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BoletimInformativodoProgramaUmaTerraeDuasÁguas Ano8•nº1882 Outubro/2014 Apodi Quintal Produtivo de Deuzinho e Vilma tem de tudo um pouco A família de João de Deus de Morais (Deuzinho) e dona Maria Vilmacir Morais (Vilma) vive na comunidade Queimadas, zona rural do vale do Apodi, município de Apodi-RN. A comunidade é uma de vila rural, na qual residem várias outras famílias. Deuzinho e dona Vilma são pais de dois filhos, que já lhes deram três netos. O casal reside em Queimadas há mais de 30 anos. Na pequena área de pouco mais de 600 metros quadrados, Deuzinho e dona Vilma cultivam plantas medicinais, hortaliças, fruteiras e ainda criam 30 cabeças de ovelhas e cerca de 40 galinhas. As fruteiras são: mangueiras, laranjeiras, pés de carambola, bananeiras, goiabeiras, limoeiros, mamoeiros, cajueiros e pés de graviola. Junto com todas essas fruteiras, o casal ainda produz hortaliças para o consumo, além de plantas medicinais, como hortelã, babosa, mastruz, cidreira, none e boldo. As hortaliças são o tomate, pimentão, coentro e até pimentas de cheiro e ardosa. Deuzinho é um experimentador nato e bastante criativo. Ele explica porque tem essa variedade de culturas agrícolas no quintal. “Eu gosto de estar no sítio e de ter um pouco de cada coisa. Gosto de plantar de tudo e pra ver o que dá certo. Deuzinho e dona Vilma, no quintal produtivo Criação de galinhas caipiras Ervas medicinais e fruteiras do quintal Foto: José Bezerra Foto: José Bezerra Foto: José Bezerra

Quintal Produtivo de Deuzinho e Vilma tem de tudo um pouco

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O casal Deuzinho e dona Vilma reside na comunidade Queimadas, no município de Apodi, Rio Grande do Norte. No quintal da família há de tudo um pouco: fruteiras (mangueiras, laranjeiras, goiabeiras, limoeiros), verduras, plantas medicinais, e ainda uma criação de galinhas e frangos e outra de ovelhas. Criativo e inventivo, seu Deuzinho produz a ração dos animais, a partir do que cultiva no quintal. Tem pra manter a família e ainda doa para vizinho.

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Page 1: Quintal Produtivo de Deuzinho e Vilma tem de tudo um pouco

Boletim�Informativo�do�Programa�Uma�Terra�e�Duas�Águas

Ano�8�•�nº��1882��Outubro�/�2014�

Apodi

Quintal Produtivo de Deuzinho e Vilma tem de tudo um pouco

A família de João de Deus de Morais (Deuzinho) e dona Maria Vilmacir Morais (Vilma) vive na comunidade Queimadas, zona rural do vale do Apodi, município de Apodi-RN. A comunidade é uma de vila rural, na qual residem várias outras famílias. Deuzinho e dona Vilma são pais de dois filhos, que já lhes deram três netos. O casal reside em Queimadas há mais de 30 anos. Na pequena área de pouco mais de 600 metros quadrados, Deuzinho e dona Vilma cultivam plantas medicinais, hortaliças, fruteiras e ainda criam 30 cabeças de ovelhas e cerca de 40 galinhas. As fruteiras são: mangueiras, laranjeiras, pés de carambola, bananeiras, goiabeiras, limoeiros, mamoeiros, cajueiros e pés de graviola. Junto com todas essas fruteiras, o casal ainda produz hortaliças para o consumo, além de plantas medicinais, como hortelã, babosa, mastruz, cidreira, none e boldo. As hortaliças são o tomate, pimentão, coentro e até pimentas de cheiro e ardosa. Deuzinho é um experimentador nato e bastante criativo. Ele explica porque tem essa variedade de culturas agrícolas no quintal. “Eu gosto de estar no sítio e de ter um pouco de cada coisa. Gosto de plantar de tudo e pra ver o que dá certo. Deuzinho e dona Vilma, no quintal produtivo

Criação de galinhas caipirasErvas medicinais e fruteiras do quintal

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Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Rio Grande do Norte

De tudo eu tenho um pouco. Acho que se todas as pessoas fizessem assim, elas iam viver melhor, porque tinham um pouco de uma coisa, outro pouco de outra, e assim tudo vai dando certo”, diz. O sistema produtivo do quintal de Deuzinho é integrado. Ele produz os alimentos das aves e animais e sempre tenta inovar. Na produção de mudas ele recicla sacos plásticos. “Eu vou fazer uma casa para as galinhas, construir cercas no terreno, plantar gramão (espécie de grama que serve de alimento para as aves) e fazer piquetes (currais)”. Em cada piquete as galinhas podem passar até 15 dias, dependendo da

quantidade de aves. Depois, são remanejadas para outro, enquanto o anterior se recupera. Além disso, ele também planta capim para ter o alimento para as aves e ovelhas. Ele usa uma pequena forrageira para triturar o capim e o milho e complementar o alimento das galinhas. Deuzinho diz que antes das cisternas não existia nada no quintal, por causa da escassez de água.Mas ele lembra que tudo começou antes das cisternas, com a pouca água de um poço que ele mesmo cavou no quintal. “Quando plantei esses pés de manga, muita gente disse que eu era maluco. Mas hoje, graças a Deus, já estão produzindo. Então, as outras pessoas viram que deu certo e hoje elas também já têm as fruteiras”, comenta. Deuzinho acrescenta que antes das cisternas todas as famílias da comunidade sofriam com a escassez de água. “A gente pegava água em uma cacimba. Muitas vezes a água estava ruim, por causa dos sapos que chegavam lá. Hoje, com as cisternas cheias, já temos a água de beber para o ano todo. A gente não se preocupa em ter que sair para ir pegar água, porque a gente já tem em casa”, comenta. A produção do quintal é para o consumo, principalmente as hortaliças, ervas medicinais e frutas. O excesso das frutas, na época da safra, ele doa para os que não têm e para familiares, que moram no Ceará (Fortaleza), quando vêm visitá-lo. “Com as ovelhas e as galinhas eu quero produzir também para comercializar, e ter dinheiro para manter o rebanho e para melhorar a renda da gente”, conclui Deuzinho.

Laranjas do quintal de Deuzinho e dona Vilma Produção de mudas, com reciclagem de material

Pimenta de cheiro Tomates

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Foto: José Bezerra Foto: José Bezerra

Realização Apoio

Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome