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Leonardo De Bona Becker Sala I-203

Recalques e Adensamento

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Geomecânica

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  • Leonardo De Bona Becker

    Sala I-203

  • RECALQUES E ADENSAMENTO

    PARTE 1

  • Recalque

    Recalque () = deslocamento vertical (+ ) de uma estrutura, aterro ou ponto da massa de solo

    O estudo dos recalques indispensvel para a Engenharia Civil

    Todos as estruturas assentes sobre solos ou rochas sofrem recalques

    Recalques excessivos provocam: Danos estticos nas estruturas (trincas e rachaduras)

    Limitaes de uso (desnveis, desaprumos, emperramento de esquadrias, alterao de caimentos etc)

    Danos estruturais

    Colapso

    Estimar recalques Limitar recalques

    Aula 1

  • Exemplos de estruturas de interesse para o clculo de recalques:

    Edifcios e casas

    Muros de arrimo e estruturas ancoradas no terreno

    Barragens e aterros

    Ferrovias e rodovias

    Etc

    A magnitude e a velocidade dos recalques dependem do carregamento aplicado, da geometria do problema e das propriedades dos solos

    Neste tpico da disciplina sero enfatizados os recalques em solos argilosos

    Aula 1

  • Causas dos recalques:

    Deformaes volumtricas dos elementos de solo

    Deformaes cisalhantes dos elementos de solo

    Combinao das causas acima

    Aula 1

  • Neste tpico da disciplina enfocaremos somente os recalques causados por VARIAO DE VOLUME

    Componentes da variao de volume do solo (DV = DVs + DVw + DVv ):

    Variao de volume dos slidos (DVs)

    Variao de volume da gua (DVw)

    Variao de volume dos vazios (DVv)

    Alguns Mdulos Volumtricos (K = ds / devol): Kquartzo = 38GPa; Kfeldspato = 70GPa

    Kw = 2,3GPa

    Ksolo = tipicamente algumas dezenas ou centenas de MPa

    A gua e os slidos so muito mais rgidos que os vazios, por isso:

    DV DVv

    Aula 1

  • Influncia das condies de contorno

    Carregamentos que geram deformaes bidimensionais ou tridimensionais provocam variao de volume e/ou deformaes cisalhantes

    Exs: aterro com extenso lateral comparvel espessura da camada de solo compressvel, fundaes rasas de edificaes (sapatas, blocos etc), fundaes de muros de arrimo etc.

    Carregamentos que geram deformaes unidimensionais provocam somente variao de volume

    Ex: aterro de extenso lateral infinita

    Aula 1

  • Aterro infinito

    Aula 1

  • Velocidade do recalques ocasionados por uma obra: Rpidos: ocorrem durante a obra ou logo aps seu trmino Lentos: podem se estender por dcadas

    Influncia da permeabilidade do solo na velocidade dos recalques: Em solos saturados, os recalques causados por variao de

    volume dependem da expulso da gua presente nos vazios, pois DV DVv

    A velocidade de expulso da gua depende do coeficiente de permeabilidade (k)

    Solos grosseiros k elevado recalques rpidos Argilas saturadas k reduzido recalques lentos

    Em solos parcialmente saturados, podem ocorrer recalques sem expulso de gua, devido compresso instantnea do ar presente nos vazios. Por isto, os recalques podem ser rpidos, mesmo em argilas.

    Aula 1

  • Ensaio de compresso edomtrica

    Representa a situao dos elementos de solo de uma camada compressvel submetida a um carregamento vertical de largura infinita

    Quando se aplica Dsv (= DP/A) o solo sofre somente deformaes verticais, pois o anel impede as deformaes horizontais

    O fluxo da gua expulsa igualmente vertical

    Tambm chamado Ensaio de Compresso Unidimensional

    realizado em corpos de prova indeformados

    Aula 1

    P

    rea A

  • Procedimento do ensaio: 1. Aplicar estgios de carregamento crescente (geralmente duplica-

    se a tenso vertical do estgio anterior); 2. Acompanhar a variao de altura do CP ao longo do tempo at a

    estabilizao dos recalques, ou at completar 24h para cada estgio;

    3. Calcular o ndice de vazios correspondente altura estabilizada; 4. Repetir o procedimento at atingir a tenso mxima desejada; 5. Descarregar em estgios.

    Aula 1

    Evoluo dos recalques no tempo, durante o estgio svi

    Ensaio completo

  • Coeficiente de compressibilidade:

    Coeficiente de variao volumtrica:

    Sendo:

    Por relaes entre ndices fsicos obtemos:

    Aula 1

    v

    v'd

    dea

    K

    1

    'd

    dm

    v

    volv

    zyx

    0

    vol V

    V ++

    v0v me1a +

  • Tenso de sobreadensamento

    Fases do ensaio

    AB = carregamento virgem

    BC = descarregamento

    CB = recarregamento

    BD = carregamento virgem

    Suponha o ensaio edomtrico de uma argila remoldada saturada

    Aula 1

    A

    C B

    D

    e

    log sv 1 2

  • Percebe-se que o solo, ao ser descarregado, no recupera as deformaes sofridas (comportamento no elstico)

    Alm disto, o solo que j sofreu descarregamento guarda uma memria de sua histria de tenses, ou seja, ao ser recarregado, ter um comportamento muito mais rgido que por ocasio do primeiro carregamento

    Entretanto, quando se ultrapassa a mxima tenso vertical a que o solo j esteve submetido no passado, ele muda de comportamento, torna-se menos rgido, e volta tendncia inicial (chamada reta virgem)

    A tenso na qual ocorre esta mudana a tenso de sobreadensamento ou tenso de pr-adensamento (svm)

    Aula 1

  • Razo de sobreadensamento:

    Solos normalmente adensados:

    A tenso atual a mxima tenso efetiva a que j foram submetidos

    Sendo sV 0 a tenso vertical efetiva atual

    Aula 1

    0v

    vm

    '

    'RSA

    1RSA'' vmv0

  • Solos sobreadensados (ou pr-adensados): Foram submetidos, no passado, a uma tenso vertical superior atual,

    ou seja, sofreram descarregamento

    Obs.: RSA 4 solo fortemente sobreadensado

    Causas do sobreadensamento:

    Diversos fenmenos podem provocar sobreadensamento em solos argilosos: Aplicao e remoo de sobrecargas Variao do nvel dgua Envelhecimento/fluncia Etc.

    Aula 1

    1RSA'' vmv0

  • Determinao de svm de solos argilosos naturais

    Geralmente aplica-se um mtodo emprico aos resultados de ensaios edomtricos

    No Brasil usam-se principalmente os mtodos de Casagrande e Pacheco Silva

    Aula 1

  • Interpretao de ensaios edomtricos em argilas saturadas

    ndices: Traar o grfico e x log sv Dividir a curva em 3 trechos e

    ajustar retas Estimar as inclinaes

    CC = ndice de compresso virgem

    CR = ndice de recompresso

    CS = ndice de descompresso

    Aula 1

    ABAB vv

    BA

    vv

    BAC

    ''log

    ee

    'log'log

    eeC

    ss

  • Aula 1

    Recordando:

    Primeiro a tenso de sobreadensamento (svm) determinada pelo mtodo de Pacheco Silva ...

    (Aguiar, 2008)

  • Aula 1

    ... E depois a tenso de campo e a tenso final da obra so utilizadas para ajustar Cr e Cc de forma a obter a mxima preciso nos clculos.

    (Aguiar, 2008)

  • 1,0

    1,1

    1,2

    1,3

    1,4

    1,5

    1,6

    1,7

    1,8

    1,9

    2,0

    2,1

    2,2

    2,3

    1 10 100 1000

    nd

    ice d

    e v

    azio

    s

    Tenso vertical efetiva (kPa)

    e0 = 2,24

    Exerccio Aula 1

    Determinar:

    a) CC

    b) CR

    c) vm

  • Clculo de recalques a partir dos ndices

    A deformao vertical ez causada por um acrscimo de tenso Dsv em um ensaio edomtrico no depende da altura inicial do C.P.

    Por isto, conhecendo ez, poderamos determinar o recalque de uma camada do mesmo solo, com espessura H, que tenha sido submetida ao mesmo Dsv :

    rcampo = H . ez

    Entretanto, h outra maneira que dispensa o conhecimento prvio de Dsv

    Aula 2

  • Situao inicial Situao final

    Aula 2

    e = e1 sv = sv1 H = H1 t < 0

    e = e2 sv = sv2 (= Dsv + sv1)

    H = H2 (= H1 r)

    t

    rea=1

    Expulso de gua

  • Aula 2

    De forma anloga:

    Substituindo Hs vem:

    Considerando que r = H1 - H2, vem:

    Como ez = r/H1, temos:

    1

    2

    s

    s1

    s

    s1

    s

    V11

    H

    HH

    AH

    AHH

    V

    Ve

    1s1 e1HH +

    2s2 e1HH +

    1

    212

    e1

    e1HH

    +

    +

    1

    211

    e1

    e1HH

    +

    +r 21

    1

    1 e-ee1

    H

    +r

    1

    21

    e1

    e-e

    +e z

  • Os recalques acontecem ao longo da reta virgem

    O ndice de compresso conhecido (atravs de ensaios edomtricos)

    Substituindo (e1-e2) na expresso vem:

    Clculo de recalques a partir dos ndices Solos normalmente adensados

    Aula 2

    1

    3

    v1v2C21 ''logCee ss

    s

    s

    +r

    v1

    v2

    1

    1

    '

    'log

    e1

    HCC

  • Se

    ento os recalques ocorrero ao longo da reta de recompresso. [A]

    Se

    parte dos recalques ocorrer ao longo da reta de recompresso e o restante ao longo da reta virgem. [B]

    Clculo de recalques a partir dos ndices Solos sobreadensados

    Aula 2

    vmvv1v2 '''' ssD+ss

    vmvv1v2 '''' ssD+ssD

    D

  • Aula 2

    Situao [A]

    Entretanto:

    Situao [B]

    4

    5

    s

    s

    +r

    v1

    v2

    1

    1

    '

    'log

    e1

    HRC

    s

    s

    ++

    s

    s

    +r

    vm

    v2

    m

    m

    v1

    vm

    1

    1

    '

    'log

    e1

    H

    '

    'log

    e1

    HCR CC

    m

    m

    1

    1

    e1

    H

    e1

    H

    +

    +

    s

    s+

    s

    s

    +r

    vm

    v2

    v1

    vm

    1

    1

    '

    'log

    '

    'log

    e1

    HCR CC

  • Exerccio

    Aula 2

    Areia com pedregulhos

    Argila, g =15kN/m,

    CC=1,10; CR=0,12;

    RSA = 1,4; eo=2,5

    Areia, g =20kN/m

    -2,0m

    -15,0m

    0,0m

    -5,0m

    Determinar o recalque final por adensamento da

    camada argilosa abaixo, aps a construo de um

    aterro com sobrecarga equivalente a 6 tf/m.

  • Fenmeno do adensamento/evoluo dos recalques no tempo

    Analogia mecnica: considere a mola com o seguinte comportamento

    Suponha que esta mola foi colocada em um pisto cheio dgua e que h

    um orifcio no mbolo;

    Aembolo = 1m

    Aula 3

  • Aula 3

    TEMPO

    TENSO NO MBOLO

    PARCELA DA TENSO APLICADA QUE

    SUPORTADA PELA MOLA

    ACRSCIMO DE PRESSO NA GUA

    % DA DEFORMAO FINAL DA MOLA

    < 0

    0

    -

    -

    -

    0

    0

    100 kPa

    0

    100 kPa

    100%

    0

    100 kPa

    100 kPa

    t1

    30%

    100 kPa

    30 kPa

    70 kPa

    Pisto

    mbolo

    gua

    Mola

  • Explicao da analogia:

    O solo argiloso saturado, quando submetido a um carregamento

    rpido, assemelha-se ao sistema mola (esqueleto slido), orifcio (kargila) e gua (gua nos poros)

    Para que haja deformao da mola (De solo), necessrio que ocorra sada de gua, pois os vazios esto saturados e gua/slidos so praticamente incompressveis

    Entretanto, devido ao reduzido orifcio (kargila), o processo de sada da gua lento

    Por isso, inicialmente, a gua suportar todo o carregamento aplicado, pois o solo (assim como a mola) s suporta carregamento mediante deformao

    Aula 3

  • Com o passar do tempo, parte da gua deixa o sistema e o carregamento passa da gua para o solo de forma lenta e gradual, ocasionando um rearranjo das partculas slidas

    Este processo chamado de adensamento

    Note que a velocidade do processo diminui com o tempo, pois a vazo de sada depende da presso na gua. Esta presso decrescente

    Note tambm que a parcela de carregamento suportada pela mola anloga ao acrscimo de tenso efetiva (Dsv )

    O acrscimo de presso da gua dos vazios chamado de excesso de poro-presso (ue)

    Aula 3

    Vlido para qualquer tempo

    Anlogo ao carregamento aplicado no mbolo

    ve 'u sD

    vve |)('||)(u| ss DD+ tt

  • Exemplo prtico: Construo de aterro

    Aula 3

  • Aula 3

    Variao dos acrscimos em J Dsv = carregamento aplicado = 20 . 2 = 40kPa

    Dsv(3,t1) + ue(3,t1) = 40

  • Aula 3

    excesso de poro-presso

    parcela hidrosttica da poro-presso que j existia antes do carregamento

    poro-presso

    acrscimo de tenso efetiva (= -ue)

    tenso efetiva antes do carregamento

    tenso efetiva

    sv(z,t) = sv0(z) + Dsv(z,t) u(z,t) = u0(z) + ue(z,t)

  • Variao das tenses / presses em J s0 = 45 kPa

    u0 = 30 kPa

    sV0 = 15 kPa

    Aula 3

  • Teoria do adensamento unidimensional de Terzaghi e Frhlich

    Objetivo: determinar o grau de adensamento em qualquer profundidade a qualquer momento t

    Incgnitas:

    Variao dos recalques (r) com o tempo

    Variao das poro-presses com a profundidade e com o tempo

    Aula 3

  • Hipteses:

    1. Solo saturado

    2. Compresso unidimensional

    3. Fluxo unidimensional

    4. Solo homogneo

    5. Slidos e gua incompressveis

    6. O solo pode ser considerado em termos de elementos infinitesimais de um contnuo, apesar de ser constitudo de gros e vazios

    7. Lei de Darcy vlida

    8. As propriedades do solo no variam durante o processo

    9. A relao e vs. sv linear

    Aula 3

  • Grau de adensamento a uma profundidade z:

    Deformao final

    Deformao instantnea

    Portanto:

    Aula 3

    deformao do elemento infinitesimal no instante t

    deformao final (t)

    1

    21f

    e1

    ee

    +

    e

    1

    1

    e1

    eet

    +

    f

    z

    ttU

    21

    1z

    ee

    eeU

    Uz varia de 0 (incio do processo) a 1 (final do processo)

  • Tambm podemos fazer:

    Ou seja, Uz tambm representa o grau

    de dissipao dos excessos de

    poro-presso.

    Considerando a hiptese 9:

    Aula 3

    Ou seja, Uz representa o grau de acrscimo de tenso efetiva.

    v1v2

    v1v

    21

    1z

    ''

    ''

    DE

    BC

    AD

    AB

    ee

    eeU

    ss

    ss

    sDsD

    t'

    'tU

    v

    vz

    t

    ie

    eie

    e

    eez

    u

    uu

    0tu

    tu0tu

    DE

    BCU

    v

    vd

    dea Obs.:

    ue(t=0) ue(t)

  • Equao do fluxo

    Para fluxo 1D:

    Aula 4

    6

    dzdydxz

    hk

    y

    hk

    x

    hk

    t

    Vzyx

    +

    +

    0y

    h

    x

    h

    dzdydx

    z

    hk

    t

    V

    dzdydx

    dxdydze1

    eVv

    +

    dxdydze1

    1Vs

    +

    A=1

  • Os slidos so incompressveis (Hip.5) portanto DV = DVv:

    Igualando as equaes 6 e 7:

    Lado Esquerdo: o fluxo causado pelo excesso de poro-presso:

    Ou seja:

    Aula 4

    7

    +

    dzdydx

    e1

    e

    tt

    V

    t

    V v

    +

    e1

    dzdydx

    tt

    V e

    +

    e1

    1

    tz

    hk

    e

    +

    g

    +

    z

    u

    z

    u1

    z

    h

    z

    h

    z

    h e0Ap

    w

    g

    z

    u1

    z

    h e

    w

    Os lados direito e esquerdo desta equao podem ser

    expressos em funo de ue!

  • Lado direito:

    Lembrando do coeficiente de compressibilidade:

    e considerando que dsv = -due temos:

    Substituindo e simplificando nos dois lados, obtemos a EQUAO DO ADENSAMENTO:

    Aula 4

    8

    v

    v'd

    dea

    s

    ev duade

    t

    u

    z

    u

    a

    e1k ee

    vw

    +

  • Definio do coeficiente de adensamento:

    cv considerado uma propriedade constante do solo (hiptese 8)

    cv geralmente estimado atravs de ensaios edomtricos

    para cada estgio de carregamento, analisando-se o grfico altura x tempo e obtem-se um valor de cv

    cv tambm pode ser estimado atravs da instrumentao de aterros reais

    Crtica da hiptese 8: Variaes grandes de cv na faixa

    prxima tenso de pr-adensamento

    Soluo: Adotar um valor representativo para a faixa

    de tenses do problema em anlise

    Aula 4

    svm logsv

    cv

    vw

    va

    e1kc

    +

    t

    u

    z

    u

    a

    e1k ee

    vw

    +

  • A soluo da equao do adensamento permite obter ue (ou Dsv ) a qualquer tempo, em qualquer profundidade

    Tradicionalmente apresenta-se a soluo atravs de grficos adimensionais

    Definindo fator tempo adimensional

    Sendo Hd = altura de drenagem

    Aula 4

    2

    d

    v

    H

    tc

  • Aula 4

    Hd =

    H

    2

    H H H

    Altura de drenagem (maior distncia percorrida pela gua):

  • Soluo para equao do adensamento

    Condies de contorno: ue(t=0) constante ao longo

    da profundidade

    Duas fronteiras drenantes

    Sendo

    Tradicionalmente, esta soluo apresentada graficamente, atravs de curvas iscronas

    Aula 4

    M

    d0m

    z eH

    zMsen

    M

    21U

    12m2

    M +

    )0(

    '

    D

    tue

    vs

    )0(

    )(

    tu

    tu

    e

    e

  • Interpretao:

    Para um tempo t = 0,2 Hd/cv , a uma profundidade z = 0,4 Hd medida a partir do topo da camada argilosa, temos:

    a)

    b)

    Obs.: O grau de adensamento num instante t ser sempre mximo junto fronteira drenante.

    Aula 4

    (t)''(t)' vvv0+

    (0)uU'(t)' ezvv0

    +

    (0)u0,54'(t)' evv0

    +

    (t)uuu(t) e0 +

    )0(uU-1uu(t) ez0 +

    0,4

    0,54

    )0(u0,54-1uu(t) e0 +

    )0(

    '

    D

    tue

    vs

    )0(

    )(

    tu

    tu

    e

    e

    )0(u46,0uu(t) e0 +

  • Para calcular o recalque total devido ao adensamento da camada argilosa, em um instante t, interessa a mdia do grau de adensamento ao longo da espessura da camada

    Esta mdia denominada porcentagem de recalque:

    Aula 4

    Esta equao representada pela seguinte curva assinttica:

    M

    0m

    2H

    0

    z e M

    21U

    2

    1

    t

    tU

    d

    dz

    Hdr

    r

  • Soluo para 1 face drenante:

    Hd = H

    Quando existem 2 fronteiras drenantes no h fluxo pelo meio da camada. Por isso, o grfico para uma fronteira drenante igual metade superior (ou inferior) do grfico Uz x T x z do caso de 2 drenagens

    O recalque final o mesmo, portanto pode-se usar o mesmo grfico U x T do caso de 2 fronteiras drenantes. Entretanto, qualquer r(t) levar o qudruplo do tempo

    Aula 4

  • Exerccio

    Aula 4

    a) Considerando que a argila estava normalmente adensada, estime CC, sabendo que um rebaixamento do NFL para a cota -4,0 m causou um recalque de 25 cm.

    b) Admitindo-se kargila= 510-9 m/s,

    estime cv .

    c) Qual o valor do recalque aps 290 dias?

    d) Desenhe os diagramas de poro-presso para t=0, t=290 dias e t.

    e) Desenhe os diagramas de tenso efetiva para t=0, t=290 dias e t.

    0,0m

    -1,0m

    -4,0m

    -9,0m

    Areia

    g=18 kN/m

    Argila mdia

    g=17 kN/m e0 = 1,2

    Rocha

    impermevel

  • Exerccio

    Aula 4

    0

    30

    55

    80

    25

    50

    0

    38,2

    68

    -10

    -9

    -8

    -7

    -6

    -5

    -4

    -3

    -2

    -1

    0

    0 20 40 60 80 100

    cota

    (m

    )

    poro-presso (kPa)

    u (t

  • Exerccio

    Aula 4

    18

    42

    59,5

    77

    0

    89,5

    107

    72

    76,3

    89

    -10

    -9

    -8

    -7

    -6

    -5

    -4

    -3

    -2

    -1

    0

    0 20 40 60 80 100 120

    cota

    (m

    )

    tenso efetiva (kPa)

    s' (t

  • Determinao de cv a partir do ensaio edomtrico

    Justificativa terica

    A curva U x T tem formato parablico no trecho entre U=0 a 60%, por isso, quando se traa uma curva U x T surge um trecho retilneo

    Aula 5

    Trecho aproximadamente parablico

    Curva prevista pela teoria do adensamento

    0,848

  • Aula 5

    0,92

    Considerando que:

    0,92 15% a mais que 0,80;

    A porcentagem de recalque diretamente proporcional variao da altura; e

    O fator tempo T diretamente proporcional ao tempo

    Ento, podemos obter t90 a partir do grfico h x t de cada estgio do ensaio endomtrico

    Prolongamento do trecho reto

    U=90%

    Trecho reto (U=0 a 60%)

    90% Upara 0,92 0,848T temos teoria,a Segundo

    90% Upara 0,80T teramosreto, trechodo ntoprolongame o oconsiderad fosse Se

  • Grfico h x t de um estgio do ensaio edomtrico

    Aula 5

    Sendo: hi = altura do C.P. no incio do

    estgio h0 = altura terica do C.P. no

    incio do adensamento primrio (obtida prolongando-se o trecho retilneo)

    hi h0 = compresso inicial (causada por compresso de bolhas de ar, ajustes, folgas, etc)

    t90 = tempo correspondente a 90% do recalque final

    90 = 90% do recalque final por adensamento primrio

    x 1,15x

    90t

    hi h0

    t min

    Curva experimental

    h [mm]

    Reta com abcissas 15% maiores 90r

    Conhecendo t90, obtemos cv:

    90

    2

    dv

    t

    H0,848c

  • Exemplos prticos

    Aula 5

    hi = 1,958cm t90 = 1,25 = 1,56min = 94s c v = 0,848 * (1,99cm/2) / 94s c v = 8,9 * 10

    3 cm/s

    hi = 1,815cm t90 = 7,8 = 60,8min = 3650s c v = 0,848 * (1,82cm/2) / 3650s c v = 1,9 * 10

    4 cm/s

  • Obs.: 1. Este procedimento deve ser repetido para todos os estgios de

    carregamento

    2. Para cada estgio ser obtido um cv diferente

    3. Para fins de projeto utiliza-se um valor cv mdio, considerando o intervalo de tenses efetivas previsto para a obra

    4. Variao tpica de cv:

    Aula 5

    svm logsv

    e

    ~ 10 a 100x

    svm