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Requisitos de Atividades Críticas RAC Metal Líquido Guia do Instrutor

RAC - vale.com · Faça uma dinâmica de abertura de acordo com o banco de dinâmicas em anexo. Introdução – Vídeo de Abertura Antes de iniciar o treinamento do RAC – Metal

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Requisitos de Atividades Críticas

RACMetal LíquidoGuia do Instrutor

VALER - EDUCAÇÃO VALE

2Metal Líquido | Guia do Instrutor

SumárioSobre o Programa 4

Refletindo sobre o Seu Papel 5

Orientações para Uso do Material 6

Orientações de Navegação 9

Orientações para Uso dos Templates 13

RAC Metal Líquido 15

Rota de Fuga 16

Dinâmica de Abertura 16

Introdução – Vídeo de Abertura 16

Unidade 1 – Conceitos Gerais 19

Definição 20

Características 22

Unidade 2 – Tipos de Instalações e Sistemas 26

Tipos de Fornos 27

Sala de Controle 32

Tipos de Sistemas 33

Unidade 3 – Riscos e Medidas de Prevenção 37

Riscos 38

Riscos Associados 39

Medidas de Prevenção 41

3Metal Líquido | Guia do Instrutor

Equipamentos de Proteção Individual 43

Incidentes Típicos 45

Jogo de Perguntas 48

Unidade 4 – Normas e Regulamentos 49

Atividade Final 57

Anexos 59

Dinâmicas de Abertura e Encerramento 60

Dinâmica: Quebra-gelo 60

Dinâmica: O Que Você Vê? 61

Dinâmica: Balão Bol 61

Dinâmica: Dobrando Papéis 62

Dinâmica: Que Objetivo é Este? 62

Dinâmica: Teia de Aranha 63

Dinâmica: Instrução 63

Dinâmica: Um Carro, uma Flor, um Instrumento 64

Dinâmica: Nome e Qualidade 64

Dinâmica: Informações Pessoais 65

Dinâmica: Jogo das Aparências 65

Dinâmica: Pessoalmente 66

Plano de Aula 67

Sobre o ProgramaA Vale tem A Vida em Primeiro Lugar como um de seus valores inegociáveis.

Para que este valor seja disseminado e efetivamente praticado, este módulo de capacitação nos Requisitos de Atividades Críticas em Metal Líquido foi desenvolvido visando à prevenção de acidentes, ao compartilhamento do conhecimento e à melhoria contínua dos resultados.

Além disso, para suportar a implementação de ações com foco na prevenção de fatalidades, foram estabelecidos requisitos mandatórios para a execução de atividades críticas na Vale, por meio da INS-0041-G.

5Metal Líquido | Guia do Instrutor

Refletindo sobre o Seu Papel

O papel do instrutor vai além do papel de facilitador, coordenador e mediador da aprendizagem. Ser instrutor é ser um líder que deve ajudar seus alunos a aprender não apenas transmitindo informações, mas criando condições para que eles possam selecionar as informações mais importantes e, então, colocá-las em prática para construir o conhecimento.

Por isso, você deve possuir determinadas habilidades que influenciarão diretamente na sua relação com os alunos:

» segurança e conhecimento do conteúdo;

» espontaneidade;

» boa apresentação pessoal;

» autocontrole;

» entusiasmo;

» comunicação;

» organização;

» criatividade.

Para facilitar, mediar, coordenar e liderar um ambiente de aprendizagem, é importante responder a questões como:

O que os participantes esperam do treinamento?

Como envolvê-los de forma prazerosa?

O que poderá ser feito para facilitar o seu desenvolvimento e sua aprendizagem?

Lembre-se de que você é um “modelo” para os alunos e, consequentemente, as pessoas avaliam e validam seu comportamento, reagindo às suas atitudes.

6Metal Líquido | Guia do Instrutor

Orientações para Uso do Material

Depois de receber o material que será apresentado em sala de aula, garanta que todo o conteúdo da pasta RAC11_Metal_Liquido foi copiado para seu computador.

Não exclua nenhum item dentro da pasta e das subpastas. Todos os arquivos deste pacote são necessários para fazer a apresentação funcionar sem problemas.

É importante que você configure o projetor ou monitor para exibir o curso na resolução de 1024 por 768 pixels. Qualquer outra resolução pode comprometer a visualização e legibilidade do material.

Você pode fazer este ajuste clicando com o botão direito diretamente no seu desktop e escolher a opção Resolução da Tela (ou Screen Resolution).

7Metal Líquido | Guia do Instrutor

Selecione a caixa de opções do item Resolução (ou Resolution) e arraste o ponteiro até a opção 1024 x 768.

8Metal Líquido | Guia do Instrutor

Em seguida, clique no botão Aplicar (ou Apply) e, logo depois, em OK.

A resolução foi configurada e agora você pode fechar essa janela.

9Metal Líquido | Guia do Instrutor

Orientações de Navegação

Inicie o treinamento clicando em Rota de Fuga. Em seguida, clique em Vamos começar?.

10Metal Líquido | Guia do Instrutor

Toda vez que você for ministrar o treinamento de RAC, é importante que clique no título do curso, localizado na tela inicial, para que a navegação feita anteriormente seja apagada.

Por exemplo, você entra no curso e navega até a tela 3 da unidade 2 e fecha o curso. Ao abrir de novo, em outro momento, se você for à unidade 2, o curso abre direto na tela 3. Por isso, é importante clicar no título do curso para que ele limpe os seus dados de navegação.

Para navegar nas unidades do curso, mova seu mouse para o lado direito ou para o lado esquerdo. Você pode, também, utilizar o menu de acesso rápido no lado esquerdo da tela.

11Metal Líquido | Guia do Instrutor

Para esconder o menu rápido, clique na seta acima dele.

Caso queira voltar na tela inicial do curso, basta clicar na seta localizada no lado direito superior.

12Metal Líquido | Guia do Instrutor

Utilize o botão do canto direito inferior para restaurar sua resolução.

O botão fechar permite o retorno à tela anterior.

Orientações para Uso dos Templates

Na Rota de Fuga e na unidade 4 – Normas e Regulamentos existem alguns templates que você deverá preencher com informações da área onde irá ministrar o treinamento.

Para editar/excluir o conteúdo do slide, você deve iniciar o programa Microsoft PowerPoint e, em seguida, clicar em Arquivo (ou File) e Abrir (ou Open).

Você deve, então, selecionar o arquivo:

» para Rota de Fuga: local onde está o curso\RAC11_Metal_Liquido\pages\rotaDeFuga.ppsx

13Metal Líquido | Guia do Instrutor

14Metal Líquido | Guia do Instrutor

» para Normas e Regulamentos: local onde está o curso\RAC11_Metal_Liquido\pages\unidade5\u05.ppsx

Após a inserção de todas as informações, clicar em Arquivo (ou File) e Salvar (ou Save).

Importante: não utilizar a opção Salvar como (ou Save as), pois o formato do arquivo e o nome dele não podem ser alterados (caso contrário, não abrirá mais quando for executado no curso).

RAC Metal Líquido

16Metal Líquido | Guia do Instrutor

Rota de Fuga

Apresentar a Rota de Fuga aos participantes. Para isso, preencha o slide com os procedimentos da sua área. Releia as instruções de como editar o conteúdo do slide na página 13 deste guia.

Dinâmica de Abertura

Faça uma dinâmica de abertura de acordo com o banco de dinâmicas em anexo.

Introdução – Vídeo de Abertura

Antes de iniciar o treinamento do RAC – Metal Líquido, você deve apresentar o vídeo dos Valores Vale, no qual o tema transversal é o Cuidado Ativo Genuíno.

É necessário comentar sobre cada valor apresentado no vídeo, relacionando-os com o papel do empregado que é de zelar por essas práticas e adotá-las no dia a dia.

17Metal Líquido | Guia do Instrutor

O vídeo começa com um empregado abrindo a porta de uma sala na Vale onde está acontecendo um treinamento. De repente, uma folha de papel em branco, que estava sobre uma mesa, voa para uma área operacional onde um empregado está recomendando que seu colega de trabalho utilize óculos de proteção, uma vez que ele está sem o equipamento. Esse trecho representa o valor A Vida em Primeiro Lugar.

No valor A Vida em Primeiro Lugar: “Acreditamos que a vida é mais importante do que resultados e bens materiais e incorporamos essa visão nas decisões de negócio.”.

Em seguida, a folha voa para um ambiente interno onde um empregado está sendo reconhecido, por seu gestor, pelo bom trabalho que desempenhou. Esse trecho representa o valor Valorizar Quem Faz a Nossa Empresa.

No valor Valorizar Quem Faz a Nossa Empresa: “Confiamos nas pessoas e construímos um ambiente

de trabalho desejado por todos. Estimulamos o desenvolvimento profissional e pessoal. E reconhecemos com base na meritocracia.”.

Depois, a folha voa para uma sala de aula em uma escola da comunidade onde a Vale apoia um projeto social com crianças. Esse momento representa o valor Cuidar do Nosso Planeta.

No valor Cuidar do Nosso Planeta: “Nós nos comprometemos com o desenvolvimento econômico, social e ambiental nas decisões de negócio.”.

Após a escola, a folha voa para uma área da Vale onde um empregado ajuda um colega de trabalho cadeirante a atravessar a rua. Essa parte representa o valor Agir de Forma Correta.

No valor Agir de Forma Correta: “Construímos relações de confiança e promovemos uma comunicação aberta e transparente, agindo com respeito e integridade.”.

18Metal Líquido | Guia do Instrutor

Na cena seguinte, a folha voa para uma área da Vale onde um empregado está compartilhando conhecimentos com uma jovem aprendiz em um simulador de ferrovia. Essa passagem representa o valor Crescer e Evoluir Juntos.

No valor Crescer e Evoluir Juntos: “Acreditamos na força do trabalho em equipe, na colaboração entre

departamentos e níveis hierárquicos, buscando a simplificação, melhoria contínua e geração de valor de longo prazo.”.

Na sequência, a folha voa para uma área interna da Vale onde está acontecendo uma comemoração pelo Zero Acidente e pelo atingimento da meta de produtividade, mostrando que a produção tem que ocorrer com saúde e segurança. Essa comemoração de bons resultados representa o valor Fazer Acontecer.

No valor Fazer Acontecer: “Somos engajados, responsáveis e temos disciplina para gerar resultados e superar desafios. Agimos com foco em excelência.”.

Durante a comemoração, um empregado passa apressado e distraído falando ao celular e seu colega de trabalho o salva de cair em um buraco. Essa ação, junto com as outras mostradas anteriormente, representa o Cuidado Ativo Genuíno.

O Cuidado Ativo Genuíno é cuidar de si, cuidar do outro e deixar que cuidem de você. Cuidar do outro é

praticar o respeito, a solidariedade e o real exercício do bem-querer. É se importar com o ser humano. O Cuidado Ativo Genuíno é se importar verdadeiramente com cada pessoa e não aceitar que ninguém se machuque, adoeça ou morra. 

Por fim, a folha vai voando ao lado do empregado no seu trajeto para casa. A folha cai aos pés de sua esposa e de seu filho e ele chega em casa em segurança, do mesmo jeito que saiu.

É recomendado que você exiba o vídeo e pergunte quais as percepções dos participantes. Caso eles não tenham percebido algum ponto importante, reforce-o e exiba novamente o vídeo para que eles possam fixar.

Conceitos Gerais1

20Metal Líquido | Guia do Instrutor

Unidade 1 – Conceitos Gerais

Nesta unidade, você deve apresentar aos participantes a definição de metal e suas características, além de explicar o conceito de metais fundidos.

Definição

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Explicar aos participantes que os metais possuem características únicas que os diferem das demais substâncias. Eles são sólidos à temperatura ambiente (geralmente em torno de 25 ºC) e apresentam cor prateada, com algumas exceções como o Cobre (Cu) e o Ouro (Au) que apresentam coloração vermelha e dourada, respectivamente. Já o Mercúrio (Hg) é o único metal encontrado na natureza no estado líquido.

Para ficar mais interativo, pedir para os participantes citarem outros exemplos de metais.

Em seguida, comentar que os metais, em função de suas características, são elementos que fazem parte do processo de fundição.

Falar para os participantes que metais fundidos são metais e escórias fundidos em seu estado líquido ou sólido com temperaturas elevadas.

22Metal Líquido | Guia do Instrutor

Características

Apresentar as características dos metais: brilho, maleabilidade, ductibilidade, condutibilidade e ponto de fusão e ebulição elevados.

Você deve clicar em cada ícone para exibir a definição de cada característica.

Comentar que os objetos metálicos, quando polidos, apresentam um brilho característico dos metais. Isso acontece devido aos elétrons livres, localizados na superfície, que absorvem e irradiam luz.

23Metal Líquido | Guia do Instrutor

Falar que a maleabilidade é a capacidade de produzir lâminas e chapas muito finas.

Explicar que a ductibilidade permite que os metais se transformem em fios e lâminas ao sofrerem pressão em determinadas regiões de suas superfícies. Essa capacidade é em função do deslizamento provocado nas camadas de átomos.

24Metal Líquido | Guia do Instrutor

Dizer que os metais são ótimos condutores de corrente elétrica e de calor. Possuem a capacidade de conduzir calor de 10 a 100 vezes mais rápido do que outras substâncias.

Explicar aos participantes que os fios de transmissão elétrica são feitos de alumínio ou cobre, assim como as panelas que usamos para cozinhar alimentos.

Comentar com os participantes que a maioria dos metais apresentam ponto de fusão e ebulição elevados.

25Metal Líquido | Guia do Instrutor

Explicar para eles o que é ponto de fusão e ponto de ebulição:

Ponto de fusão: refere-se à temperatura na qual uma substância passa do estado sólido ao estado líquido.

Ponto de ebulição: refere-se à temperatura na qual uma substância passa do estado líquido ao estado gasoso.

Em seguida, apresentar os exemplos de metais e seus respectivos pontos de fusão presentes na tabela.

Ressaltar que, em função de terem ponto de fusão e ebulição elevados, as atividades com metal líquido apresentam riscos para a saúde e segurança do empregado. Informar à turma que eles irão saber quais são esses riscos mais adiante no curso.

Tipos de Instalações e Sistemas2

Unidade 2 – Tipos de Instalações e Sistemas

Nesta unidade, você vai apresentar aos participantes os tipos de instalações e sistemas presentes nas atividades com metal líquido.

Clique em cada um dos títulos para exibir o conteúdo correspondente.

Tipos de fornos

27Metal Líquido | Guia do Instrutor

28Metal Líquido | Guia do Instrutor

A partir desta tela, você deve explicar os tipos de fornos existentes nas atividades com metal líquido. Mas, antes de iniciar a apresentação, comente que só serão exibidos os mais comuns.

Para começar, fale sobre o forno cubilô ou forno de cúpula. Ele é um equipamento de fusão empregado na produção de ferros fundidos, sendo essa produção realizada por meio da refusão de materiais metálicos ferrosos.

O forno cubilô funciona baseado no princípio de contracorrente, ou seja, a carga metálica e o combustível possuem um fluxo contrário ao do comburente que é o oxigênio do ar. Utiliza o carvão/coque como elemento combustível.

Nesse tipo de forno, as reações que promovem a formação de CO2 e CO (combustão) são responsáveis pelo fornecimento do calor necessário ao processo de fusão. O CO2 é formado quando a combustão é completa e o CO é produzido quando o produto da combustão é incompleta.

Os benefícios do forno cubilô são que o ferro produzido pode custar até metade do preço daquele procedente de fornos elétricos e é possível, com um baixo investimento, realizar a instalação do forno. Entretanto, é altamente poluente e de difícil controle, principalmente quando se busca produzir ferro com baixo carbono e enxofre. Por isso, esse tipo de forno destina-se à produção de ferro de baixa resistência.

Falar para os participantes que o forno de cadinho a resistência corresponde à parte do alto-forno onde se acumulam o metal fundido e a escória resultantes das reações que ocorrem no seu interior.

O cadinho possui forma cilíndrica e é construído em chapa grossa de aço com revestimento interno de material refratário de natureza sílico-aluminosa ou de blocos de carbono.

29Metal Líquido | Guia do Instrutor

Entre a chapa de aço e o revestimento refratário são colocadas placas retangulares de ferro fundido, contendo, no seu interior, tubos de água. A água circula promovendo o resfriamento. Além disso, proporciona melhor condição ao material para suportar as temperaturas elevadas que ocorrem nessa região e as pressões devido ao peso da carga.

Dizer que o forno de indução a cadinho é um recipiente isolado termicamente onde é depositado o metal a ser fundido. Dentro do canal, existem bobinas de indução que envolvem um núcleo magnético.

Este tipo de forno é circundado por uma bobina cilíndrica feita de tubo de cobre percorrida por água de resfriamento. A bobina indutora tem aproximadamente a mesma altura do nível do banho. O campo magnético origina um movimento do banho cuja intensidade depende da potência fornecida e, em função inversa, da frequência da corrente.

Devido à necessidade constante de metal líquido no canal, esse tipo de forno só é viável para cargas acima de 10 toneladas em trabalho contínuo.

30Metal Líquido | Guia do Instrutor

Explicar que o forno a arco elétrico é utilizado para fusão de metais. O processo ocorre dentro de uma cuba isolada termicamente por material refratário. Além da cuba, esse tipo de forno é constituído por eletrodos cilíndricos de grafite e transformadores elétricos trifásicos.

Existem dois fornos desse tipo que são empregados em fundição de metais. Eles serão detalhados a seguir.

» Forno a arco indireto: é aquele cuja transferência de calor se dá por irradiação e convecção, sendo normalmente empregado na fundição de metais não ferrosos.

» Forno a arco direto: o calor é transferido diretamente para o material da carga pelo arco elétrico, sendo comumente empregado na fusão de ferro e aço.

O forno a arco elétrico emite considerável quantidade de gases e material sólido no ambiente, além do elevado consumo de energia elétrica.

Comentar com os participantes que numerosos tipos de fornos empregando a eletricidade como fonte de energia para a fusão e refino do metal têm sido desenvolvidos. No entanto, o forno a arco e o forno de indução são os mais utilizados.

Devido à demora no aquecimento, o emprego da escória no forno de indução é difícil. Assim, os fornos a arco elétrico encontram maior emprego nas fundições. Praticamente 100% da carga produzida em aciarias elétricas provém desse tipo de forno.

O forno a arco elétrico é o instrumento mais versátil de produção de aço e vem se tornando um dos mais eficientes nas últimas décadas.

31Metal Líquido | Guia do Instrutor

As vantagens desse tipo de forno são:

» Tem alta eficiência energética.

» Permite produzir praticamente qualquer tipo de aço, em função de o controle do aquecimento ser virtualmente independente de reações químicas.

» É um aparelho extremamente versátil no que se refere a carga, podendo ser operado com 100% de carga sólida.

» Permite operação intermitente e mudanças rápidas na produção (em escala desde dezenas até centenas de toneladas).

Falar sobre os outros tipos de fornos.

Os fornos a cadinho com aquecimento a óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás natural encontram espaço em pequenas e médias fundições (principalmente na área de não ferrosos).

Há um incentivo governamental na opção pelo gás natural (menos poluente), porém isso demanda, muitas vezes, a realocação física da fundição para a proximidade de um gasoduto.

32Metal Líquido | Guia do Instrutor

Sala de controle

Mostrar aos participantes como é a sala de controle.

Ressaltar que as salas de controle devem atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:

» Paredes de concreto resistentes a impactos e a altas temperaturas.

» Vidros duplos resistentes a altas temperaturas.

33Metal Líquido | Guia do Instrutor

Tipos de sistemas

Explicar os tipos de sistemas presentes nas atividades com metal líquido.

Para começar, falar que os fornos e conversores aquecidos a gases combustíveis ou por corrente elétrica devem ter sistema de monitoramento e controle de gases nocivos – que podem ser gerados durante o processo – tais como o monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), nitrosos óxidos, hidrogênio, entre outros.

Também deve ser avaliada a necessidade de implantar sistemas de sucção de gás (válvula de gás bruto, despoeiramento etc.) para permitir a liberação controlada desses gases em caso de aumento de temperaturas e pressões no interior dos fornos.

Ressaltar para os participantes que as imagens representadas nos monitores são de um sistema de despoeiramento.

34Metal Líquido | Guia do Instrutor

Explicar aos participantes que os fornos de indução não podem operar sem refrigeração contínua. Qualquer evento que interfira na refrigeração normal dos fornos pode levar a danos na bobina e a uma explosão catastrófica.

A bobina do forno, que produz o campo eletromagnético, não foi projetada para ficar quente. Embora uma certa quantidade de calor seja conduzida do banho fundido à bobina através do revestimento, a maior parte do aquecimento é causada pela corrente que passa por ela. Isto requer que a bobina seja continuamente refrigerada, não somente para aumentar a sua eficiência elétrica, mas para evitar a sua fusão.

Normalmente, o sistema de refrigeração é construído na própria bobina, por meio de um tubo de cobre por onde a água de refrigeração flui. A água absorve tanto o calor gerado pela corrente como aquele transportado do metal por meio do refratário e os conduzem até o trocador de calor, onde eles serão removidos.

Se uma falha elétrica ou mecânica danificar a bomba de circulação de água, uma formação de calor perigosa irá resultar em danos na bobina, o que pode levar a uma grande explosão.

Por isso, os fornos de indução devem ter um sistema de refrigeração auxiliar, como uma bomba de água movida a bateria/motor ou uma conexão com sistema de fornecimento de água que possa ser conectada (em caso de falha na operação normal da bomba).

Além disso, o sistema de refrigeração também deve possuir monitoramento rotineiro dos controles e inspeção visual para detectar qualquer vazamento de água. A temperatura e a vazão do fluido do sistema de refrigeração também devem ser monitoradas.

35Metal Líquido | Guia do Instrutor

Todos os equipamentos resfriados a água devem ter o abastecimento garantido em caso de falta de energia, defeito do equipamento ou outras situações de emergência.

Explicar que os equipamentos para a lavagem e o tratamento dos gases devem ser providos de instrumentação para monitorar:

» composição do gás fornecido (para monitorar a porcentagem de H, CO e CO2 e fornecer alarmes/intertravamentos adequados);

» vazão do gás;

» temperatura do gás;

» alarme de nível de água do lavador de gás;

» intertravamento para vibrações excessivas do ventilador;

» temperatura das mangas dos filtros;

» opacidade dos gases de saída das chaminés.

36Metal Líquido | Guia do Instrutor

Falar que os fornos devem ter sistema de monitoramento de temperatura. O sistema deve estar disponível para monitorar condições anormais que possam resultar em problemas de integridade na estrutura física.

Antes de finalizar a unidade, perguntar aos participantes se eles têm alguma dúvida.

Riscos e Medidas de Prevenção3

38Metal Líquido | Guia do Instrutor

Unidade 3 – Riscos e Medidas de Prevenção

Nesta unidade, você vai apresentar aos participantes os riscos a que eles estão sujeitos ao exercer atividades com metal líquido e as medidas de segurança necessárias para minimizá-los.

Riscos

Apresentar as definições a seguir, conforme estabelecido pela Vale.

Risco: é o efeito da incerteza sobre os objetivos.

Efeito: é um desvio em relação ao esperado (positivo e/ou negativo).

Incerteza: é o estado, mesmo que parcial, de falta de informações relativas ao entendimento ou conhecimento do evento, seus impactos ou frequência/probabilidade.

Dar o exemplo do leão: um leão feroz representa uma situação de risco (ou perigo).

Uma das maneiras de controlar essa situação de risco é trancar o leão dentro de uma jaula. Se você está distante da jaula, o risco é baixo. Se você se aproxima da jaula, o risco aumenta. Se você entra na jaula, o risco é maior.

39Metal Líquido | Guia do Instrutor

Riscos associados

Apresentar alguns exemplos de riscos envolvendo atividades com metal líquido.

Explicar que a principal consequência de incidente nesse tipo de atividade são as queimaduras causadas pelo metal fundido a altas temperaturas. Como muitos empregados passam parte de sua jornada diária diante de fontes de calor, eles ficam expostos a condições adversas que representam certos perigos para a sua saúde e segurança.

Outra situação de risco a que os empregados estão sujeitos é carregar os fornos com material molhado ou úmido. Quando o metal fundido entra em contato com a água, umidade ou material que contém líquidos transforma-se instantaneamente em vapor, expandindo mil e seiscentas vezes seu volume original e produzindo uma explosão violenta. Isto ocorre sem aviso, levando os metais fundidos em alta temperatura a serem lançados para fora do forno, colocando em risco os trabalhadores, o próprio forno, parte da fábrica e os equipamentos ao redor.

Uma explosão água/metal pode ocorrer em qualquer tipo de forno. No entanto, em um forno de indução, os efeitos posteriores podem ser mais sérios e incluem a possibilidade de explosões adicionais causadas pelo líquido do sistema de refrigeração trincado que entra em contato com o metal fundido do banho.

Em fundições de metais ferrosos, o maior risco de respingos ocorre por volta do fim da corrida, quando o fundidor adiciona ferro-ligas ou introduz ferramentas no banho. Os materiais de ferro-ligas podem absorver a umidade do ambiente. As conchas de amostragem e as ferramentas para retirada de escória removem a umidade como um filme fino de condensação.

40Metal Líquido | Guia do Instrutor

Ressaltar para os participantes que o metal fundido não necessita estar presente no forno para ocorrer uma explosão água/metal. Podem ocorrer explosões se tambores vedados ou contêineres contendo água forem carregados em um forno vazio, mas quente.

Seções fechadas de sucata de tubo e tubulação assim como recipientes vedados aparentemente vazios podem parecer menos perigosos, mas podem apresentar os mesmos riscos. Apesar de não conterem líquidos combustíveis, o ar dentro deles pode rapidamente expandir com o calor. Em casos extremos, a formação de pressão é suficiente para romper a parede do recipiente ou escapar através de uma extremidade fechada. Se isso ocorrer, a expulsão forçada do gás pode impulsionar a sucata quente para fora do forno ou fazê-la colidir com o revestimento do forno, causando danos.

Explicar que outro risco grave é o contato com a sílica cristalina respirável, que compromete a saúde do trabalhador causando uma doença chamada silicose. A sílica cristalina está presente nas fundições que utilizam areia no seu processo de moldagem e na macharia, em fundições de ferrosos e não-ferrosos. A exposição do trabalhador deste setor deve ser controlada por medidas de proteção coletiva, tais como um eficiente sistema de exaustão para exaurir as poeiras, vapores e gases gerados no processo.

41Metal Líquido | Guia do Instrutor

Medidas de prevenção

Explicar aos participantes que, para evitar os incidentes citados anteriormente, algumas medidas de prevenção são fundamentais. Você deve clicar em cada lupa e comentar sobre elas.

Veja as medidas de prevenção que aparecem ao clicar sobre:

Ferramentas

» Aquecer previamente as ferramentas.

» Garantir que ferramentas enferrujadas ou frias não sejam inseridas no banho, pois podem conter uma camada de umidade.

» Manter o local de trabalho organizado e limpo.

» Manter produtos inflamáveis e combustíveis distantes das áreas de trabalho com metais líquidos.

Comentar que a carga ou ferramentas enferrujadas ou frias e os materiais facilmente fragmentados representam um risco especial para os fornos de indução e para os trabalhadores na área de operação, pois podem conter uma camada fina de umidade superficial ou absorvida. No contato com o banho, essa umidade vira vapor, causando uma chuva de metal fundido ou respingos.

O pré-aquecimento da carga e das ferramentas evitam muitas lesões por respingo.

42Metal Líquido | Guia do Instrutor

Forno

» Eliminar pontos de umidade do canal, da lingoteira e de outros materiais.

» Utilizar barreiras para isolamento de calor radiante.

» Verificar se há água na sucata antes de adicioná-la no banho de metal líquido.

» Não adicionar recipientes fechados com insumos diretamente no metal líquido, devido ao risco potencial de explosão.

Falar que a instalação de painéis de isolamento das fontes do calor radiante é medida bastante positiva.

Empregado

» Utilizar os EPI adequados.

» Inspecionar previamente os equipamentos e acessórios utilizados para içar e transportar materiais fundidos.

» Ingerir água ou soro reidratante conforme orientação médica.

» Respeitar os períodos de descanso que devem ser feitos em ambientes bem-ventilados.

» As atividades com metal líquido devem ser realizadas por profissional capacitado e autorizado.

» Verificar as áreas ao redor antes de iniciar qualquer transferência.

» Comunicar ao seu supervisor ou superior imediato caso não esteja em plenas condições físicas ou psicológicas para a realização das atividades que envolvam metal líquido.

» Comunicar ao supervisor eventuais situações de risco para sua saúde e segurança ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento.

Comentar que certas práticas de trabalho, como por exemplo, a ingestão de água em abundância (até um quarto de litro por hora) no ambiente de trabalho, ajuda a reduzir os riscos causados pelo calor.

Falar que os períodos de descanso do trabalho devem ser feitos em ambientes bem-ventilados. Na medida do possível, deve-se planejar para que os trabalhos mais pesados sejam desenvolvidos nas horas mais frescas do dia.

Ressaltar que é fundamental que os empregados recebam treinamento em procedimentos de primeiros socorros para que aprendam a reconhecer e enfrentar os primeiros sinais orgânicos de reação ao calor.

Dizer que deve-se considerar também a condição física de cada empregado cuja atividade será desenvolvida em área de calor. Os empregados com mais idade, os obesos e os que passam por período de tratamento com ingestão de medicamentos, correm mais riscos.

43Metal Líquido | Guia do Instrutor

Instalações e Sistemas

» Eliminar goteiras, derramamento ou vazamento de água.

» Inspecionar previamente os equipamentos e sistemas de monitoramento, refrigeração e ventilação/exaustão.

Falar que é necessário instalar mecanismos técnicos de controle, entre os quais um sistema de ventilação do ambiente como um todo e medidas que promovam o resfriamento localizado sobre as fontes de calor, incluindo sistemas de exaustão.

Dizer que o resfriamento por evaporação e a refrigeração mecânica são outras maneiras possíveis de redução do calor. Ventiladores são dispositivos que também contribuem para diminuir o calor em ambientes quentes.

Informar que um número crescente de fundições está utilizando sistemas de carregamento por controle remoto com secadores ou pré-aquecedores de carga. Esse tipo de sistema permite ao operador permanecer seguro (longe do forno ou atrás de um anteparo de proteção durante o carregamento). Os secadores e pré-aquecedores maximizam a remoção de água e umidade antes que a sucata entre no banho.

Equipamentos de Proteção Individual

Apresentar as vestimentas e Equipamentos de Proteção Individual para as atividades com metal líquido aos participantes.

Comentar que a natureza violenta e imprevisível da explosão água/metal torna o uso de vestimentas de segurança pelos empregados que trabalham com metal líquido absolutamente obrigatório. Estas vestimentas podem evitar queimaduras que desfiguram ou que podem ser fatais.

44Metal Líquido | Guia do Instrutor

Apresentar aos participantes cada item que compõe os equipamentos de proteção individual. Para isso, basta clicar na seta.

Capuz modelo forneiro

É usado sobre o capacete. Possui revestimento especial com tratamento retardante de chama em partes que requerem maior proteção.

Protetor facial

Protege contra projeção de partículas, impactos e calor irradiado.

Luvas

Utilizada nas atividades onde existe o contato com peças aquecidas e irradiação do calor concentrado no dorso da mão.

Informar aos participantes que existem as luvas para altas temperaturas (utilizadas em trabalhos pesados e atividades de combate a incêndio) e as luvas de neoprene (utilizadas tanto em baixas como em altas temperaturas assim como também em produtos químicos derivados de solventes inorgânicos).

Capa aluminizada

É usada para a proteção dos tronco, braços e pernas contra projeção de respingos de metais líquidos e calor irradiado. É uma vestimenta de segurança primária.

45Metal Líquido | Guia do Instrutor

Botinas para altas temperaturas

Protegem os pés contra queda de materiais e/ou objetos pesados, pontiagudos e cortantes e contra temperaturas de até 300 ºC.

Reforçar que os EPI servem para proteger o operador.

Apresentar aos participantes os cuidados que se deve ter com os equipamentos de proteção individual:

» Em caso de perfurações ou outros danos, solicitar a troca dos EPI.

» Zelar pela guarda e conservação da vestimenta.

» Não colocar os EPI em frente ao forno para secagem do suor.

» Nunca utilizar vestimentas contaminadas por materiais inflamáveis.

Reforçar que as vestimentas devem ser guardadas em ambientes ventilados, limpos e fora do contato com a luz solar. Além disso, devem ser acondicionadas em embalagens individuais, limpas, identificadas e ficar distantes de produtos inflamáveis/químicos.

Incidentes típicos

Apresentar alguns exemplos de incidentes que podem ocorrer em atividades com metal líquido. Peça para os participantes indicarem alguns fatores que possam ter contribuído. É importante deixar que eles falem. Caso seja necessário, complemente a fala deles ou ajuste alguma percepção errada.

46Metal Líquido | Guia do Instrutor

Situação 1

Apresentar o exemplo de incidente no qual o empregado tentou realizar o acendimento manual do aquecedor de panelas elétrico e acabou sofrendo queimaduras. A chama expandiu e atingiu o rosto dele. No momento da atividade, o empregado não utilizava o capuz de proteção.

Feedback da situação 1

» Utilizar os EPI adequados.

» As atividades com metal líquido devem ser realizadas por profissional capacitado e autorizado.

» Comunicar ao supervisor eventuais situações de risco para sua saúde e segurança ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento.

» Inspecionar previamente os equipamentos e acessórios utilizados para atividades com materiais fundidos.

» Devem ser adotadas as medidas de controle dos riscos definidas nos procedimentos operacionais.

47Metal Líquido | Guia do Instrutor

Situação 2

Apresentar o exemplo de incidente no qual o empregado, ao realizar atividade de furação de forno com auxílio de uma ferramenta chamada garrucha antichama, sofreu queimaduras de 1º e 2º graus na região do tórax. A mangueira se soltou do equipamento e o material quente foi projetado.

Feedback da situação 2

» Utilizar os EPI corretamente.

» Inspecionar previamente os equipamentos e acessórios utilizados para atividades com materiais fundidos.

» As atividades com metal líquido devem ser realizadas por profissional capacitado e autorizado.

» Devem ser adotadas as medidas de controle dos riscos definidas nos procedimentos operacionais.

48Metal Líquido | Guia do Instrutor

Jogo de Perguntas

Dividir a turma em dois grupos e distribuir folhas em branco e lápis ou canetas. Em seguida, ler a pergunta no PPT e apresentar as três opções de resposta. Peça para um representante de cada grupo escrever no papel a resposta correta.

Disponibilizar um minuto para que os grupos discutam entre si e escolham a resposta.

Após terminarem, pedir para os grupos apresentarem a resposta escolhida.

Logo após, apresentar o gabarito e sinalizar, no placar, o(s) grupo(s) que acertou (acertaram) a resposta.

Parabenizar, ao fim, o grupo que mais acertou as perguntas sem desmerecer o que não acertou.

Feedback

» Pergunta 1 – resposta correta: D

» Pergunta 2 – resposta correta: D

» Pergunta 3 – resposta correta: A

» Pergunta 4 – resposta correta: B

» Pergunta 5 – resposta correta: C

Perguntar aos participantes se eles ainda têm alguma dúvida. Caso seja necessário, retomar a parte do conteúdo que eles sentiram dificuldade.

Normas e Regulamentos4

50Metal Líquido | Guia do Instrutor

Unidade 4 – Normas e Regulamentos

Explicar aos participantes a existência e a importância do cumprimento da legislação brasileira, da instrução Vale e do procedimento local para que as atividades com metal líquido sejam realizadas com segurança.

Comentar que eles devem sempre zelar pela saúde e segurança, própria e das outras pessoas.

51Metal Líquido | Guia do Instrutor

Reforçar a importância de manter os exames periódicos em dia.

Ressaltar para os participantes que devem ser adotadas medidas para a prevenção de derramamentos, transbordos ou respingos de materiais fundidos.

52Metal Líquido | Guia do Instrutor

Comentar que a integridade dos fornos e panelas deve ser verificada regularmente por meio do monitoramento constante das temperaturas da superfície (Rytec, termopares e termografias) e da inspeção visual do desgaste, das trincas e dos danos mecânicos.

Explicar que todo insumo a ser utilizado na alimentação dos fornos deve ser especificado. Os parâmetros operacionais de controle do processo devem ser monitorados continuamente.

53Metal Líquido | Guia do Instrutor

Comentar que os elementos voláteis e gases explosivos (enxofre, gás carbônico, óxidos nitrosos, monóxido de carbono, entre outros) devem ser verificados para que não venham a desencadear explosões ou reações violentas.

Dizer que devem ser aplicados processos de conscientização, sinalização ou mecanismos de proteção mecânica que garantam que garrafas, latas e outros recipientes fechados para líquidos ou gases (aerossol) não sejam lançados nos fornos.

Ressaltar que as áreas sobre os fornos devem ser sinalizadas e o acesso durante a operação só deve ser permitido após autorização do líder.

Explicar que, caso exista a possibilidade de queda de materiais e pessoas, os equipamentos de proteção contra queda devem ser utilizados.

54Metal Líquido | Guia do Instrutor

Explicar para os participantes que os reservatórios de água, drenos, tubulações e os locais de possível acumulo de água devem, sempre que possível, estar localizados em áreas onde não seja possível o contato com materiais fundidos.

Caso isso não seja possível, estes locais devem estar protegidos contra qualquer contato com materiais fundidos por meio de barreiras, desvios e áreas de contenção adequados e resistentes ao calor.

É necessário também avaliar a existência de poças d'água, goteiras e vazamentos próximos aos materiais fundidos. Todos os drenos deverão estar desentupidos para evitar acúmulo de água.

55Metal Líquido | Guia do Instrutor

Informar que os sistemas e instalações devem ser operados dentro das especificações de projeto, de forma a garantir a segurança das pessoas e instalações.

Reforçar que as normas operacionais de controle do processo devem ser rigorosamente cumpridas.

Dizer que os veículos para transporte de metal fundido devem ser mantidos longe de outros veículos e de pedestres e trafegar apenas em vias isoladas e sinalizadas.

56Metal Líquido | Guia do Instrutor

Você deve complementar este slide com informações contidas nos procedimentos locais para atividades relacionadas à área.

Releia as instruções de como editar o conteúdo do slide na página 13 deste guia.

Atividade Final

58Metal Líquido | Guia do Instrutor

Atividade Final

Jogo dos 7 Erros

Instruções

Apresentar a situação aos participantes e, em seguida, perguntar onde estão os sete erros no cenário. É importante deixar que os participantes falem. Caso seja necessário, complemente a fala deles ou ajuste alguma percepção errada.

Após os participantes falarem, faça as considerações sobre tudo o que foi dito.

Feedback da situação:

» Ausência de barreira de isolamento para impedir que o metal líquido se espalhe.

» Empregado sem as luvas.

» Goteiras de água na área de operação.

» Produtos inflamáveis próximo das áreas de trabalho com metais líquidos.

» EPI secando em frente ao forno.

» Empregado utilizando ferramenta sem aquecer previamente. Ferramenta úmida.

» Empregado acendendo manualmente um forno elétrico. Não cumprindo com as normas de operação.

Anexos

60Metal Líquido | Guia do Instrutor

Dinâmicas de Abertura e Encerramento

Dinâmica: Quebra-gelo

Aplicação: Dinâmica de abertura.

Objetivo: Estimular a participação do grupo, levando as pessoas a se conhecerem.

Material: Folha de papel e caneta para cada participante. Fita adesiva ou alfinetes.

Duração: 20 minutos.

Instruções: Distribua uma caneta e uma folha de papel para cada participante com as palavras “Eu sou...” escritas na parte superior dela. Informe que eles dispõem de 10 minutos para escrever 10 respostas que completem a frase.

Sugestão: Outras frases podem ser usadas, como “Eu quero ser...” ou “Dez coisas de que não gosto em mim mesmo”.

Em seguida, peça aos participantes que prendam a folha de papel na parte da frente de suas camisas ou blusas e circulem no ambiente, lendo as respostas dos demais. Essa fase deverá ocorrer em silêncio.

Após os 10 minutos, os participantes serão solicitados a conversar com as pessoas cujas respostas acharam mais interessantes ou a fazer qualquer pergunta que lhes tenha ocorrido enquanto liam as respostas nas folhas. Assim, terão oportunidade de conhecerem uns aos outros.

Feedback: Explicar aos participantes a importância de se conhecerem para trabalharem em grupo. Ao se conhecerem melhor, o trabalho em grupo se torna mais agradável, descontraído, sem o estranhamento inicial comum de acontecer. Comente que, quando sabemos o perfil das pessoas da nossa equipe, encontrar soluções e trocar ideias de melhorias no ambiente de trabalho torna-se mais fácil.

Além disso, é uma excelente oportunidade para compartilhar experiências, informações e aumentar a nossa rede de contatos.

61Metal Líquido | Guia do Instrutor

Dinâmica: O que você vê?

Aplicação: Sensibilização/apresentação/descontração.

Objetivo: Debater sobre como enxergamos as coisas de formas diferentes e como podemos melhorar nossa percepção a partir desse novo olhar.

Material: Figura de uma “mulher velha/mulher jovem”.

Duração: 15 minutos.

Instruções: Mostre a figura aos participantes e sugira que a olhem por alguns segundos.

Pergunte sobre o que eles estão vendo: se estão identificando a imagem de uma mulher velha ou de uma mulher jovem.

Peça para que levantem a mão somente aqueles que conseguem enxergar apenas a mulher velha e a seguir, que levantem a mão os que conseguem enxergar somente a mulher jovem. Finalmente, peça para que levantem a mão os que conseguem ver tanto a mulher nova quanto a velha.

Localize cada uma das imagens com a colaboração do grupo.

Feedback: Explique aos participantes que as pessoas têm visões e percepções diferentes sobre a mesma coisa e que não necessariamente estão erradas por verem as coisas por outra ótica.

Saber respeitar a opinião do outro é importante para o desenvolvimento do trabalho em grupo.

Dinâmica: Balão bol

Aplicação: Preparação de trabalho de grupo/apresentação.

Objetivo: Estimular a participação em diversos processos de tomada de decisão.

Material: Um pacote de balão de ar (balão de festa).

Duração: 30 minutos.

Instruções: Informe ao grupo que eles vão participar de um jogo chamado Balão bol e que, para isso, serão divididos em duas equipes. As equipes decidirão onde serão os gols e os seus respectivos lados e, em seguida, serão distribuídos tantos balões pelos grupos quanto forem necessários. Os grupos irão inflar os balões.

Inicie o jogo informando que o objetivo é fazer tantos gols quanto forem possíveis no tempo regulamentar e vencerá aquele que fizer o maior número de gols.

Uma discussão deve ser promovida ao final da dinâmica para que o grupo avalie se houve um trabalho de equipe, se houve um objetivo comum e se foi alinhada uma estratégia para fazer o maior número de gols.

Pontos para discussão: o trabalho em equipe foi usado com eficácia? Por quê? Por que não foi?

Feedback: Explicar a importância do trabalho em equipe e de como as atividades desenvolvidas por uma equipe coesa podem trazer resultados mais satisfatórios.

62Metal Líquido | Guia do Instrutor

Dinâmica: Dobrando papéis

Aplicação: Sensibilização/reflexão/apresentação.

Objetivo: Constatar que instruções/comandos são interpretados de formas diferentes por pessoas diferentes.

Material: Uma folha de papel A4 para cada participante.

Duração: 20 minutos.

Instruções: Dê a cada participante uma folha de papel A4.

Em seguida, peça-lhes que fechem os olhos e sigam apenas as instruções dadas. Informe que não devem fazer qualquer pergunta durante esta fase.

Solicite que os participantes fechem os olhos; dobrem, primeiro, a folha ao meio e a seguir, dobrem novamente ao meio. Continuem dobrando ao meio ainda mais uma vez. Em seguida, informe que agora deverão rasgar um pedaço do canto direito, virar a folha e rasgar um pedaço do canto esquerdo.

Peça então que os membros do grupo abram os olhos e desdobrem suas folhas. Será verificado que cada um interpretou a instrução de uma forma, o que gerou diferentes resultados.

Deve ficar claro que o resultado final alcançado pelos participantes não foi o mesmo para todos.

Feedback: O resultado conduz o grupo a uma discussão sobre como cada um interpreta diferentemente os comandos dados. Enfatizar as diferentes formas que podemos utilizar para melhorar nossas habilidades de comunicação: linguagem clara, comandos diretos e frases curtas.

Dinâmica: Que objetivo é este?

Aplicação: Sensibilização/apresentação/desenvolvimento.

Objetivo: Verificar as diferentes maneiras que cada um tem ao se deparar com um processo de mudança e as dificuldades na aceitação do outro.

Material: Uma folha de papel em branco e uma caneta para cada participante.

Duração: 15 minutos.

Instruções: Peça aos participantes que pensem em um objeto que tenham em algum lugar de suas casas. Feito isso, eles devem desenhá-lo usando a mão que, normalmente, não utilizam para escrever.

Diga-lhes que, em silêncio, deem seu desenho para a pessoa sentada ao lado. Essa pessoa deve adivinhar o que o desenho representa e escrever o nome do objeto, sem emitir juízo de valor.

Depois que cada desenho tiver sido identificado, deve ser devolvido a quem o fez.

63Metal Líquido | Guia do Instrutor

Feedback: Relacione a dinâmica ao tema da mudança. Explique que, ao fazer o desenho com a mão que normalmente não se usa para tal tarefa, um desconforto foi causado. Fale sobre como as pessoas normalmente ficam inseguras com o resultado obtido e como devem aceitar as dificuldades do outro.

Questione o grupo sobre quem se sentiu desconfortável com a mudança e como ela pode ser encarada.

Dinâmica: Teia de aranha

Aplicação: Fechamento e/ou avaliação de um segmento do curso.

Objetivo: Criar mensagens finais para todo o grupo.

Material: Uma bola grande de lã ou barbante.

Duração: 40 minutos.

Instruções: Solicite que os participantes se levantem e formem um círculo apertado.

Em seguida, inicie a dinâmica, dizendo o que aprendeu e o que espera que aconteça no futuro com base nas informações transmitidas. Depois de dizer o que queria, segure a ponta do fio e jogue a bola para um participante do outro lado e assim a teia começa a ser criada.

Quem pegar a bola dá uma mensagem final aos demais participantes do grupo, jogando-a, depois, para outra pessoa e continua a segurar o fio.

Este processo deve continuar até que todos os participantes tenham a oportunidade de falar.

No final, todos devem estar segurando o fio. Observe que foi formado algo similar a uma teia de aranha.

Feedback: Com esta atividade, todos poderão falar algo sobre o treinamento, dando assim um feedback final. Finalize dando o feedback sobre o treinamento.

Dinâmica: Instrução

Aplicação: Sensibilização/desenvolvimento/apresentação.

Objetivo: Refletir, de forma simples, como uma mesma instrução pode ser entendida de maneiras diferentes.

Material: Uma folha de papel em branco e uma caneta para cada um.

Duração: 30 minutos.

64Metal Líquido | Guia do Instrutor

Instruções: Entregue uma folha em branco e uma caneta para cada participante e, em seguida, escolha aquele que deverá dar as seguintes instruções:

Solicite que cada um desenhe uma casa na parte inferior do papel e, na parte superior, peça que desenhem um sol e nuvens. Continuando, os participantes deverão desenhar uma pessoa do lado direito da casa e uma árvore do lado esquerdo.

Peça para que cada um mostre o seu desenho. Questione o motivo de os desenhos não serem iguais, ainda que a instrução dada tenha sido a mesma.

Feedback: Explique para os participantes que a forma como é feita a comunicação é muito importante, pois mesmo dando uma única instrução a todos, cada um entende de uma forma. Assim, toda comunicação deve ser clara e objetiva, evitando ruídos. Debater com os participantes sobre uma forma de comunicação que julguem mais eficiente.

Dinâmica: Um carro, uma flor, um instrumento

Aplicação: Apresentação/integração.

Objetivo: Apresentar os integrantes de um grupo de forma descontraída.

Material: Papel em branco e caneta para cada participante.

Duração: 30 minutos.

Instruções: Solicite que cada participante escreva no papel o nome de um carro, de uma flor e de um instrumento musical com o qual se identifica.

Após todos escreverem, recolha e junte todos os papéis em uma caixa, misturando-os e redistribuindo-os entre os participantes.

Em seguida, solicite que cada pessoa, pela ordem, tente identificar quem é o dono do papel que tirou. Se acertar, deverá explicar como chegou a essa conclusão. Se errar, continuará com o papel em suas mãos e passará a vez ao próximo participante que tentará adivinhar.

Feedback: Explique que a dinâmica possibilita a apresentação dos participantes de uma forma lúdica e que também ajuda a conhecer um pouco sobre a pessoa a partir de suas preferências.

Dinâmica: Nome e qualidade

Aplicação: Apresentação do grupo.

Objetivo: Provocar a interação entre os participantes do grupo de forma lúdica.

Material: Não necessita de material.

Duração: 40 minutos.

Instruções: Coloque o grupo sentado, em círculo.

65Metal Líquido | Guia do Instrutor

Inicie dizendo em voz alta o seu nome, seguido de uma qualidade que julga possuir.

Cada participante, na sequência, repete os nomes e qualidades ditas anteriormente, na ordem, acrescentando ao final seu próprio nome e qualidade.

Feedback: O desafio desta dinâmica é aprender de forma lúdica como chamar os participantes do grupo pelo nome, identificando uma qualidade. Destacar a necessidade de ter atenção, pois sem isso não se atingirá o objetivo da dinâmica. Fazer um link com o “saber escutar”.

Dinâmica: Informações pessoais

Aplicação: Sensibilização/apresentação.

Objetivo: Compreender a importância de não se rotular uma pessoa pela sua aparência.

Material: Uma folha em branco e uma caneta para cada participante.

Duração: 40 minutos.

Instruções: Peça para que cada participante complete em uma folha as seguintes questões.

Quando estou em casa gosto de:

O estilo musical de que mais gosto é:

Quando estou de férias gosto de:

Uma das minhas funções na empresa é:

Informe aos participantes para que não coloquem o nome na folha.

Após completarem as frases, recolha os papéis e distribua de forma aleatória entre os participantes, tomando o cuidado de não entregar o papel ao próprio dono.

Solicite que cada um leia as características escritas no papel que recebeu e tente adivinhar de quem são.

Se acertar, passe ao próximo. Se errar, peça para a pessoa do papel se identificar e inicie novamente a dinâmica.

Feedback: Esta dinâmica demonstra como podemos, mesmo sem querer, correr o risco de rotular as pessoas pelas suas preferências.

Dinâmica: Jogo das aparências

Aplicação: Sensibilização/apresentação.

66Metal Líquido | Guia do Instrutor

Objetivo: Demonstrar como estereótipos e interpretações subjetivas interferem na comunicação.

Material: Um balão vazio e um pedaço de papel em branco para cada participante.

Duração: 40 minutos.

Instruções: Entregue um balão vazio e um pedaço pequeno de papel em branco para cada um dos participantes.

Cada pessoa deverá escrever no papel 3 (três) características pessoais, de maneira que, a partir dessas características, ela possa ser identificada pelos outros participantes.

A seguir, os participantes deverão dobrar o papel e colocá-lo dentro do balão.

Quando todos os balões estiverem cheios, deverão ser jogados todos para cima, ao mesmo tempo e cada um deve pegar o balão que estiver na sua frente e estourá-lo.

Finalmente, cada participante deverá ler o papel que encontrar dentro do balão e tentar identificar a pessoa que apresenta as características descritas.

Feedback: Refletir sobre como podemos nos enganar ao rotularmos uma pessoa simplesmente pela sua aparência. Desfazer os estereótipos para que isso também não interfira na comunicação é fundamental.

Dinâmica: Pessoalmente

Aplicação: Dinâmica de encerramento.

Objetivo: Avaliar o treinamento sob a ótica do que acharam do treinamento e do que ganharam com ele.

Material: Nenhum.

Duração: 20 minutos.

Instruções: Peça para o grupo se dividir em pares. Solicite às duplas que completem a seguinte afirmativa para seus parceiros: “Pessoalmente, uma coisa que ganhei com a participação neste programa de treinamento foi...”

Depois que os participantes tiverem respondido um ao outro, solicite que, aqueles que quiserem, exponham a resposta para o restante do grupo.

Feedback: Informe que essa dinâmica pode ser aplicada para finalizar e/ou avaliar o treinamento em que são identificados os pontos positivos e/ou negativos.

Plano de Aula

68Metal Líquido | Guia do Instrutor

Plano de Aula

Carga horária:

4 horas.

Recursos:

» projetor;

» folhas de papel em rolo, flip chart e caneta tipo Pilot;

» folhas de papel A4 e caneta;

» avaliação de reação;

» lista de presença.

Duração Duração Acumulada Atividade

5min 5min Rota de Fuga

5min 10min Apresentação do Instrutor

20min 30min Dinâmica de Abertura

10min 40min Vídeo dos Valores Vale

10min 50min Unidade 1 – Conceitos Gerais: Definição

15min 1h05 Unidade 1 – Conceitos Gerais: Características

25min 1h30 Unidade 2 – Tipos de Instalações e Sistemas

10min 1h40Unidade 3 – Riscos e Medidas de Prevenção: Riscos Associados

69Metal Líquido | Guia do Instrutor

Duração Duração Acumulada Atividade

15min 1h55Unidade 3 – Riscos e Medidas de Prevenção: Medidas de Prevenção

10min 2h05 Pausa

15min 2h20Unidade 3 – Riscos e Medidas de Prevenção: Equipamentos de Proteção Individual – EPI

10min 2h30Unidade 3 – Riscos e Medidas de Prevenção: Incidentes Típicos

20min 2h50Unidade 3 – Riscos e Medidas de Prevenção: Atividades

30min 3h20 Unidade 4 – Normas e Regulamentos

20min 3h40 Atividade Final (anexo)

20min 4h Dinâmica de Encerramento