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Faculdade de Medicina de Botucatu – Nome da Área Distrito de Rubião Júnior, s/n CEP 18618-970 Botucatu São Paulo Brasil Tel /Fax 55 14 3811 xxxxx [email protected] Campus de Botucatu Protocolo de Vigilância da Higienização de Mãos da Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS) – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) PRODUÇÃO TÉCNICA AUTORES: Mestrando: Danilo Galvão Teixeira Orientador: Ricardo Augusto Monteiro de Barros Almeida Co-orientadores: Ricardo de Souza Cavalcante, Sebastião Pires Ferreira Filho Colaborador: Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza Projeto realizado visando a aferição da taxa de adesão à higienização das mãos para orientar a necessidade de implantação e manutenção de intervenções educacionais. Nosso trabalho deverá auxiliar a criação de intervenções dirigidas ao combate dos principais problemas associados a infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) Objetivos Implantação de uma ferramenta de fácil uso para aferição das taxas de adesão a higiene das mãos antes, durante e após a aplicação de medidas específicas. Resumo A higiene das mãos é consagrada como a principal medida de prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Apesar do grande impacto, é constatado que os profissionais envolvidos na assistência à saúde não são aderentes a práticas adequadas de higiene das mãos. Mesmo em grandes centros no primeiro mundo as taxas de adesão a higiene das mãos são baixas e de difícil melhora, mesmo com campanhas adequadas, chegando no máximo a 60%. Devido a grandes taxas de infecção nos ambientes hospitalares, é necessário aferir de forma adequada a taxa de adesão de higiene das mãos. Antes de realizar alguma intervenção é necessário aferir uma taxa basal, com consecutivas aferições durante as intervenções propostas para acompanhar a efetividade das mesmas. Propomos, através desse protocolo, uma forma adequada para realizar essas aferições antes, durante e após intervenções, com o intuito de elevar as taxas de adesão à higiene das mãos em nosso serviço de saúde. Introdução A higienização das mãos tem papel central no controle de infecções associada à assistência à saúde, sendo uma medida simples, de baixo custo e extremamente impactante no controle de microrganismos. Apesar de ser uma medida de fácil aplicação, nota-se que grande parte dos profissionais não realizam a higiene de mãos de forma adequada. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, tem realizado esforços constantes para elaboração de estratégias para implantação e adesão da prática de higienização das mãos. No intuito de aferir a adesão em nosso serviço, desenvolvemos a partir da literatura disponível, um processo de vigilância não intervencionista que terá como base os seguintes conceitos: Momentos-chave para higienização: 1. Antes de contato com paciente. 2. Antes de realização do procedimento asséptico. 3. Após contato com o paciente. 4. Após risco de exposição a fluidos corporais. 5. Após contato com as área próximas ao paciente.

Protocolo de Vigilância em hiene das mãos - FINAL

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Protocolo de Vigilância da Higienização de Mãos da Comissão de Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (CCIRAS) –

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB)

PRODUÇÃO TÉCNICA AUTORES: Mestrando: Danilo Galvão Teixeira Orientador: Ricardo Augusto Monteiro de Barros Almeida Co-orientadores: Ricardo de Souza Cavalcante, Sebastião Pires Ferreira Filho Colaborador: Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza Projeto realizado visando a aferição da taxa de adesão à higienização das mãos para orientar a necessidade de implantação e manutenção de intervenções educacionais. Nosso trabalho deverá auxiliar a criação de intervenções dirigidas ao combate dos principais problemas associados a infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) Objetivos Implantação de uma ferramenta de fácil uso para aferição das taxas de adesão a higiene das mãos antes, durante e após a aplicação de medidas específicas. Resumo A higiene das mãos é consagrada como a principal medida de prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. Apesar do grande impacto, é constatado que os profissionais envolvidos na assistência à saúde não são aderentes a práticas adequadas de higiene das mãos. Mesmo em grandes centros no primeiro mundo as taxas de adesão a higiene das mãos são baixas e de difícil melhora, mesmo com campanhas adequadas, chegando no máximo a 60%. Devido a grandes taxas de infecção nos ambientes hospitalares, é necessário aferir de forma adequada a taxa de adesão de higiene das mãos. Antes de realizar alguma intervenção é necessário aferir uma taxa basal, com consecutivas aferições durante as intervenções propostas para acompanhar a efetividade das mesmas. Propomos, através desse protocolo, uma forma adequada para realizar essas aferições antes, durante e após intervenções, com o intuito de elevar as taxas de adesão à higiene das mãos em nosso serviço de saúde. Introdução A higienização das mãos tem papel central no controle de infecções associada à assistência à saúde, sendo uma medida simples, de baixo custo e extremamente impactante no controle de microrganismos. Apesar de ser uma medida de fácil aplicação, nota-se que grande parte dos profissionais não realizam a higiene de mãos de forma adequada. A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, tem realizado esforços constantes para elaboração de estratégias para implantação e adesão da prática de higienização das mãos. No intuito de aferir a adesão em nosso serviço, desenvolvemos a partir da literatura disponível, um processo de vigilância não intervencionista que terá como base os seguintes conceitos: Momentos-chave para higienização: 1. Antes de contato com paciente. 2. Antes de realização do procedimento asséptico. 3. Após contato com o paciente. 4. Após risco de exposição a fluidos corporais. 5. Após contato com as área próximas ao paciente.

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Cada momento gera uma oportunidade para realizar higiene das mãos, podendo ou não gerar uma indicação de higiene de acordo com o contexto das atividades desenvolvidas pelo profissional, como exemplificado do diagrama abaixo:

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OBS: Contatos do mesmo tipo após contato “inicial” com o paciente não constituem indicação para higienização das mãos (a menos que o profissional saia do ambiente do paciente). A indicação irá, automaticamente, gerar uma ação positiva ou negativa em relação à higiene. OBS1: A ação pode ser prorrogada quando há contato com os móveis ou constituintes do ambiente do paciente. OBS2: Antes ou após cada procedimento ou contato com diferentes equipamentos/dispositivos, sempre deve ser realizada a ação positiva.

A Taxa de Adesão é calculada em porcentagem através da fórmula:

A Taxa de Adesão deve ser separada em períodos: 1. Basal à Antes da implantação de medidas hospitalares de higiene das mãos. 2. Acompanhamento à Durante a implantação. 3. Monitoramento à Após medidas.

Cada período deve ser avaliado com pelo menos 200 oportunidades de cada Departamento. Sessão: Tempo, dia e local da observação, com duração mínima de 10 min e máxima de 40 min (intercorrências e emergências não podem ser parâmetro para observação).

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Grade: Uma coluna para cada profissional (utilizar códigos).

Exemplo de códigos: 01 – Enfermeira. 02 – Técnico de Enfermagem. 03 – Médico. 04 – Outros profissionais. Simplificação da observação: Limitar profissionais avaliados ou oportunidades avaliadas. Exemplo:

• Objetivo à Proteção do paciente • Avaliar antes de atender o paciente • Avaliar antes de procedimentos assépticos

• Objetivo à Proteção do ambiente. • Antes e depois do contato com pacientes.

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Tabelas para cálculos por categoria.

Tabela para cálculo por higienização das mãos.

Referências: 1. Manual para observadores: estratégia multimodal da OMS para a melhoria da higienização das mãos. / Organização

Mundial da Saúde; tradução de Sátia Marine – Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Agência Nacional de Vigilância Sanitária., 2008.

2. WHO guidelines on hand hygiene in health care., 2009. 3. Manual para implantação do Projeto: “Mãos Limpas são Mãos mais Seguras” – Divisão de infecção hospitalar – CVE.,

2011 4. Guideline for Hand Hygiene in Health-Care Settings – MMWR October, 25, 2002, Vol.51 No. RR-16.

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