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Resumo: O projeto Os povos indígenas do Xingu: história, tradição e cultura tem como proposta conhecer a riqueza e a diversidade cultural e indígena e a sua importância para o patrimônio cultural e natural do Mato Grosso e do Brasil. Compreender o Xingu como um território onde convivem diferentes povos com nacionalidade, língua e cultura PROJETO PEDAGÓGICO MULTIDISCIPLINAR – MATO GROSSO Tema: Os povos indígenas do Xingu: história, tradição e cultura próprias e trazer a discussão sobre a questão indígena para dentro da escola é o caminho para trabalhar a interculturalidade, que possibilita a convivência e a coexistência entre culturas, tendo como premissa o diálogo entre os diferentes como percurso para superação da intolerância e do preconceito. Para o Ensino Fundamental 1 (EF1), o projeto se desenvolve em três etapas com duas ou três atividades cada uma. Ao fim de cada etapa, há uma atividade de fechamento que retoma as discussões feitas ou promove alguma vivência a respeito do tema. Os estudos culminam em um produto final que reúne as produções dos alunos ao longo das três etapas. São elas: Etapa 1: Da chegada dos portugueses aos dias de hoje Etapa 2: Parque Indígena do Xingu (PIX) Etapa 3: Brincadeiras indígenas Para o Ensino Fundamental 2 (EF2) e o Médio (EM), o projeto também se desenvolve em três etapas, a saber: Etapa 1: Povos indígenas do Brasil Etapa 2: Território Indígena do Xingu Etapa 3: Olhar indígena PROJETOS REGIONAISMT 1 Perfil do grupo: O projeto está dividido em duas partes. A primeira atende os alunos das séries finais do EF1. Na segunda, o projeto tem como foco os alunos do EF2 e do EM. Caberá ao professor fazer uma adaptação do conteúdo de forma que atenda às necessidades específicas de sua sala de aula. Suportes: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet, fichas e roteiros de trabalho orientados, equipamento de projeção e multimídia, materiais de apoio didático como cartolina, pincel atômico e folha A3. Justificativa para uso desses suportes: Os suportes selecionados visam atender às necessidades específicas de cada etapa do projeto para que o aluno construa seu percurso no aprendizado de leitura e elaboração de textos, de pesquisa e sistematização das informações levantadas e na produção de conhecimentos. MT

PROJETOS REGIONAIS MT REGIONAIS - smbrasil.com.br do Mato Grosso e do Brasil. Compreender o Xingu como um território ... cultura, grupo social e memória. Geografia — Cultura local,

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PROJETOS REGIONAISMT

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Resumo: O projeto Os povos indígenas do Xingu: história, tradição e

cultura tem como proposta conhecer a riqueza e a diversidade cultural

e indígena e a sua importância para o patrimônio cultural e natural

do Mato Grosso e do Brasil. Compreender o Xingu como um território

onde convivem diferentes povos com nacionalidade, língua e cultura

PROJETO PEDAGÓGICO MULTIDISCIPLINAR – MATO GROSSO

Tema: Os povos indígenas do Xingu: história, tradição e cultura

próprias e trazer a discussão sobre a questão indígena para dentro da escola é o caminho para trabalhar

a interculturalidade, que possibilita a convivência e a coexistência entre culturas, tendo como premissa

o diálogo entre os diferentes como percurso para superação da intolerância e do preconceito.

Para o Ensino Fundamental 1 (EF1), o projeto se desenvolve em três etapas com duas ou três

atividades cada uma. Ao fim de cada etapa, há uma atividade de fechamento que retoma as discussões

feitas ou promove alguma vivência a respeito do tema. Os estudos culminam em um produto final que

reúne as produções dos alunos ao longo das três etapas. São elas:

Etapa 1: Da chegada dos portugueses aos dias de hoje

Etapa 2: Parque Indígena do Xingu (PIX)

Etapa 3: Brincadeiras indígenas

Para o Ensino Fundamental 2 (EF2) e o Médio (EM), o projeto também se desenvolve em três etapas,

a saber:

Etapa 1: Povos indígenas do Brasil

Etapa 2: Território Indígena do Xingu

Etapa 3: Olhar indígena

PROJETOS REGIONAISMT

1

Perfil do grupo: O projeto está dividido em duas partes. A primeira atende os alunos das séries finais do EF1. Na segunda, o projeto tem como foco os alunos do EF2 e do EM. Caberá ao professor fazer uma adaptação do conteúdo de forma que atenda às necessidades específicas de sua sala de aula.

Suportes: Computador ou outro dispositivo com acesso à

internet, fichas e roteiros de trabalho orientados, equipamento

de projeção e multimídia, materiais de apoio didático como

cartolina, pincel atômico e folha A3.

Justificativa para uso desses suportes: Os

suportes selecionados visam atender às necessidades

específicas de cada etapa do projeto para que o aluno construa

seu percurso no aprendizado de leitura e elaboração de textos,

de pesquisa e sistematização das informações levantadas e na

produção de conhecimentos.

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Disciplinas: História, Geografia, Língua Portuguesa.Temas transversais: Sociedade e cultura, pluralidade cultural, diversidade e meio ambiente.

Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet, impressora;

material escolar comum (caderno, lápis preto, caneta, borracha, apontador, régua, dicionário, tesoura,

cola, material para pintura, etc.), folhas de papel sulfite brancas.

Objetivos: Trabalhar na perspectiva da multidisciplinaridade para o levantamento de aspectos da

cultura do Mato Grosso, tendo como viés o estudo das culturas indígenas e a história do Parque Indígena

do Xingu (PIX). O projeto possibilita o levantamento de hipóteses, estimula a leitura e produção de

textos e a reflexão sobre a história e a cultura do lugar onde vivem.

Cabe ao professor tornar o conjunto dos objetivos gerais aqui citados em objetivos operacionais que

correspondam às necessidades de aprendizagem específicas do seu grupo de alunos.

Conteúdos

COnCeituais:

História — Compreensão de conceitos gerais da área, como tempo e

contexto históricos, simultaneidade, mudança, permanência, ruptura,

cultura, grupo social e memória.

Geografia — Cultura local, costumes, localização geográfica do PIX; o

rio Xingu e seus afluentes; ameaças ao PIX; terras indígenas, território,

mudanças climáticas; censo indígena 2010.

Língua Portuguesa — Variações linguísticas, leitura e produção de textos.

PrOCedimentais:

História — Pesquisa histórica usando recursos da internet; percepção de mudanças e permanências

na história das comunidades indígenas do Xingu; costume e tradição, reconstrução da história da

colonização do Oeste brasileiro; a expedição Roncador-Xingu; os irmãos Villas Bôas; costumes e

tradições dos povos do Xingu.

Geografia — Estudos sobre o rio Xingu e seus afluentes; a localização e o entorno do PIX; terras

indígenas.

Língua Portuguesa — Expressão oral e escrita; produção de jornal, resumos e leituras de textos.

atitudinais:

Trabalho cooperativo. Valorização dos saberes tradicionais dos povos indígenas. Responsabilidades

sobre os prazos e compromissos assumidos com o grupo e com o professor. Comprometimento e

envolvimento no próprio processo de aprendizagem, respeito pelas diferenças.

Duração e desenvolvimentoEste projeto foi pensado para ser desenvolvido ao longo de um trimestre. O professor deve avaliar

o momento de trabalhar as diferentes propostas considerando seu planejamento e o currículo

tradicional da série. Está dividido em etapas que podem ser trabalhadas em sequência, em intervalos

semanais, quinzenais, mensais ou até em intervalos maiores. Por ser longo o processo de construção

da aprendizagem, é preciso dar ao aluno o tempo necessário para a experimentação, a reflexão,

o compartilhamento de ideias e descobertas e, finalmente, para a compreensão dos conceitos.

Considerando-se a importância do estudo da história local e regional, assim como da valorização da

cultura e dos saberes locais, caberá ao professor equacionar esse tempo, levando em conta a realidade

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da escola e do grupo-classe. Se a opção for intercalar as atividades do projeto com as demais demandas

escolares, a cada etapa, é importante retomar os conhecimentos sistematizados na etapa anterior para

que o trabalho de investigação e de consolidação dos novos conhecimentos avance sem perder o foco.

Sugere-se que cada etapa do projeto seja desenvolvida em quatro semanas, podendo ser

disponibilizadas de quatro a oito aulas para o desenvolvimento de cada etapa. Esta recomendação é

válida tanto para o EF1 quanto para o EF2 e o EM, lembrando que o projeto é multidisciplinar e essas

atividades podem estar divididas entre as áreas de conhecimento.

Etapa final: Consiste no fechamento e na sistematização das reflexões feitas ao longo do projeto. É

composta por três momentos: Para Refletir, Para Retomar, Para Finalizar. O planejamento do produto

final é feito dentro da seção Para Retomar.

Produto final: Para finalizar os estudos, o EF1 preparará uma revista em quadrinhos sobre os

direitos dos povos indígenas, enquanto o EF2 e o EM trabalharão em um documentário sobre os povos

indígenas.

Algumas considerações sobre o trabalho de conclusão do projeto:

1. Sobre a preparação da revista e do documentário. O professor

deve estabelecer a data da apresentação dos textos em quadrinhos,

das propagandas e das revistas (EF1); dos roteiros do documentário

para o EF2 e o EM. Criar uma equipe responsável por receber e

organizar as produções dos alunos, selecionadas para compor a

mostra cinematográfica.

Os alunos deverão participar em todo o processo de preparação e organização, assumindo, dessa

maneira, o protagonismo na construção do conhecimento e em sua aprendizagem.

Caberá ao professor garantir a interação dos alunos e acompanhar os trabalhos, mantendo o objetivo

da proposta; estar atento e presente cada vez que for solicitado, seja por demanda coletiva, seja

individual; dar instruções claras e detalhadas em cada etapa; avaliar e dar retornos ao término de

cada tarefa; fornecer informações adicionais que possam subsidiar o projeto, toda vez que julgar

oportuno; cuidar para que os alunos se mantenham, o tempo todo, ativos e motivados.

2. Para a criação do documentário.

— Organizar a sala em equipes de cinco alunos cada uma.

— Sugerir que assistam a alguns documentários disponíveis em: http://www.videonasaldeias.org.

br/2009/. Acesso em: 25 jan. 2016.

— Indicar aos alunos o roteiro para se produzir um documentário:

a) Levantar o tema e a abordagem do documentário.

b) Pesquisar sobre o assunto em diversas fontes.

c) Definir como será feito o documentário: se por gravação de imagem; com fotografias retiradas

da internet; por entrevistas, etc. (Esta definição dependerá da região em que se localiza a

escola. Caso esteja em uma cidade onde há terras indígenas, é possível agendar uma visita com

a Funai e fazer a entrevista com os próprios jovens indígenas. Confirmar se existe na aldeia

visitada o projeto Vídeo na aldeia).

d) Escrever o roteiro do documentário. Revisar o roteiro com ajuda dos professores de Língua

Portuguesa.

e) Planejar como será feita a gravação ou montagem do documentário quadro a quadro.

Tecnicamente esta etapa do projeto chama-se storyboard.

f) Fazer a filmagem ou edição das imagens.

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g) Colocar trilha sonora.

h) Colocar créditos e agradecimentos.

i) Para fazer o documentário, usar as ferramentas do Windows Movie Maker.

j) Depois de pronto, publicar o vídeo no YouTube.

Obs.: Caso não possa contar com a assessoria do professor de Informática, sugira aos alunos que

acessem o link: http://www.apostilando.com/download.php?cod=457. Acesso em: 1º fev. 2016. Ele

oferece download de uma apostila com o passo a passo para uso do Movie Maker.

3. Avaliação e escolha dos documentários que farão parte da mostra Cinema na escola.

4. Agendar no calendário escolar dia e horários para que alguns documentários sejam exibidos para

pais e alunos. Depois de ver o documentário, pode-se propor uma roda de conversa com os alunos.

5. Sobre a avaliação. Após a produção do documentário e das revistas em quadrinhos, avaliar com os

alunos o desempenho individual e do grupo ao longo de todo o projeto.

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Almanaque Socioambiental – Parque Indígena do Xingu 50 anos. Disponível para download em:

http://www.socioambiental.org/banco_imagens/pdfs/10380.pdf. Acesso em: 6 fev. 2016.

Baladan, Alicia. uma história Guarani. São Paulo: SM, 2010.

Brandão, Toni. Perdidos na amazônia. São Paulo: SM, 2005.

Gusti. Papai esteve na floresta. São Paulo: SM, 2014.

Junqueira, Carmem. Os Kamaiurá das terras indígenas do Xingu. Revista Ecopolítica. São Paulo: 2012, nº.

4, set-dez, pp. 16-30.

Khan, Marina. aBC dos povos indígenas do Brasil. São Paulo, SM, 2011.

KreBs, Laura. um passeio na floresta amazônica. São Paulo: SM, 2012.

lopes, Fabiana Ferreira. Festa da taquara. São Paulo: SM, 2012.

rios, Rosana. mavutsinim e o Kuarup. São Paulo: SM, 2008.

Villas Bôas, Orlando. a marcha para o Oeste: a epopeia da Expedição Roncador-Xingu. São Paulo:

Companhia das Letras, 2012.

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livros

Sites (acessos em: 7 dez. 2015)

AXA

http://www.axa.org.br/2015/06/o-primeiro-indigena-kamayura-doutor-em-linguistica-na-historia-do-

xingu-e-no-estado-de-mato-grosso/

Brasil Oeste

http://www.brasiloeste.com.br/especiais/numeros-e-fatos-sobre-os-indios-no-brasil/

CIMI

http://www.cimi.org.br/

Folha. Terra, Kuarup e tensão

http://temas.folha.uol.com.br/viagem-ao-xingu/

IBGE. O Brasil indígena

http://www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/ascom/2013/img/12-Dez/pdf-brasil-ind.pdf

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Referências

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Índios online

http://www.indiosonline.net/

Instituto Iepe

http://www.institutoiepe.org.br/wp-content/uploads/2013/09/dossie-katxuyana-versao-web.pdf

IPEA

http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2268:catid=28&Ite

mid=23

Jogos indígenas

http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=218

Mauren Bisiliat

http://povosindigenas.com/maureen-bisiliat/

Ministério Público Federal

http://www.turminha.mpf.mp.br/nossa-cultura/dia-do-indio

Museu do Índio (Revista on-line)

http://www.museudoindio.org.br/tribos-isoladas-da-amazonia/

Planeta sustentável

http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/conteudo_478505.shtml

Povos do médio Xingu

http://www.trabalhoindigenista.org.br/medio-xingu-eixos-povos

Povos indígenas no Brasil (PIB)

http://pib.socioambiental.org/pt

Povos indígenas no Brasil Mirim

http://pibmirim.socioambiental.org/

Séculos indígenas no Brasil

http://www.seculosindigenasnobrasil.com/

Scielo

http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252008000400015&script=sci_arttext

Trabalho indigenista

http://www.trabalhoindigenista.org.br/medio-xingu-panorama

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• Das crianças ikpeng para o mundo

https://www.youtube.com/watch?v=MNIeHjdfvJg

• Kamaiura

https://www.youtube.com/watch?v=bjpoI3jPirE

• Kamaiura – festa do Kuarup

https://www.youtube.com/watch?v=Z_0cPBnfU9A&feature=fvwrel

• Peixe pequeno

https://www.youtube.com/watch?v=egZbZUwScL0

• TV Brasil

http://tvbrasil.ebc.com.br/expedicoes/episodio/parque-nacional-do-xingu

filmes

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ENSINO FUNDAMENTAL 1 ETAPA 1: DA CHEGADA DOS PORTUGUESES AOS DIAS DE HOJE

Antes das atividades 1. Roda de conversa para levantamento de conhecimentos prévios.

Perguntar: Como vocês imaginam que era o Brasil antes da chegada

dos portugueses?

Atividade 2 1. Roda de conversa para levantamento de conhecimentos prévios.

Perguntar para os alunos: Quem sabe me dizer onde vivem os

indígenas brasileiros hoje?

1. Explique aos alunos: Quando a esquadra de Pedro Álvares aportou

no litoral brasileiro, essas terras já estavam ocupadas. Projetar slides

contendo informações:

Atividade 1

Anotar as respostas dadas pelos alunos num cartaz na própria roda.

2. Pedir aos alunos que visitem o site http://pibmirim.socioambiental.org/terras-indigenas. Leiam os

artigos Onde vive a maioria dos índios? e existe índio fora da amazônia Legal?

2. Pedir aos alunos que, em duplas, ilustrem como imaginam que fosse o Brasil. Socializar as ilustrações

e em seguida deixá-las em exposição.

Estima-se que na chegada dos portugueses (1500), viviam no Brasil cerca de 5 milhões de índios

divididos em mais de mil povos, constituindo um grande mosaico cultural. Hoje, em todo o Brasil

restam apenas 305 etnias e 274 línguas diferentes, conforme dados do IBGE (Censo 2010).

No litoral, os portugueses encontraram sociedades indígenas falantes da língua tupi. Eles viviam em

aldeias com até 2 mil pessoas e cultivavam a agricultura de coivara, conhecida também como roça.

Obs.: Explicar aos alunos como é feita a agricultura de coivara.

No Brasil Central, viviam os povos falantes da língua jê. Eles ocuparam o território cerca de 11 mil

anos atrás. Eram coletores e domesticaram sementes como o pequi, o jatobá e o buriti.

Na Amazônia: culturas complexas se desenvolveram ao longo do rio Amazonas, como os Tapajó e

Marajoara, que dominavam a técnica da cerâmica. A língua geral falada na Amazônia é o nhengatu

(língua boa), originária do tupinambá, falada pelos nativos da costa brasileira, e que foi levada para

a Amazônia por missionários e portugueses.

2. Montar um painel usando os textos dos slides e as ilustrações feitas por eles na atividade de

levantamento de conhecimentos prévios.

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FECHAMENTO DA ETAPA 1

1. Assistir com os alunos ao documentário sobre as crianças guaranis kaiowás acampadas ao

longo da BR-163. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=8_nFJCXqFUI. Acesso

em: 25 jan. 2016.

Discutir:

a) Como é a vida das crianças no acampamento guarani próximo da BR-163?

b) Por que os Guarani estão acampados à beira da rodovia?

c) Como a garota descreve a vida à beira da BR?

d) Do que os Guarani precisam para viver como um povo?

e) Quem invade as terras indígenas?

f) Que atitudes podemos tomar para ajudar as crianças guaranis?

2. Escrever uma carta endereçada à presidente da República pedindo a reintegração dos

Guarani Kaiowá ao seu território tradicional.

3. Entregar aos alunos a Ficha 1 (Anexo 1) para autoavaliação.

3. Roda de conversa sobre o texto. Perguntar:

a) Sobre que assunto trata o texto?

b) O que é a Amazônia Legal?

c) Quais as características das terras indígenas dessa região?

d) Como vivem os 45% dos indígenas que estão fora da Amazônia Legal?

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ANTES DAS ATIVIDADES

Itens 1 e 2

• Permita que os alunos se expressem livremente. Anote suas falas mais importantes e identifique como

imaginam o Brasil na época da chegada dos portugueses e a ideia que têm sobre o indígena brasileiro.

O que aconteceu com os indígenas depois da chegada dos portugueses?

• Explore o imaginário dos alunos. Caso os desenhos não mostrem o litoral, a floresta ou o sertão,

pergunte: Existia mar? Montanhas? Florestas? Quem vivia nessas terras?

ATIVIDADE 1

Item 1

• Se possível, peça aos alunos para acessar o site http://pib.socioambiental.org/pt. Acesso em: 22 jan.

2015. A página de abertura traz o nome dos povos indígenas com link de informação sobre eles. Veja

um exemplo abaixo:

ORIENTAçõES AO PROFESSOR

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ATIVIDADE 2

Item 2

• Caso não seja possível acessar a internet em sua escola. Imprima os textos Onde vive a maioria dos

índios? e existe índio fora da amazônia Legal? e leia em voz alta para os alunos.

Item 3

Resposta para as questões da roda de conversa.

a) O primeiro texto mostra que 55% da população indígena vive na Amazônia Legal. As terras

indígenas dessa região são maiores que as do restante do país, por isso lá a qualidade de vida dos

povos é melhor.

b) É a área da região amazônica que envolve nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Pará, Amazonas,

Rondônia, Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. O conceito de

Amazônia Legal foi criado em 1953 pela lei 1.806, de 6 de janeiro de 1953, com o objetivo de

promover o desenvolvimento da região.

• Mostre aos alunos o mapa da Amazônia Legal, disponível para impressão na página do IBGE:

ftp://geoftp.ibge.gov.br/organizacao_territorial/amazonia_legal/amazonia_legal_2014.pdf. Acesso

em: 2 fev. 2016.

c) São maiores que as do restante do país. Isso significa que a área de floresta é maior, então existem

mais animais, mais plantas, mais comida.

d) Vivem “apertados” em terras muito menores que as localizadas na Amazônia. Na maioria das vezes,

essas terras não são suficientes para manter sua forma tradicional de vida e é assim que surgem

problemas como a desnutrição e a miséria, gerados pela falta de alimentos: não há mais caça, nem

peixes, nem lugares para fazer roça.

Há ainda povos que não têm onde viver, pois foram expulsos de suas terras por ocupantes não

indígenas. Alguns se instalam temporariamente em acampamentos, onde vivem em péssimas

condições, enquanto lutam pela recuperação de suas terras.

FECHAMENTO DA ETAPA 1

Item 1

Respostas para as questões sobre o documentário:

a) Feita de noites mal dormidas pelo intenso calor nas barracas de lona e pelos ruídos de carros. As

crianças perderam a floresta, os rios, os animais, as árvores, enfim, a terra para correr e ser feliz.

b) Porque foram expulsos de suas terras pelos fazendeiros que acreditam que precisam de muitas

terras para produzir soja, cana e criar gado.

c) “A vida aqui mudou muito... Aqui agora não tem nada, só calor.”

d) Precisam ter respeitados os seus direitos. Precisam do seu território para viver conforme suas

tradições.

e) Os não índios. Fazendeiros, mineradores, pecuaristas, madeireiros, etc.

f) Resposta pessoal dos alunos. Pode-se sugerir uma campanha de sensibilização na escola

mostrando a realidade dos Guarani Kaiowá em cartazes, permitindo que outras turmas assistam ao

documentário e discutam o assunto.

Item 2

• Ao propor que escrevam uma carta à presidente, perguntar aos alunos se eles sabem quem é o

presidente atual do Brasil.

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ETAPA 2: PARQUE INDÍGENA DO XINGU (PIX)

Antes das atividades 1. Roda de conversa para retomar conhecimentos prévios. Perguntar:

O que vocês entendem que sejam terras indígenas?

1. Apresentar aos alunos o Parque Indígena do Xingu. Explicar a eles

que o Parque foi a primeira grande terra indígena reconhecida no

país a abrigar várias etnias. No Xingu convivem pacificamente 16

Atividade 1

povos indígenas com línguas, costumes e culturas diferentes em perfeita harmonia entre si e com a

natureza.

Inserido na bacia do rio Xingu, o Parque foi criado em 1961, no governo de Jânio Quadros. Os irmãos

Villas Bôas, que em 1943 participaram da Expedição Roncador-Xingu, que tinha como missão

desbravar o Oeste brasileiro, participaram intensamente do projeto de criação do Parque.

2. Assistir com os alunos ao trailer do filme Xingu, de Cao Hamburger. Depois de assistir ao filme, pedir

que pesquisem na biblioteca, em livros, revistas ou na internet, informações sobre os irmãos Villas

Bôas.

3. No retorno, organizados em duplas, pedir que construam uma charge sobre a saga dos Villas Bôas e

o Parque do Xingu.

2. Depois de ouvir as ideias dos alunos a respeito do que sejam terras indígenas, construir com eles um

cartaz com a elaboração coletiva do conceito.

Terras indígenas são...

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FECHAMENTO DA ETAPA 2

1. Construir com os alunos um jornal mural sobre o Parque Indígena do Xingu.

2. Entregar aos alunos a Ficha 1 (Anexo 1) para autoavaliação.

Atividade 2 1. Organizar a sala em grupos e pedir que pesquisem sobre o Parque

Indígena do Xingu.

— Localização e extensão do PIX.

— A história do PIX.

— Etnias que vivem dentro do Parque.

— Principais problemas enfrentados pelas comunidades indígenas do PIX.

— O ritual do Kuarup.

2. Roda de conversa para socializar a pesquisa.

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ANTES DAS ATIVIDADES

Itens 1 e 2

• Terras indígenas são territórios legalmente demarcados pelo Estado brasileiro. Isso quer dizer que

essas terras devem ser protegidas pelo governo. Por essa razão, não é permitida a entrada de não

índios e as visitas precisam de autorização da Funai. Os índios não têm a propriedade das terras onde

vivem, eles só podem usufruir dela. (Fonte: http://pibmirim.socioambiental.org/.)

ATIVIDADE 1

Item 3

• Antes de pedir aos alunos que construam uma charge, trabalhe esse tipo de texto. Traga algumas

charges para que eles leiam e analisem. Depois, levante com eles os elementos característicos desse

tipo de texto:

– A charge pode usar a linguagem verbal ou não verbal.

– Usa como recurso a ironia, imagens, figuras de linguagem, humor e crítica.

– Os personagens podem ser animais, pessoas ou objetos.

• Caso a escola disponha de um laboratório de informática com acesso à internet, mostre aos alunos a

charge “Peixes do rio Doce: aquele 1%”. Disponível em: http://charges.uol.com.br/. Acesso em: 22 jan.

2005.

• Mostre aos alunos algumas charges sobre a questão indígena no Brasil. Disponível em: https://

mobilizacaonacionalindigena.wordpress.com/category/charges/. Acesso em: 22 jan. 2016.

ORIENTAçõES AO PROFESSOR

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ETAPA 3: BRINCADEIRAS INDÍGENAS

Antes das atividades1. Roda de conversa para estimular a pesquisa. Perguntar: Qual a

brincadeira preferida de vocês? Escrever as falas dos alunos em um

cartaz, criando uma lista.

Atividade 2 1. Roda de conversa para socializar o conhecimento. Dar a cada grupo

tempo suficiente para que apresente sua pesquisa.

1. Roda de conversa. Perguntar aos alunos se eles imaginam como são

as brincadeiras das crianças indígenas. Deixar que se expressem

livremente e anotar suas respostas num papel.

Atividade 1

2. Pedir às equipes que escolham uma brincadeira apresentada para compor um cartaz que deve

conter:

• O nome da brincadeira.

• Como se brinca.

• Comunidade indígena a que pertence.

• Ilustração com imagens ou desenhos.

• Reunir todos os cartazes, costurar a lombada, confeccionando um álbum de brincadeiras

indígenas. Pedir que ilustrem a capa.

2. Para confirmar suas hipóteses, organizar a sala em grupos e pedir que pesquisem em livros ou na

internet sobre algumas brincadeiras indígenas.

FECHAMENTO DA ETAPA 3

1. Confeccionar petecas usando jornal. Reservar uma parte do tempo de aula para o jogo de

peteca.

2. Entregar aos alunos a Ficha 1 (Anexo 1) para autoavaliação.

2. Organizar a sala em duplas e distribuir as brincadeiras entre as duplas; pedir que ilustrem e ao lado

descrevam como se brinca.

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ANTES DAS ATIVIDADES

Item 1

• Indicar para pesquisa o site: http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/brincadeiras/. Acesso

em: 22 jan. 2016.

FECHAMENTO DA ETAPA 3

• Comentar com os alunos que o jogo da peteca é de origem indígena. Peteca é um nome de origem

tupi que significa “tapear, golpear com as mãos”.

• Como rota alternativa, pode orientar que pesquisem com seus pais e avós sobre o modo como fazer

a peteca. A seguir, indicamos uma forma:

Material

• Folhas de papel ou jornal

• 1 saco plástico

• Fita adesiva ou barbante

Como fazer

• Encha o saco plástico com as folhas de papel amassadas.

• Amarre a base do saco plástico cheio de papel e deixe as pontas dele para cima, como se fossem as

penas. Assim, a peteca fica bem leve.

ORIENTAçõES AO PROFESSOR

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MT

Antes das atividades 1. Tempestade de ideias. Perguntar aos alunos o que lhes vem à mente

quando ouvem ou leem a expressão “Brasil indígena”. Anote suas

falas no quadro de giz, formando um mapa de ideias.

Atividade 2 1. Assistir com os alunos à reportagem feita pela TV Globo sobre as

mulheres kamayurás. Disponível em: https://www.youtube.com/

watch?v=VXYwLLjdeck. Acesso em: 25 jan. 2016.

1. Apresentar para os alunos o fôlder do IBGE Brasil indígena. Disponível

em: http://indigenas.ibge.gov.br/images/pdf/indigenas/folder_

indigenas_web.pdf. Acesso em: 22 jan. 2016.

Atividade 1

ENSINO FUNDAMENTAL 2 e ENSINO MÉDIO ETAPA 1: POVOS INDÍGENAS DO BRASIL

2. Pedir aos alunos que imaginem como seria um Brasil indígena e desenhem numa folha de papel A3.

3. Montar um painel com esses trabalhos.

2. Entregar aos alunos a Ficha 1 (Anexo 1) para que respondam em duplas.

3. Roda de conversa para socializar as respostas da ficha.

2. Organizados em duplas, pedir aos alunos que respondam:

a) Sobre que povo indígena trata a reportagem?

b) Onde está situada a comunidade?

c) Como a repórter descreve as mulheres dessa sociedade?

d) Como é feito o rito de passagem feminina da infância para a idade adulta?

e) O que mais chamou sua atenção na reportagem?

FECHAMENTO DA ETAPA 1

1. Visita virtual ao Museu do Índio/Funai. Disponível em: http://museudoindio.gov.br/

programacao/exposicoes/86-exposicoes-atuais. Acesso em: 25 jan. 2015.

2. Entregar aos alunos a Ficha 2 (Anexo 2) para autoavaliação.

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MT

ANTES DAS ATIVIDADES

Item 1

• Deixar que os alunos se expressem livremente. Na fala espontânea deles será possível perceber

a ideia que têm a respeito da temática indígena, a possibilidade da existência de preconceitos,

discriminação, etc. Trabalhe sobre isso.

ATIVIDADE 1

Item 1

• Para esta atividade, o professor pode fazer o download do fôlder em PDF, imprimir uma cópia e

entregar aos alunos para a leitura e discussão.

Item 2

• Respostas para as questões da Ficha 1 (Anexo 1).

Segundo o censo indígena 2010:

a) Existem atualmente no Brasil 305 etnias.

b) Esses 305 povos falam 274 línguas.

c) Das pessoas que se declaram indígenas, 36,2% vivem nas cidades.

d) 57,7% vivem em terras indígenas oficialmente reconhecidas.

e) Há dois troncos linguísticos principais — o Macro-Jê e o Tupi, mas além deles existem outras

famílias linguísticas.

f) Resumo: dependerá da qualidade de leitura de cada aluno e de sua percepção do que deverá ou

não fazer parte da síntese do texto.

g) A resposta dependerá da escolha dos alunos para elaboração do quadro Você sabia?

ATIVIDADE 2

Item 2

a) Sobre as mulheres kamayurás.

b) No Parque Indígena do Xingu, a 600 km de Cuiabá.

c) Bonitas, vaidosas, mães dedicadas, guerreiras em defesa da tradição. Guardiãs da cultura única de

sua gente.

d) As meninas ficam presas durante anos na maloca até se tornarem mulheres. É na maloca que elas se

revelam guardiãs da tradição de seu povo.

e) Resposta pessoal dos alunos.

FECHAMENTO DA ETAPA 1

Item 1

• Mais do que conhecer o museu virtual, a atividade tem como objetivo colocar os alunos em contato

com a cultura e a realidade indígena. É importante dar tempo para que naveguem e explorem o site

do Museu, vejam documentos, leiam releases das exposições, etc.

Caso seja possível, agende uma visita dos alunos a algum escritório da Funai ou a uma aldeia

indígena de sua região.

ORIENTAçõES AO PROFESSOR

18

MT

19

MT

ETAPA 2: TERRITÓRIO INDÍGENA DO XINGU

Antes das atividades 1. Roda de conversa. Pergunte aos alunos o que eles sabem a respeito

do Parque Indígena do Xingu. Aborde questões como: onde se

localiza? Quando foi criado? Quais seus principais problemas?

Registre as informações levantadas pelo grupo num cartaz na própria

roda.

1. Organizar a sala em grupos para a pesquisa que poderá ser feita

em livros e/ou pela internet.

Grupos 1 e 2

• Localização do Parque Indígena do Xingu.

• História do Parque Indígena.

• Principais ameaças ao Parque.

Grupos 3 e 4

• Expedição Roncador.

• Irmãos Villas Bôas.

Grupos 4 e 5

• Povos indígenas do Parque Indígena do Xingu.

• Costumes tradicionais de cada povo.

Grupos 6 e 7

• O rio Xingu e seus afluentes.

• O direito dos povos indígenas.

2. Entregar aos alunos a Ficha 1 (Anexo 1) como orientação para o trabalho de pesquisa.

Atividade 1

Atividade 2 1. Seminário para apresentação da pesquisa. Dê a cada grupo 15

minutos para a apresentação do trabalho. Propor como reflexão:

Vocês concordam que as florestas sob a guarda dos povos indígenas na Amazônia brasileira

representam um imenso armazém de carbono e são fundamentais para o equilíbrio climático?

20

MT

FECHAMENTO DA ETAPA 2

1. Organizados em equipe, peça aos alunos que trabalhem na elaboração de um jornal sobre

os povos do Xingu.

2. Entregar aos alunos a Ficha 2 (Anexo 2) para autoavaliação.

21

MT

ANTES DAS ATIVIDADES

Item 1

• Informe aos alunos que esta etapa de estudos tem por objetivo o estudo do território indígena do

Xingu e a atuação dos irmãos sertanistas Leornardo, Cláudio e Orlando Villas Bôas.

ATIVIDADE 2

Item 1

• As Terras Indígenas (TIs) na Amazônia brasileira preservam 27% da área com florestas e abrigam 173

etnias. Além de serem fundamentais para a reprodução física e sociocultural dos povos indígenas,

as TIs são também áreas importantes para a conservação da biodiversidade regional e global,

impedem o desmatamento e funcionam como um imenso armazém de carbono. Para aprofundar

essa temática, indique aos alunos a leitura do documento do IPAM terras indígenas na amazônia

brasileira. Disponível em: http://ipam.org.br/wp-content/uploads/2015/12/terras_ind%C3%ADgenas_

na_amaz%C3%B4nia_brasileira_.pdf. Acesso em: 25 jan. 2016.

ORIENTAçõES AO PROFESSOR

21

MT

22

MT

ETAPA 3: OLHAR ÍNDIGENA

Antes das atividades 1. Roda de conversa. Estimule o debate. Pergunte: Por que razão o PIX

é hoje um cartão postal ameaçado? Será que existe uma forma de

desenvolvimento sustentável que preserve nossos rios e florestas?

Registrar a opinião dos alunos.

Atividade 2 1. Ler em voz alta para os alunos o texto que apresenta o

documentário da Funai À sombra de um delírio verde. Disponível em:

http://www.funai.gov.br/index.php/comunicacao/galeria-de-videoss

/165?view=pgvideo&institucionais_limitstart=0&sugeridos_limitstart=0#galeria. Acesso em: 5 fev.

2016.

2. Após a leitura, propor uma discussão a respeito do texto. Perguntar: Sobre que assunto trata o

texto? O que aconteceu com o território original dos Guarani Kaiowá, segundo o documentário da

Funai? Como você pensa que as autoridades brasileiras deveriam tratar esse problema? De que

forma esse problema nos atinge?

1. Pedir aos alunos que, em duplas, leiam o texto on-line um outro

nome para as mudanças climáticas: tudo que fere a terra fere aos

filhos da terra (Ailton Krenak). Disponível em: http://issuu.com/

amazonianativa/docs/mudan__as_clim__ticas_e_a_percep___?e=5907972/31993119#search. Acesso

em: 26 jan. 2016. E um resumo do texto, retirando dele as ideias que consideram importantes.

2. Roda de conversa para discutir o texto. Pergunte: O que vocês acharam do texto? Em que aspectos

concordam ou discordam de Ailton Krenak? Pergunte: Quem é Ailton Krenak?

Atividade 1

23

MT

FECHAMENTO DA ETAPA 3

1. Assistir com os alunos à animação O ciclo do carbono – Funai. Disponível em http://www.

funai.gov.br/index.php/comunicacao/galeria-de-videoss/2754?view=pgvideo&instituciona

is_limitstart=0&sugeridos_limitstart=0#galeria. Acesso em: 25 jan.2016.

2. Promover uma discussão a respeito do tema do documentário. Perguntar: Como podemos

fazer para tornar a terra um lugar melhor para se viver? Retome a questão trabalhada

durante esta etapa. Pergunte novamente: Qual a importância das terras indígenas para

preservação do meio ambiente?

3. Pedir aos alunos que, em duplas, escrevam um manifesto de apoio aos povos indígenas.

4. Entregar a Ficha 1 (Anexo 1) para autoavaliação dos alunos.

24

MT

ANTES DAS ATIVIDADES

Item 1

• Deixe que os alunos se expressem livremente. Com as leituras e vivências das etapas anteriores, eles

provavelmente têm ampliado seu conhecimento a respeito do tema e estão aptos para discutir essa

questão. Aproveite as respostas anotadas no cartaz para construir com eles um plano de ação para

o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Crie uma espécie de mapa mental com a informação

dada por eles e deixe o material exposto na sala de aula.

ATIVIDADE 1

Item 1

• O texto encontra-se na página 11 do documento, mas você deve incentivar os alunos a ler também

outros textos do mesmo documento.

• Explore com os alunos a frase dita por Ailton Krenak: “Tudo que fere a terra fere aos filhos da terra”.

Pergunte aos alunos como eles entendem essa ideia. Será que Ailton Krenak está certo? Em que

aspecto concordam com ele ou discordam dele?

• Em meio ao texto, Ailton Krenak faz uma denúncia, ele diz:

“As políticas do estado brasileiro associadas a grandes corporações estão barrando e mudando o

curso de nossos rios como o Xingu, o Tapajós, o rio Madeira. O ciclo das águas, a floresta e todos

esses ecossistemas estão sendo gravemente afetados”. Como rota alternativa, converse com os

alunos sobre a construção da usina de Belo Monte e a luta de ativistas, indígenas e povos ribeirinhos

para impedir que o projeto fosse adiante. Pergunte: Será que precisamos da energia mais que da

água para viver? O que acontecerá quando nossa água acabar?

• Ele também denuncia: “As aldeias estão cercadas por campos de soja, de onde são lançados veneno

pelo ar, afetando a vida das aves que fazem a polinização e disseminação de sementes ou dispersão

das sementes que refazem a vida das florestas, provocando o afastamento das abelhas e outros

polinizadores, além dos animais de caça que são expulsos pelos aviões lançadores de agrotóxicos”.

• Chame a atenção para o autor do texto. Caso eles tenham deixado passar despercebido, projete um

slide com a biografia do autor:

Ailton Krenak é jornalista, ambientalista e escritor da etnia krenak. Nasceu em 1953 na

região do Médio Rio Doce, no estado de Minas Gerais. Aos 17 anos, mudou-se com sua família

para o estado do Paraná, onde se alfabetizou, tornou-se um produtor gráfico e jornalista. Na

década de 1980, passou a dedicar-se exclusivamente ao movimento indígena. Eleito para o

Congresso Nacional, participou da Constituinte que elaborou a Constituição brasileira de 1988,

lutando para garantir os direitos indígenas.

• Explore o que há de curioso na biografia de Ailton Krenak: chame a atenção para o fato de ele ter

se alfabetizado aos 17 anos. Questione sobre as possíveis dificuldades que Ailton encontrou para

tornar-se um jornalista e mais tarde um ativista político.

ORIENTAçõES AO PROFESSOR

24

MT

25

MT

ATIVIDADE 2

Item 1

• Explore as similaridades existentes entre o texto de Ailton Krenak e a sombra de um delírio verde.

Pergunte as razões por que o texto da Funai tem esse título.

FECHAMENTO DA ETAPA 3

Item 3

• Explique aos alunos que manifesto é uma declaração pública que mostra o posicionamento de um

grupo de pessoas a respeito de um assunto de cunho social, político, ambiental ou econômico. É

característica desse tipo de texto anunciar a denúncia de um problema, alertar a sociedade e propor

intervenções. Na forma escrita, apresenta a seguinte estrutura:

a) Título.

b) Desenvolvimento do texto argumentativo que apresenta uma ideia, o tema do manifesto. Para

escrevê-lo, o grupo precisa usar argumentos sólidos em relação ao tema abordado.

c) Local, data e assinatura.

• Mostre aos alunos alguns exemplos de manifestos. A seguir, indicamos alguns links: http://www.

brasildefato.com.br/node/13053; http://www.cartacapital.com.br/politica/professores-lancam-

manifesto-em-defesa-da-educacao-publica; https://www.sosma.org.br/quem-somos/manifesto-2/.

Acesso em: 2 fev. 2016.

25

MT

26

MT

ETAPA FINAL – EF1, EF2 E EM

FECHAMENTO E SISTEMATIZAçÃO DAS REFLEXõES FEITAS AO LONGO DO PROJETO

Recursos necessários: Computador ou outro dispositivo com acesso à internet; editor de vídeo;

produção dos alunos nas etapas do projeto; outros materiais sugeridos pelos alunos.

Para refletir 1. Organizar uma roda de conversa para que os alunos compartilhem

suas experiências e opiniões a respeito deste projeto.

1. Propor a cada um que pense e escolha um ou dois momentos que

foram marcantes para ele neste projeto e anote no caderno.

2. Perguntar o que cada um anotou e por que acha que esses momentos foram especiais.

3. Estimular a discussão e a troca de ideias.

4. Para finalizar, propor que façam um desenho sobre essa experiência. Quem preferir pode escrever

em vez de desenhar.

Sobre os trabalhos de conclusão: gibis, propagandas, revista (EF1) e documentário (EF2 e EM).

1. Conversar sobre o trabalho de conclusão do projeto. Explicar que o trabalho poderá ser feito em

dupla, em trio ou em grupo e que os alunos poderão escolher como querem apresentá-lo. No caso

do EF1, a proposta é que elaborem gibis, propagandas ou revistas sobre os direitos indígenas. Para

criar as revistas e propagandas, eles deverão basear-se nos temas discutidos durante as etapas do

projeto. No caso do EF2 e EM, os alunos deverão trabalhar sobre um documentário que trate das

questões indígenas discutidas em sala de aula.

2. O importante é que este trabalho final possa traduzir o envolvimento dos alunos com os temas que

dizem respeito à história, aos saberes e aos indígenas.

3. Marcar a data das apresentações e também a data limite para que os alunos entreguem por escrito

sua proposta para o trabalho final. Avaliar com eles a viabilidade da proposta e dar o suporte

necessário para que possam realizá-la com sucesso.

Para retomar

2. Retomar algumas das questões propostas ao final de cada etapa para ajudar os alunos a pensar e a

opinar sobre a questão final deste projeto: Por que a terra é tão importante para os povos indígenas?

27

MT

Para finalizar 1. Após a apresentação dos trabalhos, formar uma roda e pedir a

cada um que reflita sobre seu envolvimento nas etapas do projeto e

compartilhe com os demais essa reflexão.

2. Ouvir a opinião dos alunos sobre o desenvolvimento das atividades ao longo das etapas do projeto e

dar feedbacks sobre o desempenho e o comprometimento da turma com as tarefas e com o trabalho.

3. Perguntar se gostariam de propor outros temas para projetos futuros que envolvam o patrimônio

cultural e histórico de Mato Grosso.

ANEXOSEF1

MT

ETAPA 1Ensino Fundamental 1

ANEXO 1

Professor(a): Data: / /

Nome: Número: Ano/turma:

1. O que você achou mais interessante nesta etapa do projeto? Por quê?

2. Qual foi a principal dificuldade que você sentiu? Por quê?

3. O que você mais gostou de aprender? Por quê?

ETA

PA

1 •

FIC

HA

1 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

MT

FIC

HA

14. Que outras observações você gostaria de fazer sobre esta etapa do projeto?

5. Sobre o documentário:

Acho importante conhecer a realidade das crianças guaranis.

Não vi o documentário.

Vi o documentário e gostei muito de escrever a carta à presidente da República pedindo a

demarcação das terras indígenas.

ETA

PA

1 •

FIC

HA

1 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

MT

ANEXO 1

Professor(a): Data: / /

Nome: Número: Ano/turma:

1. Em relação à pesquisa sobre o Parque Indígena do Xingu:

Gostei muito.

Prefiro trabalhar sozinho.

Somos muito diferentes, mas nos esforçamos e deu certo.

Participei pouco.

2. Em relação ao tema de estudos da Etapa 2:

Gostei muito de conhecer a história do Xingu.

Achei bem interessante.

Gostei um pouco.

Não gostei.

3. Duas coisas que gostei muito de aprender nesta etapa.

4. Descreva qual foi sua principal dificuldade nesta etapa de estudo.

ETA

PA

2 •

FIC

HA

1 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

ETAPA 2Ensino Fundamental 1

MT

ANEXO 1

ETAPA 3Ensino Fundamental 1

Professor(a): Data: / /

Nome: Número: Ano/turma:

1. O que você achou mais interessante nesta etapa do projeto? Por quê?

2. Qual foi a principal dificuldade que você sentiu? Por quê?

3. O que você mais gostou de aprender? Por quê?

ETA

PA

3 •

FIC

HA

1 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

MT

4. Que outras observações você gostaria de fazer sobre esta etapa do projeto?

5. Que similaridades existem entre as brincadeiras que você costuma fazer e a brincadeira das crianças

indígenas?

6. Que diferenças percebe entre seu modo de viver e o delas?

ETA

PA

3 •

FIC

HA

1 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

MT

ANEXOSEF2 E EM

MT

ANEXO 1

Professor(a): Data: / /

Nome: Número: Ano/turma:

FIC

HA

1ETAPA 1 ENSINO FUNDAMENTAL 2 E ENSINO MÉDIO

BRASIL INDÍGENA

1. Em duplas, ler o fôlder Brasil indígena – IBGE. Disponível em: http://indigenas.ibge.gov.br/images/pdf/

indigenas/folder_indigenas_web.pdf. Acesso em: 22 jan. 2016. Responder as questões a seguir.

Segundo o Censo 2010:

a) Quantos povos existem hoje no Brasil?

b) Quantas são as línguas faladas?

c) Quantos índios vivem na cidade?

d) Quantos vivem em terras indígenas?

e) Quais os principais troncos linguísticos?

f) Faça um resumo dos dados do fôlder (no verso da folha).

g) Crie um quadro — Você sabia? (Use os dados apresentados no fôlder.)

MT

ANEXO 2

ETAPA 1 ENSINO FUNDAMENTAL 2 E ENSINO MÉDIO

Professor(a): Data: / /

Nome: Número: Ano/turma:

1. Em relação às leituras do fôlder Brasil indígena:

Li integralmente.

Li mais de 50% dos textos.

Li menos do que 50% dos textos.

2. Em relação à qualidade da leitura:

Fiz uma leitura reflexiva, destacando os pontos básicos para serem discutidos.

Li o texto integralmente, mas não entendi os dados estatísticos.

Li apenas partes dos textos.

Não li os textos, nem os gráficos e nem o mapa.

3. Em relação aos momentos de reflexão e rodas de discussão:

Participei de todas as reflexões propostas.

Participei pouco.

Não consegui me interessar pelas discussões.

4. Depois dessa etapa de estudos, como você acha importante preservar a cultura e o modo de viver

dos povos indígenas? Por quê?

ETA

PA

1 •

FIC

HA

2 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

MT

5. Qual sua opinião a respeito do documentário feito pela TV Globo sobre as mulheres kamayurás?

ETA

PA

1 •

FIC

HA

2 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

MT

ANEXO 1

Professor(a): Data: / /

Nome: Número: Ano/turma:

ETA

PA

2 •

FIC

HA

1ETAPA 2ENSINO FUNDAMENTAL 2 e ENSINO MÉDIO

ORIENTAçÃO PARA PESQUISA

O governador Getúlio Vargas sob a ditadura do Estado Novo (1937-1945) decidiu ocupar de forma

definitiva as terras do interior do Brasil entendidas como “terras não ocupadas”. Organizou-se assim

a Expedição Roncador-Xingu, iniciada em 1944. A tarefa dos exploradores era abrir estradas e campos

de pousos que funcionariam como porta de entrada para o progresso e para a defesa militar da região.

Para esta ação, o governo desconsiderou completamente as etnias indígenas que viviam na região.

Entretanto, a atuação de três membros da Expedição, os irmãos Cláudio, Orlando e Leonardo Villas

Bôas, acabou por modificar o objetivo da frente colonizadora. Eles conseguiram estabelecer contato

amistoso com os povos indígenas, como os Xavante (contato feito em 1944) e posteriormente, em meio

à tarefa de abertura dos campos de pouso, os Villas Bôas fizeram contato com povos originários do Alto

Xingu: os Aweti, Kalapalo, Kamayurá, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Trumai, Wauja e

Yawalapiti.

Alguns desses povos, embora isolados, tinham sofrido uma diminuição em consequência de doenças

adquiridas pela presença de colonos brancos, pecuaristas e madeireiros que se aventuravam a viver no

limite de seu território.

Os irmãos Villas Bôas passaram então a desenvolver uma série de ações com vistas a proteger as

populações indígenas e seu modo de vida. Uma dessas ações resultou na criação do Parque Indígena do

Xingu (PIX).

1. Imagine-se como um historiador com a missão de contar para as gerações futuras a história do

Xingu. Use como fonte para a pesquisa livros, revistas e páginas disponíveis na internet. Indicamos:

— TV Brasil — Expedições — Parque Nacional do Xingu. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=1bXU6R-zLqc. Acesso em: 22 jan. 2016.

— PIB Social. Terras ocupadas? Território? Territorialidade? Disponível em:

http://pib.socioambiental.org/files/file/PIB_institucional/dgallois-1.pdf. Acesso em: 22 jan. 2016.

— Funai. Brasil indígena. Disponível em:

http://www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/ascom/2013/img/12-Dez/pdf-brasil-ind.pdf. Acesso em:

22 jan. 2016.

— Almanaque Parque Indígena do Xingu 50 anos. Disponível em:

http://loja.socioambiental.org/banco_imagens/pdfs/10380.pdf. Acesso em: 25 jan. 2016.

— Brasil Oeste. Disponível em: http://www.brasiloeste.com.br/. Acesso em: 25 jan. 2016.

— Estatuto dos Povos Indígenas. Disponível em:

http://www.cimi.org.br/site/pt-br/?system=paginas&conteudo_id=5710&action=read. Acesso em:

22 fev. 2016.

2. O resultado da pesquisa deverá ser mostrado em cartazes, apresentação do PowerPoint, dramatização

ou paródia musical.

MT

ETA

PA

2 •

FIC

HA

2 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

ANEXO 2

Professor(a): Data: / /

Nome: Número: Ano/turma:

1. Sobre a pesquisa:

Foi relativamente fácil desenvolver a pesquisa.

Tive dificuldade para fazer o levantamento de dados sobre o Parque Indígena do Xingu.

Não fiz a pesquisa.

2. Sobre as rodas de conversa para socialização do conhecimento:

Participei ativamente com ideias e perguntas.

Minhas contribuições enriqueceram a reflexão.

Participei ativamente, mas tive dificuldade para fazer perguntas.

Participei mais ouvindo que falando. Fiz pouca ou nenhuma interferência na apresentação dos

meus colegas.

Não gosto desses momentos. Para mim, eles são dispensáveis.

3. Por que você considera importante conhecer e preservar o entorno do Parque Indígena do Xingu?

ETAPA 2ENSINO FUNDAMENTAL 2 e ENSINO MÉDIO

MT

4. Destaque dois aspectos que considera importante comentar sobre os estudos referentes ao Parque

Indígena do Xingu.

5. Resuma sua aprendizagem nesta etapa do projeto.

ETA

PA

2 •

FIC

HA

1 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO

MT

ANEXO 1

ETAPA 3ENSINO FUNDAMENTAL 2 e ENSINO MÉDIO

ETA

PA

3 •

FIC

HA

1 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO Professor(a): Data: / /

Nome: Número: Ano/turma:

1. Em relação às leituras dos textos propostos para esta etapa:

Li integralmente.

Li mais de 50% dos textos.

Li menos do que 50% dos textos.

2. Em relação à qualidade da leitura:

Fiz uma leitura reflexiva, destacando os pontos básicos para serem discutidos.

Li o texto integralmente, mas não entendi os dados estatísticos.

Li apenas partes dos textos.

Não li os textos, nem os gráficos e nem o mapa.

3. Em relação aos momentos de reflexão e rodas de discussão:

Participei de todas as reflexões propostas.

Participei pouco.

Não consegui me interessar pelas discussões.

4. Depois dessa etapa de estudos, indique duas razões pelas quais você considera importante demarcar

e preservar as terras indígenas.

MT

5. Qual sua opinião a respeito dos problemas vividos pelos Guarani Kaiowá?

ETA

PA

3 •

FIC

HA

1 •

FIC

HA

DE

AU

TO

AV

AL

IAç

ÃO