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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – UM DESAFIO A SER ALCANÇADO
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende".
(Guimarães Rosa)
Esse texto é resultado de estudos do Programa de Desenvolvimento
Educacional – PDE – desenvolvido como formação continuada aos Professores
da Rede Pública do Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná.
É um material didático produzido no formato de Unidade Didática,
elaborado no primeiro semestre de 2011, com o acompanhamento da
Orientadora Professora MS. Isabel Cristina Ferreira, da Universidade Estadual
do Paraná – Campus de Paranavaí, na área de PDE – Pedagogia, tendo como
objeto de estudo as causas e os entraves que dificultam a realização de um
Projeto Político Pedagógico (PPP) teórico-prático. Tendo como título “Projeto
Político Pedagógico – Um Desafio A Ser Alcançado”.
A finalidade desta produção é proporcionar uma breve reflexão e
fundamentação teórico-metodológico sobre o Projeto de Intervenção
pedagógica a ser desenvolvido no segundo semestre de 2011, com grupo de
estudos constituído pelos professores e equipe pedagógica da Escola Estadual
Vale do Tigre, do Município de Nova Londrina, Estado do Paraná.
A opção do tema para estudo se deve às dificuldades encontradas
pela direção, equipe pedagógica e professores na organização do trabalho
pedagógico da escola, devido principalmente aos constantes entraves no seu
cotidiano, principalmente no tocante a adequação da teoria com a prática, além
disso, mobilizar o interesse, a atenção e ação dos profissionais da educação
para melhoria do ensino-aprendizagem, reconhecendo a escola como espaço
privilegiado de construção de conhecimento.
Neste sentido é primordial ver na organização do trabalho pedagógico
da escola uma necessidade de estudo para rever o Projeto Político Pedagógico
em seu contexto. Este momento deve ser plausível de discussões das práticas,
metodologias, estratégias de ação pedagógica, entre outros.
Para melhor compreender esse momento de reflexão, recorramos a
PAULO FREIRE que assim aborda: “Estudar é, sobretudo pensar a prática e
pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo.” (1984, p. 11). Ainda
Freire coloca-nos que é preciso que o educador tenha capacidade de
relacionar a sua prática diária à intencionalidade, ou seja, problematizar seu
espaço de sala de aula a fim de torná-lo um espaço de construção do
conhecimento.
Já ANÍSIO TEIXEIRA retrata que: "Educar é crescer. E crescer é viver.
Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra". Neste sentido,
os professores têm que se preocupar com as técnicas, a metodologia de
trabalho, mas somente depois de ter clareza sobre qual rumo desejou tomar,
ou seja, depois de ter traçado (ainda que provisoriamente) o seu “para onde” e
ter respondido “por que” assim o trabalho ganha em consistência se esta
resposta não é individual e sim do conjunto da escola.
Faz-se necessário então, compreender o Projeto Político Pedagógico
no contexto em que está fundamentado, ou seja, o que incumbe a Lei às
Escolas. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB – 9394/96) em seus artigos 12
(doze), 13 (treze) e 14 (catorze) definem os meios para a criação do PPP no
que tange à sua elaboração e participação por parte da comunidade escolar e
de todos nela envolvidos.
Analisaremos inicialmente as tendências pedagógicas que tivemos ao
longo de alguns anos e a que atualmente é exercida em nossa sociedade.
As tendências pedagógicas ao longo dos anos surgiram na intenção
de propor melhorias no ensino e vir de encontro à satisfação das necessidades
educacionais da sociedade, sendo elas originárias dos movimentos sejam
sociais ou filosóficos dos homens.
No tocante aos professores, estes devem estar a par das teorias e
tendências pedagógicas que norteiam seus trabalhos. A partir deste
conhecimento pode-se problematizar situações e níveis de aprendizagens
diferenciados.
É importante ressaltar que as diversas teorias surgidas são
importantes, porém cabe ao educador adaptar-se diante das mesmas, ou seja,
não devemos agarrar-nos um só momento da teoria, e sim construir práticas
norteadoras de nosso trabalho.
As tendências por sua vez são marcadas por momentos que exercem
influencias em conformidade ao momento vivenciado na sociedade, neste
sentido, foram classificadas em algumas ponderações:
TENDENCIAS PEDAGÓGICAS LIBERAIS:
Esta fase foi marcada por uma época que a escola sustentava que tinha
por objetivo preparar as pessoas para exercer os papéis sociais impostos pelas
normas da sociedade. Assim, as pessoas seriam consideradas de maneira
errônea iguais, contudo, a ênfase mascarada eram as desigualdades entre as
classes sociais.
TENDENCIA LIBERAL TRADICIONAL:
A Tendência Liberal Tradicional preconizava o esforço dos alunos como
meta de realização, mas uma vez acentuavam-se as classes sociais, sem falar
na idéia de torná-los adultos em miniatura no tocante ao tempo de
aprendizagem, ou seja, as crianças eram comparadas na forma de assimilação
do adulto.
Nesta tendência, o papel do professor era o determinante, pois a ele
cabia a sequenciação das atividades e o método de avaliação.
TENDENCIA LIBERAL RENOVADA PROGRESSISTA
Nesta tendência, embora ainda visasse a preparação dos alunos para
seu papel na sociedade, o centro seria os alunos onde havia a valorização de
suas idéias, em outras palavras, suas tentativas e experiências.
Piaget vê este momento como auto aprendizagem, a tomada de
consciência que caracteriza a descoberta pessoal do aluno.
TENDÊNCIA LIBERAL RENOVADA NÃO-DIRETIVA
É delineada pelo momento da tomada de atitude por parte da Escola
que é acentuada nesta tendência. A escola esforça-se para visar uma mudança
no aluno frente ao meio em que convive. O professor neste processo é visto
como facilitador da aprendizagem do aluno.
TENDÊNCIA LIBERAL TECNICISTA
Com o advento da Escola Tecnicista, emprega-se a tecnologia
comportamental, com objetivo de produzir pessoas competentes para o
mercado de trabalho. É o momento que marca o aluno como depositário dos
conteúdos que posteriormente seriam acumulados através da associação na
sua mente.
TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTADORA
A Escola Libertadora por sua vez defende a educação como uma
vinculação e organização de uma classe tida como oprimida. Neste sentido,
Paulo Freire aborda as lutas de classes como fonte da condição para o
conhecimento.
Coloca ainda que, o saber é mais importante para os oprimidos seria a
própria descoberta de tal condição para a libertação.
TENDÊNCIA PROGRESSISTA LIBERTÁRIA
A escola progressista libertária coloca como pressuposto que somente
as experiências vivenciadas pelo aluno são tidas como incorporada e esta só
terá relevância no seu uso prático.
Parte assim deste pressuposto de que as situações novas só terão
respaldo mediante ao uso pratico dos conhecimentos.
TENDÊNCIA PROGRESSISTA CRÍTICO-SOCIAL DOS
CONTEÚDOS
Diferentemente da tendência libertadora e libertária, a tendência
crítico-social dos conteúdos prioriza os conteúdos abordados em confronto com
as realidades sociais, ou seja, a escola preparar os alunos para o
enfrentamento do mundo adulto, mediante a aquisição dos conteúdos bem
como a socialização destes para a democratização da sociedade.
Após a abordagem das tendências pedagógicas ao longo da trajetória
educacional é de se ponderar que:
O estudo teórico das tendências busca um acerto na gestão e
direcionamento da construção do Projeto Político Pedagógico dentro das
perspectivas de reflexão de quais motivos intrigantes que impedem a
concretização deste Projeto na sua íntegra.
Trata-se, portanto de ver na construção do PPP o trabalho educativo
que todos devem assumir diante do compromisso com a Educação
A partir destas contribuições e considerando a aprendizagem como
aspecto de sua importância para todos que participam da sociedade e são
cidadãos, estas nos remetem a refletir sobre a concepção, o agir na sala de
aula, postura e relacionamento professor/aluno, etc.
Mas, se o Projeto Político Pedagógico está sendo tão planejado o que
impede sua realização na prática diante dos entraves educacionais que surgem
nas Escolas?
1. OS ENTRAVES QUE IMPEDEM OU MESMO DIFICULTAM QUE O
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO SEJA REALIZADO NA PRÁTICA SÃO
LIGADOS A MUITOS ASPECTOS:
1.1 A importância das relações entre as pessoas que participam da
Escola
A relação com mais intensidade que ocorre nas interações na escola é
por parte professor / aluno marcada como um dos primeiros contatos diários
destes dois envolvidos.
Neste sentido, conforme ZAGURY(2006, p. 35) nos diz:
Apontar o professor como único e responsável pela participação do aluno em aula é mascarar a realidade. Ignorar que por parte dos alunos, por razões sociais ou pessoais, não querem, não gostam de estudar, e muito menos de se esforçar para aprender, é igualmente ignorar que o ser humano é múltiplo e que cada indivíduo é único e reage diversamente aos estímulos recebidos. E é ignorar também que muitas destas variáveis não podem ser superadas unicamente pelo trabalho do professor, por melhor que ele seja e por mais que trabalhe bem e se esforce muito.
O professor tem que ser no momento da aprendizagem o mediador e
motivador, pois o aluno quando tem suas dúvidas, não quer dizer que não está
preparado para a aprendizagem, mas sim, mediante a motivação do professor,
este será como aborda SISTO (2001) uma variável chave para a
aprendizagem. Ainda segundo ele, o aluno se não tiver a motivação adequada
terá dificuldades para a aprendizagem.
Segundo FREIRE, (2002) “O professor autoritário, licencioso,
competente, sério, incompetente, irresponsável, amoroso da vida e das gentes,
o professor mal-educado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio,
burocrático, racionalista, nenhum desses passam pelos alunos sem deixar sua
marca”.
Para GADOTTI (1992), a prática do educador deve ser permeada pelo
diálogo e não o de detentor de saber. Acredita que o estar aberto à
comunicação favorece o educando na sua aprendizagem perante aos seus
colegas também.
Neste sentido, quando o exercício do professor da sala passa por este
caminho este estará respeitando os diferentes valores, princípios e opiniões
presentes no cotidiano escolar.
1.2 A Disciplina em Sala de Aula:
Muito embora outro entrave seja considerado como empecilho da
aprendizagem este precisa ser entendido em seu parâmetro, ou seja, o
problema da disciplina em sala. O que é ser disciplinado?
Precisamos estar atentos para saber até que ponto estamos
considerando as manifestações dos alunos durante as aulas como indisciplina.
Seriam estas manifestações de atrapalho ao trabalho ou momento de
demonstração de não entendimento da forma como estamos tratando certos
conteúdos?
Confirmado tal colocação ANTUNES (2003, p.34) nos diz:
“É essencial que o espaço da sala de aula seja o espaço da discussão, da oposição, das divagantes interpretações”. Portanto, não podemos impedir que o aluno se manifeste durante a aula se ele tem dúvidas a serem sanadas, se muitas vezes ele não concorda com o que colocamos. Se pensar que esta colocação é falta de atenção, automaticamente estou admitindo que o aluno precisa aceitar o que estou colocando sem controvérsia alguma.
O redimensionamento do problema sobre disciplina leva-nos é claro a
considerar que o professor e alunos respeitam regras de como se portar no
ambiente escolar, contudo, a indisciplina não surge por si só. É importante
considerar em conformidade com ROSEMBERG apud VASCONCELLOS (1994
p.50) que “é preciso ouvir e compreender o que o aluno tem por traz deste
comportamento manifestado como indisciplina.”
Este repensar caracteriza o momento de rever não somente as
tendências que tivemos ao longo dos anos, mas que venhamos a organizar um
trabalho coletivo com propostas explicitas no Projeto Político Pedagógico onde
articule a construção do conhecimento aliado ao papel do professor, ou seja, o
de articulador desta proposta por meio de um ensino exigente e inteligente.
Em conformidade a este posicionamento (ZAGURY, 2006) aponta que
é necessário que haja um diálogo para que haja a busca de decisões conjuntas
e um contrato de honrar a palavra empenhada, comprometimento nas
atividades e projetos e assim se estabelecer uma relação de reciprocidade.
O professor necessita ter em sua prática de trabalho um meio de
ofertar condições de aprendizagem que façam os alunos dialoguem em sala no
sentido de buscar decisões e melhoramento sejam estas, das estratégias de
ensino do professor quanto ao respeito das regras disciplinares, levando-os a
fazer o ensino construtivamente.
1.3 Uma aprendizagem Significativa:
Ao preparar suas aulas o professor-educador deve pensar em meios
inovadores que façam destas aulas um incentivo à aprendizagem.
Mas como propor uma aprendizagem significativa de maneira prazerosa
e que conquiste a atenção dos alunos? A questão da motivação seria uns dos
itens que poderia subsidiar o trabalho do docente.
A motivação aliada à interdisciplinaridade é um importante diferencial na
construção do saber, pois buscando contextualização tudo que se propõe em
sala se mostra a importância e uso do que se está ensinando. GARRIDO
(1990) e LENES (1994) aborda que a questão motivacional explica o porquê de
que alguns alunos gostam e aproveitam à vida escolar na aquisição de
comportamentos adequados e desenvolvendo seu potencial de aprendizagem,
enquanto outros fazem de forma relaxada e sem interesse o que é proposto em
sala.
Neste sentido, FREITAS et. Al., colocam que a interdisciplinaridade é
uma arma muito valiosa na construção do saber, pois ela trabalha com um
todo, isto é, a contextualização dos conteúdos exigidos com a realidade dos
alunos e não faz separação de disciplinas, o educador passa os conteúdos
interagindo-os e faz com que os alunos entendam que uma disciplina está
ligada a outra, adquirindo conhecimentos tornando-os capazes de intervir na
realidade em todas as áreas da vida.
Na constatação da aprendizagem buscamos recursos para saber o
quanto este saber foi adquirido pelos alunos. Um dos deles é a avaliação dos
seus rendimentos muito embora esta se desenvolva de maneira a tornar a
aprendizagem motivo de evasão escolar.
Neste sentido, segundo SALDANHA, 1978, coloca que “a avaliação não
é só um recurso de controle das mudanças de comportamento evidenciadas
pelo aluno durante o processo de aprendizagem, mas também como um
recurso de medidas de objetivos de ensino, de métodos, de conteúdos, de
currículos, de programas e das próprias habilidades do professor”.
O contexto de uma avaliação de acentuação de dificuldades faz com
que os alunos tenham uma visão de ensino marcada pelo desestimulo.
Já na aprendizagem significativa o professor tem que avaliar os
rendimentos de seus alunos não somente com provas como recurso único, pois
estes critérios caracterizam uma avaliação sem contexto.
Neste sentido, LUCKESI (1999) aborda que “o valor da avaliação
encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços e
dificuldades”. Cabe ao professor, portanto, desafiá-lo a superar as dificuldades
e continuar progredindo na construção dos conhecimentos.
Conforme LIBÂNEO (2005, p.117):
Devemos inferir, portanto, que a educação de qualidade é aquela
mediante a qual a escola promove, para todos, o domínio dos
conhecimentos e o desenvolvimento de capacidades cognitivas e
afetivas indispensáveis ao atendimento de necessidades individuais
e sociais dos alunos.
Ao mesmo tempo em que, colocamos a avaliação como meios de
medição da aprendizagem temos que ter em mente que ela deve ser permeada
de objetivos no tocante a resolver problemas de aprendizagens que ficaram
pendentes.
1.4 Pais aliados com a Escola no Desenvolvimento da Aprendizagem
O ambiente familiar, ou seja, os relacionamentos desenvolvidos em
família podem afetar muitas vezes na escola. Esta situação é evidenciada pela
atitude do professor de propor de todos os recursos para fazer com que os
alunos participem de suas aulas, ou ainda, coloca-se de maneira a tentar
entender a rebeldia dos alunos.
Contudo, diante de todas essas medidas se ainda persistirem é
aconselhável que os professores e equipe pedagógica busque ajuda dos pais
no tocante a sanar tais problemas.
A importância da participação da família no desenvolvimento escolar dos
alunos é grande valia. Essa parceria traz responsabilidade balanceada por
ambas as partes, ou seja, entre a escola e a família.
Neste sentido, SUTTER, (2007 p.2) coloca que: “A família é o âmbito em
que a criança vive suas maiores sensações de alegria, felicidade, prazer e
amor, o campo de ação no qual experimenta tristezas, desencontros, brigas,
ciúmes, medos e ódios”.
É preciso estabelecer uma conscientização de que nossa sociedade
mudou e os valores também. O envolvimento entre os pais e professores, ou
seja, a educação como um todo, proporciona maior comprometimento no
alcance das metas educacionais propostas.
Assim, fala que:
Atualmente, os pais devem estar cada vez mais atentos aos filhos, ao que eles falam, o que eles fazem, as suas atitudes e comportamentos. E, apesar de ser difícil, a escola também precisa estar atenta. Eles se comunicam conosco de várias formas: através de sua ausência, de sua rebeldia, seu afastamento, recolhimento, choro, silêncio. Outras vezes, grito, zanga por pouca coisa, fugas, notas baixas na escola, mudanças na maneira de se vestir, nos gestos e atitudes. Os pais devem perceber os filhos. Muitas vezes, através do comportamento, estão querendo dizer alguma coisa aos pais. E estes, na correria do dia-a-dia, nem prestam atenção àqueles pequenos detalhes. (SILVA, 2008 p. 01)
Este estímulo de parcerias reforça que embora tenhamos mudanças de
comportamentos na atual sociedade é certo de que os valores da família não
poderão mudar nunca. Os pais são as melhores pessoas para propor a
interação social.
Tais considerações estão explicitas no Projeto Político Pedagógico da
Escola e que o mesmo é construído coletivamente tendo o envolvimento de
toda a equipe escolar e a comunidade em geral, especialmente dos pais dos
educandos.
Diante dessa importante participação da família que AZEVEDO (2009,
p.06) coloca-nos que :
A construção do projeto político-pedagógico e do regimento escolar é, também, um momento privilegiado para definir os canais institucionais de participação da família na vida escolar. Formas democráticas de escolha do dirigente escolar, conselho deliberativo escolar, reuniões de pais são formas significativas de participação.
Embora saibamos que não é tarefa nada fácil estabelecer uma parceria
participativa da família na escola, não podemos desistir enquanto educadores.
Em suma, na escola construímos conhecimentos, mas estes também são
construídos na família e ainda mais é neste ambiente que os valores e atitudes
se consolidam.
ENCAMINHAMENTO METODÓLOGICO
1º MOMENTO
• CONTEÚDO: LEITURA DE UMA MENSAGEM: “TECENDO A MANHÔ DE
JOÃO CABRAL DE MELO NETO COMO PROPOSTA DE REFLEXÃO;
• APRESENTAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA
ESTADUAL VALE DO TIGRE, OS OBJETIVOS DE SUA ELABORAÇÃO,
CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE FOI ELABORADO, IDÉIAS CENTRAIS,
RELEVÂNCIA, PÚBLICO A QUE SE DESTINA, ETC.
• REFERÊNCIAS: NETO. João Cabral de Melo;
• Projeto Político da Escola Estadual Vale Do Tigre;
• INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: ESTUDO REFLEXIVO SOBRE O
CONTEXTO E CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA.
2º MOMENTO
• VIDEO DE MOTIVAÇÃO PARA OS PROFESSORES: “SER MAIS!” Vídeo
Inspiracional 2011 - Por Coach Sónia Anjos;
• LEITURA E ESTUDO RELACIONADO ÀS BASES, DIRETRIZES E
FUNDAMENTOS DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO;
• CONTEÚDO: ESTUDO DA LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
NACIONAL (LDBEN - 9.394/96) NOS SEUS ARTIGOS 12 A 15 QUE TRATAM
DA PARTICIPAÇÃO DOS PROFISSIONAIS NA ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO
DA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA;
• REFERENCIAS: Http://Youtu.Be/Szmyc8blqsg / Documento Da Escola: Projeto
Político Pedagógico;
• INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: MOMENTOS DE REFLEXÃO E ANÁLISE
DOS PRINCIPAIS PONTOS RETRATADOS NOS ARTIGOS DA LDBEN
CITADOS.
3º MOMENTO
• LEITURA DA FÁBULA DE LA FONTAINE “O Lavrador E Seus Filhos”,
Abordada Na Versão Utilizada Por Jacques Delors: “Mas Ao Morrer O Sábio
Pai Fez-Lhe Esta Confissão: _ O Tesouro Está Na Educação.”
• TEXTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
como elemento norteador das ações da escola. – Concepção Pedagógica da
Escola;
• REFERÊNCIAS: : DELORS, Jacques. EDUCAÇÃO UM TESOURO A
DESCOBRIR 8ª Edição – São Paulo; Cortez, 2003; LIBÂNEO, José Carlos.
Educação Escolar, Políticas, Estruturas E Organização. 2 Ed. SP: Cortez,2004;
Documento Da Escola: Projeto Político Pedagógico;
• INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: Debates sobre os princípios que norteiam o
PPP em relação a sua finalidade e concepção pedagógica;
4º MOMENTO
• LEITURA DO TEXTO: A ESCOLA QUE DESEJAMOS E SEUS DESAFIOS;
• LINHA DE AÇÃO DO PPP: QUE CIDADÃOS QUEREMOS FORMAR
• REFERÊNCIAS: : JOSÉ Manuel Moran ; Estudo Do PPP; Documento da
Escola: Projeto Político Pedagógico;
• INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: DEBATES E REGISTROS SOBRE OS
MARCOS CONCEITUAIS DO PPP.
5º MOMENTO
• LEITURA DO TEXTO: A EDUCAÇÃO;
• LINHA DE AÇÃO DO PPP COMO FAVORECER A APRENDIZAGEM
SIGNIFICATIVA NO ÂMBITO ESCOLAR
• REFERÊNCIA: Autor: equipe de redação do momento espírita, com base em
texto de autoria ignorada e no cap. 54 do livro depois da morte, de autoria de
Léon Denis, ed. Feb; Documento da Escola: Projeto Político Pedagógico;
• INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: DEBATES SOBRE COMO TORNAR A SALA
DE AULA NUM AMBIENTE DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA:
PROPOSTA DE AÇÕES EDUCATIVAS E PRÁTICAS DE INTERVENÇÕES
FEITAS NAS SALAS DE AULA – REGISTRO DAS ANÁLISES REFLEXIVAS
REALIZADAS;
6º MOMENTO
• VIDEO: ESCRITORES DA LIBERDADE;
• TEXTO SOBRE A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO:
Linha de ação da Escola;
• REFERÊNCIA: Direção do Filme Richard Lagravenese; Documento Da Escola:
Projeto Político Pedagógico;
• INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: FORMAR GRUPO DE ESTUDO PARA
REGISTRO: PROPOSTA DE REORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DA
RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO QUE SE ENCONTRAM
DESCONECTADOS DA REALIDADE ATUAL;
7º MOMENTO
• REFLEXÃO SOBRE A FRASE: “TODOS SOMOS ATORES DE NOSSA
VIDA, MAS NEM SEMPRE PODEMOS TER SUA AUTORIA. O PENSAR [E O
ESCREVER] FAVORECE A AUTORIA DA EXISTÊNCIA.
• REFERÊNCIA: CRITELLI. Dulce. 2006;
• INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: REFLEXÃO DE QUAIS SÃO OS
MOMENTOS DE ESTRUTURAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE E COMO
ESTES DEVEM SER ARTICULADOS.
8º MOMENTO
• REFLEXÃO SOBRE: A RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR, ALUNO E
CONHECIMENTO CITAÇÃO DE DAVID AUSUBEL.
• CITAÇÃO DE DAVID AUSUBEL – 1968
• REFERÊNCIA: MORETTO. Vasco Pedro. Construtivismo a Produção do
Conhecimento em sala de aula.
• INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA: FECHAMENTO DE TODAS AS ANÁLISES
FEITAS NO DECORRER DO CURSO COMO PROPOSTA DE REGISTRO DA
FORMAÇÃO;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo e as retrospectivas apontadas trazem para nós
educadores uma reflexão acerca das ponderações necessárias para atender os
valores que estão presentes atualmente na sociedade e o tipo de sociedade
que estamos formando com educação ora ofertada e que o Projeto Político
Pedagógico é um documento escolar que reflete as práticas educacionais,
assim como tudo o que rege no Estabelecimento de Ensino, sendo construído
pelos diversos segmentos envolvidos pela comunidade escolar.
Assim, a Educação ofertada ao longo dos anos teve muitas mudanças, o
ambiente escolar era encarado de maneira muito diferente, principalmente o
papel desempenhado pelo professor, pois este era considerado o dono da
verdade.
Hoje esta visão sofreu mudanças, os professores bem como seus
métodos são vistos como de mediadores de conhecimentos. Segundo
ANTUNES (2003, p. 34) o ambiente escolar deve ser o espaço de discussão,
da oposição, das divagantes interpretações.
Da mesma forma, O PPP tem que ser estudado constantemente para
que seus preceitos sejam revistos por toda a comunidade escolar, assim, toda
e qualquer prática ou atitudes a serem tomadas estejam em conformidade com
ele.
Contudo, mesmo diante de tal planejamento e estudo, os entraves que
dificultam a aprendizagem são e serão empecilhos que tornam o trabalho em
sala áspero. As atitudes de busca para sanar estes entraves devem ser sempre
aquelas que envolvam o estudo para melhores estratégias de ação na escola.
Em suma, é trabalho conjunto, sejam de educadores quanto da família,
todos devem interagir na pratica pedagógica, neste sentido, a parceria
estabelecida entre escola e família virá de encontro a estabelecer
compromissos e ao alcance de uma Educação de Qualidade.
REFERENCIAS ANTUNES, Celso. Professor bonzinho = aluno difícil: a questão da indisciplina em sala de aula – Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. ANTUNES, Celso. Relações interpessoais e auto-estima: a sala de aula como um espaço do crescimento integral, fascículo 16, Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
AZEVEDO, Neroaldo Pontes de. Desafios da Organização E Gestão Escolar. Disponível em: < http://www.mp.go.gov.br/ancb/documentos/Educacao/Textos_diversos/DESA OS%20DA%20ORGANIZA%C3%87%C3%83O%20E%20GEST%C3%83O% 0ESCOLAR.doc> Acesso em: 12/08/2011
CARVALHO, Andressa. A Família na atualidade. Disponível em:
<http://www.meuartigo.brasilescola.com/psicologia/a-familia-na-atualidade.htm>
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Coleção e Leitura. FREITAS et al A importância da motivação no processo de aprendizagem dos alunos de 4º série do ensino fundamental I. Centro Científico Conhecer; Goiânia; Enciclopédia Biosfera N.06; 2008; ISSN 1809-05835. GADOTTI, Moacir. Pensamento Pedagógico Brasileiro. São Paulo : Ática, 1988. GADOTTI, Moacir. Comunicação Docente. São Paulo: Loyola, 1992. LANE, Silvia T.M. CODO, Wanderley, (orgs). Psicologia Social: o homem em movimento. 3. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985. LDB. Lei de Diretrizes e Bases (9394/96) LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA J. F.; TOSCHI M. S.; Educação escolar: políticas estrutura e organização. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2005. (Coleção Docência em Formação) LIBÂNEO, José Carlos. Democratização da Escola Pública. São Paulo : Loyola, 1990. LUCKESI. C.C.Avaliação da aprendizagem escolar. 9. ed.São Paulo: Cortez, 1999. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Parâmetros Curriculares Nacionais. Rio de Janeiro: 1998.
LUCRESI. C.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 9ª ed. São Paulo: Cortez. 1999. PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004 SALDANHA, Louremi ercolani (coord.) Planejamento e Organização do Ensino. 4ª ed., Porto Alegre, Globo, 19978 SALDANHA, Louremi Ercolani. Planejamento e Organização do Ensino. 4ª ed. Porto Alegre, Globo 1997.
SILVA, Sonia Das Graças Oliveira . A Relação Família/Escola. Disponível em: < http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/a-relacao-familiaescola 477589.html> acesso em 12/08/2011
SISTO, Fermino Fernandes. Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. Cap.2, 2001. p.40-56.
SUTTER, Graziela. Refletindo Sobre a relação família – Escola. Disponível em: < http://www.webartigos.com/articles/926/1/refletindo-sobre-a-relacao-familia---escola/pagina1.html Acesso em 12/08/2011
TAPIA, Jesús A; FITA, Enrique C. A motivação em sala de aula: o que é, como se faz. São Paulo,Brasil: Edições Loyola, 1999. VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994. ZAGURY, Tânia. O Professor refém: para pais e professores entenderem porque fracassa a educação no Brasil / Rio de Janeiro: Record, 2006.