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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY PPP PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO FEVEREIRO/2013

PROJETO POLÍTICO PEDAGOGICO - Notícias · História e Cultura Afro-Brasileira Africana e ... Cia. de Dança e Arte Júlia ... na formação de homens e mulheres capazes de compreender

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY

PPP

PROJETO POLÍTICO

PEDAGOGICO

FEVEREIRO/2013

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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY

“Realidade pode ser mudada

só porque e só na medida que

nós mesmos a produzimos, e

na medida que saibamos que

é produzida por nós”.

KOSIK, 1976.

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SUMARIO

Apresentação 5

Dados de Identificação 6

Histórico do Estabelecimento 6

Biografia da Júlia Wanderley 11

Decretos e Resoluções 12

Modalidades de Ensino Ofertadas 14

Quadro de Profissionais Efetivos 15

Ambientes Pedagógicos Disponíveis 16

Organização Curricular utilizada 16

Matriz Curricular 16

Justificativa 17

Filosofia do Colégio 19

Proposta da Direção. Equipe Pedagógica e Equipe Administrativa 21

Estratégias da Escola para articulação da Família e Comunidade 32

Caracterização da Comunidade Escolar 33

Proposta dos Professores e Funcionários 37

Intervenções Pedagógicas para atendimento à alunos com necessidades

Especiais

39

Estudos sobre o Estado do Paraná 46

Agenda 21 Escolar 47

Diversidade Educacional 50

História e Cultura Afro-Brasileira Africana e Indígena 52

Desafios Educacionais Contemporâneos 60

Enfrentamento a Violência na Escola 62

Língua Estrangeira Moderna 67

Avaliação 68

Recuperação de Estudos 69

Gestão Democrática 71

Conselho Escolar 72

APMF 73

Conselho de Classe 75

Grêmio Estudantil 76

Conselho de Representantes de Turmas 77

Formação Continuada 78

Organização da Hora Atividade 81

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Qualificação dos Espaços e Equipamentos 85

Rendimento Escolar 90

Fundamentação Teórica do Ensino Fundamental 91

Matriz Curricular – Ensino Fundamental (Anos Finais) 95

Fundamentação Teórica da Educação de Jovens e Adultos – EJA 96

Matriz Curricular da EJA – Ensino Fundamental – Fase II 104

Matriz Curricular da EJA – Ensino Médio 105

Apresentação do Ensino Médio por Blocos 106

Matriz Curricular do Ensino Médio Blocos 110

Plano de Estágio não Obrigatório 111

Projetos 116

English Show 117

Multidisciplinar 121

Gincana das Mães 124

Atividades Complementares – Língua Portuguesa 126

Atividades Complementares – Geografia 128

Xadrez na Escola 130

Voleibol para todos 132

Cia. de Dança e Arte Júlia Wanderley 136

Agenda 21 Escolar 143

Considerações Finais e Avaliação do PPP 147

Referências Bibliográficas 149

Ata de Aprovação 151

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APRESENTAÇÃO

No contexto atual, marcado por sucessivas transformações, a educação, na

qualidade de uma prática social, contribui positivamente no processo de democratização

da sociedade brasileira. Deste modo, evidencia-se que a busca da qualidade na

educação representa o desejo de prestar um serviço eficiente, no sentido de contribuir

na formação de homens e mulheres capazes de compreender a sociedade em que

vivem.

Este Projeto Político Pedagógico elaborado no decorrer dos anos representa a

construção coletiva da identidade desta escola.

A construção deste Projeto Político Pedagógico partiu do diagnóstico dos

problemas, conceitos e contradições presentes no cotidiano da escola e das relações

com a realidade social. Busca respostas, alternativas, ações, para a organização dos

saberes necessários a partir do compromisso coletivo, apresentando ações

comprometidas com a transformação da realidade educacional e social.

Neste Projeto Político Pedagógico estão contidas as grandes linhas de ação que

norteiam o trabalho pedagógico que pressupõe uma compreensão crítica da realidade

histórico-social, compromisso com a transformação desta realidade com a participação

efetiva de todos os envolvidos neste processo.

Este Projeto Político Pedagógico também busca concretizar a autonomia da

escola, a valorização dos profissionais da educação, o compromisso do poder público

na oferta e manutenção da educação pública de qualidade e a construção coletiva do

currículo, da gestão democrática e da formação continuada dos educadores.

DEMO (l998), assim se refere ao Projeto Politico Pedagógico:

“Existindo projeto pedagógico próprio, torna-se bem mais fácil Planejar o ano letivo, ou rever e aperfeiçoar a oferta curricular, aprimorar expedientes avaliativos, demonstrando a capacidade de evolução positiva crescente. É possível lançar desafios estratégicos, como: diminuir a repetência, introduzir índices crescentes de melhoria qualitativa, experimentar didáticas alternativas, atingir posição de excelência.” (p. 248)

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO

Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio

Rua Jorge Lacerda, 1420 - CEP: 85811-350.

Fone Fax: (45) 3226 – 8096

Fone Coordenação: (45) 3226 - 9622

Cascavel – Paraná

NRE: Cascavel

Entidade Mantenedora

Secretaria de Estado da Educação do Paraná

Histórico do Estabelecimento de Ensino

O Grupo Escolar Júlia Wanderley teve sua origem em 1965, numa Escola

Municipal, instalada em uma sala, sito à Rua Belém, 330.

A denominação do estabelecimento deve-se ao destaque da jovem Júlia

Wanderely em cursar o magistério, sendo a primeira mulher a ingressar no magistério

do Estado do Paraná.

Em 1965 o Senhor Carlos Cancelli, sentindo os problemas que a Escola

enfrentava para atender o crescente número de alunos, doou dois lotes à Prefeitura

Municipal, para que ali fosse construído um Grupo Escolar.

Neste local a Prefeitura mandou construir um prédio de madeira, composto de 06

(seis) salas de aula, gabinete e 01 (uma) cozinha, inaugurado em 11 de maio de 1965,

pelo Decreto 343/65.

Ao novo Estabelecimento de Ensino foi dado o nome de “ESCOLA JÚLIA

WANDERLEY” em homenagem à notável educadora paranaense do mesmo nome.

Para responder pela direção da escola foi nomeada a Professora Geroslava Sdebeski.

No período de 1965 a julho de 1967, foi fundada a APM da escola e construídas mais duas salas de aula.

De agosto de 1967 a dezembro do mesmo ano a direção esteve a cargo da

Professora Clorinda Galina.

No início de 1968 assumiu a Professora Angelina Lorenzini, que se afastou em

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março do mesmo ano.

Em abril de 1968, assumiu a Professora Delaé Maira Webber, que respondeu

pela direção até dezembro de 1970. Durante esta gestão foram efetuadas algumas

melhorias, como:

A construção de uma casa para o guarda da escola;

A instalação e funcionamento do Clube Agrícola;

Convênio com o Estado e criação do Grupo Escolar (Decreto nº 21.064 de 15 de

setembro de 1970);

Construção de novos sanitários e instalações elétricas.

Em dezembro de 1970, assumiu a direção a Professora Marli Luiza Schnitzer,

que esteve à frente da administração até fevereiro de 1972.

Em março de 1972 a direção passou à Professora Iracema S. Scandorala que

contava com um corpo docente de 30 (trinta) professores e 562 (quinhentos e sessenta

e dois) alunos, distribuídos em 06 (seis) salas de aula e 03 (três) períodos.

Em 1973 o Grupo Escolar Júlia Wanderley, integrando-se à reforma de Ensino do

Estado do Paraná, passou a fazer parte do NROA como complexo III da Escola do 1º

grau..

Nesta época passou a responder pela direção da Escola a Professora Liete

Gomes Beuter, designada pela Portaria 261/73, Diário Oficial de 22/02/73.

Em agosto de 1973, passou a administração da Escola à Professora Maria de

Lourdes Batista pela Resolução nº 4138/73 indicada pela 45ª IRE (Inspetoria Regional

de Educação).

Como II Etapa da expansão da implantação da Reforma de Ensino do Estado do

Paraná, passou a partir de 1973 a fazer parte do complexo III, com previsão para

administrar Ensino até a 8ª série.

No período de 1974 à 1979 ainda estiveram na Direção as Professoras

Geroslava Sdebeski, novamente, e Ivone Maria de Oliveira Rojo. Dentre as diversas

realizações destas duas administrações destacam-se a reforma do prédio, com a

construção de mais salas de aula e da Cancha de Esportes, a criação de Centro Cívico,

em 1975 e a instalação da Cantina Comercial, com recursos da APM.

No ano de 1976, conforme Decreto nº 1695, a “Escola Integrada Estadual de 1º

Grau Júlia Wanderley – 02”, passou a denominar-se “Escola Estadual Professora Júlia

Wanderley – Ensino de 1º Grau”.

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Em 1979 assume a direção a Professora Valdemira Bibiano da Silva.

Em 1980 a Escola muda de endereço, passando a situar-se na Rua Jorge

Lacerda, em prédio construído pelo município em parceria com a Fundepar.

Em 1981 deu-se o reconhecimento do Curso de 5ª a 8ª série, pela resolução

2841/81.

Em 1988, a Professora Marlene Gaspar assume a direção.

A partir de 1989, com a administração da Professora Helena Salete Malaquias,

foi realizada a pavimentação interna do prédio da escola, a instalação do Laboratório de

Química/ Física/ Matemática e a colocação de iluminação fluorescente e ventiladores

em todas as salas de aula.

Em 1993 foi implantado o Curso de 2º Grau – Educação Geral – Preparação

Universal, autorizado pela Resolução nº 4445/92, de 03/12/92.

No ano de 1993 a professora Helena foi a primeira diretora eleita do Colégio,

passando a exercer seu segundo mandato em janeiro de 1994.

Em 1995 devido à aposentadoria da professora Helena, a direção passa à

Professora Celina Cervi Kremer, tendo como vice-diretora no primeiro mandato a

pedagoga Elisa Amaral de Macedo Molli D’Agnoluzzo, e no segundo mandato a

pedagoga Maria Odete Rosa Rodrigues. Em sua gestão foi criado o Conselho Escolar,

foram construídas mais 02 (duas) salas de aula, a ampliação do pátio coberto e reforma

nos banheiros dos alunos. O Laboratório de Informática foi implementado, juntamente

com a informatização da secretaria, mecanografia e biblioteca. O acervo bibliográfico foi

ampliado. Construiu-se um pavilhão para abrigar a marcenaria para atendimento aos

alunos do ensino especial profissionalizante. A escola foi equipada com mais

televisores, videocassetes e aparelhos de som, com sistema de som integrado em todas

as salas de aula. Nesta gestão também foi construída a estrutura metálica do ginásio de

esportes, pelo governo do estado (estrutura e cobertura).

O Reconhecimento do Ensino Médio deu-se em 1999 pela Resolução 2303/99.

Ainda na gestão da Professora Celina, em 15/08/2003 foi autorizado o

funcionamento da Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental e Médio

parecer nº 0143/2001 - CEE.

Pela Deliberação 003/98, a partir do mesmo ano a escola passou a ter a

nomenclatura de Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e

Médio, atendendo às exigências da nova Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96.

A partir de 2002 o Colégio passa a ser dirigido pela Professora eleita Tania

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Regina Frizzo Gnoatto, tendo como Diretora Auxiliar a Professora Edilene Cerqueira

Leite.

Nesta gestão, mais precisamente em 2002, as séries iniciais do Ensino

Fundamental foram municipalizadas. A partir daí o colégio passou a dividir o espaço

com a então recém criada Escola Municipal Michalina K. Sochodollak.

Na gestão da Professora Tânia foi efetuada revitalização da quadra de esportes,

construção das paredes, sanitários, piso e arquibancadas do ginásio de esportes,

reforma da cozinha, reforma dos sanitários masculino e feminino, mudanças na

mecanografia e biblioteca, aquisição de vários equipamentos eletrônicos, reposição de

ventiladores e quadros das salas de aula, reposição do acervo bibliográfico da

Biblioteca e outras benfeitorias. Também foi implantada a Sala de Recursos para

atendimento aos alunos portadores de necessidades especiais.

A partir de 2006 a direção foi confiada à Professora eleita Leonice Schwarz de

Oliveira juntamente com a Diretora Auxiliar Celina Cervi Kremer. Em 2007 a pedagoga

Celina aposentou-se passando o cargo para a professora Marli Simionato. Nesta gestão

a Sala de Apoio à Aprendizagem foi implantada pela SEED, para ofertar atendimento

aos alunos de 5ªs séries em contraturno.

Foram construídas calçadas em volta do colégio e melhorias nos muros. Também

foi construído o portão que mudou o acesso ao colégio pela Rua Nereu Ramos. Com a

participação da comunidade escolar foi feita a arborização nas calçadas externas do

colégio. Também foi implantada a sala de Recursos – Surdocegueira, para atendimento

especial a alunos portadores de deficiência auditiva e cegueira.

Nesta gestão o colégio recebeu novos equipamentos de informática do programa

Paraná Digital, da Secretaria de Estado da Educação e também aparelhos de tv

pendrive para todas as salas de aula.

No início de janeiro de 2009, tendo sido eleita no final de 2008, a bibliotecária

Elizabeth Aparecida Ribeiro assumiu a direção do Colégio Estadual Professora Júlia

Wanderley, juntamente com o professor Carlos Alberto de Vicente, porém, por motivos

de saúde precisou se afastar do cargo em abril de 2009. A partir daí passou a

responder pela direção do Colégio o professor Carlos Alberto de Vicente, tendo o

Professor Célio Roberto Eing como Diretor Auxiliar, para ocupar cargo de quarenta

horas semanais, indicado por ele e aprovado pelo Conselho Escolar. Em abril de 2009 o

colégio ganhou mais espaço com a saída da Escola Municipal Michalina K. Sochodollak,

que passou a funcionar em prédio próprio no mesmo bairro.

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Em 2010 foi implantada a nova proposta do Ensino Médio Organizado por Blocos

de Disciplinas em atendimento à resolução 5590/2008, e a Sala de Recursos – Altas

Habilidades. Neste ano também foi ampliado o número de turmas do período da tarde.

Também foram instalados na biblioteca os novos equipamentos do laboratório de

informática enviados pelo MEC em parceria com a SEED – Secretaria de Estado da

Educação, e câmeras de monitoramento espalhadas em pontos estratégicos do Colégio.

No início de 2010 o professor Célio pediu exoneração da Rede Estadual de

Ensino e para substituí-lo foi convidada a professora Reni Marta Facioni Marques com

40 horas semanais. Em fevereiro de 2010 o Professor Carlos se afastou da direção para

participar do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, e para substituí-lo foi

nomeada a Professora Reni Marta Facioni Marques.

A diretora Marta passou a contar com a colaboração das Diretoras Auxiliares

Leonice Schuarz de Oliveira e Keli Cristina Rosa.

Durante o ano de 2010 foram realizadas melhorias no espaço interno, como

pintura das paredes dos saguões e dos muros externos, este com a participação de

algumas professoras de Arte juntamente com seus alunos. Também foram substituídos

ventiladores e outros equipamentos necessários.

O Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley contava com aproximadamente

1.400 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de

Jovens e Adultos.

No dia 11 de agosto de 2011 o Professor Carlos Alberto de Vicente retomou a

função de Diretor tendo como Diretores Auxiliares as Professora Keli Cristina Rosa e

Leonice Schwarz de Oliveira.

No pleito eleitoral ocorrido no mês de novembro de 2011 foi eleito para o cargo

de Diretor, o Professor Rosimar Baú para a gestão 2012 – 2014 tendo como Diretora

Auxiliar a Professora Leonice Schwarz de Oliveira.

A nova equipe iniciou a gestão fazendo melhorias na organização do trabalho

educativo, administrativo, funcional e também no que se refere à pintura de alguns

ambientes e algumas salas de aula.

Atualmente o Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley conta com

aproximadamente 1.140 alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, Ensino Médio

e Educação de Jovens e Adultos.

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BIOGRAFIA “JULIA WANDERLEY”

Primeira Professora nomeada pelo Executivo do Paraná.

Nasceu em Ponta Grossa, em 26/08/1874. Dotada de inteligência ímpar, foi

educada com esmero por seu pai, Augusto Guilherme Wanderley, um dos decoradores

da Catedral de Curitibana.

Depois de estudar com alguns professores particulares, foi aluna do Colégio

Curitibano, Colégio Saldanha, Colégio Nossa Senhora da Glória e Colégio Santo Inácio.

Ingressou no curso secundário em 1889, concluindo-o no Ginásio Paranaense e

Escola Normal até então privilégio do sexo masculino.

Ao eminente mestre Justiano de Mello, deveu Júlia Wanderley, grande parte da

sua formação. Como aluna do Instituto Paranaense, foi para o estabelecimento um

motivo de envaidecimento.

Aos 18 anos já escrevia artigos sobre evolução das espécies, os quais seriam

hoje assinados por qualquer naturalista renomado. Vivia encantada pelos

conhecimentos que adquiria, sempre procurando saciar sua fome do saber.

Ela foi principalmente um espírito científico. Em 1892 foi nomeada professora da

9ª cadeira da capital. Foi 1ª Professora nomeada no Paraná. De formação socialista,

mas fervorosamente católica, escrevia artigos no “O Artista” e “Operário Livre” muitas

vezes assinados com pseudônimo de Augusta de Souza.

Foi Mestra acidentalmente, porque era o único campo de ação cultural para uma

mulher de Curitiba , de então. Deveria ter vivido hoje, para poder dar vazão ao seu

espírito superior.

Dedicou a maior parte de sua vida à Escola Tiradentes.

Faleceu em Curitiba, em 18/04/1918, aos quarenta e quatro anos.

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DECRETOS E RESOLUÇÕES

AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO:

• Decreto 1695/76 de 15/03/76

RECONHECIMENTO DO ESTABELECIMENTO:

• Res. 2841 – DOE 30/12/81

RECONHECIMENTO DOS CURSOS:

CURSO: 4000 - Ensino Regular Fundamental (Séries Finais)

• Decreto 1695 – DOE. 15/03/76 (Autorização de Funcionamento)

• Resolução 5164 – DOE. 01/02/08 (Renovação de Reconhecimento)

CURSO: 6406 - Sala Rec.S.FI.D.INTEL.TRAN. (Modalidade Especial / Fundamental)

• Resolução 4403 – DOE. 11/12/2007 (Autorização de Funcionamento)

• Resolução 1683 – DOE. 11/08/2009 (Prorrogação de Funcionamento)

CURSO: 6207 - Centro At. Esp. SURDOCEGUEIRA (Modalidade Especial/Fundamental)

• Resolução 1131 – DOE. 22/06/2009 (Autorização de Funcionamento)

CURSO: 5242 – EJA (Educação de Jovens e Adultos) por Disciplina – Fase II /Fundamental

• Resolução 178 – DOE 28/01/2008 (Autorização de Funcionamento)

• Resolução 2287 – DOE. 20/07/2010 (Renovação de Reconhecimento)

CURSO: 5243 – EJA (Educação de Jovens e Adultos) por Disciplina – Ensino Médio

• Resolução 178 – DOE 28/01/2008 (Autorização de Funcionamento)

• Resolução 2287 – DOE. 20/07/2010 (Renovação de Reconhecimento)

CURSO: 0010 - Ensino Médio por Blocos (Regular)

• Resolução 5185 – DOE. 01/02/08 (Renovação de Reconhecimento)

IMPLANTAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS:

• Resolução nº 712.010 – CNE/CEB fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para

o ensino fundamental de 9 (nove) anos.

• Deliberação 03/2006 – CEE/CEB

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• Instrução 008/2011 – SUED/SEED que trata da obrigatoriedade da oferta do 6º

ao 9º ano do Ensino Fundamental em 2011, sendo de forma simultânea.

APROVAÇÃO DO REGIMENTO ESCOLAR: Parecer 16995 de 01/12/95

• Adendo ao Regimento: Ato 215 de 08/06/2005

Distância do Estabelecimento ao NRE: Aproximadamente 8 km

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MODALIDADES DE ENSINO - 2012

T U R N OMANHÃ TARDE NOITE

SERIES/ANOS

Nº TURMAS

Nº ALUNOS

Nº TURMAS

Nº ALUNOS

Nº TURMAS

Nº ALUNOS

MO

DA

LID

AD

ES

EN

S.

FU

ND

.

6º 5 97

7º 2 61 4 115

8º 3 98 2 48

9º 4 142

EN

S. M

ED

IO 1º 4 109

2º 2 85

3º 2 69

Celem 1 29 2 57 1 17

C.A.E 1 10

Sala de Recurso 1 15

EJAFundamental 112

Médio 138

APEDFundamental 2 60

Médio 2 87

TOTAL 20 618 13 317 414Nota: EJA = Educação de Jovens e Adultos

APED = Ações Pedagógicas Descentralizadas

De acordo com a Instrução 008/2011 – SUED/SEED a correspondência das séries finais para o

ensino fundamental segue a tabela abaixo:

ENSINO FUNDAMENTAL 8 ANOS DE DURAÇÃO SÉRIES FINAIS

ENSINO FUNDAMENTAL 9 ANOS DE DURAÇÃO ANOS FINAIS

5ª série6ª série7ª série8ª série

6º ano7º ano8º ano9º ano

OBSERVAÇÕES:

• As turmas de EJA são organizadas de forma coletiva e individual, ficando a critério do

educando escolher a maneira que melhor se adapte às suas condições e necessidades,

ou mesmo mesclar essas formas, ou seja, cursar algumas disciplinas organizadas

coletivamente e outras individualmente.

• As turmas de APEDs são distribuídas na organização coletiva e funcionam em outros

bairros.

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QUADRO DE PROFISSIONAIS EFETIVOS

NOME FORMAÇÃO FUNÇÃO TURNO DE TRABALHO

Adecil Schirlei Silveira Letras Professora Manhã e Noite

Amauri Raimundo de Souza Administração Agente Ed. II Manhã e Tarde

Anacleto Ortigara Matemática Professor Noite

Angela Glória Paiano Toigo Educação Física Professora Manhã

Carla Andreia Favretto da Silva Geografia Professora Manhã e Tarde

Carla Fernanda Alves Matemática Professora Tarde e Noite

Carlos Alberto de Vicente Ciências/ Matemática Professor Manhã, Tarde e Noite

Claudia Maria Mendes Adolfo Geografia Professora Noite

Delci Cadini Letras Professora Tarde

Edilene Cerqueira Leite Ciências Biológicas Professora Manhã, Tarde e Noite

Elisabete Martins Moura Pedagogia E. Pedagógica Manhã e Tarde

Elizabeth Aparecida Ribeiro História Agente Ed. II Manhã e Noite

Erondina dos Santos Hann 1ª a 4ª Agente Ed. I Tarde e Noite

Estanislau Lacowicz Filho História Professor

Gisele Cristina Branco Pedagogia Pedagoga Noite

Ilce Batista dos Santos Tiem Pedagogia Professora Manhã

José Roberto Sbardelotto Matematica/ Ciências Professor Manhã

Judite A. R. Queiroz Carneiro Letras Professora Manhã

Juliana Ugolini Matemática Professora Manhã

Keli Cristina Rosa Letras Professora Manhã e Noite

Leanderson Chiquito Tecnólogo Proc Dados Agente Ed. II Manhã e Tarde

Leocádia Zolnier Ciências Professora Manhã

Leonice Schwarz de Oliveira Letras Diretora Aux. Manhã, Tarde e Noite

Leonilda Lima dos Santos Serviço Social Agente Ed. II Tarde e Noite

Luci Cássia Casagrande Letras Professora Manhã, Tarde e Noite

Lucia Helena Rigonatti Bedin Letras/ Direito Professora Manhã e Tarde

Luiza Rigo Ito Ciências / Biologia Professora Noite

Maria Ana Bach de Souza Letras Professora Manhã

Maria Aparecida P. Ferreira Ariza Matemática Professora ManhãNoite

Maria Goretti Prestes Galvan Matem./ Ciências Profª Read. Manhã e Noite

Maria Odete Rosa Rodrigues Pedagogia E. Pedagógica Tarde e Noite

Marilene Cordeiro Machado Téc. Contabilidade Secretária Manhã e Tarde

Marinez Terezinha da Cruz Pereira Letras Professora Manhã e Tarde

Marli da Luz dos Santos 1ª a 4ª Agente Ed. I Tarde e Noite

Marli Simionatto Letras Professora Manhã e Noite

Merice Ana Steffens Letras Agente Ed. II Manhã e Noite

Nancy Justiano de Souza Caprioli Direito Agente Ed. II Manhã e Tarde

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Noeci Linke Letras Agente Ed. II Manhã e Noite

Priscila Joelma Grigini Letras Agente Ed. II Manhã e Tarde

Raquel Kloeckner Sbardelotto Letras Agente Ed. II Manhã e Tarde

Reni Marta Facioni Marques Pedagogia Professora Tarde

Rosimar Baú História/ Sociologia Diretor Manhã e Tarde

Santa Terezinha Falcade Lavarda Educação Especial Professora Surdocegueira

Sirlei Ferreira de Oliveira História Professora Manhã

Suzamara Baldissera Química Professora Manhã e Noite

Tania Regina Frizzo Gnoatto História Professora Manhã, Tarde e Noite

Tomoko Ito Educação Física Professora Manhã e Noite

AMBIENTES PEDAGÓGICOS DISPONÍVEIS

AMBIENTE QUANTIDADE

AMBIENTE QUANTIDADE

Sala de Direção 1 Salas Equipe Pedagógica 2

Secretaria Geral 1 Biblioteca 1

Secretaria Auxiliar 1 Salão Social 1

Sala de Professores 1 Mecanografia 1

Salas de Apoio 2 Salas de aula 17

Salas de Recurso 2 Salas de Jogos 1

Salas de Atendimento 1 Quadra Esportiva 1

Sala de Hora Atividade 1 Ginásio de Esportes 1

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UTILIZADA: Por disciplina

MATRIZ CURRICULAR:

• Base Nacional Comum 92%

• Parte Diversificada: 08%

• Ensino Fundamental: Inglês

• Ensino Médio: Inglês

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JUSTIFICATIVA

O Projeto Político Pedagógico torna-se fundamental para a escola por ser o

elemento norteador da organização de suas ações, visando o sucesso na

aprendizagem dos alunos finalidade maior da escola como instituição social. Um

Projeto Político Pedagógico, assim como o próprio nome indica, pressupõe um caminho

para atingir uma meta que envolve dimensões que transcendem os limites da escola,

pois todo ato pedagógico gera implicações sociais, não sendo simplesmente um ato

isolado, neutro. É a organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em

suas especificidades, níveis e modalidades. Nesse sentido, o nosso Projeto Político

Pedagógico orientará o trabalho pedagógico e as ações da escola por meio de diversas

formas de planejamentos, todas integradas no diálogo e na busca de soluções dos

problemas, com base na ação coletiva.

A Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 trouxe profundas mudanças para o

Sistema Educacional Brasileiro, refletindo a realidade das grandes transformações pelas

quais toda a sociedade atravessa neste início de século, tornando mais evidente que a

ação pedagógica é determinante na formação do indivíduo autônomo e construtor de

um mundo em constante transformação.

De acordo com o capítulo I do artigo 12 da LDB a Proposta Pedagógica do

Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley que ora se apresenta, construída de forma

coletiva por todos os membros desta comunidade escolar, reflete a própria escola em

movimento, a discussão de seus problemas cotidianos e suas possibilidades de

resolução e justifica-se pelo anseio de todos nós em buscar caminhos que levem os

alunos a desenvolver valores e atitudes. Enfim, acreditamos que nossa prática

administrativa e pedagógica está norteada de acordo com princípios das Diretrizes

Curriculares, formando o cidadão com:

• Os Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do

Respeito comum;

• Os Princípios Políticos dos Deveres de Cidadania, do exercício da criatividade e

do respeito à Ordem Democrática;

• Os Princípios da Criatividade, e da diversidade de manifestações Artísticas e

Culturais, imprescindíveis para o exercício da cidadania, a tomar posturas

críticas, responsáveis e construtivas no seu meio social, a tornarem-se agentes

transformadores do ambiente em que vivem.

Esta proposta pedagógica articula a participação de todos os sujeitos do

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processo educativo: professores, funcionários, direção, pais, alunos e outros, para

construir uma versão global da realidade e dos compromissos coletivos, assegurando a

liberdade e autonomia que constituem a própria natureza das ações pedagógicas.

Precisamos contribuir para criar a escola que é aventura, que marcha, que não tem medo do risco, por isso que recusa o imobilismo. A escola em que se pensa em que se cria, em que se fala, em que se adivinha, a escola que apaixonadamente diz sim a vida”. Paulo Freire”

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FILOSOFIA DO COLÉGIO

O Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley tem em seu Projeto Político

Pedagógico a seguinte Filosofia: “Preparar o educando através de uma visão crítica,

participativa, responsável e criativa para lutar por uma sociedade justa, democrática,

comprometida e igualitária”.

Para tanto, as dimensões administrativas pedagógicas estão centradas na

permanência do aluno na escola e no rendimento do processo educativo, assegurando

a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento a arte e

o saber.

A elaboração do PPP evidencia a intencionalidade da escola pública, ou seja, a

de propiciar ao aluno (ser social), uma educação sustentada por um ensino e

aprendizagem de qualidade, garantindo seu acesso e permanência, visando contribuir

com seu desenvolvimento, sua formação de cidadão, uma vez que é norteado sob os

pressupostos da pedagogia histórico-critica que surgiu no fim dos anos 1970, em

contraposição à escola que reproduz o sistema e as desigualdades sociais e com

ênfase às relações interpessoais e ao crescimento que delas resulta, centrado no

desenvolvimento da personalidade do indivíduo, em seus processos de construção e

organização pessoal da realidade e em sua capacidade de atuar como uma pessoa

integrada, associada à concepção materialista histórica e dialética elaborada por

Karl Marx e Friedrich Engels esta concepção filosófica, afirma: “As relações sociais são

inteiramente interligadas às forças produtivas. Adquirindo novas forças produtivas, os

homens modificam o seu modo de produção, a maneira de ganhar a vida e modificam

todas as relações sociais.

Segundo Gasparin (2003-2004) essa teoria apresenta cinco passos

metodológicos:

1 - PRÁTICA SOCIAL INICIAL: Saviani, Apud Gasparin (2005) afirma ser ele o ponto

de partida de todo o trabalho docente. Consiste este passo, no primeiro contato que o

aluno mantém com o conteúdo trabalhado pelo professor. Ao dialogar com seus alunos

sobre o tema a ser estudado mostrará a eles o quanto já conhecem sobre o assunto,

evidenciando, que a temática desenvolvida em sala de aula, está presente na prática

social, ou seja, em seu dia a dia.

2 – PROBLEMATIZAÇÃO: Constitui o elo entre a prática e a instrumentalização.

“Trata-se de detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da prática social

e, em consequência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1999, p.80). A

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problematização é o elemento-chave na transição entre prática e teoria, torna-se

fundamental para o encaminhamento de todo o processo de trabalho docente é o fio

condutor de todas as atividades que os alunos desenvolverão no processo de

construção do conhecimento.

3 – INSTRUMENTALIZAÇÃO: Consiste na apreensão, “dos instrumentos teóricos e

práticos necessários ao equacionamento dos problemas detectados na prática social

(...). Apud Gasparin (2003, p.54), trata-se da apropriação pelas camadas populares das

ferramentas culturais necessárias à luta que travam diuturnamente para se libertar das

condições de exploração em que vivem”. Segundo Saviani (1991, p.103) . É o momento

do método que passa da síncrese a síntese a visão do aluno sobre o conteúdo escolar

presente em sua vida social. A tarefa do professor e dos alunos, nesta fase, desenvolve-

se através de ações didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do

conhecimento nas dimensões científica, social e histórica.

4 – CARTASE: Para Saviani (1999 p.80-81), “o momento cartático pode ser

considerado como o ponto culminante do processo educativo, já que é ai que se realiza

pela mediação da análise levada a cabo no processo de ensino, a passagem da

síncrese à síntese”. É a fase em que o educando mostra que de uma síncrese inicial

sobre a realidade social do conteúdo que foi trabalhado, chega agora à síntese, que é o

momento em que ele estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as questões que

o conduziram a construção do conhecimento.

5 - PRÁTICA SOCIAL FINAL: Professor e alunos se modificaram intelectualmente e

qualitativamente em relação as suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram,

passando de um estágio de menor compreensão científica, social e histórica a uma fase

de maior clareza e compreensão.

Diante do exposto, nossa concepção de homem é de um ser natural e social,

que age na natureza transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. E

que no processo de transformação, envolve múltiplas relações em determinado

momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele produz

conhecimento, atua e interfere na sociedade e esta é o conjunto de pessoas que

compartilham propósitos, preocupações e costumes, e que interagem entre si

constituindo uma comunidade. Portanto é papel da escola formar sujeitos conscientes,

participativos, comprometidos, reflexivos, que busquem a transformação da sociedade

em que está inserido através de um olhar crítico, e por meio de sua criticidade, uma vez

que a educação é um ato político coletivo fruto da ação de todos os envolvidos na

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dinâmica do processo ensino-aprendizagem, e para compreendê-la temos que vinculá-

la às condições estruturais da sociedade, bem como ao conjunto das relações sociais

que se dão em cada contexto histórico. Sujeitos cientes de seus direitos e deveres, que

lute por uma sociedade justa, politizada, igualitária com cidadãos conscientes de seu

valor, e que possam garantir assim seu direito ao trabalho, uma vez que este em nossa

sociedade foi elevado a fator estruturante da organização econômica, política e social.

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PROPOSTA DA DIREÇÃO, EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA

PROPOSTA DA DIREÇÃO

A Direção do Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley, dentro das

perspectivas já apresentadas neste Projeto Político Pedagógico, deve participar das

questões referentes às propostas formuladas em relação à escola, sistematizando-as

em políticas educacionais desta unidade escolar, com sustentação nos princípios

teóricos e legais orientadores da SEED e NRE.

Para que esta escola prossiga sua caminhada no trabalho que vem

desenvolvendo, a Direção deve chamar à corresponsabilidade de todos os que atuam

na educação num trabalho coletivo, onde cada um exerça sua função específica e

fundamental neste processo. Cabe à Direção assegurar a qualidade deste processo,

tomar decisões baseadas em informações e dados, realizando um trabalho de liderança

voltado ao desenvolvimento cultural de nossa comunidade escolar. Também é função

da direção, gerir a aplicação racional dos recursos sempre visando a melhoria

pedagógica, partilhando as decisões tomadas com a comunidade e APMF cuja tarefa

deve ser realizada com objetividade e transparência.

Nesta dimensão de gestão escolar, a Direção estabelece a autonomia

pedagógica, em trabalho conjunto com todos os envolvidos no processo, visando

garantir com qualidade os conteúdos essenciais.

De acordo com a CGE – Coordenação de Gestão Escolar, compete ao diretor (a):

• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

• Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

• Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político

Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho

Escolar;

• Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação

• Implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

• Coordenar a elaboração do plano de Ação do estabelecimento de ensino e

submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

• Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às

decisões tomadas coletivamente;

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• Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

• Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho

Escolar e fixando-os em edital público;

• Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a

legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do conselho escolar e, após,

encaminha-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;

• Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os

órgãos da administração estadual;

• Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente

escolar, quando necessária, aprovadas pelo Conselho Escolar;

• Deferir os requerimentos de matrícula;

• Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo

com as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à

apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de

Educação para homologação;

• Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o

cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos

discentes;

• Assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas/aula e horas/atividades

estabelecidos;

• Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e

propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-

administrativa no âmbito escolar;

• Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação,

após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura

ou fechamento de cursos;

• Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los

ao Conselho Escolar para aprovação;

• Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao

cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a

exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

• Presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

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coletivamente;

• Definir horário e escalas de trabalho dos funcionários que atuam nas áreas de

Administração Escolar e operação de Multimeios Escolares e equipe dos

funcionários que atuam nas áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e

preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o

educando;

• Articular processos de integração da escola com a comunidade;

• Solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e cancelamento na

demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as

instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação;

• Organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional

supervisionada do funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação -Profuncionário, no horário de trabalho,

correspondendo a 50% (cinquenta por cento) da carga horária da Prática

Profissional Supervisionada, conforme orientação da Secretária de Estado de

Educação, contida no Plano de Curso;

• Participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,

juntamente com a comunidade escolar;

• Cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e

epidemiológica;

• Viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular

plurilinguístico da língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de línguas

estrangeiras modernas – CELEM;

• Disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

• Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento

de ensino;

• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas,

com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• Assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados pelo Fundo

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Nacional de Desenvolvimento da Educação /MEC – FNDE;

• Possibilitar a atuação da equipe Multidisciplinar no âmbito escolar referente a

educação das relações étnico-raciais;

• Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

PROPOSTA DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Na escola de hoje, a presença do pedagogo, com formação sólida, se constitui na

condição necessária para se fazer cumprir o objetivo principal da escola pública que é a

formação básica do educando.

A Equipe Pedagógica deve ter comprometimento efetivo, mediando o professor, o

conhecimento elaborado e o aluno.

No processo atual da educação o pedagogo deve superar a visão corporativista

para uma visão de articulador político pedagógico na escola.

A Equipe Pedagógica necessita de cultura geral suficientemente ampla e a

consciência das necessidades do coletivo, possibilitando a elaboração e a difusão de

uma proposta pedagógica voltada aos interesses da comunidade escolar, entendendo a

relação que existe entre os problemas que a escola enfrenta e o contexto social político

e econômico que os condicionam.

É necessário que o Pedagogo articule o coletivo escolar propiciando ocasiões

para que, num processo de interação conjunta sejam discutidas as tomadas de

decisões, as estratégias, objetivos, etc., para que as necessidades dos alunos, na

medida do possível, sejam conscientemente atendidas.

O Pedagogo deve exercer sua função de articulador na medida em que trabalha

a organização cultural na escola, elevando a consciência fragmentada do aluno a uma

consciência mais clara e coerente através da apropriação do conhecimento científico-

filosófico.

A concretização deste trabalho na escola acontece quando o Pedagogo assume

o papel de difusor desse conhecimento junto aos professores e aos alunos articulando

as áreas do conhecimento e envolvendo na discussão todos os professores,

funcionários, direção e a comunidade em geral, para que assumam uma proposta de

ação norteada pelos mesmos objetivos comuns.

O Pedagogo tem como norte a observação, análise, reflexão e a realimentação

das ações pedagógicas que acontecem no âmbito escolar, considerando os fatores

psicológicos, sociais e até econômicos, que interferem no processo, tendo como ponto

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de referência o aluno como pessoa, ser humano que necessita de um atendimento

voltado à superação das dificuldades que possam surgir.

A Equipe Pedagógica tem a função de estimular e propiciar momentos de

expressão, opinião e crítica visando o crescimento do aluno, não apenas na

identificação de fatos, conteúdos, mas também na criação, na ponderação de conceitos,

visão da realidade e autoconceito. Ressaltar ainda a importância de desenvolver

atitudes favoráveis ao estudo, estimulando no aluno o prazer e o desejo de estudar e

aprender.

Em síntese, o trabalho da Equipe Pedagógica deve ser o assessoramento a

articulação e a mediação do processo ensino-aprendizagem, contribuindo para

fortalecer a relação aluno-professor-conhecimento, redirecionando a prática escolar

(conteúdos, metodologia, avaliação, prática docente, organização do trabalho

pedagógico, etc.), na perspectiva de que a escola responda às necessidades sociais e

históricas da comunidade escolar.

De acordo com a CGE - Coordenação de Gestão Escolar, a equipe pedagógica é

responsável pela coordenação, implantação e implementação, no estabelecimento de

ensino, das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político Pedagógico e no

Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações

emanadas da Secretaria de Estado da Educação. A equipe pedagógica é composta por

professores graduados em Pedagogia.

Compete à Equipe Pedagógica:

• Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político

pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

• Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em

uma perspectiva democrática;

• Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico

escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação

escolar;

• Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica

Curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da

Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais;

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• Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao

coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

• Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração

de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

• Participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do

estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o

aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

• Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos

Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação

sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

• Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenções decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

• Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do

estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de

experiência, debates e oficinas pedagógicas;

• Organizar a hora/atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de

maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

• Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade

escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

• Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento

Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

• Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento,

subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da

organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

• Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e

demais materiais pedagógicos no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

• Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de

materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do

Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;

• Planejar com o coletivo escolar os critérios pedagógicos de utilização dos

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espaços da biblioteca;

• Acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e

Biologia e de Informática;

• Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua

participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

• Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

• Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da

Secretaria de Estado da Educação;

• Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a

partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

• Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a

serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

• Acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação - Profuncionário, tanto na organização do curso,

quanto no acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos

funcionários cursistas da escola e/ou de outras unidades escolares;

• Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as

formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

• Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

• Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

• Participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

• Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático

pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação,

reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial,

conforme legislação em vigor;

• Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias

letivos, horas e conteúdos aos discentes;

• Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros Registro de Classe e a

Ficha Individual de Controle de Nota e Frequência, sendo esta específica para

Educação de Jovens e Adultos;

• Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

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• Organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos

profissionais do estabelecimento de ensino;

• Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades

educacionais especiais;

• Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto

Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se

necessário;

• Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos,

realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu

desenvolvimento integral;

• Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

• Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

• Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades

educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e

curriculares e no processo de inclusão na escola;

• Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de

alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de

informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho

pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

• Assessorar os professores do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas e

acompanhar as turmas, quando o estabelecimento de ensino ofertar o ensino

extracurricular plurilinguístico de Língua Estrangeira Moderna;

• Acompanhar as Coordenações das Escolas Itinerantes, realizando visitas

regulares (somente para os estabelecimentos de ensino que servem de Escola

Base para as Escolas Itinerantes);

• Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos dos alunos para cada

disciplina, na modalidade Educação de Jovens e Adultos;

• Coordenar e acompanhar ações descentralizadas e Exames Supletivos, na

modalidade Educação de Jovens e Adultos (quando no estabelecimento de

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ensino não houver coordenação específica dessa ação, com a devida

autorização);

• Assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento

de ensino;

• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos,

pais e demais segmentos da comunidade escolar;

• Zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• Elaborar seu Plano de Ação;

• Cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

PROPOSTA DA EQUIPE ADMINISTRATIVA

A Equipe Administrativa é composta por profissionais, agentes educacionais II,

que atuam na Secretaria, responsáveis pela organização burocrática de toda a

documentação escolar, isto é, por todos os procedimentos inerentes ao registro escolar:

registro de documentação de alunos, matrícula, transferência e processo escolar

individual, organização e manutenção do arquivo ativo e inativo. São incumbidos de

diligenciar a correspondência do estabelecimento, pela guarda e expedição de toda a

documentação escolar, atendimento ao público, bem como serviços auxiliares relativos

à área financeira, contábil e patrimonial do estabelecimento, efetuar controle, cadastros

e prestação de contas de programas sociais em funcionamento na escola – Programa

Leite das Crianças – Bolsa Família. Biblioteca: A Biblioteca funciona segundo

regulamento próprio e está sob a responsabilidade de agentes educacionais II. A função

da biblioteca está vinculada ao empréstimo de livros, auxílio aos alunos nos trabalhos

de pesquisa, manutenção e recuperação de livros e demais obras literárias;

atendimento e apoio didático-pedagógico aos docentes; distribuição de livros didáticos

para os alunos; atendimento à comunidade escolar no que se refere a instruções para a

execução de pesquisas. Além de trabalhos realizados no cotidiano: carimbar e registrar

o acervo bibliográfico e atendimento do laboratório de informática (ProInfo).

Mecanografia: No ambiente da mecanografia estão disponibilizados os materiais

audiovisuais que são utilizados por meio de empréstimos conforme a necessidade de

cada professor. Seguem elencadas outras atividades realizadas pelo profissional

responsável, agente educacional II: reprodução de material didático através de

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fotocópias ou arquivos de imagem, som e vídeos; controle de empréstimo de material;

digitação de avaliações, avisos, bilhetes e recados solicitados pela Direção Escolar e

Coordenação Pedagógica ; arquivar modelos e originais de materiais digitados no setor.

Laboratório de Informática: Tem como função prestar auxílio ao corpo discente e

docente no que se refere ao manuseio de materiais e equipamentos instalados neste

setor, zelar pela conservação e manutenção do ambiente como um todo. Laboratório

de Química, Física e Biologia: Tem com objetivo preparar e disponibilizar materiais de

consumo e equipamentos para realização de atividades práticas de ensino; receber,

controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório; utilizar as

normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos deste laboratório; zelar

pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos e

equipamentos utilizados no setor; manter atualizado o inventário de instrumentos,

ferramentas, equipamentos, solventes, reagentes e demais materiais de consumo.

Serviços Gerais: Compete aos agentes educacionais os serviços de conservação,

manutenção, preservação, segurança e da alimentação escolar. São responsáveis pelo

zelo do ambiente físico e de suas instalações, preservando o patrimônio escolar;

realizando a limpeza, a organização e a preservação do ambiente escolar em todas as

suas dependências. São responsáveis pela seleção dos alimentos e preparo da

merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene, além de zelar, com

esmero, pelo ambiente de preparo alimentar.

Todos atuam de forma integrada nas áreas administrativa e pedagógica,

buscando assegurar a qualidade de todo processo educativo dentro do ambiente

escolar. Esta integração é peça fundamental para o desenvolvimento das ações e

interação com docentes e discentes nas atividades administrativas e pedagógicas. As

atribuições dos Cargos de Agente Educacional I e Agente Educacional II estão

contempladas no Plano de Cargos e Salários do Quadro dos Funcionários da Educação

Básica da Rede Estadual do Estado do Paraná (Anexo I e II).

Enriquecendo o bom andamento das atividades previstas no Plano de Cargos e

Salários e consequentemente, promover a educação de forma autêntica e

comprometida para toda comunidade escolar, salientamos que todos os Profissionais

do cargo de Agente Educacional II possuem formação superior, alguns possuem Pós-

graduação, quatro profissionais já concluíram o Curso ProFuncionário (Gestão Escolar,

Secretaria Escolar e Multimeios Didáticos) e cinco profissionais estão cursando os

referidos cursos, com provável conclusão em 2011. Os agentes Educacionais I estão

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buscando formação de Ensino Médio e Profuncionário compatível com as funções que

exercem.

Os Agentes Educacionais fazem parte da ação coletiva do Estabelecimento de

Ensino na construção da gestão democrática escolar, fortalecendo, participando e

contribuindo com responsabilidade, compromisso e dedicação em todos os segmentos

envolvidos na vida da escola de forma democrática, seguindo e obedecendo às

legislações vigentes, buscando sempre o bem comum e a qualidade no ensino. Os

Agentes Educacionais têm um papel tão importante quanto o da Direção, Equipe

Pedagógica e Docente, o que aumenta a responsabilidade, produtividade, ajuda mútua

e comprometimento em desempenhar com segurança as atribuições e ações que lhes

são confiadas.

Para obtermos melhores resultados, maior organização, objetividade, qualidade,

eficiência, abrangência, motivação, valorização e satisfação são necessárias atitudes

que levem os funcionários a:

• Agir com empatia e integridade, colocando-se na situação do colega, conhecendo

as causas, sendo justo e não obtendo vantagens em detrimento de outros.

• Sendo a secretaria o setor mais procurado pelos pais, professores, alunos,

equipe pedagógica e comunidade escolar, pessoalmente e por via telefônica, é

indispensável que o setor seja sempre informado das reuniões de pais, passeios,

dispensas de aulas e outros eventos com antecedência, para que tenha

credibilidade com relação às informações que repassa.

• Planejar, administrar e decidir objetivamente sobre alternativas viáveis acerca de

assuntos específicos por setor e/ou coletivamente, se for o caso.

• Agir com determinação, responsabilidade, eficiência e competência em todos os

assuntos profissionais.

• Procurar sempre pela inovação, aperfeiçoando-se constantemente.

• Conhecer as normas legais que determinam as Diretrizes.

• Comprometer-se com as ações, eventos e colegiados, de modo que os objetivos

propostos sejam alcançados satisfatoriamente.

• Receber e demonstrar uma compreensão clara dos objetivos ou metas a serem

cumpridas.

• Participar de cursos que qualifiquem seu desempenho profissional.

Além das atribuições de cada segmento ou cargo é necessário um elo de conexão e

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comunicação entre os diversos setores, agindo em conjunto e seguindo uma mesma

linha de ação:

• Assegurar um dia de estudos para os Agentes Educacionais I e II (mesmo dia da

reunião pedagógica) para ampliação da construção de conhecimento, abrindo

espaço para reflexão, debates, estudo de textos, legislações vigentes.

• Padronização com o uso do jaleco para identificar e minimizar constrangimentos

com vestimentas.

• Atendimento sem interrupção no horário do intervalo na secretaria, biblioteca, e

mecanografia para maior presteza e eficácia no atendimento à comunidade

escolar.

• Para maior agilidade e eficiência em redigir, pesquisar, criar planilhas, digitar

provas, ou fornecer dados de alunos e/ou professores e funcionários, os

interessados devem, na medida do possível, efetuar suas solicitações com

antecedência.

• Sendo o Laboratório de Informática um espaço somente de pesquisas e estudos,

faz-se necessário um prévio agendamento para melhor atender os educandos.

Os professores deverão ter o planejamento de aula e autorização da equipe

pedagógica para ministrar aula no laboratório.

Enfim, a Equipe Administrativa trabalha de acordo com as perspectivas do Projeto

Político Pedagógico e, dentro dos princípios administrativos dispostos na Constituição

Estadual, objetivando atuar junto a Equipe Pedagógica e comunidade escolar, dentro

dos princípios pedagógicos e filosóficos que norteiam a ação educativa deste

estabelecimento de ensino para uma efetiva gestão escolar democrática,

desenvolvendo ações de cidadania em que é fundamental a participação de todos:

direção, equipe pedagógica, professores, funcionários, estudantes, pais e comunidade

escolar para que essa parceria beneficie, motive e valorize o ambiente escolar.

Portanto, para que a construção do Projeto Político Pedagógico efetive-se e seja

de conhecimento de todos os membros da comunidade escolar, são necessárias ações

que exijam envolvimento de todos no processo, desde a elaboração à execução do

proposto. Para haver qualidade na educação escolar, é imprescindível que alguns

princípios sejam extremamente respeitados e constantes, entre eles: responsabilidade,

comprometimento, respeito, competência e integração contínua entre direção, equipe

pedagógica, funcionários e comunidade escolar; harmoniosamente, na medida do

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possível, a um ambiente escolar com estrutura e espaço físico adequado, material

didático eficaz e suficiente para todos os educandos, aliado a qualificação profissional.

ESTRATÉGIAS DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO

DA FAMILIA E COMUNIDADE

Assim como estabelece a LDB 9394/96 no seu artigo 1º: “A educação abrange os

processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no

trabalho, nas instituições de ensino, nos movimentos sociais e organizações civil e nas

manifestações culturais”.

Portanto, a educação sendo dever da família e do Estado implica participação

como relação mútua no processo de formação do indivíduo.

Conforme a legislação vigente a escola implementa várias ações, com muitas limitações

e dificuldades:

Falta de conscientização da família na necessidade da participação na vida

de seus filhos;

Falta de horário dos pais, devido sobrecarga de trabalho;

A baixa formação cultural da própria comunidade que impede a efetivação de

estratégias mais abrangentes.

Mesmo assim, colocamos todo o nosso empenho na articulação escola / família:

Reuniões periódicas;

Convocações via bilhetes e telefone;

Visitas na residência;

Promoção de eventos envolvendo as famílias (chá das mães, jantares);

Festa Junina;

Festivais;

Gincanas

Enfim, a escola está sempre aberta a toda comunidade escolar, bem como

através dos órgãos Conselho Escolar e APMF.

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CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

Diante da complexidade que é o campo educacional, percebemos a necessidade

de refletir e entender melhor nossa comunidade escolar como um processo de ensino e

aprendizagem que vão além da produção ou reprodução de conteúdos.

Compreendemos que a ação do educador não se dá somente em sala de aula, mas em

todos os espaços da escola, inclusive com a comunidade externa.

Tais relações, pela sua ambiguidade, apresentadas por momentos de harmonia e

produtividade e/ou conflitos podem resultar em situações tensoras. Compreendemos,

no entanto, que somos agentes reflexivos diante de todas as ações que mediamos e

compomos enquanto processo voltado a democratização da escola.

Segundo Paro(1993) “a luta pela democratização da escola situa-se no bojo da

própria luta pela democratização da sociedade, que no seu limite, coincide com a

transformação social, ou seja, enquanto processo de transformação estrutural da

sociedade”. E como comunidade escolar se faz necessário mediar este processo no

viés da coletividade, isto é , na interdependência dos indivíduos.

Somos cientes de que fazemos parte de uma sociedade injusta e cruel. Também

somos cientes de que a escola sempre esteve voltada às classes dominantes e que

muitos são excluídos automaticamente do processo ensino-aprendizagem. Em nossa

comunidade escolar as dificuldades de aprendizagem, indisciplina, evasão e repetência

apesar de todos os esforços tem-se minimizado, mas, não a contento, pois são

consequência da atual situação sócio-econômica e familiar vivida em todo país. Muitas

vezes trazemos para nós, a responsabilidade da família que na maioria já não repassa

os valores e limites necessários à formação do aluno.

Diante da desestruturação social e familiar apresentada nas últimas décadas

estamos recebendo cada vez mais, alunos aparentemente descomprometidos com sua

própria construção de educação e denotam um certo comportamento indisciplinar e ou

indiferente ao compromisso escolar, no entanto estamos cientes de que nossa função

enquanto agentes da educação é voltar nosso olhar e entender esta clientela a que nos

propomos a trabalhar.

São na maioria filhos de trabalhadores, sendo a minoria filhos de pequenos empresários

que lutam com dificuldades para se manterem nessa nossa atual sociedade tão

fortemente capitalista e excludente.

Não é tarefa fácil ser este agente socializador do conhecimento pela mediação

dos conteúdos, mas contamos com um bom quandro de professores, sendo que , a

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grande maioria pertence ao QPM com habilitação e especialização nas disciplinas

específicas, onde buscam através da capacitação permanente a melhoria por um

ensino crítico e científico.

Com relação aos funcionários os que atuam na equipe administrativa possuem

ou estão cursando o Ensino Superior, já os que atuam na equipe de serviços gerais

possuem Ensino Fundamental e alguns cursaram o Ensino Médio.

Nosso colégio distribui seus horários de funcionamento em três períodos, com

média de 35 alunos por turma, sendo que no período da manhã são 19 turmas assim

distribuídas: duas sétimos anos, três oitavos anos, três nonos, quatro primeiras séries

do Ensino Médio, dois segundas séries do Ensino Médio e duas terceira série do Ensino

Médio.

No período da tarde são 11 turmas assim distribuídas: seis sextos anos, três

sétimos anos e dois oitavos anos.

No período noturno a partir de 2006 entrou em funcionamento apenas a

modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos.

A hora atividade dos professores é realizada no Colégio, distribuída durante o

período de aula dos mesmos e utilizada para troca de experiências, estudos,

preparação de alunos, ensaios, elaboração de projetos, etc. porém, falta espaço

adequado para que estas atividades sejam realizadas com tranquilidade e qualidade.

Em pesquisa feita junto às famílias dos nossos alunos concluímos que a maioria

dos pais são casados e muitos são separados, a maioria das famílias tem de três a

cinco filhos. Os responsáveis pelo sustento de grande parte das famílias são o pai e a

mãe juntos, mas um número significativo de famílias tem seu sustento vindo apenas do

pai ou da mãe e algumas são sustentados por parentes, padrasto ou madrasta.

O grau de escolaridade das mães e pais apresenta-se de forma muito variada,

pois vai das séries iniciais do Ensino Fundamental ao Ensino Superior completo,

especialização e outros. Mas também existem alguns pais e mães não alfabetizados.

As profissões mais exercidas pelos pais são: motorista, caminhoneiro, agricultor,

gerente, pedreiro, bancário, encanador, marceneiro, funcionário público, caseiro,

engenheiro e muitas outras.

A maioria dos pais tem registro em carteira de trabalho e um número significante

trabalha como autônomo.

As mães em sua maioria trabalham como empregada doméstica, costureira,

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vendedora, zeladora, professora, agricultora, bancária, secretária, enfermeira,

massagista, produtora, funcionária pública, jornalista, comerciante e outras, mas um

grande número trabalham exclusivamente no lar.

A maioria das mães tem registro em carteira de trabalho e muitas são

autônomas.

As famílias da comunidade se mantém com renda de um a cinco salários

mínimos, algumas famílias têm renda maior mas muitas sobrevivem com menos de um

salário mínimo.

Normalmente os pais e filhos maiores de catorze anos trabalham, porém existem

muitos desempregados, por falta de oportunidades.

Algumas famílias são atendidas por programas sociais como: bolsa família, leite

da criança, vale gás, bolsa escola, agente jovem, peti, luz solidária e água baixa renda.

Muitas famílias moram em casa própria ou alugada mas algumas moram em

casa cedida por parentes ou amigos. A média de moradores é de três a cinco pessoas

por casa que possuem benefícios como: rede de esgoto, luz elétrica, água tratada,

telefone, asfalto, são poucas as casas que não possuem a maioria dos benefícios acima

exceto asfalto e rede de esgoto que ainda não existem em alguns bairros a que

pertencem nossos alunos.

As casas dos nossos alunos são equipadas na maioria com os eletrodomésticos

essenciais além de rádio, TV, aparelho de som, geladeira e máquina de lavar. Algumas

possuem computador com acesso à internet e aparelhos de vídeo e DVD, mas outros

não possuem nem os eletrodomésticos essenciais que ofereçam mais conforto e

praticidade para a família.

As atividades de lazer mais comuns das famílias são passeios, cinema, clube,

grupos de jovens, teatro, ver televisão, esportes, visitar parentes e amigos.

Estas famílias procuram assistência médica no SUS, algumas possuem

convênios de saúde e poucas buscam assistência particular.

Nossa comunidade escolar é formada por moradores do bairro, de bairros

vizinhos e zona rural. Os alunos que moram mais próximos, se locomovem até o

Colégio à pé, já os que moram mais distante usam meios de transportes diversos,

como: transporte coletivo, transporte escolar (público e particular), carro e bicicleta.

Nas famílias dos nossos alunos existe um grande número de pessoas com

habilidades artísticas como: desenho, pintura, música, dança, artesanato, culinária,

teatro, esportes etc., e também existem alguns alunos portadores de deficiências físicas,

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mental, visual, auditiva. Estas deficiências são tratadas e acompanhadas em 60% dos

casos, por especialistas do SUS, como: psicólogos, psiquiatras, neurologistas,

cardiologistas e fisioterapeutas. Também há os que fazem acompanhamento em

centros auditivo. Mas 40% destes alunos que apresentam deficiências não buscam

acompanhamento e assistência especializados.

Muitos dos nossos alunos pretendem prosseguir seus estudos e cursar uma

Universidade, sendo que alguns já têm definido o curso e a profissão que pretendem

prosseguir.

Enfim, nossa comunidade é composta por uma diversidade sócio-econômica e

cultural que nos desafiam a estudar para melhor compreender os condicionantes

sociais, políticos, culturais, econômicos, complementando assim a função social da

escola, que é estruturada pela transmissão dos conteúdos científicos acumulados e

atualizados através do movimento processo histórico.

Com relação à estrutura física, nosso Colégio não apresenta boas condições,

necessita de reforma geral urgente, pois as instalações são muito antigas, não

condizendo com a realidade do nosso alunado.

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PROPOSTA DOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

Partindo da realidade da sociedade em que vivemos, torna-se necessário

assumir o compromisso de conscientização dos alunos, para incentivá-los a lutar por

uma busca de mudanças através de uma melhor distribuição de rendas, uso racional

dos recursos naturais, melhor planejamento na saúde, educação, projetos sociais etc..

Para que essas ambições ou utopias se transformem em realidade, são

necessárias condições básicas para a oferta de um ensino de qualidade, formação

continuada consistente e valorização profissional. Necessita-se também, melhor

integração entre toda a comunidade escolar, principalmente com a família, para o

desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule os conteúdos e um processo

educativo que empregue recursos didático-pedagógicos que favoreçam e facilitem a

aprendizagem para:

Formar sujeitos críticos, conscientes, participativos, comprometidos, reflexivos,

que busquem a transformação da sociedade. Sujeitos com valores adquiridos, que

possam contar com o apoio da família e da escola para levá-los a inserção na

sociedade, cientes de seus direitos e deveres.

Discutir saberes elaborados, culturais, científicos, sistematizados, os

conhecimentos que o aluno traz para que possa compreender e questionar o mundo em

que vive e assim lutar para transformar a realidade.

Lutar por uma sociedade justa, politizada, igualitária com menos individualismo e

assistencialismo, com cidadãos conscientes de seu valor para que tenham, no mínimo,

suas necessidades básicas garantidas.

Buscar uma escola transformadora, onde a prática e as atitudes possam atender

o que é proposto. Onde haja comprometimento de todos: alunos, professores, pais,

funcionários e a comunidade em geral. Que trabalhe os conhecimentos científicos de

maneira sistematizada para formar cidadãos conscientes e críticos.

Priorizar uma educação voltada para o conhecimento e práticas sociais

interligados. Uma educação que torne o aluno participativo, crítico, transformador, que

valorize e respeite as diversidades pessoais, sociais, étnicas, culturais e religiosas.

Conceber uma avaliação que priorize o educando em seu crescimento intelectual,

social e emocional. Uma avaliação coerente, humana, diagnóstica, contínua e

formadora, utilizando metodologia que respeite o sujeito crítico, propiciando-lhe

condições de realizar o que lhe for proposto.

Valorizar a cultura do saber, do conhecimento, da diversidade científica, erudita,

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popular.

Trabalhar conhecimentos científicos, pré-elaborados, associados ao cotidiano do

aluno que garantam a efetivação da aprendizagem e a qualidade do processo de

ensino.

Manter as relações do poder de busca pelo crescimento, conquista e superação

por meio da mediação do conhecimento.

Direcionar com respeito mútuo, propostas que priorizem a flexibilidade nas

decisões em consonância com seus pares, mantendo o poder de cooperação para que

a valorização profissional e pessoal seja conquistada.

Trabalhar todas as questões propostas, por meio da elaboração de um plano de

ação coletivo. Buscar uma transformação de comportamento tendo sempre como foco

principal de todas as ações a promoção e formação integral do aluno, através das

atitudes de todos os membros da comunidade escolar, utilizando o poder da palavra,

diálogo, discurso, argumentação, conscientização e momentos de discussões e

reflexões.

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INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ATENDIMENTO A ALUNOS COM

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

A denominação "alunos com necessidades educacionais especiais", não se

restringe somente a educando com deficiência física, sensorial ou intelectual, os quais

em seu processo ensino-aprendizagem requeiram recursos pedagógicos e

metodologias educacionais específicas, mas também refere-se a alunos com Altas

Habilidades/Superdotação e condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos,

neurológicos ou psiquiátricos, podendo ainda receber atendimento alunos que

apresentem outros distúrbios de aprendizagem, tais como, dislexia, disgrafia e

discalculia.

No que concerne ao processo educativo, buscamos respaldo no aporte teórico

metodológico Vigotskiano acerca do defeito orgânico, especificamente no que tange a

deficiência, mas que, todavia, pode ser utilizado como ferramenta de reflexão sobre o

aprendizado e desenvolvimento do alunado foco da educação especial. Nessa

perspectiva, Vigotski assinala:

"(...) crianças deficientes devem ser educadas de forma mais

semelhante às crianças normais (...)“Não obstante, é

imprescindível investigar e utilizar métodos, procedimentos e

técnicas específicas para alcançar esse desenvolvimento”

(VIGOTSKI, 1997, p. I-II).

Com base na abordagem Vigotskiana intitulada de sociopsicológica, a qual

afasta-se das concepções biologizantes e fatalistas acerca da deficiência, bem como

partindo do pressuposto de que a deficiência não é apenas uma debilidade, mas

também força motriz para o desenvolvimento do indivíduo, e que o professor não deve

se ater somente às limitações do aluno, mas percebê-lo enquanto um ser que também

tem capacidades, apoiamo-nos nas recomendações internacionais e diretrizes legais, a

exemplo da Deliberação 02/03 que dita as Normas para a Educação Especial,

modalidade da Educação Básica para alunos com necessidades educacionais especiais

no sistema de ensino do Estado do Paraná, a fim de acenar para a inserção

educacional desses alunos preferencialmente na rede regular de ensino e, conforme

ART. 58 Parágrafo II da LDB 9.394/96, sempre que, em decorrência das especificidades

do aluno, não for possível sua inclusão escolar nas classes comuns, o atendimento

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educacional será proporcionado em classes, escolas ou serviços especializados.

Nessa mesma direção, considerando o processo educacional sob uma ótica

dinâmica e flexível, os principais fatores, que na opinião dos participantes da

Conferência de Educação para Todos, de Jontiem-Tailândia, 1990 sublinhou-se a

reafirmação de que "a educação é um direito, fundamental de todos: mulheres e

homens de todas as idades, no mundo inteiro", e que, "a educação pode contribuir para

conquistar um mundo mais seguro, mais sadio, mais próspero e ambientalmente mais

puro, e que, ao mesmo tempo favoreça o progresso social, econômico e cultural, a

tolerância e a cooperação internacional".

Encontra-se também nas Diretrizes Nacionais para a educação Especial na

Educação Básica do MEC, artigo 2º "os sistemas de ensino devem matricular todos os

alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com

necessidades especiais, assegurando condições necessárias para uma educação de

qualidade para todos", assim como o artigo 3º, parágrafo único, garante:"os sistemas

de ensino devem contribuir e fazer funcionar um setor responsável pela educação

especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e deem

sustentação ao processo de construção da educação inclusiva".

Com o objetivo de impulsionar o aprendizado e desenvolvimento do aluno com

necessidades educacionais especiais, a instituição educacional conta com o serviço da

sala de recursos, a qual refere-se a uma proposta calcada no respeito às diferenças,

para atender uma clientela diversificada, egressos da educação especial ou que

apresentem problemas de aprendizagem, com atraso acadêmico significativo, distúrbios

de aprendizagem e/ou que necessitem de atendimento individualizado e diferenciado

visando complementar o atendimento educacional realizado em classes comuns e

oportunizando um suporte técnico pedagógico mais efetivo à inclusão educacional.

Para esse fim, o trabalho desenvolvido na sala de recursos visa suprir as

necessidades de qualquer aluno que apresente dificuldade no processo de aquisição da

aprendizagem, objetivando a superação.

O atendimento se dá aos alunos de 6º ao 9º ano através de cronograma pré-

estabelecido, organizados em grupos de no máximo 10 alunos, totalizando 30 alunos ao

todo, por faixa etária, série e/ou compartilharem dificuldades semelhantes na

aprendizagem, enfocando os conteúdos da língua portuguesa, matemática e áreas do

desenvolvimento (social, afetivo-emocional,motor e cognitivo).

Todos os alunos ingressados no atendimento da sala de recursos são

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matriculados, frequentando o ensino fundamental de 6º ao 9º ano e são avaliados pelo

professor especializado e equipe técnica pedagógica, assessorada pela equipe do NRE.

Sendo assim, o trabalho proposto na sala de recursos é direcionado as

necessidades e dificuldades de aprendizagem específica de cada aluno, com

metodologias e estratégias diferenciadas, adequações e adaptações quando se faz

necessário.

Em relação a alunos com Altas Habilidades/Superdotação a proposta de

atendimento educacional especializado também implantada na escola, conta com a

participação da Equipe de Ensino-CRAPE do NRE e os professores do ensino comum,

que por sua vez, acompanham o desempenho dos alunos no dia a dia na sala de aula.

Os aspectos observados são: identificação e a avaliação. A identificação, passo

importante para o início dos trabalhos, tem como base fundamental os referenciais

teóricos consistentes e resultados de pesquisas sobre o tema. As estratégias de

identificação de alunos com Altas Habilidades/Superdotação mais utilizados no

programa de atendimento tem sido:

• Testes psicométricos (realizados pelo CRAPE);

• Escalas e características (realizados pelo CRAPE);

• Questionários;

• Observação de comportamento;

• Entrevistas com as famílias, professores, entre outros;

• Fatores ambientais e suas interações.

Todas essas ferramentas são importantes, pois fornecem dados objetivos úteis

para avaliação.

Neste processo, o aluno desenvolve atividades sugeridas a partir de inventários

de interesses e de estilos de aprendizagem nas quais a qualidade e a motivação na

realização de projetos de pesquisas ou suas produções são avaliadas, assim como sua

capacidade intelectual e criativa. Estes procedimentos contribuem na combinação entre

avaliação formal a observação estruturada no próprio contexto da escola, permitindo

avaliar seus conhecimentos, estilos de aprendizagem, área de interesse , habilidades e

de trabalho do aluno.

O atendimento aos alunos segue as orientações da Instrução 016/08, ou seja,

com alunos regularmente matriculados que frequentam o Ensino Fundamental e Ensino

Médio, através de cronograma, organizado em grupos , preferencialmente observando a

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área de interesses e faixa etária, no total de 20 alunos ao todo.

O objetivo principal é o enriquecimento da aprendizagem, suplementando o

currículo e, oportunizando as intervenções dentro de sua área de interesse e

habilidades.

Em cumprimento a legislação o PPP deste Estabelecimento de Ensino contempla

algumas orientações e subsídios necessários às áreas da deficiência física, auditiva,

visual, mental e múltiplas deficiências, bem como a alunos com altas

habilidades/Superdotação e condutas típicas, conforme apresenta-se:

Deficiência Física: Em casos de alunos com deficiência física envolvendo membros

inferiores e superiores, ou ainda com deficiência física mais acentuada com

comprometimento da fala ou na capacidade de comunicação, devem-se utilizar recursos

tecnológicos de comunicação alternativa ou aumentativo-ampliada, tais como softwares

que permitam as pessoas se comunicar e também acessibilidade no espaço físico que

possibilite a locomoção independente do aluno.

Deficiência Auditiva: Nesse caso o acesso às informações e ao conhecimento deverá

ser feita através de recursos visuais e preferencialmente exercida pelo professor

intérprete de LIBRAS. Em todas as ocasiões são relevantes salientar também a

importância das metodologias utilizadas em sala de aula para que a pessoa com

deficiência auditiva possa interagir no grupo onde está inserido.

Estas metodologias deverão vir acompanhadas de exemplos acessíveis aos

surdos, seja através de textos impressos, escrita no quadro-negro, TV multimídia,

cartazes, dentre outros.

Deficiência Mental e/ou Intelectual: O indivíduo com déficit intelectual apresenta

diferentes manifestações e tem características peculiares, as quais se manifestam em

diferentes formas : talentos, capacidades, necessidades e algumas incapacidades.

Porém, a limitação na área intelectual e o reconhecimento do atraso nesta área

permitem a elaboração e desenvolvimento de trabalhos para atender suas

peculiaridades e limitações. A limitação na área intelectual interfere substancialmente a

aprendizagem como também nas atividades da vida diária, seja no contexto escolar,

social, cultural e familiar, porém, o que não se pode mais conceber é ver o sujeito como

um ser imutável , definitivo, sem perspectivas no campo do desenvolvimento.

O desenvolvimento do sujeito processa-se de maneira diferente no que se refere

à apropriação de conceitos mais elaborados comparando-se aos padrões de

normalidade, no entanto, faz-se necessário considerar o seu ritmo de aprendizagem, ou

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seja, o desenvolvimento das estruturas cognitivas se dão mais lentamente e com isso o

tempo de aprender é maior.

Todas as informações relacionadas às atividades devem acontecer de forma

clara e objetiva para que o indivíduo com déficit intelectual organize seu pensamento

agindo de forma espontânea e autônoma.

Neste caso, sugere-se a elaboração de estratégias educacionais diversificadas,

(materiais concretos manipuláveis , uso de jogos, criações estimuladoras e

desafiadoras, incentivo à participação de eventos sociais na escola, com a família e a

comunidade) buscando novas maneiras para alcançar e/ou conhecer o estilo de

aprendizagem deste aluno e, que atendam à maneira de processar e construir suas

estruturas cognitivas.

Deficiência Visual: Refere-se a cegueira e a visão reduzida, devendo-se considerar

nos casos de cegueira os cegos congênitos e os que perderam a visão ao longo da

vida, sendo que, certos procedimentos devem passar por algumas adaptações para

atender suas necessidades. O material didático para dar suporte ao atendimento deverá

contemplar : livros e textos em Braille e/ou ampliados, gravados ou digitalizados para

serem lidos via sintetizadores de voz, equipamentos como máquina de datilografia

Braille, regletes, punções, lupas dentre outros.

Deficiência Múltipla: Quanto ao atendimento as pessoas com deficiência múltipla, ou

seja, mais que uma deficiência associada, se deve considerar a necessidade de

atendimento específico a cada caso ou pelo menos em duas áreas da deficiência.

O trabalho a ser desenvolvido compreende uma ação coletiva de todos os

envolvidos no contexto escolar e fora dele,ou seja: fisioterapeuta, terapeuta

ocupacional, psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social, neurologista, para fornecer

orientação e informações para cada deficiência.

Altas habilidades/Superdotação: A legislação referente a esse grupo diz respeito mais

a "aceleração" do que as modalidades de "enriquecimento" ou de "grupamentos

especiais", isto pressupõe a promoção e a colocação avançada nas séries e graus de

ensino indo ao encontro às necessidades maiores para legalização da superação de

barreiras que predomina no sistema educacional.

Neste caso específico devemos destacar o elevado nível de potencialidade dos

portadores de altas habilidades, talentosos e /ou superdotados, ou seja: capacidade

intelectual geral, aptidão acadêmica específica, por exemplo: linguagem, pensamento

criador produtivo, capacidade de liderança, talento especial para artes visuais, artes

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dramáticas, músicas, capacidade psicomotora e outras.

Quanto ao atendimento sugerem-se principalmente os estímulos desafiadores,

criativos, variedades de conteúdos e, sobretudo, oportunidade de avanços naquilo que

desperta maior interesse e no desenvolvimento de suas potencialidades favorecendo o

perfil intelectual individual.

Nessa proposta sugere-se o processo de avaliação contínua, considerando o

sujeito como um todo, ou seja, sob o ponto de vista de todos os aspectos : intelectual,

social, afetivo-emocional, motor e suas condições ambientais, visando determinar o

nível de conhecimento e o progresso de sua aprendizagem acadêmica e o

desenvolvimento de suas potencialidades.

Condutas típicas: essa denominação refere-se a uma variedade muito grande de

indivíduos que apresentam problemas de natureza emocional, social, ou

comportamental que lhe acarrete atraso no desenvolvimento e prejuízos no

relacionamento social em grau que requeira atendimento educacional especializado.

Podendo-se destacar as psicoses, autismos, esquizofrenias, neuroses, transtorno por

déficit de atenção com ou sem hiperatividade e outros. Dependendo do grau de

comprometimento requer-se o apoio de equipe multidisciplinar e atendimento

individualizado.

No que tange ao atendimento escolar à todos os alunos com deficiência,

ingressados na rede regular de ensino, esse Estabelecimento de se dispõe a buscar

recursos sejam de ordem financeira, material e humana para poder oferecer uma

educação igualitária, assegurando as adaptações necessárias ao processo ensino-

aprendizagem desse alunado em conformidade com a LDB 9.394/96, artigo 59, inciso

III, envolvendo concomitantemente os professores, na perspectiva da promoção de uma

educação de qualidade à todos.

Para tanto a SEED deve oferecer cursos de capacitação para que os professores

tenham condições de desenvolver um trabalho que venha ao encontro desta proposta.

Face ainda a heterogeneidade que constitui a demanda da educação especial,

conforme rege a Deliberação 02/03, quando necessário, a instituição educacional,

visando a qualidade do ensino ministrado ao educando com necessidades educacionais

especiais, tem direito a redução de número de alunos por turma; Professor de apoio

permanente em sala de aula-PAP; professor intérprete de LIBRAS e acesso a recursos

técnicos, pedagógicos e físicos que contribuam para a promoção educacional do aluno.

Sendo assim, o foco principal é atender à premente necessidade de uma

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educação para todos, buscando novos posicionamentos diante dos processos de ensino

e de aprendizagem orientados por concepções e práticas que atendam à diversidade

humana, contribuindo assim para o rompimento de velhos estigmas de inferioridade e

incapacidade que obstaculizam o desenvolvimento do educando.

Diante dessa perspectiva de inclusão, a visão que se tem é de que as diferenças

constituem os seres humanos em relação a cor de pele, dos olhos, de hábitos, religião,

origens, grupos sociais, enfim, convivem e desenvolvem-se em culturas também

diferentes. Neste sentido são diferentes de direito. “É o chamado direito à diferença: o

direito de ser, sendo diferente”. (Ferreira e Guimarães, 2003, p.37)

Entende-se desse modo que o termo inclusão não está se referindo apenas a um

único grupo de alunos no contexto escolar “o das pessoas com deficiência” mas

também aos alunos que apresentam problemas de aprendizagem por diferentes razões

e não somente limitação física, sensorial ou déficits intelectuais.

Tratando-se especificamente da sala de recursos, é uma proposta calcada no

respeito às diferenças, para atender uma clientela diversificada, egressos da educação

especial ou que apresentem problemas de aprendizagem, com atraso acadêmico

significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou que necessitem de atendimento

individualizado e diferenciado visando complementar o atendimento educacional

realizado em classes comuns e oportunizando um suporte técnico pedagógico mais

efetivo à inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais.

Neste sentido, foi implantada a sala de recursos para suprir as necessidades, de

qualquer aluno que apresente defasagem no processo de aquisição da aprendizagem e

que tem como objetivo superá-las.

Surdocegueira: em consonância com o que foi descrito acima, o atendimento é

realizado para alunos com deficiência visual e auditiva, concomitantes, desde que a

deficiência interfira na vida da pessoa. O trabalho é realizado individualmente, de

acordo com as necessidades de cada um.

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ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ

De acordo com as diretrizes atuais o colégio vem adequando as ações

pedagógicas sobre o Estado do Paraná, incorporando conteúdos específicos nos

planejamentos do 6º ao 9º ano e Ensino Médio nas disciplinas de Ciências, História,

Geografia, Inglês, Artes, Biologia e Sociologia.

O Estado do Paraná apresenta um processo histórico riquíssimo, e para um

maior aproveitamento do tempo escolar os professores de História, Geografia, Ciências

e Biologia, desenvolvem atividades de forma integrada, tanto ao que compete ao meio

físico, quanto ao econômico, político, social, histórico, ecológico e ambientais.

Em forma de enriquecimento são trabalhados conceitos da botânica e as diversas

formações de vegetais encontrados no território paranaense.

Também, um pouco de fisiologia animal e as espécies que podemos encontrar no

nosso Estado.

Procura-se abordar da forma mais ampla e possível os fatos que contribuíram

para o progresso e prosperidade de nosso atual Paraná, objetivando:

• Enfocar o Paraná em sua plenitude e acima de tudo, valorizar nossa terra, nossa

gente e nossa cultura;

• Abordar a formação e evolução da população paranaense;

• Enfatizar as transformações agroindustriais pelas quais nosso Estado passou e

perpassa pela atual Conjuntura socioeconômica e política;

• Enfatizar a nova fase de imigração estrangeira iniciada nos fins do século XIX;

• Ensinar para preservar, contribuir e preparar um futuro melhor;

Organizar excursão a lugares turísticos, a exemplo de Vila Velha, Foz do Iguaçu,

grupos indígenas, etc.

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AGENDA 21 ESCOLAR

As atividades da agenda 21 foram amplamente discutidas em todos os segmentos

da escola desde 2005 quando da sua implantação. As ações vem sendo planejadas e

replanejadas com a participação da direção, equipe pedagógica, professores , alunos,

funcionários, pais, APMF, Conselho Escolar, e entidades representativas da comunidade

que poderão ajudar de alguma forma para planejar as ações e implementação,

organização não governamental local, entre outros parceiros, simultaneamente envolvidos

na criação de um “Plano de Sustentabilidade”para a escola.

Cientes de que todos os elementos de uma microbacia estão interligados a um

único sistema hídrico, e que ações descuidadas em relação a qualquer componente da

bacia repercutirão em todo sistema, aspectos relacionados ao crescimento urbano

desordenado, a forma de manejo e ocupação do solo, a produção de recursos

energéticos, a geração de resíduos, bem como a deterioração e depreciação do

patrimônio são aspectos fundamentais no estudo do meio e, por conseguinte, para a

construção de um bom diagnóstico, foram realizadas reuniões de trabalho multidisciplinar

e, decidiu-se fazer divisão de tarefas por área de competências, trabalho de campo,

sensibilização, realização de questionários, diálogo permanente entre os vários grupos.

Apesar de ter iniciado em 2005 até hoje não chegamos no ideal desejado que é desenhar

o “Plano de Sustentabilidade”.

Continuamos ano a ano lutando para que a escola cumpra seu papel social e a

agenda 21 possa de fato ser desenvolvida para que estejam todos os segmentos

envolvidos e empenhados na construção de um futuro melhor, onde possa haver mais

justiça, melhor ambiente para estudar e como consequência, formar um cidadão melhor e

mais atuante no local onde vive .

O coletivo educador tem consciência de que é fundamental compreender quais as

atribuições de cada integrante, para que se possa somar esforços e alcançar um

resultado cada vez mais favorável para a comunidade local e que para o exercício da

cidadania, que não é inato, deve ser aprendido e acredita-se que a escola tem a

funçãoA21 de relembrar aos adultos o seu papel e de ensinar às crianças e jovens que

podem ser ativos na comunidade. Neste momento a agenda está sendo repensada para

que se possa dinamizar e socializar uma verdadeira cultura participativa, o que implica

uma aprendizagem coletiva para que todos os envolvidos tenham um forte compromisso

na implementação das ações que foram elaboradas por todos numa ação continua de

todos para todos.

A nossa comunidade possui um perfil assim identificado através do levantamento

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social, onde 40% das famílias de nossos educandos são proprietários do imóvel onde

vivem, mas algumas famílias pagam aluguel e uma minoria vivem em imóveis cedidos por

familiares ou amigos, em relação a renda a maioria ganha até 3 salários mínimos, uma

pequena parcela ganha até 5 salários. Quanto ao lazer de nossas famílias podemos

contar com o salão social do bairro, ginásio inclusive o da própria escola onde são

desenvolvidas algumas atividades entre elas podemos citar ginástica, capoeira,violão,

futsal, voleibol e futebol. Em relação às igrejas, existem muitas evangélicas, assembleias,

católicas e espíritas. Quanto a área industrial/comercial temos supermercados, bares,

frutarias, mecânicas, borracharias, salões de beleza, panificadoras, pets, auto-peças ,

fábrica de móveis, brinquedos, areia e pesqueiros, floriculturas, postos de combustíveis

entre outros. Como nossos alunos são oriundos na grande maioria de seis bairros

principais, Claudete, Cancelli, Novo Milênio, continental Parque, Canadá e Tropical

contamos com o atendimento em duas UBS. Quanto ao estado civil, as famílias na sua

grande maioria são constituídas de uniões estáveis, quanto ao quesito escolaridade

possuem ensino médio incompleto, sendo que a maioria dos pais já estudaram nesta

escola e hoje são os filhos que estão aqui, mas em grande número ou seja em

praticamente todas as famílias existem um ou dois integrantes que, ou estão cursando o

terceiro grau ou já cursaram, quanto a empregabilidade se levarmos em consideração os

adolescentes que querem trabalhar e não conseguem devido a idade temos 30% da

população desempregada, entre os empregados além de trabalhos informais ou

autônomos, contamos com um grande número de costureira, pedreiro, fabricantes de

móveis, frentistas, doméstica sem carteira assinada, diaristas, caminhoneiros, zeladoras,

funcionários de postos de combustíveis, segurança, um grande número de menores

trabalham nas frente de caixas dos supermercados e de garçom nas pizzarias do centro.

O leite é entregue nesta escola para as famílias carentes que recebem também o bolsa

família e pagam a taxa mínima de água. Quanto ao saneamento ambiental o lixo é

coletado semanalmente e algumas famílias cerca de 30% reciclam o lixo, um caminhão

do eco-lixo recolhe em um dia da semana pré-estabelecido, o esgoto vai para rede de

esgoto, porém existem algumas famílias que não possuem rede e usam a fossa

construída pela própria família. Entre as doenças podemos destacar em maior número

diarreia, infecções e febre, principalmente em crianças e idosos. A maioria das famílias

possuem banheiros com sanitários apropriados e recebem água tratada da SANEPAR.

Existem também alguns poços artesianos geralmente em prédios ou firmas. Nos

arredores existem muitas fontes de água natural e que estão contaminadas, impróprias

para o consumo humano. A cidade de cascavel é abastecida pelo rio Cascavel,

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responsável por 80 % do abastecimento e faz parte da bacia do rio Cascavel.

Ações da agenda 21 para o ano de 2012:

No ano de 2012 foram elencados algumas prioridades como o cultivo de plantas

medicinais, plantio de grama na parte externa da escola de frente para a rua Tuiuti,

coleta e destino do óleo de cozinha destino do lixo com a separação adequada, sendo a

parte orgânica usada após preparo para adubar as ervas medicinais e, o desenvolvimento

do projeto “o espelho tem duas faces” onde com fotos usadas no decorrer do projeto

pretende-se mostrar o antes e o depois de alguns ambientes da escola, inclusive a sala e

banheiro dos professores, para de posse dessas informações fazer um trabalho de

conscientização nos diferentes setores da escola.

Os projetos com as respectivas ações estão em anexo.

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DIVERSIDADE EDUCACIONAL

Para melhor compreender a diversidade cultural faz- se necessário conhecer o

significado de cultura e educação. Perceber a importância de um trabalho efetivo sobre a

diversidade cultural para a construção da identidade social. Reconhecer a escola como

espaço de socialização cultural, que proporciona ao aluno a interação entre diversas

culturas. Perceber o papel da escola no combate ao preconceito, oferecendo informações

que contribuam para a superação de todas as formas de discriminação. Esclarecer o

papel do professor frente à diversidade cultural promovendo ações que valorizem as

diferenças entre raças e culturais. Oferecer e construir junto com os alunos um ambiente

de respeito pela aceitação e pela valorização das diferenças culturais. Em nosso

estabelecimento de ensino entendemos como de fundamental importância no trabalho

com a Diversidade Cultural:

Definir o que é comum a todos e o que é particular a cada aluno;

Criar diferentes ambientes de aprendizagem;

Conhecer as particularidades dos alunos para estimular o interesse de cada um;

Diversificar o material didático;

Acompanhar a aprendizagem de cada estudante; •

Trocar informações e opiniões com outros professores;

Dentro de uma comunidade onde existe uma diversidade cultural deve-se

considerar não só as capacidades intelectuais e os conhecimentos de que o aluno dispõe,

mas também seus interesses e motivações. Respeitar e valorizar as diferenças

enriquecendo assim a ação educativa.

Educação do Campo

Um dos traços fundamentais que vêm desenhando a identidade do movimento por

uma Educação no Campo é a luta do povo do campo por políticas públicas que garantam

o seu direito a educação, e uma educação que seja no e do campo. No: o povo tem direito

a ser educado no lugar em que vive; Do: o povo tem direito a uma educação pensada

desde o seu lugar e com a sua participação, à sua cultura e as suas necessidades

humanas e sociais.

Somos herdeiros e continuadores da luta histórica pela constituição da educação

como direito universal: direito humano, de cada pessoa em vista de seu desenvolvimento

mais pleno, e direito social, de cidadania ou de participação mais crítica e ativa de todos

na dinâmica da sociedade. Como direito, não pode ser tratado como serviço nem como

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política compensatória, muito menos como mercadoria.

A Educação do Campo vem se desenvolvendo em muitos lugares por meio de

programas de prática comunitária. Mas é preciso ter clareza de que isto não basta. A

educação somente se universaliza quando se torna um sistema necessário, público. Por

isso, a luta no campo ou na cidade deve ser de uma escola de qualidade para todos, por

que esta é a única maneira de universalizar o acesso de todo o povo do campo à

educação.

Tratar do direito universal à educação é mais do que tratar da presença de todas as

pessoas na escola; é passar a olhar para o jeito de educar quem é sujeito deste direito, de

modo a construir uma qualidade de educação que forma as pessoas como sujeitos de

direitos. Assim, a experiência dos movimentos sociais na formação da consciência do

direito precisa ser recuperada e valorizada pela educação do campo.

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HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA

A lei nº 10.639, de 2003, alterou a LDB e a partir desse momento, as escolas

brasileiras de ensino fundamental e médio passaram a incluir no currículo o ensino da

história e cultura afro-brasileira. O fato foi considerado pelos movimentos de luta dos

negros em todo o país como um importante passo.

Sua aplicação prática, no entanto, ainda é desafio para toda a comunidade escolar,

especialmente para os professores: como sair da teoria? Como e onde buscar material?

A Cultura Afro Brasileira é uma oportunidade de se discutir o combate ao racismo e

as discriminações que atingem particularmente os negros no Brasil. Trata-se de uma

iniciativa de fundamental importância para a inversão de um quadro alarmante no sistema

de ensino brasileiro e no imaginário da população como um todo: o desconhecimento e os

preconceitos em torno da História e da cultura dos Afro-brasileiros e africanos.

Reconhecer é bem valorizar, divulgar e respeitar os processos históricos de

resistência negra desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus

descendentes, desde as formas individuais e coletivas.

É importante salientar que políticas tenham como metas o direito dos negros se

reconhecerem na cultura nacional, expressarem visões de mundo próprias, manifestarem

com autonomia, individual e coletiva, seus pensamentos. Neste sentido é indispensável, a

boa formação de professores proporcionando uma educação de qualidade para todos.

Esta formação depende ainda do trabalho conjunto, de articulação entre processos

educativos escolares, políticas públicas, movimentos sociais, visto que as mudanças

étnicas, culturais, pedagógicos e políticas nas relações étnico – raciais não se limitam a

escola.

A consciência política e histórica da diversidade étnico-racial parte do princípio que:

• a igualdade básica da pessoa humana como sujeito de direitos, compreendendo

que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnicos raciais

distintos, que possuem cultura e histórias próprias devendo ser igualmente

valorizadas.

• superar a indiferença, injustiça e desqualificação com que os negros e as classes

populares são comumente tratados.

• romper com imagens negativas forjadas por diferentes meios de comunicação

contra os negros.

Assim sendo em nosso estabelecimento de ensino estabelecemos estratégias de

ensino e atividades, valorizando aprendizagens vinculados às suas relações com pessoas

negras, brancas, mestiças e em geral, fazendo com que os alunos professores e alunos

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enfrentem e superem discordâncias, conflitos, contestações, valorizando os contrastes

das diferenças, valorizando a oralidade, a corporeidade e a arte.

Estes princípios mostram exigências de mudanças de mentalidades, de maneira de

pensar e de agir dos indivíduos em particular, assim como das instituições e de suas

tradições culturais. Isto pode ser feito por meio da realização de projetos ou trabalhos no

decorrer do ano letivo, visando a participação dos educandos de todas as raças a

valorizar a cultura e a história do povo afro-brasileiro.

Ações educativas de combate ao Racismo e discriminações - Equipe Multidisciplinar.

PLANO DE AÇÃO

1. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

NOME RG ATUAÇÃO

Carla Andreia Fravetto da Silva 7.703.631-8/PR Professora de Geografia

Carla Fernanda Alves 5.080.313-9/PR Professora de Matemática

Edilene Cerqueira Leite 3.134.096-9/PR Professora de Biologia

Elizabeth Aparecida Ribeiro 5.937.792-2/PR Agente Educacional II

Keli Cristina Rosa 4.248.812-7/PR Professora Inglês

Maria Goretti Prestes Galvan 4.134.541-1/PR Professora de Matemática

Maria Odete Rosa Rodrigues 991.942-2/PR Equipe Pedagógica

Marlene Oliveira dos Santos 6.042.9120-0/PR Agente Educ. II (Instância Colegiada)

2. OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS• Diagnosticar o conhecimento dos profissionais da educação e promover seminários

acerca das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

• Mobilizar, sensibilizar e induzir a comunidade escolar sob um prisma de

reeducação das próprias histórias e culturas africanas, afrobrasileira e indígena;

• Proporcionar condições para professores e alunos pensarem, decidirem, agirem,

assumindo responsabilidade positiva em relações étnico raciais, enfrentando e

superando discordâncias, conflitos, contestações, valorizando as diversidades

culturais;

• Dar a devida valorização a oralidade, da corporeidade e da arte, por exemplo como

a dança, marcas de cultura de raiz Africana e Indígena ao lado da escrita e da

leitura;

• Estudar a influência das religiões de matriz Africana e crenças Indígenas

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presentes na cultura do Brasil.

3. JUSTIFICATIVA DAS AÇÕES A SEREM REALIZADAS

A perspectiva da SEED (Secretaria de Educação), tem como uns dos princípios da

atual gestão o respeito à diversidade pautada nas Leis nº10.639/03 e 11.645./2008 e a

aprovação das Diretrizes Curriculares para as Relações Étnico -Raciais e para o ensino

de História e Cultura Afro-Brasileira , Africana e Indígena, direcionando às escolas o

compromisso à um trabalho de enfrentamento relativo a temática, devendo estar

incorporados às diretrizes das diversas disciplinas como estudos contemporâneos.

A história deste novo século é marcado por mudanças de rumos nas políticas

públicas que trazem em seu bojo propostas de ações afirmativas de inclusão social ou

seja trabalhar com as diversidades culturais explorando as diferenças etnográficas.

As estratégias que ressaltam o cotidiano do aluno no caminho em busca da Cultura

da Paz é saber que as diferenças aparecem e com elas as feridas da diversidade e as

dificuldades da aceitação, porém também não se trata de pacifismo pedagógico de

resoluções imediatas, mas de enfrentamento à transformação da hipocrisia, do

preconceito que destrói e impede a construção da sociedade humanitária com sua

formação cultural, racial, religiosa e ética.

Portanto, nossa proposta enquanto escola é o trabalho de ação de reconhecimento

e valorização do patrimônio histórico cultural Afro-brasileiro, Africano e Indígena.

Nos voltamos, para tanto às ações de mudanças de raciocínio, a uma construção

de mitos que difunde a crença de que “se os negros não atingem os mesmos patamares

que as outras raças, é por falta de competência”.

Assim sendo, as ações pedagógicas estarão pautadas na educação das relações

étnico-raciais que propõe aprendizagem entre branco, negros e indígenas, na troca de

conhecimentos como um projeto conjunto da quebra de desconfiança e pelo fim do

racismo e da discriminação. Fatos estes indispensáveis na consolidação e concerto das

nações como espaços democráticos e igualitários.

4. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS

4.1- Diagnóstico Étnico-racial da Escola:

A cultura de um povo refere-se as crenças, comportamentos, valores, instituições,

regras morais que permeiam e identificam uma sociedade. Na atualidade a sociedade

brasileira encontra-se inserida em um mundo globalizado ou seja dinâmico onde limitam-

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se fronteiras e massificam-se informações e é neste meio que a cultura de nosso povo,

determina as práticas e ações sociais que seguem um padrão em determinado espaço,

acaba se moldando aos novos padrões de vida que se insere, adquirindo novos traços e

perdendo outros, onde no decorrer da história levados pelo mundo global, caminha para

uma vivência social em um mundo de cultura cada vez mais homogênea.

É neste contexto, em que se insere o Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley,

uma escola situada na área urbana do Município de Cascavel, que portanto atende alunos

com diversas origens raciais e culturais, portanto uma grande pluralidade étinicorracial,

cada seio familiar contribui com experiências de forma distintas para a formação de um

grande caldeirão cultural entre nossos alunos.

Porém são famílias e alunos, que por estarem inseridos em uma comunidade

permeada de tecnologia e dinamicidade de informações, percebe-se um misto de

informações vindo da convivência na pluralidade cultural, como também uma resistência

em se manter o “velho” já que o “novo” é tão sedutor no mundo globalizado, ficando

despercebido que o novo é um aprimoramento do passado, do velho ou antigo.

Sendo assim, encontramos na realidade de nossa comunidade escolar alunos que

convivem e trocam experiências como: diferenças sociais, raciais, culturais. Portanto

contribuem com a valorização do passado e aprimoramento da cultura brasileira de forma

criativa e sadia e também nos deparamos com educandos que se encontram permeados

a um mundo em constantes transformações e que apresentam uma certa resistência em

aceitar essas diferenças, onde a valorização de heranças, conhecimentos e costumes se

perderam no avanço tecnológico em que se encontra a sociedade.

É nesta perspectiva que a Equipe Multidisciplinar deste Estabelecimento de Ensino

pretende trabalhar no resgate dos costumes, crenças, valores e culturas; proporcionando

à comunidade escolar uma releitura destes conceitos sob um novo prisma, no que se

refere a Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

Resgatando assim, o respeito mútuo de todos envolvidos neste âmbito escolar,

respeito que certamente valorizará a formação destes educandos.

4.2- Conteúdos Formativos:

Estudo das Leis nº 10.639/03 e 11.645/08;

Cadernos Temáticos:

• Educação para as relações étnico- raciais;

• História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

• Educando para as relações étnico-raciais II

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• Artigo Cientifico “Racismo em Livros Didáticos Brasileiros e seu Combate”;

• NEREA (Núcleo das Relações Etnorraciais e Afrodescendência);

• CEEI (Coordenação Escolar e Indígena).

4.3- Com relação aos instrumentos internos da escola ( PPP, PPC):

O PPP( Projeto Político Pedagógico) do Colégio Estadual Professora Júlia

Wanderley, está passando por reestruturação no corrente ano, no qual inseriu-se as

ações educativas de combate ao racismo e discriminação e acompanhamento da Equipe

Multidisciplinar. Sendo a proposta enquanto escola inserir um trabalho de ação,

reconhecimento e valorização do Patrimônio Histórico Cultural Afro-brasileiro, Africano e

Indígena.

4.4- Análise do Plano de Trabalho Docente e inserção da ERER como relacionar as

temáticas nas disciplinas:

Trabalhados em todas as disciplinas de forma interdisciplinar, inclusive o colégio

inscreveu um projeto Viva a Escola com o título “Consciência Negra e Relações Afro-

brasileiro e Africano” e também o projeto “Viajando pelo Brasil” no qual prestigia a

formação da população brasileira.

4.5- Análise e orientações às possíveis situações de discriminação étnico-racial:

A identificação da convivência como principal determinante de transformação da

representação estigmatizada, é de grande importância no trabalho de formação dos

educadores. Sob as perceptivas em que as diferenças culturais e fenotípicas poderão ser

vistas sem desigualdades e hierarquias , permitindo através do contato diário, do diálogo,

das experiências comuns cotidianas o reconhecimento do real concreto daqueles que

estigma transformou em desiguais.

4.6- Análise dos materiais didáticos utilizados pela escola:

As fontes de pesquisas existentes na biblioteca do Colégio Estadual Professora

Júlia Wanderley, são usadas de apoio no trabalho docente em sala de aula, estão

disponíveis os seguintes materiais:

• Jornais;

• Revistas

• Livros de Literaturas;

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• Livros Didáticos;

• Cadernos Temáticos;

• Biblioteca do professor.

Em relação aos livros didáticos nota-se um comprometimento dos autores atuais

em respeitar a cultura Africana e Indígena, mas até chegarmos a esse patamar houve um

longo processo de cobranças dos profissionais comprometidos em reverter a

discriminação e apoio às diversidades, tendo como suporte temas abordados nestes

livros. Para alguns autores, os valores representados pela tradição intelectual africana,

pela contribuição cultural, tais como os hábitos, costumes, produção de riquezas, danças

e músicas, o candomblé e outras religiões Afro-Brasileiras, a capoeira, a espiritualidade, a

beleza e a inteligência do povo negro, contribuíram para a forma como representam hoje

o negro nos textos e ilustrações.

A partir do reconhecimento da sua própria origem étnicorracial, da construção da

sua identidade própria, determinada pela aceitação das suas características fenotípicas

negro-mestiça da identificação da invisibilidade e branqueamento do negro na mídia e da

necessidade de construção de modelos para os Afro-Brasileiros alguns ilustradores

passaram a representar o negro de uma forma mais concreta.

5. CRONOGRAMA

Capacitação Início do 1º Semestre e 2º Semestre

Reuniões Ordinárias 01 Vez por mês

Reuniões Extraordinárias Sempre que for necessário

6. REFERÊNCIAS:

BENTO. Maria Aparecida Silva. Cidadania em preto e branco. São Paulo: Atica, 1998.

Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e

africana nos currículos escolares/ Paraná. Secretaria de Estado da Educação.

Superintendência da Educação. Departamento do Ensino Fundamental. - Curitiba: SEED-

Pr.,2005.

Educação Escolar Indígena. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de

Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Coordenação da Educação Escolar

Indígena- Curitiba: SEED-PR, 2006.-88p.- (Cadernos Temáticos).

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História e Cultura Afro-brasileira e Africana:educando para as relações étnico-

raciais/Paraná. Secretária de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino Fundamental.- Curitiba: SEED-PR,2006.- 110p.- (Cadernos

Temáticos).

LDB(Leis das Diretrizes e Bases).

ROSEMBERG. F. et al. Educação e Pesquisa, São Paulo, v29,n.1, p. 125 -146, jan/jun.

2003.

SILVA. Ana Celia da. Descontruindo a discriminação do negro no livro

didático.Salvador: EDUFBA,2001

Educação Escolar Indígena

A educação escolar indígena passa a ser reconhecida através da Constituição de

1988 e pela legislação específica relativa à educação como comunitária, intercultural,

bilíngue, específica e diferenciada. Tem o intuito de promover o reconhecimento da

identidade, da história e da cultura da população indígena, assegurando a igualdade e

valorização das raízes, possibilitando desta forma que o ensino seja trabalhado

preservando os universos socioculturais, específicos de cada etnia.

A política para a educação escolar dos grupos étnicos foi (re)elaborada em todo o

continente latino-americano a partir dos anos de 1990. Este processo, no Brasil, teve

início por meio do Decreto n. 26/91 quando o MEC – Ministério da Educação, passou a

coordenar as ações referentes a esta modalidade de ensino formulando as Diretrizes para

a Política Nacional de Educação Escolar Indígena em 1992.

Entende-se que as culturas devem ser valorizadas e preservadas, e os

profissionais da educação devem desenvolver a capacidade do aluno em refletir sobre a

história e a cultura indígena, levando-os a analisar o contexto histórico produzido pela

humanidade e como isso é visto dentro e fora da escola. Oportunizar momentos de

debates e palestras para que possam participar efetivamente e criticamente. O professor

enquanto mediador do conhecimento deverá possibilitar a apropriação do conteúdo

cientificamente.

Inclusão Educacional

O paradigma de inclusão educacional orienta o processo de mudanças desde a

educação regular aos serviços de apoio especializados com vistas a promover o

desenvolvimento das escolas, constituindo práticas pedagógicos capazes de atender a

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todos os alunos. O sistema educacional inclusivo está fundamentado na constituição

Federal/88, que garante a educação como um direito de todos, e no Decreto Nº

6.949/2009 que ratifica a convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

(ONU/2006), assegurando o direito de pleno acesso à educação em igualdade de

condições com as demais pessoas.

A ideia de inclusão surgiu para derrubar a prática da exclusão social a que foram submetidas as pessoas com deficiências por vários séculos. A exclusão ocorria em seu sentido total, ou seja, as pessoas com deficiências eram excluídas da sociedade para qualquer atividade porque eram consideradas inválidas, sem utilidades para a sociedade e incapazes de trabalhar, características estas atribuídas indistintamente a todos os portadores ou que tiveram alguma deficiência(p.309-31).Sassaki (1997).

O tema está tão presente no meio social e educacional que profissionais de

diversas áreas estão debatendo formas para a melhoria da qualidade de vida das

pessoas excluídas. Porém, a falta de informação pode impedir tal inclusão, excluindo-a

mais ainda, pois as pessoas de modo geral, mesmo com suas “diferenças” estão

inseridas em grupos que as aceitam ou não.

O princípio fundamental que rege as escolas inclusivas é de todas as crianças,

sempre que possível, devem aprender juntas, independentemente de suas dificuldades e

diferenças. As escolas inclusivas devem reconhecer as diferentes necessidades de seus

alunos e a elas atender; adaptar-se a diferentes estilos e ritmos de aprendizagem das

crianças e assegurar um ensino de qualidade por meio de um adequado programa de

estudos (p.23) Declaração de Salamanca (1994)

A inclusão do educando com necessidades especiais é um assunto que vem

fomentando iniciativas globais dos diversos setores da sociedade moderna. No artigo

“Inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças” Mantoan (2005) define da seguinte

forma a inclusão:

É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas a minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro. (Mantoan, 2005, s/página, online)

A partir da década de 90 as discussões referentes a educação das pessoas com

necessidades especiais começaram a adquirir alguma consistência, face às políticas

anteriores descaracterizadas pela descontinuidade e dimensão secundária. A nova LDB

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9394/96 em seu capítulo V coloca que a educação dos portadores de necessidades

especiais deve se dar de preferência na rede regular de ensino, o que traz uma nova

concepção na forma de entender a educação e integração dessas pessoas.

Mas, o mero fato de constar em Lei, não significará muito se as ações ensejadas

para a inclusão das pessoas com necessidades especiais não forem planejadas e

estruturadas de modo que elas tenham seus direitos plenamente respeitados.

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DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS

Educação Ambiental

A escola é o espaço ideal para a implementação de atividades que propiciem a

reflexão sobre a importância da temática ambiental, proporcionando meios efetivos para

que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e suas

consequências.

O aluno deve ser incentivado a desenvolver suas potencialidades e adotar posturas

pessoais e comportamentos sociais construtivos, para a construção de um ambiente

saudável, buscando valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o

ambiente e as demais espécies que habitam o planeta. Assim, o aluno será sensibilizado

para ações ambientais e fora do ambiente escolar será capaz de dar sequência ao

processo de socialização dos conceitos assimilados.

O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das

sociedades amplia-se ainda mais no despertar desse novo milênio e aponta para a

necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos. Vivemos

numa era marcada pela competição, pela excelência, em que progressos científicos e

avanços tecnológico definem exigências novas para os jovens que ingressarão no mundo

do trabalho.

A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente é contribuir para a

formação de cidadãos conscientes, aptos a decidir e atuar na realidade socioambiental de

um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e

global. Para isso é necessário que, mais do que informações e conceitos, a escola se

propõe a trabalhar com o ensino e aprendizagem de procedimentos. E esse é um grande

desafio para a educação.

Portanto a escola a partir de sua prática pedagógica dará condições para que os

alunos vivenciem o desenvolvimento de procedimentos elementares de pesquisa e,

construam na prática, formas de sistematização de informações, medidas, considerações

quantitativas, apresentação e discussão de resultados.

Entretanto, não se pode esquecer que a escola não é o único agente educativo e

que os padrões de comportamento da família e as informações veiculadas pela mídia

exercem especial influência sobre os adolescentes e jovens.

Assim, a grande tarefa da escola é proporcionar um ambiente escolar

saudável e coerente com aquilo que ela pretende que seus alunos apreendam, para que

possa, de fato, contribuir para a formação da identidade, como cidadãos conscientes de

suas responsabilidades com o meio ambiente e capazes de atitudes de proteção e

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melhoria em relação ao meio em que vivem.

Educação Fiscal

A educação fiscal deve ser entendida como um instrumento de disseminação de

uma nova cultura cidadã, fundada nos seguintes pressupostos:

• Conscientização da função socioeconômica dos tributos.

• Gestão e controle democráticos dos recursos públicos.

• Vinculação entre a educação, o trabalho e as práticas sociais.

• Exercício efetivo da cidadania.

Esses conceitos alicerçam uma educação capaz de contribuir para a construção da

cidadania pautada pela solidariedade, ética, transparência e responsabilidade fiscal e

social, contemplando reflexões sobre o crescimento econômico, a distribuição de renda e

a relação homem-natureza.

A educação fiscal deve ser compreendida como uma abordagem didático-

pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e dos gastos

públicos estimulando o cidadão a compreender o seu dever de contribuir e por outro lado

estar consciente da importância de sua participação no acompanhamento da aplicação

dos recursos arrecadados.

Cidadania e Direitos Humanos

A essência da Cidadania e Direitos Humanos está na busca pelos princípios da

dignidade humana, respeitando os diferentes sujeitos de direito e fomentando maior

justiça social com o intuito de valorizar ações de cidadania norteadas pela legislação.

Uma educação escolar cidadã reflete diretamente na vida das pessoas e da

sociedade, pois leva ao conhecimento dos princípios que fundamentam as práticas

sociais e o respeito às normas democráticas. Além disso, reafirma valores culturais e

artísticos e possibilita o resgate da dignidade humana por meio de novos saberes.

A vivência dos princípios ético, estético e político na educação escolar constitui

mecanismos de hábitos e atitudes coletivas que estimulam a participação em movimentos

sociais que buscam uma vida mais justa e solidária para o resgate da dignidade humana.

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ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA NA ESCOLA

Pensando no enfrentamento da violência no espaço escolar pretende-se a principio

conceituar o que é violência. A partir destas fundamentações, desenvolver ações que

possibilitem um trabalho voltado com o intuito de minimizar a violência no âmbito escolar.

O docente deste estabelecimento de ensino deve implementar sua proposta de

trabalho com sondagem diagnóstica da realidade sobre o que acontece neste espaço

escolar, geradora de situações que muitas vezes culminam com violência, visto que a

violência tem gerado consequências na organização do trabalho pedagógico. Foi

realizado levantamento e percebe-se uma variação de agravantes no tocante ao tema,

afetando os adolescentes e jovens, submetidos às consequências desse fenômeno. O

resultado são alunos desmotivados, falta da presença dos pais no acompanhamento na

educação de seus filhos, gerando agressividades, além de outros problemas como o uso

de drogas entre jovens.

Diante deste desafio, percebe-se a necessidade de refletir formas de melhorar a

relação professor-aluno e, consequentemente, o cotidiano escolar. Assim é preciso contar

também com o apoio na construção de um consenso na sociedade, principalmente por

meio do envolvimento da sociedade civil na solução da violência, entendendo como

responsabilidade de todos.

Atualmente as escolas estão cercadas de meios físicos paliativos para amenizar a

violência, tais como a colocação de grades, policiamento mais efetivo, medidas paliativas,

que supostamente tem o objetivo de diminuir os índices de violência na escola. No

entanto, o que vive-se e sente-se, enquanto profissionais da área, é, sim, uma sensação

de vigília e insegurança permanente.

Diante do exposto percebe-se a necessidade de deixar de forma explícita diversos

conceitos de violência, a partir do texto produzido pela equipe da Coordenação de

desenvolvimento Socioeducacional,/ 2012/DPPE/SEED, que se segue:

Faz-se necessário compreender que a violência na escola ocorre em três

dimensões (Schmidt, 2002): em torno da escola, dentro da escola e violência da escola.

Em cada um desses tipos de conflitos específicos, com agressores e vítimas

diferenciados e, sugerem, portanto, distintas formas de intervenção.

Violência contra a escola

Em geral, o exemplo dado para caracterizar a violência contra a escola são as

pichações, depredações. Os agressores? Alunos ou ex-alunos.

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Violência da escola

Está vinculada a violência contra a escola enquanto instituição que reproduz a

sociedade como ela é. Se a sociedade é desigual, reproduz sistematicamente a

desigualdade, e os conflitos que existem entre gerações, classes, gênero, raça e posição

social.

Revela-se na indiferença, na confusão entre o comportamento público versus

privado reproduzindo questões mais gerais da sociedade brasileira. Nesta dimensão, se

reproduz uma sociedade marcada pelo isolamento, pela falta de esperança, de projetos

comuns, pela pobreza, pela injustiça, pela vitimização e agressão.

Violência na escola

Como violência na escola, aparecem os reflexos da violência intrafamiliar, assim

como as violências derivadas da territorialidade. São múltiplas as dimensões que se

condensam no cotidiano escolar, e que refletem de formas próprias a violência contra a

escola, a violência da escola, além da violência familiar, urbana e estrutural. É a violência

entre alunos, entre alunos e professores, que aponta os reflexos da violência estrutural da

sociedade, sendo que como consequência surge os atos de bullying, de indisciplina e atos

infracionais.

BULLYING: violência entre os pares na escola

A etimologia da palavra bullying, vem de Bully que significa valentão, tirano, aquele

que brutaliza que amedronta seus pares. É um tipo de violência física e/ou psicológica de

vitimização entre os pares.

O problema é considerar os atos repetidos de violência moral, física, simbólica,

psicológica como normais entre crianças e jovens. Neste caso, a escola tem um papel

importante, de intervir em situações de humilhações, provocações discriminação e

exclusão entre os alunos. Estes garantidos os direitos pelo ECA(Lei 8069/90).

Indisciplina

A instituição escolar tem mostrado problemas crescentes de indisciplinas e

violência, contrapondo-se ao objetivo principal desta que seria a emancipação e

socialização do conhecimento. A indisciplina muitas vezes é confundida com

desinteresse, gerando conversas, desrespeito com os professores. O interesse e

disciplina são considerados como características positivas quando associadas à

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aprendizagem.

Percebe-se a necessidade de uma intervenção direta com professores e alunos

desenvolvendo ações que possam vir a promover um ambiente escolar de forma mais

harmoniosa.

Educação para relações étnico-raciais

Os negros por muito tempo foram penalizados na educação por meio da exclusão

do sistema formal de ensino e da vida social. As escolas acabavam adotando práticas e

discursos que valorizavam determinada ordem social, tal valorização fez com que essas

culturas negadas ficassem relegadas a inferioridade e até em certos casos no abandono

total e exclusão.

Com as mudanças na legislação foram desenvolvidos indicativos para se trabalhar

nas escolas debates que afligem a sociedade, levando questões para que os profissionais

da educação possam subsidiar e lidar com menos preconceito, rompendo desta forma

esse paradigma de reprodução de inferioridade que a educação vem vinculando ao longo

do tempo.

O preconceito racial e a discriminação se proliferam nas escolas através de

mecanismos e instrumentos da prática pedagógica, vivenciadas em sala de aula, a qual

exclui dos currículos escolares a história de luta dos negros na sociedade brasileira.

Neste sentido, o papel do professor é determinante no processo de apropriação do

conhecimento, o qual ocorre através da análise crítica dos textos, de questionamentos

das ilustrações, da comparação do que se lê e vê, suas experiências e sua cultura. Assim,

pode-se desconstruir estigmas relacionados a questões raciais e étnicas. Entretanto, é

primordial que esse educador tenha o entendimento de cultura, o qual possibilita o

processo de reflexão que possibilita uma ação criadora.

As questões relacionadas com as diferenças e seu tratamento no cotidiano escolar

são prioritárias para a formação do profissional da educação na perspectiva de defesa do

direito à diferença e combate a desigualdade social. Portanto, o multiculturalismo,

questões de gênero e religiosas, diversas formas de violência e exclusão social

configuram-se a novos cenários sociais, políticos e culturais que fazem parte da realidade

e seus impactos no cotidiano escolar. Sendo assim, a pluralidade cultural assume a tarefa

de avançar em direção à construção de uma proposta pedagógica efetivamente

multicultural.

Diante desta necessidade, propõe-se ações que sejam incorporadas por toda a

comunidade escolar com o intuito de construir um ambiente escolar que favoreça a

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diversidade étnico-racial, estabelecendo canais de comunicação e troca de experiências

com grupos sociais e culturais. Desenvolver relações respeitosas entre os sujeitos do

processo educativo, contribuindo para a desconstrução de estereótipos e preconceitos,

valorizando as diferenças da sociedade brasileira. Valorizar a importância da diversidade

étnica e cultural na configuração de estilos de vida. Priorizar a formação do professor para

que este possa desenvolver novas metodologias para o ensino de estudos étnicos,

articulando cultura e identidade. E participar da implementação da Lei nº 10.639/2003.

Prevenção e uso indevido de álcool e drogas

A sociedade contemporânea desenvolve uma serie de desafios para o processo de

formação das crianças, jovens e adultos. A disseminação do uso das drogas no cotidiano

da vida social e escolar tem sido um dos maiores problemas a serem enfrentados tanto no

âmbito escolar como fora dele. Entendemos que a prevenção ao uso indevido de drogas é

compromisso coletivo, onde os profissionais da educação assumem um papel muito

importante como mediadores do conhecimento científico, os quais possibilitam o

envolvimento dos alunos e seu posterior comprometimento com a prevenção no uso

indevido de drogas.

Diante disso, percebemos que a prevenção ao uso indevido de drogas exige por

parte dos profissionais da educação um compromisso com o trabalho coletivo e a gestão

democrática em todas as circunstâncias do processo de ensino e de aprendizagem

escolar. A prevenção desenvolve-se por meio das abordagens disciplinares e contempla o

conhecimento científico acumulado e sistematizado sobre esse assunto, bem como o

envolvimento de todos os sujeitos que atuam no espaço escolar. Assim, a escola irá

subsidiar os educadores com uma educação preventiva onde a participação coletiva e

responsável é fundamental na definição de princípios e objetivos e decisões a serem

tomadas.

Dentre as ações com vistas à prevenção e uso indevido de álcool e drogas na

escola busca-se capacitar os profissionais da educação para atuar na prevenção da

violência associada ao uso indevido de álcool e outras drogas. Disponibiliza-se aos

estudantes, informações atualizadas acerca do consumo indevido de álcool e outras

drogas e sua interface com a temática violência, focalizando a prevenção numa

perspectiva de direitos humanos. Além de fornecer subsídios para que os educadores da

escola possam atuar como agentes multiplicadores na prevenção da violência relacionada

ao uso indevido de álcool e outras drogas.

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Gênero e Diversidade Sexual

Gênero e Diversidade Sexual, entendidos como uma construção social, histórica e

cultural, precisam ser discutidos na escola, que é espaço privilegiado para o tratamento

pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Neste sentido a necessidade de

se trazer o tema para o interior das instituições de ensino se justifica pelo fato de

proporcionar a toda a comunidade escolar, o acesso a informações e interpretações

críticas acerca de diversos assuntos e situações que permeiam a sociedade

contemporânea. Assim, entende-se que a compreensão da realidade em que estamos

inseridos é fundamental, pois é por meio do conhecimento que nos emancipamos; é por

meio deste conhecimento que refletiremos sobre as questões relativas à sexualidade

humana e como são tratadas de forma diferenciada, de acordo com o momento histórico

em que se manifestam.

E ao trazer a discussão ao interior da escola, busca-se influenciar na construção

em relação ao conhecimento e à vivência da sexualidade para, consequentemente,

termos plenas condições de agir cotidianamente no sentido de construir uma sociedade

que saiba tratar com as diferenças.

Sendo na escola que se aprende a diferença, historicamente essa mesma escola

coloca para fora os sujeitos que resistem à normatização de suas identidades sexuais e

de gênero a partir de padrões hegemônicos, assim como também exclui quando tratam de

identidades raciais ou de classes desvalorizadas socialmente. Diante disso, a escola não

pode deixar de intervir no sentido de transformar essa realidade. Para tanto, assume um

posicionamento político pedagógico que se fundamenta numa concepção específica de

escola, de sujeito, de educação e de formação, que prioriza o direito civil de todas as

pessoas à educação, bem como o reconhecimento, respeito e apoio à presença da

diversidade sexual nas escolas.

Assim, as questões de Gênero e Diversidade Sexual serão tratadas pela escola

com o intuito de desnaturalizar as relações de poder nelas implicadas e a invisibilidade

das mulheres como sujeitos históricos. Busca-se tratar de temas como a exploração

sexual de crianças, jovens e mulheres e a violência sexual de forma articulada ao

conceito de gênero e diversidade sexual, abordando os direitos civis e sociais, o

preconceito e discriminação por assunção de identidades sexuais não hegemônicas, a

construção social da sexualidade e as diferentes constituições familiares e os diferentes

discursos que incidem sobre os sujeitos, sejam eles religiosos, midiáticos ou científicos.

Coloca-se como desafio provocar os diferentes sujeitos da escola a perceber,

questionar e interpretar por meio de conhecimentos específicos as relações de

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preconceitos existentes no seu interior e na sociedade, construindo coletivamente

encaminhamentos metodológicos para essas questões, visando à sensibilização e

orientação em relação à garantia do direito civil constitucional à educação para todos.

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LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA

De acordo com a LDB lei nº9394/96 (artigo 26 § 5º) o ensino de uma língua

estrangeira moderna passou a ser obrigatório no Ensino Fundamental, na parte

diversificada, a partir do 6º ano, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar,

dentro das possibilidades da instituição. Quanto ao Ensino Médio, a lei determina que

“será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela

comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das possibilidades da

instituição” (Art. 36, Inciso III).

Em 2005, conforme a intenção do Brasil de se destacar no Mercosul e o

incremento das relações comerciais do Brasil com países de língua espanhola, foi criada

a lei 11161, de 05 de agosto de 2005, que decreta obrigatória a oferta da língua

espanhola nos estabelecimentos do Ensino Médio.

De acordo com as diretrizes curriculares um dos objetivos do ensino é a formação

de um sujeito crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo à sua volta. O ensino-

aprendizagem da Língua Estrangeira Moderna deverá ultrapassar as questões técnicas e

instrumentais e se centrar na educação. O professor deverá passar aos alunos maneiras

de construir significados, elaborar procedimentos interpretativos e construir sentidos do

mundo, pois está na linguagem uma das possibilidades de se perceber, se entender e se

construir a realidade.

Outro objetivo é a preparação para o trabalho e continuidade nos estudos, por isso

neste Estabelecimento de Ensino, a língua estrangeira adotada é o Inglês, pois até o

momento é a língua estrangeira mais conhecida e mais usada em todo o país. É ofertada

do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental em caráter obrigatório, com duas aulas

semanais. Para o Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas são ofertadas

quatro aulas semanais no Bloco I. A Língua Espanhola começou a ser ofertada neste

Estabelecimento de Ensino em 2009, em caráter facultativo para os alunos do 6º ao 9º

ano e Ensino Médio.

O atendimento realizado no CELEM busca a construção do conhecimento como

forma de interação e apropriação de uma segunda língua.

O discurso como prática social é o conteúdo estruturante da Língua Estrangeira ,

englobando atividades que abordarão as questões linguísticas, sociopragmáticas,

culturais e discursivas, fazendo uso da leitura, oralidade e escrita, tendo como ponto de

partida o texto, verbal e não verbal.

Os alunos terão acesso a textos de vários gêneros, como: literários, poéticos,

informativos, jornalísticos, publicitários, textos de opinião e outros.

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As atividades referentes à leitura, gramática e oralidade deverão proporcionar aos

alunos a oportunidade de ler, escrever, pesquisar, discutir, aprofundar e/ou confrontar

informações. Serão utilizados para esse fim, livros didáticos, dicionários, revistas, vídeos,

DVD, CD-Rom, Internet, TV Pendrive, textos variados, gravuras, cartazes, músicas, filmes

e etc.

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AVALIAÇÃO

De acordo com o capítulo V do artigo 24 da lei nº 9394/96, a avaliação deve ser

contínua e cumulativa quanto ao desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do semestre sobre os de

eventuais provas finais.

Em conformidade com a Deliberação 07/99-CEE, a avaliação deve ser um subsídio

para revisão do processo ensino aprendizagem, serve para diagnosticar o nível de

aprendizagem do aluno, o trabalho do professor no sentido de redimensionar sua ação

pedagógica.

A avaliação da aprendizagem tem como objetivo principal o aperfeiçoamento do

ensino que está sendo desenvolvido na sala de aula e na escola, para identificar as

necessidades e prioridades para a retomada das ações. De acordo com o disposto nas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná:

No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professores e alunos no acesso ao conhecimento. (DCEs, p.31)

Partindo deste pressuposto, é necessário ter clareza e compreensão de para quê

avaliar, quais subsídios espera-se obter por meio da avaliação e quais decisões precisam

ser tomadas após o processo avaliativo. Essas questões possibilitam a reflexão sobre as

intenções da avaliação, sobre a atuação do professor na interferência da aprendizagem

dos alunos, para que os objetivos do ensino sejam alcançados.

Sendo assim a avaliação é uma atividade ampla e complexa, que exige do

professor e do aluno uma postura critica – reflexiva, diante dos resultados obtidos.

O ato de avaliar deve ser direcionado no sentido de:

• Subsidiar o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua

prática, acerca da criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de

aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados

para o processo de aprendizagem individual ou em grupo.

• Possibilitar ao aluno a tomada de consciência de suas conquistas e dificuldades

para reorganização de seus investimentos na tarefa de aprender.

• Possibilitar à escola definir prioridades e localizar quais aspectos das ações

educativas que demandam maior apoio.

Instrumentos de Avaliação:

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• Provas escritas;

• Provas objetivas e dissertativas;

• Provas orais;

• Relatórios individuais;

• Pesquisas bibliográficas;

• Debates

• Apresentação de trabalhos;

• Seminários;

• Participação em atividades extra curriculares;

• Produções individuais e/ou em grupos;

De acordo com o Art.143 do Regimento Interno do Colégio Estadual Professora

Júlia Wanderley “O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino e serão computadas semestralmente, no

ensino fundamental sendo que no ensino médio Organizado em Blocos de Disciplinas

serão computadas bimestralmente”.

Para esta forma de avaliação o professor deverá planejar com antecedência as

atividades avaliativas, atribuindo-lhes valores maiores ou menores, dependendo da

relevância ou complexidade dos conteúdos trabalhados.

A média final é resultado da média aritmética dos semestres em cada disciplina do

ensino Fundamental como segue:

1º semestre + 2º semestre = 60

2

Para o Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas a média final será

resultado da média aritmética dos bimestres de cada disciplina.

1º bimestre + 2º bimestre = 60

2

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Para se realizar um ensino de qualidade para todos, em uma escola que garanta

acesso e, sobretudo a permanência do aluno, é necessário criar meios para que a

avaliação diagnóstica seja um instrumento investigativo da aprendizagem, com a

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finalidade de redimensionar as ações educativas.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais:

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é exatamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdos. (DCEs, p.33)

Conforme o capítulo IV do artigo 12 da Lei 9394/96, “em casos de baixo rendimento

escolar, a escola e os professores tem como obrigatoriedade estabelecer estratégias de

recuperação de estudos, de preferência paralelos ao período letivo”.

Após diagnosticadas as defasagens de conteúdos a Recuperação de Estudos

seguirá os seguintes critérios:

A Recuperação de Estudos será planejada e imediata, constituindo-se num

conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar e atender as dificuldades

dos alunos;

Na Recuperação de Estudos o professor considera a aprendizagem do aluno, no decorrer

do processo e, para aferição do semestre no Ensino Fundamental ou bimestre nos Blocos

do Ensino Médio, entre a nota da avaliação e da recuperação, prevalecerá sempre a

maior;

As notas obtidas nas recuperações serão registradas na Folha de Registro de

Avaliações e complementadas no espaço para observações em forma de legenda das

atividades realizadas;

Também serão realizadas parcerias com algumas Universidades da cidade, que

desenvolvem oficinas e executam projetos, sempre buscando reforçar os conteúdos

trabalhados em sala, dando ênfase àqueles em que os alunos apresentam maior

defasagem.

Conforme estabelecido no Regimento Interno desta Instituição de Ensino -Art 146 a

148: A recuperação de estudos é direito dos educandos, independentemente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem.

Da Progressão Parcial

O estabelecimento de ensino não oferta aos seus educandos matrícula com

Progressão Parcial.

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As transferências recebidas de educandos com dependência em até três

disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.

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GESTÃO DEMOCRÁTICA

Em conformidade com a Constituição Federal de 1988, artigo 206, VI, o ensino

será ministrado com base no princípio da gestão democrática.

Nesse sentido, todos os integrantes do processo tem poder de interferência e

decisão, ou seja, em relação ao planejamento, na implementação das ações, no

acompanhamento e na avaliação, no campo administrativo, pedagógico e financeiro.

Seguindo esse propósito todas as discussões, planejamento e deliberações

pertinentes ao desenvolvimento e funcionamento da escola são realizadas em conjunto.

É fundamental a participação de toda comunidade escolar para definir os

caminhos a serem percorridos pela escola. Os interesses das partes, Conselho Escolar -

CE Grêmio Estudantil - GE e Associação de Pais Mestres e Funcionários – APMF devem

ser debatidos conjuntamente para auxiliar de forma significativa na construção da gestão

democrática e na organização da escola, assumindo com responsabilidade sobre o

destino das decisões.

Nesse sentido, as ações pedagógicas direcionarão os trabalhos por meio de:

• Reuniões periódicas entre equipe pedagógica e direção;

• Reuniões mensais, ou no momento em que houver necessidade real de planejar e

avaliar as práticas relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem;

• Elaboração coletiva de um projeto de melhoria da estrutura física da escola, na

qual devem ser estabelecidas ações práticas que visem a execução de tais

projetos;

• Reuniões de pais diferenciadas, abordando os seguintes temas: adolescência,

limites, drogas, auto-estima, e outras, realizando parcerias com diferentes

instituições;

• Assegurar à sala de recursos, surdo cegueira - CAE e à sala de apoio, os recursos

materiais e pedagógicos necessários para o bom desempenho das atividades

pedagógicas;

• Proporcionar e viabilizar aulas de contraturno para reforço de alunos com

dificuldade de aprendizagem, durante todo o ano letivo. Este projeto deve ser

acompanhado pela equipe pedagógica, de forma a garantir melhor aproveitamento

dos mesmos por parte dos alunos (Parceria com Universidades);

• Implementar e incentivar atividades sócio-culturais para complementação do

currículo, como festa junina, comemorações cívicas, palestras, Festjulia, Noite

Cultural, gincanas Festival de Talentos, dentre outras.

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A Gestão Democrática pressupõe participação de representantes de todos os

segmentos da escola nos processos de decisões. Prioriza a solidariedade, elimina a

exploração e o individualismo.

Para que aconteça uma gestão democrática efetiva se faz necessário o envolvimento

do Conselho Escolar, APMF, Conselho de Classe, Grêmio Estudantil e Conselho de

Representantes de turmas, para garantir a aprendizagem de qualidade para todos.

CONSELHO ESCOLAR

De acordo com a Constituição vigente, a Gestão Democrática é um princípio que

abrange as dimensões pedagógicas, administrativas e financeiras e necessita de novos

encaminhamentos quanto às questões de exclusão, reprovação e não permanência do

aluno na escola, o que resulta na desigualdade dos menos favorecidos. Através das

decisões coletivas e do compromisso e corresponsabilidade do grupo, pretendemos

propiciar a estruturação de novas formas de trabalho para o fortalecimento da Gestão

Democrática.

O Conselho Escolar constitui-se como órgão máximo de direção do

estabelecimento de ensino. Sua natureza é deliberativa, consultiva, avaliativa e

fiscalizadora referente a organização e trabalhos de cunho pedagógico, administrativo e

financeiro da instituição de ensino, respeitando os princípios da democracia, legitimidade

e coletividade, isto é, o respeito às leis vigentes do país e da própria instituição –

Constituição Federal – 1988, ECA, PPP – Projeto Político Pedagógico, Regimento

Escolar. Para que isso ocorra com transparência o Conselho Escolar está fundamentado

em alguns pressupostos básicos, que defendem que a educação é direito de todos, assim

como a permanência na escola, a gratuidade da educação, qualidade de ensino,

prevalência da igualdade, coletividade, democratização escolar, gestão democrática,

legitimidade, transparência, responsabilidade, diálogo, cooperação, responsabilidade

financeira e organização do trabalho escolar.

Conforme Regimento Interno deste Colégio, o Conselho Escolar tem como objetivo

estabelecer os critérios para o Projeto Político Pedagógico no que diz respeito a sua ação,

organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da

legislação, compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela Secretaria

de Estado da Educação e tem por finalidade promover a articulação entre os vários

segmentos organizados da sociedade e os setores da escola, a fim de garantir a

eficiência e a qualidade de seu funcionamento.

O Conselho Escolar tem seu próprio estatuto que está contido no Regimento

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Interno do Colégio.

As ações mais significantes do Conselho Escolar estão direcionadas a:

• Criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática da Comunidade

Escolar, na discussão, na decisão, na construção, no acompanhamento na

avaliação do Projeto Político Pedagógico.

• Coordenar, juntamente com a Equipe Pedagógica e Direção, o processo de

discussão, elaboração ou reformulação do Regimento Escolar.

• Aprovar o plano de aplicação financeira da escola, bem como analisar a prestação

de contas da direção.

• Analisar e apreciar as questões de interesse da escola e recorrer as instâncias

superiores sobre questões não regimentais ou que não se julgue apto a decidir.

Nessa perspectiva, o Conselho Escolar exerce papel fundamental atuando para

desenvolver uma nova forma de gestão e organização do trabalho pedagógico.

CONSTITUIÇÃO DA DIRETORIA – GESTÃO 2010/2012

SEGMENTOS CONSELHEIROS

F U

N Ç

Õ E

S

Presidente / Diretor Rosimar Baú

Representante dos Docentes - EF Leonice Schwarz de Oliveira

Representante dos Docentes – EM Edilene Cerqueira Leite

Representante da Equipe Pedagógica Helena Batista de Oliveira

Representante dos Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios

Priscila Joelma Grigini Lenzi Mendes

Representante dos Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção e Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando

Luzia Aparecida Prestes

Representante da APMF Janete Ribeiro da Silva Arceles

Representante do Grêmio Estudantil Luciana Vieira do Nascimento

Representante dos Pais - EF João Paulo Costa de Souza

Representante dos Pais – EM keli Cristina Rosa

Representante dos Movimentos Sociais Organizados da Comunidade

Clóvis Renato P. Dias

APMF

De acordo com o Art. 14, II da LDB, um dos princípios da Gestão Democrática é a

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participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Portanto a Associação de Pais e Mestres e Funcionários estão organizada e estruturada

para atuar juntamente com as outras Instâncias Colegiadas: Conselho Escolar, e o

Grêmio Estudantil a partir de um compromisso coletivo que busca assegurar a liberdade

de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber e a

igualdade de condições para acesso e permanência na escola (Art. 3º I e II da LDB).

De acordo com o Art. 21 do Regimento Escolar em consonância com o Art II do

próprio Estatuto da APMF, mantém suas características: possui caráter de pessoa jurídica

de direito privado; é um órgão de representação dos pais e profissionais do

Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político partidário, religioso e racial; é uma

instituição sem fins lucrativos; seus dirigentes e conselheiros não são remunerados; e

ainda se constitui por prazo indeterminado.

A APMF deste Colégio juntamente com a direção, professores e funcionários está

comprometida em atender aos desafios lançados no documento do Curso de Diretrizes

Pedagógicas e Administrativas para a Educação Básica, bem como no exercício da

democracia no ambiente escolar, pela transparência e pelas ações coletivas, e o zelo pelo

cumprimento dos preceitos legais presentes na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes

de Bases da Educação Nacional e no Estatuto da Criança e do Adolescente e de acordo

com o Estatuto da APMF.

O acesso ao conhecimento das bases pedagógicas e legais que garantam a

efetivação do processo educativo, a compreensão de quais são os aspectos

determinantes e condicionantes intrínsecos à relação de ensino e aprendizagem e o papel

da sociedade junto ao estado constituído (controle social, pressão social e efetivação de

direitos constitucionais).

Proposta da APMF

A participação dos membros da APMF constitui-se em fator de relevância para as

ações que modificam continuamente nosso cotidiano, por meio de ações que efetivem a

realização dos projetos desenvolvidos pelos docentes, educandos e demais Instâncias

Colegiadas.

Visando a busca da educação de qualidade que atenda ao aluno e suas

necessidades, vinculação e ampliação dos recursos para que a APMF não fique apenas

na função de arrecadar fundos numerários por intermédio dos eventos realizados pelo

colégio que são: festas, torneios esportivos, decisão de gastos das verbas do PDDE –

Programa Dinheiro Direto na Escola, prestação de contas entre outras decisões que se

fizerem necessárias de caráter urgente ou não e, passe a colaborar de forma efetiva em

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todas as ações que buscam a melhoria da qualidade de ensino que se insere ao

processo político pedagógico.

CONSTITUIÇÃO DA DIRETORIA – GESTÃO 2010/2012

MEMBROS

F U

N Ç

Õ E

S

PRESIDENTE Janete Ribeiro da Silva Arceles

VICE-PRESIDENTE Maria de Fátima da Silva

1º SECRETÁRIO Elizabeth Aparecida Ribeiro

2º SECRETÁRIO Maria Goretti Prestes Galvan

1º TESOUREIRO Elio Gerhard

2º TESOUREIRO Neiva Terezinha Stum

1º DIRETOR SOCIO CULTURAL Elisabete Martins Moura

2º DIRETOR SOCIO CULTURAL Tomoko Ito

CONSELHO DELIBERATIVO FISCALClaudia Maria M. Adolfo, Keli Cristina Rosa, Marli da Luz dos Santos, Nelci Joaquim, Algacir Santos, Angelita da Silva, Roseli Martins Teixeira, Eva Lucia Gonçalves Monteiro

CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe implantou-se como um órgão da instituição escolar, para

cumprir uma função avaliativa, na perspectiva de conseguir a visão integral do aluno, para

o atendimento de suas potencialidades e dificuldades. Sendo assim, o Conselho de

Classe tem como objetivo principal, diagnosticar os problemas e desafios do processo de

ensino e aprendizagem, mediante análises, discussões e reflexões por parte de seus

participantes, para uma reestruturação dos trabalhos pedagógicos norteados por decisões

coletivas.

No Regimento Interno do Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley, artigos 23

a 30 da Seção IV, o Conselho de Classe apresenta-se como um órgão colegiado, de

natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, tendo por objetivo

avaliar o processo ensino aprendizagem, com a responsabilidade de analisar as ações

educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo

ensino e aprendizagem.

De acordo com o Art. 24 do Regimento Interno desta Instituição de Ensino: “A

finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados

apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem,

oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-se dos conteúdos curriculares

estabelecidos”.

Tendo como finalidade fornecer subsídios para uma retomada de ações para

intervir no processo de aprendizagem, o Conselho de Classe tem algumas atribuições

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(Art. 31 do Regimento Interno):

I. Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos

metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e

aprendizagem;

II. Propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a

melhoria do processo ensino e aprendizagem;

III. Estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo

de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em

consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;

IV. Acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar

os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem;

V. Atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do

educando para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos

resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do

educando;

VI.Receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas) horas úteis

após sua divulgação em edital.

É importante ressaltar que as discussões no Conselho de Classe final, as quais são

mediadas pela equipe pedagógica, bem como respaldadas e presididas pela direção

escolar devem, por sua vez, se sustentar sobre alguns parâmetros (critérios qualitativos):

• Avanços obtidos na aprendizagem;

• Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;

• Desempenho do aluno em todas as disciplinas;

• Acompanhamento do aluno no ano seguinte;

• Situações de inclusão;

• Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex. Falta de professores sem

reposição);

GREMIO ESTUDANTIL

Em 1985, por ato do Poder Legislativo, o funcionamento dos Grêmios Estudantis

ficou assegurado pela Lei 7398, como entidades autônomas de representação dos

estudantes.

A Lei Estadual nº 11.057/95, assegura nos Estabelecimentos de Ensino do Estado

do Paraná, a livre organização de Grêmios Estudantis.

O Grêmio Estudantil cumpre um importante papel na formação e no

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desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da juventude, organizando debates,

atividades pedagógicas coordenadas, apresentações teatrais, festivais de música,

torneios esportivos e outras festividades. As atividades do Grêmio Estudantil representam

para muitos jovens, os primeiros passos na vida social, cultural e política.

PLANO DE AÇÃO – 2012

DIAGNÓSTICO

Tendo em vista o incentivo da propagação da cultura em toda sua amplitude no

ambiente escolar:

• Incentivar ações que contribuam para fortalecer o interesse e a participação dos

alunos nos projetos e nas atividades de sala de aula e extraclasse. O Grêmio

Estudantil visa desenvolver projetos que darão maior ênfase às atividades

culturais e esportivas. Atividades estas aprovadas e incentivadas pelos estudantes.

ÁREA DE AÇÃO

A partir dos problemas diagnosticados, atuar nas áreas: Cultural, Esportiva e

Ambiental.

PROJETOS:

• Festivais;

• Torneios esportivos;

• Gincanas

• Reciclagem

• Pintura temática do muro.

ENVOLVIDOS NOS PROJETOS:

• Torneios esportivos e Festivais/ Ensino Fundamental e Ensino Médio.

• Gincanas/pais e APMF.

• Reciclagem – Ensino Fundamental e Ensino Médio

• Pintura Temática / Ensino Médio e APMF.

AÇÕES PREVISTAS:

• Coordenação – Grêmio Estudantil e Equipe Pedagógica;

• Executores – alunos, professores, equipe pedagógica, direção e APMF;

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• Início – março de 2010

• Término – dezembro de 2012

RESULTADOS ESPERADOS:

Espera-se despertar nos alunos o interesse em participar com os demais, formando

um intercâmbio entre salas ressaltando a cooperação de cada membro envolvido para

disseminar a cultura da paz, em detrimento à violência, com criatividade, criando espaços

de revitalização de ambientes despertando a responsabilidade e a satisfação de cuidar do

ambiente escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação acontecerá simultaneamente ao desenvolvimento do projeto através do

acompanhamento das atividades e reuniões entre o Grêmio e a Equipe Pedagógica para

decisões de continuidade ou redimensionamento das ações, aceitando sugestões dos

alunos de forma a melhorar as ações.

CONSELHO DE REPRESENTANTES DE TURMAS

Quando falamos em Gestão Democrática, estamos nos referindo à participação

concreta e efetiva de todos os segmentos da Comunidade Escolar. Neste sentido

inserimos em nosso processo de ensino-aprendizagem a atuação dos representantes de

turmas.

Mesmo não estando regimentado e regulamentado, o Conselho de Representantes

de turmas atua há vários anos neste Colégio de maneira eficaz e compromissada.

O principal papel do representante de turma é a mediação entre seus colegas,

professores, equipe pedagógica, direção e outros setores administrativos. Ele exerce o

papel de organizador, colaborador e orientador dos colegas com esclarecimentos quanto

a reivindicações, reclamações, sugestões, participações e decisões que necessitam da

intervenção da turma.

O representante de turma é o elo de ligação entre o Grêmio Estudantil e seus

colegas.

A eleição dos representantes de turma é realizada impreterivelmente no 1º

Bimestre do ano letivo. Organizada e conduzida pelo(a) professor(a) Conselheiro(a) da

turma ou pela equipe pedagógica, elege um representante e um auxiliar que atuarão até

que os professores e a turma decidam pela substituição dos mesmos ou permanecerão

até o final do ano.

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Enquanto representantes do segmento dos estudantes, os representantes dos

alunos tem participação efetiva nas discussões, encaminhamentos e decisões do

Conselho Escolar.

São características necessárias a um representante de turma:

• Ser honesto e correto.

• Ser responsável.

• Ter facilidade de comunicação.

• Estar aberto às necessidades da escola.

• Ser criativo e animado.

• Transmitir segurança à turma.

• Saber posicionar-se diante da turma.

• Ser aberto ao diálogo.

• Ter bom relacionamento.

• Ter boa vontade em querer representar a turma.

• Ser educado, humilde e receptivo.

• Ter iniciativa.

• Saber admitir erros.

• Agir de forma que proporcione um clima de compreensão, equilíbrio, entusiasmo,

interesse real.

• Tratar a todos (alunos, professores, funcionários, etc) com respeito e educação.

• Influenciar a turma com bons exemplos e atitudes corretas.

• Saber escutar os colegas diante das necessidades.

FORMAÇÃO CONTINUADA

A valorização do magistério é um dos princípios centrais do Projeto Político

Pedagógico deste estabelecimento de ensino. A formação inicial e continuada dos

professores está relacionada à qualidade do ensino e ao objetivo de formar cidadãos

capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país.

Conforme o capítulo V do art. 67 da LDB, lei nº 9394/96 a formação continuada é

um direito de todos os profissionais da educação, pois propicia o desenvolvimento

profissional articulado com a escola e seus projetos.

Este Projeto Político Pedagógico pretende reforçar a valorização dos profissionais,

garantindo-lhes o direito ao aperfeiçoamento profissional permanente.

Neste sentido nosso projeto de Formação Continuada será voltado para o

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aprimoramento teórico metodológico, na forma de trocas de experiências, estudos

sistemáticos e oficinas, abordando assuntos variados como: cidadania, gestão

democrática, avaliação, metodologias de pesquisa e ensino, novas tecnologias de ensino,

relacionamentos interpessoais, comportamento e muitos outros e complementará os

cursos e capacitação oferecida pela SEED e NRE.

O Projeto de Formação Continuada se desenvolverá da seguinte forma:

• Levantamento das necessidades de formação dos profissionais.

• Elaboração do programa coletivo de formação para o ano letivo, contando com o

apoio do NRE, as Universidades que mantém parcerias com o Colégio e outros

órgãos e instituições que de alguma forma possam colaborar com as ações

programadas.

• Realização de pesquisas para fornecer subsídios para estudos e atender as

necessidades do trabalho pedagógico.

• Organização de reuniões mensais de estudo para a reflexão e aprofundamento de

temas relativos ao trabalho pedagógico da escola, repasse de cursos, reuniões e

outros eventos, assim como para analisar os recursos didáticos, recursos físicos e

materiais e solicitando providências aos órgãos competentes.

• Aproveitamento da hora-atividade para desenvolver uma prática de análise do

Plano de Trabalho Docente, Proposta Pedagógica Curricular, Projeto Político

Pedagógico e outros documentos relacionados ao currículo escolar e ao

desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem.

• Momentos de encontros com outras escolas para estudos sobre assuntos

pedagógicos e outros que forem de interesse dos profissionais.

• Momentos de encontros com representantes sindicais para estudo de documentos,

propostas, reivindicações e maior valorização dos profissionais da educação.

• Elaboração de Calendário dos Eventos do Colégio, para melhor distribuição e

organização dos projetos e ações desenvolvidos.

• Realização de Reuniões Pedagógicas, por área, disciplina ou conforme a

necessidade dos professores.

Com isto, pretende-se que a Formação Continuada deste Estabelecimento de

Ensino não se limite ao estudo dos conteúdos curriculares, mas se estenda à reflexões

mais amplas e abrangentes de escola, profissionais e sociedade, como um todo.

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ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE

O trabalho do professor começa fora de sala de aula, pois o mesmo necessita

planejar suas aulas. E o tempo reservado ao Professor em exercício de docência, para

estudos, avaliação e planejamento, a hora atividade, é uma conquista dos profissionais

em educação, pois representa o reconhecimento do trabalho pedagógico realizado fora de

sala de aula.

A organização da hora atividade deve favorecer o trabalho coletivo dos

professores, priorizando-se:

• Estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração e

implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade de ensino,

propostos por professores, direção, equipe pedagógica e/ou NRE/SEED.

• Na busca da implementação do processo de elaboração das diretrizes curriculares

para a rede pública estadual de Educação Básica; possibilitar a concentração de

hora atividade de professores que atuam na mesma área do conhecimento.

• Planejamento de ações para o desenvolvimento de atividades necessárias para

soluções de problemas encontrados no interior do estabelecimento.

• Planejamento e correção de atividades realizadas com os alunos.

• Atendimento de alunos, pais e outros assuntos de interesse da comunidade

escolar.

Sempre que possível, a equipe pedagógica deve estar a disposição dos

professores em sua hora atividade, dando subsídios para o seu planejamento e

auxiliando-o quando necessário. Quanto aos estudos e planejamento do pedagogo com o

professor, será realizado conforme a necessidade.

A Direção deve fazer a distribuição e verificar o cumprimento da hora atividade,

sistematizando o quadro da distribuição da hora atividade, que é flexível de acordo com o

horário de aula e necessidades/possibilidades da escola, em edital, permitindo o seu

acompanhamento e informando à comunidade escolar da disponibilidade de horário de

atendimento do professor aos alunos e pais.

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PERÍODO MATUTINO - 2013

PROFESSOR(A) DISCIPLINA 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

Âdecil Shirley Silveira Inglês 3ª aula 1ª aula

Adriane Lemes Silvestres Matemática 1ª aula 2ª aula

Ana Lucia Lopes Drawski Geografia/Ens.Rel

2ª aula

André Recalde Caceres Inglês 1ª aula

Carla Andréia Favretto Silva Geografia 1ª,2ª, aula 1ª, aula

Carla Fernanda Alves Matemática 3ª, 4ª e 5ª aula

5ª aula 5ª aula

Carlos Alberto de Vicente Matemática 5ª aula 2ª, 3ª aula 4ª aula

Célia Silvana Luneli Educação Física 4ª aula

Ciliane Aparecida Gomes Filosofia 4ª aula 3ª e 4ª aula 4ª aula

Claudia Maria Mendes

Adolfo

Geografia 1ª, 2ª, 3ª aula

5ª aula

Delci Cadini Português 2ª aula 4ª, 5ª aula 5ª aula

Deliane Paula Effgen Educação Física 3ª aula 3ª aula

Edilene Cerqueira Leite Biologia 1ª, aula 3ª aula

Estanislau Lacowicz Filho História 4ª, 5ª aula

Graciella R Urnau Educação Física 3ª aula

Gracielle Fachini Matemática 3ª aula

Ilce Batista dos Santos Sala Recursos 1ª , 2ª aula 1ª , 2ª aula

Ivanilde Apª Oliveira Rosa Inglês 1ª, aula

Jenifer Lima Jung Potolan Arte 2ª aula 4ª, 5ª aula 5ª aula

Josefina Pereira de Souza Física 5ª aula

Jose Roberto Sbardelotto Ciências 1ª , 2ª aula 4ª, 5ª aula

Juliana Eitel Sociologia 2ª aula 4ª aula 5ª aula

Juliana Ugolini Matemática 2ª, 3ª, 5ª aula

2ª aula

Judite A Queiroz Carneiro Português 4ª aula 3ª aula 2ª aula 2ª aula

Liliane Apª Marqurdt Sales História 2ª aula

Lucia Helena Rigonatti Bedin Inglês 2ª, 3ª aula 1ª , 2ª aula

Luci Cássia Casagrande Português 1ª, 2ª, 3ª aula

1ª aula

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Lurdes Maria Tussi Geografia 2ª aula 3ª, 4ª aula

Luiza Rigo Ito Ciências 4ª aula

Maria Ana Bach de Souza Inglês/Português 2ª, 3ª aula 2ª, 3ª aula

PROFESSOR(A) DISCIPLINA 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

Marcos André Stevens Geografia 3ª aula

Marinez T. da Cruz Pereira Espanhol 1ª aula 1ª aula

Marta Pereira de Paula Física 4ª e 5ª aula 4ª aula 4ª aula

Michelly Johann Sala Recurso 5ª aula 5ª aula 5ª aula 5ª aula

Rubia dos Santos Bonapaz Biologia 3ª aula

Santa T. Falcade Lavarda CAE 1ª, 2ª aula 1ª, 2ª aula

Silvana Luiza Cadore Arte 4ª, 5ª aula

Silvia da Aparecida

Cavalheiro

Língua Portuguesa

1ª aula

Suzamara Baldissera Química 1ª, aula 1ª, aula 1ª, aula 1ª, aula 1ª, aula

Tânia Regina Frizzo Historia 1ª, 2ª, 3ª, 4ª,5ª aula

Tânia Regina Bernardt Arte 4ª,5ª aula

Tomoko Ito Educação Física 3ª aula 3ª aula

Valdeir Ricardo Lopes

Ferreira

Educação Física 2ª aula

PERÍODO VESPERTINO – 2013

PROFESSOR(A) DISCIPLINA 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

Aline Danielly Awadallck Arte 1ªaula 5ªaula

Ana Paula dos Santos Português 3ª aula 4ª, 5ª aula

Ângela Gloria Piano Toigo Educação Física 2ªaula 4ª, 5ª aula 2ª aula

Adriane Lemes Silvestre Matemática 2ª, 3ª aula 2ª, 3ª aula

Carla Andréia Favretto Geografia 1ª, 2ªaula 1ª, 2ªaula

Carla Fernanda Alves Matemática 1ª aula 3ª aula

Claudinei Tavares Ensino Religioso 4ª aula 2ª aula

Cristiane de Carvalho Matemática 3ª aula

Delci Cadini Português 1ª, 4ª, 5ª aula

1ª aula

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Deliane Paula Effegen Ed Física 2ªaula 2ª, 4ª aula 2ª aula

Edilene Cerqueira Leite Matemática 1ª aula 1ª aula

Felipe Alexandre da Silva Geografia 3ª aula 2ª, 5ª aula

Gracielle Fachini Matemática 5ª aula 5ª aula

Hudicarla F. L de Matos Arte 4ª aula 1ª aula 3ª aula

Karine Biassotto História 4ª aula

PROFESSOR(A) DISCIPLINA 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

Keli Cristina Rosa Inglês 2ª, 4ª aula 4ª aula 3ª aula

Leocádia Zolnier Ciências 1ª, 2ª aula 1ª, 3ª aula

Liliane Apª Marqurdt Sales História 1ª aula 2ª aula

Lurdes Maria Tussi Geografia 3ª aula 1ªaula

Luiza Rigo Ito Ciências 1ª a 4ª aula

Lucia Helena Rigonatti Português 5ª aula 3ª aula 3ªaula 4ª aula

Maria Ana Bach de Souza Português/Inglês 2ª e 3ª aula

Maria Aparecida P. Ariza Matemática 1ªaula

Marinez T. da Cruz Pereira Espanhol 1ª aula 1ª aula

Neuza Maria Scopel Matemática 3ªaula 4ª e 5ª aula

Paulo Catuzzo História 5ª aula 1ª e 5ª aula 1ª aula

Reni Marta Facioni Marques Educação Especial

5ª aula 5ª aula 5ª aula 5ª aula

Rosangela Gonçalves Silva História/ Ens Rel.

1ª aula

Tatiana Pereira de Oliveira Geografia 1ª, 2ªaula 1ª, 2ªaula

PERÍODO NOTURNO - 2013

PROFESSOR(A) DISCIPLINA 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

Âdecil Shirley Silveira Inglês 4 h/a(quinzenal)

Adelina V. Rohloff Física 4/ha(mensal)

Aline Mello Sobutka Arte/ Aped 4h/a(semanal)

Anacleto Ortigara Matemática /Aped 4h/a(semanal)

Carla Fernanda Alves Matemática 4 h/a(mensal)

Carlos Alberto de Vicente Matemática/Ciências

4 h/a(semanal)

Ciliane Aparecida Gomes Filosofia 18h15às 19h

18h15às 19h

Claudia Maria Adolfo Geografia 4 h/a

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(semanal)

Edilene Cerqueira Leite Biologia 4 h/a(semanal)

Eliane Boscarioli Zibell Inglês 4 h/a(mensal)

4 h/a(quinzenal)

Daniela Rogelin História

Isabel Cristina Moreira Parise

História 4 h/a(quinzenal)

Jean Carlos Coelho Educação Física 4 h/a(semanal)

Jussara Aparecida Trigo L. Portuguesa 4 h/a(semanal)

Keli Cristina Rosa Inglês 4 h/a(quinzenal)

PROFESSOR(A) DISCIPLINA 2ª FEIRA 3ª FEIRA 4ª FEIRA 5ª FEIRA 6ª FEIRA

Luci Cássia Casagrande L. Portuguesa 4 h/a(semanal)

Maria Aparecida P. P. Ariza Matemática 4 h/a(semanal)

Marina A. Santos Antonello L. Portuguesa 4 h/a(quinzenal)

Marinez T. da Cruz Pereira L. Espanhola 3ª aula(semanal)

Marlene dos Santos Adams Sociologia 4 h/a(mensal)

Silvana Luiza Cadore Arte 4 h/a(quinzenal)

Suzamara Baldissera Química 4 h/a(semanal)

Tania Frizzo Gnoatto História 4 h/a(semanal)

Tomoko Ito Educação Física 4 h/a(semanal)

QUALIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS E EQUIPAMENTOS:

BIBLIOTECA:

A biblioteca funciona segundo regulamento próprio e está sob a responsabilidade

do agente educacional II.

A bibliotecária é responsável pelo empréstimo de livros, auxiliar os alunos nos

trabalhos de pesquisa, manutenção dos livros; aquisição de novos títulos; atendimento e

apoio didático-pedágogico aos professores; distribuição dos livros didáticos para os

alunos; atendimento a comunidade escolar para pesquisa; trabalho interno como carimbar

e registrar livros; atendimento do laboratório de informática (ProInfo).

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA:

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O Laboratório de Informática possui vinte (20) computadores em funcionamento,

impressora e ar condicionado, funcionando três períodos, contando com profissionais

capacitados para atender professores e alunos. Esses profissionais são ADM LOCAL-

Administradores Locais.

A prioridade deste ambiente escolar é o aperfeiçoamento de professores e

pesquisas em geral (professor, alunos, funcionários e comunidade). Para o bom

funcionamento do mesmo adotou-se o sistema de agendamento dos alunos em

contraturno, sendo que os professores deverão ter planejamento de aula para

encaminhar a turma e ministrar sua aula no laboratório. No laboratório Paraná Digital o

sistema operacional instalado é programa Linux, escolhido pela SEED- Secretaria de

Estado da Educação, sendo estes computadores uma ferramenta educacional. Alguns

sítios são bloqueados como Orkut, Msn, bate papo.

Contamos também com o laboratório do Programa Nacional de Informática na

Educação – PROINFO que devido a falta de espaço na escola foi instalado na biblioteca,

oportunizando aos alunos, funcionários, professores e comunidade em geral sua

utilização para pesquisa; acesso a Internet; digitação de trabalhos e impressão, sendo

prioritariamente para o atendimento dos alunos e educadores dessa escola.

O laboratório possui dezoito (18) computadores, porém dois (2) foram instalados

na sala de hora atividade para uso exclusivo de professores. O sistema operacional

instalado é o Programa Linux.

Atualmente o laboratório não conta com um profissional capacitado na área de

informática para o atendimento, ficando sob responsabilidade das educadoras do setor.

Para o bom andamento do trabalho ficou definido algumas regras:

• Os alunos devem utilizar o laboratório em horário de contraturno;

• Não há atendimento de turma em horário de aula, ficando esse atendimento como

prioridade do laboratório Paraná Digital;

Para que o trabalho seja bem organizado, os alunos devem comparecer com

autorização assinada pelo professor, pai ou responsável, não havendo a necessidade de

agendamento de horário, pois caso não haja computador disponível, o aluno terá a opção

de utilizar-se do material didático como complementação de sua pesquisa, bem como

realizar uma boa leitura que é um dos objetivos da biblioteca.

LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS

O laboratório de ciências, com seu funcionamento efetivado, representa um espaço

rico para complementação da aprendizagem dos conteúdos em sala de aula das

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disciplinas de Ciências, Biologia, Física e Química.

As Ciências, como um conjunto de saberes, só serão, de fato, compreendidas

quando a teoria estiver aliada a prática de qualidade já que todas as ciências surgiram por

comprovações laboratoriais e pela repetição dos experimentos, portanto, sem um

laboratório digno de ensino e pessoas qualificadas que permaneçam nesse local o

aprendizado será permanentemente insatisfatório e incompleto. O laboratório, se bem

utilizado, comprova a teoria explicada em sala e estimula os alunos a buscarem novos

conhecimentos.

É imprescindível a presença permanente de um laboratorista qualificado

coordenando as atividades laboratoriais, para que juntamente com o professor da

disciplina planeje e prepare as atividades que serão desenvolvidas no laboratório. Aulas

práticas necessitam de tempo para o preparo dos materiais, tempo para a execução do

experimento, tempo para análise dos resultados e tempo para organizar o laboratório. O

professor deve utilizar a hora atividade para essa interação com o laboratorista.

Através da aliança correta “Teoria x Prática” o aluno terá condições, sendo auxilia-

do pelo professor, de construir seu próprio conhecimento científico. Segundo Hennig

(1994, p.111): “As Ciências estudam as coisas, os fenômenos e os seres que constituem

o mundo natural”, daí, a grande relevância de visualizar boa parte desses fenômenos em

laboratório, no microcosmo. Ainda, de acordo com Hennig (1994, p.46), o fazer ciências

deve levar o aluno para o conhecimento científico através da capacidade de aprender,

compreender e conhecer. Estas três habilidades que o professor de Ciências deve desen-

volver no aluno são explicadas da seguinte forma: o aprender implica em desenvolver o

pensamento lógico, compreender revela o conhecimento organizado da Natureza e o co-

nhecer é a posse de informações e assimilação de novos conhecimentos. O professor tra-

balhando as Ciências através dessas três habilidades prepara o jovem para uma aprendi-

zagem significativa dos conhecimentos científicos que auxiliarão nas decisões que nortea-

rão sua vida profissional, familiar e social.

É necessário continuar investindo em materiais de manipulação para experimentos,

bem como materiais de qualidade para pesquisa, as aulas práticas no laboratório de ciên-

cias contam com o laboratório de informática por meio do qual a teoria pode ser aliada à

prática usando as ferramentas disponíveis para acessar vídeos, imagens e textos sobre o

assunto do experimento realizado no laboratório de ciências, oportunizando a todos aces-

so a uma educação de qualidade.

SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

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A Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED - implementou o Programa

Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às defasagens de

aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6º ano do Ensino

Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contraturno, nas

disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as

dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como

as formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. A partir de

2011 a oferta da Sala de Apoio à Aprendizagem foi ampliada para o atendimento do 6º ao

9º ano

A sala de apoio, por ser um complemento da aprendizagem em sala de aula, tem

relevante contribuição para a efetivação desta aprendizagem, principalmente para

aqueles alunos com dificuldades cognitivas, a quem se destina este atendimento.

Para efetivação desta ação, o Colégio conta com duas salas de apoio à

aprendizagem, sendo uma para a disciplina de Língua Portuguesa e outra para

Matemática. Em relação aos materiais e condições de trabalho para o atendimento a

estes alunos, podemos destacar:

• Duas salas próprias e adequadas sendo uma para disciplina de Português e outra

para Matemática, equipadas com mesa do professor, carteiras para os alunos,

ventilador e armário para guardar material específico das salas de apoio.

• Material didático (jogos educativos) para fixação dos conteúdos trabalhados.

Os alunos que frequentam as salas de apoio, quando necessário utilizam o

laboratório de informática e biblioteca para desenvolverem atividades.

Uma das características da S.A.A é a rotatividade dos alunos, pois de acordo com

os avanços apresentados, os mesmos são substituídos por outros que necessitam do

atendimento. Portanto, há um movimento durante todo o ano letivo com o objetivo de

auxiliar na superação das dificuldades verificadas em sala de aula.

SALA DE RECURSOS

Facilmente observamos em nossa realidade escolar que os alunos diferem-se entre

si, principalmente no que se refere a habilidades específicas, ritmos e estilos de

aprendizagem, interesse e motivação por uma determinada área do conhecimento. Os

educandos com necessidades educacionais especiais exigem atenção mais específica

por apresentarem dificuldades acentuadas de aprendizagem, ou mesmo, limitações no

desenvolvimento. Neste sentido, as Salas de Recursos, oportunizam, excelentes recursos

pedagógicos para seus alunos, pois oferecem atendimento individualizado ou em

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pequenos grupos, onde o professor tem condições de aprofundar e enriquecer o processo

aprendizagem, partindo dos interesses e necessidades específicas de cada aluno,

oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos na

Classe Comum.

O objetivo da Sala de Recursos é desenvolver no educando as funções

psicológicas superiores, por meio de estratégias e recursos externos. Oferecer

atendimento diferenciado e individualizado a alunos das classes regulares, pelo

enriquecimento de recursos e pela variedade de procedimentos. Propor medidas

educacionais que deem conta das especificidades de cada aluno, para que os processos

de aprendizagem e desenvolvimento humano ocorram com êxito em cada educando.

O professor da sala de recursos deve orientar o professor da classe comum

quanto às adaptações de conteúdos, metodologia e métodos avaliativos, aplicados aos

alunos com necessidades educacionais especiais.

A sala de recursos dispõe para o trabalho com os alunos os seguintes materiais:

• Jogos diversos como: dominó, trilha, dama, xadrez, ludo, resta um, quebra-cabeça,

jogo da memória, pega varetas, mesinha de sinuca, jogo da velha, banco

imobiliário, imagem/ação e uno.

• Material concreto para o trabalho com os conteúdos da área de matemática como:

material dourado, escala cuisnaire, tangran, dominó de frações, multiplicação,

régua fracionária e frações em círculos.

• Dois computadores, scaner e uma impressora.

Materiais necessários que poderão melhorar o trabalho pedagógico na Sala de

Recursos:

• TV pen drive e som.

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RENDIMENTO ESCOLAR

Taxas de Aprovação e Reprovação – 2011

Ensino Fundamental

SÉRIE / ANO APROVADOS REPROVADOS

5ª série / 6º ano 95% 5%

6ª série / 7º ano 85% 15%

7ª série / 8º ano 91% 9%

8ª série / 9º ano 79% 21%

Ensino Médio

SÉRIE / ANO APROVADOS REPROVADOS

1ª série 91% 9%

2ª série 94% 6%

3ª série 98% 2%

IDEB

2005 2007 2009 2011

3,5 4,0 4,4 4,3

PROVA BRASIL

2005 2007 2009

Matemática Português Matemática Português Matemática Português

256,06 232,48 258,22 238,02 249,36 244,31

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

SÉRIES FINAIS

INTRODUÇÃO

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB 9394/96 determina que o

Ensino Fundamental é prioridade no atendimento escolar, justificando o seu caráter

obrigatório e gratuito.

Atualmente, o Ensino Fundamental regular é de nove anos de duração,

organizados em dois segmentos – cinco anos iniciais e quatro anos finais, atendendo

crianças e jovens na faixa etária em torno de 6 a 14 anos.

A escola pública é um lugar privilegiado onde as crianças e jovens podem ampliar

os seus saberes, em face da complexidade da sociedade contemporânea, e assim

tornarem-se capazes de exercerem a sua condição de cidadãos num país marcado por

profundas desigualdades sociais.

Mediante esse quadro, “como desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação

indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no

trabalho e em estudos posteriores”? A escola deverá desdobrar-se criativamente,

buscando no âmbito da interdisciplinaridade e da contextualização, um espaço para se

trabalhar os conflitos e não apenas tentar passar por eles.

A Proposta Curricular do Ensino Fundamental deste Colégio se fundamenta no

conhecimento profundo de nosso alunado, suas necessidades e expectativas, sua

situação socioeconômica. A proposta tenta articular a garantia da aprendizagem

significativa dos conteúdos, com a realidade que se apresenta todos os dias, em cada

dificuldade encontrada dentro das salas de aula.

Fazer com que nossos alunos sejam capazes de exercer sua cidadania de forma

plena, tomar posturas críticas, responsáveis e construtivas no seu meio social,

transformam-se em agentes transformadores do ambiente em que vivem, são desafios a

que a escola se propõe.

Para tanto, a escola torna-se um espaço em constante mudança, pronta para

transformar em saber as ansiedades que os alunos trazem.

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Não existem fórmulas prontas. Deve-se enxergar a escola de Ensino Fundamental

como uma preparação para a vida. As necessidades dos nossos alunos, suas relações

com o meio em que vivem é que norteiam o trabalho educativo dentro deste colégio, onde

o conhecimento é construído gradativamente porque é visto como um conjunto de

relações que aos poucos se tornam significativas para cada um deles.

Pressupostos Filosóficos

A proposta curricular do Ensino Fundamental apresentada neste projeto articula os

pressupostos filosóficos do Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley, expressos em

seu Projeto Político Pedagógico, aos fundamentos da Autonomia, da Interação e da

Cooperação, da Atenção à Diversidade, da Disponibilidade para a Aprendizagem e da

Organização do Trabalho Escolar.

Conforme o trabalho dentro da escola vai sendo organizado, desde seus aspectos

mais corriqueiros, quanto a utilização do tempo e do espaço da forma mais racional

possível até os aspectos pedagógicos mais significativos, vai-se delineando uma

educação voltada ao desenvolvimento da autonomia de cada aluno – à sua capacidade

de saber fazer escolhas, de posicionar-se, de elaborar projetos pessoais. Releva-se os

aspectos emocionais e afetivos tanto quanto os cognitivos e por meio da interação com os

colegas e professor o aluno vai construindo novos conhecimentos, habilidades e

significações, o que lhe garante adquirir a autonomia.

Considerando que o conhecimento é construído progressivamente, a escola deve

capacitar o aluno a elaborar o conhecimento que espera ser alcançado, portanto, deve

investir em aços que levem o aluno a desenvolver sua atenção voluntária, ou seja, a

disponibilidades para a aprendizagem. Dentro de um clima favorável de trabalho escolar,

no qual a observação de cada avanço é acompanhada pelo professor e a avaliação é feita

de maneira diagnóstica, continuada, processual, a interação em sala de aula leva à

construção partilhada de significados nas situações de aprendizagem, a disponibilidade

para a aprendizagem vai se tornando mais evidenciada.

Princípios Éticos, Políticos e Estéticos

Buscando uma educação diferenciada da padronização e da repetição, com ênfase

mecanicista, a estética da sensibilidade busca o estímulo à criatividade, a formação do

espírito inventivo, a inquietação da curiosidade, a ênfase à afetividade. Na busca da

formação do indivíduo integral, a exclusão, a intolerância e a intransigência não podem ter

espaço dentro da escola. As formas de expressão, de criação e produção devem ser

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encaradas de forma positiva ante os princípios estéticos.

Não se admitindo mais uma escola descomprometida com a igualdade, com o

combate á todas as formas de preconceito e discriminação, com o reconhecimento dos

direitos humanos e com o exercício dos direitos e deveres da cidadania – a política da

igualdade é inspiradora de todos os conteúdos curriculares.

A ética da identidade se constitui a partir da estética e da política por desenvolver a

sensibilidade e reconhecer o direito à igualdade. A autonomia é alcançada através do

reconhecimento da própria identidade e da identidade do outro. Com a conquista da

autonomia, como já dissemos anteriormente, o indivíduo torna-se em condições de julgar

valores e fazer escolhas, comprometido com a busca da verdade.

Contextualização e Interdisciplinaridade

Recursos complementares para que se abram possibilidades de interação entre as

disciplinas e relacionamento do que é aprendido na escola com outras experiências fora

dela se apresentam como interdisciplinaridade e contextualização.

A interdisciplinaridade pressupõe interdependência entre a aprendizagem dos

diversos conteúdos curriculares, o diálogo permanente entre os conhecimentos, usando a

linguagem como mediação, como é visto nas teorias elaboradas por Vigotski. É a

multiplicidade de interações recíprocas entre as disciplinas, relacionando-as em áreas de

projetos de estudos, de pesquisas, de ação, etc.

A contextualização é a superação de visões restritivas, tornando a aprendizagem

significativa, associando-a com experiências de vida cotidiana ou com conhecimentos já

adquiridos. Pressupondo que todo conhecimento envolve uma relação entre o sujeito e o

objeto que será conhecido, deve-se permitir que o aluno estabeleça entre eles uma

relação recíproca, com a proposição de temas e desafios que considerem relevantes para

que sejam aprendidos. Aceitar como ponto de partida as preferências, experiências e

linguagens de vida dos alunos possibilita criar condições para uma melhor compreensão

dos conteúdos, diminuindo os obstáculos à construção do conhecimento.

Objetivos do Ensino Fundamental

O Ensino Fundamental tem por objetivo a formação básica do educando, tornando-

o um cidadão capaz de:

• Adotar no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças,

respeitando o outro e exigindo respeito para si, posicionando-se de maneira crítica,

responsável e construtiva nas diferentes situações, compreendendo a cidadania

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como participação social e política.

• Ampliar o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva,

ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com

perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania.

• Valorizar e adotar hábitos saudáveis para uma melhor qualidade de vida agindo

com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva.

• Contribuir para a melhoria do meio ambiente, sentindo-se integrante, dependente e

agente transformador, identificando seus elementos e as interações existentes

entre os mesmos.

• Fazer uso das diferentes linguagens: verbal, musical, matemática, gráfica, plástica

e corporal, como meio para produzir, comunicar e expressar suas ideias, interpretar

e usufruir das diversas produções culturais, utilizando-se das diferentes fontes de

informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos.

• Formular problemas e resolvê-los, utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a

intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando técnicas e procedimentos.

• Construir sua identidade pessoal e nacional conhecendo características

fundamentais do Brasil nos aspectos sociais materiais, culturais e históricos,

valorizando a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro, de outros povos e

outras nações.

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY

MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL (Anos Finais)

NRE: 06 Cascavel MUNICÍPIO: 0480 Cascavel

ESTABELECIMENTO: 0282 Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley – EFMENDEREÇO: Rua Jorge Lacerda, 1420 – Bairro ClaudeteCEP: 85810-350 FONE: (45)3226-8096

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 4039– Ensino Fundamental ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2013

FORMA: Simultânea

TURNO:Diurno

MÓDULO:40 semanas

ANOS:6º, 7º, 8º e 9º

D I S C I P L I N A SA N O S

6º 7º 8º 9º

BA

SE

NA

CIO

NA

L C

OM

UM

- B

NC

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 3

Educação Física 2 2 2 2

Ensino Religioso * 1 1

Geografia 2 3 3 3

História 3 2 3 3

Língua Portuguesa 5 5 5 5

Matemática 5 5 5 5

Sub-Total 23 23 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L.E.M - Inglês 2 2 2 2

Sub-Total 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

* Não computado na Carga Horária da Matriz por ser facultativa para o aluno.

NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Desde 1994 este estabelecimento de ensino com sua equipe de docentes equipe

pedagógica e administrativa, esteve presente nos estudos e reflexões sobre o processo

de amadurecimento das práticas adicionais junto a educação de Jovens e Adultos.

Passamos então a ofertar a uma camada populacional de nossa abrangência,

região oeste do município, a clientela que sofreu fortemente os processos de exclusão

educacionais, vinculados, muitas vezes, a questões econômicas e /ou culturais.

Essa demanda, a qual atendemos são educandos-trabalhadores que não tiveram

acesso ou continuidade da escolarização na denominada idade própria do ensino

fundamental fase II e ensino médio.

Desta forma, a Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade

educacional tem como finalidade e objetivos e compromisso com a formação humana e

com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos venham a participar política e

produtivamente das relações sociais, com o comportamento ético, através do

desenvolvimento intelectual e moral.

Assim, coerente com tais finalidades e objetivos, o papel fundamental para a

formação dos educandos desta modalidade de ensino, é fornecer subsídios para que os

mesmos tornem-se ativos, críticos, criativos e democráticos.

Tendo em vista este papel, a educação que ofertamos é voltada para uma

formação na qual os educandos-trabalhadores, jovens, adultos, idosos possam aprender

permanentemente, refletir criticante, agir com responsabilidade individual ou coletiva,

participar do trabalho e da vida coletiva.

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A FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS QUE A REGEM

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. (1º art. LDBEN 9394/96)

A educação de jovens e adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que

atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a

formação humana e com o acesso a cultura geral, de modo que, os educandos venham a

participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e

compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Por tratar-se de educandos que possuem diferentes experiências de vida e que em

algum momento afastaram-se da escola por fatores sociais, financeiros, políticos e ou

culturais, a EJA tem como princípio a garantia de acesso a esses educandos aos saberes

em suas diferentes linguagens, intimamente articulado com suas necessidades,

expectativas e trajetórias de vida, ofertando-lhes a oportunidade de continuidade da

escolarização.

É necessário nesta modalidade de ensino, compreender o educando como um

sujeito histórico e que busca constantemente mudanças. Portanto a EJA, deve propiciar

aos jovens e adultos a possibilidade de entender as relações sociais e solucionar

situações do seu cotidiano, dentro de uma perspectiva de que, há um tempo diferenciado

de aprendizagem, limites e possibilidades de cada educando devem ser respeitados.

Desde os Jesuítas, a escola no Brasil foi organizada como seletiva, discriminadora,

com a função social de legitimar as diferenças sociais, avaliando positivamente os de

origem letrada e negativamente os que tinham culturas diferenciadas dos setores

privilegiados da sociedade. Os excluídos que conseguiram sucesso dentro desse padrão

de escola foram sempre apresentados pelos sistemas educacionais e pela sociedade

como prova da possibilidade de aprendizagem para todos, desde que houvesse o esforço

do aluno e da família.

A escola não pode legitimar os diferentes tipos de exclusão social, e sim incluir o

aluno no mundo do conhecimento escolar.

A educação inscreve-se no campo dos direitos universais dos indivíduos. Dessa

forma, o educando, independente de sua idade, sexo, etnia e condições sociais, constitui-

se cidadão portador dos direitos que he assegura a Carta Maior do País. Cabe pois, à

escola pública garantir que lhe seja assegurado o direito de acesso à escola, sua

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permanência nela e sucesso na vida escolar. Cabe a escola compreender de que a

infância, a pré-adolescência, a adolescência, a juventude e a fase adulta não podem

receber da escola o mesmo tratamento, o que ocorre quando essa se organiza a partir

dos conteúdos a serem ensinados e não dos sujeitos com suas experiências. Assim, a

organização da escola a partir dos tempos da vida e do tempo de cada um é

consequência da ressignificação da escola como espaço de formação, não só de

aprendizagem. Para Lima (2002:8) “a constituição do sujeito é a preocupação inicial, e a

partir daí se concebe uma educação em que as aprendizagens serão definidas em função

deste objetivo mais amplo”. Assim, o conhecimento é concebido como integrante da

formação humana e não a única dimensão dessa formação, uma vez que tem por

finalidade a constituição de sujeitos autônomos, solidários, afetivos, ativos, criativos,

éticos, com sólida formação humanista e científica. Parte-se do pressuposto de que a

educação tem como função social, por meio do acesso crítico dos educandos ao conjunto

de conhecimentos construídos historicamente e da relação dialógica no espaço escolar,

contribuir para a construção de uma sociedade democrática na qual os sujeitos venham,

por meio de luta política, conquistar efetivamente o acesso aos bens produzidos pela

sociedade, sejam estes culturais ou materiais. A educação tem papel de disponibilizar à

maior parte possível da população tudo aquilo que as outras gerações produziram: os

saberes, os valores e tudo que compõe a cultura. Precisamos trabalhar numa concepção

de formação de sujeitos unilateral em sua relação com o mundo do trabalho.

A escola como fruto dessa instituição em crise, sempre recebeu propostas

pedagógicas que nem sempre atendiam às especificidades da comunidade escolar; no

entanto, o sonho e o desejo de transformação sempre existiam, por parte da mesma,

como sujeito do processo educativo.

Esta proposta pedagógica realça a participação e a descentralização como

fundamentais à autonomia. Participação e autonomia, completam-se e constituem-se um

dos sustentáculos da proposta estabelecida, entre elas, a qualidade de ensino.

As Diretrizes Curriculares do Paraná, construída coletivamente, exigem

mudanças numa perspectiva emancipadora. Mudanças de posturas pressupõe e exige

querer construir a autonomia da escola.

A concepção de conhecimento, a dimensão dos conteúdos na aprendizagem

escolar, a relação educador/educando, o conceito do currículo, o papel da escola... são

reflexões necessárias neste e noutros momentos.

A legitimidade não se alcança de modo espontâneo, ganha-se por meio da

seriedade no trabalho – que deve ser consistente.

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Destaca-se também o valor educativo do diálogo e da participação, a consideração

do educando como sujeito portador de saberes, que devem ser reconhecidos. O educador

de jovens e adultos deve ter uma especial sensibilidade para trabalhar com a

sensibilidade, já que numa mesma turma poderá encontrar educandos com diferentes

bagagens culturais.

Sendo assim, de acordo com as DCE para a concretização de uma prática

administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada para o cidadão, é necessário que o

processo de ensino – aprendizagem na educação da EJA, seja coerente com os três

eixos articuladores propostos pelas DCE: Cultura, Trabalho e Tempo, os quais deverão

estar intrinsecamente, ligados.

A cultura que abarca toda produção humana inclui, também, o trabalho e todas as

relações que ele perpassa. É o elemento de mediação da formação humana, torna-se

objeto da educação que se traduz, na escola, em atividade curricular. Desse modo,

podemos compreender também o currículo.

O trabalho que compreende, assim, uma forma de produção da vida material a

partir do qual se produzem distintos sistemas de significação. É a ação pela qual o

homem transforma a natureza e, nesse processo, transforma-se a si mesmo. É, portanto,

produção histórico-cultural que atribui à formação de cada novo indivíduo, também essa

dimensão histórica.

O tempo que compreende a quantidade de meses definido pelo período de

escolarização e um tempo singular de aprendizagem, tendo em vista a especificidade da

modalidade – EJA – que busca atender, ainda, o tempo de que o educando dispõe para

se dedicar aos estudos.

E ainda conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais devemos considerar:

• A relevância dos saberes escolares frente à experiência social construída

historicamente. A escola necessita perguntar para si mesma sobre procedência e

importância dos saberes por ela mediatizados e, ao mesmo tempo, avaliar sobre as

possibilidades dos saberes transpostos didaticamente, para as situações escolares

repercutirem no contexto social mais amplo, uma vez que é próprio do processo

educativo re-elaborar de modo singular, o saber já constituído.

• A seleção dos saberes e das práticas pedagógicas tem a ver com os processos de

ensino e aprendizagem, mediados pela ação docente junto aos educandos. Tais

processos necessitam enfatizar o pensar e promover a interação entre os saberes

docentes e discentes na busca de conteúdos significativos. A atividade escolar

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possui maior valor pedagógico se estiver associada ao pensamento reflexivo. O

educador deve perceber o que o educando sabe e o que precisa saber,

conhecendo-o no conjunto: profissão, religião, desejos, anseios, características e

ideologias, por meio do diálogo e da observação permanente.

• A organização do processo ensino aprendizagem, dando ênfase às atividades que

permitem a integração entre os diferentes saberes. Estas devem estar

fundamentadas em valores éticos, favorecer o acesso a diversas manifestações

culturais, articular as situações relacionadas na prática escolar com a prática

social, alem de privilegiar uma diversidade de ações (experiências, projetos, etc)

integradas entre as disciplinas escolares, a partir de um quadro conceitual

(categorias, ideias, etc) e um quadro instrumental (aula expositiva, pesquisa, etc) a

fim de tornar vivos e significativos os conteúdos selecionados. A seleção dos

conteúdos e práticas que se refere às possibilidades dos mesmos articularem

singularidade e totalidade no processo de conhecimento experienciado na escola.

Nesse sentido, os conteúdos selecionados devem refletir os amplos aspectos da

cultura, tanto do passado quanto do presente, assim como as possibilidades

futuras, identificando as mudanças permanentes e inerentes ao processo de

conhecimento na sua relação com o contexto social. Considera-se que tais

conteúdos são essenciais porque transcendem o contexto particular dos

educandos garantindo o acesso ao conhecimento nas suas múltiplas naturezas –

política, econômica, cientifica, ético-social, dentre outras – contribuindo para a

formação da consciência histórica e política dos educandos.

Desta forma, a educação de jovens e adultos deve ser pensada como um modelo

pedagógico próprio, com o objetivo de criar situações de ensino-aprendizagem

adequadas as necessidades educacionais desta modalidade.

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FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que

atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a

formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham

a participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e

compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual

os educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente;

agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva;

comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;

enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir

da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e

sócio-históricos. (KUENZER, 2000, p. 40)

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica

verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-

aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:

a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os

levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico

e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e

justiça;

c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos –

cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,

conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida

a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e

garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de

ampliar o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e

valoriza a produção humana ao longo da história.

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A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho

e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens

produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões

sobre a função do trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos

diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os

saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à

diversidade de suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e

Adultos no Estado do Paraná:

I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado

de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os

mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos

processos educativos formais;

II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo

educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um

ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do

que na relação qualitativa com o conhecimento;

III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,

considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à

ciência, às novas tecnologias, dentre outros;

IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de

pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A

ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o

mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua

realidade social;

V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que

fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares,

mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos

culturais relevantes, estão articulados à realidade na qual o educando se encontra,

viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição

das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o

desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem

chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:

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I. Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu

processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com

conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e

aprendizagem;

II. Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios

educandos;

III. O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade

das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens

desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos

científicos, tecnológicos e sócio-históricos;

IV. Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos

interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e

do trabalho;

V. Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e

democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-

se exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a

diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do

campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas,

que demandam uma proposta pedagógica curricular que considere o tempo/espaço e a

cultura desses grupos.

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY

MATRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS – EJA

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley - EFMENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Cascavel NRE: CascavelANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 HORAS ou 1920 /1932 H/A

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336ARTE 94 112

LEM - INGLÊS 213 256EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

TOTAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO

1600/1610 H 1920/1932 H/A

* DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRICULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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111

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley - EFMENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: CASCAVEL NRE: CASCAVELANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2007 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINASTotal de

horasTotal de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128LINGUA ESPANHOLA* 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568

* LINGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E MATRICULA

FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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APRESENTAÇÃO EMPBDS

ENSINO MÉDIO POR BLOCOS

DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS

APRESENTAÇÃO

As políticas sociais, econômicas e educacionais brasileiras continuam se

desenvolvendo de acordo com as exigências do mercado mundial.

Por outro lado a escola continua sendo um espaço com grande potencial de reflexão

crítica da realidade com influência sobre a formação cultural das pessoas, fazendo do ato

educativo um acúmulo de forças contra a exploração e exclusão.

Num contexto em que os cursos de ensino médio profissionalizante se mostram

preocupados com a qualificação de mão de obra mais voltada ao técnico que ao humano,

a proposta do Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais tem como

princípios norteadores a formação da consciência crítica, o direito do aluno à continuidade

dos estudos e o aproveitamento dos estudos parciais. Representa a tentativa para

superar ou tentar amenizar o problema do elevado índice de reprovação e evasão que,

em muitos casos, está relacionado ao ponto central da ação educativa, que é a avaliação

da aprendizagem.

Essa nova proposta começou a ser implantada no Paraná em 2009 pela Resolução

no 5590/2008, levando em consideração os altos índices de evasão e reprovação no

Ensino Médio regular na rede pública do Estado do Paraná e a necessidade de garantir a

permanência do aluno na escola, por meio de ações pedagógicas efetivas que garantam

a qualidade do ensino.

O sistema de avaliação atende as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino

pela deliberação no 07/99-CEE, que trata das Normas Gerais para Avaliação do

Aproveitamento Escolar, Recuperação de Estudos e Promoção dos Alunos. No Ensino

Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais a avaliação tem por objetivo

diagnosticar as dificuldades e problemas apresentados durante o processo ensino e

aprendizagem. Utilizando os objetivos, as finalidades, os critérios e os instrumentos de

avaliação para uma tomada de decisão sobre o que deve ser melhorado e o que deve ser

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mudado ou retomado no processo de recuperação paralela, considerando os vários

aspectos relacionados às diversas disciplinas.

O objetivo da avaliação da aprendizagem no Ensino Médio Organizado por Blocos

de Disciplinas será acompanhar o desempenho do processo educativo para apontar as

possíveis falhas e orientar as possibilidades de mudanças ou adequações, acenando para

novas tentativas na busca da superação das dificuldades e problemas encontrados na

implantação da nova proposta. A avaliação da aprendizagem do conteúdo é a expressão

prática do que o aluno apropriou, de um conhecimento que se tornou um novo

instrumento de compreensão da realidade, que pode estabelecer relação com a

transformação social.

No desenvolvimento dessa nova proposta a recuperação de estudos tem um papel

fundamental dando aos estudantes a oportunidade de expressar seu conhecimento,

oportunizando ao professor o acompanhamento de todo o processo. De acordo com as

Diretrizes Curriculares Estaduais.

A organização curricular e didática da escola deverá ser adequada de forma que

favoreça o bom desempenho do aluno, com métodos adequados e atividades

diversificadas que respeitem o desenvolvimento cognitivo, social, cultural e humano,

prevendo a flexibilidade necessária que contemple as especificidades de cada um.

“O papel da escola deve ser o de assumir a responsabilidade de atuar na

transformação e na busca do desenvolvimento social, cujos sujeitos que dela participam,

devem empenhar-se na construção de uma proposta para a realização desse objetivo”.

(Yvelise F. Arco-Verde)

Não podemos negar que a escola é uma das principais formas de acesso ao

conhecimento. A escola pública, gratuita e universal é a alternativa que assegura esse

acesso, à maioria da população, o contato com a cultura formal e o conhecimento

científico, oriundo da produção intelectual dos homens, e que possibilita o conhecimento

amplo, elaborado nas relações sociais que levam à reflexões e elaborações teóricas.

Portanto, a escola pública tem por função socializar os conceitos elaborados sobre a

realidade para proporcionar a todos os cidadãos o acesso aos conhecimentos já

produzidos.

É a partir do currículo escolar que se faz a seleção dos conhecimentos dos

diversos campos, organizados nas disciplinas.

A ênfase da Proposta Curricular do Ensino Médio Organizado por Blocos de

Disciplinas deste Estabelecimento de Ensino se dará nos conteúdos científicos, nos

saberes escolares das disciplinas que compõem a matriz curricular.

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De acordo com a resolução no a nova proposta para o Ensino Médio tem como

objetivo principal combater os altos índices de evasão e reprovação, garantindo a

permanência do aluno do Ensino Médio na escola, proporcionando e desenvolvendo

ações pedagógicas que garantam a qualidade do ensino.

Esta proposta curricular inovadora procura definir o Ensino Médio como o espaço

de formação dos jovens, no qual analisam e discutem os princípios da maneira de viver,

pensar, julgar, agir e de superação. Um espaço de articulação de mudanças importantes

para a sociedade.

Os conteúdos selecionados são de grande amplitude e relevância, devendo ser

elaborados de forma responsável, competente e eficaz pelos professores, de acordo com

a Proposta Pedagógica Curricular de cada disciplina atendendo ao disposto nas

DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ENSINO MÉDIO

• Contemplar em sua Proposta Curricular, conteúdos de reflexão que possibilitem a

formação humanista, garantindo questões como: direito à cidadania e valores

culturais, voltado ao comprometimento e capacidade de analisar e interpretar

situações cotidianas, entendendo-se como sujeitos do processo histórico e agentes

de transformação.

• Possibilitar ao professor e aluno, interpretar o mundo do trabalho que os cerca, a

partir de uma análise dialética da sociedade e da cultura, que possa fundamentar

uma reflexão e ação política e social do educando como sujeito histórico.

• Atingir os anseios do aluno para atuar na sociedade como sujeito crítico e

transformador da sua realidade.

• Superar a dualidade entre a formação específica e formação geral, deslocando o

foco de seus objetivos para a formação humana.

• Conhecer os sujeitos do Ensino Médio, suas formas e estilos de vida, como se

relacionam com os saberes. Partindo dessa premícia, pensar em alterações nas

práticas pedagógicas a fim de torná-las significativas para esses mesmos sujeitos.

• Desenvolver possibilidades formativas que contemplem as múltiplas necessidades

socioculturais e econômicas dos sujeitos que o constituem reconhecendo-os não

como cidadãos e trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeitos de

direitos no momento que cursam o Ensino Médio. (Ramos, 2004)

De acordo com o Art. 63 do Regimento Interno do Colégio Estadual Professora

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Júlia Wanderley o Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, tem como finalidade:

• A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;

• A formação que possibilite ao educando, no final do curso, compreender o mundo

em que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua

transformação;

• O aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética,

autonomia intelectual e pensamento crítico;

• A compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas dimensões

filosófica, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes disciplinas.

Ao final do Ensino Médio espera-se que o aluno demonstre:

• Domínio dos princípios científicos, tecnológicos e do legado filosófico e artístico da

sociedade, que possibilite a compreensão da complexidade histórico-social da

mesma;

• Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

• Compreensão crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e dos

processos de mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos intensos

processos de mundialização, desenvolvimento tecnológico e aprofundamento das

formas de exclusão;

• Percepção própria, como indivíduo e personagem social, com consciência,

reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação

homem-mundo.

Contrariar os padrões estabelecidos pela própria história de uma sociedade elitista

e desigual, alterar práticas habituais, romper paradigmas, mudar nossas concepções, é

caminhar para a construção de uma nova escola. Esse é o desafio da nova proposta

para o Ensino Médio.

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CASCAVEL

COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA JÚLIA WANDERLEY

MATRIZ CURRICULAR - ENSINO MÉDIO BLOCOS

NRE: 06 Cascavel MUNICÍPIO: 0480 Cascavel

ESTABELECIMENTO: 0282 Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley – EFMENDEREÇO: Rua Jorge Lacerda, 1420 – Bairro ClaudeteCEP: 85810-350 FONE: (45)3226-8096

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0010 – Ensino Médio Blocos ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010

FORMA: Simultânea

TURNO:Manhã

MÓDULO:40 semanas

SÉRIES:1ª, 2ª e 3ª

B L O C O 1 B L O C O 2

DISCIPLINAS H.A DISCIPLINAS H.A

Biologia 4 Arte 4

Educação Física 4 Física 4

Filosofia 3 Geografia 4

História 4 Matemática 6

LEM Espanhol * 4 Sociologia 3

LEM Inglês 4 Química 4

Língua Portuguesa 6

Total Semanal 29 Total Semanal 25

* Disciplina de matrícula facultativa no CELEM, ministrada em turno diferente

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PLANO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

1. IDENTIFICAÇÃO: Colégio estadual Professora Júlia Wanderley – Ensino Fundamental,

Médio e EJA

2. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO: Ensino Médio e EJA (Educação de Jovens e Adultos)

3. PEDAGOGO RESPONSÁVEL Elisabete Martins Moura

4. JUSTIFICATIVA:

Sendo um dos objetivos da escola, promover o aluno para que este se torne um

cidadão crítico e participativo, todas as ações desenvolvidas devem estar focadas para

esta finalidade. Sendo assim, a escola deve tomar o trabalho como princípio educativo na

perspectiva de promoção do homem.

Sabemos que o ser humano depende do trabalho para satisfazer suas

necessidades básicas, porém a escola deve preparar seus alunos por meio de

conhecimentos científicos, para que, não apenas participem da produção de bens, mas

também tenham o direito de usufruir destes bens produzidos pela sociedade.

Partindo deste princípio a escola tem como função dar subsídios para que o

cidadão tenha conhecimento e argumentos para questionar as injustiças sociais, o

trabalho escravo, o trabalho infantil e as relações de trabalho existentes no sistema

capitalista, indo além da formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário

para se compreender o processo de produção em sua totalidade. Sendo assim, o estágio

configura-se em ato educativo quando as atividades forem adequadas ao

desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando.

5. OBJETIVOS DO ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

As ações desenvolvidas na escola devem permitir que o aluno estagiário consiga

fazer a relação entre a teoria contemplada nos conhecimentos universais acadêmicos e

as ações desenvolvidas no ambiente de trabalho.

O estágio não obrigatório também tem como objetivo o aprendizado de

competências próprias da atividade profissional, buscando o desenvolvimento do

educando para a vida cidadã e para o trabalho.

6. LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

O estágio poderá ser realizado em empresas e/o instituições públicas ou privadas

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desde que respeitadas as exigências legais e preservado o horário de estudo do

estagiário.

7. CARGA HORÁRIA

Seis (06) horas diárias e trinta (30) horas semanais.

OBS.: A carga horária do estagiário não pode comprometer a frequência às aulas e

o cumprimento dos demais compromissos escolares.

8. PERÍODO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO:

A duração do estágio, contratado com a mesma instituição concedente, não poderá

exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário com deficiência.

9. ATIVIDADES DE ESTÁGIO:

Os alunos matriculados no Ensino Médio e EJA podem realizar no Estágio Não

Obrigatório atividades que possibilitem:

• A integração social;

• O uso das novas tecnologias;

• Produção de textos;

• Aperfeiçoamento do domínio do cálculo;

• Aperfeiçoamento da oralidade;

• Compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento,

organização e realização de atividades que envolvam rotina administrativa,

documentação comercial e rotinas afins.

10. ATRIBUIÇÕES DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO:

• Incluir o estágio não-obrigatório no PPP;

• Regimentar o estágio não-obrigatório;

• Indicar professor orientador (pedagogo), responsável pelo acompanhamento e

avaliação das atividades de estágio;

• Zelar pelo Plano de Estágio;

• Celebrar Termo de Compromisso com alunos e parte concedente após firmado o

Termo de Convênio, autorizado pelo Senhor Governador.

11. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR ORIENTADOR (Pedagogo):

• Elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;

• Organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de cada aluno;

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• Explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de estágio

obrigatório e não-obrigatório à parte concedente;

• Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizadas pelo estagiário;

• Realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio

estão de acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso, mediante

relatório;

• Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

• Orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio;

• Orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de

realização do estágio;

• Solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;

• Orientar previamente o estagiário quanto:

* às exigências da empresa;

* às normas de estágio;

* aos relatórios que fará durante o estágio;

* aos direitos e deveres do estagiário.

OBS.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades para elaborar o

relatório, o professor orientador deverá auxiliar esse estagiário.

12. ATRIBUIÇÕES DA PARTE CONCEDENTE:

• Celebração do termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando,

zelando por seu cumprimento;

• A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao educando

atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;

• Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência

profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para

orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;

• Contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja

apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar do Termo de

Compromisso de Estágio;

• Por ocasião do desligamento do estagiário, entrega do termo de realização do

estágio, à instituição de ensino, com indicação resumida das atividades

desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;

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• Manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de

estágio;

• Enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses,

relatório de atividades, elaborado pela supervisão do estágio, com prévia e

obrigatória vista do estagiário;

• A remuneração pelos serviços prestados do agente integrador, se houver, é de

responsabilidade do ente concedente.

13. ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL PELA SUPERVISÃO DE ESTÁGIO NA PARTE

CONCEDENTE:

• Tomar conhecimento do Termo de Compromisso;

• Orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de

estágio;

• Preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;

• Manter contato com o Professor orientador da escola;

• Propiciar instalações e ambientes favoráveis à aprendizagem social, profissional e

cultural dos alunos;

• Encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à

instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

14. ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO:

Considerando a Concepção de Estágio:

• Ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte

concedente como na instituição de ensino;

• Celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com a instituição de

ensino;

• Respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino;

• Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;

• Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não

previstas no plano de estágio;

• Entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.

15. FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO:

Através da ficha de avaliação – anexo III

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16. AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-

obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não para o

desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor orientador precisa ter acesso a

três documentos do aluno:

• rendimento e aproveitamento escolar;

• relatório elaborado pelo aluno. (anexo II);

• relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente

(Anexo III).

No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante análise dos

relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do estágio,

recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados: Cumprimento do

Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei 8.069/90 – Estatuto da Criança e

do Adolescente.

Este Plano de Estágio Não-Obrigatório segue as orientações da Deliberação nº

02/2009 – CEE e a Instrução nº 006/2009 – SUED/SEED em consonância com a Lei nº

11.788/2008 que dispõe sobre o estágio de estudantes.

Cascavel, outubro de 2009.

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P R O J E T O S

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ENGLISH SHOWREGULAMENTO

Art. 1º - DOS OBJETIVOS - Serão objetivos do “Sixth English Show”:

I. Despertar nos alunos do Ensino Médio, deste Estabelecimento de Ensino, a

importância da aquisição de competências no uso da língua estrangeira moderna,

na preparação de seu ingresso na vida profissional neste mundo globalizado.

II. Propiciar ao docente a possibilidade de atingir um nível de competência

lingüística capaz de permitir-lhe ter acesso a informações de vários tipos, ao

mesmo tempo em que contribuímos para a sua formação geral enquanto cidadão

crítico.

Art. 2º - DA REALIZAÇÃO - O “English Show” será realizado em uma etapa apenas.

A competição acontecerá por modalidades, sendo que a apresentação de cada

uma não poderá ultrapassar o número de oito (8) participantes.

Desta forma não haverá denominação de turma, podendo existir, no mesmo grupo,

alunos de 1ª, 2ª ou 3ª séries.

PARÁGRAFO ÚNICO – Os apresentadores de cada modalidade serão escolhidos pelas

professoras da disciplina de inglês do ensino médio, se necessário.

Art. 3º - DA PARTICIPAÇÃO – Participarão os alunos regularmente matriculados no

Ensino Médio do período matutino deste Estabelecimento Educacional.

Art. 4º - DA INSCRIÇÃO – Os pedidos de inscrição deverão ser feitos, unicamente,

através de formulários fornecidos pelas professoras de inglês do ensino médio, no

período a ser estipulado. (Após esta data não serão aceitas mais inscrições em hipótese

nenhuma).

PARÁGRAFO ÚNICO – As equipes inscritas de cada modalidade receberão a ficha,

mencionada anteriormente no parágrafo 5º, na qual será relacionado número de

chamada, nome completo e série de cada participante. Deverá constar, no espaço

reservado, a descrição do conteúdo da atividade em português. (Importante: Sem

entrega dessa ficha a inscrição tornar-se-á nula).

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Art. 5º - DO JULGAMENTO – Professores do próprio estabelecimento, alunos escolhidos

e/ou representantes de outras Instituições de Ensino e da Equipe NRE/Cascavel

comporão a comissão julgadora.

PARÁGRAFO ÚNICO – As equipes que se envolverem em brigas, ou qualquer outro fato

que venha a denegrir a imagem da escola ou prejudicar o andamento do evento, serão

sumariamente desclassificadas sem direito a contestação.

Art. 6º - DA AVALIAÇÃO – Serão avaliadas as equipes sob os seguintes itens com os

respectivos valores:

a) Tarefas cumpridas (10)

b) Pontualidade (10)

c) Clareza na apresentação (20)

d) Criatividade (20)

e) Desenvolvimento geral (40)

PARÁGRAFO ÚNICO – A equipe que obtiver a maior pontuação será declarada a

vencedora daquela modalidade conforme inscrição. Havendo empate, vencerá quem

alcançar maior soma no quesito “desenvolvimento geral”. Ainda persistindo o empate, o

de maior valoração na criatividade.

Art. 7º - DO TEMPO – As atividades iniciar-se-ão no período da manhã, às 8h, com

probabilidade de encerramento até às 11 horas, nas datas a serem agendadas. Na

referida data, todas as turmas do Ensino Médio estarão reunidas no auditório para a

competição. Poderá haver a presença de turmas convidadas do Ensino Fundamental para

assistir ao Show.

PARÁGRAFO ÚNICO – Cada equipe deverá observar o seguinte:

• Depois de anunciada a tarefa, não ultrapassar 4 minutos para se apresentar;

• Colaborar, fazendo silêncio, principalmente no corredor, durante as apresentações;

• A apresentação da tarefa não deverá ultrapassar o tempo de 8 minutos.

Art. 8º - DAS MODALIDADES – Os alunos, após organizarem-se em equipes, poderão

se inscrever nas seguintes modalidades:

• Dramatização muda: escolher uma música em inglês e dramatizá-la apenas

através de gestos.

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• Dublagem: dublar um cantor, uma cantora ou grupo que cante em inglês. O(s)

dublador(es) deve(m) estar caracterizados).

• Teatro falado e criativo: dramatizar uma cena de um filme ou um outro texto, em

inglês. Se quiser, pode usar fantoche para a respectiva encenação.

• Música: cantar, de viva voz, uma canção em inglês, podendo ser em grupo ou

individual, acompanhado ou não de instrumento musical.

• Dança: apresentar uma dança com coreografia criativa ao som de uma música em

inglês.

PARÁGRAFO ÚNICO – Durante a apresentação, a equipe não poderá usar mais de 50%

da língua portuguesa em sua oralidade.

Art. 9º - DA PREMIAÇÃO – O resultado será aproveitado como nota de prova para cada

aluno participante. Também será estudada, pela direção da escola, outra forma de

premiação.

PARAGRAFO ÚNICO – As equipes classificadas em 1º lugar de cada modalidade terão a

nota dada pela comissão julgadora, desprezada e substituída pela nota máxima (10,0

pontos), portanto, os alunos das demais equipes permanecerão com o resultado atribuído

pela comissão julgadora.

Art. 10 – DA RESPONSABILIDADE DA MESA DE SOM – Será escolhido, previamente,

o aluno que cuidará do som no dia das apresentações. Se possível, também será

convidado alguém da comunidade que possa vir auxiliar a escola e que seja de inteira

confiança.

Art. 11 – DA ORGANIZAÇÃO E DECORAÇÃO DO AMBIENTE – A responsabilidade de

organizar e decorar o salão ficará a cargo dos alunos que não estarão participando de

nenhum número artístico, desde que se inscrevam até a data marcada, para que sejam

acompanhados e também avaliados.

As tarefas serão distribuídas conforme o desenvolvimento das atividades.

Art. 12 – DOS ENSAIOS – O acesso de alunos nas dependências da escola, durante ou

fora do período de aula, onde poderão ocorrer os ensaios, somente será permitido com

autorização por escrito do professor, de um orientador ou da direção, para que possam

usufruir o espaço reservado.

A responsabilidade pelos objetos ou similares necessários para os ensaios e para a

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efetivação das apresentações será exclusiva da equipe e de cada componente da

mesma; afastada, portanto, qualquer responsabilidade da escola.

Art. 13 – DAS ALTERAÇÕES – Caso haja mudanças em alguns dos itens desse

regulamento, as equipes serão previamente avisadas.

FICHA DE INSCRIÇÃO

_____ ENGLISH SHOW / _____

Modalidade:_____________________________________________________________

Tempo de Duração: ______________________________________________________

Título __________________________________________________________________

Música: ________________________________________________________________

Resumo: (descrição do conteúdo da atividade em português):

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

________________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Componentes da Equipe:

Nº Nome completo Série

____ _________________________________________ ____________

____ _________________________________________ ____________

____ _________________________________________ ____________

____ _________________________________________ ____________

____ _________________________________________ ____________

____ _________________________________________ ____________

____ _________________________________________ ____________

___ _________________________________________ ____________

OBS: Entregar esta ficha até a data estipulada, sem a qual a inscrição não será

considerada, perdendo o direito da participação da equipe.

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EQUIPEMULTIDISCIPLINAR

COMPONENTES :

Carla Andreia F. da Silva

Carla Fernanda Alves

Edilene Cerqueira Leite

Elisabeth Aparecida Ribeiro

Keli Cristina Rosa

Maria Goretti P. Galvan

Maria Odete Rosa Rodrigues (Coordenadora)

Marlene Oliveira dos Santos

PLANO DE AÇÃO

1.IDENTIFICAÇAO DA EQUIPE

Colégio Estadual professora Julia wanderley

Cascavel - PR

2-Objetivos a serem alcançados

Mobilizar grupos de professores e funcionários a fim de refletir no sentido de

superação sobre atitudes de preconceito e discriminação racial assim como outras

situações que envolvam sujeitos discriminados.

3-Justificativas das Ações a serem realizadas

Considerando a necessidade de aprofundarmos sobre os temas de inclusão social,

decidimos por constituir em nosso estabelecimento um grupo de estudos operativo, isto é,

estabelecermos momentos de estudos diante de temas emergentes da escola

contemporânea, sobre ações pedagógicas que venham a contribuir para o fortalecimento

da Educação das Relações Etnicorraciais , promovendo a conscientização dos envolvidos

e favorecendo atividades com vistas a angariar mudanças de atitudes no que diz respeito

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a socialização dos educandos visando a desconstrução de práticas preconceituosas.

4-AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDA

Estudos sobre as Leis 10.639/03 3 11.645/08;

Analizar a naturalização e manipulação que a mídia veicula como reforço e reprodução da matriz eurocêntrica em relação aos Brancos e outros grupos etnicorraciais;

Problematizar os conhecimentos universalmente cristalizados que determinaram a

manutenção e naturalização da exclusão de diferentes grupos sociais;

Problematizar os conhecimentos na prática pedagógica cotidiana atividades, projetos e

comemorações que deem visibilidade aos diferentes sujeitos historicamente

discriminados pela sociedade;

Positivar os sujeitos negros e indígenas sobre a importância da autodeterminação de seu

pertencimento etnicorracial, o qual viabiliza a valorização de suas especificidades

históricas no processo de desenvolvimento da nação brasileira;

Valorizar as ações de políticas públicas afirmativas que objetivam a promoção da

igualdade de oportunidades reconhecendo os diferentes nas relações religiosas,

sexualidades e raciais;

Apresentação de Filmes e recortes fílmicos, Textos, Documentários, palestras e Sites

para a socialização sobre as temáticas dos estudos em questão;

Incluir a temática sobre a história da cruel violência contra mulher bem como a exploração

sexual de meninas;

Garantir nos documentos próprios dos estabelecimentos de Ensino(PPp,PPC,PTD,

Regimento Escolar, Plano de Ação da Direção) práticas pedagógicas concretas e

aplicáveis que possibilite a operacionalização das ações políticas afirmativas que

integrem os diferentes sujeitos históricos e o direito de oportunidade que deve ser

estendido a todos, indiscriminalmente.

5-Referências

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Cadernos temáticos:

• Educando para as relações étnico-racial)

• História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

• Educação Escolar Indígena

Diretrizes Curriculares Estaduais/Pr

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GINCANA DAS MÃES

JUSTIFICATIVA:

O convívio escolar refere-se a todas as relações e situações vividas na escola,

dentro e fora da sala de aula, em que estão envolvidos direta ou indiretamente todos os

sujeitos da comunidade escolar: alunos, professores, funcionários e pais. Para favorecer

tal envolvimento será realizada uma gincana que contará com a participação das mães

dos alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Estadual Professora Júlia

Wanderley.

OBJETIVOS

• Buscar um maior envolvimento das mães nas atividades desenvolvidas na escola.

• Proporcionar um momento de descontração, dando às mães a oportunidade de

apresentar suas habilidades na dança, interpretação, instrumentos musicais,

declamação de poesias e a participação nas diversas atividades e brincadeiras

incluídas na gincana.

• Valorizar a figura da mãe, mostrando que o relacionamento entre a escola e os

responsáveis pelos alunos podem ser amigável, formando nos mesmos valores

significativos.

• Diversificar as homenagens prestadas às mães pela passagem do seu dia.

CRONOGRAMA - Datas a serem definidas:

Organização da gincana e seleção das atividades pela equipe pedagógica;

Divulgação da gincana para os alunos;

Período de Organização e preparação das atividades pelos alunos e mães.

Realização da Gincana.

ATIVIDADES – (Sugestões)

* Trazer uma mãe que:

• Toque um instrumento musical (violão, teclado, etc.)

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• Mantenha o bambolê girando por mais tempo na cintura.

• Apresente uma interpretação musical.

• Apresente uma dublagem musical.

• Apresente uma dança cigana.

• Declare uma poesia sobre as mães.

• Traga seu vestido de noiva e uma foto de casamento.

• Traga uma foto de quando tinha 15 anos.

• Traga sua mãe e sua avó.

• Vista o maior número de roupas em dois minutos.

CLASSIFICAÇÃO DAS MÃES

• A mãe mais nova – (trazer documento)

• A mãe mais velha (trazer documento)

• A mãe com maior número de filhos no Colégio.

REGULAMENTO

• As mães participantes representarão as respectivas turmas de seus filhos.

• A turma marca ponto, se a tarefa for cumprida, independente do número de

representantes por tarefa.

• Se a mãe tem filhos em turmas diferentes, poderá participar de atividades

diferentes para cada turma.

• As atividades de classificação das mães não contam pontos para as turmas, mas

serão premiadas.

• As atividades somente serão válidas acompanhadas de uma prenda para a festa

junina.

• Haverá premiação para as mães da turma vencedora.

• A gincana será realizada em data a ser definida.

AVALIAÇÃO

Serão avaliados o envolvimento a participação e o desempenho das mães nas

atividades propostas e o interesse e motivação dos alunos.

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES - L. PORTUGUESA

* Conteúdos

Os conteúdos a serem trabalhados serão: ortografia, acentuação – separação de

sílabas, pontuação, paragrafação, figuras de linguagem, relação entre discurso de texto,

formação ideológica e discursiva, elementos de conexão, recursos de argumentação,

todos os gêneros textuais, texto e contexto, explicitação dos implícitos.

* Objetivos

• Desenvolver no aluno o gosto pela leitura;

• Dar condições para que o aluno faça suas produções de forma espontânea;

• Aperfeiçoar quanto à produção de textos em geral;

• Ser capaz de proceder autocorreção dos textos;

• Compreender as leituras produzidas;

• Demonstrar segurança em sua escrita e raciocínio lógico;

• Priorizar a leitura, interpretação e a escrita como fonte de formação e informação;

* Encaminhamentos Metodológicos:

As atividades serão desenvolvidas em 04 horas aulas semanais, em contra turno,

com os alunos do Ensino Médio, no período vespertino (intermediário). No primeiro

momento será feita uma reunião com os pais para explicar a intenção do projeto. Logo no

primeiro encontro com os alunos será passado o cronograma e conteúdos a serem

trabalhados durante o ano, deixando bem claro que o objetivo principal deste projeto é

desenvolver o hábito da leitura e posteriormente a produção de textos, sendo este

(produção de textos) através da produção de poesias, cartas, paródias, histórias em

quadrinhos, entre outros. Após a produção deste material, será desenvolvido seminários,

debates, dramatizações, exposições, confecção e ilustração de livros.

Será utilizado como material pedagógico:

• Computadores;• Internet;• Impressora;• Pen drive;• Câmara digital;• Livros de literatura.• Recursos humanos• Revistas

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• Jornais* Avaliação

A avaliação será continua no processo de aprendizagem, pois a mesma representa

um importante momento enquanto norteadora de rumos e decisões a serem tomadas

durante a execução do projeto leitura e produção de texto e também de modo abrangente

considerando a variedades de habilidades condizentes a fim de que todos os alunos

possam desenvolver uma aprendizagem satisfatória.

* Referências Bibliográficas

KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. O texto e a construção dos sentidos. São Paulo:

Contexto, 1997.

TERRA, Ernani. Português para todos. São Paulo: Scipione, 2002.

GESTAR - Programa Gestão da Aprendizagem Escolar. Gestar II. Língua Portuguesa.

Caderno de Teoria e Prática 1 e 2. Ministério da Educação, Secretaria de Educação

Básica, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação

Física para a Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES - GEOGRAFIA

*Conteúdos:

As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do/no

espaço geográfico; história das migrações mundiais e sua influência sobre a formação

cultural, distribuição espacial e configuração dos países; formação étnico religiosa:

distribuição e organização espacial e conflitos; consumo, consumismo e cultura: influência

dos meios de comunicação nas manifestações culturais e na (re) organização social do

espaço geográfico; população brasileira e miscigenação dos povos; contribuição do negro

na construção da nação brasileira; colonização da África pelos europeus; práticas de

segregação racial, entre outros.

*Objetivos:

• Reconhecer e valorizar o patrimônio histórico cultural Afro Brasileiro e Africano;

• Redescobrir a cultura negra, esquecida e embranquecida pelo tempo;

• Valorizar e viabilizar um resgate da cultura étnico-racial;

• Desmistificar o preconceito relativo aos costumes religiosos provindos da Cultura

Africana;

• Trazer a tona, discussões acerca dos direitos individuais do ser humano, por meio

das rodas de conversa, para um posicionamento mais crítico frente a realidade

social em que vivemos/prática da tolerância.

*Encaminhamentos Metodológicos:

As atividades serão desenvolvidas em 04 horas aulas semanais, em contraturno

com os alunos do Ensino Fundamental de 6º ao 8º ano. No primeiro momento será feita

uma reunião com os alunos e pais para explicar a intenção do projeto. Logo no primeiro

encontro com os alunos será passado o cronograma sendo que o livro: Declaração

Universal dos Direitos Humanos - adaptação Ruth Rocha e Otavio Roth, 2003 será o

primeiro a ser trabalhado. A segunda atividade será assistir ao filme documentário Família

Alcântara, sob direção de Daniel e Lilian Santiago, (Brasil, 2006). Pretende-se fazer uma

reflexão sobre o documentário e mesa redonda com os alunos. Pretende-se também

estudar alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos; exibir o vídeo

(clipes): Missa dos quilombos - música de Milton Nascimento, com o intuito de promover

reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos da atualidade que tratam sobre o

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tema; pretende-se nesse projeto trabalhar através da audição, análise e ilustração da

música de Milton Nascimento: Uakti - lágrimas do sul - valores, direitos dos cidadãos afro

descendentes, na sequencia fazer ilustrações dos trabalhos de Cândido Portinari - Menina

com tranças e laços - estar em contato com músicas da cultura africana como o samba,

abatucada, assim como produzir artes com sucatas e finalmente fazer um dia de atividade

para mostrar o resultado do trabalho, nessa oportunidade trazer para a escola uma

apresentação de capoeira com o grupo que já existe no bairro.

Local de Realização:

Sala de aula no colégio

*Resultados Esperados

Para o Aluno

Ter um convívio harmonioso na comunidade escolar.

Para a Escola

O crescimento do conhecimento no Ensino Aprendizagem no que se refere a Evolução

Cultural.

Para a Comunidade

Refletir uma nova postura da ética social bem como um cidadão integrante e ativo

socialmente.

*Referências Bibliográficas

- Lei n° 7437/85;

- Resolução 01/04 do Conselho Nacional de Educação;

- TEIXEIRA, Jorge. Porque tanta diferença. In: Revista Mundo Jovem. Setembro. Porto

Alegre. PUCRS, 2005;

- PAGOTO, Lucia Borges Ferreira. Relações Interpessoais. In: Revista Mundo Jovem.

Abril. Porto Alegre. PUCRS, 2006

*Avaliação

O aluno será avaliado pela atitude social e participação.

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XADREZ NA ESCOLADADOS DE IDENTIFICAÇÃO

O presente projeto será desenvolvido no Colégio Estadual Professora Júlia

Wanderley pela professora (readaptada) de Educação Física Isabete Dolores Pagnoncelli

com alunos das séries iniciais do ensino fundamental – 6º e 7º anos do período

vespertino.

JUSTIFICATIVA

O xadrez é algo mais que um simples jogo, é uma diversão intelectual que tem algo

de arte e muito de ciência. É um meio de aproximação social e intelectual. Sendo assim, o

xadrez deveria fazer parte do programa escolar de todos os países.

No século XXI, a educação está baseada na formação de cidadãos criativos,

capazes de solucionar os problemas e preparados para tomada de decisões. É de

extrema importância que líderes comunitários, políticos e, principalmente, os pedagogos

tenham a visão que o potencial humano deve ser considerado o recurso principal de uma

sociedade.

Diante disso, o xadrez apresenta-se como uma poderosa ferramenta de suporte

pedagógico. Portanto quando praticado sistematicamente, da infância a fase adulta,

estimula os processos e operações do cérebro que favorecem uma formação acadêmica

melhor e preparam apropriadamente o individuo para enfrentar os desafios da vida que a

sociedade atual apresenta.

Durante a prática do xadrez, o individuo é colocado em situações onde se depara

com um processo de observação e análise das relações que se apresentam no tabuleiro

de xadrez, como por exemplo: o quantitativo ou o qualitativo; o permanente ou o

temporário; o incidental ou o definitivo; o espaço ou a falta dele componentes estes

determinados em uma posição.

A maioria dos especialistas fala, e a ciência comprova que uma das funções

pedagógicas mais importantes no xadrez é a de organizar e estimular a manifestação do

pensamento lógico-matemático e a criação de um pensamento crítico e criativo.

O educando através do xadrez se porá defronte a situações que vão exigir dele

profunda análise e tomada de decisões, sobre as quais arcarão consequências que

deverão ser assumidas pelo mesmo. O que não se diferencia do nosso cotidiano na

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sociedade atual.

No jogo de xadrez não existe status, poder ou posição social. Pode-se ver um

plebeu derrotar um rei, porque o jogo não distingue raça, cor, credo e nem condição

social.

O xadrez é um jogo pela forma, uma arte pelo conteúdo e uma ciência pela

dificuldade.

OBJETIVOS

Adquirir e fortalecer qualidades valiosas da mente através da prática do xadrez.

METODOLOGIA

Será ensino através de aulas práticas e teóricas: as peças, o tabuleiro, a

movimentação das peças, capturas, roque maior e menor, xeque, xeque mate, xeque

descoberto, rei afogado e anotação.

PÚBLICO ALVO

As aulas acontecerão em uma sala do Colégio Estadual Professora Júlia

Wanderley, nos períodos matutinos, nas segundas e quartas feiras, das 10h30m as

11h30m, para alunos do 6º e 7º anos do período vespertino.

ESTRATÉGIA DE AÇÃO

• apresentar os projetos aos alunos do 6º e 7º anos;

• enviar bilhete de autorização aos pais para efetivar inscrição;

• aulas teóricas;

• aulas práticas;

• campeonatos – Sesc, escolares, OPEN municipal;

CRONOGRAMA

Março de 2012 a novembro de 2012.

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VOLEIBOL PARA TODOS

1. INTRODUÇÃO

Durante muito tempo, nossa sociedade foi condicionada a viver em constante

competição, almejando muitas vezes, as mesmas oportunidades. Fato esse, que acabou

contribuindo com a desvalorização de alguns valores como união, amor, cooperação,

bondade, paz, solidariedade e amizade. Segundo Brotto (2001), a competição se

apresenta de forma que, para que um dos membros possa alcançar o seu objetivo, outros

serão incapazes de atingir os seus.

Sob esse aspecto, entendemos a prática da atividade esportiva como fator

fundamental para a integração social, permitindo de forma democrática, o acesso a todas

as pessoas, independentemente de condição social, política, econômica ou racial. O

fenômeno esporte pode ser trabalhado como um forte agente educacional e cultural,

visando o exercício pleno da cidadania.

No presente projeto, utilizaremos como ferramenta de trabalho o Voleibol, desporto

este que foi criado em 1895 nos Estados Unidos, tendo sido amplamente difundido por

diversos países entre estes, o Brasil. Interessante enfatizar que o Voleibol foi criado no

intuito de oferecer uma atividade física de menor contato físico para o público mais idoso,

fator que também contribuiu para a escolha da modalidade, além da ampla aceitação por

parte desse desporto.

Sob esse viés, o Voleibol, assim como todos os outros esportes são amplamente

reconhecidos como valiosos e indispensáveis agentes promotores no processo educativo

integral, além de contribuir fortemente para a melhora da qualidade de vida das pessoas,

tanto no sentido de prevenção, quanto para a reabilitação de diversas doenças, tais

como: a diabetes mellitus, as doenças cardiovasculares e respiratórias, doenças neuro-

degenerativas, entre outras.

Além de melhoras significativas na qualidade de vida das pessoas, o esporte

também é uma ferramenta eficaz para a formação do cidadão; auxiliando no

desenvolvimento de importantes características como: sociabilização, melhora da auto-

estima, autocontrole, respeito e companheirismo. Pedote (2004) assevera que, os Jogos

cooperativos nos convidam a compartilhar a alegria da união e da diversão, onde todos

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podem aproveitar momentos em que a alegria é compartilhada e potencializada por

todos. Nas palavras de Vila (2003) entendemos que os Jogos Cooperativos têm como

premissas básicas tanto a participação coletiva quanto a melhoria do relacionamento.

Soler (2003) ainda acrescenta que os mesmos têm várias características libertadoras que

são muito coerentes com o trabalho em grupo.

Segundo as Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica

(DCEs) “o esporte individual e coletivo é uma atividade teórico-prática e um fenômeno

social. Em suas várias manifestações e abordagens, pode contribuir para aprimorar a

saúde, bem como integrar os sujeitos em suas relações sociais.” (DCEs, 2006, p. 33).

Infelizmente, é fato que nem sempre a escola é vista com interesse pela

sociedade. Nesse sentido, pretende-se também oferecer aos alunos, ex-alunos, pais,

professores e demais membros da comunidade, um momento de lazer sem desvinculá-lo

da educação, transcendendo os muros da escola e promovendo a inclusão.

1.1OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Oferecer a comunidade em geral, a oportunidade de aprender o Voleibol, tanto

como ferramenta educacional, quanto para a melhoria da qualidade de vida.

1.1.2 Objetivos Específicos

• Oportunizar a prática lúdica do Voleibol;

• Melhorar os aspectos educacionais, psicológicos e morais;

• Promover a integração social;

• Auxiliar no desenvolvimento das capacidades físicas e perceptuais envolvidas na

execução dos fundamentos, tais como: a coordenação, o ritmo, o equilíbrio, a

agilidade, a força, a velocidade, a flexibilidade, a resistência cardiorrespiratória, a

percepção espacial, a seleção imagem-campo, a precisão de gestos, a orientação

de respostas, o tempo de reação e a destreza de movimentos.

• Promover a inclusão

1.2 JUSTIFICATIVA

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O Projeto “Voleibol para todos” possibilita um elo entre escola e a comunidade em

geral. Oportuniza também, além de maior contato entre essas partes, a possibilidade de

uma aderência ao exercício físico.

A educação é base para integração e socialização de todos os segmentos da

sociedade, sendo assim, o projeto de voleibol poderá contribuir para potencializar a

formação e a integração entre a comunidade em geral.

Entendemos os voleibol como ferramenta fundamental para que a comunidade

possa compreender o esporte transcendendo a prática, mas como um parâmetro

fundamental para educação e cidadania. Sendo assim, acreditamos que, os envolvidos

possam entendê-lo como primordial na busca constante pela qualidade de vida e

integração social.

Outro fato de grande importância, é que o projeto vem ao encontro das

necessidades da escola, pois, não podemos esquecer que a mesma está inserida em um

local de risco social, o que pode contribuir para que crianças, jovens e adultos saiam das

ruas e ocupem seu tempo livre com um projeto que pode contribuir para sua formação

social e política, rumo a emancipação social.

É fato também, que o sedentarismo abarca a grande maioria das pessoas e é

primordial que a escola também seja um ambiente que possa colaborar com a melhoria

da qualidade de vida da população.

Sendo assim, acreditamos que o projeto possa contribuir grandemente na

qualidade de vida da população, na formação social, educacional e política, além de ser

um elo para melhoria da integração da escola com a comunidade.

2. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O projeto será ofertado no Ginásio do Colégio Estadual Professora Júlia

Wanderley, todas as segundas e sextas-feiras, sendo realizado no período das 19h às

22h.

A proposta tem como metodologia o desenvolvimento do hábito e prazer nas

atividades físicas, independentemente do enfoque competitivo. Pretendemos tornar o

esporte parte do dia-a-dia da comunidade como forma de manutenção da saúde e

colaborador disciplinar. As linhas dos desenvolvimentos: afetivo, social, motor e cognitivo

são elementos estruturantes presentes nesta proposta.

Como base de sustentação do projeto, será enfocada a importância do trabalho em

grupo, o qual está em valorizar a interação entre todos os participantes como fonte de

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desenvolvimento social, pessoal e intelectual. Situações de grupo exigem dos educandos

a consideração das diferenças individuais, limitações, respeito, cooperação, entre outros.

Nesse sentido, o professor responsável pelo projeto deverá propor e desenvolver

um planejamento envolvente e coerente com os objetivos do seu trabalho, buscando a

participação ativa da comunidade em geral.

2.1 Recursos físicos e materiais

Entre os recursos físicos utilizados estão:

• Ginásio poliesportivo

• Quadra poliesportiva

• Quadra de voleibol

Entre os recursos materiais estão:

Bolas de voleibol

Redes

Cones, entre outros.

3. RESULTADOS ESPERADOS

Acreditamos que o que difere a educação pelo esporte de outras expressões é o

encaminhamento metodológico das atividades. Ou seja, embora as atividades esportivas,

como o voleibol tenha um valor intrínseco, na educação pelo esporte vamos além.

Essas atividades serão utilizadas como meio para educar e integrar, ou seja, para

desenvolver competências pessoais, sociais, produtivas e cognitivas, atitudes,

comportamentos e valores. Sendo assim, acreditamos que o projeto poderá contribuir

com a formação crítica dos participantes, assim como contribuir tanto na melhoria da

qualidade de vida dos mesmos, quanto como uma ponte que liga a escola à comunidade.

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142

CIA. DE DANÇA E ARTE JULIA WANDERLEY

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Grupo de trabalho em rede.

O presente projeto será desenvolvido pelo Colégio Estadual Professora Júlia

Wanderley representada pelo Núcleo Regional de Educação, com a coordenação da

professora de Arte e bailarina Jenifer Lima.

TEMÁTICA

O Projeto da Cia. De Dança e Arte Júlia Wanderley tem como base temática a

Dança Contemporânea, a Dança de Rua e o Folclore e suas vertentes nas Artes

Cênicas, Plásticas e Visuais.

Desta forma, o tema Dança, na Arte na Cultura e no Ensino são (re) pensados e

difundidos, contribuindo para a reflexão acerca de nossa identidade brasileira e o

resgate de nossas tradições e da nossa história.

TITULO

Cia. De Dança Júlia Wanderley.

JUSTIFICATIVA

Desde o princípio da civilização, a humanidade já tinha na expressão corporal,

através da dança, uma forma de se comunicar e manter contato com os outros seres

humanos. E nesse processo de desenvolvimento se solidifica a cultura onde

encontramos influências de vários países tendo como base a sua dança e de onde são

originários os ritmos que transportam seus conteúdos às mais diferentes áreas, e nessa

continuidade da aprendizagem as danças absorvem grande parte desta transferência

cultural.

Assim percebemos a grande importância da dança nas sociedades através dos

tempos, seja como uma forma de expressão artística, como objeto de culto aos deuses

em ritos religiosos, como simples entretenimento e na atualidade como ferramenta para

a aprendizagem, trabalho em grupo, qualidade de vida, respeito às diversas culturas e

um alicerce na construção do cidadão e da dignidade humana.

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O apogeu da arte e consequentemente da dança aconteceram no Renascimento

cultural dos séculos XV- XVI trazendo diversas mudanças, e uma mudança muito

importante dessa época se insere na conotação da dança com um sentido social, isto é,

agora a nobreza se apoderava da dança apenas como entretenimento e como

recreação. Assim a dança social foi se transformando e aos poucos se tornou acessível

às camadas menos privilegiadas da sociedade que já desenvolviam outro tipo de

dança: as danças populares; que inevitavelmente, com estas alterações de

comportamento foram se unindo às danças sociais, dando origem assim a muitos

estilos de dança, e dentre estes um dançado por casais, que mais tarde seria

denominado “Dança de Salão”, mas ainda a “Dança de Rua” e as “Danças

Contemporâneas”. E realmente aí começamos a inserir o nosso projeto onde atinge no

seu escopo as camadas sociais menos privilegiadas fazendo com que a inclusão social

seja à nossa base. E vamos muito além, tendo em vista que em 1997, a Dança foi

incluída nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e ganhou reconhecimento

nacional como forma de conhecimento a ser trabalhado na Escola, sendo assim a

Dança passa a configurar um real e importante papel na Escola, tendo um aparato legal

como suporte.

Chegamos então à realidade Cultural e Artística do nosso Estado passando por

um breve resumo histórico, no entanto percebemos que a Arte, tendo em tela a Arte da

Dança nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica da Secretaria de Estado de

Educação do Paraná, vislumbramos a importância dessa máxima:

“A arte, em sentido lato, está presente desde os primórdios da humanidade, é

uma forma de trabalho criador. Pelo trabalho o ser humano transforma a natureza

e a si, pois, ao produzir a própria existência retirando da natureza o seu sustento,

gradativamente transforma os objetos naturais em ferramentas que lhe

possibilitam acelerar o processo de transformação do natural em humano.

(FISCHER, 2002, p.23).” (p. 54).

Nesse mesmo teor acima mencionado o Estado do Paraná, se preocupa com o

ensino da Dança na Escola não meramente como uma aula de relaxamento, mas sim:

“A Dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos

que, uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor

compreensão estética da Arte.” (p. 73).

A capacidade de se expressar por meio do corpo é intrínseca ao ser humano, é

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uma característica que se aprimora continuamente, desde as civilizações mais antigas.

E tendo essa base Cultural que faz com que esse projeto tenha como fim a Dança

como processo de aprendizagem na inclusão e busca da Arte e da Dança

Contemporânea e do Folclore como fonte de humanização na Escola.

OBJETIVO GERAL

Formar e dar continuidade à educação de estudantes e todos aqueles que

admiram e incentivam a Arte e a Dança e a almejam como suporte na Educação

Fundamental e no Ensino Médio, contribuindo de maneira significativa para a

consolidação da Dança e da Arte no currículo das escolas públicas jurisdicionadas pelo

Núcleo Regional de Educação (NRE) de Cascavel.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Desenvolver os aspectos: físico, cognitivo, social e afetivo;

Estimular o trabalho das funções psicomotoras, tais como: esquema e imagem

corporal, tônus, equilíbrio, lateralidade, dissociação do movimento, estruturação

espaço-temporal, praxia global e fina, ritmo e relaxamento;

Desenvolver as possibilidades musicais e rítmicas;

Auxiliar no contato com os fatores do movimento (espaço, tempo e intensidade);

Desenvolver a expressividade corporal e dramatização;

Prevenir deficiências físicas e posturais;

Auxiliar na percepção visual e auditiva;

Socializar, possibilitando conviver harmoniosamente em grupo;

Ampliar a linguagem corporal do aluno e a capacidade motora;

Desenvolver a criatividade como elemento de auto-expressão;

Conduzir o aluno a aguçar o gosto pela arte;

Proporcionar a aquisição de um corpo ágil, alongado e sadio;

Desenvolver a disciplina;

Possibilitar uma opção de profissão.

METODOLOGIA

A metodologia do projeto utilizada será a pesquisa bibliográfica, cursos de Dança

e de Arte com o auxílio da Musicalização, ensaios, elaboração de espetáculos com

apresentações nos Colégios, espaços públicos, eventos em festivais de Dança no

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Paraná, com a pretensão de participarmos também em eventos com abrangência

Nacional e também no exterior, além de elaboração do I Festival de Dança e Folclore

do Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley.

As aulas de Dança ocorrerão no Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley,

duas vezes por semana, nas terças-feiras e quintas-feiras (3ª e 5ª), das 16h30 ás 17h40

em um grupo com 30 componentes.

PÚBLICO-ALVO

A Cia. De Dança e Arte Júlia Wanderley – Cascavel tem como preocupação

primordial a inclusão social e o trabalho com os alunos do Ensino Fundamental e Médio

do Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley.

Tendo em vista as propostas coreográficas que serão abordadas, a Cia. Terá o

número de 30 (trinta) alunos, podendo ser trabalhados diversos aspectos da dança.

Envolvendo a escola, as famílias e toda a comunidade em geral, inclusive

empresas ou pessoas físicas interessadas em apadrinhar cada aluno fornecendo

uniforme, ou mesmo qualquer outro material necessário.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

• Desenvolver a elaboração do projeto;

• Fazer reuniões para a discussão, ajuste e apresentação da proposta da Cia. De

Dança e Arte Júlia Wanderley;

• Apresentação do Projeto à direção e coordenação pedagógica;

• Divulgação na mídia em geral;

• Buscar possíveis parceiros ligados à Dança e a Arte ou que estejam interessados

em apoiar o projeto com este público-alvo, tanto da própria comunidade, como da

sociedade civil – pessoa física e/ou jurídica;

• Padrinhos do projeto como captação de recursos e materiais para cada aluno;

• Reunião com pais ou responsáveis para o bom andamento da Cia. no projeto;

• Elaboração de apostilas teóricas para o conteúdo a ser aplicado;

• Aulas de dança teórica e prática para o grupo;

• Elaboração do repertório de Dança e Arte para serem apresentados ao público-

alvo e parceiros;

• Danças Contemporâneas, Danças Modernas, Danças de Rua e Dança Teatro são

uma das modalidades que farão parte do repertório;

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• Ensaios das coreografias que compõem o repertório após aquecimento,

alongamento e preparação técnica;

• Formação do cenário para todas as apresentações;

• Locação de som e iluminação para cada evento;

• Apresentações em praças, bancos, escolas aproveitando o local sem nenhuma

transformação como espaço cênico, utilizando apenas a locação de caixa de som;

• Apresentações em outras cidades de abrangência do NRE – Cascavel, e mesmo

de abrangência de outros núcleos, numa perspectiva de alcançar outros festivais

no Estado, na nação e em outros países que envolvam o MERCOSUL.

CRONOGRAMA - 2012

MARÇO ABRIL

• Concepção, discussões e elaboração do pré-projeto e do regulamento para a Cia. de Dança e Arte Júlia Wanderley.

• Elaboração do projeto.

• Aula inaugural da Cia. de Dança e Arte do NRE-Cascavel.

• Aulas técnicas para preparo físico.

MAIO AGOSTO

• Lançamento do projeto para o diretor, a escola, alunos, pais e comunidade em geral.

• Dia 09: Aula inaugural da Cia. de Dança e Arte do NRE-Cascavel.

• Continuidade das aulas técnicas para preparo físico.

• Dia 16: Aula aberta para a divulgação da Cia. de Dança e Arte Júlia Wanderley.

• Aulas técnicas e preparação do espetáculo;

SETEMBRO OUTUBRO

• Aulas técnicas e preparação do espetáculo;

• Estreia da Cia. de Dança e Arte Júlia Wanderley.

• Aulas técnicas, ensaios e apresentações.

NOVEMBRO DEZEMBRO

• Aulas técnicas, ensaios e apresentações

• • Aulas técnicas, ensaios e apresentações.

• Apresentação da Cia. de Dança e Arte do Júlia Wanderley a comunidade no Ginásio de Esportes Sérgio Mauro Festugato

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num Festival de Dança que envolverá toda a escola e escolas convidadas.

RECURSOS HUMANOS

• Núcleo Regional de Educação – NRE de Cascavel;

• Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley;

• Equipe Técnico pedagógica;

• Alunos do Ensino Fundamental e Médio do Colégio Júlia Wanderley.

RECURSOS FÍSICOS

• Empréstimos de salas (Teatros) para as apresentações do projeto em parceria com

as Prefeituras e Secretarias de Esporte, Lazer e Cultura;

• Sonorização;

Iluminação;

Cenário para cada apresentação, tendo em vista que dependendo do local e do

jogo coreográfico não será necessário a utilização de cenário.

RECURSOS FINANCEIROS

Cenário para cada apresentação, tendo em vista que dependendo do local e do

jogo coreográfico não será necessário a utilização de cenário;

Confecção de cartazes e folders para a divulgação do projeto;

Figurino para cada jogo coreográfico;

Uniforme e acessórios de dança para cada aluno;

Espelhos e linóleo para as aulas no Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley;

Figurinos para a apresentação dos repertórios da Cia. de Dança e Arte do Júlia

Wanderley;

Produção de cartazes, folders e panfletos para divulgação e manutenção do grupo;

Uniforme para a Cia. de Dança e Arte juntamente com bolsa e acessórios;

Transporte, alimentação e hospedagem para viagens.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1989.

KOSIK, K. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

MARQUES, Isabel A. Ensino de Dança Hoje: textos e contextos. São Paulo, Cortez,

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1999.

MARQUES, Isabel A. Parâmetros Curriculares Nacionais e a Dança: Trabalhando

com os Temas Transversais. Revista Ensino de Arte, nº 2, ano I, 11-21,1998.

MARQUES, Isabel A. A Dança Criativa e o Mito da Criança Feliz. Revista Mineira de

Educação Física, 5 (1), 28-39, 1997.

MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola/ Isabel A. Marques – 2. Ed. - São Paulo:

Cortez, 2005.

Paraná. Secretaria do Estado da Educação do Departamento do Ensino Médio. LDP:

Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006.

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AGENDA 21 ESCOLAR

SE RECONHECER ATRAVÉS DO CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS

JUSTIFICATIVA: O uso de plantas que apresentam atividades medicinais é conhecido e

propagado através da cultura e da tradição popular. Observando o cotidiano escolar, en-

tendemos a necessidade de que a escola se perceba no ambiente de aprendizagem efeti-

va, de construção do conhecimento, valores que socializados na escola serão levados às

famílias e comunidade capaz de gerar mudanças na cultura alimentar, ambiental, cultural

ético e educacional.

CONTEÚDOS: Através da prática no manuseio de plantas medicinais e pesquisa no la-

boratório de informática, abordar alguns conteúdos, entre eles a formação do solo, cara-

cterísticas físico-químicas, plantas presentes no espaço, fotossíntese, importância das

plantas medicinais e extração de essências, benefícios e malefícios para a saúde, con-

servação do meio ambiente, sustentabilidade, e nas ciências exatas, poderão ser traba-

lhados formas geométricas, área, perímetro, números, as quatro operações, porcenta-

gem, frações, razão, proporção, leitura e escrita, confecção de um livreto contando o an-

damento do cultivo dessas plantas nas quatro estações do ano e a influência do sol e da

lua nas plantas.

OBJETIVO: A partir do plantio de plantas medicinais no ambiente escolar, através de

uma abordagem participativa e integrada, construir elementos que ressaltem a cultura

popular adaptando-os à prática pedagógica, e possibilitando aos alunos uma

aprendizagem significativa com o intuito de formar um cidadão com princípios de

responsabilidade com o meio ambiente e nas atitudes em relação com a sua e outras

espécies. Estimular um trabalho pedagógico dinâmico, participativo e prazeroso.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

As atividades serão desenvolvidas na turma do 7ª ano acompanhados do profes-

sor Roberto e o experimento de extração de essências das plantas, utilizando-se de ma-

teriais alternativos amplamente disponíveis, na turma do 3 ª série do Ensino Médio acom-

panhados pela professora Suzamara concomitante às horas aula semanais, acompanha-

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do sempre que necessário da professora Maria Goretti, para que recebam as informações

e conheçam o que se pretende desenvolver com o projeto “Educando com Plantas Medi-

cinais”. Aliando a pesquisa à prática do cultivo e técnicas de preparação das plantas para

o consumo assim como seu cultivo, manuseio, manutenção, colheita, destino do produto

produzido, registro e confecção do livreto sempre sob orientação dos professores idealiza-

dores do projeto(Jośe Robereto, Suzamara e Maria Goretti) juntamente com equipe pe-

dagógica, direção e sempre que possível por representantes da comunidade escolar sen-

do que esta última formada pelas famílias, sociedade, universidades, APMF, grêmio estu-

dantil e Conselho Escolar.

INFRAESTRUTURA:

As atividades práticas serão desenvolvidas no espaço reservado para jardim locali-

zado na parte da frente para a Rua Jorge Lacerda nas dependências do colégio; as pes-

quisas serão feitas no laboratório de informática e na biblioteca da escola e a extração de

essências das plantas será feita no laboratório de ciências. Assim como a confecção do

livreto on-line que será disponibilizado no site da escola para que todos os alunos, famí-

lias e comunidade tenham acesso, cada aluno do projeto terá uma pasta para anotar se-

manalmente as atividades e anotações de acompanhamento do desenvolvimento prático

e teórico das atividades, assim como o registro fotográfico será disponibilizado no site do

colégio sob a responsabilidade do funcionário Chiquito.

RESULTADOS ESPERADOS:

Promover a socialização, a assimilação de conceitos ambientais e de preservação

e uso responsável dos recursos naturais observados no desenvolvimento das ações, pro-

cedimentos e atitudes.

Fazer com que os alunos da 3 ª série do Ensino Médio conheçam uma técnica de

destilação e possam avaliar o seu emprego, comparar as essências obtidas no experi-

mento com essências comerciais, e verificar a importância dos aromas no seu dia-a-dia,

bem como vivenciar as etapas iniciais da produção de um perfume ou aromatizante.

Aumentar a conhecimento e confiança de si e do outro, valorizar o trabalho

individual e em grupo melhorando a educação integral dos educandos.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

Alunos do Ensino Fundamental primeiramente com os alunos do sétimo ano A.

PROFESSORES PARTICIPANTES : JOSÉ ROBERTO SBARDELOTO, SUZAMARA E MARIA

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GORETTI PRESTES GALVAN e-mail:[email protected] ou

[email protected]

SABÃO ECOLIMPO

JUSTIFICATIVA: O óleo vegetal é uma gordura obtida através das plantas,

predominantemente das sementes e são insolúveis em água, porém são solúveis em

solventes orgânicos. Em relação ao fato de ser uma fonte de energia e por ser renovável,

o óleo vegetal apresenta enormes vantagens nos aspectos ambientais, sociais e

econômicos, podendo ser considerado como um importante fator de viabilização do

desenvolvimento sustentável. Sabe-se que apenas 1 litro de óleo jogado na pia contamina

até um milhão de litros de água, este volume equivale ao que um ser humano utiliza em

quatorze anos de sua vida. Tendo em vista a preocupação com o meio ambiente e a

quantidade de óleo que a escola utiliza, entendemos a necessidade em promover a

consciência ambiental dos professores, alunos e agentes educacionais, até aqueles que,

de alguma maneira possam contribuir, para que o óleo de cozinha tenha uma destinação,

ecologicamente, correta. Pois, ao jogarmos o óleo usado na pia, inconscientemente,

estamos causando um enorme impacto ao meio ambiente.

CONTEÚDOS: Os professores de química, biologia, ciências e geografia estarão

trabalhando algumas ações de Educação Ambiental sobre as consequências que o óleo

de cozinha jogado indistintamente no meio ambiente pode trazer para o nosso planeta e,

nas aulas de química os alunos da terceira série do ensino médio receberão informações

referentes a produção do sabão e as reações químicas envolvidas nesse processo.

OBJETIVOS:

• Armazenar todo o óleo de cozinha utilizado na escola e fazer a destinação correta,

através da produção de sabão e seus derivados;

• Envolver os alunos da terceira série do ensino médio, professores e agentes

educacionais na fabricação do sabão;

• Divulgar a importância em realizar a reciclagem;

• Mostrar como o meio ambiente reage ao receber este resíduo;

• Utilizar o sabão e seus derivados na limpeza da própria escola e/ou vender os

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produtos para a comunidade escolar.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

As atividades serão desenvolvidas pelos professores do coletivo educador Eco-

Júlia e a professora Suzamara estará trabalhando com os alunos da terceira série do

ensino médio, concomitante às horas aulas semanais.

O óleo utilizado na cozinha do colégio, será armazenado em galões de 20 litros e a

cada dois meses os professores acima citados, estarão se organizando para utilizá-lo

como matéria-prima na fabricação sabão em barra e sabão líquido.

INFRAESTRUTURA:

As atividades práticas serão desenvolvidas no laboratório de ciências.

RESULTADOS ESPERADOS:

Promover através de uma ação prática, feita com simplicidade e poucos recursos o

respeito e a conscientização das pessoas com relação às mudanças de atitude perante o

meio ambiente, e que devemos agir localmente, mas pensar globalmente, pois somente

assim poderemos mudar este quadro de degradação ambiental. Despertar nos educandos

a consciência ecológica com vistas à sustentabilidade. Além, ainda, da possibilidade de

ser esta uma forma de adquirir renda extra para o auxílio das despesas da escola.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

Quanto a participação, além dos professores serão convidados agentes

educacionais que trabalham na limpeza e na cozinha da escola.

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NOCHE HISPANOAMERICANA

INTRODUÇÃO

A escola é um espaço social importante em nossas vidas e é nela que construímos

a nossa história de vida, a nossa individualidade e nossas relações sociais. Há

necessidade de o homem demonstrar por meio de estudo seu conhecimento, através de

leitura, escrita e produção. Desse modo, é importante vivenciar no âmbito escolar as mais

diversas possibilidades de gêneros, tais como a dança, teatro, canto, poesia e exposição

de trabalhos na Língua Espanhola.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A sensibilidade, as percepções desenvolvem-se de forma mais aberta e intensa,

quanto maior for o grau e as oportunidades de vida, vivências e experiências com

atividades constituídas por um movimentar-se espontâneo, autônomo e livre. Portanto,

acredita-se que educar é proporcionar espaço e apoio para revelar o que já existe dentro

de cada ser.

A noite hispano-americana é a oportunidade que os alunos têm de demonstrar,

através da dança, teatro, música, poesia, etc., o que há de mais íntimo na essência do

seu ser, utilizando da imaginação e da criatividade como meios de vivenciar, participar,

expressar, comunicar e transformar seus sentimentos, preparando os caminhos pelos

quais podem perceber a beleza de tudo que os cerca.

OBJETIVOS GERAIS

• Possibilitar a interação entre os alunos do curso de Espanhol/CELEM com a

comunidade escolar;

• Desenvolver o gosto pela música, dança, teatro, poesia em consequência de

adquirir o conhecimento da língua alvo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS.

• Expressar sentimentos, através da dança, canto, teatro, poesia, etc.;

• Vivenciar as diferentes manifestações culturais através da dança, canto, teatro,

poesia, etc.;

• Valorizar as diferentes culturas

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• Demonstrar o aprendizado

METODOLOGIA

A metodologia terá como ponto de partida atividades através dos gêneros textuais

como a dança, teatro poesia, música, trabalhados nas diferentes áreas do conhecimento

e consolidadas ao longo do ano letivo. O aluno irá escolher a atividade que se identifique,

para que a partir desse ponto possa definir sua apresentação.

As danças deverão ser escolhidas e ensaiadas pelos alunos junto ao professor

orientador, de acordo com a cultura típica dos países hispanos.

No teatro os alunos deverão escolher um tema relacionado a algum assunto

interessante e atual, ou que demonstre um hábito vivido pela cultura citada.

As poesias serão escritas pelos alunos e analisadas pelo professor ou poderão

declamar poesias de escritores como Pablo Neruda entre outros.

A partir do momento que estas atividades estejam bem planejadas e

compreendidas serão apresentadas em uma noite específica com o nome “Noche

Hispanoamericana”. Serão convidados familiares e amigos dos alunos e comunidade

escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação será verificada de forma abrangente e contextualizada tanto pelo aluno

quanto pelo professor em todos os momentos do processo ensino-aprendizagem. Será

realizado um diagnóstico inicial previsto nas atividades realizadas e o encaminhamento

posterior, deve estar também caraterizado pelo diagnóstico de sua participação, porém

em outra perspectiva baseado nos objetivos do projeto.

CRONOGRAMA

As atividades do presente projeto serão realizadas durante o ano letivo, sendo que,

será destinada uma noite do mês de outubro para a apresentação da “Noche

Hispanoamericana”.

REFERÊNCIAS

PARANÁ. SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Estrangeira

Moderna. Curitiba: 2008. Disponível em: .

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/2_edica

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155

o/lem.pdf.

SEDYCIAS, João. Por que os brasileiros devem aprender espanhol? In: SEDYCIAS,

João (org.). O ensino do espanhol no Brasil: passado, presente, futuro. São Paulo:

Parábola, 2005, p. 35-44.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

AVALIAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO

Ao realizarmos as considerações finais deste documento, ressaltamos mais uma

vez que o conceito do Projeto Político Pedagógico indica um trabalho em constante

construção e reflexão, sendo necessário, a partir deste conceito, mobilizar todos que

compõem a comunidade escolar no sentido de perceber a importância de sua atuação

como um verdadeiro exercício de cidadania.

Realizar os diversos planos e planejamentos escolares, organizando a educação,

significa exercer uma atividade engajada, intelectual, científica, de caráter político e

ideológico e isento de neutralidade.

Tendo em mente que a construção de um Projeto Político Pedagógico procura

estabelecer meios que apontem para a superação de problemas, pensando e prevendo o

futuro, temos que levar em consideração as condições do presente. Hoje vivemos uma

realidade complexa. Ao mesmo tempo em que professores e equipe pedagógica tentam

se organizar e refletir coletivamente em busca de alternativas que respondam à qualidade

social da educação, esbarram em fatores como a ausência de espaço no calendário

escolar para tais momentos.

A deficiência no âmbito dos recursos materiais – necessidade de maior número e

diversidade de material didático, equipamentos e material de expediente – e físicos , no

que diz respeito à tão necessária e urgente reforma estrutural, elétrica, hidráulica e

arquitetônica do prédio, decorre da falta dos recursos financeiros. Entendemos que o

Estado é o agente que deveria garantir as verbas destinadas aos equipamentos,

materiais, reformas, manutenção e construção do que se fizer necessário. As parcerias

com a comunidade são feitas sempre que possível, mas, sendo esta formada de uma

população carente em todos os sentidos, como já retratado, mostra-se sem condições de

atender aos diversos problemas que a escola enfrenta.

Diante deste quadro que se apresenta, construir e reconstruir coletivamente a cada

dia o Projeto Político Pedagógico significa encarar os problemas desta instituição e do

sistema educacional como um todo, tentando superar a fragmentação, o imediatismo e o

casuísmo. Significa pensar constantemente um Projeto que possibilite atender às

necessidades e superar os desafios que o educador enfrenta, assumir a escola como

espaço de contradições que promovem o debate construtivo, como entidade que tem

como principal objetivo propiciar aprendizagens e formar cidadãos.

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Para um melhor acompanhamento, os diversos segmentos avaliam o

desenvolvimento do PPP revendo em forma de autocrítica, não só os pontos positivos,

mas também localizando os pontos que precisam ser melhorados, os aspectos nos quais

precisamos investir nossas energias para corrigir rotas e avançar na direção desejada.

DIREÇÃO E EQUIPE PEDAGÓGICA

Este segmento deve realizar suas avaliações de forma mais ampla por meio das

ações do dia-a-dia, observando as necessidades e demandas que exigem determinadas

retomadas do PPP, intervindo sempre onde se faz necessário.

CONSELHO ESCOLAR E APMF

Sendo que a maioria dos componentes destes segmentos atua no colégio, a

avaliação necessita ser realizada no decorrer das atividades e é discutida em reuniões

sistematizadas.

PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS

Para elaboração e avaliação do PPP os docentes e funcionários devem fazê-lo de

forma bem mais criteriosa, pois o produto final, de toda produção escolar depende da

forma de organização do Colégio com seus projetos curriculares e extracurriculares.

Sendo, portanto, uma avaliação ampla em momentos interligados: O do colégio

como um todo e os resultados da sala de aula em sua relação de ensino e aprendizagem.

GRÊMIO ESTUDANTIL E CONSELHO DE REPRESENTANTES DE TURMAS

Estes segmentos devem cumprir sempre um importante papel na formação e no

desenvolvimento educacional, cultural e esportivo dos alunos; Desta forma, a avaliação

acontece de maneira organizada durante os debates e discussões, nas reuniões

eventuais ou periódicas.

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Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8069, de 13 de julho de 1990.

FALKEMBACH, Elza M. Fonseca. Planejamento Participativo: Uma maneira de pensá-lo e encaminhá-lo com base na escola.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa – Ensinar não é transferir conhecimento.

História do Paraná – Das Origens à Atualidade – Volume III – 2002

Instrução nº 05/04 – SEED

Instrução nº 006/09 – SUED/SEED

LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96

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LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar.

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MONTEIRO, Evelcy M. E Iolanda, Maria F. O Papel do Pedagogo na Escola.

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PINSKY, Jaime. A Escravidão no Brasil Colonial. Contexto.

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Resolução 5590/08 – CEE.

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ATA DE APROVAÇÃO

Aos quatro dias do mês de fevereiro de dois mil e treze, reuniram-se na sala de

reuniões do Colégio Estadual Professora Júlia Wanderley, os membros do Conselho

Escolar, juntamente com a Direção e a Equipe Pedagógica para análise do Projeto

Político Pedagógico do Colégio que foi reformulado, conforme orientações do Núcleo

Regional de Educação. A Equipe Pedagógica apresentou o P.P.P. que é resultado de

todas as discussões e estudos realizados durante os encontros dos vários segmentos do

colégio e, em seguida, colocou o mesmo para apreciação do Conselho Escolar. Após

análise e discussão, os membros do Conselho Escolar concluíram que o Projeto Político

Pedagógico do Colégio Professora Júlia Wanderley retrata a realidade e os anseios da

direção, equipe pedagógica, professores, funcionários e todos os demais segmentos que

compõem esta escola. Concluíram também que todos devem trabalhar em conjunto para

que os objetivos propostos sejam alcançados e os obstáculos sejam ultrapassados com

esforço e retomadas das ações desenvolvidas. Assim, o P.P.P. foi aprovado por

unanimidade. Nada mais havendo a constar, lavrou-se esta ata que será assinada por

todos os presentes.