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UNIP INTERATIVA Curso de Pós-Graduação Latu Sensu Valeria Cristina Kawauchi CONTRIBUIÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Campinas, 2014.

Psicopedagogo Na Escola

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Sobre metodologias na escola

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Page 1: Psicopedagogo Na Escola

UNIP INTERATIVA Curso de Pós-Graduação Latu Sensu

Valeria Cristina Kawauchi

CONTRIBUIÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL

Campinas, 2014.

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Valeria Cristina Kawauchi

CONTRIBUIÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL

aaaaaa

Campinas, 2014.

Trabalho monográfico apresentado à Universidade Paulista – UNIP, como parte dos requisitos para conclusão do curso de Pós-graduação lato sensu e para obtenção do título de especialista em Psicopedagogia Institucional. Professora Orientadora: Me. Heloisa Helena Ribeiro de Castro aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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RESUMO

Este é um estudo de caso de uma Escola do Ensino Técnico Profissionalizante de Nível Médio, tem como objetivo demonstrar a necessidade de um profissional Psicopedagogo no setor educacional do ensino técnico, que possa orientar não só os professores e alunos, mas também a equipe de gestão. Utilizar as pesquisas realizadas semestralmente na escola para entender os motivos da evasão escolar na instituição e demonstrar a contribuição de um Psicopedagogo em analisar as informações da instituição, fazer entrevistas, ter um olhar e escuta psicopedagógico e auxiliar a equipe de gestão na coleta e estudo dos dados para elaborar planos de ação na gestão escolar.

Palavras-chave: Educação, Profissional, Psicopedagogo, Indicadores,

Evasão.

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ABSTRACT

This is a case study of a School of Education College Technical Middle

Level, aiming to demonstrate the need for a professional psycho-pedagogue in the educational sector of technical education that can guide not only teachers and students, but also staff management. This study uses surveys conducted semiannually at school, with the goal to understand the reasons for school evasion in the institution. Seeks to demonstrate the contribution of an psycho-pedagogue to analyze the database of the institution, conduct interviews, and still pass a vision and psycho-educational listening to the teaching model. Thus, going forward the management team, models of collection and study of data to develop action plans in school management.

Key words: education, vocational, psycho-pedagogue, indicators, evasion.

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SUMÁRIO

1. Introdução ........................................................................................................ 7

1.1. O CEPROCAMP ................................................................................ 7

2. Um resumo dos 100 anos do Ensino Profissionalizante no Brasil ................... 8

2.1. Planos, Projetos e Programas de Educação Profissional .................. 9

2.2. Avaliação da Educação no Brasil...................................................... 14

3. A evasão escolar no Ensino Profissionalizante .............................................. 16

4. Analise dos Dados ......................................................................................... 22

5. Colaboração do Psicopedagogo na Escola.................................................... 24

6. Algumas Propostas Psicopedagógicas............................................................27

7. Conclusão........................................................................................................27

8. Bibliografia........................................................................................................33

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Relação da Evasão CEPROCAMP............................................................21

Gráfico 2: Motivos da Evasão: alunos....................................................................... 22

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Revisão de Literatura Sobre Evasão na Educação Profissional.............17

Tabela 2 – Causas de Evasão no PEP .............................................................................. 18

Tabela 3 – Motivos Evasão - CEPROCAMP .................................................................... 20

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1. INTRODUÇÃO

O Centro de Educação Profissional de Campinas “Prefeito Antônio da Costa

Santos” - CEPROCAMP, visando obter melhoria de qualidade e desempenho no

ensino, adotou um modelo de gestão que permite uma visão sistêmica de

desempenho da organização, para evidenciar se as estratégias estabelecidas estão

efetivamente sendo seguidas e se os objetivos propostos estão sendo alcançados,

faz se necessário um estudo dos dados levantados através de pesquisas com

alunos para construir um panorama sobre a situação atual da Instituição. Este

projeto é um estudo de caso e tem como objetivo demonstrar a contribuição de um

profissional da Psicopedagogia para capitar informações, analisar e ajudar a tomada

de decisão dos gestores do Centro Profissionalizante de Campinas – CEPROCAMP

com base nas pesquisas realizadas. A metodologia utilizada concentrou-se em

pesquisas bibliográficas e participação da rotina da escola. Para a coleta de dados,

foi utilizado um questionário elaborado pela instituição que contou com Profissionais

das Áreas de Pedagogia e Professores da Instituição e aplicados a uma amostra de

200 (duzentos) alunos dos cursos técnicos. As variáveis a serem pesquisadas visam

entender os reais motivos da evasão escolar na instituição.

O estudo pretende demonstrar a necessidade do setor educacional em ter um

profissional da Psicopedagogia que possa estudar estas informações e se achar

necessário coletar outras informações através de entrevistas, do olhar e escuta

psicopedagógico e auxiliar a equipe de gestão da escola a entender os motivos da

evasão escolar.

1.1 O CEPROCAMP

O objeto de estudo CEPROCAMP - Centro de Educação Profissional de

Campinas “Prefeito Antônio da Costa Santos” é entidade educacional sem fins

lucrativos, mantida pela Fundação Municipal para Educação Comunitária – FUMEC.

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Tem como objetivo contribuir para o crescimento e melhoria da qualidade de

vida da população de menor renda. O Centro mantém uma programação de cursos

profissionalizantes nas modalidades formação inicial e continuada de trabalhadores,

nas seguintes áreas: Administração, Desenvolvimento Social, Hospitalidade e Lazer,

Informática e Prestação de Serviços, e habilitação técnica de nível médio, nas

seguintes áreas: Administração, Enfermagem, Segurança do Trabalho, Informática,

Meio Ambiente e Hospedagem.

Para conseguir vagas para os cursos do CEPROCAMP, os candidatos se

inscrevem a cada semestre, são selecionados através de critérios socioeconômicos.

(fonte: www.ceprocamp.sp.gov.br).

2. UM RESUMO DOS 100 ANOS DO ENSINO PROFISSIONALIZANTE NO

BRASIL

Para entender a realidade do CEPROCAMP faz se necessário conhecer um

pouco da história da Educação Profissional no Brasil.

De 1909 a 2002 foram construídas 140 unidades, na Rede Federal de

Educação Profissional e Tecnológica brasileira.

O Decreto 5.154/2004 permite a integração do ensino técnico de nível médio

ao ensino médio.

A publicação da Lei 11.195 de 2005, lança a primeira fase do Plano de

Expansão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, com a

construção de 64 novas unidades de ensino e ainda nesse ano ocorre a

transformação do CEFET - Paraná em Universidade Tecnológica Federal do Paraná

a primeira universidade especializada nessa modalidade de ensino no Brasil.

Em 2006, com o Decreto 5.840 é instituído, no âmbito federal, o Programa

Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação de Jovens e

Adultos – PROEJA com o ensino fundamental, médio e educação indígena. Ainda

no ano de 2006 é lançado o Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de

Tecnologia para disciplinar as denominações dos cursos oferecidos por instituições

de ensino público e privados.

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A Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC do Ministério

da Educação, em parceria com o Fórum Nacional de Gestores Estaduais de

Educação Profissional realizaram a 1ª Conferência Nacional de Educação

Profissional e Tecnológica ainda em 2006.

Em 2007 há o lançamento da segunda fase do Plano de Expansão da Rede

Federal de Educação Profissional e Tecnológica, tendo como meta entregar à

população mais 150 novas unidades, perfazendo um total de 354 unidades, até o

final de 2010, cobrindo todas as regiões do país, oferecendo cursos de qualificação,

de ensino técnico, superior e de pós-graduação, sintonizados com as necessidades

de desenvolvimento local e regional.

O Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos passa por uma revisão e entra em

vigência no primeiro semestre de 2008, como importante instrumento de divulgação

e regulação da oferta de Cursos Técnicos por todo o Brasil.

Na divulgação do MEC sobre o Censo Escolar de 2010, os dados apontam

que as matrículas na educação profissional cresceram. Em 2010 o país passou a ter

1,1 milhão de jovens na educação profissional, representando um crescimento de

46% em relação a 2007. Já a rede federal de educação profissional passou de

77.190 alunos, em 2007, para 165.355, em 2010, um crescimento de 114%. (fonte:

http://portal.mec.gov.br/)

Os dados apresentados deixam claro que a Educação Profissional no país

deu um salto no seu crescimento e que o governo Federal está investindo na

profissionalização para ter mão de obra qualificada no país.

2.1. Planos, Projetos e Programas de Educação Profissional

A formação profissional tradicional vem sendo desenvolvida no país por

diversas instituições, entre as quais as escolas técnicas federais, os colégios

agrícolas, os centros de formação tecnológica, o Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial-SENAI, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - SENAC e o

Serviço Nacional de Aprendizagem Agrícola - SENAR, cada qual mantendo

características e peculiaridades próprias. Além delas, a formação profissional conta

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ainda com institutos, fundações e outras agencias que também atuam no segmento

de qualificação de mão de obra.

Nos últimos 15 anos, a educação profissional é um tema que passou a

dominar a agenda governamental, o Ministério da Educação, do Trabalho, Ciência e

Tecnologia, Secretaria Nacional da Juventude, Centrais Sindicais e o Congresso

Nacional debatem sobre a educação profissional e proliferam ações voltadas para

este tema. Alguns Planos e Programas voltados para Educação Profissional dos

últimos anos:

Expansão da Rede Federal

Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica está

presente em todos os estados brasileiros, com mais de 350 unidades em

funcionamento, oferecendo cursos de formação inicial e continuada, técnicos,

superiores de tecnologia, licenciaturas e programas de pós-graduação.

Programa Brasil Profissionalizado

Destina-se à ampliação da oferta e ao fortalecimento da educação profissional

e tecnológica integrada ao ensino médio nas redes estaduais, em parceria com o

Governo Federal.

Rede e-TecBrasil

São oferecidos gratuitamente cursos técnicos e de formação inicial e

continuada ou de qualificação profissional, na modalidade a distância. Poderão

oferecer cursos a distância as instituições da Rede Federal de Educação

Profissional, Científica e Tecnológica; as unidades de ensino dos serviços nacionais

de aprendizagem (SENAI, SENAC, SENAR e SENAT); e instituições de educação

profissional vinculadas aos sistemas estaduais de ensino.

Acordo de Gratuidade com os Serviços de Aprendizagem

O Acordo de Gratuidade tem por objetivo ampliar, progressivamente, a

aplicação dos recursos do SENAI, do SENAC, do SESC e do SESI, recebidos da

contribuição compulsória, em cursos técnicos e de formação inicial e continuada ou

de qualificação profissional, em vagas gratuitas destinadas a pessoas de baixa

renda, com prioridade para estudantes e trabalhadores.

FIES Técnico e Empresa

O FIES Técnico tem como objetivo financiar cursos técnicos e cursos de

formação inicial e continuada ou de qualificação profissional para estudantes e

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trabalhadores em escolas técnicas privadas e nos serviços nacionais de

aprendizagem – SENAI, SENAC, SENAT e SENAR. No FIES Empresa serão

financiados cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores, inclusive no

local de trabalho.

Bolsa-Formação

Além das iniciativas voltadas ao fortalecimento do trabalho das redes de

educação profissional e tecnológica existentes no país, a Bolsa-Formação, oferece

gratuitamente cursos técnicos para quem concluiu o Ensino Médio e para estudantes

matriculados no Ensino Médio e cursos de formação inicial e continuada ou

qualificação profissional.

O Programa Próximo Passo

É uma política pública de qualificação profissional realizada pelo Governo

Federal em conjunto com empresários e trabalhadores. O objetivo é capacitar e

inserir os beneficiários do programa Bolsa Família em postos de trabalho gerados na

Construção Civil.

PLANTEQ

O Plano Territorial de Qualificação faz parte de um acordo de cooperação

técnica e financeira entre os governos estadual e federal que oferece, gratuitamente,

cursos de formação inicial e técnica a pessoas vulneráveis economicamente e

socialmente, com baixa escolaridade e sujeitas às mais diversas formas de

discriminação social, como desempregados de longa duração, afrodescendentes,

indiodescendentes, pessoas com deficiência e com mais de 40 anos de idade.

O Pró-Jovem Trabalhador

Pretende qualificar 320 mil jovens carentes e em situação social de risco a

ingressarem no mercado de trabalho. No Bolsa Família o programa é de qualificação

de bolsistas para ocupar vagas criadas pelas obras do Programa de Aceleração

Econômica (PAC). Ao obter emprego, eles deixariam de receber o Bolsa Família.

Rede Certific

A Rede Nacional de Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada

- Rede CERTIFIC constitui-se como uma Política Pública de Educação Profissional e

Tecnológica voltada para o atendimento de trabalhadores, jovens e adultos que

buscam o reconhecimento e certificação de saberes adquiridos em processos

formais e não formais de ensino-aprendizagem e formação inicial e continuada a ser

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obtido através de Programas Interinstitucionais de Certificação Profissional e

Formação Inicial e Continuada.

O Programa Mulheres Mil

Tem como objetivo oferecer as bases de uma política social de inclusão e

gênero, mulheres em situação de vulnerabilidade social têm acesso à educação

profissional, ao emprego e renda. Os projetos locais são ordenados de acordo com

as necessidades da comunidade e segundo a vocação econômica regional. O

Mulheres Mil foi implantado inicialmente como projeto-piloto em 13 estados das

regiões norte e nordeste do país, por meio de uma parceria com colleges

canadenses, em 2007. Desde então, cerca de 1,2 mil mulheres foram beneficiadas

com cursos profissionalizantes em áreas como turismo e hospitalidade, gastronomia,

artesanato, confecção e processamento de alimentos.

O Profuncionário

É um programa que visa a formação dos funcionários de escola, em efetivo

exercício, em habilitação compatível com a atividade que exerce na escola. A

formação em nível técnico de todos os funcionários é uma condição importante para

o desenvolvimento profissional e aprimoramento no campo do trabalho e, portanto,

para a carreira. O Decreto 7.415 de 30 de dezembro de 2010 institui a política

nacional de formação dos profissionais da educação básica e dispõe sobre a

formação inicial em serviço dos funcionários da escola. Entre seus objetivos

fundamentais, está a valorização do trabalho desses profissionais da educação,

através do oferecimento dos cursos de formação inicial em nível técnico

proporcionado pelo Profuncionário.

PROMINP

Para acompanhar o aumento dos investimentos na indústria de petróleo, gás

natural e combustível, faz se necessário aumentar o número de profissionais

qualificados. Surgiu o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e

Gás Natural (Prominp), que inclui também o governo federal, a Agência Nacional de

Petróleo, Gás Natural e Combustível (ANP), a iniciativa privada e diversas entidades

da sociedade civil.

Uma das ações do Prominp, o Plano Nacional de Qualificação Profissional

são cursos gratuitos de nível básico, médio, técnico e superior, em mais de 175

categorias, para capacitar profissionais ligados às atividades do setor de petróleo e

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gás natural. Já passaram por cursos de qualificação milhares de profissionais, em

cerca de 80 instituições.

PROEJA

É o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a

Educação Básica na Modalidade de Jovens e Adultos que tem por objetivo oferecer

oportunidade de estudos àqueles que não tiveram acesso ao ensino médio na idade

regular.

Este programa possibilita, em uma única matrícula, reunir os conhecimentos

do ensino médio às competências da educação profissional.

O curso tem duração de três anos e permite ao formando prosseguir os

estudos em nível superior, assim como exercer atividades profissionais técnicas.

SISTEC

É o Sistema Nacional de Informações da Educação Profissional e

Tecnológica. Esse sistema é pioneiro e, portanto, inovador no país por disponibilizar,

mensalmente, informações sobre escolas que ofertam cursos técnicos de nível

médio, seus cursos e alunos desse nível de ensino.

PRONATEC

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, foi criado

pelo Governo Federal, em 2011, O programa veio para expandir, interiorizar e

democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica para alunos

brasileiros.

São objetivos do Pronatec:

• Expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação

profissional técnica de nível médio presencial e a distância e de cursos e programas

de formação inicial e continuada ou qualificação profissional;

• Fomentar e apoiar a expansão da rede física de atendimento da

educação profissional e tecnológica;

• Contribuir para a melhoria da qualidade do ensino médio público, por

meio da articulação com a educação profissional;

• Ampliar as oportunidades educacionais dos trabalhadores, por meio do

incremento da formação e qualificação profissional;

• Estimular a difusão de recursos pedagógicos para apoiar a oferta de

cursos de educação profissional e tecnológica.

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Estes são alguns Planos e Programas criados nos últimos anos que visam

atender principalmente a parte da população mais carente e que necessitam de uma

fonte de renda que pode se tornar realidade através de um curso profissionalizante.

(fonte: http://portal.mec.gov.br).

2.2. Avaliação da Educação no Brasil

Apesar dos investimentos e da expansão na oferta do Ensino

Profissionalizante e da sua real necessidade para qualificar a população mais

carente, o Ensino Profissionalizante não tem nenhuma avaliação do seu Sistema de

Ensino.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(Inep) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), cuja

missão é promover estudos, pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional

Brasileiro com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de políticas

públicas para a área educacional a partir de parâmetros de qualidade e equidade,

bem como produzir informações claras e confiáveis aos gestores, pesquisadores,

educadores e público em geral.

Para gerar seus dados e estudos educacionais o Inep realiza levantamentos

estatísticos e avaliativos em todos os níveis e modalidades de ensino:

Censo Escolar: levantamento de informações estatístico-educacionais de

âmbito nacional, realizado anualmente;

Censo Superior: coleta, anualmente, uma série de dados do ensino superior

no País, incluindo cursos de graduação, presenciais e à distância.

Avaliação dos Cursos de Graduação: é um procedimento utilizado pelo MEC

para o reconhecimento ou renovação de reconhecimento dos cursos de graduação

representando uma medida necessária para a emissão de diplomas.

Avaliação Institucional: compreende a análise dos dados e informações

prestados pelas Instituições de Ensino Superior (IES) no Formulário Eletrônico e a

verificação, in loco, da realidade institucional, dos seus cursos de graduação e de

pós-graduação, da pesquisa e da extensão.

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Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior: Criado pela Lei n°

10.861, de 14 de abril de 2004, o Sinaes é o novo instrumento de avaliação superior

do MEC/Inep. Ele é formado por três componentes principais: a avaliação das

instituições, dos cursos e do desempenho dos estudantes.

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade): avalia o

rendimento dos alunos dos cursos de graduação, ingressantes e concluintes, em

relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. O

exame é obrigatório para os alunos selecionados e condição indispensável para a

emissão do histórico escolar. A primeira aplicação ocorreu em 2004 e a

periodicidade máxima da avaliação é trienal para cada área do conhecimento.

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): exame de saída facultativo aos

que já concluíram e aos concluintes do ensino médio, aplicado pela primeira vez em

1997.

Exame Nacional Para Certificação de Competências (Encceja): é uma

proposta do Ministério da Educação de construir uma referência de avaliação

nacional para jovens e adultos que não puderam concluir os estudos na idade

própria.

A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica

(Saeb): são avaliações para diagnóstico, em larga escala do Ensino Fundamental,

desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira (Inep/MEC).

O Ideb - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007,

pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),

formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para

a melhoria do ensino. O Ideb funciona como um indicador nacional que possibilita o

monitoramento da qualidade da Educação pela população por meio de dados

concretos, com o qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para

tanto, o Ideb é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar

(aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os

índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente.

O Educacenso é uma radiografia detalhada do sistema educacional brasileiro.

A ferramenta permite obter dados individualizados de cada estudante, professor,

turma e escola do país, tanto das redes públicas (federal, estaduais e municipais)

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quanto da rede privada. Todo o levantamento é feito pela internet. (fonte:

http://portal.inep.gov.br).

Nas pesquisas feitas em avaliações na educação elaboradas pelo governo,

ficou evidente que o governo ainda não elaborou uma avaliação voltada para o

Ensino Profissional que avalie a Instituição ou a qualidade do aprendizado.

3. A EVASÃO ESCOLAR NO ENSINO PROFISSIONALIZANTE

A evasão escolar faz parte dos debates e reflexões da educação brasileira e

ocupa espaço de relevância no cenário das políticas públicas educacionais. Vários

estudos têm apontado aspectos sociais considerados como determinantes da

evasão escolar, dentre eles, a desestruturação familiar, as políticas de governo, o

desemprego, o baixo desempenho, reprovação, a escola e o próprio aluno.

Segundo a professora Rosemary Dore Heijmans (DORE 2013), da

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), embora haja muitas pesquisas

sobre o tema, quase não há estudos sobre a evasão nas escolas profissionalizantes.

A professora Rosemary é representante do Brasil de uma rede internacional de

pesquisa sobre evasão no ensino técnico e a transição dos jovens da escola para o

trabalho que integra um esforço internacional de onze países para um entendimento

comum sobre as razões que levam o estudante de nível médio técnico a evadir do

ensino, Rede IberoAmericana de Estudos sobre Educação Profissional e Evasão

Escolar (RIMEPES).

A pesquisa sobre evasão escolar no ensino técnico no Brasil encontra um

grande desafio na escassez de informações sobre o assunto. A falta de informações

abrange tanto o referencial teórico quanto o empírico e cria dificuldades adicionais à

pesquisa para a construção de indicadores adequados à investigação do problema.

As pesquisas realizadas sobre causas da evasão nos outros níveis de ensino, como

o médio e o superior, oferecem alguns indicadores relevantes para investigar o

problema no âmbito do ensino técnico.

Em (Dore 2013) a professora Rosemary examina o problema da evasão

escolar nos cursos técnicos de nível médio na Rede Federal de Educação

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Profissional de Minas Gerais. O estudo, de natureza qualitativa, envolveu o

levantamento de dados de estudantes que abandonaram e concluíram cursos

técnicos no período de 2006 a 2010 e também uma revisão das literaturas sobre

evasão na educação profissional no Brasil.

Nas tabelas abaixo um resumo dos dados apresentados nos estudos da

professora Rosemary sobre a evasão na educação profissional no Brasil.

Tabela 1 – Revisão de Literatura Sobre Evasão na Educação Profissional

Autor Objetivo do Estudo Conceito de

Evasão

Fatores que Levam à

Evasão

Almeida e

Barbosa

(2010)

Análise das causas de evasão/repetência no curso de Agropecuária da Escola Agrotécnica Federal de Barbacena-MG, em

2008

Exclusão da

escola

Falta de vocação para o curso; Falta de compromisso dos discentes; Reprovação; Dificuldades financeiras e

familiares;

Machado

(2009)

Análise de fatores de

evasão nos cursos de

Informática e

Agropecuária da

Escola Agrotécnica

Federal ded

Inconfidentes – MG

(2002 – 2006)

Abandono da

escola ou

desistência de

prosseguir com os

estudos.

Afastamento da família;

Desinteresse, desmotivação;

Não identificação com o

curso; Uso de drogas;

Entrada no mercado de

trabalho; Baixa qualidade do

ensino fundamental;

Distanciamento cultural

entre a escola e a vida;

Matias

(2003)

Análise de aprovação,

reprovação e evasão

escolar dos alunos do

CEFET - AM

Abandono escolar

durante o ano

letivo sem solicitar

transferência para

outra escola.

Situação socioeconômica dos alunos que precisam trabalhar para ajudar na renda familiar;

Nunes et al

(2007)

Análise da evasão no curso técnico em Enfermagem do Projeto de

Profissionalização dos

Trabalhadores de

Enfermagem do

Paraná.

Abandono a partir

do primeiro mês

de início do curso.

Horário de trabalho e estudo incompatível; Falta de gosto pela área;

Problemas de saúde,

gravidez;

Dificuldades nas disciplinas;

Inadequação dos programas

de estágio;

Page 19: Psicopedagogo Na Escola

18

Silva,

Pelissari e

Steimbach

(2012)

Análise das razões de

permanência e

abandono em escolas

técnicas de nível

médio no Estado do

Paraná.

Reflexo da

exclusão e do

esvaziamento do

sentido da escola.

Preferência pelo ensino médio regular; Falta de gosto pelo curso;

Dificuldade nas disciplinas;

fonte: Dore 2013

Os fatores referentes nesses estudos são os pessoais, familiares e

socioeconômicos, não menciona nenhuma causa de evasão ligada ao contexto da

escola.

Outro estudo sobre a evasão no Programa de Educação Profissional (PEP),

realizado pela Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais (SEE-MG),

também menciona os mesmos fatores ligados às causas da evasão escolar.

Esse programa é ofertado pelo Governo de Minas Gerais desde 2008, tem

como objetivo ampliar o número de matrículas no ensino técnico de nível médio

através da compra de vagas em escolas particulares. Do total de alunos

matriculados no programa no ano de 2008, 27,45% desistiram do curso técnico, um

índice elevado principalmente devido ao fato desses alunos receberem recursos do

programa tais como bolsa de estudos, alimentação e/ou transporte (Dore 2011). Veja

tabela abaixo:

Tabela 2 – Causas de Evasão no PEP

Motivos %

Emprego 36,56

Desistente sem justificativa 20,91

Horário incompatível 9,15

Estudos 8,91

Ingresso no curso superior 7,40

Mudança de município 4,23

Saúde 3,01

Transporte 2,95

Gravidez 1,85

Achou muito difícil 1,85

Não se identificou com o curso 1,75

Filhos 1,43

fonte: Dore 2011

Page 20: Psicopedagogo Na Escola

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Segundo a professora Rosemary (DORE 2013) outro estudo sobre os motivos

que levam os jovens a abandonar a escola foi realizado por Neri a partir dos micro

dados da Pesquisa Mensal do Emprego (PME/IBGE). Dentre os principais resultados

encontrados, destacam-se: em 2006, do total de 3,12 milhões de jovens, entre 15 e

17 anos, 30% possuíam renda mensal per capita inferior a R$ 100,00 e sua taxa de

evasão era de 23,3%, contra 5,8% dos 20% mais ricos. A evasão por motivos

relacionados às condições restritivas de renda é 446% maior entre os mais pobres.

Entre as motivações por falta de interesse intrínseco na educação corresponde a

40,3% do total da população pesquisada. Já a necessidade de trabalho e renda

corresponde a 27,1%.

É muito complexo o processo de evasão e percebe-se uma diversidade de

situações que é influenciada por um conjunto de circunstâncias individuais e sociais,

mas não se restringe aos fatores econômicos, sociais e culturais dos indivíduos,

também tem estreita relação com aspectos contextuais da escola e do curso, tais

como composição do corpo discente, os recursos escolares, as características

estruturais da escola, e os processos e as práticas escolares e pedagógicas. Cada

um desses fatores desdobra-se em muitos outros e, no conjunto, compõem o quadro

escolar que pode favorecer a evasão ou a permanência do estudante.

A professora Andréia Jaconi (Jaconi 2009) fez um estudo do CEPROCAMP

com o tema “Evasão em Cursos de Formação Profissional: Investigando Pistas”.

Este estudo abordou os fatores referentes ao contexto escolar e socioeconômico

dos alunos, foi um levantamento com algumas turmas de cursos das áreas de

Gestão e de Informática, do primeiro semestre de 2009. Os alunos responderam a

seguinte pergunta:

“Quais os motivos que provocam a evasão dos cursos?”

Os alunos deveriam listar quais os motivos que conhecem, da evasão no

curso que fazem e responder a pergunta em grupos de 2 e/ou 3 alunos. Abaixo o

levantamento da pesquisa:

Page 21: Psicopedagogo Na Escola

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Tabela 3 – Motivos Evasão - CEPROCAMP

Curso Motivos

Operador de

Microcomputador e de

Web Design

Falta de determinação do aluno;

Emprego;

Softwares desatualizados;

Falta de informação a respeito do curso;

Equipamentos ultrapassados;

O currículo não atende as expectativas;

Solução rápida para problemas;

Falta de base (português/ matemática);

Falta de estimulo a curiosidade dos alunos;

Diferentes níveis “culturais” na sala de aula;

Transporte;

Dificuldade na aprendizagem;

Problemas pessoais;

Recepcionista Comercial

e Auxiliar de

Contabilidade

Professor usa Quantidade X Qualidade;

O currículo não atende as expectativas;

Transporte;

Falta de informação a respeito do curso;

Falta de didática do professor;

O tempo do curso é curto;

Falta de encaminhamento para o emprego;

Mais aulas práticas;

Falta de determinação do aluno;

Fonte (Jaconi 2009)

Este foi o resumo dos apontamentos feitos pelos alunos dos cursos acima

relacionados.

A partir dos apontamentos dos alunos foi elaborado um questionário para

descobrir quais os fatores mais relevantes, que proporcionam o esvaziamento das

salas de aulas do CEPROCAMP.

O questionário foi aplicado as turmas de Informática Básica/ Operador de

Microcomputador nos períodos manhã (T1 e T2), tarde (T3 e T4) e noite (T5) no total

de 176 alunos do primeiro semestre de 2009.

Page 22: Psicopedagogo Na Escola

21

Gráfico1. Relação da Evasão CEPROCAMP

Fonte: (Jaconi 2009)

Analisando os dados da tabela:

T1 55% de evasão e T2 54% de evasão, turmas do período da manhã;

T3 30% de evasão e T4 51% de evasão, turmas do período tarde; T5 43% de

evasão, turma do período da noite.

O número de evasão é igual a 47% do total de 176 alunos matriculados nos

cursos de Informática Básica.

Segundo a professora Andréia Jaconi (Jaconi 2009) essa porcentagem de

evasão é considerada elevada para esse tipo de curso de Qualificação Profissional e

a pesquisa buscou entender os motivos pelos quais isso acontece. Procurou-se

entrevistar todos os alunos que abandonaram os cursos de Informática

Básica/1ºsemestre de 2009 para descobrir se os motivos do abandono eram

coincidentes com os que tinham sido levantados anteriormente com a pergunta feita

em sala de aula: “Quais os motivos que provocam a evasão dos cursos?”

Neste questionamento constavam os motivos mais relevantes que os alunos

citaram anteriormente. Os principais motivos da evasão para os alunos

entrevistados, Gráfico 2.

0

5

1 0

1 5

2 0

2 5

3 0

3 5

4 0

4 5

T1 /30

T2 /25

T3 /30

T4 /30

T5 /30

Matriculados

Evasão

Total de alunos que terminaram o curso

Page 23: Psicopedagogo Na Escola

22

Gráfico 2. Motivos da evasão: alunos

Fonte: (Jaconi 2009)

Os dados das pesquisas de evasão escolar apesar de feitas em escolas e

regiões diferentes mostram que os motivos declarados pelos alunos para a evasão

não diferem muito.

4. ANALISE DOS DADOS

O CEPROCAMP conta com uma equipe multidisciplinar com pedagogos,

supervisor educacional, gestores da instituição e professores de diversas áreas que

também contribuíram para analisar o resultado da pesquisa feita, onde cada um tem

um olhar diferenciado da situação podendo contribuir segundo sua especialização.

Os gestores da instituição têm sua atenção voltada para o contexto escolar:

atendimento ao público, professores, secretária, professor orientador, material,

equipamentos e infraestrutura. Na interpretação dos dados procura saber da

satisfação dos alunos com a biblioteca, laboratórios, salas de aula, atendimento na

secretária, qualidade dos equipamentos e materiais didáticos e saber a necessidade

de reformas ou aquisição de equipamentos e materiais. O supervisor escolar foca

mais na organização curricular, projeto pedagógico da escola, planos de curso,

planos de ensino e documentações necessárias ao meio educacional, primando pelo

cumprimento dos planos de curso, de sua atualização constante e fundamentação.

0

1

2

3

4

5

6

T

trabalho

passe escolar

dificuldade para entender o professor

não era o que esperava

motivo particular

Page 24: Psicopedagogo Na Escola

23

Algumas situações de evasão apresentadas nas pesquisas que os gestores e

supervisor poderiam identificar e fazer a intervenção:

Inadequação dos programas de estágio;

Softwares desatualizados;

Equipamentos ultrapassados;

O currículo não atende as expectativas;

Falta de informação a respeito do curso;

O tempo do curso é curto;

Falta de encaminhamento para o emprego;

Mais aulas práticas;

Os gestores e supervisor escolar são profissionais essenciais para o bom

andamento da instituição, mas para entender o aluno, é necessário estar próximo. O

professor deve ser este agente, pois está na sala de aula.

Mas os professores dos cursos profissionalizantes são na sua maioria

profissionais extremamente técnicos com pouco ou nenhum conhecimento

pedagógico o que gera um abismo na transmissão do conhecimento quando seus

alunos têm alguma dificuldade, como alunos de inclusão (deficientes auditivos,

visuais, com síndromes diversas), alunos com algum déficit de aprendizagem ou

problemas extraclasse (desemprego, drogas) o que são maioria no CEPROCAM, por

ser uma escola de inclusão e ter um processo seletivo baseado no questionário

socioeconômico dando preferência aos candidatos que mais necessitam, mas não

só no CEPROCAMP encontramos esta situação, pois a parcela da população que os

cursos profissionalizantes atendem é aquela menos favorecida em renda e com

grande defasagem educacional.

Neste contexto faz-se necessário o profissional de pedagogia para dar

treinamentos, qualificar e orientar os professores nas diversas metodologias

pedagógicas e suprir suas deficiências em sala de aula. E o psicopedagogo para

atuar junto aos professores, gestores da escola, alunos e seus familiares.

O psicopedagogo ao se deparar com uma situação problema em sala de aula

tem um olhar e escuta psicopedagógico para investigar as possibilidades e

capacidades do indivíduo em situação de aprendizagem. O psicopedagogo utiliza

diversos instrumentos de avaliação para o entendimento do sintoma do indivíduo ou

Page 25: Psicopedagogo Na Escola

24

do grupo, através de entrevistas, jogos, dinâmicas, estudo da vida regressa dos

alunos, conhecimento da sua família e da comunidade a qual o aluno faz parte.

5. COLABORAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA

O psicopedagogo inserido na escola pode colaborar trabalhando junto a

diversos atores da educação:

- na elaboração do projeto pedagógico, ou seja, através de seus

conhecimentos ajudar a escola a responder questões fundamentais como: O que

ensinar? Como ensinar? Para que ensinar?

- pode realizar o diagnóstico institucional para detectar problemas

pedagógicos que estejam prejudicando a qualidade do processo ensino-

aprendizagem;

- colaborar com professores e orientador na orientação educacional e

profissional dos alunos, favorecendo neles a capacidade de tomar decisões e

promovendo a maturidade profissional;

- colaborar para a prevenção e para a rápida detecção de dificuldades e

problemas de desenvolvimento pessoal e de aprendizagem, que os alunos possam

apresentar. Realizar avaliações psicopedagógicas cabíveis e participar, em função

dos resultados desta, da elaboração das adaptações curriculares e da programação

de atividades de recuperação e de reforço;

- pode ajudar o professor a perceber quando a sua maneira de ensinar não é

apropriada à forma do aluno aprender;

- pode orientar professores no acompanhamento do aluno com dificuldades

de aprendizagem;

- atuar na modificação das expectativas e atitudes dos professores diante do

insucesso escolar dos alunos, ou seja, atenuar concepções preconceituosas da

escola e dos professores, sobre as dificuldades de aprendizagem do aluno;

- colaborar com os professores e equipe de apoio no acompanhamento dos

alunos com necessidades educacionais especiais;

Page 26: Psicopedagogo Na Escola

25

- pode realizar encaminhamentos para fonoaudiólogos, psicólogos,

neurologistas, psiquiatrias, entre outros.

- colaborar junto com os professores no estabelecimento dos planos de ação

para sanar problemas de aprendizagem, assim como de outros elementos de apoio

para a realização de atividades docentes de reforço, recuperação e adaptação

escolar;

- avaliar constantemente a relação professor-aluno. Muitas vezes, esta

relação pode estar ocorrendo de modo negativo pelo fato do professor desconhecer

o aluno, estar muito distante de suas necessidades, ou por não saber identificar a

fase de desenvolvimento cognitivo/afetivo do aluno, ou mesmo, por não saber o que

está se passando no ambiente familiar do aluno.

- pode participar da reunião de pais, com o objetivo de esclarecer o que está

se passando com o aluno na escola, podendo assim ensinar aos pais a

reconhecerem as verdadeiras necessidades de seus filhos e até ensinar os pais a

estimular seus filhos para aprendizagens escolares. Quando necessário o

psicopedagogo pode marcar hora para outros encontros com alguns pais, para

melhor orientar ou mesmo conhecer melhor o ambiente familiar do aluno que está

com problemas.

- participar da avaliação dos processos didáticos metodológicos, onde poderá

oferecer conhecimentos sobre métodos a ser aplicados para determinada classe ou

para ajudar o professor na implantação de uma nova sistemática de ensino,

oferecendo desta forma um suporte instrumental aos professores.

- oferecer um suporte emocional para professores que estão inseguros quanto

a sua capacidade para aplicação de um método novo ou que estão com alunos com

problemas de aprendizagem. Na medida em que o psicopedagogo ouve as

dificuldades dos professores e esclarece suas dúvidas, este se sentirá mais

tranquilo, ganhará mais confiança e proporcionará melhores condições para a

aprendizagem. O suporte instrumental oferecido aos professores pode se dar

também oferecendo ao professor sugestões de atividades para a sala de aula.

- o psicopedagogo poderá fazer dentro da escola: reuniões sistemáticas com

a participação de todos os profissionais existentes na escola, elaboração e

organização de cursos sobre determinados assuntos, oficinas com atividades

práticas, para professores, pais e alunos, palestras, elaboração de cronogramas

Page 27: Psicopedagogo Na Escola

26

para atendimento dos pais, elaboração de cronogramas para atendimento individual

e/ou grupal de alunos.

Algumas situações de evasão apresentadas nas pesquisas que o

psicopedagogo poderia facilmente identificar e fazer a intervenção:

Falta de determinação do aluno;

Reprovação;

Emprego;

Falta de didática do professor;

Falta de base (português/ matemática);

Falta de estimulo a curiosidade dos alunos;

Diferentes níveis “culturais” na sala de aula;

Dificuldade na aprendizagem;

Problemas pessoais;

Falta de didática do professor;

Falta de vocação para o curso;

Falta de compromisso dos discentes;

Dificuldades financeiras e familiares;

Afastamento da família;

Desinteresse, desmotivação;

Não identificação com o curso;

Uso de drogas;

Baixa qualidade do ensino fundamental;

Distanciamento cultural entre a escola e a vida;

Situação socioeconômica dos alunos;

Problemas de saúde, gravidez;

Dificuldades nas disciplinas;

Professor usa quantidade X qualidade;

Diferente do professor o psicopedagogo estuda para ter este olhar e escuta

diferenciado dentro de uma sala de aula observando o todo, mas estudando também

todas as partes e fazendo o diagnóstico das dificuldades encontradas. Além de atuar

junto ao aluno o psicopedagogo pode também pedir a colaboração do professor,

pois é importante o psicopedagogo articular seus conhecimentos com estes

Page 28: Psicopedagogo Na Escola

27

profissionais e se necessário propor mudanças e dar treinamento e orientações.

Junto a equipe gestora da instituição dar uma devolutiva dos problemas encontrados

e das possíveis intervenções para ajudar na tomada de decisões para

planejamentos futuros.

6. ALGUMAS PROPOSTAS PSICOPEDAGÓGICAS

VASSIMOM (2012) relata uma experiência realizada em três escolas

estaduais e os resultados alcançados, onde psicopedagogos atuaram para diminuir

a evasão escolar em parceria com a escola. A seguir os principais passos do projeto:

Contrato de trabalho entre os envolvidos definindo as funções de cada um.

Escolher os alunos que mais precisam do atendimento, nem sempre a direção

da escola é a mais indicada na escolha deste aluno, é preciso uma visão mais

detalhada do aluno para identificar os que têm maior dificuldade de aprendizado.

Elaborar uma avaliação/pesquisa para descobrir como está o aluno no

processo ensino aprendizagem, não só referente a conteúdo didático, mas

adquirindo mais dados sobre as situações socioculturais, psicológicas e familiares.

Criar uma ficha de observação anotando os dados de crescimento do aluno

onde todos os participantes do projeto pudessem ter acesso aos dados coletados.

A primeira sondagem foi a base do acompanhamento da evolução dos

alunos. Foram definidos os seguintes indicadores de avaliação:

a. Presença;

b. Grau de Organização;

c. Grau de Concentração;

d. Trabalho em grupo;

e. Expressão escrita;

f. Expressão Oral;

g. Leitura;

Um aspecto importante do projeto foi a metodologia de trabalho, para

recuperar a curiosidade e o prazer pela aprendizagem utilizou-se muitos jogos,

brincadeiras e atividades lúdicas.

Page 29: Psicopedagogo Na Escola

28

Eram feitas reuniões com os professores para demonstrar os resultados

obtidos a partir da ficha de observação e pensarem juntos nos aprendizados

adquiridos.

“Podemos afirmar que os atendimentos geraram muitas mudanças nas

crianças e adolescentes, assim como em todos os envolvidos, que precisaram rever

formas de enxergar atividades, os entendimentos, as pessoas e as próprias

instituições parceiras.” (VASSIMOM 2012).

Ao final do projeto, nos indicadores de avaliação propostos houve uma

melhora nos alunos de 30% em média, resultado excelente por se tratar de um

projeto desenvolvido em um curto espaço de tempo.

A escola FACEX que oferece ensino do nível I ao ensino médio e conta

também com um Centro Universitário, tem em sua infraestrutura um Setor

Psicopedagógico que desenvolve vários projetos, segue abaixo o papel do

psicopedagogo na escola FACEX e os projetos que o setor desenvolve:

Os Psicopedagogos da escola oferecem orientação psicopedagógica ao

professor a fim de facilitar a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno como

prevenção, identificação e redução dos problemas educacionais nos diversos níveis

de escolaridade.

Orientação profissional em conjunto com o psicólogo educacional, ao aluno

do Ensino Médio.

Fazer mediação entre os subgrupos envolvidos na relação ensino

aprendizagem (pais, professores, alunos, funcionários);

Transformar queixas em pensamentos;

Criar espaços de escuta;

Observar, entrevistar e fazer devolutivas;

Utilizar-se de metodologia clínica e pedagógica, com um olhar clínico;

Colaborar com a direção e o corpo docente da escola na elaboração de

diferentes projetos e reuniões, que os mesmos envolvam o atendimento ao aluno/

professor/ família.

Promover encontros socializadores entre corpo docente, discente,

coordenadores, corpo administrativo, de apoio e dirigentes.

Quando necessária a solução de dificuldades apresentadas pelos alunos,

promovendo encaminhamento aos profissionais relacionados às áreas

Page 30: Psicopedagogo Na Escola

29

correspondentes a essas dificuldades, bem como orientação e esclarecimentos aos

pais e equipe pedagógica no acompanhamento desses alunos encaminhados.

Avaliar junto com a direção e a equipe pedagógica fatores que possam

comprometer o desenvolvimento sadio e um processo de escolaridade normal.

Trabalhar com grupos – grupo escolar é uma unidade em funcionamento;

Identificar sintomas de dificuldades no processo ensino-aprendizagem;

Clarear papéis e tarefas nos grupos;

Criar estratégias para o exercício da autonomia (aqui entendida segundo a

teoria de Piaget: cooperação e respeito mútuo);

Estabelecer um vínculo psicopedagógico;

Não fazer avaliação psicopedagógica clínica individual dentro da instituição

escolar, porém, pode fazer sondagens;

Compor a equipe técnica-pedagógica;

Cooperar na fundamentação dos docentes no que diz respeito à inclusão.

Ter um olhar psicopedagógico no processo seletivo dos docentes,

participando de forma que o ingresso desses profissionais contemple as diversas

modalidades de aprendizagem. Para isso utilizamos uma prova projetiva “Par

Educativo” que tem como objetivo revelar a sua relação com o educando e com

aprendizagem.

Estar atento às inter-relações que compõem a escola, intervindo quando

necessário de forma à facilitar o processo ensino-aprendizagem;

Construir, juntamente com a equipe escolar, alternativas de avaliação dos

alunos, respeitando os limites individuais;

Orientação psicológica aos pais, alunos e funcionários, em relação à

aprendizagem e como as emoções nela interferem;

Construir espaços de reflexão, com todos do contexto escolar, vislumbrando o

processo educativo;

Promover o trabalho de relacionamento interpessoal da equipe

psicopedagógica para que ela seja ainda mais funcional, facilitando o processo

educacional;

Oferecer subsídios à coordenação, professores e toda a equipe escolar

buscando soluções institucionais e não apenas pontuais;

Coordenar e facilitar o trabalho de Orientação Profissional;

Page 31: Psicopedagogo Na Escola

30

Atuar na seleção, adaptação e acompanhamento dos alunos novatos, bem

como dos veteranos;

Oferecer aos pais momentos de reflexão proporcionando o reconhecimento

da sua importância na participação da vida escolar dos filho, aproximando com isso,

a família da escola;

Coordenar o trabalho dos temas transversais;

Viabilizar projetos institucionais, bem como reuniões, encontros, e atividades

de acordo com a demanda da escola, visando à aprendizagem através dos temas

que a permeiam;

Colaborar para que a qualidade e a eficiência do processo ensino-

aprendizagem sejam mantidas e amplamente desenvolvidas.

Além de cumprir com todos estes papeis no auxílio de pais, alunos e

professores os psicopedagogos da escola FACEX desenvolvem Projetos no Setor

Psicopedagógico na Escola:

Projeto: “Construindo com os Pais”

Objetivo: Construir com os pais, de forma reflexiva, a importância do seu

papel no acompanhamento da vida escolar e de formação dos filhos.

Projeto: “Cuidando de quem cuida”

Objetivo: Proporcionar aos professores, momentos de reflexão, relaxamento e

autoconhecimento, através de dinâmicas de grupo, como também, um espaço para

sensibilização, crescimento e confiança grupal.

Projeto: “Líderes que geram líderes”

Objetivo: Através da coordenação de disciplina, construir líderes de classe e

grêmio estudantil, com a intenção de gerar reflexões a cerca do que é ser cidadão,

inserindo no contexto, os diversos temas transversais.

Projeto: “INVEST (Incentivando o Vestibulando)”

Objetivo: Ter um programa de incentivo aos vestibulandos através de

atividades, rodas de conversa e palestras, sobre: Profissões, Mercado de Trabalho,

Escolhas, Sonhos, entre outros temas que sejam pertinentes a esta fase da vida.

Projeto: “Um olhar diferente porque somos diferentes”

Objetivo: Construir espaços para proporcionar reflexões acerca dos alunos,

das formas de aprendizagem e das formas de avaliação, incluindo os portadores de

Page 32: Psicopedagogo Na Escola

31

necessidades especiais, para buscar alternativas e formas avaliativas mais

particulares (individualizada).

Projeto: “Em todos os espaços: Ouvindo, pensando e construindo”

Objetivo: Auxiliar todos os setores da escola, com o intuito de facilitar e

ampliar o processo ensino-aprendizagem, acompanhando e entendendo as relações

que regem o mesmo.

Mais um exemplo de Psicopedagogos trabalhando e contribuindo nas escolas

é o que ocorre em Blumenau, a Secretaria Municipal de Educação (Semed)

implantou o Projeto de Intervenção Psicopedagógica na escola, que visa atender a

demanda de alunos que apresentam dificuldades específicas de aprendizagem, na

qual as práticas pedagógicas escolares não são suficientes para atender as

especificidades apresentadas.

O presente projeto objetiva levantar dados do baixo desempenho escolar de

alunos, a fim de planejar intervenções psicopedagógicas de acordo com o

diagnóstico situacional e contribuir com a melhoria do processo de aprendizagem

dos alunos da Rede Municipal de Ensino de Blumenau.

Objetivos do Projeto:

1. Realizar triagem psicopedagógica com alunos de todas as Unidades

Escolares da Rede Municipal de Ensino de Blumenau, que apresentam dificuldades

específicas de aprendizagem;

2. Definir e aplicar instrumentos de avaliação psicopedagógica que

facilitem a investigação das dificuldades de aprendizagem;

3. Corrigir e analisar a avaliação psicopedagógica realizada pelos alunos;

4. Discutir os dados da avaliação psicopedagógica com a equipe

multidisciplinar, para planejar as intervenções e analisar a necessidade de

contratação de pedagogos/psicopedagogos para atuar na escola;

5. Repassar os dados das avaliações psicopedagógicas realizadas para a

equipe gestora da escola;

6. Orientar a equipe gestora para realizar encaminhamentos necessários

aos serviços de atendimento em saúde;

7. Fortalecer parceria com a Secretaria Municipal da Saúde;

8. Repassar ao profissional contratado as dificuldades específicas de

aprendizagem dos alunos inseridos no projeto e orientar os trabalhos;

Page 33: Psicopedagogo Na Escola

32

9. Elaborar plano de ação e relatório anual;

10. Organizar formação e capacitação para os pedagogos e

psicopedagogos atuantes nas escolas.

Público-Alvo: Alunos do ensino fundamental matriculados na rede municipal

de ensino.

Principais Estratégias:

1. Triagem psicopedagógica;

2. Correção e análise das triagens;

3. Estudo de caso com a Equipe Multidisciplinar;

4. Devolutiva para a equipe gestora escolar;

5. Orientação de encaminhamentos para os serviços de atendimento em

saúde por meio da Coordenação Pedagógica das escolas;

6. Orientação de bibliografias e sugestões de atividades específicas;

7. Intervenção pedagógica e psicopedagógica;

8. Ciclo de formação continuada para psicopedagogas das escolas

(grupos de estudos, palestras, estudo de caso).

9. Os indicadores de avaliação do projeto são os depoimentos, a

participação, os avanços na aprendizagem dos alunos participantes e instrumento

descritivo.

Estas escolas apresentadas estão sendo pioneiras e visionarias, o

profissional psicopedagogo está inserido na escola desenvolvendo projetos com

alunos, familiares, professores, gestores e apesar dos dados ainda serem tímidos,

diminuindo a dificuldade de aprendizagem dos alunos e consequentemente

diminuindo também a evasão.

7. CONCLUSÃO

Para dar conta do crescimento sustentável do País é preciso formar novos

profissionais e qualificar a mão de obra disponível, neste contexto o Ensino

Page 34: Psicopedagogo Na Escola

33

Profissionalizante se faz muito importante e o governo sabendo da sua importância

criou vários programas e incentivos.

Criou-se também pesquisas e avaliações sobre o Sistema Educacional

Brasileiro com o objetivo de subsidiar a formulação e implementação de políticas

públicas para a área educacional.

Mas no Ensino Profissionalizante estas avaliações ainda são poucas e está

modalidade de ensino enfrenta graves problemas com evasão escolar.

Percebe-se que o processo de evasão escolar é muito complexo e existe uma

diversidade de situações: individuais, sociais, econômicas e culturais, somando-se

ainda os aspectos contextuais da escola e do curso que levam o aluno a evasão ou

a permanência na escola.

Devido está complexidade se torna difícil deixar somente nas mãos dos

professores a responsabilidade de ensinar e segurar o aluno na escola.

Este um grande desafio que deve ser enfrentado por uma equipe

multidisciplinar.

A proposta apresentada ao CEPROCAMP, que já trabalha com pesquisas de

satisfação semestrais e na construção dos indicadores da qualidade com uma

equipe de profissionais ligados a educação, é buscar ferramentas adequadas para

ajudar na coleta e estudo dos dados e acreditar que o profissional da área da

psicopedagogia pode fazer a diferença, no esclarecimento das dificuldades dos

alunos, no suporte aos professores e da equipe de gestão da instituição.

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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proposta de Política Pública”. Brasília: IPEA/DF, 1995.

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Universidade Federal de Minas Gerais, 2013.

Page 35: Psicopedagogo Na Escola

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DORE, R.; LÜCHER, A. Z. “Permanência e evasão na educação técnica de

nível médio em Minas Gerais”. CADERNOS DE PESQUISA V.41 N.144 SET./DEZ.

2011.

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VASSIMON, Georgia. “Psicopedagpgia e escola pública: uma história

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Porto.

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