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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO FACULDADE DE VETERINÁRIA REGISTRO GENEALÓGICO DO CAVALO QUARTO DE MILHA AFRÂNIO MAGALHÃES EMMANUEL TELES JULIANA BARROSO FÉLIX 1

Registro Quarto de Milha

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Page 1: Registro Quarto de Milha

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

FACULDADE DE VETERINÁRIA

REGISTRO GENEALÓGICO DO CAVALO QUARTO DE MILHA

AFRÂNIO MAGALHÃES

EMMANUEL TELES

JULIANA BARROSO FÉLIX

FORTALEZA – CEARÁ – 2011

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SUMÁRIO

Registro Genealógico....................................................................................................... 3 O quarto de milha............................................................................................................. 4Regulamento do serviço de registro genealógico do cavalo quarto de milha.................. 5Da origem dos fins........................................................................................................... 5Superintendência.............................................................................................................. 6Criadores e Obrigações..................................................................................................... 8Cobrições.......................................................................................................................... 9Inseminações.................................................................................................................. 10Transferências de Embriões ........................................................................................... 11Nascimentos.................................................................................................................... 12Identificação, marcas, tatuagens, nomes e afixos........................................................... 12Idade dos animais............................................................................................................13Certificados de registro genealógicos.................................................................. 13, 14,15Devolução do Certificado...............................................................................................15Animais não Registráveis............................................................................................... 16Defeitos genéticos e características indesejáveis....................................................... 17,18Reinspeção..................................................................................................................... 18Propriedade e de sua transferência................................................................................ 19Morte.............................................................................................................................. 20Emolumentos.................................................................................................................. 20Penalidades..................................................................................................................... 21Disposições Gerais......................................................................................................... 21Padrão Racial................................................................................................. 22, 23, 24,25

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REGISTRO GENEALÓGICO

Na eqüinocultura o Registro Genealógico é uma ferramenta fundamental, pois é instrumento que possibilita selecionar animais de qualidade zootécnica superior e que transmitam essas suas características para seus descendentes.

O Registro Genealógico é um serviço realizado pela Associação de cada uma das raças reconhecidas, e seus poderes provem diretamente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por delegação.

Os objetivos do registro genealógico são: Preservar os conceitos de pureza da racial e incentivar o aperfeiçoamento de

seus padrões zootécnicos; Promover a expansão da raça e melhorar suas qualidades segundo os ideais

visados pela seleção; Assegurar a perfeita identidade dos animais inscritos em seus livros, bem como

a autenticidade e legitimidade de seus documentos.

O criador que desejar registrar um produto deverá informar previamente à associação a data da cobertura, ou logo após a mesma ter ocorrido. Devem ser informados os dados sobre a égua e o garanhão, sendo que ambos devem ter o Registro Definitivo.

O nascimento do potro deve ser comunicado à respectiva Associação, respeitando o prazo estabelecido por cada uma delas. Enquanto o potro ainda está sendo amamentado pela égua, um funcionário da Associação fará o registro provisório, fazendo a resenha do potro ainda ao pé da égua. As anomalias congênitas ou em algumas pelagens não aceitas pela Associação são faltas eliminatórias para o registro. Dependendo da raça, material genético deve ser coletado para a realização de exame de DNA, comprovando a filiação do animal.

O Registro Definitivo é solicitado pelo criador após o desenvolvimento do potro. Novamente um técnico irá até a propriedade, realizando uma nova resenha, examinando do animal e coletando material para ser estocado, para possível exame de DNA. O cavalo deverá estar dentro do padrão permitido de altura e sem faltas graves que impeçam o registro definitivo. Quando o animal morre, a morte também deve ser comunicada à respectiva Associação, observando os prazos estipulados.

Registro Genealógico passo a passo

Como registrar um animal?

Primeiro Passo: Toda pessoa que desejar criar cavalos da raça Quarto de Milha é obrigada a apresentar na ABQM a Inscrição de Criador.

Segundo Passo: Para registrar um animal Quarto de Milha é preciso comunicar a cobertura. Isso deve ser feito pelo proprietário do garanhão, através do preenchimento do Relatório de Serviço de Reprodutor, notificando todas as coberturas efetuadas nas respectivas Estações de Monta, que são divididas em dois semestres: 1º Semestre -

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coberturas de 01/01 até 30/06 - Prazo de entrega: 01/07 até 15/08; 2º Semestre - coberturas de 01/07 até 31/12 - Prazo de entrega: 01/01 até 15/02.

Terceiro Passo: Após o nascimento é necessário chamar um Inspetor Oficial da ABQM que vai elaborar a resenha do produto no Pedido de Registro,documento esse que a ABQM enviará ao proprietário da reprodutora em resposta à comunicação da cobertura da égua.

Quarto Passo: O quarto passo é enviar para a ABQM o Pedido de Registro preenchido e assinado pelo Inspetor Oficial no prazo de até 180 dias após o nascimento do produto.

Obs.: Caso o reprodutor cubra éguas de terceiros é obrigação do dono do garanhão fornecer um Certificado de Cobertura para o dono da égua. Este certificado deverá ser encaminhado para a ABQM juntamente com o Pedido de Registro.

O QUARTO DE MILHA

O Quarto de Milha iniciou a formar-se em 1611 pelo cruzamento dos cavalos trazidos pelos ingleses, cavalos trazidos pelos espanhóis e cavalos de indígenas (mustangues), também de ascendência ibérica. Posteriormente, dezessete garanhões e éguas, originalmente thoroughbreds ingleses, foram levados para os Estados Unidos. Entre os thoroughbreds importados figura Janus, um filho de Godolphin Barb. Com o tempo surgiu um eqüino compacto e bastante musculoso, capaz de correr distâncias curtas em grande velocidade.

Com a lida no campo, na desbravação do Oeste Norte-americano, o cavalo foi se especializando no trabalho com o gado. Nos finais de semana, os colonizadores divertiam-se, promovendo corridas nas ruas das vilas e pelas estradas dos campos, perto das plantações, com distância de um quarto de milha (402 metros), originando o nome do cavalo.

Mas outras atividades também foram desempenhadas com sucesso por estes animais. Linhagens diferentes foram sendo definidas para cada área. Hoje são bem distintas e tem uma seleção rigorosa. Mas a principal característica do Quarto de Milha é a versatilidade. Corridas, provas western em geral e trabalho no campo. Teve bastante aceitação no trabalho do campo e lida devido a sua docilidade, robustez e velocidade.

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No nordeste do Brasil o Quarto de Milha tornou-se o melhor em vaquejada. No sul do Brasil nos trabalhos de campo encontra concorrência no cavalo crioulo.

Foi fundada em 15 de março de 1940 a American Quarter Horse Association (AQHA), em College Station, Texas. Em 1946, a AQHA se transferiu para Amarillo, Texas, onde se encontra até hoje, tornando-se a maior associação de criadores do mundo, com cerca de 400 mil sócios e mais de 5 milhões de cavalos registrados, divididos em 43 países, representando 52% dos eqüinos em todo o mundo.

REGULAMENTO DO SERVIÇO DE REGISTRO GENEALÓGICO DO CAVALO QUARTO DE MILHA

DA ORIGEM E DOS FINS

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM), por expressa concessão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), nos termos do Artigo 2º parágrafo Iº, da Lei Nº 4.716 de 29 de Junho de 1965, executará em todo o País, o Serviço de Registro Genealógico do Cavalo Quarto de Milha (SRGCQM).

O SRGCQM funcionará em dependência da sede social da ABQM, podendo ser instaladas agências, escritórios ou representações nos Estados e no Distrito Federal, para melhor atender às regiões onde a criação do referido eqüino aconselhar a adoção daquela medida, ficando tais dependências diretamente subordinadas ao SRGCQM.

Seus objetivos são manter o registro genealógico, a identidade e propriedade doCavalo Quarto de Milha, zelando pela pureza da Raça e para tais fins, manterá relações com entidades estrangeiras congêneres, exercerá o controle e a fiscalização da procriação, gestação, nascimento, identificação e filiação, nacionalização de animais

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importados, outorgará certificados de exportação, de identificação, de propriedade e qualquer outra documentação correspondente às finalidades acima mencionadas.

Os Trabalhos do SRGCQM serão custeados:a) pelos emolumentos, prestação de serviços e demais rendas cobradas de acordo com acompetente tabela em vigor;b) pelos recursos oficiais a que se refere o artigo 13, alínea a) Lei nº 7.291 de 19 deDezembro de 1984;c) pelas contribuições e doações de qualquer natureza ou procedência.

SUPERINTENDÊNCIA

O Serviço de Registro Genealógico do Cavalo Quarto de Milha contará em sua estrutura com:

Conselho Deliberativo Técnico (CDT); Superintendente do SRGCQM; Seção Técnica Administrativa (STA);

c1 - Comunicação;c2 - Análise de Documentos;c3 - Processamento de Dados;c4 - Expedição de Registro;c5 - Arquivamento.

SUPERINTENDÊNCIA DO SERVIÇO DE REGISTRO GENEALÓGICO

O SRGCQM será dirigido por um Superintendente remunerado, obrigatoriamente, profissional com formação em Medicina Veterinária, Zootecnia ou Engenharia Agronômica, comprovadamente com conhecimento em registro genealógico, indicado pelo Presidente da Associação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para ser credenciado.

Competências do Superintendente do SRGCQM:

Cumprir e fazer cumprir o presente regulamento; a direção, coordenação, o controle e a supervisão do Serviço de Registro; a assinatura do Certificado de Registro e demais documentos pertinentes ao mesmo;

Autorizar a Inscrição de animais no Livro do Registro Genealógico e no Livro de Registro de Mérito; a responsabilidade pela guarda de todo o acervo do Livro de Registro Genealógico e do Livro Geral de Registro de Mérito;

Credenciar e descredenciar os técnicos que deverão exercer funções de Inspetor Oficial;

Orientar os inspetores oficiais para trabalhos de inspeção, fiscalização e identificação dos animais;

Aplicar penalidades de sua atribuição conforme este regulamento; Encaminhar ao Conselho Deliberativo Técnico os casos que forem da

competência do mesmo; Indicar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o Técnico que o

deva substituir em seus impedimentos legais, temporários ou eventuais;

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Providenciar a identificação dos animais que devam tomar parte em exposições ou leilões promovidos ou apoiados pela ABQM, ou realizados sob o patrocínio ;

Solicitar à Presidência da ABQM, quando for oportuna e necessária a admissão de técnicos e auxiliares, para a execução dos trabalhos, bem como sugerir dispensa ou substituições, justificando-as convenientemente;

Promover em conjunto com a Presidência da ABQM, a publicação dos dados que devem figurar no volume bienal do Serviço de Registro Genealógico do Cavalo Quarto de Milha;

Elaborar o relatório anual do SRGCQM a ser apresentado ao MAPA até 30 de março do ano subseqüente.

O Conselho Deliberativo Técnico (CDT), órgão de deliberação superior integrante do SRGCQM, será composto por 10 membros, associados ou não, sendo que a metade mais um (01) com formação profissional em Medicina Veterinária, Engenharia Agrônoma ou Zootecnia, presidido por um de seus profissionais eleitos entre os seus pares.

Finalidades do Conselho Deliberativo Técnico:

Redigir o Regulamento para Registro Genealógico do Cavalo Quarto de Milha, do qual o padrão racial é parte integrante e que será submetido à aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;

Seguir o padrão racial do Cavalo Quarto de Milha, conforme a American Quarter Horse Association;

Deliberar sobre ocorrências relativas ao registro genealógico não previstas neste regulamento;

Julgar recursos interpostos por criadores sobre atos ou decisões do Superintendente do SRGCQM;

Propor alterações neste regulamento, quando necessárias, submetendo à apreciação e aprovação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;Atuar como órgão de deliberação e orientação sobre todos os assuntos de natureza técnica e estabelecer diretrizes, visando o melhoramento e desenvolvimento da Raça;

Proporcionar respaldo técnico ao SRGCQM; Homologar o cancelamento de registro de animais em decisão proferida pela Superintendência, desde que nas inscrições tenham sido observadas

irregularidades previstas neste regulamento; Cumprir e fazer cumprir este regulamento.

As decisões do Conselho Deliberativo Técnico cabem recurso ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar da efetiva notificação das mesmas às partes interessadas.

A Seção Técnica Administrativa será chefiada por servidor do SRGCQM, cuja incumbência é executar todos os serviços de comunicação, análise de documentos,processamento de dados, expedição de registros e arquivos.

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CRIADORES E DAS OBRIGAÇÕES

Entende-se como criador de um produto o proprietário ou arrendatário da reprodutora no momento do nascimento do mesmo. A qualidade de criador de um produto é intransferível, não podendo, de forma alguma, em qualquer tempo e por nenhum motivo, ser atribuída a terceiros. Apenas para efeito de premiação, no caso de animais importados, será considerado criador o importador legal do animal; ainda assim, no certificado de registro constará o nome do criador no pais de origem. O regulamento considera-se criador do Cavalo Quarto de Milha, toda pessoa física ou jurídica que se dedique à criação e reprodução do mesmo em estabelecimento próprio ou de terceiros, e devidamente registrado no SRGCQM.

A Caderneta de Monta é um documento particular do Criador, ela será numerada e autenticada pela Superintendência do SRCGQM e serve de instrumento para dirimir eventuais dúvidas, e só terá valor se autenticada e datada pelos inspetores oficiais credenciados, por ocasião de suas visitas ao criatório.

A Caderneta de Monta deverá conter dados tais como: o nome da reprodutora, nome do reprodutor que a padreou, data das respectivas padreações, a data do nascimento doproduto, o sexo e o nome que veio a ter, devendo ainda ser anotado na coluna própria asseguintes ocorrências:

VAZIA - quando se verificar nos serviços de padreações anotados, que a receptora não ficou prenhe;

ABORTOU - quando houver aborto simples, ou gemelar, mencionando a data desse fato;

GÊMEOS – não viáveis – ambos ou um deles; NATIMORTO OU MORREU – quando tal fato acontecer ao produto,

mencionando a data da ocorrência; OUTRAS OCORRÊNCIAS

Se a égua não for padreada durante a estação de monta, o fato deverá ser anotado na coluna reservada às datas de padreações. No caso de morte da reprodutora deve-se anotar tal ocorrência na primeira linha que seguir à ultima anotação de padreação, mencionando-se a data da morte e processando o encerramento da respectiva página;

Critério idêntico ao item anterior deve ser adotado em caso de venda da reprodutora, anotando-se a declaração “Vendida” e a data da transação, o nome do comprador e o local para onde a reprodutora tenha sido enviada.

A caderneta possui uma coluna de OBSERVAÇÃO que será de uso exclusivo do Inspetor Oficial do SRGCQM, que a cada visita porá seu visto e datará, com todas as informações nela constantes. Em caso de dúvidas será solicitada a Caderneta de Monta para dirimir as possíveis divergências com os dados constantes do SRCGQM.

A Caderneta de Monta deverá ser guardada em lugar seguro, mas estar permanentemente à disposição do inspetor do SRCGQM, ao qual deverá ser apresentada;

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A Caderneta de Monta é de tal importância, tanto para o criador como para o SRGCQM, que somente deverá ser escriturada por quem esteja habilitado para tal; e as anotações serão consideradas válidas e autênticas para fins de confrontação com as ocorrências comunicadas, não sendo aceitas quaisquer alegações para justificar erros e omissões ou isentar de responsabilidade seus autores.

A escrituração relativa às pensionistas será processada de forma idêntica e adotada para as reprodutoras do criador, assumindo o proprietário do reprodutor, integral responsabilidade pelas anotações efetuadas. Quando as pensionistas forem devolvidas aos seus proprietários ou enviadas para outro local, o fato deverá ser imediatamente anotado na Caderneta de Monta, cabendo àqueles anotarem em suas cadernetas as ocorrências que se verificarem, com base no certificado de padreação.Pensionista é a fêmea que está em poder de outro criador, que não o proprietário, de forma eventual, para fins de Padreação.

COBRIÇÕES

As padreções poderão realizar-se em qualquer época do ano, porém o SRGCQM recomenda a estação de monta que vai de 15 de agosto à 31 de dezembro do mesmo ano.

Tais comunicações poderão ser efetuadas em formulários padronizados e fornecidos pelo SRCGQM. Sempre que o proprietário da égua não for o do reprodutor, terá de ser apresentado ao SRCGQM o Certificado de Cobertura, devidamente preenchido pelo proprietário do garanhão, anexo ao Pré-Registro.

O Relatório de Serviço de Reprodutor (um para cada garanhão) relacionando todas as éguas, cobertas pelo mesmo, inclusive de outros proprietários. Deve ser remetido ao SRGCQM nas seguintes datas, impreterivelmente, sendo válida a data da postagem do Serviço de Correios:

I) o das cobrições do primeiro semestre (1º de janeiro à 30 de junho) deve ser enviado de 1º de julho à 15 de agosto do mesmo ano;II) o das cobrições do segundo semestre (1º de julho à 31 de dezembro) deve ser enviado de 1º de janeiro à 15 de fevereiro do ano seguinteApós este prazo, por mais 60 (sessenta) dias, as padreações poderão ser anotadas a critério do Superintendente do SRGCQM.

Caso uma égua deva ser coberta por reprodutores diferentes na mesma estação de monta, excepcionalmente o Superintendente do SRCGQM poderá autorizar a utilização de outro reprodutor para cobrição, mediante atestado firmado pelo Médico Veterinário declarando estar vazia a égua em questão.

As cobrições em regime de campo ficarão restritas a éguas Bases e Mestiças, com exceção daquelas com composição racial de 15/16 de Quarto de Milha, sendo fixado em 40 (quarenta) o número máximo de éguas para cada garanhão por estação de monta.Para as cobrições das éguas puras, mestiças 15/16 e apêndices, serão obrigatoriamente usadas cobrições controladas.

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Certificado de Cobrição – necessita as assinaturas do proprietário do reprodutor e do proprietário da égua na época da cobrição e deve ser utilizado nos seguintes casos:

a) quando cedido Serviço de um garanhão para égua de outro proprietário (entregar ao dono da égua);b) no caso de venda da égua prenhe, entregar ao comprador.

Nesses casos, quando solicitado o Registro do produto é imprescindível anexar esse Certificado de Cobrição ao Pré-Registro já resenhado pelo Inspetor Oficial,quando de sua remessa para o SRGCQM.

INSEMINAÇÕES

É permitida a Inseminação Artificial a quente ou natural, desde que o sêmen seja utilizado logo após a sua coleta e no mesmo local onde esteja o garanhão, podendo ser fracionado para utilização em mais de uma égua. É permitida também a utilização de Inseminação artificial com sêmen resfriado ou congelado, objetivando o registro genealógico dos produtos

Se o sêmen resfriado ou congelado for transportado com o propósito de cobrir uma égua ou mais éguas em qualquer outro local que admita a coleta – o proprietário do garanhão ou arrendatário e o proprietário da égua ou responsável, ambos deverão preencher sua parte da coleta/certificado de inseminação que deverá acompanhar o embarque do sêmen resfriado ou congelado para o proprietário da égua.

O formulário de coleta/inseminação será fornecido pela ABQM, para o proprietário do garanhão ou seu representante. O certificado de coleta/inseminação deverá ser preenchido em parte pelo proprietário/arrendatário do garanhão e acompanhar o sêmen transportado para o proprietário da égua ou seu representante. Este certificado não deverá ser confundido com o certificado de cobertura (Art. 16) e não poderá ser utilizado como tal.

Mediante o recebimento do sêmen e do certificado da coleta/inseminação enviado pelo proprietário do garanhão, o proprietário ou arrendatário da égua ou seu representante para o qual o sêmen for recebido, deverá preencher e assinar o certificado, incluindo o nome e número de registro da égua e a data da inseminação. Este certificado (não o de cobertura) deverá ser enviado a tempo para que seja recebido pelo escritório da ABQM no prazo de 30 dias da data da inseminação. Qualquer cobertura subseqüente na mesma temporada de monta irá requerer outro certificado.

O proprietário do garanhão deverá distinguir claramente no Relatório do Serviço do Reprodutor, aquelas éguas cobertas utilizando-se o sêmen transportado e aquelas cobertas imediatamente após a coleta, cobertura controlada ou a campo no Relatório de Serviço do Reprodutor.

Qualquer potro resultante da utilização de sêmen transportado deverá ter seu pedigree verificado por teste genético, incluindo pai, mãe e potro e/ou por outro teste genético que a ABQM julgar necessário, sendo que as despesas dos mesmos deverão ser do solicitante do registro. Além disso, o Conselho Deliberativo Técnico tem a autoridade

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para requerer a verificação de parentesco por teste genético de todos os potros nascidos em qualquer local que receber o sêmen transportado.

Qualquer potro resultante da utilização de sêmen transportado não deverá ser registrado sem o certificado do criador quanto ao sêmen transportado (não o certificado do criador no pedido de registro). Estes certificados do criador estão disponíveis, para os proprietários de garanhões, mediante solicitação. Quando um potro for produzido por transporte de sêmen, tal fato constaráem seu certificado de registro.

O Conselho Deliberativo Técnico tem a autoridade para enviar representantes para inspecionar as instalações e práticas de qualquer pessoa ou estabelecimento de reprodução utilizando-se inseminação artificial, e ninguém deverá recusar, mediante solicitação razoável, acesso pleno às referidas instalações.

Quando tratar-se de sêmen importado deverá, além das normas estabelecidas por este regulamento, também atender às regras determinadas pela portaria vigente, estabelecida pelo MAPA e recolhidas às respectivas taxas.

No caso de óbito do reprodutor, seu sêmen resfriado ou congelado poderá ser utilizado por tempo indeterminado, com confirmação de filiação através de exames de DNA.

TRANSFERÊNCIAS DE EMBRIÕES

Quando o criador pretender utilizar-se da transferência de embrião, deverá informar previamente o SRGCQM, através de formulário próprio, o nome da égua doadora, o nome do reprodutor, o nome do Médico Veterinário responsável e o pagamento da taxa estabelecida.

A partir do ano hípico 2012, toda receptora deverá ter registro no SRGCQM, no mínimo como ½ sangue para sua melhor identificação. O SRGCQM permitirá o registro de mais de um produto por ano, por égua doadora.

O proprietário da égua doadora poderá indicar o primeiro produto a ser registrado.No caso de Transferência de Embrião será considerado criador o proprietário da égua no dia do nascimento do(s) produto(s).Quando o produto é desenvolvido por Transferência de Embrião, esse fato constará no seu certificado de registro..

O criador que pretender utilizar-se da transferência de embrião deverá apresentar exame biológico dos animais envolvidos, antes da transferência efetiva, sendo responsável pelas taxas.

Para que o produto seja registrado, o criador, além de cumprir as demais normas de registro, deverá confirmar a progênie do produto através de testes biológicos específicos julgados necessários pelo SRGCQM, onde os resultados ficarão arquivados.

Quando necessárias todas as despesas, incluindo as viagens, alojamento do representante do SRGCQM e emolumentos correrão por conta do criador.

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Verificada qualquer irregularidade no cumprimento das normas estabelecidas para transferência de embrião, os produtos resultantes não serão registrados ou terão seus registros cancelados.

NASCIMENTOS

O pedido de registro de qualquer produto deve ser efetuado junto ao SRGCQM, observando-se os seguintes requisitos:

Com base nos dados constantes do Relatório do Serviço de Reprodutor, o SRGCQM emitirá, para cada uma das matrizes relacionadas, um formulário destinado ao pedido de registro (Pré-Registro), que será remetido ao respectivo proprietário da égua à época da cobrição;

Caso a matriz venha a ser vendida antes do nascimento do produto, o vendedor deverá entregar o pré-registro ao novo proprietário que deverá cumprir idêntico procedimento;

Após o nascimento do produto, o proprietário completará os dados no pré-registro e providenciará a visita do inspetor para identificar, ainda ao pé, o produto e sua respectiva mãe;

Por ocasião da visita, o inspetor elaborará a resenha e assinará o formulário, juntamente com o proprietário, ou quem o represente. O formulário deverá estar no SRGCQM no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data do nascimento do produto;

Após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias até 240 (duzentos e quarenta) dias da data do nascimento do produto o pré-registro poderá ser aceito, a critério do Superintendente do SRGCQM. Após o prazo mencionado o registro só poderá ser aceito mediante autorização do Conselho Deliberativo Técnico.

Somente o proprietário inicial do animal poderá fazer marca a fogo ou similar, não podendo alterá-la após registrar o mesmo. Rasuras, modificações ou adulterações nas informações contidas nesses formulários tornando-os sem validade, salvo quando feitas por um inspetor.

IDENTIFICAÇÃO, MARCAS, TATUAGENS,NOMES E AFIXOS

Para todo animal cujo registro seja solicitado, deve ser dado um nome aceitável, que não exceda 20 (vinte) caracteres, incluindo letras ou espaços em branco, e que ainda não esteja em uso, nem cause confusão com o nome de qualquer outro animal já registrado anteriormente.

O SRGCQM não registrará nomes:

Tiverem diferenças ortográficas ou fonéticas com outros nomes já registrados; Representem números ordinais, e estejam acompanhados de sinais de

exclamação ou interrogação; Não serão aceitos nomes cujas diferenças incidam apenas nos sufixos, prefixos, nºs ordinais ou cardinais;

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Sejam considerados obscenos, vulgares ou cuja significação dê duplo sentido ou se prestem a falsas interpretações;

Afetem crenças religiosas.

Não é permitido reservar antecipadamente nomes. O SRGCQM tem o direito de veto para nomes que julgar inconvenientes ou impróprios.

Os animais importados manterão obrigatoriamente o mesmo nome de Registro do SRGCQM do país de origem. No caso de igualdade de nomes entre um nacional e um importado, acrescentar-se-á ao nome do importado a sigla do país de origem. Além do nome, o animal receberá um número de ordem de registro no SRGCQM.

Uma vez registrado o animal, não é permitida a troca de nome, podendo, não obstante, o SRGCQM, a qualquer tempo, exigir que o proprietário do animal lhe dê novo nome, quando verificar infração às normas, dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados da comunicação que lhe for feita.

Poderá ser autorizada a troca de nomes de um animal inédito até a idade de 24 meses, arcando seu criador ou proprietário com as taxas correspondentes.Nos casos de tatuagem ou implantação de instrumentos de identificação, o Inspetor Oficial expressamente designado pela Superintendência fará as competentes anotações nos Certificados de Registro.

IDADE DOS ANIMAIS

A idade de um animal é considerada a base do ano hípico, que se inicia em 1º de julho em um ano e termina em 30 de junho do ano seguinte, independentemente da data real do nascimento. Assim, o animal é considerado como “menos de um ano” durante o Ano Hípico em que tiver nascido e de um ano a 1º de julho do ano Hípico seguinte. E assim por diante. Apesar de ser assim considerado a idade com base no ano hípico , no Certificado de Registro constará a data real do nascimento do animal.

Caso a idade de um animal verificada pelo exame de seus dentes, feito por Inspetor Oficial, não coincida com a idade enunciada no Certificado de Registro, o registro do animal será cancelado e seu proprietário inicial ficará sujeito à ação disciplinar.

CERTIFICADOS DE REGISTRO GENEALÓGICOS

Satisfeitas as normas de registro, o SRGCQM emitirá um Certificado de Registro para cada animal, tendo em vista suas características, e de acordo com as categorias, a saber:

I) PURO DE ORIGEM, para os que:

a) Tenham sido previamente registrados em “Stud Book” Oficial reconhecido pela American Quarter Horse Association;

b) Sejam produtos de animais que atendam ambos (tanto o garanhão como a égua) ao disposto no item "a" desta alínea, ou;

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c) Sejam produtos de genitores (ambos) puros de origem, registrados no Stud Book do Cavalo Quarto de Milha,

II      MESTIÇOS – aqueles que tiverem composição racial entre ½ (meio) e 15/16 (quinze dezesseis) avos Quarto de Milha;

III) PUROS POR CRUZAMENTO (PC) – Produtos com composição racial igual ou superior a 31/32 (trinta e um trinta e dois) avos de Quarto de Milha, obtidos através de cruzamentos absorventes com éguas bases ou comuns ou com animais puros de outras raças, devidamente cadastradas na ABQM;

Os animais machos da categoria PC não são recomendados para reprodução.

IV) Apêndice – 1 – Produtos resultantes de cruzamentos entre animais Puros Quarto de Milha e Puro Sangue Inglês, devidamente cadastrados na ABQM;

Apêndice – 2 – Produtos resultantes de cruzamentos entre animais Puros Quarto de Milha com animais “APÊNDICES”, anteriormente registrados.

Todos os animais de outras raças puras utilizados para a obtenção de produtos Apêndices ou Mestiços, deverão ter essa condição previamente comprovada mediante o envio de xerocópia autenticada do seu registro na Associação respectiva, que ficará arquivada no SRGCQM. Animais utilizados como formadores não poderão apresentar defeitos genéticos e características indesejáveis na raça Quarto de Milha.

Os produtos APÊNDICES que estiverem inscritos no Registro de Mérito, com índice de velocidade igual ou superior a 100, por duas vezes e, desde que os índices atingidos sejam em páreos clássicos do calendário oficial e que os índices de velocidade desses animais sejam confirmados através de exames “anti-dopping”, ou que tenham obtido 30 pontos ou mais, em Conformação e Trabalho, em provas oficiais pela ABQM, poderão obter Registro como Puros, desde que aprovado por um inspetor veterinário, indicado pelo Superintendente do SRGCQM, não sendo animal portador de prognatismo ou monorquidismo uni ou bilateral e aprovados sucessivamente pelo Superintendente do SRGCQM e pelo Conselho Deliberativo Técnico da ABQM, hipótese em que será expedido um novo Certificado de Registro;

A partir de 1º de julho de 1995 todos os animais citados no inciso III deste artigo estarão na Categoria de Puro por CRUZAMENTO;

Os animais anteriormente registrados como Puros serão mantidos

Os animais registrados como Cruzados se enquadram na categoria de APÊNDICE se originários de cruzamentos com animais Puros Sangue Inglês;

Os animais registrados como Cruzados, originários de animais puros de outras raças, que não o Puro Sangue Inglês serão considerados como animais Mestiços.

O Certificado de Registro será confeccionado em papel de segurança, com cor especifica para cada Categoria de animal, tendo no fundo a sigla ABQM e conterá em plano de destaque os seguintes dizeres: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,

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PECUÁRIA E ABASTECIMENTO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALO QUARTO DE MILHA

REGISTRO NO MINISTÉRIO SOB Nº. BR-18.

O certificado de registro conterá em seu anverso os seguintes dados:

Categoria do animal e número da via do Certificado; Nome e número de seu registro, país ou estado de nascimento;

Pelagem, sexo, data de nascimento e composição racial;

Nome, cidade e estado do criador;

Nome, cidade e estado do proprietário inicial;

Genealogia até a quarta geração com respectivos números de registro e associação que registrou o ascendente com a indicação da raça;

Descrição das marcas, sinais, cicatrizes e demais particularidades do animal necessárias a sua identificação;

Data do registro e data da emissão do Certificado;

Assinatura do Superintendente do SRGCQM;

Colunas ou espaços próprios para anotações das datas de transferências de propriedade e nome do proprietário atual, chanceladas pelo Secretário do SRGCQM;

No verso do certificado constará o número de registro do animal, diagrama das duas faces do corpo, da cabeça e dos membros, onde serão desenhadas marcas, sinais, cicatrizes, etc... pelo SRGCQM.

Qualquer rasura ou adulteração do Certificado de Registro torna-o inválido para todos os efeitos, constituindo-se em falta grave e submetendo seu responsável às penalidades, independentemente das sanções civis e penais cabíveis.

Se necessárias alterações nas informações contidas no Certificado de Registro, isso, somente poderá ser efetivado após inspeção feita por Inspetor Oficial e com autorização do Superintendente do SRGCQM. Até os 24 meses de idade do produto, não serão cobrados emolumentos para emissão do Certificado de Registro assim corrigido.

DEVOLUÇÃO DO CERTIFICADO

O Certificado de Registro deverá ser enviado ao SRGCQM nas seguintes hipóteses:-

Anotação de transferência de propriedade, sendo devolvido ao novo proprietário; 15

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Anotação de óbito e castração, sendo devolvido ao proprietário;

Alterações regulamentares, ficando retida a via remetida e sendo emitida uma nova via corrigida, que será enviada ao proprietário;

Cancelamento do registro, quando ficará retida definitivamente pelo SRGCQM.

ANIMAIS NÃO REGISTRÁVEIS

Não serão registrados no SRGCQM ou terão seus registros cancelados, conforme o caso:

Os produtos nascidos no país, cujos pais não estejam registrados no SRGCQM, com ressalva para os produtos de primeira cruza;

Os produtos nascidos de éguas cujas padreações não tenham sido comunicadas dentro do prazo regulamentar ou que não figurem no relatório do serviço de reprodutor;

Os produtos que venham a nascer num período de gestação inferior a 310 dias ou superior a 365 dias, contados a partir do dia seguinte ao da cobrição. No caso de uma gestação de período irregular, o produto deverá ser inspecionado por médico veterinário até 10 dias do nascimento, o qual emitirá laudo que será imediatamente enviado ao Superintendente do SRGCQM que com base na investigação e comprovação do fato, poderá aceitar ou recusar o Registro do Produto;

Os produtos em que se comprove a existência de qualquer anormalidade não verificada anteriormente e que venha a infringir este Regulamento;

Os animais produtos de um genitor de pelagem pampa, pintado, branco em todas as variedades ou albino, mesmo que o produto seja de pelagem regulamentar;

Os Produtos albinóides poderão ser registrados, desde que seus pais e suas mães sejam Quarto de Milha registrados e suas genealogias sejam confirmadas através de exames biológicos, e assim, com os mesmos direitos dos demais animais registrados.

Produtos de ambos os genitores alazão que não possuam essa pelagem; Produtos tordilhos que não tenham pelo menos um dos genitores com essa

pelagem;

Animais que tenham entrado ilegalmente no País.

Animais concebidos pelo processo de clonagem. (entende-se clonagem como qualquer método pelo qual é retirado o material genético de um ovo não

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fertilizado ou embrião, recolocado por material genético retirado de outro organismo, acrescido a um material genético de outro organismo ou ao contrário, modificado por quaisquer meios, com o propósito de se produzir um potro vivo).

DEFEITOS GENÉTICOS E CARACTERÍSTICAS INDESEJÁVEIS

As condições relacionadas abaixo comumente consideradas características indesejáveis ou defeitos genéticos deverão ser indicadas no registro, para animais nascidos na data indicada ou após a mesma, uma vez que a condição seja conhecida. Uma ou mais dessas condições não evitam que o cavalo seja utilizado para reprodução ou de participar em provas oficiais da ABQM, conforme regras estabelecidas no Regulamento de Provas e Competições

(a) Prognatismo com projeção da mandíbula superior ou inferior, tal como definido pela associação Americana de Praticantes de Veterinária Eqüina “sem contato oclusivo entre os incisivos centrais superiores ou inferiores”. Designação válida para potros nascidos em 1 de julho de 2004 ou após essa data.

(b) Criptorquidismo – significando menos de dois testículos visíveis simétricos, em tamanho e consistência, na parte de baixo do escroto, a partir dos 30 meses de idade. Designação válida para potros nascidos em 1 de julho de 2004 ou após essa data.

(c)Marcas Brancas : O animal que tiver marcas brancas com contorno de pele clara além de quaisquer das linhas a seguir descritas deverá estar apto para registro junto à ABQM, somente se for verificado o parentesco através de exames biológicos do produto, de seu pai e sua mãe. Os criadores deverão estar cientes de que o cavalo Quarto de Milha, enquanto reconhecido, identificado e promovido como cavalo de coloração compacta, pode e ocasionalmente gera produto com características de excessivo pintado. Tais marcas não são características da Raça e são consideradas indesejáveis. O aviso que segue deverá ser colocado nos registros de cavalos cujas marcas excedam as limitações:

“Este cavalo tem marcas brancas designadas mediante o padrão estabelecido pela AQHA, como característica indesejável e não própria da Raça.”

Na cabeça – linha imaginária que passa logo atrás da orelha, circundando o pescoço ao longo da linha média da garganta.

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Nos membros anteriores – linha imaginária horizontal que passa no ponto equidistante entre o cotovelo ou linha do ventre e o acessório do corpo.

Nos membros posteriores – linha imaginária horizontal que passa no ponto equidistante entre a inserção da virilha ou meio da rótula e o centro do curvilhão.

No corpo – mancha branca acompanhada de pele branca isolada, com área de até 10 centímetros quadrados; exceto na cabeça e membros como descritos acima.

Áreas de pele branca, rosa ou pintada localizadas na genitália do animal, incluindo o prepúcio ou úbere, na região da axila ou na parte interna das pernas traseiras, incluindo a superfície acima da anca e a parte do abdômen, superfície da cauda e o que não é visível prontamente quando o animal está em estação, são aceitas normalmente, sem qualquer restrição.

(d) Paralisia Periódica Hiperkalêmica (HYPP) – designação válida para potros nascidos em 1 de janeiro de 1998 ou após essa data. Doença muscular, causada por um defeito genético hereditário, que leva à uma contração muscular incontrolável ou profunda fraqueza muscular, e em casos graves, pode levar a colapso e/ou morte. De acordo com pesquisas, esta condição existe em certos descendentes do garanhão Impressive – nº de registro AQHA 0767246. (1) O aviso a seguir deverá ser colocado nos certificados de registro de potros descendentes do garanhão Impressive ou qualquer outra linhagem determinada por carregar o gen HYPP.

“Este cavalo tem um ancestral conhecido por ser portador de HYPP, designado sob as regras da ABQM como um defeito genético. A ABQM recomenda exame para se confirmar a presença ou ausência desse gen.”

Quando o(s) pai(s) delineando a linha de HYPP tiver(em) sido testado(s) como negativo(s) para HYPP com uma designação adequada ilustrada em seu certificado de registro, o aviso acima não será requerido, e ao contrário, será substituído pela designação “N/N”, ou após o exame negativo para o gen, o aviso poderá ser substituído pela designação “N/N” a pedido do proprietário, às suas custas.

       (2) É obrigatório fazer o exame para HYPP para potros nascidos a partir de 01 de julho de 2004.

      (3) Os animais descendentes do garanhão Impressive– nº de registro AQHA 0767246 nascidos em 1 de julho de 2007 ou após essa data deverão ter parentesco verificado e teste para HYPP, estando sujeitos às condições no item (d)(2). Qualquer potro homozigoto com teste positivo para HYPP (H/H) não será registrado.

O SRCGQM aceitará como válidos os certificados de Registros emitidos pela AMERICAN QUARTER HORSE ASSOCIATION e demais Associações reconhecidas pela mesma. Somente serão registrados animais importados, de acordo com a legislação vigente na época.

O pedido de Registro de Animais Importados, somente poderá ser feito pelo seu importador legal, dentro do prazo de 30 (trinta) dias a partir da data do seu desembarque no País, devendo ser acompanhado da declaração de importação, da documentação

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sobre filiação, identidade, propriedade do animal e certificado de registro original atualizado, emitido pela Associação do país de procedência, já devidamente autenticada e legalizada. A falta deste pedido de registro no prazo estipulado acarretará em multa.

Os animais somente serão registrados, satisfeitas todas as exigências do regumelamento da ABQM, após a inspeção realizada por Inspetor Oficial, sendo então emitido certificado.

REINSPEÇÃO

No caso de negativa de registro de um produto após inspeção, julgando-se prejudicado, o solicitante do registro poderá pedir uma nova inspeção, mediante o pagamento prévio de emolumento previsto.Serão enviados neste caso, inspetores diferentes e, baseado nos relatórios das suas inspeções o Conselho Deliberativo Técnico do SRGCQM julgará o pleito. A nova inspeção deverá ser realizada no prazo mínimo de 30 (trinta) dias e no máximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de inspeção anterior.

PROPRIEDADE E DE SUA TRANSFERÊNCIA

Perante o SRGCQM é considerado, proprietário do animal, a pessoa física ou jurídica que, nos assentamentos do SRGCQM, figurar como tal. O proprietário inicial do produto figurará no certificado de registro e será sempre o proprietário Oficial da égua, a época da parição.Nos casos de animais importados, o proprietário inicial será o importador legal que deverá providenciar o registro dentro do prazo regulamentar.

É permitido o uso de reprodutores (machos ou fêmeas) em condomínio.O condomínio será estabelecido com personalidade jurídica própria e específica para cada reprodutor.

Figurará como proprietário do reprodutor, objeto da sociedade condominial, a própria pessoa jurídica do condomínio.

A transferência do reprodutor para o condomínio deve der realizada antes do inicio de seu uso em sociedade.

É nulo qualquer dispositivo do Estatuto Social do Condomínio, ou Cláusula de Contrato Condominial que se sobreponha ou que se contraponha ao Regulamento do SRGCQM.

Todo Estatuto Social do Condomínio ou Contrato Condominial para uso de reprodutores deverá conter dispositivo que expresse claramente o dispositivo no parágrafo anterior.

O SRGCQM não realizará o registro genealógico dos produtos, se o condomínio não atender às exigências deste artigo.

O condomínio elegerá um responsável perante o SRGCQM, e somente este poderá assinar o Relatório de Serviço do Reprodutor e o Certificado de Cobrição. Na ausência de um responsável, os documentos necessários poderão ser assinados pelo condômino interessado.

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O arrendatário de um animal terá, para efeito do SRGCQM, os mesmos direitos e privilégios atribuídos ao real proprietário, com exceção do direito de assinar a guia de transferência ou qualquer outra restrição que conste do contrato de arrendamento.

Para ser reconhecido como arrendatário, o interessado deve remeter cópia do contrato legal do arrendamento, antes do que não será reconhecido como tal.

Guia de Transferência de Propriedade – até 45 (quarenta e cinco) dias após concluída a transação de venda de um animal, o vendedor deverá enviar para o SRGCQM a Guia de Transferência de Propriedade, devidamente preenchida e assinada com firma reconhecida em cartório, acompanhada do respectivo original do Certificado de Registro, sob pena de pagamento de multa.

Parágrafo 1º – O reconhecimento de firma em cartório poderá ser dispensado nos casos em que o SRGCQM tenha condições de identificar as assinaturas.

Parágrafo 2º – O pagamento de taxa de Transferência de Propriedade é de responsabilidade do comprador.

Art.55 – No caso de Vendas a Prazo, poderá o vendedor emitir a guia de Transferência de Propriedade, não adiando tal condição, bem como a data prevista para o pagamento final, sendo anotada a Transferência de Propriedade no Certificado Original, com Alienação Fiduciária até a data prevista.

Parágrafo 1º - Nesse período, o animal poderá competir, participar de exposições e reproduzir em nome do comprador.

Parágrafo 2º - Enquanto perdurar a anotação de Alienação Fiduciária o animal não poderá ser vendido.

Parágrafo 3º - Dentro do período da venda e até trinta dias após a data prevista para o último pagamento, o vendedor poderá comunicar, por escrito, suas restrições e a transferência de propriedade do animal e todos os fatos ocorridos no período poderão ser anulados ou passarão para o pleno mérito do vendedor, sendo inválida a transferência de propriedade.

Parágrafo 4° - Tôdas as despesas ocorridas com o animal durante o período de alienação serão de responsabilidade do comprador.

Parágrafo 5º - Após trinta dias de vencido o prazo para o pagamento final, o comprador deverá remeter o Certificado de Registro para o SRGCQM, sendo então, anotada a Transferência Definitiva e o Certificado devolvido para o comprador.

MORTE

O proprietário deve informar ao SRGCQM o óbito de seu animal, enviando correspondência até 60(sessenta) dias após o fato, anexando o Certificado de Registro para baixa e sendo o mesmo devolvido ao proprietário.

Após esse prazo, o óbito poderá ser anotado com aplicação da multa, conforme Tabela de Emolumentos vigentes.

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Periodicamente o SRGCQM poderá fazer levantamento detalhado de todo plantel do Criador e aplicar multa pelas baixas não comunicadas.

EMOLUMENTOS

A Tabela de Emolumentos destina-se à contra prestação de serviços pelo SRGCQM, e deverá ser elaborada pela ABQM, aprovada pelo Conselho de Administração da ABQM, e posteriormente aprovada pelo MAPA.

Os animais dos Governos Federal, Estadual ou Municipal, estão sujeitos a todas as normas deste Regulamento, ficando, porém isentos de pagamento de quaisquer taxas ou emolumentos.

PENALIDADES

Além de anular o registro do respectivo animal, bem como, o de seus descendentes. O SRGCQM poderá representar, independentemente de qualquer aviso ou notificação contra o criador que:

Inscrever animal no SRGCQM utilizando documentos falsos ou

formulando declarações comprovadamente inverídicas;

Alterar, rasurar ou viciar qualquer documento expedido pelo SRGCQM,

especialmente o que servir para identificação do animal;

Apresentar para identificação do animal documentação impropria;

Utilizar indevidamente a marca de uso privativo do SRGCQM.

DISPOSIÇÕES GERAIS

O SRGCQM promoverá, sempre que possível, intercâmbio de informações com outros Serviços de Registro Genealógico reconhecidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

São consideradas válidas para todos os efeitos e fins de direito as anotações, os certificados e quaisquer outros documentos e atos emitidos pelo SRGCQM na forma da regulamentação anterior, bem como quaisquer decisões ou providências que tenham sido proferidas ou anotadas no mesmo período.

Os Criadores que não concordarem com qualquer decisão do Superintendente do SRGCQM poderão recorrer ao Conselho Deliberativo Técnico, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a contar da data do recebimento da comunicação. As decisões do

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Conselho Deliberativo Técnico caberão recurso do interessado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias.

O padrão racial descrito é parte integrante do regulamento da ABQM. Os casos omissos serão decididos pelo Conselho Deliberativo Técnico, ou pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em última instância administrativa.

PADRÃO RACIAL

O quarto de milha é um cavalo que possui normalmente um temperamento dócil, rústico e inteligente. É um cavalo extremamente versátil, e se destaca em suas duas principais funções:

Trabalhos rurais que exigem força, além da lida com o gado. Corridas planas, por sua capacidade de atingir altas velocidades a curtas

distâncias, além de serem bons em diversas outras provas como salto, tambores, baliza, hipismo e etc.

Entre as principais características gerais desse cavalo, podemos destacar:

Peso: 500 kg (tanto macho quanto fêmea) Altura: média de 1,50m. Porte: médio a grande.

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Com base nas funções já descritas desse animal, ele deve apresentar preferencialmente os seguintes padrões de características específicas:

APARÊNCIA – Têm uma aparência que transmite força e tranqüilidade. Quando não estão trabalhando, mantêm-se calmos, com a própria força sob controle. Na posição parado, mantém-se em postura, com os posteriores sob a massa muscular, apoiando-se nos quatro pés, podendo partir rapidamente em qualquer direção.

PELAGEM – São admitidas as pelagens do tipo: Alazão, alazão tostado, castanho, zaino, preto, baio amarilho, lobuno, tordilho, rosilho e baio. Não são admitidas, para fins de registro, pelagens pampas, pintados e brancos, em todas as suas variedades.

CABEÇA – Com um perfil anterior reto, possui olhos grandes e bem afastados devido à testa larga, permitindo um amplo campo visual tanto para frente como para trás, com o mesmo olho;   Têm orelhas pequenas, alertas, bem distanciadas entre si; Possuem narinas grandes, e boca pouco profunda, permitindo grande sensibilidade às embocaduras, além de possuir um focinho pequeno.

PESCOÇO – Comprimento médio. Deve inserir-se no tronco em ângulo de 45°, porém, bem destacado do mesmo. Somente a junção entre o pescoço e a cernelha deve ser gradual. Musculatura bem pronunciada, tanto vista de lado, como de cima. As fêmeas têm pescoço proporcionalmente mais longo, garganta mais estreita e desenvolvimento muscular menor. O Quarto de Milha, quando

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em trabalho, mantém a cabeça baixa, podendo, assim, usá-la melhor e permitindo ao cavaleiro uma perfeita visão sobre ela.

TRONCO – Da cernelha ao lombo deve ser curto e bem musculado. Não "selado" especialmente nos animais de lida. Isto permite mudanças rápidas de direção e grande resistência ao peso do cavaleiro e arreamentos. De perfil, é aceitável o declive gradual de 5° a 8° da garupa à base da cernelha. O vértice da cernelha e a junção do lombo com a garupa devem estar aproximadamente no mesmo nível.

CERNELHA – Bem definida, de altura e espessura médias.

DORSO – Bem musculado ao lado das vértebras e, visto de perfil, com muita discreta inclinação de trás para frente. Tendo aparência semi-chata, o arreamento comum deve cobrir toda essa área.

LOMBO: curto, com musculatura acentuadamente forte. 

GARUPA: longa, discretamente inclinada, para permitir ao animal manter os posteriores normalmente embaixo da massa (engajamento natural). 

PEITO: profundo e amplo. O peito visto de perfil, deve ultrapassar nitidamente a linha dos antebraços, estreitando-se, porém, no ponto superior da curvatura, de forma a diferenciar-se nitidamente do pescoço. Vista de frente, a interaxila tem forma de "V" invertido, devido à desenvolvida musculatura dos braços e antebraços. 

TÓRAX: amplo, com costelas largas, próximas, inclinadas, elásticas. O cilhadouro deve ser bem mais baixo que o codilho.

MEMBROS ANTERIORES

Espádua: deve ter ângulo de aproximadamente 45°, denotado equilíbrio e permitindo a absorção dos choques transmitidos pelos membros. Braços: musculosos, interna e externamente.

Antebraços: o prolongamento da musculatura interna dos braços proporciona ao bordo inferior do peito, quando visto de frente, a forma de "V" invertido, dando ao cavalo a aparência atlética e saudável. Externamente, a musculatura do antebraço também é pronunciada. O comprimento do antebraço é um terço a um quarto maior que a canela.

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Joelhos: vistos de frente são cheios, grandes e redondos; vistos de perfil, retos e sem desvios.

Canelas: não muito curtas. Vistas de lado, são chatas, seguindo o prumo do joelho ao boleto; vistas de frente, igualmente sem desvios.

Quartelas: de comprimento médio, limpas, em ângulo de 45°, idêntico a da espádua, e continuam pelos cascos com a mesma inclinação.

Cascos: de tamanho médio, formato aproximadamente semicircular, com talões bem afastados, sem desvios. 

MEMBROS POSTERIORES

Coxas: longas, largas, planas, poderosas, bem conformadas, fortemente musculadas, mais largas que a garupa.

Soldra: recoberta por musculatura bem destacada, poderosa.

Patas: muito musculosas. Essencialmente importante é o desenvolvimento muscular homogêneo, tanto interna, quanto externamente.

Jarretes: baixos. Por trás, são largos, limpos, aprumados; de perfil, largos, poderosos, estendendo-se em reta até os boletos.

Canelas: mais largas, discretamente mais longas e mais grossas que as anteriores. De lado, são chatas. São canelas mais curtas, tornando o jarrete mais próximo do solo, permitindo voltas rápidas e paradas curtas.

Quartelas: discretamente mais fortes que as anteriores, porém, com a mesma inclinação.

CASCOS – Menores que os anteriores e oblongos.

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