PlanejamentoUrbanoeMetropolitano

Questesderefernciaparaestudosprovadodia06dejunhoAulas1e2

1 Aponte as principais caractersticas de cada uma das fases do planejamento, indicadaspeloProf.FlavioVillaa:

embelezamentoesaneamentoA disseminao de doenas e a vinda da elite cafeeira trouxe outra configurao para a cidade, acompanhadas de novas leis de ocupao do territrio, baseadas na higienizao. A derrubada de cortios foi uma das prerrogativas desse perodo, para reduzir aglomeraes e ms condies sanitrias. Deram espao para alargamento de ruas e avenidas. No entanto, a retirada dessa populao, em geral de baixa renda, dos cortios inseridos nas pequenas reas centrais da cidade, no ocorreu acompanhada de polticas habitacionais. A populao pobre se viu expulsa de suas antigas moradias. Iniciouse o processodeperiferizao.Ao mesmo tempo, associado ao discurso da limpeza e embelezamento das cidades, os rios foram retificados e canalizados para afastar o esgoto mais rpido do contato humano. Asvarzeasforamaterradaseloteadas.

plano discurso: Criao de novos bairros e resolver as demandas das classes dominantespormeiodainfraestrutura,logsticaviriaesetorimobilirio.PlanoAgache.

planejamento strictu sensu: Integrao de todos os setores: habitao, mobilidade, saneamentoedesenvolvimentourbano.

Texto: Uma contribuio para a histria do planejamento urbano no Brasil (1875 a 1992) por Villaa(1999)

Planejamentostrictusensu:elaboraodeplanosurbanos. Planejamentourbanolatusensu:engloba

Planejamentostrictusensu Zoneamento Planejamentodecidadesnovas Urbanismosanitarista

Etapasdoplanejamentourbano: 1fase:Planosdeembelezamento(18751930)

Alargamento de vias, erradicao de ocupaes de baixa renda nas reas mais centrais, implementao de infraestrutura (saneamento) e ajardinamento de parques e praas, reforma e reurbanizao das reas porturias. Investimentos nas regiescentrais.Destruiodecortios.Engenheiro Saturnino de Brito: planos de saneamento para Vitria, Santos e Recife, almdediretrizesparaaexpansourbana.Plano Pereira Passos (RJ): Plano de Melhoramentos (1903) srie de obras para o embelezamentodacidade.

2fase:Planosdeconjunto(19301965)SuperplanosplanosdiscursosPlanos passam a integrar diretrizes para todo o territrio municpio, buscando articular as reas centrais e perifricas atravs de um sistema virio e transportes.

Nesse perodo surgem os zoneamentos e a legislao de controle do uso e ocupaodosolo.Plano de Avenidas de Prestes Maia (SP): 1930 aspectos do sistema urbano (estradas de ferro e metr, legislao urbanstica, embelezamento urbano e habitao) novas vias radiais e perimetrais transforma a cidade baseada na locomoo por transporte coletivo em uma cidade mais dispersa e dependente do trfegodeautomveis.Plano de Agache (RJ): 1930 transio dos planos de embelezamento para os superplanos das dcadas de 60 e 70. Planos tcnicos e cientficos. Remodelao imobiliria, abastecimento de gua, coleta de esgoto, combate a inundaes e limpezapblica.Ordenamentodacidadezoneamento.PlanoGastonBardet(MG):BeloHorizonte

3fase:Planosdedesenvolvimentointegrado(19651971)Leva em considerao aspectos econmicos e sociais. Considera o distanciamento entre propostas e as possibilidades de que cada uma seja efetivamente implementada, o conflito entre propostas cada vez mais abrangentes e estruturas administrativas cada vez mais setorializadas e especializadas e as dificuldadeseindefiniesquantoaprovaodosplanos.PlanoDoxiadis(RJ):1965amplodiagnsticoeconmico,socialeurbanstico.

4fase:Planossemmapas(19711992)Planos tcnicos e complexos passam a ser mais simples, feitos pelos prprios tcnicos municipais, quase sem mapas, sem diagnsticos tcnicos ou com diagnsticos reduzidos. Enumeravam um certo conjunto de objetivos e diretrizes genricas,ocultandoosconflitosrelativosaosinteressesdoespaourbano.

2 Quais as inovaes mais marcantes da atual fase de planejamento, a partir do EstatutodaCidade.

Estabelecimento de novos instrumentos urbansticos (IPTU progressivo no tempo, Concessoonerosadodireitodeconstruir)

Instituio de mecanismos de participao (Conselho/conferncia obrigatoriedade derevisodecenal)

Instituiodemecanismosdecaptaoderecursos(Fundodeurbanismo) Vinculao com planejamento financeiro (PPA Plano Plurianual e oramento

anual) Estudopreviodeimpactodevizinhana

3 QuaisasprincipaisdesafiosdoplanejamentohojenoBrasilPlanejamento intersetorial atribuindo um olhar sistmico cidade. Planejamento regional, possibilitando polticas integrada entre os diferentes municpios, sobretudo em regies de baixa

4 Descreva os seguintes instrumentos do Estatuto da Cidade e indique as exigncias parasuaimplementao:

IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) progressivo no tempo: permite ao governo municipal aumentar, progressivamente, o valor da alquota do IPTU de um imvel, caso seu proprietrio no lhe d a utilizao conforme o previsto no Plano Diretor pela descrita na funo social da propriedade. A medida consiste em uma espcie de desincentivo aos

proprietrios em manter imveis abandonados, terrenos vazios sem edificao, ou glebas semutilizaoeparcelamento,deformaaracionalizareotimizaraocupaodascidades.Objetivos: combate a especulao imobiliria e incentivar a utilizao de reas dotadas de infraestrutura.Exigncias: Existncia de um Plano Diretor com a previso da utilizao do IPTU progressivo no tempo e especificando as reas passveis de sua aplicao, assim como seus critrios de subutilizao, e de um projeto de lei determinando o cumprimento de algumas exigncias por parte do proprietrio em um prazo no caso de no cumprimento, aplicadooIPTUprogressivonotempo.

Parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios: A manuteno de terrenos vazios ou ociosos, inseridos na rea urbanizada, espera de uma valorizao futura que beneficia apenas seus proprietrios, diminui os espaos, urbanisticamente qualificados, disponveis na cidade para usos e demandas . Para evitar a formao desses vazios, coibir a especulao imobiliria e, conseqentemente, ampliar o acesso a reas urbanizadas, o Estatuto da Cidade regulamentou o parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios, que obriga o proprietrio a dar uma destinao ao seu terreno subutilizado, concretizando o preceitoconstitucionaldafunosocialdapropriedade.

Outorga onerosa do direito de construir: a partir de um coeficiente de aproveitamento bsico para toda zona urbana ou diferenciado para reas especficas dentro da zona urbana, poder ser fixado no plano diretor o direito de construir acima do coeficiente bsico, mediantecontrapartidaaserprestadapelobeneficirio.

Direito de preempo: um instrumento que confere em determinas situaes o direito de preferncia para adquirir, mediante compra, um imvel que esteja sendo vendido pelo proprietrio a outra pessoa. O direito visa conferir ao poder pblico, a preferncia para adquiririmvelurbanoemrazodasdiretrizesdapolticaurbana

5 Quais as principais diferenas entre a concesso onerosa do direito de construir e anegociaoenvolvidanombitodasoperaesurbanas?Na outorga onerosa do direito de construir o valor pago vai para o fundo do municipio, ja nas operaes urbanas o valor pago atraves da outorga onerosa vai para o fundo da operao,ouseja,osrecursossoaplicadosapenasnareadaoperao.A prefeitura delimita a rea da Operao Urbana em seu Plano Diretor ou numa lei especfica que o estabelece. Dentro destes limites, a Outorga Onerosa passar a ser paga de outra forma, no mais para um fundo de todo o municpio, e sim para um fundo especfico da Operao. Os recursos devero ser aplicados apenas na rea da Operao.

6 Houve uma mudana significativa no papel do Plano Plurianual e na Legislao de Oramentos, na estrutura de planejamento territorial em um passado recente. Descreva essa mudana e analise seu significado na efetiva implementao das diretrizesplanejadas.

[DEPOIMENTODAMINISTRAMIRIAMSOBREAMUDANA,deveajudarnaresposta]O PPA fixa diretrizes, objetivos e metas para as despesas de capital e de durao continuada dos quatro anos seguintes ao incio do mandato presidencial. A ministra destacou as mudanas feitas na pea oramentria, que visam a desburocratizar o documento para facilitar o acesso do cidado ao programa de governo. A pea traz inovaes que consideramos importantes para tornar o PPA um instrumento de gesto interna do governo e acompanhamento da sociedade. Cada rea mostra benefcios das polticas para o cidado. O PPA deixa carter oramentrio para ser de fato o balizamento para a execuo. Oramentotemtodoano,oPPAnoprecisacumpriressepapel,

7 H hoje uma institucionalizao dos sistemas de planejamento, realizado nas diversas esferas de governo. D exemplos para uma rea temtica e tea comentriossobreessatendncianaquestodoplanejamentoterritorial.

A institucionalizao de sistemas de planejamento acorre pela associao de diversas medidas. Um exemplo a poltica nacional de habitao (PNH), que implementa instrumentos para o planejamento habitacional do pas no mbito das trs esferas federativos. A politica prev a criao de planos federal, estaduais e municipais, bem como as diretrizes de suas atuaes. Institucionaliza o Sistema Nacional Habitao de Interesse Social (SNHIS), os Planos locais de Habitao de Interesse Social, delimita atores, prev recursos,incentivosetentaorganizarinformaes.

A tendncia que se intensificou nos ltimos dez anos, ao mesmo tempo reflexo e estimuladora de uma novo olhar da gesto pblica sobre o planejamento. Avanar no arcabouo legal e institucional uma prerrogativa para o avano no planejamento das cidades, pois se estipula previamente e de maneira organizada as direes a serem tomadas. Evidentemente a institucionalizao necessria, mas no suficiente, para que o planejamento ocorra,e para que seja implementado. A deciso poltica um cabo de guerracompostaporvriosatoresesetoresdasociedade.

8 Faa um mapa com as principais caractersticas scioambientais da rea de estudo, especialmente nos temas: mobilidade, habitao/uso do solo, saneamento/meio ambiente.

9 Em que contexto histrico ocorre a industrializao com baixos salrios no Brasil e quaisosfatoresquepossibilitaramsuapermanncia.

Fimdaescravatura+chegadadosimigrantes=excessodemoobraque tem como consequncias uma condio de vida no digna a classe trabalhadora, no s na questo de renda, mas tambm nos aspectos sociais, educacionais e culturais dessa classe que muitas vezes impossibilita que ela saia dessa situao social. Os fatores que ainda possibilitam muitas vezes esses baixos salrios ainda a grande disponibilidade de mo de obra e na maioria das vezes mo de obra desqualificada, embora esse cenrio de pouco conhecimentovemsealterandoemnossopas.

10 Quais as conseqncias do processo de industrializao com baixos salrios na configuraodascidadesbrasileiras.

Os baixos salrios tem como consequncias uma condio de vida no digna a classe trabalhadora, no s na questo de renda, mas tambm nos aspectos sociais, educacionais e culturais dessa classe, que muitas vezes impossibilita que ela saia dessa situao social, alm disso, os efeitos dessa industrializao a baixos salrios se reflete na habitao onde

so construdos habitao precrias e na maioria das vezes em lugares irregulares, e como essa ocupao sendo nas periferias isso tambm reflete negativamente na mobilidade, na faltadeestruturasnareadesade,educaoentreoutrosfatores.

11 Quais as principais caractersticas da cidade resultante do processo de urbanizao incompleta, em termos de infraestrutura, densidade, estrutura viria e caractersticasdasedificaesproduzidas.

Inicialmente, havia uma dependncia dos nibus para o acesso virio e mobilidade, umaconexocombairrosvizinhoseexistnciadecasasautoconstrudas(unifamiliares).

Posteriormente, as casas eram de frente e fundos, houve verticalizao com residncias unifamiliares, loteamento de fazendas fazendo surgir pequenos ncleos da cidade, e as casas urbanas comearam a apresentar caractersticas rurais, com a criao deanimaiseplantaes(hortas).

12 Descreva a configurao tpica da cidade produzida na primeira metade do sculo XX, com relao ao posicionamento das edificaes nas quadras e os tipos de edificaoproduzida.

Presena de edificaes comerciais (prdios baixos, de poucos andares, com comrcio embaixo e moradia acima) prdios de apartamento para classes de renda mais alta, prdios altos com um estacionamento e um banheiro casas para a elite, formando o bairrojardimdascidadescasasparaapopulao.

13 Na concepo modernista as edificaes seriam preferencialmente implantadas no meio de quadras, em que existe o livre acesso pblico nas reas no ocupadas pelas edificaes. Descreva as principais diferenas entre esse iderio e o que foi efetivamenteconstrudoemnossascidades.

Em nossas cidades as edificaoes so cercadas por muros, causando desconforto ao acesso eimpossibilitandoolivreacessopblicoentreasedificaoes.

14 Descreva as principais caractersticas dos empreendimentos produzidos no urbanismo disperso. Quais os principais problemas e riscos desse tipo de empreendimento,paraodesenvolvimentoharmnicodascidades.

Tambm conhecida como desurbanizao, a urbanizao dispersa apresenta uma ruptura com o modelo clssico de centralidade urbana e tem a rua como um mero canal de acesso para uma urbanizao que quase no conversa com os limites (isolada). Esse tipo de urbanizao cria uma dependncia automobilstica (escravido automobislstica), apresenta uma negao do espao pblico (baixssima interao com a rua), uma valorizao do espao de uso coletivo protegido e uma baixa mescla de renda. Exemplos: Unip So Jos, USP ao ser construda, Shopping Jardim, Colgio Santo Amrico no Morumbi,bairrosresidenciaiscomoAlphaville,parquestemticoscomooHopiHari.

15 A blindagem das edificaes e sua produo no mbito da arquitetura do medo bem como a excessiva segregao de usos e de classes sociais traz srios riscos para os espaos pblicos. Analise essa afirmao, com base nas idias de Jane Jacobseaimportnciadeolhosqueolhemarua.

A blindagem das edificaes criada com base na desigualdade, onde se acredita que tudo que pblico e mesclado oferece risco. No entanto, essas estruturas de blindagem negam o espao pblico e geram mais violncia no mesmo, tornando as ruas como um espao de medo. Jane Jacobs afirma que a segurana no espao pblico dada com da dinmicacomesteespao,apartirdacriaodelojas,bares,lanchonetes,etc.

16 Analise os principais elementos de planejamento e projeto que podem fazer com que uma avenida que tem elevado fluxo de veculos possa ser simultaneamente umaviaagradvelparaopedestre.

Existem diversos elementos que podem ser inseridos em uma via de elevado fluxo de veculos para promover segurana e conforto aos pedestres, entre eles: caladas largas e bem conservadas, boa iluminao, arborizao, comrcio que interaja com os pedestres, ausncia de fios de eletricidade, ausncia de postes e telefones pblicos que atrapalhem o passeio,acessibilidadeparacadeirantesportadoresdedeficincia,etc.