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Prática de Ensino em Educação Infantil

Prática de Ensino em Educação Infantil · NIAE Música, Contação de Histórias e Artes Visuais Contextualização É muito bom brincar com as crianças, fazer arte, contar uma

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Prática de Ensino em Educação Infantil

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Material Teórico

Responsável pelo Conteúdo:Profa. Dra. Julia de Cassia Pereira do Nascimento

Revisão Textual:Profa. Ms. Selma Aparecida Cesarin

Música, Contação de Histórias e Artes Visuais

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• Introdução

• Música

• Contação de histórias

• Artes visuais

• Considerações finais

· Organizar informações e produzir saberes que possibilitem a crítica e discussões na Disciplina Prática de Ensino na Educação Infantil, com propostas pedagógicas voltadas aos focos Música, Contação de Histórias e Artes Visuais, a partir das observações em campo de estágio.

OBJETIVO DE APRENDIZADO

Olá, aluno (a)!

Nesta Unidade, vamos aprender um pouco mais sobre a Prática de Ensino na Educação Infantil, ressaltando o trabalho neste nível de ensino com a Música, a Contação de Histórias e as Artes Visuais.

Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material complementar. Não esqueça: a leitura é um momento oportuno para registrar suas dúvidas; por isso, não deixe de fazê-lo e de transmiti-las ao professor-tutor. Além disso, para que a sua aprendizagem ocorra num ambiente mais interativo possível, permitindo a reflexão e discussão necessárias à sua formação, participe do fórum proposto nesta Unidade.

Cada material disponibilizado é mais um elemento para seu aprendizado. Por favor, estude todos com atenção!

Lembre-se: você é responsável por seu processo de estudo. Por isso, aproveite ao máximo esta vivência digital!

ORIENTAÇÕES

Música, Contação de Histórias e Artes Visuais

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UNIDADE Música, Contação de Histórias e Artes Visuais

ContextualizaçãoÉ muito bom brincar com as crianças, fazer arte, contar uma história, cantar

uma música... E mais ainda poder usar tudo isso para que a criança aprenda!

Não é muito bom?

Mas será que as crianças podem aprender com essas brincadeiras?

Veja nesta Unidade como você pode ser um bom professor, trabalhando a Música, a Contaçao de Histórias e as Artes Visuais em suas aulas.

Bons estudos!

Saiba um pouco mais sobre a arte de contar histórias:Disponível em: http://bauderecursosmi.blogspot.com.br/2011/06/arte-de-contar-historias.htmlEx

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IntroduçãoO trabalho na Educação Infantil é muito rico, especialmente se levarmos em

conta que, em virtude de as crianças desta faixa etária ainda não serem alfabetizadas, devemos utilizar diferentes linguagens para nosso ensino e, assim, levá-las à aprendizagem.

Nesta Unidade, vamos discutir sobre três importantes focos para o trabalho na Educação Infantil: a Música, a Contação de Histórias e as Artes Visuais.

MúsicaA música se apresenta na vida das crianças desde muito cedo. Estudos mostram

que no ventre materno as crianças já podem escutar músicas e, logo ao nascer, todos gostam de embalar os bebês com cantigas de ninar.

Ao entrarem nas escolas de Educação Infantil, a Música está presente em diferentes momentos e espaços, para confraternização, refeição ou simples brincadeiras.

Por estes motivos, a música mereceu espaço de discussão no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil – RCNEI:

A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas etc. Faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, já na Grécia antiga, era considerada como fundamental para a formação dos futuros cidadãos, ao lado da matemática e da filosofia. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na Educação Infantil, particularmente (RCNEI, 1998, p.55).

O RCNEI enfatiza a presença da música na Educação Infantil. Traz em seu contexto orientações, objetivos e conteúdos a serem trabalhados neste nível de ensino e mostra, ainda, ao educador que a Música é uma linguagem e como área de conhecimento deve ser entendida como: produção, apreciação e reflexão (RCNEI, 1998).

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UNIDADE Música, Contação de Histórias e Artes Visuais

Esse documento destaca dois blocos de conteúdos a serem trabalhados na Música:

• O fazer musical - forma de comunicação e expressão que acontece por meio da improvisação, da composição e da interpretação;

• Apreciação musical - refere-se à audição e interação com músicas diversas.

Propõe não somente cantar ou ouvir músicas, mas sim uma discussão sobre a potencialidade pedagógica da utilização da música nas práticas educativas.

Isto mostra a importância da Música como área de conhecimento, pois são sugeridos conteúdos e metodologias próprias, deixando claro seu uso como metodologia de trabalho.

No contexto da Educação Infantil, a música se apresenta de diferentes formas e em diversas situações. Percebemos isto nas músicas utilizadas para receber as crianças em sua chegada à escola, na hora das refeições, do banho, de comemorações diversas, recreações e brincadeiras livres.

Aliás, é no brincar musical que as crianças procuram demonstrar, seja na escola ou em casa, seus pensamentos, sentimentos ou necessidades. Esta situação é explicada no RCNEI:

O ambiente sonoro, assim como presença da música em diferentes e variadas situações do cotidiano fazem com que os bebês e crianças iniciem seu processo de musicalização de forma intuitiva. Adultos cantam melodias curtas, cantigas de ninar, fazem brincadeiras cantadas, com rimas parlendas, reconhecendo o fascínio que tais jogos exercem (Brasil, 1998. p.51).

Nas atividades relacionadas ao estágio obrigatório na Educação Infantil, é possível observar que muitos professores trabalham com música, mas alguns deles não a utilizam como atividade pedagógica.

É importante que o aluno e futuro professor, nos momentos da observação no estágio, perceba se a música é utilizada de forma contextualizada, se há apenas reprodução de canções, se as crianças entendem o que estão cantando ou se o fazem de forma repetitiva.

É preciso que a utilização da música na Escola contribua para o desenvolvimento da criança na Educação Infantil, da mesma forma que as atividades a ela relacionadas tragam aprendizagem e crescimento às crianças.

Podemos entender que a música é uma importante ferramenta pedagógica para auxiliar as crianças em seu desenvolvimento, se planejada e contextualizada.

A prática da educação musical está presente em várias culturas e consiste numa importante forma de expressão humana. Essa cultura que a criança traz consigo para a escola permite que o professor utilize a música em sua prática pedagógica.

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O professor que trabalha com música, utilizando-a como recurso pedagógico, contribui para o desenvolvimento integral da criança em suas dimensões afetiva, cognitiva, motora e social.

A música faz com que as crianças sintam-se bem, desenvolve o movimento, contribui para a interação social, além de potencializar a atenção e a concentração.

Por isso, utilizar canções que tragam as experiências simples da vida das crianças – como a alimentação, os brinquedos, a natureza, a família, as descobertas, os amiguinhos – diverte as crianças, oferecendo importantes estímulos para uma vida equilibrada e saudável.

Percebe-se que trabalhar com músicas na Educação Infantil tornou-se um conteúdo indispensável para todas as escolas, que hoje em dia até se programam para estudos de meio em visitas externas a teatros, cinemas e musicais.

Contação de históriasAs histórias sempre encantaram a Humanidade. Muito antes da descoberta da

escrita já se contavam histórias, transmitidas de pai para filhos, tornando-se uma forma de ensino e aprendizagem.

Contar histórias enriquece quem conta e quem escuta e permite o desenvolvi-mento do saber ouvir, do prazer pela leitura e de conhecimentos culturais importantes.

A contação de histórias na Educação Infantil deixou de ser entretenimento para se tornar recurso pedagógico para os professores. As histórias permitem que as crianças desenvolvam a criatividade, a imaginação, o gosto pela leitura e a construção do vocabulário.

O RCNEI destaca a importância do momento de contação de história, por meio da leitura:

A leitura de histórias é um momento em que a criança pode conhecer a forma de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não o seu. A partir daí ela pode estabelecer relações com a sua forma de pensar e o modo de ser do grupo social ao qual pertence. As instituições de Educação Infantil podem resgatar o repertório de histórias que as crianças ouvem em casa e nos ambientes que frequentam, uma vez que essas histórias se constituem em rica fonte de informação sobre as diversas formas culturais de lidar com as emoções e com as questões éticas, contribuindo na construção da subjetividade e da sensibilidade das crianças (BRASIL,1998, p.143).

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Para o professor, constitui-se em valioso recurso para trabalhar cultura, valores, questões sociais e até mesmo afetivas e de interação entre as crianças.

Para este trabalho, o professor pode utilizar histórias do folclore regional, do imaginário pessoal, lendas urbanas regionais, além de fábulas e histórias infantis:

Ter acesso à boa literatura é dispor de uma informação cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura. A intenção de fazer com que as crianças, desde cedo, apreciem o momento de sentar para ouvir histórias exige que o professor, como leitor, preocupe-se em lê-la com interesse, criando um ambiente agradável e convidativo à escuta atenta, mobilizando a expectativa das crianças, permitindo que elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida.

Este é um recurso didático pedagógico, utilizado no cotidiano da criança e é muito importante, pois é um método eficaz, educativo e envolvente para ensinar nas escolas.

Quem convive com crianças sabe o quanto elas gostam de escutar a mesma história várias vezes, pelo prazer de reconhecê-la, de apreendê-la em seus detalhes, de cobrar a mesma sequência e de antecipar as emoções que teve da primeira vez. Isso evidencia que a criança que escuta muitas histórias pode construir um saber sobre a linguagem escrita. Sabe que na escrita as coisas permanecem, que se pode voltar a elas e encontrá-las tal qual estavam da primeira vez (BRASIL, 1998, p.143).

As estratégias mais utilizadas para a contação de histórias são a narração e a leitura dramatizada, a encenação e a exibição filmes.

Além disso, os professores podem utilizar diferentes materiais, que chamam a atenção das crianças, como fantoches, livros ilustrados, fantasias ou marionetes.

Mas, além destes recursos, o professor pode utilizar também sua própria voz e corpo para dar vida à história, com alterações no timbre da voz e a expressão corporal para vivenciar o que está sendo contado. Esses recursos potencializam a participação das crianças:

O professor lê a história, as crianças escutam, observam as gravuras e, frequentemente, depois de algumas leituras, já conseguem recontar a história, utilizando algumas expressões e palavras ouvidas na voz do professor. Nesse sentido, é importante ler as histórias tal qual estão escritas, imprimindo ritmo à narrativa e dando à criança a ideia de que ler significa atribuir significado ao texto e compreendê-lo (BRASIL,1998,p.144)

É importante, também, que o professor faça uso de histórias adequadas a cada faixa etária, para que haja maior participação e entendimento por parte das crianças.

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Quando o professor utiliza recursos que envolvem a participação da criança, este momento torna-se mais prazeroso e potencialmente educativo:

Muitas vezes a leitura do professor tem a participação das crianças, principalmente naqueles elementos da história que se repetem (estribilhos, discursos diretos, alguns episódios etc.) e que por isso são facilmente memorizados por elas, que aguardam com expectativa a hora de adiantar-se à leitura do professor, dizendo determinadas partes da história. Diferenciam também a leitura de uma história do relato oral. No primeiro caso, a criança espera que o leitor leia literalmente o que o texto diz (BRASIL, 1998, p. 144).

Podemos perceber, nas observações das aulas na Educação Infantil, que a utilização da contação de histórias ajuda no desenvolvimento das crianças, no gosto pela leitura e escrita, na convivência com os colegas, na exploração da imaginação, além de entenderem o mundo no qual vivem se tornando cidadãos. Porém, o contador de histórias precisa estar atento a alguns pontos essenciais, para que o objetivo de seu trabalho seja alcançado:

a) as histórias podem ser lidas ou contadas; o contador deve levar vida às histórias, preocupando-se com a entonação de voz e a postura do corpo;

b) sensibilidade ao multiculturalismo para escrever e contar as histórias;

c) considerar as diversas possibilidades de frases para começar e terminar um conto;

d) utilizar acessórios e utensílios como, por exemplo, fantoches é um excelente recurso para o ouvinte e para o contador lembrar a sequência da história, mas é preciso que seja simples, porém atrativo, principalmente para aguçar a curiosidade de crianças menores;

e) preparar o ambiente, considerar as idades, falar com clareza, começar e finalizar as histórias; direcionar uma por dia é fundamental para uma boa contação;

f) é essencial que, ao final, seja feita uma avaliação de todo o processo (NASCIMENTO BILUCA MATEUS, 2014, p.65).

Estudos mostram que este recurso pedagógico torna também as crianças multiplicadoras de cultura, levando para suas casas o hábito de ler e contar histórias.

Acreditamos, assim como Nascimento Biluca Mateus (2014) que o estímulo à imaginação e criatividade permite envolver as crianças na contação da história, enriquecendo e desenvolvendo sua personalidade.

Além disso, levando-se em conta que a fantasia e a imaginação antecedem a leitu-ra, a contação de histórias interfere positivamente para a aprendizagem significativa.

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Artes visuaisArtes visuais é a nome dado à reunião de diferentes artes ligadas ao imaginário

ou ao real, cuja principal forma de entendimento e avaliação é a visão. Por isso a arte visual relaciona-se à beleza e à criatividade das pessoas, sendo capaz de provocar manifestações que agradem ao olhar.

Em virtude de reunir diferentes artes, o conceito de Artes Visuais pode se manifestar em variadas áreas, como dança, pinturas, esculturas, teatro, fotografia etc.

O RCNEI destaca estas características das Artes Visuais:

As Artes Visuais expressam, comunicam e atribuem sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na arquitetura, nos brinquedos, bordados, entalhes etc. (BRASIL, 1998, p.85).

As Artes Visuais estão presentes na vida da criança desde o seu nascimento. As cores de seu quarto, das roupas dos adultos, as figuras coladas na parede, as cores de seus brinquedos, enfim, tudo que está presente nos locais de convivência da criança, a fazem despertar para as artes.

Com o passar do tempo, a criança começa a se manifestar artisticamente, ainda que não se dê conta disto, em ações simples de seu cotidiano:

Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu próprio corpo, a criança pode utilizar-se das Artes Visuais para expressar experiências sensíveis (BRASIL, 1998, p.85).

As Artes Visuais são também um tipo de linguagem, cuja estrutura e características auxiliam a criança a se comunicar. Por este motivo, o RCNEI destaca que a aprendizagem das Artes Visuais se dá por meio da articulação dos seguintes aspectos:

• fazer artístico — centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal;

• apreciação — percepção do sentido que o objeto propõe, articulando-o tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identificação de obras de arte e de seus produtores;

• reflexão — considerado tanto no fazer artístico como na apreciação, é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que se manifesta em sala,

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compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas (BRASIL, 1998, p.89).

Os objetivos e conteúdos a serem trabalhados em Artes Visuais na Educação Infantil encontram-se no RCNEI, p. 95-104.Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf

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Embora não tenham estudado Arte, as crianças são capazes de se colocar perante a Arte, fazendo interpretações sobre a produção de arte e o fazer artístico.

Essas interpretações baseiam-se em suas experiências e vivências com a Arte. Portanto, o conhecimento em Artes Visuais se constrói a partir do fazer artístico e no contato com os diferentes objetos e tipos de arte.

Para trabalhar com Artes Visuais na Educação Infantil, é preciso que ela seja encarada como uma Disciplina importante e, portanto, precisa do comprometimento do professor em seu desenvolvimento.

É interessante que, nas escolas, as crianças entrem em contato com diferentes objetos e materiais, conhecendo suas texturas, características, propriedades, sempre direcionados à exploração da expressão artística dessas crianças:

O trabalho com as Artes Visuais na Educação Infantil requer profunda atenção no que se refere ao respeito das peculiaridades e esquemas de conhecimento próprios a cada faixa etária e nível de desenvolvimento. Isso significa que o pensamento, a sensibilidade, a imaginação, a percepção, a intuição e a cognição da criança devem ser trabalhadas de forma integrada, visando a favorecer o desenvolvimento das capacidades criativas das crianças (BRASIL, 1998, p.91).

Quando a criança se expressa artisticamente, coloca nesta expressão seus sentimentos e emoções, estabelecendo por meio do imaginário uma conexão com sua realidade. Além disso, revela seu cognitivo e sua afetividade, sentimento e pensamento, e sua relação consigo mesma e com as pessoas que a rodeiam. Daí a grande importância de o professor perceber esta expressão, pois falam do desenvolvimento afetivo, cognitivo e social da vida de suas crianças:

O movimento, o equilíbrio, o ritmo, a harmonia, o contraste, a continui-dade, a proximidade e a semelhança são atributos da criação artística. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, intuitivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo às Artes Visuais (BRASIL, 1998, p.85).

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O professor de Educação Infantil deve, no trabalho com Artes Visuais, assim com em qualquer trabalho pedagógico, respeitar as potencialidades e o ritmo de sua sala, e em especial de cada criança. Porém, deve-se levar em conta que em Arte não existe o certo ou o errado, o bonito ou o feio ou, ainda, dificuldade de aprendizagem. Encontramos referência a esse fato no RCNEI:

A crença de que existem crianças que têm mais facilidade do que outras para a aprendizagem em Artes Visuais exprime apenas um dos lados de uma grande e controvertida discussão. Neste documento defende-se a ideia de que em toda criança sempre existe um potencial passível de desenvolvimento sobre o qual a educação pode e deve atuar. A educação em Artes Visuais não visa a formar artistas, mas sim crianças sensíveis ao mundo e conhecedoras da linguagem da arte (BRASIL, 1998, p.91).

Por fim, é muito importante que o professor tenha em mente que o principal objetivo no ensino de Artes Visuais na Educação Infantil é permitir que por meio delas a criança possa desenvolver a sensibilidade, a intuição, estética e conhecimento, para que possa se relacionar consigo e com o outro, construindo por meio do diálogo valores como solidariedade, justiça e respeito.

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Considerações finaisNo desenvolvimento desta Unidade, buscamos identificar a importância das

observações propiciadas no momento do estágio, como bases para as reflexões da prática pedagógica do professor.

Além disso, esperamos que o aluno estagiário possa construir sua identidade como professor, a partir de tais observações e reflexões, além de ter subsídios para as discussões desenvolvidas na Disciplina Prática de Ensino em Educação Infantil.

Destacamos a Prática de Ensino na Educação Infantil e três focos de trabalho do professor.

A Música, como importante componente curricular e recurso do trabalho neste nível de ensino, trazendo divertimento e aprendizagem aos alunos.

A Contação de Histórias, valioso momento de trabalho no desenvolvimento da cultura, valores, questões sociais, por meio da fantasia e do imaginário.

As Artes Visuais, que se manifestam em diferentes áreas, permitem o desenvolvimento da intuição, da estética, da sensibilidade e do conhecimento.

Trabalhar estes três focos na Educação Infantil pede um professor compro-metido com sua própria aprendizagem e atualização, fazendo com que seu trabalho contribua significativamente para a aprendizagem e o desenvolvimento de seus alunos.

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Material ComplementarIndicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

SitesReferencial curricular nacional para a Educação Infantil

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. v.1. Acesso em: dez. 2015.http://goo.gl/QxuIGk

Música para aprender e se divertir

GIRARDI, Giovana. Acesso em: jan. 2016. http://goo.gl/tcLGyD

Álbum: brincadeira e dança criativa na pré-escola

SANTOMAURO, Beatriz. Acesso em: jan. 2016.http://goo.gl/y7B3Je

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ReferênciasBRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. v.3. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf . Acesso dez.2015>.

MATEUS, Ana do Nascimento Biluca et al. A importância da contação de história como prática educativa na Educação Infantil. Pedagogia em Ação, v. 5, n. 1, 2014.

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