Na essncia desses fatos est a proibio, o que orienta Freud a
elaboraruma construo segundo a qual ele, quando criana de menos de
seis anos, fora
culpado por alguma m conduta relacionada masturbao, tendo sido
duramente castigado por seu pai por isso. Essa punio, consoante
minha hiptese, pusera, era
verdade, um fim em sua masturbao; contudo, por outro lado,
deixara atrs de si um rancor inextinguvel pelo pai e o fixara para
sempre em seu papel de perturbador do
gozo sexual do paciente.
Cena Traumtica no enunciado paterno: um grande homem ou um
grande criminoso
Com isso, diz Freud, estava aberto o caminho para a soluo da
idia do rato. O tratamento atingiu seu ponto crtico. Todo
esse material torna possvel solucionar o mistrios dessa
neurose ligando seus fatos. O ponto de partida o evento que
provocou a violenta perturbao do sujeito: as duas falas do
capito tcheco sua histria do rato e seu pedido ao paciente para que
ele pagasse ao Tenente A.
O PROCESSO
DEFLAGRADO NO
MOMENTO EM QUE
OUVIU A HISTRIA DOS
RATOS
FREUD, Sigmund. Edio Standard Brasileira das Obras Completas.
Livro X. Rio de Janeiro: Imago, 1969,
pp. 159-222.
APPIGNANESI, Richard & ZARATE, Oscar. Entendendo Freud - Um
Guia Ilustrado. So Paulo: Leya, 2012.
PRADO, Antonia Claudete Amaral Livramento. A Neurose Obsessiva
do Homem dos Ratos. CLap Centro
Lacaniano de Pesquisa em Psicanlise, 2009. Disponvel em
