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Regulamento Interno 2018-2019

Regulamento Interno - externatodaluz.com · Decreto-Lei n.º 51/2012 – Estatuto do Aluno e Ética Escolar Decreto-Lei n.º 152/2013 – Novo Estatuto Ensino Particular e Cooperativo

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Regulamento Interno

2018-2019

Índice

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 1

FUNCIONAMENTO E RECURSOS ESCOLARES ................................................................................................................ 2

1. ABERTURA E FECHO ................................................................................................................................................ 2 2. HORÁRIO E NÍVEIS DE ENSINO ................................................................................................................................. 2 3. ESPECIFICIDADE FORMATIVA ................................................................................................................................. 3 4. CONSTITUIÇÃO DAS TURMAS .................................................................................................................................. 3 5. SALAS DE AULA ........................................................................................................................................................ 3 7. MATERIAL E EQUIPAMENTO – REQUISIÇÕES ......................................................................................................... 4 8. CENTRO DE RECURSOS ............................................................................................................................................ 4 9. REFEITÓRIO, EMENTAS E REFEIÇÕES ..................................................................................................................... 5 10. ESPAÇOS DESPORTIVOS E DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA ............................................................................................ 5 11. SERVIÇO DE FOTOCÓPIAS ........................................................................................................................................ 6 12. BAR ........................................................................................................................................................................... 6 13. SALAS DE ATENDIMENTO A PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO ..................................................................... 6 14. CAPTAÇÃO DE SOM E IMAGEM ................................................................................................................................ 6

1. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO ............................................................................................................................... 6

1. PROVÍNCIA PORTUGUESA DA ORDEM FRANCISCANA............................................................................................ 7 2. DIREÇÃO .................................................................................................................................................................. 7

2.1 Constituição da Direção ..................................................................................................................................... 7

São membros da direção: .................................................................................................................................................. 7

2.2 Competências ............................................................................................................................................................. 7 2.3 FUNCIONAMENTO .................................................................................................................................................... 8

2.4 Competências do Diretor .................................................................................................................................... 8

2.5 Competências do Subdiretor .............................................................................................................................. 9

2.6 Competências do Representante Legal da Entidade Titular ............................................................................. 9

2.7 Direção Pedagógica .......................................................................................................................................... 10

2.7.1 Competências do Diretor Pedagógico (conforme art.º n.º 41.º, do Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro)

10

2.7.2 Competências do Subdiretor Pedagógico ........................................................................................................ 11 3. CONSELHO PEDAGÓGICO ...................................................................................................................................... 11

3.1 Competências do Conselho Pedagógico .......................................................................................................... 11

3.2 Funcionamento ................................................................................................................................................. 11

4. Animação da Pastoral ...................................................................................................................................... 12

4.1 Competências do Animador da Pastoral ................................................................................................................. 12

4.2 Funções ............................................................................................................................................................. 13

4.3 Funcionamento ................................................................................................................................................. 13

II ESTRUTURAS DE ORIENTAÇÃO E APOIO EDUCATIVOS ............................................................................................. 13

1. Coordenação Pedagógica ................................................................................................................................. 13 2. COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE CICLO .............................................................................................................. 13 3. COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES DOS COORDENADORES DE CICLO ..................................................................... 14 4. COORDENADOR DE DIRETORES DE TURMA ......................................................................................................... 14

4.1 Mandato ........................................................................................................................................................... 14

4.2 Competências e atribuições ............................................................................................................................. 14 5. ESTRUTURA DE ORIENTAÇÃO E APOIO EDUCATIVOS ........................................................................................... 15

5.1 Na educação pré-escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico ................................................................................ 15

5.2 No 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico ................................................................................................................... 15

5.3 Competências.................................................................................................................................................... 15 6 CONSELHO DE EDUCADORAS DO PRÉ-ESCOLAR ................................................................................................. 16

6.1 COMPETÊNCIAS DO CONSELHO DE EDUCADORAS: .............................................................................................. 16 7 CONSELHO DE DOCENTES DO 1º CICLO ................................................................................................................ 17 7.1 COMPETÊNCIA DO CONSELHO DE DOCENTES: .................................................................................................... 17 8. CONSELHO DE TURMA DO 2.º E 3.º CICLO ............................................................................................................ 17 8.1 COMPETÊNCIAS DO CONSELHO DE TURMA: ........................................................................................................ 18 9. DEPARTAMENTOS CURRICULARES ....................................................................................................................... 18 9.1 É DA COMPETÊNCIA DOS DEPARTAMENTOS CURRICULARES: ............................................................................. 19 10. EDUCADOR DE INFÂNCIA....................................................................................................................................... 20 11. PROFESSOR TITULAR ............................................................................................................................................ 20 12. DIRETOR DE TURMA .............................................................................................................................................. 21 13. PLANO CURRICULAR DE TURMA .......................................................................................................................... 22

IV SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE ÂMBITO EDUCATIVO ............................................................................................. 22

1. MEDIDAS DE SUPORTE À APRENDIZAGEM E À INCLUSÃO (DEC LEI Nº 54/2018, DE 6 DE JULHO) .......................... 23

1.1 Objetivos das medidas (artigo 6º) .................................................................................................................... 23

1.2 Níveis das medidas (artigo 7º) ......................................................................................................................... 23

1.3 Medidas universais (artigo 8º) ......................................................................................................................... 23

1.4 Medidas seletivas (artigo 9º) ........................................................................................................................... 24

1.5 Medidas adicionais (artigo 10º) ....................................................................................................................... 24

1.6 Equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva (artigo 12º) ............................................................... 24

1.7 Processo de identificação da necessidade de medidas (artigo 20º) ............................................................... 25

1.8 Relatório técnico-pedagógico (artigo 21º) ...................................................................................................... 26

1.9 Aprovação do relatório técnico-pedagógico (artigo 22º) ............................................................................... 26

1.10 Identificação da necessidade de frequência de áreas curriculares específicas (artigo 23º) .......................... 27

1.11 Programa educativo individual (artigo 24º) .................................................................................................... 27

1.12 Plano individual de transição (artigo 25º) ....................................................................................................... 27

1.13 Confidencialidade e proteção dos dados (artigo 26º) ..................................................................................... 28

1.14 Adaptações ao processo de avaliação (artigo 28º) ......................................................................................... 28

1.15 Progressão (artigo 29º)..................................................................................................................................... 29

1.16 Certificação (artigo 30º) ................................................................................................................................... 29

1.17 Regime de transição para alunos com a extinta medida currículo específico individual (artigo 31º) .......... 29

V. ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ................................................................................................ 30

1. ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO/COMPLEMENTO CURRICULAR ..................................................................... 30 2. VISITAS DE ESTUDO ............................................................................................................................................... 30 3. VIAGEM DE 9.º ANO ............................................................................................................................................... 31 4. FESTA DO PATRONO: SÃO FRANCISCO DE ASSIS .................................................................................................. 31 5. FESTA DE NATAL, CARNAVAL, PÁSCOA E FINAL DE ANO LETIVO ..................................................................... 31 6. RECEÇÃO DOS SACRAMENTOS DE INICIAÇÃO CRISTÃ.......................................................................................... 32 7. DESPORTO INTERNO .............................................................................................................................................. 32 8. ATIVIDADES DE OCUPAÇÃO DE TEMPOS LIVRES DURANTE AS INTERRUPÇÕES LETIVAS .................................... 33 9. SALA DE ESTUDO ASSISTIDO .................................................................................................................................. 33

9.1 Por parte do aluno: ........................................................................................................................................... 33

9.2 Por parte do professor orientador do estudo: ................................................................................................. 34

9.3 Por parte do pessoal não docente: .................................................................................................................. 34 10 SALAS DE EQUIPAMENTO INFORMÁTICO E DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ................... 34 11 INFOTECA ............................................................................................................................................................... 35 12.CLUBES ........................................................................................................................................................................... 35 13. BIBLIOTECA ........................................................................................................................................................... 35

2 - COMUNIDADE EDUCATIVA .................................................................................................................................. 36

1. PESSOAL DOCENTE ................................................................................................................................................ 36 1.1. Direitos .............................................................................................................................................................. 36

1.2. Deveres.............................................................................................................................................................. 37

1.3. Observações ...................................................................................................................................................... 38

1.4. Critérios de atribuição do serviço Docente ...................................................................................................... 38

1.5. Elaboração dos horários ................................................................................................................................... 38 2. PESSOAL NÃO DOCENTE ........................................................................................................................................ 38

2.1. Auxiliar de Ação Educativa ............................................................................................................................... 39

2.2. Pessoal administrativo ..................................................................................................................................... 40

2.3. Pessoal da portaria ........................................................................................................................................... 40

2.4. Pessoal de manutenção .................................................................................................................................... 40

2.5. Vigilância .......................................................................................................................................................... 41

3 - ALUNOS .............................................................................................................................................................. 41

3.1. Pré-inscrição ........................................................................................................................................................... 41

3.2. Prioridades na admissão ......................................................................................................................................... 41

3.3. Bonificação na lecionação e assistência pedagógica ...................................................................................... 41

3.4. Documentação e pagamentos ......................................................................................................................... 42

3.5. Renovação de Matrícula .................................................................................................................................. 42

3.6. Direitos do aluno .............................................................................................................................................. 42

3.7. Deveres do aluno .............................................................................................................................................. 43

3.8. Deveres específicos ........................................................................................................................................... 44

3.9. Processo individual do aluno ............................................................................................................................ 46

3.10. Direito a consulta do dossier individual do aluno ........................................................................................... 46

3.11. Uniforme dos alunos e objetos pessoais .......................................................................................................... 47

3.12. Acesso aos Prémios de Mérito, de Empenho e de Mérito Desportivo ............................................................ 48

3.13. Desporto - Reconhecimento do mérito ............................................................................................................ 49

3.14. Assembleia de turma ........................................................................................................................................ 50

3.15. Faltas dos alunos (Lei n.º 51/2012, secção IV, subsecção I) ........................................................................... 50

3.16.1. Faltas justificadas ............................................................................................................................................... 51

3.16.2. Justificação de faltas .......................................................................................................................................... 51

3.16.3. Faltas injustificadas ............................................................................................................................................ 52

3.16.4. Excesso grave de faltas do aluno ....................................................................................................................... 52

3.16.5. Efeitos da ultrapassagem dos limites de faltas ................................................................................................ 52

3.17 Medidas de recuperação e de integração ............................................................................................................. 53

3.18 Incumprimento ou ineficácia das medidas ...................................................................................................... 54

3.19 Medidas corretivas e medidas disciplinares sancionatórias........................................................................... 54

2 - AVALIAÇÃO ................................................................................................................................................... 67

(DEC. LEI Nº 55/2018, DE 6 DE JULHO; PORTARIA Nº 223 - A/2018, DE 3 DE AGOSTO) ................................................. 67

1. OBJETO DA AVALIAÇÃO (ARTIGO 16º, PORTARIA Nº223-A/2018) ......................................................................... 67 2. FINALIDADES DA AVALIAÇÃO (ARTIGO 22º, DEC LEI Nº 55/2018).......................................................................... 68 3. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS (ARTIGO 23º, DEC LEI Nº 55/2018)................................................................... 68 4. AVALIAÇÃO INTERNA DAS APRENDIZAGENS (ARTIGO 24º, DEC LEI Nº 55/2018) ................................................... 69 5. AVALIAÇÃO EXTERNA DAS APRENDIZAGENS (ARTIGO 25º, DEC LEI Nº 55/2018) .................................................. 70 6. INTERVENIENTES NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO (ARTIGO 26º, DEC LEI Nº 55/2018) ............................................ 70 7. EFEITOS DA AVALIAÇÃO (ARTIGO 27º, DEC LEI Nº 55/2018) .................................................................................. 71 8. ESCALA DE AVALIAÇÃO (ARTIGO 28º, DEC LEI Nº 55/2018) ................................................................................... 72 9. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR ......................................................................................................... 72 10. INTERVENIENTES E COMPETÊNCIAS NO PROCESSO DE AVALIAÇÃO (ARTIGO 17º, PORTARIA Nº 223/2018) ........ 72 11. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO (ARTIGO 18º, PORTARIA Nº 223/2018) ........................................................................ 73 12. REGISTO, CIRCULAÇÃO E ANÁLISE DA INFORMAÇÃO (ARTIGO 19º, PORTARIA Nº 223/2018) .............................. 74 13. AVALIAÇÃO INTERNA (ARTIGO 20º, PORTARIA Nº 223/2018) ................................................................................ 74 14. AVALIAÇÃO FORMATIVA (ARTIGO 21º, PORTARIA Nº 223/2018) ........................................................................... 74 15. AVALIAÇÃO SUMATIVA (ARTIGO 22º, PORTARIA Nº 223/2018) .............................................................................. 75 16. EXPRESSÃO DA AVALIAÇÃO SUMATIVA (ARTIGO 23º, PORTARIA Nº 223/2018) .................................................... 76 17. FORMALIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO SUMATIVA INTERNA ......................................................................................... 76

18. CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS ESCRITAS / MENÇÕES QUALITATIVAS A ADOTAR ................................................. 77 19. PROCEDIMENTOS A ADOTAR ................................................................................................................................. 77 20. AVALIAÇÃO INTERCALAR ..................................................................................................................................... 78 21. PROVAS DE EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA (ARTIGO 24º, PORTARIA Nº 223/2018) .............................................. 78 22. PROVAS DE AVALIAÇÃO EXTERNA (ARTIGO 25º, PORTARIA Nº 223/2018)............................................................. 80 23. PROVAS DE AFERIÇÃO (ARTIGO 26º, PORTARIA Nº 223/2018)................................................................................ 80 24. RELATÓRIOS DAS PROVAS DE AFERIÇÃO (ARTIGO 27º, PORTARIA Nº 223/2018) .................................................. 81 25. PROVAS FINAIS DO ENSINO BÁSICO (ARTIGO 28º, PORTARIA Nº 223/2018) ........................................................... 82 26. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE REALIZAÇÃO DE PROVAS (ARTIGO 29º, PORTARIA Nº 223/2018) ................................ 83 27. CLASSIFICAÇÃO FINAL DE DISCIPLINA (ARTIGO 30º, PORTARIA Nº 223/2018) ...................................................... 83 28. EFEITOS DA AVALIAÇÃO SUMATIVA (ARTIGO 31º, PORTARIA Nº 223/2018) .......................................................... 83 29. CONDIÇÕES DE TRANSIÇÃO E DE APROVAÇÃO (ARTIGO 32º, PORTARIA Nº 223/2018) ......................................... 84 30. CASOS ESPECIAIS DE PROGRESSÃO (ARTIGO 33º, PORTARIA Nº 223/2018) ........................................................... 85 31. SITUAÇÕES ESPECIAIS DE CLASSIFICAÇÃO (ARTIGO 34º, PORTARIA Nº 223/2018) ............................................... 85 32. CONSELHOS DE AVALIAÇÃO (ARTIGO 35º, PORTARIA Nº 223/2018) ...................................................................... 87 33. REGISTO DE MENÇÕES E CLASSIFICAÇÕES (ARTIGO 36º, PORTARIA Nº 223/2018) ............................................... 87 34. REVISÃO DAS DECISÕES (ARTIGO 37º, PORTARIA Nº 223/2018) ............................................................................. 88 35. REVISÃO DE CLASSIFICAÇÕES DAS PROVAS (ARTIGO 38º, PORTARIA Nº 223/2018) .............................................. 89 36. CONCLUSÃO E CERTIFICAÇÃO (ARTIGO 42º, PORTARIA Nº 223/2018)................................................................... 89 37. NÍVEL DE QUALIFICAÇÃO (ARTIGO 43º, PORTARIA Nº 223/2018) .......................................................................... 89 38. PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS ................................................................................................................................. 89 39. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO............................................................................... 90

Assembleia de Pais / Encarregados de educação ......................................................................................................... 90

ANTIGOS ALUNOS .................................................................................................................................................... 90

DIVULGAÇÃO DO REGULAMENTO INTERNO .............................................................................................................. 90

ATUALIZAÇÃO.......................................................................................................................................................... 91

OMISSÕES ............................................................................................................................................................... 91

ANEXOS ................................................................................................................................................................... 91

1

REGULAMENTO INTERNO DO EXTERNATO DA LUZ

Introdução

A Escola é uma entidade social complexa onde, naturalmente, se estabelecem múltiplas relações

entre os membros que a formam: Alunos, Direção, pessoal Docente e não Docente e Encarregados de

Educação.

Qualquer interação provoca mudanças comportamentais a diversos níveis nas pessoas

envolvidas.

Na escola, muitas dessas interações são intencionalmente orientadas e geridas de forma a induzir

as mudanças desejadas no domínio dos conhecimentos, das atitudes e das competências.

Embora não haja um modelo de gestão universalmente válido com vista ao sucesso do aluno,

reconhece-se que, para se atingir essa meta, é fundamental a participação real de todos os que nela

trabalham ou com ela colaboram.

É neste contexto que emerge a importância da existência de um Regulamento Interno,

indispensável à concretização dos objetivos gerais da escola, definidos no seu Projeto Educativo.

O presente Regulamento Interno, atualização do anterior, integra as recentes orientações do

Ministério da Educação na vida do Externato, contextualizadas à sua realidade, e apresenta o seu

funcionamento e respetivos recursos escolares, a administração e gestão, as estruturas de orientação e

apoios educativos, os serviços especializados de âmbito educativo, e finaliza com um capítulo sobre a

comunidade educativa.

A legislação da qual este regulamento é subsidiário:

Decreto-Lei n.º 24/2001 – Perfil do Educador de Infância e Professor do 1.º ciclo

Despacho Normativo nº 9180/2016 – Orientações Curriculares do Pré-Escolar

Decreto-Lei n.º 51/2012 – Estatuto do Aluno e Ética Escolar

Decreto-Lei n.º 152/2013 – Novo Estatuto Ensino Particular e Cooperativo

Portaria n.º 59/2014 – Autonomia Pedagógica

Resolução do Conselho de Ministros nº 23/2016 – Plano Nacional de Promoção do Sucesso

Escolar

Despacho Normativo nº 6478/2017 – Perfil dos Alunos à saída da escolaridade obrigatória

Despacho Normativo nº 5908/2017 – Autonomia e Flexibilidade Curricular

Decreto de Lei nº 54/2018 – Educação Inclusiva

Decreto de Lei nº 55/2018 – Currículo do Ensino Básico e Secundário

Portaria nº 223-A/2018 – Regulamentação das ofertas educativas do ensino básico, previstas no

nº 2 do artigo 7º, do Decreto Lei nº 55/2018, de 6 de julho

Despacho nº 6020 -A/2018 – Calendário das provas externas

Despacho nº 6944 – A/2018 – Aprendizagens Essenciais

2

FUNCIONAMENTO E RECURSOS ESCOLARES

1. Abertura e fecho

A partir das 07h30, nos dias letivos, o Externato da Luz recebe alunos do ensino Pré-escolar, 1º,

2º e 3º Ciclos do Ensino Básico.

Às 17h45 terminam as atividades extracurriculares no 1º, 2º e 3º Ciclos, assim como a

responsabilidade por parte do Externato no que diz respeito à permanência dos alunos nas instalações.

O aluno que, excecionalmente, tenha de permanecer para além das 19h00 deve informar o porteiro para

que este dê conhecimento do facto ao vigilante que encerra o Externato, de forma que se vele pela

segurança do aluno até que o Encarregado de Educação o venha buscar.

Todos os alunos dos 2º e 3º Ciclos que fiquem no Externato a partir das 16h10, vão para a sala

de estudo assistido, não é permitida a sua permanência junto das portarias. Os alunos do 1º Ciclo a partir

das 17h00 vão também para uma sala de estudo.

A portaria principal, localizada nas imediações do Largo da Luz, abre às 7h30 e encerra às 19h00.

A portaria secundária, localizada e virada para o lado de Telheiras, funciona entre as 8h00 e as

10h00, entre as 12h00 e as 14h20 e entre as 16h00 e as 18h00.

O horário de atendimento da Secretaria nos períodos de interrupção letiva no Ensino Básico é das

09h00 às 12h00, e das 13h00 às 17h00. Nos outros dias, a Secretaria está aberta entre as 08h30 e as

18h00.

Só é permitido aos pais dos alunos do 2.º e 3.º ciclos o acompanhamento dos mesmos até junto

da porta do hall do auditório.

Os pais dos alunos do 1º ciclo não devem permanecer junto das salas após o toque da campainha

do início das atividades letivas.

2. Horário e níveis de ensino

O Externato presta um serviço na área do ensino, em regime diurno, num só turno, de segunda a

sexta-feira, abrangendo a educação Pré-escolar e o Ensino Básico.

As atividades curriculares obrigatórias da educação pré-escolar começam às 09h00 e terminam

às 16h30. No entanto, as crianças podem continuar no prolongamento até às 18h00. O almoço é servido

às 11h30 e o lanche às 15h30.

O Ensino Básico é constituído por três ciclos e abrange nove anos de escolaridade.

O 1º Ciclo, que se prolonga por quatro anos, inicia as atividades curriculares às 08h30 e terminam

às 16h45. Tem intervalos das 10h00 às 10h30, das 12h00 às 14h00, das 15h30 às 16h00, e das 16h45 às

17h00. O almoço é servido às 12h00 e o lanche às 15h30.

3

O 2º Ciclo corresponde ao 5º e 6º anos e o 3º Ciclo ao 7º, 8º e 9º anos. Ambos iniciam as

atividades curriculares às 08h10 e as extracurriculares às 16h10. As primeiras terminam às 15h55 e as

segundas às 17h45. O almoço é servido a partir das 12h35 e o lanche às 15h55. Os 2º e 3º Ciclos têm

uma tarde semanal sem atividades letivas, decorrendo atividades de índole pastoral, cultural e

desportivas.

A carga horária semanal do Ensino Básico está organizada em aulas de 45 minutos.

3. Especificidade formativa

O Externato da Luz é uma escola que baseia o seu processo educativo no modelo humano-cristão

e franciscano. É esta a singularidade da sua oferta educativa entre as escolas que constituem a rede de

ensino nacional. Neste contexto, a área curricular de Educação Moral e Religiosa Católica é de

frequência obrigatória para todos os alunos. O Externato oferece também formação catequética, a todos

os alunos que pretendam iniciar, continuar ou realizar a sua caminhada de vida cristã, preparando-se

para receção dos sacramentos da Igreja.

4. Constituição das turmas

Na formação das turmas do 1º Ciclo é dada prioridade aos alunos que já frequentaram o Externato

no ensino pré-escolar. As duas turmas do 1º Ano resultam da mistura dos alunos existentes nas duas

salas dos 5 anos e que transitam para o 1º Ciclo.

As turmas do 5º ano resultam da mistura de alunos vindos de diferentes estabelecimentos de

ensino, incluindo os próprios alunos já a frequentar o Externato, continuando a ser dada prioridade aos

alunos que frequentaram o Externato no 1º Ciclo.

As turmas do 2º Ciclo, iniciadas no 5º ano, mantêm-se até ao final do referido Ciclo de ensino, a

não ser que sugestões fundamentadas do Conselho de Turma aconselhem alterações devido à não

integração de um aluno, ou por razões de índole pedagógico-disciplinar, ou verificando-se um acréscimo

de alunos para o 6º ano.

As turmas do 3º Ciclo, iniciadas no 7º ano, são constituídas com base na escolha da segunda

língua estrangeira e mantêm-se até ao final do referido Ciclo de ensino, a não ser que sugestões

fundamentadas do Conselho de Turma aconselhem alterações pelos mesmos motivos acima referidos.

Os alunos que não transitem de ano, bem como os que apresentem dificuldades de integração,

serão distribuídos por turmas conforme sugestões / orientações do Conselho de Docentes e de Turma de

onde provêm.

Cada turma tem a sua sala de aula própria, podendo, no entanto, utilizar outros espaços.

5. Salas de aula

As portas das salas de aula são abertas pelo professor que vai orientar a atividade ou, na sua

ausência, pelo funcionário.

4

O professor é o primeiro a entrar na sala e o último a sair, competindo-lhe verificar as condições

em que a sala se encontra e, no final, deixá-la em ordem e asseio para o funcionamento da atividade

seguinte.

Não é permitido aos alunos deixarem objetos (livros, material escolar, …) abandonados na sala

de aula.

Só é permitido a utilização do telemóvel durante o período de aulas quando autorizado pelo

professor e com fins pedagógicos.

6. Locais informativos – Expositores

As convocatórias para as reuniões são enviadas via correio eletrónico e, ao mesmo tempo,

afixadas em expositores ou painéis próprios que existem na sala de professores e na sala de diretores de

turma do 2º e 3º Ciclos, com a antecedência mínima de quarenta e oito horas, contendo a indicação do

tipo de reunião, do dia, da hora, do local e da ordem de trabalhos, bem como a assinatura do responsável

pela convocatória. Todas devem ser assinadas pela Direção Pedagógica.

Os avisos ou informações são afixados no expositor do local mais acessível às pessoas a quem

dizem respeito. Todos devem possuir assinatura da Direção Pedagógica.

Os documentos desatualizados são retirados do painel por quem os afixou e, se importantes,

arquivados em pasta própria, onde podem ser consultados a qualquer momento.

7. Material e equipamento – Requisições

O material necessário a qualquer grupo ou sector é requisitado, em impresso próprio, pelo

coordenador de departamento, pelo coordenador do 1º Ciclo ou da educação pré-escolar, e entregue na

Secretaria para análise, aquisição e posterior fornecimento.

A requisição do Auditório é feita em documento próprio, afixado junto à secretária da funcionária

do rés-do-chão, que se encontra no átrio do auditório. O auditório do Centro do Cultural Franciscano,

pode ser também utilizado para atividades do Externato, a sua requisição deve ser feita à Direção.

A gestão da ocupação das salas de tecnologias de informação e comunicação é feita pelo

departamento curricular de Artes e Tecnologias no início do ano letivo.

8. Centro de recursos

O centro de recursos compreende as salas de estudo assistido, a Biblioteca, as salas de tecnologias

de informação e comunicação e a reprografia.

O estudo assistido funciona no período de enriquecimento curricular, nas salas de aula, com a

presença de um Docente.

A biblioteca é um local de trabalho / pesquisa individual ou em pequenos grupos, de reunião, ou

de atividades de carácter lúdico-didático.

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As salas de tecnologias de informação e comunicação dispõem de equipamento adequado para

poder responder às necessidades da comunidade educativa na área respetiva.

9. Refeitório, ementas e refeições

O refeitório serve almoços entre as 11h30 e as 14h20 e lanches das 15h30 às 16h10.

É obrigatório a apresentação do cartão identificativo do Externato da Luz.

As ementas são elaboradas pela técnica nutricionista em conjunto com a representante do

refeitório e aprovadas pela Direção. Havendo a possibilidade de opção de escolha normal, dieta e

vegetariano.

O serviço de refeição fornecido pelo Externato, composto por almoço e lanche, é trimestral. A

desistência implica a informação por escrito à Secretaria até 15 dias antes de terminar o período letivo,

produzindo efeitos no inicio do período letivo seguinte.

O aluno tem a possibilidade de optar por refeição avulsa (almoço ou lanche) mediante a reserva

na Secretaria, na véspera ou no próprio dia até às 10h30.

O aluno pode trazer o almoço de casa e utilizar o serviço de refeitório, que lhe permite usufruir

de mesa, tabuleiro, prato, tigela, talheres, copo e guardanapo, mediante o pagamento de um valor mensal.

Caso o aluno pretenda almoçar fora do Externato da Luz, tem de apresentar a autorização escrita

do Encarregado de Educação, dar conhecimento ao Diretor de Turma, e entregá-la na portaria.

No dia em que o aluno vai almoçar fora do Externato da Luz, tendo aulas após o almoço, entrega

a caderneta ao funcionário da portaria que a devolve quando o aluno regressa para as aulas.

O Externato não se responsabiliza por cestos ou recipientes deixados nas instalações de um dia

para o outro.

Pode ser excluído da frequência do refeitório, temporária ou definitivamente, o aluno que, depois

de chamado à atenção, se comporte desrespeitando as normas próprias do local ou perturbe o bom

ambiente da refeição.

Quem propositadamente partir ou inutilizar copos, pratos, material de serviço, ou danificar

equipamento, custeará a reposição ou reparação dos mesmos.

As verbas respeitantes ao serviço de refeição (almoço e lanche) e serviço de refeitório não são

reembolsáveis caso o aluno falte, excetuando-se as situações de doença prolongada (com apresentação

de comprovativo médico).

10. Espaços desportivos e de expressão artística

O pavilhão desportivo e o ginásio são os espaços principais para as aulas de Educação Física e

prática de atividades desportivas.

6

Há ainda outros espaços desportivos: quatro campos de futebol, quatro campos de basquetebol,

quatro campos de voleibol cobertos e recintos de ténis de mesa.

Para a expressão artística existe o atelier de ballet e de dança, bem como a sala de música.

11. Serviço de fotocópias

Este serviço destina-se à multiplicação de documentos.

O pedido de fotocópias pelos docentes deve ser feito ao funcionário responsável (em impresso

próprio ou via eletrónica), com a antecedência mínima de 24 horas. Excecionalmente, o funcionário

poderá satisfazer pedidos em prazos mais reduzidos.

O Externato da Luz suporta as despesas das fichas de trabalho, das provas escritas, dos

documentos emanados pela Direção, dos documentos produzidos em Conselho Pedagógico, dos

documentos de serviço administrativo e de qualquer outro documento inerente à atividade pedagógica a

desenvolver no Externato.

Os funcionários e alunos do Externato podem recorrer a este serviço em benefício pessoal,

mediante o respetivo pagamento, desde que esse serviço não prejudique o normal funcionamento do

Externato da Luz.

12. Bar

O bar fornece alimentos em conformidade com as necessidades e exigências de um

estabelecimento de ensino e de acordo com a legislação vigente.

No bar só é permitido o pagamento com a utilização do cartão de aluno ou de funcionário do

externato da luz.

Funciona entre as 8h00 e as 12h00 e entre as 12h30 e as 16h30.

13. Salas de atendimento a pais e Encarregados de educação

Existem duas salas de atendimento a pais/encarregados de educação, situadas junto ao átrio da

entrada principal.

14. Captação de som e imagem

Não é permitida a captação de som e imagem dentro do recinto do Externato da Luz sem autorização

prévia da Direção. Em caso de incumprimento desta norma será aplicada a legislação em vigor.

1. ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO

A administração e a gestão nas áreas pedagógica, administrativa, financeira e patrimonial do

Externato da Luz. são asseguradas pelos seguintes órgãos: Província Portuguesa da Ordem Franciscana

e Direção do Externato da Luz.

7

1. Província Portuguesa da Ordem Franciscana

A entidade tutelar do Externato da Luz é a Província Portuguesa da Ordem Franciscana, que

exerce as suas funções de acordo com o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo (Decreto-Lei n.º

152/2013, de 4 de novembro) e assume a responsabilidade última na fidelidade operativa ao ideário

educativo. Compete-lhe:

a) Nomear a Direção do Externato da Luz;

b) Nomear o seu representante perante o Ministério da Educação;

c) Dar o seu parecer sobre o Projeto Educativo, Projeto Curricular de Escola e Regulamento

Interno;

d) Zelar pelo cumprimento das diversas obrigações impostas por lei ou exigidas para o eficaz

funcionamento do estabelecimento de ensino;

e) Responsabilizar-se pela gestão económica e financeira do Externato.

2. Direção

É um órgão colegial, competindo-lhe coordenar as áreas pedagógicas, pastorais, culturais,

administrativas e financeiras.

A Direção do Externato da Luz é nomeada pela entidade tutelar para exercer funções durante um

período de três anos, prorrogável, podendo, no entanto, cessar funções antes de terminar o mandato.

A Direção reunir-se-á, em reuniões ordinárias, antes do início do ano letivo, no final do mesmo

e pelo menos uma vez por mês.

2.1 Constituição da Direção

São membros da direção:

- Diretor

- Subdiretor

- Representante Legal da Entidade Titular

- Diretor Pedagógico

2.2 Competências

Compete à Direção a orientação, coordenação e supervisão do que se relacione com a vida do

Externato da Luz (conforme art.º n.º 38.º, do Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro),

designadamente:

a) Aprovar o Projeto Educativo, o Projeto Curricular de Escola; Projeto de Pastoral e o Plano

Anual de Atividades;

b) Velar pelo cumprimento do ideário e pela preservação da identidade franciscana do

Externato;

c) Estabelecer e manter relação com outros centros culturais e educativos;

d) Elaborar anualmente e submeter ao parecer do órgão de fiscalização o relatório e contas

de gerência, bem como o orçamento e programa de ação para o ano seguinte;

8

e) Assegurar a organização e o funcionamento dos serviços e equipamentos; nomeadamente

elaborando os regulamentos internos que se mostrem adequados e promovendo a

organização e elaboração da contabilidade, nos termos da lei;

f) Manter sob a sua guarda e responsabilidade os bens e valores pertencentes ao EL ou sob

o seu usufruto;

g) Celebrar acordos com as entidades estatais, designadamente no âmbito da cooperação

com os serviços oficiais ou entidades privadas;

h) Elaborar e manter atualizado o inventário do património móvel do EL;

i) Nomear, suspender e despedir colaboradores, estabelecer os seus horários e condições de

trabalho de harmonia com os estatutos civis vigentes;

j) Criar e extinguir lugares e fixar vencimentos;

k) Desencadear o processo de avaliação periódica da organização e funcionamento do EL e

rever, sempre que necessário, a aplicação do Regulamento Interno;

l) Discutir a tomada de decisão de matérias da competência dos seus membros, se indicadas

na ordem de trabalhos;

m) Ratificar contas de exercício do EL.

O Diretor, Representante da Entidade Titular e Subdiretor serão sempre membros da PPOF.

O diretor assume a presidência da direção e das reuniões de direção.

2.3 Funcionamento

A Direção reunir-se-á, em reuniões ordinárias, antes do início do ano letivo, no final do mesmo

e pelo menos uma vez por mês.

A Direção nomeará, logo de início, um Secretário, que será o responsável pela escrituração e

distribuição das agendas de trabalho das reuniões e da elaboração e leitura das respetivas atas.

2.4 Competências do Diretor

a) Exercer a direção global do EL, garantindo o respeito pelos documentos estruturantes do

EL, e assumindo, em última instância, a responsabilidade da gestão, especialmente através

do exercício de faculdades decisórias;

b) Assegurar a melhor gestão dos serviços, bens e instalações que lhe estão afetos;

c) Assumir a responsabilidade última na gestão económica e na contratação de pessoal,

estabelecendo as relações laborais correspondentes;

d) Analisar o balanço e o orçamento económico do EL;

e) Conceber, propor e estabelecer sistemas administrativos de organização de recursos;

9

f) Decidir sobre obras de conservação e melhoramento enquadradas no orçamento aprovado

e zelar pela boa conservação das mesmas;

g) Decidir sobre a aquisição do equipamento necessário, ouvida a Direção.

h) Representar ou assegurar a representação do EL em atos oficiais e instâncias,

nomeadamente junto do Ministério da Educação, podendo sempre delegar noutro membro

da Direção;

i) Prestar cabal informação sobre matérias da sua competência, sempre que lhe for solicitado

pelo Governo da Província ou pelos serviços do Estado;

j) Exercer todas as demais funções que lhe sejam atribuídas por lei ou pelos Estatutos,

colmatando eventuais omissões destes Estatutos.

k) Ratificar os documentos estruturantes do EL.

l) Propor, para apreciação e aprovação, o Regulamento Interno à Direção e assumir a

responsabilidade da aplicação do Regulamento Interno.

m) Respeitar e fazer respeitar os direitos dos alunos, Pais e/ou Encarregados de Educação,

docentes e não docentes, reconhecidos pela legislação vigente e pelo presente

regulamento.

n) Formalizar os contratos de trabalho do pessoal docente e não docente.

o) Exercer o poder hierárquico, designadamente em matéria disciplinar, em relação aos

docentes e não docentes.

p) Supervisionar a gestão económica do EL e responsabilizar-se pelo envio ao governo

provincial da documentação referente à mesma: balanço, orçamento e avaliação dos

mesmos.

q) Solicitar à ao Governo da PPOF autorização para gastos que não estejam previstos no

orçamento e enviar documentação justificativa.

r) Aprovar e despachar as requisições de material;

s) Receber os subsídios e as anuidades dos alunos;

t) Participar nas reuniões da Assembleia de Representantes de Pais e Encarregados de

educação, quando solicitado pelo seu presidente;

u) Ratificar a avaliação do pessoal docente;

v) Organizar as atividades extracurriculares juntamente com o Diretor Pedagógico;

w) Coordenar a formação do pessoal não docente.

2.5 Competências do Subdiretor

a) Substituir o Diretor, na ausência ou impedimento temporários;

b) Exercer as funções que a Direção houver por bem atribuir-lhe;

c) Colaborar com a Direção nos assuntos da vida do EL.

2.6 Competências do Representante Legal da Entidade Titular

a) Representar o Governo da PPOF junto do EL;

10

b) Assegurar a ligação entre o Governo da PPOF e os Órgãos diretivos do EL;

c) Tornar efetivas as deliberações e orientações do Governo da PPOF junto do EL.

2.7 Direção Pedagógica

A Direção Pedagógica é constituída pelo Diretor e o Subdiretor Pedagógico.

A Direção Pedagógica é presidida pelo Diretor Pedagógico, que assume também a Direção

Pastoral do Externato da Luz.

É competência da Direção Pedagógica estudar e apreciar o que diz respeito às principais

orientações e atividades pedagógicas no Externato da Luz, em ordem a tornar mais adequado e frutuoso

o cumprimento da missão educadora em favor da comunidade educativa.

2.7.1 Competências do Diretor Pedagógico (conforme art.º n.º 41.º, do Decreto-

Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro)

a) Planificar e coordenar as atividades curriculares obrigatórias e as de enriquecimento

curricular e velar pela sua adequação às orientações do Ministério da Educação;

b) Aprovar e promover o cumprimento dos planos e programas de estudos de modo a que daí

resulte um ensino-aprendizagem de excelência;

c) Convocar e presidir às reuniões do Conselho Pedagógico;

d) Mediar e tomar uma decisão quanto à progressão de um aluno, quando não haja

unanimidade do Conselho de Turma;

e) Nomear os coordenadores de ciclo;

f) Nomear os diretores de turma;

g) Nomear o coordenador dos diretores de turma;

h) Assinar, mensalmente, os livros de registo de assiduidade;

i) Aprovar os Planos Curriculares de Turma;

j) Promover a realização de ações de formação;

k) Acompanhar a elaboração e concretização dos Planos Curriculares de Turma;

l) Velar pela aplicação de uma pedagogia que se adeque à realidade da turma e dos alunos;

m) Acompanhar a organização dos dossiers individuais dos alunos;

n) Coordenar a supervisão pedagógica e avaliação dos Docentes.

o) Exercer o poder disciplinar em relação aos alunos;

p) Responsabilizar-se pela admissão de alunos, cumprindo os critérios respeitantes à

admissão dos mesmos;

q) Ratificar a adoção de manuais escolares, de materiais e outros meios pedagógicos que se

venham a adotar, após ouvida a direção;

r) Promover e impulsionar a ação educativa das famílias;

s) Promover a comunicação entre todos os membros da comunidade educativa;

11

t) Criar e impulsionar processos de formação sistemática na nossa espiritualidade, carisma e

pedagogia.

u)

2.7.2 Competências do Subdiretor Pedagógico

d) Substituir o Diretor Pedagógico, na ausência ou impedimento temporários;

e) Exercer as funções que a Direção houver por bem atribuir-lhe;

f) Colaborar com a Direção nos assuntos da vida do EL.

3. Conselho Pedagógico

O Conselho Pedagógico é o órgão de consulta e orientação educativa do Externato da Luz,

nomeadamente nos domínios pedagógico-didático, de orientação e acompanhamento dos alunos, e da

formação inicial e contínua do pessoal Docente e não Docente, sendo constituído por:

a) Direção Pedagógica;

b) Coordenador do Pré-escolar;

c) Coordenador do 1º Ciclo;

d) Coordenador do 2º Ciclo;

e) Coordenador do 3º Ciclos;

f) Coordenadores dos departamentos curriculares do 2º e 3º Ciclos;

g) Coordenador dos Diretores de Turma;

h) Coordenador do Serviço de Psicologia e Orientação;

i) Coordenador do Núcleo de Apoio Educativo;

j) Representante do pessoal não docente;

k) Presidente da Assembleia de Pais e Encarregados de Educação;

l) Qualquer outro elemento que para tal seja convocado pela Direção Pedagógica.

3.1 Competências do Conselho Pedagógico

São atribuições do Conselho Pedagógico:

a) Apresentar propostas para a elaboração dos Projetos Educativo e Curricular do Externato;

b) Pronunciar-se sobre a proposta de Regulamento Interno;

c) Definir critérios gerais no domínio da informação e da orientação escolar e vocacional, do

acompanhamento pedagógico e da avaliação dos alunos;

d) Definir princípios gerais de articulação e diversificação curricular, dos apoios e reforços

educativos e das modalidades especiais de educação escolar;

e) Aprovar os manuais escolares a adotar, depois de ouvidos os departamentos curriculares e

conselhos de Docentes;

f) Aprovar propostas de índole formativa e cultural;

g) Proceder ao acompanhamento e avaliação da execução das suas deliberações e

recomendações;

h) Dar parecer sobre o Relatório Técnico-pedagógico e o Plano Educativo Individual.

3.2 Funcionamento

12

a) Reúne, ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo

respetivo presidente, por sua iniciativa ou a requerimento escrito de um terço dos seus

membros;

b) As reuniões têm a duração máxima de duas horas e trinta minutos;

c) As reuniões são secretariadas, rotativamente, por cada um dos elementos do Conselho

Pedagógico, à exceção da Direção Pedagógica. No caso do secretário da reunião faltar, essa

tarefa é-lhe transferida automaticamente para a reunião seguinte;

d) O registo de presenças é feito pela assinatura pessoal;

e) Poderá haver um ponto prévio, destinado a assuntos correntes, com a duração máxima de 15

minutos;

f) O plenário inicia-se com a leitura e aprovação da ata da reunião anterior;

g) O elemento responsável pela elaboração da ata deverá, num prazo máximo de 48 horas, enviar

via email um resumo das decisões assumidas pelo Conselho Pedagógico, à Direção

Pedagógica;

h) As informações que não requeiram debate são comunicadas, por escrito, ao representante do

respetivo departamento curricular até à véspera da reunião de Conselho Pedagógico, para

nela serem apresentadas;

i) Os assuntos referentes a grupos disciplinares ou departamentos curriculares que requeiram

uma decisão são previamente estudados pelos mesmos e só depois apresentados em Conselho

Pedagógico;

j) O Conselho Pedagógico poderá propor assuntos a tratar e a integrar a agenda de trabalhos da

próxima reunião.

4. Animação da Pastoral

A animação da Ação Pastoral é exercida pelo Animador Pastoral juntamente com os catequistas

do EL.

É da competência da equipa de Animação Pastoral estudar e apreciar o que diz respeito às

principais orientações e atividades pastorais no Externato da Luz, em ordem a tornar mais adequado e

frutuoso o cumprimento da missão evangelizadora em favor da comunidade educativa.

4.1 Competências do Animador da Pastoral

a. Animar e coordenar o âmbito da Pastoral e a formação religiosa;

b. Impulsionar a educação da fé de acordo com o carácter próprio, o Carisma Franciscano,

as diretrizes da Ordem e o Plano Pastoral Provincial;

c. Favorecer e potenciar que a ação pastoral se insira, como eixo transversal, na dinâmica

educativa, contribuindo desse modo para o Projeto Educativo;

d. Orientar, acompanhar e avaliar a dinâmica pastoral e a catequese;

e. Apoiar e favorecer a comunicação/relação e garantir a vinculação com a Equipa

Provincial de PJV;

f. Velar para que as dinâmicas educativas, as ações pastorais sejam coerentes com os

Projetos Educativo e Curricular de Escola;

g. Criar e impulsionar processos de formação sistemática na nossa espiritualidade;

h. Realizar a sua tarefa em coordenação/comunhão com os outros âmbitos da Direção

Pedagógica e Administrativa;

13

4.2 Funções

São funções da equipa de Animação Pastoral:

a) Ajudar a Direção do Externato da Luz a definir as orientações pastorais comuns a todos,

mediante o projeto pastoral e outros instrumentos;

b) Promover o discernimento da realidade do Externato da Luz, tirar conclusões práticas sobre

ele e indicar os caminhos pastorais a seguir;

c) Possibilitar a partilha de experiências, projetos e preocupações da comunidade educativa;

d) Dar parecer sobre o programa anual de ação pastoral do Externato da Luz;

e) Avaliar periodicamente os resultados das orientações definidas, dos programas e das

atividades realizadas;

f) Promover vivências da espiritualidade franciscana no Externato da Luz.

No exercício das suas funções, a equipa de Animação Pastoral contará com o apoio e colaboração

de todas as estruturas do Externato da Luz

4.3 Funcionamento

O CPEL reunir-se‐á, mensalmente, e, extraordinariamente, sempre que necessário. Cada

membro do CPEL procurará atuar com eficácia e de modo responsável, tomando parte ativa nas reuniões

e nas várias atividades planificadas.

II ESTRUTURAS DE ORIENTAÇÃO E APOIO EDUCATIVOS

As estruturas de orientação e apoio educativos colaboram com a Direção e o Conselho

Pedagógico de modo a assegurarem o acompanhamento eficaz do percurso escolar dos alunos na

perspetiva da qualidade educativa.

1. Coordenação Pedagógica

A Coordenação Pedagógica é constituída pela Direção Pedagógica, os Coordenadores de Ciclo e

o Coordenador dos Diretores de Turma.

2. Coordenação pedagógica de Ciclo

A coordenação pedagógica de cada ciclo tem por finalidade a articulação das atividades das

turmas, sendo, em cada ciclo, assegurada por:

a) O coordenador do pré-escolar;

b) Os coordenadores dos 1º, 2º e 3º Ciclos;

c) O coordenador dos diretores de turma.

14

d) A coordenação do Pré–escolar e dos 1º, 2º e 3º ciclos abrange todos os anos de escolaridade

que integrem os ciclos coordenados.

e) O coordenador de ciclo poderá ter a seu cargo, no 2º e 3º ciclos, uma Direção de turma.

f) Os coordenadores de ciclo são designados pela Direção Pedagógica por um período de três

anos.

g) Os coordenadores de ciclo terão assento em reunião de Conselho Pedagógico.

3. Competências e atribuições dos coordenadores de ciclo

a) Colaborar com o coordenador dos diretores de turma, com os serviços de apoio existentes

na escola e com a Direção Pedagógica na elaboração, implementação e supervisão de estratégias

pedagógicas destinadas ao ciclo que coordena.

b) Participar nas reuniões de Conselho de Educadoras, Conselho de Docentes e Conselhos

de Turma do respetivo ciclo.

c) Promover a realização de ações conducentes à aplicação do projeto educativo, numa

perspetiva de envolvimento dos Encarregados de educação e de abertura à comunidade.

d) Assegurar a articulação com outras estruturas de orientação educativa no âmbito da

concretização do Projeto Educativo, do Projeto Curricular de Escola e do Plano Anual de

Atividades.

e) Coordenar o desenvolvimento e concretização dos Planos Anuais de Turma, em

cooperação com educadoras, professores titulares, diretores de turma, coordenador dos

diretores de turma e com a Direção Pedagógica, visando a adoção de medidas pedagógicas

destinadas a melhorar as aprendizagens.

f) Assegurar, em colaboração com os professores titulares, o coordenador dos diretores de

turma e com a Direção Pedagógica, a supervisão e avaliação dos Planos de Acompanhamento

Pedagógico Individuais, elaborados nos termos legais.

g) Superintender e organizar as substituições e permutas dos Docentes no ciclo que

coordenam, mediante aprovação da Direção Pedagógica.

h) Supervisionar a organização, calendarização e avaliação das visitas de estudo do ciclo

que coordena.

i) Ter acesso a toda a documentação emanada do ministério da educação com interesse para a

escola e informar os coordenadores de departamento.

j) Apresentar à Direção Pedagógica um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido.

k) Apresentar propostas à Direção Pedagógica e ao Conselho Pedagógico.

4. Coordenador de Diretores de Turma

4.1 Mandato

a) O coordenador dos diretores de turma é designado pela Direção Pedagógica do externato de

entre os diretores de turma do 2º e 3º ciclos, por um período de três anos.

b) O coordenador dos diretores de turma terá assento em reunião de Conselho Pedagógico.

4.2 Competências e atribuições

a) Colaborar com os coordenadores de ciclos, com os serviços de apoio existentes na escola e

com a Direção Pedagógica na elaboração, implementação e supervisão de estratégias

pedagógicas destinadas ao 2º e 3º ciclos.

15

b) Coordenar a ação do conselho de diretores de turma, articulando estratégias e procedimentos.

c) Submeter ao conselho pedagógico as propostas do conselho que coordena.

d) Dar o apoio necessário para que os diretores de turma desempenhem com eficácia as suas

tarefas.

e) Assegurar a ligação funcional entre os diretores de turma e a Direção Pedagógica.

f) Coordenar o desenvolvimento e concretização dos Planos Anuais de Turma, em cooperação

com os coordenadores de ciclos e com a Direção Pedagógica, visando a adoção de medidas

pedagógicas destinadas a melhorar as aprendizagens.

g) Assegurar, em colaboração com os coordenadores de ciclos, o Núcleo de Apoio Educativo e

a Direção Pedagógica, a supervisão e avaliação dos Planos de Acompanhamento Pedagógico

Individuais, de acompanhamento e de desenvolvimento elaborados nos termos legais.

h) Ter acesso a toda a documentação emanada do ministério da educação com interesse para os

diretores de turma.

i) Divulgar, junto dos diretores de turma, toda a informação necessária ao adequado

desenvolvimento das suas competências.

j) Calendarizar as atividades a desenvolver pelos diretores de turma.

k) Supervisionar e elaborar uma síntese, a entregar à Direção Pedagógica, dos assuntos

abordados nas reuniões dos diretores de turma com os respetivos Encarregados de educação.

l) Reunir com os diretores de turma, ordinariamente, antes das avaliações.

m) Apresentar à Direção Pedagógica um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido.

5. Estrutura de orientação e apoio educativos

A estrutura de orientação educativa visa:

a) O reforço da articulação curricular;

b) A organização, o acompanhamento, a avaliação das atividades da turma ou do grupo de

alunos;

c) A coordenação pedagógica de cada ano e ciclo.

5.1 Na educação pré-escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico

Nestes níveis de ensino, a articulação é assegurada pelo respetivo Conselho de Educadoras e

Conselho de Docentes, sendo responsável pelo seu funcionamento o coordenador de cada nível de

ensino.

5.2 No 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

A articulação é assegurada pelos departamentos curriculares, onde estão representados os

agrupamentos de disciplinas. Os departamentos curriculares são coordenados por um dos Docentes,

eleito entre os professores que dele fazem parte.

5.3 Competências

Compete aos órgãos de articulação curricular (Conselho de Educadoras; Conselho de Docentes;

Conselho de Turma e Departamentos Curriculares):

16

a) Planificar e adequar as atividades à realidade do Externato;

b) Elaborar e aplicar medidas de reforço educativo no domínio das didáticas específicas das áreas

disciplinares;

c) Assegurar, em articulação com outras estruturas do Externato, a adoção de metodologias

específicas destinadas ao desenvolvimento, quer dos planos de estudo, quer das componentes

curriculares de âmbito local;

d) Analisar a oportunidade de adoção de medidas de gestão flexível dos currículos e de outras

medidas destinadas a melhorar as aprendizagens;

e) Elaborar propostas curriculares diversificadas em função da especificidade dos alunos;

f) Assegurar a coordenação de procedimentos e formas de atuação nos domínios da aplicação

de estratégias de diferenciação pedagógica e da avaliação das aprendizagens;

g) Identificar necessidades de formação dos docentes;

h) Coordenar o processo de avaliação dos alunos, garantindo o seu carácter globalizante e

integrador;

i) Dinamizar e coordenar a realização de projetos interdisciplinares das turmas;

j) Colaborar com o coordenador de departamento na execução das suas competências;

k) Elaborar relatório crítico anual do trabalho desenvolvido, a ser apresentado ao Conselho

Pedagógico.

6 Conselho de Educadoras do Pré-Escolar

O Conselho de Educadoras do Pré-Escolar é constituído pelas educadoras de cada grupo do pré-

escolar. Nas reuniões de Conselho de Educadoras do Pré-escolar, poderá ser convocado o representante

do Serviço de Psicologia e Orientação, do Núcleo de Apoio Educativo e a Direção Pedagógica.

Cada Conselho de Educadoras estabelece o seu plano de trabalho e elabora o Plano de cada

Grupo/sala.

O Conselho de Educadoras é presidido pela Coordenadora do Pré-escolar, em representação da

Direção Pedagógica.

Além das reuniões previstas na lei, o Conselho de Educadoras reúne ordinariamente no início do

ano letivo e extraordinariamente, sempre que razões especiais imponham a necessidade da sua

convocação.

6.1 Competências do Conselho de Educadoras:

a) Conceber, aprovar e avaliar o plano de grupo/sala;

b) Estruturar as atividades de aprendizagem da turma como um todo coerente e adequado às suas

características e necessidades;

c) Definir as prioridades curriculares decorrentes da análise da situação da turma;

d) Estabelecer consensualmente um perfil de competências a desenvolver no conjunto das áreas

curriculares;

e) Assegurar a organização, acompanhamento e avaliação de todas as atividades a desenvolver

com os alunos;

f) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos, promovendo a articulação com os

serviços especializados de apoio educativo, com vista à sua superação;

g) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos alunos;

h) Promover ações que estimulem o envolvimento dos pais/Encarregados de educação no

percurso escolar do aluno, de acordo com os princípios definidos pela escola;

i) Avaliar os alunos tendo em conta as competências definidas de acordo com o espírito da lei e

com os critérios definidos pelo Conselho Pedagógico;

17

j) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos pais/Encarregados de educação, relativa

ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

k) Promover a colaboração entre o Externato, a família e a comunidade de modo a alcançar os

melhores resultados educativos e formativos.

7 Conselho de Docentes do 1º Ciclo

O conselho de docentes é constituído, para efeitos de avaliação dos alunos, por todos os

professores titulares de turma do 1.º ciclo e pelos professores das atividades de enriquecimento

curricular. Nas reuniões de Conselho de Docentes, poderá ser convocado o representante do Serviço de

Psicologia e Orientação, do Núcleo de Apoio Educativo e a Direção Pedagógica.

O Conselho de Docentes do 1º ciclo é presidido pelo respetivo Coordenador de ciclo.

Cada Conselho de Docentes estabelece o seu plano de trabalho e elabora o Plano Annual de cada

Turma.

Além das reuniões previstas na lei, o conselho de docentes reúne ordinariamente no início do ano

letivo e extraordinariamente, sempre que razões especiais imponham a necessidade da sua convocação.

7.1 Competência do Conselho de Docentes:

a) Conceber, aprovar e avaliar o plano curricular de cada turma;

b) Estruturar as atividades de aprendizagem das turmas como um todo coerente e adequado às

suas características e necessidades;

c) Definir as prioridades curriculares decorrentes da análise da situação de cada turma;

d) Estabelecer consensualmente um perfil de competências a desenvolver no conjunto das áreas

curriculares;

e) Assegurar a organização, acompanhamento e avaliação de todas as atividades a desenvolver

com os alunos;

f) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos, promovendo a articulação com os

serviços especializados de apoio educativo, com vista à sua superação;

g) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos alunos;

h) Promover ações que estimulem o envolvimento dos pais/Encarregados de educação no

percurso escolar do aluno, de acordo com os princípios definidos pela escola;

i) Avaliar os alunos tendo em conta as competências definidas de acordo com o espírito da lei e

com os critérios definidos pelo Conselho Pedagógico, sob proposta dos departamentos

curriculares;

j) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos pais/Encarregados de educação, relativa

ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

k) Propor ao Conselho Pedagógico os alunos a integrar quadros que valorizem o seu desempenho

académico ou as suas atitudes e valores;

l) Promover a colaboração entre o Externato, a família e a comunidade de modo a alcançar os

melhores resultados educativos e formativos.

8. Conselho de Turma do 2.º e 3.º Ciclo

Para efeitos de avaliação dos alunos, o Conselho de Turma é constituído por todos os professores

da turma, sendo seu presidente o Diretor de Turma. Nas reuniões de Conselho de Turma, poderá ser

convocado o representante do Serviço de Psicologia e Orientação, do Núcleo de Apoio Educativo, o

Coordenador de Ciclo ou a Direção Pedagógica.

18

Cada Conselho de Turma estabelece o seu plano de trabalho e elabora o Plano Anual de Turma.

Além das reuniões previstas na lei, o conselho de turma reúne ordinariamente no início do ano

letivo e extraordinariamente, sempre que razões especiais imponham a necessidade da sua convocação.

8.1 Competências do Conselho de Turma:

a) Conceber, aprovar e avaliar o Plano curricular de Turma;

b) Estruturar as atividades de aprendizagem da turma como um todo coerente e adequado às

suas características e necessidades;

c) Definir as prioridades curriculares decorrentes da análise da situação da turma;

d) Estabelecer consensualmente um perfil de competências a desenvolver no conjunto das

áreas curriculares;

e) Assegurar a organização, acompanhamento e avaliação de todas as atividades a

desenvolver com os alunos;

f) Identificar diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos, promovendo a articulação com

os serviços especializados de apoio educativo, com vista à sua superação;

g) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens dos

alunos;

h) Promover ações que estimulem o envolvimento dos pais/Encarregados de educação no

percurso escolar do aluno, de acordo com os princípios definidos pela escola;

i) Avaliar os alunos tendo em conta as competências definidas de acordo com o espírito da

lei e com os critérios definidos pelo Conselho Pedagógico, sob proposta dos

departamentos curriculares;

j) Preparar informação adequada, a disponibilizar aos pais/Encarregados de educação,

relativa ao processo de aprendizagem e avaliação dos alunos;

k) Propor ao Conselho Pedagógico os alunos a integrar quadros que valorizem o seu

desempenho académico ou as suas atitudes e valores;

l) Promover a colaboração entre o Externato, a família e a comunidade de modo a alcançar

os melhores resultados educativos e formativos.

9. Departamentos curriculares

Os departamentos curriculares são constituídos por áreas disciplinares com algumas afinidades,

integrando os Docentes que lecionam essas áreas no pré-escolar, 1.º, 2.º ou 3.º Ciclos.

São cinco os departamentos curriculares:

a) Departamento de Línguas (Português, Inglês, Francês e Espanhol);

b) Departamento de Ciências Humanas e Sociais (História e Geografia de Portugal, História,

Geografia, Educação Moral e Religiosa Católica; Cidadania e Desenvolvimento e Formação

Humana);

c) Departamento de Ciências (Ciências da Natureza, Ciências Naturais, Matemática e Ciências

Físico-Químicas)

d) Departamento de Educação Física e Desporto (Expressão Físico-Motora, Educação Física e

Desporto Interno);

e) Departamento de Artes e Tecnologias (Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação

Musical, Expressão Plástica e Tecnológica, Introdução às Tecnologias de Informação e

Informática, Tecnologia Artística).

19

Os departamentos curriculares reúnem ordinariamente uma vez por mês, de preferência antes da

reunião de Conselho Pedagógico.

Preside à reunião de departamento o coordenador, eleito pelos professores pertencentes ao

departamento disciplinar por um período de três anos.

9.1 É da competência dos departamentos curriculares:

a) Apoiar o trabalho dos Docentes que integram o respetivo departamento, promovendo a troca

de experiências sobre metodologias, técnicas e materiais;

b) Refletir sobre questões relacionadas com a avaliação dos alunos;

c) Proceder à aferição de critérios de avaliação;

d) Analisar criticamente os programas curriculares e qualquer outra documentação específica

proveniente do Ministério da Educação;

e) Realizar o levantamento de material didático e bibliográfico ao dispor dos Docentes e, quando

necessário, solicitar a sua requisição;

f) Inventariar e, sempre que possível, orçamentar as necessidades do departamento e das áreas

disciplinares, obrigatoriamente no final de cada ano letivo;

g) Proceder à planificação, a médio e longo prazo, das áreas curriculares disciplinares;

h) Estabelecer as competências gerais das áreas disciplinares que o integram;

i) Analisar e tomar posição sobre questões vindas do Conselho Pedagógico, sempre que este

órgão o solicite;

j) Proceder à análise e escolha dos manuais escolares, de acordo com os critérios e periodicidade

previstos na lei.

9.2 Competências dos coordenadores de departamentos:

a) Representar os professores do respetivo departamento disciplinar nas reuniões de Conselho

Pedagógico;

b) Apresentar, nas reuniões de Conselho Pedagógico, as informações e sugestões emanadas das

reuniões de departamento;

c) Contribuir para o reforço da articulação curricular na aplicação dos planos de estudo, definidos

a nível nacional, bem como no desenvolvimento das componentes curriculares definidas pelo

Externato;

d) Apresentar à Direção Pedagógica um relatório crítico anual do trabalho desenvolvido;

e) Convocar e presidir às reuniões do departamento;

f) Entregar à Direção Pedagógica os registos de presença das reuniões de departamento;

g) Orientar e coordenar a ação pedagógica de todos os Docentes do departamento:

• no trabalho de permanente atualização científica e pedagógica;

• na análise crítica dos programas curriculares;

• na planificação das atividades letivas;

• nos estudo e aplicação dos processos e critérios de avaliação;

• no apoio e esclarecimento prestado aos Docentes menos experientes;

h) Colaborar com as estruturas de formação contínua na identificação das necessidades dos

professores do departamento;

i) Elaborar um dossier de departamento (entregar à Direção Pedagógica) que contenha:

• Relação nominal dos Docentes que o constituem, em suporte digital;

• Exemplares dos programas curriculares, em suporte digital;

• Listagem dos manuais escolares, em suporte digital;

• Planificação das atividades das várias disciplinas, em suporte digital;

• Convocatórias e atas das reuniões, em suporte digital;

• Exemplares de todas as provas escritas realizadas, em suporte digital;

• Critérios de avaliação, em suporte digital

20

10. Educador de Infância

O Educador de Infância é um educador nomeado pela Direção Pedagógica no início do ciclo e

acompanha o grupo ao longo de todo o Pré-Escolar. O Educador de Infância:

a) Coopera na construção e avaliação do Projeto Curricular da Escola e concebe e gere, em

colaboração com outros professores e em articulação com o conselho de educadoras, o Plano

Curricular de Grupo;

b) Desenvolve as aprendizagens, mobilizando integradamente saberes científicos relativos às

áreas e conteúdos curriculares e às condicionantes individuais e contextuais que influenciam

a aprendizagem;

c) Organiza, desenvolve e avalia o processo de ensino com base na análise de cada situação

concreta, tendo em conta, nomeadamente, a diversidade de conhecimentos, de capacidades e

de experiências com que cada aluno inicia ou prossegue as aprendizagens;

d) Utiliza os conhecimentos prévios dos alunos, bem como os obstáculos e os erros, na

construção das situações de aprendizagem escolar;

e) Fomenta a aquisição integrada de métodos de trabalho nas aprendizagens, designadamente ao

nível da pesquisa, organização, tratamento e produção de informação, utilizando as

tecnologias da informação e da comunicação;

f) Promove a autonomia dos alunos, tendo em vista a realização independente de aprendizagens

futuras, dentro e fora da escola;

g) Avalia, com instrumentos adequados, as aprendizagens dos alunos em articulação com o

processo de ensino, de forma a garantir a sua monitorização, e desenvolve nos alunos hábitos

de autorregulação da aprendizagem;

h) Desenvolve nos alunos o interesse e o respeito por outros povos e culturas e fomenta a

iniciação à aprendizagem de outras línguas, mobilizando os recursos disponíveis;

i) Promove a participação ativa dos alunos na construção e prática de regras de convivência,

fomentando a vivência de práticas de colaboração e respeito solidário no âmbito da formação

para a cidadania democrática;

j) Relaciona-se positivamente com crianças e com adultos, no contexto da especificidade da sua

relação com as famílias e com a comunidade, proporcionando, nomeadamente, um clima de

escola caracterizado pelo bem-estar afetivo que predisponha para as aprendizagens.

11. Professor Titular

O Professor Titular é um professor nomeado pela Direção Pedagógica no início do ciclo e

acompanha a turma ao longo de todo o 1.º CEB. O Professor Titular:

a) Coopera na construção e avaliação do Projeto Curricular da Escola e concebe e gere, em

colaboração com outros professores e em articulação com o conselho de docentes, o Plano

Curricular de Turma;

b) Desenvolve as aprendizagens, mobilizando integradamente saberes científicos relativos às

áreas e conteúdos curriculares e às condicionantes individuais e contextuais que influenciam

a aprendizagem;

21

c) Organiza, desenvolve e avalia o processo de ensino com base na análise de cada situação

concreta, tendo em conta, nomeadamente, a diversidade de conhecimentos, de capacidades e

de experiências com que cada aluno inicia ou prossegue as aprendizagens;

d) Utiliza os conhecimentos prévios dos alunos, bem como os obstáculos e os erros, na

construção das situações de aprendizagem escolar;

e) Promove a integração de todas as vertentes do currículo e a articulação das aprendizagens do

1.º ciclo com as da educação pré-escolar e as do 2.º ciclo;

f) Fomenta a aquisição integrada de métodos de estudo e de trabalho intelectual, nas

aprendizagens, designadamente ao nível da pesquisa, organização, tratamento e produção de

informação, utilizando as tecnologias da informação e da comunicação;

g) Promove a autonomia dos alunos, tendo em vista a realização independente de aprendizagens

futuras, dentro e fora da escola;

h) Avalia, com instrumentos adequados, as aprendizagens dos alunos em articulação com o

processo de ensino, de forma a garantir a sua monitorização, e desenvolve nos alunos hábitos

de autorregulação da aprendizagem;

i) Desenvolve nos alunos o interesse e o respeito por outros povos e culturas e fomenta a

iniciação à aprendizagem de outras línguas, mobilizando os recursos disponíveis;

j) Promove a participação ativa dos alunos na construção e prática de regras de convivência,

fomentando a vivência de práticas de colaboração e respeito solidário no âmbito da formação

para a cidadania democrática;

k) Elabora em conjunto com o Conselho de Docentes e o Núcleo de Apoio Educativo, o Plano

de Acompanhamento Pedagógico Individual para os alunos que deles necessitem, em

conformidade com a Portaria n.º 223-A/2018, de 3 de agosto e com as orientações emanadas

superiormente;

l) É o responsável em colaboração com a equipa multidisciplinar pela elaboração,

acompanhamento e avaliação do Programa Educativo Individual (PEI) ao abrigo do Decreto-

Lei nº 54/2018 de 6 de julho;

m) Relaciona-se positivamente com crianças e com adultos, no contexto da especificidade da sua

relação com as famílias e com a comunidade, proporcionando, nomeadamente, um clima de

escola caracterizado pelo bem-estar afetivo que predisponha para as aprendizagens;

n) Promove uma reunião geral no início, no final do ano letivo e no início de cada período letivo,

com os encarregados de educação/pais dos/as alunos/as da sua turma.

12. Diretor de Turma

O Diretor de Turma é um professor nomeado pela Direção Pedagógica no início do ano letivo e

a quem compete:

a) Adotar as medidas que proporcionem a melhoria das condições de aprendizagem e um bom

ambiente educativo;

b) Articular a intervenção dos professores da turma e dos pais / Encarregados de educação;

c) Cumprir as decisões emanadas do conselho de diretores de turma;

d) Analisar as propostas do Conselho de Turma e submetê-las à consideração do conselho de

diretores de turma;

e) Coordenar a ação educativa dos professores da turma;

f) Propor / coordenar formas de ação educativa com participação dos pais / Encarregados de

educação;

g) Promover a interação educativa da escola com as famílias, com a comunidade e com o meio;

h) Promover e facilitar a correta e harmónica integração dos alunos na turma e na vida escolar;

22

i) Garantir a circulação da informação pelos professores, e entre o Externato e os Encarregados

de educação, em todos os problemas e ações que envolvam a turma, nomeadamente no que

se refere a faltas, a questões de carácter disciplinar, ao aproveitamento e a atividades

escolares;

j) Dirigir as reuniões de Conselho de Turma e de assembleia de turma, garantindo e promovendo

a participação democrática de todos os seus elementos;

k) Coordenar o Plano Anual de Turma;

l) Elaborar em conjunto com o Conselho de Turma e o Núcleo de Apoio Educativo, o Plano de

Acompanhamento Pedagógico Individual para os alunos que deles necessitem, em

conformidade com a Portaria n.º 223-A/2018, de 3 de agosto e com as orientações emanadas

superiormente;

m) Comunicar ao Encarregado de Educação qualquer ocorrência de carácter disciplinar,

principalmente das decorrentes de ordens de saída da sala de aula;

n) É o responsável em colaboração com a equipa multidisciplinar pela elaboração,

acompanhamento e avaliação do Programa Educativo Individual (PEI) ao abrigo do Decreto-

Lei nº 54/2018 de 6 de julho;

o) Promove uma reunião geral no início, no final do ano letivo e no início de cada período

letivo, com os encarregados de educação/pais dos/as alunos/as da sua turma.

13. Plano Curricular de Turma

Para acompanhamento e avaliação das atividades a desenvolver com o grupo de alunos na

educação pré-escolar e demais ciclos são elaborados Planos Curriculares de Grupo, no ensino Pré-

escolar e Planos Curriculares de Turma no ensino básico, que explicitem as estratégias de diferenciação

pedagógica e de adequação curricular a adotar com cada grupo de crianças ou em cada turma, devendo

neles ser contemplados os casos de alunos do Ensino Básico sujeitos a Planos de Acompanhamento

Pedagógico Individuais. Estes projetos têm como objetivo fundamental a promoção da melhoria das

condições de aprendizagem e a articulação entre o Externato e a família.

A elaboração do Plano Curricular de Grupo compete ao educador de infância na Educação Pré-

Escolar, o Plano Curricular de Turma ao Professor Titular no 1º Ciclo, e ao conselho de turma, sob a

orientação do Diretor de Turma, nos 2º e 3º Ciclos.

O acompanhamento e a avaliação das atividades a desenvolver com as crianças no pré-escolar,

ou na turma com os alunos do Ensino Básico, é da responsabilidade:

a) Dos respetivos educadores de infância, no Ensino Pré-Escolar;

b) Dos professores titulares de turma no 1.º Ciclo;

c) Do Conselho de Turma nos 2º e 3º Ciclos.

IV SERVIÇOS ESPECIALIZADOS DE ÂMBITO EDUCATIVO

Os serviços especializados de âmbito educativo destinam-se a promover a existência de

condições que assegurem a plena integração escolar dos alunos, devendo conjugar a sua atividade com

as estruturas de orientação educativa.

23

Constituem serviços especializados de apoio educativo o Serviço de Psicologia e Orientação e o

Núcleo de Apoio Educativo.

Os regulamentos do Serviço de Psicologia e Orientação e Núcleo de Apoio Educativo fazem

parte dos anexos deste regulamento.

1. Medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão (dec lei nº 54/2018, de 6 de julho)

1.1 Objetivos das medidas (artigo 6º)

As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão têm como finalidade a adequação às necessidades e

potencialidades de cada aluno e a garantia das condições da sua realização plena, promovendo a

equidade e a igualdade de oportunidades no acesso ao currículo, na frequência e na progressão ao

longo da escolaridade obrigatória.

Estas medidas são desenvolvidas tendo em conta os recursos e os serviços de apoio ao

funcionamento da escola, os quais devem ser convocados pelos profissionais da escola, numa lógica

de trabalho colaborativo e de corresponsabilização com os docentes de educação especial, em função

das especificidades dos alunos.

A implementação das medidas ocorre em todas as modalidades e percursos de educação e de

formação, de modo a garantir que todos os alunos têm igualdade de oportunidades no acesso e na

frequência das diferentes ofertas educativas e formativas.

1.2 Níveis das medidas (artigo 7º)

As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão são organizadas em três níveis de intervenção:

universais, seletivas e adicionais.

As medidas de diferente nível são mobilizadas, ao longo do percurso escolar do aluno, em função das

suas necessidades educativas.

A definição de medidas a implementar é efetuada com base em evidências decorrentes da monitorização,

da avaliação sistemáticas e da eficácia das medidas na resposta às necessidades de cada criança ou aluno.

A definição das medidas a que se refere o n.º 1 é realizada pelos docentes, ouvidos os pais ou

encarregados de educação e outros técnicos que intervêm diretamente com o aluno, podendo ser adotadas

em simultâneo medidas de diferentes níveis.

1.3 Medidas universais (artigo 8º)

As medidas universais correspondem às respostas educativas que a escola tem disponíveis para todos

os alunos com objetivo de promover a participação e a melhoria das aprendizagens.

Consideram-se medidas universais, entre outras:

a) A diferenciação pedagógica;

b) As acomodações curriculares;

c) O enriquecimento curricular;

d) A promoção do comportamento pró-social;

e) A intervenção com foco académico ou comportamental em pequenos grupos.

As medidas universais são mobilizadas para todos os alunos, incluindo os que necessitam de

medidas seletivas ou adicionais, tendo em vista, designadamente, a promoção do desenvolvimento

pessoal, interpessoal e de intervenção social.

24

1.4 Medidas seletivas (artigo 9º)

As medidas seletivas visam colmatar as necessidades de suporte à aprendizagem não supridas pela

aplicação de medidas universais.

Consideram-se medidas seletivas:

a) Os percursos curriculares diferenciados;

b) As adaptações curriculares não significativas;

c) O apoio psicopedagógico;

d) A antecipação e o reforço das aprendizagens;

e) O apoio tutorial.

A monitorização e avaliação da eficácia da aplicação das medidas seletivas é realizada pelos

responsáveis da sua implementação, de acordo com o definido no relatório técnico-pedagógico.

As medidas seletivas são operacionalizadas com os recursos materiais e humanos disponíveis na

escola.

1.5 Medidas adicionais (artigo 10º)

As medidas adicionais visam colmatar dificuldades acentuadas e persistentes ao nível da

comunicação, interação, cognição ou aprendizagem que exigem recursos especializados de apoio à

aprendizagem e à inclusão.

A mobilização das medidas adicionais depende da demonstração da insuficiência das medidas

universais e seletivas previstas nos níveis de intervenção a que se referem os artigos 8.º e 9.º do

dec. Lei nº 54/2018 de 6 julho.

A fundamentação da insuficiência, referida no número anterior, deve ser baseada em evidências e

constar do relatório técnico-pedagógico.

Consideram-se medidas adicionais:

a) A frequência do ano de escolaridade por disciplinas;

b) As adaptações curriculares significativas;

c) O plano individual de transição;

d) O desenvolvimento de metodologias e estratégias de ensino estruturado;

e) O desenvolvimento de competências de autonomia pessoal e social.

A aplicação das medidas adicionais que requerem a intervenção de recursos especializados deve

convocar a intervenção do docente de educação especial enquanto dinamizador, articulador e

especialista em diferenciação dos meios e materiais de aprendizagem, sendo, preferencialmente,

implementadas em contexto de sala de aula.

A monitorização e avaliação da eficácia da aplicação das medidas adicionais é realizada pelos

responsáveis da sua implementação, de acordo com o definido no relatório técnico-pedagógico.

1.6 Equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva (artigo 12º)

Em cada escola é constituída uma equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva.

A equipa multidisciplinar é composta por elementos permanentes e por elementos variáveis.

São elementos permanentes da equipa multidisciplinar:

a) Um dos docentes que coadjuva o diretor pedagógico;

b) Um docente de educação especial;

c) Três membros do conselho pedagógico com funções de coordenação pedagógica de diferentes

25

níveis de educação e ensino;

d) Um psicólogo.

São elementos variáveis da equipa multidisciplinar o docente titular de grupo/turma ou o diretor de

turma do aluno, consoante o caso, outros docentes do aluno, técnicos do centro de recurso para a

inclusão (CRI) e outros técnicos que intervêm com o aluno.

Cabe ao diretor pedagógico designar:

a) Os elementos permanentes;

b) O coordenador, ouvidos os elementos permanentes da equipa multidisciplinar;

c) O local de funcionamento.

Cabe ao coordenador da equipa multidisciplinar:

a) Identificar os elementos variáveis atrás referidos;

b) Convocar os membros da equipa para as reuniões;

c) Dirigir os trabalhos;

d) Adotar os procedimentos necessários de modo a garantir a participação dos pais ou encarregados de

educação nos termos do artigo 4.º do dec lei nº 54/2018 de 6 de julho, consensualizando respostas para

as questões que se coloquem.

Compete à equipa multidisciplinar:

a) Sensibilizar a comunidade educativa para a educação inclusiva;

b) Propor as medidas de suporte à aprendizagem a mobilizar;

c) Acompanhar e monitorizar a aplicação de medidas de suporte à aprendizagem;

d) Prestar aconselhamento aos docentes na implementação de práticas pedagógicas inclusivas;

e) Elaborar o relatório técnico-pedagógico previsto no artigo 21.º do dec lei nº 54/2018 de 6 de julho

e, se aplicável, o programa educativo individual e o plano individual de transição previstos, respetivamente,

nos artigos 24.º e 25.º do mesmo decreto de lei;

f) Acompanhar o funcionamento do centro de apoio à aprendizagem.

1.7 Processo de identificação da necessidade de medidas (artigo 20º)

A identificação da necessidade de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão deve ocorrer o

mais precocemente possível e efetua-se por iniciativa dos pais ou encarregados de educação, dos

serviços de intervenção precoce, dos docentes ou de outros técnicos ou serviços que intervêm com a

criança ou aluno.

A identificação é apresentada ao diretor pedagógico, com a explicitação das razões que levam à

necessidade de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, acompanhada da documentação

considerada relevante.

A documentação a que se refere o número anterior pode integrar um parecer médico, nos casos de

problemas de saúde física ou mental, enquadrado nas necessidades de saúde especiais (NSE).

Apresentada a identificação de necessidades nos termos dos números anteriores, compete ao

diretor ped agóg ic o , no prazo de três dias úteis, a contar do dia útil seguinte ao da respetiva

apresentação, solicitar à equipa multidisciplinar da escola a elaboração de um relatório técnico-

pedagógico nos termos do artigo 21º do dec lei nº 54/2018 de 6 de julho.

Nas situações em que a equipa multidisciplinar conclui que apenas devem ser mobilizadas medidas

universais de suporte à aprendizagem e à inclusão, devolve o processo ao diretor pedagógico, no prazo de

10 dias úteis, a contar do dia útil seguinte ao da respetiva deliberação, com essa indicação.

26

Nos casos previstos no paragrafo anterior, o diretor pedagógico devolve o processo ao professor titular

de turma ou ao diretor de turma, consoante o caso, para comunicação da decisão aos pais ou encarregados

de educação.

Ao processo de identificação de necessidades de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão

quando realizado por docente é aplicável o disposto no n.º 9 do artigo 12.º do dec lei nº 54/2018 de 6

de julho.

1.8 Relatório técnico-pedagógico (artigo 21º)

O relatório técnico-pedagógico é o documento que fundamenta a mobilização de medidas seletivas

e ou adicionais de suporte à aprendizagem e à inclusão.

O relatório técnico-pedagógico contém:

a) A identificação dos fatores que facilitam e que dificultam o progresso e o desenvolvimento das

aprendizagens do aluno, nomeadamente fatores da escola, do contexto e individuais do aluno;

b) As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão a mobilizar;

c) O modo de operacionalização de cada medida, incluindo objetivos, metas e indicadores de

resultados;

d) Os responsáveis pela implementação das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão;

e) Os procedimentos de avaliação da eficácia de cada medida e, quando existente, do programa

educativo in- dividual;

f) A articulação com os recursos específicos de apoio à inclusão definidos no artigo 11.º do dec lei nº

54/2018 de 6 de julho.

A equipa multidisciplinar deve ouvir os pais ou encarregados de educação durante a elaboração do

relatório técnico-pedagógico.

Sempre que necessário, a equipa multidisciplinar pode solicitar a colaboração de pessoa ou entidade

que possa contribuir para o melhor conhecimento do aluno, nomeadamente a equipa de saúde escolar

dos ACES/ULS, com o objetivo de construir uma abordagem participada, integrada e eficaz.

Quando o relatório técnico-pedagógico propõe a implementação plurianual de medidas deve definir

momentos intercalares de avaliação da sua eficácia.

Sempre que sejam propostas adaptações curriculares significativas, o relatório técnico-pedagógico

é acompanhado de um programa educativo individual que dele faz parte integrante.

O relatório deve ficar concluído no prazo máximo de 30 dias úteis após a apresentação ao diretor

pedagógico da necessidade de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, nos termos do n.º 2 do

artigo 20.ºdo dec lei nº 54/2018 de 6 de julho.

O relatório técnico-pedagógico é parte integrante do processo individual do aluno, sem prejuízo da

confidencialidade a que está sujeito nos termos da lei.

A implementação das medidas previstas no relatório técnico-pedagógico depende da concordância dos

pais ou encarregados de educação.

O coordenador da implementação das medidas propostas no relatório técnico-pedagógico é o

educador de infância, o professor titular de turma ou o diretor de turma, consoante o caso.

1.9 Aprovação do relatório técnico-pedagógico (artigo 22º)

O relatório técnico-pedagógico é submetido à aprovação dos pais ou encarregados de educação do aluno,

a efetivar no prazo de cinco dias úteis após a sua conclusão.

Para os efeitos estabelecidos no número anterior, os pais ou encarregados de educação e, sempre que

possível, o próprio aluno datam e assinam o relatório técnico-pedagógico.

27

No caso de o relatório técnico-pedagógico não merecer a concordância dos pais ou encarregados de

educação, devem estes fazer constar, em anexo ao relatório, os fundamentos da sua discordância.

Obtida a concordância dos pais ou encarregados de educação, o relatório técnico-pedagógico e,

quando aplicável, o programa educativo individual são submetidos a homologação do diretor

pedagógico, ouvido o conselho pedagógico.

O diretor pedagógico dispõe do prazo de 10 dias úteis para homologar o relatório técnico-

pedagógico e, quando aplicável, o programa educativo individual e proceder à mobilização das

medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão neles previstas.

O relatório técnico-pedagógico e, quando aplicável, o programa educativo individual devem ser

revistos atempadamente de modo a garantir que no início de cada ano letivo as medidas são

imediatamente mobilizadas.

1.10 Identificação da necessidade de frequência de áreas curriculares específicas (artigo 23º)

A identificação da necessidade de frequência de áreas curriculares específicas deve ocorrer o mais

precocemente possível.

A identificação realiza-se por iniciativa dos pais ou encarregados de educação, dos serviços de

intervenção precoce, dos docentes ou de outros técnicos ou serviços que intervêm com a criança

ou aluno.

A proposta com a identificação de frequência de áreas curriculares específicas é apresentada ao

diretor pedagógico competindo-lhe criar as condições necessárias à oferta da área curricular

específica.

1.11 Programa educativo individual (artigo 24º)

O programa educativo individual, a que se refere o n.º 6 do artigo 22.º do dec lei nº 54/2018 de 6

de julho, contém a identificação e a operacionalização das adaptações curriculares significativas e

integra as competências e as aprendizagens a desenvolver pelos alunos, a identificação das estratégias

de ensino e das adaptações a efetuar no processo de avaliação.

O programa educativo individual integra ainda outras medidas de suporte à inclusão, a definir pela

equipa multidisciplinar.

O programa educativo individual deve conter os seguintes elementos:

a) O total de horas letivas do aluno, de acordo com o respetivo nível de educação ou de ensino;

b) Os produtos de apoio, sempre que sejam adequados e necessários para o acesso e participação

no currículo;

c) Estratégias para a transição entre ciclos e níveis de educação e ensino, quando aplicável.

Sem prejuízo da avaliação a realizar por cada docente, o programa educativo individual é

monitorizado e avaliado nos termos previsto no relatório técnico-pedagógico.

O programa educativo individual e o plano individual de intervenção precoce são complementares,

devendo ser garantida a necessária coerência, articulação e comunicação entre ambos.

O programa educativo individual e o plano de saúde individual são complementares no caso de

crianças com necessidades de saúde especiais, devendo ser garantida a necessária coerência,

articulação e comunicação entre ambos.

1.12 Plano individual de transição (artigo 25º)

Sempre que o aluno tenha um programa educativo individual deve este ser complementado por um

plano individual de transição destinado a promover a transição para a vida pós-escolar e, sempre

que possível, para o exercício de uma atividade profissional.

28

O plano individual de transição deve orientar-se pelos princípios da educabilidade universal, da

equidade, da inclusão, da flexibilidade e da autodeterminação.

A implementação do plano individual de transição inicia-se três anos antes da idade limite da

escolaridade obrigatória.

O plano individual de transição deve ser datado e assinado por todos os profissionais que

participam na sua elaboração, pelos pais ou encarregados de educação e, sempre que possível, pelo

próprio aluno.

1.13 Confidencialidade e proteção dos dados (artigo 26º)

Toda a informação resultante da intervenção técnica e educativa, designadamente o relatório técnico-

pedagógico, deve constar do processo individual do aluno e está sujeita aos limites constitucionais e

legais, designadamente ao disposto na legislação sobre proteção de dados pessoais, no que diz respeito

ao acesso e tratamento desses dados e sigilo profissional.

1.14 Adaptações ao processo de avaliação (artigo 28º)

As escolas devem assegurar a todos os alunos o direito à participação no processo de avaliação.

Constituem adaptações ao processo de avaliação:

a) A diversificação dos instrumentos de recolha de informação, tais como, inquéritos, entrevistas,

registos vídeo ou áudio;

b) Os enunciados em formatos acessíveis, nomeadamente braille, tabelas e mapas em relevo, daisy,

digital;

c) A interpretação em LGP;

d) A utilização de produtos de apoio;

e) O tempo suplementar para realização da prova;

f) A transcrição das respostas;

g) A leitura de enunciados;

h) A utilização de sala separada;

i) As pausas vigiadas;

j) O código de identificação de cores nos enunciados.

As adaptações ao processo de avaliação interna são da competência da escola, sem prejuízo da

obrigatoriedade de publicitar os resultados dessa avaliação nos momentos definidos pela escola para

todos os alunos.

No ensino básico, as adaptações ao processo de avaliação externa são da competência da escola,

devendo ser fundamentadas, constar do processo do aluno e ser comunicadas ao Júri Nacional de

Exames.

No ensino secundário, é da competência da escola decidir fundamentadamente e comunicar ao Júri

Nacional de Exames as seguintes adaptações ao processo de avaliação externa:

a) A utilização de produtos de apoio;

b) A saída da sala durante a realização da prova/ exame;

c) A adaptação do espaço ou do material;

d) A presença de intérprete de língua gestual portuguesa;

e) A consulta de dicionário de língua portuguesa;

f) A realização de provas adaptadas.

29

No ensino secundário, a escola pode requerer autorização ao Júri Nacional de Exames para realizar

as seguintes adaptações ao processo de avaliação externa:

a) A realização de exame de português língua segunda (PL2);

b) O acompanhamento por um docente;

c) A utilização de instrumentos de apoio à aplicação de critérios de classificação de provas, para

alunos com dislexia, conforme previsto no Regulamento das provas de avaliação externa;

d) A utilização de tempo suplementar.

As adaptações ao processo de avaliação externa devem constar do processo do aluno.

1.15 Progressão (artigo 29º)

A progressão dos alunos abrangidos por medidas universais e seletivas de suporte à aprendizagem

e à inclusão realiza-se nos termos definidos na lei.

A progressão dos alunos abrangidos por medidas adicionais de suporte à aprendizagem e à inclusão

realiza-se nos termos definidos no relatório técnico-pedagógico e no programa educativo individual.

1.16 Certificação (artigo 30º)

No final do seu percurso escolar, todos os alunos têm direito à emissão de certificado e diploma de

conclusão da escolaridade obrigatória e sempre que aplicável com a identificação do nível de

qualificação de acordo com o Quadro Nacional de Qualificações e do nível que lhe corresponde

no Quadro Europeu de Qualificações.

No caso dos alunos que seguiram o percurso escolar com adaptações curriculares significativas, do

certificado deve constar o ciclo ou nível de ensino concluído e a informação curricular relevante do

programa educativo individual, bem como as áreas e as experiências desenvolvidas ao longo da

implementação do plano individual de transição.

O modelo de certificado previsto nos números anteriores é regulamentado por portaria dos membros

do Governo responsáveis pela área da educação e, sempre que aplicável, pela área da formação

profissional.

1.17 Regime de transição para alunos com a extinta medida currículo específico individual

(artigo 31º)

O aluno que à data da entrada em vigor do presente decreto-lei se encontre abrangido pela medida

currículo específico individual, prevista na alínea e) do artigo 16.º e no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º

3/2008, de 7 de janeiro, alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio, deve ter o seu programa

educativo individual reavaliado pela equipa multidisciplinar para identificar a necessidade de medidas

de suporte à aprendizagem e à inclusão e para elaborar o relatório técnico-pedagógico previsto no

artigo 21.º do presente dec lei nº 54/2018 de 6 de julho..

Sempre que o relatório técnico-pedagógico contemple a realização de adaptações curriculares

significativas deve ser elaborado um programa educativo individual, de acordo com o disposto no

artigo 24.º do dec lei nº 54/2018 de 6 de julho

A avaliação e a certificação das aprendizagens dos alunos que se encontram abrangidos pela medida

currículo específico individual, à data da entrada em vigor do presente decreto-lei, obedecem ao

30

regime de avaliação das aprendizagens dos alunos dos ensinos básico e secundário, com as adaptações

constantes do programa educativo individual de acordo com o disposto no paragrafo anterior.

Aos alunos que completem a idade limite da escolaridade obrigatória nos três anos subsequentes à

data da entrada em vigor do presente decreto-lei é elaborado um plano individual de transição, de

acordo com o disposto no artigo 25.º do dec lei nº 54/2018 de 6 de julho.

As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão que integram o programa educativo individual do

aluno são equacionadas no contexto das respostas educativas oferecidas pela escola que frequentam.

O relatório técnico-pedagógico e o programa educativo individual referidos nos parágrafos 1 e 2 do

presente número devem ser elaborados em momento anterior ao início do ano letivo a que se reporta a

produção de efeitos do dec lei nº54/2018 de 6 de julho.

V. ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR

1. Atividades de enriquecimento/complemento curricular

O Externato da Luz promove e organiza atividades de enriquecimento/complemento curricular

destinadas à ocupação dos tempos não letivos por parte dos alunos, após o termo das atividades

curriculares obrigatórias.

O funcionamento das atividades de enriquecimento/complemento curricular está dependente de

um número mínimo de inscrições e a participação nestas ficará condicionada às vagas existentes.

2. Visitas de estudo

A visita de estudo é uma atividade decorrente do Projeto Educativo do Externato da Luz,

enquadrada no âmbito do desenvolvimento do Projeto Curricular de Escola e Planos Curriculares de

Turma, quando realizada fora do espaço físico da escola ou da sala de aula. Nesta perspetiva, a visita de

estudo é uma atividade curricular planeada que serve o objetivo de desenvolver e complementar os

conteúdos programáticos das várias áreas curriculares, assumindo um carácter facultativo.

É obrigatório, por parte dos alunos, sempre que realizem atividades fora do Externato, o uso de

vestuário com logótipo e identificação do Externato da Luz.

As visitas de estudo devem ser organizadas e constar das planificações de cada área disciplinar,

departamento e Plano Curricular de Turma, respeitando os seguintes itens:

a) Definição de objetivos gerais e específicos da visita;

b) Clarificação dos conteúdos temáticos;

c) Construção de guiões de exploração do local ou locais a visitar;

d) Explicitação das atividades a desenvolver durante a visita;

e) Calendarização e roteiro da visita;

f) Designação dos Docentes que acompanharão os alunos;

a) Aprovação da visita pela Direção Pedagógica e respetiva data;

31

b) Avaliação da atividade.

Na escolha do local a visitar deverá ter-se em conta os custos a suportar pelo Encarregado de

Educação.

O material construído para a preparação da visita de estudo, bem como qualquer registo da mesma, deve

ser entregue ao coordenador do respetivo Ciclo de Ensino e arquivado nos dossiers de departamento e

de Direção de turma.

Ao professor que sai em visita de estudo e cujas turmas ficam sem aulas, não é registada falta.

Estes alunos serão acompanhados por um professor substituto que acompanhará a turma nas atividades

definidas pelo professor da disciplina em falta ou professor titular que, quando regressar, registará no

livro de ponto (formato digital) o sumário com as atividades desenvolvidas e numerará a aula.

Os professores que não acompanham a visita, e que por isso se encontram disponíveis, assinam

o Livro de Ponto (formato digital) e permanecem na escola, onde poderão ser chamados a substituir um

professor que falte ou a acompanhar alunos.

3. Viagem de 9.º Ano

Os alunos do nono ano poderão ter oportunidade de participar numa viagem de final do 3º Ciclo,

a realizar no decorrer do ano letivo.

Esta viagem tem como destino preferencial a cidade de Assis.

A Direção Pedagógica, por sugestão da equipa coordenadora da viagem de finalistas, constituída

pelos diretores de turma e outros professores sugeridos por estes, poderá não autorizar a participação de

um aluno que, no decorrer da sua vivência no Externato, tenha perturbado reiteradamente a normalidade

da vida escolar com comportamentos inadequados.

4. Festa do patrono: São Francisco de Assis

O Externato da Luz comemora a festa do patrono, São Francisco de Assis, no dia 4 de Outubro.

Porém, a Direção poderá agendar as comemorações para outra data que considere mais apropriada. Na

abertura do ano letivo, Natal, Páscoa e no encerramento do ano letivo haverá Eucaristia participada por

toda a Comunidade Educativa.

5. Festa de Natal, Carnaval, Páscoa e Final de Ano Letivo

O Externato festeja o Natal, o Carnaval, a Páscoa e o Final do Ano Letivo com atividades

adequadas à época e programadas atempadamente. No Natal, os alunos participam em campanhas de

solidariedade social a favor de instituições ou de grupos carenciados, propostas pelos: alunos,

professores, pessoal não docente e pais. Estas campanhas são coordenadas pela Equipa da Pastoral.

O Externato da Luz celebra o final do ano letivo com uma festa aberta a toda a comunidade

educativa, promovendo o convívio entre as famílias dos alunos (as).

32

6. Receção dos sacramentos de iniciação cristã

Os alunos que desejem receber os sacramentos do Batismo, Eucaristia (Primeira Comunhão) e

Confirmação (Crisma) participarão, obrigatoriamente, em encontros de formação apropriada à sua

receção.

A receção dos sacramentos do Batismo e da Eucaristia no 1º Ciclo realizar-se-á no terceiro ano

de escolaridade. A sua preparação será feita ao longo dos 1º; 2º e 3º Anos. No 4º Ano os alunos

continuam a sua caminhada catequética, no aprofundamento da Palavra de Deus.

A preparação para a festa da Profissão de Fé, que acontecerá no 6º ano de escolaridade, será feita

ao longo de todo o segundo ciclo.

Os alunos do 9º ano poderão receber o sacramento da Confirmação, se fizerem o percurso de

preparação durante o terceiro Ciclo. Os alunos devem evidenciar crescimento na fé e participação na

vida eclesial.

As celebrações terão lugar no último período letivo.

7. Desporto interno

Além do prazer lúdico que qualquer jogo proporciona, as competições desportivas visam a plena

integração do aluno na comunidade escolar, suscitam a criação de laços sócio afetivos, desenvolvem o

espírito de grupo e de equipa e apelam à responsabilidade, à entreajuda e à cooperação, inclusivamente

mediante a colaboração na arbitragem dos jogos. Por outro lado, familiarizando os alunos com as vitórias

e as derrotas, proporcionam a aprendizagem da gestão de sentimentos e do respeito por si e pelos outros

(desportivismo). Finalmente, favorecem o desenvolvimento psicomotor e contribuem para o

aperfeiçoamento das ações técnicas e da inteligência tática subjacente a qualquer atividade lúdica. Em

síntese, são um poderoso contributo para a formação integral dos alunos. Nos torneios, o aluno habitua-

se a competir, a respeitar as regras convencionadas e a gerir resultados favoráveis ou desfavoráveis,

consoante as circunstâncias.

Assim, o Externato desenvolve uma série de atividades de índole desportiva nos intervalos da

hora do almoço, desde que as condições atmosféricas sejam favoráveis, podendo o coordenador do

desporto estendê-las aos recreios da manhã ou da tarde. Podem participar os alunos que assim o desejem.

Compete ao coordenador do desporto a formatação, a implementação, a coordenação e a

divulgação atempada do desenrolar das competições.

O coordenador do desporto é coadjuvado na implementação das provas por professores

disponibilizados para esta tarefa, bem como funcionários disponíveis e, ainda, por alguns alunos

voluntários que revelem capacidade e conhecimentos suficientes, podendo estes ser nomeados

colaboradores do desporto.

33

No final do ano letivo, compete também ao coordenador do desporto a divulgação do nome dos

campeões individuais e coletivos, podendo propor a não entrega de algum prémio a qualquer aluno que

tenha protagonizado atitudes indisciplinares recorrentes.

O coordenador do desporto poderá decidir pela não realização de atividades desportivas nos

campos descobertos do Externato, caso as condições climatéricas sejam desfavoráveis.

8. Atividades de ocupação de tempos livres durante as interrupções letivas

Durante alguns dias das interrupções letivas do Natal e da Páscoa, o Externato possibilita aos

alunos do Pré-escolar, 1º e 2º Ciclo permanecerem na escola, mediante inscrição prévia, de forma a

participarem em algumas atividades de carácter pedagógico, pastoral, cultural, lúdico e desportivo.

Após o encerramento do ano letivo, o Externato proporciona aos alunos a possibilidade de

participarem em atividades pastorais, culturais, lúdicas e desportivas a realizar na praia, no campo ou

em outros locais de interesse, mediante inscrição prévia.

Poderão ser excluídos de participar nestas atividades os alunos que, durante o ano letivo,

transgridam reiteradamente as regras de boa convivência escolar, ou ainda os que, no decorrer da

atividade, reiteradamente perturbem o seu bom funcionamento.

9. Sala de estudo assistido

O estudo individual é uma atividade essencial ao sucesso escolar de qualquer aluno. O Externato,

consciente desta importância, organiza salas de estudo assistido que põe à disposição dos alunos. A sua

frequência não é obrigatória, porém implica:

9.1 Por parte do aluno:

a) Chegar pontualmente à sala e preparar-se para iniciar o trabalho o mais depressa possível;

b) Fazer sempre o estudo na sala que lhe foi destinada, exceto quando, por falta de professor, for

encaminhado para outra sala;

c) Levar consigo todo o material necessário, sempre que tiver de realizar o estudo assistido numa

sala diferente da sua;

d) Responsabilizar-se pela manutenção de um ambiente calmo e silencioso, propício à

concentração necessária ao seu trabalho e ao dos colegas;

e) Levantar o braço e esperar que o professor o chame ou vá ter com ele, sempre que precisar de

algum esclarecimento;

f) Permanecer na sala durante todo o período de estudo, sendo-lhe permitido abandoná-la em

caso de força maior e após autorização do professor;

g) Realizar trabalhos de grupo, durante a segunda hora de estudo, se para tal houver

disponibilidade de sala e pessoa responsável que possa acompanhar o seu trabalho;

h) Arrumar os objetos pessoais em silêncio e deixar a sala sem perturbar os colegas, sempre que

tenha de sair antes de terminar o estudo;

i) Arrumar os livros e outro material de estudo só depois do toque da campainha ou indicação

oral do professor;

34

j) Acatar e cumprir todas as instruções e recomendações dadas pelo professor orientador do

estudo.

9.2 Por parte do professor orientador do estudo:

a) Respeitar as normas que regulamentam a sala de estudo e exigir o seu cumprimento;

b) Adaptar às circunstâncias ou às características específicas do grupo de alunos a seu cargo

qualquer uma das presentes normas, sem que tal possa alguma vez pôr em causa o ambiente

necessário ao estudo;

c) Providenciar para que o estudo comece o mais rapidamente possível, após o toque para o seu

início;

d) Responsabilizar-se pela dinâmica do estudo e não permitir a saída, quando estritamente

necessária, a mais do que um aluno em simultâneo;

e) Movimentar-se na sala e intervir de modo a que o aluno não desperdice o tempo e se empenhe

na realização das tarefas de estudo;

f) Autorizar a execução de trabalhos de grupo, desde que haja disponibilidade de sala e de um

professor ou auxiliar de ação educativa, quando a realização dos mesmos tenha sido

solicitada, por escrito, pelo professor da respetiva área curricular;

g) Encaminhar os seus alunos para colegas de outras salas, sempre que não se sinta capacitado

para esclarecer alguma dúvida;

h) Suspender a sessão de estudo ao aluno que, depois de advertido, mantenha um comportamento

perturbador, comunicando ao Diretor de Turma qualquer suspensão;

i) Analisar, juntamente com a Direção Pedagógica, o Diretor de Turma e o coordenador de ciclo,

o comportamento do aluno que sistematicamente perturbe o estudo, tomando as medidas

necessárias e convenientes para a solução do problema;

j) Informar os pais / Encarregados de educação, a pedido destes ou por sua iniciativa, do trabalho

desenvolvido pelo aluno durante o estudo.

9.3 Por parte do pessoal não docente:

a) Responsabilizar-se pela manutenção de um ambiente calmo e silencioso, sempre que se

verifique a ausência do professor responsável;

b) Lembrar os alunos, quando tenham de mudar de sala, que devem levar todo o material

necessário ao estudo;

c) Respeitar e fazer respeitar o silêncio nos corredores;

d) Vigiar os alunos que se encontrem a fazer trabalhos de grupo, sempre que para tal seja

solicitado;

e) Usar de discrição quando tiver de interromper o estudo para chamar um aluno, de forma a não

perturbar o ambiente de concentração.

10 Salas de equipamento informático e de tecnologias de informação e comunicação

A utilização do espaço e equipamento implica:

a) Estar presente um Docente com conhecimento na área para apoiar a utilização e coordenar a

gestão dos recursos;

b) Fazer uma utilização responsável e cuidadosa do equipamento de informática;

c) Não alterar a configuração do equipamento;

d) Não utilizar material informático externo à sala sem prévio controlo e consentimento do

professor de Informática;

35

e) Desligar o equipamento e arrumar a mesa de trabalho no final de cada sessão;

f) Anunciar, de imediato, qualquer anomalia detetada no equipamento;

g) Não instalar software sem autorização e supervisão dos responsáveis de informática.

O aluno que não respeite as regras estabelecidas para as salas de informática, nomeadamente

instalando software sem autorização, ser-lhe-á aplicada medida sancionatória.

11 Infoteca

A infoteca tem como objetivo disponibilizar os recursos informáticos à comunidade educativa,

entre as 13h30 e as 14h15, de modo a proporcionar a realização de trabalhos e a utilização da Internet e

dos programas disponíveis, nas seguintes condições:

a) Pode ser frequentada por qualquer membro da comunidade escolar;

b) Cabe ao professor de Informática prestar apoio aos utilizadores e gerir os recursos, velando

pelo bom funcionamento do equipamento e pela utilização adequada do espaço;

c) O número de utilizadores é limitado aos lugares existentes, nunca devendo exceder dois por

cada computador;

d) No caso de excesso de afluência, a prioridade é dada aos alunos que tenham trabalhos

escolares para efetuar;

e) A configuração dos computadores e a instalação de software é da exclusiva responsabilidade

do professor.

12.Clubes

O objetivo destas atividades é proporcionar aos alunos condições para desenvolverem as suas

capacidades de expressão artística e motora através do ballet, dança, desporto, música, teatro, artes e

línguas, apoiados e orientados por um animador ou professor credenciado.

Os clubes no ensino básico funcionam entre as 14h20 e 15h50, nas tardes livres do 2º e 3º ciclo,

quarta e sexta-feira respetivamente, e ainda entre as 17h00 e 17h45, mediante inscrição, e são de

frequência obrigatória para os alunos neles inscritos.

13. Biblioteca

A Biblioteca do Externato da Luz tem por finalidade facilitar o acesso à cultura, à informação, à

educação e ao lazer, bem como facultar aos alunos um espaço onde possam estudar e ler durante o

período letivo. Enquanto Biblioteca escolar, pretende-se que esta se constitua como ensino-

aprendizagem para todos os alunos.

A Biblioteca desta Escola dispõe de uma sala ampla de leitura, consulta e trabalho de grupo, com

computadores com acesso à Internet. Nela estão à disposição dos leitores/utilizadores obras de carácter

36

científico, literário e recreativo. Essas obras são, essencialmente, livros, mas também diferentes suportes

multimédia.

2 - COMUNIDADE EDUCATIVA

A comunidade educativa é formada pela Direção, pelo Pessoal Docente e não Docente, pelos

Alunos e pelos Pais e Encarregados de Educação.

A comunidade educativa responsabiliza-se pela salvaguarda efetiva do direito à educação e à

igualdade de oportunidades no acesso e no sucesso escolares, pela prossecução integral do Projeto

Educativo, do Projeto Curricular de Escola e Projeto Pastoral do Externato da Luz, privilegiando os

valores da integração sociocultural, da cultura da cidadania capaz de fomentar os valores da pessoa

humana, da democracia e do exercício responsável da liberdade individual, iluminados pelos valores do

evangelho.

A dinamização das atividades é confiada pela Direção ao pessoal docente, animadores culturais,

indivíduos ou grupos especializados ou experientes em áreas artísticas, desportivas e religiosas que se

coadunem com as exigências dos Projetos Educativo e Pastoral.

1. Pessoal Docente

O corpo Docente do Externato da Luz é constituído por todos os professores que nele trabalham.

Enquanto principais responsáveis pelo processo ensino / aprendizagem, devem promover medidas de

carácter pedagógico que estimulem o harmonioso desenvolvimento da educação nas atividades da sala

de aula e em toda a escola, de modo a formarem cidadãos responsáveis, empenhados e motivados pelos

valores de uma cultura franciscana que a escola procura inculcar.

O acesso à função Docente é feito por contrato de trabalho, de acordo com a legislação em vigor,

e pressupõe a aceitação e implicação na concretização do Projeto Educativo e Pastoral do Externato da

Luz.

O corpo Docente responde diretamente perante a Direção, que lhe garante direitos e deveres

conforme está regulamentado no Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo e demais legislação

aplicável.

1.1. Direitos

O professor tem direito a:

a) Ser respeitado na sua pessoa e função;

b) Participar na construção do Projeto Educativo e Pastoral e do Projeto Curricular do Externato;

c) Participar em experiências pedagógicas no Externato ou fora dele;

d) Participar em iniciativas culturais, pastorais e de outra índole realizadas no Externato, sem

prejuízo do seu horário letivo;

37

e) Intervir na orientação pedagógica através do representante de cada departamento curricular;

f) Ser informado pelos órgãos pedagógicos e serviços das disposições legais que lhe digam

respeito;

g) Receber informação e formação;

h) Ter apoio técnico e documental, dentro das possibilidades do Externato;

i) Não ser interrompido ou perturbado durante o funcionamento das aulas, a não ser em casos

excecionais.

1.2. Deveres

O Docente está obrigado ao cumprimento dos deveres estabelecidos no Contrato Coletivo de

Trabalho do Ensino Particular e Cooperativo e na legislação emanada do Ministério da Educação. São,

entretanto, específicos do pessoal Docente os seguintes deveres:

a) Contribuir para a formação integral dos alunos;

b) Colaborar com todos os intervenientes na elaboração e desenvolvimento do Projeto Curricular

do Externato;

c) Participar e colaborar na organização e concretização dos Planos Curriculares de Turma;

d) Colaborar na preservação das instalações e equipamentos e propor medidas de melhoramento;

e) Proceder a uma avaliação de diagnóstico aos alunos, tendo presente as competências

essenciais trabalhadas, e definir para eles estratégias de diferenciação pedagógica ou, quando

necessário, encaminhá-los para o sector de recursos que melhor responda às dificuldades

encontradas;

f) Elaborar planos de apoio, de recuperação, de acompanhamento para os alunos que revelem

dificuldades ao nível da aquisição de competências e técnicas e colaborar na sua

concretização, trabalhando em articulação com o Conselho de Docentes e de Turma com o

Professor Titular e o Diretor de Turma, podendo recorrer a outros recursos sempre que seja

justificável;

g) Informar os Encarregados de educação, através do registo informático, sempre que se

verifiquem faltas de material, comportamentos incorretos, falta de empenho ou de trabalho

de casa, ou quaisquer outras situações que possam vir a comprometer a sua aprendizagem e

o seu aproveitamento;

h) Não permitir a saída dos alunos da sala antes da aula terminar, salvo casos excecionais;

i) Procurar gerir o tempo de modo a dar a aula por terminada no momento do toque de saída;

j) Não deixar sair os alunos da sala antes de esta estar arrumada e limpa e o quadro apagado;

k) Mandar sair os alunos ordenadamente, controlando, sempre que possível, a sua saída, devendo

ser o primeiro a entrar e o último a retirar-se, verificando sempre o estado de limpeza da sala

e fechando-a à chave depois de sair;

l) Informar os alunos sobre os indicadores de aprendizagem das diferentes unidades e sobre os

critérios de avaliação da sua área curricular;

m) Marcar as provas escritas em Conselho de Docentes ou Conselho de Turma, respeitando, as

regras de marcação de testes estabelecidas em Conselho de Diretores de Turma;

n) Devolver aos alunos as provas escritas devidamente corrigidas e classificadas no prazo

máximo de quinze dias;

o) Facultar aos alunos a correção das provas escritas;

p) Devolver o último teste do período e todos os trabalhos realizados pelos alunos, antes do termo

do mesmo;

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q) Intervir sempre que se deparar com uma situação de conflito, ou qualquer outra situação de

desrespeito pelas regras estabelecidas, em qualquer momento e local do Externato;

r) Uniformizar critérios de atuação para os casos de indisciplina na sala de aula, discutindo as

situações em Conselho de Docentes ou Conselho de Turma, tendo presente as normas

instituídas no Externato;

s) Comunicar, na véspera, a falta a dar, quando a prevê, ou no dia em que a mesma ocorreu.

Devendo apresentar um plano de aula ao coordenador de ciclo. Em caso de doença, devem

ser respeitados os prazos de entrega dos atestados médicos justificativos;

t) Em caso de permuta de aulas, esta deve ser comunicada ao coordenador de ciclo por impresso

próprio;

u) Entregar na Secretaria o certificado de aquisição de novas habilitações académicas e/ou

profissionais;

v) Marcar a falta do aluno no Livro de Ponto (formato digital). A falta correspondente à ordem

de saída da aula implica, por parte do Docente, a comunicação do facto por escrito ao Diretor

de Turma e à Direção Pedagógica num prazo de 24 horas;

w) Desligar o telemóvel durante o período de aula.

x) Cumprir o regulamento interno do estabelecimento de ensino, nomeadamente quanto à

proteção de dados pessoais dos alunos, encarregados de educação e demais membros da

comunidade educativa.

1.3. Observações

a) Todas as faltas injustificadas têm implicações na avaliação;

b) O professor deve disponibilizar-se para contactar o Encarregado de Educação sempre que haja

necessidade de o esclarecer sobre o processo de ensino aprendizagem do seu educando; deve

fazê-lo na presença do Professor Titular, Diretor de Turma ou Coordenador de Ciclo.

1.4. Critérios de atribuição do serviço Docente

a) O Externato, de acordo com a lei, garantirá aos seus Docentes em exclusividade, se

contratados a tempo pleno, um horário completo, caso não se verifique a redução do número

de alunos impossibilitando a atribuição de um horário completo;

b) O Externato, caso entenda necessário, poderá completar o horário dos Docentes em

exclusividade, contratados a tempo parcial, com atividades não letivas equiparadas

remuneratoriamente às letivas;

c) Nenhum professor pode rejeitar uma Direção de turma. Só excecionalmente poderá um

professor ter duas direções de turma.

1.5. Elaboração dos horários

a) Os professores em acumulação ou contratados a tempo parcial deverão indicar na sua mancha

horária uma disponibilidade superior, pelo menos em 50%, ao número de tempos a lecionar;

b) Os professores em exclusividade e com horário completo apresentarão disponibilidade total

na sua mancha horária;

c) Os professores em acumulação terão de anexar à sua pretensão horária uma cópia da que

entregaram na sua escola e, logo que disponham do horário desta, deverão entregar uma cópia

autenticada na Secretaria.

2. Pessoal não docente

39

O pessoal não Docente, em especial os auxiliares de ação educativa e os técnicos de apoio

educativo, podem mudar de zona de ação em relação ao ano letivo precedente, rotativamente, de modo

a realizarem de forma eficaz as tarefas que lhes são incumbidas, nomeadamente, colaborar no

acompanhamento e integração dos alunos na comunidade educativa, incentivando o respeito pelas regras

de convivência, promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo, em articulação com os

Docentes e Pais / Encarregados de educação, para prevenir e resolver problemas disciplinares.

2.1.Auxiliar de Ação Educativa

Compete-lhe executar com profissionalismo as suas funções, nomeadamente:

a) Abrir e fechar as portas da sua área de incumbência;

b) Acompanhar e colaborar na integração dos alunos na turma e na comunidade educativa;

c) Contribuir, em articulação com os Docentes e Pais / Encarregados de Educação, para a

prevenção e resolução de problemas comportamentais;

d) Estar atento à indisposição física de qualquer aluno de modo a atenuá-la;

e) Assegurar o asseio permanente das instalações que lhe estão confiadas;

f) Guarnecer os sanitários dos alunos e funcionários de papel higiénico e produtos de limpeza

sempre que necessário;

g) Manter limpos os lavabos;

h) Arrumar, conservar e preparar o equipamento e material didático;

i) Transportar para o local devido o material necessário ao funcionamento de qualquer atividade,

desde que solicitado atempadamente pelos agentes educativos;

j) Prestar apoio aos Docentes em componentes pedagógicas mais práticas, assim como na

manutenção dos espaços e lavagem dos materiais;

k) Comunicar por escrito à Direção os estragos e extravios de material, bem como a deterioração

das instalações;

l) Colaborar, na medida das suas capacidades, em tarefas não especializadas de manutenção de

instalações;

m) Manter o silêncio nos corredores enquanto as aulas decorrem;

n) Em caso de ausência do professor, marcar a falta na folha de registo e chamar o professor que

está na biblioteca;

o) Cuidar do computador da sala, velando pelo seu bom estado;

p) Registar as faltas dos Docentes através do mapa diário e colocá-lo, no final de cada dia, na

caixa de faltas situada junto ao gabinete dos coordenadores;

q) Assegurar, nomeadamente nos períodos não letivos, o funcionamento dos serviços de apoio,

como o bar;

r) Atender e apoiar o aluno sinistrado e, caso seja necessário, acompanhá-lo ao hospital ou ao

centro de saúde, informando previamente o Encarregado de Educação e a Secretaria e

levando consigo os impressos considerados necessários;

s) Informar, por escrito, a Direção do material e equipamento necessários ao seu sector;

t) Atender as chamadas telefónicas direcionadas ao seu sector, informando, com a brevidade

possível, os destinatários;

u) Manter o aluno enviado para fora da sala de aula na Biblioteca ou num outro local a trabalhar;

v) Substituir ocasionalmente outro auxiliar de ação educativa no exercício das suas funções;

w) Vestir o fardamento próprio e mantê-lo higienicamente cuidado e limpo;

x) Acompanhar os alunos em refeições, recreios, passeios, visitas de estudo ou outras atividades,

quando para isso for solicitado;

y) Velar pela existência de um saudável ambiente de convivência nos recreios;

z) Colaborar, ajudando noutros sectores ou áreas escolares, quando disponível.

40

2.2.Pessoal administrativo

Compete-lhe:

a) Atender e assegurar a comunicação entre os vários órgãos, sectores e indivíduos,

nomeadamente Docentes, não Docentes e discentes, bem como Pais e Encarregados de

educação, e prestar-lhes os adequados esclarecimentos e informações;

b) Informar os Pais / Encarregados de educação de assuntos da área administrativa, em

conformidade com o Regulamento Interno do Externato da Luz;

c) Marcar encontros dos Pais / Encarregados de educação com diretores de turma ou com o

psicólogo, nos dias e horas acordados;

d) Organizar e atualizar os processos individuais dos alunos e funcionários;

e) Processar os salários e efetuar o pagamento devido à Segurança Social, Caixa Geral de

Aposentações, ADSE e Finanças;

f) Emitir recibos e cobrar as despesas de alunos ou outras entidades;

g) Efetuar a liquidação das faturas das empresas ou entidades prestadoras de serviços e de

fornecimento de equipamento ou materiais;

h) Fornecer ao Ministério da Educação, das Finanças e ao Instituto Nacional de Estatística

elementos por eles solicitados;

i) Aceitar as pré-inscrições ou matrículas nas datas calendarizadas, segundo as indicações da

Direção;

j) Entregar atempadamente os documentos mensais de despesas e receitas à empresa que

processa e organiza a contabilidade;

k) Efetuar os depósitos nas agências bancárias e conferir os respetivos extratos;

l) Alugar transportes para a realização de atividades no exterior do Externato da Luz;

m) Manter atualizadas as apólices de seguros;

n) Desenvolver as atividades relacionadas com o expediente, arquivo, procedimentos

administrativos, contabilidade pessoal, aprovisionamento, economato, requisições de

material escolar feitas por professores e alunos e carregamento dos cartões.

2.3. Pessoal da portaria

Compete-lhe:

a) Controlar a entrada e saída de alunos, exigindo, em caso de dúvida, a apresentação do cartão

de identificação ou contactando a Secretaria para as necessárias informações;

b) Prestar informações na portaria, e proceder à abertura e encerramento das portas e portões;

c) Identificar e encaminhar os visitantes, solicitando, se necessário, um documento de

identificação;

d) Participar à Direção a ocorrência de qualquer anomalia merecedora de atenção ou de

intervenção;

e) Antes de encerrar a portaria, dar conhecimento ao funcionário de vigilância quando algum

aluno o tenha informado que ainda se encontra na escola a aguardar que um familiar o venha

buscar.

2.4. Pessoal de manutenção

Compete-lhe:

a) Efetuar pequenas reparações nos edifícios e equipamentos;

41

b) Reparar e restaurar mobiliário, fechaduras, portas, janelas, estores, e tudo o que for necessário,

dentro das suas competências;

c) Executar pequenas reparações na instalação elétrica e substituir acessórios;

d) Zelar pela conservação e guarda de máquinas, ferramentas e utensílios que lhe estão

confiados;

e) Comunicar estragos ou extravios de material e equipamentos, efetuando a sua aquisição e

reposição.

2.5. Vigilância

Compete-lhe:

a) Manter a vigilância da escola e haveres;

b) Comunicar ou chamar de imediato a polícia em caso de qualquer ocorrência grave ou entrada

de intrusos suspeitos;

c) Abrir e fechar as portas, portões e janelas, tornando acessível qualquer dependência ou espaço

a pessoas ou grupos, desde que devidamente autorizados pela Direção;

d) Fazer um relatório completo de qualquer anomalia significativa.

3 - ALUNOS

O ato de matrícula confere o estatuto de aluno do Externato da Luz.

3.1. Pré-inscrição

O Encarregado de Educação poderá candidatar o seu educando ao ensino no Externato da Luz.

Para tal, efetuará uma pré-inscrição entre o dia 15 de Outubro e o dia 30 Novembro do ano escolar que

antecede aquele que o aluno pretenda frequentar.

O candidato à frequência do Ensino Básico no Externato da Luz excetuando o aluno candidato

ao 1º ou 2º ano de escolaridade, poderá ser chamado a prestar provas de aferição de conhecimentos.

Neste caso, só quando a média do conjunto das provas atingir um valor superior a cinquenta por cento

poderá ser chamado a efetuar a matrícula, dentro das vagas existentes e em conformidade com as

prioridades estabelecidas para a admissão.

3.2. Prioridades na admissão

a) Alunos com programa educativo individual, art. 27º, nº 3, Portaria nº 223-A/2018, de 3 de

agosto;

b) Filhos de funcionários do Externato;

c) Irmãos de alunos que se estejam a frequentar o Externato;

d) Filhos de antigos alunos;

e) Irmãos de antigos alunos;

f) Familiares de antigos alunos;

g) Data da pré-inscrição;

h) Nos alunos candidatos ao 5º ano a média final das provas de aferição de conhecimentos.

3.3. Bonificação na lecionação e assistência pedagógica

42

No que se refere aos custos devidos à lecionação e assistência pedagógica, havendo vários irmãos

a frequentar simultaneamente o Externato, o primeiro paga a totalidade da propina, o segundo beneficia

da bonificação de menos 5%, o terceiro de menos 10% e o quarto irmão de menos 15%.

Os filhos dos funcionários do Externato beneficiam de uma bonificação de 10% no valor da

propina de anuidade.

3.4. Documentação e pagamentos

a) No ato da matrícula ou da renovação da mesma, cada aluno entregará a documentação exigida

por lei, considerando-se matriculado o educando que tiver entregue a documentação completa

e liquidado a propina respetiva;

b) A anuidade é paga em dez prestações, a liquidar regularmente de Setembro a Junho;

c) A liquidação da prestação e outras despesas efetuar-se-á até ao dia 10 de cada mês;

d) O não pagamento atempado, sem qualquer acordo prévio com a Direção, poderá originar um

agravamento de dez euros, caso a liquidação da propina seja efetuada até ao fim do mês a

que diz respeito, ou de vinte euros, caso efetuada no mês ou meses posteriores;

e) Quando, por qualquer motivo, o aluno deixar de frequentar o Externato durante o ano letivo,

pagará integralmente as despesas do mês em curso;

f) A irregularidade de frequência, devido a doença ou outro motivo, não dá direito a qualquer

reembolso.

g) A anuidade poderá sofrer atualização ao longo do ano letivo, caso se verifiquem atualizações

das tabelas salariais dos funcionários do Externato não previstas, ou em outras situações que

justifiquem esta atualização.

h) Em caso de desistência após a matrícula não há reembolso do valor pago.

3.5. Renovação de Matrícula

Ao aluno que não cumpra o Regulamento Interno do externato de forma reiterada e que possua

várias participações disciplinares, a Direção Pedagógica após ouvir o Conselho de Docentes e Conselho

de Turma ao qual o aluno pertence, poderá não autorizar a renovação da sua matrícula.

3.6. Direitos do aluno

O aluno tem direito a:

a) Usufruir do ensino e de uma educação em condições de efetiva igualdade de oportunidades,

de forma a propiciar a realização de aprendizagens bem sucedidas;

b) Utilizar os serviços e espaços escolares nas condições regulamentadas;

c) Usufruir de um ambiente que favoreça a maturidade espiritual, intelectual, cultural, física,

moral e cívica;

d) Participar em atividades que lhe permitam um desenvolvimento físico harmonioso;

e) Ser ensinado a analisar com rigor e objetividade as situações do dia-a-dia;

f) Ver reconhecido o mérito do seu esforço, empenhamento, trabalho, assiduidade e

solidariedade;

g) Ver respeitada a sua motivação e ação solidárias a favor de instituições ou pessoas

carenciadas;

43

h) Dispor de organização, planificação e horário que permitam condições de aprendizagem e

bem-estar de qualidade;

i) Beneficiar de serviços que favoreçam a superação das dificuldades de aprendizagem ou da

aquisição das competências curriculares, nomeadamente do Serviço de Psicologia e

Orientação e o Núcleo de Apoio Educativo;

j) Ser tratado com respeito e correção pela comunidade educativa;

k) Conhecer a acusação que sobre ele pesa antes que lhe seja aplicada qualquer medida corretiva

ou disciplinar sancionatória, de acordo com o estipulado na lei;

l) Ver salvaguardada a sua segurança na escola e respeitada a sua integridade física e moral;

m) Estar informado sobre o plano de segurança da escola e sobre o modo de agir em situação de

emergência;

n) Ser assistido, pronta e adequadamente, em caso de acidente ou doença súbita, sucedidos no

decorrer das atividades escolares;

o) Ver garantida a confidencialidade dos elementos e informações de natureza pessoal ou

familiar constantes do seu processo individual;

p) Eleger os seus representantes nos órgãos, cargos e demais funções de representação escolar,

bem como a ser eleito, nos termos da lei e do Regulamento Interno do Externato;

q) Apresentar críticas e sugestões relativas ao funcionamento do Externato e ser ouvido pelos

professores, diretores de turma e Direção em assuntos que justificadamente lhe digam

respeito;

r) Organizar e participar em iniciativas que promovam o enriquecimento formativo e a ocupação

dos tempos livres;

s) Conhecer o Regulamento Interno e colaborar na sua atualização e aperfeiçoamento;

t) Ser informado pelo Docente respetivo ou pelo Diretor de Turma, no início do ano letivo, da

organização do ano letivo, do programa, objetivos e critérios de avaliação de cada área

curricular;

u) Intervir no processo de avaliação, nomeadamente através dos mecanismos de auto e

heteroavaliação.

3.7. Deveres do aluno

O aluno tem o dever de:

a) Estudar, empenhando-se na sua educação e formação integral;

b) Ser assíduo, pontual e empenhado no cumprimento de todos os seus deveres no âmbito das

atividades escolares, cumprindo o Regulamento interno;

c) Seguir as orientações dos professores relativamente ao seu processo de ensino / aprendizagem;

d) Tratar com respeito, correção e lealdade qualquer membro da comunidade educativa;

e) Respeitar a autoridade dos professores e do pessoal não docente;

f) Contribuir para a harmonia da convivência escolar e para a plena integração dos colegas;

g) Participar nas atividades educativas ou formativas desenvolvidas na escola, bem como nas

demais atividades que requeiram a sua participação;

h) Respeitar a integridade física e psicológica de todos os membros da comunidade educativa;

i) Prestar auxílio e assistência a qualquer membro da comunidade educativa, de acordo com as

circunstâncias de perigo para a integridade física e psicológica de todos;

j) Zelar pela defesa, preservação, conservação e asseio das instalações, material didático,

mobiliário e espaços verdes do Externato, fazendo uso correto dos mesmos;

k) Respeitar a propriedade dos bens de todos os membros da comunidade educativa;

l) Respeitar as normas e horários de funcionamento de todos os serviços do Externato;

44

m) Colaborar na criação e manutenção de um ambiente de trabalho calmo e eficiente dentro e

fora da sala de aula, visando o sucesso e o bem-estar de todos;

n) Fazer-se acompanhar do cartão de identificação de aluno do Externato da Luz, da Caderneta

do Aluno, tratando-se de aluno do Ensino Básico, e do material e documentos relevantes,

como sejam as recomendações familiares e médicas;

o) Apresentar ao Encarregado de Educação a informação a ele destinada;

p) Reparar os prejuízos causados nos materiais pertencentes à comunidade escolar;

q) Trazer identificados os bens ou objetos de uso pessoal, não se responsabilizando o Externato

por objetos extraviados ou esquecidos nas suas instalações;

r) Fazer-se acompanhar do equipamento e material necessários para Educação Física nos dias

desta atividade;

s) Permanecer no Externato durante o seu horário, salvo autorização escrita do Encarregado de

Educação ou da Direção Pedagógica;

t) Participar na eleição dos seus representantes e prestar-lhes toda a colaboração;

u) Conhecer e cumprir o Estatuto do Aluno, as normas de funcionamento dos serviços do

Externato e o Regulamento Interno;

v) Não possuir e não consumir substâncias aditivas, em especial drogas, tabaco e bebidas

alcoólicas, nem promover qualquer forma de tráfico, facilitação e consumo das mesmas;

w) Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos

passíveis de, objetivamente, perturbarem o normal funcionamento das atividades letivas, de

poderem causar danos físicos ou psicológicos aos alunos ou a terceiros, ou de favorecerem o

mal-estar ou o mau ambiente e higiene escolares;

x) Não trazer para o Externato skates, bolas (exceto de ténis de mesa), patins, pastilhas elásticas

e, em geral, objetos que ponham em perigo a integridade física, a concentração ou a

integração dos colegas, bem como o bom ambiente e higiene do espaço;

y) Manter o telemóvel e quaisquer outros aparelhos eletrónicos desligados durante as atividades

curriculares.

3.8. Deveres específicos

No acesso e utilização de instalações, o aluno deve:

a) Entrar e sair do recinto escolar pela portaria;

b) Fazer-se sempre acompanhar do seu cartão de identificação de aluno dentro dos espaços do

Externato (sempre que um aluno não apresente o seu cartão de identificação do Externato

junto das Portarias, é enviado ao Encarregado de Educação um e-mail comunicando este

facto. Após três faltas de apresentação do cartão é emitido e entregue ao aluno um

novo cartão que terá um custo de 5 €);

c) Manter-se no interior do Externato, afastado do portão e do gradeamento, e respeitando a zona

de estacionamento;

d) Não permanecer nos corredores durante os intervalos;

e) Circular nas escadas e nos corredores sem empurrões, gritos, assobios ou correrias;

f) Manter-se afastado dos campos destinados aos jogos quando estes estiverem a ser utilizados

para atividades;

g) Respeitar o mapa de gestão dos campos, aprovado e afixado nas salas de aula;

h) Manter-se afastado das janelas das salas de aula, sempre que as atividades decorrerem no

exterior;

i) Manter os pátios limpos, colocando o lixo nos caixotes;

j) A utilização indevida do telemóvel na sala de aula, no recreio, no refeitório ou outros espaços

dentro do externato, nomeadamente envio de mensagens ofensivas ou captação de imagens,

45

será aplicado ao aluno um dia de suspensão. O aluno reincidente será alvo de um processo

disciplinar.

Relativamente à sala de aula, o aluno deve:

a) Dirigir-se imediatamente para a sala quando ouve o toque de entrada;

b) Verificar, ao entrar na sala, se esta se encontra em condições de utilização e alertar o professor

caso tal não aconteça;

c) Manter-se atento e participativo nas aulas;

d) Intervir disciplinadamente nas aulas, tendo em conta as regras estabelecidas entre professores

e alunos, respeitando as seguintes normas:

• Levantar-se quando o professor entra na sala;

• Não usar boné ou chapéu dentro das aulas;

• Não comer nem beber;

• Não se levantar sem autorização do professor;

• Não escrever nas carteiras, cadeiras ou paredes;

• Não mastigar pastilhas elásticas;

• Desligar o telemóvel;

• Respeitar o delegado ou o subdelegado de turma na ausência do professor;

• Ter todo o material necessário durante a aula e mantê-lo organizado;

• Não ouvir música com os auriculares, a não ser que para tal seja autorizado pelo

professor;

• Não perturbar a aula com atitudes inadequadas;

• Cumprir as regras estabelecidas para a utilização dos cacifos, definidas no Plano

Curricular de Turma.

e) A utilização do telemóvel na sala de aula ou em locais que não os espaços de recreio, implica

a retirada do telemóvel pelo Docente ou funcionário e a entrega ao Diretor de Turma ou à

Direção Pedagógica, que o entregará ao Encarregado de Educação. Caso o aluno seja

reincidente no uso do telemóvel, este ser-lhe-á confiscado por um período de três dias. Se

continuar a prevaricar, o telemóvel será entregue pelo aluno à auxiliar de educação da sua

zona a quando da sua chegada ao externato, que o devolverá ao final do dia. A Direção

Pedagógica decidirá o período de tempo que o aluno cumprirá esta penalização.

f) Durante a realização de provas (testes escritos ou orais) o aluno não pode ser portador de

equipamentos eletrónicos de comunicação, devendo entregar ao docente o equipamento

eletrónico de comunicação antes da realização da prova. A utilização deste equipamento

durante a realização da prova implica a anulação da mesma.

g) Sair da sala apenas depois do toque, incluindo nas aulas de teste, e depois de autorizado pelo

professor;

h) Permanecer na sala apenas durante os períodos de aula.

No bar, o aluno deve:

a) Manter o chão limpo, deitando o lixo nos caixotes;

b) Respeitar, por ordem de chegada, o atendimento no bar;

c) Utilizar a modalidade em vigor para pagamento dos produtos no bar.

No refeitório, o aluno deve:

46

a) Comprar a senha na véspera, ou no próprio dia até às 10h30, se não usufruir da refeição

fornecida pelo Externato;

b) Aproveitar o refeitório para tomar e deixar tomar a refeição tranquilamente;

c) Quando trouxer de casa a refeição, colocar o cesto do alimento no local próprio, à chegada e

depois da refeição;

d) Respeitar o lugar dos colegas na fila;

e) Lavar as mãos antes e depois das refeições;

f) Apresentar sempre o cartão de aluno;

g) Dirigir-se, depois de servido, para a mesa e sentar-se no lugar que lhe foi atribuído, sem falar

alto nem arrastar as cadeiras;

h) Deixar limpo o espaço que ocupou;

i) Colocar o tabuleiro no carrinho próprio no final da refeição;

j) Comportar-se de modo a não perturbar o bem-estar dos colegas, a higiene do seu alimento,

dos utensílios e equipamento utilizados;

k) Sair sem fazer barulho e sem correr.

3.9. Processo individual do aluno

O processo individual do aluno acompanha-o ao longo de todo o seu percurso escolar, sendo nele

registadas e integradas as informações relevantes do seu percurso educativo, designadamente as relativas

a comportamentos meritórios e medidas disciplinares sancionatórias aplicadas e seus efeitos,

nomeadamente:

a) Elementos de identificação do aluno;

b) Registos de avaliação;

c) Relatórios médicos e/ou de avaliação psicológica, quando existam;

d) Planos e relatórios de apoio pedagógico, quando existam;

e) O Relatório Técnico-pedagógico e Programa Educativo Individual, caso o aluno se encontre

abrangido por estas medidas;

f) Registos e produtos mais significativos do trabalho do aluno que documentem o seu percurso

escolar;

g) Cópia do Plano de Acompanhamento Pedagógico Individual a que, porventura, o aluno esteja

submetido;

h) Documento de autoavaliação realizada no final de cada ano letivo, com exceção dos 1º e 2º

anos, em conformidade com os critérios definidos pelo Externato.

As informações contidas no processo individual do aluno referentes a matéria disciplinar e de

natureza pessoal são estritamente confidenciais, encontrando-se vinculados ao dever de sigilo os

membros da comunidade educativa que a elas tenham acesso. O Professor Titular e o Diretor de Turma

são os responsáveis pela garantia da confidencialidade dos dados contidos no processo individual do

aluno, especialmente os relatórios médicos e/ou psicológicos.

3.10. Direito a consulta do dossier individual do aluno

Tem o direito de consultar o dossier individual do aluno:

a) As Educadoras/professores dos Conselho de Educadoras, Conselho de Docentes ou do

Conselho de Turma do aluno, sempre que necessitem de informações relevantes para o

processo de ensino aprendizagem;

47

b) O Encarregado de educação. A consulta pelo Encarregado de Educação far-se-á sempre na

presença do Professor Titular ou do Diretor de Turma;

c) O próprio aluno, acompanhado do respetivo Encarregado de Educação e na presença do

Diretor de Turma;

d) A Direção Pedagógica, nos casos em que não haja unanimidade do Conselho de Turma quanto

à progressão do aluno;

e) Os elementos que constituem o Conselho Pedagógico, em caso de recurso do Encarregado de

Educação ou na situação em que se verifique uma segunda retenção do aluno no mesmo

Ciclo;

f) Os elementos do Serviço de Psicologia e Orientação e Núcleo de Apoio Educativo, nos casos

em que se justifique a sua intervenção.

3.11. Uniforme dos alunos e objetos pessoais

3.11.1. No ensino pré-escolar

Os/as alunos/as têm de usar obrigatoriamente roupa com o monograma do Externato. De

preferência as meninas usam bibe de tecido cor amarela e branca com o monograma do Externato e o

nome da aluna, enquanto os meninos usam bibe de tecido aos quadrados azuis e branco com o

monograma do Externato e nome do aluno. Todo este vestuário deve ser adquirido na secretaria.

3.11.2. No 1º Ciclo

Os/as alunos/as têm de usar obrigatoriamente roupa com o monograma do Externato. Todo este

vestuário deve ser adquirido na secretaria.

3.11.3. Equipamento de Educação Física e Expressão Físico-motora

Nas atividades de Educação Física e Expressão Físico-motora é obrigatório o uso de:

a) Sapatilhas para o pavilhão desportivo;

b) Ténis para o exterior;

c) Meias e calções;

d) T-shirt com o símbolo do Externato estampado.

3.11.4. Objetos de uso pessoal

Todos os objetos de uso pessoal dos alunos devem ser marcados com o número atribuído ao

aluno pelo Externato.

As crianças do pré-escolar devem trazer as peças de roupa e os objetos de uso pessoal

identificados com o seu nome.

O Externato não se responsabiliza pelos objetos ou peças de roupa pessoais que se extraviem ou

fiquem esquecidos nas instalações, nem pela danificação de quaisquer equipamentos

48

tecnológicos/eletrónicos (telemóveis, tablets, ipods, entre outros) que sejam danificados pelo

proprietário ou por outrem dentro do espaço da escola.

Não é permitida a circulação nos espaços do Externato vestuário que contenha símbolos de clubes

desportivos ou de partidos políticos, nem quaisquer outros símbolos publicitários.

3.12. Acesso aos Prémios de Mérito, de Empenho e de Mérito Desportivo

Estes prémios enquadram-se numa perspetiva pedagógica de valorização do esforço, do

empenhamento, da responsabilidade, da criatividade e do sentido de solidariedade e ajuda aos colegas.

Evidenciam ainda, e no caso do Prémio de Mérito, o elevado grau de aquisição de aprendizagens

e competências. Têm por objetivo manifestar o público reconhecimento aos alunos que evidenciem essas

características.

São três os prémios:

a) Prémio de Mérito: Este prémio reconhece o elevado grau de aquisição de aprendizagens.

Tem direito ao prémio de mérito académico o aluno que evidencie simultaneamente:

• No 2º Ciclo, o resultado de 45 valores, soma do conjunto dos níveis das várias áreas

disciplinares;

• No 7º e 8º ano, o resultado de 54 valores, soma do conjunto dos níveis das várias áreas

disciplinares. Nas disciplinas de TA e TIC conta a média final dos níveis de avaliação

atribuídos;

• No 9º ano o resultado de 50 valores, soma do conjunto dos níveis das várias áreas

disciplinares;

• Assiduidade às atividades curriculares e extracurriculares;

• Cumprimento das tarefas escolares ou a realizar fora do Externato;

• Sentido de responsabilidade, organização e regularidade no trabalho;

• Sentido de iniciativa e apoio aos colegas;

• Não apresentar ou não ser reincidente em comportamentos alvo de

ocorrência/participação disciplinar;

• Revelar respeito por todos os elementos que fazem parte da Comunidade Educativa;

• Manifestar cuidado por tudo o que está ao serviço da Comunidade Educativa.

b) Prémio de Empenho: Este prémio reconhece os alunos que revelem determinação na

superação das suas dificuldades. Tem direito ao prémio de empenho o aluno que evidencie a

generalidade das seguintes características:

• Assiduidade e pontualidade nas atividades escolares. Ou seja, não deve ultrapassar o

limite de faltas correspondente a duas semanas no 1ºCiclo, ou ao dobro do número de

tempos letivos semanais, por disciplina, nos ouros ciclos;

• Bom relacionamento com os diversos elementos da comunidade escolar;

• Apresentar uma evolução positiva na sua aprendizagem;

• Não apresentar ou não ser reincidente em comportamentos alvo de participação

disciplinar;

49

• Sentido de organização, empenho, regularidade e responsabilidade no trabalho;

• Sentido de iniciativa e apoio aos colegas.

• Cumprimento das tarefas a realizar fora do Externato;

• Revelar respeito por todos os elementos que fazem parte da Comunidade Educativa;

• Manifestar cuidado por tudo o que está ao serviço da Comunidade Educativa;

Nota: O Diretor de Turma, na posse de todos os elementos, propõe os alunos aos quais podem ser

atribuídos os prémios acimas descritos, cabendo ao Conselho de Turma a aprovação dos mesmos, por

maioria qualificada.

Um aluno não pode acumular o Prémio de Mérito e de Empenho no mesmo ano letivo.

A não atribuição do prémio de Mérito a um aluno que, no 2º Ciclo, obtenha o resultado de 45 valores

ou, no 7º e 8º ano, de 54 valores, e no 9º ano, de 50 valores, implica a fundamentação do mesmo.

c) Prémio de Mérito Desportivo: Este prémio pretende salientar as prestações ao nível da

participação sócio desportiva, segundo critérios de participação/rendimento desportivo,

cooperação nas atividades e atitudes de desportivismo. Os alunos serão nomeados pelos

professores de Educação Física, professores colaboradores das atividades desportivas

internas e coordenador de desporto, sendo a nomeação devidamente justificada. Serão

levados em conta:

• Participação/rendimento desportivo: número elevado de títulos conquistados pelo

aluno ao longo do seu percurso escolar no Externato, ou número elevado de títulos

num único ano;

• Cooperação nas atividades: generosa participação na dinamização (arbitragens,

outras colaborações) nas atividades desportivas;

• Atitudes de desportivismo: atitude de grande saliência desportiva entre os seus pares.

3.13. Desporto - Reconhecimento do mérito

Quando concluídos os campeonatos que se desenvolvem ao longo do ano letivo e apuradas as

classificações, serão atribuídas aos alunos merecedores medalhas de mérito desportivo, segundo os

seguintes critérios:

a) Os títulos de “campeão” ou a melhor prestação individual definida por cada uma das

modalidades serão premiados com medalha, reconhecendo publicamente o mérito

desportivo, salvo o preceituado nas alíneas b), c) e d);

b) O mérito desportivo não será premiado nos seguintes casos, devidamente comprovados:

• Atitudes sistemáticas de falta de fair-play;

• Desrespeito pela mecânica e pelas regras das competições;

• Comportamentos violentos ou incorreções verbais reincidentes;

• Comportamento geral reconhecidamente não meritório.

c) Compete ao coordenador do desporto fundamentar a proposta que se enquadre nos pontos 1º,

2º e 3º da alínea b) para posterior decisão final do Conselho Pedagógico;

d) Compete aos conselhos de turma fundamentar a proposta que se enquadre no 4º ponto da

alínea b) para posterior decisão final do Conselho Pedagógico;

e) Compete ao coordenador do desporto a organização e implementação das atividades

desportivas, a elaboração de regulamentos específicos relativos ao funcionamento das provas

e às eventuais ocorrências disciplinares;

50

f) O reconhecimento público do mérito será manifestado no dia da celebração do patrono da

escola, São Francisco de Assis, ou em data a anunciar pela Direção.

3.14. Assembleia de turma

A Assembleia de Turma congrega os alunos da turma e destina-se a debater assuntos relacionados

com a vida da turma ou da escola. É presidida pelo Diretor de Turma.

O pedido de realização de uma Assembleia de Turma extraordinária, redigido pelo delegado ou

subdelegado, deve ser entregue ao Diretor de Turma com a antecedência mínima de 48 horas, e deve

explicitar claramente os motivos da realização da mesma. Caso o Diretor de Turma não aceite o pedido,

os alunos poderão recorrer à Direção Pedagógica, que decidirá ou não pela sua realização, sempre em

horário que não prejudique as restantes atividades letivas.

Sempre que solicitado pelos alunos e/ou Diretor de Turma, este convocará o representante dos

Encarregados de educação para estar presente na assembleia de turma.

3.15. Faltas dos alunos (Lei n.º 51/2012, secção IV, subsecção I)

Para além do dever de frequência da escolaridade obrigatória, nos termos da lei, os alunos são

responsáveis pelo cumprimento do dever de assiduidade. Os pais e Encarregados de educação são

responsáveis, conjuntamente com os alunos, pelo cumprimento do dever de assiduidade.

O dever de assiduidade implica para o aluno quer a presença e a pontualidade na sala de aula e

demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar, quer uma atitude de empenho intelectual e

comportamental adequada, de acordo com a sua idade, ao processo de ensino e aprendizagem.

A falta é a ausência do aluno a uma aula, a uma atividade de frequência obrigatória ou a uma

atividade facultativa para a qual tenha havido inscrição prévia.

Decorrendo as aulas em tempos consecutivos, há tantas faltas quantos os tempos de ausência do

aluno.

A falta do material necessário à realização da atividade por parte do aluno implica o registo da

ocorrência para posterior envio ao Encarregado de Educação via correio eletrónico.

As faltas são registadas pelo professor ou pelo Diretor de Turma em suportes administrativos

adequados.

O aluno pode ser dispensado temporariamente das atividades de educação física ou desporto

escolar por razões de saúde, devidamente comprovadas por atestado médico, que deve explicitar

claramente as contraindicações da atividade física. Deve no entanto estar sempre presente no espaço

onde decorre a aula de atividade física. Não o podendo e por razões devidamente fundamentadas, deve

ser encaminhado para um espaço em que seja pedagogicamente acompanhado.

51

3.16.1. Faltas justificadas

São consideradas justificadas as faltas dadas pelos seguintes motivos:

a) Doença do aluno, devendo esta ser declarada por médico se determinar impedimento superior

a cinco dias úteis;

b) Isolamento profilático, determinado por doença infectocontagiosa de pessoa que coabite com

o aluno, comprovada através de declaração da autoridade sanitária competente;

c) Falecimento de familiar, durante o período legal de justificação de faltas pelo referido motivo,

previsto no estatuto dos funcionários públicos;

d) Nascimento de irmão, durante o dia do nascimento e o imediatamente posterior;

e) Realização de tratamento ambulatório, em virtude de doença ou deficiência, que não possa

efetuar-se fora do período das atividades letivas;

f) Assistência na doença a membro do agregado familiar, nos casos em que, comprovadamente,

tal assistência não possa ser prestada por qualquer outra pessoa;

g) Ato decorrente da religião professada pelo aluno, desde que o mesmo não possa efetuar-se

fora do período das atividades letivas e corresponda a uma prática comummente reconhecida

como própria dessa religião;

h) Preparação e participação em atividades associativas, provas desportivas ou eventos culturais,

nos termos da legislação em vigor;

i) Preparação e participação em atividades desportivas de alta competição, nos termos legais

aplicáveis;

j) Cumprimento de obrigações legais;

k) Outro facto impeditivo da presença na escola, desde que, comprovadamente, não seja

imputável ao aluno ou seja, justificadamente, considerado atendível pelo Diretor de Turma

ou pelo Professor Titular da turma.

l) As decorrentes de suspensão preventiva aplicada no âmbito de procedimento disciplinar, no

caso de ao aluno não vir a ser aplicada qualquer medida disciplinar sancionatória, lhe ser

aplicada medida não suspensiva da escola, ou na parte em que ultrapassem a medida

efetivamente aplicada;

m) Participação em visitas de estudo previstas no plano de atividades da escola, relativamente às

disciplinas ou áreas disciplinares não envolvidas na referida visita,

n) Outros factos previstos no regulamento interno da escola.

3.16.2. Justificação de faltas

O pedido de justificação de falta é apresentado por escrito pelos Pais / Encarregados de educação

ao Diretor de Turma ou ao Professor Titular da turma, com indicação do dia, hora e da atividade em que

a falta ocorreu, referenciando os motivos justificativos da mesma, na caderneta do aluno, tratando-se de

aluno do Ensino Básico.

O Diretor de Turma ou o Professor Titular da turma pode solicitar aos pais / Encarregados de

educação os comprovativos adicionais que entenda necessários à justificação da falta.

A justificação da falta deve ser apresentada previamente, sendo o motivo previsível, ou, nos

restantes casos, até ao terceiro dia útil subsequente à verificação da mesma.

52

Nas situações de ausência justificada às atividades escolares, o aluno tem o direito a beneficiar

de medidas, a definir pelos professores responsáveis e ou pela escola, nos termos estabelecidos no

respetivo regulamento interno, adequadas à recuperação da aprendizagem em falta.

3.16.3. Faltas injustificadas

As faltas são injustificadas quando:

a) Não tenha sido apresentada justificação nos termos do definido no ponto anterior;

b) A justificação tenha sido apresentada fora de prazo;

c) A justificação não tenha sido aceite;

d) A marcação da falta resulte da aplicação da ordem de saída de sala de aula ou de medida

disciplinar sancionatória.

Na situação prevista na alínea c) do parágrafo anterior, a não aceitação da justificação

apresentada deve ser devidamente fundamentada.

As faltas injustificadas são comunicadas aos pais ou Encarregado de Educação pelo Diretor de

Turma ou pelo Professor Titular no prazo máximo de três dias úteis pelo meio mais expedito.

3.16.4. Excesso grave de faltas do aluno

No 1º Ciclo do ensino básico o aluno não pode dar mais de dez faltas injustificadas.

Nos restantes ciclos ou níveis de ensino, as faltas injustificadas não podem exceder o dobro do

número de tempos letivos semanais por disciplina.

Quando for atingido metade do limite de faltas injustificadas, os pais ou Encarregados de

educação são convocados, pelo meio mais expedito, pelo Diretor de Turma ou pelo Professor Titular.

Esta notificação deve alertar para as consequências da violação do limite de faltas injustificadas e

procurar encontrar uma solução que permita garantir o cumprimento efetivo do dever de assiduidade.

Caso se revele impraticável o referido no parágrafo anterior, por motivos não imputáveis ao

Externato, e sempre que a gravidade especial da situação o justifique, a respetiva Comissão de Proteção

de Crianças e Jovens será informada do excesso de faltas do aluno, assim como dos procedimentos e

diligências até então adotados pelo Externato, procurando em conjunto soluções para ultrapassar a sua

falta de assiduidade.

3.16.5. Efeitos da ultrapassagem dos limites de faltas

A ultrapassagem dos limites de faltas injustificadas previstos no ponto anterior constitui uma

violação dos deveres de frequência e assiduidade e obriga o aluno faltoso ao cumprimento de medidas

de recuperação e ou corretivas específicas, de acordo com o estabelecido nos artigos seguintes, podendo

ainda conduzir à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias, nos termos do presente regulamento.

53

O previsto nos números anteriores não exclui a responsabilização dos pais ou encarregados

de educação do aluno, designadamente, nos termos dos artigos 44.° e 45.° do Estatuto do Aluno e Ética

escolar.

Todas as situações, atividades, medidas ou suas consequências previstas no presente artigo são

obrigatoriamente comunicadas, pelo meio mais expedito, aos pais ou ao encarregado de educação ou ao

aluno, quando maior de idade, ao diretor de turma e ao professor tutor do aluno, sempre que designado,

e registadas no processo individual do aluno.

A ultrapassagem do limite de faltas estabelecido no regulamento interno da escola relativamente

às atividades de apoio ou complementares de inscrição ou de frequência facultativa implica a imediata

exclusão do aluno das atividades em causa.

3.17 Medidas de recuperação e de integração

Para os alunos menores de 16 anos, independentemente da modalidade de ensino frequentada, a

violação dos limites de faltas previstos no artigo 18.° do Estatuto do Aluno e Ética Escolar pode obrigar

ao cumprimento de atividades, a definir pela escola, que permitam recuperar atrasos na aprendizagem e

ou a integração escolar e comunitária do aluno e pelas quais os alunos e os seus encarregados de

educação são corresponsáveis.

As atividades de recuperação da aprendizagem, quando a elas houver lugar, são decididas pelo

professor titular da turma ou pelos professores das disciplinas em que foi ultrapassado o limite de faltas,

de acordo com as regras aprovadas pelo conselho pedagógico e previstas no regulamento interno da

escola, as quais privilegiarão a simplicidade e a eficácia.

As medidas corretivas a que se refere o presente ponto são definidas nos termos dos artigos 26.°

e 27.° do Estatuto do Aluno e Ética escolar, com as especificidades previstas nos parágrafos seguintes.

As atividades de recuperação de atrasos na aprendizagem, que podem revestir forma oral, bem

como as medidas corretivas previstas no presente ponto ocorrem após a verificação do excesso de faltas

e apenas podem ser aplicadas uma única vez no decurso de cada ano letivo.

Sempre que cesse o incumprimento do dever de assiduidade por parte do aluno são

desconsideradas as faltas em excesso.

Cessa o dever de cumprimento das atividades e medidas a que se refere o presente ponto, com as

consequências daí decorrentes para o aluno, de acordo com a sua concreta situação, sempre que para o

cômputo do número e limites de faltas nele previstos tenham sido determinantes as faltas registadas na

sequência da aplicação de medida corretiva de ordem de saída da sala de aula ou disciplinar sancionatória

de suspensão.

54

Ao cumprimento das atividades de recuperação por parte do aluno é aplicável, com as necessárias

adaptações e em tudo o que não contrarie o estabelecido nos parágrafos anteriores, o previsto no n.º 2

do artigo 27.° do Estatuto do Aluno e Ética escolar, competindo ao conselho pedagógico definir, de

forma genérica e simplificada e dando especial relevância e prioridade à respetiva eficácia, as regras a

que deve obedecer a sua realização e avaliação.

3.18 Incumprimento ou ineficácia das medidas

O incumprimento das medidas previstas no ponto anterior e a sua ineficácia ou impossibilidade

de atuação determinam, tratando-se de aluno menor, a comunicação obrigatória do facto à respetiva

Comissão de Proteção de Crianças e Jovens ou, na falta desta, ao Ministério Público junto do tribunal

de família e menores territorialmente competente, de forma a procurar encontrar, com a colaboração da

escola e, sempre que possível, com a autorização e corresponsabilização dos pais ou encarregados de

educação, uma solução adequada ao processo formativo do aluno e à sua inserção social e

socioprofissional, considerando, de imediato, a possibilidade de encaminhamento do aluno para

diferente percurso formativo.

A opção a que se refere o parágrafo anterior tem por base as medidas definidas na lei sobre o

cumprimento da escolaridade obrigatória, podendo, na iminência de abandono escolar, ser aplicada a

todo o tempo, sem necessidade de aguardar pelo final do ano escolar.

Tratando-se de aluno com idade superior a 12 anos que já frequentou, no ano letivo anterior, o

mesmo ano de escolaridade, poderá haver lugar, até final do ano letivo em causa e por decisão da Direção

Pedagógica, à prorrogação da medida corretiva aplicada nos termos do parágrafo anterior.

Quando a medida a que se referem parágrafos anteriores não for possível ou o aluno for

encaminhado para oferta formativa diferente da que frequenta e o encaminhamento ocorra após 31 de

janeiro, o não cumprimento das atividades e ou medidas previstas no ponto anterior ou a sua ineficácia

por causa não imputável à escola determinam ainda, logo que definido pelo professor titular ou pelo

conselho de turma:

1) Para os alunos a frequentar o 1.° ciclo do ensino básico, a retenção no ano de escolaridade

respetivo, com a obrigação de frequência das atividades escolares até final do ano letivo,

ou até ao encaminhamento para o novo percurso formativo, se ocorrer antes.

2) Para os alunos do 2º e 3º ciclo a retenção, no ano de escolaridade em curso

O incumprimento ou a ineficácia das medidas e atividades referidas no presente ponto implica

também restrições à realização de provas de equivalência à frequência ou de exames, sempre que tal se

encontre previsto em regulamentação específica de qualquer modalidade de ensino ou oferta formativa.

O incumprimento reiterado do dever de assiduidade e ou das atividades a que se refere o

parágrafo anterior pode dar ainda lugar à aplicação de medidas disciplinares sancionatórias previstas no

Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

3.19 Medidas corretivas e medidas disciplinares sancionatórias

55

A violação pelo aluno de algum dos deveres previstos no Regulamento Interno do Externato, em

termos que se revelem perturbadores do funcionamento normal das atividades da escola ou das relações

no âmbito da comunidade educativa, constitui infração passível da aplicação de medida corretiva ou

medida disciplinar sancionatória.

O professor ou membro do pessoal não Docente que presencie ou tenha conhecimento de

comportamentos suscetíveis de constituir infração disciplinar deve participá-los imediatamente à

Direção Pedagógica, dando conhecimento ao Diretor de Turma ou Professor Titular.

O aluno que presencie comportamentos referidos no parágrafo anterior deve comunicá-los

imediatamente à Direção Pedagógica, ao Professor Titular ou ao Diretor de Turma, que o mais

rapidamente possível informa o Encarregado de Educação.

Todas as medidas corretivas e medidas disciplinares sancionatórias prosseguem finalidades

pedagógicas, preventivas, dissuasoras e de integração, visando, de forma sustentada, o cumprimento dos

deveres do aluno, o respeito pela autoridade dos professores no exercício da sua atividade profissional e

dos demais funcionários, bem como a segurança de toda a comunidade educativa.

As medidas corretivas e as medidas disciplinares sancionatórias visam ainda garantir o normal

prosseguimento das atividades da escola, a correção do comportamento perturbador e o reforço da

formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua

capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa, do seu

sentido de responsabilidade e das suas aprendizagens.

As medidas sancionatórias, tendo em conta a especial relevância do dever violado e a gravidade

da infração praticada, prosseguem igualmente, para além das identificadas no parágrafo anterior,

finalidades punitivas.

As medidas corretivas e as medidas disciplinares sancionatórias devem ser aplicadas em

coerência com as necessidades educativas do aluno e com os objetivos da sua educação e formação, no

âmbito, tanto quanto possível, do Plano Anual da Turma e do Projeto Educativo do Externato.

Na determinação da medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória aplicável deve ser tido

em consideração a gravidade do incumprimento do dever violado, a idade do aluno, o grau de culpa, o

seu aproveitamento escolar anterior, a situação familiar, os seus antecedentes disciplinares e as

circunstâncias em que a infração foi praticada.

São circunstâncias atenuantes da responsabilidade disciplinar do aluno o seu bom

comportamento anterior, o seu aproveitamento escolar e o seu reconhecimento, com arrependimento, da

natureza ilícita da sua conduta.

São circunstâncias agravantes da responsabilidade do aluno a premeditação, o conluio, bem como

a acumulação de infrações disciplinares e a reincidência, em especial se no decurso do mesmo ano letivo.

3.19.1 Medidas corretivas

56

As medidas corretivas são de natureza eminentemente cautelar:

a) A advertência

Consiste numa chamada verbal de atenção ao aluno perante um comportamento perturbador do

funcionamento normal das atividades escolares ou das relações entre os presentes no local onde elas

decorrem, com vista a alertar o aluno para que deve evitar tal tipo de conduta e a responsabilizá-lo pelo

cumprimento dos seus deveres como aluno.

Na sala de aula, a repreensão é da exclusiva competência do professor, sendo a mesma registada

nos registos informáticos de ocorrências.

b) Ordem de saída da sala de aula e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar:

A aplicação da medida de ordem de saída da sala de aula ou demais locais onde se desenvolve o

trabalho é da exclusiva responsabilidade do professor respetivo e implica a permanência do aluno no

Externato, competindo aos agentes da medida determinar o período de tempo durante o qual o aluno

deve permanecer fora da sala de aula e se a aplicação de tal medida corretiva acarreta ou não a marcação

de falta ao aluno, bem como quais as atividades que o aluno deve desenvolver no decurso desse período

de tempo, que deverão ser posteriormente entregues ao professor.

A aplicação da medida acima referida implica a comunicação, por escrito, do ocorrido ao Diretor

de Turma e à Direção Pedagógica no prazo de 24 horas. Este encarregar-se-á de encaminhar o relato da

ocorrência para o Encarregado de Educação do aluno visado.

Se o aluno for reincidente, poderá ser enviado para o gabinete da Direção que, na sua presença,

poderá solicitar que estabeleça ligação telefónica com o Encarregado de Educação para lhe relatar o

sucedido.

c) A realização de tarefas e atividades de integração escolar:

O efeito da aplicação desta medida pode aumentar o período de permanência obrigatória, diária

ou semanal, do aluno no Externato, devendo o Encarregado de educação ter conhecimento da aplicação

da medida.

As tarefas dissuasoras e de integração escolar devem visar a correção do comportamento

perturbador do aluno e ter em conta:

• O desenvolvimento equilibrado da sua personalidade;

• A capacidade de se relacionar com os outros;

• O reforço da sua formação cívica e democrática;

• O seu sentido de responsabilidade e respeito pelos outros.

Nesse espírito, apresentam-se alguns factos, a jeito de exemplos, de medidas a aplicar de acordo com a

falta cometida:

57

• Sujidade nas carteiras, cadeiras, equipamentos ou paredes: O aluno limpa o

espaço ou material que sujou;

• Destruição do material do refeitório ou danos no equipamento: O aluno colabora

na limpeza e arrumação do refeitório, após o período do almoço, e paga eventuais

estragos que tenha provocado;

• Destruição ou danos causados em trabalhos expostos: O aluno pede desculpa ao

colega ou ao grupo responsável pelo trabalho ou pela exposição e, se for oportuno,

refaz o que estragou;

• Danos provocados nos espaços exteriores: O aluno participará em atividades de

limpeza dos espaços exteriores;

• Apropriação de bens alheios: Se for a primeira vez, o aluno restitui o bem de que

se apropriou e pede desculpa ao colega, pagando qualquer tipo de estragos que

tenham sido provocados pela sua atitude. Se for reincidente, ser-lhe-á aplicada uma

medida disciplinar sancionatória;

• Bullying: O aluno que, recorrentemente, intimidar ou humilhar um colega, quer

física quer psicologicamente, que o violentar ou perseguir para dele obter valores,

que o pressionar para ele silenciar a ocorrência, a ponto de o deixar em sofrimento

silencioso, com receio de represálias, será sujeito a uma medida disciplinar

sancionatória, definida pela Direção Pedagógica;

• Utilização da imagem de outrem: O aluno que publicar imagens dos colegas, ou de

quaisquer outros elementos da comunidade educativa, em ambiente escolar, com a

finalidade de o desprestigiar ou ridicularizar, será sujeito a uma medida disciplinar

sancionatória, dependendo da gravidade e das circunstâncias em que as imagens

foram utilizadas.

d) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares ou na utilização de certos

materiais e equipamentos:

Nesta medida não serão contemplados os espaços ou materiais que se encontrem afetos a

atividades letivas, devendo o facto ser comunicado aos Encarregados de educação. A aplicação e

posterior execução desta medida corretiva não pode ultrapassar o período de tempo correspondente a

um ano letivo.

e) A mudança de turma:

Caso o Conselho de Turma ou a Direção Pedagógica considerem ser esta a medida mais adequada

a adotar, o Encarregado de educação deve ser imediatamente informado.

f) Atraso à atividade letiva:

Qualquer atraso superior a dez minutos ao início da primeira aula da manhã do segundo e terceiro

ciclos será registado como falta de presença no Livro de Ponto (formato digital). O aluno é encaminhado

para a biblioteca, onde é acompanhado por uma auxiliar de ação educativa. Não existe tolerância a

qualquer outro tempo do dia, pelo que o atraso do aluno deverá também ser registado no Livro de Ponto

(formato digital) como falta de presença.

No primeiro ciclo, caso o aluno chegue depois das 8h45 não se integra nas atividades normais da

sua turma, sendo encaminhado para biblioteca, acompanhado por uma auxiliar de ação educativa.

Retomará as atividades normais com a sua turma a partir das 9h15.

58

Todos os atrasos às atividades letivas implicam o respetivo registo na folha de observação de

comportamento e atitudes e posterior comunicação ao Encarregado de Educação.

Se o aluno for reincidente, será admoestado pela Direção Pedagógica e ser-lhe-á aplicada uma

das seguintes medidas dissuasoras: realização de um trabalho suplementar para a área curricular em que

chegue atrasado, sob proposta do respetivo professor.

Caso o aluno se recuse a cumprir qualquer das medidas corretivas que lhe sejam aplicadas, o

Professor Titular, o Diretor de Turma informará o Encarregado de Educação e dará conhecimento do

facto à Direção Pedagógica. Esta, se considerar conveniente, convocará um Conselho de Docentes ou

de Turma extraordinário ou aplicará uma medida corretiva por si própria definida.

3.19.2 Medidas disciplinares sancionatórias

As medidas disciplinares sancionatórias traduzem uma sanção disciplinar do comportamento

assumido pelo aluno, devendo a ocorrência dos factos em que tal comportamento se traduz ser

participada de imediato ao Professor Titular ou ao Diretor de Turma, para efeitos de posterior

comunicação à Direção Pedagógica.

São medidas disciplinares sancionatórias:

• A repreensão registada;

• A suspensão por um dia;

• A suspensão até três dias úteis;

• A suspensão da escola entre 4 e 12 dias úteis;

• A transferência de escola

• A expulsão da escola.

A aplicação da medida disciplinar sancionatória de repreensão registada é da competência do

professor respetivo, quando for praticada na sala de aula, ou da Direção Pedagógica nas restantes

situações, averbando-se ao processo individual do aluno a identificação do autor do ato decisório, data

em que o mesmo foi proferido e a fundamentação de facto e de direito que norteou tal decisão.

Em casos excecionais, e enquanto medida dissuasora, a suspensão por um dia pode ser aplicada

pela Direção Pedagógica do Externato, garantidos que estejam os direitos de audiência e defesa do

visado, e sempre fundamentada dos factos que a suportam.

A suspensão até três dias úteis, enquanto medida dissuasora, é aplicada, com a devida

fundamentação dos fatos que a suportam, pela Direção Pedagógica, após o exercício dos direitos de

audiência e defesa do visado.

Compete à Direção Pedagógica ouvidos os pais ou encarregado de educação do aluno fixar os

termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar sancionatória referida no paragrafo anterior

é executada garantindo ao aluno um plano de atividades pedagógicas a realizar, com

corresponsabilização daqueles.

59

A decisão de aplicar a medida disciplinar sancionatória de suspensão da escola entre 4 e 12 dias

úteis, é precedida da audição em processo disciplinar do aluno visado, do qual constam, em termos

concretos e precisos, os factos que lhe são imputados, os deveres por ele violados e a referência expressa,

não só da possibilidade de se pronunciar relativamente àqueles factos, como da defesa elaborada, sendo

competente para a sua aplicação a Direção Pedagógica do Externato que pode, previamente, ouvir o

Conselho de Turma.

Compete à Direção Pedagógica do Externato, ouvidos os pais / Encarregado de educação do

aluno, fixar os termos e condições em que a aplicação da medida disciplinar sancionatória de suspensão

entre 4 e 12 dias úteis será executada, garantindo ao aluno um plano de atividades pedagógicas a realizar,

coresponsabilizando-o pela sua execução e acompanhamento.

A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola compete com possibilidade de

delegação ao Diretor Geral de Educação, após conclusão do procedimento disciplinar, e reporta-se à

prática de factos notoriamente impeditivos do prosseguimento do processo de ensino-aprendizagem dos

restantes alunos do Externato, ou do normal relacionamento com algum ou alguns dos membros da

comunidade educativa.

A medida disciplinar sancionatória de transferência de escola apenas é aplicada a um aluno de

idade não inferior a 10 anos e quando estiver assegurada a frequência de outro estabelecimento de ensino,

se esse outro estabelecimento de ensino estiver situado na mesma localidade ou na localidade mais

próxima servida de transporte público ou escolar.

A aplicação da medida disciplinar de expulsão da escola compete, com possibilidade de

delegação, ao diretor – geral da educação precedendo conclusão do procedimento disciplinar e consiste

na retenção do aluno no ano de escolaridade que frequenta quando a medida é aplicada e na proibição

do acesso ao espaço escolar até ao final daquele ano escolar e nos dois anos escolares imediatamente

seguintes.

Complementarmente às medidas previstas, compete à Direção Pedagógica do Externato decidir

sobre a reparação dos danos provocados pelo aluno no património escolar.

3.19.3 Cumulação de medidas corretivas ou disciplinares sancionatórias

A aplicação das medidas corretivas de ordem de saída da sala de aula ou de mudança de turma é

cumulável entre si.

A aplicação de uma ou mais das medidas corretivas é cumulável apenas com a aplicação de uma

medida disciplinar sancionatória.

3.19.4 Medidas Disciplinares Sancionatórias - Procedimento disciplinar

A competência para a instauração de procedimento disciplinar por comportamentos suscetíveis

de configurar a aplicação de alguma das medidas previstas no n.º 2 do artigo 28.° do Estatuto do Aluno

e Ética Escolar é da Direção Pedagógica.

60

Para efeitos do previsto no parágrafo anterior a Direção Pedagógica, no prazo de dois dias úteis

após o conhecimento da situação, emite o despacho instaurador e de nomeação do instrutor, devendo

este ser um professor da escola, e notifica os Pais ou Encarregado de educação do aluno pelo meio mais

expedito.

A Direção Pedagógica do externato deve notificar o instrutor da sua nomeação no mesmo dia em

que profere o despacho de instauração do procedimento disciplinar.

A instrução do procedimento disciplinar é efetuada no prazo máximo de seis dias úteis, contados

da data de notificação ao instrutor do despacho que instaurou o procedimento disciplinar, sendo

obrigatoriamente realizada, para além das demais diligências consideradas necessárias, a audiência oral

dos interessados, em particular do aluno, e sendo este menor de idade, do respetivo encarregado de

educação.

Os interessados são convocados com a antecedência de um dia útil para a audiência oral, não

constituindo a falta de comparência motivo do seu adiamento, podendo esta, no caso de apresentação de

justificação da falta até ao momento fixado para a audiência, ser adiada.

No caso de o respetivo Encarregado de educação não comparecer, o aluno menor de idade pode

ser ouvido na presença de um docente por si livremente escolhido e do diretor de turma ou do professor-

tutor do aluno, quando exista, ou, no impedimento destes, de outro professor da turma designado pela

Direção Pedagógica.

Da audiência é lavrada ata de que consta o extrato das alegações feitas pelos interessados.

Finda a instrução, o instrutor elabora e remete à Direção Pedagógica, no prazo de três dias úteis,

relatório final do qual constam, obrigatoriamente:

Os fatos cuja prática é imputada ao aluno, devidamente circunstanciados quanto ao tempo, modo

e lugar;

Os deveres violados pelo aluno, com referência expressa às respetivas normas legais ou

regulamentares;

Os antecedentes do aluno que se constituem como circunstâncias atenuantes ou agravantes nos

termos previstos no artigo 25.° do Estatuto do Aluno e Ética Escolar;

A proposta de medida disciplinar sancionatória aplicável ou de arquivamento do procedimento.

No caso da medida disciplinar sancionatória proposta ser a transferência de escola ou de expulsão

da escola, a mesma é comunicada para decisão ao Diretor-geral da educação, no prazo de dois dias úteis.

3.19.5 Celeridade do procedimento Disciplinar

A instrução do procedimento disciplinar prevista nos n.os 5 a 8 do artigo 30º do Estatuto do

Aluno e Ética Escolar pode ser substituída pelo reconhecimento individual, consciente e livre dos fatos,

61

por parte do aluno maior de 12 anos e a seu pedido, em audiência a promover pelo instrutor, nos dois

dias úteis subsequentes à sua nomeação, mas nunca antes de decorridas vinte e quatro horas sobre o

momento previsível da prática dos fatos imputados ao aluno.

Na audiência referida no parágrafo anterior, estão presentes, além do instrutor, o aluno, o

encarregado de educação do aluno e, ainda:

O Diretor de Turma ou o Professor-tutor do aluno, quando exista, ou, em caso de impedimento

e em sua substituição, um professor da turma designado pela Direção Pedagógica;

Um professor da escola livremente escolhido pelo aluno.

A não comparência do encarregado de educação, quando devidamente convocado, não obsta à

realização da audiência.

Os participantes referidos no segundo paragrafo do presente ponto têm como missão exclusiva

assegurar e testemunhar, através da assinatura do auto a que se referem os números seguintes, a total

consciência do aluno quanto aos fatos que lhe são imputados e às suas consequências, bem como a sua

total liberdade no momento da respetiva declaração de reconhecimento.

Na audiência é elaborado auto, no qual constam, entre outros, os elementos previstos nas alíneas

a) e b) do n.° 9 do artigo 30º do Estatuto do Aluno e Ética Escolar, o qual, previamente a qualquer

assinatura, é lido em voz alta e explicado ao aluno pelo instrutor, com a informação clara e expressa de

que não está obrigado a assiná-lo.

O fato ou fatos imputados ao aluno só são considerados validamente reconhecidos com a

assinatura do auto por parte de todos os presentes, sendo que, querendo assinar, o aluno o faz antes de

qualquer outro elemento presente.

O reconhecimento dos fatos por parte do aluno é considerado circunstância atenuante, nos termos

e para os efeitos previstos no n.° 2 do artigo 25.° do Estatuto do Aluno e Ética Escolar, encerrando a

fase da instrução e seguindo-se-lhe os procedimentos previstos no parágrafo anterior.

A recusa do reconhecimento por parte do aluno implica a necessidade da realização da instrução,

podendo o instrutor aproveitar a presença dos intervenientes para a realização da audiência oral prevista

no artigo 30º do Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

3.19.6 Suspensão preventiva do aluno

No momento da instauração do procedimento disciplinar, mediante decisão da entidade que o

instaurou, ou no decurso da sua instrução, por proposta do instrutor, o aluno pode ser suspenso

preventivamente da frequência da escola, mediante despacho fundamentado a proferir pela Direção

Pedagógica, se a presença dele na escola se revelar gravemente perturbadora da instrução do processo

ou do funcionamento normal das atividades do Externato, garantindo-se ao aluno um plano de atividades

pedagógicas durante o período de ausência, a coordenar e organizar pelo Diretor de Turma.

62

A suspensão preventiva tem a duração que a Direção Pedagógica considerar adequada à situação

em concreto, não podendo ser superior a dez dias úteis, nem continuar para além da data de decisão do

procedimento disciplinar.

Os efeitos decorrentes da ausência do aluno no decurso do período de suspensão preventiva, no

que respeita à avaliação das aprendizagens, são determinados em função da decisão que vier a ser

proferida no procedimento disciplinar.

Os dias de suspensão preventiva cumpridos pelo aluno são descontados no cumprimento da

medida disciplinar sancionatória de suspensão até doze dias a que o aluno venha a ser condenado na

sequência do procedimento disciplinar.

O Encarregado de educação é imediatamente informado da suspensão preventiva aplicada ao seu

educando.

Sempre que a avaliação que fizer das circunstâncias o aconselhe, a Direção Pedagógica deve

participar a ocorrência à respetiva Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, ou na falta, ao Ministério

Público junto do tribunal de família e menores.

Ao aluno suspenso preventivamente é também fixado, durante o período de ausência da escola,

um plano de atividades.

A suspensão preventiva do aluno é comunicada, por via eletrónica pela Direção Pedagógica ao

serviço do Ministério da Educação e Ciência responsável pela coordenação da segurança escolar, sendo

identificados sumariamente os intervenientes, os fatos e as circunstâncias que motivaram a decisão de

suspensão.

3.19.7 Decisão final do procedimento disciplinar

A decisão final do procedimento disciplinar, devidamente fundamentada, é proferida no prazo

máximo de dois dias úteis, a contar do momento em que a entidade competente para o decidir receber o

relatório do instrutor, salvo na situação de transferência de escola, em que o processo é remetido para o

Diretor Geral de Educação e, neste caso, o prazo será de cinco dias úteis, contados a partir da receção

do processo disciplinar na direção geral de educação, devendo constar dessa decisão a indicação do

momento a partir do qual a execução da medida disciplinar sancionatória começa a produzir efeitos ou

se, ao invés, essa execução fica suspensa, nos termos do parágrafo seguinte.

A execução da medida disciplinar sancionatória, com exceção da transferência de escola, pode

ficar suspensa pelo período de tempo e nos termos e condições em que a entidade decisora considerar

justo, adequado e razoável, cessando logo que ao aluno seja aplicada outra medida disciplinar

sancionatória no decurso dessa suspensão.

Da decisão proferida pelo Diretor Geral de Educação que aplique a medida disciplinar

sancionatória de transferência de escola deve igualmente constar a identificação do estabelecimento de

ensino para onde o aluno vai ser transferido, para cuja escolha se procede previamente à audição do

respetivo Encarregado de Educação.

63

A decisão final do procedimento é notificada pessoalmente aos pais / Encarregado de educação

nos dois dias úteis seguintes ou, caso tal seja impossível, através de carta registada com aviso de receção,

caso em que se considera a notificação efetuada na data da assinatura do aviso de receção.

3.19.8 Execução das medidas corretivas ou disciplinares sancionatórias

Compete ao Diretor de Turma ou ao Professor Titular o acompanhamento do aluno na execução

da medida corretiva ou disciplinar sancionatória a que foi sujeito, devendo aquele articular a sua atuação

com os Pais / Encarregado de educação e com os professores da turma, em função das necessidades

educativas identificadas e de forma a assegurar a coresponsabilização de todos os intervenientes nos

efeitos educativos da medida.

A competência referida no parágrafo anterior é especialmente relevante aquando da execução da

medida corretiva de atividades de integração na escola, ou no momento de regresso à escola do aluno a

quem foi aplicada a medida disciplinar sancionatória de suspensão até 12 dias.

O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aquando da integração do aluno na nova

escola para que foi transferido, na sequência da aplicação dessa medida disciplinar sancionatória.

Na prossecução das finalidades referidas no primeiro parágrafo, a escola conta com a colaboração

do Serviço de Psicologia e Orientação e Núcleo de Apoio Educativo.

3.19.9 Recursos hierárquicos

Da decisão final do procedimento disciplinar cabe recurso hierárquico nos termos gerais do

direito, a interpor no prazo de cinco dias úteis.

O recurso hierárquico só tem efeitos suspensivos quando interposto de decisão de aplicação das

medidas disciplinares sancionatórias de suspensão da escola e de transferência de escola.

O despacho que aprecia o recurso hierárquico é remetido à escola, no prazo de cinco dias úteis,

cumprindo à Direção Pedagógica o procedimento de notificação do Encarregado de Educação nos cinco

dias úteis seguintes, em carta registada com aviso de receção.

3.19.10 Salvaguarda da convivência escolar

Qualquer professor ou aluno da turma contra quem outro aluno tenha praticado ato de agressão

moral ou física, do qual tenha resultado a aplicação efetiva de medida disciplinar sancionatória de

suspensão da escola por período superior a oito dias úteis, pode requerer à Direção Pedagógica a

transferência do aluno em causa para turma à qual não lecione ou não pertença, quando o regresso

daquele à turma de origem possa provocar grave constrangimento aos ofendidos e perturbação da

convivência escolar.

A Direção Pedagógica decidirá sobre o pedido no prazo máximo de cinco dias úteis,

fundamentando a sua decisão.

64

O indeferimento da Direção Pedagógica só pode ser fundamentado na inexistência na escola de

outra turma na qual o aluno possa ser integrado, para efeitos da frequência da disciplina ou disciplinas

em causa ou na impossibilidade de corresponder ao pedido sem grave prejuízo para o percurso formativo

do aluno agressor.

3.20 Responsabilidade civil e criminal

A aplicação da medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória prevista no presente

regulamento não isenta o aluno e o respetivo representante legal da responsabilidade civil e criminal a

que nos termos gerais de direito haja lugar.

Sem prejuízo do recurso, por razões de urgência, às autoridades policiais, quando o

comportamento do aluno maior de 12 anos e menor de 16 puder constituir fato qualificado como crime,

deve a Direção Pedagógica comunicar ao Ministério Público junto a tribunal competente em matéria de

menores.

Caso o menor tenha menos de 12 anos de idade, a comunicação referida no parágrafo anterior

deve ser dirigida à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) ou, na falta deste, ao Ministério

Público junto ao tribunal referido no parágrafo anterior. O início do procedimento criminal pelos fatos

que constituam crime e que sejam suscetíveis de desencadear medida disciplinar sancionatória depende

apenas de queixa ou de participação pela direção da escola, devendo o seu exercício fundamentar-se em

razões que ponderem, em concreto, o interesse da comunidade educativa no desenvolvimento do

procedimento criminal perante os interesses relativos à formação do aluno em questão.

O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica o exercício do direito de queixa por parte dos

membros da comunidade educativa que sejam lesados nos seus direitos e interesses legalmente

protegidos.

3.20.1 Responsabilidade dos pais e Encarregados de educação

Aos pais ou encarregados de educação incumbe uma especial responsabilidade, inerente ao seu

poder-dever de dirigirem a educação dos seus filhos e educandos no interesse destes e de promoverem

ativamente o desenvolvimento físico, intelectual e cívico dos mesmos.

Nos termos da responsabilidade referida no ponto anterior, deve cada um dos pais ou

encarregados de educação, em especial:

Acompanhar ativamente a vida escolar do seu educando;

Promover a articulação entre a educação na família e o ensino na escola;

Diligenciar para que o seu educando beneficie, efetivamente, dos seus direitos e cumpra

rigorosamente os deveres que lhe incumbem, nos termos do Estatuto do Aluno e Ética Escolar,

procedendo com correção no seu comportamento e empenho no processo de ensino;

65

Cooperar com os professores no desempenho da sua missão pedagógica, em especial quando

para tal forem solicitados, colaborando no processo de ensino dos seus educandos;

Reconhecer e respeitar a autoridade dos professores no exercício da sua profissão e incutir nos

seus filhos ou educandos o dever de respeito para com os professores, o pessoal não docente e os colegas

da escola, contribuindo para a preservação da disciplina e harmonia da comunidade educativa;

Contribuir para o correto apuramento dos fatos em procedimento de índole disciplinar instaurado

ao seu educando, participando nos atos e procedimentos para os quais for notificado e, sendo aplicada a

este medida corretiva ou medida disciplinar sancionatória, diligenciar para que a mesma prossiga os

objetivos de reforço da sua formação cívica, do desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da

sua capacidade de se relacionar com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa e do

seu sentido de responsabilidade;

Contribuir para a preservação da segurança e integridade física e psicológica de todos os que

participam na vida da escola;

Integrar ativamente a comunidade educativa no desempenho das demais responsabilidades desta,

em especial informando-a e informando-se sobre todas as matérias relevantes no processo educativo dos

seus educandos;

Comparecer na escola sempre que tal se revele necessário ou quando para tal for solicitado;

Conhecer o Estatuto do Aluno e Ética Escolar, bem como o Regulamento Interno da Escola e

subscrever declaração anual de aceitação do mesmo e de compromisso ativo quanto ao seu cumprimento

integral;

Indemnizar a escola relativamente a danos patrimoniais causados pelo seu educando;

Manter constantemente atualizados os seus contatos telefónicos, endereço postal e eletrónico,

bem como os do seu educando, quando diferentes, informando a escola em caso de alteração.

Os pais ou encarregados de educação são responsáveis pelos deveres dos seus filhos e educandos,

em especial quanto à assiduidade, pontualidade e disciplina.

Considera-se encarregado de educação quem tiver menores a residir consigo ou confiado aos

seus cuidados:

1. Pelo exercício das responsabilidades parentais;

2. Por decisão judicial;

3. Pelo exercício de funções executivas na direção de instituições que tenham menores, a qualquer

título, à sua responsabilidade;

4. Por mera autoridade de facto ou por delegação, devidamente comprovada, por parte de qualquer

das entidades referidas nas alíneas anteriores.

Em caso de divórcio ou de separação e, na falta de acordo dos progenitores, o encarregado de

educação será o progenitor com quem o menor fique a residir.

66

Estando estabelecida a residência alternada com cada um dos progenitores, deverão estes decidir,

por acordo ou, na falta deste, por decisão judicial, sobre o exercício das funções de encarregado de

educação.

O Encarregado de educação pode ainda ser o pai ou a mãe que, por acordo expresso ou presumido

entre ambos, é indicado para exercer essas funções, presumindo-se ainda, até qualquer indicação em

contrário, que qualquer ato que pratica relativamente ao percurso escolar do filho é realizado por decisão

conjunta do outro progenitor.

3.20.2 Incumprimento dos deveres por parte dos pais ou encarregados de educação

O incumprimento pelos Pais ou Encarregados de educação, relativamente aos seus filhos ou

educandos menores ou não emancipados, dos deveres previstos no ponto anterior, de forma consciente

e reiterada, implica a respetiva responsabilização nos termos da lei e previsto no Estatuto do Aluno e

Ética Escolar.

Constitui incumprimento especialmente censurável dos deveres dos pais ou encarregados de

educação:

O incumprimento dos deveres de matrícula, frequência, assiduidade e pontualidade pelos filhos

e ou educandos, bem como a ausência de justificação para tal incumprimento, nos termos dos n.os 2 a 5

do artigo 16.° do Estatuto do Aluno e Ética escolar;

A não comparência na escola sempre que os seus filhos e ou educandos atinjam metade do limite

de faltas injustificadas, nos termos do n.° 3 do artigo 18.° do Estatuto do Aluno e Ética Escolar, ou a sua

não comparência ou não pronúncia, nos casos em que a sua audição é obrigatória, no âmbito de

procedimento disciplinar instaurado ao seu filho ou educando, nos termos previstos nos artigos 30.° e

31.° do mesmo estatuto ;

A não realização, pelos seus filhos e ou educandos, das medidas de recuperação definidas pela

escola nos termos do Estatuto do Aluno e Ética Escolar, das atividades de integração na escola e na

comunidade decorrentes da aplicação de medidas disciplinares corretivas e ou sancionatórias, bem como

a não comparência destes em consultas ou terapias prescritas por técnicos especializados.

O incumprimento reiterado, por parte dos pais ou encarregados de educação, dos deveres a que

se refere o parágrafo anterior, determina a obrigação, por parte da escola, de comunicação do fato à

competente CPCJ ou ao Ministério Público, nos termos previstos no Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

O incumprimento consciente e reiterado pelos pais ou encarregado de educação dos deveres

estabelecidos nos parágrafos anteriores pode ainda determinar por decisão da Comissão de Proteção de

Crianças e Jovens ou do Ministério Público, na sequência da análise efetuada após a comunicação

prevista no número anterior, a frequência em sessões de capacitação parental, a promover pela equipa

67

multidisciplinar do agrupamento de escolas ou escolas não agrupadas, sempre que possível, com a parti-

cipação das entidades a que se refere o n.° 3 do artigo 53.°do Estatuto do Aluno e Ética Escolar, e no

quadro das orientações definidas pelos ministérios referidos no seu n.° 2 do artigo referido

anteriormente.

O incumprimento por parte dos pais ou encarregados de educação do disposto na parte final da

alínea b) do n.° 2 do artigo 44 do Estatuto do Aluno e Ética Escolar presume a sua concordância com as

medidas aplicadas ao seu filho ou educando, exceto se provar não ter sido cumprido, por parte da escola,

qualquer dos procedimentos obrigatórios previstos nos artigos 30.° e 31.° do mesmo Estatuto.

O não cumprimento dos deveres por parte dos pais incorre em contraordenação prevista no artigo

45 do Estatuto do Aluno e Ética Escolar.

3.21 Intervenção de outras entidades

Perante situação de perigo para a segurança, saúde, ou educação do aluno, designadamente por

ameaça à sua integridade física ou psicológica, deve a Direção Pedagógica diligenciar para lhe pôr termo,

pelos meios estritamente adequados e necessários e sempre com preservação da vida privada do aluno e

da sua família, atuando de modo articulado com os pais, representante legal ou quem tenha a guarda de

fato do aluno.

Para efeitos do disposto no parágrafo anterior, deve a Direção Pedagógica solicitar, quando

necessário, a cooperação das entidades competentes do setor público, privado ou social.

Quando se verifique a oposição dos pais, representante legal ou quem tenha a guarda de facto do

aluno, à intervenção da escola no âmbito da competência referida nos parágrafos anteriores, a Direção

Pedagógica deve comunicar imediatamente a situação à CPCJ com competência na área de residência

do aluno ou, no caso de esta não se encontrar instalada, ao magistrado do Ministério Público junto do

tribunal competente.

Se a escola, no exercício da competência referida nos parágrafos anteriores, não conseguir

assegurar, em tempo adequado, a proteção suficiente que as circunstâncias do caso exijam, cumpre à

Direção Pedagógica comunicar a situação às entidades referidas no ponto anterior.

2 - AVALIAÇÃO (Dec. Lei nº 55/2018, de 6 de julho; Portaria nº 223 - A/2018, de 3 de agosto)

1. Objeto da avaliação (artigo 16º, Portaria nº223-A/2018)

A avaliação incide sobre as aprendizagens desenvolvidas pelos alunos, tendo por referência as

Aprendizagens Essenciais, que constituem orientação curricular base, com especial enfoque nas

áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

A avaliação assume caráter contínuo e sistemático, ao serviço das aprendizagens, e fornece ao

68

professor, ao aluno, ao encarregado de educação e aos restantes intervenientes informação sobre o

desenvolvimento do trabalho, a qualidade das aprendizagens realizadas e os percursos para a sua

melhoria.

As informações obtidas em resultado da avaliação permitem ainda a revisão do processo de

ensino e de aprendizagem.

A avaliação certifica as aprendizagens realizadas, nomeadamente os saberes adquiridos, bem

como as capacidades e atitudes desenvolvidas no âmbito das áreas de competências inscritas no

Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

2. Finalidades da Avaliação (artigo 22º, dec lei nº 55/2018)

A avaliação, sustentada por uma dimensão formativa, é parte integrante do ensino e da aprendizagem,

tendo por objetivo central a sua melhoria baseada num processo contínuo de intervenção pedagógica,

em que se explicitam, enquanto referenciais, as aprendizagens, os desempenhos esperados e os

procedimentos de avaliação.

Enquanto processo regulador do ensino e da aprendizagem, a avaliação orienta o percurso escolar dos

alunos e certifica as aprendizagens realizadas, nomeadamente os conhecimentos adquiridos, bem

como as capacidades e atitudes desenvolvidas no âmbito das áreas de competências inscritas no

Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Na avaliação devem ser utilizados procedimentos, técnicas e instrumentos diversificados e

adequados às finalidades, ao objeto em avaliação, aos destinatários e ao tipo de informação a

recolher, que variam em função da diversidade e especificidade do trabalho curricular a

desenvolver com os alunos.

As diferentes formas de recolha de informação sobre as aprendizagens, realizadas quer no âmbito

da avaliação interna, da responsabilidade dos professores e dos órgãos de gestão pedagógica da

escola, quer no âmbito da avaliação externa, com a intervenção de avaliadores externos ou da

responsabilidade dos serviços ou organismos da área governativa da Educação, prosseguem, de

acordo com as suas finalidades, os seguintes objetivos:

a) Informar e sustentar intervenções pedagógicas, reajustando estratégias que conduzam à melhoria

da qualidade das aprendizagens, com vista à promoção do sucesso escolar;

b) Aferir a prossecução dos objetivos definidos no currículo;

c) Certificar aprendizagens.

Sem prejuízo das especificidades que distinguem os processos de avaliação interna e externa das

aprendizagens, no que respeita ao desempenho dos alunos e ao desenvolvimento do currículo, a

análise dos dados recolhidos deve valorizar leituras de complementaridade, de modo a potenciar a

melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.

As regras e os procedimentos relativos à avaliação nas diversas ofertas educativas e formativas são

regulamentados por portaria do membro do Governo responsável pela área da educação.

3. Avaliação das aprendizagens (artigo 23º, dec lei nº 55/2018)

A avaliação interna das aprendizagens:

a) Compreende, de acordo com a finalidade que preside à recolha de informação, as seguintes

modalidades:

69

i) Formativa;

ii) Sumativa;

b) Mobiliza técnicas, instrumentos e procedimentos diversificados e adequados.

Em complemento da avaliação interna, a avaliação externa:

a) Gera informação a utilizar para fins:

i) Formativos;

ii) Sumativos;

b) Compreende, em função da natureza de cada uma das ofertas educativas e formativas:

i) Provas de aferição;

ii) Provas finais do ensino básico;

iii) Exames finais nacionais;

iv) Provas de aptidão artística;

v) Provas de aptidão profissional.

As provas e exames a que se referem as subalíneas i) a iii) da alínea b) do número anterior podem

ser realizadas em suporte eletrónico.

4. Avaliação interna das aprendizagens (artigo 24º, dec lei nº 55/2018)

A avaliação formativa assume caráter contínuo e sistemático, ao serviço das aprendizagens,

recorrendo a uma variedade de procedimentos, técnicas e instrumentos de recolha de informação,

adequados à diversidade das aprendizagens, aos destinatários e às circunstâncias em que ocorrem.

A informação recolhida com finalidade formativa fundamenta a definição de estratégias de

diferenciação pedagógica, de superação de eventuais dificuldades dos alunos, de facilitação da sua

integração escolar e de apoio à orientação escolar e vocacional, permitindo aos professores, aos

alunos, aos pais e encarregados de educação e a outras pessoas ou entidades legalmente autorizadas

obter informação sobre o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, com vista ao ajustamento

de processos e estratégias.

A avaliação sumativa traduz-se na formulação de um juízo global sobre as aprendizagens realizadas

pelos alunos, tendo como objetivos a classificação e certificação.

O juízo global conducente à classificação não prejudica o necessário reporte, assente em pontos de

situação ou sínteses, sobre as aprendizagens realizadas pelos alunos, a qualidade das mesmas e os

percursos para a sua melhoria.

A avaliação formativa é a principal modalidade de avaliação e permite obter informação privilegiada

e sistemática nos diversos domínios curriculares, devendo, com o envolvimento dos alunos no

processo de autorregulação das aprendizagens, fundamentar o apoio às mesmas, em articulação com

dispositivos de informação dirigidos aos pais e encarregados de educação.

70

Na avaliação interna, para efeitos de planificação, realização e avaliação do ensino e da aprendizagem,

constituem referencial os documentos curriculares nos termos previstos no artigo 17.º e no n.º 3 do

artigo 18.º do dec lei nº 55/2018 de 6 de julho

5. Avaliação externa das aprendizagens (artigo 25º, dec lei nº 55/2018)

A avaliação externa tem como referencial base as Aprendizagens Essenciais, enquanto denominador

curricular comum, devendo ainda contemplar a avaliação da capacidade de mobilização e de integração

dos saberes disciplinares, com especial enfoque nas áreas de competências inscritas no Perfil dos

Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

As provas de aferição, de aplicação universal e obrigatória, realizam-se no final do 2.º, 5.º e 8.º

anos de escolaridade e permitem:

a) Acompanhar o desenvolvimento do currículo, nas diferentes áreas, providenciando informação

regular ao sistema educativo;

b) Fornecer informações detalhadas acerca do desempenho dos alunos à escola, aos professores, aos

encarregados de educação e aos próprios alunos;

c) Potenciar uma intervenção pedagógica atempada, dirigida às dificuldades identificadas para cada

aluno.

A avaliação dos alunos do ensino básico geral e dos cursos artísticos especializados integra a realização

de provas finais de ciclo no final do 9.º ano de escolaridade.

A avaliação dos alunos dos cursos científico-humanísticos integra exames finais nacionais, a

realizar no ano terminal da respetiva disciplina, nos termos seguintes:

a) Disciplina de Português, da componente de formação geral;

b) Disciplina trienal da componente de formação específica;

c) Duas disciplinas bienais da componente de formação específica, de acordo com o percurso

formativo próprio do aluno, ou uma disciplina bienal da componente de for- mação específica do curso

frequentado e a disciplina de Filosofia.

A avaliação dos alunos nos cursos artísticos especializados do ensino secundário integra a prova de

aptidão artística.

A avaliação dos alunos nos cursos profissionais integra a prova de aptidão profissional.

6. Intervenientes no processo de avaliação (artigo 26º, dec lei nº 55/2018)

Intervêm no processo de avaliação, designadamente:

a) O professor;

b) O aluno;

c) O conselho de docentes, no 1.° ciclo, ou o conselho de turma, nos 2.° e 3.° ciclos;

d) A Direção Pedagógica e o Conselho Pedagógico;

e) O encarregado de educação;

71

f) Os elementos do Serviço de Psicologia e Orientação e Núcleo de Apoio Educativo e outros

profissionais que acompanhem o desenvolvimento do processo educativo do aluno;

g) A Administração Educativa.

A avaliação é da responsabilidade do professor titular no 1ºciclo, do conselho de turma nos 2.° e 3.°

ciclos, do Conselho Pedagógico, Direção Pedagógica, assim como dos serviços ou entidades designadas

para o efeito.

A avaliação tem uma vertente contínua e sistemática e fornece ao professor, ao aluno, ao encarregado

de educação e aos restantes intervenientes, informação sobre a aquisição de conhecimentos e o de-

senvolvimento de capacidades, de modo a permitir rever e melhorar o processo de trabalho.

Compete à Direção Pedagógica sob proposta do professor titular de turma, no 1.° ciclo, ou do diretor de

turma, nos restantes ciclos, com base nos dados da avaliação, mobilizar e coordenar os recursos

educativos existentes, com vista a desencadear respostas adequadas às necessidades dos alunos.

A Direção Pedagógica deve assegurar as condições de participação dos alunos, dos encarregados de

educação, dos profissionais com competência em matéria de apoios especializados e dos demais

intervenientes, nos termos definidos no seu regulamento interno.

Os instrumentos ou critérios de avaliação utilizados pelos Docentes são divulgados aos alunos e aos pais

/ Encarregados de Educação no início do ano letivo, através dos meios considerados mais adequados.

Com vista à organização do processo de avaliação externa, nomeadamente no que se refere à sua

coordenação, planificação e execução, são constituídas equipas em cada região do território nacional,

que integram o Júri Nacional de Exames.

7. Efeitos da avaliação (artigo 27º, dec lei nº 55/2018)

A avaliação formativa sustenta a definição de estratégias de ensino, gerando medidas pedagógicas

adequadas às características dos alunos e às aprendizagens a desenvolver

Enquanto processo de apoio às aprendizagens, a avaliação formativa recorre a dispositivos de

informação detalhada sobre os desempenhos dos alunos e apoia a sua orientação escolar e vocacional.

Sem prejuízo do disposto no último parágrafo deste número, a avaliação sumativa realiza-se no final

de cada período letivo e dá origem, no final do ano letivo, a uma tomada de decisão:

a) No ensino básico geral e nos cursos artísticos especializados do ensino básico, sobre a transição e a

aprovação, respetivamente, para o ano e ciclo de escolaridade subsequente, sobre a conclusão do nível

básico de educação ou a reorientação do percurso educativo dos alunos, bem como sobre a progressão

nas disciplinas da componente de formação artística;

b) Nos cursos científico-humanísticos e nos cursos artísticos especializados do ensino secundário,

sobre a aprovação em cada disciplina, a progressão nas disciplinas não terminais, a transição para o

ano de escolaridade subsequente ou a reorientação do percurso educativo dos alunos, e a conclusão do

nível secundário de educação.

Nos cursos profissionais, a avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a aprovação

em cada disciplina, módulo ou UFCD, a progressão, ou a reorientação do percurso educativo dos alunos,

e a conclusão do nível de educação e qualificação profissional correspondente, ocorrendo no final de cada

módulo ou UFCD.

Sempre que as escolas adotem uma organização do funcionamento de disciplinas diversa da anual, a

72

avaliação sumativa processa-se nos termos previstos na regulamentação específica.

8. Escala de avaliação (artigo 28º, dec lei nº 55/2018)

1 — A informação resultante da avaliação sumativa materializa-se:

a) No 1.º ciclo do ensino básico, na atribuição de uma menção qualitativa acompanhada de uma

apreciação descritiva em cada componente de currículo;

b) Nos 2.º e 3.º ciclos, numa escala numérica de 1 a 5 em cada disciplina;

c) No ensino secundário, numa escala numérica de 0 a 20 valores nas disciplinas, módulos, unidades

de formação de curta duração e formação em contexto de trabalho.

2 - No 1.º ciclo, atenta a sua natureza instrumental, a componente de Tecnologias de Informação e

Comunicação não é objeto de avaliação sumativa.

3 — As opções de cada escola que resultem na criação de novas disciplinas estão sujeitas ao previsto

no primeiro parágrafo deste número.

9. Avaliação na Educação Pré-Escolar

A avaliação formativa, principal modalidade de avaliação na Educação Pré-Escolar (Circular n.º

4/DGIDC/DSDC/2011), assume caráter contínuo e sistemático e visa a regulação do ensino e da

aprendizagem, recorrendo a uma variedade de instrumentos de recolha de informação, de acordo com a

natureza das aprendizagens e dos contextos em que ocorrem.

A avaliação formativa constitui-se assim, como instrumento de apoio e de suporte da intervenção

educativa, ao nível do planeamento e da tomada de decisões do educador.

A avaliação é da responsabilidade do educador titular do grupo.

A avaliação enquanto processo contínuo de registo dos progressos realizados pela criança, ao longo do

tempo, utiliza procedimentos de natureza descritiva e narrativa, centrado sobre o modo como a criança

aprende, como processa a informação, como constrói conhecimento ou resolve problemas. Neste sentido

os instrumentos de avaliação devem ser adaptados para responder às necessidades individuais das

crianças.

10. Intervenientes e competências no processo de avaliação (artigo 17º, Portaria nº 223/2018)

Aos professores e outros profissionais intervenientes no processo de avaliação compete,

designadamente, através da modalidade de avaliação formativa, em harmonia com as orientações

definidas pelos órgãos com competências no domínio pedagógico-didático:

a) Adotar medidas que visam contribuir para as aprendizagens de todos os alunos;

b) Fornecer informação aos alunos e encarregados de educação sobre o desenvolvimento das

aprendizagens;

c) Reajustar, quando necessário, as práticas educativas orientando-as para a promoção do sucesso

educativo.

Para efeitos de acompanhamento e avaliação das aprendizagens, a responsabilidade, no 1.º ciclo, é do

professor titular de turma, em articulação com outros professores da turma, ouvido o conselho de

docentes, sendo, nos 2.º e 3.º ciclos, do conselho de turma, sob proposta dos professores de cada

disciplina e, em ambas as situações, dos órgãos de administração e gestão e de coordenação e supervisão

pedagógica da escola.

73

Compete ao diretor pedagógico, com base em dados regulares da avaliação das aprendizagens e

noutros elementos apresentados pelo professor titular de turma, no 1.º ciclo, ou pelo diretor de turma,

nos restantes ciclos, bem como pela equipa multidisciplinar, prevista no Decreto-Lei n.º 54/2018, de

6 de julho, mobilizar e coordenar os recursos educativos existentes, com vista a desencadear respostas

adequadas às necessidades dos alunos.

As respostas às necessidades dos alunos, enquanto medidas de promoção do sucesso educativo, devem ser

pedagogicamente alinhadas com evidências do desempenho, assumindo, sempre que aplicável, um

caráter transitório.

O diretor pedagógico deve ainda garantir o acesso à informação e assegurar as condições de participação dos

alunos e dos encarregados de educação, dos professores, e de outros profissionais intervenientes no

processo, nos termos definidos no regulamento interno.

Aos serviços e organismos do Ministério da Educação, especificamente no âmbito da avaliação externa,

compete providenciar atempadamente informação de qualidade decorrente do processo de avaliação, de

forma a contribuir para a melhoria das aprendizagens e para a promoção do sucesso educativo.

11. Critérios de avaliação (artigo 18º, Portaria nº 223/2018)

Até ao início do ano letivo, o conselho pedagógico da escola, enquanto órgão regulador do

processo de avaliação das aprendizagens, define, de acordo com as prioridades e opções

curriculares, e sob proposta dos departamentos curriculares, os critérios de avaliação, tendo em conta,

designadamente:

a) O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória;

b) As Aprendizagens Essenciais;

c) Os demais documentos curriculares, de acordo com as opções tomadas ao nível da consolidação,

aprofundamento e enriquecimento das Aprendizagens Essenciais.

Nos critérios de avaliação deve ser enunciado um perfil de aprendizagens específicas para cada ano

ou ciclo de escolaridade, integrando descritores de desempenho, em consonância com as

Aprendizagens Essenciais e as áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da

Escolaridade Obrigatória.

Os critérios de avaliação devem traduzir a importância relativa que cada um dos domínios e temas

assume nas Aprendizagens Essenciais, designadamente no que respeita à valorização da

competência da oralidade e à dimensão prática e ou experimental das aprendizagens a desenvolver.

Os critérios de avaliação constituem referenciais comuns na escola.

O diretor pedagógico deve garantir a divulgação dos critérios de avaliação junto dos diversos

intervenientes.

74

12. Registo, circulação e análise da informação (artigo 19º, Portaria nº 223/2018)

As informações relativas a cada aluno decorrentes das diferentes modalidades de avaliação devem ser

objeto de registo, nos termos a definir pelos órgãos de administração e gestão e de coordenação e

supervisão pedagógica da escola.

Cabe ao diretor definir os procedimentos adequados para assegurar a circulação, em tempo útil, da

informação relativa aos resultados e desempenhos escolares, a fim de garantir as condições

necessárias para que os encarregados de educação e os alunos possam participar na definição das

medidas conducentes à melhoria das aprendizagens.

A partir da informação individual sobre o desempenho dos alunos e da informação agregada,

nomeadamente dos relatórios de escola de provas de aferição (REPA), com resultados e outros dados

relevantes ao nível da turma e da escola, os professores e os demais intervenientes no processo de

ensino devem implementar rotinas de avaliação sobre as suas práticas pedagógicas, com vista à

consolidação ou reajustamento de estratégias que conduzam à melhoria das aprendizagens.

A análise a que se refere o número anterior, para além dos indicadores de desempenho disponíveis,

deve ter em conta outros indicadores considerados relevantes, designadamente as taxas de retenção

e desistência, transição e conclusão, numa lógica de melhoria de prestação do serviço educativo.

No processo de análise da informação devem valorizar-se abordagens de complementaridade

entre os dados da avaliação interna e externa das aprendizagens que permitam uma leitura abrangente

do percurso de aprendizagem do aluno, designadamente no contexto específico da escola.

Do resultado da análise a que se refere o número anterior devem decorrer processos de planificação

das atividades curriculares e extracurriculares que, sustentados pelos dados disponíveis, visem

melhorar a qualidade das aprendizagens e a promoção do sucesso educativo.

Os resultados do processo mencionado nos parágrafos 3, 4 e 5 são disponibilizados à comunidade

escolar pelos meios considerados adequados.

13. Avaliação interna (artigo 20º, Portaria nº 223/2018)

A avaliação interna das aprendizagens compreende, de acordo com a finalidade que preside à recolha

de informação, as modalidades formativa e sumativa.

A avaliação interna das aprendizagens é da responsabilidade dos professores e dos órgãos de

administração e gestão e de coordenação e supervisão pedagógica da escola.

Na avaliação interna são envolvidos os alunos, privilegiando-se um processo de autorregulação

das suas aprendizagens.

14. Avaliação formativa (artigo 21º, Portaria nº 223/2018)

A avaliação formativa, enquanto principal modalidade de avaliação, integra o processo de ensino

e de aprendizagem fundamentando o seu desenvolvimento.

75

Os procedimentos a adotar no âmbito desta modalidade de avaliação devem privilegiar:

a) A regulação do ensino e das aprendizagens, através da recolha de informação que permita conhecer a

forma como se ensina e como se aprende, fundamentando a adoção e o ajustamento de medidas e

estratégias pedagógicas;

b) O caráter contínuo e sistemático dos processos avaliativos e a sua adaptação aos contextos em que

ocorrem;

c) A diversidade das formas de recolha de informação, recorrendo a uma variedade de procedimentos,

técnicas e instrumentos adequados às finalidades que lhes presidem, à diversidade das aprendizagens,

aos destinatários e às circunstâncias em que ocorrem.

Na análise da informação sobre as aprendizagens, com recurso à diversidade e adequação de

procedimentos, técnicas e instrumentos de avaliação, devem ser prosseguidos objetivos de melhoria

da qualidade da informação a recolher.

A melhoria da qualidade da informação recolhida exige a triangulação de estratégias, técnicas e

instrumentos, beneficiando com a intervenção de mais do que um avaliador.

15. Avaliação sumativa (artigo 22º, Portaria nº 223/2018)

A avaliação sumativa consubstancia um juízo global sobre as aprendizagens desenvolvidas pelos

alunos.

A avaliação sumativa traduz a necessidade de, no final de cada período letivo, informar alunos e

encarrega- dos de educação sobre o estado de desenvolvimento das aprendizagens.

Esta modalidade de avaliação traduz ainda a tomada de decisão sobre o percurso escolar do aluno.

A coordenação do processo de tomada de decisão relativa à avaliação sumativa, garantindo a sua

natureza globalizante e o respeito pelos critérios de avaliação referidos no artigo 18.ºda presente

portaria, compete:

a) No 1.º ciclo, ao professor titular de turma;

b) Nos 2.º e 3.º ciclos, ao diretor de turma.

A avaliação sumativa de disciplinas com organização de funcionamento diversa da anual processa-

se do seguinte modo:

a) Para a atribuição das classificações, o conselho de turma reúne no final do período de organização

adotado;

b) A classificação atribuída no final do período adotado fica registada em ata e está sujeita a aprovação

do conselho de turma de avaliação no final do ano letivo.

Na organização de funcionamento de disciplinas diversa da anual não pode resultar uma diminuição do

reporte aos alunos e encarregados de educação sobre a avaliação das aprendizagens, devendo ser

garantida, pelo menos, uma vez durante o período adotado e, no final do mesmo, uma apreciação sobre

76

a evolução das aprendizagens, incluindo as áreas a melhorar ou a consolidar, sempre que aplicável, a

incluir na ficha de registo de avaliação.

No 9.º ano de escolaridade, o processo de avaliação sumativa é complementado pela realização das

provas finais do ensino básico, nos termos dos artigos 28.º e 30.º da presente portaria.

A avaliação sumativa final obtida nas disciplinas não sujeitas a prova final do ensino básico é a

classificação atribuída no 3.º período do ano terminal em que são lecionadas.

A avaliação sumativa pode processar-se ainda através da realização de provas de equivalência à

frequência, nos termos do artigo 24.º da presente portaria.

16. Expressão da avaliação sumativa (artigo 23º, Portaria nº 223/2018)

No 1.º ciclo do ensino básico, a informação resultante da avaliação sumativa materializa-se na

atribuição de uma menção qualitativa de Muito Bom, Bom, Suficiente e Insuficiente, em cada

disciplina, sendo acompanhada de uma apreciação descritiva sobre a evolução das aprendizagens

do aluno com inclusão de áreas a melhorar ou a consolidar, sempre que aplicável, a inscrever na

ficha de registo de avaliação.

No caso do 1.º ano de escolaridade, a informação resultante da avaliação sumativa no primeiro e

segundo períodos pode expressar-se apenas de forma descritiva.

Nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, a informação resultante da avaliação sumativa expressa-se numa

escala de 1 a 5, em todas as disciplinas, e, sempre que se considere relevante, é acompanhada de uma

apreciação descritiva sobre a evolução da aprendizagem do aluno, incluindo as áreas a melhorar ou

a consolidar, a inscrever na ficha de registo de avaliação.

As aprendizagens desenvolvidas pelos alunos no quadro das opções curriculares, nomeadamente dos

Domínios de Autonomia Curricular, são consideradas na avaliação das respetivas disciplinas.

A ficha de registo de avaliação, que reúne as informações sobre as aprendizagens no final de cada período

letivo, deve ser apresentada aos encarregados de educação, sempre que possível em reunião presencial,

por forma a garantir a partilha de informação e o acompanhamento do aluno.

17. Formalização da avaliação sumativa interna

A avaliação sumativa interna é da responsabilidade do professor titular de turma, no 1.° ciclo, dos

professores que integram o conselho de turma, nos 2.° e 3.° ciclos, e Direção Pedagógica.

Compete ao professor titular de turma, no 1.° ciclo, e ao diretor de turma, nos 2.° e 3.° ciclos, coordenar

o processo de tomada de decisões relativas à avaliação sumativa interna e garantir tanto a sua natureza

globalizante como o respeito pelos critérios de avaliação.

A decisão quanto à avaliação final do aluno é da competência:

a) Do professor titular de turma, no 1.° ciclo;

77

b) Do conselho de turma sob proposta dos professores de cada área disciplinar ou disciplina, nos 2.° e

3.° ciclos.

A classificação interna final anual de cada disciplina é atribuída no final do 3.º período pelo professor

titular em articulação com os restantes professores da turma, quando existem, no 1.º ciclo, e pelo

Conselho Turma no 2.º e 3.º ciclos.

A avaliação sumativa interna do final do 3. ° período tem as seguintes finalidades:

a) Formalização da classificação correspondente à aprendizagem realizada pelo aluno ao longo do ano

letivo;

b) Decisão sobre a transição de ano;

Nos 7.° e 8.° anos de escolaridade, a avaliação sumativa das disciplinas de Tecnologias da Informação

e Comunicação e da disciplina de Tecnologia Artística (oferta de escola) processa-se do seguinte modo:

a) Para atribuição das classificações, o Conselho de Turma reúne no final o 1.º semestre e no final

do ano letivo;

b) A classificação atribuída no 1.º semestre fica registada em ata e, à semelhança das classificações

das outras disciplinas, está sujeita à aprovação do Conselho de Turma de avaliação no final do

ano letivo.

No primeiro período do 5º e 7º ano de escolaridade, a avaliação sumativa poderá, se assim for decidido

em Conselho Pedagógico, não conduzir à atribuição de classificações ou menções, assumindo a sua

expressão apenas caráter descritivo.

18. Classificação das provas escritas / menções qualitativas a adotar

A informação resultante da aplicação de uma prova escrita conduz à atribuição de uma classificação. No

1º, 2.º e 3.º ciclo, as provas escritas deverão indicar sempre a percentagem obtida pelo aluno, bem como

a menção qualitativa correspondente.

Nível Percentagem Menção

Qualitativa

1 0 a 19 Insuficiente

2 20 a 49 Insuficiente

3 50 a 69 Suficiente

4 70 a 89 Bom

5 90 a 100 Muito Bom

19. Procedimentos a adotar

a) No início de cada período letivo, os alunos deverão ter conhecimento do calendário de provas

escritas a realizar, devendo o mesmo ser disponibilizado na sala de aula, bem como no sítio da

Internet do Externato da Luz.

b) Deverá ser evitada a realização de mais de uma prova escrita no mesmo dia, bem como de mais

de três provas escritas por semana.

c) As provas escritas deverão ser corrigidas, classificadas e entregues aos alunos no prazo máximo

de quinze dias após a data de realização.

d) As correções das provas escritas devem ser sempre facultadas aos alunos. No 2º ciclo, essas

correções deverão, preferencialmente, assumir um caráter escrito.

78

e) Em caso de ausência de um aluno a uma prova escrita, caberá ao professor a decisão da aplicação

de uma nova prova, ou atividade que a substituta, e qual o momento em que esta se realizará.

f) No final de cada período do ano escolar, a avaliação no 2º e 3º ciclo traduz-se numa classificação

quantitativa de 1 a 5, que pretende avaliar o trabalho desenvolvido pelo aluno desde o início do

ano letivo até à data, de acordo com os critérios definidos por cada Departamento Curricular.

Para além desses momentos, os alunos serão avaliados qualitativamente aquando das reuniões

intercalares de Conselho de Turma do 1º e 2º períodos.

g) Nas avaliações intercalares do 1º período, não é obrigatória a avaliação qualitativa dos alunos no

parâmetro da aquisição de conhecimentos e técnicas, caso se trate de disciplinas cujo número de

aulas ministradas não tenha sido suficiente para permitir a recolha de elementos de avaliação

suficientes.

h) Para cada classificação de nível inferior a três atribuída no final dos períodos letivos, será

redigido pelo docente da disciplina um relatório justificativo onde conste as dificuldades

evidenciadas pelo aluno, bem como estratégias de resolução das mesmas. Este relatório será

enviado pelo Diretor de Turma ao Encarregado de educação do aluno via email e constará do

respetivo processo individual. Nas avaliações intercalares, as menções de Muito Reduzido ou

Reduzido deverão ser acompanhadas de uma síntese descritiva das principais dificuldades

diagnosticadas e sugestões de recuperação.

20. Avaliação intercalar

A avaliação intercalar é da responsabilidade do Conselho de Docentes, no 1º Ciclo, e do Conselho de

Turma, no 2º e 3º Ciclo, tem lugar em meados do primeiro e segundo períodos letivos, e expressa-se

numa menção qualitativa em cada uma das áreas curriculares.

No primeiro período, em especial no 5º e 7º ano e por falta de elementos de avaliação, o Conselho de

Turma pode decidir pela não atribuição de qualquer menção a uma ou várias áreas curriculares. No

segundo período, a avaliação intercalar tem como objetivo essencial a identificação de casos de

dificuldades que possam conduzir à elaboração de Planos de Acompanhamento Pedagógico Individuais.

21. Provas de equivalência à frequência (artigo 24º, Portaria nº 223/2018)

As provas de equivalência à frequência realizam-se a nível de escola nos anos terminais de cada

ciclo do ensino básico, em duas fases, com vista a uma certificação de conclusão de ciclo para os

candidatos autopropostos, nos termos previstos no número seguinte.

Consideram-se autopropostos os candidatos que se encontrem numa das seguintes situações:

a) Estejam fora da escolaridade obrigatória e não se encontrem a frequentar qualquer escola;

b) Estejam fora da escolaridade obrigatória, frequentem qualquer ano de escolaridade dos 2.º ou 3.º

ciclos do ensino básico e tenham anulado a matrícula até ao 5.º dia útil do 3.º período letivo;

c) Frequentem o 4.º ano de escolaridade, completem 14 anos até ao final do ano escolar e não

tenham obtido aprovação na avaliação sumativa final;

d) Frequentem o 6.º ano de escolaridade, completem 16 anos até ao final do ano escolar e não

tenham obtido aprovação na avaliação sumativa final;

e) Estejam no 9.º ano de escolaridade e não reúnam condições de admissão como alunos internos

para as provas finais do ensino básico da 1.ª fase, em resultado da avaliação sumativa interna final do

3.º período;

f) Tenham realizado na 1.ª fase provas finais do ensino básico na qualidade de alunos internos e não

tenham obtido aprovação na avaliação sumativa final, com a ponderação das classificações obtidas nas

79

provas finais realizadas;

g) Frequentem o 4.º ou o 6.º ano de escolaridade, completem, respetivamente, 14 ou 16 anos, até ao

final do ano escolar, e tenham ficado retidos por faltas, pela aplicação do previsto nas alíneas a) ou b)

do n.º 4, do artigo 21.º do Estatuto do Aluno e Ética Escolar;

h) Frequentem o 9.º ano de escolaridade e tenham ficado retidos por faltas, pela aplicação do previsto

na alínea b) do n.º 4 do artigo 21.º do mesmo Estatuto;

i) Pretendam concluir disciplinas da componente de formação artística especializada de um curso

artístico especializado cujo ano terminal frequentaram sem aprovação;

j) Não tendo estado matriculados, pretendam concluir disciplinas da componente de formação

artística especializada de um curso artístico especializado.

São ainda candidatos autopropostos os alunos matriculados no ensino individual e no ensino

doméstico.

Nas disciplinas em que exista oferta de prova final do ensino básico, não há lugar à realização de

provas de equivalência à frequência.

As provas de equivalência à frequência têm como referencial base as Aprendizagens Essenciais

relativas aos ciclos em que se inscrevem, com especial enfoque nas áreas de competências inscritas no

Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Considerada a natureza das aprendizagens objeto de avaliação e em função de parâmetros

previamente definidos pelo conselho pedagógico, as provas podem ser constituídas pelas seguintes

componentes:

a) Escrita (E), que implica um registo escrito ou um registo bidimensional ou tridimensional e a

possível utilização de diferentes materiais;

b) Oral (O), que implica, com eventual recurso a um guião, a produção e interação oral na presença

de um júri e a utilização, por este, de um registo de observação do desempenho do aluno;

c) Prática (P), que implica a realização de tarefas objeto de avaliação performativa, em situações de

organização individual ou em grupo, a manipulação de materiais, instrumentos e equipamentos, com

eventual produção escrita, que incide sobre o trabalho prático e ou experimental produzido, implicando

a presença de um júri e a utilização, por este, de um registo de observação do desempenho do aluno.

As disciplinas de Português ou PLNM e de línguas estrangeiras integram uma componente oral.

Nas provas de equivalência à frequência constituídas por mais do que uma componente a

classificação da disciplina corresponde à média ponderada das classificações das componentes,

expressas na escala de 0 a 100.

A classificação da prova de equivalência à frequência corresponde à classificação final de

disciplina.

As normas e os procedimentos relativos à realização das provas de equivalência à frequência são

80

objeto de despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

As provas de equivalência à frequência realizam-se no período de tempo fixado no calendário de provas

e exames.

22. Provas de avaliação externa (artigo 25º, Portaria nº 223/2018)

A avaliação externa das aprendizagens no ensino básico, da responsabilidade dos serviços ou

organismos do Ministério da Educação, compreende:

a) Provas de aferição;

b) Provas finais do ensino básico.

Considerada a natureza das aprendizagens objeto de avaliação, as provas externas compreendem

uma ou mais componentes (Escrita, Oral ou Prática).

No âmbito da sua autonomia, compete aos órgãos de administração e gestão e de coordenação e

supervisão pedagógica da escola definir os procedimentos que permitam assegurar a

complementaridade entre a informação obtida através da avaliação externa e da avaliação interna das

aprendizagens, em harmonia com as finalidades definidas no diploma que estabelece o currículo dos

ensinos básico e secundário.

As provas de aferição não integram a avaliação interna, pelo que os seus resultados não são

considerados na classificação final da disciplina.

As provas finais do ensino básico complementam o processo da avaliação sumativa final do 3.º ciclo,

sendo os resultados das mesmas considerados para o cálculo da classificação final de disciplina.

As provas externas podem ser realizadas em suporte eletrónico, nos termos a definir por despacho

do membro do Governo responsável pela área da educação.

As provas de avaliação externa realizam-se nas datas previstas no despacho que determina o

calendário de provas e exames.

23. Provas de aferição (artigo 26º, Portaria nº 223/2018)

As provas de aferição visam aferir o desenvolvimento do currículo no ensino básico e providenciar

informação regular ao sistema educativo, às escolas, aos alunos e encarregados de educação sobre o

desenvolvimento das aprendizagens.

As provas de aferição asseguram a cobertura integral do currículo do ensino básico, podendo ser adotado

um referencial multidisciplinar, concretizado na conceção de provas de natureza híbrida, que integram

aprendizagens de várias disciplinas, e o recurso a instrumentos vocacionados para a avaliação

performativa.

As provas de aferição realizam-se nos 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade e são de aplicação universal,

para todos os alunos do ensino básico, numa única fase.

81

O disposto no parágrafo anterior aplica-se também aos alunos que frequentam o ensino individual e o

ensino doméstico, nos termos da regulamentação própria.

As provas de aferição abrangem:

a) No 2.º ano de escolaridade, Português, Matemática, Estudo do Meio, Educação Artística e

Educação Física;

b) Nos 5.º e 8.º anos de escolaridade, anualmente, Português ou Matemática e, rotativamente, uma

das outras disciplinas ou combinação de disciplinas.

Nos 5.º e 8.º anos, sempre que exista prova de Português a oferta nacional inclui PL2.

Sem prejuízo do disposto no parágrafo anterior, podem ainda ser aplicadas provas de aferição, em

áreas específicas do currículo, a uma amostra de alunos, nos termos a regular por despacho do

membro do Governo responsável pela área da educação.

A decisão de não realização das provas de aferição pelos alunos inseridos em outras ofertas educativas e

formativas do ensino básico, que não o ensino básico geral e o artístico especializado, compete ao

diretor pedagógico, mediante parecer do conselho pedagógico fundamentado em razões de organização

curricular específica ou outras de caráter relevante.

No caso dos alunos que frequentem a disciplina de PLNM, compete ao diretor a decisão de não

realização das provas de aferição, tendo em consideração o nível de proficiência linguística, mediante

parecer do conselho pedagógico devidamente fundamentado.

Cabe igualmente ao diretor pedagógico, mediante parecer do conselho pedagógico e ouvidos os

encarregados de educação, decidir sobre a realização das provas de aferição pelos alunos abrangidos

por medidas adicionais, com adaptações curriculares significativas, aplicadas no âmbito do Decreto-Lei

n.º 54/2018, de 6 de julho.

As provas têm como referencial base as Aprendizagens Essenciais relativas aos ciclos em que se inscrevem,

contemplando ainda a avaliação da capacidade de mobilização e integração dos saberes disciplinares, com

especial enfoque nas áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade

Obrigatória.

As provas de aferição são objeto de classificação por códigos, gerando uma descrição detalhada da

proficiência dos alunos nos diversos domínios, a partir de uma matriz qualitativa.

As normas e os procedimentos relativos à realização das provas são objeto de regulamento a aprovar por

despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

24. Relatórios das provas de aferição (artigo 27º, Portaria nº 223/2018)

Os resultados e desempenhos dos alunos e das escolas nas provas de aferição são inscritos no RIPA

e no REPA.

82

O RIPA contém a caracterização do desempenho do aluno, considerando os parâmetros relevantes de cada

uma das áreas disciplinares, disciplinas e domínios avaliados.

O RIPA deve ser objeto de análise, em complemento da informação decorrente da avaliação interna,

pelo professor titular de turma no 1.º ciclo e pelo conselho de turma nos 2.º e 3.º ciclos, servindo de base

à reformulação das metodologias e estratégias com vista ao desenvolvimento do potencial de

aprendizagem do aluno.

O RIPA é apresentado ao encarregado de educação, preferencialmente em reunião presencial, de forma

a assegurar que, da sua leitura, enquadrada pela informação decorrente da avaliação interna, seja

possível promover a regulação das aprendizagens, a partir da concertação de estratégias específicas.

O REPA resulta de uma agregação da informação apresentada no RIPA e integra os diferentes níveis de

desagregação da informação, a nível nacional, por escola e por turma.

O REPA, pela sua natureza descritiva e qualitativa, constitui instrumento de apoio à escola, no delinear

de estratégias de intervenção pedagógicas e didáticas, especialmente focadas na superação das

dificuldades diagnosticadas ao nível da turma.

Cabe ao diretor pedagógico definir, no contexto específico da sua comunidade escolar, os

procedimentos adequados para assegurar que a análise e circulação da informação constante do RIPA

e do REPA se efetive em tempo útil.

25. Provas finais do ensino básico (artigo 28º, Portaria nº 223/2018)

As provas finais do ensino básico realizam-se no 9.º ano de escolaridade, e destinam-se aos alunos do

ensino básico geral e dos cursos artísticos especializados.

Excecionam-se do disposto no parágrafo anterior os alunos abrangidos por medidas adicionais, com

adaptações curriculares significativas, aplicadas no âmbito do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho.

Realizam, obrigatoriamente, as provas finais do ensino básico, no caso de pretenderem prosseguir

estudos no nível secundário em cursos científico-humanísticos, excluindo o ensino recorrente, os

alunos que se encontrem a frequentar outras ofertas educativas e formativas do ensino básico.

As provas finais do ensino básico têm como referencial de avaliação as Aprendizagens

Essenciais, com especial enfoque nas áreas de competências inscritas no Perfil dos Alunos à

Saída da Escolaridade Obrigatória.

As provas finais do ensino básico realizam-se em duas fases com uma única chamada, sendo a 1.ª fase

obrigatória para todos os alunos, à exceção dos referidos nas alíneas e) e h) do n.º 2 do artigo 24.º da

presente portaria

A 2.ª fase de provas finais destina-se aos alunos que:

a) Faltem à 1.ª fase por motivos excecionais devida- mente comprovados;

83

b) Não reúnam as condições de aprovação estabelecidas para o 3.º ciclo após a realização da 1.ª fase;

c) Estejam nas condições referidas nas alíneas e) e h) do n.º 2 do artigo 24.º da presente portaria

A classificação obtida na 2.ª fase das provas finais realizadas na qualidade de provas de equivalência

à frequência pelos alunos referidos nas alíneas b) e c) do parágrafo anterior, é considerada como

classificação final da respetiva disciplina.

As provas finais do ensino básico são classificadas na escala percentual de 0 a 100, arredondada às

unidades, sendo a classificação final da prova convertida na escala de 1 a 5.

As normas e os procedimentos relativos à realização das provas são objeto de regulamento a aprovar por

despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

26. Condições especiais de realização de provas (artigo 29º, Portaria nº 223/2018)

Aos alunos abrangidos por medidas universais, seletivas ou adicionais, aplicadas no âmbito do

Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, que realizam provas de aferição, provas finais do ensino básico

e provas de equivalência à frequência são garantidas, se necessário, adaptações no processo de

realização das mesmas.

27. Classificação final de disciplina (artigo 30º, Portaria nº 223/2018)

Para os alunos que frequentam o 9.º ano do ensino básico geral e dos cursos artísticos especializados, a

classificação final a atribuir às disciplinas sujeitas a provas finais, realizadas na 1.ª fase, é o resultado da

média ponderada, com arredondamento às unidades, entre a classificação obtida na avaliação sumativa

do 3.º período da disciplina e a classificação obtida pelo aluno na prova final, de acordo com a seguinte

fórmula:

CFD = (7CIF + 3CP)/10

em que:

CFD = classificação final da disciplina;

CIF = classificação interna final;

CP = classificação da prova final.

A classificação obtida na 2.ª fase das provas finais é considerada como classificação final da respetiva

disciplina, com exceção dos alunos incluídos na alínea a) do n.º 7 do artigo 28.º da presente portaria.

28. Efeitos da avaliação sumativa (artigo 31º, Portaria nº 223/2018)

A avaliação sumativa permite uma tomada de decisão sobre a:

a) Transição ou não transição no final de cada ano não terminal de ciclo;

b) Aprovação ou não aprovação no final de cada ciclo;

c) Renovação de matrícula;

d) Certificação de aprendizagens.

84

Para os alunos do 9.º ano, a aprovação depende ainda dos resultados das provas do ensino básico.

29. Condições de transição e de aprovação (artigo 32º, Portaria nº 223/2018)

A avaliação sumativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão ou a retenção do aluno,

expressa através das menções, respetivamente, de Transitou ou de Não Transitou, no final de cada ano,

e de Aprovado ou de Não Aprovado, no final de cada ciclo.

A decisão de transição para o ano de escolaridade seguinte reveste caráter pedagógico, sendo a retenção

considerada excecional.

A decisão de retenção só pode ser tomada após um acompanhamento pedagógico do aluno, em que

foram traçadas e aplicadas medidas de apoio face às dificuldades detetadas.

Há lugar à retenção dos alunos a quem tenha sido aplicado o disposto nas alíneas a) e b) do n.º 4 do artigo

21.º da Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro.

A decisão de transição e de aprovação, em cada ano de escolaridade, é tomada sempre que o professor

titular de turma, no 1.º ciclo, ou o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, considerem que o aluno

demonstra ter adquirido os conhecimentos e desenvolvido as capacidades e atitudes para prosseguir com

sucesso os seus estudos, sem prejuízo do parágrafo seguinte.

No final de cada um dos ciclos, após a formalização da avaliação sumativa, incluindo, sempre que

aplicável, a realização de provas de equivalência à frequência, e, no 9.º ano, das provas finais do ensino

básico, o aluno não progride e obtém a menção de Não Aprovado, se estiver numa das seguintes

condições:

a) No 1.º ciclo, tiver obtido:

i) Menção Insuficiente em Português ou PLNM ou PL2 e em Matemática;

ii) Menção Insuficiente em Português ou Matemática e, cumulativamente, menção Insuficiente em

duas das restantes disciplinas;

b) Nos 2.º e 3.º ciclos, tiver obtido:

i) Classificação inferior a nível 3, nas disciplinas de Português ou PLNM ou PL2 e de Matemática;

ii) Classificação inferior a nível 3 em três ou mais disciplinas.

No final do 3.º ciclo do ensino básico, a não realização das provas finais por alunos do ensino básico

geral e dos cursos artísticos especializados implica a sua não aprovação neste ciclo.

As disciplinas de Educação Moral e Religiosa e de Oferta Complementar, no ensino básico, bem

como o Apoio ao Estudo, no 1.º ciclo, não são consideradas para efeitos de transição de ano e

aprovação de ciclo.

No 1.º ano de escolaridade não há lugar a retenção, exceto nos termos do disposto no n.º 4.

Um aluno retido nos 1.º, 2.º ou 3.º anos de escolaridade pode integrar a turma a que pertencia por decisão

do diretor, sob proposta do professor titular de turma.

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30. Casos especiais de progressão (artigo 33º, Portaria nº 223/2018)

Um aluno que revele capacidade de aprendizagem excecional e um adequado grau de maturidade

poderá progredir mais rapidamente no ensino básico, através de uma das seguintes hipóteses ou de

ambas:

a) Concluir o 1.º ciclo com 9 anos de idade, completados até 31 de dezembro do ano respetivo, podendo

completar o 1.º ciclo em três anos;

b) Transitar de ano de escolaridade antes do final do ano letivo, uma única vez, ao longo dos 2.º e 3.º

ciclos.

Um aluno retido num dos anos não terminais de ciclo que demonstre ter desenvolvido as aprendizagens

definidas para o final do respetivo ciclo poderá concluí-lo nos anos previstos para a sua duração, através

de uma progressão mais rápida, nos anos letivos subsequentes à retenção.

Os casos especiais de progressão previstos nos parágrafos anteriores dependem de deliberação do

conselho pedagógico, sob proposta do professor titular de turma ou do conselho de turma, baseada em

registos de avaliação e de parecer de equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva, no caso das

situações previstas no primeiro parágrafo deste número, depois de obtida a concordância do

encarregado de educação.

A deliberação decorrente do previsto nos números anteriores não prejudica o cumprimento dos restantes

requisitos legalmente exigidos para a progressão de ciclo.

31. Situações especiais de classificação (artigo 34º, Portaria nº 223/2018)

Se por motivo da exclusiva responsabilidade da escola, ou por falta de assiduidade do aluno, motivada

por doença prolongada ou impedimento legal devidamente comprovados, não existirem elementos de

avaliação respeitantes ao 3.º período letivo, as classificações são atribuídas pelos conselhos avaliação,

tomando por referência, para atribuição da avaliação final, as menções ou classificações obtidas no 2.º

período letivo.

Nas disciplinas sujeitas a provas do ensino básico é obrigatória a prestação de provas, salvo quando a

falta de elementos de avaliação nas referidas disciplinas for da exclusiva responsabilidade da escola,

sendo a situação objeto de análise casuística e sujeita a despacho do membro do Governo responsável

pela área da educação.

Nos 2.º e 3.º anos de escolaridade do 1.º ciclo, sempre que o aluno frequentar as aulas apenas durante um

período letivo, por falta de assiduidade motivada por doença prolongada ou impedimento legal

devidamente comprovados, compete ao professor titular de turma, ouvido o conselho de docentes, a decisão

acerca da transição do aluno.

No 4.º ano de escolaridade do 1.º ciclo e nos 2.º e 3.º ciclos, sempre que o aluno frequentar as aulas

apenas durante um período letivo, por falta de assiduidade motivada por doença prolongada ou

impedimento legal devidamente comprovados, fica sujeito à realização de uma prova extraordinária

de avaliação (PEA) em cada disciplina, exceto naquelas em que realizar, no 9.º ano, prova final do

86

ensino básico.

A PEA deve ter como objeto as Aprendizagens Essenciais, com especial enfoque nas áreas de

competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.

Nos casos dos 2.º e 3.º ciclos, e para os alunos que frequentem apenas um período de aulas, a

classificação anual de frequência a atribuir a cada disciplina é a seguinte:

CAF = (CF + PEA)/2

em que:

CAF = classificação anual de frequência;

CF = classificação de frequência do período frequentado;

PEA = classificação da prova extraordinária de avaliação.

No caso do 4.º ano de escolaridade, é atribuída uma menção qualitativa à PEA, a qual é considerada

pelo professor titular de turma para a atribuição da menção final da disciplina.

No 9.º ano, nas disciplinas sujeitas a prova final do ensino básico, considera-se que a classificação do

período frequentado corresponde à classificação interna final, sendo a respetiva classificação final de

disciplina calculada de acordo com o previsto no n.º 1 do artigo 30.º

No caso previsto no parágrafo anterior, sempre que a classificação do período frequentado seja inferior a

nível 3, esta não é considerada para o cálculo da classificação final de disciplina, correspondendo a

classificação final de disciplina à classificação obtida na respetiva prova final do ensino básico.

No 3.º ciclo, sempre que, por motivo da exclusiva responsabilidade da escola, apenas existirem em

qualquer disciplina não sujeita a prova final do ensino básico elementos de avaliação respeitantes a um

dos períodos letivos, o encarregado de educação do aluno pode optar entre:

a) Ser considerada como classificação anual de frequência a classificação obtida nesse período;

b) Não ser atribuída classificação anual de frequência nessa disciplina;

c) Realizar a PEA conforme referido neste número.

Sempre que, por ingresso tardio no sistema de ensino português, apenas existirem em qualquer

disciplina não sujeita a prova final do ensino básico elementos de avaliação respeitantes ao terceiro

período letivo, o professor titular, ouvido o conselho de docentes, no 2.º, 3.º e 4.º anos do 1.º ciclo,

e o conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, decide pela:

a) Retenção do aluno;

b) Atribuição de classificação e realização da PEA.

As situações não previstas nos números anteriores são objeto de análise e parecer por parte da Direção-

Geral da Educação.

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32. Conselhos de avaliação (artigo 35º, Portaria nº 223/2018)

O conselho de docentes e o conselho de turma, para efeitos de avaliação dos alunos, são constituídos,

respetivamente, no 1.º ciclo, pelos professores titulares de turma e, nos 2.º e 3.º ciclos, pelos professores

da turma.

Tendo em consideração a dimensão do agrupamento de escolas e das escolas não agrupadas, podem

os órgãos competentes definir critérios para a constituição do conselho de docentes, nos termos do

respetivo regulamento interno.

O conselho de docentes emite parecer sobre a avaliação dos alunos apresentada pelo professor

titular de turma.

Compete ao conselho de turma:

a) Apreciar a proposta de classificação apresentada por cada professor, tendo em conta as informações

que a suportam e a situação global do aluno;

b) Deliberar sobre a classificação final a atribuir em cada disciplina.

O funcionamento dos conselhos de docentes e de turma obedece ao previsto no Código do

Procedimento Administrativo.

Quando a reunião não se puder realizar, por falta de quórum ou por indisponibilidade de elementos de

avaliação, deve ser convocada nova reunião, no prazo máximo de 48 horas, para a qual cada um dos

docentes deve previamente disponibilizar, ao diretor da escola, os elementos de avaliação de cada aluno.

Nas situações previstas no parágrafo anterior, o coordenador do conselho de docentes, no 1.º ciclo, e o

diretor de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, ou quem os substitua, apresentam aos respetivos conselhos os

elementos de avaliação previamente disponibilizados.

O parecer e as deliberações das reuniões dos conselhos de avaliação devem resultar do consenso dos

professores que as integram.

Nos conselhos de docentes e de turma podem intervir, sem direito a voto, outros professores ou técnicos

que participem no processo de ensino e aprendizagem, bem como outros elementos cuja participação

o conselho pedagógico considere conveniente.

33. Registo de menções e classificações (artigo 36º, Portaria nº 223/2018)

Em todos os anos do 1.º ciclo, as menções qualitativas atribuídas no final de cada período letivo,

bem como as respetivas apreciações descritivas, são registadas nas fichas de registo de avaliação, a que

se refere o n.º 1 do artigo 23.º da presente portaria

Em todos os anos dos 2.º e 3.º ciclos, as classificações, no final de cada período letivo, são registadas

em pauta e nas fichas de registo de avaliação, em conformidade com o previsto no n.º 4 do artigo 23.º da

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presente portaria.

As decisões do professor titular de turma, no 1.º ciclo, e as deliberações do conselho de turma, nos

2.º e 3.º ciclos, são objeto de ratificação do diretor pedagógico.

O diretor pedagógico deve garantir a verificação das pautas e da restante documentação relativa às

reuniões dos conselhos de docentes e conselhos de turma, assegurando-se da conformidade do

cumprimento das disposições em vigor, competindo-lhe desencadear os mecanismos necessários à

correção de eventuais irregularidades.

As pautas, após a ratificação prevista no n.º 3, são afixadas em local apropriado no interior da escola,

nelas devendo constar a data da respetiva afixação.

34. Revisão das decisões (artigo 37º, Portaria nº 223/2018)

As decisões relativas à avaliação das aprendizagens no 3.º período podem ser objeto de pedido de revisão

dirigido pelo encarregado de educação, ou pelo aluno quando maior de idade, ao diretor pedagógico, no

prazo de três dias úteis a contar do dia útil seguinte à data de entrega das fichas de registo de avaliação

no 1.º ciclo ou da afixação das pautas nos 2.º e 3.º ciclos.

Os pedidos de revisão a que se refere o número anterior são apresentados em requerimento

devidamente fundamentado em razões de ordem técnica, pedagógica ou legal, dirigido ao diretor

pedagógico, devendo ser acompanhado dos documentos pertinentes para a fundamentação.

Os requerimentos recebidos depois de expirado o prazo fixado no número anterior, bem como os que

não apresentem qualquer fundamentação são liminarmente indeferidos.

No caso do 1.º ciclo, o diretor pedagógico convoca, nos cinco dias úteis após a aceitação do requerimento,

uma reunião com o professor titular de turma para apreciação do pedido de revisão, podendo confirmar

ou modificar a avaliação inicial, elaborando um relatório pormenorizado.

Na apreciação do pedido de revisão a que se refere o parágrafo anterior, pode ser ouvido o conselho

de docentes.

Nos 2.º e 3.º ciclos, o diretor pedagógico convoca, nos cinco dias úteis após a aceitação do requerimento,

uma reunião extraordinária do conselho de turma, que procede à apreciação do pedido de revisão,

podendo confirmar ou modificar a avaliação inicial, elaborando um relatório pormenorizado, que deve

integrar a ata da reunião.

Sempre que o conselho de turma mantenha a sua deliberação, o processo aberto pelo pedido de revisão

pode ser enviado pelo diretor pedagógico ao conselho pedagógico para emissão de parecer prévio à

decisão final.

Da decisão do diretor pedagógico e respetiva fundamentação é dado conhecimento ao encarregado de

educação, através de carta registada com aviso de receção, no prazo máximo de 30 dias úteis, contados

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a partir da data da receção do pedido de revisão.

O encarregado de educação pode ainda, se assim o entender, no prazo de cinco dias úteis após a data

de receção da resposta ao pedido de revisão, interpor recurso hierárquico para o Diretor-Geral dos

Estabelecimentos Escolares, quando o mesmo for baseado em vício de forma existente no processo.

Da decisão do recurso hierárquico não cabe qualquer outra forma de impugnação administrativa.

35. Revisão de classificações das provas (artigo 38º, Portaria nº 223/2018)

As classificações referentes às provas de equivalência à frequência e às provas finais do ensino básico

são passíveis de impugnação administrativa nos termos previstos no regulamento a aprovar por

despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.

36. Conclusão e certificação (artigo 42º, Portaria nº 223/2018)

A conclusão do ensino básico é certificada pelo diretor pedagógico, através da emissão, em regra, em

formato eletrónico de:

a) Diploma que ateste a conclusão do ensino básico;

b) Certificado que discrimine as disciplinas e as respetivas classificações finais, bem como as

classificações das provas finais do ensino básico.

Os certificados a que se refere a alínea b) do parágrafo anterior devem, ainda, atestar a participação do

aluno em representação dos pares em órgãos da escola e em atividades e projetos, designadamente,

culturais, artísticos, desportivos, científicos, entre outros de relevante interesse desenvolvidos na escola.

Para os alunos abrangidos por medidas adicionais, designadamente adaptações curriculares

significativas, aplicadas no âmbito do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho, a certificação obedece

ao estipulado no respetivo artigo 30.º

A pedido dos interessados podem ainda ser emitidas, em qualquer momento do percurso escolar do

aluno, certidões das habilitações adquiridas, as quais devem discriminar as disciplinas concluídas e os

respetivos resultados de avaliação.

A emissão de diplomas, certificados, bem como de certidões, é da competência da escola responsável

pela componente de formação artística especializada.

Para efeitos do disposto no número anterior, deve a escola ser detentora de toda a informação relativa

ao percurso escolar do aluno.

37. Nível de qualificação (artigo 43º, Portaria nº 223/2018)

A conclusão do ensino básico geral, conferem o nível 2 do Quadro Nacional de Qualificações,

regulamentado pela Portaria n.º 782/2009, de 23 de julho.

38. Participação dos alunos

Os alunos podem participar na avaliação através de:

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a) Preenchimento / elaboração de registos de auto - avaliação em todas as áreas curriculares;

b) Elaboração, juntamente com o professor, de contratos pedagógicos, de modo a favorecer o

sucesso escolar;

c) Verificação da aquisição de conhecimentos através do preenchimento de listas de indicadores de

aprendizagem.

39. Participação dos pais e Encarregados de Educação

Os Encarregados de educação podem intervir no processo de avaliação:

a) Responsabilizando-se e envolvendo-se no processo de ensino / aprendizagem do educando, tendo

sempre em atenção a assiduidade e pontualidade do aluno, a organização dos seus materiais de

estudo, a assinatura de testes, de autorizações para visitas de estudo e de outros trabalhos

realizados na escola, bem como da síntese semanal de observação de comportamento e atitudes

e das informações escritas na caderneta do aluno, e zelando pelo bom comportamento do seu

educando relativamente a professores, colegas e funcionários, assim como pelo seu interesse pelo

processo de ensino / aprendizagem;

b) Elaborando um relatório em que fundamentem a sua opinião quanto à progressão ou retenção do

seu educando, em caso de previsibilidade de uma segunda retenção no mesmo ciclo.

Assembleia de Pais / Encarregados de educação

A Assembleia de Pais / Encarregados de educação do Externato da Luz representa os pais e

Encarregados de educação dos alunos da escola. O seu Órgão Social é a Assembleia Geral, é um órgão

consultivo e compete-lhe:

a) Fazer a articulação entre a família e a vida escolar;

b) Pronunciar-se sobre a política educativa do Externato;

c) Participar na organização de atividades de enriquecimento curricular e na ligação às famílias;

d) Contribuir para uma maior participação dos pais na vida do Externato;

e) Contribuir para a resolução de problemas relativos ao bem-estar, segurança e utilização dos

tempos livres dos alunos;

f) Sensibilizar os pais e Encarregados de educação para a importância da eleição de um

representante em cada turma.

Antigos alunos

Os antigos alunos poderão visitar o pessoal Docente ou não Docente durante o horário do recreio,

após autorização da Direção. Não será permitida a entrada a quem, deliberadamente, tenha danificado

as instalações ou equipamento ou utilizado expressões não consentâneas com os valores humanos e

cristãos defendidos pela educação do Externato.

A participação dos antigos alunos em atividades pastorais, culturais desportivas ou recreativas

no Externato, ou com os alunos do mesmo, poderá suceder após autorização da Direção.

Deve ser dado conhecimento das atividades programadas através de informação afixada num dos

expositores informativos do Externato com oito dias de antecedência.

Divulgação do Regulamento Interno

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O presente regulamento está disponível e acessível para consulta na página do Externato da Luz

na Internet, www.externatodaluz.com. Anualmente, o aluno e o Encarregado de Educação assinam uma

declaração de aceitação do regulado no presente documento.

Atualização

O regulamento será motivo de atualização ao longo do ano letivo, sempre que se verifique da sua

necessidade.

Omissões

Compete aos órgãos administrativos e de gestão do Externato da Luz a resolução de casos

omissos, na sequência da análise das situações em concreto.

Anexos

Fazem parte integrante do presente relatório os seguintes anexos:

Regulamento do Serviço de Psicologia e Orientação

Regulamento do Núcleo de Apoio Educativo

Externato da Luz, 3 de setembro de 2018

A Direção