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SEMINÁRIO RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA CLÍNICA PSICANALÍTICA TEORIA PSICANALÍTICA IV – FREUD) - TRANSFERÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO TRANSFERÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO - ACTING OUT (TRANSFERÊNCIA E MANUSEIO) ACTING OUT (TRANSFERÊNCIA E MANUSEIO) - CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UM ANALISTA CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UM ANALISTA

Teoria psicanalítica iv

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Page 1: Teoria psicanalítica iv

SEMINÁRIO RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA

CLÍNICA PSICANALÍTICA

TEORIA PSICANALÍTICA IV – FREUD)

-TRANSFERÊNCIA E IDENTIFICAÇÃOTRANSFERÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO

- ACTING OUT (TRANSFERÊNCIA E MANUSEIO)ACTING OUT (TRANSFERÊNCIA E MANUSEIO)

- CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UM ANALISTACONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UM ANALISTA

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ATUAÇÕES

PRIMEIROS ENTENDIMENTOS SOBRE OS ACTINGS – SIGMUND

FREUD• Toda forma de conduta, algo exagerado, que se

manifesta como uma maneira única de substituir algum conflito ou angústia, que não consegue ser lembrada, pensada, conhecida, simbolizada ou verbalizada

“Atuar” como forma de substituição do reprimido•1901 – Psicopatologia da Vida Cotidiana –;•1905 – Caso Dora:“Dora vingou-se de mim como quis vingar-se do Senhor K, e me abandonou como acreditava ter sido abandonada e enganada por ele. Assim, ela “atuou” uma parte essencial de sua lembranças e fantasias em lugar de relatá-las no tratamento.

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• 1914 – Recordar, repetir, elaborar

“Atuar” – como forma de resistência

• O paciente não recorda nada daquilo que esqueceu e reprimiu, porém o atua; ele o reproduz não como lembrança, mas como ação, repete-o sem, naturalmente, saber o que está repetindo...

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• 1920 – Além do Princípio do Prazer

Fenômeno ligado à “compulsão pela repetição”, portanto inerente à “pulsão de morte”

• 1938 – Esboço de Psicanálise

Freud propõe limitar o termo “atuação” para as condutas do paciente que se processam fora da situação analítica, porém intimamente ligadas a ela.

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ACTING OUT(UMA ENTIDADE COM TOQUES DE

TEATRALIDADE) • Acting Out = (agir para fora – atuação) “Uma outra manobra de resistência que

merece uma consideração à parte, com um significado muito complexo.”

• Haver, na situação, uma pulsão que não alcançou uma representação verbal.

• Haver, na pulsão, tanta catexia, que inviabilize sua descarga via expressão verbal.

• Não houve, por parte do indivíduo, capacitação suficiente para inibir a representação.

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ACTING OUT – UMA POSSIBILIDADE DE MANIFESTAÇÃO TARDIA DA DESCARGA, NA ATUALIDADE, DE IMPULSOS INFANTIS REPRIMIDOS OU DE SENTIMENTOS DE CULPA ANTIGOS.

• AÇÕES SINTOMATOLÓGICAS

“uma repetição com um formato distorcido.”

1.não é consciente;2.quando da conscientização cessam os movimentos, o

que comprova ter estado o EGO alheio á ação;3.se analisada, a ação vai comprovar ser uma repetição,

em tom menor, do seu onanismo infantil.

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EXPERIÊNCIAS OCASIONAIS

DURANTE A ANÁLISE, NOS DEPARAMOS COM ACTINGS, AÇÕES SINTOMATOLÓ-GICAS E AB-REAÇÕES, MUITO FREQUEN-TEMENTE COMBINANDOS UMAS COM AS OUTRAS, SENDO QUE A MAIOR DEFICULDADE PARA RECONHECER, BEM COMO PARA SE INTERPRETAR, RELACIONA-SE COM O ACTING OUT.

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TRANSFERÊNCIA E IDENTIFICAÇÃO

Transferência – (ferramenta essencial)) “processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre determinados objetos no quadro de um certo tipo de relação estabelecida com eles e, eminentemente, no quadro da relação psicanalítica.” “é a vivência, no presente, de sentimentos, pulsões, desejos, temores, fantasias, atitudes e ideias, como reedição e atualização.”

Identificação Projetiva – (mecanismo de defesa) “ato de identificar no outro o que é seu, e que pode ou não incomodar.”

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INTER-RELAÇÃORESISTÊNCIA E

TRANSFERÊNCIA•O Acting constitui-se como alguma forma particular de resistência contra uma dor psíquica, ao mesmo tempo em que também representa ser alguma modalidade de transferência

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• A existência da atuação na situação analítica tanto pode ser:

1.Maléfica – Quando, por sua intensidade, qualidade maligna e uma condição de se mostrar refratária às interpretações, em um grau extremo, pode se constituir em uma resistência poderosa que funcione como um sério empecilho e, inclusive, pode desembocar em um irreversível “impasse psicanalítico”, situação que ocorre mais frequentemente com pacientes portadores de fortes traços psicopáticos ou perversos.

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2. Inócua – São a maioria, pois não representam maior preocupação.

3. Benéfica – Situações em que representam uma tentativa de mudança.

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O MANEJO DO ACTING OUT

IDENTIFICAR A OCORRÊNCIA DO ACTING OUT

INTERPRETAR A MANIFESTAÇÃO DO ACTING OUT

a) eficaz b) ineficaz

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ACTING OUT ACTING OUT DURANTE A ANÁLISEDURANTE A ANÁLISE

A frequência da ocorrência do acting out durante o transcurso da análise está ligado à transferência

• O ataque às defesas

• A mobilização das pulsões instintuais

• A implantação de uma atmosfera permissiva

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O PACIENTE HABITUALMENTE

ATUANTE• APRESENTA:

ELEVADA PRONTIDÃO

RESISTÊNCIA ACENTUADA

DIFICULDADE NA ACEITAÇÃO DO CONTEÚDO INERPRETADO

TRAÇOS NARCÍSICOS FACILMENTE OBSERVÁVEIS

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Algumas Causas e Formas de AtuaçãoAlgumas Causas e Formas de Atuação

•Uma forma de reexperimentar, no curso da análise velhas experiências emocionais mal resolvidas;

•Uma fuga de um estado mental para outro;

•A possibilidade de que a atuação possa estar representando alguma forma de crescimento;

•Uma escolha de pessoas que atuam pelo paciente;

•Acting devido às inadequações do analista.

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CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA UM

ANALISTA1. FORMAÇÃO DO ANALISTA - o bom analista

está sempre lidando com uma situação desconhecida, imprescindível e perigosa;

2. PAR ANALÍTICO – na análise, a coisa mais importante não é aquilo que o analista e o paciente podem fazer, mas o que a dupla pode fazer, onde a unidade biológica é dois, e não um...o ser humano é um animal que depende de um par; em análise, é um par temporário.

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3. 3. PESSOA REAL DO ANALISTAPESSOA REAL DO ANALISTA - o que toda a pessoa deve querer é ter espaço para viver como um ser humano que comete erros. Fazer o melhor que puder, mas sem a obrigação de que terá êxito.

4.4.VISUALIZAR AS DIFERENTES PARTES DO VISUALIZAR AS DIFERENTES PARTES DO PACIENTEPACIENTE – ver neste um mapa militar, no qual está retratado em sua superfície plana, ligada com vários contornos.

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5. 5. RESPEITORESPEITO – o paciente deve ser aceito pelo analista, tal como, de fato, ele é, ou pode vir a ser, e não como o analista gostaria que ele fosse, desde que fique claro que respeitar as limitações do paciente não é o mesmo que se conformar com elas.

6. 6. EMPATIAEMPATIA (Gr.) (“em” - dentro de e “pathos” - sofrimento)

- capacidade do analista colocar-se no papel do paciente.

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7. 7. CAPACIDADE DE SER CONTINENTECAPACIDADE DE SER CONTINENTE – (mãe e o analista) – condição necessária mínima, a função de o analista acolher as projeções daquilo que é intolerável para o paciente, decodificá-las, transformá-las, dar-lhe um significado, um sentido, e um nome, para somente após devolvê-las ao paciente...

8. 8. PACIÊNCIAPACIÊNCIA – “nem só a arte e a ciência servem; no trabalho deve ser mostrado paciência.” (Goethe)

A análise é um trabalho de Penélope – todos os dias você tece a teia e, logo que paciente o deixa, ela se desfaz. Se não estivermos preparados para ver a análise assim, é melhor mudar de profissão.

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9. 9. CAPACIDADE NEGATIVACAPACIDADE NEGATIVA – o analista deve

conter as suas próprias angústias decorrentes do seu não saber aquilo que está se passando na situação analítica, porquanto temos um horror ao vazio, nós odiamos estar ignorantes.

10 – 10 – INTUIÇÃOINTUIÇÃO – (“IN” – dentro e “TUERE” – olhar) o analista deve saber escutar não só as

palavras e os sons, mas também a música. “intuição sem conceito é cega; conceito sem intuição é vazio.”

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TRABALHO•A Atuação no Processo Psicanalítico