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GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL INDUSTRIAL – E.F.M.
Av. Júlio Assis Cavalheiro, 2021, Industrial-CEP 85601-000-Fone/Fax (46) 3523-1385
Francisco Beltrão – Paraná[email protected]
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
FRANCISCO BELTRÃO, MAIO DE 2012
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 3
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE........................................................ 5
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA.............................................. 23
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS............................................... 30
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA............................... 41
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO............................. 56
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA............................................. 63
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA.................................................... 71
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA.......................................... 78
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA.............................................. .91
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA...................... 104
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA...................................... 118
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA.............................................. 134
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA....................................... 144
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA-INGLÊS....... 150
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA
ESTRANGEIRA-ESPANHOL (CELEM)........... …............................................................ 172
ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR – CULTURA E ARTE.............................184
187ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR – ESPORTE E LAZER.................... 186
SALA DE RECURSOS MULTI – FUNCIONAL – SALA DE APOIO...................................188
ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR – FECOMERCIO................................... 194
SALA DE RECURSOS MULTI – FUNCIONAL TIPO I – SALA DE RECURSOS............ 195
INTRODUÇÃO
O Colégio Estadual Industrial tem sua filosofia fundamentada na democracia e por
isso privilegia a participação de toda a comunidade na construção e no desenvolvimento
do seu Projeto Político Pedagógico. É uma instituição pública de educação, formada por
alunos, educadores e comunidade escolar. As atividade trabalhadas na escola são
constituídas e desenvolvidas com a participação ativa dessa comunidade, visando, não
apenas o acesso e a permanência dos alunos na escola, mas, sobretudo, a qualidade do
ensino através das diferentes áreas do conhecimento e do saber historicamente
produzido, facilitando ao aluno conhecer as tecnologias e ingressar no mundo das
ciências, com vistas à formação de um sujeito social, participante e atuante no processo
de transformação social.
A Proposta Pedagógica Curricular do Colégio Estadual Industrial, atende alunos do
Ensino Fundamental e Médio, distribuído nos três turnos, sendo 10 (dez) turmas de
Ensino Fundamental, nos períodos matutino e vespertino, 8 (oito) turmas do Ensino
Médio, nos períodos matutino e noturno, 02 (duas) turmas do Celem (Curso de L.E.M.-
Espanhol) que funciona uma nas segundas e quartas feiras e outra nas terças e quintas,
com um quadro funcional de 52 (cinquenta e dois) Professores e 11 (onze) Funcionários.
As famílias são de classe média, assalariadas, comerciantes e agricultores, sendo a
maioria dos educandos oriundos do Bairro Industrial e São Cristóvão. Recebe também
alunos da zona rural, das comunidades de Água Branca, Rio Tuna, Linha Macagnan, Alto
Boa Vista e Linha São Paulo.
O Colégio conta com instâncias colegiadas atuantes e participativas que
possibilitam o desenvolvimento do trabalho escolar, sendo:
APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários): desenvolve um trabalho
importante junto a direção com objetivo de levantar fundos para subsidiar diferentes
necessidades da escola, envolvendo toda a comunidade escolar;
O Grêmio estudantil tem como principal função representar os alunos diante da
direção e comunidade escolar, ou seja, ele é a “voz” dos alunos. Representar os alunos é
acima de tudo ouví-los e para isso é necessário que sejam mobilizados tanto os
estudantes do Ensino fundamental, quanto do médio para discutirem as possibilidades de
ação na escola e na comunidade e também é um espaço de aprendizagem, convivência e
luta por
3
seus direitos básicos.
Conselho Escolar: é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e
fiscal, que tem como objetivo a organização, o funcionamento e o desenvolvimento do
projeto pedagógico da escola;
Conselho de Classe: tem como objetivo acompanhar o processo avaliativo, através
da análise e interpretação dos aspectos da aprendizagem dos alunos.
Nesse contexto, a participação de todos é entendida como forma de compartilhar
as ações, na qual a comunidade escolar, ao tomar parte delas, o faz em prol da
democracia, por meio de um exercício de construção da cidadania, fazendo com que a
gestão democrática seja uma prática cotidiana, regida por princípios de reflexão e de
compreensão, para a implementação de um processo transformador da realidade e que
envolve, necessariamente, a formulação de um Projeto Político Pedagógico libertador.
Conforme dados obtidos através de pesquisa junto a comunidade escolar, percebe-
se que o bairro apresenta uma realidade multicultural e o Colégio em contato com essa
diversidade tem como compromisso garantir a participação de todos, sem discriminação,
seja ela de cunho cultural ou de alunos portadores de necessidades especiais. Re-
elaborando e sistematizando todos os conhecimentos oriundos desta diversidade, com
vista na formação de uma nova realidade cultural, objetiva-se a formação de sujeitos
cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres e capazes de intervir e exercer seu livre
arbítrio com coerência e criticidade em relação à cultura dominante.
Nesse sentido, os alunos constroem sua cidadania no confronto consciente de
seus direitos e deveres, na sua vivencia diária através do exercício democrático de
participação atingindo sua autorrealização como pessoa humana.
Com as mudanças significativas nos diferentes campos do conhecimento obtidos
pelos avanços das ciências, chega a escola um novo desafio, que é de trabalhar os
conhecimentos através da contextualização social, pela reflexão, análise e síntese
envolvendo todo o coletivo escolar. Portanto, é necessário que educadores educandos
tenham acesso às leituras, espaço de análise, debates e produções, no sentido de
entender as situações postas pelo contexto social, visando desafiar e enfrentar de forma
coerente, ética o momento histórico, para poder atuar como cidadão promovendo as
mudanças em prol de uma sociedade mais justa, humana e solidária.
Portanto, além dos conteúdos e das diferentes áreas do conhecimento, cada
disciplina escolar desenvolve conhecimentos que contemplam os desafios educacionais
contemporâneos, como: Educação Ambiental, Educação Fiscal, Direitos Humanos,
4
Enfrentamento a Violência Escolar, a Prevenção ao Uso de Drogas, Educação do Campo,
História da Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena (esse conteúdo tem um maior
aprofundamento nas disciplinas de História, Geografia, Filosofia e Sociologia), e
Educação Sexual (trabalhada com maior ênfase nas disciplinas de Educação Física,
Artes, Ciências e Biologia). Estas temáticas serão trabalhadas nas diferentes áreas do
conhecimento, articuladas aos conteúdos de cada disciplina.
A Escola é um espaço originário da atuação dos educadores. Porém nesse espaço
nem sempre é mantida uma relação dialética com a sociedade. Esse é o desafio principal
das escolas e dos educadores, precisando criar esse movimento trazendo-o para dentro
das escolas, permeando todos os conteúdos curriculares e todo o fazer pedagógico. Para
isso, entender, analisar e enfrentar essa realidade, fazendo com que no processo
dialético de trabalhar o conhecimento, possa desvelar e explicar as contradições
subjacentes as práticas pedagógicas.
1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES
1.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Em 1971 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 5.692, o
ensino da arte passa a ser obrigatório no currículo escolar, visando uma orientação
técnica e, como não havia uma escola superior que formasse profissional para ministrar a
disciplina, o Conselho Federal de Educação regulamentou as licenciaturas em Educação
Artística, embora a lei enfatizasse o processo expressivo e criativo dos alunos, a disciplina
tinha cunho puramente tecnicista. Atualmente a formação de professores de arte (cursos
universitários) é específico para cada linguagem artística: Artes Plásticas, Artes Cênicas,
Desenho Geométrico e Música.
Segundo a atual legislação, a Arte passa a vigorar como área do conhecimento
e trabalho, tendo sido incluída como componente obrigatório na educação básica com
2h/a semanais por série, abrangendo as linguagens artísticas: Artes visuais, Música,
Teatro e Dança.
A Proposta Curricular da disciplina de Arte passa a ser elaborada para atender os
alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, do Colégio Estadual
5
Industrial, que atende alunos da classe Média, visando a produção do plano de trabalho
da disciplina segundo o Projeto Político Pedagógico da escola, procurando desenvolver
nos alunos a criatividade, a sensibilidade, o conhecimento cientifico, o estético e o
cultural, inserindo também neste contexto os portadores de necessidades especiais
através de diversas atividades e recursos. Estaremos contemplando também a Cultura
Afro, a inclusão social e racial, bem como os aspectos que abrangem a Agenda 21 e a
Educação do Campo.
Isso ocorre através do trabalho realizado em conjunto envolvendo os docentes da
área, com um planejamento participativo estimulando a construção do saber, levando o
aluno a apreciar, contextualizar e produzir.
A Arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e
nesse processo o sujeito também se recria por meio de suas criações e amplia e
enriquece a realizada já humanizada pelo trabalho. No ensino da arte, há possibilidades
de resgatar o processo de criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância
de criar.
A Arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a
cultura por meio das manifestações expressas em bens materiais e imateriais. É possível
considerar que toda a produção artística e cultural é um modo pelo qual os sujeitos
entendem e marcam a sua existência no mundo.
O ensino de arte amplia o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos
estéticos, artísticos e contextualizadas, aproximando-o do universo cultural da
humanidade nas suas diversas representações.
A articulação dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados, aliados a
práxis no ensino da arte, possibilitam a apreensão dos conteúdos específicos da disciplina
e das possíveis relações entre seus elementos constitutivos, balizando-se para isso os
conteúdos estruturantes propostos para esta disciplina, conteúdos estes, selecionados a
partir de uma análise histórica, com base num projeto de sociedade que visa a superação
das desigualdades e injustiças vindo a constituir-se em uma abordagem fundamental para
a compreensão da disciplina.
A disciplina de Arte no Ensino Fundamental e no Ensino Médio ainda exige
reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento, sendo que ela não
representa ou reflete a realidade, mas também é realidade percebida, idealizada ou
abstraída.
O Ensino da Arte passa a constituir uma possibilidade para os alunos exercitarem
6
suas corresponsabilidades de uma vida cultural individual e coletiva mais digna, sem
exclusão de pessoas por preconceitos de qualquer ordem. O objeto de estudo e de
conhecimento de Arte é a própria arte e o aluno tem de se confrontar com a arte nas
situações de aprendizagem frente a uma sociedade construída historicamente e em
constante transformação.
Toda a produção artística e cultural é modo pelo qual os sujeitos entendem e
marcam a existência no mundo, aprofundando as linguagens artísticas, reconhecendo
conceitos e elementos comuns das diversas representações culturais, em todos os
contextos.
A Arte é linguagem por tratar-se de um sistema de representação que utiliza
principalmente signos não verbais (cor, luz, sombra, forma, som, expressão corporal, etc.)
com os quais o artista/aluno, com alguma intenção compõe uma obra, atribuindo
significado a esses elementos. Se arte é linguagem, pressupõe leitura, e é nessa
decodificação, na fruição estética, que o apreciador torna-se quase um coautor, pois
retira/empresta à obra significados tantos quantos forem sua capacidade de leitura e
história de vida. Cresce em conhecimento de si mesmo, de mundo e em humanidade.
O aluno desenvolve sua cultura de arte, fazendo, conhecendo e apreciando
produções artísticas que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o
recordar, o imaginar, o sentir, o expressar e o comunicar.
Para compreender a Arte como trabalho criador ou criação
artística parte-se do fato do trabalho configurar toda a ação
histórica e socialmente desenvolvida pelo homem sobre a
natureza (ou sobre o mundo humanizado). Assim, o ser
humano vem produzindo sua existência e se constituindo
como ser histórico e social. (DCE 2008, p. 66)
Na disciplina de Arte, pretende-se levar o aluno à compreender novos conceitos,
aprimorar seus conhecimentos em arte através de um processo criador. Educar os alunos
em arte é possibilitar um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade
além das aparências, com a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das
possibilidades de fruição, sendo que arte é conhecimento, ideologia e trabalho criador.
De acordo com as propostas das Diretrizes,(p. 56, 2009),
Sob tal perspectiva, Vásques (1978) aponta três interpretações fundamentais da arte a
serem consideradas:
7
• Arte como forma de conhecimento;
• Arte como ideologia;
• Arte como trabalho criador.
No Ensino Fundamental e Ensino Médio serão abordados os conteúdos
estruturantes que são fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de Arte
envolvendo as artes visuais, teatro, música e dança.
As Artes Visuais, dança, música e teatro serão contemplados no Ensino
Fundamental na disciplina de Arte através dos conteúdos estruturantes que possibilitam à
organização dos conteúdos específicos permitindo uma correspondência entre as
linguagens, levando à compreensão dos aspectos significativos dos objetos de estudo.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte para o Ensino Fundamental e
Médio são os elementos formais, a composição e os movimentos e períodos. Os
elementos formais, organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,
constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes
movimentos e períodos.
O Ensino de Arte para o Ensino Fundamental será efetivado no sentido de:
• Desenvolver propostas que permitam ao aluno compreender os diferentes
processos em arte propondo atividades que possibilitem resgatar as
características próprias do aluno buscando desencadear o processo criativo
e sensitivo de cada um.
• Proporcionar ações educativas que permitam suscitar novas concepções
acerca da arte, respeitando e preservando as diversas manifestações da
arte, utilizadas por diferentes grupos sociais e étnicos, interagindo com o
patrimônio nacional e internacional, a qual devemos conhecer e
compreender em sua dimensão sócio-histórica.
• Desenvolver os sentidos humanos (ver, ouvir e sentir) de forma criadora,
despertando no educando a sua sensibilidade (emoção estética) a partir da
familiarização cultural e do trabalho com os saberes artísticos.
• Promover o conhecimento e produções artísticas nas quatro expressões: na
escrita, na plástica, no corporal e no musical, bem como a valorização das
produções artísticas de agentes transformadores que contribuam para a
formação cultural de diversos povos.
8
Na disciplina de Arte no Ensino Médio os objetivos propostos são:
• Apreciar produtos de arte, em suas varias linguagens, desenvolvendo tanto
a fruição quanto a analise estética, conhecendo, analisando, refletindo e
compreendendo critérios culturalmente construídos e embasados em
conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico, sociológico,
antropológico, psicológico, cientifico e tecnológico, dentre outros.
• Levar o aluno a compreender o relacionamento entre as artes visuais e
outras modalidades artísticas adquirindo conhecimento em relação a historia
da arte, desenvolvendo atividades praticas e de pesquisa, compreendendo a
evolução dos seres humanos nas diferentes culturas.
• Propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens
culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam
utilizar-se desses conhecimentos e ampliar o seu modo de vê-las.
1.2 CONTEÚDOS
1.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL
6º Ano
1º Trimestre
Áreas Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos
Artes
Visuais
Teatro
Ponto
Linha
Superfície,
Textura - Volume
(Expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais)
Personagem
Ação,
Bidimensional
Figurativa, geométrica
Simetria
Técnicas: pintura, escultura e
arquitetura
Gêneros: cenas da mitologia
Enredo, Roteiro, Espaço
Cênico, Adereços, Jogos
Teatrais
Técnicas: jogos teatrais , teatro
indireto e direto, improvisação,
Greco-Romana
Arte Pré-história
Teatro Oriental
Teatro Medieval
9
Espaço manipulação e mascara
Gêneros: tragédia, comédia e
circo
2º TrimestreArtes
Visuais
Música
Dança
Forma
Cor
Luz
Altura/Duração
Intensidade
Timbre
Densidade
Movimento
Corporal, tempo
Ação - Espaço
Figurativo
Cenas de Mitologia
Técnicas: pintura, escultura,
arquitetura
Ritmo Melodia
improvisação
Movimentos Articulares , Fluxo
(livre e interrompido)
,Deslocamento (direto/indireto) ,
Improvisação
Gênero (circular)
Arte Africana
Greco-romana
Oriental
Ocidental
Africana
3º Trimestre
Artes
Visuais
Dança
Ponto - Linha
Superfície,
Textura, Volume
Forma, Cor, Luz
Movimento corporal
tempo e espaço
Bidimensional
Figurativo, Geométrico
Simetria
Kinesfera – Eixo
Ponto de apoio
Movimentos articulares
Fluxo livre e interrompido,
rápido e lento
Formação: níveis (alto, baixo e
médio)
Arte Africana
Arte Oriental
Dança e Teatro no
Renascimento
Dança Clássica
Pré historia
10
Teatro
Personagem:
expressões
corporais, vocais,
gestuais e faciais.
Ação
Espaço.
Deslocamento – direto e indireto
Dimensões – pequeno e grande
Técnica, improvisação
Gênero – circular
Improvisação
7º Ano
1º Trimestre
Áreas Elementos
Formais
Composição Movimentos e Períodos
Artes
Visuais
Dança
Ponto
Linha
Forma
Cor
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Proporção
Tridimensional
Abstrata
Técnica: pintura,
Figura fundo
Ponto de Apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre,interrompido, conduzido)
Lento, rápido e moderado
Níveis (alto, médio e baixo)
Formação e direção
Gênero: Folclórico, popular e étnica
Arte Indígena
Renascimento
Barroco
Dança
Popular/Africana/Indígen
a/Brasileira/Paranaense
Arte Popular.
11
2º Trimestre
Artes
Visuais
Teatro
Textura
Luz
Ponto
Volume.
Personagem:
expressão
corporal, vocal,
gestual e facial
Ação
Espaço
Técnica – pintura e escultura,
modelagem
Abstrata
Figurativo
Perspectiva.
Representação
Leitura dramática
Cenografia
Gêneros: rua e arena,
caracterização
Técnicas: jogos teatrais, mimica,
improvisação, formas animadas
Arte Popular
Teatro Popular/
Brasileira/Paranaense
Teatro Africano
Comédia dell’
3º Trimestre
Artes
Visuais
Música
Forma
Cor
Luz
textura
Volume
Superfície
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Gênero: paisagem, retrato e
natureza morta
Técnica – pintura e gravura
Perspectiva
Figura e fundo
Ritmo
Melodia
Escalas
Gêneros Folclóricos, indígenas,
popular e étnico
Técnicas: vocal, instrumental, mista
e improvisação
Arte Popular
Arte Brasileira/
Paranaense
Música Popular e
Étnica (Ocidental e
Oriental)
8º Ano
12
1º Trimestre
Áreas Elementos
Formais
Composição Movimentos e Períodos
Artes
Visuais
Música
Linha
Forma
Textura
Intensidade
Densidade
Altura
Duração
Timbre
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Técnica: desenho, fotografia,
audiovisuais e mista.
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnica: vocal, instrumental e mista
Industria Cultural
Arte do Século XX
Industria Cultural
Eletrônica: Rap, Rock,
tecno minimalistica.
2º Trimestre
Artes
Visuais
Dança
Linha
Cor
Luz
Textura
Forma
Volume
Superfície
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Contraste, Semelhança
Desenho , Fotografia
Áudio-visual
Estilização, Deformação
Técnicas: desenho e fotografia
Gêneros: arte no sec. XX
Giro, rolamento, saltos, aceleração
e desaceleração,
Direções: frente, atrás, direita e
esquerda
Improvisação , Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Industria cultural e
Arte do Século XX
Dança Moderna
Expressionismo
Arte contemporânea.
Dança moderna
Hip Hop
Musicais
13
espetáculo
3º Trimestre
Artes
Visuais
Teatro
Dança e
música
Forma
Luz
Cor
Volume
Personagem
Expressão
corporal,
vocal, facial e
gestual
Ação e
espaço
Movimento
Corporal
Semelhança
Ritmo Visual
Fotografia
Audiovisual
Representação no cinema e mídias
texto dramático
Maquiagem
Sonoplastia e Roteiro
Técnicas: Jogos teatrais, sombra e
adaptação cênica
Representação dança, teatro e
musica
Improvisação
Gêneros: arte contemporânea
Técnicas: audiovisual e mista
Expressionismo
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
9º Ano
1º Trimestre
Artes
Visuais
Ponto
Linha
Forma
Cor
Luz
Superfície
Bidimensional
Tridimensional
Figura fundo
Realismo
Muralismo
Arte Latino-americana
14
Teatro
Dança
e
Música
Personagem
Ação
Espaço
Expressão
corporal, vocal,
gestual e facial
Representaçõe
s de dança
teatro usando
expressões
corporais.
Técnicas: monólogo, jogos teatrais,
direção, ensaio, teatro -Fórum
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Música
Improvisação
Gêneros: Arte Contemporâneas
Técnicas: audiovisual e mista.
Teatro Engajado
Teatro Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
Vanguarda
2º Trimestre
Artes
Visuais
Dança
Superfície
Volume
Forma
cor luz
Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Tridimensional
Figura fundo
Gêneros: paisagens urbanas
Técnicas: pintura
Kinesfera
Ponto de apoio
Peso
Fluxo
Queda
Salto, Giro, Rolamento
Extensão (perto e longe)
Coreografia e deslocamento
Gênero: performance e moderna
Vanguarda
Dança Moderna
Dança Contemporânea
15
3º Trimestre
Artes Visuais
Música
TexturaLuzLinhaForma Superfície
DuraçãoTímbreIntensidadeDensidade
Ténica – GrafiteGênero: paisagens criativasRitmo Visual
MelodiaHarmoniaGênero: popular, folclórico e étinicoTécnica vocal, instrumental e mistaRitmo Visual
Arte de Vanguarda
Música engajadaMúsica popular BrasileiraMúsica ContemporâneaHip Hop
1.2.2 – ENSINO MÉDIO
1º ANO
1º TRIMESTRE
ÁREAS ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSArtes
visuais
teatro
Cores
Ponto
Linha
Forma
Textura
Espaço -
Tempo
Personagem:
expressão
corporal,
gestual, facial,
ação e espaço
Bidimensional
Tridimensional
Figura e fundo
Figurativo e Abstrato
Semelhança
Técnica – pintura, desenho
Contraste
Deformação
Técnicas: jogos teatrais, teatro
direto e indireto, mímica, ensaio,
Gêneros: tragédia, comédia,
drama
Expressionismo e
impressionismo
Idade media
Idade contemporânea
Teatro greco-romano
Arte moderna
16
2º TRIMESTRE
ÁREA
S
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOSArtes
visuais
dança
Movimentos
corporais
Cores
Ponto
Linha
Forma
Textura
Tempo
Espaço
Duração
Gêneros: paisagem, natureza
morta e cenas do cotidiano
Técnicas – instalação , harmonia,
ritmo visual,
Proporção
Técnicas: formação inicial, níveis
altos, médios e baixos, salto e
queda, direção, rotação,
deslocamento, performance,
coreografia, improvisação,
melodia,
Dança clássica
Dança folclórica/popular
Pré-história
Arte brasileira
Arte paranaense
Arte
contemporânea/conceitua
Hip-Hop
3º TRIMESTRE
ÁREAS ELEMENTO
S FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSArtes
visuais
Música
Cor, Ponto
Linha, Forma
Textura
Superfície
volume
Luz e
sombra
Altura,
duração e
densidade
Timbre e
intensidade.
Técnica: escultura, performance,
perspectiva
Bidimensional e tridimensional
Ritmo, melodia, harmonia,
escalas, modal, tonal e fusão de
ambos
Gêneros: erudito, clássico,
popular, étnico, folclórico.
Renascimento
Arte brasileira e
paranaense
Música clássica
Música popular
Surrealismo
Música oriental, ocidental
e africana
Música popular brasileira
17
2ª ANO
1º TRIMESTRE
ÁREA
S
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSArtes
visuais
teatro
Cores
Ponto
Linha
Forma
Textura
Espaço
Tempo
Personagem:
expressão
corporal,
gestual, facial,
ação e
espaço
Bidimensional e Tridimensional
Simetria
Cinema
Fotografia
Historia em quadrinhos
Gêneros: teatro direto, indireto,
mímica, teatro fórum, roteiro,
ensaio, encenação e leitura
dramática
Técnicas: teatro fórum, roteiro,
encenação e leitura, dramática.
Gênero – épico, dramaturgia,
representação nas mídias
caracterização, cenografia,
sonoplastia, figurino e
iluminação, direção e produção
Cubismo
Impressionismo
Arte moderna e
contemporânea
Arte digital/ Op-Art
Industria cultural
Teatro engajado
Teatro dialético
Teatro oprimido
Teatro pobre e de
vanguarda
Teatro renascentista
Teatro latino-americano
Teatro realista
simbolista e de rua
2º TRIMESTRE
ÁREAS ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSArtes
visuais
dança
Cor, Ponto
Linha, Forma
Textura,
Superfície,vol
ume
Luz e sombra
Movimentos
Técnica de pintura
Gravura
Serigrafia
Kinesfera
Ponto de apoio
Cubismo
Pop-Art
Dança clássica
Dança indígena
Dança africana
Dança de salão
Hip-Hop e Dança
18
corporais
Tempo
Espaço
Peso, fluxo, queda, salto, giro,
rolamento, extensão.
contemporânea
Danças modernas
3º TRIMESTRE
AREAS ELEMENTO
S FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERIODOSArtes
visuais
Música
Cores
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Luz
Altura,
intensidade,
timbre,
densidade,
duração,
Escultura/ modelagem
Estilização
Cenas do cotidiano
Técnicas musicais: vocal,
instrumental, eletrônica,
informática e mista e
improvisação
Arte contemporânea
Arte brasileira/ paranaense
Fouvismo
Arte egípcia
Industria eletrônica
Arte moderna
Arte da vanguarda
Industria cultural
Engajada, vanguarda,
Ocidental, Oriental,
Africana e Latino
Americana
1.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A Arte é uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias
intelectuais, culturais, políticas e econômicas, pois os sujeitos são construções históricas
que influem e são influenciados pelo pensar, fazer e fruir arte.
Na metodologia da disciplina de Arte, buscar-se-á formas originais e
interdisciplinares de expressão de ideias com o grupo, promovendo observações,
experimentações, discussões e analises em que se possa entrar em contato não só com
a forma e as linguagens técnicas, mas também com as ideias e reflexões propostas pelas
diferentes formas de arte.
As atividades do Ensino Fundamental e Ensino Médio serão realizadas através
da teoria, da explanação oral, da comparação com imagens reais, releitura de obras,
19
imagens em transparências, e atividades plásticas.
É através da exploração de materiais e técnicas vinculadas a produção artística
que possibilitam ao aluno a familiarização com as variadas linguagens artísticas.
A área de Arte contribui para ampliar o entendimento e a atuação dos alunos
ante os problemas vitais que estão presentes na sociedade de nossos dias.
A pesquisa cientifica, a prática dos trabalhos, as apresentações individuais e
em grupos, a produção de roteiro de teatro, a exposição através de transparências, os
cartazes e a utilização de sucatas, são fundamentais para o aluno desenvolver suas
potencialidades.
Nas Artes Visuais são explorados o bidimensional, o tridimensional e o virtual,
podendo trabalhar as características especificas contidas na imagem, na estrutura, na cor,
na superfície, nas formas e na disposição desses elementos no espaço.
Os principais elementos a serem estudados na dança são o movimento, o
espaço, as ações, a dinâmica e o ritmo, inter-relacionados.
Na linguagem musical será explorado a história da música e as propriedades
do som, propiciando repertórios pessoais, culturais e composições.
Tanto no teatro quanto na dança poderão ser explorados as possibilidades de
improvisação e composição, levando o aluno a compreensão da realidade ou do
imaginário, transcendendo os limites.
As práticas artísticas e estéticas em música, artes visuais, dança, teatro e artes
audiovisuais, além de possibilitarem articulações com as demais linguagens da área
favorecendo a formação da identidade e de uma nova cidadania do jovem, forma uma
consciência de uma sociedade multicultural, onde o aluno confronta seus valores, crenças
e competências culturais no mundo no qual está inserido.
A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas
sociais historicamente constituídas pelos sujeitos. Desvelar essas culturas propicia o
autoconhecimento, visto que os sujeitos são formados por e pelas relações culturais.
O fazer arte e pensar sobre o que se realiza, pode garantir ao aluno sempre uma
aprendizagem contextualizada em relação a valores e meios de produção artísticos das
diferentes sociedades, em diferentes épocas. Para isso é importante que o aluno adquira
gradualmente autonomia para aprender a buscar a informação desejada, ser um indivíduo
investigador e que saiba dividir o que aprendeu. É preciso que o aluno esteja em contato
constante com temas e atividades que o ajudem a compreender criticamente o seu
momento pessoal e o seu papel como cidadão numa sociedade.
20
Através da apreciação das obras de arte o aluno compreende a estética, pois
criticar esteticamente é ensinar a ver, ouvir, criticar, interpretar a realidade a fim de
ampliar as possibilidades de fruição e expressão artística.
Ao contextualizar a história da arte, este deve ser um processo contínuo que
focaliza, em dado momento histórico o registro do sentimento estético e da visão do
artista diante dos acontecimentos que o envolvem ou envolveram. Conhecendo a história
da arte, o aluno poderá estabelecer relações mais profundas com a produção,
possibilitando intervir e reinventar a sua obra. O aluno deverá relacionar-se com a arte de
diversas épocas e estilos, conhecendo os diferentes elementos que entraram na sua
composição, construindo um conhecimento teórico-prático sobre o assunto.
1.4 AVALIAÇÃO
Avaliar em Arte, refere-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas,
tanto em seus aspectos experimentais (práticos), quanto conceituais (teóricos), pois a
avaliação consistente e fundamentada permite ao aluno posicionar-se em relação aos
trabalhos artísticos estudados e produzidos.
Deve-se considerar o histórico de cada aluno e sua relação com atividades na
escola, observando a qualidade dos trabalhos em seus diversos registros (sonoros,
textuais ou audiovisuais), guiando-se pelos resultados obtidos, pode-se planejar algumas
formas criativas de avaliação como roda de leitura, textos, avaliação de pastas de
trabalho, audição musical, produção de vídeos, dramatizações, etc., tendo por fonte
materiais alternativos que podem favorecer a compreensão dos conteúdos na disciplina.
A avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno
entre os conhecimentos em Arte e a sua realidade, tanto na produção individual, quanto
na coletiva.
É interessante que os alunos participem da avaliação dos seus e dos trabalhos de
seus colegas, manifestando seu ponto de vista, o que contribuirá para ampliar o processo
de aprendizagem de cada um, sendo através de produção individual e coletiva num
processo formativo e permanente onde os alunos também participam se auto-avaliando e
avaliando a produção de seus colegas e as produções coletivas.
A avaliação precisa ser um estimulo ao desenvolvimento artístico cultural dos
alunos. A pesquisa cientifica, a elaboração pratica dos trabalhos, as apresentações
individuais e em grupos, a produção de roteiro de teatro, a exposição de trabalhos, etc,
são atividades avaliadas através do potencial criador de cada um.
21
Através da avaliação, podemos detectar as dificuldades e progressos de cada
aluno a partir da sua própria produção, sendo o suporte para a qualidade dos processo de
ensino e aprendizagem, onde o professor pode rever sua prática pedagógica que
possibilite ao aluno se dirigir para a apropriação do conhecimento.
A avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo aluno
em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas
em suas criações e produções, definindo aonde se quer chegar, e estabelecendo os
critérios para em seguida escolherem os procedimentos que serão utilizados nos
processos de ensino-aprendizagem.
Em suma, a avaliação será individual ou coletiva, de forma diagnóstica, contínua,
permanente, levando em consideração a criatividade, a expressividade, a sensibilidade e
a imaginação, analisando o processo de desenvolvimento no desempenho dos trabalhos.
Através de provas teóricas e práticas, trabalhos individuais e coletivos, seminários,
dentre outros, será diagnosticado o desenvolvimento, para o planejamento e
acompanhamento da aprendizagem. Levando em consideração o desempenho de cada
aluno, tendo em vista os critérios de avaliação dos conteúdos contemplados em cada
série; compreensão da realidade diante do que está sendo estudado. Criatividade na
criação, expressando sua sensibilidade e imaginação através das modalidades artísticas
trabalhadas durante o ano letivo. O ensino de Arte visa as seguintes expectativas de
aprendizagem:
- A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a Arte e sua relação
com a sociedade contemporânea;
- A produção de trabalhos de Arte visando à atuação do sujeito em sua realidade
singular e social;
- A apropriação prática e teórica dos modos de composição da Arte nas diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
A recuperação paralela deverá acontecer imediatamente após diagnosticar a não
apropriação dos conteúdos trabalhados, utilizando novas metodologias e formas
avaliativas (provas, pesquisas, apresentações, etc.), para que ocorra o entendimento dos
mesmos.
1.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, F. A Cultura Brasileira, 5ª ed, São Paulo: Melhoramentos, ed USP, 1971.
BARBOSA, Ana Mae. A Imagem no Ensino da Arte. São Paulo: Perspectiva, S.P. 1996.
22
__________, Arte e Educação: Conflitos e Acertos. São Paulo, Copirraite, l985.
FERRAZ, Maria: FUSSARI, Maria. Metodologia do Ensino da Arte. Ed Cortez: S.P.
1993.
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau.
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná, Curitiba, 1990.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,
2008.
OSTROWER. Fayga. Criatividade e Processos de criação. Petrópolis: Vozes. 1987.
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte
para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
SEED. Colégio Estadual Industrial. Regimento Escolar. Francisco Beltrão. 2008.
2 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
2.1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objetivo principal desvendar a vida, no planeta
Terra, como ela começou, como ela se modificou durante a evolução histórica e aonde
vamos chegar.
Durante milhares de anos, o homem tem buscado estas respostas, e ainda não
chegamos a elas, na sua totalidade. Na antiguidade pensadora e estudiosa, através de
suas interpretações filosóficas já começaram a questionar sobre a VIDA.
Sabe-se que as considerações sobre a VIDA, como um todo, sempre estiveram
subordinadas aos momentos históricos pelos quais a humanidade tem passado.
A igreja com sua visão teocêntrica, muito influenciou os estudiosos da época na
Idade Média. Já na Revolução Industrial, muitas concepções foram modificadas,
determinando a queda do poder arbitrário da Igreja.
Na Renascença, Leonardo Da Vinci, Carlos Linné, foram expoentes nas áreas
de Ciências.
Dentro dos conhecimentos históricos, ainda no século XVI, Francis Bacon,
contribuiu para uma nova visão da Ciência, propondo o método indutivo, baseado no
controle metódico e sistemático da observação, e não mais na pura explicação da Igreja
Católica, para tudo o que não tinha explicação cientifica. Ainda no século XVII, Francesco
23
Redi, lança novo olhar sobre as teorias da origem da vida, contrapondo-se a geração
espontânea, defendida por Aristóteles e outros cientistas.
No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da vida é
questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Devemos
ressaltar, neste momento, o naturalista Charles Darwin, que com suas pesquisas, produto
de suas viagens, questiona a imutabilidade dos seres vivos, introduzindo a teoria da
evolução das espécies.
Em 1865, Gregor Mendel, apresenta suas pesquisas sobre a transmissão das
características hereditárias, lembrando que naquela época, Mendel não tinha e não
conhecia os mecanismos das estruturas celulares em sua total complexidade.
No século XX, com a descoberta do microscópio eletrônico, as ideias de Mendel
se confirmam e o homem passa a ter uma visão detalhada dos mecanismos
intracelulares.
Surge então, em pleno século XX, o pensamento biológico da manipulação
genética, demarcando a condição do homem em compreender a estrutura físico-química
dos seres vivos e as consequentes alterações biológicas.
No Brasil, a busca da ciência passa por inúmeras fases e transformações,
acompanhando as mudanças globais.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) apontaram como objeto de
estudo da disciplina o fenômeno em toda sua "diversidade de manifestações", porém os
conceitos básicos de Biologia são apresentados de forma reducionista, descaracterizando
os conhecimentos historicamente constituídos.
Hoje o que se vê é a descaracterização do objeto de estudo da disciplina de
Biologia e a necessidade de sua retomada.
É importante perceber que os conhecimentos Biológicos foram construíveis
num processo, dentro de uma caminhada histórica, na qual, em cada período foi
desenvolvido práticas biológicas relacionadas ao seu momento temporal.
Nestes últimos cem anos, a partir da Revolução Industrial, o planeta Terra sofreu
inúmeras
transformações e a ciência também, mas na maioria das vezes despreparada e inerte
para os
problemas que resultaram destas modificações.
A Biologia atual deve absorver as práticas biológicas vivenciadas no passado,
que desencadearam ações positivas e aprender com seus erros a modificar o presente e
24
preparar o futuro.
O educando deve construir seus conhecimentos biológicos de forma crítica,
refletiva, sua visão do mundo deve ser analítica, ele não deve acomodar-se com o
conhecimento que chega pronto, deve sempre procurar buscar o equilíbrio de sua
formação, neste momento, ele passa a ter um comportamento bioético, pois as novas
situações (clonagem, células-tronco, transgênicos, transplante de órgãos, etc.) que
passam a vivenciar no seu cotidiano social e escolar vão provocar neles, mudanças de
conceitos devem estar pronto para analisar e formar sua opinião, a partir de suas
vivências.
2.2. OBJETIVOS
A Biologia tem como objetivo levar o aluno a se preocupar com os fenômenos
naturais e a explicação racional da natureza, contribuindo para a formação de sujeitos
críticos, reflexivos e atuantes, por meio de conteúdos, desde que ao mesmo tempo
proporcionem o entendimento do objeto de estudo, em toda sua complexidade de
relações, ou seja, na organização dos seres vivos; no funcionamento dos mecanismos
biológicos; do estudo da biodiversidade no âmbito dos processos biológicos da
variabilidade genética, hereditariedade, relações ecológicas; e das implicações dos
avanços biológicos no fenômeno VIDA.
2.3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos do Ensino Médio da disciplina de Biologia seguem as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná.
Estes conteúdos que formam a estrutura da Biologia são interdependentes, mas
devem ser abordados de forma íntegra. Devem proporcionar que ocorra a
interdisciplinaridade dos diversos conhecimentos nas mais diversas áreas. Mas estar
pronto sobre as possíveis mudanças que com certeza irão ocorrer vindos das mais
diferentes áreas de conhecimento. O conhecimento biológico não deve ser algo
"estanque", isolado, mas sempre parte de um todo maior, de um conhecimento científico
maior.
A cultura afro-brasileira será contemplada juntamente com os conteúdos
estruturantes em todas as séries no decorrer da aprendizagem dos três anos do Ensino
Médio, respeitando as tendências regionais.
2.3.1. OS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES FORAM ASSIM DEFINIDOS:
25
Organização dos seres vivos - este conteúdo proporciona conhecer as características
dos seres vivos, suas diferenças e semelhanças. A partir disso, possibilita ao
educando a compreensão da vida, à sua volta, como sistemas organizados, mas
integrados entre si. Desta maneira podem-se entender as características e fatores
que determinam o aparecimento e extinção de algumas espécies durante a trajetória
de vida no planeta Terra.
Mecanismos Biológicos - neste conteúdo estruturante propicia-se o conhecimento dos
mecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam.
Obviamente, se faz necessário para o entendimento dos sistemas, o conhecimento
fragmentado, separado de cada órgão componente do sistema.
Biodiversidade - este conteúdo promove o crescimento da variabilidade genética, a
diversidade dos seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a
natureza.
Implicações dos avanços biológicos no fenômeno VIDA - neste conteúdo, trata-se dos
avanços da engenharia genética, da biologia molecular e os aspectos bioéticos. A
Ciência e a Tecnologia, são conhecimentos produzidos pelos seres humanos e
interferem no contexto de vida da humanidade. Não se pode frear a biotecnologia,
mas deve-se entender suas implicações de forma ampla.
2.3.2. CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos;
-Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia;
- Mecanismos de desenvolvimento embriológico;
- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;
- Teorias Evolutivas;
- Transmissão das características hereditárias;
- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente;
- Organismos geneticamente modificados.
1º ANO - ENSINO MEDIO
1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTREConceito de ser vivo;
Características dos
Composição química da
célula (orgânica e
Cromossomos nos
eucariontes,
26
seres vivos;
Bioética;
Níveis de organização dos
seres vivos;
Teoria da Abiogênese e
Biogênese.
Hipótese autotrófica e
heterotrófica.
inorgânica);
Citologia (estrutura celular,
organelas citoplasmáticas,
núcleo e membrana
plasmática);
Diferenças entre célula
animal, vegetal e
procarionte.
Vacinas (histórico e
produção).
Anticorpos – sistema
imunológico.
Divisão celular (mitose e
meiose);
Reprodução
Doenças sexualmente
transmissíveis
DNA e RNA;
Reprodução
Doenças sexualmente
transmissíveis DTS
Histologia animal e
histologia vegetal.
Biotecnologia, células
tronco, transgênico,
transplantes.
2º ANO - ENSINO MEDIO
1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTREOrganização dos seres
vivos;
Vírus- reprodução e
doenças causadas por
vírus;
DST e AIDS;
Reino monera – doenças
causadas por bactérias;
Reino Protista.
Reino Fungi;
Reino animal
(invertebrados)
Anatomia e fisiologia dos
invertebrados.
Reino animal (platelmintos,
anelídeos, nematelmintos,
artrópodes, moluscos,
peixes, anfíbios, repteis,
aves e mamíferos) fisiologia
animal;
Reino vegetal, anatomia e
fisiologia vegetal;
Sistema (digestão,
respiração, circulação,
endócrino e excreção e
nervoso).
3º ANO - ENSINO MEDIO
1º TRIMESTRE 2º TRIMESTRE 3º TRIMESTREReprodução; 2ª Lei de Mendel; Ecologia;
27
Sexualidade e métodos
anticoncepcionais;
Embriologia;
Bioética;
Genética (conceitos,
genealogia), transmissão
das heranças, primeira Lei
de Mendel.
Grupos sanguineos (sistema
ABO e Fator RH);
Herança do sexo;
Interação gênica;
Mapeamento genético,
herança genética.
Ciclos biogeoquímicos;
Teoria da Evolução.
2.4. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O Ensino de Biologia nos três anos do Ensino Médio precisa ser organizado de
forma que o aluno, partindo de uma visão, ainda do ensino fundamental, onde os diversos
assuntos trabalhados eram abordados dentro da maturidade restrita da sua idade, deve a
partir de agora, enfocar de maneira aprofundada todos os aspectos biológicos/físicos e
químicos dos diversos assuntos que serão focados durante a duração do curso.
O aluno deve ser levado a:
a) interagir com o meio ambiente;
b) problematizar todas as abordagens biológicas;
c) utilizar suas práticas sociais como forma de desenvolver seu intelecto.
A metodologia utilizada irá se basear no método da Pedagogia Histórico Crítica
(Gasparim, 2005). Iremos partir da prática social e problematização para fazer a
instrumentalização e avaliação voltando para a prática social, articulando a organização
dos seres vivos, mecanismos biológicos, biodiversidade e a manipulação genética.
Sabendo que estes conhecimentos são passíveis de alterações ao longo da história do
homem. Para isso se faz uso de aulas expositivas, produção de textos, experimentos,
desenhos, livros didáticos, leitura complementar, relatos de experiências, debates,
recursos audiovisuais, visitas a indústrias, laboratórios, universidades, jogos didáticos,
feiras, revistas, vídeos, softwares.
Desde o ensino da célula, passando pelos seres vivos, genética, cultura afro-
brasileira e africana, prevenção do uso de drogas, sexualidade e educação ambiental,
todos os assuntos abordados devem promover a interação de todos os alunos e disciplinas
28
afins. Isto será possível através de palestras com profissionais da área, seminários,
teatros, entrevistas, pesquisa, trabalhos, etc.
2.5. AVALIAÇÃO:
A avaliação, como método diagnóstico, exerce uma função essencial no
processo de ensino e aprendizagem.
O aluno deve ser avaliado de forma sistemática, para que o aluno possa ser
avaliado de diferentes formas e não apenas de um mesmo enfoque. Deve-se utilizar
provas objetivas e provas subjetivas, em número mínimo de duas, dentro de cada
trimestre. Durante este período deve ser proporcionado ao aluno outras formas de
expressão do conhecimento, como:
-Pesquisas de campo,
- Pesquisas bibliográficas
- Murais
- Trabalhos no Laboratório
- Feira de Ciências
- Debates
A recuperação paralela é essencial e deve ocorrer de forma que os assuntos
diagnosticados como não assimilados de forma adequada pelos alunos sejam retomadas
metodologicamente de forma diferenciada, objetivando a melhor assimilação dos
conteúdos e o sucesso do ensino aprendizagens, lembrando que esta recuperação é
contínua e qualitativa. A verificação da apropriação do conhecimento poderá se adequada,
através de provas, trabalhos objetivando o sucesso da aprendizagem.
2.6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996 - Diretrizes e Bases da Educação
Nacional. Editora do Brasil S/A.
CHASSOT. A ciência através dos tempos. 2.ed. São Paulo. Moderna, 2004.
LINHARES, Sérgio. Biologia. Volume Único - Ed. Ática, São Paulo, 2005. PARANÁ,
Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de
Educação Básica do Estado do Paraná - Biologia. Curitiba-Pr, 2007.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública
do Paraná. 3.ed. Curitiba: SEED, 1997.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia Atual -Volume Único. Ed. Ática, 2006.
29
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, Colégio Estadual Industrial, 2006.
SAVIANE, D. Pedagogia Histórico-Crítica: primeiras aproximações. 5.ed. Campinas:
Autores Associados, 1995. SILVA, Júnior César-Biologia-8 ed. São Paulo Saraiva, 2005.
3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
3.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo de Ciências sem interação direta com os fenômenos naturais ou
tecnológicos deixa enorme lacuna na formação dos estudantes. Diferentes métodos ativos
com a utilização de observações, experimentação, jogos, diferentes fontes textuais para
obter e comparar informações despertam o interesse dos alunos pelos conteúdos e
confere sentido à natureza e à ciência, a tecnologia, a matéria e ao ser humano.
Em Ciências, o desenvolvimento de posturas e valores envolve muitos aspectos da
vida social, da cultura, do sistema produtivo e das relações entre o ser humano, a natureza
e a tecnologia. A valorização da vida em sua diversidade, a responsabilidade em relação à
saúde e ao ambiente, bem como a consideração de variáveis que envolvem um fato, o
respeito às provas obtidas por investigação e a diversidade de opiniões e a interação nos
grupos de trabalho, são elementos que contribuem para o aprendizado de atitudes, para
saber se posicionar crítica e construtivamente diante de diferentes questões. Incentivo às
atitudes de curiosidade, de persistência na busca e na compreensão das informações, de
preservação do ambiente e sua apreciação estética, de apreço e respeito à individualidade
e à coletividade no processo ensino e aprendizagem.
Através do estudo de Ciências,os estudantes estabelecem uma compreensão da
natureza como um todo dinâmico, e do ser humano, como agente de transformações do
mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros
componentes do ambiente. Relação esta que desencadeia o processo de produção de
conhecimento e influencia diretamente nas atitudes humanas associadas a aspectos de
ordem social, econômica, política e cultural.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza
o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua complexidade.
Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza,
30
resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria,
movimento, força, campo, energia e vida; identificar relações entre conhecimento
científico, produção de tecnologia e condições de vida no mundo de hoje, em sua evolução
histórica; compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas,
sabendo elaborar opiniões sobre riscos e benefícios das práticas científicas – tecnológicas,
bem como sua influência fiscal; compreender a saúde pessoal, social e ambiental como
bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes,
também a prevenção ao uso indevido de drogas, a sexualidade humana e o enfrentamento
à violência. Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida.
3.2 - CONTEÚDOS
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação, propõem, que o ensino de
Ciências aconteça por integração conceitual e que estabeleça relações entre os
conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos estruturantes da disciplina
(relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes das outras disciplinas do
Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os conteúdos científicos
escolares e o processo de produção do conhecimento científico (relações contextuais).
(PARANÁ,2008)
Assim são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história
da Ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no
Ensino Fundamental. São eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade, que são saberes fundamentais capazes de organizar teoricamente os
campos da disciplina essenciais para a compreensão de seu objeto e de áreas afins. Tais
conteúdos estruturantes serão trabalhados de 6º a 9º anos do Ensino Fundamental,
buscando a articulação com os conteúdos específicos. Diante da proposta de inclusão, a
cultura Afro-brasileira e Africana apresenta enfoque em conteúdos afins que estão
apresentados nos conteúdos específicos de cada série.
A disciplina de Ciências, possibilita o acesso aos conhecimentos através de uma
fundamentação sistemática, inserida no currículo escolar, abrangendo os avanços
científicos desenvolvidos socialmente, apresentados de forma a superar a fragmentação e
os equívocos científicos.
A seleção dos conteúdos de ensino de Ciências deve considerar a relevância dos
mesmos par o enfrentamento do mundo no atual período histórico.
31
Na disciplina de ciências os conteúdos estruturantes são construídos a partir da
historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além
de estruturar a disciplina frente ao processo de especialização do seu objeto de estudo e
ensino. Estes conteúdos possibilitam os estudos e as discussões sobre a origem do
Universo, através de conteúdos mínimos necessários para o entendimento de questões
astronômicas e suas relações com a natureza e os objetos de estudo como do método
científico na disciplina de ciências.
Os conteúdos básicos são conhecimentos fundamentais para cada série da etapa
final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a
formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O
acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se
encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.
Nesta Proposta Pedagógica os conteúdos básicos estão apresentados por série e
devem ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica
curricular das escolas. Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem
ser suprimidos nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos,
de modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que a constitui como
conhecimento especializado e sistematizado.
Os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da disciplina,
com o tipo de abordagem teórico-metodológica que devem receber e, finalmente, com as
expectativas de aprendizagem aos quais estão atrelados. Portanto, as Diretrizes
Curriculares fundamentam essa seriação/sequência de conteúdos básicos e sua leitura
atenta e aprofundada é imprescindível para compreensão do quadro.
No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens diversas a
depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante, quando
necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre considerando-se o
aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino, é o lugar da criação
pedagógica do professor, onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas
histórica, social e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas
realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã.
O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará a
expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas
discussões coletivas.
6º ano
32
1º Trimestre
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Astronomia Universo
Sistema Solar
Movimentos Terrestre
e Celeste
Astros
-Teoria Heliocêntrica e Geocêntrica.
-Características dos corpos celestes.
-Movimentos de Rotação e Translação dos
planetas constituintes do sistema solar.
Matéria Constituição da
matéria
-Matéria: constituição, propriedades e
transformações.
-Terra: crosta, solos, rochas, minerais, manto
e núcleo.
2º TrimestreConteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Matéria Constituição da
matéria
-Água: composição e fundamentos
teóricos( estados físicos: pressão e vasos
comunicantes)
-Água e saúde.
-Atmosfera.
Sistemas
biológicos
Níveis de organização
celular
-Características gerais, orgânicas e
fisiológicas dos seres vivos.
-Teoria celular.
-Níveis de organização celular.
3º TrimestreConteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Energia Formas de energia
Conversão de energia
Transmissão de
energia
-Formas, conversão, transmissão, fontes,
irradiação, convecção e condução.
Biodiversidade Organização dos seres -Diversidade das espécies
33
vivos
Ecossistema
Evolução dos seres
vivos
-Níveis de organização dos seres vivos.
-Fenômenos metereológicos e catástrofes
naturais
* Durante o ano envolver as seguintes relações:
RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida,
fósseis.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: território brasileiro, lendas indígenas, leituras de
diferentes narrativas, medidas de grandeza, pinturas rupestres, renascença; esportes
aquáticos.
RELAÇÕES CONTEXTUAIS: instrumentos astronômicos, história da astronomia, inovação
tecnológica, fermentação, contaminação da água, desertificação, minerais e a tecnologia
(jóias, relógios e outros), mineração, sismógrafos, poluição do solo, poluição da água,
queimadas e desmatamentos, manejo do solo para a agricultura, compostagem,
contaminação do solo, contaminação dos aquíferos, tratamento da água, lixo tóxico,
aquecimento global, biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores
hidráulicos, lixo e ambiente, coleta seletiva de lixo, tratamento de esgotos, reservas
ambientais, código floresta brasileira, fauna brasileira, ameaça de extinção, ocupação da
mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da mata ciliar, exploração da mata
das araucárias, tráfico de animais, panela de pressão, ultra-sonografia, máquinas
fotográfica, óculos, telescópios, poluição sonora.
7º ano
1ºTrimestre
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Astronomia Astros
Movimentos
Terrestres e Celestes
-Eclipses, estações do ano,
-Sol: composição e produção de energia.
Matéria Constituição da
matéria
-Formação, constituição e evolução do planeta
terra e sua atmosfera.
Energia Formas de energia
Transmissão de
-Energia luminosa, solar, luz, cores, radiações e
energia térmica.
-Fotossíntese e processo de conversão de
34
energia energia na célula
2º TrimestreConteúdo
Estruturante
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Biodiversidade Origem da vida
Organização dos
seres vivos
Sistemática
-Origem da vida: teorias evolutivas e eras
geológicas.
-Biodiversidade e evolução das espécies
animais e vegetais.
-Classificação dos seres vivos em reinos:
taxonomia e filogenia.
3º TrimestreConteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Biodiversidade Organização dos
seres vivos
-Interrelações ecológicas entre seres vivos e o
ambiente.
Sistemas
Biológicos
Célula
Morfologia e
fisiologia dos seres
vivos.
-Organização celular
-Constituição, tipos e evolução celular.
-Mecanismos celulares: funções e relações entre
órgãos e sistemas animais e vegetais.
* Durante o ano envolver as seguintes relações:
RELAÇÕES CONCEITUAIS: efeito estufa, camada de ozônio, ação do vento,
luminosidade, tornados.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: literatura brasileira e os casos de doenças, influência
da altitude na prática de esportes, medidas de grandeza, localização geográfica,
distribuição
dos seres vivos no planeta, crescimento da população humana, doenças e condições
sociais de moradia, representação da natureza em obras de arte.
RELAÇÕES CONTEXTUAIS: ação humana nos ecossistemas, espécies exóticas,
desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da caça e
pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar, balões e aviões, instrumentos de vôo,
35
aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura,
instituições governamentais e ONGS, tecnologia na produção vegetal: estufas, bactérias e
degradação do petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, biotecnologia dos fungos,
automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência
do ser humano na produção de frutos, saneamento básico, vacinas e soros.
8º ano
1º Trimestre
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Astronomia Origem e Evolução do
Universo
-Origem e evolução do Universo
-Fundamentos da classificação cosmológica
(galáxia, estrelas, planetas, asteróides,
meteoros....)
Matéria Constituição da
matéria
-Matéria: constituição e modelo atômico,
átomo, íon, elemento químico e ligações
químicas.
-Lei de conservação das massas.
-Compostos orgânicos e a relação com a
constituição dos organismos vivos
2º Trimestre
Conteúdo
Estruturante
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Sistemas
Biológicos
Célula
Morfologia e fisiologia
dos seres vivos
-Constituição química dos organismos vivos.
-Célula: morfologia e fisiologia das organelas
celulares.
-Estrutura e funcionamento dos tecidos, órgãos
e dos sistemas digestório, cardiovascular,
respiratório, excretor e urinário
3º Trimestre
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
36
Energia Formas de energia -Energia química, mecânica e nuclear.
Biodiversidade Evolução dos seres
vivos
-Teorias evolutivas.
* Durante o ano envolver as seguintes relações:
RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: evolução cultural do ser humano, formas de
comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e
exportação de alimentos, práticas esportivas.
RELAÇÕES CONTEXTUAIS: raças e preconceito, fome e desnutrição, questões de
higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e
bulimia, melhoramento genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sanguíneos,
transfusões e doações, soros e vacinas, medicamentos, terapia gênica, CTN bio, influência
da alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização
Mundial da Saúde.
9º ano
1º Trimestre
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Conteúdos Específicos
Astronomia Astros
Gravitação
Universal
- Leis de Kepler e Newton
-Fenômenos terrestres
Matéria Propriedades da
matéria
-Propriedades gerais e específicas da matéria.
2º TrimestreConteúdo
Estruturante
Conteúdos
Básicos
Conteúdos Específicos
Sistemas
Biológicos
Morfologia e
fisiologia dos seres
vivos;
Mecanismos de
-Estrutura e funcionamento dos sistemas
nervoso, sensorial, reprodutor, endócrino e
locomotor
37
herança genética. -Herança genética - conceitos/1ª Lei de Mendel
3º TrimestreConteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Conteúdos Específicos
Energia Formas de energia
Conservação de
energia
-Energia: fontes, conversores e conservação.
-Fundamentos da física: movimento,
deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho
e potência.
-Energia elétrica e magnetismo.
Biodiversidade Interações
Ecológicas
- Ciclos biogeoquímicos
- Relações ecológicas
* Durante o ano envolver as seguintes relações:
RELAÇÕES CONCEITUAIS: fontes de energia renováveis e não renováveis, ilhas de
calor, máquinas simples, alavancas, polia, engrenagens.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade,
medidas de grandeza, o contexto da revolução científica, instrumentos musicais, órgãos
sensoriais e a arte.
RELAÇÕES CONTEXTUAIS: instrumentos e medidas, tecnologia em produtos de
eletrônica, dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário, biodisel,
corantes e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgotos, biógas, adubos e
fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia,
instrumentos e escalas termométricas, acidentes, forno microondas, lâmpadas, chuveiro
elétrico, consumo de energia elétrica residencial, bússola, microfone, para-quedas e asa
delta, tecnologia da comunicação, reprodução humana assistida, Projeto Genoma
Humano, gravidez precose, DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais.
3.3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A disciplina de Ciências deve estudar os fenômenos naturais, o conhecimento dos
seres vivos e do corpo humano, iniciando por conteúdos específicos, porém não podemos
deixar de lado o conhecimento prévio do aluno (urbano ou de campo), o contexto social e
as inter-relações com outras disciplinas. Desta forma, amplia-se e sedimenta-se o
conhecimento da disciplina.
O encaminhamento metodológico não pode ficar restrito a um único método. São
38
possibilidades metodológicas: observação e trabalho de campo, jogo de simulação
desempenho de papéis, visitas (fazendas, museus, projetos individuais e em grupo,
redação de cartas para autoridades, palestras, fóruns, debates seminários, conversação
dirigida...). Outras atividades que estimulam o educando ao trabalho coletivo são as que
envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações,
histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições, feiras, etc.
Podemos usar recursos pedagógicos como slides, fitas VHS, DVDs, CDs, CD –
ROMs educativos e softwares livres,TV pendrive, dentre outros. Também podemos
divulgar a produção dos alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes, a
interação entre os alunos e destes com a produção científico tecnológica, como maquetes,
quadros comparativos, gráficos, tabelas, gincanas, combinando leituras, observações e
registros para coleta de dados, realizando comparações entre explicações, organização,
comunicação e assim, discutindo fatos e informações; sempre contextualizando os
conteúdos estruturantes e específicos da disciplina de Ciências.
Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a
construção coletiva do conhecimento.
Diante da proposta da inclusão e da cultura Afro-brasileira da escola será
necessário uma abordagem específica mediante um diagnóstico referente a metodologia e
conteúdos e avaliação para um melhor rendimento e aproveitamento do conteúdo.
3.4. AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos escolares e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº. 9394/96, deve ser
contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Uma possibilidade de valorizar aspectos
qualitativos no processo avaliativo seria considerar o que Hoffmann (1991) conceitua como
avaliação mediadora em oposição a um processo classificatório, sentencioso, com base no
modelo “transmitir-verificar-registrar”. Assim, a avaliação como prática pedagógica que
compõe a mediação didática realizada pelo professor é entendida como “ação, movimento,
provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação
educativa."Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias,
reorganizando-as” (HOFFMANN, 1991, p. 67).
A avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que deve ser
considerado em direta associação com os demais. Encaminha o professor para a reflexão
39
sobre a eficácia de sua prática educativa, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica
para que o aluno aprenda, possibilitando também à equipe escolar definir prioridades em
suas ações educativas.
Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-aprendizagem do
estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares
e do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa para
sua vida
A avaliação se inicia quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos
prévios e continua a se evidenciar durante toda a situação escolar, é resultado de um
acompanhamento contínuo e sistemático e de momentos específicos de formalização,
demonstrando as metas de formação de cada etapa alcançada.
Devemos utilizar diferentes instrumentos e situações para poder avaliar diferentes
aprendizagens, sendo feita em clima afetivo e cognitivo com critérios explícitos e claros
para o professor e o aluno. São formas de avaliação possíveis: individuais, coletiva, oral,
escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado observação sistemática das
aulas, sobre perguntas, respostas, registros, debates, entrevistas, pesquisas, filmes,
experimentos, desenhos, e assim façam trabalhos de pesquisa e conclusão, participem em
debates, relatórios de leituras experimentos, provas dissertativas ou de múltipla escolha,
desenhos, cartazes, histórias em quadrinhos...
A recuperação de estudos paralela será contínua em cada trimestre, retomando o
conteúdo, sempre que necessário, com novas metodologias, levando-se em consideração
as dificuldades apresentadas.
Em relação à inclusão precisamos ter critérios e métodos apropriados diante das
dificuldades individuais apresentadas.
A avaliação e a recuperação de estudos estão de acordo com o Projeto Político
Pedagógico e Regimento Escolar do Colégio Estadual Industrial.
3.5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Carlos ( Coleção de 5ª a 8ª) Ciências: O Meio Ambiente, Os Seres Vivos, O
Corpo Humano, Física e Química. São Paulo: Ática, 1998.
CONSTRUINDO CONSCIÊNCIAS. Ação e Pesquisa em Educação em Ciências. São
Paulo: Scipione, 2006.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências. (Coleção de 5ª a 8ª) São Paulo: Ática, 2002.
Manual do professor da coleção: Vivendo Ciências– São Paulo. FTD, 1999.
40
HOFFMANN, J.M.L. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Educação e
Realidade, Porto Alegre,1991.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública
de Educação Básica do Estado do Paraná - Ciências. Curitiba-Pr, 2008.
PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,
2008.
4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
4.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação é um processo que atua na formação do homem, que está presente em
todas as sociedades humanas e é inerente ao homem como ser social e histórico. Sua
existência está fundamentada na necessidade de formar gerações mais novas,
transmitindo-lhes seus conhecimentos, valores e crenças dando-lhes possibilidades para
novas realizações.
É de fundamental importância que esta evolução ocorra, e esta reformulação do
Currículo Básico é a base principal. Vemos a evolução com bons olhos, já que a mesma
se dá através de uma produção social, ou seja, está sendo construído coletivamente e,
procurando respeitar o contexto histórico, a realidade de cada escola.
A disciplina de educação Física tem grande relevância na situação histórica que ora
vivemos, pois possibilita ao individuo através das mais variadas formas de linguagem e
comunicação, que não necessariamente as formais, a busca de seu espaço na sociedade,
a auto – afirmação, seu resgate como ser humano e cidadão critico e consciente de seus
diretos e deveres, que sabe respeitar mas que também gosta e quer se sentir respeitado,
além de seu auto conhecimento, de conhecer, e respeitar seus próprios limites e
limitações, e suas capacidades.
A Educação Física passou através dos tempos por varias transformações, atingindo
em alguns momentos da maturidade, um senso critico amparado pela comunidade
cientifica e cultural. Hoje se faz necessário um repensar sobre as necessidades atuais de
ensino, buscando a superação de uma visão fragmentada de homem e de sociedade,
onde devemos buscar o sentido da coletividade e do tratamento igualitário, bem como a
formação do cidadão omnisciente, conhecedor de si próprio. De uma forte acepção
41
marcada pelas ciências da natureza, a Educação Física permite abordagem biológica,
antropológica, psicológica, filosófica e política das praticas corporais, justamente por seu
constituinte interdisciplinar.
Apesar disso, a Educação Física não pode ser um apêndice das demais disciplinas
e projetos da escola, nem um momento de compensação às atividades em sala de aula,
onde se premia ou pune o aluno conforme o comportamento nas demais disciplinas.
Ela é parte integrante do processo de escolarização e como tal, deve articular – se
ao Projeto Político Pedagógico da escola, Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo
e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere como disciplina ao garantir o
acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas
corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um
ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se
como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.
Considerando os antecedentes históricos da Educação Física, busca-se superar
formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a superação é
entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada objeto de
análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido,
procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade,
relacionando-o às práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.
Desde os primórdios dos tempos que a vida humana em sociedade se desenvolve
pelas relações do homem com a natureza, e com o próprio homem. Nessa relação, o
homem desenvolveu varias habilidades físicas e organizacionais, com o intuito de superar
obstáculos. Outras manifestações corporais eram realizadas em festas, em rituais, nas
celebrações dos frutos dos trabalhos.
Sendo assim, o trabalho é para o homem histórico, que ao longo do tempo vem
assumindo diferentes papéis. No capitalismo tornou – se alienante, desumanizador, criou
estereótipos, disciplinou, o que são características essenciais para atender a produção
capitalista.
Há que se propor, então, discussões teóricas acerca da área de conhecimento da
disciplina de Educação Física, da necessidade de se compreendê-la em um contexto mais
amplo, como parte integrante de uma totalidade que interage social, política, econômica e
culturalmente. Precisamos entender de que forma o capitalismo dita as regras do pensar e
do agir sobre o corpo, e qual a sua influencia em nossa pratica pedagógica, sendo pra
tanto, necessário nosso entendimento de que:
42
“(...) o profissional de Educação Física precisa compreender-se como
aquele intelectual responsável pela organização e sistematização
competente e critica das praticas corporais conscientes do homem e suas
determinações pelas relações com o trabalho, a linguagem e o poder,
elementos estruturantes de uma sociedade cindida em classes e,
consequentemente, em interesses antagônicos. O trabalho, no sentido de
transformação da condição natural do homem, produzindo, este, a sua
própria historia. Porém, esta produção da historia (cultura) não se dá sem
um substrato ideológico que determina as formas de linguagem. A
conformação dos signos sociais ( palavras, gestos, etc.) se dá sempre num
contexto de relações sociais e orientações ideológicas ( ... ) . Finalmente,
as relações de poder, também orientadas pelo jogo de forças determinado
ideologicamente pela própria cultura, que cristaliza a condição dos sujeitos
em determinada estrutura social. Pensar a Educação Física no interior da
escola, sem pensar os seus determinantes culturais é, como a sua história
bem tem demonstrado, torná–la acéfala. “ ( OLIVEIRA, 1998, p. 126)
Compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa entender
que ela é composta por interações que se estabelecem nas relações sociais, políticas,
econômicas e culturais dos povos.
É partindo dessa posição que as novas Diretrizes apontam a Cultura Corporal como
objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a
formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais
decorrentes. A ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o
acervo de formas e representações do mundo que o ser humano tem produzido,
exteriorizadas pela expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e
esportes. Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação
simbólica de realidades vividas pelo homem (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Portanto, a Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se
tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade
corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
Para tanto, se utiliza de conteúdos estruturantes, que são definidos como os
conhecimentos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os
campos de estudos de uma disciplina escolar, e de elementos articuladores que permitem
integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e contextualizada e,
43
portanto, não podem ser entendidos como conteúdos paralelos, nem tampouco
trabalhados apenas teoricamente e/ou de maneira isolada.
4.2 CONTEÚDOS
A seguir, cada um dos Conteúdos Estruturantes será tratado sob uma abordagem
que contempla os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos,
históricos, sociais, econômicos, culturais, bem como elementos da subjetividade
representados na valorização do trabalho coletivo, na convivência com as diferenças, na
formação social crítica e autônoma.
De acordo com as Diretrizes Curriculares os Conteúdos Estruturantes propostos
para a Educação Física na Educação Básica são os seguintes:
• Esporte;
• Jogos e brincadeiras;
• Ginástica;
• Lutas;
• Dança.
4.2.1 - ESPORTE
Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas esportivas,
além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na rede pública de
ensino.
Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se ao
fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades físicas,
destrezas motoras, táticas de jogo e regras.
Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante esporte, os professores devem considerar os
determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do esporte ao longo dos
anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa prática corporal. Portanto, nas
Diretrizes, o esporte é entendido como uma atividade teórico-prática e um fenômeno social
que, em suas várias manifestações e abordagens, pode ser uma ferramenta de
aprendizado para o lazer, para o aprimoramento da saúde e para integrar os sujeitos em
suas relações sociais.
A exacerbação e a ênfase na competição, na técnica, no desempenho máximo e
nas comparações absolutas e objetivas fazem do esporte na escola uma prática
pedagógica potencialmente excludente, pois, desta maneira, só os mais fortes, hábeis e
44
ágeis com seguem viver o lúdico e sentir prazer na vivência e no aprendizado desse
conteúdo.
Superar isso é um dos grandes desafios da Educação Física, o que exige um
trabalho intenso de redimensionamento do trato com o conteúdo esporte na escola,
repensando os tempos e espaços pedagógicos de forma a permitir aos estudantes as
múltiplas experiências e o desenvolvimento de uma atitude crítica perante esse conteúdo
escolar.
4.2.2 - JOGOS E BRINCADEIRAS
Nas Diretrizes, os jogos e as brincadeiras são pensados de maneira complementar,
mesmo cada um apresentando as suas especificidades. Como
Conteúdo Estruturante, ambos compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a
percepção e a interpretação da realidade.
No caso do jogo, ao respeitarem seus combinados, os alunos aprendem a se mover
entre a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de seu
aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as
possibilidades de flexibilização das regras e da organização coletiva. As aulas de
Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a subordinação de
um sujeito a outros. É interessante reconhecer as formas particulares que os jogos e as
brincadeiras tomam em distintos contextos históricos, de modo que cabe à escola valorizar
pedagogicamente as culturas locais e regionais que identificam determinada sociedade.
Assim, as crianças e os jovens devem ter oportunidade de produzirem as suas formas de
jogar e brincar, isto é, ter condições de produzirem suas próprias culturas.
Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de relevância para o
desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do real
através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos pais e, por outro, à escola
fomentar e criar as condições apropriadas para as brincadeiras e jogos.
Não obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-los como tal. Tanto
os jogos quanto as brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados, conforme a
realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a valorização das
manifestações corporais próprias desse ambiente cultural.
Os jogos também comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para
que sejam adaptadas, conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as
possibilidades das ações humanas.
45
Torna-se importante, então, que os alunos participem na reconstrução das regras,
segundo as necessidades e desafios estabelecidos. Para que os princípios de
sobrepujança sejam relativizados, os próprios alunos decidem como equilibrar a força de
dois times, sem a preocupação central na mensuração do desempenho.
Através do brincar (jogar) o aluno estabelece conexões entre o imaginário e o
simbólico. Almeja-se organizar e estruturar a ação pedagógica da Educação Física, de
maneira que o jogo seja entendido, apreendido, refletido e reconstruído como um
conhecimento que constitui um acervo cultural, o qual os alunos devem ter acesso na
escola (COLETIVO DE AUTORES, 1992).
Nesta perspectiva, não se pode esquecer dos brinquedos que, no seu processo de
criação, envolvem relações sociais, políticas e simbólicas que se fazem presentes desde
sua invenção.
Dessa maneira, como Conteúdo Estruturante da disciplina de Educação Física, os
jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades que ampliam a percepção e
a interpretação da realidade, além de intensificarem a curiosidade, o interesse e a
intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes atividades.
4.2.3 - GINÁSTICA
Nas Diretrizes Curriculares, ( 2008) entende-se que a ginástica deve dar condições
ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo. O objeto de ensino desse
conteúdo deve ser as diferentes formas de representação das ginásticas.
Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a
busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos
que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica.
Ampliando o olhar, é importante entender que a ginástica compreende uma gama
de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas corporais circenses, a
ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica.
Contudo, sem negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a vivência
e o aprendizado de outras formas de movimento.
Deve-se, ainda, oportunizar a participação de todos, por meio da criação
espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de espaços para suas
práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios, campos, bosques entre outros.
A presença da ginástica no programa se faz legítima na medida em
46
que permite ao aluno a interpretação subjetiva das atividades
ginásticas, através de um espaço amplo de liberdade para vivenciar
as próprias ações corporais. No sentido da compreensão das relações
sociais a ginástica promove a prática das ações em grupo onde, nas
exercitações como “balançar juntos” ou “saltar com os companheiros”,
concretiza-se a “coeducação”, entendida como forma de
elaborar/praticar formas de ações comuns [...]. (COLETIVO DE
AUTORES, 1992, p. 77)
Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de maneira que os
alunos se movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio
corpo. Com efeito, trata-se de um processo pedagógico que propicia a interação, o
conhecimento, a partilha de experiências e contribui para ampliar as possibilidades de
significação e representação do movimento.
4.2.4 - LUTAS
Da mesma forma que os demais Conteúdos Estruturantes, as lutas devem fazer
parte do contexto escolar, pois se constituem das mais variadas formas de conhecimento
da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de simbologias. Ao abordar esse
conteúdo, devem-se valorizar conhecimentos que permitam identificar valores culturais,
conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas.
Ao abordar o conteúdo lutas, torna-se importante esclarecer aos alunos as suas
funções, inclusive apresentando as transformações pelas quais passaram ao longo dos
anos. De fato, as lutas se distanciaram, em grande parte, da sua finalidade inicial ligada às
técnicas de ataque e defesa, com o intuito de autoproteção e combates militares, no
entanto, ainda hoje se caracterizam como uma relevante manifestação da cultura corporal.
O desenvolvimento de tal conteúdo pode propiciar além do trabalho corporal, a
aquisição de valores e princípios essenciais para a formação do ser humano, como, por
exemplo: cooperação, solidariedade, o autocontrole emocional, o entendimento da filosofia
que geralmente acompanha sua prática e, acima de tudo, o respeito pelo outro, pois sem
ele a atividade não se realizará.
As lutas, assim como os demais conteúdos, devem ser abordadas de maneira
reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente desenvolver
capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam perceber e
vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando, sempre
47
que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive. A partir desse
conhecimento proporcionado na escola, o aluno pode, numa atitude autônoma, decidir pela
sua prática ou não fora do ambiente escolar.
4.2.5 - DANÇA
A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e suas
expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam em
diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), danças folclóricas,
danças de rua, danças clássicas entre outras.
Em situações que houver oportunidade de teorizar acerca da dança, o professor
poderá aprofundar com os alunos uma consciência crítica e reflexiva sobre seus
significados, criando situações em que a representação simbólica, peculiar a cada
modalidade de dança, seja contemplada.
A dança pode se constituir numa rica experiência corporal, a qual possibilita
compreender o contexto em que estamos inseridos. É a partir das experiências vividas na
escola que temos a oportunidade de questionar e intervir, podendo superar os modelos
pré-estabelecidos, ampliando a sensibilidade no modo de perceber o mundo (SARAIVA,
2005).
Dessa maneira, é importante que o professor reconheça que a dança se constitui
como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar, pois
contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a
cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de fundamental importância para
refletirmos criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso
comum.
Os Elementos Articuladores propostos nas DCES são os seguintes:
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivismo;
• Cultura Corporal – Técnica e Tática;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia.
48
Os elementos articuladores alargam a compreensão das práticas corporais, indicam
múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no cotidiano
escolar. São, ao mesmo tempo, fins e meios do processo de ensino/aprendizagem, pois
devem transitar pelos Conteúdos Estruturantes e específicos de modo a articulável o
tempo todo.
Nesta perspectiva, e com base nas especificidades da escola foram definidos os
Conteúdos específicos a serem trabalhados durante o Ensino Básico, subdividindo-os
em Trimestres:
1º Trimestre
6º Ano
1. Desenvolvimento corporal e construção da saúde;
− Diferenças anatômicas entre os gêneros masculino e feminino;
− Divisões anatômicas do corpo humano;
− Crescimento e desenvolvimento (0 a 10anos);
− Maturação biológica (alterações corporais na adolescência);
2. Atividades Lúdicas;
3. Brincadeiras e cantigas de roda, etc.
7º Ano
1. Esporte – voleibol, basquete e tênis de mesa (jogos pré-desportivos);
2. Jogos e brincadeiras – Brincadeiras populares, jogos cooperativos e competitivos;
3. Ginástica Geral – elementos ginásticos (alongamento, aquecimento e relaxamento).
8º Ano
Sistema Locomotor;
− Funções dos ossos e músculos;
− Lesões;
− Fraturas;
− Entorses;
− Lesões musculares;
2. Jogos de Mesa;
3. Xadrez.
49
9º Ano
1. Esporte – voleibol e basquetebol;
2. Jogos – dramáticos/ cooperativos;
3. Ginástica – ginástica de academia.
2º Trimestre
6º Ano
1. Jogos Pré- Desportivos;
- Com a criação de regras adaptadas;
2. Futebol e Futsal;
- Origem e História;
- Elementos básicos constitutivos do esporte;
3 - Criação de pequenos jogos.
7º Ano
1. Esporte – Atletismo, basquetebol e futsal (jogos pré-desportivos);
2. Jogos e brincadeiras – jogos de tabuleiro (xadrez, etc...);
3. Dança – folclórica / criativa;
8º Ano
1. Handebol;
- Elementos básicos do esporte;
- Regras;
- História;
- Jogos Educativos;
2. Jogos de Mesa;
3. Danças Folclóricas;
- Tipos de dança;
- Análise dos costumes de cada cultura.
9º Ano
1. Esportes – atletismo, xadrez, tênis de mesa e futsal;
2. Dança – dança criativa e circular;
3. Ginástica – geral;
50
3ª Trimestre
6º Ano
1. Danças;
- A dança como manifestação corporal;
- Diferentes tipos de danças;
- Danças tradicionais e folclóricas;
2. Expressão Corporal;
− Mímicas, jogos de ação corporal, etc
− Xadrez.
7º Ano
1. Esportes – futsal, handebol (jogos pré-desportivos);
2. Lutas – Capoeira e Karatê
3. Ginástica - geral / circense
8º Ano
1. Handebol;
- Elementos básicos do esporte;
- Regras;
- História;
- Jogos Educativos;
2. Jogos de Mesa;
3. Danças Folclóricas;
- Tipos de dança;
- Análise dos costumes de cada cultura.
9º Ano
• Esportes – futsal e handebol;
• Lutas – lutas de aproximação (capoeira).
4.6 - Ensino Médio
51
1º Trimestre
1. Esportes – voleibol, basquete;
2. Jogos e brincadeiras – jogos dramáticos e jogos de tabuleiro;
3. Ginástica – aeróbica e localizada;
2º Trimestre
1. Esportes – futsal, xadrez e tênis de mesa;
2. Jogos e brincadeiras – jogos cooperativos e jogos de tabuleiro;
3. Dança – dança de salão e criativa;
4. Ginástica – laboral;
3º Trimestre
1. Esportes – futsal e handebol;
2. Jogos – cooperativos e jogos dramáticos;
3. Lutas – com instrumento mediador
Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica devem
ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino
os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado,
que devem ser consideradas no processo de ensino/aprendizagem.
4.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O encaminhamento metodológico demonstra o alargamento da compreensão das
praticas corporais na escola, reorientando as formas de conceber o papel da Educação
Física na formação do aluno, identificando as múltiplas possibilidades de intervenção sobre
a corporalidade que surgem no cotidiano de cada escola.
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nestas
Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos –
esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a função
social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio
corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as
práticas corporais.
52
Ao professor cabe, compreender – se como intelectual responsável pela
organização e sistematização destas práticas corporais que possibilitam a comunicação e
o dialogo com as diferentes culturas.
Para tanto, a Educação Física deve articular o trabalho com todos os envolvidos no
processo de escolarização com o intuito de repensar e reestruturar rituais, regras, valores,
tempos e espaços que compõe o trabalho pedagógico a abrangem a educação do corpo
na escola. Reorganizar as diversas práticas pedagógicas por intermédio de uma interação
entre os sujeitos.
Essa concepção permite ao educando ampliar sua visão de mundo por meio da
Cultura Corporal, de modo que supere a perspectiva pautada no tecnicismo e na
desportivização das práticas corporais.
Os conteúdos deverão ser abordados segundo o princípio da complexidade
crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto no Ensino Fundamental
quanto no Ensino Médio.
Nesta perspectiva, os conteúdos não precisam ser pré –requisitos , mas apresentar
complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser explorado em qualquer série
da Educação Básica, com o professor estabelecendo diferenças de entendimentos e
reflexões dos mesmos e de seus elementos articuladores.
O trabalho docente será balizado por uma intencionalidade que pretenda repensar o
papel do professor e da Educação Física ao longo da escolarização, desmistificando
formas naturalizadas de compreender a função social. Ainda, o professor será o articulador
do conhecimento e não o detentor de uma verdade única.
O professor deverá estar atento às peculiaridades que envolvem a corporalidade,
nem resumir a educação do corpo a pratica de atividades físicas descontextualizadas, mas
sim, entendê-las como uma dimensão complexa e abrangente.
A organização das aulas deve possuir três momentos distintos:
1° momento: Apresentação/proposição do conteúdo a ser aplicado.
Através de discussão do conteúdo preparado e planejado pelo professor com os alunos,
com base no que o aluno traz como referencia acerca do conteúdo proposto, e através de
propostas de desafios, o professor irá adotar a estratégia que se apresentar com maior
probabilidade de aceitação e assimilação por parte dos alunos;
2° momento: Execução do conteúdo proposto;
Para execução dos conteúdos sistematizados, o professor deverá lançar mão de
trabalhos de pesquisas individuais e em grupos, explanações orais, de imagens
53
(transparências, livros, etc.), seminários, atividades práticas (dinâmicas, jogos etc.) e
reflexões através de intervenções pedagógicas quando necessário, a fim de atingir os
objetivos estabelecidos.
3° momento: Discussão e reflexão sobre o conteúdo que foi executado;
Após a aplicação dos conteúdos, os alunos e o professor, deverão novamente
reunirem –se, afim de comentar, analisar, destacar pontos positivos e negativos da
aula, além de sugerir alterações, como outras variações de jogos, para que o
conteúdo seja assimilado por todos de forma integral.
O papel da Educação Física é desmistificar formas arraigadas e não refletidas em
relação às diversas práticas e manifestações corporais historicamente produzidas e
acumuladas pelo ser humano. Prioriza-se na prática pedagógica o conhecimento
sistematizado, como oportunidade para re-elaborar ideias e atividades que ampliem a
compreensão do estudante sobre os saberes produzidos pela humanidade e suas
implicações para a vida.
Enfim, é preciso reconhecer que a dimensão corporal é resultado de experiências
objetivas, fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva,
sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer.
4.4 AVALIAÇÃO
A avaliação deve estar em concordância com o Projeto Político Pedagógico do
Colégio, e não deve servir apenas para classificar alunos em aprovados ou reprovados,
mas, também como referencia para redimensionar sua prática pedagógica. Sendo assim,
deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto de ações
pedagógicas e não como elemento externo a este processo.
Com efeito, os critérios para a avaliação devem ser estabelecidos, considerando o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:
• Comprometimento e envolvimento – se os alunos entregam as atividades propostas pelo
professor; se houve assimilação dos conteúdos propostos, por meio da recriação de jogos
e regras; se o aluno consegue resolver, de maneira criativa, situações problemas sem
desconsiderar a opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo
soluções para as divergências; se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através
de participação nas atividades práticas ou realizando relatórios.
Partindo-se desses critérios, a avaliação deve se caracterizar como um processo
contínuo, permanente e cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº 9394/96, em que o
54
professor organizará e reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas
corporais, como a ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.
No primeiro momento da aula, ou do conjunto de aulas, o professor deve buscar
conhecer as experiências individuais e coletivas advindas das diferentes realidades dos
alunos, problematizando-as. É quando surge uma primeira fonte de avaliação, que
possibilita ao professor reconhecer as experiências corporais e o entendimento prévio por
parte dos alunos sobre o conteúdo que será desenvolvido. Isso pode ser feito de várias
maneiras, como: diálogo em grupos, dinâmicas, jogos, dentre outras.
No segundo momento da aula, o professor propõe atividades correspondentes à
apreensão do conhecimento. A avaliação deve valer-se de um apanhado de indicadores
que evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, o que os
alunos expressam em relação a sua capacidade de criação, de socialização, os
(pré)conceitos sobre determinadas temáticas, a capacidade de resolução de situações
problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor.
Na parte final da aula, é o momento em que o professor realiza, com seus alunos,
uma reflexão crítica sobre aquilo que foi trabalhado. Isso pode ocorrer de diferentes
formas, dentre elas: a escrita, o desenho, o debate e a expressão corporal. Nesse
momento, é fundamental desenvolver estratégias que possibilitem aos alunos expressar-se
sobre aquilo que apreendem, ou mesmo o que mais lhes chamou a atenção. Ainda, é
imprescindível utilizar instrumentos que permitam aos alunos se autoavaliarem,
reconhecendo seus limites e possibilidades, para que possam ser agentes do seu próprio
processo de aprendizagem.
Durante estes momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se de
outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri-
simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo pedagógico,
entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas.
Também através da organização e a realização de festivais e jogos escolares, cuja
finalidade é demonstrar a apreensão dos conhecimentos e como estes se aplicam numa
situação real de atividade que demonstre a capacidade de liberdade e autonomia dos
alunos.
Portanto, serão instrumentos de avaliação nas aulas de Educação Física: as provas
e os trabalhos escritos e orais, a auto avaliação, a observação continua do crescimento
quanto ao estagio inicial do conhecimento dos conteúdos trabalhados, a capacidade de
resolução de situações problemas e a apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo
55
professor.
A recuperação paralela dar – se – a concomitantemente ao desenrolar das aulas,
permitindo que alunos com dificuldades em determinados conteúdos, possam estar
revendo os mesmos, estudando – os, buscando uma melhor forma de assimilação e
participando novamente do processo para que se faça um novo diagnostico do que foi
apreendido, e se necessário, retomar o ponto novamente, com novas regras, como forma
de fortalecer e consolidar o processo de ensino e aprendizagem.
4.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases – LBD no 939496 de 20/12/1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/L9394.htm, acesso em 20 de setembro de 2006.
CAPARROZ, Francisco Eduardo. Educação Física Escolar: Política, Investigação e
Intervenção. Vitória: Proteoria, 2001.
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de Ensino de Educação Física. São Paulo:
Cortez. 1992. (Coleção magistério de 2º grau. Série formação do professor).
OLIVEIRA, Betty A; DUARTE, Newton. Socialização do saber escolar. 6. ed. São Paulo:
Cortez, 1992.
PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais da
Educação Básica – Educação Física. Curitiba, 2008.
SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física Escolar: Conhecimento e Especificidade.
Revista Paulista de Educação Física, suplemento nº 2. São Paulo.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida (Org.) Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 8ª ed.
São Paulo: Cortez, 2005.
5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
5.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Ensino Religioso é de matrícula facultativa, parte integrante da formação básica
do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas da Educação
Básica, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedada quaisquer
56
formas de proselitismo. (Lei 9475/97 art. 33 da LDBN/96).
A disciplina de Ensino Religioso busca expressar a necessidade de reflexão em
torno dos modelos de ensino e dos processos de escolarização e identificar a
manifestação do transcendente. Diante das demandas sociais contemporâneas que
exigem a compreensão ampla da diversidade cultural posta, como também no âmbito
religioso, fortalecer os vínculos familiares e oportunizar aos educandos o conhecimento
das diversidades culturais e religiosas no interior de diferentes comunidades. Vivemos num
momento em que a sociedade está consciente da unidade do destino do homem em todo
planeta e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade, e a disciplina de
Ensino Religioso vem auxiliar os alunos a se posicionarem de maneira mais consciente
diante das diferenças culturais.
Fazem parte do foco de trabalho de Ensino Religioso, conteúdos que tratam da
diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, suas paisagens e símbolos, sem
esquecer as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas.
Alguns fatores ajudam a entender o enfoque da disciplina, primeiro atribuído à
pluralidade social, num estado não confessional, laico e que garante pela Constituição, a
liberdade religiosa. Outro diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento,
devido às profundas transformações ocorridas no campo de epistemologia da educação e
da comunicação, além da globalização dos meios de comunicação que atingem todos os
domínios da vida humana, repercutindo também nas manifestações religiosas, nas crenças
e na própria forma de interpretar o Sagrado.
A Religião que tem sua origem na palavra latina “RELIGARE” (RE: outra vez,
novamente e LIGARE: ligar, unir, vincular), se alimenta principalmente através do sagrado,
o qual se apresenta como uma experiência de uma potência, de uma força sobrenatural
que habita algum ser, planta, animal, humano, etc. Este algo sagrado é tanto um poder
que pertence próprio e definitivamente a um determinado ser, quanto algo que ele pode
possuir e perder. O sagrado geralmente possui uma superioridade e poder divino,
misterioso sobre as demais circunstâncias e objetos. Na religião é o sagrado que gera e
estabelece o vínculo entre o mundo profano e o divino, que opera o encantamento do
mundo.
Dentre as atividades de sobrevivência ligadas à espécie humana podemos inserir a
religião como uma das atividades culturais mais antigas que temos registro. A percepção
da realidade exterior como algo independente da ação humana, de uma ordem externa
levou o homem a criar mecanismos, valores, crenças para se apossar desta forma de
57
conhecimento para o uso e compreensão de uma realidade que ainda não possuímos
acesso construir os conhecimentos, habilidades e valores para exercer a cidadania
suprindo as deficiências culturais da sociedade contemporânea. A religião proporciona à
busca de meios para nos comunicarmos com esta realidade exterior visando dar
explicações para um universo ainda pouco explorado, ou que ainda foge da compreensão
humana. Desta forma, “quase que” inata surge a crença na(s) divindade(s).
A religião surge como uma das formas avançadas do pensamento humano, que
adquire atualmente uma proporção fantástica de influência em nossa sociedade.
A disciplina de Ensino Religioso almeja entender e explicar os fenômenos religiosos
e suas manifestações culturais em nossos dias. Manifestação esta que por vezes toma a
forma de intolerância religiosa, fanatismo ou até mesmo de ideologia. Na atualidade o
pensamento racionalista e científico acaba criando uma espécie de atrito com a religião até
mesmo na disputa por ocupação de espaço nos meios sociais. A Religião vem ocupar seu
espaço como uma alternativa de solução transcendente para muitos dos problemas que
atingem a humanidade. Manifestando atitudes de respeito, de cuidado e de
responsabilidade por si, pelo outro e pelo ambiente o qual faz parte reconhecendo a
importância da natureza para a continuidade da vida, conhecendo os símbolos das
diferentes tradições religiosas e diversidades culturais representadas em sala de aula,
levando o aluno a conhecer e respeitar as diversidades culturais e manifestações,
necessários para o convívio em sociedade, refletindo e entendendo como os grupos
sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado, sua presença
ao longo da história da humanidade.
5.2 CONTEÚDOS
O Ensino Religioso, assim como as demais áreas do conhecimento que compõem
esta disciplina, contribuem para o desenvolvimento do sujeito. A LDB tem como meio
básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, assim como a compreensão do
ambiente natural e social do sistema político da tecnologia, das artes e dos valores em que
se fundamenta a sociedade, também do desenvolvimento da capacidade de
aprendizagem, tendo em vista a aquisição do conhecimento, habilidades e a formação de
atitudes e valores.
5.2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
PAISAGEM RELIGIOSA: refere-se à maternidade fenomênica do sagrado, a qual é
58
apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua concretude,
ou seja, os espaços sagrados.
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO: apreensão conceitual da razão, onde se concebe
o sagrado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica simbólica. Compreendido
como sistema simbólico e projeção cultural.
TEXTO SAGRADO: é a tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno. Neste
sentido é reconhecido através das Escrituras Sagradas, das tradições orais sagradas e
dos mitos, este sentimento do sagrado tem seu carater transcendente, imanente, não
racional. É uma dimensão muito presente na experiência religiosa. É a experiência do
Sagrado em si, trata-se daquilo que qualifica uma sintonia entre o sentimento religioso e o
fenômeno sagrado.
SAGRADO
PAISAGEM UNIVERSO TEXTO
RELIGIOSA SIMBÓLICO SAGRADO
RELIGIO
5.2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS:
6º Ano
1) Organizações Religiosas
2) Lugares Sagrados
3) Textos Sagrados orais ou escritos
4) Símbolos Religiosos
7º Ano
1) Temporalidade Sagrada
2) Festas Religiosas
3) Ritos
4) Vida e Morte
6º ANO
1º TRIMESTRE:
Fundadores e/ou líderes religiosos;
As estruturas hierárquicas nas organizações religiosas;
Lugares sagrados na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc;
Lugares sagrados construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.
59
2º TRIMESTRE:
Textos sagrados orais ou escritos:
Cantos, narrativas, poemas, orações, pinturas rupestres, tatuagens, etc;
Histórias da origem de cada povo contadas pelos mais velhos, escritas cuneiformes
hieróglifos egípcios, etc;
Textos como: Vedas, Velho e Novo Testamento, Torá, Al Corão e textos Sagrados das
tradições orais das culturas africanas e indígena.
3º TRIMESTRE:
Símbolos Religiosos dos Ritos;
Símbolos Religiosos dos mitos;
Símbolos Religiosos do cotidiano.
7º ANO
1º TRIMESTRE:
Temporalidade Sagrada;
Temporalidade profana;
Peregrinações;
Festas familiares.
2º TRIMESTRE:
Festas nos templos;
Datas comemorativas sagradas de diferentes religiões;
Ritos de passagem;
Os mortuários.
3º TRIMESTRE:
Os propiciatórios, entre outros;
O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas;
A reencarnação;
A ressurreição – ação de volta à vida;
Além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados que
se tornam presentes.
5.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
60
O processo de ensino aprendizagem defendido pelo Ensino Religioso visa a
construção/produção do conhecimento e que, por consequência; se caracteriza por uma
metodologia de incentivo ao debate da hipótese divergente, da dúvida, do confronto de
ideias, de informações discordantes, da pesquisa e também da exposição de conteúdos
formalizados.
Este processo tem como primícia o educando como sujeito social do conhecimento
científico que interage com os conteúdos, tendo o educador como mediador social desse
conhecimento.
A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita a intenção de partir de
abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado, conhecidas ou pouco
conhecidas dos educandos, que tratam de manifestações religiosas mais comuns e que
fazem parte do universo cultural da comunidade para posteriormente inserir os conteúdos
de universo religioso desconhecido.
Os conteúdos de Ensino Religioso não têm o compromisso de legitimar
manifestações do sagrado em detrimento de outra, uma vez que o colégio não é um
espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e
celebrações, e sim, laico.
Ao adotar uma abordagem pedagógica e não religiosa dos conteúdos o educador
estabelecerá uma relação com os conhecimentos que compõem o universo sagrado das
manifestações religiosas como construção histórico-social, agregando-se ao patrimônio
cultural da humanidade. Não estará, portanto, propondo que se faça juízo desta ou
daquela prática religiosa. Partindo da realidade em sala de aula pretendemos:
*Dialogar e interagir com os alunos.
*Discutir em todos os momentos possíveis o sagrado, tanto em aula expositiva,
pesquisa, utilização de audiovisuais, música, teatro, leitura.
*Elencar questionamentos sobre espaços de doutrinação, evangelização e expressão
de ritos, símbolos, campanhas e celebração que acontecem fora do ambiente
escolar.
*Usar linguagem pedagógica para melhor entender o fenômeno religioso.
*Realizar rodas de conversas com dinâmicas diversas que estimulem o
compartilhamento de anseios, de problemas e de vivências, promovendo reflexões
pessoais.
*Trabalhar com atividades desenvolvidos a partir de aulas expositivas.
*Realizar leituras e pesquisas orientadas.
61
*Promover análises, interpretações, discussões e elaborações de textos relacionados a
temas atuais.
*Ilustrar as manifestações do sagrado, dos rituais, através de: fantoches, gravuras,
objetos, fotos, livros, lâminas, painéis, vídeos educativos e data-show.
*Propor diálogos com os pais e envolver estes depoimentos no diálogo em sala de
aula.
*Utilizar diferentes músicas para ouvir, cantar, refletir e criar paródias.
*Fazer brincadeiras; deixar criar, fantasiar e inventar, tocar as pessoas, conversar
sobre possíveis reações durante os jogos e as brincadeiras.
*Fazer releituras das histórias (quem seriam hoje esses personagens?...).
*Realizar atividades ao ar livre, deixando espaço para que o educando (re) crie
situações e desenvolva a sensibilidade para ouvir, cheirar, sentir, enfim, para
vivenciar.
*Estimular para a realização de pequenas pesquisas na comunidade para fazer uma
análise da realidade local e para se ter uma percepção da dimensão e importância
do tema;
*Identificar as diferentes religiões existentes na escola e no município.
*Visitar instituições.
*Montar painéis a partir de temas atuais.
5.4 - AVALIAÇÃO
É necessário destacar os procedimentos avaliadores a serem adotados em Ensino
Religioso, uma vez que este componente curricular não segue as mesmas orientações das
demais disciplinas, no que se refere a atribuição de notas ou conceitos. O Ensino Religioso
não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro de notas ou
conceitos na documentação escolar. Mesmo assim a avaliação não deixa de ser um dos
elementos integrantes do processo educativo da disciplina.
Cabe ao educador utilizar práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo
de apropriação do conhecimento pelo educando e pela classe, tendo como parâmetro os
conteúdos trabalhados e os seus objetivos.
Serão utilizados instrumentos que auxiliam a registrar o quanto o educando e a
classe se apropriaram dos conteúdos propostos e se atingiram os objetivos como:
trabalhos em grupos, análises e apresentações de textos e relatos, dinâmicas
diversificadas com os educandos apontando indicativos onde possam demonstrar
62
interesse pelos diferentes temas abordados.
A recuperação ocorrerá quando o educador perceber que o educando ou classe
encontraram dificuldades de identificar conteúdos referenciais para a compreensão das
manifestações do Sagrado.
5.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,
2008.
CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Ed. Scipione, 1994.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. A Essência das Religiões. São Paulo. Ed.
Paulinas, 1989.
OTTO, R. O Sagrado. Lisboa: Edições 70, 1992.MACEDO, Carmem Cinira. Imagem do
Eterno: Religiões no Brasil. São Paulo: Ed. Moderna Ltda, 1989.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇAO, Diretrizes Curricular Estadual
Da Educação Básica De Ensino Religioso. Curitiba, SEED, 2008.
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
6.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Filosofia surge na Grécia antiga, dentro de um contexto histórico onde é
reconhecida como o berço do Conhecimento sistematizado, mas sabe-se que anterior a
estes tempos já existiam em povos mais antigos os sábios e conselheiros que eram os
representantes e símbolos do conhecimento.
Na Grécia Antiga surgem os primeiros pensadores, ou seja, sábios e filósofos que
eram pessoas que procuravam compreender a realidade vivida e dar respostas às
experiências e sentimentos das pessoas e do próprio mundo, surgindo a partir daí o
conhecimento sistematizado como nós temos hoje nas mais diversas áreas, conhecimento
este que evoluiu com o passar do tempo, pois sempre temos novas experiências e
questionamentos, ou melhor, novas respostas para as mesmas questões e dúvidas do
homem e da humanidade.
A Filosofia chega ao Brasil por intermédio dos padres jesuítas, que foram os
63
fundadores das primeiras escolas neste território, sendo aprimorada com o passar do
tempo pelos estudantes, filhos de nobres que migravam para a Europa para estudar e lá
se defrontavam com uma efervescência intelectual filosófica e idealista, buscando assim
transformar a realidade brasileira que era de exploração e escravismo, lutando pela
democracia, direitos e condições de igualdade para os povos, desenvolvendo dessa
maneira o conhecimento filosófico no país até nossos dias.
Sendo assim, a Filosofia é entendida como aspiração ao conhecimento racional,
lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas das ações
humanas e do próprio pensamento do homem. No artigo 36 da LDB 9394/96 determina
que o aluno ao final do ensino médio deverá dominar os conhecimentos de filosofia e
sociologia necessária ao “exercício da cidadania”. Seus conhecimentos são reconhecidos
como necessários ao exercício da cidadania, mas não é reconhecida como disciplina
escolar com espaço próprio nas diretrizes curriculares e acaba ficando em segundo plano.
A Filosofia possibilita ao estudante desenvolver um estilo próprio de pensamento
que priorize a capacidade de criar conceitos. Muitos citam Kant “não é possível separar a
filosofia do filosofar”, pois para que o aluno se desenvolva plenamente temos de mostrar
caminhos.
A aula de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso
é importante, que na busca de resolução de problemas, se preocupe também com uma
análise atual fazendo uma abordagem contemporânea que remete o aluno à própria
realidade.
Neste sentido, deve-se partir da análise de problemas atuais estudados, da história
da filosofia, do estudo de textos clássicos, de abordagens realizadas por outras ciências e
da forma de abordar dos próprios alunos, para uma compreensão mais ampla e
contemporânea, possibilitando a formulação de concepções enriquecidas e que
proporcionem uma contextualização do indivíduo na e da história, pois esta está ligada à
história e as ciências não conseguem encontrar uma resposta para tais questões
apontadas pela filosofia. Ex.: Deus, Alma, Homem, etc.
A Filosofia, como uma área de conhecimento que visa contemplar a reflexão, o
questionamento e a elaboração de novos conceitos e paradigmas, buscando preparar o
individuo para viver em sociedade, tem por pressupostos incluir em suas reflexões os
temas dos desafios contemporâneos, pois isto reflete na maneira das pessoas verem,
sentirem e pensarem.
64
6.2 - São objetivos da disciplina:
- Proporcionar ao aluno o desenvolvimento do pensamento crítico, a criação e
recriação de conceitos;
- Oportunizar aos alunos a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo com suas múltiplas particularidades e especializações;
- Possibilitar ao estudante o desenvolvimento de um estilo próprio de pensamento,
buscando soluções para os problemas em textos filosóficos por meio de investigações e
questionamentos;
- Viabilizar a intercomunicação com outras áreas do conhecimento, na busca de
uma compreensão do mundo e da linguagem;
- Possibilitar aos estudantes o acesso ao saber filosófico produzido historicamente
como fundamento do pensamento humano;
- Dar respostas às experiências e sentimentos através das vivências das pessoas e
do próprio mundo, seu modo de pensar, sentir e agir.
6.3 - CONTEÚDOS
1ª ANO
1º Trimestre
Mito e Filosofia;
- Saber Mítico;
1. A importância do estudo da filosofia;
2. Utilidade da filosofia;
3. Características, funções e conceitos da filosofia;
- Saber Filosófico;
1. O que é filosofar (Liberdade de Pensamento, Razão);
2. Relação Filosofia X Senso Comum;
- Relação Mito e Filosofia:
1. O Mito da Caverna;
2. Relação de Interdependência;
- Atualidade do Mito;
1. Compromisso do Mito com a Realidade;
2. Mídia como criadora de mitos;
2º Trimestre
Teoria do Conhecimento;
65
- O que é Filosofia.
1. Origem e Nascimento da Filosofia;
2. Evolução Histórica da Filosofia;
3. Filosofia no Brasil;
- Probabilidade do Conhecimento;
4. Justificativa teórica do Conhecimento;
5. Conceitos de Conhecimento;
6. Importância do Conhecimento;
- As Formas de Conhecimento;
1. Racionalismo (Platão e Descartes);
2. Empirismo (Aristóteles, Locke e Hume);
3. Relativismo (Protágoras e Nietsche);
3º Trimestre
O Problema da Verdade;
1. O que é Verdade;
2. Dogmatismo e Ceticismo;
- A Questão do Método;
1. A Ironia na Filosofia;
2. Método Cartesiano;
- Conhecimento e Lógica;
1. Aristóteles e o Nascimento da Lógica;
2. Falácias;
2ª ANO
1º Trimestre
Ética
1. Ética e moral;
1. Conceitos de Ética;
2. Conceitos de Moral;
3. Pluralidade ética;
4. Ética e violência;
5. Razão, desejo e vontade;
2º Trimestre
66
Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade de normas;
1. Liberdade;
2. Amizade;
3. Valores morais (preconceito, Igualdade e diversidade);
Filosofia PolÍtica
- O que é Politica;
3º Trimestre
Relação entre comunidade e poder;
4. Regimes Políticos;
5. Liberdade e igualdade política;
6. Política e ideologia;
7. Esfera pública e privada;
8. Cidadania formal e/ou participativa;
3º ANO
1º Trimestre
Filosofia da Ciência
-Concepções de ciência;
-A questão do método científico;
-Contribuições e limites da ciência;
-Ciência e ideologia.
2º Trimestre
-Ciência e Ética;
-Bioética;
3º Trimestre
Estética
-Pensar a beleza;
-Natureza da arte;
-Filosofia e arte;
-Estética e sociedade;
-Categorias estéticas:
* Sensibilidade;
* Feio;
67
* Belo;
* Sublime;
* Trágico;
* Cômico;
* Grotesco;
* Gosto, etc.
6.4 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos básicos
dar-se-á em quatro momentos:
• a mobilização para o conhecimento;
• a problematização;
• a investigação;
• a criação de conceitos.
O ensino da Filosofia pode começar, por exemplo, pela exibição de um filme ou de
uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música.
São inúmeras as possibilidades de atividades conduzidas pelo professor para instigar e
motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser
desenvolvido. A isso se denomina nestas Diretrizes, mobilização para o conhecimento.
A seguir, inicia-se o trabalho propriamente filosófico: a problematização, a
investigação e a criação de conceitos, o que não significa dizer que a mobilização não
possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo filosófico.
O conteúdo em discussão e a problematização ocorre quando professor e
estudantes levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É
importante ressaltar que os recursos escolhidos para tal mobilização − filme, música, texto
e outros − podem ser retomados a qualquer momento do processo de aprendizagem. A
metodologia adequada é aquela em que o professor e aluno no exercício filosófico poderá
se manifestar em cada aula, na relação educador-educando, através do qual ambos
possam fazer o percurso filosófico.
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por
isso é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também
com uma análise da atualidade, com uma abordagem que remeta o estudante à sua
própria realidade.
Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados da História da Filosofia, do
68
estudo dos textos clássicos e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino
Médio pode formular conceitos e construir seu discurso filosófico. O texto filosófico que
ajudou os pensadores a entender e analisar filosoficamente o problema em questão será
trazido para o presente com o objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a
partir da Filosofia, atuar sobre os problemas de nossa sociedade.
Após esse exercício, o estudante poderá perceber o que está e o que não está
implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,
de modo que ele desenvolva a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de
raciocínios lógicos, num pensar coerente e crítico. A filosofia como disciplina na matriz
curricular no Ensino Médio pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a
compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto a elaborar
um texto, no qual terá condições de discutir, comparar e socializar ideias e conceitos.
A Diretriz Curricular para o ensino de Filosofia indica que não é possível a filosofia
sem o filosofar. O professor deve induzir os alunos a buscar conhecimento, pesquisar,
estudar, discutir sua compreensão de mundo tomando sua experiência cotidiana como
ponto de partida de sua experiência reflexiva e apoiando-se na leitura filosófica.
Não é tarefa da filosofia resolver problemas da existência humana, ela apresenta-se
como ferramenta de reflexão e análise crítica e rigorosa que possibilite ao aluno
desenvolver: uma sensibilização, problematização, investigação, capacidade de elaborar
conceitos, argumentar filosoficamente e reconhecer-se como sujeito do conhecimento e
ético.
É importante reconhecer que há uma linguagem própria da filosofia e que deve ser
articulada com os estudantes a fim de levá-los a uma compreensão de mundo e das
coisas, utilizando-se de recortes de textos clássicos, para viabilizar aos alunos diferentes
formas de compreensão sobre os mais diversos temas, com o decorrer do tempo histórico.
O Ensino de Filosofia pressupõe que o professor tenha bom planejamento, leitura,
debate e produção de texto entre outras estratégias a fim de que a investigação seja de
fato diretriz de ensino.
6.5- AVALIAÇÃO
Conforme a LDB n. 9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua
função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação no processo ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância
69
individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o
estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas
filosóficos, nem a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.
Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade que
deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática, como
discussão com o outro e como construção de conceitos encontra seu sentido na
experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse acontecimento
inusitado que o educador pode propiciar e preparar, porém não determinar e, menos ainda,
avaliar ou medir.
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,
mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de
argumentar e de identificar os limites dessas posições.
Procedendo de forma sistemática com métodos determinados procurando as raízes
e examinando as diversas dimensões do problema num todo, articulando a totalidade:
Participação, interesse, comportamento (se refere a uma compreensão/mudança na sua
maneira de ler/reler a realidade vivida e vivenciada, em relação a sua forma de pensar e
argumentar sobre o mundo e experiências do dia-a-dia), exposição de trabalhos, produção
de textos, provas escritas e relatórios.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos.
Visando subsidiar a função de entendimento e valoração por parte do professor, do
desenvolvimento intelectivo do aluno, sua superação de antigos conceitos e elaboração de
novos, a avaliação leva em consideração todo o processo de desenvolvimento do
educando, através dos textos que eles produzem e a forma de expressarem seus
conceitos e conclusões.
A recuperação paralela será realizada a cada conteúdo trabalhado no transcorrer do
trimestre, após ter esgotado todos os recursos tais como: apresentação oral,
argumentação 50% e mais 50% na produção escrita, no final do trimestre, também será
ofertado ao aluno “plano de recuperação”, através de provas escritas.
6.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
70
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais para o
Ensino de Filosofia. Curitiba- SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público. Filosofia, Vários
autores, Curitiba: SEED-PR, 2006.
KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FAVERO, A,
W.O; RAUBER,J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí: Ed. da UNUJUÍ,2002
7 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA
7.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e como
realidade material sensível. No período paleolítico, a humanidade observa a natureza, na
tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência, mais tarde é
que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as
variações cíclicas observadas nos céus, que deram origem à astronomia.
No século XV, com a ampliação da sociedade comercial, Galileu Galilei (1562-1643)
inaugurou a Física que conhecemos hoje, estruturaram- se as bases da ciência moderna
que parte de uma situação particular para fazer generalizações e construir leis universais,
além do valor epistemológico atribuído à experimentação que, ao contrário da
contemplação e da argumentação racional, seria o caminho para a verdade.
No século XVII, Isaac Newton preocupou-se com as leis do movimento e com a
forma como se dá a interação entre os corpos, o que foi sintetizado na Teoria da
Gravitação.
Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o calor passou a ser entendido
como forma de energia relacionada ao movimento, o que possibilitou o estabelecimento
das leis da termodinâmica.
O início do século XX, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial,
alterando os fundamentos da mecânica e apresentando uma nova visão do espaço e do
tempo.
Em 1808, no Brasil, ocorre a inserção do ensino de Física no currículo, visando
71
atender anseios da corte para a formação de uma intelectualidade local.
A Física deve, através de seus conteúdos, contribuir para a formação dos sujeitos,
através da compreensão do universo, sua evolução, sua transformação e as suas
interações que nele se apresenta.
A ideia de uma Física como cultura ampla e como cultura prática, assim como a ideia
de uma ciência a serviço da construção de visão de mundo e competências humanas mais
gerais, é motivação e o sentido mais claro das proposições para ensiná-la, com
empolgação, e a beleza que a mesma exige.
Ao transmitirmos esta essência aos nossos alunos, estamos recriando essa história,
transformando a sala de aula em um laboratório de anseios e descobertas, rendendo
tributo a essa grande aventura humana, que é a educação e a democratização. E a
ciência, em sua universalidade, é um poderoso instrumento dessa democratização.
A necessidade nos leva a determinação e nos obriga as transformações que
nos levam as resoluções dos problemas existentes para nossa subsistência.
A Física tem por objetivo a descoberta dos fenômenos que regem o
funcionamento da vida.
Muitos foram os estudos e contribuições, mas a história da Física nos mostra
que até o Renascimento a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à
Geometria Euclidiana, a Astronomia geocêntrica que Ptolomeu e a Física de Aristóteles.
Consideramos que a Física é um campo de conhecimentos específicos, em
construção e socialmente reconhecidos. Por isso não aceitamos generalidade, obstáculo
ao desenvolvimento do conhecimento científico, capaz de levar o espírito científico a se
prender às soluções fáceis, imediatas e aparentes.
Então, a Física deve educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento
de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história
e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o
entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não
neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e
culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que
representam esses aspectos.
A aprendizagem somente é possível através da interação com o professor, detentor
do conhecimento físico. Nestas diretrizes, recoloca-se o professor no centro do trabalho
pedagógico como o sujeito indispensável nesse processo.
Ao propor um currículo de física para o Ensino Médio é preciso considerar que a
72
educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para
uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o
cerca. Dessa perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do
funcionamento dos aparatos tecnológicos.
Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física aborde os
fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em
construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É importante compreender,
também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na
sociedade, destacando-se a não-neutralidade da produção científica.
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que
hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina
escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos
escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa
disciplina no Ensino Médio.
A partir desse pressuposto, consensuamos que o processo de ensino-aprendizagem
deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas
experiências e vida em seu contexto social e que na escola se fazem presentes no
momento em que se inicia o processo.
Contudo, a Física não se separa das outras disciplinas. O que deve ser considerado
no planejamento das atividades é o relacionamento do conteúdo a ser trabalhado com o
contexto social, econômico, cultural e histórico, situando-os no tempo e no espaço.
A Física tem como objeto de estudo o Universo, que se desenvolve em função da
necessidade do homem em conhecer o mundo natural.
Deste modo, os objetivos a serem alcançados para o Ensino de Física podem ser
elencados da seguinte maneira:
• Desenvolver estudos que visem maior compreensão do mundo e dos fenômenos
que nele acontecem.
• Possibilitar intervenções na melhoria da qualidade de vida, através de deduções e
estudos sobre novos conhecimentos relacionados aos avanços tecnológicos.
• Desenvolver a capacidade de abstrair e teorizar por meio de situações concretas e
exemplos práticos que permitem o estudo e interpretação de fatos, fenômenos e
processos naturais.
7.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS
73
1º ANO
7.2.1 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
MOVIMENTO
7.2.2 - Conteúdo básico:
1º TRIMESTRE
Momentum e Inércia
Conservação da quantidade de movimento (momentum)
2º TRIMESTRE
Variação da quantidade de movimento = impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
3º TRIMESTRE
Energia e o Princípio da Conservação de Energia
Gravitação
2º ANO
7.2.3- CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
TERMODINÂMICA
7.2.4 - Conteúdo básico:
1º TRIMESTRE
Leis da Termodinâmica:
Lei Zero da Termodinâmica
2º TRIMESTRE
1ª Lei da Termodinâmica
3º TRIMESTRE
2ª Lei da Termodinâmica
74
3° ANO
7.2.5 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
ELETROMAGNETISMO
7.2.6 - Conteúdo básico:
1º TRIMESTRE
Carga, corrente elétrica, campos e ondas eletromagnéticas
2º TRIMESTRE
Força eletromagnética
Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampére,
Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
3º TRIMESTRE
A natureza da luz e suas propriedades
7.3 - ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
A concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado,
que requer metodologias específicas no ambiente escolar, lugar onde se lida com esse
conhecimento científico, historicamente produzido.
Os livros didáticos de Física dirigidos ao Ensino Médio, de uma maneira geral,
apresentam a Física como uma ciência que permite compreender uma imensidade de
fenômenos naturais, indispensável para a formação profissional, a preparação para o
vestibular, a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitos.
Os modelos científicos buscam representar o real, sob a forma de conceitos e
definições. Para descrever e explicar os objetos de estudo a comunidade científica
formula leis universais, amparadas em teorias aceitas, mediante rigoroso processo de
validação em que se estabelece “uma verdade” sobre o objeto.
Sabe-se da importância da linguagem matemática na Física, mas os modelos
criados quase sempre são escritos pelos cientistas para seus pares. Já com os estudantes
é preciso levar em conta seu grau cognitivo, dentre outros fatores, permitindo uma
metodologia de ensino para que chegue ao conhecimento científico.
75
O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas
entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses
além solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para
obter um valor numérico de grandeza.
A História da Ciência faz parte de um quadro amplo que é a História da
Humanidade e, por isso, é capaz de mostrar a evolução das ideias e conceitos nas
diversas áreas do conhecimento. Em Física, essa evolução traçou um caminho pouco
linear, repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um objeto
essencialmente humano, que é a produção científica.
Os resultados de muitas pesquisas em ensino de física são unânime em considerar
a importância das atividades experimentais para uma melhor compreensão acerca dos
fenômenos físicos.
Os pesquisadores em educação, há algum tempo, consideram o uso de textos no
ensino de Física. No entanto, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados, sobretudo
quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será o
interlocutor nessa proposta de leitura.
O texto não deve ser visto como se todo o conteúdo do processo pedagógico
estivesse presente nele, mas como instrumento de mediação entre aluno-aluno e aluno-
professor, a fim de que surjam novas questões e discussões. De fato, os leitores não são
iguais, carregam em si histórias de vidas diferentes e diversas leituras, ou, eventualmente,
nenhuma a respeito do tema em questão.
A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem
como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via
pendrive, abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino.
O processo de ensino-aprendizagem em Física, deve partir do conhecimento prévio
dos estudantes, para que ao longo das aulas estes possam ter acesso ao saber
socialmente construído e sistematizado, orientados pelo professor. Dessa forma, o
professor encaminhará o estudante na busca da aprendizagem que acontece quando as
novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente,
adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente.
Para tanto, a metodologia da disciplina de Física contemplará aulas expositivas e
diálogos dirigidos, enfatizando a participação dos alunos, através de hipóteses e
experimentações, no sentido de formular conceitos.
Serão utilizados recursos como experimentos, observação de fenômenos, filmes,
76
visitas de estudo, palestras, e ainda, a utilização de recursos tecnológicos, para
possibilitar o desenvolvimento do raciocínio lógico e reflexivo no educando.
A experimentação no ensino de Física é importante se entendida como uma
metodologia de ensino que contribua com a ligação entre a teoria e a prática,
proporcionando uma melhor interação entre professor e aluno ou até mesmo entre grupos
de alunos.
Precisamos permitir aos alunos que se apropriem do conhecimento Físico dando
ênfase aos aspectos conceituais e não utilizando a Matemática como pré-requisito para
ensinar Física, ainda que a linguagem matemática é uma ferramenta importante paro o
ensino da Física.
Com isto, será possível sistematizar os conhecimentos apreendidos e realizar
relatórios, debates, conversações, seminários, trabalhos de pesquisa, entre outros.
Entender a disciplina de Física como Ciência significa compreender que o
conhecimento proporcionado por ela é parte integrante da sociedade. Neste sentido a
utilização de textos complementares referentes aos Desafios Educacionais
Contemporâneos – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Educação Fiscal,
Educação Ambiental, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Sexualidade Humana,
possibilitam debates, seminários, problematização e busca de soluções que norteiam seu
cotidiano, contribuindo para a formação global do educando.
Sempre que necessário serão feitas as adaptações curriculares e metodológicas
de acordo com as necessidades dos alunos, para atender a diversidade dos sujeitos
sociais presentes na escola. Nesta perspectiva a escola se propõe a trabalhar com a
Educação Inclusiva que é uma realidade na sociedade contemporânea.
7.4 - AVALIAÇÃO
De acordo com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, a
avaliação é contínua, cumulativa, processual e somativa, na qual os aspectos qualitativos
estão sobrepostos aos quantitativos, pois visa refletir o desenvolvimento global,
considerando as características individuais do educando.
Deve-se levar em conta o progresso do estudante quanto os aspectos históricos,
conceituais e culturais. A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em
consideração todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos, a capacidade de
análise de um texto, seja ele literário ou cientifico, emitindo uma opinião que leve em conta
o conteúdo físico, a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento e também
77
considerar a apropriação dos conteúdos.
Os instrumentos a serem utilizados são: avaliações escritas, trabalho individual e
em grupo, relatório de atividades em laboratório, seminários, exposições de trabalhos,
entre outros.
A avaliação só tem sentido quando realizada como instrumento para intervir no
processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.
Neste sentido, quando o educando não obtiver um bom aproveitamento de estudos,
será realizada a recuperação paralela para possibilitar um novo encaminhamento com a
retomada dos conteúdos trabalhados para que ele se aproprie do conhecimento científico.
7 .5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESCOLA ESTADUAL DE FLOR DA SERRA – ENSINO FUNDAMENTAL. Projeto
Político-Pedagógico. Realeza: 2007.
MENEZES, L. C. A matéria. São Paulo: SBF, 2005.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Da Rede Pública
De Educação Básica Do Estado Do Paraná: Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PARANÁ, Secretaria De Estado Da Educação. Livro Didático Público de Física. Curitiba:
SEED-PR, 2006.
ROCHA, J. F. (Org) Origens e evolução das idéias da Física. Salvador: Edufra, 2002.
8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA
8.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Geografia, nos tempos antigos teve importância fundamental na
expansão marítima europeia. Era utilizada como uma ferramenta para a descrição e a
representação dos lugares, permitindo que as metrópoles expandissem seus territórios
conseguindo novas áreas para exploração.
A partir da década de 1930, a Geografia, no Brasil, obteve o status científico com a
criação do primeiro curso a nível universitário na USP e da Associação de Geógrafos
Brasileiros – AGB, em 1934. A necessidade de dominar, conhecer e expandir os interesses
do capital, leva a criação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, no final
78
da década de 1930, com o objetivo de mensurar a construção do espaço brasileiro.
Podemos considerar que até o ano de 1970, os livros didáticos de Geografia,
traziam a matéria como descritiva, fragmentada, sem considerar a realidade, não
apresentando os problemas do mundo aos nossos educandos.
Com o advento da Geografia Crítica, a partir do final do ano de 1970, registrou-se
uma nova corrente de concepção nos estudos geográficos, ocorrendo, principalmente com
inspiração dialética ou marxista, resultante de discussões metodológicas e ideológicas da
Geografia, provocadas pelo texto de Yves Lacoste. “ A Geografia serve, antes de tudo,
para fazer a guerra” e pelo retorno ao Brasil de Milton Santos com seu trabalho “Por uma
Geografia Nova”, publicado em 1978. Para Oliveira (2002) estas obras formaram o material
básico a partir dos quais passou-se a repensar a Geografia e com ela a repensar o Brasil.
A partir da segunda metade dos anos 80, em nível de sala de aula, a Geografia
ganha novos horizontes, vai além da descrição e da análise superficial, para a leitura
crítica dos fatos.
A contemporaneidade obriga a Geografia a buscar uma análise do conjunto de
relações que atuam no processo de construção do Espaço Geográfico.
A geografia é uma ciência que oferece instrumentos essenciais para a compreensão
e intervenção na realidade social. Por meio dela, podemos compreender como diferentes
sociedades interagem com a natureza e na construção do espaço e, assim, adquirir uma
consciência maior dos vínculos afetivos e da identidade que estabelecemos com ele.
Também podemos conhecer as múltiplas relações de um lugar com outros lugares,
distantes no tempo e no espaço e perceber as relações do passado com o presente.
A área da Geografia propõe um trabalho pedagógico que visa a ampliação das
capacidades dos alunos da Educação Básica de observar, conhecer, explicar, comparar e
de representar as características do lugar em que vivem e das diferentes paisagens que
compõem o espaço geográfico. Podemos utilizar a cartografia como instrumento para
orientar e preparar o aluno na interpretação do mundo, desenvolvendo sua linguagem
cartográfica.
O objetivo é estudar as relações entre o processo histórico na formação das
sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura do lugar, do
território, a partir de sua paisagem. Na busca dessa abordagem racional, trabalha com
diferentes noções espaciais e temporais, bem como os fenômenos sociais, culturais e
naturais característicos de cada paisagem, para permitir uma compreensão processual e
dinâmica de sua constituição.
79
Assim, o espaço na Geografia, deve ser considerado uma totalidade dinâmica, onde
interagem fatores sociais, culturais, dinâmicos e políticos. Por ser dinâmica, ela se
transforma ao longo dos tempos históricos e as pessoas a redefinem na sua forma de viver
e de percebê-la.
O estudo da Geografia possibilita aos alunos a compreensão de sua posição no
conjunto das relações da sociedade com a natureza; como e porque suas ações,
individuais ou coletivas em relação aos valores humanos ou à natureza, têm
consequências (tanto para si como para a sociedade). Permite também que adquiram
conhecimentos para compreender as atuais redefinições do conceito de nação e de mundo
onde vivem e que percebam a relevância de uma atitude de solidariedade e de
comprometimento com o espaço geográfico e o destino das futuras gerações. Além disso,
seu objeto de estudo e métodos possibilitam que se compreendam os avanços na
tecnologia, nas ciências e nas artes como resultantes de trabalho e experiências coletivas
e da humanidade, de erros e de acertos no âmbito da política e da ciência, por vezes
permeados de uma visão utilitarista e imediatista do uso da natureza e dos bens
econômicos, ressaltando os problemas ambientais causados por estas atividades.
Desde as primeiras etapas da escolaridade, o ensino da Geografia pode e deve ter
como objetivo mostrar ao aluno que cidadania é também o sentimento de pertencer à uma
realidade em que as relações entre sociedade e natureza formam um todo integrado
(constantemente em transformação) do qual ele faz parte, e que, portanto, precisa
conhecer e do qual se sinta membro participante, afetivamente ligado, responsável e
comprometido historicamente aos valores humanísticos.
As práticas pedagógicas da Geografia, permitem colocar aos alunos as diferentes
situações de vivencia com os lugares, de modo que possa construir compreender novas e
complexas noções a seu respeito, desenvolvendo a capacidade de identificar e refletir
sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo a relação sociedade/natureza.
Essas práticas desenvolvem procedimentos de problematização, observação,
registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais,
culturais, ou naturais que compõem a paisagem e o espaço geográfico, na busca e
formulação de hipóteses e explicações das relações. Nessa perspectiva, procura-se
sempre a valorização da experiência do aluno.
A Geografia abrange um campo extenso de conhecimento, tanto que ela se utiliza
dos conteúdos estruturantes: a dimensão econômica da produção, do/no espaço,
geopolítica, dimensão sócio ambiental, dinâmica cultural e demográfica, que articulam o
80
que é especifico do conhecimento geográfico escolar.
Para partimos da nossa realidade precisamos lembrar da diversidade cultural de
onde provêm nossos alunos, procurando articular culturas (hábitos costumes, religiões,
raças...) de modo que todos sintam-se valorizados, incluindo aí os portadores de
necessidades educacionais especiais e os afro-descendentes.
Dentro das diversas disciplinas será trabalhada a educação Fiscal, introduzida na
escola a partir do presente ano letivo, cujo objetivo é o conhecimento da origem dos
recursos fiscais arrecadados nos municípios.
A Educação do Campo busca construir um olhar para a relação campo e cidade
vistos dentro do princípio da igualdade social e da diversidade cultural e de sua
interdependência.
8.2 CONTEÚDOS
De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os conteúdos
estruturantes da Geografia para a Educação Básica, considerando que seu objeto de
estudo/ensino é o Espaço Geográfico. Cabe salientar que se entende por Conteúdos
Estruturantes os saberes e o conhecimento de grande amplitude que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados basilares e
fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino. A partir deles
derivam-se os conteúdos específicos, a serem trabalhados na relação de ensino e
aprendizagem no cotidiano escolar.
Os Conteúdos Estruturantes podem ultrapassar o campo da pesquisa geográfica,
perpassando outras áreas do conhecimento. Porém, têm seu papel de Conteúdos
Estruturantes da disciplina de Geografia assegurado porque demarcam e articulam o que é
especifico do conhecimento geográfico escolar. Essa especificidade geográfica é
alcançada quando os conteúdos são especializados.
Nestas diretrizes curriculares e para o atual período histórico são eles:
A DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO;
DIMENSÃO SÓCIO-AMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO;
DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO;
DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO.
O esquema a seguir apresenta as relações que devem ser estabelecidas entre o
objeto do estudo da Geografia, seu quadro conceitual de referencia e os Conteúdos
Estruturantes.
81
8.2.1- OBJETO DE ESTUDO / CONCEITO GEOGRÁFICO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
SOCIEDADE
NATUREZA
TERRITÓRIO
REGIÃO
LUGAR
PAISAGEM
Cabe salientar que os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e reúnem em
seus conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade, natureza,
território, região, paisagem, lugar, entre outros), que somente inter-relacionados tornam-se
significativos e contribuem para a compreensão do Espaço Geográfico.
A partir dos conteúdos estruturantes, derivamos conteúdos específicos, os quais
devem ser abordados a partir das relações entre poder, espaço-tempo e sociedade-
natureza, pois essas relações estão perpassando os mesmos, garantindo assim, a
totalidade da abordagem.
8.2.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
6º ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
- Dimensão
econômica do
espaço geográfico;
- Dimensão Política
- As diversas
regionalizações do
espaço geográfico;
- Formação e
- A formação,
localização,
exploração e
utilização dos
- As relações entre
campo e cidade na
sociedade capitalista;
- A evolução
82
Dimensão Política do
Espaço Geográfico
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico
Dimensão SocioambientalEspaço Geográfico
Dimensão Econômicado Espaço Geográfico
do Espaço
Geográfico;
- Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico;
- Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
transformação das
paisagens naturais e
culturais;
Dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
recursos naturais;
- A distribuição
espacial das
atividades produtivas
e a (re)organização
do espaço
geográfico.
demográfica, a
distribuição espacial
da população e os
indicadores
estatísticos;
- A mobilidade
populacional e as
manifestações
socioespaciais da
diversidade culturais.
7º ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
- Dimensão
enconômica do
espaço geográfico;
- Dimensão Política
do Espaço
Geográfico;
- Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico;
- Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
- A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração do
território brasileiro;
- As diversas
regionalizações do
espaço geográfico;
- A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
- As manifestações
socioespaciais da
diversidade culturais;
- A evolução
demográfica da
população, a
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos;
- Movimentos
migratórios e suas
motivações;
- O espaço rural e a
modernização da
agricultura.
- A distribuição
espacial das
atividades produtivas,
a (re)organização do
espaço geográfico;
- A formação, o
crescimento das
cidades, a dinâmica
dos espaços urbanos
e a urbanização;
- A circulação de
mão-de-obra, das
mercadorias e das
informações.
8º ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
- Dimensão
econômica do
espaço geográfico;
- As diversas
regionalizações do
espaço geográfico;
- A distribuição
espacial das
atividades produtivas,
- O espaço rural e a
modernização da
agricultura;
83
- Dimensão Política
do Espaço
Geográfico;
- Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico;
- Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
- A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios do
continente
americano;
- Formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais;
- A Nova Ordem
Mundial, os territórios
supranacionais e o
papel do Estado.
a (re)organização do
espaço geográfico;
- O comércio e suas
implicações
socioespaciais;
- A circulação de
mão-de-obra, do
capital, das
mercadorias e das
informações;
- As manifestações
socioespaciais da
diversidade culturais.
-As relações entre
campo e cidade na
sociedade capitalista;
- A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos;
- Os movimentos
migratórios e suas
motivações.
9º ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
- Dimensão
econômica do
espaço geográfico;
- Dimensão Política
do Espaço
Geográfico;
- Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico;
- Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
- As diversas
regionalizações do
espaço geográfico;
- A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios;
- A Nova Ordem
Mundial, os territórios
supranacionais e o
papel do Estado;
- O espaço em rede;
produção, transporte
e comunicações na
atual configuração
- A Revolução
tecnico-cientifica-
informacional e os
novos arranjos no
espaço da produção;
- O comércio mundial
e as implicações
socioespaciais;
- A distribuição das
atividades produtivas,
a transformação da
paisagem e a
(re)organização do
espaço geográfico;
- A dinâmica da
natureza e sua
- A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos;
- Os movimentos
migratórios mundiais
e suas motivações.
84
territorial. alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
8.2.3 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
1ª Ano
Estruturantes 1º trimestre 2º trimestre 3º trimestre
- Dimensão
econômica do
espaço geográfico;
- Dimensão Política
do Espaço
Geográfico;
- Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico;
- Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
- As diversas
regionalizações do
espaço geográfico;
- A formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios;
- A Nova Ordem
Mundial, os territórios
supranacionais e o
papel do Estado;
- O espaço em rede;
produção, transporte
e comunicações na
atual configuração
territorial.
- A Revolução
tecnico-cientifica-
informacional e os
novos arranjos no
espaço da produção;
- O comércio mundial
e as implicações
socioespaciais;
- A distribuição das
atividades produtivas,
a transformação da
paisagem e a
(re)organização do
espaço geográfico;
- A dinâmica da
natureza e sua
alteração pelo
emprego de
tecnologias de
exploração e
produção.
- A evolução
demográfica da
população, sua
distribuição espacial
e os indicadores
estatísticos;
- Os movimentos
migratórios mundiais
e suas motivações.
2º Ano
Estruturantes 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre
- Dimensão - Formação - As relações entre o - O espaço em rede:
85
econômica do
espaço geográfico;
- Dimensão política
do espaço
geográfico;
- Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico;
- Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios;
- As diversas
regionalizações do
espaço;
- Formação,
localização,
exploração e
utilização dos
recursos naturais;
- O comércio e as
implicações
socioespaciais.
campo e a cidade na
sociedade capitalista;
- Os movimentos
migratórios e suas
motivações;
- A formação, o
crescimento das
cidades, espaços
urbanos e a
urbanização recente;
- O rural e a
modernização da
agricultura.
produção, transporte
e comunicações na
atual configuração
territorial;
- A evolução
demográfica, a
distribuição espacial
da população e os
indicadores
estatísticos;
- As implicações do
processo de
mundialização.
3º Ano
Estruturantes 1º Trimestre 2º Trimestre 3º Trimestre
- Dimensão
econômica do
espaço geográfico;
- Dimensão política
do espaço
geográfico;
- Dimensão
socioambiental do
espaço geográfico;
Dimensão cultural e
demográfica do
espaço geográfico.
- Formação,
mobilidade das
fronteiras e a
reconfiguração dos
territórios;
- A Nova Ordem
Mundial, os territórios
supranacionais e o
papel do estado;
- As implicações
socioespaciais do
processo de
mundialização;
- As diversas
regionalizações do
espaço.
- As relações entre o
campo e a cidade na
sociedade capitalista;
- A formação, o
crescimento das
cidades, a dinâmica
dos espaços urbanos
e a urbanização
recente;
- A circulação de
mão-de-obra, do
capital, das
mercadorias e das
informações;
- A distribuição
espacial das
- O comércio e as
implicações
socioespaciais;
- O espaço em rede:
produção, transporte
e comunicações na
atual configuração
territorial;
- A evolução
demográfica, a
distribuição espacial
da população e os
indicadores
estatísticos;
- Os movimentos
migratórios e suas
86
atividades produtivas
e a (re) organização
do espaço
geográfico;
- A revolução
técnico-científica-
informacional e os
novos arranjos no
espaço da produção.
motivações;
- As manifestações
migratórias e suas
motivações
socioespaciais da
atividade culturais.
8.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A sala de aula é um universo muito complexo. Muitos são os fatores com os quais
estão interagindo em seu interior, desde o campo afetivo entre aluno, escola e professor, o
nível de maturidade e individualidade de cada aluno, assim como o nível de
conhecimentos prévios que cada um carrega consigo, natureza do espaço físico e dos
materiais, recursos didáticos usados na sala de aula até eventuais acontecimentos
inusitados que poderão ocorrer com os alunos e seus familiares, e com seu cotidiano fora
da escola. Tudo isso leva a reflexão sobre determinadas condições que deverão ser
propiciadas no interior da sala de aula.
É importante ter consciência de que exigira do professor uma atitude de mediador
nas interações educativas com seus alunos, outras vezes e dará desafios perante os
conteúdos apresentados que por sua vez poderão estar revelando à realidade do mundo
do aluno e também assumindo a direção da interação no processo educativo, procurando
desenvolver a criatividade e a iniciativa dos alunos.
Qualquer que seja a concepção de aprendizagem e opção de ensino, essas
deverão estar voltadas à formação do educando, e o professor devera ter consciência que
muitos deverão ser os recursos didáticos utilizados no processo de aprendizagem para
contemplar essa diversidade que caracteriza o universo da sala de aula, portanto, cada
aula será sempre um desafio, pois dinâmica desse cotidiano é enriquecedora.
Portanto, desenvolveremos um clima de aceitação e respeito mútuo, em que o erro
seja encarado como o desafio para o aprimoramento do conhecimento e construção de
personalidade e que todos se sintam seguros e confiantes para pedir ajuda.
Estimularemos a ação individualizada do aluno para que este possa desenvolver
87
suas potencialidades, mas que, também esteja aberto a compartilhar com o outro suas
experiências vividas na escola e fora dela.
Ofereceremos oportunidades por meio das tarefas organizadas para a aula em que
vários possam ser os pontos de vista, permitindo ao aluno um posicionamento autônomo,
assim como sua autoestima, atribuindo alguns significados ao produto do seu trabalho
intelectual.
Relacionaremos aspectos sociais, culturais, econômicos, políticos, físicos do
espaço natural bom como integraremos o aluno às problemáticas do mundo globalizado e
a necessidade de interar-se com dinamismo e criatividade as causas do meio onde o
mesmo vive, fundamentados do conhecimento e informações das novas tecnologias,
buscando alternativas para superar crises, entendendo as formas de administração como
propostas de melhorias.
Proporcionaremos debates em sala de aula despertando no aluno o compromisso
de defesa de suas ideias, bem como a escrita e a representação de maquetes, uso de
mapas, gráficos, tabelas, vídeos, pesquisas, relatórios e visitas.
Como os alunos já saem mais de casa, tem contato com pessoas fora da família e
acesso aos meios de comunicação, como TV, Rádio, Internet, Revistas e Jornais. Em
classe manifestam-se e expõe seus pontos de vistas, e os debates tornam-se um modo de
defender princípios e opiniões. Deveremos tirar proveito dessa efervescência juvenil,
valorizando as experiências dos alunos, fazendo-os perceber que a Geografia faz parte do
seu cotidiano.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino de Geografia propõe que os conteúdos
específicos sejam trabalhados de forma prática e dinâmica, de maneira que a teoria,
prática e realidade estejam interligadas em coerência com os fundamentos teóricos
propostos.
Através da metodologia o professor tem por objetivo oferecer aos alunos uma
visão ampliada da Geografia, que vá além da apresentação de nomes de rios, países e
formas de relevo. Deve ser compreendida através de seus conceitos básicos de
sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar, que constituem o verdadeiro
objeto da Geografia. Queremos colocá-lo em contato com um conhecimento geográfico
que tenha significado para o mesmo.
Para atingir esses objetivos, organizamos os conteúdos, destacando os conceitos
que julgamos importantes na construção dos conhecimentos dessa Ciência.
88
Cada tema será tratado a partir do que o aluno já sabe sobre o assunto. A partir
daí novas situações serão propostas para que ele formule novas hipóteses e compreenda
que a Geografia está presente e faz parte de seu cotidiano.
Desta forma, para que se garanta êxito no ensino da Geografia, é necessário a
utilização de diferentes estratégias, tais como:
• Aulas expositivas;
• vídeos (filmes, mini-séries), seminários, palestras, visitas ao bairro, à
empresas, a locais em que identifiquem a natureza como base para o
desenvolvimento tecnológico, e ou simplesmente uma analise natural, viagens,
pesquisas individuais ou em grupo, leitura e interpretação de textos, TV –
assistindo o que ocorre no momento atual (Jornal Nacional, Globo Repórter,
Entrevistas... ).
Trabalhos de pesquisa e apresentação por parte dos alunos;
Trabalhos em grupos e individual, utilizando teoria e prática.
8.4 - AVALIAÇÃO
A disciplina de Geografia propõe um processo de avaliação que seja diagnostica e
continuada, com aplicação de diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura,
interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e
principalmente de diferentes tipos de mapas. Pesquisas de campo, avaliações escritas,
entre outros.
O aluno deverá conhecer as categorias básicas da geografia e ter clareza quanto
ao conceito de espaço, tempo para entender os ritmos e processos culturais e sociais que
influem na construção das paisagens (conceitos de território, região, paisagem, lugar,
sociedade e natureza) para compreensão e intervenção na realidade.
Ao conhecer que as paisagens e os lugares são produtos da ação do homem, o
aluno será capaz de compreender que o mundo é construído pelo trabalho humano.
O aluno deverá compreender que as paisagens geográficas são expressões da
sociedade e da natureza em diferentes épocas e que os fenômenos geográficos definem o
espaço. Trabalhar os conceitos é saber transformá-los em mapas, croquis, gráficos etc.
Ao reconhecer que a sociedade e a natureza são regidas por princípios e leis
89
próprias, o aluno deverá elaborar relações entre tempo e espaço local e global e vice-
versa.
Compreender a dinâmica das paisagens quando a extensão e fronteiras que essa
dinâmica nem sempre é reconhecida pela imagem que nos transmite.
Saber utilizar a pesquisa geográfica como instrumento de construção de seu
conhecimento.
Construir através da linguagem escrita os conceitos como território, lugar,
singularidade e pluralidade de lugares.
Ler e trabalhar com diferentes cartas geográficas em diferentes escalas.
Fazer a inclusão em seu cotidiano atitudes, tais como: ação e reação diante das
questões sociais, culturais e ambientais. Desenvolvimento de uma postura critica em
relação às diferenças que trazem entre tempo social ou histórico e natural.
Desenvolver atitudes de respeito a natureza e portando, à vida, valorizar o
patrimônio sócio cultural e as diversas manifestações culturais, como direitos individuais e
coletivos de cada região ou nação.
O aluno deverá mostrar ou demonstrar que aprendeu através das atividades
propostas quando o mesmo poderá ser observado, analisado e avaliado (textos,
apresentações, provas, trabalhos...).
Toda produção realizada em sala de aula será considerada como parâmetro
avaliativo, respeitando o processo de crescimento individual, o desempenho na realização
das atividades, oral e escrita e o envolvimento na aquisição dos conhecimentos
geográficos.
A Recuperação paralela acontecerá sempre que o professor perceber que partes
de seus alunos não se apropriaram dos conhecimentos mínimos necessários, retomando
de forma diferente os conteúdos.
8.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, M. C. de Geografia: Ciência da Sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
CARLOS, A. F. A. (org.) A Geografia na Sala de Aula. São Paulo: Contexto, 1999.
CASTELAR, Sonia, MAESTRO, VALTER. Geografia. São Paulo: Quinteto Editorial, 2002.
CASTROGIOVANI, Antônio Carlos, CALLAI, Helena Copetti, SCHFFER, Neiva Otero,
KAERCHER, Nestor André. Geografia em Sala de Aula. Porto Alegre:Editora UFRS,
2003.
90
PEREIRA, R. M. F. do A. Da Geografia que se Ensina à Gênese da Geografia Moderna.
Florianópolis: Ed. UFSC, 1989.
SANTOS. M. Por uma Outra Globalização. Rio de Janeiro: Record. 2000.
VESENTINI, José, W. Geografia, Natureza e Sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial: Francisco Beltrão-Pr,
2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de
Geografia para o Ensino Básico. Curitiba - Pr, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Regimento Escolar – Colégio Estadual
Industrial. Francisco Beltrão, Paraná, 2008.
9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA
9.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Até a década de 70, o ensino de História era predominantemente tradicional,
valorizando alguns personagens como sujeitos da História, na sua atuação em fatos
políticos, onde os conteúdos eram abordados de forma factual e linear. A prática
pedagógica era marcada por aulas expositivas, onde os alunos memorizavam e repetiam o
que lhes era ensinado como verdade.
A História passou a ser disciplina escolar obrigatória, a partir da criação do Colégio
D. Pedro II, em 1837. No mesmo ano foi criado o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
(IHGB), que instituiu a História como disciplina acadêmica.
A produção dos manuais eram elaborados com a influência da Escola Metódica e do
Positivismo, que também caracterizavam a História política do país. A História era
ensinada como fontes de verdade e valorizava os heróis, personagens políticos da história,
justificando o modelo de nação brasileira, vista como extensão da História da Europa
Ocidental. Exaltava as raças brancas, índias e negras predominando a ideologia do
branqueamento.
Este modelo foi mantido no início da República (1889) e o Colégio D. Pedro II
continuava sendo referência na organização educacional brasileira.
No governo de Getúlio Vargas a disciplina de História retorna ao Currículo escolar
vinculada ao projeto político nacionalista do Estado Novo, através da Lei Orgânica do
91
Ensino secundário, cujo acesso era restrito à elite, com o objetivo de conduzir o povo,
reforçando o caráter moral e cívico dos conteúdos.
Desde o inicio da década de 1930 diversos debates teóricos trataram da Inclusão
dos Estudos Sociais.
Neste sentido o Ensino de História tanto como prioridade ajustar o aluno ao
cumprimento dos seus deveres patrióticos e privilegiava noções e conceitos básicos para
adaptá-los a realidade. Ao aluno cabia deixar-se conduzir rumo ao futuro já traçado.
A partir da segunda metade da década de 1980 e no início de 1990, cresceram os
debates em torno das reformas democráticas, área educacional, onde o ensino de História
passa por reformulações e restruturações, contemplando as liberdades individuais e
coletivas no país. A produção dos materiais didáticos procurou incorporar essa nova visão.
A História é a ciência que tem como objeto de estudo as múltiplas manifestações e
transformações das ações humanas, relacionadas com a natureza e do homem com o
homem, no tempo e no espaço, desde seu aparecimento na terra até a atualidade.
É importante destacar neste PPC que recusamos uma concepção de história pronta
e definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano, sem diálogo
com as outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de história seja marcado
pelo dogmatismo e pela ortodoxia. Recusamos também as produções historiográficas que
afirmam não existir objetividade possível em história, sendo, portanto, todas as afirmativas
igualmente válidas. Destaca-se também que os consensos mínimos construídos no debate
entre as vertentes teóricas não são meras opiniões, mas fundamentos do conhecimento
histórico que serão tidos como referenciais para construção deste Projeto Político
Pedagógico.
A produção do conhecimento histórico tem como conteúdos estruturantes: As
Relações de Poder, Relações de Trabalho e Relações de Cultura. Tendo como referencial
teórico que sustenta a investigação da História Política, sócio-econômica e cultural à luz da
Nova Esquerda Inglesa, da Nova História e da Nova História Cultural. Que insere conceitos
relativos ao desenvolvimento da consciência histórica.
A História é a ciência que tem como um dos objetivos de estudo as múltiplas
manifestações e transformações das ações humanas, relacionadas com a natureza e do
homem com o homem, no tempo e no espaço, desde seu aparecimento na terra até a
atualidade. Pretende reinterpretar o passado, a partir das possibilidades abertas pela ação
humana coletiva, permitindo que o conhecimento adquirido possibilite o desbravar de
fronteiras imaginadas no presente e no futuro.
92
9.2 CONTEÚDOS
9.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL
6º ano
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.
Conteúdos Básicos:
Experiência humana no Tempo;
Sujeitos suas relações com outro no Tempo;
As Culturas locais e a Cultura Comum;
Conteúdos Específicos
1º trimestre
1- Produção do conhecimento histórico;
1.1 O historiador e a produção do conhecimento histórico,
1.2 Tempo, temporalidade, fontes, documentos, patrimônio material e imaterial, pesquisas.
2- Articulação da História com outras áreas do conhecimento.
2-1 Arqueologia, antropologia, paleontologia,geografia,geologia,sociologia,etnologia e
outras.
3- Arqueologia no Brasil
3-1 Lagoa Santa Luzia(MG)
3-2 Serra da Capivara(PI)
3-3 Sambaquis(PR)
4- A humanidade e a História
4-1 De onde viemos, quem somos, como sabemos? (fontes,História do aluno, História da
Escola)
5- Surgimento,desenvolvimento as humanidades e grandes migrações
5-1 Teorias do surgimento do homem na América.
5-2 Mitos e lendas da origem do homem
5-3 Desconstrução do conceito de Pré- História.
5-4 Povos ágrafos, memória e história oral.
2º trimestre
1- Povos indígenas no Brasil e no Paraná
1.1 Ameríndios do território brasileiro (Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng)
93
a)Organização política, social e trabalho;
b)Religião;
c)Catequização ( Jesuítas);
d)Massacres e doenças;
e)Troncos linguísticos.
2- As Primeiras civilizações na América
2.2Olmecas, Mochicas, Tinawacus, Maias, Incas e Astecas.
2.3.Ameríndios da América do Norte
a)Aspectos gerais da organização social, trabalho e poder.
3.China;
3.1.Índia;
a)Relações de poder, trabalho e Cultura.
4- Situação do índio atual no Paraná atual.
3º trimestre
5-Primeiras Civilizações na África
5.1.Egito;
5.2.Mesopotâmia
a) Aspectos da vida social, política, cultural, religiosa e econômica.
6- Povos da Europa
6.1.Gregos;
6.2.Romanos;
a)Relações de poder, Cultura e Trabalho.
7ª Ano,+
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.
Conteúdos Básicos:
As relações de propriedades;
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
As relações entre o campo e a cidade;
Conflitos e resistência/ e produção cultura campo/cidade
Conteúdos Específicos
1º Trimestre
1-Idade Média- Sociedade, Religião, economia e política;
94
2-Idade Moderna
2-1 Renascimento
2-2 O Protestantismo e a Reforma católica
2-3-Consolidação dos Estados Nacionais
2º Trimestre
3- Absolutismo (inglês e francês)
4-A formação de Portugal e da Espanha
4-1 A Reconquista4-2 A Revolução de Avis
5-A expansão marítima europeia
6- O Mercantilismo
3º Trimestre
7-África e Ásia
7-1 Reinos africanos
7-2 Os Impérios Asiáticos
8-O Continente americano-(séc.XV_XVI)
8-1 Incas, Maias, Astecas e Tupi-Guarani
8-1 Modo de vida e de Guerra
8º Ano
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.
Conteúdos Básicos:
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
Conteúdos Específicos
1º Trimestre
1- REVISÃO : Iluminismo.
Revolução Francesa / Inglesa.
2-Revolução Industrial
2.1 -O movimento operário e os socialismos.
2.2 -Imperialismo e neocolonialismo.
2.3- A expansão dos Estados Unidos da América.
3- Brasil
95
3.1– Brasil : O Primeiro Reinado (1822-1831)
3.2- Brasil: O governo dos Regentes (1831-1840)
3.3- Brasil: As Revoltas contra o Império (1835-1845).
4- A sociedade brasileira no Segundo Reinado.
5- Processos de independência na América Espanhola
6- O processo de independência política do Brasil
7-PARANÁ.
7.1- Emancipação Política.
2º Trimestre
1-Os conflitos entre os países sul-americanos.
1.1 – Conflitos Platinos.
1.2 - Alianças perigosas.
1.3 - A Guerra da Tríplice Aliança.
1.4 – A Guerra do Pacífico.
2- A Segunda Revolução Industrial.
2.1 – Números da industrialização.
2.2 – Aumento da produtividade.
2.3 – A linha de produção.
2.4 – Cartéis,Trustes, Holdings
3-As Revoluções Liberais
3.1 – 1848- Um ano de revoluções.(França – Alemanha)
4-As Migrações para o Brasil
4.1 – Substituição de mão-de- obra. ( livres e escravos)
4.2 – Parceria e Colonato.
4.3 – Imigração.
5-Brasil : A Abolição da Escravidão .(1845-1888)
5-1 Lei de terras-1850
3º Trimestre
1- A Proclamação da República Brasileira (1870-1889)
1.1 – Os projetos republicanos.
1.1 – A questão religiosa.
1.2 – Os militares querem o poder.
1.3 – A preparação do golpe.
1.4 – Oligarquia, coronelismo, clientelismo.
96
2- O primeiro governo militar brasileiro ( 1889-1894).
2.1 – A República da Espada.
2.2 – O encilhamento.
2.3 – Governos de Deodoro e Floriano Peixoto..
2.4 – Revolução federalista.
3-Brasil : O governo dos cafeicultores
3.1 – Coronelismo.
3.2 – O poder do café.
3.3 – A política dos governadores.
3.4 – O voto do cabresto.
3.5 – O cangaço.
4-Messianismo no Brasil
4.1 – Canudos. (relação com a denominação”favela”)
4.2 – O Contestado.
5-Urbanização e higienismo no Brasil.
5-1 – As cidades e as doenças.
5.2 – A Revolta da Vacina.
5.3- Urbanização do Paraná
6-Breve contextualização da Revolução Mexicana
6.1 – Camponeses e latifundiários.
6.2 – Guerra Civil.
6.3 – A Constituição de 1917.
6.4 – O fim da Revolução.
9ºAno
Conteúdos Estruturantes:
●Relações de Poder
●Relações de Trabalho
●Relações de Cultura
Conteúdos Básicos:
●A constituição das instituições sociais
●A formação do estado
●Sujeitos, Guerras e Revoluções
Conteúdos Específicos
1º Trimestre
97
1. Revisão:
1.1 Neocolonialismo.
2. A Primeira Guerra Mundial
2.1 conflito (causas), confronto (consequências)
2.2 Estados Unidos entram na guerra.
2.3 O tratado de Versalhes
3. As revoluções Russas
3.1 A Rússia Czarista.
3.2 A Revolução de 1905, Revolução de Fevereiro, Revolução de Outubro.
3.3 Governo socialista, medidas capitalistas.
3.4 Fortalecimento do Estado.
4. A Semana da Arte Moderna
5. A Crise de 29 ( consequências no Brasil)
5.1 A quebra da bolsa de Nova York.
5.2 O New Deal.
5.3 Crise do Café/ Industrialização
6. Brasil 1930: Golpe ou Revolução
6.1 O movimento de 1930.
6.2 As eleições (Getúlio Vargas)
6.3 O poder do voto.
7. O Governo Provisório de Getúlio Vargas (1930-1934)
8. Comunistas e Fascistas no Brasil (1930-1938) e Itália
8.1 Integralistas e comunistas
8.2 AIB E ANL
8.3 Guerra civil Espanhola
9. O Estado Novo (Getúlio Vargas)
9.1 Golpe de Estado
9.2 Controle e propaganda
10. A Segunda Guerra Mundial
10.1 O inicio da Guerra (causas)
10.2 Os campos de concentração
10.3 Frentes de batalha
10.4 Fim da Guerra (consequências)
2º Trimestre
98
1.Guerra Fria (Vietnã e Coréia)
2. Descolonização da África e da Ásia
3. A Revolução Chinesa
3.1 De império a República Popular
3.2 A Revolução Camponesa
3.3 Governo Comunista
3.4 Revolução Cultural
4. Os Conflitos no Oriente Médio
4.1 A criação de Israel
4.2 A Guerra Árabe-Israelense
4.3 Os Palestinos
4.4 A Guerra dos Seis dias
4.5 A Guerra Irã-Iraque
3º Trimestre
1. A revolução cubana e a Crise dos Mísseis
1.1 Comunistas na América
1.2 A revolução cubana
2. As Ditaduras na América Latina
3. Brasil
3.1 Golpe de Estado (1961-1964)
3.2 Governo militares (1964-1969)
3.3 Milagre econômico(1969-1979)
3.4 Fim da Ditadura(1974-1989)
3.5 Fim da Guerra Fria (1980-1991)
3.6 Brasil: Collor a Lula (1990-2005)
4. Construção do Paraná Moderno
4.1 Governos: Manoel Ribas, Moisés Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto, Ney Braga
4.2 Revolta dos Colonos
4.3 Década de 50 no Paraná
4.4 O regime Militar no Paraná
5. Populismo Na América Latina (Argentina, Bolívia)
9.2.2 - ENSINO MÉDIO
9.2.2.1 - Conteúdos Estruturantes:
99
Relações de Poder, Relações de Trabalho, Relações de Cultura.
9.2.2.2 - Conteúdos Básicos:
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
1ª ANO
1º Trimestre:
- Introdução aos Estudos histórico – a construção da História.
- As origens e o desenvolvimento inicial da humanidade.
- Das primeiras aldeias aos primeiros Estados.
- A identidade do homem americano.
- A civilização que floresce às margens do Rio Nilo.
- Mesopotâmia, o berço da civilização.
- As civilizações hebraica e fenícia.
2º Trimestre:
- As civilizações clássicas:
* O legado da Grécia para o mundo ocidental.
* O esplendor de Roma.
* A África Antiga.
3º Trimestre:
- Idade Média: A Alta Idade Média
* Nascimento e expansão do islamismo
* A civilização bizantina
- A Baixa Idade Média
* Consolidação das monarquias na Europa Moderna (relações culturais no Brasil).
- O Estado Absolutista.
- Renascimento cultural e científico.
2ª ANO
1º Trimestre:
- As grandes navegações
- O mundo do trabalho em diferentes sociedades (os diferentes povos da América).
- Colonização da América espanhola (os espanhóis em terras paranaense) e inglesa.
- Os portugueses em terras brasileiras:
100
* organização política e administrativa
* economia açucareira
* mineração
- Religião e Sociedade
- A colonização do Paraná pelos portugueses.
2º Trimestre:
- O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais
- Movimentos sociais, políticos e religiosos na sociedade moderna (Reforma
Religiosa/Iluminismo).
- Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séc.XVII e
XIX – Revoluções Industrial e Francesa (império napoleônico, Congresso de Viena )
- O processo de Independência na América:
- América inglesa
- América espanhola
- América portuguesa
3º Trimestre:
- O primeiro Reinado e Período Regencial.
- Urbanização e industrialização no século XIX no Brasil e no Paraná:
* A sociedade e a economia brasileira os períodos imperiais/ Emancipação política do
Paraná.
* A formação dos EUA
* A unificação da Itália e da Alemanha
- O Governo de D. Pedro II (economia, escravidão e abolição, imigração, Guerra do
Paraguai).
- Proclamação da República.
3ª ANO
1º Trimestre:
- O Brasil na República Velha
- Imperialismo
- Primeira Guerra Mundial
- Revolução Russa
- Crise de 1929
- Regimes Totalitários na Europa (Nazismo e Fascismo)
2º Trimestre:
101
- Regime Totalitário no Brasil (A Era Vargas; o Paraná na Era Vargas)
- A Segunda Guerra Mundial
- Governos Populistas
- As revoluções na América Latina.
− As lutas Sociais no Brasil nos anos 50 e 60 do século XX
3º Trimestre:
- A Ditadura Militar no Brasil
- O colapso do Socialismo.
- Redemocratização do Brasil até os dias atuais.
- O mundo atual (preconceito/ racismo – ataques terroristas)
- Urbanização e industrialização na sociedade brasileira.
- Urbanização e Industrialização do Paraná na atualidade.
9.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Para que esse encaminhamento metodológico seja possível o professor terá que ir
além dos livros didático, uma vez que a produção historiográfica não se limita apenas à um
livro. Além disso, as imagens, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras museus, filmes, músicas, sites etc, são documentos que podem ser utilizados
pelos professores de História como fontes pesquisa de grande valor na construção do
conhecimento histórico.
A biblioteca tem um papel fundamental neste encaminhamento para que o aluno
amplie seus conteúdos. Também os alunos deverão ser instigados na sua capacidade de
questionar e criticar os conteúdos e as abordagens existentes no texto consultado de
modo que gradativamente estes busquem a autonomia na busca do conhecimento.
Considerando o uso de diferentes documentos e fontes históricas em sala de aula para
que os alunos desenvolvam a autonomia intelectual.
Caberá ao professor problematizar a partir do conteúdo a produção do
conhecimento histórico, considerando que a apropriação do mesmo pelos educandos é
processual, e deste modo exigirá que seja constantemente retomado.
A construção do conhecimento histórico se dá a partir da realidade do educando,
analisando diferentes documentos, possibilitando analisar a “história vista de baixo”, e
produzindo narrativas próprias.
9.4 - AVALIAÇÃO
102
O processo de avaliação será trimestral, diagnóstico, contínuo, cumulativo e
processual. Praticada sob as formas de atribuição de qualidade ao resultado da
aprendizagem, tendo por base seus aspectos essenciais, devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno considerando suas características individuais. Será
oportunizado três avaliações com valor 10,0, com trabalhos e atividades gerais (tarefas em
casa, atividades em sala de aula, seminários, divididos, gerando a média trimestral.
A recuperação será paralela (retomada de conteúdos), organizada com atividades
significativas por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados,
possibilitando a intervenção em tempo hábil no processo de ensino e aprendizagem.
Para avaliar nossos alunos será necessária diferentes atividades:
●Leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos
históricos;
●Produção de narrativas históricas;
● Pesquisas bibliográficas;
●Sistematização de conceitos históricos;
●Apresentação de seminários;
●Provas orais e escritas;
A considerar os conteúdos de História efetivamente tratados em aula, essenciais para
o desenvolvimento da consciência histórica , eis alguns critérios a serem observados na
avaliação dos alunos ao longo do Ensino fundamental e Médio:
●Os conteúdos e os conceitos históricos estão sendo apropriados?
●O conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo de diferentes
dimensões e contexto histórico propostos para o nível de ensino em questão?
●Os conceitos históricos para analisar diferentes contextos estão sendo empregados?
● A história com prática social da qual participaram como sujeitos de seu tempo estão
sendo compreendidos?
●As diferentes conjunturas históricas a partir das Relações de Trabalho, Poder e
Cultural estão sendo analisadas?
● O aluno compreende que o conhecimento histórico é produzido com base no
método da problematização de distintas fontes documentais, a partir das quais o
pesquisador produz a narrativa histórica?
● A partir do conhecimento dos processos históricos, o aluno explicita o respeito à
diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica?
● O aluno compreende que a produção do conhecimento histórico já existente pode
103
ser aceito, rejeitado ou completado?
Estas sugestões mostram ao professor as possibilidades de substituir as práticas
avaliativas de memorização e que não se esgotam, podendo o professor valer-se de outras
atividades.
9.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BURKE, Peter. Abertura: A Nova História, seu Passado, seu Futuro. In.:(org). A Escrita
da História: novas perspectivas. São Paulo, UNESP, 1992. Pp. 7-37.
PARANÁ, Secretária de Estado da Educação Superintendência de Educação. Cadernos
Temáticos – História e Cultura Afro-brasileira e Africana – Departamento de Ensino
Fundamental – Curitiba – PR, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública
de Educação Básica do Estado do Paraná – História. Curitiba – PR, 2008.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão -
PR, 2008.
10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA
10.1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A linguagem consiste em uma atividade eminentemente social e envolve múltiplos
elementos, pois além da constituição de sujeitos interlocutores e da produção de sentido,
abrange também o próprio processo de construção do conhecimento.
Segundo Geraldi (1991), “a linguagem não é o trabalho de um artesão, mas
trabalho social e histórico seu e dos outros e é para os outros e com os outros que ela se
constitui”.
Assim, a linguagem precisa ser construída na interação, tendo em vista que ela
permeia todos os nossos atos e articula nossas relações com os outros, com os objetos e
com o meio. É pela linguagem que o homem se reconhece humano, interage e troca
experiências, compreende a realidade em que está inserido e assume o seu papel como
integrante da sociedade.
Diante das constantes mudanças ocorridas no meio social a percepção das
inúmeras relações de poder, é preciso um novo posicionamento na prática pedagógica.
104
Faz-se necessário que a Língua Portuguesa e a Literatura sejam possibilidade para o
sujeito interagir de forma dinâmica e histórica, promovendo, também, reflexões que levem
à efetiva Inclusão, ao resgate histórico e valorização da Cultura Afro e ao entendimento da
Educação Fiscal como instrumentos de constituição da cidadania.
O ensino de Língua Portuguesa / Literatura deve constituir uma prática social,
ancorada na concepção de língua como discurso, privilegiando o contato real do estudante
com a multiplicidade de gêneros textuais que são produzidos e circulam socialmente.
Esses gêneros devem se constituir em objeto de estudos em sala de aula como
experiências reais de uso efetivo da língua materna. Atividades de leitura, escrita e
oralidade devem, pois ser abordadas como atividades sociais significativas entre sujeitos
históricos e vivenciadas em situações concretas. O domínio da língua oral e escrita é
fundamental para participação social e efetiva, pois é por meio dele que o homem se
comunica, tem acesso a informações, expressa e defende pontos de vista, partilha ou
constrói visões de mundo e produz conhecimento.
O Plano de Trabalho Docente de Língua Portuguesa ressalta a importância do
trabalho com gêneros no ambiente escolar e num processo de interação professor/aluno,
visando a trabalhar com a língua em seus mais diversos usos no cotidiano através dos
gêneros discursivos. Isso permite uma observação maior, tanto na oralidade como na
escrita em seus usos culturais, mas sem forçar a criação de gêneros que circulam apenas
na escola.
Assim, a intervenção do professor sobre gêneros trabalhados em sala de aula, virá
propiciar uma reflexão e análise da prática docente, ao mesmo tempo, que funcionará
como um instrumento que a reforce.
O objeto de estudo de Língua Portuguesa / Literatura é a língua em uso (oralidade,
leitura e escrita), em diferentes situações. Serão suscitadas situações discursivas em
contextos de práticas sociais diferentes e a reflexão sobre a produção, escrita, lida , falada
e/ou ouvida será de modo a caracterizar o gênero, ou seja, serão identificadas no seu
suporte ( onde a produção veicula; no rádio, na revista, no jornal...) tipo (de narrar, de
relatar, de argumentar...gênero (conto, crônica, editorial, entrevista discurso de defesa...).
a literatura será estudada como espaço dialógico para permitir expansão lúdica e crítica,
ou seja, como um aprofundamento do pensamento crítico e da sensibilidade estética.
Dar-se-á, também, enfase ao reconhecimento da norma culta e da gramaticalidade
pertinentes à Língua.
O conteúdo da disciplina perpassará as três práticas (oralidade, leitura e escrita) visto
105
que, é permeado pelo uso das mesmas que se dará o aprimoramento do domínio da
língua padrão. Por meio da reflexão sobre a Língua, que abarca a gramática, mas uma
gramática funcional, contextualizada serão estudados os recursos estilísticos, os aspectos
textuais, como coesão e coerência interna do texto, a intencionalidade, a intertextualidade,
a contextualização, a situacionalidade, a referenciação e a análise de recursos expressivos
entre outros. Desta forma, a reflexão e a prática de análise linguística estarão centradas no
TEXTO = produção social – escrito lido falado/ouvido.
Com isso, será garantido o domínio de práticas socioverbais indispensáveis à vida
cidadã: a escrita argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo e a
vivência com a escrita literária.
A língua oral será trabalhada em diferentes situações de uso, levando o aluno a
adequá-la em cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas
no discurso do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos. O uso da língua escrita,
por sua vez será desenvolvido em situações discursivas realizadas pelo meio de práticas
sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os
gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura.
O aluno será levado a refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, bem
como os elementos gramaticais empregados na sua organização. Através da leitura o
aluno irá aprimorar seu contato com os textos literários, com a capacidade de expressar o
pensamento critico bem como sua sensibilidade estética, propiciando através da leitura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as
praticas discursivas.
• Garantir o domínio de práticas sócio verbais indispensáveis à vida cidadã: a
escrita argumentativa, a escrita informativa, a escrita de apoio cognitivo e a
vivência com a escrita literária;
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas no
discurso do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas pelo
meio de praticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos,
o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e
106
tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização;
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
critico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da leitura, a
constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho
com as praticas da oralidade, da leitura e da escrita.
10.2 - CONTEÚDOS
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
PRÁTICA DA
ORALIDADE
PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA
1º TRIMESTRE
Relatos de histórias
ouvidas ou lidas;
Relato de fatos cotidianos;
2º TRIMESTRE
Declamação de poesias;
Transmissão de
informações;
1º TRIMESTRE
Leituras orais, observando
entonação, dicção e
postura, privilegiando os
seguintes gêneros:
narrativos e informativos,
poéticos, piadas, trava-
línguas e histórias em
quadrinhos;
2º TRIMESTRE
Leitura de livros de ficção;
Estabelecimento de
relações interpessoais a
partir da leitura dos
diversos gêneros;
Promoção do espírito
crítico a partir da interação
social pela leitura de
1º TRIMESTRE
Produção e reprodução de
textos narrativos, informativos
e opinativos;
Elaboração de bilhetes, avisos,
poemas e histórias em
quadrinho;
Acentuação e pontuação
dentro dos diversos gêneros
textuais;
2º TRIMESTRE
Morfologia observando a
funcionalidade, dando ênfase
ao substantivo, adjetivo, artigo,
numeral e pronome;
107
3º TRIMESTRE
Compreensão da relação
entre oralidade e escrita.
infográficos e
propagandas;
3º TRIMESTRE
Construção de novos
significados das relações
feitas entre a leitura de
textos verbais e não
verbais e a situação
sociocultural do aluno;
Exploração do caráter
dialógico dos textos.
3º TRIMESTRE
Compreensão do sistema
fonológico e sua
aplicabilidade: divisão silábica,
dígrafo, encontros vocálicos e
consoantes.
7º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
PRÁTICA DA
ORALIDADE
PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA
1º TRIMESTRE
Relatos de histórias
ouvidas ou lidas;
Relato de fatos
cotidianos;
1º TRIMESTRE
Leitura oral, observando
entonação, dicção e
postura, privilegiando os
seguintes gêneros:
narrativos e informativos,
poéticos, piadas, trava-
línguas e histórias em
quadrinhos;
Leitura de livros de ficção;
1º TRIMESTRE
Produção e reprodução de
textos instrucionais;
Revisão das classes de
palavras, a observando a
funcionalidade, dando ênfase
ao substantivo, adjetivo, artigo
e numeral;
Ortografia, pontuação e
acentuação, observando a
108
2º TRIMESTRE
Declamação de poesias;
Transmissão de
informações;
3º TRIMESTRE
Compreensão da relação
entre oralidade e escrita.
Estabelecimento de
relações interpessoais a
partir da leitura dos
diversos gêneros;
2º TRIMESTRE
Promoção do espírito crítico
a partir da interação social
pela leitura de infográficos e
propagandas;
3º TRIMESTRE
Construção de novos
significados das relações
feitas entre a leitura de
textos verbais e não verbais
e a situação sociocultural
do aluno;
Exploração do caráter
dialógico dos textos.
funcionalidade;
Elaboração de poemas,
história em quadrinhos,
notícias;
Transposição da linguagem
informal para formal;
2º TRIMESTRE
Análise de provérbios,
anedotas e propagandas;
Morfologia com inclusão de
novas classes gramaticais:
verbos, advérbios,
preposição, interjeições,
conjunções, fazendo reflexões
sobre a língua;
3º TRIMESTRE
Identificação, produção de
textos e re-estruturação de
textos narrativos e descritivos;
8º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
PRÁTICA DA
ORALIDADE
PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA
1º TRIMESTRE
Relatos de histórias
1º TRIMESTRE
Leituras orais, observando
1º TRIMESTRE
Revisão das classes de
109
ouvidas ou lidas;
Relato de fatos cotidianos;
2º TRIMESTRE
Declamação de poesias;
Transmissão de
informações;
3º TRIMESTRE
Compreensão da relação
entre oralidade e escrita.
entonação, dicção e
postura, privilegiando os
seguintes gêneros:
narrativos e informativos,
poéticos, piadas, trava-
línguas e histórias em
quadrinhos;
Leitura de livros de ficção;
Estabelecimento de
relações interpessoais a
partir da leitura dos diversos
gêneros;
Promoção do espírito crítico
a partir da interação social
pela leitura de infográficos e
propagandas;
2º TRIMESTRE
Construção de novos
significados das relações
feitas entre a leitura de
textos verbais e não verbais
e a situação sociocultural
do aluno;
3º TRIMESTRE
Exploração do caráter
dialógico dos textos.
Reflexão sobre a
intencionalidade do texto
jornalístico.
palavras
Produção e reprodução de
textos jornalísticos,
publicitários, entrevistas e
notícias;
Termos essenciais da oração:
Sujeito e Predicado e sua
classificação;
2º TRIMESTRE
Analise sintática: Verbos
transitivos, intransitivos e suas
classificações;
Poemas observando formas e
conteúdos;
Resumo como forma de
detectar e reproduzir no texto
escrito;
3º TRIMESTRE
Análise sintática: adjuntos
adverbiais e adnominais;
Morfologia enfatizando
110
conjunções visando
estabelecer coesão e
coerência textual;
9º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
PRÁTICA DA
ORALIDADE
PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA
1º TRIMESTRE
Relatos de histórias
ouvidas ou lidas;
Relato de fatos cotidianos;
2º TRIMESTRE
Declamação de poesias;
Transmissão de
informações;
1º TRIMESTRE
Leitura oral, observando
entonação, dicção e
postura, privilegiando os
seguintes gêneros:
narrativos e informativos,
poéticos, piadas, trava-
línguas e histórias em
quadrinhos
Leitura de livros de ficção;
Estabelecimento de
relações interpessoais a
partir da leitura dos
diversos gêneros;
2º TRIMESTRE
Promoção do espírito crítico
a partir da interação social
pela leitura de infográficos e
propagandas;
Construção de novos
1º TRIMESTRE
Revisão de todas as classes
gramaticais como pré-
requisito: período simples;
Compreensão da estrutura do
período simples;
2º TRIMESTRE
Compreensão do uso da
língua de forma construtiva e
denotativa nos textos em
prosa e verso, destacando
alguns recursos estilísticos
111
3º TRIMESTRE
Compreensão da relação
entre oralidade e escrita.
significados das relações
feitas entre a leitura de
textos verbais e não verbais
e a situação sociocultural
do aluno;
3º TRIMESTRE
Exploração do caráter
dialógico dos textos.
Reflexão sobre a
intencionalidade do texto
jornalístico.
como: metáfora, comparação,
antítese, hipérbole, ironia e
personificação;
Coordenadas e subordinadas;
3º TRIMESTRE
Transposição de discursos;
Produção e análise de artigo
e opinião editorial
Conjunções- conectivas
Período composto por
subordinação.
10.2.1 - ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.
1ª ANO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
PRÁTICA DA
ORALIDADE
PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA
1º TRIMESTRE
Relatos de histórias
ouvidas ou lidas;
2º TRIMESTRE
Relato de fatos
1º TRIMESTRE
Interpessoais a partir da
leitura dos diversos
gêneros;
2º TRIMESTRE
Promoção do espírito
1º TRIMESTRE
Produção de textos da ordem
do NARRAR, do RELATAR,
do EXPOR e do
DESCREVER, atendendo
as características
sócio-comunicativas em que o
gênero abordado se situa.
2º TRIMESTRE
112
cotidianos;
Declamação de poesias;
Transmissão de
informações;
3º TRIMESTRE
Compreensão da relação
entre oralidade e escrita.
crítico a partir da interação
social pela leitura de
infográficos e
propagandas;
3º TRIMESTRE
Construção de novos
significados das relações
feitas entre a leitura de
textos verbais e não
verbais e a situação
sociocultural do aluno;
Exploração do caráter
dialógico dos textos..
Refracção dede textos com o
objetivo de refletir sobre
as possibilidades de construção
e adequação dos
elementos composicionais,
formais e estruturais dos
diferentes gêneros.
3º TRIMESTRE
Elaboração de resumos
como instrumento auxiliar
na aprendizagem dos
conteúdos básicos das
diversas disciplinas do
currículo escolar.
Sistematização de
fenômenos linguísticos a
partir da leitura e produção de
113
textos: noções de
fonética, acentuação,
pontuação, estrutura e formação
de palavras.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL. 2ª ANOCONTEÚDOS ESPECÍFICOS: PRÁTICA DA
ORALIDADE
PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA
1º TRIMESTRE 1º TRIMESTRE 1º TRIMESTREENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE : O DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL.
3ª ANO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
PRÁTICA DA
ORALIDADE
PRÁTICA DA LEITURA PRÁTICA DA ESCRITA
1º TRIMESTRE
Relatos de histórias
ouvidas ou lidas;
2º TRIMESTRE
Relato de fatos
cotidianos;
Declamação de poesias;
1º TRIMESTRE
Leitura oral, observando
entonação, dicção e
postura, privilegiando os
seguintes gêneros:
narrativos e informativos,
poéticos, piadas, trava-
línguas e histórias em
quadrinhos;
Leitura de livros de ficção;
2º TRIMESTRE
Estabelecimento de
relações interpessoais a
1º TRIMESTRE
Produção de textos da ordem do
NARRAR, do RELATAR, do
EXPOR e do DESCREVER,
atendendo as características
sócio-comunicativas em que o
gênero abordado se situa.
2º TRIMESTRE
Refacção dede textos com o
objetivo de refletir sobre as
114
Transmissão de
informações;
3º TRIMESTRE
Compreensão da relação
entre oralidade e escrita.
partir da leitura dos
diversos gêneros;
Promoção do espírito crítico
a partir da interação social
pela leitura de infográficos
e propagandas;
3º TRIMESTRE
Construção de novos
significados das relações
feitas entre a leitura de
textos verbais e não verbais
e a situação sociocultural
do aluno;
Exploração do caráter
dialógico dos textos.
possibilidades de construção e
adequação dos elementos
composicionais, formais e
estruturais dos diferentes
gêneros.
Trabalhos de pesquisa sobre
Inclusão, Cultura Afro e
Educação Fiscal como suporte
para a apresentação de mini-
palestras.
3º TRIMESTRE
Atividades de reflexão e
atualização de ocorrências
gramaticais: concordância
nominal e verbal, regência
nominal e verbal, emprego do
sinal indicativo de crase, termos
da oração e período composto,
elementos de coesão e
coerência na constituição textual.
Trabalhos de pesquisa sobre os
períodos literários e sua relação
com o momento histórico, as
Artes e o cotidian.
10.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A concepção de linguagem que orienta esta proposta é a do sociointeracionismo,
que reconhece a natureza social da linguagem enquanto produto de uma necessidade
histórica do homem de organizar-se socialmente, de trocar experiências com outros
115
indivíduos e de produzir conhecimentos. Usamos a língua através de enunciados
concretos que ouvimos e reproduzimos na interação com as pessoas que nos rodeiam.
Considerar a natureza social da linguagem implica reconhecer os gêneros textuais como
a materialização da interação os falantes. Por essa razão eles – os gêneros – constituirão
o objeto de estudo das aulas de Língua Portuguesa.
Com o pressuposto de que texto não e exclusividade da palavra, serão
trabalhados não só gêneros textuais literários e jornalísticos, mas também anúncios
publicitários, gráficos, fotos, quadros, cartum, e outros. Esse entrelaçamento de textos, dos
mais variados gêneros, permitirá um trabalho constante de intertextualidade, com vistas a
possibilitar ao aluno articular diferentes linguagens e seus conceitos.
As reflexões sobre a língua envolverão a compreensão não só de sua realidade
estrutural, mas também de sua realidade social e histórica. O convívio constante e amplo
com gêneros textuais em língua padrão oportunizará ao aluno condições para o domínio
dessa variedade socialmente privilegiada e da qual ele precisa apropriar-se para não ser
linguisticamente discriminado.
Tanto nas séries do Ensino Fundamental, quanto nas do Ensino Médio dos turnos
diurno ou noturno busca-se garantir o reconhecimento e o uso dos conteúdos abordados,
oportunizando ao aluno o aprimoramento da capacidade de escrever ou falar de maneira
adequada nas diversas situações de comunicação.
10.4 AVALIAÇÃO
A avaliação terá função formativa e servirá como oportunidade de reflexão sobre o
próprio processo de ensino e seus resultados para verificar o rendimento das práticas
pedagógicas.
Afim de que os alunos estejam cientes de como e por que serão avaliados, os
critérios serão estabelecidos de forma juntamente com eles e de forma clara no inicio de
cada período letivo.
Os critérios de avaliação de texto escrito procurarão aferir a qualidade tendo em
vista as especificidades de cada modalidade, previamente apresentadas, ilustradas e
vivenciadas nas aulas de leitura. De posse desses critérios, os problemas identificados
serão discutidos com os alunos para que busquem conjuntamente as medidas necessárias
para solucioná-los.
Com relação à oralidade, também de posse de critérios previamente
estabelecidos, observa-se–a adequação da escolha da linguagem ao momento e às
116
condições de expressão. Quando ajustes se fizerem necessários, levar-se-á em conta
sempre o respeito ao falante.
Na prática da leitura, será observado o empenho do aluno no reconhecimento de
elementos fundamentais, principalmente o tema, a confrontação com os outros textos
verbais ou não verbais e o diálogo que cada uma dessas de linguagens estabelece com a
atualidade.
A avaliação será instrumento para acompanhar o desenvolvimento dos educandos,
servirá para o continuo aprimoramento do processo e só terá razão de ser se, por meio
dela, o aluno puder aprender mais e melhor.
A recuperação paralela será realizada sempre que houver necessidade de
apropriação de conteúdos por parte dos alunos, em forma de: atividades de pesquisa,
monitoria, leitura e produção de textos, tarefas extraclasse, trabalhos orais/ escritos e
reavaliações.
10.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro & interação. São Paulo: Parábola
Editorial, 2003.
BAKHTIN, Mikail. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1981.
BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os Gêneros do Discurso: uma
perspectiva enunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em
Linguística) Aplicada ao Ensino de Línguas, Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, São Paulo, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais –
Disciplina de Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.
GOODMAN, K. S. O Processo de Leitura: Considerações a Respeito das
Línguas e do Desenvolvimento. In: PALACIOS, M.; FERREIRO, E. Os processos de
leitura e de escrita: novas perspectivas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
KLEIMAN, Ângela. Oficina de Leitura Teoria e Prática. Campinas: Pontes, 1993.
ORLANDI, Eni P. Discurso & Leitura. São Paulo/Campinas: Cortez/Editora da UNICAMP,
1988.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Industrial. Francisco
Beltrão, 2008.
PARANÁ. Regimento Escolar do Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão, 2008.
117
SMITH, Frank. Compreendendo a Leitura: Uma Análise Psicolinguística da Leitura e
do Aprender a Ler. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura e de Escrita. Porto Alegre: Artmed, 1998.
11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
11.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
, Com o estudo da Matemática e a necessária abstração, tentava-se justificar a
existência de uma ordem universal e imutável, tanto na natureza como na sociedade.
Com a sistematização das matemáticas estáticas, desenvolveu-se a aritmética, a
geometria, a álgebra e a trigonometria (RIBNIKOV, 1987).
Existem várias formas de definir a matemática: o estudo de padrões de quantidade,
estrutura, mudanças e espaço; a ciência do raciocínio lógico; a investigação de estruturas
abstratas. De qualquer forma, um dos seus maiores valores é o fato de constituir uma
verdadeira ferramenta, uma vez que contém em si mesma a capacidade de resolução de
problemas. Com ela podemos organizar, simplificar e interpretar dados bem como efetuar
inúmeros cálculos, além de muitas outras potencialidades que nos podem ajudar no dia –
dia de casa, de escola, do trabalho.
É certo, pois os nossos alunos não podem viver sem ela. A inimizade dos alunos
diante da matemática é de longa data e caracteriza numa luta por nós educadores, pais, e
todos os demais envolvidos na Educação, que não podemos deixar de travar. Procurar
métodos inovadores, metodologias mais eficazes, para que os alunos encontrem na
Matemática uma verdadeira forma de apreciar o conhecimento.
A Matemática, quando trabalhada de maneira adequada, ajuda no desenvolvimento
do raciocínio favorece o modo de pensar independente e contribui para que se aprenda a
tomar decisões. Ela é útil nas profissões e na formação de cidadãos.
A aprendizagem da Matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao
aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se
capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo, supera o
ensino baseado apenas em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas
ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios.
118
O ensino da Matemática na educação básica é justificado pela riqueza
proporcionando ao aluno oportunidades de exercitar e desenvolver suas faculdades
intelectuais. A Matemática deve ser ensinada nas escolas porque é parte substancial do
patrimônio cognitivo da Humanidade. O ensino da Matemática se justifica pelos elementos
enriquecedores do pensamento Matemático na formação intelectual do aluno, seja pela
exatidão do pensamento lógico - demonstrativo que ela exibe, seja pelo exercício criativo
da intuição, da imaginação e dos raciocínios por indução e analogia. O ensino da
Matemática é também importante para dotar o aluno do instrumental necessário no estudo
das outras ciências e capacitá-lo no trato das atividades práticas que envolvem aspectos
quantitativos da realidade, tendo como objeto de estudo as formas espaciais e as
quantidades.
Sendo assim pode-se afirmar que os objetivos básicos da Educação Matemática
visam desenvolvê-la enquanto campo de investigação e de produção de conhecimento –
natureza científica – e a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da
Matemática a natureza pragmática Para Miguel Miorim (2004, p. 70) “a finalidade da
Educação Matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos, etc.” Outra finalidade apontada pelos autores “é fazer com que
o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de
natureza diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do
cidadão, isto é, do homem público”(id. 2004, p. 71).
O ensino da matemática que leva essa formação do estudo será feito com
metodologias que procuram alterar as maneiras pelas quais se ensina matemática, que
podem ser através da resolução de problemas, modelagem matemática, história da
matemática, etnomatemática, uso de mídias tecnológicas e investigações matemáticas .
Elaborar problemas, partindo da História da Matemática, é oportunizar ao aluno conhecer a
Matemática como campo do conhecimento que se encontra em construção e pensar em
um ensino, não apenas em resolver exercícios repetitivos e padronizados, sem nenhuma
relação com os outros campos do conhecimento. É também, uma possibilidade de dividir
com eles as dúvidas e questionamentos que levam à construção da Ciência Matemática.
Demonstrar a Matemática como Ciência em processo de construção de forma a
relacionar ensino, aprendizagem e conhecimento matemático;
Formar um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais,
bem como na prevenção ao uso de drogas, no enfrentamento à violência;
Construir o conhecimento matemático, por meio de uma visão histórica em que os
119
conceitos foram apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na
formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das idéias e
das tecnologias;
Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades
matemáticas, generalizações e apropriações de linguagem adequada para descrever e
interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento, e ainda,
que a partir desse conhecimento matemático, seja possível o estudante criticar questões
sociais, políticas, econômicas e históricas;
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está
centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), 47 Secretaria de Estado
da Educação do Paraná e envolve o estudo de processos que investigam como o
estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto
de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70).
Investiga, também, como o aluno, por intermédio do conhecimento matemático,
desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como
cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os
conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na
formação do pensamento do aluno.
Transpor para a prática docente o objeto matemático construído historicamente e
possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto;
Viabilizar ao professor de Matemática balizar sua ação docente, fundamentada
numa ação reflexiva que concebe a Ciência Matemática como uma atividade humana que
se encontra em construção;
Mostrar a Matemática do ponto de vista do seu fazer, do seu pensar e de sua
construção histórica, assim, buscando a sua compreensão.
Fazer um comparativo do conhecimento elaborado da humanidade historicamente
produzido com a prática cotidiano.
Ampliar o conhecimento matemático do ser humano visando contribuir numa ação
reflexiva para o desenvolvimento social, econômico, cultural e ético no contexto que está
inserido;
Proporcionar a todo e qualquer aluno, mesmo apresentando necessidades
especiais, um ambiente em que ele se sinta parte do processo educativo.
120
11.2 CONTEÚDOS
Os conteúdos do ensino básico estão de acordo com as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Estado do Paraná – Matemática - 2008. Os conteúdos estruturantes
são referências que permitem aos professores contemplar a tradição da matemática com
disciplina escolar. Estas orientações têm como objetivo dar certa uniformidade aos
conteúdos específicos da Matemática ofertados aos diferentes níveis e modalidades de
ensino.
Para o ensino fundamental e ensino Médio da Rede Pública Estadual e para nosso
Colégio temos a seguinte distribuição
11.2.1 ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
Trimestre CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÀSICOS ESPECÍFICOS
1º
Números e Álgebra
Leitura e escrita de números grandes;
Números Naturais;
Números simétricos.
Geometrias
Bloco retangular Cubo e suas propriedades mais
evidentes.
Identificação de prismas e pirâmides, cilindros, cones
e esferas.
Geometria plana;
Geometria espacial.
Grandezas e Medidas
Medidas com régua;
Medidas de comprimento;
Medidas de área;
Medidas de volume com os respectivos sólidos
geométricos( Bloco Retangular e Cubo).
Perpendiculares e Paralelas;
Simetria.
Tratamento da
Informação
Interpretação de tabelas e gráficos de barras.
121
2º
Geometrias Construções geométricas em papel quadriculado
Números e Álgebra Múltiplos e Divisores;
Sequências;
Números Fracionários;
Números mistos;
Números decimais.
Tratamento da
Informação
Porcentagens;
Tabelas e Gráficos
Grandezas e Medidas
Medidas de comprimento.
3º
Números e Álgebra
Potenciação e Radiciação;
Frações equivalentes.
Grandezas e Medidas
Medidas de Área
Tratamento da
Informação
Média Aritmética;
Estatística
7º ANO
1º
Números e Álgebra
Sistemas de Numeração;
Números fracionários;
Números decimais;
Números Negativos.
Grandezas e medidas
Medidas de ângulos.
Geometrias Circunferências
122
Simetria.
2º Números e Álgebra
Equações de 1º grau;
Grandezas Diretamente e
Inversamente proporcionais.
Geometrias
Geometria Plana (Poliedros,
Vistas, Mapas, Plantas e
Cortes);
Localização no Plano.
3º
Números e Álgebra
Padrões Numéricos
Grandezas e medidas
Medidas;
Perímetros;
Áreas;
Volumes.
Tratamento da Informação
Porcentagens;
Gráficos.
Geometrias
Geometria plana;
Geometria Espacial
8º Ano
Conteúdos
Estruturante
s
Conteúdos
Básicos
Conteúdos
Específicos
123
Números
e
Álgebra
1º
2º
- Números Racionais e
Irracionais;
- Sistemas de Equações
do 1º grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis.
- Raiz quadrada exata e
aproximada de números racionais
(extração);
- Reconhecer número irracional
em diferentes contextos;
- Operações com números
irracionais;
- Compreender e Identificar o
número π (pi) como número
irracional especial;
- Notação Científica (compreender
o objetivo e sua aplicação);
- Sistema de equações do 1º grau
(operar com o sistema);
- Operações com Monômios e
Polinômios;
- Produtos Notáveis e expressões
algébricas (em problemas que os
envolvam).
Grandeza
e
Medidas
2º
3º
- Medidas de
Comprimento;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de ângulos.
- Comprimento da circunferência
(calcular);
- Comprimento e área de
polígonos e círculo (calcular);
- Ângulos formados por retas
paralelas interceptadas por uma
transversal (identificação);
- Cálculo de área e volume de
poliedros.
Geometrias
2º
3º
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria não-
euclidianas
- Triângulos semelhantes
(reconhecer);
- Ângulos internos do triângulo e
de polígonos regulares (identificar
e somar);
124
- Noção de paralelismo (traçar e
reconhecer retas paralelas num
plano);
- Sistema de coordenadas
cartesianas. Marcar pontos,
identificação os pares ordenados
(abscissa e ordenada) analise de
seus elementos;
- Fractais (visualização e
manipulação de materiais e suas
propriedades).
Tratamento
da
Informação
1º
3º
- Gráfico e Informação;
- População e Amostra.
- Interpretação e representação de
dados em diferentes gráficos
(Barras, Linhas, Setores,
pictogramas);
- Conceito de amostra (utilizar no
levantamento de dados).
9º Ano
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdos
Básicos
Conteúdos
Específicos
Números
e
Álgebra
1º
- Números Reais;
- Propriedades dos
radicais;
- Operações com expoentes fracionários;
- Identificação de potências com expoentes
fracionários como sendo radical. Aplicação
das propriedades / simplificação.
- Extração de Raiz quadrada usando
fatoração.
Números
e
Álgebra
1º
2º
- Equação do 2º
grau;
- Teorema de
Pitágoras;
- Sistemas de
- Equação do 2º grau completa e
incompleta;
- Raízes de uma equação do 2º grau;
- Determinação das raízes de uma
equação do 2º grau utilizando diferentes
125
equações do 2º
grau;
processos;
- Interpretação de problemas em
linguagem gráfica e algébrica.
Números
e
Álgebra
2º
- Equações
Irracionais;
- Equações
Biquadradas;
- Regra de três
composta.
- Equações irracionais (identificação e
resolução);
- Equações biquadradas (Resolução por
meio da eq. 2º grau -noção);
- Regra de três composta (em situações-
problema).
Geometrias 2º
- Geometria Plana
(sistema
cartesiano);
- Relação entre polígonos semelhantes
(verificação).
Funções 2º
- Noção intuitiva de
Função Afim;
- Noção intuitiva de
Função
Quadrática.
- Dependência de uma variável em relação
à outra (expressar essa dependência);
- Função afim e sua representação gráfica,
incluindo sua declividade em relação ao
sinal da função (reconhecer e analisar
graficamente);
- Gráficos com tabelas que descrevem
uma função (relacionar);
- Função quadrática e sua representação
gráfica associando a concavidade da
parábola em relação ao sinal da função
(reconhecer e analisar graficamente).
Geometrias 3º
- Geometria Plana;
- Geometria
Espacial;
- Geometria
Analítica;
- Geometrias não-
euclidianas
- Circunferência e circulo, congruência e
semelhança de figuras;
- Semelhança de triângulos / seguimentos
proporcionais (conhecer, compreender e
utilizá-la na resolução de situações-
problema);
- Teorema de Tales (em situações-
problema);
126
- Noções básicas de geometria projetiva.
Grandezas
e
Medidas
3º
- Teorema de
Tales;
- Semelhança de
triângulos;
- Relações
Métricas no
Triângulo
Retângulo;
- Trigonometria no
Triângulo
Retângulo.
- Relações métricas e trigonométricas no
triângulo retângulo (conhecer e aplicá-la);
- Medidas dos lados de um triângulo
retângulo (utilizando o Teorema de
Pitágoras);
- Cálculo da superfície e volume de
poliedros.
Tratamento
da
Informação
3º
- Noções de
Análise
Combinatória;
-Noções de
Probabilidade;
- Estatística;
- Juros Compostos
- Situações-problemas (envolvendo o
raciocínio combinatório em contagens,
aplicando o princípio multiplicativo);
- Descrição de espaço amostral em um
experimento aleatório;
- Probabilidades (cálculo das chances de
ocorrência de um determinado evento);
- Situações-problemas (envolvendo juros
compostos).
11.2.2 ENSINO MÉDIO
Trimestre 1º Ano 2º Ano 3º Ano
1º
Números e Álgebra
-Números reais e
Intervalos;
-Equações,
Inequações;
Exponenciais,Modulare
s e Logarítmicas.
Funções
-Progressão Aritmética;
-Progressão
Geométrica.
Geometrias
-Geometria Analítica;
-Geometria Espacial;
-Geometria Não-
Euclidiana
Grandezas e Medidas
-Medidas de Volume;
Grandezas e Medidas Números e Álgebra Números e Álgebra
127
2º
-Medidas de área;
-Trigonometria
Geometrias
-Geometria Plana.
Funções
-Função Afim;
-Função Quadrática;
-Função Polinomial;
-Sistemas Lineares;
-Matrizes e
Determinantes;
-Números Complexos;
-Polinômios.
3º
Funções
-Função Exponencial;
-Função Logarítmica;
-Função Modular;
-Função
Trigonométrica;
-Progressão Aritmética;
-Progressão
Geométrica;
Tratamento da
Informação
-Análise Combinatória;
-Binômio de Newton;
-Estudo das
Probabilidades.
Tratamento da
Informação
-Estatística;
-Matemática Financeira;
11.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A proposta Metodológica da disciplina visa desenvolver os diversos campos de
investigação e de produção do conhecimento de natureza científica, propiciando melhor
qualidade de ensino e de aprendizagem da Matemática, de modo a que o estudante possa
construir através do saber matemático, valores e atitudes de naturezas diversas, visando a
formação integral do ser humano e particularmente da sociedade, do cidadão e do homem
público.
Ao serem abordados numa prática docente, os conteúdos estruturantes evocam
outros conteúdos estruturantes, conteúdos básicos e específicos, priorizando relações e
interdependências que, consequentemente, enriquecem os processos pelos quais
acontecem aprendizagens em Matemática. O olhar que se volta para os conteúdos
estruturantes não é hermético. A articulação entre os conhecimentos presentes em cada
conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem ser tratados em
deferentes momentos e, quando situações de aprendizagens possibilitam, por ser
retomados e aprofundados.
128
Portanto, busca-se direcionar o trabalho docente de forma que o mesmo se paute
em abordagens a partir dos inter-relacionamentos e articulações entre os conceitos de
cada conteúdo específico.
Com a perspectiva de um trabalho docente com conteúdos de Matemática,
pensados a partir de uma noção que vise romper com abordagens que apregoam a
fragmentação de tais conteúdos como se eles existissem em patamares distintos e sem
vínculos.
Dessa forma, como proposta das Diretrizes Curriculares Estaduais, seguem-se
considerações sobre as tendências metodológicas elencadas e estudadas pela Educação
Matemática, as quais devem dar ação no processo de ensino-aprendizagem nos
conteúdos estruturantes e seus desdobramentos propostos para a disciplina de
Matemática, Assim:
10.3.1 - Etnomatemática
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância social
que produzem conhecimento matemático. Esta tendência leva em consideração que não
existe um único saber, mas vários saberes distintos e nenhum menos importante que
outro. As manifestações matemáticas são percebidas através de diferentes teorias e
práticas, das mais diversas áreas que emergem dos ambientes culturais.
A etnomatemática considera uma organização da sociedade que permite o exercício
da critica e na análise da realidade. Nesse sentido, é um importante campo de
investigação que, por meio da Educação Matemática, prioriza um ensino que valoriza a
história dos estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais e de
raízes culturais de outros grupos.
11.3.2 - Modelagem Matemática
Essa abordagem tem como pressuposto que o ensino e a aprendizagem da
Matemática podem ser potencializados quando se problematizam situações do cotidiano. A
Modelagem Matemática, ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no
contexto social, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre
situações de vida. A Modelagem Matemática consiste na arte de transformar problemas
reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na
linguagem do mundo real.
Diante das possibilidades de situações diferenciadas de aprendizagens oriundas da
129
Modelagem Matemática, esta tendência contribui para a formação do estudante ao
possibilitar maneiras pelas quais os conteúdos de Matemática sejam abordados na prática
docente, cujo resultado será um aprendizado significativo.
11.3.3 - Resolução de Problemas
Uma das razões de ensinar Matemática é abordar os conteúdos matemáticos a
partir da resolução de problemas, meio pelo qual, o estudante terá a oportunidade de
aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um
problema, o estudante precisa ter condições de buscar várias alternativas que almejam a
solução. É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas
são metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes dispõem
utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata, pois muitas vezes, é preciso
levantar hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um exercício
para alguns e um problema para outros, dependendo dos seus conhecimentos prévios.
11.3.4 - Mídias Tecnológicas
No contexto da Educação Matemática, os ambientes de aprendizagem gerados por
aplicativos informáticos, dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo
de ensino e da aprendizagem. O uso de mídias tem suscitado novas questões, sejam elas
em relação ao currículo, à experimentação Matemática, às possibilidades do surgimento
de novos conceitos e de novas teorias matemáticas (Borba 1999). Atividades realizadas
com o uso do lápis e do papel, ou mesmo o quadro e o giz como a construção de gráficos,
por exemplo, como o uso dos computadores amplia as possibilidades de observação e
investigação, visto que algumas etapas formais de construção são sintetizadas (D’
Ambrosio, 1989).
Os recursos tecnológicos, sejam eles o software, a televisão, as calculadoras,
osaplicativos da Internet entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas,
potencializando formas de resolução de problemas. A Internet segundo Tajra (2002) é
outro recurso que também pode favorecer a formação de várias comunidades virtuais que,
relacionadas entre si, promovem trocas e ganhos de aprendizagem.
11.3.5 - História da Matemática
É importante entender a História da Matemática no contexto da prática escolar como
componente necessário de um dos objetivos primordiais da Matemática. Sendo assim se
130
faz necessário que os estudantes compreendam a natureza da Matemática e a sua
relevância na vida da humanidade. Não se trata com esta tendência histórica de, apenas,
retratar curiosidades ou um conjunto de biografias de matemáticos famosos, mas sim, de
vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias
históricas e às correntes filosóficas que determinavam o pensamento e influenciavam no
avanço científico de cada época.
Considera-se a História da Matemática como um elemento orientador na elaboração
de atividades, na criação das situações-problema, na fonte de busca, na compreensão e
como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Possibilita o levantamento e a
discussão das razões para a aceitação de certos fatos, raciocínios e procedimentos por
parte do estudante. Para Miguel e Miorim (2004) a história permite refletir sobre as
explicações dadas aos porquês da Matemática, bem como, para a promoção de ensino e
da aprendizagem da Matemática escolar baseada na compreensão e na significação. É
pela História da Matemática que se tem possibilidade do estudante entender como o
conhecimento matemático é construído historicamente.
11.3.6 - Investigação Matemática
Investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas acontecem de forma
diferente do que na resolução de problemas e exercícios. O objeto a ser investigado não é
explicitado pelo professor, porém o método de investigação deverá ser indicado através,
por exemplo, de uma introdução oral, de maneira que o aluno compreenda o significado de
investigar. Assim, uma mesma situação apresentada poderá ter objetos de investigação
distintos por diferentes grupos de alunos. E mais, se os grupos partirem de pontos de
investigações diferentes, com certeza obterão resultados também diferentes.
Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um matemático, não
apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente, porque formula
conjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações e refutações,
discutindo e argumentando com seus colegas e com o professor. Esse é exatamente o
processo de construção da matemática pelos matemáticos e, portanto, o espírito da
atividade matemática genuína está presente na sala de aula. Enfim, investigar significa
procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior de toda ação pedagógica.
11.4 - AVALIAÇÃO
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
131
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com
preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
( Regimento escolar, art.102-pág.44)
Mudanças na maneira de conceber a aprendizagem e de abordar os conteúdos
matemáticos implicam mudar o modo de avaliar e seus objetivos. Deve- se olhar a
avaliação como parte integrante do processo educativo. Sendo assim ela não pode ter
apenas caráter de finalização de etapas.
O processo de avaliação é trimestral, contínua e praticada sob forma de atribuição
de qualidade aos resultados da aprendizagem, tendo por base seus aspectos essenciais,
como objetivo final, uma tomada de decisão que direciona o aprendizado e,
consequentemente, o desenvolvimento do aluno. Seu registro é expresso em documento
próprio, considerando a atuação do mesmo, frente ao processo ensino-aprendizagem.
Observa-se que a utilização de formas inovadoras de avaliação traz benefícios ao
processo educativo pois assim ela assume uma nova função: a de auxiliar e orientar os
estudantes sobre o desenvolvimento de suas capacidades e competências, bem como
auxiliar o professor a identificar se os objetivos a que se propôs foram atingidos.
A avaliação também fornece ao professor informações sobre como está ocorrendo a
aprendizagem de seus alunos quanto a conceitos adquiridos, raciocínios desenvolvidos e
domínio de certas regras, possibilitando uma reflexão continua sobre sua prática em sala
de aula.
As diferentes formas de avaliar, sejam elas provas, trabalhos, participação em
atividades desenvolvidas em sala de aula ou fora dela, devem contemplar explicações,
justificativas e argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio
que muitas vezes não ficam evidentes em avaliações escritas.
Ao final de cada unidade de ensino ou blocos de conteúdos os professores
farão no mínimo uma avaliação escrita com peso 10,0, sendo que ao final do
trimestre deverá haver no mínimo três (3) avaliações com peso 10,0 cada
uma, dividido pelo número de avaliações realizadas, formando a média
trimestral.( P.P.P-2010 pág 41).
As estratégias alternativas de avaliação devem possibilitar que o professor verifique
se os alunos sabem utilizar corretamente o pensamento Matemático para questionar,
132
argumentar, formular hipóteses e apresentar diferentes soluções para situações
desafiadoras. Ao aluno que apresentar dificuldades de aprendizagem e necessidades
especiais, serão oferecidas reorientação e recuperação paralela sempre que houver
necessidade, priorizando a aprendizagem assim a nota será uma consequência.
Como instrumentos de avaliação: Observações diárias; Registro de atividades;
Interação dialógica com o aluno; Trabalhos de pesquisa; Tarefas diárias; Provas e testes;
Participação; Frequência; Aulas práticas; Atividades extraclasses.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
• comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);
• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• elabora um plano que possibilite a solução do problema;
• encontra meio diversos para a resolução de um problema matemático;
• realiza o retrospecto da solução de um problema.
Ao aluno que apresentar dificuldades de aprendizagem será ofertada a recuperação
paralela ou seja recuperação de estudos, através de revisão dos conteúdos com exercícios
realizados em sala de aula, trabalhos, pesquisa, jogos, novas avaliações e metodologias
diferenciadas quando necessário, sempre respeitando o Projeto Político Pedagógico e o
Regimento Escolar do Colégio.
11.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁVILA, G. Objetivos do Ensino da Matemática. Revista do Professor de Matemática 27.
1995.
GROENWALD, C. L. O. A Matemática e o Desenvolvimento do Raciocínio Lógico.
Educação Matemática em Revista- RS. janeiro de 1999.
IMENES, Luiz Márcio. Matemática para Todos: 8º série, 4° ciclo/ São Paulo: Scipione,
2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes
Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná –
Matemática. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,
2010.
133
PARANÁ, Regimento Escolar. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,2008
TOSATTO, Cláudia Miriam. Ideias e Relações: 8° Série- Matemática, 1° edição- Curitiba,
2002.
12. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA
12.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Química é a ciência da matéria ,que estuda suas propriedades e
transformações. Esta disciplina apresenta uma particularidade ímpar, pois se apropria e
necessita de todos os saberes das demais disciplinas curriculares, pois é aplicado no seu
aprendizado. Esta ciência evidencia a necessidade de uma leitura mais aprimorada do
mundo em que vivemos.
Desta forma quando estudamos Química precisamos relacionar as propriedades
de uma substância com sua estrutura, descrever, prever, compreender os fenômenos
ocorridos ,interpretar suas diferentes linguagens para melhor compreender a natureza e
sua matéria.
“ Para iniciar as discussões sobre a importância do ensino de Química,
considera-se essencial retomar fatos marcantes da história do conhecimento
químico em suas inter-relações econômica ,política e social. Inicialmente ,o
ser humano obteve a partir do fogo seus benefícios. Desses benefícios, a
extração produção e o tratamento de metais como o cobre, o bronze e o ouro
merecem destaque na história da humanidade ,no que diz respeito aos fatos
políticos, religiosos e sociais que o envolvem”( DCE –SEED Paraná pág
382).
Na Idade Média , os alquimistas que norteavam seus experimentos na busca pelo
Elixir da Longa Vida e da Pedra Filosofal , conseguiram relacionaram vários metais e a
descoberta do oleum de vitriolo .
Na Europa, a alquimia chegou “ [...] através de textos árabes ,os quais por sua vez
,já eram traduções e adaptações de velhos textos helenísticos ou de traduções caldaicas”
(ALFONSO –GOLDFARB ,2001 ,P.29)( DCE –SEED PR , pág. 383)
A partir do século XVII ,os estudiosos já passaram a perceber a natureza sem
134
mistérios. A Química teve então seu marco como constituição de Ciência no final do
século XVIII com a publicação do “Traité Elémentaire de Chimie ,escrito por Lavoiser.
O século XIX, com a Revolução Industrial, se tornou o grande marco transformador
“das coisas”. Por exemplo medicamentos começaram a ser produzidos, a indústria de
corantes ascendeu e as primeiras fibras sintéticas passaram a fazer parte do cotidiano das
pessoas, garantindo-lhes uma nova forma de viver.
Neste período, o lugar da ciência, em especial a QUIMICA passa a ser privilegiada
pois segundo CHASSOT:
[...]a ciência deixou de identificar-se com o desencanto do mundo. Neste
período de transição , a ciência hoje expressa nossas interrogações frente a
um mundo mais complexo e mais inesperado do que poderia imaginar a
ciência clássica. A ciência está se libertando dos laços ideológicos do século
XVII europeu e procurando uma linguagem mais universal , mais respeitosa
de outras tradições e de outras problemáticas. Talvez nesta atmosfera
renovada veremos (...)novas forças no encontro entre nossos saberes e
nossos poderes .Mais do que nunca, a ciência aparece como um dos mais
fascinantes diálogos que o homem já travou.(CHASSOT, 1977 ,p. 181)
Esta concepção histórica da disciplina possibilita uma abordagem pedagógica
crítica da Química ,que visa ultrapassar a subserviência da educação ao mercado de
trabalho.( DCE – SEED Paraná)
Neste sentido ressalta-se que ensinar Química é mostrar também que temos o
dever de manter um ambiente saudável, para as futuras gerações. Sempre levando em
consideração a potencialidade de cada ser, identificando valores comerciais dos produtos
comercializados, indicando as possíveis substituições, vejamos aqui o caso dos remédios
genéricos, que chegam a uma diferença exorbitante de até 90% ou mais no preço de outro
de renome no campo da medicina. Ressaltar a importância dos valores humanos, que
estão sendo ignorados por comodidade ou acomodação da sociedade que aceita o que é
imposto como correto sem se dar conta desta ou daquela situação, intenciona-se assim
educar pessoas críticas que possam pensar e agir individualmente, porém pelo bem
coletivo e que sejam efetivos cidadãos construtores e detentores de um mundo melhor.
• Ter noções de Química que instrumentalize o cidadão para as aplicações dos
conteúdos conhecimentos químicos e da tecnologia da sociedade.
• Proteger a vida das gerações futuras proporcionando condições para que todos
135
tenham acesso aos benefícios da química.
• Aprender acercados materiais, suas ocorrências, seus processos de obtenção e
suas aplicações, traçando paralelos com o desenvolvimento social e econômico do
homem contemporâneo.
12.2 - CONTEÚDOS
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Química, o ensino da disciplina
está fundamentado em três conteúdos estruturantes:
MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA;
Com base na proposta de Mortimer e Machado (2000) o centro do objeto de
estudo da Química são as Substâncias e Materiais, sustentado pela tríade Composição,
Propriedades e Transformações. A intenção é ampliar a possibilidade dos conceitos
químicos e não vinculá-los a nomes fórmulas complexas de pouco entendimento para o
aluno.
No conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, realizamos uma abordagem
da História da Química para sua melhor compreensão. O estudo dos modelos atômicos
contribuem para o estudo posterior de conteúdos mais elaborados.
Em Biogeoquímica procura-se entender as complexas relações existentes
entre os seres vivos, a natureza e as substâncias químicas. Através da química sintética
estudamos a síntese de novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos
produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia, fertilizantes e agrotóxicos.
1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
1- MATÉRIA Constituição da matéria;
Estados de agregação;
Natureza elétrica da matéria;
Modelos atômicos
(Rutherford, Thomson,
136
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
2- SOLUÇÕES
3- VELOCIDADE DAS
REAÇÕES
4- LIGAÇÕES QUÍMICAS
5- RADIOATIVIDADE
6- FUNÇÕES QUÍMICAS
Dalton, Bohr...); Estudo dos
metais; Tabela periódica.
Substância: simples e
composta; Misturas; Métodos
de separação; Tabela
periódica.
Reações QUÍMICAS; Lei das
reações químicas;
Representações das reações
químicas; Tabela periódica.
Interações Intermoleculares
e as propriedades das
substâncias moleculares.
Modelos atômicos
(Rutherford); Elementos
químicos (radioativos);
Tabela periódica.
Funções Inorgânicas; Tabela
periódica.
2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDOS
ESPECÍFICOS
Matéria e sua natureza 1- MATÉRIA Constituição da matéria;
Tabela periódica.
137
Biogeoquímica
Química Sintética
2-SOLUÇÕES
3- VELOCIDADE DE
REAÇÃO
4- EQUILÍBRIO QUÍMICO
Solubilidade; Concentração;
Forças
intermoleculares;Temperatur
a e pressão;Densidade;
Disperção e suspensão;
Tabela periódica.
Reações Químicas;
Condições fundamentais
para ocorrência das reações
químicas (natureza dos
reagentes, contato entre os
reagentes, teoria de colisão);
Fatores que interferem na
velocidade das reações
(superfície de contato,
temperatura, catalisador,
concentração dos reagentes,
inibidores); Lei da velocidade
das reações químicas;
Tabela periódica.
Reações químicas
reversíveis; Concentração;
Relações matemáticas e o
equilíbrio químico (constante
de equilíbrio); Deslocamento
de equilíbrio (princípio de Lê
Chatelier): concentração,
pressão, temperatura e efeito
138
5- LIGAÇÕES QUÍMICAS
6- REAÇÕES QUÍMICAS
dos catalisadores; Equilíbrio
químico em meio aquoso (ph,
constante de ionização, Ks);
Tabela periódica.
Solubilidade e as ligações
químicas; Interações
intermoleculares e as
propriedades das
substâncias moleculares;
Tabela periódica.
Reações de oxirredução;
Reações exotérmicas e
endotérmicas; Diagramas
das reações exotérmicas e
endotérmicas; Variação de
entalpia; Calorias; Equações
termoquímicas; Princípios da
termodinâmica; Lei de Hess;
Entropia e energia livre;
Calorimetria; Tabela
periódica.
3º ANO
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
CONTEÚDO BÁSICO
MATÉRIA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Constituição da matéria; Tabela
periódica.
Modelos atômicos (Rutherford);
Elementos químicos
(radioativos); Tabela periódica;
139
QUÍMICA SINTÉTICA
RADIOATIVIDADE
SOLUÇÕES (Petróleo)
VELOCIDADE DAS
REAÇÕES
LIGAÇÃO QUÍMICA
FUNÇÕES QUÍMICAS
Reações químicas;Velocidades
das reações; Emissões
radioativas; Leis da
radioatividade; Cinética das
reações químicas; Fenômenos
radioativos (fusão e fissão
nuclear);
Substâncias simples e composta;
Misturas; Métodos de separação;
Forças intermoleculares, Tabela
periódica.
Reações químicas;
Representação das reações
químicas; Tabela periódica.
Tabela periódica; Propriedades
dos materiais; Tipos de ligações
químicas em relação aos
materiais; Ligações de
Hidrogênio; Ligações sigma e pi;
Ligações polares e apolares;
Alotropia.
Funções Orgânicas; Tabela
periódica.
140
MATÉRIA E SUA
NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA
QUÍMICA SINTÉTICA
MATÉRIA
RADIOATIVIDADE
SOLUÇÕES (Petróleo)
VELOCIDADE DAS
REAÇÕES
LIGAÇÃO QUÍMICA
Constituição da matéria; Tabela
periódica.
Modelos atômicos (Rutherford);
Elementos químicos
(radioativos); Tabela periódica;
Reações químicas;Velocidades
das reações; Emissões
radioativas; Leis da
radioatividade; Cinética das
reações químicas; Fenômenos
radioativos (fusão e fissão
nuclear);
Substâncias simples e composta;
Misturas; Métodos de separação;
Forças intermoleculares, Tabela
periódica.
Reações químicas;
Representação das reações
químicas; Tabela periódica.
Tabela periódica; Propriedades
dos materiais; Tipos de ligações
químicas em relação aos
materiais; Ligações de
Hidrogênio; Ligações sigma e pi;
Ligações polares e apolares;
Alotropia.
141
FUNÇÕES QUÍMICAS Funções Orgânicas; Tabela
periódica.
12.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A abordagem teórico-metodológica, embasada nos preceitos da Pedagogia
Histórico Crítica referenciada pela DCE de Química apresenta-se focada para o cotidiano
do aluno, onde através do aprendizado apropriado ele passe a construir o conhecimento
científico partindo do conhecimento empírico.
A orientação metodológica deve, portanto, ser fundamentada a partir do
estabelecimento de relações conceituais abrangentes, ou pelo menos relacionada a elas,
onde o aluno possa articular os conceitos com a mediação do professor, estabelecendo
desafios cognitivos e reformulando conceitos sobre o mundo que os rodeia.
A seleção de conteúdos estruturantes, fundamentada no estudo da História da
Química, iniciada pelos filósofos e fortalecida após o Renascimento, onde o conceito de
Ciência passou efetivamente ser incorporado nos estudos, proporcionando uma
contextualização e facilitando a interdisciplinaridade.
A partir dos conceitos estruturantes: MATÉRIA E SUA NATUREZA
BIOGEOQUÍMICA E QUÍMICA SINTÉTICA, a base cartesiana de conceitos deixa de
existir, e os temas passam a ser abordados não mais de forma linear, mas interligados e
retomados sempre que se fizer necessário.
As aulas de laboratório, metodologia fundamental para o entendimento macro e
microscópico do mundo da Química devem ser abordados de forma simples e eficaz, como
um valioso facilitador da aprendizagem.
Esse processo deve ser planejado, organizado e orientado pelo professor, numa
relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação
de parte do conhecimento científico, o qual, deve contribuir para a formação de sujeitos
que compreendam e questionem a ciência do seu tempo.
12.4 - AVALIAÇÃO
A partir da Lei de lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9394/96 , avaliação
será processual e formativa, fornecendo dados para o professor tanto de suas práticas
pedagógicas como do efetivo aprendizado do aluno.
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.
Trata-se de um processo de construção e reconstrução de significados dos conceitos
142
científicos. Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar
instrumentos que possibilitem as várias formas de expressão dos alunos tais como: leitura
e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica,
pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários,
entre outras. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
Em relação à leitura de mundo, o aluno deve posicionar-se criticamente nos debates
conceituais, articular o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas,
ou seja, deve tornar-se capaz de construir o conhecimento a partir do ensino, da
aprendizagem e da avaliação.
12.5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERNANDES, Maria Luiza Machado. O ensino da Química e o cotidiano. 2010, IBPX.
FRANCISCO BELTRÃO, Colégio Estadual Industrial. Projeto Político Pedagógico.
Francisco Beltrão, 2012
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Química.
Curitiba: SEED, 2008.
SILVEIRA, H.E. A história da ciência na formação de professores de química. O
informativo UNIFIA, ano ll, 25 set 2007, p.4
BERNADELLI,M.S Encantar para ensinar –um procedimento alternativo para o Ensino
da Química.Centro reichiano,2004.Cd-Rom
CHASSOT, A. A Ciência através dos tempos .2° ed.São Paulo: Moderna ,2004
MALDANER,O.A A formação inicial e continuada dos professores de Química:
professor/pesquisador. 2ed.Ijuí :Editora Unijuí ,2003
MORTIMER ,E.F. ,MACHADO,A. H., ROMANELLI, L.I .A proposta curricular de Química
do Estado de Minas gerais: fundamentos e pressupostos. Química Nova[on line] .São
Paulo, v 23,n°2 , ABRA 2000.
RUSSEL, J. B. Química Geral., Editora Mc Graw-Hill do Brasil. São Paulo, 1994.
13 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA
13.1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
As interrupções que a disciplina de sociologia teve nas grades curriculares nos
últimos anos, devido a uma falta de tradição e a carência de materiais didáticos
143
adequados, trouxeram muitas marcas no cenário educacional.
Desde a sua consolidação como ciência da sociedade, ela busca compreender o ser
humano e suas relações sociais, alem de entender, questionar e explicar os mecanismos
de produção, organização, domínio e controle do poder que resultam nas relações sociais
de maior ou menor exploração ou igualdade no mundo capitalista.
Segundo Pérsio Santos, p 28/2004 “O aspecto mais importante da interação social é
que ela modifica o comportamento dos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e
da comunicação que se estabelecem entre eles”. Desse não podemos negar a importância
do conhecimento científico para os nossos alunos, pois é ele que contribui para a análise
crítica da sociedade como um todo, auxiliando-os na compreensão das questões que
envolvem o cotidiano, compartilhando experiências e objetivos comuns com seus pares,
pois é nessa troca que se vivencia a mais valiosa das possibilidades educacionais, a
autonomia de pensamento, que dá a base para a formação de um ser humano mais critico,
capaz de exercer sua cidadania plena no sentido de efetuar as mudanças necessárias
para que tenhamos uma sociedade mais justa.
Devemos manter no horizonte da análise, tanto o contexto histórico do aparecimento
da sociologia e a contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais
recentes. Como disciplina, a sociologia deve contrastar tradições diversas de pensamento,
avaliando os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje, também deve
tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias.
É de grande importância, conhecer as diversas concepções sociológicas para uma
melhor construção do pensamento sociológico. Dessa forma, nossos jovens terão a
formação voltada a recriar a solidariedade, a participação, o envolvimento e o
compromisso de mudar a sociedade. Nossos alunos poderão ter acesso a outros saberes
elaborados de forma crítica, podendo alterar com melhor qualidade sua prática social.
É através destes conteúdos críticos, que a sociologia irá esclarecer muitas questões
acerca das desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade. A
introdução de conteúdos voltados para a formação humana pode ajudar na formação e
construção de seres humanos mais conscientes. E a disciplina de sociologia, irá contribuir
para que o aluno entenda a realidade e possa lutar por um mundo melhor.
O objeto de estudo da disciplina de Sociologia são as relações que se estabelecem
no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as relações entre os
indivíduos e a coletividade. A Sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo,
não existe uma única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte
144
do trabalho do professor.
Devemos manter no horizonte de analise tanto o contexto histórico do seu
aparecimento e a contribuição dos clássicos tradicionais, quanto teorias sociológicas mais
recentes. Como disciplina, a Sociologia deve contrastar tradições diversas de pensamento,
avaliando os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje, também deve
tratar pedagogicamente a contextualização histórica e política das teorias.
A abordagem dada aos conteúdos estarão relacionadas à sociologia crítica.
Caracterizada por práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas,
possibilitando uma ação transformadora do real propiciando ao aluno os conhecimentos
sociológicos, de maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em
relação às determinações históricas nas quais se situa e lhes fornecem elementos para
pensar possíveis mudanças sociais. Entendemos que professores e alunos são
pesquisadores e estarão buscando fontes para esclarecer questões acerca de
desigualdades sociais, políticas e culturais, podendo alterar qualitativamente sua prática
social.
Compreender as diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos,
as relações que estabelecem no interior desses grupos e suas diferenças.
Entender as consequências das relações dos indivíduos e da coletividade no
desenvolvimento da sociedade.
Desenvolver o senso crítico para que o aluno possa compreender o meio em que
vive e que seja capaz de intervir nesse meio, buscando sua transformação.
Analisar os valores e princípios que fundamentem as sociedades. E a partir desses
valores, que o aluno possa refletir seus próprios valores e suas ações no seu dia-a-dia.
Reconhecer a importância do conhecimento para a vida humana, entendendo que
não existe um conhecimento único e definitivo.
Reconhecer o valor da sociologia na busca da compreensão da realidade social e
cultural.
Questionar as realidades sociais inseridas através de dogmas, crenças, mitos e
outros. E através deste questionamento encontrar uma explicação para determinada
situação.
− Desnaturalizar as ações que se estabelecem na sociedade.
− Perceber que a realidade social é histórica e socialmente construída.
− Explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
145
desconstruindo pré- noções e pré conceitos.
− Questionar quanto à existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão
do cotidiano ou na constituição da ciência.
− Inserir do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata, mas
que também percebe o que se estabelece além dela.
− Desenvolver a “imaginação sociológica”.
− Compreender como as sociedades organizam-se, se estruturam, se legitimam e
mantêm-se, habilitando os indivíduos para uma atuação crítica e transformadora.
13.2 - CONTEÚDOS
1º Ano – Ensino Médio
1º Trimestre
O surgimento da Sociologia e das teorias sociológicas:
• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social:
• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Weber, Engels e Marx:
• O desenvolvimento da sociologia no Brasil.
2º Trimestre
O processo de socialização e as instituições sociais:
- Processo de socialização;
- Instituições sociais: familiares, escolares e religiosas;
- Instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos e etc;
- Trabalho, produção e classes sociais;
4.O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades.
3º Trimestre
Trabalho, produção e classes sociais:
5.Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
6.Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
7.Globalização e neoliberalismo;
8.Relação de trabalho;
9.Trabalho no Brasil.
2º Ano – Ensino Médio
1º Trimestre
146
Poder, política e ideologia
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno.
Conceitos de poder.
Conceitos de ideologia.
Conceitos de dominação e legitimidade.
Estado no Brasil.
2º Trimestre
Poder, política e ideologia
Democracia, autoritarismo, totalitarismo.
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
Direitos, cidadania e movimentos sociais.
Direitos civis, políticos e sociais.
Direitos humanos.
3º Trimestre
Direitos, cidadania e movimentos sociais
Conceito de cidadania.
Movimentos sociais.
Movimentos sociais no Brasil.
A questão ambiental e os movimentos ambientalistas.
A questão das ONG's.
3º Ano – Ensino Médio
1º Trimestre
Cultura e indústria cultural
- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das
deferentes sociedades.
- Diversidade cultural.
- Relações de gênero.
2º Trimestre
Cultura e indústria cultural
- Cultura afro-brasileira e africana.
- Culturas indígenas.
- Identidade.
- Indústria cultural.
3º Trimestre
147
Cultura e indústria cultural
- Meios de comunicação em massa.
- Sociedade de consumo.
- Indústria cultural no Brasil.
13.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
O Ensino de Sociologia propõe uma metodologia que coloque o aluno como sujeito
de seu aprendizado, aprendendo a pensar sobre a sociedade em que vive e entendê-la
para poder, nela, intervir.
Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas do
pensamento, avaliando os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje. As
abordagens que se dão aos conteúdos e as avaliações devem estar relacionadas à
Sociologia crítica, caracterizadas por práticas que permitam compreender as problemáticas
sociais, possibilitando uma ação transformadora do real. Assim o conhecimento
sociológico crítico é entendido como a autoconsciência científica da sociedade.
O processo de ensino e aprendizagem deve propiciar ao aluno, os conhecimentos
sociológicos necessários para que se tenha uma melhor compreensão das determinações
históricas que ele se situa, podendo assim, pensar em possíveis mudanças sociais.
Professores e alunos devem ser entendidos como pesquisadores, buscando
esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais.
No intuito de firmar a sua cientificidade, sugere-se que a disciplina seja iniciada com
uma contextualização da construção da Sociologia, enfocando a modernidade como
recorte histórico necessário para sua compreensão. Será necessário, sempre voltar à
relação entre o contexto histórico e o conteúdo específico, para uma melhor compreensão
dos fenômenos que fazem parte da prática social do educando.
O professor pode instigar o interesse do aluno, desenvolvendo nele o sentimento de
estar integrado à realidade que o cerca, analisando os problemas e cogitando possíveis
soluções. Podendo dessa maneira, ensinar o aluno a fazer perguntas e buscar as
respostas na realidade social que o cerca.
Para se comprovar ou mesmo para exercitar a prática da sociologia, pode-se
estimular a pesquisa social dos estudantes, no próprio ambiente escolar ou familiar, assim
terão maior contato com a realidade. O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que
coloquem os alunos como sujeitos de seu aprendizado e espera-se que eles
compreendam as construções históricas, como passíveis de sofrerem transformações.
148
Através de aulas bem elaboradas, os alunos podem sentir-se atraídos e assim
despertar processos de identificação de problemas sociais. Neste ponto, alguns
encaminhamentos metodológicos são propostos, tais como: aulas dialogadas, debates e
seminários, pesquisa de campo e bibliográfica, análise crítica de filmes, documentários,
músicas, programas de TV e outros. Estas formas de exposição de aulas devem ser
trabalhadas com rigor metodológico, para a construção do pensamento científico e o
desenvolvimento do espírito crítico do aluno.
13.4 - AVALIAÇÃO
A metodologia da disciplina de Sociologia privilegia uma avaliação mais participativa,
valorizando a criatividade dos alunos, seus conhecimentos e experiência, concebendo-a
como mecanismo de transformação social. Propõe-se portanto uma prática avaliativa
voltada à “desnaturalizar” conceitos tomados como irrefutáveis, desenvolvendo o senso
crítico dos educados.
A avaliação desta disciplina constitui-se em um processo contínuo de crescimento da
percepção da realidade e deve servir como instrumento docente para a reformulação de
práticas.
A avaliação percebida como instrumento dialético da identificação de novos rumos,
não significa menos rigor na prática de avaliar, visto que a aprendizagem dos alunos não
se inicia e muito menos finaliza quando medimos sua aprendizagem através de uma nota.
A avaliação ocorre no decorrer do processo. De acordo com Claudia de Oliveira
Fernandes, p 20 “É possível concebermos uma perspectiva de avaliação cuja vivência seja
marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da autonomia, da mediação,
da participação, da construção da responsabilidade com o coletivo”. Dessa forma,
certamente teremos uma forma de avaliar a disciplina de sociologia de maneira
democrática, inclusiva, considerando as inúmeras possibilidades de realizar o processo de
ensino e aprendizagem preparando indivíduos autônomos, capazes de expressar sua
própria opinião. Várias podem ser as formas de avaliação, desde que se tenha como
perspectiva, a clareza dos objetivos que se pretende atingir. A avaliação, busca servir
como instrumento diagnóstico da situação, tendo por objetivo à definição de
encaminhamentos adequados para uma efetiva aprendizagem.
O aluno poderá ser avaliado através de vários instrumentos: provas orais ou escritas,
trabalhos, tarefas de casa, atividades, pesquisas, participação e etc.
Ao final do trimestre deverá haver no mínimo três avaliações com peso 10,0 (dez)
149
cada uma. A recuperação será feita de forma paralela as avaliações, prevalecendo a maior
nota (recuperação com nota substitutiva), aonde todos os alunos terão o direito de
melhorar suas notas.
13.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à ciência da sociedade. São Paulo: Moderna,
1997.
FERNANDES, Claudia de Oliveira. Indagações sobre Currículo: currículo e avaliação.
Brasilia: Ministério da educação, Secretaria de Educação Básica, 2008.
MEKSENAS, P. Aprendendo Sociologia: a paixão de conhecer a vida. São Paulo: Ed.
Loyola, 1991.
PARANÀ. SOCIOLOGIA / Vários Autores. - Curitiba: SEED/PR, 2006.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais de
Sociologia para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
KILPATRITRICK, Willian Heard, 1871-1965. Educação para uma sociedade em
transformação; Tradução de Renata Gaspar Nascimento. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011-
(Coleção Textos Fundantes da Educação) SANTOS, Pércio. Introdução a sociologia.
14 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE L.E.M - INGLÊS
14.1 - APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Atualmente, considera-se que o ensino de uma Língua Estrangeira é fundamental
para o desenvolvimento do ser humano, com ampliação de conhecimentos.
Analisando esta afirmação, salienta-se a importância da rede pública de ensino
oportunizar aos seus educando o contato com línguas estrangeiras.
O ensino de língua estrangeira deve ser apresentado ao educando não somente
como um meio de comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades. Ela deve ser
entendida como um meio de interação do aluno à sociedade, participantes do mundo,
desenvolvendo sua função social através da análise da língua como discurso com a
oralidade, a leitura e a escrita nesta determinada língua.
Assim, o professor tem papel de mediador no processo pedagógico,
150
contemplando, dentro da Língua Estrangeira escolhida, a língua como objeto de estudo em
seus aspectos culturais, ideológicos, de sujeito e identidade, como percepções de mundo,
construindo sentidos para formar subjetividades da realidade (DCE’s, 2006).
Considerando a evolução histórica no ensino de línguas estrangeiras no Brasil,
sabe-se que houve muitas mudanças, tanto na estrutura curricular quanto metodológicos.
No início da colonização do Brasil, os jesuítas iniciaram o ensino com o latim aos
habitantes, a mando do Estado português.
Após a expulsão dos jesuítas pelos espanhóis, durante a União Ibérica, em 1759,
Marquês de Pombal, com seu ensino régio, coube ao grego e ao latim (línguas clássicas)
servirem como instrumentos de ensino a outras disciplinas.
Em 1808, a família real portuguesa chega ao Brasil. D. João VI criou cadeiras de
francês e inglês para atender ao comércio e melhorar a educação.
Fundado em 1837, o Colégio Pedro II seguiu os modelos franceses e seu currículo
era composto por sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão, mantido até
1929, onde se incorporou o italiano até 1931.
Ferdinand de Saussure, em 1916, apresentou a língua como ciência, objetiva,
homogênea, com signos ordenados e objeto de estudo, diferenciando langue e parole.
Assim, deixou de existir a concepção de língua como um conjunto de regras e surgiu o
estruturalismo.
Com a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), imigraram povos da Europa para o Brasil.
Eram alemães, italianos, poloneses, japoneses, ucranianos e outros, que, para manter a
cultura e tradição, os colonos construíram e organizaram escolas para seus filhos, com
língua portuguesa como língua estrangeira.
Em 1917, como o nacionalismo, o governo federal resolve fechar estas escolas de
imigrantes, criando escolas primárias com recursos federais.
A reforma educacional de São Paulo reafirmava estes objetivos nacionalistas até
1931, com a reforma Francisco Campos do então Presidente Getúlio Vargas, que
responsabilizava a escola secundária pela formação geral e preparação do educando,
implantando o Método Direto para o ensino de língua estrangeira. Este método está
baseado na psicologia da aprendizagem, tendo a aquisição como atividade mental, sendo
que a língua materna não é mais mediadora.
Já a Reforma Capanema em 1942 solidificou os ideais nacionalistas, com o
ensino de línguas estrangeiras no ginásio, com o francês, inglês, obrigatoriedade do
espanhol ou alemão e latim como língua clássica.
151
Em 1950, com base em Pavlov e Skinner com o método behaviorista, apontaram
o ensino de línguas com os métodos áudio-oral e audiovisuais surgidos nos EUA na 2ª
Guerra Mundial. Assim, a língua era um conjunto de hábitos e não de regras.
Já Chomsky apresentou, para a aquisição de linguagem, a Gramática Gerativa
Transformacional, que a língua é dinâmica e criativa e todos nascemos com um sistema
lingüístico internalizado – teoria inatista – totalmente oposta à Saussure.
Em 1970, Piaget, ao contrário de Chomsky, apresentou a aquisição da linguagem
como uma interação entre o ambiente e o organismo.
Na mesma época, estudiosos brasileiros apresentam Vygotsky, sendo que a
linguagem é adquirida nas trocas sociais entre os indivíduos.
Antes disso, em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 4.024/61 de 20
de dezembro de 1961 evidenciou o ensino profissionalizando, valorizando a língua inglesa
para o mercado de trabalho.
Já a LDB 5.692/71 tornou a disciplina de língua estrangeira obrigatória no 2º grau,
com recomendação para o 1º grau.
A nova LDB 9.394/96 de 20 de dezembro de 2006 apresenta o ensino de mais de
uma língua estrangeira na Matriz Curricular do Ensino Médio da Educação Básica,
consoante seu artigo 36 da Seção IV, § III ”será incluída uma língua estrangeira moderna,
como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e unas segunda, em
caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição”.
14.2 - CONTEÚDOS
14.2.1 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O objeto de estudo de Língua Estrangeira é a língua. Sendo a língua um espaço
para produção de sentido, o conteúdo estruturante para o estudo é o discurso.
O discurso, delimitado como prática social, abordará a língua como dinâmica. Seu
estudo dar-se-á através da oralidade, da leitura, da escrita e da análise linguística.
Visa-se um trabalho com texto de linguagem em determinado contexto de uso
para promover a construção de significados através do discurso.
Sobre a leitura crítica, visa-se a interação ativa entre o sujeito e o discurso.
Os conteúdos específicos devem abordar gêneros discursivos e elementos
linguístico-discursivos, sempre evidenciando a teoria com a práxis.
14.2.2 - CONTEÚDOS BÁSICOS
A seguir serão apresentados os conteúdos básicos, que irão compor esta
152
Proposta Pedagógica Curricular.
14.2.3 - GÊNEROS DISCURSIVOS
Serão apresentados os gêneros discursivos que subsidiarão o trabalho com as
práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística.
• Adivinhas;
• Anedotas e piadas;
• Artigos;
• Bilhetes;
• Biografias e autobiografias;
• Blogue;
• Bulas;
• Cantigas e canções folclóricas;
• Carta;
• Cartazes;
• Cartões;
• Cartum;
• Chat;
• Classificados;
• Contos;
• Convites;
• Diário;
• E-mail;
• Entrevista;
• Fábulas;
• Filmes;
• Fotoblog;
• Fotos;
• Histórias em quadrinhos;
• Home Page;
• Horóscopo;
• Lendas;
153
• Letras de música;
• Mapas;
• Narrativas;
• Notícias;
• Pesquisa;
• Pinturas;
• Placas;
• Poemas;
• Provérbios e refrões populares;
• Publicidade comercial;
• Receitas;
• Reportagens;
• Resumo;
• Romances;
• Sinopses;
• Tiras;
• Verbetes;
• Vídeo clipe.
14.2.4 - LEITURA E ORALIDADE
• Conteúdo temático, interlocutor, finalidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, intertextualidade e temporalidade do texto;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Tipos de discurso e adequação ao gênero;
• Locutor e interlocutor;
• Turnos de fala;
• Elementos composicionais do gênero;
• Elementos extralinguísticos, como entonação, expressão corporal, facial e
gestual, pausas, dicção, entre outros;
• Variação linguística;
• Denotação e conotação;
154
• Polissemia;
• Marcas linguísticas, como: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica,
função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos, entre outros;
• Léxico.
14.2.5 - ESCRITA E ANÁLISE LINGUÍSTICA
• Conteúdo temático, interlocutor, finalidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, intertextualidade e temporalidade do texto;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Tipos de discurso;
• Elementos composicionais do gênero;
• Denotação e conotação;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas, como: coesão, coerência, função das classes
gramaticais, pontuação, recursos gráficos, figuras de linguagem, entre outros;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbo-nominal.
14.2 .6 - ENSINO FUNDAMENTAL: 6º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.
Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de
acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente,
adequando o nível de complexidade a cada série.
LEITURA
1º Trimestre
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
2º Trimestre
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
155
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
3º Trimestre
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
1º Trimestre
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto
LEITURA
1º Trimestre
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
2º Trimestre
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
3º Trimestre
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
156
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
1º Trimestre
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;
• Adequação do discurso ao gênero;
2º Trimestre
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
3º Trimestre
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
• Pronúncia.
14.2.7 - ENSINO FUNDAMENTAL: 7º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
E SEUS ELEMENTOS
COMPOSICIONAIS.
Caberá ao professor a
seleção de gêneros, nas
diferentes esferas sociais de
circulação, de acordo com a
Proposta Pedagógica
Curricular e com o Plano de
Trabalho Docente,
adequando o nível de
complexidade a cada série.
* Vide relação dos gêneros
ao final deste documento.
LEITURA
É importante que o
professor:
• Propicie práticas de leitura
de textos de diferentes
gêneros, ampliando também
o léxico;
• Considere os
conhecimentos prévios dos
alunos;
• Formule questionamentos
que possibilitem inferências
sobre o texto;
• Encaminhe discussões
sobre tema e intenções;
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura
compreensiva do texto;
• Localize informações
explícitas;
• Amplie seu horizonte de
expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente em
que circula o gênero;
• Identifique a ideia principal
do texto;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos das
157
LEITURA
1º Trimestre
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
2º Trimestre
• Funções das classes
gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
3º Trimestre
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
1º Trimestre
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
2º Trimestre
• Condições de produção;
* Informatividade
• Contextualize a produção:
suporte/fonte, interlocutores,
finalidade, época;
• Utilize textos verbais
diversos que dialoguem com
não-verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas e
outros;
• Oportunize a socialização
das ideias dos alunos sobre
o texto.
ESCRITA
É importante que o
professor:
• Planeje a produção textual
a partir: da delimitação do
tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de
leituras sobre o tema e os
gêneros propostos;
• Acompanhe a produção do
texto;
• Acompanhe e encaminhe a
reescrita textual: revisão dos
argumentos das ideias, dos
elementos que compõe o
gênero;
• Analise se a produção
textual está coerente e
coesa, se há continuidade
temática, se atende à
palavras e/ou expressões a
partir do contexto.
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias com
clareza;
• Elabore textos atendendo:
- às situações de produção
propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de
uso da linguagem formal e
informal;
• Use recursos textuais
como: coesão e coerência,
informatividade, etc;
• Utilize adequadamente
recursos linguísticos como:
pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo,
etc.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo
com a situação de produção
(formal/ informal);
• Apresente suas ideias com
clareza;
• Compreenda os
argumentos no discurso do
158
(informações necessárias
para a coerência do texto);
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes
gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
3º Trimestre
• Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
ORALIDADE
1º Trimestre
• Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc;
• Adequação do discurso ao
gênero;
2º Trimestre
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
3º Trimestre
• Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias,
finalidade, se a linguagem
está adequada ao contexto;
• Conduza a uma reflexão
dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos.
ORALIDADE
É importante que o
professor:
• Organize apresentações de
textos produzidos pelos
alunos;
• Proponha reflexões sobre
os argumentos utilizados nas
exposições orais dos alunos;
• Oriente sobre o contexto
social de uso do gênero oral
selecionado;
• Prepare apresentações que
explorem as Marcas
linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal
e informal;
• Selecione discursos de
outros para análise dos
recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, etc.
outro;
• Organize a sequência de
sua fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos
apresentados pelos colegas
de classe em suas
apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente dos
diálogos, relatos, discussões,
quando necessário em
língua materna.
159
repetição.
• Pronúncia.
14.2.8 - ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM
TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
E SEUS ELEMENTOS
COMPOSICIONAIS.
Caberá ao professor a
seleção de gêneros, nas
diferentes esferas sociais de
circulação, de acordo com a
Proposta Pedagógica
Curricular e com o Plano de
Trabalho Docente,
adequando o nível de
complexidade a cada série.
* Vide relação dos gêneros
ao final deste documento.
LEITURA
1º Trimestre
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no
texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
2º trimestre
• Funções das classes
gramaticais no texto;
ORALIDADE
É importante que o
professor:
• Organize apresentações de
textos produzidos pelos
alunos levando em
consideração a:
aceitabilidade,
informatividade,
situacionalidade e finalidade
do texto;
• Oriente sobre o contexto
social de uso do gênero oral
selecionado;
• Prepare apresentações que
explorem as marcas
linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal
e informal;
• Estimule contação de
histórias de diferentes
gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos,
como: entonação,
expressões facial, corporal e
gestual, pausas e outros;
• Selecione discursos de
ORALIDADE
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de
acordo com a situação de
produção (formal/ informal);
• Apresente ideias com
clareza;
• Explore a oralidade, em
adequação ao gênero
proposto;
• Compreenda os
argumentos no discurso do
outro;
• Exponha seus
argumentos;
• Organize a sequência da
fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos
apresentados pelos colegas
em suas apresentações
e/ou nos gêneros orais
trabalhados;
• Participe ativamente de
diálogos, relatos,
discussões, etc., mesmo
que em língua materna;
160
• Elementos semãnticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido
denotativo e conotativo no
texto;
• Recursos estilísticos
( figuras de linguagem);
3º Trimestre
• Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
1º Trimestre
• Tema do texto ;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade
(informações necessárias
para a coerência do texto);
2º Trimestre
• Vozes sociais presentes no
texto;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido
outros para análise dos
recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem,
entre outros.
• Utilize conscientemente
expressões faciais
corporais e gestuais,
pausas e entonação nas
exposições orais, entre
outros elementos
extralinguísticos;
• Analise recursos da
oralidade em cenas de
desenhos, programas
infanto-juvenis, entrevistas,
reportagem, entre outros.
161
denotativo e conotativo no
texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes
gramaticais no texto;
• Elementos semãnticos;
3º Trimestre
• Recursos
estilísticos( figuras de
linguagem);
• Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
14.2.9 - ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS
E SEUS ELEMENTOS
COMPOSICIONAIS.
Caberá ao professor a
seleção de gêneros, nas
diferentes esferas sociais de
circulação, de acordo com a
Proposta Pedagógica
Curricular e com o Plano de
Trabalho Docente,
adequando o nível de
LEITURA
É importante que o
professor:
• Propicie práticas de leitura
de textos de diferentes
gêneros;
• Considere os
conhecimentos prévios dos
alunos;
• Formule questionamentos
que possibilitem inferências
LEITURA
Espera-se do aluno:
• Realização de leitura
compreensiva do texto;
• Localização de
informações explícitas e
implícitas no texto;
• Posicionamento
argumentativo;
• Ampliação do horizonte de
expectativas;
162
complexidade a cada série.
* Vide relação dos gêneros
ao final deste documento.
LEITURA
1º Trimestre
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no
texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
2º trimestre
• Funções das classes
gramaticais no texto;
• Elementos semãnticos;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido
denotativo e conotativo no
texto;
• Recursos estilísticos
( figuras de linguagem);
3º Trimestre
• Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
sobre o texto;
• Encaminhe discussões e
reflexões sobre: tema,
intenções, intertextualidade,
aceitabilidade,
informatividade,
situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais
e ideologia;
• Contextualize a produção:
suporte/fonte, interlocutores,
finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais
diversos: gráficos, fotos,
imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o
contexto atual;
• Oportunize a socialização
das ideias dos alunos sobre
o texto;
• Instigue o
entendimento/reflexão das
diferenças decorridas do uso
de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e
denotativo, bem como de
expressões que denotam
ironia e humor;
• Estimule leituras que
suscitem no reconhecimento
do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
• Incentive a percepção dos
• Ampliação do léxico;
• Percepção do ambiente no
qual circula o gênero;
• Identificação da ideia
principal do texto;
• Análise das intenções do
autor;
• Identificação do tema;
• Dedução dos sentidos de
palavras e/ou expressões a
partir do contexto;
• Compreensão das
diferenças decorridas do
uso de palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo.
ESCRITA
Espera-se do aluno:
• Expressão de ideias com
clareza;
• Elaboração de textos
atendendo:
- às situações de produção
propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
• Diferenciação do contexto
de uso da linguagem formal
e informal;
• Uso de recursos textuais
como: coesão e coerência,
informatividade,
163
ESCRITA
1º Trimestre
• Tema do texto ;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade
(informações necessárias
para a coerência do texto);
2º Trimestre
• Vozes sociais presentes no
texto;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido
denotativo e conotativo no
texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes
gramaticais no texto;
• Elementos semãnticos;
3º Trimestre
• Recursos
estilísticos( figuras de
linguagem);
• Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão,
negrito);
• Variedade linguística;
recursos utilizados para
determinar causa e
consequência entre as
partes e elementos do texto.
ESCRITA
É importante que o
professor:
• Planeje a produção textual
a partir da delimitação tema,
do interlocutor, intenções,
intertextualidade,
aceitabilidade,
informatividade,
situacionalidade,
temporalidade e ideologia;
• Estimule a ampliação de
leituras sobre o tema e o
gênero propostos;
• Acompanhe a produção do
texto;
• Acompanhe e encaminhe a
reescrita textual: revisão dos
argumentos das ideias, dos
elementos que compõem o
gênero;
• Instigue o uso de palavras
e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, bem
como de expressões que
denotam ironia e humor.
intertextualidade, etc.;
• Utilização adequada de
recursos linguísticas como:
pontuação, uso e função do
artigo, pronome,
substantivo, etc.
• Emprego de palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo,
bem como de expressões
que indicam ironia e humor,
em conformidade com o
gênero proposto.
164
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
14.3 - ENSINO MÉDIO:
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
ORALIDADE
1º Trimestre
• Elementos
extralinguísticos: entonação,
pausas, gestos, etc ...;
• Adequação do discurso ao
gênero;
• Turnos de fala;
2º Trimestre
• Vozes sociais presentes
no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gírias,
repetição;
3º Trimestre
• Diferenças e semelhanças
entre o discurso oral e o
escrito;
• Adequação da fala ao
contexto;
• Pronúncia.
LEITURA
1º Trimestre
• Identificação do tema;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes
• Instigue o uso de palavras
e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo, bem
como de expressões que
denotam ironia e humor;
• Estimule produções em
diferentes gêneros;
• Conduza a uma reflexão
dos elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos.
ORALIDADE
É importante que o professor:
• Organize apresentações de
textos produzidos pelos
alunos levando em
consideração a:
aceitabilidade,
informatividade,
situacionalidade e finalidade
do texto;
• Oriente sobre o contexto
social de uso do gênero oral
selecionado;
• Prepare apresentações que
explorem as marcas
linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal
ORALIDADE
Espera-se do aluno:
• Pertinência do uso dos
elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos;
• Reconhecimento de
palavras e/ou expressões
que estabelecem a
referência textual;
• Utilização do discurso
de acordo com a
situação de produção
(formal/ informal);
• Apresentação de ideias
com clareza;
• Compreensão de
argumentos no discurso
do outro;
• Exposição objetiva de
argumentos;
• Organização da
sequência da fala;
• Respeito aos turnos de
fala;
• Participação ativa em
diálogos, relatos,
discussões, quando
165
no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
2º trimestre
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido
denotativo e conotativo no
texto;
• Recursos estilísticos
( figuras de linguagem);
3º Trimestre
• Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
• Variedade linguística.
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
1º Trimestre
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade
(informações necessárias
para a coerência do texto);
2º Trimestre
• Vozes sociais presentes
no texto;
• Discurso direto e indireto;
• Coesão e coerência;
e informal;
• Estimule contação de
histórias de diferentes
gêneros, utilizando-se dos
recursos extralinguísticos,
como: entonação,
expressões facial, corporal e
gestual, pausas e outros;
• Selecione discursos de
outros para análise dos
recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos,
programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem entre
outros.
necessário em língua
materna, etc.;
• Utilização consciente de
expressões faciais
corporais e gestuais, de
pausas e entonação nas
exposições orais, entre
outros elementos
extralinguísticos.
166
• Funções das classes
gramaticais no texto;
3º Trimestre
• Recursos
estilísticos( figuras de
linguagem);
• Marcas linguísticas:
particularidades da língua,
pontuação; recursos
gráficos (como aspas,
travessão, negrito);
• Variedade linguística;
ESFERAS SOCIAIS DE
CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS AVALIAÇÃO
COTIDIANA
Adivinhas
Álbum de Família
Anedotas
Bilhetes
Cantigas de Roda
Carta Pessoal
Cartão
Cartão Postal
Causos
Comunicado
Convites
Curriculum Vitae
Diário
Exposição Oral
Fotos
Músicas
Parlendas
Piadas
Provérbios
Quadrinhas
Receitas
Relatos de Experiências
Vividas
Trava-Línguas
Autobiografia
Biografias
Contos
Contos de Fadas
Contos de Fadas
Contemporâneos
Letras de Músicas
Narrativas de Aventura
Narrativas de Enigma
Narrativas de Ficção
Científica
Narrativas de Humor
167
LITERÁRIA/ARTÍSTICA
Crônicas de Ficção
Escultura
Fábulas
Fábulas Contemporâneas
Haicai
Histórias em Quadrinhos
Lendas
Literatura de Cordel
Memórias
Narrativas de Terror
Narrativas Fantásticas
Narrativas Míticas
Paródias
Pinturas
Poemas
Romances
Tankas
Textos Dramáticos
CIENTÍFICA
Artigos
Conferência
Debate
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Resumo
Verbetes
ESCOLAR
Ata
Cartazes
Debate Regrado
Diálogo/Discussão
Argumentativa
Exposição Oral
Júri Simulado
Mapas
Palestra
Pesquisas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
IMPRENSA
Agenda Cultural
Anúncio de Emprego
Artigo de Opinião
Caricatura
Carta ao Leitor
Carta do Leitor
Cartum
Charge
Classificados
Crônica Jornalística
Fotos
Horóscopo
Infográfico
Manchete
Mapas
Mesa Redonda
Notícia
Reportagens
Resenha Crítica
Sinopses de Filmes
168
Editorial
Entrevista (oral e escrita)
Tiras
ESFERAS SOCIAIS
DE CIRCULAÇÃO
EXEMPLOS DE GÊNEROS
PUBLICITÁRIA
Anúncio
Caricatura
Cartazes
Comercial para TV
Folder
Fotos
Slogan
Músicas
Paródia
Placas
Publicidade Comercial
Publicidade Institucional
Publicidade Oficial
Texto Político
POLÍTICA
Abaixo-Assinado
Assembleia
Carta de Emprego
Carta de Reclamação
Carta de Solicitação
Debate
Debate Regrado
Discurso Político “de Palanque”
Fórum
Manifesto
Mesa Redonda
Panfleto
JURÍDICA
Boletim de Ocorrência
Constituição Brasileira
Contrato
Declaração de Direitos
Depoimentos
Discurso de Acusação
Discurso de Defesa
Estatutos
Leis
Ofício
Procuração
Regimentos
Regulamentos
Requerimentos
PRODUÇÃO E
CONSUMO
Bulas
Manual Técnico
Placas
Relato Histórico
Relatório
Relatos de Experiências
Científicas
Resenha
Resumo
Seminário
Texto Argumentativo
169
Texto de Opinião
Verbetes de Enciclopédias
MIDIÁTICA
Blog
Chat
Desenho Animado
Entrevista
Filmes
Fotoblog
Home Page
Reality Show
Talk Show
Telejornal
Telenovelas
Torpedos
Vídeo Clip
Vídeo Conferência
14.4 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
As aulas serão expositivas, com participação constante dos educandos através do
discurso, especialmente a oralidade.
Evidencia-se a leitura em sala de aula, além da produção escrita. A interpretação
e a análise de textos também serão enfatizadas.
Diversos gêneros textuais serão trabalhados, como os citados nos conteúdos
básicos.
Além disso, objetiva-se um trabalho integrando a tecnologia educacional através
de meios audiovisuais, como TV pendrive (com filmes, videoclipes, propagandas,...) e
computadores, com uso de Internet e outros recursos disponíveis.
Também serão organizadas apresentações de textos produzidos pelos alunos,
com orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado.
Serão propostas reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais
dos alunos, com preparação das apresentações que explorem as marcas linguísticas
típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
Ainda será estimulada a expressão oral (contação de histórias), comentários,
opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros.
Serão selecionados os discursos de outros para análise dos recursos da
170
oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem
entre outros.
Além disso, serão evidenciadas práticas de leitura de textos de diferentes gêneros
atrelados à esfera social de circulação e usadas estratégias de leitura que possibilitem a
compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho.
14.5 - AVALIAÇÃO
Evidencia-se uma avaliação de acordo com a construção de significados dos
educandos através das práticas discursivas.
A avaliação será diagnóstica, com predominância dos aspectos qualitativos aos
quantitativos.
Alem disso, objetiva-se considerar os erros cometidos pelo educando como forma
de crescimento e desenvolvimento para aquisição de uma língua estrangeira.
Assim, espera-se que o aluno:
- Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou
informal);
- Apresente suas ideias com clareza, coerência;
- Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;
- Organize a sequencia de sua fala;
- Respeite os turnos de fala;
- Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
- Exponha seus argumentos;
- Compreenda os argumentos no discurso do outro;
- Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em
língua materna);
- Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
14.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões Comunicativas no Ensino de Línguas. Campinas:
Pontes, 2002.
BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases Nacionais da Educação n.º 9394, de 20 de
dezembro de 1996. Brasília, 23 dez. 1996.
171
CORACINI, M. J. O Jogo Discursivo na Aula de Leitura: língua materna e língua
estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.
FARACO, C. A. (org.) Diálogos com Bakhtin. Curitiba: UFPR, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Educado da Educação. Superintendência da Educação. DEF.
Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira para a Educação Básica.
Curitiba, Paraná: SEED, 2008.
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
PARANÁ. Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,
2008.
15. PROPOSTA DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR L.E.M /ESPANHOL
15.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Estrangeira Moderna – LEM – Espanhol é um espaço e que se pode
ampliar o contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a realidade, tendo
em vista que a percepção do mundo está, também, intimamente ligada às línguas que se
conhece. Ela se apresenta também como um espaço de construções discursivas
contextualizadas que refletem as ideologias das comunidades que a produzem. Desta
maneira, o trabalho com LEM-Espanhol, parte do entendimento do papel das línguas nas
sociedade como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as LEM são
também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo
e construir significados. (SEED, 2005)
Dentro do processo de ensino e aprendizagem das Línguas
Estrangeiras Modernas (LEM), as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica (DCE) para Língua Estrangeira Moderna,
definem que: as propostas curriculares e os métodos de ensino
são instigados a atender às expectativas e demandas sociais e
contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos
conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.
(DCE, 2008, p. 38).
A resolução no. 3904/2008 de 27 de agosto de 2008 reitera,
172
“A importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) tem
no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de valores sociais e a
aquisição de conhecimento sobre outras culturas”. (SUED/SEED, 2008).
Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de comunicação
intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre pessoas de diferentes
línguas maternas”. Tendo em vista que existem, aproximadamente, mais de 300 milhões
de falantes nativos e mais de 1 bilhão de usuários no mundo todo, sendo a língua principal
em livros, jornais, aeroportos, controle de trafego aéreo, negócios internacionais, esportes,
competições, música e propaganda.
15.2 CONTEÚDOS
Para o caso do ensino da língua espanhola, há de se levar em conta as
características regionais em que o ensino é desenvolvido. O conteúdo estruturante
concebe o Discurso como prática social e ao mesmo tempo contempla os gêneros
(textuais, do texto discursivo, do discurso) como conteúdos básicos abordados dentro das
práticas discursivas.
Segundo Bakhtin (1952, p. 279), os gêneros dos discursos são definidos como
“tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma esfera de
utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o conteúdo temático, o
estilo e a construção composicional.
Para Marcuschi (2006, p. 35), gêneros textuais
“são um tipo de gramática social isto é, uma gramática da
enunciação”. Sendo assim, são definodos como textos
orais ou escritos materializados em situações
comunicativas decorrentes, [portanto] organizam nossa
fala e escrita assim como a gramática organiza as formas
linguísticas. (Marcuschi. 2006, p. 35)
Não cabe mais à escola apenas ensinar o aluno a ler e escrever em e/ou na LEM: é
preciso instruí-lo a relacionar a língua às suas práticas sociais.
Reitera-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leitura e escrita a
partir da seleção dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin (1952), o indivíduo primeiro
define o seus propósitos, para então decidir o gênero textual que utilizará.
173
Com relação as práticas da oralidade, percebe-se a necessidade trabalhar a língua
falada oportunizando o aluno a perceber sua função social na qual o próprio aluno utilizará
os diferentes gêneros de acordo com seus próprios interesses.
Diante disto, Marcuschi (2001) argumenta que: o trabalho com a oralidade pode,
ainda, ressaltar a contribuição da fala na formação cultural e na preservação de tradições
não escritas que persistem mesmo em culturas em que a escrita já terminou de forma
decisiva(...) Dedicar-se ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para
esclarecer aspectos relativos ao preconceito e à discriminação linguística, bem como suas
formas de disseminação (Marcuschi, 2001, p. 83).
O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM, “tem como
objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos
diferentes discursos (...) é aprender a expressar idéias em
Língua estrangeira mesmo que com limitações. (...) também
é importante que o aluno se familiarize com sons específicos
da língua que está aprendendo” (DCE, 2008, p. 66)
Pretende-se valorizar a importância que a oralidade tem na sala de aula de LEM,
bem como explorar aqueles gêneros textuais próprios da oralidade como a publicidade da
televisão e da rádio, por exemplo.
No que diz respeito à prática da leitura, observa-se que o papel primordial da
utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição do
conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais das quais o aluno
interage.
De acordo com as DCEs (2008), a respeito da leitura discursiva, na medida em que
os alunos reconheçam que os textos são representações da realidade, são construções
sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais textos. Poderão rejeitá-los
ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribui coerência pela
construção de significados (DCE, 2008, p. 65).
Koch e Elias (2007, p. 37), apontam para o fato da leitura ser “uma atividade de
construção de sentido que pressupõe a interação auto-texto-leitor, é preciso considerar
que, nessa atividade, além das pistas e sinalizações que o texto oferece, entram em jogo
os conhecimentos do leitor”.
Ainda, o processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que estes
são constituídos de um determinado modo e com uma certa função dentro de um domínio
174
discursivo, requer a construção de sentidos dos textos considerando que: “a escrita/fala
baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação e é por essa razão
que, cotidianamente, em nossas atividades comunicativas, são incontáveis as vezes em
não somente lemos textos diversos, como também produzimos ou ouvimos enunciados.
(Koch; Elias, 2007, p. 101).
Para Foucambert (2008, p. 25), “não se pode mais esquecer que, ao aprender o
mecanismo da leitura, conquista-se também um instrumento de comunicação”.
No que tange as práticas da escrita, “não se pode esquecer que ela deve ser vista
como uma atividade sociointeracional, ou seja significativa” (DCE, 2008, p. 66).
No ensino de LEM, salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos
parcialmente) das questões de adequações formal no processo da escrita para focar-se
também à adequação comunicativo-discursiva do texto.
Conforme Koch e Elias (2009), a produção escrita recorre a conhecimentos
armazenados na memória. Esse conhecimentos, resultam das inúmeras atividades em que
o produtor se envolveu ao longo da vida, bem como são concebidos pela ativação de
modelos cognitivos sobre as práticas interacionais, histórica e naturalmente constituídas,
portanto, “para a atividade de escrita, o produtor precisa ativar “modelos” que possui sobre
práticas comunicativas configuradas em textos, levando em conta elementos que entram
em suas composições (modelo de organização), além de aspecto de conteúdo, estilo,
função e suporte de veiculação”. (KOCH; Elias, 2009, p. 43).
Para o ensino da escrita e comunicação de LEM, é necessário não só o
conhecimento da norma culta de um idioma presente nos livros e cursos mas também, as
relações culturais que envolve os falantes nativos dessa segunda língua.
15.2.1 - CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
CONTEÚDOS
BÁSICOS
GÊNEROS
DISCURSIVOS E
SEUS ELEMENTOS
COMPOSICIONAIS
ABORDAGEM TEÓRICO -
METODOLÓGICA
LEITURA
36.Práticas de leitura de tex-
AVALIAÇÃO
LEITURA
Espera-se que o aluno:
175
LEITURA
4. Finalidade; Objetivos
da aula;
5. Aceitabilidade do
texto: Partes da
casa;
6. Informatividade; Pe-
didos de informação;
7. Situacionalidade;
Coisas que podem
existir em uma cida-
de;
8. Intertextualidade;
Leituras diversas;
9. Elementos composi-
cionais de gêneros;
10.Papel do locutor e in-
terlocutor;
11.Elementos extralin-
guísticos: entonação,
pausas, gestos...;
12.Adequação do dis-
curso ao Gênero;
13.Expressões popula-
res;
14.Variações linguísti-
cas;
15.Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição, re-
cursos semânticos;
16.Diferenças e seme-
lhanças entre o
discurso oral ou
tos de diferentes gêneros
atrelados à esfera social
de circulação;
37.Consideração dos conhe-
cimentos prévios dos alu-
nos;
38.Utilização de estratégias
de leitura que possibilite a
compreensão textual
39.significativa de acordo
com o objetivo proposto no
trabalho com o gênero tex-
tual selecionado;
40.Formação de questiona-
mento que possibilitem in-
ferências sobre o texto;
41.Encaminhamento de dis-
cussões sobre: tema, in-
tenções;
42. Intertextualidade; Leituras
diversas.
43.Utilização de recursos de
multimídia e suporte tec-
nológico para o trabalho
de contextualização;Cds,
Cd Room, TV Multimídia,
Internet;
44.Relacionamento do tema
com o contexto atual;
45.Elementos extralinguísti-
cos: entonação, pausas,
gestos...;
46.Adequação do discurso
ao Gênero;
• Realize leitura Compreensiva
do texto;
• Identifique o tema;
• Identifique a ideia do texto;
• Localize informações
explícitas no texto;
• Deduza os sentidos das
palavras e/ou expressões a
partir do contexto;
• Perceba o ambiente e o
argumento no qual circula o
gênero;
• Compreenda as diferenças
decorridas do uso de
palavras e / ou expressões
no sentido conotativo;
• Analise as intenções do
autor ;
• Identifique e reflita sobre as
vozes sociais presentes no
texto;
• Posicione
argumentativamente;
• Faça o reconhecimento de
palavras e/ ou expressões que
estabelecem a referência
textual;
• Amplie seu horizonte de
expectativas;
• Amplie se léxico;
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
176
escrito.
ESCRITA
17.Finalidade do texto;
18.Situacionalidade;
19. Intertextualidade;
20.Temporalidades;
21.Produção de texto;
22.Elementos composi-
cionais de gêneros;
23.Emprego de pala-
vras e/ou expres-
sões com mensa-
gens implícitas e ex-
plícitas;
24.Emprego de pala-
vras; peso e medi-
das.
25.Lugares; No aeropor-
to, estação ferroviá-
ria e rodoviária, ro-
dovias, portos e
meios de transpor-
tes.
26.Ortografia;
27.Concordância ; Ver-
bal / nominal.
ORALIDADE
28.Tema do texto;
29.Finalidade;
30.Aceitabilidade do
texto
47.Variações linguísticas;
ESCRITA
48.Finalidade do texto;
49.Situacionalidade;
50. Intertextualidade
51.Temporalidades;
52.Produção de texto;
53.Objetos domésticos e
acessórios;
54.Acentuação gráfica;
55.Ortografia;
56.Concordância; Verbal/no-
minal.
ORALIDADE
57.Tema do texto;
58.Finalidade;
59.Aceitabilidade do texto
60. Informatividade;
61.Marcas linguísticas; Coe-
são, coerência;
62.Adequação da fala ao con-
texto;
5) Expresse as ideias com
clareza;
6) Elabore/ reelabore textos de
acordo com o
encaminhamento:
-As situações de produção
( gênero, interlocutor,
finalidade...);
-A continuidade temática;
2) Diferencie o contexto de uso
da linguagem formal e
informal;
3) Utilize adequadamente
recursos, uso e função do
artigo, pronome, numeral,
substantivos, adjetivo,
advérbio, etc.;
4) Empregue palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo, em
conformidade com o gênero
proposto;
5) Reconheça palavras e/ou
expressões que estabelecem
a referência textual;
ORALIDADE
Espera-se que o aluno :
10.Utilize o discurso de acordo
com a situação de produção
formal/ informal;
11.Apresente suas ideias com
clareza, mesmo que na
177
31. Informatividade;
32.Adequação do dis-
curso ao gênero.
33.Marcas linguísticas;
Coesão, coerência.
34.Adequação da fala
ao contexto;
35.Diferença e seme-
lhança entre o dis-
curso oral e escrito.
língua materna;
12.Utilize adequadamente
entonação, pausas, gestos,
etc.;
13.Organize a sequencia de sua
fala;
14.Explore a oralidade, em
adequação ao gênero
proposto;
15.Compreenda os argumentos
no discurso do outro;
16.Participe ativamente dos
diálogos, relatos, discursos,
quando necessário em língua
materna;
17.Utilize expressões faciais
corporais e gestuais, pausas
e entonação oral, entre
outros elementos
extralinguísticos.
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS
DISCURSIVOS E SEUS
ELEMENTOS
COMPOSICIONAIS
LEITURA
63.Finalidade; Objetivos
da aula.
64.Aceitabilidade do tex-
to;
ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
LEITURA
Práticas de leitura de textos de
diferentes gêneros atrelados
à esfera social de circulação;
96.consideração dos conheci-
mentos prévios dos alunos;
97.Utilização de estratégias de
leitura que possibilite a com-
preensão textual significativa
AVALIAÇÃO
LEITURA
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura
Compreensiva do texto;
• Identifique o tema;
• Identifique a ideia do
texto;
• Localize informações
explícitas no texto;
178
65. Informatividade;
66.Situacionalidade; Coi-
sas que podem existir
em uma cidade;
67. Intertextualidade;
68.Elementos composi-
cionais de gêneros.
69.Papel do locutor e in-
terlocutor;
70.Elementos extralin-
guísticos: entonação,
pausas, gestos...;
71.Adequação do discur-
so ao Gênero;
72.Expressões populares;
73.Variações linguísticas;
74.Marcas linguísticas:
coesão, coerência, gí-
rias, repetição, recur-
sos semânticos;
75.Adequação da fala ao
contexto ( uso de
distintivos formais e
informais como conec-
tivos, gírias, expres-
sões, repetições, etc);
76.Diferenças e seme-
lhanças entre o dis-
curso oral ou escrito.
ESCRITA
77.Tema do texto; Tex-
tos discursivos.
78.Finalidade do texto;
de acordo com o objetivo
proposto no trabalho com
gênero textual selecionado;
98. Informatividade; Pedidos de
informação;
99.Situacionalidade; Coisas
que podem existir em uma
cidade;
100. Intertextualidade; Leitu-
ras diversas;
101. Elementos composicio-
nais de gêneros;
102. Papel do locutor e inter-
locutor;
103. Elementos extralinguís-
ticos: entonação, pausas,
gestos...;
104. Adequação do discurso
ao Gênero;
105. Expressões populares;
106. Variações linguísticas;
107. Marcas linguísticas: co-
esão, coerência, gírias, re-
petição, recursos semânti-
cos;
108. Diferenças e semelhan-
ças entre o discurso oral
ou escrito.
ESCRITA
109. Finalidade do texto;
110. Situacionalidade;
111. Intertextualidade;
• Deduza os sentidos
• das palavras e/ou
expressões a partir do
contexto;
• Perceba o ambiente e o
argumento no qual circula
o gênero;
• Compreenda as diferenças
decorridas do uso de
palavras e / ou expressões
no sentido conotativo;
• Analise as intenções do
autor ;
• Identifique e reflita sobre
as vozes sociais presentes
no texto;
• Posicione-se
argumentativamente;
• Faça o reconhecimento
de palavras e/ ou
expressões que
estabelecem a referência
textual;
• Amplie seu horizonte de
expectativas;
• Amplie se léxico;
ESCRITA
Espera-se que o aluno:
Expresse as ideias com
clareza;
179
79.Situacionalidade;
80. Intertextualidade
81.Temporalidades;
82.Produção de texto;
83.Elementos composi-
cionais de gêneros;
84.Emprego de palavras
e/ou expressões com
mensagens implícitas
e explícitas;
85.Emprego de palavras;
peso e medidas.
86.Ortografia;
87.Concordância ; Verbal
/ nominal.
ORALIDADE
88.Tema do texto;
89.Finalidade;
90.Aceitabilidade do texto
91. Informatividade;
92.Adequação do discur-
so ao gênero;
93.Marcas linguísticas;
Coesão, coerência;
94.Adequação da fala ao
112. Temporalidades;
113. Produção de texto;
114. Elementos composicio-
nais de gêneros;
115. Emprego de palavras
e/ou expressões com men-
sagens implícitas e explíci-
tas;
116. Emprego de palavras;
peso e medidas.
117. Lugares; No aeroporto,
estação ferroviária e rodovi-
ária, rodovias, portos e
meios de transportes.
118. Ortografia;
119. Concordância ; Verbal /
nominal.
ORALIDADE
120. Tema do texto;
121. Finalidade;
122. Aceitabilidade do texto
123. Informatividade;
124. Adequação do discurso
ao gênero.
125. Marcas linguísticas; Co-
esão, coerência.
126. Adequação da fala ao
Elabore/ reelabore textos.
Diferencie o contexto de uso
da linguagem formal e
informal;
Use recursos textuais como:
coesão e coerência.
Utilize adequadamente
recursos, uso e função do
artigo, pronome, numeral,
substantivos, adjetivo,
advérbio, etc.;
Empregue palavras e/ou
expressões no sentido
conotativo e denotativo,
em conformidade com o
gênero proposto;
Use apropriadamente
elementos discursivos,
textuais, estruturais e
normativos atrelados aos
gêneros trabalhados;
Reconheça palavras e/ou
expressões.
ORALIDADE
Espera-se que o aluno :
18.Utilize o discurso de
acordo com a situação de
produção formal/ informal;
19.Apresente suas ideias
com clareza, mesmo que
na língua materna;
20.Utilize adequadamente
entonação, pausas, gestos,
180
contexto;
95.Diferença e seme-
lhança entre o discur-
so oral e escrito.
contexto;
127. Diferença e semelhan-
ça entre o discurso oral e
escrito.
etc.;
21.Organize a sequencia de
sua fala;
22.Explore a oralidade, em
adequação ao gênero
proposto;
23.Exponha seus
argumentos ;
24.Compreenda os
argumentos no discurso do
outro;
25.Participe ativamente dos
diálogos, relatos, discursos,
em língua materna e
estrangeira;
26.Utilize expressões faciais
corporais e gestuais,
pausas e entonação oral,
entre outros elementos
extralinguísticos.
GÊNEROS TEXTUAIS
GÊNEROS TEXTUAIS 1º ANO BÁSICO 2º ANO BÁSICO
Cotidiana
- Adivinhas
- Anedotas
- Trava-línguas
- Músicas
- Letras de Músicas
- Receitas
- Exposição oral
Literária / Artística
- Autobiografia
- Letras de Músicas
-Narrativas de Humor
- Biografia
- Contos
- História em quadrinhos
- Poemas
Científica - Pesquisa -Artigos
- Pesquisa
181
Escolar
- Cartazes
- Exposição oral
- Resumo
- Diálogo / discussão
argumentativa
Imprensa
- Charge
- Fotos
- Sinopses de filmes
- Entrevista oral e escrita
- Notícia
- Sinopses de filmes
Publicitária - E-mail - Publicidade Comercial
Política - Carta de Emprego
Jurídica -Leis -Leis
Produção e Consumo - Manual Técnico
Midiática
- Desenho animado
- Filme
-Desenho Animado
-Filme
15.3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna, está pautada
na seguinte afirmação de que, “o trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte
do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros
instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir
significados” (DCE, 2008, p. 63).
Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão atender as
necessidades do aluno enfatizando em demasia os aspectos e as experiências cotidianas.
Logo, “o ponto de partida da aula de língua Estrangeira Moderna será o texto verbal
e não-verbal, como unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008, p. 63), bem como afirma
Marcuschi (2003, p. 22), de que: “é impossível se comunicar verbalmente a não ser por
algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum
texto”. Portanto, a principal ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade da língua
de estudo na qual o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas de fala e escrita e a
desempenhar funções linguísticas a partir do uso de textos.
E ainda, “vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do
gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação
presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de
tudo isso, a gramática em si” (DCE, 2008, p. 61).
182
Observa-se que os estabelecimentos de ensino sempre utilizaram textos para a
desenvolvimento de atividades de compreensão leitora e produção escrita. No entanto, o
que se abordava a partir do uso desses textos eram os aspectos gramaticais visando os
elementos puramente estruturais da língua, isto é, concebendo-a como código e
desconsiderando-a enquanto discurso. Ao utilizar-se dos diferentes gêneros textuais com
fins educacionais, obtem-se textos didatizados.
15.4 - AVALIAÇÃO
A avaliação será de forma igualitária, ampla e continuada direcionada para captar
possíveis desigualdades no aproveitamento pelo aluno bem como, de promover
oportunidade de aprovação, e de verificar o processo de ensino-aprendizagem.
Proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das experiências
educacionais vivenciadas com:
- avaliação de aprendizagem oral: conhecimento da forma culta da língua em estudo,
conhecimento das variantes linguísticas, regionalismos a partir dos conteúdos básicos da
LEM.
- avaliação de aprendizagem escrita: com referência aos conteúdos básicos da
disciplina;
- atividades avaliativas: trabalhos escritos, orais, desenvolvimento individual ou em
grupos como recurso para fixação dos conteúdos básicos da disciplina em estudo;
- atividade extraclasse: trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter prático, materiais de
apoio e projetos interculturais resultantes do conteúdo básico da disciplina LEM.
Ao final das atividades de aprendizagem, bem como das atividades avaliativas e das
atividades extraclasse de cada trimestre, será atribuída uma média trimestral e
posteriormente, uma média anual a cada aluno.
“A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos
critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de
instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e
maneiras de expressar seu conhecimento” (DCE, 2008, p. 33).
“A avaliação de aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala
de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (...) Os alunos do CELEM que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e a média anual igual ou
superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo”.
(Instrução Normativa no. 019/2008 -6.11, 6.16, p. 5).
183
Ainda de acordo com as DCEs (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação devem
ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-metodológicas que
oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.
15.5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In:____. Estética da Criação Verbal. São Paulo:
Martins Fontes, 1952. p. 279-326.
KOCH, I. V. ; ELIS, V, M. Ler e Escrever: estratégias de produção textual. São Paulo:
Contexto, 2009. 220 p.
MARCUSCHI, L, A. Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão. São Paulo:
Parábola, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação
Básica- Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Instrução
Normativa no. 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM). Curitiba,
2008.
PARANÁ, Projeto Político Pedagógico. Colégio Estadual Industrial. Francisco Beltrão,
2008.
16. PROPOSTA PEDAGOGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM
CONTRATURNO – 2012 ENSINO FUNDAMENTAL
16.1 TÍTULO DA ATIVIDADE - CULTURA E ARTE
16.1.1 NUCLEO DO CONHECIMENTO
CONTEÚDO: Dança como Elemento de Expressão Corporal Educativa
DANÇA Movimento
Corporal
Tempo
Espaço
Técnicas: formação inicial, níveis
altos, médios e baixos, salto e
queda, direção, rotação,
deslocamento, performance,
coreografia, improvisação, melodia,
Dança moderna
Hip Hop
Musicais
184
16.2 - JUSTIFICATIVA
O trabalho com Cultura e Arte, possibilitará o aluno o aprendizado dos conceitos
de liderança, cooperação, solidariedade, trabalho em equipe, respeito as regras,
buscando uma melhor qualidade de vida e o cuidado com a saúde e a expressão
corporal
16.3 - OBJETIVOS DA ATIVIDADE
Possibilitar aos alunos do ensino fundamental atuar na perspectiva e
multiplicidade de propostas e ações que caracterizam o mundo contemporâneo.
Lançar um olhar mais critico sobre a dança na esola; sendo a escola um lugar
privilegiado para que o ensino desta se processe com qualidade e compromisso,
podendo garantir continuidade, aprofundamento e relações com as outras áreas do
currículo.
Trabalhar na teoria e na prática, propostas para o ensino de dança que
integrem apreciação e a contextualização artística.
Demonstrar que a dança engloba conceitos, procedimentos e atitudes e
precisa ser abordada em toda a sua dimensão, possibilitando aos alunos: adquirir
habilidades e preparo corporal básicos para a criação e interpretação em dança;
desenvolver a percepção cinestésica, espacial e temporal; desenvolver a consciência
corporal.
16.4 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Com a proposta de Dança como Elemento de Expressão Corporal Educativa vamos
estudar: Os princípios do movimento: respiração, equilíbrio, apoios, dinâmica postural.;
Utilizar formas básicas de dança;
Recorrer as danças presentes na cultura dos jovens;
Entender os elementos do movimento: o quê, como, onde e com que nos movemos;
Conhecer os processos da dança: improvisação, composição coreográfica, repertórios;
Apreciação de dança ao vivo e em vídeo;
Discussões e problematização sobre o vivido e apreciado;
Leituras e discussão sobre Dança moderna, Hip Hop, Musicais, etc ;
Dinâmicas para compreender as relações entre o ensino de dança nas escolas e a relação
com a sociedade contemporânea.
Estudo de conceitos de tempo, espaço, corpo e novas tecnologias que nos auxiliam no
185
desenvolvimento dos vários estilos de dança.
16.5 - AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, durante todo o desenvolvimento do projeto, com
apresentação do grupo, na semana cultural de final de ano e demais projetos ou eventos
de participação da escola.
16.6 - CRÍTERIOS DE PARTICIPAÇÃO
Será permitida a participação de todos os alunos interessados do ensino fundamental
matutino, com a participação de 05(cinco) alunos por turmas das 6º, 7º, 8º E 9º anos do
ensino fundamental vespertino, totalizando 33 participantes, regulamente matriculados.
16.7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARQUES, I. (1997). A Dança Criativa e o Mito da Criança Feliz. Revista Mineira de
Educação Física, 5(1), 28-39.
MARQUES, I. (1997, junho). Dançando na Escola. Revista Motriz, 3(1), 20-28.
SILVA, T. T. (1993) (Org.). Teoria educacional crítica em tempos pós-modernos. Porto
Alegre: Artes Médicas.
BARBOSA , A. M. (Org.). Arte-educação: Leitura no subsolo. São Paulo, Cortez, 1997.
17 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM
CONTRATURNO
17.1 - TÍTULO DA ATIVIDADE - ESPORTE E LAZER
17.1.1 - NÚCLEO DO CONHECIMENTO
O Esporte como qualidade de Vida / Hora treinamento
17.2 - JUSTIIFCATIVA
O esporte deve ser visto como fator de interação social percebido como instrumento
educacional que tem relação direta com os fins da educação, do desenvolvimento
individual da formação para a cidadania e da orientação para a prática social.
Além de descobrir talentos do esporte, o projeto tem como principal foco
proporcionar às crianças o convívio com o esporte e com uma melhor qualidade de vida,
186
além de desenvolver, o espírito de equipe, a autoestima e a cidadania.
17.3 - OBJETIVOS DA ATIVIDADE
Possibilitar aos alunos o estabelecimento de conceitos e valores que podem contribuir
para a saúde, cuidado com o corpo, bem como a formação de um cidadão ético e
responsável perante a sociedade.
Trabalhar através do esporte, conceitos como liderança, cooperação, solidariedade,
trabalho em equipe, regras e qualidade de vida integrando alunos, pais e a comunidade
escolar.
17.4 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A atividade complementar será desenvolvida no período vespertino, com a
participação de alunos das turmas do Ensino Médio matutino, com estudos sobre o Futsal
e Voleibol, culminando na organização de times que representem a escola.
17. 5 - AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua, durante todo o desenvolvimento do projeto, com
apresentação de jogos , no inter-série da escola de final de ano e participação nos eventos
esportivos.
17.5.1 - CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Será dada a oportunidade de participação a todos os alunos(as) interessados(as), a
turma será formada por 7 (sete) alunos das turmas do ensino médio matutino, totalizando
35 participantes. Com estudos sobre o Futsal e Voleibol (regras e normas) culminando na
organização de times que representem a escola. A atividade será desenvolvida no período
da tarde.
17.6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EDUCAÇÃO FÍSICA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR.
MEDINA. João Paulo S. O Brasileiro e seu corpo: Educação e Política do Corpo, 2ed.
Campina: São Paulo; Papirus, 1990.
MATOS. Margarida Gaspar de. Corpo, Movimento e Socialização, Rio de Janeiro: Sprint,
1993.
FERREIRA. Ricardo Lucena. Futsal e a iniciação, 2ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.
187
18 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
6º e 9º ano
18.1 - JUSTIFICATIVA
O ensino de Língua Portuguesa nas Salas de Apoio à Aprendizagem, conforme
Resoluções 004/11, 007/11, 2772 e 1690, deve se constituir de uma prática social, visando
a superação da defasagem de aprendizagem dos conteúdos dessa disciplina, ou seja, o
domínio da leitura, da oralidade e da escrita, privilegiando o contato real do estudante com
a multiplicidade de gêneros que são produzidos e circulam socialmente.
Nesse processo de interação, faz-se necessário que a Língua Portuguesa seja
possibilidade para o sujeito interagir de forma dinâmica e histórica, visto que a vida
contemporânea exige ampliar a competência linguística dos alunos, propiciando a
interação com os diversos discursos existentes, saberes necessários para o exercício da
cidadania, direito de todos.
18.2. OBJETIVOS POR ÁREA DE APOIO:
18.2.1 - Língua Portuguesa
Para garantir aos alunos o verdadeiro domínio da linguagem, o reconhecimento de
um gênero se constitui como algo essencial, tendo em vista que todas as situações
comunicativas só se efetivam por meio de enunciados concretos materializados nos
gêneros textuais ou discursivos. Nas aulas de Língua Portuguesa é pertinente possibilitar
aos alunos do 6º Ano:
- ler fluentemente, com entonação e ritmo, observando os sinais de pontuação;
- (re)conhecer o suporte, o gênero, o enunciador, o interlocutor, a finalidade, a esfera de
circulação;
- reconhecer as relações entre textos: explícito e implícito, bem como os recursos
expressivos e efeitos de sentido;
- observar as variações linguísticas;
- identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros, interpretando-os com auxílio de
material gráfico diverso;
188
- rever posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato;
- perceber os elementos composicionais do gênero;
- identificar a tese de um texto;
- estabelecer relações entre a tese e os argumentos que a sustentam;
- diferenciar as partes principais das secundárias em um texto, bem como os elementos
composicionais;
- identificar repetições ou substituições que contribuem na continuidade de um texto;
- estabelecer relações de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- observar e empregar a variação linguística nos textos, marcadas por conjunções,
advérbios, figuras de linguagem, fonologia, verbos, pronomes, adjetivos...;
- identificar efeitos de ironia e humor em textos variados;
- interpretar linguagem não-verbal.
Para o 9º Ano:
- (re)conhecer o suporte, o gênero, o enunciador, o interlocutor, a finalidade, a esfera de
circulação;
- identificar o efeito de sentido decorrente do uso dos sinais de pontuação;
- reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou
expressão;
- reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos e da linguagem figurada;
- identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor;
- recontar o que leu ou ouviu mantendo a sequência na exposição das ideias;
- estabelecer relações intertextuais;
- perceber as razões dos diferentes usos da língua quando em linguagem formal, informal,
técnica, dos adolescentes, das pessoas mais velhas;
- empregar a concordância e a regência verbal e nominal;
- produzir textos com clareza, coerência e coesão, observando as características do
gênero;
- produzir textos com clareza. coesão e coerência atendendo aos propósitos
comunicativos do gênero.
- A partir dos gêneros selecionados, na leitura, oralidade e escrita serão privilegiados.
18.3 - CONTEÚDOS
18.3.1 - Língua portuguesa
189
6º Ano
• textos narrativos e principais elementos composicionais nos gêneros;
• tema do texto: discurso direto, indireto (narrador em 1ª e 3ª pessoa);
• pontuação nos diversos gêneros textuais: aspas, travessão, divisão do texto
em parágrafos (noções básicas);
• acentuação / ortografia / compreensão do sistema fonológico e sua
aplicabilidade: divisão silábica, dígrafo, encontros vocálicos e consonantais
• uso de maiúsculas e minúsculas
• morfologia observando a funcionalidade do substantivo, do adjetivo, do artigo
e do numeral, pronomes pessoais retos e oblíquos
• conotação e denotação; figuras de linguagem;
• percepção de mudanças na linguagem formal e informal (gênero oral:
exposição oral)
• uso de dicionários
9º Ano
• elementos composicionais nos gêneros trabalhados (marcas linguísticas):
conotação, denotação, coerência, coesão e revisão de todas as classes
gramaticais, aspas, negrito e itálico observando sua funcionalidade;
• ambiguidade;
• compreensão do uso da língua de forma conotativa e denotativa nos textos
em prosa e verso, destacando alguns recursos estilísticos como: metáfora,
comparação, antítese, hipérbole, ironia, personificação;
• função das conjunções (coordenadas) e preposições na conexão das partes
do texto nos gêneros trabalhados;
• verbos nos modos: indicativo, subjuntivo e imperativo;
• concordância nominal e verbal;
• aposto e vocativo;
• identificação e produção de textos nos gêneros que circulam socialmente:
reconhecimento dos estilos, suporte, fonte, interlocutor, locutor, conteúdo
temático, intertextualidade, finalidade, função, tempo, lugar;
190
• contextualização da ortografia, acentuação e pontuação.
18.3.4 - Matemática
18.3.5 - Objetivos
- Reconhecer e utiliza características do sistema de numeração decimal, tais como
agrupamento e troca na base 10 e princípio do valor posicional.
- Compreender classificação e seriação numérica.
- Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais.
- Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais.
- Resolver problemas com números naturais, envolvendo diferentes significados da adição
ou subtração.
- Resolver problemas com números naturais, envolvendo diferentes significados da
multiplicação ou divisão.
- Identificar diferentes representações de um mesmo número racional.
- Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados.
- Resolver problemas com números racionais expressos na forma decimal envolvendo
diferentes significados da adição ou subtração.
- Resolver problemas utilizando a escrita decimal, a partir de cédulas e moedas do sistema
monetário brasileiro.
- Estimar a medida de grandeza utilizando unidades de medida convencionais ou não.
- Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como
km/m/cm/mm, kg/g/mg, l/ml.
- Estabelecer relações entre unidades de medida de tempo (dia e semana, hora e dia, dia
e mês, mês e ano, ano e década, ano e século, década e século, hora e minuto, minuto e
segundo), incluindo leitura de calendário.
- Resolver problemas envolvendo o cálculo do perímetro.
- Resolver problemas envolvendo o cálculo ou estimativa de áreas de figuras planas,
desenhadas em malhas quadriculas.
- Identificar a localização/movimentação de objetos em mapas e outras representação
gráfica.
- Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais pelo número de
lados.
- Identificar propriedades comuns e diferenças entre poliedros e corpos redondos,
relacionando figuras tridimensionais com suas planificações.
191
- Ler informações e dados apresentados em tabelas.
- Ler informações e dados apresentados em gráficos (particularmente gráficos de colunas).
- Retirar dados e informações de gráficos, tabelas e textos para resolver problemas.
18.4 - Conteúdos:
- Sistemas de numeração e álgebra;
- Grandezas e medidas;
- Operações com números naturais;
- Situações-problema;
- Figuras geométricas e simetria;
- Análise e interpretação de gráficos e tabelas;
- Tratamento da informação;
- Funções.
18.5 – ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Quanto à abordagem pedagógica, pretende-se partir dos conhecimentos que os
alunos já têm a partir de suas leituras de mundo, de seu repertório de referências. Muitas
atividades serão individualmente, porém outras serão coletivas e em grupos, o que
propiciará a análise, discussão e reflexão de várias questões propostas durante as aulas
de Língua Portuguesa e Matemática. Outro aspecto relevante a ser propiciado aos alunos
serão as atividades permanentes de escrita (produção de gêneros variados) e de oralidade
(debates regrados), bem como a de leitura de variados gêneros abordando o mesmo tema
ou que apresentem as mesmas características para posterior análise, apresentação ou
atividades. Em Matemática, serão observados o raciocínio lógico e os cálculos nas
operações básicas.
É importante ressaltar o papel de mediação que o professor exercerá na condução
das atividades, de modo a possibilitar ao aluno melhores condições de aprendizagem.
18.5.1 - Recursos a serem utilizados:
- Laboratório de Informática com Internet para pesquisa;
- Biblioteca: acesso a livros e revistas;
- Sala de aula, quadro, TV pendrive, vídeos, materiais concretos, jogos;
- Cadernos de Atividades de Língua Portuguesa e Matemática, anos finais do EF.
192
18.6 - AVALIAÇÃO: critérios, instrumentos avaliativos e recuperação de estudos.
Inicialmente o professor regente fará o diagnóstico do aluno e preencherá a ficha de
encaminhamento à S.A.A. A professora da S.A.A. Desenvolverá com o aluno
metodologias para superação das defasagens de aprendizagem dos conteúdos e,
juntamente com o professor regente e equipe pedagógica, farão análise da aprendizagem
podendo ou não dispensá-lo da S.A.A.
Será observado, nos alunos, tanto na oralidade quanto na escrita, bem como o
desenvolvimento do raciocínio lógico:
- Unidade temática;
- Adequação ao gênero solicitado;
- Informatividade;
- Adequação da linguagem ao contexto;
- Adequação dos parágrafos nas sequências narrativas;
- Emprego dos verbos conforme solicita o gênero;
- Uso de operadores argumentativos;
- Uso de recursos estilísticos;
- Pontuação adequada;
Coesão e coerência: reiteração de pronomes, artigos, adjetivos e substantivos, verbos,
figuras de linguagem, retomada de parágrafos, etc.
- Clareza e adequação na produção textual, conforme o gênero proposto;
. Desenvolvimento do uso do pensamento através da elaboração de hipóteses a
descoberta de situações e soluções;
- Incentivo do prazer pela Matemática através do desenvolvimento do raciocínio;
- reconhecimento de operações com números naturais e decimais (adição, subtração,
multiplicação, divisão, potência e raiz);
- identificação e representação do antecessor e do sucessor de um número natural,
decomposição de um número natural nas unidades das diversas ordens para que possam
ler e interpretar diferentes conceitos;
− reconhecimento da divisão como processo inverso da multiplicação e vice-versa,
bem como a determinação de quociente e resto na divisão de números naturais.
18.6.1 - RECUPERAÇÃO PARALELA
Aos alunos com dificuldades para expor seu ponto de vista no grande grupo, a
193
professora conversará em particular e possibilitará que eles pesquisem mais sobre o
assunto e na aula seguinte, exponham – em particular ou à turma - seu ponto de vista
sobre o tema abordado.
18.7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PPP. Colégio Estadual Industrial– EFM, Francisco Beltrão, 2011.
PARANÁ, SEED. Ensino Fundamental de Nove Anos – Orientações Pedagógicas para
os Anos Iniciais. Curitiba, 2010.
_______Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa e Matemática, 2011.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Língua Portuguesa. Brasília, 1997.
Disponível em http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro02.pdf
RESOLUÇÕES 004/11, 007/11, 2772 e 1690
19 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR EM
CONTRATURNO.
19.1 - TÍTULO DA ATIVIDADE - FECOMÉRCIO - SESC / SENAC
19.2 - JUSTIFICATIVA
As atividades fornecem conhecimentos para a formação dos educandos, ocorrem
em turno contrário, três vezes por semana, completando uma carga horária anual de 189
horas pelo Sesc e 112 horas pelo Senac. São desenvolvidas atividades diversificadas e
complementares (em contraturno), com ênfase nas disciplinas de Matemática e Língua
Portuguesa. Também são ministradas aos estudantes aulas de oratória, comunicação,
informação profissional, palestras sobre empregabilidade, empreendedorismo e oficinas
profissionalizantes, e cursos de valorização social para a comunidade.
19.3 - OBJETIVOS DA ATIVIDADE
O programa visa aprimorar o rendimento dos alunos na escola e promover sua
integração no mercado de trabalho, fornecendo os conhecimentos necessários para que
esses jovens conquistem o primeiro emprego.
19.4 - CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
194
O Programa Fecomércio – SESC/SENAC, é direcionado a alunos(as) que estão
cursando o 1º ano do Ensino Médio da rede pública de ensino, regularmente matriculados.
/home/prof/ines/Compartilhamento Público/adendorecurso.doc
20 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA SALA DE RECURSOS
MULTIFUNCIONAL TIPO I
20.1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A sala de recursos multifuncional é um serviço especializado, de natureza
pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do
Ensino Fundamental.
O decreto n° 6571/2008 dispõe sobre o atendimento educacional especializado
definido no 1° do art. 1° como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e
pedagógico organizados institucionalmente e prestados de forma complementar ou
suplementar à formação dos alunos no ensino regular. No 2° do art 1°, determina que o
AEE integra a proposta pedagógica da escola, envolvendo a participação da família e a
articulação com as demais políticas públicas.
Dentre as ações de apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação prevista
nesse Decreto, destaca, no art. 3°, a implantação de de Recursos Multifuncionais,
definidas como ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos para
a oferta do atendimento educacional especializado.
Esse atendimento constitui oferta obrigatória pelos sistemas de ensino para apoiar o
desenvolvimento dos alunos público-alvo da educação especial, em todas etapas níveis e
modalidades.
A finalidade da sala de recursos multifuncional é complementar o atendimento
educacional realizado em classes comuns do Ensino Fundamental. O trabalho pedagógico
especializado deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a
desenvolver os processos cognitivos, motor sócio-afetivo e emocional necessários para a
apropriação e produção dos conhecimentos.
Atender crianças da Rede Pública que estejam apresentando dificuldade no
processo de aprendizagem.
Oferecer um atendimento diferenciado ao aluno das classes de Ensino Regular,
pelo enriquecimento de recursos, pela variedade de procedimentos e pela individualização
195
do ensino.
Promover o protagonismo do aluno, como agente de sua aprendizagem, pela
valorização de sua identidade e pela consciência do valor do conhecimento para uma vida
mais plena.
Promover a valorização de outras habilidades e potencialidades da criança, bem
como a questão da afetividade e de outros caminhos que tragam felicidade, autonomia e
realização para o aluno.
A escola optou pela sala de recursos multifuncional devido à necessidade de ter um
atendimento especializado para os alunos com necessidades educacionais especiais,
desenvolvendo esses alunos em todas as etapas , níveis e modalidades.
É ofertado aos educandos especiais ambientes dotados de equipamentos,
mobiliários e materiais didáticos de acordo com a necessidade de cada aluno, visando
sempre apoiar o desenvolvimento do aluno em todos os aspectos pedagógicos.
Os resultados são visíveis, a Sala de Recurso multifuncional tem possibilitado ao
aluno melhora no desenvolvimento cognitivo de forma significativa, proporcionando aos
mesma, autoestima, autocontrole, autoconfiança, motivação, respeito, limites, organização,
afetividade, hábitos de cortesia e socialização. Resultando assim numa melhora concreta,
possibilitando um melhor desenvolvimento e consequentemente a aprovação.
O horário de atendimento na sala de recursos multifuncional deverá ser em período
contrário ao que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum, funciona no
Colégio Estadual Industrial no período da manhã e da tarde.
O aluno da sala de recursos multifuncional deverá ser trabalhado de forma
individualizada ou em grupos e o tempo de trabalho coletivo não deverá exceder o tempo
do trabalho individual.
Os atendimentos realizados em grupos deverão ser organizados por faixa etária
e/ou conforme as necessidades pedagógicas.
Na sala de recursos multifuncional, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com
atendimento por cronograma.
O cronograma para o atendimento do aluno deverá ser elaborado pelo professor da
sala de recursos multifuncional juntamente com o pedagogo da escola e, quando se fizer
necessário, com os professores da classe comum.
O cronograma de atendimento deverá ser organizado quanto ao: Número de
atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não
ultrapassando 2 (duas) horas diária.
196
A necessidade da sala de recursos multifuncional de natureza pedagógica é de
complementar o atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino
Fundamental. O trabalho pedagógico especializado deve constituir um conjunto de
procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivos, motor, sócio-
afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.
20.2 - OBJETIVOS DA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL
Proporcionar aos alunos, alternativas metodológicas, a fim de superar as dificuldades
na aprendizagem e estimular o desenvolvimento de suas habilidades e capacidades
cognitivas.
Estimular, nos mesmos, as noções de respeito, limites, organização e
responsabilidade.
Formação social e formação para trabalho.
Promoção para o desenvolvimento humano.
Formação do cidadão.
Propiciar na comunidade escolar, um espaço de diálogo e reflexão frente às necessidades
educacionais especiais de cada aluno e as diferentes estratégias metodológicas
utilizadas para que tais tenham uma educação inclusiva de qualidade;
Proporcionar os conhecimentos básicos necessários para sua aprendizagem.
20.3 - CONTEÚDOS
Conteúdos estruturantes de acordo com as DCES
Área do desenvolvimento
Área do conhecimento
20.3.1 - CONTEÚDOS DA ÁREA DO DESENVOLVIMENTO:
20.3.1.1 - ÁREA SÓCIO-AFETIVA-EMOCIONAL
• Motivação;
• Respeito;
• Limites;
• Autoestima;
• Autocontrole;
• Autoconfiança;
• Afetividade;
197
• Hábitos de cortesia;
• Socialização/ interação social.
20.3.1.2 - ÁREA PSICOMOTORA
• Equilíbrio;
• Postura;
• Coordenação motora ampla e fina;
• Coordenação viso-motora;
• Coordenação dinâmica geral;
• Lateralidade;
• Dominância lateral;
• Esquema corporal;
• Controle de sincenesias e paratonias;
• Organização temporal;
• Organização espacial;
• Conhecimento social do tempo;
• Percepção de detalhes auditivos e visuais.
20.3.1.3 - ÁREA COGNITIVA
• Linguagem expressiva e compreensiva;
• Sensações;
• Percepção;
• Atenção;
• Concentração;
• Memória;
• Raciocínio;
• Criatividade;
• Conceituação.
2O.4 - CONTEÚDOS DA ÁREA DO CONHECIMENTO:
20.4.1 - PORTUGUÊS
• Leitura;
• Escrita;
198
• Oralidade;
• Produção de textos.
• Interpretação
• Bilhetes
• Cartas
• Poemas
• Discurso direto e indireto
• Normas gramaticais
• Representação teatral
20.4.2 - MATEMÁTICA
• Conhecimento dos numerais;
• Conhecimento das 4 operações;
• Utilização de problemas matemáticos;
• Sistema fracionário;
• Sistema monetário;
• Horas;
• Geometria
• Funções
• Tratamento da informação
• Grandezas e medidas
• Resolução de problemas
• Figuras geométricas
20.4.3 - CONHECIMENTOS GERAIS
• Meio ambiente;
• Espaços geográficos;
• Regiões geográficas;
• Mapas;
• Corpo humano;
• Higiene básica;
20.5 - ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS
As aulas na sala de recursos multifuncional serão realizadas no contra turno do
199
horário que o aluno está matriculado no ensino regular. Estes serão atendidos em grupos
ou individualmente, de acordo com as necessidades educacionais especiais de cada um.
Os alunos estarão divididos em pequenas turmas, através de cronograma de
atendimento, agrupando-os de acordo com série, idade, e/ou necessidades educacional
especial, podendo este ser modificado de acordo com a necessidade do aluno e/ou
professor.
As atividades da sala de recursos multifuncional são planejadas de acordo com a
necessidade de cada educando, podendo ser realizada durante uma ou duas vezes por
semana. Estas são compostas por atividades referentes as áreas do desenvolvimento e
áreas do conhecimento, jogos, músicas e brincadeiras contextualizadas.
20.5.1 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA- METODOLÓGICA
Desde os séculos passados até os dias atuais, vem ocorrendo grandes movimentos
em relação à educação das pessoas com necessidades educacionais especiais.
De acordo com SASSAKI (2003), no começo da história, os deficientes eram
considerados inválidos, como seres anormais e eram categorizadas e distinguidas em três
populações: primeiro, eram chamadas de idiotas, cretinos e imbecis; segundo como
retardados e; o terceiro como instáveis. Essas pessoas eram vistas como anormais e
relacionadas ao sobrenatural, como sendo forças do mal, sendo passíveis de torturas e
morte para expiação do pecado.
Na idade média, essa crença se fortalece e a deficiência é entendida como
intervenção direta de Deus sobre forma de castigo, o que, ocasionava o aprisionamento
dessas pessoas em suas casas ou até mesmo a morte.
O primeiro indício de educação especializada para tais pessoas surgiu em 1909,
através de uma lei, a qual determina a existência de um sistema de ensino especializado
para anormais contra a perspectiva do hospício, introduzindo assim, essas pessoas, em
classes especiais. No princípio, esse alunado foi considerado incapaz, mas com o passar
do tempo foram apresentando satisfação e revelando melhoras em seu desenvolvimento.
Assim, após essa experiência, iniciaram-se um processo de pesquisas e criação de
uma didática ajustada as necessidades desses alunos, elaborando métodos pedagógicos
que auxiliaria e dirigiria essas pessoas para uma profissão. Porém, essa educação tinha
como finalidade a segregação em instituições para cuidado, proteção, tratamento médico e
pedagógico, que priorizava a “instrução básica” com o ensino das letras e noções da
aritmética, destacando-se o trabalho manual para o treinamento industrial, produzindo
200
mão-de-obra barata, desqualificada em troca de um pequeno salário ou um prato de
comida.
O Brasil, seguindo a concepção de institucionalização da Europa, criou primeiro,
instituições para o atendimento das pessoas cegas e surdas. A preocupação com a
educação de pessoas com deficiência mental e física deu-se mais tarde.
Após a Segunda Guerra Mundial, em 1948, aponta-se para a Declaração Universal
dos Direitos Humanos, onde esse documento passa a inspirar as políticas públicas e os
instrumentos jurídicos de quase todos os países. De maneira geral, esta Declaração
assegura as pessoas com deficiência os mesmos direitos à liberdade, a uma vida digna, à
educação fundamental, ao desenvolvimento pessoal e social e a livre participação na vida
da comunidade.
Influenciada pelas mudanças de concepção sinalizada nas leis internacionais, em
1961, surge a primeira menção de serviços educacionais especializados, titulados como
Educação Especial, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n°. 4024/61, de
maneira inovadora incentivando e direcionando esses atendimentos as instituições como a
Pestalozzi e as APAEs.
A partir da década de 70, surgem os movimentos organizados pelos pais de
crianças com deficiências e ganham adeptos no mundo todo, inspirados nos princípios de
individualização, normalização e integração e buscam ampliar as oportunidades de
participação social de pessoas com deficiência, oferecendo-lhes o convívio em ambientes
menos segregados. Nesse período a Educação Especial ganham visibilidade sendo
caracterizada como uma educação voltada ao atendimento de pessoas com deficiência, as
quais necessitam de cuidados clínicos e terapêuticos, ocorrendo uma expansão
quantitativa dessa modalidade. Houve, assim, a organização e proliferação de escolas
especiais, centros de reabilitação, oficinas protegidas de trabalho, clubes sociais especiais,
associações desportivas especiais, entre outros serviços ao grupo de pessoas com
deficiências. Na década de 80, inúmeras leis são aprovadas em torno da igualdade de
direitos e oportunidades para as pessoas com necessidades educacionais especiais,
estabelecendo, também, diretrizes para a compreensão da Educação Especial como uma
modalidade de educação escolar, obrigatória e gratuita, ofertada, também, em
estabelecimentos públicos de ensino.
Já na década de 90, a Educação Especial tem um grande crescimento em
conseqüência de alguns movimentos em pró dessa idéia como: a Declaração de Jomtien,
na Conferência Mundial sobre Educação para Todos, em Jomtien, Tailândia (1990) em que
201
os países relembram que “a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e
homens, de todas as idades, no mundo inteiro”; depois, pela Declaração de Salamanca
(1994), Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e
Qualidade, realizada pela UNESCO, em Salamanca (Espanha), teve como objeto
específico de discussão, a atenção educacional aos alunos com necessidades
educacionais especiais, onde se reuniram trezentos representantes de noventa e dois
governos e de vinte e cinco organizações internacionais com o objetivo de promover a
Educação para Todos, reconhecendo a necessidade de se ter um ensino ministrado no
sistema comum de educação a todas as pessoas com necessidades educativas especiais.
De acordo com o documento, (1994, p.1): As pessoas com necessidades educativas
especiais devem ter acesso às escolas comuns que deverão integrá-las numa pedagogia
centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades e as escolas comuns,
com essa orientação integradora, representam o meio mais eficaz de combater atitudes
discriminatórias, de criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade integradora e
dar educação para todos; além disso, proporcionam uma educação efetiva à maioria das
crianças e melhora a eficiência e, certamente, a relação custo-benefício de todo o sistema
educativo.
Esses documentos abriram espaço para uma ampla discussão sobre a necessidade
de os governos contemplarem em suas políticas públicas o reconhecimento da diversidade
dos alunos e o compromisso em atendê-los na escola comum. Dessa forma, educação
começa a rever seu ensino, conceitos e construir uma sociedade que se preocupa com
todos, sem discriminação de raça, crença, situação econômica e de vida. Na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei n° 9.394/96 no capítulo V da Educação
Especial no artigo 58 (1996, p. 44) diz: “entende-se por educação especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular
de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”.
No estado do Paraná, desde a criação da primeira escola especial, em 1939, o
Instituto Paranaense de Cegos, reproduzem-se concepções e práticas já atestadas nos
movimentos sociais, nacionais e internacionais.
Com a estruturação do departamento de Educação Especial, integrando a
organização político-administrativa da SEED, se intensificam as ações em Educação
Especial, no âmbito da escola pública, com expansão aos diferentes municípios do Estado
e a implantação de classes especiais e salas de recursos voltadas ao atendimento das
deficiências. Destaca-se como relevante, neste ponto, a política de descentralização
202
administrativa, com a criação das equipes de Educação Especial nos Núcleos Regionais
de Educação que possibilitou a interiorização dessa modalidade de ensino.
A Educação Especial no Paraná tem mais que 50 anos. Nesse período aconteceram
muitas mudanças relacionadas à sua organização e ao sistema educacional. Em virtude
dessas mudanças ocorreram intensas transformações sociais trazendo consigo avanços
significativos para toda a sociedade.
Assim, no Paraná, a Educação Especial, dever constitucional do Estado e da
família, é oferecida tanto na rede regular de ensino, quanto em instituições especializadas,
com o início da faixa etária de zero a seis anos, prolongando-se durante toda a educação
básica e ensino superior. Na rede regular de ensino há a oferta de serviços educacionais
especializados, tais como: sala de recursos multifuncional; centro de atendimento
especializado; professor de apoio permanente; profissional interprete; instrutor surdo;
classe especial e escola especial. Atualmente, defende-se a idéia de educação inclusiva
responsável e de qualidade, onde as escolas deverão estar preparadas para receber e
garantir a educação de alunos com necessidades educacionais especiais, visando o seu
pleno desenvolvimento.
20.5.2 - INCLUSÃO
Historicamente, a educação de pessoas com deficiência nasceu de forma solidária,
segregada e excludente. Ela surgiu com caráter assistencialista e terapêutico pela
preocupação de religiosos e filantropos na Europa. Mais tarde, nos Estados Unidos e
Canadá, surgiram os primeiros programas para prover atenção e cuidados básicos de
saúde, alimentação, moradia e educação dessa população, até então marginalizada pela
sociedade.
A partir desse novo olhar às pessoas com necessidades educacionais especiais,
surge o conceito de integração, que tem origem no princípio ideológico e filosófico da
normalização, criado na Dinamarca por Bank-Mikel Kelsen (1959). Esse conceito defendia,
para as crianças com deficiência, modos de vida e condições iguais ou parecidas com os
demais membros da sociedade. A idéia de normalização subentendia não tornar o
individuo “normal”, mas torná-lo capaz de participar da vida em sociedade, inclusive da
escola.
Surge, assim, o princípio de oferecer condições e oportunidades iguais do ponto de
vista educacional, e atividades sociais mais amplas, o que, na década de 70, nos EUA e
em outros países, era denominado mainstreaming, que significa integrar as pessoas com
203
deficiências à corrente principal da vida.
Nesse conceito, a educação deveria ocorrer em ambiente o menos restrito possível,
e o atendimento às necessidades individuais realizado preferencialmente no ensino
regular. Somente os alunos com deficiências mais graves seriam encaminhados para
escolas especiais.
Embora a proposta de integração plena estivesse voltada para a inserção do aluno
na classe comum e na comunidade, a educação de crianças com deficiências acabou
acontecendo de forma paralela em instituições especializadas ou em classes especiais.
Chega assim, ao nosso meio, o movimento da inclusão com divulgação da
Declaração de Salamanca (Espanha, 1994), sob o patrocínio da UNESCO.
O conceito de inclusão em sua evolução sócio - histórica aponta para a necessidade
de aprofundar o debate sobre a diversidade. Isso implicaria em buscar compreender a
heterogeneidade, as diferenças individuais e coletivas, as especificidades do ser humano e
sobretudo as diferentes situações vividas na realidade social e no cotidiano escolar.
Essa discussão passa necessariamente pela reflexão sobre os conceitos
historicamente construídos acerca dos alunos com deficiências, cristalizados no imaginário
social e expressos na prática pedagógica centrada na limitação, nos obstáculos e nas
dificuldades e acolhimento das necessidades dessas pessoas, tendo como ponto de
partida a escuta dos alunos, pais e comunidade escolar.
Observa-se, nesse conceito, uma mudança de foco, que deixa de ser a deficiência e
passa a concentrar-se no aluno e no êxito do processo ensino aprendizagem, para qual o
meio ambiente deve ser adaptado às necessidades específicas do educando, tanto no
contexto escolar e familiar, como no comunitário.
Sobre a inclusão sugere a imagem de uma escola em movimento, em constante
transformação e construção, de enriquecimento pelas diferenças. Esse movimento implica:
mudanças de atitudes, constante reflexão sobre prática pedagógica, modificação e
adaptação do meio e, em nova organização da estrutura escolar.
Há autores, no entanto, que propõem a inclusão de forma mais radical, discordando
da validade de adaptações e complementações curriculares, enfatizando a necessidade de
se rever à prática pedagógica para que seja especializada para todos os alunos. Essa
dimensão humana e antropológica é ideal e desejável por muitos pais e professores mas
há ainda, um longo caminho a ser percorrido, principalmente com relação à formação de
professores, em direção à educação para a diversidade.
A inclusão é um processo complexo que configura diferentes dimensões: ideológica,
204
sóciocultural, política e econômica. Os determinantes relacionais comportam as interações,
os sentimentos, significados, as necessidades e ações práticas; já os determinantes
materiais e econômicos viabilizam a reestruturação da escola.
Nessa linha de pensamento, a educação inclusiva deve ter como ponto de partida o
cotidiano: o coletivo, a escola e a classe comum, onde todos os alunos com necessidades
educacionais especiais ou não, precisam aprender, ter acesso ao conhecimento, à cultura
e progredir no aspecto pessoal e social. Ao entrar num ambiente escolar, nos deparamos
com um universo de diversidades culturais, étnicas, religiosas e humanas, o que ocasiona
múltiplos conflitos entre profissionais da educação e aqueles que estão no processo de
aprendizagem. Esses conflitos ocasionam um desconforto no cotidiano escolar e fazem
com que a educação perca seu verdadeiro sentido que é formar cidadãos plenos e
atuantes na sociedade.
O maior desafio, hoje, é dar um significado à educação, não mais como instrumento
para metas econômicas, políticas e com um ensino mecânico e sem objetivos, mas sim,
como uma educação para toda a vida, em que o aluno seja valorizado com práticas de
formação de identidades, dando igualdade de oportunidades para todos, independentes
das diferenças individuais existentes.
Uma escola de boa qualidade para todos, uma escola inclusiva, deve estar a serviço da
dimensão social e política das relações humanas, na medida em que o processo
educacional ofereça além da apropriação de conhecimentos, a capacidade crítica,
indispensável ao exercício da cidadania plena. (CARVALHO, 2002, P.43) Após a
Declaração de Salamanca em que se propõe uma educação para todos, governantes e
profissionais que formam o ambiente escolar vem estudando formas que possibilitem esta
realidade. Uma das propostas da escola é uma educação inclusiva em que não abrange
apenas pessoas com necessidades especiais, mas todos os alunos, docentes e
funcionários de uma instituição educativa. Segundo MITTLER (2000, p25) diz: No campo
da educação, a inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas
como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso a
todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela escola. A
Inclusão não é apenas para pessoas com necessidades educacionais especiais, mas sim
para todos, principalmente aqueles que não tiveram oportunidade de participar
democraticamente do ambiente escolar. É preciso uma educação individual, em que todos
sejam vistos com diferença, mas que haja igualdade de oportunidades no processo de
ensino-aprendizagem. Valorizar cada aluno, reunir a diversidade, sem nenhum tipo de
205
distinção, ainda está longe de abranger os objetivos e a prática de todas as escolas, mas
nunca se falou tanto sobre inclusão como nos dias atuais.
Para chegar a um processo completo de inclusão é preciso ainda, destruir inúmeras
barreiras, principalmente quando se trata de pessoas com deficiências. Essas barreiras
estão em rever mitos, romper com o preconceito, estigmas, inseguranças de professores,
e outros problemas que são enfrentados no ambiente escolar.
Segundo MANTOAN (2003, p.19) diz: “Se o que pretendemos é que a escola seja
inclusiva, é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada para a
cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e valoriza as diferenças”.
Assim, fazendo com que a educação seja completamente para todos, construindo uma
sociedade mais justa e humana.
O processo de inclusão também compromete uma mudança nas escolas como:
diferentes metodologias e adaptações curriculares de pequeno e grande porte.
É preciso reestruturar uma prática que, por muito tempo, está concretizada e sendo
aplicada. Mas mudar é preciso. E com esta meta, a Educação Especial luta para as
pessoas com necessidades educacionais especiais possam ter o direito a uma educação
de qualidade, que possam ser inseridos numa classe regular e frequentar, como os
demais, uma escola que possibilite aprendizado e uma atuante participação desses na
sociedade em que estão inseridos. Pois, acredita-se que o ambiente seja primordial para o
desenvolvimento dessas pessoas.
Como REGO (2001) Apud VYGOTSKY nos relata, que o desenvolvimento pleno do
ser humano depende do aprendizado que realiza num determinado grupo cultural, a partir
da interação com os outros indivíduos. Que o homem constitui-se como tal através de
interações sociais, portanto, é visto como alguém que transforma e é transformado nas
interações sociais.
Por isso, a importância que alunos com necessidades educacionais especiais
interajam com os considerados “normais”, assim, esses poderão se desenvolver cada vez
mais e melhor.
SERVIÇO ESPECIALIZADO: sala de recursos multifuncional
A filosofia do trabalho apoio pedagógico específico e/ou sala de recursos
multifuncional está calcada no respeito às diferenças individuais, bem como no direito de
cada um em ter oportunidades iguais, mediante atendimento diferenciado.
A sala de recursos multifuncional é uma modalidade de atendimento educativa a ser
desenvolvida no ensino regular, destinada aos alunos com dificuldade de aprendizagem,
206
hiperatividade, altas habilidades/superdotação, portadores de deficiências e/ou de
condutas típicas. Tem como finalidade facilitar a aprendizagem dos alunos que
apresentam histórico de fracasso escolar, multirrepetência, dificuldade de aprendizagens.
Os serviços prestados na sala de recursos multifuncional não devem ser
confundidos com reforço escolar (repetição da prática educativa da sala de aula), nem com
às atividades inerentes à orientação educacional, que estão mais voltadas à escola como
um todo. Diferentemente, o professor da sala de recursos multifuncional – habilitado para o
trabalho – irá intervir como mediador, em atendimento grupal ou individual, utilizando-se de
recursos coerentes com as necessidades de cada aprendiz, com vistas a favorecer-lhes o
desenvolvimento global, o que é indispensável ao êxito nas atividades acadêmicas.
Entende-se por mediação, toda intervenção do professor junto às crianças que
apresentam dificuldades de aprendizagem, e que colabore para a melhoria da auto-
imagem do aluno e para sua reinterpretação do mundo como menos hostil e frustrante.
Nessa mediação, o professor é, sem dúvida, o mais importante, pois é dever deste, filtrar e
selecionar estímulos, organizando-os em benefício do aprendiz.
A sala de recursos multifuncional deve ser um ambiente que permita mudanças,
desde o rendimento escolar do aluno até, e principalmente, de seu autoconceito. Assim, a
própria arrumação da sala deve servir como estímulo para ajudar às crianças a superarem
as suas dificuldades e sentirem-se felizes.
A organização de ambientes propícios às mudanças envolve componentes
conceituais e práticos. Os primeiros, calcados em teorias, destacam a importância do meio
em sua dialética incessante com o organismo. Por isso, uma sala arejada, bem iluminada e
atraente, de modo a permitir a “expansão” do aluno, é uma das preocupações mais
significativas nas tarefas de apoio.
Os componentes práticos incluem recursos humanos qualificados e materiais
instrucionais, destacando-se: o facilitador (mediador); os programas de intervenção
específica e; os recursos instrucionais (livros, papéis, lápis, pincéis, tintas, jogos, giz,
quadros de giz, tesouras, colas, barbantes, sucatas, brinquedos, e outros). Esses
componentes servem para incentivar a relação entre as crianças e tudo o que lhes oferece
a sala de recursos multifuncional, como estímulo à aprendizagem bem sucedida.
O encaminhamento para a sala de recursos multifuncional deve decorrer das
observações sistemáticas do professor do ensino regular. Sugere- se que a avaliação do
desenvolvimento global do aluno seja uma constante na atuação docente, seguida de
estudo de caso pela equipe pedagógica da escola. Segundo a instrução N° 013/08 da
207
LDB e Secretaria de Estado do Paraná em que estabelece critérios para o funcionamento
da sala de recursos multifuncional para o Ensino Fundamental de 5a a 8a séries, na área
da Deficiência Intelectual e Distúrbio de Aprendizagem, defini a sala de recursos
multifuncional como um serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e
complementa o atendimento educacional dos alunos com necessidades educacionais
especiais.
O aluno que ingressa na sala de recursos multifuncional deverá: Estar matriculado e
freqüentando o Ensino Fundamental ou médio; a avaliação pedagógica de ingresso deverá
ser realizada no contexto do Ensino Regular, pelo professor da Classe comum, professor
especializado e equipe técnico-pedagógica da Escola, com assessoramento de uma
equipe multiprofissional (externa) e equipe NRE e ou SME, quando necessário. A
avaliação pedagógica educacional especializada no contexto escolar, para o ingresso na
sala de recursos multifuncional, estará enfocada mas áreas: cognitiva, sócio-afetiva-
emocional, motora, a qual será registrada em relatório, com indicação dos procedimentos
de intervenção e encaminhamentos.
Quando o aluno da sala de recursos multifuncional freqüentarem a Classe Comum
em outro estabelecimento, o mesmo deverá apresentar relatório de avaliação pedagógica
no contexto, declaração de matrícula e encaminhamentos. A organização na Sala 20(vinte)
alunos, com atendimento por intermédio de cronograma; o horário de atendimento deverá
ser em período contrário ao que o aluno está matriculado e freqüentando a Classe
Comum; o aluno da sala de recursos multifuncional deverá ser atendido individualmente ou
em grupos de até 10 (dez) alunos, com atendimento por meio de cronograma pré-
estabelecido; os grupos de alunos em atendimento serão organizados preferencialmente
por faixa etária e/ou conforme as necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos; o
cronograma de atendimento deverá ser elaborado pelo professor da sala de recursos
multifuncional junto com a equipe técnico- pedagógica da Escola, e, sempre que possível
ou se fizer necessário, com os professores de Classe Comum, em consonância com os
procedimentos de intervenção pedagógica que constam no relatório da Escola em que o
aluno freqüenta a Classe Comum; o aluno deverá receber atendimentos de acordo com
suas necessidades, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes por semana, não
ultrapassando 2 (duas) horas diárias. O professor da sala de recursos multifuncional
deverá prever: controle de freqüência dos alunos por intermédio de livro de frequência da
escola; contato periódico com a equipe técnico-pedagógica da escola e, sempre que
possível ou se fizer necessário, com os professores da Classe Comum para o
208
acompanhamento do desenvolvimento do aluno e; participação no Conselho de Classe.
O educador especial constrói o seu plano de trabalho visando as características
individuais do seu aluno, e junto com os profissionais de ensino comum, dinamiza
estratégias para que os alunos que estão incluídos na sala regular, superem suas
dificuldades e assim possam acompanhar o processo de ensino-aprendizagem.
O educador é o mediador entre o aluno, família e a comunidade escolar.
20.6 - RECURSO DIDÁTICO- PEDAGÓGICO E TECNOLOGICOS
• Quadro;
• Giz;
• Lápis;
• Caneta;
• Borracha;
• Apontador;
• Lápis de cor;
• Canetas hidrocor ;
• Giz de cera;
• Cola;
• Tesoura;
• Tinta;
• Pincel;
• Pincel atômico;
• Régua;
• Papel / folhas (sulfite, cartolina, bobina, Eva);
• Calendário;
• Revistas;
• Jornais;
• Encartes;
• Livros de histórias;
• Textos diversos;
• Jogos (dominó, memória, matemático, bingo, jogo lógico, blocos lógicos);
• Alfabeto manual;
• Rádio;
209
• CDs musicais;
• Televisão
20.6.1 - HUMANOS
• Alunos;
• Professor especializado;
• Professores do ensino regular;
• Funcionário da escola;
• Famílias.
20.7 - AVALIAÇÃO
20.7.1 - CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DE ACORDO COM LEGISLAÇÃO
EDUCACIONAL: LDBEN 9394/96 DELIBERAÇÃO /99 DO CEE .
Para a identificação das necessidades educacionais especiais dos alunos é
realizada, pela professora especializada, uma avaliação dentro do contexto escolar. Esta
também conta com a participação dos professores do ensino regular, através de suas
observações em sala de aula e com a equipa técnico-pedagógica da instituição.
O processo avaliativo se dá por meio de avaliação diagnóstica, formativa, somativa
e contínua, com o objetivo de avaliar os conhecimentos prévios, as potencialidades e
habilidades dos alunos. Esse processo tanto, ajuda o professor a investigar, identificar e
acompanhar o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, refletindo sobre sua
prática pedagógica e reformulando-a quando necessário, quanto, apontar os tipos de
recursos educacionais necessários para que aconteça um trabalho sério e comprometido
com o desenvolvimento global do aluno.
20.8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAUTISTA, Rafael (org). Necessidades Educacionais Especiais. Portugal/Lisboa:
Dinalivros, 1997.
BRASÍLIA. Lei de Diretrizes e bases da educação Nacional. No 9394/96, 1996.
CARVALHO, Rosita Edler. Temas em educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 2000.
COLAÇO, Veriana da Fátima Rodrigues. Abordagem dinâmica da avaliação, um
contraponto à psicometria. Santa Maria: Cadernos de Educação Especial. vol. 10, 1998.
FREIRE, Ida Mara (org.). Um olhar sobre a diferença. Papirus.
210
MANTOAN, Maria Tereza Egler. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer?. São
Paulo: Moderna, 2003.
MEC/UNESCO. Linhas Programáticas para o atendimento Especializado na sala de
apoio Pedagógico Específico. Brasília: MEC/ SEESP,1994.
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2000.
OREAL/ UNESCO. Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Necessidades
educacionais Especiais: Brasília: CORDE,1994.
REGO, Tereza Cristina.Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
SASSAKI,Romeu Kazumi. Como chamar o que têm deficiência?. São Paulo, 2003.
SEED, Diretrizes Curriculares da Educação Especial para Construção de Currículos
Inclusivos. Paraná, 2006.
211