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R B Revista do Biomédico Publicação oficial do Conselho Regional de Biomedicina - 1ª Região - CRBM1 Nº 121 - Agosto-setembro/2018 São Paulo recebe o maior evento da Biomedicina XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina deve reunir mais de três mil profissionais, no início de setembro, na capital Em Editorial, o presidente do CRBM1 e do CBBM 2018, dr. Dácio Campos, convida os biomédicos a participarem do Congresso. Assista ao vídeo!

RB Revista do Biomédico - crbm1.gov.br · com afinco para responder aos anseios e necessidades maiores verificados junto aos profissionais biomédicos, sempre buscando auxiliar

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RB Revista do BiomdicoPublicaooficialdoConselhoRegionaldeBiomedicina-1Regio-CRBM1N121-Agosto-setembro/2018So Paulo recebe o maior evento da Biomedicina

XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina

deve reunir mais de trs mil profissionais, no incio de setembro,

na capital

Em Editorial, o presidente do CRBM1 e do CBBM 2018,

dr. Dcio Campos, convida os biomdicos a participarem do

Congresso.Assista ao vdeo!

http://cbbm2018.com.br/

2 2Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

Editorial Palavra do Presidente .. 4

Capa - Comunidade biomdica se prepara para o

XVI Congresso Brasileiro de Biomedcina e

IV Congresso Internacional de Biomedicina,

em So Paulo 10 a 12

Biomedicina Esttica no alvo da fiscalizao .. 5

Biomedicina Nossos profissionais presentes em 35 reas da sade

Conselho Regional de Biomedicina - 1 Regio

Atuando em defesa da profisso!

Conselho Regional de Biomedicina - 1 Regio

ndice

Palestras e homenagem no I Encontro em Sorocaba .. 7

Habilitaes Patologia Clnica (Anlises Clnicas) Biofsica Parasitologia Microbiologia Imunologia Hematologia Bioqumica Banco de Sangue Virologia Fisiologia Fisiologia Geral Fisiologia Humana Sade Pblica Radiologia Imagenologia (excluindo interpretao) Anlises Bromatolgicas Microbiologia de Alimentos Histologia Humana

Patologia Citologia Onctica Anlise Ambiental Acupuntura Gentica Embriologia Reproduo Humana Biologia Molecular Farmacologia Psicobiologia Informtica de Sade Histotecnologia Clinica/ Anatomia Patolgica Toxicologia Perfuso Extracorprea Sanitarista Auditoria Biomedicina Esttica

Jurisdio: So Paulo (sede), Rio de Janeiro, Esprito Santo e Mato Grosso do Sul

EndereoAv. Lacerda Franco, 1.073 - B. CambuciCEP 01536-000 - So Paulo - SPTel.: (11) 3347-5555 / Fax: (11) 3209-4493

www.crbm1.gov.br Autarquia FederalDecreto n 88.439 de 28 de junho de 1983

Tome nota - Posse dos delegados no Vale do Paraba (SP) 8

Presidente do CFBM nomeado para a Seres/MEC 13

Artigo - A importncia da tica - Dr. Wilson de Almeida Siqueira ... 14

Ser que posso? Conselho orienta biomdicos sobre o uso das

redes sociais 15

Artigo - Crianas e micro-organismos - Dr. Roberto Martins Figueiredo . 16

Relato de experincia - A vivncia do residente biomdico na equipe do servio de imunologia de um

hospital peditrico tercirio . 17

Artigo - Foco nas ideias - Dr. Michel SantAnna de Pinho.... 18

Pesquisadores brasileiros identificam alteraes cerebrais relacionadas obesidade infantil . 19

Artigo - Uma questo de bom senso - Dr. Luiz Guedes .. 20

Seccionais e Delegacias Regionais do CRBM1 . 21

Expediente .. 23

Percia Criminal na pauta do II Encontro Carioca de Biomedicina .. 6

Conselho participa do XXXIV CONASEMS, realizado no Par 9

Conselho recebe universitrios para discusso de aes conjuntas 8

www.crbm1.gov.brhttps://www.facebook.com/crbm1regiaohttps://twitter.com/CRBM_1

3 3Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

Editorial Palavra do Presidente .. 4

Capa - Comunidade biomdica se prepara para o

XVI Congresso Brasileiro de Biomedcina e

IV Congresso Internacional de Biomedicina,

em So Paulo 10 a 12

Biomedicina Esttica no alvo da fiscalizao .. 5

Biomedicina Nossos profissionais presentes em 35 reas da sade

Conselho Regional de Biomedicina - 1 Regio

Atuando em defesa da profisso!

Conselho Regional de Biomedicina - 1 Regio

ndice

Palestras e homenagem no I Encontro em Sorocaba .. 7

Habilitaes Patologia Clnica (Anlises Clnicas) Biofsica Parasitologia Microbiologia Imunologia Hematologia Bioqumica Banco de Sangue Virologia Fisiologia Fisiologia Geral Fisiologia Humana Sade Pblica Radiologia Imagenologia (excluindo interpretao) Anlises Bromatolgicas Microbiologia de Alimentos Histologia Humana

Patologia Citologia Onctica Anlise Ambiental Acupuntura Gentica Embriologia Reproduo Humana Biologia Molecular Farmacologia Psicobiologia Informtica de Sade Histotecnologia Clinica/ Anatomia Patolgica Toxicologia Perfuso Extracorprea Sanitarista Auditoria Biomedicina Esttica

Jurisdio: So Paulo (sede), Rio de Janeiro, Esprito Santo e Mato Grosso do Sul

EndereoAv. Lacerda Franco, 1.073 - B. CambuciCEP 01536-000 - So Paulo - SPTel.: (11) 3347-5555 / Fax: (11) 3209-4493

www.crbm1.gov.br Autarquia FederalDecreto n 88.439 de 28 de junho de 1983

Tome nota - Posse dos delegados no Vale do Paraba (SP) 8

Presidente do CFBM nomeado para a Seres/MEC 13

Artigo - A importncia da tica - Dr. Wilson de Almeida Siqueira ... 14

Ser que posso? Conselho orienta biomdicos sobre o uso das

redes sociais 15

Artigo - Crianas e micro-organismos - Dr. Roberto Martins Figueiredo . 16

Relato de experincia - A vivncia do residente biomdico na equipe do servio de imunologia de um

hospital peditrico tercirio . 17

Artigo - Foco nas ideias - Dr. Michel SantAnna de Pinho.... 18

Pesquisadores brasileiros identificam alteraes cerebrais relacionadas obesidade infantil . 19

Artigo - Uma questo de bom senso - Dr. Luiz Guedes .. 20

Seccionais e Delegacias Regionais do CRBM1 . 21

Expediente .. 23

Percia Criminal na pauta do II Encontro Carioca de Biomedicina .. 6

Conselho participa do XXXIV CONASEMS, realizado no Par 9

Conselho recebe universitrios para discusso de aes conjuntas 8

4 4Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

Editorial - Palavra do Presidente

aro biomdico,

Estamos s vsperas do XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina, que acontece na cidade de So Paulo, nos prximos dias 5 a 8 de setembro.

Como presidente do evento, destaco a satisfao de poder participar ativamente de sua concepo e organizao, desde os primeiros encontros, ao lado de autoridades e membros da Associao Brasileira de Biomedicina (ABBM), do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), do CRBM-1 e demais conselhos regionais, bem como de colaboradores empenhados em oferecer categoria to especial programao, atendendo aos biomdicos das mais diversas reas.

Neste ano, nos esforamos com afinco para responder aos anseios e necessidades maiores verificados junto aos profissionais biomdicos, sempre buscando auxiliar em sua capacitao profissional. O campo da sade, talvez mais do que qualquer outro segmento, exige de seus profissionais atualizao constante, dedicao contnua. E foi com o pensamento de poder oferecer o que de mais atual compreende a Biomedicina, em suas 35 diferentes habilitaes, que definimos temas e fomos buscar reconhecidos nomes da rea, no Brasil e em pases vizinhos, para compartilhar conhecimentos com os milhares de profissionais biomdicos que participam do Congresso.

Por isso, convido voc, biomdico, comparea, troque ideias e contribua com a profuso do conhecimento, com o enriquecimento de nossa profisso!

So novos tempos de comunicao

Aproveito para convid-lo a conhecer a nova Revista do Biomdico, publicao institucional oficial do CRBM-1, que a partir desta edio passa a ser exclusivamente digital. Ela est de cara nova, com design mais leve, favorecendo a leitura e proporcionando maior interatividade ao leitor.

So novos tempos de comunicao, em que a internet nos obriga a entrar em um ritmo acelerado, porm mais abrangente e interativo na conquista de informaes. O objetivo da publicao continua o de levar informao cientfica e atual sobre as realizaes deste Conselho, do Federal e demais regionais, bem como estudos recentes da rea, eventos e assuntos do cotidiano da profisso.

Boa leitura!

C

nos esforamos com afinco para responder aos anseios e necessidades maiores verificados junto aos profissionais biomdicos, sempre buscando auxiliar em sua capacitao profissional. O campo da sade, talvez mais do que qualquer outro segmento, exige de seus profissionais atualizao constante, dedicao contnua.

Dr. Dcio Eduardo Leandro Campos - Presidente do CRBM1

Biomedicina Esttica no alvo da fiscalizao

repercusso dos casos expostos na mdia nos ltimos dias traz tona, novamente, a preocupao com a realizao de procedimentos feitos por profissionais biomdicos incapa-citados e inabilitados, sendo que muitos destes procedimentos

no so reconhecidos pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM).

O biomdico esteta deve estar atento aos acontecimentos e ter a conscincia de que responsvel cvel e criminalmente pelos seus atos, devendo prestar total assistncia a seus clientes, antes, durante e aps os procedimentos.

O CFBM esclarece que o procedimento de Polimetilmetacrilato, popularmente conhecido com PMMA, no prtica reconhecida, regulamentada e/ou autorizada para profissionais biomdicos. Desta forma, orientamos que no realize tais procedimentos, mesmo que tenha sido capacitado para tal, seja na graduao, ps-graduao ou em cur-sos livres de qualquer espcie.

A fiscalizao do CRBM1 realiza, constantemente, diligncias em estabelecimentos com atividade esttica, verificando a existncia de possveis profissionais biomdicos atuando no local. Ao ser encontrado, so averiguados registro no Conselho, habilitao, anuidade, divul-gaes irregulares, vnculo empregatcio e/ou de prestao de servios, e consulta documentao do estabelecimento, como Licena de Funcionamento. A este ltimo item deve-se ter ateno redobrada.

A Licena de Funcionamento, que emitida pela Vigilncia Sanitria do muncipio, constitui documento obrigatrio e fundamental para a ativi-dade do profissional biomdico em qualquer rea. E, principalmente, na Biomedicina Esttica no so raros os casos em desconformidade com a legislao vigente. Muitos locais no possuem tal alvar, e outros, por mais que apresentem, muitas vezes no so compatveis com a ati-vidade do biomdico esteta.

A Ressaltamos que, para a atividade do biomdico esteta estar em conformidade com a regulamentao do CFBM e com demais rgos municipais, estaduais e federais, o estabelecimento deve possuir CNPJ, que no pode ser enquadrado na categoria de Microempreendedor Individual (MEI), visto que a Biomedicina atividade regulamentada. Deve possuir ainda Contrato Social descrevendo atividade compatvel com a Biomedicina e regulamentada pelo CFBM, com cadastro em Cdigo Nacional de Atividade Econmica (CNAE) pertinente. Desta forma, sero possveis o cadastro e a emisso de Licena de Funcionamento junto Vigilncia Sanitria municipal.

A Biomedicina Esttica est regulamentada nas Resolues n 197, 200, 214, 241 e Normativas 01/2012, 003/2015, 004/2015 e 005/2015, todas do CFBM, disponveis na ntegra no site www.crbm1.gov.br, em Legislao/Resolues.

Apenas os profissionais biomdicos inscritos no Conselho de classe da jurisdio correspondente e que forem legalmente habilitados na especialidade acima podero realizar atividades referentes esttica (Art. 2, Resoluo n 197, do CFBM).

Destaca-se, tambm, que apenas o Conselho Federal, juntamente com os Conselhos Regionais de Biomedicina (CFBM/CRBM), so compe-tentes para disciplinar e fiscalizar o exerccio da profisso de biomdico, independente da rea de atuao do profissional.

Qualquer dvida quanto regulamentao e/ou aos procedimentos cita-dos pode ser sanada diretamente nos canais de comunicao do CRBM1.

Por: Departamento de Fiscalizao do CRBM1

O Congresso como difusor doconhecimento

5 5Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

Editorial - Palavra do Presidente

aro biomdico,

Estamos s vsperas do XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina, que acontece na cidade de So Paulo, nos prximos dias 5 a 8 de setembro.

Como presidente do evento, destaco a satisfao de poder participar ativamente de sua concepo e organizao, desde os primeiros encontros, ao lado de autoridades e membros da Associao Brasileira de Biomedicina (ABBM), do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), do CRBM-1 e demais conselhos regionais, bem como de colaboradores empenhados em oferecer categoria to especial programao, atendendo aos biomdicos das mais diversas reas.

Neste ano, nos esforamos com afinco para responder aos anseios e necessidades maiores verificados junto aos profissionais biomdicos, sempre buscando auxiliar em sua capacitao profissional. O campo da sade, talvez mais do que qualquer outro segmento, exige de seus profissionais atualizao constante, dedicao contnua. E foi com o pensamento de poder oferecer o que de mais atual compreende a Biomedicina, em suas 35 diferentes habilitaes, que definimos temas e fomos buscar reconhecidos nomes da rea, no Brasil e em pases vizinhos, para compartilhar conhecimentos com os milhares de profissionais biomdicos que participam do Congresso.

Por isso, convido voc, biomdico, comparea, troque ideias e contribua com a profuso do conhecimento, com o enriquecimento de nossa profisso!

So novos tempos de comunicao

Aproveito para convid-lo a conhecer a nova Revista do Biomdico, publicao institucional oficial do CRBM-1, que a partir desta edio passa a ser exclusivamente digital. Ela est de cara nova, com design mais leve, favorecendo a leitura e proporcionando maior interatividade ao leitor.

So novos tempos de comunicao, em que a internet nos obriga a entrar em um ritmo acelerado, porm mais abrangente e interativo na conquista de informaes. O objetivo da publicao continua o de levar informao cientfica e atual sobre as realizaes deste Conselho, do Federal e demais regionais, bem como estudos recentes da rea, eventos e assuntos do cotidiano da profisso.

Boa leitura!

C

nos esforamos com afinco para responder aos anseios e necessidades maiores verificados junto aos profissionais biomdicos, sempre buscando auxiliar em sua capacitao profissional. O campo da sade, talvez mais do que qualquer outro segmento, exige de seus profissionais atualizao constante, dedicao contnua.

Dr. Dcio Eduardo Leandro Campos - Presidente do CRBM1

Biomedicina Esttica no alvo da fiscalizao

repercusso dos casos expostos na mdia nos ltimos dias traz tona, novamente, a preocupao com a realizao de procedimentos feitos por profissionais biomdicos incapa-citados e inabilitados, sendo que muitos destes procedimentos

no so reconhecidos pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM).

O biomdico esteta deve estar atento aos acontecimentos e ter a conscincia de que responsvel cvel e criminalmente pelos seus atos, devendo prestar total assistncia a seus clientes, antes, durante e aps os procedimentos.

O CFBM esclarece que o procedimento de Polimetilmetacrilato, popularmente conhecido com PMMA, no prtica reconhecida, regulamentada e/ou autorizada para profissionais biomdicos. Desta forma, orientamos que no realize tais procedimentos, mesmo que tenha sido capacitado para tal, seja na graduao, ps-graduao ou em cur-sos livres de qualquer espcie.

A fiscalizao do CRBM1 realiza, constantemente, diligncias em estabelecimentos com atividade esttica, verificando a existncia de possveis profissionais biomdicos atuando no local. Ao ser encontrado, so averiguados registro no Conselho, habilitao, anuidade, divul-gaes irregulares, vnculo empregatcio e/ou de prestao de servios, e consulta documentao do estabelecimento, como Licena de Funcionamento. A este ltimo item deve-se ter ateno redobrada.

A Licena de Funcionamento, que emitida pela Vigilncia Sanitria do muncipio, constitui documento obrigatrio e fundamental para a ativi-dade do profissional biomdico em qualquer rea. E, principalmente, na Biomedicina Esttica no so raros os casos em desconformidade com a legislao vigente. Muitos locais no possuem tal alvar, e outros, por mais que apresentem, muitas vezes no so compatveis com a ati-vidade do biomdico esteta.

A Ressaltamos que, para a atividade do biomdico esteta estar em conformidade com a regulamentao do CFBM e com demais rgos municipais, estaduais e federais, o estabelecimento deve possuir CNPJ, que no pode ser enquadrado na categoria de Microempreendedor Individual (MEI), visto que a Biomedicina atividade regulamentada. Deve possuir ainda Contrato Social descrevendo atividade compatvel com a Biomedicina e regulamentada pelo CFBM, com cadastro em Cdigo Nacional de Atividade Econmica (CNAE) pertinente. Desta forma, sero possveis o cadastro e a emisso de Licena de Funcionamento junto Vigilncia Sanitria municipal.

A Biomedicina Esttica est regulamentada nas Resolues n 197, 200, 214, 241 e Normativas 01/2012, 003/2015, 004/2015 e 005/2015, todas do CFBM, disponveis na ntegra no site www.crbm1.gov.br, em Legislao/Resolues.

Apenas os profissionais biomdicos inscritos no Conselho de classe da jurisdio correspondente e que forem legalmente habilitados na especialidade acima podero realizar atividades referentes esttica (Art. 2, Resoluo n 197, do CFBM).

Destaca-se, tambm, que apenas o Conselho Federal, juntamente com os Conselhos Regionais de Biomedicina (CFBM/CRBM), so compe-tentes para disciplinar e fiscalizar o exerccio da profisso de biomdico, independente da rea de atuao do profissional.

Qualquer dvida quanto regulamentao e/ou aos procedimentos cita-dos pode ser sanada diretamente nos canais de comunicao do CRBM1.

Por: Departamento de Fiscalizao do CRBM1

O Congresso como difusor doconhecimento

www.crbm1.gov.br

6 6Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

O biomdico na percia criminal

II Encontro Carioca de Biomedicina recebe mais de 600 profissionais

conteceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nos dias 2 e 3 de agosto de 2018, o II Encontro Carioca de Biomedicina. Com a participao de mais de 600 profissionais biomdicos e acadmicos dos cursos de Biomedicina

ofertados no Estado, a segunda edio do encontro superou a expectativa de pblico e foi considerada pelos organizadores um sucesso.

Com a realizao de mais de doze palestras, o tema escolhido para o Encontro foi "O biomdico na percia criminal". Um dos destaques do evento foi o estande da "cena do crime", espao que convidava os participantes a analisar e responder perguntas, com direito a prmios.

Considera-se hoje que a Biomedicina Forense est em franco desenvolvimento pela competncia e habilidades apresentadas pelo profissional biomdico. Sabe-se que o exerccio da atividade no se limita aos concursos pblicos para peritos criminais, pois existe ampla possiblidade de atuao em diversos segmentos.

O Presidente do CRBM1, dr. Dcio Eduardo Leandro Campos, esteve presente ao evento e, em seu discurso de abertura, reforou a importncia da rea para a Biomedicina, que busca constantemente ampliar o espao nas mais diversas habilidades que o profissional biomdico possui.

Na oportunidade, representantes da UFRJ presentes ao evento demonstraram grande interesse em desenvolver um programa de residncia biomdica na rea da percia, em parceria com o CRBM1. A notcia foi bem aceita pelo presidente, dr. Dcio Campos, que assumiu o compromisso de levar adiante esta iniciativa.

O Encontro Carioca de Biomedicina manteve o carter assistencial, propiciando a participao dos interessados de forma gratuita e, como ingresso, convidando doao de uma lata de leite em p. Os mais de 600 quilos do alimento foram doados a hospitais, creches e asilos fluminenses.

O CRBM1 e sua diretoria parabenizam os Delegados Regionais da Seccional Rio de Janeiro e todos os envolvidos na organizao do evento.

A

Dr. Dcio Campos (no alto, ao centro) participa do evento ao lado de lideranas do Rio de Janeiro;

abaixo, estande da cena do crime, que atraiu o interesse do pblico presente

Homenagem marca o I Encontro de Biomedicina da Regio Metropolitana de Sorocaba

erca de 300 biomdicos e graduandos prestigiaram o I Encontro de Biomedicina da Regio Metropolitana de Sorocaba, promovido pelo CRBM1, por meio da Delegacia Regional da cidade, no dia 15 de agosto de 2018.

Com uma programao variada, o evento, gratuito, visava levar capacitao e atualizao profissional aos profissionais da regio. Com a presena de convidados renomados, em palestras foram abordados diversos temas referentes a vrias habilitaes da Biomedicina.

Especialmente convidados, participaram do Encontro os doutores Rosangela Guzzi Sampaulo (numa abordagem sobre a Biomedicina Esttica), Maria Regina Azevedo Almeida de Oliveira (Hematologia e Banco de sangue), Rodrigo Minoru Manda (Biomedicina no esporte), Solange Pousa (O biomdico na percia criminal) e, no encerramento, o dr. Roberto Martins Figueiredo (o dr. Bactria), com palestra motivacional.

Homenagem

Na abertura do evento, contando com a presena de autoridades e delegados de Sorocaba, como o dr. ric Barioni, o vice-presidente do CRBM1, dr. Wilson de Almeida Siqueira, destacou a importncia da cidade e da regio para a Biomedicina do pas, enaltecendo o trabalho do notvel biomdico dr. Djair scaro, cuja contribuio profisso foi lembrada, no dia 20 de novembro do ano passado (Dia do Biomdico), em solenidade na Cmara Municipal de Sorocaba.

Em 2017, na Cmara, biomdicas foram contempladas com a Medalha Dr. Djair scaro, criada pela Delegacia Regional do CRBM1 em reconhecimento ao trabalho dos profissionais e em memria do dr. Djair scaro - primeiro biomdico da prefeitura local e o idealizador do laboratrio municipal, que atua no setor epidemiolgico.

O Dia do Biomdico foi institudo no calendrio oficial da cidade pela Lei 11.447, de 26 de outubro de 2016, de autoria do ento vereador Francisco Moko Yabiku, com o objetivo de reconhecer a relevncia dos profissionais da Biomedicina para a sade da populao.

C

Momentos do Encontro: Dr. Wilson de Almeida Siqueira, vice-presidente do CRBM1, posa ao lado do

dr. ric Barioni, delegado da Delegacia Regional de Sorocaba (no alto); abaixo, os palestrantes e

conselheiros do CRBM1 dr. Roberto Martins Figueiredo e dra. Rosangela Guzzi Sampaulo

7 7Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

O biomdico na percia criminal

II Encontro Carioca de Biomedicina recebe mais de 600 profissionais

conteceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), nos dias 2 e 3 de agosto de 2018, o II Encontro Carioca de Biomedicina. Com a participao de mais de 600 profissionais biomdicos e acadmicos dos cursos de Biomedicina

ofertados no Estado, a segunda edio do encontro superou a expectativa de pblico e foi considerada pelos organizadores um sucesso.

Com a realizao de mais de doze palestras, o tema escolhido para o Encontro foi "O biomdico na percia criminal". Um dos destaques do evento foi o estande da "cena do crime", espao que convidava os participantes a analisar e responder perguntas, com direito a prmios.

Considera-se hoje que a Biomedicina Forense est em franco desenvolvimento pela competncia e habilidades apresentadas pelo profissional biomdico. Sabe-se que o exerccio da atividade no se limita aos concursos pblicos para peritos criminais, pois existe ampla possiblidade de atuao em diversos segmentos.

O Presidente do CRBM1, dr. Dcio Eduardo Leandro Campos, esteve presente ao evento e, em seu discurso de abertura, reforou a importncia da rea para a Biomedicina, que busca constantemente ampliar o espao nas mais diversas habilidades que o profissional biomdico possui.

Na oportunidade, representantes da UFRJ presentes ao evento demonstraram grande interesse em desenvolver um programa de residncia biomdica na rea da percia, em parceria com o CRBM1. A notcia foi bem aceita pelo presidente, dr. Dcio Campos, que assumiu o compromisso de levar adiante esta iniciativa.

O Encontro Carioca de Biomedicina manteve o carter assistencial, propiciando a participao dos interessados de forma gratuita e, como ingresso, convidando doao de uma lata de leite em p. Os mais de 600 quilos do alimento foram doados a hospitais, creches e asilos fluminenses.

O CRBM1 e sua diretoria parabenizam os Delegados Regionais da Seccional Rio de Janeiro e todos os envolvidos na organizao do evento.

A

Dr. Dcio Campos (no alto, ao centro) participa do evento ao lado de lideranas do Rio de Janeiro;

abaixo, estande da cena do crime, que atraiu o interesse do pblico presente

Homenagem marca o I Encontro de Biomedicina da Regio Metropolitana de Sorocaba

erca de 300 biomdicos e graduandos prestigiaram o I Encontro de Biomedicina da Regio Metropolitana de Sorocaba, promovido pelo CRBM1, por meio da Delegacia Regional da cidade, no dia 15 de agosto de 2018.

Com uma programao variada, o evento, gratuito, visava levar capacitao e atualizao profissional aos profissionais da regio. Com a presena de convidados renomados, em palestras foram abordados diversos temas referentes a vrias habilitaes da Biomedicina.

Especialmente convidados, participaram do Encontro os doutores Rosangela Guzzi Sampaulo (numa abordagem sobre a Biomedicina Esttica), Maria Regina Azevedo Almeida de Oliveira (Hematologia e Banco de sangue), Rodrigo Minoru Manda (Biomedicina no esporte), Solange Pousa (O biomdico na percia criminal) e, no encerramento, o dr. Roberto Martins Figueiredo (o dr. Bactria), com palestra motivacional.

Homenagem

Na abertura do evento, contando com a presena de autoridades e delegados de Sorocaba, como o dr. ric Barioni, o vice-presidente do CRBM1, dr. Wilson de Almeida Siqueira, destacou a importncia da cidade e da regio para a Biomedicina do pas, enaltecendo o trabalho do notvel biomdico dr. Djair scaro, cuja contribuio profisso foi lembrada, no dia 20 de novembro do ano passado (Dia do Biomdico), em solenidade na Cmara Municipal de Sorocaba.

Em 2017, na Cmara, biomdicas foram contempladas com a Medalha Dr. Djair scaro, criada pela Delegacia Regional do CRBM1 em reconhecimento ao trabalho dos profissionais e em memria do dr. Djair scaro - primeiro biomdico da prefeitura local e o idealizador do laboratrio municipal, que atua no setor epidemiolgico.

O Dia do Biomdico foi institudo no calendrio oficial da cidade pela Lei 11.447, de 26 de outubro de 2016, de autoria do ento vereador Francisco Moko Yabiku, com o objetivo de reconhecer a relevncia dos profissionais da Biomedicina para a sade da populao.

C

Momentos do Encontro: Dr. Wilson de Almeida Siqueira, vice-presidente do CRBM1, posa ao lado do

dr. ric Barioni, delegado da Delegacia Regional de Sorocaba (no alto); abaixo, os palestrantes e

conselheiros do CRBM1 dr. Roberto Martins Figueiredo e dra. Rosangela Guzzi Sampaulo

8 8Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

CRBM1 participa da 34 edio do CONASEMS

e 25 a 27 de julho de 2018, a cidade de Belm (PA) recebeu o XXXIV Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Sade (CONASEMS) e

o 6 Congresso Norte e Nordeste.

Estande montado no evento pelo CRBM1 e os demais conselhos de Biomedicina possibilitou aos visitantes esclarecer dvidas sobre a profisso, bem como proporcionou aos diri-gentes a oportunidade de manter contato com diversos secretrios da sade, sempre no in-tuito de promover a Biomedicina e demonstrar o valor dos profissionais para a sade pblica municipal. O objetivo maior divulgar nossa profisso para termos acesso aos concursos pblicos municipais, afirma o dr. Marcos Caparbo, gerente-geral do CRBM1.

Realizado no Hangar Convenes e Feiras da Amaznia, o evento foi marcado pela co-memorao dos 30 anos do CONASEMS, com apresentao da histria da entidade, previa-mente criao do Sistema nico de Sade (SUS), destacando a sua trajetria, de re-conhecida importncia para a sade pblica do pas.

Sob o tema A sade que queremos para o

D Brasil - o direito sade, a organizao do sis-tema e o financiamento da poltica de sade, o Congresso contou com a presena de candidatos Presidncia da Repblica, com o objetivo de convidar ao debate sobre as principais propostas dos gestores muni-cipais do SUS.

Segundo os organizadores, o CONASEMS promoveu o encontro de mais de cinco mil congressistas - dentre gestores municipais de sade, trabalhadores do SUS e demais esfe-ras de governo, representantes de instituies ligadas sade pblica e autoridades. O encontro um momento de troca de expe-rincias e informaes que impactam dire-tamente no fortalecimento do SUS.

Segundo o presidente do CRBM1, dr. Dcio Eduardo Leandro Campos, para a Biome-dicina, iniciativas como esta so de extrema importncia, pois proporcionam a oportuni-dade de apresentarmos nossa profisso, mostrando a versatilidade dos biomdicos. E conclui agradecemos a oportunidade de participarmos, mais uma vez, deste grande Congresso.

iniciativas como esta so de

extrema importncia, pois

proporcionam a oportunidade de

apresentarmos nossa profisso,

mostrando a versatilidade dos

biomdicos.

Dr. Dcio Eduardo Leandro Campos

Conselho rene acadmicos de Biomedicina visando promoo de aes conjuntas

dia 30 de julho de 2018 marcou o encontro organizado pelo CRBM1, em sua sede, com membros de atlticas, diretrios e centros acadmicos de algumas das principais universidades do pas.

Em razo da preocupao demonstrada pela autarquia com a formao dos futuros biomdicos, a pauta foi a aproximao do acadmico com o Conselho visando ao desenvolvimento de atividades conjuntas, como o oferecimento de palestras e cursos por meio da Associao Brasileira de Biomedicina (ABBM), e palestras institucionais do CRBM1 nas instituies de ensino.

Na ocasio, foi solicitado apoio na divulgao do XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina, previsto para o incio de setembro, em So Paulo (confira matria sobre o tema a partir da pgina 10). Nesta edio, o evento reserva contedo especfico direcionado aos graduandos.

Estiveram presentes representantes da Universidade Cidade de So Paulo (Unicid), Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Faculdades Unidas Metropolitanas (FMU), Universidade de Sorocaba (Uniso), Universidade Nove de Julho (Uninove) e Universidade e Santo Amaro (Unisa).

Para o presidente do CRBM1, dr. Dcio Eduardo Leandro Campos, iniciativas como esta geram bons frutos, e a aproximao dos acadmicos de Biomedicina com o Conselho proporciona uma viso diferenciada da atuao das entidades biomdicas nos assuntos relacionados profisso. "Esta a primeira de muitas reunies, e que esta parceria gere muitos projetos", ressalta.

OAproximao deve possibilitar atividades como cursos e

palestras aos graduandos

Setembro/2018 Delegacia no Vale do Paraba (SP)

Com a presena das principais autoridades da Biome-dicina, tomam posse, na segunda quinzena de setembro, o dr. Leoberto de Lima (Delegado titular) e o dr. Luiz Carlos Ribeiro de Morais (Subdelegado) da Delegacia Regional de Biomedicina do Vale do Paraba (SP).

Tome nota

CONASEMS: Estande da Biomedicina recebeu grande nmero de visitantes

durante o evento

9 9Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

CRBM1 participa da 34 edio do CONASEMS

e 25 a 27 de julho de 2018, a cidade de Belm (PA) recebeu o XXXIV Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Sade (CONASEMS) e

o 6 Congresso Norte e Nordeste.

Estande montado no evento pelo CRBM1 e os demais conselhos de Biomedicina possibilitou aos visitantes esclarecer dvidas sobre a profisso, bem como proporcionou aos diri-gentes a oportunidade de manter contato com diversos secretrios da sade, sempre no in-tuito de promover a Biomedicina e demonstrar o valor dos profissionais para a sade pblica municipal. O objetivo maior divulgar nossa profisso para termos acesso aos concursos pblicos municipais, afirma o dr. Marcos Caparbo, gerente-geral do CRBM1.

Realizado no Hangar Convenes e Feiras da Amaznia, o evento foi marcado pela co-memorao dos 30 anos do CONASEMS, com apresentao da histria da entidade, previa-mente criao do Sistema nico de Sade (SUS), destacando a sua trajetria, de re-conhecida importncia para a sade pblica do pas.

Sob o tema A sade que queremos para o

D Brasil - o direito sade, a organizao do sis-tema e o financiamento da poltica de sade, o Congresso contou com a presena de candidatos Presidncia da Repblica, com o objetivo de convidar ao debate sobre as principais propostas dos gestores muni-cipais do SUS.

Segundo os organizadores, o CONASEMS promoveu o encontro de mais de cinco mil congressistas - dentre gestores municipais de sade, trabalhadores do SUS e demais esfe-ras de governo, representantes de instituies ligadas sade pblica e autoridades. O encontro um momento de troca de expe-rincias e informaes que impactam dire-tamente no fortalecimento do SUS.

Segundo o presidente do CRBM1, dr. Dcio Eduardo Leandro Campos, para a Biome-dicina, iniciativas como esta so de extrema importncia, pois proporcionam a oportuni-dade de apresentarmos nossa profisso, mostrando a versatilidade dos biomdicos. E conclui agradecemos a oportunidade de participarmos, mais uma vez, deste grande Congresso.

iniciativas como esta so de

extrema importncia, pois

proporcionam a oportunidade de

apresentarmos nossa profisso,

mostrando a versatilidade dos

biomdicos.

Dr. Dcio Eduardo Leandro Campos

Conselho rene acadmicos de Biomedicina visando promoo de aes conjuntas

dia 30 de julho de 2018 marcou o encontro organizado pelo CRBM1, em sua sede, com membros de atlticas, diretrios e centros acadmicos de algumas das principais universidades do pas.

Em razo da preocupao demonstrada pela autarquia com a formao dos futuros biomdicos, a pauta foi a aproximao do acadmico com o Conselho visando ao desenvolvimento de atividades conjuntas, como o oferecimento de palestras e cursos por meio da Associao Brasileira de Biomedicina (ABBM), e palestras institucionais do CRBM1 nas instituies de ensino.

Na ocasio, foi solicitado apoio na divulgao do XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina, previsto para o incio de setembro, em So Paulo (confira matria sobre o tema a partir da pgina 10). Nesta edio, o evento reserva contedo especfico direcionado aos graduandos.

Estiveram presentes representantes da Universidade Cidade de So Paulo (Unicid), Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), Faculdades Unidas Metropolitanas (FMU), Universidade de Sorocaba (Uniso), Universidade Nove de Julho (Uninove) e Universidade e Santo Amaro (Unisa).

Para o presidente do CRBM1, dr. Dcio Eduardo Leandro Campos, iniciativas como esta geram bons frutos, e a aproximao dos acadmicos de Biomedicina com o Conselho proporciona uma viso diferenciada da atuao das entidades biomdicas nos assuntos relacionados profisso. "Esta a primeira de muitas reunies, e que esta parceria gere muitos projetos", ressalta.

OAproximao deve possibilitar atividades como cursos e

palestras aos graduandos

Setembro/2018 Delegacia no Vale do Paraba (SP)

Com a presena das principais autoridades da Biome-dicina, tomam posse, na segunda quinzena de setembro, o dr. Leoberto de Lima (Delegado titular) e o dr. Luiz Carlos Ribeiro de Morais (Subdelegado) da Delegacia Regional de Biomedicina do Vale do Paraba (SP).

Tome nota

CONASEMS: Estande da Biomedicina recebeu grande nmero de visitantes

durante o evento

10 10Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso

Internacional de Biomedicina acontece entre os dias 5 e 8

de setembro, na capital; expectativa dos organizadores

receber mais de trs mil profissionais durante o evento

So Paulo se prepara para o maior evento da Biomedicina do pas

cidade de So Paulo recebe, no incio de setembro, profissionais biomdicos de todo o pas inte-ressados em participar do XVI

Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina, considerado o maior evento brasileiro da Biomedicina, que nesta edio traz como tema Biotecnologia e a evoluo da Biomedicina.

Organizado pela Associao Brasileira de Biomedicina (ABBM), Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e pelo CRBM1, com o apoio dos demais conselhos da profisso, o Congresso ser realizado entre os dias 5 e 8, no campus Memorial da Universidade Nove de Julho (Uninove), na Zona Oeste da capital.

Com uma programao cientfica extensa e diversificada, que versa sobre as reas da Bioqumica, Imunologia, Docncia, Pesquisa, Microbiologia, Parasitologia, Anlise am-biental, Hematologia, Imagem, Anlise de lquidos corporais, Citologia vaginal, Esttica, Acupuntura, Percia Criminal, dentre outras da Biomedicina. Mais uma vez, so aguardados

A profissionais de pases vizinhos, como Peru, Argentina, Paraguai e Uruguai. Esto previstas mais de 100 palestras e 50 mesas redondas com a presena de renomados pesquisadores e profissionais da atualidade, resultando em uma experincia nica de aprendizagem e compartilhamento de conhecimento. Paralelamente ao evento acon-tece a Feira de Exposio, que tradicio-nalmente atrai muitos visitantes por apresentar produtos e servios inovadores e de interesse da categoria nos mais diversos segmentos.

O presidente do evento, dr. Dcio Eduardo Leandro Campos - presidente do CRBM1 -, lembra o cuidado na escolha e definio dos tpicos a serem apresentados como forma de auxiliar os biomdicos em seu campo profis-sional.

As atividades foram pensadas com o intuito de capacitar e atualizar os profissionais e, em paralelo, abrir campo para os acadmicos nas vrias habilitaes da Biomedicina, ressalta. Durante todo o evento, membros do Conselho

Federal e das seis regionais estaro disposio dos presentes para esclarecer dvidas e receber ideias, numa demonstrao de que o futuro da profisso biomdica ser traado com a contribuio de todos.

Ttulo de Especialista

No dia 8 de setembro, durante o evento, ser aplicada a prova para obteno e renovao do Ttulo de Especialista em Biomedicina com habilitao especfica em Patologia Clnica (Anlises Clnicas), Imagenologia (Tomografia Computadorizada, Ressonncia Magntica e Medicina Nuclear), Citologia Onctica, Acu-puntura, Biomedicina Esttica e Toxicologia.

Solenidade de abertura

A solenidade de abertura acontece no dia 5 de setembro, s 20 horas, no Expo Barra Funda, com a presena de autoridades da rea e profissionais convidados.

Sucesso crescente: Congresso firma-se como o grande encontro da

Biomedicina. Com ampla programao, atrai profissionais e estudantes de todo

o pas. Ao lado e abaixo, registros da edio de 2016, em Bento Gonalves

(RS); em 2014, evento foi realizado na cidade de Araras,

interior do Estado de SP

11 11Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso

Internacional de Biomedicina acontece entre os dias 5 e 8

de setembro, na capital; expectativa dos organizadores

receber mais de trs mil profissionais durante o evento

So Paulo se prepara para o maior evento da Biomedicina do pas

cidade de So Paulo recebe, no incio de setembro, profissionais biomdicos de todo o pas inte-ressados em participar do XVI

Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina, considerado o maior evento brasileiro da Biomedicina, que nesta edio traz como tema Biotecnologia e a evoluo da Biomedicina.

Organizado pela Associao Brasileira de Biomedicina (ABBM), Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e pelo CRBM1, com o apoio dos demais conselhos da profisso, o Congresso ser realizado entre os dias 5 e 8, no campus Memorial da Universidade Nove de Julho (Uninove), na Zona Oeste da capital.

Com uma programao cientfica extensa e diversificada, que versa sobre as reas da Bioqumica, Imunologia, Docncia, Pesquisa, Microbiologia, Parasitologia, Anlise am-biental, Hematologia, Imagem, Anlise de lquidos corporais, Citologia vaginal, Esttica, Acupuntura, Percia Criminal, dentre outras da Biomedicina. Mais uma vez, so aguardados

A profissionais de pases vizinhos, como Peru, Argentina, Paraguai e Uruguai. Esto previstas mais de 100 palestras e 50 mesas redondas com a presena de renomados pesquisadores e profissionais da atualidade, resultando em uma experincia nica de aprendizagem e compartilhamento de conhecimento. Paralelamente ao evento acon-tece a Feira de Exposio, que tradicio-nalmente atrai muitos visitantes por apresentar produtos e servios inovadores e de interesse da categoria nos mais diversos segmentos.

O presidente do evento, dr. Dcio Eduardo Leandro Campos - presidente do CRBM1 -, lembra o cuidado na escolha e definio dos tpicos a serem apresentados como forma de auxiliar os biomdicos em seu campo profis-sional.

As atividades foram pensadas com o intuito de capacitar e atualizar os profissionais e, em paralelo, abrir campo para os acadmicos nas vrias habilitaes da Biomedicina, ressalta. Durante todo o evento, membros do Conselho

Federal e das seis regionais estaro disposio dos presentes para esclarecer dvidas e receber ideias, numa demonstrao de que o futuro da profisso biomdica ser traado com a contribuio de todos.

Ttulo de Especialista

No dia 8 de setembro, durante o evento, ser aplicada a prova para obteno e renovao do Ttulo de Especialista em Biomedicina com habilitao especfica em Patologia Clnica (Anlises Clnicas), Imagenologia (Tomografia Computadorizada, Ressonncia Magntica e Medicina Nuclear), Citologia Onctica, Acu-puntura, Biomedicina Esttica e Toxicologia.

Solenidade de abertura

A solenidade de abertura acontece no dia 5 de setembro, s 20 horas, no Expo Barra Funda, com a presena de autoridades da rea e profissionais convidados.

Sucesso crescente: Congresso firma-se como o grande encontro da

Biomedicina. Com ampla programao, atrai profissionais e estudantes de todo

o pas. Ao lado e abaixo, registros da edio de 2016, em Bento Gonalves

(RS); em 2014, evento foi realizado na cidade de Araras,

interior do Estado de SP

12 12Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

Servio

XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina

Data: 5 a 8 de setembro de 2018Local: Universidade Nove de Julho - Uninove (campus Memorial)End.: Av. Dr. Adolpho Pinto, 109 - prximo estao Barra Funda do metr Inscries: cbbm2018.com.br/

A programao completa do Congresso est disponvel no site oficial do evento

cbbm2018.com.br/#programacao

exemplo de edies anteriores, o Sindicato dos Biomdicos Profissionais do Estado de So Paulo (SINBIESP) participar do Congresso com a realizao de diversas reunies com lideranas da profisso no

pas. O objetivo promover o debate em prol de aes que beneficiem a categoria.

Nosso intuito convidar lideranas do pas para discutir ideias que possam auxiliar os sindicatos e os conselhos da profisso em sua misso, sempre buscando proporcionar aos biomdicos melhores condies de trabalho, acesso capacitao, novas oportunidades e a manuteno de seus direitos, explica o presidente do SINBIESP, dr. Luiz Guedes.

CBBM 2018SINBIESP participa do

evento

A

Presidente do CFBM nomeado secretrio da Seres/MEC

oi publicada no dia 3 de agosto de 2018, no Dirio Oficial da Unio, a nomeao do biomdico dr. Silvio Jos Cecchi para ocupar o cargo de secretrio da Secretaria de Regulao e Superviso do Ensino Superior do Ministrio da Educao

(Seres/MEC).

A Seres/MEC a unidade do Ministrio da Educao responsvel pela regulao e superviso de Instituies de Educao Superior (IES), pblicas e privadas, pertencentes ao Sistema Federal de Educao Superior; e cursos superiores de graduao do tipo bacharelado, licenciatura e tecnolgico, e de ps-graduao lato sensu, todos na modalidade presencial ou a distncia. A Seres tambm responsvel pela Certificao de Entidades Beneficentes de Assistncia Social na rea de Educao (Cebas-Educao).

Silvio Jos Cecchi

Graduado em Biomedicina pelo Centro Universitrio Baro de Mau, em 1982, Silvio Jos Cecchi, presidente do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), ps-graduado em Anlises Clnicas. Ao longo de sua vida profissional acumulou cargos nas funes de coordenador do curso de Biomedicina do Centro Universitrio Baro de Mau; Diretor Geral da Faculdade COC; Diretor de Ps-Graduao da Anhanguera Educacional; Diretor de Logstica das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP) e tambm foi presidente da Associao Brasileira de Biomedicina (ABBM). No Ministrio da Educao, Cecchi ocupou o cargo de diretor da Diretoria de Desenvolvimento da Educao em Sade (DDES).

Por Caroline Lucas - Assessora de Comunicao do CFBM

F

Padronizao da Fiscalizao do CRBM1 e aplicao da Resoluo

os dias 23, 24 e 25 de julho de 2018 foi realizada reunio dos fiscais e assessores jurdicos dos regionais do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) na sede do CRBM1, em So Paulo.

Foram abordadas as aplicaes da Resoluo n 276/2017 e padronizao dos processos fiscalizadores em todo o territrio nacional.

Por: Departamento de Fiscalizao do CRBM-1

N

Lideranas sindicais reunidas na capital paulista durante a edio de 2012 do Congresso

Dr. Silvio Jos Cecchi, presidente do CFBM

http://cbbm2018.com.br/http://cbbm2018.com.br/#programacao

13 13Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

Servio

XVI Congresso Brasileiro de Biomedicina e IV Congresso Internacional de Biomedicina

Data: 5 a 8 de setembro de 2018Local: Universidade Nove de Julho - Uninove (campus Memorial)End.: Av. Dr. Adolpho Pinto, 109 - prximo estao Barra Funda do metr Inscries: cbbm2018.com.br/

A programao completa do Congresso est disponvel no site oficial do evento

cbbm2018.com.br/#programacao

exemplo de edies anteriores, o Sindicato dos Biomdicos Profissionais do Estado de So Paulo (SINBIESP) participar do Congresso com a realizao de diversas reunies com lideranas da profisso no

pas. O objetivo promover o debate em prol de aes que beneficiem a categoria.

Nosso intuito convidar lideranas do pas para discutir ideias que possam auxiliar os sindicatos e os conselhos da profisso em sua misso, sempre buscando proporcionar aos biomdicos melhores condies de trabalho, acesso capacitao, novas oportunidades e a manuteno de seus direitos, explica o presidente do SINBIESP, dr. Luiz Guedes.

CBBM 2018SINBIESP participa do

evento

A

Presidente do CFBM nomeado secretrio da Seres/MEC

oi publicada no dia 3 de agosto de 2018, no Dirio Oficial da Unio, a nomeao do biomdico dr. Silvio Jos Cecchi para ocupar o cargo de secretrio da Secretaria de Regulao e Superviso do Ensino Superior do Ministrio da Educao

(Seres/MEC).

A Seres/MEC a unidade do Ministrio da Educao responsvel pela regulao e superviso de Instituies de Educao Superior (IES), pblicas e privadas, pertencentes ao Sistema Federal de Educao Superior; e cursos superiores de graduao do tipo bacharelado, licenciatura e tecnolgico, e de ps-graduao lato sensu, todos na modalidade presencial ou a distncia. A Seres tambm responsvel pela Certificao de Entidades Beneficentes de Assistncia Social na rea de Educao (Cebas-Educao).

Silvio Jos Cecchi

Graduado em Biomedicina pelo Centro Universitrio Baro de Mau, em 1982, Silvio Jos Cecchi, presidente do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), ps-graduado em Anlises Clnicas. Ao longo de sua vida profissional acumulou cargos nas funes de coordenador do curso de Biomedicina do Centro Universitrio Baro de Mau; Diretor Geral da Faculdade COC; Diretor de Ps-Graduao da Anhanguera Educacional; Diretor de Logstica das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU-SP) e tambm foi presidente da Associao Brasileira de Biomedicina (ABBM). No Ministrio da Educao, Cecchi ocupou o cargo de diretor da Diretoria de Desenvolvimento da Educao em Sade (DDES).

Por Caroline Lucas - Assessora de Comunicao do CFBM

F

Padronizao da Fiscalizao do CRBM1 e aplicao da Resoluo

os dias 23, 24 e 25 de julho de 2018 foi realizada reunio dos fiscais e assessores jurdicos dos regionais do Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) na sede do CRBM1, em So Paulo.

Foram abordadas as aplicaes da Resoluo n 276/2017 e padronizao dos processos fiscalizadores em todo o territrio nacional.

Por: Departamento de Fiscalizao do CRBM-1

N

Lideranas sindicais reunidas na capital paulista durante a edio de 2012 do Congresso

Dr. Silvio Jos Cecchi, presidente do CFBM

14 14Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

em ferir a tica da profisso, possvel realizar divulgaes de especialidades nas redes sociais. A dica procurar orientar e educar o seu pblico-alvo.

Atualmente, com o extraordinrio alcance da internet e a crescente utilizao das redes sociais, o uso desses meios para a promoo de servios costuma ser comum. No entanto, profissionais da sade devem estar atentos para no incorrer em questes antiticas ao realizar divulgaes nas redes.

A publicidade, nestes casos, deve obedecer exclusivamente a princpios ticos de orientao educativa ao pblico-alvo (pacientes), no sendo permitida a publicidade de prticas meramente comerciais.

Portanto, a postagem de fotos e vdeos de procedimentos ou do antes e depois ficam proibidos. Da mesma forma vetado informar valores e formas de pagamento, dados do paciente, e servios no pertencentes ao rol de atividades, dentre outros.

A Resoluo n 240 (29/5/2014) do Conselho Federal de Biomedicina estabelece os critrios baseados no Cdigo de tica do Biomdico para utilizao da Biomedicina nos Encontros e Congressos Re-gionais e Nacionais, redes sociais de internet. Ela define concei-tos para anncios, divulgao de assuntos, sensacionalismo, autopro-moo e tentativas de formar opinio contrria a verdade.

A Norma apresenta em seus princpios iniciais:

Art.1 - Esta resoluo enquadra as redes sociais de internet, sites e publicaes digitais que passam a ser consideradas aparies pblicas de biomdicos, portanto sujeitas as normas do cdigo de tica da pro-fisso de biomdico.

Art.2 - vedado ao biomdico veicular publicamente informaes que causem intranquilidade ou insatisfao comunidade biomdica que comprometam o Cdigo de tica biomdico. (...)

Art.3 - Entender-se- por anncio, publicidade, propaganda e comunicao ao pblico, qualquer meio de divulgao seja ele digital, redes sociais ou material impresso, de atividade profissional de iniciativa, participao e/ou anuncia do biomdico.

Ser que posso? CRBM1 orienta biomdicos profissionais

sobre o uso das redes sociais

S O que diz a tica da profisso

importncia da tica se d pela necessidade, por uma questo de sobrevivncia. Levando-se em considerao que a humanidade passa por um momento de anseio por uma vida melhor e, acima de tudo, digna e feliz.

Sem medo de nos enganarmos, podemos dizer que, atualmente, os temas mais em evidncia so o da dignidade humana e o de uma vida com qualidade e feliz. difcil encontrar quem no tenha estes objetivos.

Percebemos, porm, que o mundo se tornou um verdadeiro caos e, neste torvelinho, nesta confuso, o homem est perdido. O mundo vive um jogo de interesses.

O comportamento tico no consiste exclusivamente em se fazer o bem aos nossos semelhantes, mas sim em absorver a cada momento o aprendizado que estas situaes nos apresentam.

Em todos os momentos da vida devemos exercitar o dom da pacincia e a tolerncia com as faltas alheias, a obedincia aos superiores. E aprender a silenciar-se ante uma ofensa recebida tambm um ato de nobreza.

O homem comum fala, o sbio escuta e o tolo discute. Este um antigo provrbio oriental, mas a minha av, a seu modo, j me ensinava que falar prata e o silncio, ouro. O silncio, pois, o argumento dos fortes.

No campo do trabalho, a tica exigida porque a humanidade evolui em tecnologia mas no consegue se desenvolver na mesma proporo no que se refere elevao do esprito.

A atitude tica determina como um profissional trata as pessoas no ambiente de trabalho e com as quais convive no seu dia a dia.

A tica indispensvel ao profissional porque, para a humanidade, o fazer e o agir esto interligados. O fazer a competncia, a eficincia que todo profissional deve ter para o exerccio da sua profisso, e o agir se refere conduta que o profissional deve assumir no desempenho da sua profisso.

A tica no complexa. Ao contrrio, bem simples. Ela est no nosso bom-dia, boa-tarde, como vai?, desculpe-me, obrigado, tudo bem?... fcil, no?

A tica nos ensina que todo cidado deve respeitar e participar das decises da sociedade com o objetivo de melhorar a sua vida, a da sociedade e a de todos que a formam. A tica deve ser ensinada a partir do bero. Ensinar que no se joga papel nas ruas, que no se deve pichar os muros das casas alheias, que se deve respeitar as placas e os sinais, que se deve respeitar o semelhante, principalmente os mais velhos, e o que j mencionamos, cumprimentar e se desculpar quando cometer algum deslize.

Recomear uma frase cujo comeo pareceu ofensivo e troc-la por uma mais educada no retroceder, dignidade.

Temos que ter sempre em mente o que diz a nossa Constituio: que todos tm o direito a viver e ser livres, de ter a sua casa, de ser respeitado como pessoa, de no ter medo e de no ser menosprezado nem humilhado em razo do sexo, da cor ou da condio social. Estes direito so sagrados e no podem ser tirados de ningum por intolerncia ou preconceito. isto que nos mostra a tica. Mostra que este mundo no s seu, nem meu, tambm daquele que convive no seu dia a dia, e que tanto um como o outro esto aqui de passagem, que tudo aqui provisrio e devemos aproveitar da melhor forma, com dignidade e tica.

At a prxima . . .

A tica no complexa. Ao contrrio, bem simples. Ela est no nosso bom-dia, boa-tarde, como vai?, desculpe-me, obrigado, tudo bem?... fcil, no?

Dr. Wilson de Almeida Siqueira vice-presidente do CRBM1; presidente das Comisses de Ensino e Docncia, e tica do CRBM1

Artigo - Uma questo de tica

A

A importncia da tica

Informaes sobre valores ou forma de pagamento

Nome, endereo, laudos ou dados de clientes

Servios no pertencentes

ao rol de atividades

Ttulos, habilitaes ou especiali-dades no

comprovadas

Imagens ou vdeos de antes e depois

Fotos ou vdeos de procedi-mentos

o site do CRBM1 possvel consultar a Regulamentao e o Cdigo de tica da profisso. No documento, o Captulo V, pginas 118 e 119, versa sobre os limites para divulgao e propaganda a atividade biomdica. Diz o texto:

Art. 7 - O biomdico pode utilizar-se dos meios de comunicao para conceder entrevistas ou palestras sobre assuntos da Biomedicina, com finalidade educativa cientfica e de interesse social.

Art. 10 - vedado ao biomdico: a) oferecer seus servios profissionais atravs de qualquer mdia para promover-se profissionalmente;b) divulgar nome, endereo, laudos ou qualquer outro elemento que identifique o paciente;c) publicar fotografia de pacientes, salvo em veculo de divulgao estritamente cientfica e com prvia e expressa autorizao do paciente ou de seu representante legal;d) anunciar preos de servios, modalidade de pagamento e outras formas de comercializao;e) promover publicidade enganosa ou abusiva da boa f do usurio;f) anunciar ttulos cientficos que no possa comprovar ou habilitao e/ou especialidade para a qual no esteja qualificado;g) publicar em seu nome trabalho cientfico do qual no tenha participado;h) atribuir como de sua autoria exclusiva trabalho realizado por seus subordinados ou outros profissionais, mesmo quando executados sob sua orientao e superviso;i) utilizar-se, sem referencia ao autor ou sem a sua autorizao expressa, de informaes, dados ou opinies ainda no publicados ou divulgados em veculo oficial;j) apresentar e divulgar como originais quaisquer ideias descobertas ou ilustraes que na realidade no o sejam.

Publicidade e propaganda enganosa

Crticas a colegas ou

orgos represen-

tativos

O QUE O BIOMDICO NO PODE POSTAR NA INTERNET E EM REDES SOCIAIS

N

Arte: Contribuio do dr. Roberto Martins Figueiredo

15 15Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

em ferir a tica da profisso, possvel realizar divulgaes de especialidades nas redes sociais. A dica procurar orientar e educar o seu pblico-alvo.

Atualmente, com o extraordinrio alcance da internet e a crescente utilizao das redes sociais, o uso desses meios para a promoo de servios costuma ser comum. No entanto, profissionais da sade devem estar atentos para no incorrer em questes antiticas ao realizar divulgaes nas redes.

A publicidade, nestes casos, deve obedecer exclusivamente a princpios ticos de orientao educativa ao pblico-alvo (pacientes), no sendo permitida a publicidade de prticas meramente comerciais.

Portanto, a postagem de fotos e vdeos de procedimentos ou do antes e depois ficam proibidos. Da mesma forma vetado informar valores e formas de pagamento, dados do paciente, e servios no pertencentes ao rol de atividades, dentre outros.

A Resoluo n 240 (29/5/2014) do Conselho Federal de Biomedicina estabelece os critrios baseados no Cdigo de tica do Biomdico para utilizao da Biomedicina nos Encontros e Congressos Re-gionais e Nacionais, redes sociais de internet. Ela define concei-tos para anncios, divulgao de assuntos, sensacionalismo, autopro-moo e tentativas de formar opinio contrria a verdade.

A Norma apresenta em seus princpios iniciais:

Art.1 - Esta resoluo enquadra as redes sociais de internet, sites e publicaes digitais que passam a ser consideradas aparies pblicas de biomdicos, portanto sujeitas as normas do cdigo de tica da pro-fisso de biomdico.

Art.2 - vedado ao biomdico veicular publicamente informaes que causem intranquilidade ou insatisfao comunidade biomdica que comprometam o Cdigo de tica biomdico. (...)

Art.3 - Entender-se- por anncio, publicidade, propaganda e comunicao ao pblico, qualquer meio de divulgao seja ele digital, redes sociais ou material impresso, de atividade profissional de iniciativa, participao e/ou anuncia do biomdico.

Ser que posso? CRBM1 orienta biomdicos profissionais

sobre o uso das redes sociais

S O que diz a tica da profisso

importncia da tica se d pela necessidade, por uma questo de sobrevivncia. Levando-se em considerao que a humanidade passa por um momento de anseio por uma vida melhor e, acima de tudo, digna e feliz.

Sem medo de nos enganarmos, podemos dizer que, atualmente, os temas mais em evidncia so o da dignidade humana e o de uma vida com qualidade e feliz. difcil encontrar quem no tenha estes objetivos.

Percebemos, porm, que o mundo se tornou um verdadeiro caos e, neste torvelinho, nesta confuso, o homem est perdido. O mundo vive um jogo de interesses.

O comportamento tico no consiste exclusivamente em se fazer o bem aos nossos semelhantes, mas sim em absorver a cada momento o aprendizado que estas situaes nos apresentam.

Em todos os momentos da vida devemos exercitar o dom da pacincia e a tolerncia com as faltas alheias, a obedincia aos superiores. E aprender a silenciar-se ante uma ofensa recebida tambm um ato de nobreza.

O homem comum fala, o sbio escuta e o tolo discute. Este um antigo provrbio oriental, mas a minha av, a seu modo, j me ensinava que falar prata e o silncio, ouro. O silncio, pois, o argumento dos fortes.

No campo do trabalho, a tica exigida porque a humanidade evolui em tecnologia mas no consegue se desenvolver na mesma proporo no que se refere elevao do esprito.

A atitude tica determina como um profissional trata as pessoas no ambiente de trabalho e com as quais convive no seu dia a dia.

A tica indispensvel ao profissional porque, para a humanidade, o fazer e o agir esto interligados. O fazer a competncia, a eficincia que todo profissional deve ter para o exerccio da sua profisso, e o agir se refere conduta que o profissional deve assumir no desempenho da sua profisso.

A tica no complexa. Ao contrrio, bem simples. Ela est no nosso bom-dia, boa-tarde, como vai?, desculpe-me, obrigado, tudo bem?... fcil, no?

A tica nos ensina que todo cidado deve respeitar e participar das decises da sociedade com o objetivo de melhorar a sua vida, a da sociedade e a de todos que a formam. A tica deve ser ensinada a partir do bero. Ensinar que no se joga papel nas ruas, que no se deve pichar os muros das casas alheias, que se deve respeitar as placas e os sinais, que se deve respeitar o semelhante, principalmente os mais velhos, e o que j mencionamos, cumprimentar e se desculpar quando cometer algum deslize.

Recomear uma frase cujo comeo pareceu ofensivo e troc-la por uma mais educada no retroceder, dignidade.

Temos que ter sempre em mente o que diz a nossa Constituio: que todos tm o direito a viver e ser livres, de ter a sua casa, de ser respeitado como pessoa, de no ter medo e de no ser menosprezado nem humilhado em razo do sexo, da cor ou da condio social. Estes direito so sagrados e no podem ser tirados de ningum por intolerncia ou preconceito. isto que nos mostra a tica. Mostra que este mundo no s seu, nem meu, tambm daquele que convive no seu dia a dia, e que tanto um como o outro esto aqui de passagem, que tudo aqui provisrio e devemos aproveitar da melhor forma, com dignidade e tica.

At a prxima . . .

A tica no complexa. Ao contrrio, bem simples. Ela est no nosso bom-dia, boa-tarde, como vai?, desculpe-me, obrigado, tudo bem?... fcil, no?

Dr. Wilson de Almeida Siqueira vice-presidente do CRBM1; presidente das Comisses de Ensino e Docncia, e tica do CRBM1

Artigo - Uma questo de tica

A

A importncia da tica

Informaes sobre valores ou forma de pagamento

Nome, endereo, laudos ou dados de clientes

Servios no pertencentes

ao rol de atividades

Ttulos, habilitaes ou especiali-dades no

comprovadas

Imagens ou vdeos de antes e depois

Fotos ou vdeos de procedi-mentos

o site do CRBM1 possvel consultar a Regulamentao e o Cdigo de tica da profisso. No documento, o Captulo V, pginas 118 e 119, versa sobre os limites para divulgao e propaganda a atividade biomdica. Diz o texto:

Art. 7 - O biomdico pode utilizar-se dos meios de comunicao para conceder entrevistas ou palestras sobre assuntos da Biomedicina, com finalidade educativa cientfica e de interesse social.

Art. 10 - vedado ao biomdico: a) oferecer seus servios profissionais atravs de qualquer mdia para promover-se profissionalmente;b) divulgar nome, endereo, laudos ou qualquer outro elemento que identifique o paciente;c) publicar fotografia de pacientes, salvo em veculo de divulgao estritamente cientfica e com prvia e expressa autorizao do paciente ou de seu representante legal;d) anunciar preos de servios, modalidade de pagamento e outras formas de comercializao;e) promover publicidade enganosa ou abusiva da boa f do usurio;f) anunciar ttulos cientficos que no possa comprovar ou habilitao e/ou especialidade para a qual no esteja qualificado;g) publicar em seu nome trabalho cientfico do qual no tenha participado;h) atribuir como de sua autoria exclusiva trabalho realizado por seus subordinados ou outros profissionais, mesmo quando executados sob sua orientao e superviso;i) utilizar-se, sem referencia ao autor ou sem a sua autorizao expressa, de informaes, dados ou opinies ainda no publicados ou divulgados em veculo oficial;j) apresentar e divulgar como originais quaisquer ideias descobertas ou ilustraes que na realidade no o sejam.

Publicidade e propaganda enganosa

Crticas a colegas ou

orgos represen-

tativos

O QUE O BIOMDICO NO PODE POSTAR NA INTERNET E EM REDES SOCIAIS

N

Arte: Contribuio do dr. Roberto Martins Figueiredo

16 16Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

amos partir do princpio de que 90% das clulas de nosso corpo so formadas por micro-organismos. Isso pode parecer assustador, mas, ao contrrio, estas bactrias tm ao muito positiva e fundamental para nossa sade. Na boca e intestinos, impedem o crescimento de germes patognicos (que poderiam ocasionar doenas), so

responsveis pela digesto de muitos alimentos (como celulose), produzem vitaminas essenciais ao nosso corpo, entre outras funes. Da encararmos a presena destas bactrias como positiva.

As crianas no nascem com estas bactrias, nascem com o que chamamos de "careca microbiana", pois elas so geradas em um local totalmente estril. A contaminao se d por ocasio do nascimento. Por isso, o parto normal bem melhor que a cesrea, pois a passagem pela regio vaginal da me contamina positivamente a criana; nos casos de cesariana, a contaminao pode se dar via germes oriundos da rea hospitalar, o que de modo algum algo positivo.

Visando a contaminao positiva, as crianas, desde o primeiro dia de vida, tm que ter contato com germes do ambiente (terra, vegetais, animais etc.). Caso isto no ocorra, ela vai ter deficincia de imunidade e pode estar condenada a ter problemas respiratrios (como asma) para o resto da vida.

No entanto, existem quatro hbitos que devem ser evitados:

1. Beijar filhos na bocaIsto pode levar contaminao do beb por germes patognicos, como os causadores de herpes labial, candidase bucal (sapinho), cries, gripe, resfriado, gastrite e lceras estomacais. Beijar no rosto e no corpo no acarretar nenhum problema. O mesmo vale para visitantes ou parentes. O hbito de lavar as mos ao chegar em casa deve ser uma rotina, independentemente de quem quer que seja e da existncia de bebs.

2. Assoprar alimentos em colheres ou pratos para resfriarPela mesma razo anterior.

3. Limpar chupeta na bocaMuitas vezes, a me acha que a saliva dela pode "limpar" as chupetas que caem no cho. Existe a ideia de que podem existir "bactrias maternas", o que no ocorre. As bactrias "no sabem" que esta criana filho desta pessoa. As chupetas devem ser guardadas e lavadas em gua corrente.

4. Dar mel de abelha para crianas abaixo de 1 ano de idadeNo Brasil, cerca de oito a 10% dos mis de abelha so contaminados com uma bactria de nome Clostridium botulinum. As crianas abaixo de 1 ano no possuem carma microbiana nos intestinos que poderiam impedir (por competio) o desenvolvimento desta bactria e a consequente produo de uma toxina, de nome "Toxina Botulnica", que pode lavar ao Botulismo Infantil e Sndrome da Morte Sbita. Aps 1 ano de idade, as crianas j possuem carga microbiana que impede o crescimento desta bactria e a consequente produo desta toxina. Pode ser dado sem nenhum problema.

Os excessos de cuidados (como criar filhos em verdadeiras bolhas), trazem mais mal do que bem. A higienizao dos objetos, como bicos de mamadeiras e chupetas, devem ser feitas (fervidas) at 1 ano de idade ou at a criana comear a engatinhar. Aps isto, uma simples lavagem com gua e detergente, e um enxague em gua corrente, so mais do que suficientes. Isto indicado tambm para brinquedos e mordedores. Nos brinquedos plsticos, principalmente os de uso em banheiras (patinhos, etc.), devem ser retirados os apitos. Alm de coibir possveis acidentes com as crianas, que podem engolir e se asfixiar, facilita a secagem destes brinquedos, evitando a presena de bolores na parte interna.

Dr. Roberto Martins Figueiredo (dr. Bactria) - Conselheiro Titular do CRBM1, diretor da Microbiotcnica, palestrante e apresentador de quadro na TV; possui diversos livros publicados

Artigo

V

Visando a contaminao positiva, as crianas, desde o primeiro dia de vida, tm que ter contato com germes do ambiente (terra, vegetais, animais etc.).

Crianas e micro-organismos Relato de experincia A vivncia do residente biomdico na equipe do servio

de imunologia de um hospital peditrico tercirio

programa de residncia em Biomedicina das Faculdades Pequeno Prncipe contempla a passagem do biomdico em reas de laboratrio e clnicas do Hospital Pequeno Prncipe (Curitiba-PR). Um dos campos clnicos corresponde rea de

Imunologia, sob a coordenao da dra. Carolina Cardoso de Mello Prando, mdica pediatra especialista em Alergologia e Imunologia, e pesquisadora docente do Instituto de Pesquisa Pel Pequeno Prncipe. A equipe por ela formada multiprofissional e conta com mdicos, biomdicos, biomdicos informatas, farmacuticos e bilogos. O objetivo deste grupo avaliar, clnica e laboratorialmente, pacientes com suspeita de Imunodeficincias Primrias (IDPs), um grupo de cerca de 300 doenas genticas que afetam o sistema imune e aumentam o risco de infeces de repetio e/ou graves e neoplasias.

O residente biomdico passa o perodo de quatro meses no campo da Imunologia. No ano de 2015 foi estruturado um projeto de pesquisa com o objetivo de analisar o processo de avaliao laboratorial das crianas com suspeita clnica de IDPs.

O papel dos residentes iniciou com a elaborao do projeto, submisso e aprovao no comit de tica e, posteriormente, pesquisa de campo e acompanhamento dos casos. Para delimitar os campos de pesquisa e sistematizar o fluxo de trabalho, foi estabelecido pela preceptora que seriam investigados casos que resultaram em internaes nas unidades de terapia intensiva do hospital (UTIs), e para isso a participao dos mdicos intensivistas foi indispensvel.

Aps todas as tramitaes iniciais e reunies interdisciplinares, para que todos os envolvidos fossem sensibilizados pela equipe mdica com o protocolo de pesquisa para IDPs, ficou estabelecido para o residente biomdico do servio de imunologia a tarefa de visita semanal nas UTIs do hospital, com a finalidade de fazer a coleta de dados referentes aos casos para os quais os mdicos intensivistas solicitassem investigao imunolgica.

Os passos enumerados a seguir so um resumo do delineamento das atividades inerentes ao projeto de pesquisa:

1. O residente biomdico visita a UTI e procura o mdico intensivista, residente ou chefe de servio para indagar sobre possveis suspeitas de IDP. Este passo em determinados casos dispensvel, pois o mdico intensivista pode fazer a solicitao via telefone, ou via sistema informatizado, diretamente mdica chefe do servio de imunologia, que ento solicita ao biomdico as outras etapas;

2. O residente biomdico aplica o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para os pais ou responsveis legais do paciente;

3. O residente biomdico coleta dados do histrico familiar, clnico e laboratorial do paciente, com base nos dados de pronturio, e registra de forma sistematizada em documentos que formam o dossi de estudo do paciente;

4. Os casos so discutidos com a mdica chefe do servio, que avalia o quadro clnico e indica quais exames so indicados para cada paciente, de forma personalizada;

5. Com os resultados laboratoriais em mos, e considerados segundo a apresentao clnica do paciente, o diagnstico dado pela mdica chefe do servio, e em casos positivos o paciente encaminhado para acompanhamento ambulatorial.

muito importante ressaltar que as informaes e os casos so discutidos na presena dos diferentes profissionais que compem o grupo, o que estimula o residente a desenvolver a capacidade argumentativa sobre a investigao laboratorial das IDPs e promove o aprimoramento dos conhecimentos, capacitando o biomdico para colaborar com a identificao dos padres laboratoriais que compem um caso suspeito. As reunies de equipe so multidisciplinares e proporcionam ampla interao, agregao de valores e conhecimentos. Alm disso, esse campo de residncia proporciona ao biomdico a oportunidade de acompanhar consultas ambulatoriais como ouvinte, seguindo a clnica mdica e farmacutica, experincia que amplia a forma de raciocnio e colabora com o desenvolvimento do projeto como um todo.

A experincia de participao neste campo proporcionou uma forma de desenvolvimento profissional integrativa e possibilitou a percepo da prtica laboratorial mais aproximada da clnica, capacitando para a colaborao na identificao de casos suspeitos, pois um exame corriqueiro de hemograma pode conter informaes fundamentais para suspeitas de IDP. Alm disso, os dados coletados durante o projeto compem uma amostra importante de casos suspeitos, que so computados e cuidadosamente avaliados para gerao de indicadores que impactam no aprimoramento das buscas ativas, na compreenso do fluxo de exames da rotina assistencial, na capacitao contnua dos profissionais e, com o passar do tempo, certamente formaro um importante ndice de prevalncia de IDPs no servio.

Estudos apontam que a comunidade mdica ainda tem certa dificuldade de reconhecer e suspeitar de casos de IDP. O aumento do nmero de profissionais capacitados em todas as esferas da sade s tem a colaborar para salvar vidas de pacientes e, em muitos casos, mudar a vida da famlia, visto tratar-se de doenas genticas.

No que se refere capacitao profissional propriamente dita, o campo de trabalho do residente biomdico no servio de Imunologia do Hospital Pequeno Prncipe propicia o aprendizado para o reconhe-cimento de sinais de alerta laboratoriais para suspeitas de IDP, desenvolvendo o raciocnio clnico, de forma estimulante e multipro-fissional.

Por dra. Eliana Diniz Girardello - Programa de Residncia Multiprofissional das Faculdades Pequeno Prncipe - Biomedicina -

Orientadora: dra. Carolina Cardoso de Mello Prando

RefernciasCasanova JL, Severe infectious diseases of childhood as monogenic inborn errors of immunity. PNAS 2015; E7128-E7137. O'Keefe AW, Halbrich M, Ben-Shoshan M, McCusker C. Primary imunodeficiency for the primary care provider. Pediatr Child Health 2016; 21(4) e10-e14. PubMed Central PMCID: PMC4807806Dantas EO, Aranda CS, Nobre FA, Fahl K, Mazzucchelli JTL, Felix E, et al. Conhecimento mdico sobre imunodeficincias primrias na cidade de So Paulo, BR. Einstein

O

17 17Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

amos partir do princpio de que 90% das clulas de nosso corpo so formadas por micro-organismos. Isso pode parecer assustador, mas, ao contrrio, estas bactrias tm ao muito positiva e fundamental para nossa sade. Na boca e intestinos, impedem o crescimento de germes patognicos (que poderiam ocasionar doenas), so

responsveis pela digesto de muitos alimentos (como celulose), produzem vitaminas essenciais ao nosso corpo, entre outras funes. Da encararmos a presena destas bactrias como positiva.

As crianas no nascem com estas bactrias, nascem com o que chamamos de "careca microbiana", pois elas so geradas em um local totalmente estril. A contaminao se d por ocasio do nascimento. Por isso, o parto normal bem melhor que a cesrea, pois a passagem pela regio vaginal da me contamina positivamente a criana; nos casos de cesariana, a contaminao pode se dar via germes oriundos da rea hospitalar, o que de modo algum algo positivo.

Visando a contaminao positiva, as crianas, desde o primeiro dia de vida, tm que ter contato com germes do ambiente (terra, vegetais, animais etc.). Caso isto no ocorra, ela vai ter deficincia de imunidade e pode estar condenada a ter problemas respiratrios (como asma) para o resto da vida.

No entanto, existem quatro hbitos que devem ser evitados:

1. Beijar filhos na bocaIsto pode levar contaminao do beb por germes patognicos, como os causadores de herpes labial, candidase bucal (sapinho), cries, gripe, resfriado, gastrite e lceras estomacais. Beijar no rosto e no corpo no acarretar nenhum problema. O mesmo vale para visitantes ou parentes. O hbito de lavar as mos ao chegar em casa deve ser uma rotina, independentemente de quem quer que seja e da existncia de bebs.

2. Assoprar alimentos em colheres ou pratos para resfriarPela mesma razo anterior.

3. Limpar chupeta na bocaMuitas vezes, a me acha que a saliva dela pode "limpar" as chupetas que caem no cho. Existe a ideia de que podem existir "bactrias maternas", o que no ocorre. As bactrias "no sabem" que esta criana filho desta pessoa. As chupetas devem ser guardadas e lavadas em gua corrente.

4. Dar mel de abelha para crianas abaixo de 1 ano de idadeNo Brasil, cerca de oito a 10% dos mis de abelha so contaminados com uma bactria de nome Clostridium botulinum. As crianas abaixo de 1 ano no possuem carma microbiana nos intestinos que poderiam impedir (por competio) o desenvolvimento desta bactria e a consequente produo de uma toxina, de nome "Toxina Botulnica", que pode lavar ao Botulismo Infantil e Sndrome da Morte Sbita. Aps 1 ano de idade, as crianas j possuem carga microbiana que impede o crescimento desta bactria e a consequente produo desta toxina. Pode ser dado sem nenhum problema.

Os excessos de cuidados (como criar filhos em verdadeiras bolhas), trazem mais mal do que bem. A higienizao dos objetos, como bicos de mamadeiras e chupetas, devem ser feitas (fervidas) at 1 ano de idade ou at a criana comear a engatinhar. Aps isto, uma simples lavagem com gua e detergente, e um enxague em gua corrente, so mais do que suficientes. Isto indicado tambm para brinquedos e mordedores. Nos brinquedos plsticos, principalmente os de uso em banheiras (patinhos, etc.), devem ser retirados os apitos. Alm de coibir possveis acidentes com as crianas, que podem engolir e se asfixiar, facilita a secagem destes brinquedos, evitando a presena de bolores na parte interna.

Dr. Roberto Martins Figueiredo (dr. Bactria) - Conselheiro Titular do CRBM1, diretor da Microbiotcnica, palestrante e apresentador de quadro na TV; possui diversos livros publicados

Artigo

V

Visando a contaminao positiva, as crianas, desde o primeiro dia de vida, tm que ter contato com germes do ambiente (terra, vegetais, animais etc.).

Crianas e micro-organismos Relato de experincia A vivncia do residente biomdico na equipe do servio

de imunologia de um hospital peditrico tercirio

programa de residncia em Biomedicina das Faculdades Pequeno Prncipe contempla a passagem do biomdico em reas de laboratrio e clnicas do Hospital Pequeno Prncipe (Curitiba-PR). Um dos campos clnicos corresponde rea de

Imunologia, sob a coordenao da dra. Carolina Cardoso de Mello Prando, mdica pediatra especialista em Alergologia e Imunologia, e pesquisadora docente do Instituto de Pesquisa Pel Pequeno Prncipe. A equipe por ela formada multiprofissional e conta com mdicos, biomdicos, biomdicos informatas, farmacuticos e bilogos. O objetivo deste grupo avaliar, clnica e laboratorialmente, pacientes com suspeita de Imunodeficincias Primrias (IDPs), um grupo de cerca de 300 doenas genticas que afetam o sistema imune e aumentam o risco de infeces de repetio e/ou graves e neoplasias.

O residente biomdico passa o perodo de quatro meses no campo da Imunologia. No ano de 2015 foi estruturado um projeto de pesquisa com o objetivo de analisar o processo de avaliao laboratorial das crianas com suspeita clnica de IDPs.

O papel dos residentes iniciou com a elaborao do projeto, submisso e aprovao no comit de tica e, posteriormente, pesquisa de campo e acompanhamento dos casos. Para delimitar os campos de pesquisa e sistematizar o fluxo de trabalho, foi estabelecido pela preceptora que seriam investigados casos que resultaram em internaes nas unidades de terapia intensiva do hospital (UTIs), e para isso a participao dos mdicos intensivistas foi indispensvel.

Aps todas as tramitaes iniciais e reunies interdisciplinares, para que todos os envolvidos fossem sensibilizados pela equipe mdica com o protocolo de pesquisa para IDPs, ficou estabelecido para o residente biomdico do servio de imunologia a tarefa de visita semanal nas UTIs do hospital, com a finalidade de fazer a coleta de dados referentes aos casos para os quais os mdicos intensivistas solicitassem investigao imunolgica.

Os passos enumerados a seguir so um resumo do delineamento das atividades inerentes ao projeto de pesquisa:

1. O residente biomdico visita a UTI e procura o mdico intensivista, residente ou chefe de servio para indagar sobre possveis suspeitas de IDP. Este passo em determinados casos dispensvel, pois o mdico intensivista pode fazer a solicitao via telefone, ou via sistema informatizado, diretamente mdica chefe do servio de imunologia, que ento solicita ao biomdico as outras etapas;

2. O residente biomdico aplica o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) para os pais ou responsveis legais do paciente;

3. O residente biomdico coleta dados do histrico familiar, clnico e laboratorial do paciente, com base nos dados de pronturio, e registra de forma sistematizada em documentos que formam o dossi de estudo do paciente;

4. Os casos so discutidos com a mdica chefe do servio, que avalia o quadro clnico e indica quais exames so indicados para cada paciente, de forma personalizada;

5. Com os resultados laboratoriais em mos, e considerados segundo a apresentao clnica do paciente, o diagnstico dado pela mdica chefe do servio, e em casos positivos o paciente encaminhado para acompanhamento ambulatorial.

muito importante ressaltar que as informaes e os casos so discutidos na presena dos diferentes profissionais que compem o grupo, o que estimula o residente a desenvolver a capacidade argumentativa sobre a investigao laboratorial das IDPs e promove o aprimoramento dos conhecimentos, capacitando o biomdico para colaborar com a identificao dos padres laboratoriais que compem um caso suspeito. As reunies de equipe so multidisciplinares e proporcionam ampla interao, agregao de valores e conhecimentos. Alm disso, esse campo de residncia proporciona ao biomdico a oportunidade de acompanhar consultas ambulatoriais como ouvinte, seguindo a clnica mdica e farmacutica, experincia que amplia a forma de raciocnio e colabora com o desenvolvimento do projeto como um todo.

A experincia de participao neste campo proporcionou uma forma de desenvolvimento profissional integrativa e possibilitou a percepo da prtica laboratorial mais aproximada da clnica, capacitando para a colaborao na identificao de casos suspeitos, pois um exame corriqueiro de hemograma pode conter informaes fundamentais para suspeitas de IDP. Alm disso, os dados coletados durante o projeto compem uma amostra importante de casos suspeitos, que so computados e cuidadosamente avaliados para gerao de indicadores que impactam no aprimoramento das buscas ativas, na compreenso do fluxo de exames da rotina assistencial, na capacitao contnua dos profissionais e, com o passar do tempo, certamente formaro um importante ndice de prevalncia de IDPs no servio.

Estudos apontam que a comunidade mdica ainda tem certa dificuldade de reconhecer e suspeitar de casos de IDP. O aumento do nmero de profissionais capacitados em todas as esferas da sade s tem a colaborar para salvar vidas de pacientes e, em muitos casos, mudar a vida da famlia, visto tratar-se de doenas genticas.

No que se refere capacitao profissional propriamente dita, o campo de trabalho do residente biomdico no servio de Imunologia do Hospital Pequeno Prncipe propicia o aprendizado para o reconhe-cimento de sinais de alerta laboratoriais para suspeitas de IDP, desenvolvendo o raciocnio clnico, de forma estimulante e multipro-fissional.

Por dra. Eliana Diniz Girardello - Programa de Residncia Multiprofissional das Faculdades Pequeno Prncipe - Biomedicina -

Orientadora: dra. Carolina Cardoso de Mello Prando

RefernciasCasanova JL, Severe infectious diseases of childhood as monogenic inborn errors of immunity. PNAS 2015; E7128-E7137. O'Keefe AW, Halbrich M, Ben-Shoshan M, McCusker C. Primary imunodeficiency for the primary care provider. Pediatr Child Health 2016; 21(4) e10-e14. PubMed Central PMCID: PMC4807806Dantas EO, Aranda CS, Nobre FA, Fahl K, Mazzucchelli JTL, Felix E, et al. Conhecimento mdico sobre imunodeficincias primrias na cidade de So Paulo, BR. Einstein

O

http://www.pnas.org/content/112/51/E7128.full.pdf

18 18Agosto-setembro 2018 N 121 | 2018

odos ns sabemos que o Brasil vive um momento conturbado poltica, econmica e socialmente. Dizem at que, de tempos em tempos, os povos passam por essas situaes crticas para entrar em um novo ciclo de seu pas. Historicamente, podemos confirmar essa tese no s no Brasil, mas como em diversas sociedades. Inclusive, aps

superar seu momento de crise, o povo amadurece e o pas evolui.

Deixando o passado e o futuro de lado, o presente agora nos remete a um momento que passamos rotineiramente a cada dois anos: as eleies. Porm, o pleito de 2018 promete ser um dos mais emblemticos da nossa histria, do ponto de vista confusa e imprevisvel como foi, por exemplo, a eleio de 1989.

Digo isso pois vejo que agora, com a comunicao facilitada por redes sociais e aplicativos de mensagens, mais do que nunca as pessoas demonstram estar ainda apegadas pessoa-poltico; e no s suas ideias. como se o populismo retrico que nos banha desde a Proclamao da Repblica no nos deixasse pensar, analisar, pesquisar, criticar e, aps tudo isso, concluir em quem iremos votar.

Em suma, no focamos em ideias. Focamos em pessoas. Focamos em personagens polticos. Como se o enredo da antiga telenovela O Salvador da Ptria ainda pudesse ser contado a cada dois anos no nosso vale a pena ver de novo eleitoral.

Sem generalizar, sim, temos pessoas que analisam, pesquisam e criticam at concluir o seu voto. Mas mesmo estas agora chegam a sofrer para encontrar algum candidato que o merea, e ainda se vigiam para no entrar no partido derrotista dos que acham que todos so iguais. E so esses a verdadeira populao, os que sofrem com o mau exemplo dos governantes e, ao mesmo tempo, no renunciam a um Brasil em que eles tenham voz, porque so os que o constroem com o seu trabalho, com o seu afinco, com a sua labuta diria. E acima de tudo, no tem lado, no defende poltico. Defende ideias.

Infelizmente, at as eleies deste ano no teremos esse foco. As receitas dos marqueteiros polticos j esto prontas para serem colocadas no caldeiro da eleio, criando os esteretipos que o povo gosta, atravs de frmulas, slogans e smbolos repetitivos. E assim caminhamos na nossa falsa democracia.

Tambm devemos lembrar que no apenas uma mudana comportamental da populao resolveria essa situao, mas uma profunda reforma poltica deveria ser feita para iniciar a rever-so desse quadro.

Enquanto nada disso ocorre, s espero que cada vez mais possamos enxergar alm do que estamos acostumados a passar em toda eleio. Que possamos de fato superar as crises polticas, econmicas e sociais. Que possamos amadurecer e evoluir enquanto pas e sociedade. E, a sim, passarmos por processos eleitorais focados e ricos em ideias, e pobre em distores representativas, baseadas em personagens polticos e eleitores marionetes.

Voc aceita comear? Foca nas ideias.

At a prxima!!

Prof. Msc. Michel SantAnna de Pinho - Conselheiro Titular do CRBM1 e Diretor Acadmico do Departamento de Cincias da Sade II da Universidade Nove de Julho (Uninove)

T no focamos

em ideias. Focamos em pessoas. Focamos em personagens polticos. Como se o enredo da antiga telenovela O Salvador da Ptria ainda pudesse ser contado a cada dois anos no nosso vale a pena ver de novo.

Pesquisadores brasileiros identificam alteraes cerebrais

relacionadas obesidade infantil

o dia 30 de novembro de 2017, a biomdica Pmela Bertolazzi - que atua no setor de Tomografia Computadorizada do Hospital Srio Libans e pesquisadora na Santa Casa de Misericrdia com um projeto de doutorado vinculado ao

Hospital das Clnicas - Faculdade de Medicina da Universidade de So Paulo (HC-FMUSP) - apresentou o trabalho Association of childhood obesity with the Central Nervous System: Study of Diffusion Tensor Imaging - DTI (Associao da Obesidade Infantil com o Sistema Nervoso Central: estudo de Imagem por Tensor de Difuso - DTI) no Radiological Society of North America Annual Meeting, o maior congresso mundial de Radiologia, em Chicago (Illinois, EUA). O estudo ganhou destaque nas mdias nacionais e internacionais, com reportagens publicadas nos idiomas ingls, espanhol, portugus e russo.

Participar de um evento desse porte, com grande repercusso nacional e internacional muito satisfatrio, pois reflete o reco-nhecimento da dedicao em-penhada nesses ltimos anos, afirma Pmela.

De acordo com a Organizao Mundial da Sade (OMS), a pre-valncia da obesidade infantil au-mentou drasticamente nos ltimos 30 anos, sendo que mais de 30% das crianas e adolescentes possuem obesidade ou sobrepeso, em muitos pases, inclusive no Brasil. Ainda, a obesidade infantil est associada a riscos de sade, como diabetes e doenas cardio-vasculares, aumentando o ndice de mortes prematuras.

O estudo incluiu 120 crianas com idade mdia de 13 anos e sem doenas prvias conhecidas, sendo 59 obesas e 61 que possuam peso normal. O critrio de obesidade infantil da OMS (z-scores) foi utilizado para classificar a obesidade, e as crianas com sobrepeso foram excludas do estudo. No houve diferenas significativas entre idade, sexo, classifica