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SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS
COORDENAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
RELATÓRIO GERENCIAL
Dezembro de 2016
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
SUPERINTENDÊNCIA DE RECURSOS HÍDRICOS
Superintendente
Rafael Machado Mello
Assessora
Alba Evangelista Ramos
COORDENAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO
Coordenador
Hudson Rocha de Oliveira
Reguladores
Daniel de Lucena Matos
Fábio Souza Diniz
João Pedro Fernandes Melo
Juliana Pinheiro Gomes
Rodrigo Marques de Mello
Simone Rodrigues da Rocha
Wendel Vanderlei Lopes
Técnica em Regulação
Mônica Caltabiano Eichler
Apoio
Andressa Louise de Oliveira
Emanuel Marrocos Lima Moita
Rodrigo de Oliveira Werneck
Thamires Martins de Oliveira Feitosa
1 - APRESENTAÇÃO
As atividades de fiscalização de recursos hídricos retiram seu fundamento legal da Lei que
instituiu a Política de Recursos Hídricos do Distrito Federal (Lei Distrital nº 2.725/2001) e da
Lei de criação da Adasa (Lei Distrital nº 4.285/2008). A fiscalização do uso de recursos hídricos
é de competência da Superintendência de Recursos Hídricos – SRH que a exerce por meio da
Coordenação de Fiscalização de Recursos Hídricos - COFH, conforme dispõe o Regimento
Interno da Adasa (Resolução nº 89/2009).
A Política de Recursos Hídricos do Distrito Federal orienta que, para sua implementação, é
necessário que o Estado outorgue os direitos de uso de recursos hídricos; regulamente e fiscalize
os usos; e defina as infrações das normas de utilização de recursos hídricos superficiais e
subterrâneos a serem aplicadas no Distrito Federal.
A Lei Distrital que reestruturou a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico
do Distrito Federal – Adasa/DF dispôs sobre recursos hídricos e serviços públicos no Distrito
Federal; definiu, como área de competência da Adasa, os recursos hídricos compreendidos os
diversos usos da água; e orientou que a gestão de recursos hídricos, no DF, terá como objetivos
fundamentais: assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em
padrões de qualidade e quantidade adequados aos respectivos usos; e promover a utilização
racional e integrada dos recursos hídricos, com vistas ao desenvolvimento humano sustentável
(Adasa, 2012).
2 - OBJETIVO
O presente relatório objetivo apresentar a execução das atividades de fiscalização referentes ao
ano de 2016 previstas no Plano Plurianual – PPA 2016/2020, no Planejamento Estratégico da
Adasa 2014/2020, e no Plano Anual de Fiscalização – PAF de 2016 da Superintendência de
Recursos Hídricos.
3 – ATIVIDADES DE FISCALIZAÇÃO
As atividades de fiscalização buscam assegurar os padrões de qualidade e quantidade
necessários aos usos múltiplos dos recursos hídricos de acordo com as normas legais e
regulamentares. Os aspectos fiscalizados compreendem os usos dos recursos hídricos definidos
na lei que instituiu a Política de Recursos Hídricos do Distrito Federal, Lei nº 2.725/2001, e nos
procedimentos regulamentados pela Resolução/Adasa nº 163/2006.
As atividades de fiscalização primam por orientar os usuários, objetivando prevenir condutas
ilícitas e indesejáveis, devendo obedecer à legislação que disciplina o uso de recursos hídricos,
as outorgas do direito de uso de recursos hídricos, os acordos firmados, os padrões de segurança
das atividades e o tratamento isonômico entre os usuários.
A Superintendência de Recursos Hídricos recebe demandas de fiscalização provenientes de
duas fontes distintas: fontes internas e externas. A fonte interna é composta por demandas
oriundas da Superintendência de Recursos Hídricos por meio de ordem de serviço, projetos e
solicitações de outras Superintendências. A fonte externa é composta por solicitações de órgãos
parceiros, responsáveis pela fiscalização ambiental (Ibram, Caesb, Terracap, Novacap,
Promotorias Públicas, Ministério Público, Delegacia de Meio Ambiente, entre outros).
As atividades de fiscalização são classificadas em atividades programadas e atividades não
programadas. As atividades programadas são voltadas para o controle e a gestão de recursos
hídricos em locais e empreendimentos conhecidos e que demandam vistorias contínuas. As
atividades não programadas são ações que surgem no decorrer do ano, demandadas por
denúncias e solicitações internas e externas.
3.1 – Planejamento Estratégico 2014/2020
O Planejamento Estratégico tem a função precípua de estabelecer o direcionamento da
organização, promovendo, para isso, o alinhamento dos seus recursos e esforços. O
planejamento e sua respectiva gestão procuram garantir, para a organização, o desenvolvimento
de uma cultura que a leve a fazer a coisa certa, no momento certo, e que lhe permita solucionar
as duas equações sempre presentes nas decisões organizacionais: a importância e a urgência.
3.3 – Plano Anual de Fiscalização - PAF 2016
O planejamento das atividades de fiscalização para o ano de 2016 foi consubstanciado na
elaboração e aprovação do Plano Anual de Fiscalização – PAF. O PAF estabelece as diretrizes
e prioridades para as fiscalizações a serem realizadas no ano de 2016. Em sua estrutura, são
citados os usos dos recursos hídricos objetos de fiscalização, a legislação aplicável, os tipos de
fiscalização e, por último, o planejamento das atividades.
Na elaboração do PAF foram levados em consideração os dados de fiscalização referentes aos
anos de 2011 a 2015, o quantitativo de servidores designados para as atividades de fiscalização
e os compromissos assumidos pela COFH para o ano de 2016.
3.4 Indicadores de Resultado
3.4.1 Indicadores do Plano Anual de Fiscalização
O Plano Anual de Fiscalização estabeleceu indicadores para medir a eficácia, eficiência e
efetividade das atividades de fiscalização do uso dos recursos hídricos:
Objetivo Estratégico 1 – Assegurar padrões de qualidade e quantidade necessários aos usos
múltiplos dos recursos hídricos.
Indicador de eficácia: mede a relação entre o número de ações de fiscalização executadas e o
número de ações de fiscalização demandadas..
Fórmula de Cálculo:
(Número de ações de fiscalização realizadas/Número de ações de fiscalização demandadas
X 100
O índice de eficácia das ações de fiscalização não programadas foi de 80%, conforme
tabela e gráfico abaixo.
Gráfico 01: Índice de eficácia das ações de fiscalização não programadas no ano de 2016.
Fiscalizações não programadas realizadas em 2016
Demandas recebidas 245
Demandas atendidas 195 Tabela 01: Número de demandas recebidas e atendidas no ano de 2016.
O índice de eficácia das ações de fiscalização programadas foi de 81%, conforme tabela e
gráfico abaixo.
Gráfico 02: Índice de eficácia das ações de fiscalização programadas no ano de 2016.
Fiscalizações programadas realizadas em 2016
Ações programadas 48
Ações executadas 39 Tabela 02: Número ações programadas e executadas no ano de 2016.
96/
79,6 %
20,4 %
Eficácia
Demandas atendidas
Demandas não atendidas
81%
19%
Eficácia
Ações planejadas executadas
Ações planejadas nãoexecutadas
Indicador de eficiência: mede a relação entre as ações de fiscalização executadas e as ações
de fiscalização realizadas nos prazos esperados
Fórmula de Cálculo:
O
índice de eficiência das ações de fiscalização não programadas foi de 49%, conforme
tabela e gráfico abaixo.
Gráfico 03: Índice de eficiência das ações de fiscalização não programadas no ano de 2016.
Fiscalizações não programadas realizadas em 2016
Demandas atendidas 195
Demandas atendidas no prazo 96 Tabela 03: Número de ações demandadas e atendidas ano de 2016.
O índice de eficiência das ações de fiscalização programadas foi de 79%, conforme tabela
e gráfico abaixo.
Gráfico 04: Índice de eficiência das ações de fiscalização programadas no ano de 2016.
49%51%
Eficiência
Demandas atendidas noprazo
Demandas atendidas fora doprazo
79%
21%
Eficiência
Ações executadas no prazo
Ações executadas fora doprazo
(Número de ações de fiscalização realizadas nos prazos esperados/Número de ações
de fiscalização realizadas X 100
Fiscalizações programadas realizadas em 2016
Ações executadas 48
Ações executadas no prazo 38 Tabela 04: Número de ações executadas e atendidas ano de 2016.
Indicador de efetividade: mede o alcance de objetivos finalísticos, traduzidos no percentual
de regularização do uso dos recursos hídricos.
Fórmula de Cálculo:
O
índice de efetividade das ações de fiscalização não programadas foi de 92%, conforme
tabela e gráfico abaixo.
Gráfico 05: Índice de efetividade das ações de fiscalização não programadas no ano de 2016.
Fiscalizações não programadas realizadas em 2016
Número de usuários notificados 195
Número de usuários regularizados 179 Tabela 05: Relação entre o número de usuários notificados e regularizados em 2016.
O índice de efetividade das ações de fiscalização programadas não foi apurado, pois a
forma de controle da execução do Plano Anual de Fiscalização não permitiu a alimentação
do indicador.
3.4.2 Indicadores do Planejamento Estratégico
Objetivo Estratégico 1 – Assegurar padrões de qualidade e quantidade necessários aos usos
múltiplos dos recursos hídricos.
No Planejamento Estratégico da Adasa foram estabelecidas metas para as ações de fiscalização
programadas dos recursos hídricos, que são apresentadas na tabela abaixo.
92%
8%
Efetividade
Demandas atendidasregularizadas
Demandas atendidas emregularização
(Número de usuários regularizados/Número de usuários notificados) X 100
Meta 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Indicador: índice de fiscalização
programada dos recursos
hídricos
70%
80%
90%
100%
100%
100%
100%
Tabela 06: Metas previstas no Planejamento Estratégico 2014/2020.
Para aumentar a eficiência da fiscalização não programada foram estabelecidas metas para
atender as demandas internas e externas, conforme tabela abaixo:
Meta 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Indicador: índice de fiscalização
não programada dos recursos
hídricos
-
70%
75%
80%
85%
90%
95%
Tabela 07: Metas previstas no Planejamento Estratégico 2014/2020.
Os indicadores previstos no Planejamento Estratégico correspondem aos indicadores de
eficácia estabelecidos no Plano Anual de Fiscalização, sendo o índice de fiscalização
programada dos recursos hídricos corresponde a 81% e o índice de fiscalização não
programada dos recursos hídricos corresponde a 80%.
3.5 Análise dos Resultados
3.5.1 Análise das fiscalizações não programadas
As ações de fiscalização não programadas são ações que surgem demandadas por denúncias
acerca de possíveis infrações praticadas por usuários de recursos hídricos e solicitações internas
e externas (órgãos ambientais, Tribunais de Justiça, Ministério Público, Delegacias de Meio
Ambiente, outros).
Para a correta análise dos resultados das atividades de fiscalização é necessário realizar o
diagnóstico das demandas recebidas, conforme detalhamento abaixo.
No gráfico 06 é possível verificar o comportamento das demandas recebidas no período de 2011
a 2016, evidenciando um aumento de 21,8% das demandas recebidas no ano de 2016 em
comparação com a ano anterior.
Gráfico 06: Demandas recebidas nos anos de 2011 a 2016.
O gráfico 07 representa um demonstrativo de produção dos atos de fiscalização,
correspondente ao número de fiscalizações realizadas no período de 2011 a 2016. Percebe-se
que o ano de 2016 apresentou número de fiscalizações semelhante ao ano de 2015, pois nos
dois anos tiveram como foco as campanhas de regularização na bacia do ribeirão Extrema e
bacia do rio Descoberto.
Gráfico 07: Histórico de fiscalizações 2011/2016.
O gráfico 08 especifica os documentos de fiscalização produzidos em 2016.
199
158
127
159
201 201
245
0
50
100
150
200
250
300
2011 2012 2013 2014 2015 2015 2016
2.613
1.596
860
550
1024 966
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Gráfico 08: Documentos de fiscalização produzidos em 2016
O gráfico 09 apresenta a distribuição das demandas internas recebidas em 2016 por região
administrativa. As regiões de Planaltina e Vicente Pires se destacam das demais, o fato se
justifica pela intensa estiagem na bacia do rio Preto (Planaltina) e elevado número de poços
perfurados no Vicente Pires.
Gráfico 09: Demandas internas recebidas por Região Administrava no ano de 2016.
O gráfico 10 apresenta a distribuição das demandas internas recebidas em 2016 por bacia
hidrográfica. Desse gráfico pode inferir que embora a ADASA direcione as ações de
fiscalização para bacias críticas, correspondente às bacias rurais, as demandas recebidas se
concentram no meio urbano.
225
332
88
22
0
50
100
150
200
250
300
350
Relatórios Notificações Advertência Multa
Documentos de fiscalização emitidos em 2016
4
10 1013
1 13
1 1 26
25
2 1 1
28
36
41
6 5 5
32
0
5
10
15
20
25
30
35
ÁG
UA
S C
LAR
AS
BR
ASÍ
LIA
BR
AZL
AN
DIA
CEI
LAN
DIA
CR
UZE
IRO
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MA
RIA
SMP
WSO
BR
AD
INH
OTA
GU
ATI
NG
AV
ICEN
TE P
IRES
Gráfico 10: Demandas internas recebidas por bacia hidrográfica no ano de 2016.
O gráfico 11 apresenta a distribuição das demandas internas recebidas em 2016 por tipo de
interferência. No gráfico é possível inferir que a captação de água subterrânea e superficial
representam mais que 91 % das demandas internas recebidas.
Gráfico 11: Demandas internas recebidas por tipo de interferência no ano de 2016.
O gráfico 12 apresenta a distribuição das demandas internas e externas recebidas por mês em
2016. No gráfico é possível inferir que as solicitações de fiscalização estão concentradas nos
meses de novembro, dezembro e janeiro.
4
33
3
74
12
27
01020304050607080
7 6
91
49
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
CANAL LANÇAMENTO SUBTERRÂNEA SUPERFICIAL
Gráfico 12: Distribuição das demandas internas e externas recebidas por mês em 2016.
3.5.2 Análise das fiscalizações programadas
As ações de fiscalização previstas nesse Plano são classificadas em ações de fiscalização
programadas. As ações de fiscalização programadas são voltadas para o controle e a gestão de
recursos hídricos em locais e empreendimentos conhecidos e que demandam vistorias contínuas
de controle.
Pode-se também classificar as ações de fiscalização em diretas e indiretas. A ação de
fiscalização com atuação direta é aquela que exige a presença física dos técnicos da agência in
loco e a ação de fiscalização com atuação indireta se dá através de auditorias em documentos
para verificação de conformidade de metas, padrões de quantidade e qualidade previamente
estabelecidos (indicadores regulatórios).
A análise das fiscalizações programadas será realizada com base nas ações previstas no Plano
Anual de Fiscalização de 2016.
3.5.2.1 Comissões de acompanhamento das unidades hidrográficas
As fiscalizações dos usos dos recursos hídricos no âmbito das comissões de acompanhamento
das unidades hidrográficas visam harmonizar os usos múltiplos por meio de estudos técnicos e
da articulação com os usuários locais e possibilitar a regularização destes usuários por meio do
cadastro e da outorga.
O objetivo geral das comissões é compartilhar os usos dos recursos hídricos superficiais da
bacia por meio da outorga no âmbito das comissões de acompanhamento. A metodologia
utilizada partiu da caracterização da área; identificação de potenciais usuários de recursos
hídricos; consulta ao banco de dados da Agência para identificação dos empreendimentos
outorgados; planejamento das atividades de fiscalização com alocação de recursos humanos e
materiais necessários; e vistorias de campo, recolhimento do requerimento de outorga ou
notificação.
26
11
6
3
5 5
0
11
13
12
20
17
8
7
6
5
1
2
5
6
5
13
1
0
J A N F E V M A R A B R I L M A I O J U N J U L A G O S E T O U T N O V D E Z
Demanda Interna Demanda Externa
A ação ocorreu por meio de atuação direta da equipe de fiscalização, que de forma diagnóstica
estimou ações de fiscalização em 09 unidades hidrográficas, conforme tabela abaixo.
Unidades hidrográficas Execução
Rio Descoberto Sim
Rio Paranoá Sim
Ribeirão Pipiripau Sim
Ribeirão Extrema Sim
Alto Rio Samambaia Não
Rio Jardim Não
Córrego São José Não
Ribeirão Rodeador Sim
Ribeirão
das Pedras
Sim
Tabela 08: Ações das comissões de acompanhamento programadas em 2016.
Ao final de 2016, essa ação teve como resultado a execução de 66,66 % das atividades
previstas.
3.5.2.2 Regularização de canais
A regularização de canais no Distrito Federal é regulada por meio da Resolução Adasa nº 001,
de 01 de fevereiro de 2010. Considera-se canal o desvio antrópico do curso natural de água, que
pode ou não estar revestido de material que lhe dê sustentação e que se destina à passagem de
água;
A regularização e a construção de canais somente serão permitidas para o uso coletivo, devido
à grande perda de água decorrente dessa modalidade de captação, com observância aos
princípios da segurança pública, da boa convivência, respeito mútuo e busca permanente pela
harmonia. Sendo que os usuários de canal devem constituir legalmente associação, condomínio,
cooperativa ou qualquer entidade representativa que oficie junto à Adasa.
O objetivo geral dessa ação é de regularizar os canais de captação de águas superficiais do
Distrito Federal por meio de metodologia baseada na caracterização da área; identificação de
potenciais usuários de recursos hídricos; planejamento das atividades de fiscalização com
alocação de recursos humanos e materiais necessários; e vistorias de campo e notificação.
A ação ocorreu por meio de atuação direta da equipe de fiscalização, que de forma diagnóstica
estimou o número 12 canais de irrigação que necessitavam de regularização.
Regularização de Canais Execução
Canal Sarandy II Sim
Canal Park Way Sim
Canal Vereda Sim
Canal Extrema I Sim
Canal Extrema II Sim
Canal Extrema III Sim
Canal Barro Preto Sim
Tabela 09: Ações de regularização de canais programadas em 2016.
Ao final de 2016, essa ação teve como resultado a execução de 100% das atividades
previstas.
3.5.2.3 Campanhas de regularização
As campanhas de regularização consistem em disponibilizar aos cidadãos o fácil acesso à Adasa
para que eles possam regularizar os usos dos recursos hídricos. A vantagem desse procedimento
é permitir à Adasa planejar-se internamente para recebimento da demanda de regularização, de
modo que possa atender aos usuários de forma eficiente e ainda priorizar a convocação de usos
de maior impacto ou mais significativos.
Os trabalhos realizados pelas campanhas de regularização consistem em formar bancos de
dados; recolher requerimentos de outorga que reúnam informações relevantes, necessárias e
suficientes para sua perfeita análise; e conhecer situação da utilização dos recursos hídricos a
partir de um levantamento planejado de informações capaz de promover a identificação dos
usuários; as finalidades do uso da água; as vazões captadas; as formas de captação; a localização
das propriedades e das captações; os lançamentos de efluentes; dentre outras informações.
As campanhas concebidas pela Adasa possuem finalidade educativa, preventiva e de
mobilização social, com vistas a promover a regularização do uso da água e a aprimorar o
planejamento e a gestão dos recursos hídricos no Distrito Federal.
O objetivo geral dessa ação é de regularizar os usos dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos por meio do cadastro dos usos considerados insignificantes e da outorga de direito
de uso dos recursos hídricos.
A metodologia utilizou-se de caracterização da área; identificação de potenciais usuários de
recursos hídricos; consulta ao Sistema de Informações de Recursos Hídricos – SISRH e ao
banco de dados da Agência para identificação dos empreendimentos outorgados; planejamento
das atividades de fiscalização com alocação de recursos humanos e materiais necessários; e
vistorias de campo, recolhimento do requerimento de outorga ou notificação.
A ação ocorreu por meio de atuação indireta da equipe de fiscalização, que de forma diagnóstica
estimou a realização de 06 campanhas de regularização.
Canal Capão Porcos Sim
Canal Quintas d. vale Sim
Canal Tabatinga Sim
Canal Barrocão Sim
Canal Capão d. Onça Sim
Campanhas de Regularização Execução
Pipiripau Fazenda Larga Sim
Córrego São José Não
Ribeirão Sobradinho Não
Ribeirão Extrema Sim
Tabela 10: Ações de campanhas de regularização programadas em 2016.
Ao final de 2016, essa ação teve como resultado 83,33 % das atividades previstas.
3.5.2.4 Captações outorgadas
A outorga do direito de uso de recursos hídricos é ato administrativo mediante o qual a Adasa
autoriza o uso de recurso hídrico. Outorga é um dos instrumentos de gestão de recursos hídricos,
instituído pelas Políticas Nacional e Distrital de Recursos Hídricos por meio das Leis Federal
nº 9.433, de 08 de janeiro de1997, e Distrital n° 2.725, de 13 de junho de 2001.
É uma ferramenta utilizada com o objetivo de gerenciar o controle quantitativo e qualitativo
dos usos da água, bem como o efetivo exercício dos direitos de acesso a ela. A emissão de
outorgas indica o nível de regularização dos usos dos recursos hídricos no DF. No Distrito
Federal, a outorga é concedida por meio de Despacho ou Resolução que atribui ao outorgado
uma série de obrigações visando assegurar o controle quali-quantitativo do uso dos recursos
hídricos.
O objetivo geral dessa ação é de verificar o cumprimento das obrigações da outorga pelos
usuários mediante análise amostral do universo de outorga emitidas por meio do emprego de
metodologia baseada em selecionar as unidades hidrográficas e os usuários a serem vistoriados;
solicitar os processos de outorga à Coordenação de Outorgas; planejamento das atividades de
fiscalização com alocação de recursos humanos e materiais necessários; e vistorias de campo e
preenchimento do formulário de conformidades.
A ação ocorreu por meio de atuação direta e indireta da equipe de fiscalização, que de forma
diagnóstica estimou 06 ações de fiscalização, sendo para cada uma das interferências
outorgáveis.
Tabela 11: Ações de captações outorgadas programadas em 2016.
Ao final de 2016, essa ação teve como resultado a execução de 100% das atividades
previstas.
3.5.2.5 Captações com outorgas vencidas
A outorga do direito de uso de recursos hídricos possui prazo de validade de 01 (um) ano no
caso das outorgas prévias para perfuração de poço e 05 (cinco) anos no caso das outorgas de
direito de uso.
Ribeirão Rodeador Sim
Ribeirão Das Pedras Sim
Captações outorgadas Executado
Superficiais Sim
Subterrâneas Sim
Barragem Sim
Lanç. efluentes Sim
Lanç. águas pluviais Sim
Canais Sim
Em ambos os casos, constitui obrigação dos outorgados protocolar o requerimento para
renovação da outorga com antecedência mínima de 90 (noventa) dias do término de sua
validade, acompanhado da documentação especificada nos formulários da ADASA.
O objetivo geral dessa ação é de notificar os usuários de recursos hídricos, que possuem
outorgas de direito de uso com prazo de validade expirado, de forma a promoverem a
regularização de suas captações.
A metodologia empregada partiu da solicitação da relação de outorgas vencidas à Coordenação
de Outorgas; notificação dos usuários para solicitarem a outorga de direito de uso; e abertura
de processo de fiscalização.
A ação ocorreu por meio de atuação direta e indireta da equipe de fiscalização, que de forma
diagnóstica estimou 07 ações de fiscalização, sendo para cada uma das interferências
outorgáveis.
Outorgas vencidas Executado
Superficiais Não
Subterrâneas Não
Barragem Não
Lanç. efluentes Não
Lanç. águas pluviais Não
Canais Não
Caminhões pipa Não Tabela 12: Ações de captações com outorgas vencidas programadas em 2016.
Ao final de 2016, essa ação teve como resultado 0% das ações executadas.
3.5.2.6 Pontos de captação por caminhão-pipa
A outorga do direito de uso de recursos hídricos por meio de caminhão-pipa em corpos de água
de domínio do Distrito Federal e naqueles delegados pela União poderá ser concedida por um
prazo de até 05 (cinco) anos.
Constitui obrigação dos outorgados protocolar o requerimento para renovação da outorga com
antecedência mínima de 90 (noventa) dias do término de sua validade, acompanhado da
documentação especificada nos formulários da ADASA, bem como utilizar adesivo, fornecido
pela Adasa, de identificação de usuário outorgado, afixado em ambos os lados do caminhão,
em área externa e de fácil visualização.
O objetivo geral dessa ação é de verificar a regularidade dos caminhões-pipa que realizam
captação de água superficial no Distrito Federal.
A metodologia baseou-se na solicitação da relação de outorgas vencidas à Coordenação de
Outorgas; notificação dos usuários para solicitarem a outorga de direito de uso; e abertura de
processo de fiscalização.
A ação ocorreu por meio de atuação direta e indireta da equipe de fiscalização, que de forma
diagnóstica estimou 01 campanha de fiscalização nos 15 pontos de captações existente e 30
vistorias para verificar a possibilidade de abertura de novos pontos.
Pontos Caminhões pipa Executado
Existentes (15) Sim
Propostos (30) Sim Tabela 13: Ações de vistoria em pontos de caminhões pipa programadas em 2016.
Ao final de 2016, essa ação teve como resultado a execução de 100% das atividades
previstas.
3.5.2.7 Processos de fiscalização anteriores
A Resolução Adasa nº 163, de 19 de maio de 2006, estabelece os procedimentos gerais para a
fiscalização, apuração de infrações e aplicação de penalidades pelo uso irregular dos recursos
hídricos em corpos de água de domínio do Distrito Federal e outros, cuja fiscalização lhe sejam
delegadas.
Segundo as normas que regem o processo administrativo no âmbito da Adasa, Lei nº 9784, de
29 de janeiro de 1999, e Resolução Adasa nº 163, de 19 de maio de 2006, os processos de
fiscalização devem ser decididos em 45 (quarenta e cinco) dias após a sua instrução.
Acresce que a Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso LXXVIII, incluído pela Emenda
Constitucional n.º 45/2004, assegura a todos a razoável duração do processo, no âmbito judicial
e administrativo, bem como os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
Mesmo em se tratando o art. 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal, de um dispositivo
com aplicação imediata, a Resolução Adasa nº 163/2006, especificamente no que tange ao
processo administrativo, andou bem ao estabelecer um prazo para proferimento de decisão
administrativa em 45 dias.
Diante desse mandamento constitucional, combinado com o instituto da razoável duração do
processo a que pertence, cabe a Adasa proferir em até 30 (trinta) dias as decisões, após sua
instrução, devendo ser realizadas novas ações de vistoria in loco quando as primeiras decisões
no processo não forem tomadas no prazo supracitado, como mecanismo de segurança jurídica.
Considera-se instrução a fase do processo em que a autoridade competente colhe as provas
necessárias para formar sua convicção compreendidos o Relatório de Vistoria, Termo de
Notificação, Manifestação, Requerimentos, diligências, perícias e demais documentos que a
autoridade julgar necessários.
O objetivo geral dessa ação é assegurar o cumprimento dos procedimentos gerais para a
fiscalização, apuração de infrações e aplicação de penalidades pelo uso irregular dos recursos
hídricos, a partir da metodologia de selecionar os processos de fiscalização com prazos de
decisão “vencidos”; realizar novas vistorias de campo; e dar prosseguimento à instrução
processual.
A ação ocorreu por meio de atuação direta e indireta da equipe de fiscalização, que de forma
diagnóstica estimou 07 ações de fiscalização, sendo para cada uma das interferências
outorgáveis.
Processos de fiscalizações anteriores Executado
Superficiais Sim
Subterrâneas Sim
Barragem Sim
Lanç. efluentes Sim
Lanç. águas pluviais Sim
Canais Sim Tabela 14: Ações de processos de fiscalização anteriores programadas em 2016.
Ao final de 2016, essa ação teve como resultado a execução de 100% das atividades
previstas.
4.2 Revitalização do Canal de Irrigação Santos Dumont
Figura 3: Canal de Irrigação Santos Dumont.
4.2.1 Objeto
Contratação de empresa especializada para elaboração de projeto executivo de adutora de água
bruta e sistema de distribuição de água que integra o Sistema Coletivo de Abastecimento de
Água para Irrigação do Núcleo Rural Santos Dumont, localizado na área rural da Região
Administrativa de Planaltina - RA – VI, Distrito Federal (DF).
4.2.2 Área de Intervenção
A área de intervenção consiste em toda extensão do canal Santos Dumont, composto de um
canal principal com aproximadamente 9.800 metros (1900 m revestidos de concreto e 7.900 m
sem revestimento) e 08 canais secundários (8.790 m sem revestimento).
4.2.3 Produto
Projeto Executivo, necessário e suficiente, para contratação da obra de intervenção no Sistema
de Abastecimento Coletivo – Canal Santos Dumont, contendo:
a) Produto 1: Estudos Topográficos e lançamento de marcos necessários para execução da
obra;
b) Produto 2: Projeto Executivo Hidráulico;
c) Produto 3: Memorial descritivo; manual de operação e manutenção do sistema;
orçamento das obras; relação e especificação dos serviços, materiais e equipamentos e
seus quantitativos; e caderno de encargos e especificações técnicas.
Para se alcançar este objetivo, devem ser considerados e avaliados os aspectos a seguir
relacionados:
a) o projeto deve atender as 90 propriedades definidas no estudo da EMATER anexo a este
Termo de Referência com sistema de distribuição de água bruta atendendo cada
propriedade com vazão mínima de 2 l/s por lote e máxima de 5 l/s por lote com
possibilidade de fechamento em cada ponto de entrega sem desequilíbrio do sistema.
b) o projeto deve ser dimensionado para 230 l/s de derivação somadas as vazões captadas
no Ribeirão Pipiripau com o reforço do córrego Capão Grande;
c) o pré-dimensionamento da adutora deverá ser em grau de detalhe, que possibilite a
caracterização de eventuais perdas ao longo do sistema de abastecimento projetado;
O projeto executivo para revitalização do Canal de Irrigação Santos Dumont foi
contratado por meio do Contrato de Prestação de Serviços nº 02/2016/ADASA e o produto
entregue.
4.3 Revitalização do Canal de Irrigação do Redeador
Figura 4: Canal de Irrigação do Rodeador
4.3.1 Objeto
Contratação de empresa especializada para elaboração de projeto executivo de adutora de água
bruta e sistema de distribuição de água que integra o Sistema Coletivo de Abastecimento de
Água para Irrigação – Canal de Irrigação do Redeador –localizado na região do Plano Integrado
de Colonização Alexandre Gusmão – PICAG, Incra 06, na Região Administrativa de Brazlândia
- RA IV, Distrito Federal (DF)
4.3.2 Área de Intervenção
A área de intervenção consiste em toda extensão do Canal de Irrigação do Redeador, composto
de um canal principal com aproximadamente 13.700 m e 10 ramais secundários, com
aproximadamente 15.700 m.
4.3.3 Produto
Projeto Executivo, necessário e suficiente, para contratação da obra de intervenção no Sistema
de Abastecimento Coletivo – Canal de Irrigação do Redeador, contendo:
• Produto 1: Estudos de perda e contribuições do canal por trecho, sendo:
Trecho 01, da captação até o 1º ramal;
Trecho 02, do 1º ramal até o último ramal; e
Trecho 03, os ramais;
• Produto 2: Estudos Técnicos e Econômicos para avaliar a melhor opção de tipo de material
(ou de aplicação de um ou mais tipos de materiais) a ser utilizado na execução das obras,
conforme o relacionado no item 4.2. A contratada poderá apresentar estudos referentes a
outros materiais que não os descritos no item acima referenciado;
• Produto 3: Estudos Topográficos e lançamento de marcos necessários para execução da
obra;
• Produto 4: Projeto Executivo Hidráulico e metodologia para execução da obra sem a
interrupção do abastecimento às propriedades rurais ou que acarrete o menor impacto
possível no abastecimento, considerando a melhor opção considerada no Produto 3;
• Produto 5: Memorial descritivo, manual de operação e manutenção do sistema como um
todo; orçamento das obras, caderno de encargos e especificações técnicas e cronograma de
execução das obras por trecho.
Para se alcançar este objetivo, devem ser considerados e avaliados os aspectos a seguir
relacionados:
• o projeto deve atender as 102 propriedades com sistema de distribuição de água bruta
atendendo cada propriedade com vazão mínima de 2,5 L/s e máxima de 3,5 L/s por lote com
possibilidade de fechamento em cada ponto de entrega sem desequilíbrio do sistema;
• o projeto deve ser dimensionado para 260 L/s de captação;
• o pré-dimensionamento da adutora deverá ser em grau de detalhe, que possibilite a
caracterização de eventuais perdas ao longo do sistema de abastecimento projetado e haja o
menor impacto possível na entrega de água aos usuários durante a obra.
O projeto executivo para revitalização do Canal de Irrigação do Rodeador foi contratado
por meio do Contrato de Prestação de Serviços nº 21/2017/ADASA com previsão para
entrega do produto em 22 de agosto de 2017.
4.4 Plantio de mudas no Programa Produtor de Água
Figura 5: Plantio de mudas no Pipiripau.
4.4.1 Objeto
Contratação de serviços de transporte, distribuição, plantio de 43.750 (quarenta e três mil.
Setecentos e cinquenta) mudas de espécies nativas do Bioma Cerrado com manutenção e
monitoramento das mesmas por 2 (dois) anos na Bacia Hidrográfica do Pipiripau, Região
Administrativa de Planaltina – RA – VI - Brasília – DF, no âmbito do Programa Produtor de
Águas no Projeto Pipiripau.
4.4.2 Área de Intervenção
A Bacia Hidrográfica do Ribeirão Pipiripau estende-se pelo Distrito Federal e Estado de
Goiás, compreendendo uma área de drenagem de aproximadamente 235 km², ocupando cerca
de 4% da área do DF (5.780 km²). Esta é a bacia que possui o programa produtor de águas no
Distrito Federal.
4.4.3 Produto
O produto desta contratação é o transporte, distribuição, plantio de 43.750 (quarenta e três mil.
Setecentos e cinquenta) mudas de espécies nativas do Bioma Cerrado com manutenção e
monitoramento das mesmas por 2 (dois) anos na Bacia Hidrográfica do Pipiripau.
O transporte, distribuição, plantio de 43.750 (quarenta e três mil. Setecentos e cinquenta)
mudas de espécies nativas do Bioma Cerrado foi concluído. O contrato aguarda a
conclusão das duas manutenções e monitoramento do plantio por 02 (dois) anos.