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Qualidade do Ar Interior A realidade nacional A realidade nacional Ana Rita Antunes Lisboa, 20 de Fevereiro de 2014 A Integração da Qualidade do Ar Interior e da Eficiência Energética em Edifícios

Qualidade do Ar Interior A realidade nacional · Qualidade do Ar Interior (SCE) (DL 78/2006) • Objetivos do RSECE (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios,

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Qualidade do Ar Interior

A realidade nacionalA realidade nacional

Ana Rita AntunesLisboa, 20 de Fevereiro de 2014

A Integração da Qualidade do Ar Interior e da Eficiência Energética em Edifícios

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Quercus - ANCN

� Associação Nacional de Conservação da Natureza

� 1985

� Organização Não Governamental de Ambiente

Sem fins lucrativos

2

� Sem fins lucrativos

� Voluntariado

� Núcleos Regionais

� Grupos de trabalho

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www.ecocasa.pt3

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Índice4

• Qualidade do ar interior – a sua importância• Principais poluentes• Tipologia de edifíciosFontes mais comuns• Fontes mais comuns

• A QAI em 2006• Lições aprendidas• A QAI em 2013• Perspetivas para o futuro

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Importância5

Nas Civilizações Modernas mais de 95% do tempo é passado em Espaço Confinados, tais como:

• Residências;

• Escritórios; Oficinas;...

• Escolas; Repartições Públicas;

• Meios de Transporte.

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Principais contaminantes6

• As pessoas;

• As atividades;

• Materiais de isolamento e decoração;

Mobiliário, alcatifa;• Mobiliário, alcatifa;

• Os edifícios;

• Solos (Aterros, zonas graníticas)

• O ar exterior.

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Principais poluentes7

• Dióxido de carbono (CO2);

• Monóxido de carbono (CO);

• Partículas em suspensão (PM10, PM2,5);

• Compostos Orgânicos Voláteis (COV’s);

• Formaldeído (CH2O);

• Bactérias, Legionella;

• Fungos;

• Radão;

• Amianto.

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Efeitos na saúde8

• Infecções no trato respiratório superior (sinusite, faringite, laringite);

• Asma alérgica; Bronquite;

• Gripe; Pneumonia;

• Cancro;

• Defeitos congénitos;

• Problemas imunológicos;

• Problemas do sistema nervoso;• Gripe; Pneumonia;

• Tosse;

• Falta de ar;

• Dor de garganta;

• Dor de cabeça;

• Náuseas;

• Irritação dos olhos;

• Conjuntivites;

nervoso;

• Dificuldades reprodutivas;

• Problemas no desenvolvimento;

• Problemas oculares;

• Problemas dérmicos;

• Problemas respiratórios;

• Outros problemas...

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Efeitos na saúde9

• Principais sintomas segundo incidência:

� Dor de cabeça: 61%

� Congestão nasal: 59%

� Garganta seca: 58%

� Irritação ocular: 52%

� Tosse: 37%

� Irritação da pele: 5%

� Náusea: <4%

� Confusão mental: <4%

Page 10: Qualidade do Ar Interior A realidade nacional · Qualidade do Ar Interior (SCE) (DL 78/2006) • Objetivos do RSECE (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios,

QAI nos media10

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QAI nos media11

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QAI nos media12

Page 13: Qualidade do Ar Interior A realidade nacional · Qualidade do Ar Interior (SCE) (DL 78/2006) • Objetivos do RSECE (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios,

Recomendações da CE13

• Avaliar os riscos para a saúde da poluição do ar interior é muito difícil, pois o ar interior pode conter mais de 900 produtos químicos, partículas e materiais biológicos com potenciais efeitos na saúde. saúde.

• Fatores como ventilação, condições de limpeza, características de construção, produtos usados em residências, hábitos culturais, clima e qualidade do ar exterior influenciam a qualidade do ar interior.

• Grandes variações podem ser esperadas em toda a UE

Fonte: http://ec.europa.eu/health/scientific_committees/opinions_layman/en/indoor-air-pollution/index.htm

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Recomendações da CE14

O Comité Científico dos Riscos para a Saúde e o Ambiente recomenda:

• Devem ser avaliados os efeitos combinados dos vários poluentes de ar interior;

• Devem ser considerados para pesquisa todas as formas • Devem ser considerados para pesquisa todas as formas possíveis de exposição;

• Deve ser criado valores de orientação, baseados nos efeitos da saúde para os principais poluentes;

• Os impactes na saúde à exposição do ar interior deve ser considerado quando se avalia os impactes na saúde dos efeitos da poluição do ar.

• Devem ser avaliadas todas as fontes relevantes conhecidas por contribuir para a poluição do ar interior.

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A realidade nacional, 200615

• É criado o Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior (SCE) (DL 78/2006)• Objetivos do RSECE (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios, DL 79/2006)

• (…)• (…)

• Impor regras de eficiência aos sistemas que permitam melhorar e garantir os meios para a manutenção de uma boa QAI;

• Inspecionar com regularidade as práticas de manutenção de climatização como condição de eficiência energética e da QAI.

• Portugal foi o primeiro e único país europeu a incluir a QAI no SCE

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QAI nos edifícios16

Fonte: ADENE, 2012

Elevada densidade ocupacional dos espaços

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QAI nos edifícios

Fonte: ADENE, 2012

Elevada densidade ocupacional dos espaços

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QAI nos edifícios

Valores médios de COV abaixo dos valores máx de referência

Fonte: ADENE, 2012

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QAI nos edifícios

As bactérias e fungos são os parâmetros que mais excederam as concentrações máximas de referência

Fonte: ADENE, 2012

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Problemas frequentes20

Tipologias

Poluentes

mais

comuns

Fontes mais comuns

• Mau estado de higienização e limpeza do

sistema de AVAC.

Escolas

Creches

Universidades

Microbiologia

CO2

PM10

sistema de AVAC.

• Condutas de insuflação e retorno sujas.

• Excesso de pessoas no espaço (Relação área vs

Ocupação).

• Sistema de AVAC desligado.

• Insuficiência ou inexistência de renovação de ar

novo nos espaços (por ventilação mecânica e/ou

ventilação natural).

• Superfícies fixas e mobiliário com sujidade.

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Problemas frequentes21

Tipologias

Poluentes

mais

comuns

Fontes mais comuns

• Mau estado de higienização e limpeza do

sistema de AVAC.

• Condutas de insuflação e retorno sujas.

Lares

Microbiologia

COV’s

CO2

PM10

• Condutas de insuflação e retorno sujas.

• Excesso de pessoas no espaço (Relação área vs

Ocupação).

• Sistema de AVAC desligado.

• Insuficiência ou inexistência de renovação de ar

novo nos espaços (por ventilação mecânica e/ou

ventilação natural).

• Superfícies fixas e mobiliário com sujidade.

• Produtos de limpeza.

• Produtos de tratamento (álcool, betadine, etc..)

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Problemas frequentes22

Tipologias

Poluentes

mais

comuns

Fontes mais comuns

• Mau estado de higienização e limpeza do

sistema de AVAC.

• Condutas de insuflação e retorno sujas.

Clínicas

Hospitais

Microbiologia

COV´s

CO2

HCOH

• Condutas de insuflação e retorno sujas.

• Excesso de pessoas no espaço (Relação área vs

Ocupação).

• Sistema de AVAC desligado.

• Insuficiência ou inexistência de renovação de ar

novo nos espaços (por ventilação mecânica e/ou

ventilação natural).

• Superfícies fixas e mobiliário com sujidade.

• Desinfetantes e produtos de limpeza.

• Produtos de tratamento (álcool, betadine, etc..)

Page 23: Qualidade do Ar Interior A realidade nacional · Qualidade do Ar Interior (SCE) (DL 78/2006) • Objetivos do RSECE (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios,

Problemas frequentes23

Tipologias

Poluentes

mais

comuns

Fontes mais comuns

• Mau estado de higienização e limpeza do

sistema de AVAC.

Edifícios de

Serviços

Microbiologia

CO2

PM10

sistema de AVAC.

• Condutas de insuflação e retorno sujas.

• Excesso de pessoas no espaço (Relação área vs

Ocupação).

• Sistema de AVAC desligado.

• Insuficiência ou inexistência de renovação de ar

novo nos espaços (por ventilação mecânica e/ou

ventilação natural).

• Superfícies fixas e mobiliário com sujidade.

Page 24: Qualidade do Ar Interior A realidade nacional · Qualidade do Ar Interior (SCE) (DL 78/2006) • Objetivos do RSECE (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios,

A realidade nacional, 201324

• DL 118/2013, 20 de Agosto

•Transposição da Diretiva n.º 2010/31/UE, relativa ao desempenho energético dos edifícios

• Revisão do Sistema de Certificação Energética dos • Revisão do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE);

• Revisão Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (atual Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação)

• Revisão Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios (atual Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços)

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DL 118/201325

• No que respeita à política de QAI, considera-se da maior relevância a manutenção dos valores mínimos de caudal de ar novo por espaço e dos limiares de proteção para as concentrações de poluentes do ar interior, de forma a

salvaguardar os mesmos níveis de proteção de saúde e de salvaguardar os mesmos níveis de proteção de saúde e de bem-estar dos ocupantes dos edifícios.

• São eliminadas as auditorias de QAI, mantendo-se a necessidade de se proceder ao controlo das fontes de poluição e à adoção de medidas preventivas, de forma a cumprir os requisitos legais para a redução de possíveis riscos para a saúde pública.

Page 26: Qualidade do Ar Interior A realidade nacional · Qualidade do Ar Interior (SCE) (DL 78/2006) • Objetivos do RSECE (Regulamento dos Sistemas Energéticos de Climatização em Edifícios,

DL 118/201326

• Compete à Direção-Geral da Saúde e à Agência Portuguesa do Ambiente, acompanhar a aplicação do presente diploma em matéria de QAI.

• Os edifícios de comércio e serviços existentes ficam sujeitos ao cumprimento dos limiares de proteção e condições de referência dos poluentes previsto na portaria 353-A/2013, de 4 de dezembro.

• A fiscalização pelo IGAMAOT dos limiares de proteção é feita de acordo com a metodologia e com as condições de referência previstas na portaria 353-A/2013, de 4 de dezembro.

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Perspetivas27

• A auditoria de QAI deixa de ter função pró-ativa;

• A auditoria de QAI passa a ter caráter fiscalizador.

• Perde-se grande parte do trabalho do SCE 2006, tão • Perde-se grande parte do trabalho do SCE 2006, tão

elogiado por outros Estados-Membros

• Salvaguarda da saúde pública é essencial

• Caminho devia ser no sentido de cada vez incluir mais a QAI na procura da eficiência energética dos edifícios ao invés de a considerar um entrave

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Agradeço a atenção dispensada

Ana Rita [email protected]