T N VINC

ALESSANDRO STEILEIN DA CRUZ PROFESSOR X X PSS

CAROLINA MARQUES DE OLIVEIRA SILVA PROFESSORA X

PSS

CRISTIANE BENTO RUFINO PROFESSORA X

PSS

DENISE RODRIGUES CAVALCANTE PROFESSORA X PSS

ELAINE SIMONICA ALARCON PROFESSORA X X QPM

IREMILCE PASTORI TOMADÃO PROFESSORA X X X QPM

JOSENITA AUGUSTO DA CONCEIÇÃO PROFESSORA X PSS

LAUDIMARI DIAS DOS SANTOS PROFESSORA X X X PSS

LAURI ANTONIO VILANOVA PROFESSOR X X PSS

LEOMAR BISSONHO ROMAN PROFESSOR X SC02

LIAMAR RODRIGUES DOS SANTOS DE SOUZA PROFESSORA X PSS

LILIAN ASSIS TOMIN PROFESSORA X X PSS

LUCILENE RODRIGUES JACINTO PROFESSORA X PSS

MABEL ROSA DE SOUZA DAL BEM PROFESSORA X X

QPM

MARCIA BALEEIRO DOS SANTOS MORETI PROFESSORA X X X QPM

MARCIO VIRGINIO DA SILVA PROFESSOR X PSS

MARCOS GAIAS MARCONI PROFESSOR X PSS

MARIA DE OLIVEIRA MENDES PROFESSORA/PEDAGOGA

X X QPM

MARILZA GOMES DE FREITAS PEDAGOGA X

QPM

MICHEL PEREIRA DE CARVALHO PROFESSOR X X X QPM

RITA DE CASSIA VENTURIM PROFESSORA X X

PSS

ROSANA FERREIRA GARCIA PROFESSORA X X X PSS

ROSILENE PRANDI PASTORI PROFESSORA X X QPM

SANDRA MARIA GONÇALVES PROFESSORA X X PSS

SANDRO ALEXANDRE MENDONÇA PROFESSOR X X X QPM

SILMARA LULU BASSETO PROFESSORA X X QPM

SILVANA APARECIDA MALFATO COLOGNESE PROFESSORA X QPM

SOLANGE DE FATIMA JULIÃO PROFESSORA X PSS

SONIA APARECIDA GONÇALVES CAVALCANTE PROFESSORA X X PSS

SONIA APARECIDA ZORZELA RAIZI PROFESSORA X SC02

SONIA MARIA DOS SANTOS MELO PEDAGOGA X QPM

SONIA MARIA DE ANDRADE FRANCISCO PROFESSORA X PSS

SONIA MARIA MARCOLINO PROFESSOR X X PSS

SONIA MARIA MORETTI FURLAN DIRETORA X X QPM

VALTER APARECIDO RAIZI PROFESSOR X PSS

VERONICA APARECIDA CAVANHA TOMIN PROFESSORA X PSS

ZENAIDE CAMPOS DE ANDRADE PROFESSORA X X

QPM

ADMINISTRATIVOS ( AGENTE EDUCACIONAL II ) TURNO

Nº: NOME: FUNÇÃO M T N VINC

1 DAIANE XEO DA SILVA SERV.ADMINISTR X X QFEB

2 GERALDO CAETANO DE MELO SECRETÁRIO X X QFEB

3 HADAN LUCAS VALERIANO DE OLIVEIRA SERV.ADMINISTR X X QFEB

4 REGIANNE GORETTI TOZZI SERV.ADMINISTR X X QFEB

AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS ( AGENTE EDUCACIONAL I ) TURNO

Nº: NOME: FUNÇÃO M T N VINC

ADI VIEIRA LEAL DO NASCIMENTO AUX-OPERACIONAL X X CLAD

JOSEFA APARECIDA DOS SANTOS AUX-SERV.GERAIS X X QFEB

MARIA CÉLIA DE PAULA SCUTERI AUX-SERV.GERAIS X X QFEB

MARIA CLAUDINA CAMILO DE ANDRADE AUX-SERV.GERAIS X X CLAD

MARIA FATIMA DE SOUZA AUX-SERV.GERAIS X X QFEB

MARIA HELENA PEREIRA AUX-SERV.GERAIS X X QFEB

MARILENE DE PAULA MOURA AUX-SERV.GERAIS X X QFEB

TURNO= M: Manhã T: Tarde N: Noite