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Drª. Sandra Maria Sales Fagundes Diretora Superintendente
Dr. Gilberto Barichello Diretor Administrativo Financeiro
Dr. José Accioly Jobim Fossari Diretor Técnico
ApresentaçãoAtendendo às disposições legais e estatutárias, a Diretoria do Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. apresenta o Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis que foram elaboradas de acordo com a Lei nº 6.404/76 e com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil, referente ao exercício de 2015.
O Relatório da Administração expõe os fatos, as decisões e as ações mais relevantes que contribuíram para o desempenho administrativo, financeiro e assistencial desta Instituição.
Este Relatório expressa os principais resultados obtidos em 2015, em cada área da estrutura organizacional.
Em 2015, o Grupo Hospitalar Conceição implementou várias iniciativas no sentido de qualificação da assistência, com acesso universal e trabalho em rede. Novas linhas de cuidado foram implantadas, mais serviços receberam ou renovaram certificações importantes e novos equipamentos foram instalados, permitindo maior qualidade e segurança na assistência aos usuários.
Na gestão, destacam-se a implantação de procedimentos para controle do passivo trabalhista, a conclusão do estudo de redimensionamento de pessoal, a retomada da higienização com equipe própria e a elaboração de uma proposta de código de ética e conduta. Por outro lado, alguns projetos previstos no Planejamento Estratégico para serem implantados, a médio prazo, tiveram início como no caso do Centro Oncológico, da nova subestação de energia elétrica no Hospital Conceição e da Central de Logística, com a elaboração dos respectivos projetos arquitetônicos, contratação para a execução das obras e a definição dos respectivos processos de trabalho.
Por final, ressaltam-se alguns avanços no compromisso do GHC com a inclusão social, tais como a conquista, pela quarta vez consecutiva, do Selo Pro Equidade de Gênero e Raça, concedido pelo Governo Federal; a adesão ao Programa de Aquisição de Alimentos, coordenado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Ministério do Desenvolvimento Agrário, sendo a primeira instituição do país a comprar alimentos da agricultura familiar e de comunidades quilombolas; e a concessão do Selo Gaúcho de Aprendizagem Profissional, por sua atuação no Programa Jovem Aprendiz. O processo de atualização do Planejamento Estratégico, prevista para os primeiros meses de 2016, deverá avaliar as trajetórias dos últimos anos, identificar as novas demandas e prioridades e, acima de tudo, mobilizar os trabalhadores e gestores para os novos desafios. Neste percurso, reconhecemos os esforços de todas as equipes para superar obstáculos e reafirmar a instituição como referencia de qualidade na implementação do SUS em nosso país.
Mensagem da Administração
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .6
MissãoOferecer atenção integral à saúde, com acesso,
qualidade e eficácia organizacional, e desenvolver
ações de ensino e pesquisa, fortalecendo
o Sistema Único de Saúde.
VisãoSermos reconhecidos como a melhor instituição
de saúde pública do país até o ano de 2022.
Princípios e Valores• Compromisso com o usuário
• Valorização do trabalho e do trabalhador
• Transparência
• Equidade
• Estímulo à inovação
• Estímulo à produção e a Socialização do Conhecimento
• Integralidade
• Participação
• Responsabilidade
• Sustentabilidade
• Universalidade
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1. Ambiente de Atuação 09
2. Principais Acontecimentos 17
3. Prêmios e Reconhecimentos 23
4. Estrutura da Instituição 29 4.1 Constituição Jurídica 30 4.2 Organograma 31 4.3 Macroprocessos Finalísticos 32
5. Produções e Principais Indicadores 33 5.1 Grupo Hospitalar Conceição 34 5.2 Indicadores demonstrados por unidade hospitalar 35
6. Desempenho Econômico, Financeiro e Orçamentário 37 6.1 Orçamento 38 6.2 Receita Bruta 39 6.3 Custo dos Serviços Prestados 40 6.4 Despesas Gerais e Administrativas 40 6.5 Saldos de Investimentos, Imobilizado e Intangível 40
7. Desempenho Social 41 7.1 Conselho Gestor 42 7.2 Ouvidoria 42 7.3 Participação Cidadã 44 8. Desempenho Ambiental e Sustentabilidade 47
9. Governança 51 9.1 Plano de Investimentos 55 9.2 Planejamento Estratégico 57
10. Gestão da Tecnologia da Informação 59
11. Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento 63 11.1 Destaques 2015 64 11.2 Ensino 65 11.3 Pesquisa 65 11.4 Residência Integrada em Saúde 66 11.5 Residência Médica 66
12. Gestão de Pessoas 67 12.1 Informações Sobre o Corpo Funcional 68 12.2 Benefícios aos Trabalhadores 68 12.3 Absenteísmo 69 12.4 Horas Extras 69 12.5 Número de Novas Ações Trabalhistas 69 12.6 Gestão do Trabalho 70 12.7 Saúde do Trabalhador 71
13. Demonstrações Contábeis 73 13.1 Relatório dos Auditores Independentes Sobre as Demonstrações Contábeis 74 13.2 Balanço Patrimonial 76 13.3 Demonstração do Resultado 78 13.4 Demonstração do Resultado Abrangente 78 13.5 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 79 13.6 Demonstração do Valor Adicionado 80 13.7 Demonstração dos Fluxos de Caixa Pelo Método Indireto 81 13.8 Notas Explicativas Sobre as Demonstrações Contábeis Encerradas em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 82
14. Conselhos 95 Parecer do Conselho de Administração 96 Parecer do Conselho Fiscal 97
Sumário
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AMBIENTEDE ATUAÇÃO1
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Maior unidade do GHC, oferece todas as especialidades de um hospital geral em seu ambulatório, na emergência e na internação. O Hospital Nossa Senhora da Conceição oferece 842 leitos, o que representa 57% do total disponível no Grupo. Somente na emergência, há 64 leitos ocupados por meio da classificação de risco. Sua UTI adulto (tipo 3) foi ampliada de 40 para 59 leitos, tornando-se uma das maiores do SUS no Brasil.
O Hospital Nossa Senhora da Conceição conta com Unidades de Internação compostas por equipes multiprofissionais, que realizam o cuidado direto
aos usuários em diversas especialidades. Entre elas, estão: Cirurgia Geral e Proctologia; Cirurgia Torácica e Pneumologia; Cirurgia Vascular; Ginecologia e Mastologia; Cardiologia e Cirurgia Cardíaca; Endocrinologia; Gastroenterologia; Infectologia; Linha de Cuidado Mãe-Bebê; Medicina Interna; Neurologia; Oncologia; Hematologia; Cirurgia Oncológica; Unidade de Terapia Intensiva e Urologia.
O atendimento a Pacientes Externos é realizado através da Emergência, Ambulatório e PAD - Programa de Assistência Domiciliar:
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Vinculado ao Ministério da Saúde, o Grupo Hospitalar Conceição – GHC, estrutura reconhecida nacionalmente, é o maior complexo de saúde do sul do país, e seu atendimento é exclusivamente destinado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Com uma oferta de 1.507 leitos, é responsável pela internação de 57 mil usuários por ano.
O GHC é composto por quatro hospitais, 12 postos de Atenção Básica e Saúde da Família, um Consultório de Rua, três CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde (Escola GHC). Todos os estabelecimentos ficam localizados em Porto Alegre, e a maioria fica localizada na Zona Norte da Capital, estando apenas o Hospital Fêmina localizado no bairro Rio Branco (zona central).
Tendo em vista a oferta de serviços 100% SUS, o Grupo Hospitalar Conceição atua nos termos de contratualização firmados com o Município de Porto Alegre, e segue as diretrizes em consonância com a
Política Nacional de Atenção Hospitalar.
O GHC atua rigorosamente dentro dos limites contratados, seja dos montantes e especificidades dos serviços prestados, seja dos volumes financeiros recebidos.
O contrato envolve os eixos de gestão, assistência, ensino, pesquisa e avaliação. Oferecemos serviços e procedimentos de Atenção Básica, de Média e de Alta Complexidade. O GHC também realiza atividades de ensino e pesquisa clínica, dentro dos parâmetros descritos. Relacionamos, a seguir, alguns dos principais serviços assistenciais: atendimento em traumatologia, queimados, oncologia, doenças cardiovasculares, renais, do aparelho digestivo, pulmonar, a gestantes, puérperas e recém-nascidos, pediatria, além de atendimento de emergência a todas as situações, e um robusto sistema de unidades de terapia intensiva.
Os serviços da instituição estão de portas abertas, para que a população tenha seu direito à saúde garantido, com atendimento universal e gratuito.
Ambiente de Atuação
Hospital Nossa Senhora da Conceição
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Ambiente de Atuação
Emergência
Possui atendimento 24 horas nas seguintes especialidades: Clínica Geral, Cirurgia Geral e Ginecologia. A Emergência do HNSC atende as urgências e emergências na cidade de Porto Alegre/RS para os distritos Norte/Baltazar, Leste/Nordeste, Noroeste-Humaitá/Navegantes/Ilhas. A todos os pacientes é utilizado o Sistema de Classificação de Risco de Manchester, para estabelecimento de prioridades e redução de riscos. Os atendimentos ocorrem em sua maioria através da procura espontânea do paciente, mas também por pacientes em situação aguda, oriundos de outros serviços de saúde, ou do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, todos geridos por sua Central de Regulação. Nas situações não caracterizadas como emergência médica, ou em urgências com fluxos não prioritários, pode ocorrer a orientação para atendimento em Unidades Básicas de Saúde ou outras Unidades de Pronto Atendimento.
Ambulatório
Presta atendimento multiprofissional, por meio de consultas eletivas nas especialidades médicas, em odontologia, psicologia, fonoaudiologia, nutrição, fisioterapia, serviço social e enfermagem.
PAD – Programa de Assistência Domiciliar
Presta acompanhamento a pacientes (adultos e crianças) após alta hospitalar e que podem continuar o tratamento em casa, promovendo a autonomia do cuidado. Cuidador e/ou paciente são treinados para essa finalidade. O programa oferece os cuidados por meio dos seguintes profissionais: assistente social, enfermeiros, farmacêutico, fisioterapeuta, médicos de família e comunidade, médicos pediatras, nutricionista e técnicos de enfermagem. Todos os pacientes que se encontram internados nos hospitais do Grupo Hospitalar Conceição poderão ter acesso ao PAD. Para isso, é necessário que os pacientes sejam moradores da Zona Norte de Porto Alegre e que a equipe hospitalar assistente solicite uma avaliação para o PAD.
O Hospital também conta com serviços de apoio ao diagnóstico e tratamento, por meio das seguintes instalações: Central de Exames, Laboratório de Análises Clínicas, Laboratório de Anatomia Patológica, Endoscopia, Hemoterapia, Métodos Gráficos, Farmácia Central, Centro de Aplicação e Monitoramento de Medicamentos Injetáveis, Farmácia de Medicamentos Especiais, Centro de Diagnóstico por Imagem, Nutrição e Dietética, Hemodiálise, Medicina Nuclear.
Hospital da Criança ConceiçãoÚnico hospital geral pediátrico 100% SUS do RS, atende pacientes de zero até 14 anos e tem por finalidade promover assistência ambulatorial e de emergência, ensino, pesquisa e afins. Com 219 leitos distribuídos nas clínicas pediátricas e UTIs (Neonatal e Pediátrica), é responsável pela maioria das internações hospitalares do Estado na faixa de zero a 14 anos. Dispõe de internação comum, UTI neonatal e pediátrica referências em nível estadual, com a característica de a mãe poder acompanhar o filho dentro do hospital, dando suporte emocional ao tratamento. O Hospital é destaque também nas cirurgias pediátricas, com plantão 24 horas. A partir de 2008, o HCC integrou-se ao Programa de Atenção Domiciliar Infantil (Padi). Oferece um Serviço de Onco-hematologia que é modelo no atendimento a crianças com câncer e com doenças do sangue, como leucemia e anemia falciforme.
Hospital Cristo Redentor
Referência no atendimento a acidentados, é especializado em traumato-ortopedia, neurocirurgia, cirurgia bucomaxilofacial, cirurgia plástica e de queimados e cirurgia do trauma em geral, além de prestar serviço de reabilitação e fisioterapia para os pacientes internados. A neurocirurgia é um serviço consultor do Ministério da Saúde. Outro destaque é o Serviço de Reabilitação e a Fisioterapia. Possui 264 leitos de internação. A emergência do hospital conta com 14 leitos, distribuídos por meio da classificação de risco. A nova UTI, especializada em trauma, possui 29 leitos.
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Hospital Fêmina
Hospital dedicado à saúde da mulher que também atua no manejo de doenças femininas graves, como câncer do aparelho genital feminino e de mama, a partir de sua prevenção, além de tratar de problemas ginecológicos em geral. Mantém hospital dia para atendimento de mulheres com doenças sexualmente transmissíveis e HIV. Presta cuidados pré-natais à gestante de alto risco, incluindo o parto e atendimento neonatal. Também presta serviços como banco de leite e reprodução humana. Com capacidade de 182 leitos, o hospital foi pioneiro na criação de uma sala de apoio à amamentação, para uso de mulheres trabalhadoras.
Saúde Comunitária
O Serviço de Saúde Comunitária é composto por 12 unidades básicas de saúde, um Consultório de Rua, três CAPS e 39 equipes de saúde da família, que atuam em três gerenciais distritais (Norte Eixo Baltazar, Leste Nordeste e Noroeste/Humaitá/ Navegantes/Ilhas) localizadas na Zona Norte de Porto Alegre. Os profissionais são referência para uma população em torno de 105 mil pessoas. A equipe é multidisciplinar, incluindo médicos de família e comunidade, dentistas, farmacêuticos, psicólogos, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais e agentes de saúde. O médico de família e a equipe de saúde prestam atendimento ambulatorial e em casa ou, quando necessário, promovem a internação domiciliar. O Consultório de Rua conta com uma equipe multiprofissional para realizar abordagens às pessoas em situação de rua na área de abrangência
Os Centros de Atenção Psicossocial são compostos por equipes multiprofissionais que realizam atendimentos individuais e grupais, incluindo oficinas para os usuários e familiares, visando a promover a reinserção familiar e social. O Centro de Atenção Psicossocial à Infância e Adolescência (CAPS I) oferece atendimento a crianças e adolescentes com transtornos mentais moderados a graves. O CAPS II – Adulto atende a pacientes adultos com transtornos mentais moderados a graves. Já o CAPS AD III (Álcool e Drogas) é dirigido a dependentes químicos e possui leitos masculino e feminino para o acolhimento de pacientes que necessitam de atendimento 24 horas.
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
A UPA Moacyr Scliar está situada no Bairro São Sebastião e oferta atendimento de urgência durante 24 horas, diariamente. O serviço foi estruturado para atender casos considerados de baixa a média gravidade e que não oferecem riscos imediatos à vida dos pacientes. Dispõe de nove consultórios, sendo sete clínicos, um odontológico, e um cirúrgico; 22 leitos, sendo 12 de observação adulta, quatro de observação pediátrica, dois de isolamento clínico e quatro de urgência.
Linhas de Cuidado
A integralidade e a segurança, na gestão e atenção hospitalar, são prioridades no Grupo Hospitalar Conceição. A produção do cuidado, centrado no usuário e a utilização de tecnologias de saúde são investidas para melhorar e prolongar a vida em um ambiente seguro.
Um dos avanços nesse sentido tem sido a construção de linhas de cuidado, objetivando pactuar fluxos, reorganizando o processo de trabalho, a fim de facilitar o acesso do usuário aos Serviços aos quais necessita e potencializando o trabalho em equipe e em rede.
A linha de cuidado tem início na entrada do usuário em qualquer ponto do sistema que opere a assistência: na equipe de saúde da família/atenção básica, em serviços de urgência, ambulatório de especialidades ou em qualquer ponto onde haja interação entre o usuário e o profissional de saúde. “A partir deste lugar de entrada, abre-se um percurso que se estende, conforme as necessidades do beneficiário, por serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, especialidades, atenção hospitalar e outros “(Malta et al., 2004; Merhy, Cecílio, 2003).
Destacam-se aqui alguns avanços das linhas de cuidado com as quais trabalhamos, obtidos em 2015.
Rede Cegonha
O Programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, avançou em vários aspectos nas maternidades do GHC qualificando a Linha de Cuidado Mãe-Bebê. A aplicação das boas práticas ao parto e ao nascimento foram ampliadas em ambas as maternidades do HNSC e HF, assim como a implementação do contato imediato pele a pele-mãe-bebê; a presença do acompanhante
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no pré-parto, parto e pós-parto; o aumento dos partos sem epsiotomia.
O HNSC reduziu o índice de cesariana (36%) e a taxa de infecção em parto cesáreo e implementou o parto assistido por enfermeira (> 30%). O HF implantou a classificação de risco obstétrico. O Hospital da Criança Conceição criou um posto de coleta de leite humano integrado ao Banco de Leite do Hospital Fêmina. As Unidades da Gerência de Saúde Comunitária atualizaram as rotinas de prevenção, diagnóstico e tratamento da sífilis congênita, em parceria com os profissionais do Núcleo de Epidemiologia e da Neonatologia do HNSC. Essa rotina atualizada serviu de base para a construção da rotina no estado do RS.
Emergência
A superlotação em serviços de emergência é um “fenômeno” contemporâneo global, impactando sobre a gestão da clínica e a qualidade assistencial. O GHC faz parte do programa SOS Emergência do Ministério da Saúde e vem apresentando alguns resultados positivos, apesar da crise no setor hospitalar no RS, o que tem provocado impacto nas portas de entrada da instituição.
Em 2015, o sistema KANBAN foi implantado na emergência do HNSC, visando à qualificação do gerenciamento do cuidado, permitindo a realocação de pacientes por gravidade e por especialidade nos sítios assistenciais (sala vermelha, amarela/verde). A iniciativa facilitou a realização de consultorias, a gestão e programação de transferências e adequação das necessidades de intensidade de cuidado. A ferramenta proporcionou ao Núcleo Interno de Regulação (NIR) maior atuação quanto ao monitoramento do Tempo Médio de Permanência dos pacientes internados na emergência do HNSC e maior agilidade das transferências para as Unidades de Internação. A pactuação da cobertura dos leitos de retaguarda para a Emergência, envolvendo as quatro gerências do HNSC (Pacientes Externos, Unidades de Internação, Administração e Serviço de Apoio ao Diagnóstico e ao Tratamento), compartilhando equipe multidisciplinar, projeto terapêutico singular e plano de alta, resultou na redução do Tempo Médio de Permanência dos Leitos de Retaguarda da Emergência de 7,3 para 6,1 dias e ampliou o acesso para mais 37 pacientes/mês.
O HCC consolidou, na sua emergência, o Protocolo de Manchester para a Classificação de Risco, o que resultou em redução do tempo de espera para a
consulta. Desenvolveu Protocolos Assistenciais de Asma e Bronquiolite e elaborou um Plano de Contingência de Inverno.
Na UPA Moacyr Scliar foram implementados protocolos assistenciais a fim de qualificar e uniformizar os atendimentos pediátricos, clínicos e da cirurgia geral. Foram criados fluxos entre UPA e HCR, HNSC e HCC para avaliação neurocirúrgica, ginecológica, e internações pediátricas respectivamente.
Linha de Cuidado ao paciente com câncer
A cada ano são diagnosticados 51 mil novos casos de câncer no RS, sendo que 10% destes diagnósticos são realizados no GHC. 25% das internações hospitalares no GHC são de pacientes com câncer, tornando essa patologia a maior causa de óbito em pacientes com internação clínica.
No ano de 2015 ocorreram, no GHC, grandes conquistas na qualificação da atenção ao paciente com câncer: aprimoramento de fluxos para regulação dos casos de câncer através da atuação do NIR do HNSC: iniciado o processo de sistematização, descrição e desenho de protocolos e fluxos para qualificar a atenção ao usuário com suspeita de câncer, transferência do registro de câncer para o Núcleo de Epidemiologia do HNSC, qualificando os dados registrados.
Ainda em 2015, houve a posse do terreno e finalização do projeto do Centro de Oncologia do GHC, bem como a definição dos processos de trabalho para a nova unidade. A iniciativa incluirá um serviço de radioterapia, ampliando em 30% a capacidade de atendimento aos usuários, garantindo cuidado integral, rastreamento, diagnóstico precoce, radio e quimioterapia, reabilitação e cuidados paliativos.
Linha de Cuidado ao paciente com Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
O HNSC é o segundo hospital no número de atendimentos ao Infarto Agudo do Miocárdio em Porto Alegre (> 600 casos/ano).
A restauração do fluxo coronariano, que é o principal objetivo terapêutico no IAM, é realizado de forma química, com agentes trombolíticos ou mecânica, através da angioplastia primária. Ambos os procedimentos são realizados no HNSC buscando atingir o tempo mínimo definido pelos protocolos de atenção ao IAM. O tempo de espera para o início da terapia trombolítica desde o primeiro contato com o
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paciente (tempo porta-agulha) é um dos indicadores que vem sendo monitorado.
Em 2015, no HNSC, após a implementação da linha de cuidado ao IAM, ocorreu diminuição da taxa de mortalidade dos pacientes internados, de 11,8 para 8,3%. A revisão de protocolos, implementação da ferramenta KANBAN no serviço de cardiologia e a pactuação da alta qualificada, garantindo consulta e eletrocardiograma aos usuários egressos da internação, foram fatores que também contribuíram. Linha de Cuidado ao paciente com Acidente Vascular Cerebral (AVC)
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo. Estatísticas brasileiras indicam que o AVC é a causa mais frequente de óbito na população adulta (10% dos óbitos). No HNSC, é a maior causa de internação na emergência e representa 10% das internações na sala vermelha.
Nos últimos 15 anos, o advento de novas abordagens da fase aguda dos pacientes com AVC, como a terapia trombolítica e os cuidados em Unidades de AVC, trouxe excepcional avanço do ponto de vista prognóstico aos usuários.
No GHC, a Linha de Cuidados em AVC, implantada em 2013, proporciona cuidado integrado e continuado, promovendo a transferência dos pacientes, conforme a necessidade, entre os pontos de atenção à saúde. A equipe médica de neurologia compõe o grupo de atendimento ao AVC agudo na instituição (tratamento trombolítico para AVC) e protocolo de morte cerebral com plantão de sobreaviso 24 horas todos os dias (inclusive finais de semana e feriados). O Hospital Cristo Redentor recebe o usuário com AVC Hemorrágico, atuando no tratamento, recuperação e na reabilitação das pessoas sob cuidados neurocirúrgicos. Em 2015, houve a qualificação da informatização da Linha de cuidado em AVC, o monitoramento de indicadores e o início da revisão do protocolo.
Linha de Cuidado ao paciente com Tuberculose
Em 2015, na Gerência de Saúde Comunitária, foram atualizadas as rotinas para atenção à tuberculose, com a 3ª edição do Livro “Tuberculose na Atenção Primária à Saúde”. Essa atualização se deu em parceria com profissionais da Pneumologia, Infectologia e Controle de Infecção do HNSC e do HCC e de outros serviços
da rede (Centros de Referência em Tuberculose do Município e do Estado).
Além disso, foi iniciado o projeto para informatização da ficha de notificação da tuberculose no prontuário eletrônico do GHC o que irá qualificar a notificação e monitoramento do tratamento.
Linha de Cuidado ao paciente com HIV/AIDS
De forma geral, houve significativos avanços na qualificação do atendimento em todas as unidades assistenciais do GHC, tais como a Profilaxia Pós Exposição ao HIV (PPE) e a implantação de teste rápido nas emergências, UPA e Unidades de Saúde da Gerência de Saúde Comunitária.
A linha de cuidado HIV/AIDS está em processo de informatização, possibilitando um melhor acompanhamento e monitoramento dos casos.
Linha de Cuidado em Saúde Mental
A Linha de Cuidado em Saúde Mental do Grupo Hospitalar Conceição (LCSM do GHC) foi criada em 2006 em consonância com os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica Brasileira. É um importante dispositivo de fortalecimento e articulação da rede que busca desenvolver um trabalho horizontal baseado em uma abordagem inter/transdisciplinar.
O GHC compõe esta rede com três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): CAPSI Pandorga (atende crianças e adolescentes); CAPS II Bem Viver (atende adultos) e CAPSAD III Passo a Passo (atende usuários de álcool e outras drogas em regime de cuidado de 24 horas). Também oferta leitos de saúde mental em hospital geral, com duas áreas de atendimento no Hospital Conceição, para adultos e meninas adolescentes; e consultas de avaliação e seguimento no Ambulatório de Psiquiatria desta unidade hospitalar. As doze unidades básicas de saúde realizam atendimento em saúde mental, sendo que dois psiquiatras fazem o matriciamento para estas equipes, com encontros semanais para discussão de casos e co-atendimento, se necessário. O Consultorio na Rua também integra esta rede do GHC.
Em 2015, destaca-se o processo de reestruturação dos fluxos do CAPSAD, que incidiu para um aumento em 30% na oferta de acolhimento inicial. O CAPSI ampliou o acompanhamento sistemático a escolas, atingindo 20 escolas estaduais e municipais neste ano; além disto,
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regularizou sua articulação com a rede de proteção especial do território, com a participação mensal nas reuniões da “Redinha”. O Consultório na Rua recebeu um veiculo próprio e adaptado, que garantiu a atenção itinerante da equipe aos usuários. A equipe de gestores do Cuidado em Saúde Mental instituiu em 2015 um GT para discussão de casos complexos formado por profissionais da atenção primária, dos serviços de Saúde Mental, pelos psiquiatras matriciadores e outros profissionais da rede intersetorial. Também passou a integrar, neste ano, a equipe de referência para a Linha de Cuidado a Pessoas em Situação de Violência, com ações de prevenção e proteção a trabalhadores da rede básica em territórios de alta vulnerabilidade.
Linha de Cuidado a Pessoas em Situação de Violência
Em 2015, foi iniciada a construção da Linha de Cuidado a Pessoas em Situação de Violência, sendo criado um grupo de trabalho integrado por referências de cada serviço do GHC e também por representantes da Secretaria Estadual de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde. Foram criados fluxos para atendimento nas portas de entrada (emergência, rede básica e rede de atenção psicossocial). Uma iniciativa pioneira no SUS, foi a informatização da ficha de notificação compulsória (SINAM), o que possibilitou que o GHC aumentasse de 665 notificações em 2014 para 1.048 registros em 2015. Esse trabalho em rede no distrito sanitário Norte-Eixo Baltazar é, hoje, um projeto piloto para a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, com possibilidades de a experiência ser disseminada em outras regiões da cidade. O GHC também foi escolhido pelo Ministério da Saúde como Centro Colaborador e, nessas funções, sediou um mini-estágio com equipes de três hospitais regionais do interior do Estado.
Segurança do Paciente
Estima-se que danos associados à assistência à saúde, ocorram em milhares de pessoas, todos os anos, no mundo. A segurança do paciente corresponde à redução ao mínimo aceitável do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde e é uma das prioridades no GHC.
Em 2015, baseadas nas metas do Ministério da Saúde, foram desenvolvidas ações com o objetivo de gerenciar riscos e firmados fluxos para melhorar processos de trabalho tornando-os mais seguros.
A maioria das ações propostas sobre segurança do paciente, para as unidades assistenciais do GHC, teve um importante avanço no seu desenvolvimento e estão monitoradas através de indicadores. O monitoramento das notificações da Rede Sentinela, a discussão de eventos graves com as equipes e colegiados das unidades assistenciais, a elaboração de planos de melhorias, a ampliação da educação permanente e o acompanhamento dos processos para aquisição de materiais e equipamentos são algumas táticas que vem sendo implementadas para maior segurança do paciente.
Os protocolos de Identificação do Paciente, Cirurgia Segura, Higienização das Mãos, Prevenção de Quedas, Prevenção de Úlceras por Pressão, Segurança no Uso de Medicamentos, desenvolvidos pelo Ministério da Saúde, foram revisados em 2015 com o objetivo de implantação no GHC. Nesse período, a média de identificação dos pacientes internados aumentou em vários setores e no HCC foi implantada a identificação informatizada dos pacientes da UTI Neonatal, agregando dados nutricionais. As comissões de Gerenciamento de Risco realizaram auditorias mensais e monitoramento dos indicadores previstos nestes protocolos visando maior envolvimento das equipes assistenciais no tema segurança do paciente.
De forma inédita, foi realizado mapeamento de risco assistencial em áreas assistenciais críticas, tais como a Neurocirurgia do HCR e a Hemodiálise do HNSC. Foram criados Núcleos Locais de Segurança do Paciente nas áreas de Emergência, Hemodiálise, UTI do HNSC e no setor de Neurocirurgia do HCR.
Para segurança da prescrição de medicamentos no GHC foram consolidadas a prescrição eletrônica, a identificação dos medicamentos de alta vigilância, a rastreabilidade de medicamentos, entre outras iniciativas, qualificando o monitoramento das Comissões de Farmacovigilância.
Destaca-se o desenvolvimento de cursos sobre segurança do paciente, baseado no guia curricular da Organização Mundial da Saúde, para a Residência Integrada de Saúde, preceptores médicos e serviço de Medicina Interna do HNSC.
Foram definidos fluxos com a Ouvidoria dos hospitais do GHC, uma importante fonte de notificação de incidentes e eventos adversos visando também maior envolvimento dos pacientes e familiares no tema segurança do paciente.
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Procedência dos Pacientes
2014 2015
HNSC HCC HCR HF
Procedência 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
Porto Alegre 637.191 647.550 94.727 92.266 90.316 92.403 90.187 84.057
Grande Porto Alegre 185.882 179.228 80.122 74.338 45.992 44.612 52.272 45.439
Interior Do Estado 89.698 90.088 48.047 46.939 9.441 9.227 25.625 24.497
Outros Estados 116 87 158 174 68 50 18 10
Total 912.887 916.953 223.054 213.717 145.817 146.292 168.102 154.003
Ambulatoriais
Porto Alegre
Grande Porto Alegre
Interior do Estado
Outros Estados
63%
25%
12%0%
Porto Alegre
Grande Porto Alegre
Interior do Estado
Outros Estados
64%
24%
12%0%
Porto Alegre
Grande Porto Alegre
Interior do Estado
Outros Estados
64%
24%
12%0%
Porto Alegre
Grande Porto Alegre
Interior do Estado
Outros Estados
64%
24%
12%0%
Porto Alegre
Grande Porto Alegre
Interior do Estado
Outros Estados
64%
24%
12%0%
Porto Alegre
Grande Porto Alegre
Interior do Estado
Outros Estados
64%
24%
12%0%
HNSC HCC HCR HF
Procedência 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
Porto Alegre 14.563 15.343 6.100 7.319 3.812 4.249 6.100 5.712
Grande Porto Alegre 9.038 8.912 4.435 4.094 1.901 1.953 4.435 4.001
Interior Do Estado 3.170 3.363 1.744 1.203 713 655 1.744 1.643
Outros Estados 5 2 3 3 6 3 3 -
Total 26.776 27.620 12.282 12.619 6.432 6.860 12.282 11.356
Internação
Porto Alegre
Grande Porto Alegre
Interior do Estado
Outros Estados
53%
34%
13%0%
Porto Alegre
Grande Porto Alegre
Interior do Estado
Outros Estados
56%
32%
12%0%
2014 2015*Inclui Hospital Dia
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 1 7
PRINCIPAISACONTECIMENTOS2
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .1 8
Hospital Cristo Redentor tem novo aparelho de ressonância magnética
Novo aparelho de ressonância magnética foi instalado no Hospital Cristo Redentor. O único no SUS na Região Sul do país, o equipamento tem tecnologia digital, garantindo a usuários mais segurança no diagnóstico. O aparelho de última geração garante exames de melhor qualidade, com redução no tempo de execução e a ampliação do número de atendimentos em 50%, realizando até 1.500 procedimentos por mês.
Centro de Oncologia
Anualmente 51 mil novos casos de câncer são diagnosticados no RS, desses, 10% são realizados no GHC. Os pacientes com câncer representam 25% das internações no GHC, sendo essa patologia a maior causa de óbito em pacientes internados.
Em 2015, o GHC foi contemplado com recursos do Governo Federal e vai construir um Centro de Oncologia em uma área destinada pela Prefeitura de Porto Alegre, junto ao Hospital Conceição. A ação integra o programa do Ministério da Saúde que ampliará os centros de radioterapia em todo o país. O Centro de Oncologia do GHC incluirá o serviço de radioterapia, hoje inexistente, ampliando em cerca de 30% o atendimento de casos de câncer e garantindo maior conforto aos pacientes e cuidado integral por meio dos serviços de Onco-Hematologia, Psicologia, Serviço Social e Fisioterapia.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 1 9
Projeto de pesquisa do GHC é selecionado em edital do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde selecionou o projeto de pesquisa “Avaliação da efetividade de Grupos de Gestão Autônoma do Medicamento para a promoção do autocuidado, automonitoramento e adesão terapêutica das pessoas com hipertensão arterial e diabetes mellitus”, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde (Cepaps) da Gerência de Saúde Comunitária do GHC e coordenado pela Dra. Luciane Kopittke.
Primeiro curso de mestrado do GHC
No segundo semestre de 2015 iniciaram as aulas do primeiro Mestrado Profissional, coordenado pelo médico Júlio Baldisserotto por meio da Escola GHC, na área de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Autorizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação e com 20 vagas oferecidas, a realização do mestrado consolida o GHC como instituição de ensino.
GHC recebe novos equipamentos para o Data Center
O novo Data Center do GHC recebeu processadores, unidades de armazenamento e equipamentos de comunicação, que possibilitará a atualização tecnológica de capacidade de processamento e armazenamento de imagens e comunicação permitindo a segurança da informação e qualificando os processos na assistência.
GHC é escolhido como Centro Colaborador do Ministério da Saúde no cuidado a pessoas em situação de violência
Essa escolha foi feita devido à trajetória do GHC uma vez que tem dois serviços de referência cadastrados no SUS para o atendimento a mulheres vítimas da violência sexual (HNSC e HF). Além disso, em 2015 estruturou a Linha de Cuidado a Pessoas em Situação de Violência, abrangendo outros agravos e grupos, através de um trabalho em rede em todas as portas de entrada do GHC. Essas experiências foram reconhecidas como exitosas pelo MS e em 2015 o GHC sediou um mini-estágio para equipes de quatro municípios, em parceria com as Secretarias Estadual e Municipal de Porto Alegre. O novo Centro Colaborador mantém banco de dados, oferece retaguarda para matriciamento das equipes no atendimento e também realiza vigilância epidemiológica e seguimento dos casos de notificação compulsória em 24 horas (violência sexual e suicídio).
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .2 0
Curso inédito de retalhos cutâneos
Inédito no SUS, o curso foi realizado pela equipe do Hospital Conceição e foi idealizado pelo médico residente em Cirurgia Plástica, Guilherme Barreiro. Médicos de todo o Estado serão qualificados para atender pelo SUS casos de lesão de pele causadas por tumores oncológicos. A medida deve evitar encaminhamentos desncessários para a capital e ampliar o número de profissionais que realizam o procedimento. Além de Barreiro, outros sete profissionais compõem a equipe que ministrará a atividade. São eles o chefe da Cirurgia Plástica do HNSC, Vinícius Silva da Lima, o preceptor, Pedro Alexandre Martins, e os médicos residentes Lourenço Senandes, Mateus Vizzotto, Karoline Dalla Rosa, Ricardo Calvett e Fábio Zanella.
Atendimento humanizado no Fêmina ganhou destaque na imprensa
A ampla divulgação da história sobre o nascimento de Gregório, filho de casal transexual no Hospital Fêmina trouxe como destaque o atendimento humanizado e respeitoso garantido a eles. O Hospital Fêmina possui o selo pró-equidade de gênero e conta com uma coordenadoria de Direitos Humanos e a Comissão de Políticas para Igualdade de Gêneros para lidar com essas questões. Palestras e treinamentos com os funcionários são feitos com para garantir o respeito à diversidade conforme as diretrizes de equidade e universalidade do SUS.
GHC integrará iniciativa para colaboração entre hospitais em tecnologia, pesquisa e inovação
O GHC vai integrar uma iniciativa que reúne os principais hospitais da Capital com o objetivo de estimular a colaboração na área tecnológica, em pesquisa e inovação. Trata-se da “Health Hub Porto Alegre”, uma marca lançada que deverá ser utilizada por todas as empresas e instituições que integrarem a rede. Participam também do projeto os hospitais Mãe de Deus, Moinhos de Vento, Clínicas e São Lucas da PUC.
GHC assina termo de cooperação técnica com a empresa Lifemed
A assinatura de Termo de Cooperação Técnica tem como objetivo o desenvolvimento de pesquisa e avaliação de tecnologias. A cooperação viabilizará a realização, pelo GHC, do ensaio clínico para verificar as condições de eficácia, segurança, toxicidade, entre outros aspectos, do primeiro filtro para hemodiálise produzido no Brasil, um insumo prioritário no Sistema Único de Saúde.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 2 1
Maternidades do GHC firmam parceria de trabalho integrado
O primeiro Posto de Coleta de Leite Humano no RS, vinculado ao Hospital Criança Conceição, foi registrado na Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano/Fiocruz. A iniciativa amplia o trabalho em rede no GHC e qualifica a assistência materno-infantil, oportunizando melhor cuidado aos bebês prematuros e em internação.
Hospital Cristo Redentor tem nova central de ar comprimido
Novas centrais de ar comprimido medicinal foram instaladas em quatro áreas dos Hospitais Cristo Redentor e Hospital Conceição, com a finalidade de melhoria da qualidade do ar repassado às unidades de internação, à UTI e ao bloco cirúrgico.
GHC irá desenvolver e implementar Residência em Medicina de Família e Comunidade no país
O Programa Nacional de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (PNRMMFC) do GHC, foi desenvolvido a partir de uma demanda do Ministério da Saúde que solicitou ao GHC que assumisse a coordenação do programa em virtude da sua expertise de 35 anos de formação de médicos em Medicina de Família e Comunidade. Nesse sentido, foram desenvolvidas ações para ampliação de vagas em Residência Médica de Medicina de Família e Comunidade em parcerias com municípios escolhidos a partir de critérios e indicadores elaborados pelo Ministério da Saúde.
A proposta do PNRMMFC consiste em implantar um Programa de Residência Médica em MFC, descentralizado, que se desenvolve em 05 municipios do RS e 04 municípios de outros estados. Os preceptores locais do Programa serão médicos vinculados aos municípios em que o programa de residência se desenvolve e estes terão acompanhamento de preceptores-tutores do GHC. Com objetivo de qualificar a assistência e os processos de ensino-aprendizagem dos Residentes, os preceptores locais estão participando de um curso nacional de formação de preceptores.
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .2 2
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 2 3
PRÊMIOS ERECONHECIMENTOS3
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .2 4
GHC recebe Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça
O GHC recebeu, pela quarta vez consecutiva, o Selo Pró- Equidade de Gênero e Raça, concedido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e Secretaria de Políticas de Igualdade Racial do Governo Federal.
Governo Federal realiza primeira certificação do Selo Quilombos do Brasil
O GHC recebeu a certificação do Selo Quilombos do Brasil, sendo a primeira instituição do país a comprar alimentos certificados pelo Selo, produzidos por comunidades quilombolas do RS.
Neurologista do HCC é premiada em congresso mundial
Camila dos Santos El Halal, neurologista infantil do Hospital Criança Conceição (HCC) foi a vencedora do Prêmio Jovem Pesquisador da International Pediatric Sleep Association (IPSA), pela pesquisa que mostra relação entre restrição de sono e obesidade em crianças.
Funcionária do Hospital Cristo Redentor recebe Prêmio Sérgio Lamb 2015
Helena de Oliveira Freitas Amorim, farmacêutica do Hospital Cristo Redentor, recebeu o Prêmio Sérgio Lamb 2015, na categoria Farmácia Hospitalar, concedido pelo Conselho Regional de Farmácia do RS.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 2 5
Pesquisa de odontólogo do SSC recebe prêmio nacional
O odontólogo Daniel Demétrio, da Unidade de Saúde Sesc do GHC foi agraciado com o prêmio de menção honrosa durante a 32ª Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica. O trabalho destacado foi “Entrevista Motivacional para dentistas e técnicos em saúde bucal da Atenção Primária à Saúde”, uma pesquisa realizada no Serviço de Saúde Comunitária do GHC como parte da sua tese.
PAD recebe prêmio em congresso nacional sobre Atenção Domiciliar
A equipe do Programa de Atenção Domiciliar do GHC recebeu premiação no 14º Congresso Brasileiro Interdisciplinar de Assistência Domiciliar, o CIAD, em São Paulo, pelo trabalho “A Traqueostomia e o Processo de Decanulação em Domicílio” de autoria das fisioterapeutas Raquel Jeanty de Seixas Mestriner, Verlaine Balzan Lagni, da enfermeira Diani Machado de Oliveira, do técnico de enfermagem Nilson Simões Venturini, da residente em Fisioterapia Renata Chalup Silveira e do coordenador do PAD, Mauro Binz Kalil.
Dedicação às vítimas da Boate Kiss rende distinção ao Ambulatório do HCR
Profissionais do Ambulatório de Reabilitação do Hospital Cristo Redentor receberam uma condecoração do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 5ª Região (Crefito 5) pelos serviços prestados às vítimas do incêndio da Boate Kiss, de Santa Maria.
Hospital Cristo Redentor é certificado pela contribuição para a doação de órgãos no RS
O hospital recebeu do Governo do Estado do RS a certificação de “Instituição Incentivadora da Vida” por estar entre as que mais contribuem na captação de órgãos para a realização de transplantes no Estado.
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .2 6
Hospital Conceição conquista o Top of Mind da Revista Amanhã
O Hospital conquistou o prêmio sendo a marca mais lembrada pelos porto-alegrenses na categoria hospitais. A pesquisa é realizada com método quantitativo, entrevistas pessoais e espontâneas
Hospital Fêmina tem Sala de Apoio à Amamentação certificada pelo MS
O Hospital Fêmina foi um dos primeiros locais do RS a receber a certificação da Sala de Apoio à Amamentação, em atendimento à mulher trabalhadora. A certificação foi feita pelo Ministério da Saúde.
Serviço de Neurocirurgia do Hospital Cristo Redentor é certificado pela SBN
O Serviço de Neurocirurgia do Hospital Cristo Redentor foi certificado pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) como qualificado para cumprir o Programa de Residência Médica em Neurocirurgia da Comissão Nacional de Residência Médica do MEC e da SBN.
GHC recebe Selo Gaúcho de Aprendizagem Profissional
O GHC recebeu o Selo Gaúcho de Aprendizagem Profissional, concedido pelo Fórum Gaúcho de Aprendizagem Profissional às instituições que atendem aos requisitos estabelecidos na Portaria MTE nº 656, de 26/03/2010, que versa sobre a implementação de programas de aprendizagem.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 2 7
Prêmio destaca médica do Serviço de Saúde Comunitária
A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) concedeu o Prêmio Bárbara Starfield à Claunara Schilling Mendonça pela atuação como pesquisadora de destaque na área de Atenção Primária à Saúde. A honraria foi entregue durante o 13° Congresso Nacional da SBMFC.
GHC recebe reconhecimento através do Símbolo Multiplicar do Selo Socioambiental
A parceria do GHC com o Polo Marista de Formação Tecnológica , rendeu ao GHC o Símbolo Multiplicar do Selo Socioambiental, concedido pelo Programa de Responsabilidade Socioambiental da Rede Marista. É a segunda certificação recebida pelo Grupo, que em março de 2015 foi contemplado com o Símbolo Incentivar, pela parceria com o Programa Jovem Aprendiz.
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .2 8
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 2 9
ESTRUTURADA INSTITUIÇÃO4
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .3 0
O Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. é um complexo de unidades da área de saúde localizado no município de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, e foi constituído como sociedade anônima, registrada na Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul sob o número 122.434, de 14 de novembro de 1960.
O Governo Federal, em 1975, por intermédio do Decreto n° 75.403, de 20 de fevereiro (posteriormente alterado pelo Decreto n° 75.457, também de 1975), declarou de utilidade pública, para fins de desapropriação, a totalidade das ações constitutivas do capital social das
empresas do Grupo Hospitalar Conceição, composto então pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A., Hospital Cristo Redentor S.A. e Hospital Fêmina S.A., com recente incorporação dessas últimas pela primeira.
Atualmente, a empresa Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. possui a natureza jurídica de sociedade de economia mista, cujo controle acionário é exercido pela União Federal vinculada ao Ministério da Saúde através do artigo 146 do Decreto n° 99.244/90, sujeita à Lei das Sociedades Anônimas n° 6.404/76 e à Lei n° 4.320/64.
Estrutura da Instituição4.1 Constituição Jurídica
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 3 1
Estrutura da Instituição
4.2 Organograma
Conselho deAdministração
DiretorSuperintendente
DiretorTécnico
Ouvidoria
Assessorias
DiretorAdm. e Financeiro
SecretariaDiretoria
Ger
ênci
a de
Cont
rola
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Ger
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Eng.
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Asse
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a
Ger
ênci
aCo
m. L
icita
ção
GerênciaAuditoria Interna
Hospital Criança ConceiçãoHospital Cristo Redentor
Hospital FêminaUnidade Barão de Bagé
Unidade CoinmaUnidade Costa e Silva
Unidade Divina ProvidênciaUnidade de Saúde Conceição
Unidade Jardim ItuUnidade Jardim Leopoldina
Unidade N. S. AparecidaUnidade Parque dos Maias
Unidade Vila FlorestaUnidade Santíssima Trindade
Unidade SESCUnidade Pronto Atendimento (UPA)
Centro de Atenção Psicossocial ICentro de Atenção Psicossocial IICentro de Atenção Psicossocial IIICentro de Atenção Tecnológica
e Pesquisa em SaúdeConsultório de Rua
Central de Logística do Grupo Hospitalar Conceição
Hospital Nossa Senhora da Conceição e suas filiais:
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .3 2
O Grupo Hospitalar Conceição identifica três macroprocessos, que formam a totalidade dos fazeres de suas unidades de saúde em estrito respeito à Missão do Grupo: “Oferecer atenção integral à saúde com acesso, qualidade e eficácia organizacional e desenvolver ações de ensino e pesquisa, fortalecendo o Sistema Único de Saúde”.
Atenção Integral à Saúde
Usuários
Gestão Administrativa
Ensino e Pesquisa
Macroprocessos Descrição Produtos e Serviços
Principais Clientes
Subunidades Responsáveis
Atenção Integral à Saúde
Principal Macroprocesso,
tem como objetivo
assegurar aos usuários do SUS atenção à saúde nos
seus diferentes níveis de
complexidade
Atendimento ambulatorial e psicossocial,
atendimento na Rede Básica, Internação
Hospitalar e Cirurgias, Exames laboratoriais
e de imagem, Urgência e Emergência
Pacientes, familiares,
Gestor Municipal,
Gestor Estadual
Internação, Auxílio ao
Diagnóstico, Pacientes
Externos, Saúde Comunitária
Ensino e Pesquisa
Produzir e disseminar
conhecimento para
trabalhadores do SUS
Capacitação para empregados próprios
e trabalhadores do SUS na Região, Capacitação
para a Gestão, Pesquisas, Estágios Curriculares e Extracurriculares, Residência Médica e
Multiprofissional
Empregados do GHC,
Trabalhadores do SUS
em geral, Prefeituras
Ensino e Pesquisa, Gestão
do Trabalho, COREME
Gestão Administrativa
Dar suporte ao negócio da organização
Suprimentos, Higienização e Segurança,
Planejamento e Coordenação Geral, Gestão de Pessoas, Participação Social,
Comunicação, Jurídico, TI, Controladoria, Contábil,
Orçamentário, Financeiro e Serviços Gerais
Unidades internas
Administração de Hospitais, Engenharia, Informática, Licitações,
Materiais, RH, Controladoria,
Auditoria, Ouvidoria,
Comunicação, Jurídico,
Financeiro
4.3 Macroprocessos
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 3 3
PRODUÇÕESE PRINCIPAISINDICADORES5
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .3 4
As produções e os Indicadores do GHC são acompanhados mensalmente no Painel Estratégico, que foi desenvolvido para possibilitar aos dirigentes e gestores do Grupo Hospitalar Conceição acompanharem os indicadores e metas institucionais. Além disso, podem avaliar e acompanhar as iniciativas estratégicas, ações e atividades
de Planejamento Estratégico do GHC em variados níveis de acompanhamento (questões estratégicas, etiquetas ou responsáveis).
Os principais indicadores de desempenho monitorados obtiveram em 2015 os seguintes resultados no Grupo:
Produções ePrincipais Indicadores
5.1.2 Internações e Cirurgias
Em 2015 houve crescimento no número de internações. Contudo, reduziu o número de cirurgias, com uma média de 2.694 cirurgias por mês, ou 89 cirurgias por dia. Para 2016, estão previstas ações como avaliação da capacidade instalada, otimização do tempo de cirurgia e implantação de Ambulatório pré-anestésico nos hospitais.
Consultas Exames
2014 1.461.509 3.987.535
2015 1.477.264 4.173.457
Internações Cirurgias
2014 56.732 33.132
2015 57.395 32.328
5.1. Grupo Hospitalar Conceição
5.1.1 Consultas e Exames
O total de consultas foi superior ao ano anterior em todos os meses de 2015. O total de exames realizados também apresentou elevação.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 3 5
5.1.3 Taxa de Mortalidade Hospitalar
Apesar da taxa apresentada pelo GHC estar compatível com os padrões de instituições similares, medidas estão sendo implantadas para uma redução ainda maior.
Taxa de Mortalidade Hospitalar
2014 4,30
2015 4,40
5.2.1 Média de Permanência
Mede a relação entre total de pacientes internados e o número de pacientes que tiveram saída do hospital em determinado período. Exceto o Hospital Fêmina, a média de permanência apresentou queda em todos os hospitais de 2014 para 2015, o que significa uma melhoria na eficiência. Além disso, ações como a implantação do Kanban estão sendo realizadas para melhorar ainda mais esse indicador.
HNSC HCR HF HCC
2014 10,60 11,2 3,7 4,8
2015 10,50 10,8 3,7 4,5
Tempo Médio de Espera para Classificação de Risco
2014 10,26
2015 8,09
5.2. Indicadores demonstrados por unidade hospitalar
5.2.2 Tempo Médio de Espera para Classificação de Risco
É calculado o tempo entre o cadastro na UPA até o primeiro atendimento para a classificação de risco. Em 2015, o tempo médio de espera foi ainda mais reduzido, favorecendo um acolhimento dos usuários com maior celeridade.
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .3 6
HNSC HF
2014 0,98 1,25
2015 0,56 1,76
HNSC HCR HF HCC
2014 89,10 74,4 76,3 79,2
2015 91,00 77,8 74 77
HNSC HF
2014 4.258 4.122
2015 4.419 3.595
5.2.5 Número de Partos Realizados
Nos meses de abril e maio de 2015 a maternidade e UTI Neonatal do Hospital Fêmina estiveram fechadas, ocasionando uma redução no número de partos. Após a reabertura, observou-se uma queda na demanda. A redução é ocasionada também pela queda na taxa de natalidade no Rio Grande do Sul.
5.2.4 Taxa de Ocupação Hospitalar (média)
Avalia o grau de utilização dos leitos do hospital medindo o perfil de utilização e gestão. O Hospital Nossa Senhora da Conceição e o Hospital Cristo Redentor apresentaram aumento na taxa de ocupação e os demais apresentaram resultado um pouco inferior.
5.2.3 Taxa de Infecção Hospitalar em CesáreasRefere-se ao percentual de casos de infecção em sítio cirúrgico nas cesáreas. No Hospital Fêmina, o índice sofreu elevação em alguns meses, aumentando a taxa do ano. O crescimento se deu devido ao período de fechamento da maternidade e ao aumento de partos de alto risco (diabetes, obesidade, hipertensão, HIV etc).
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 3 7
DESEMPENHO ECONÔMICO, FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO
6
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .3 8
Desempenho Econômico, Financeiro e Orçamentário
Orçamento Geral da União
Receitas utilizadas para a cobertura de custos com pessoal (salários, encargos, auxílio-transporte, auxílio-alimentação, assistência pré-escolar, etc), sentenças judiciais, pagamento de residentes, investimento-custeio e investimento imobilizado. Do OGU de R$ 1.116.848.494, foram consumidos 99,19%.
Orçamento Geral da União
Gasto R$ 1.107.803.101
Saldo R$ 9.045.393
Fundo Nacional de Saúde
Cumpre o propósito de cobrir despesas como compra de medicamentos, material de consumo, prestação de serviço etc. Do orçamento de R$ 189.785.346, praticamente 100% foram consumidos.
Fundo Nacional de Saúde
Gasto R$ 189.766.604
Saldo R$ 18.742
O orçamento total do GHC é dividido em duas unidades orçamentárias. Na primeira, estão os créditos consignados no Orçamento Geral da União - OGU, que se originam de subvenções econômicas do Tesouro Nacional e de receitas diretamente arrecadadas pelo Hospital. Os créditos do OGU podem variar conforme a verificação de necessidade
de alteração da Lei Orçamentária Anual, através de suplementações orçamentárias. No segundo grupo estão as movimentações de crédito recebidas de outras Unidades Orçamentárias do Governo Federal, de onde se destacam as transferências do Fundo Nacional de Saúde - FNS referentes à realização de serviços assistenciais para o SUS – Sistema Único de Saúde.
6.1 Orçamento
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 3 9
Durante o ano de 2015, os empenhos de OGU e FNS apresentaram a seguinte evolução:
Execução Orçamentária (em milhares de Reais)
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
OGU 82.598 88.713 93.145 74.358 68.131 80.385 89.430 139.205 79.547 87.553 100.647 124.091
FNS 11.115 15.818 20.432 13.642 17.957 14.039 13.293 14.759 13.008 15.909 29.461 10.335
6.2 Receita Bruta
(em milhares de Reais) 2013 2014 2015
Prestação de Serviços
167.278 187.010 195.030
Subvenções para Custeio
829.343 953.544 1.064.522
Receita Bruta 996.621 1.140.554 1.259.552
R$ 996.621
2013 2014 2015
R$ 1.140.554 R$ 1.259.552
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .4 0
6.3 Custo dos Serviços Prestados
108,16%
Custo dos Serviços Prestados % da RL
1.073.419 1.179.202 1.312.917Milh
ares
de
Reai
s
$ da
RL
103,73% 104,56%
2013 2014 2015
6.4 Despesas Gerais e Administrativas
10,46%
Despesas gerais e administrativas % da RL
103.823 112.047 126.724Milh
ares
de
Reai
s
$ da
RL
9,86%10,09%
2013 2014 2015
6.5 Saldo de Investimentos, Imobilizado e Intangível
(em milhares de Reais) 2013 2014 2015
Investimentos 6.705 5.026 5.001
Imobilizado 233.079 243.391 253.111
Intangível 937 892 892
Total 240.721 249.309 259.004
R$ 240.721
2013 2014 2015
R$ 249.309 R$ 259.004
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 4 1
DESEMPENHOSOCIAL7
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .4 2
7.1 Conselho GestorO Conselho Gestor foi implantado em 2003, visando a uma maior participação das pessoas na definição dos rumos e na consolidação do GHC. O Conselho Gestor é um espaço democrático, permanente e deliberativo, composto por 50% de representantes de usuários escolhidos no âmbito do Conselho Municipal de Saúde, 25% de representantes da gestão e 25% de representantes dos funcionários eleitos por votação direta. Em 2015, aconteceu a recomposição do Conselho Gestor do HNSC/HCC a partir do processo eleitoral para escolha dos funcionários. Também foi assegurado o acompanhamento contínuo pela Gerência de Apoio das reuniões e das pautas do Conselho Gestor, favorecendo a corresponsabilidade nos diversos níveis de gestão. Outra iniciativa foi o acesso dos conselheiros ao Painel de Indicadores, a fim de qualificar as suas funções de
controle social.
7.2 OuvidoriaA Ouvidoria Geral do GHC é um elo de comunicação entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e o GHC. Como mecanismo institucional de participação social, ela mede as manifestações individuais dos
cidadãos, dissemina informações e contribui para a transparência das ações e serviços prestados pelo GHC. A Ouvidoria do GHC conta com atendimento presencial no Hospital Conceição/Hospital da Criança, Hospital Cristo Redentor, Hospital Fêmina e UPA Moacyr Scliar. Também disponibiliza caixas coletoras nesses locais, cujos formulários são recolhidos diariamente. Recebe ainda manifestações através do telefone 0800 642 1300 e do e-mail [email protected]. As demandas são incluídas no Sistema Ouvidor SUS, encaminhadas às gerências responsáveis para resposta, sendo posteriormente repassadas ao cidadão, por telefone ou e-mail.
Em 2015, a Ouvidoria Geral passou a operar em novas instalações, em uma área física maior e de fácil acesso aos usuários. Essa transferência permitiu integrar a área de teleatendimento, antes funcionando em local distinto da equipe de atendimento presencial. Além disto, a Ouvidoria produziu relatórios trimestrais e realizou reuniões com gerentes e equipes nos locais de atendimento, a fim de qualificar as informações para uma resposta mais ágil e efetiva aos usuários.
Observou-se um aumento de 4.774 para 5.380 manifestações recebidas, respectivamente, em 2014 e 2015, em especial no primeiro semestre do ano passado.
Desempenho Social
Quantitativo de manifestações recebidas por mês
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2014 388 348 398 326 350 309 372 402 444 456 513 468
2015 499 434 576 485 465 424 453 402 346 412 483 401
A gestão participativa e as políticas de inclusão compõem uma das nove questões estratégicas do Planejamento Estratégico do GHC. Este destaque dimensiona a importância dada na organização para o fortalecimento dos mecanismos de participação, de controle social e de fomento da equidade. Ressaltem-se aqui as iniciativas sobre o Conselho Gestor, Ouvidoria e os projetos desenvolvidos na área de Participação Cidadã, descritos a seguir.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 4 3
52%
15%
1%1%
22%
9% 0%
62%
4%
11%
23%
Tipo de Manifestação (2015) Canal de Recebimento (2015)
Reclamação 52%
Elogio 15%
Solicitação 22%
Denúncia 9%
Informação 1%
Sugestão 1%
Outros 0%
Pessoalmente 62%
Telefone 23%
Carta 11%
E-mail 4%
Como parte do princípio de Ouvidoria Ativa, o GHC também realiza pesquisas de satisfação com usuários em todos os hospitais, utilizando um formulário padrão. Em 2015, foi estruturado um Grupo de Trabalho para revisão da metodologia de pesquisa, incluindo utilização de cálculo amostral, novo roteiro com questões adicionais e uniformidade na aplicação do instrumento. O novo formato será implantado no primeiro semestre de 2016, após projeto piloto e avaliação.
Em 2015, houve aumento de cerca de 6% no indicador de satisfação1 do usuário em relação a 2014.
A Carta de Serviços ao Cidadão é outra iniciativa acompanhada pela Ouvidoria. Está disponibilizada na íntegra no site www.ghc.com.br/files/cartacidadao.pdf em cumprimento ao Decreto n° 6.932 de 11/08/2009. A Carta de Serviços ao Cidadão tem por objetivo informar o cidadão sobre os serviços prestados pelo órgão ou entidade, sobre formas de acesso a esses serviços e
dos respectivos compromissos e padrões de qualidade de atendimento ao público. Ao divulgar a Carta de Serviços ao Cidadão, o GHC reitera seu compromisso com a saúde pública, a partir do aprimoramento contínuo das áreas e iniciativas da instituição, visando à excelência, com a participação efetiva e permanente da comunidade.
1 É medida pelo índice de satisfação dos usuários durante o período de internação contemplando os conceitos “bom” e “ótimo” atribuídos pelo usuário.
2014 2015
Meta 85,00 95,00
Realizado 86,88 92,62
Satisfação do Usuário
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .4 4
Criada em 2003, a Comissão Especial de Promoção de Políticas de Igualdade Racial (CEPPIR-GHC) objetiva conscientizar, dar visibilidade e realizar ações junto a trabalhadores, usuários, e à sociedade em geral, para redução dos componentes de exclusão étnica que levam à desigualdade em saúde e no trabalho.
Em 2015, destacam-se as ações de educação permanente para os trabalhadores do GHC, desenvolvendo oficinas e campanhas para o enfrentamento do racismo institucional; o acompanhamento de denúncias de racismo na instituição; o apoio técnico, ético e político na construção e qualificação da Linha de Cuidado da Doença Falciforme; a construção junto com o movimento social de ações do GHC na Semana da Consciência Negra; o acompanhamento da Política de Cotas Raciais no processo seletivo público; o apoio para a qualificação do atendimento prestado a população indígena, sendo o Hospital da Criança Conceição referência no atendimento; e participação na construção e qualificação do Programa de Aquisição de Alimentos de Comunidades Quilombolas.
A Comissão Especial de Políticas de Promoção da Igualdade de Gênero do GHC tem como objetivo construir, junto com as trabalhadoras, a igualdade e a equidade de gênero na assistência e no ambiente de trabalho.
Dentre as ações mais relevantes de 2015, destacam-se: o apoio na qualificação institucional para atendimento das questões de gênero; a coordenação das ações, em parceria com a CEPPIR, vinculadas ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, sendo que o GHC conquistou pela quarta vez consecutiva o Selo em 2015, e já está inscrito para a 6ª edição; o apoio na implantação e qualificação dos protocolos de atendimento para mulheres em situação de violência; bem como a coordenação e execução de ações de educação permanente dos trabalhadores do GHC, com oficinas e campanhas de enfrentamento ao sexismo e homofobia institucional.
7.3 Participação Cidadã
IGUALDADE DE GÊNERO
IGUALDADE RACIAL
A Participação Cidadã está vinculada à Gerência de Apoio e tem como missão propor e desenvolver políticas afirmativas de inclusão social no GHC, fortalecendo a cidadania de trabalhadores e usuários do SUS. A área
realiza ações de educação permanente por meio de comissões temáticas de equidade, estabelecendo parcerias com instituições públicas e da sociedade civil organizada.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 4 5
O GHC mantém diversos programas de fomento à economia solidária, em parcerias com cooperativas voltadas à inclusão social, como a de mulheres costureiras do Morro da Cruz e das detentas do Presidio Madre Pelitier, que confeccionam enxovais para os hospitais. Além disso, o GHC é um dos pioneiros na implementação do Programa de Aquisição de Alimentos. Isso significa cerca de 110 toneladas por mês de alimentos mais saudáveis sendo comprados, que beneficiam diretamente produtores familiares e toda a cadeia econômica a eles vinculada, bem como trabalhadores e usuários que o consomem. O Programa também gera uma economia de 10 a 15% para o GHC e contribui para a formação de uma rede produtiva e de inclusão social com atuação no campo e na cidade, ampliando e potencializando a produção agrícola no estado e no país.
ECONOMIA SOLIDÁRIA
A Comissão Especial de Políticas de Promoção da Acessibilidade e da Mobilidade foi instituída em 2005. Seu objetivo é assessorar, acompanhar e propor políticas de inserção no âmbito institucional das pessoas com deficiência e/ou com mobilidade reduzida temporária ou permanente, bem como gestantes, idosos e obesos.
Em 2015 destaca-se o acompanhamento das cotas para pessoas com deficiência no processo seletivo público e integração dos novos trabalhadores no seu ambiente de trabalho em relação a sua condição física; as ações de educação permanente com os trabalhadores do GHC; e o acompanhamento de obras e reformas, com vistas à acessibilidade arquitetônica das unidades e eliminação de barreiras.
Conforme a Lei da Aprendizagem nº 10.097/2000, as diretrizes do Decreto nº 5.598/2005 e a portaria MTE n° 723/2012, o GHC desenvolve o Programa de Aprendizagem Profissional em parceria com a Escola Técnica José César de Mesquita e o Centro Social Marista em cursos nas áreas de Assistente Administrativo, Atendente de Nutrição e Auxiliar de Manutenção Elétrica e Eletrônica. Em 2015, 135 adolescentes e jovens concluíram esses cursos. Para participar do programa, são observados critérios de vulnerabilidade social (renda familiar, jovens vítimas ou vitimizadores de violências, jovens mães e pais com defasagem de escolaridade) e cotas para afrodescendentes.
Foi criado para prestar assistência religiosa/espiritual como estratégia de integralidade e humanização do atendimento, conforme preveem as diretrizes do SUS. Desde 2007, o Fórum foi aberto para diversas denominações religiosas. Dois representantes de cada denominação religiosa compõem sua coordenação, juntamente com um representante da instituição. Eles se reúnem mensalmente para debater e encaminhar questões de assistência espiritual, como celebrações, visitas, encontros e cursos para visitadores credenciados. Em 2015 existiam 16 denominações religiosas distintas, que, em conjunto, possuem uma média de 1.300 atendimentos espirituais por mês, contando os espaços inter-religiosos de cada unidade hospitalar, bem como a visitação ao leito de usuários internados. Destaca-se também a coordenação de seminários, oficinas e eventos sobre a assistência religiosa/espiritual, sempre promovendo a pluralidade de denominações.
JOVEM APRENDIZ
FÓRUM INTER-RELIGIOSO
ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .4 6
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 4 7
DESEMPENHO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE8
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .4 8
O GHC tem desenvolvido algumas atividades para proteger o meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Redução do consumo de água
Atualmente o Hospital conta com um Programa para redução do consumo de água que consiste em implementar novas tecnologias. Na primeira fase do programa, foram instalados moduladores de vazão em quase todos os pontos de consumo, os quais proporcionaram uma economia de aproximadamente 100 milhões de litros/ ano. A segunda fase prevê a adoção de novas medidas, reduzindo ainda mais o consumo, com a instalação de torneiras inteligentes que diminuirão a vazão média de consumo atual de 6 litros/min para 1,7 litros/min. A nova fase prevê ainda a substituição de diversos equipamentos sanitários por
outros mais sustentáveis.
Gerenciamento de Resíduos
O gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases técnico-científicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar e proporcionar aos resíduos gerados um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, à preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.
Em 2015, as Comissões de Resíduos participaram de forma mais efetiva no gerenciamento dos resíduos das suas áreas, dando ênfase ao correto manejo e destino final dos resíduos químicos. A padronização do manejo de resíduos químicos foi uma das ações que teve destaque em 2015. Cada unidade recebeu recipientes específicos para a adequada segregação dos resíduos químicos líquidos e sólidos. Foi também disponibilizado
Desempenho Ambiental e Sustentabilidade
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 4 9
no sistema GHC um fluxo com as orientações quanto ao descarte e recolhimento para a consulta de todos os
funcionários do grupo.
Capacitação em Resíduos dos Serviços de Saúde
É oferecido a todos funcionários do GHC, inclusive residentes e estagiários, uma capacitação em resíduos dos serviços de saúde. O curso tem duração de duas horas e conta como horas de formação. Em 2015 foram capacitados 3100 colaboradores do GHC. Estima-se que até o final de 2016 a totalidade dos funcionários tenham sido capacitados. O curso abrange dois pontos:
• A Gestão Ambiental no GHC, abordando os aspectos de sustentabilidade, consumo de água, energia e materiais;
• E a Capacitação Básica em Resíduos, abordando as questões de manejo, segregação, coleta, transporte, tratamento e destino final dos resíduos, de acordo com a legislação em vigor.
Evento em Gestão Ambiental
O GHC, em parceria com o Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa), promoveu em 2015 o 1º Encontro Nacional de Gestão Ambiental em Estabelecimentos Assistenciais em Saúde (EAS). O evento buscou planejar e implementar atividades de gestão ambiental, a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, utilizando as trocas de experiências de estabelecimentos de saúde que já
incluem em seu cotidiano a gestão ambiental como ferramenta essencial às suas práticas. Além disso, a apresentação de tecnologias disponíveis também fez parte dos objetivos do evento.
Sustentabilidade em todos os projetos e obras do GHC
Os novos projetos e obras apresentam nos memoriais descritivos uma introdução sistemática de elementos de sustentabilidade, como escolha de materiais, uso de tecnologias visando à economia no consumo de água (utilização de água da chuva, reuso, dispositivos economizadores, etc) e uso de equipamentos eficientes no consumo de energia, inclusive nos projetos, para um melhor aproveitamento de ventilação e iluminação natural, quando possível.
Ecopontos
Em 2015, o GHC firmou parceria com o Polo Marista de Formação Tecnológica para instalação de ecopontos de coleta de lixo eletrônico nos hospitais Nossa Senhora da Conceição, Cristo Redentor e Fêmina. Essa ação integra o Programa de Responsabilidade Socioambiental da Rede Marista. O lixo eletrônico depositado nos ecopontos é enviado ao Polo Marista de Formação Tecnológica, onde é selecionado para ser utilizado em salas de aula como materiais didáticos ou reaproveitados em experimentos de robótica e inovação tecnológica. Esta parceria rendeu ao GHC o Símbolo Multiplicar do Selo Socioambiental, concedido pelo Programa de Responsabilidade Socioambiental da Rede Marista.
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .5 0
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 5 1
GOVERNANÇA9
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .5 2
Governança
SOCIEDADE
GOVERNANÇA
ADMINISTRAÇÃO
GESTÃO
Colegiado de Gerentes
(tático)
Coordenadores/Supervisores(operacional)
Instâncias Internasde apoio à Governança
Comissões, Comitês e Ouvidoria
Organizações externasde apoio à governança
• Ministério da Saúde• Auditoria Independente
• Controle Social
• TCU• CGU
• Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
• DENASUS• Secretaria Estadual e
Municipal de Saúde
Governanças externas
Diretor Superintendente
DiretorAdm. Financeiro
DiretorTécnico
Conselho Fiscal
Assembleia Acionistas
Auditoria InternaConselho de Administração
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 5 3
Assembleia Geral
Possui a decisão societária. É composta pelo acionista majoritário, a União Federal, com 113.041.622 ações, e por acionista minoritário, possuidor de seis ações, em título precário.
Conselho de Administração
É responsável pela decisão estratégica do Grupo Hospitalar Conceição. Faz parte da composição deste conselho um representante dos trabalhadores, eleito em pleito específico, que tem poder decisório igual aos demais membros. Dentre suas competências destacam-se: eleger a Diretoria; a fiscalização da gestão dos Diretores; a convocação da Assembleia Geral de Acionistas; manifestação sobre o Relatório da Administração conforme a Lei Nº 6.404/76; a aprovação do planejamento estratégico e dos orçamentos básicos; a aprovação do Regimento Interno e o Regulamento de Pessoas e respectivas alterações. A regulamentação dessa participação consta na Lei Nº 12.353, de 28 de dezembro de 2010, e dos estatutos sociais do GHC, em seu artigo 17, § 3º.
Conselho FiscalO Conselho Fiscal é constituído de no mínimo três e no máximo cinco membros, eleitos pela Assembleia Geral, um deles indicado pelo Ministro da Fazenda, como representantes do Tesouro Nacional.
O Conselho Fiscal é a instância de governança interna responsável pela fiscalização. Suas competências mais importantes são: examinar os balanços e a prestação anual de contas da Diretoria da Sociedade; examinar e emitir parecer sobre balancetes periódicos e outros demonstrativos referentes à situação econômica, financeira e contábil da empresa; examinar e emitir parecer sobre aumento de capital; emitir parecer sobre outros assuntos de natureza contábil e financeira; exercer as demais atribuições atinentes ao controle de contas da Sociedade; fiscalizar os atos dos administradores e verificar o cumprimento de seus deveres legais e estatutários; opinar sobre as propostas dos órgãos da administração relativas à modificação do capital social, ao plano de investimentos ou aos orçamentos de capital, incorporação, fusão ou cisão; denunciar aos órgãos de administração e à Assembleia Geral, os erros, fraudes, ou crimes que
descobrirem; convocar a Assembleia Geral Ordinária ou Extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes. Suas competências estão descritas no artigo 39 do Estatuto Social da empresa.
Diretoria
Compete à Diretoria a gestão dos negócios sociais e praticar os atos necessários ao normal funcionamento da Sociedade. Para isso, suas principais competências são: elaborar e submeter ao Conselho de Administração o planejamento anual das atividades sociais; propor ao Conselho de Administração alterações estatutárias e processos de incorporação, fusão, transformação, cisão e liquidação da Sociedade; aprovar a construção e a locação de imóveis necessários às atividades da Sociedade; propor ao Conselho de Administração a convocação da Assembleia Geral; submeter à aprovação do Conselho de Administração o Regimento Interno e o Regulamento de Pessoal, bem como eventuais alterações, criação e extinção de cargos ou funções e fixação das remunerações; autorizar a assinatura de quaisquer atos, contratos e documentos que envolvam responsabilidades sociais; resolver todos os assuntos da Sociedade que não sejam de competência da Assembleia Geral e do Conselho de Administração; outorgar mandato com poderes de representação; e outras atribuições fixadas pelo Conselho de Administração no Regimento Interno. A Diretoria é composta por um Diretor-Superintendente, um Diretor Técnico e um Diretor Administrativo e Financeiro, eleitos pelo Conselho de Administração. Suas competências estão descritas no artigo 25 do Estatuto Social da empresa.
Controle Interno
A Gerência de Auditoria Interna, em conformidade com a Resolução nº 2, de 31 de dezembro de 2010, da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União – CGPAR, é vinculada ao Conselho de Administração e as atribuições estão descritas no artigo 25, parágrafos sétimo, oitavo e décimo do Estatuto Social, e no artigo 18 do Regimento das Competências das Gerências do Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. e suas Filiais. Dentre outras, são: orientar os ordenadores de despesas para racionalizar a realização da receita e a execução da despesa; verificar os atos de gestão; verificar o
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .5 4
cumprimento das diretrizes, normas e orientações, planos e programas emanados pelos órgãos internos e externos competentes; verificar a consistência e a segurança dos instrumentos de controle, guarda e conservação dos bens e valores da Instituição ou daqueles pelos quais ela seja responsável; elaborar o Programa Anual de Auditoria e encaminhá-lo para o Conselho de Administração; elaborar os relatórios de Auditoria previstos no Programa Anual de Auditoria e outros relatórios especiais solicitados pelos órgãos de controle e de gestão da Instituição; acompanhar as auditorias realizadas pela Controladoria Geral da União, pelo Tribunal de Contas da União, pelo Departamento de Auditoria do SUS e por empresas privadas de auditoria que a Instituição contratar e outras que houver; avaliar e certificar as respostas às auditorias realizadas pela Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União, empresas privadas de auditoria que a Instituição contratar e outras que houver; examinar e emitir parecer em relação à prestação de contas anual. Seu titular é admitido ou dispensado mediante proposta do Diretor Superintendente, aprovada pelo Conselho de Administração.
Governanças Externas
• Tribunal de Contas da União: entidade pública externa de controle da gestão.
• Controladoria-Geral da União da Presidência da República: entidade pública interna de controle da gestão.
• Ministério da Saúde: ministério supervisor do Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. Sua atuação visa a assegurar a realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade; a harmonia com a política e a programação do Governo no setor de atuação da entidade; a eficiência administrativa; e a autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade, segundo o Decreto-Lei nº 200/67, no artigo 26.
• Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: através do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST).
• Auditoria do Sistema Único de Saúde (DENASUS): conforme atribuições conferidas no Decreto nº 1.651, de 28 de setembro de 1995 e no artigo 37 do Decreto nº 8.065, de 7 de agosto de 2013.
• Secretaria Municipal de Saúde: avaliação a adesão
às normas de vigilância em saúde, a regulação do atendimento, e o cumprimento da contratualização hospitalar no âmbito da Política Nacional de Atenção Hospitalar no Sistema Único de Saúde – SUS, conforme Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, e Portaria nº 3.390, de 30 de dezembro de 2013, do Ministério da Saúde.
• Estruturas de Controle Social: Conselho Gestor do GHC e Conselho Municipal de Saúde, são compostos por representantes dos usuários, trabalhadores e da Administração do HNSC, no primeiro, ou da Secretaria Municipal de Saúde, no segundo; possuem a função de fiscalizar e avaliar as ações e serviços implementados pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. e suas filiais, conforme a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990 e Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011.
Segurança Contábil
Auditoria externa independente das demonstrações financeiras anuais, conforme Resolução CGPAR nº 6, de 29 de Setembro de 2015.
Transparência
Em conformidade com a Lei n° 12.527 de 18 de novembro de 2011, Lei de Acesso à Informação, estão disponíveis informações sobre a instituição com fins a assegurar a gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação no endereço http://plone.ghc.com.br/acessoainformacao.
Código de Ética e Conduta
A proposta de Código de Ética e Conduta foi elaborada em 2015, com implantação prevista para 2016. O Código de Ética e Conduta visa a tornar conhecida a missão, a visão estratégica, os princípios e valores da instituição, a fim de contribuir para o correto, digno e adequado desempenho de funções por parte dos seus agentes públicos com vistas ao cumprimento dos objetivos institucionais, sendo um importante instrumento de Governança. Está prevista a constituição de um Comitê para a disseminação de seus princípios e regramento e para o acompanhamento das situações envolvendo o seu descumprimento.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 5 5
Prática inovadora no país, implantada a partir de 2003 como modelo de gestão democrática e participativa, envolvendo os trabalhadores do GHC e representantes da população no processo de montagem do orçamento e na destinação dos recursos previstos para investimentos, seja a aquisição de novos equipamentos, sejam obras civis.
O Plano de Investimentos (PI) integra a política desenvolvida pelo Ministério da Saúde, na qual a participação da sociedade nas decisões da gestão
é estimulada e considerada fundamental para melhoria da qualidade e humanização dos serviços prestados à população, agregando legitimidade às ações, promovendo a inclusão dos trabalhadores e da população nos processos decisórios e, com isso, instituir a corresponsabilidade na gestão, fortalecendo a cidadania. Os trabalhadores delegados do PI são eleitos diretamente pelos seus colegas e, junto com os representantes da população, indicados pelo Conselho Gestor e os representantes dos gestores do GHC, constituem o Fórum do PI.
Em 2015 o valor executado correspondeu a 92% do total da dotação orçamentária. Parte do saldo não foi empenhado pois até 31 de dezembro de 2015
não ocorreu a liberação do limite orçamentário para emissão de empenho, apesar da existência da dotação na Lei Orçamentária Anual.
18,1
5,3 7,8
3,6
35,1
9.1 Plano de Investimentos
Execução Orçamentária (2014)
R$ 23,4 Milhões R$ 42,9 Milhões
Execução Orçamentária (2015)
Investimento R$ 18,1 Milhões
Custeio R$ 5,3 Milhões
Não Executado -
Dotação R$ 23,4 Milhões
Investimento R$ 35,1 Milhões
Custeio R$ 7,8 Milhões
Não Executado R$ 3,6 Milhões
Dotação R$ 46,5 Milhões
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .5 6
Destinação dos Investimentos realizados no ano de 2015, em milhões de reais:
10,8 Grande parte dos investimentos nesta área foi destinado para a obra do novo Data Center e o restante da modernização dos equipamentos de informática
Tecnologia da Informação
3,4• R$ 2,5 milhões foram destinados ao pagamento da 3ª parcela do contrato de compra e venda do prédio onde será instalada a Central de Logística e Suprimentos do GHC, adquirido em 2013.
• R$ 0,9 milhões foram destinados nas reformas das instalações elétricas, telefonia e dados além da climatização e exaustão do prédio
Central de Logística e Suprimentos
1,3 Valor empenhado para dar início ao investimento na obra de construção da subestação de energia que terá um investimento superior a 32 milhões, prevista para acontecer até 2018. Essa subestação visa atender o Hospital Conceição e o Centro de Oncologia, com início da construção planejado para 2016.
Subestação de Energia
3,4 Investimento na contratação de empresas para elaboração do projeto executivo do centro de oncologia GHC e do Prédio I (Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia) e do Prédio II (Centro de Diagnóstico, Terapia e Apoio Técnico).
Centro de Diagnóstico e Terapia
0,5 Obra Unidade Básica de Saúde Divina Providência
15,8 Equipamentos Médicos e de Apoio Assistencial
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 5 7
O planejamento estratégico do GHC (PE) configura-se em questões estratégicas para o período 2012-2022 que se desdobram em iniciativas estratégicas, ações e atividades anuais.
Na formulação deste plano, houve a constante preocupação em promover o alinhamento com o planejamento estratégico do Ministério da Saúde, Plano Nacional de Saúde (PNS) e o Plano Plurianual (PPA), uma vez que estes instrumentos de planejamento orientarão a gestão federal no setor saúde.
A estrutura do plano possui, portanto, a seguinte forma:
• Questões Estratégicas (QE): descrevem os grandes temas que o Grupo Hospitalar Conceição busca aperfeiçoar durante a vigência do PE, para garantir que os propósitos da instituição sejam atingidos;
• Iniciativas Estratégicas (IE): são as principais estratégias (caminhos) para alcançar as QEs;
• Ações: são etapas necessárias para a implementação das IEs;
• Atividades: são etapas operacionais para implementar as ações.
9.2 Planejamento Estratégico
Questões Estratégicas
Iniciativas Estratégicas
Ações
Atividades
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Demonstramos a seguir as Questões Estratégicas do GHC.
Redes de Atenção
Educação e Pesquisa
Estrutura Física
Qualificação da Gestão
Gestão Participativa, Inclusão Social e Ouvidoria
Tecnologia
Gestão de Pessoas
Comunicação
Gestão de Risco
Qualificar as redes de atenção, aperfeiçoando sua articulação.
Consolidar o GHC como centro de excelência em educação e pesquisa.
Adequar a estrutura física à intenção estratégica.
Qualificar a gestão, alinhando os processos de trabalho e estrutura organizacional ao planejamento estratégico.
Potencializar os mecanismos de gestão participativa e políticas de inclusão.
Atualizar e qualificar a tecnologia da informação.
Aprimorar e implementar a política de gestão de pessoas.
Construir política de comunicação convergente com a intenção estratégica
Ampliar medidas de prevenção e gestão de riscos à saúde
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GESTÃO DATECNOLOGIADA INFORMAÇÃO10
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Gestão da Tecnologia da InformaçãoA Gerência de Informática do GHC tem a responsabilidade de garantir o alinhamento de tecnologia da informação com o negócio do hospital, provendo a disponibilidade e operacionalidade dos sistemas computacionais utilizados na instituição, que estão classificados em três grandes grupos: administrativos, de apoio assistencial e de ensino e pesquisa.
A área desenvolveu a Política de Segurança da Informação que fica disponível aos usuários de sistema no repositório de documentos do GHC e é atualizada periodicamente. Esta política é uma declaração formal da instituição acerca de seu compromisso com a proteção das informações de sua propriedade e/ou
sob sua guarda, devendo ser cumprida por todos os seus colaboradores no que diz respeito a seus direitos e responsabilidades com os recursos computacionais da instituição e as informações neles armazenados. Seu propósito é estabelecer as diretrizes a serem seguidas pelo GHC no que diz respeito à adoção de procedimentos e mecanismos relacionados à segurança da informação.
Em 2015, foram obtidos diversos resultados que contribuíram para a modernização, eficiência técnica e administrativa dos processos operacionais, destacando-se a construção do novo data center, desenvolvimento de novos módulos do Prontuário Eletrônico do Paciente e novos módulos administrativos.
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Novo Data Center Em 2015 foi iniciado o projeto de implantação do novo data center do GHC na chamada sala-cofre, localizada no Centro Administrativo.
A obra do data center do GHC foi concluída no dia 10 de abril de 2015, etapa que foram cumpridas as atividades de serviços preliminares de construção, sala modular, sala UPS, sala telecom e estrutura de geradores e condensadoras, instalações hidráulicas, instalações elétricas, sistemas de climatização, rede de telecomunicações, sistemas de controle de acesso, sistema de automação, sistema de CSTV, sistema de detecção alarme e combate a incêndio e sistema de identificação de segurança.
A ativação parcial do data center ocorreu no dia 30 de maio de 2015 com a migração dos Sistemas Administrativos e Assistenciais (Prontuário Eletrônico do Paciente) para o novo ambiente computacional.
Em dezembro de 2015 foram adquiridos diversos equipamentos de TI que estavam previstos no PI 2015, que possibilitaram a atualização tecnológica de capacidade de processamento e armazenamento de imagens e comunicação, colocando o GHC num patamar tecnológico atualizado.
Acolhimento Virtual das Emergências do GHC
O Acolhimento Virtual é uma ferramenta desenvolvida para permitir o acompanhamento, em tempo real, do
trajeto do usuário por dentro das salas de atendimento e em espera. O objetivo do dispositivo é dar fácil acesso às informações, de forma simultânea e transparente, e, assim, tranquilizar os usuários e seus acompanhantes.
A implantação do aplicativo foi totalmente desenvolvida pela Gerência de Informática do GHC. A ferramenta acompanha 24 horas o funcionamento das áreas assistenciais da UPA, contendo informações como prioridade, registro, especialidade e encaminhamento, expostas em um telão colocado no saguão da unidade. O dispositivo também informa se o paciente foi medicado ou se está fazendo algum exame. Ao chegar, o acompanhante recebe uma etiqueta com o número de registro do usuário para fazer o acompanhamento do paciente. A cada atendimento realizado, são informados, em tempo real, o local e a situação de cada paciente.
Kanban
Ferramenta implantada nas Unidades de Internação e Emergência em 2015, fornece informações de tempo de permanência e superlotação, em tempo real. Fica disponível para a equipe gestora e NIR (Núcleo Interno de Regulação) permitindo avaliação dos impactos das estratégias propostas para os diagnósticos gerados pela ferramenta. Os motivos de permanência são discutidos e processados junto às áreas envolvidas, e o NAQH (Núcleo de Acesso e Qualidade Hospitalar) faz avaliações mensais dos resultados globais.
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ENSINO, PESQUISA E DESENVOLVIMENTO11
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Ensino, Pesquisa e DesenvolvimentoA Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) tem como principal papel o planejamento, oferta, desenvolvimento e regulamentação dos processos de ensino e pesquisa do GHC. As ações da GEP, através da Escola GHC, são norteadas pelos princípios e diretrizes do Sistema Único da Saúde (SUS), tendo como compromisso a formação de cidadãos conscientes, o apoio ao desenvolvimento sustentável e a consolidação do SUS.
Em 2015, os trabalhos desenvolvidos foram no sentido de atender as metas definidas no Planejamento Estratégico, em conformidade com o Plano de Desenvolvimento Institucional de Ensino e Pesquisa (PDI).
11.1. Destaques 2015Conclusão de projetos demandados pelo Ministério da Saúde:
Caminhos do CuidadoO GHC foi responsável juntamente com a FIOCRUZ, em parceria com a rede de escolas técnicas do SUS, pela capacitação de 290 mil agentes comunitários de
saúde, auxiliares e técnicos de enfermagem em saúde mental, com ênfase no combate ao uso de crack, álcool e outras drogas. O Projeto iniciado em 2013 foi concluído em 2015.
Programa Saúde em RedeVoltado para atender as demandas identificadas na qualificação das Redes de Atenção à Saúde do RS, tem como objetivo desenvolver programas, cursos e atividades para a formação e disseminação de informação científica e tecnológica aos trabalhadores do SUS. Em 2015, mais de 6 mil profissionais do SUS foram capacitados no RS em redes prioritárias em redes de saúde no Estado.
Ampliação da RUTETodas as unidades hospitalares do GHC estão conectadas à Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), a maior iniciativa do mundo na integração de hospitais universitários e de ensino. Além disso, houve ampliação de Special Interest Group (SIGS) na Rede Universitária de Telemedicina com sete grupos cadastrados.
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11.2. Ensino
11.3. Pesquisa
Principais Cursos:
• Técnico em Enfermagem;
• Registros de Informações em Saúde;
• Agente comunitário.
Principais Cursos:
• Especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde;
• Aperfeiçoamento Profissional em Cirurgia do Quadril;
• Especialização em Atenção Domiciliar;
• Qualificação em Saúde do Adolescente;
• Formação de Profissionais da Rede de Atenção Básica em Diagnóstico/detecção precoce do câncer de colo de útero;
• Formação de Profissionais da Rede de Atenção Básica em Diagnóstico/detecção precoce do câncer de mama.
Cursos para profissionais de
Nível Médio
Vagas Oferecidas
7 304
Cursos para profissionais de Nível Superior
Vagas Oferecidas
16 6.718
O Setor de Pesquisa do GHC, coordenado pelo Dr. Sérgio Antonio Sirena, tem a responsabilidade de gerenciamento sobre todos os processos e recursos internos que envolvam o desenvolvimento da pesquisa científica de cunho epidemiológico, clínico e social em saúde, protocolos ou diretrizes de cuidados e de avaliação da incorporação de novas tecnologias, incluindo o recebimento e análise da documentação do Proponente (Pesquisador/Patrocinador), o contato com os patrocinadores, o encaminhamento ao Comitê de Ética em Pesquisa do GHC para parecer ético do Projeto
de Pesquisa e sua aprovação, a análise da pertinência da realização da pesquisa no GHC e a devida apropriação dos custos institucionais e repercussões financeiras.
O Comitê de Ética do Grupo Hospitalar Conceição - CEP-GHC, reconhecido legalmente na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Ministério da Saúde CONEP/MS, desde 31/10/97, congrega vinte e um representantes de diferentes áreas do conhecimento, incluindo representante dos usuários e dois de outras Instituições.
ÁREA PESQUISADOR RESPONSÁVEL
Cardiologia Dr. Pedro Pimentel Filho
Gastroenterologia Dra. Cristiane Valle Tovo
Hematologia Dr. Marcelo Eduardo Zanella Capra
Infectologia Dr. Breno Riegel Santos
Mastologia Dr. José Luiz Pedrini
Oncologia Dr. Carlos Fausto Nino Gorini
Dr. Christian S. S. C. Sutmöller
Pneumologia Dr. Waldo Luis Leite Dias de Mattos
Reumatologia Dr. Julio César Simon
Endocrinologia Dr. Balduíno Tschiedel
Pediatria Dra. Ilóite Scheibel
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Projetos Protocolados
319
11.4 Residência Integrada em Saúde
11.5 Residência Médica
1 Administração53 Enfermagem16 Farmácia23 Fisioterapia e T.O.6 Fonoaudiologia126 Medicina10 Nutrição11 Odontologia12 Psicologia54 Saúde Coletiva7 Serviço Social
A Residência Integrada em Saúde do Grupo Hospitalar Conceição - RIS/GHC - foi instituída em julho de 2004 a partir de um projeto financiado pelo Ministério da Saúde. É uma modalidade de pós-graduação lato sensu de caráter multiprofissional, realizada em serviço, acompanhada por atividades de reflexão teórica, orientação técnico-científica e supervisão assistencial
de profissionais com qualificação profissional. O foco nos princípios do SUS para atenção à saúde é o suporte para a RIS/GHC. Em 2015 a RIS recebeu 92 residentes, em 7 ênfases: Saúde Mental, Saúde Família e Comunidade, Oncohematologia, Atenção ao Paciente Critico, Gestão em Saúde, Materno Infantil, Cirurgia Traumato Buco Facial.
A Residência Médica, consoante a Lei n.º 6.932, de 07 de julho de 1981, constitui modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu e visa fundamentalmente à formação de especialistas, através de treinamento em serviço, desenvolvido em ambiente médico-hospitalar sob a orientação de profissionais qualificados.
A residência médica do GHC iniciou em 1968 composta pelas especialidades Medicina Interna, Cirurgia e Pediatria. O Decreto n°80.281 de 5 de setembro de 1977 regulamentou a Residência Médica e criou a Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Em 2015, foram oferecidas 451 vagas credenciadas na CNRM distribuídas em 57 programas. Os programas com maior número de vagas ofertadas e preenchidas são clínica médica (19%), obstetrícia e ginecologia (12,5%), cirurgia geral (11%) e pediatria (8,3%). Além do treinamento em serviço, os programas de Residência desenvolvem, em um mínimo de quatro horas semanais, atividades sob a forma de sessões de atualização, seminários, correlações clínico-patológicas e outros processos pedagógicos. Os programas de Residência tem duração mínima de um ano, correspondendo ao mínimo de 1.800 horas de atividade.
R$ 52.000,00 Em taxa de submissão de 26 pesquisas clínicas
R$ 68.341,62 Referente captação pelo Fundo de Fomento ao ensino e pesquisa do GHC
Jornada Científica 2015 Com o tema “Inovação em Saúde: Desafios e Necessidades para o SUS”, a IV Jornada Científica do GHC contou com 60 trabalhos inscritos, 51 apresentados e 348 participantes
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GESTÃO DE PESSOAS12
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Gestão de Pessoas12.1 Informações Sobre o Corpo Funcional
12.2 Benefícios aos Trabalhadores
2014 2015 Admissões no Período 815 1.430
Demissões no Período 757 772
Total de funcionários no final do exercício 8.917 9.575
Total de funcionários de 18 a 35 anos 2.346 2.448
Total de funcionários de 36 a 60 anos 5.730 6.202
Total de funcionários acima de 60 anos 841 925
Pessoas com deficiência (PCD) 135 136
Aposentados 1.558 1.516
Estagiários 211 180
Gênero dos trabalhadores:
Homens 2.401 2.597
Mulheres 6.516 6.978
Total de trabalhadores autônomos no final do exercício 1 1
Total de trabalhados cedidos de outros orgãos 20 25
Total de horas de treinamento 166.825 229.654
Turnover (média/ano) 0,77 1,04
Número de integrações 27 26
Acidentes de trabalho 1.009 1.164
Qualificação do Corpo Funcional
Graduados 2.936 2.983
Ensino Médio Completo 5.002 5.450
Ensino Fundamental 700 849
Ensino Fundamental Incompleto 279 293
Médicos Residentes 318 329
2014 2015 Assistência Pré-Escolar aos Dependentes dos Servidores e Empregados (média/ano) 445 537
Auxílio-Alimentação aos Servidores e Empregados (média/ano) 8.074 8.654
Auxílio-Transporte aos Servidores e Empregados (média/ano) 2.559 2.896
Quantidade de Refeições servidas aos funcionários 562.470 648.901
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12.3 AbsenteísmoIndicador utilizado para medir as ausências dos trabalhadores no processo de trabalho, seja por falta, atraso e/ou atestado. Em 2015, o absenteísmo cresceu principalmente por doenças osteomusculares e problemas relacionados com saúde mental. No último trimestre de 2015 foi formado um grupo de trabalho para realizar o diagnóstico da situação e definir um plano de ação para reduzir o absenteísmo.
2014 2015
Realizado 3,33 4,11
Absenteísmo
12.4 Horas Extras Esse indicador mede as horas extras eventuais pagas. Em 2015, as três principais gerências demandadoras foram:
- Emergência do HNSC;
- Gerência de SADT – Serviço de Apoio ao Diagnóstico e ao Tratamento;
- Internação do HF.
Em 2015, as horas extras foram necessárias para dar cobertura ao atendimento. Os processos de trabalhos estão sendo revistos para melhorar a eficiência da Instituição.
2014 2015
Realizado 104.963 129.761
Horas Extras
12.5 Número de NovasAções TrabalhistasEm 2015 diminuiu o número de ingressos de ações trabalhistas. Principais Ações: • Controle de processos automatizados; • Realização de reuniões com as gerências afetadas pelo passivo trabalhista, discutir as principais causas e, em conjunto, soluções para a diminuição das reclamatórias trabalhistas.
2014 2015
Realizado 1.006 872
Novas Ações Trabalhistas
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Programa de Integração
O Programa de Integração do GHC tem como objetivo propiciar aos novos trabalhadores, além do seu acolhimento, informações básicas e necessárias sobre a instituição, sua cultura e funcionamento, normas e regulamentos, além da história, princípios e diretrizes do SUS e do GHC.
Avaliação e Desenvolvimento
A Política de Avaliação e Desenvolvimento do GHC objetiva contribuir com o crescimento dos trabalhadores, das equipes de trabalho e da Instituição, incentivando a participação de todos nos processos de tomada de decisões como condição essencial para a consolidação e a qualificação dos modelos de gestão e atenção preconizados para o SUS.
Formação e Educação na Saúde no GHC
É recurso estratégico para a gestão do trabalho e da educação em saúde, porque a partir dos problemas do cotidiano do processo de trabalho iremos planejar
as ações e definir as exigências de ensino e de aprendizagem, viabilizando a qualificação profissional. O grande diferencial desta proposta é em relação ao método de trabalho. Todos os espaços, setores e serviços da instituição passam a ser locais de ensino e de aprendizagem, onde todos participam constituindo, assim, espaços de diálogo e de negociação permanente, identificando necessidades e construindo estratégias para o desenvolvimento de nossas ações.
Banco de Remanejo
Ferramenta de Gestão de Pessoas que gerencia as trocas de setores e turnos pelos trabalhadores, respeitando-se os cargos que ocupam no GHC. Tem como objetivo garantir igualdade de condições aos trabalhadores, considerando o interesse da Instituição e do trabalhador. O Banco de Remanejo recentemente reestruturou seu processo para atualizar e aprimorar a regulamentação que o rege, disposta na portaria GHC n° 80/14. Essa ferramenta de Gestão de Pessoas é hoje norteada pela norma de remanejo. Em 2015, ocorreu a informatização do Banco de Remanejo.
12.6 Gestão do Trabalho
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A Saúde do Trabalhador do GHC promove seu trabalho através da implementação das ações de prevenção e promoção em saúde, realizando atividades de educação em saúde e segurança, e na área de assistência aos trabalhadores.
A Saúde do Trabalhador do GHC desenvolve suas atividades por meio das seguintes áreas:
Área de Assistência
Constituída por uma equipe multiprofissional, prevê atendimentos ambulatoriais em diversas áreas, disponibilização de consultas especializadas e cirurgias nos ambulatórios do GHC, disponibilização de exames complementares, além de outras ações de prevenção e promoção de saúde (grupos/oficinas/rodas de conversa sobre diversos temas).
Área de Medicina do Trabalho/SESMT
Constituída por profissionais da área, prevê todos os atendimentos ocupacionais (exames admissionais, exames periódicos, exames de retorno ao trabalho, avaliações ocupacionais e exames demissionais), além de outras ações de prevenção e controle de saúde ocupacional.
Área da Engenharia e Segurança do Trabalho/SESMT
Constituída por profissionais da área, prevê avaliação dos ambientes de trabalho, capacitações sobre saúde e segurança, uso correto de Equipamento de Proteção Individual (EPI), cursos de CIPA, prevenção e combate a princípio de incêndio, dentre outros, além de investigações de acidentes de trabalho e vigilância nos ambientes de trabalho.
Equipes de Referência
Constituídas por médicos (clínicos ou do trabalho), engenheiros de segurança do trabalho, técnicos de segurança do trabalho, equipe de enfermagem e assistente social, são responsáveis pela elaboração de projetos e planos de ação, construídos com o conjunto dos trabalhadores, para garantir a prevenção das causas de adoecimentos e acidentes e maior qualidade de vida nos ambientes de trabalho.
Equipe de Apoio Matricial
Constituída por ginecologista, ortopedista, fisiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista, psiquiatras e psicólogas, é a retaguarda especializada a equipes e profissionais de referência, dando suporte assistencial e técnico-pedagógico.
12.7 Saúde do Trabalhador
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Indicadores 2014 2015
Atendimentos ambulatoriais (exceto Medicina do Trabalho)
49.921 43.228
Atendimentos em Medicina do Trabalho (admissionais, periódicos,
demissionais, avaliações ocupacionais, retorno ao trabalho)
7.577 10.031
Procedimentos de Enfermagem 68.109 77.911
Capacitações – trabalhadores e estagiários (horas)
15.527 17.566
Ações da Segurança do Trabalho (emissão de PPP e LTCAT, avaliações de insalubridade e periculosidade, fornecimento de subsídios
para defesa judicial, acompanhamento de perícias previdenciárias e trabalhistas,
análises ergonômicas, análise de acidentes de trabalho, assessoria em segurança do trabalho, fornecimento de dosímetros, manutenção de
extintores de incêndio)
13.916 18.124
12.7.1 Informações Saúde do Trabalhador
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DEMONSTRAÇÕESCONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 201413
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13.1 Relatório dos Auditores Independentes Sobre as Demonstrações Contábeis
Ilmos. Srs. Diretores, Conselheiros e Acionistas do HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO S.A.
Porto Alegre/RS
Examinamos as demonstrações contábeis do HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO S.A., que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da Administração Sobre as Demonstrações Contábeis
A administração do Hospital é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro.
Responsabilidade dos Auditores Independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis do Hospital para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para
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fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Opinião
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO S.A. em 31 de dezembro de 2015, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Ênfase
Em 31 de dezembro de 2015 o Hospital apresentava um montante de R$ 2.966.210 mil negativos de patrimônio líquido gerado por prejuízos, determinando, conforme indicado na Nota Explicativa número 21, que, para garantir a viabilidade econômica do Hospital, se faz necessário a manutenção permanente e equilibrada das subvenções para custeio e investimentos repassadas pelo Ministério da Saúde, sem as quais não há condições de manter o atendimento hospitalar
100% gratuito aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS. As demonstrações foram preparadas de acordo com as práticas contábeis aplicáveis às empresas em continuidade operacional normal e não incluem quaisquer ajustes às contas de passivo que poderiam ser requeridos no caso de eventual paralisação das operações, pressupondo-se o recebimento integral dos repasses oriundos do Ministério da Saúde para o custeio da folha de pagamento, encargos e investimentos referidos na nota explicativa número 14.
Demonstração do Valor Adicionado
Nossos exames foram conduzidos com o objetivo de emitir parecer sobre as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo, tomadas em conjunto. A Demonstração do Valor Adicionado, apresentada para propiciar informações sobre o Hospital, não é requerida como parte integrante das demonstrações contábeis, contudo foi submetida aos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada em todos os seus aspectos relevantes em relação às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Porto Alegre, RS, 29 de janeiro de 2016.
Exacto Auditoria S/S CRC/RS 1544
Daniel Eduardo Rodrigues Contador CRC/RS 30.361
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Nota 2015 2014
ATIVO CIRCULANTE 129.398 111.841
Disponibilidades 35.074 22.362
Contas a receber 46.242 41.858
Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa - PECLD (4) (10.860) (7.454)
Recursos a receber de órgãos governamentais 14 9
Estoques (5) 10.759 8.893
Adiantamentos a empregados 11.914 10.591
Tributos a recuperar 1.024 2.534
Depósitos vinculados ou restituíveis (6) 32.414 31.381
Outras contas a receber 3.117 1.249
Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa - PECLD (4) (407) (16)
Despesas antecipadas 107 434
ATIVO NÃO CIRCULANTE 300.936 295.690
Realizável a longo prazo (7) 41.932 46.381
Investimentos (9) 5.001 5.026
Imobilizado (10a) 253.111 243.391
Intangível (10b) 892 892
TOTAL DO ATIVO 430.334 407.531
ATIVO (em milhares de reais)
13.2 Balanço Patrimonial
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Nota 2015 2014
PASSIVO CIRCULANTE 2.852.451 2.571.197
Fornecedores 26.618 23.437
Impostos e contribuições com exigibilidade suspensa (11) 2.172.267 1.900.206
Obrigações trabalhistas 32.544 33.022
Obrigações tributárias 52 8.135
Obrigações com órgãos governamentais 69 538
Provisões trabalhistas 124.816 110.347
Provisão para indenizações cíveis e trabalhistas (12) 472.356 477.964
Subvenções e assistências governamentais (14) 13.861 10.275
Empréstimos e financiamentos (15) 3.298 2.640
Outras contas a pagar 6.570 4.633
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 544.093 515.420
Provisão para indenizações cíveis e trabalhistas (12) 422.445 380.282
Tributos diferidos (13) 5.389 20.898
Subvenções e assistências governamentais (14) 115.059 109.140
Empréstimos e financiamentos (15) 1.200 4.200
Outras contas a pagar - 900
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (2.966.210) (2.679.086)
Capital social (16) 7.446 7.446
Reserva de reavaliação em bens próprios 18.783 16.357
Ajustes de avaliação patrimonial (17) 44.741 33.240
Prejuízos acumulados (3.037.180) (2.736.129)
TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 430.334 407.531
PASSIVO (em milhares de reais)
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Nota 2015 2014
RECEITA BRUTA 1.259.552 1.140.554
Prestação de serviços 195.030 187.010
Subvenções para custeio (14) 1.064.522 953.544
Deduções da receita bruta (3.931) (3.780)
Impostos sobre serviços (11b) (3.931) (3.780)
RECEITA LÍQUIDA 1.255.621 1.136.774
Custo dos serviços prestados (11b) (1.312.917) (1.179.202)
LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL BRUTO (57.296) (42.428)
Receitas (despesas) operacionais (239.216) (287.026)
Despesas gerais e administrativas (11b) (126.724) (112.047)
Provisão para indenizações cíveis e trabalhistas (143.217) (215.356)
Reversão de provisões (11b) 17.141 29.490
Outras receitas operacionais (11b) 13.584 10.887
RESULTADO ANTES DAS RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS (296.512) (329.454)
Despesas financeiras (11b) (179.205) (132.836)
Receitas financeiras (11b) 57.103 3.979
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO (418.614) (458.311)
Reversão de provisão para imposto de renda (11b) 115.981 -
PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (20) (302.633) (458.311)
PREJUÍZO POR AÇÃO – EM R$ (2,68) (4,05)
13.3 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (em milhares de reais)
Descrição Nota 2015 2014
PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (atribuível a controladores) (20) (302.633) (458.311)
Ganho patrimonial com baixa de provisão de CSLL e/ou de IRPJ diferidos sobre a reserva de reavaliação
(13) 35 131
Ganho patrimonial com baixa da provisão de CSLL e/ou de IRPJ diferidos sobre ajustes de avaliação patrimonial
(13) 107 405
Ganho patrimonial com baixa da provisão de IRPJ diferido sobre a reserva de reavaliação devido à imunidade tributária
(13) 2.776 -
Ganho patrimonial com baixa da provisão de IRPJ diferido sobre ajustes de avaliação patrimonial devido à imunidade tributária
(13) 12.591 -
RESULTADO ABRANGENTE (atribuível a controladores) (287.124) (457.775)
13.4 - DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE (em milhares de reais)
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 7 9
Descrição Nota Capital social
Reserva de reavaliação
Ajustes de avaliação
patrimonial
Prejuízos acumulados Total
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 7.446 16.611 34.027 (2.279.395) (2.221.311)
Realização da reserva de reavaliação - (254) - 254 -
Ganho patrimonial com baixa de provisão de CSLL e de IRPJ diferidos sobre a reserva de reavaliação
(13) - - - 131 131
Realização dos ajustes de avaliação patrimonial
(17) - - (787) 787 -
Ganho patrimonial com baixa de provisão de CSLL e de IRPJ diferidos sobre ajustes de avaliação patrimonial
(17) - - - 405 405
Prejuízo do exercício (20) - - - (458.311) (458.311)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 7.446 16.357 33.240 (2.736.129) (2.679.086)
Realização da reserva de reavaliação - (350) - 350 -
Ganho patrimonial com baixa de provisão de CSLL diferida sobre a reserva de reavaliação
(13) - - - 35 35
Ganho patrimonial com baixa de provisão de IRPJ diferido
(13) - 2.776 12.591 - 15.367
Realização dos ajustes de avaliação patrimonial
(17) - - (1.090) 1.090 -
Ganho patrimonial com baixa da provisão de CSLL diferida sobre ajustes de avaliação patrimonial
(13) - - - 107 107
Prejuízo do exercício (20) - - - (302.633) (302.633)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 7.446 18.783 44.741 (3.037.180) (2.966.210)
13.5 - DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (em milhares de reais)
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .8 0
Descrição Nota 2015 2014
RECEITAS 1.284.116 1.178.251
Prestação de serviços 195.030 187.010
Subvenção para custeio (14) 1.064.522 953.544
Outras receitas 31.321 43.466
Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa - PECLD (4) (6.757) (5.769)
INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (205.823) (206.823)
Custo dos serviços prestados (173.283) (177.428)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (14.349) (16.017)
Provisão para indenizações cíveis (18.191) (13.378)
VALOR ADICIONADO BRUTO 1.078.293 971.428
DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES (10) (17.723) (16.645)
VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE 1.060.570 954.783
VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 57.103 3.979
Receitas financeiras (11b) 57.103 3.979
VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 1.117.673 958.762
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 1.117.673 958.762
Pessoal 1.098.180 1.054.715
Remuneração direta 976.519 956.199
Benefícios 51.145 38.615
FGTS 70.516 59.901
Impostos, taxas e contribuições 134.956 221.587
Federais 130.467 217.285
Municipais 4.489 4.302
Remuneração de capitais de terceiros 187.170 140.771
Juros 179.205 132.836
Aluguéis 7.965 7.935
Remuneração de capitais próprios (302.633) (458.311)
Prejuízo do exercício (20) (302.633) (458.311)
13.6 - DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO (em milhares de reais)
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 8 1
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Nota 2015 2014
Prejuízo do exercício (20) (302.633) (458.311)
Ajustes por:
Depreciações e amortizações (10a) 17.723 16.645
Perdas estimadas com investimentos (9) 25 2.531
Reversão de perdas estimadas com investimentos - (1)
Lucro na venda de imobilizado (14) -
Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa - PECLD (4) 6.757 5.769
Renda com investimentos - (220)
Custo do imobilizado baixado 522 557
Realização das subvenções para custeio (14) (1.064.522) (953.544)
Realização das subvenções para investimentos (14) (12.307) (10.632)
Prejuízo do exercício ajustado (1.354.449) (1.397.206)
Variações nos ativos e passivos
(Aumento) em contas a receber (6.156) (16.348)
(Aumento) nos estoques (1.866) (2.611)
(Aumento) redução nos depósitos vinculados ou restituíveis (1.033) 9.577
Redução em outras contas a receber 1.903 6.332
Aumento (redução) aumento nos fornecedores 3.181 (6.433)
Aumento em impostos e contrib. com exigibilidade suspensa 272.061 368.429
Aumento nas provisões para indenizações cíveis e trabalhistas 36.555 65.746
Aumento em outras contas a pagar e provisões 6.475 23.721
Caixa líquido consumido nas atividades operacionais (1.043.329) (948.793)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Compras de investimentos - (630)
Compras de imobilizado (10a) (28.013) (27.469)
Recebimento por venda de imobilizado 62 -
Caixa líquido consumido nas atividades de investimentos (27.951) (28.099)
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
Recebimento de subvenções para custeio (14) 1.065.351 953.836
Recebimento de subvenções para investimentos (14) 20.983 18.059
Credores por financiamento (15) (2.342) 6.840
Caixa líquido gerado nas atividades de financiamentos 1.083.992 978.735
AUMENTO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 12.712 1.843
DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO 12.712 1.843
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 22.362 20.519
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 35.074 22.362
Composição do saldo do caixa e equivalentes de caixa 35.074 22.362
Disponibilidades em conta corrente 17.474 2.787
Disponibilidades em aplicações financeiras 17.600 19.575
13.7 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PELO MÉTODO INDIRETO (em milhares de reais)
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .8 2
13.8 NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ENCERRADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014 (em milhares de reais)
Juridicamente o Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. é uma sociedade de capital fechado e empresa estatal dependente controlada pela União Federal vinculada ao Ministério da Saúde através do artigo 146 do Decreto nº 99.244/90, sujeita à Lei das Sociedades Anônimas, nº 6.404/76 e à Lei nº 4.320/64, com suas respectivas alterações e à fiscalização pelo Tribunal de Contas da União. A sociedade que possui interesse e utilidade pública, tem o fim exclusivo de, no âmbito
do Sistema Único de Saúde – SUS, planejar, gerir, desenvolver e executar ações e serviços de saúde, inclusive com a manutenção de estabelecimentos hospitalares, bem como de ensino técnico e superior, e pesquisa científica e tecnológica na área de saúde, tudo de acordo com os princípios, normas e objetivos constitucionais e legais do Sistema Único de Saúde – SUS, consoante as determinações do Ministério da Saúde.
As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC com base: (i) nas disposições contidas na legislação societária (Lei nº 6.404/76 e alterações, incluindo a aplicação das Leis nº 11.638/07, nº 11.941/09 e nº 12.973/14); (ii) na opção, desde 2008 até 2014, pelo Regime Tributário de Transição – RTT; (iii) em 2010, na adoção das normas internacionais, que geraram ajustes de avaliação
patrimonial contabilizados no patrimônio líquido e (iv) em 2015, nos ajustes referentes à adoção inicial da Lei nº 12.973/14, reconhecidos em subcontas. As contas do ativo não circulante, investimentos, imobilizado, intangível e do patrimônio líquido encontram-se corrigidas até 31 de dezembro de 1995 conforme dispõe o artigo 4º da Lei nº 9.249/95. Em 22 de janeiro de 2016 a diretoria autorizou a conclusão da elaboração das demonstrações contábeis referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2015.
a) Receitas e despesas: As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência. As receitas de subvenções para custeio são reconhecidas no resultado do exercício quando utilizadas, conforme disposto no item 12 da NBC TG 07 (R1) - Subvenção e Assistência Governamentais, alterada e consolidada em 11 de dezembro de 2013, e aprovada pela Resolução CFC nº 1.305/10 de 25 de novembro de 2010.
b) Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa: Foi constituída de acordo com o artigo 9º da Lei nº 9.430/96, alterado pelo artigo 8º da Lei nº 13.097/15 e o artigo 24 da Instrução Normativa SRF nº 1.515/2014 (nota 4).
c) Estoques: São demonstrados ao custo médio de aquisição ou produção, que não excede o valor de mercado (nota 5).
d) Investimentos: Outros investimentos foram ajustados ao preço de mercado ou ao valor de realização estimada (nota 9).
e) Imobilizado: Está demonstrado ao custo de aquisição ou construção corrigido monetariamente conforme legislação vigente até 31 de dezembro de 1995 (custo histórico). Em 25 de agosto de 1997 os terrenos e edificações foram reavaliados por empresa especializada. Desde 2009, as depreciações foram calculadas com base no tempo de vida útil estimado para a utilização dos bens. As benfeitorias em imóveis de terceiros foram depreciadas em função da vigência indeterminada dos contratos e as edificações em imóveis de terceiros foram amortizadas pelo tempo de vigência do contrato. Em 2010 foi adotado o custo atribuído conforme Interpretação Técnica – ICPC 10, que gerou ajuste de avaliação patrimonial. Em 2015,
NOTA 1 - CONSTITUIÇÃO E ATIVIDADES OPERACIONAIS
NOTA 2 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
NOTA 3 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 8 3
NOTA 4 - PERDAS ESTIMADAS COM CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
2015 2014
Ativo Saldo inicial Perdas estimadas
Baixas ou transfer. Total Saldo inicial Perdas
estimadasBaixas
ou transfer. Total
Circulante - Contas a receber
Município de Porto Alegre (4.215) (2.341) - (6.556) - (4.215) - (4.215)
Órgãos públicos e outros entes – cessão de pessoal
(3.236) (2.823) 1.770 (4.289) (1.765) (1.535) 64 (3.236)
Outros (3) (14) 2 (15) (6) (3) 6 (3)
Subtotal (7.454) (5.178) 1.772 (10.860) (1.771) (5.753) 70 (7.454)
Outras contas a receber
Adiantamentos a empregados - (47) - (47) - - - -
Devolução e abatimento a fornecedores
(16) (344) - (360) - (16) - (16)
Subtotal (16) (391) - (407) - (16) - (16)
Não Circulante - Realizável a longo prazo
Órgãos públicos e outros entes – cessão de pessoal
(2.303) - (1.766) (4.069) (2.303) - - (2.303)
Créditos a receber de ações judiciais tributárias-ICMS
- (1.188) 1.188 - - - - -
Subtotal (2.303) (1.188) (578) (4.069) (2.303) - - (2.303)
Total (9.773) (6.757) 1.194 (15.336) (4.074) (5.769) 70 (9.773)
O saldo acumulado das contas é considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização de créditos. As baixas ocorridas na conta de órgãos públicos – cessão de pessoal, em 2015, refere-se, preponderantemente
(R$ 1.766), a transferências para o realizável a longo prazo, em função do prazo previsto de realização da ação judicial de cobrança.
com a adoção inicial da Lei nº 12.973/14, os ajustes foram reconhecidos em subcontas do imobilizado (nota 10).
f) Intangível: Está demonstrado ao custo de aquisição e, desde 2009, a amortização é calculada com base no tempo de vida útil estimado para a utilização dos bens (nota 10).
g) Impostos e contribuições com exigibilidade suspensa: São questionados em ações judiciais onde é solicitada a imunidade tributária (nota 11).
h) Tributos diferidos: Calculados sobre a reserva de
reavaliação de 1997 e sobre os ajustes de avaliação patrimonial de 2010 com registros de reversões, a partir de 2015, em função de obtenção de imunidade tributária em relação ao Imposto de Renda Pessoa Jurídica (nota 13).
i) Provisões para contribuição social e imposto de renda: Em 2014, a base de cálculo da provisão para contribuição social e do imposto de renda, foram negativas. A partir de 2015, com a imunidade tributária, não existe mais imposto de renda e a contribuição social teve base de cálculo negativa (nota 11).
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .8 4
Os estoques se compõem de materiais de consumo a serem utilizados ou consumidos no processo de prestação de serviços e estão demonstrados por local de armazenamento.
Contas 2015 2014
Almoxarifados 7.867 6.426
Farmácias 1.565 1.484
Sub-almoxarifados 1.327 983
Total 10.759 8.893
Contas/Descrição 2015 2014
Cíveis
Saldo anterior 666 3.346
Depósitos 3.235 532
Transferência por reclassificação (101) -
Rendimentos 184 10
Baixa por devolução ao reclamado (1) -
Baixa por pagamentos ao reclamante (189) (3.222)
Subtotal 3.794 666
Trabalhistas
Saldo anterior 30.715 37.612
Depósitos 76.242 83.979
Transferência por reclassificação 101 -
Rendimentos 2.044 1.293
Baixa por devolução ao reclamado (681) (1.245)
Baixa por pagamentos ao reclamante (79.801) (91.083)
Transferências do realizável a longo prazo - 159
Subtotal 28.620 30.715
Total 32.414 31.381
Contas 2015 2014
Depósitos judiciais cíveis 95 88
Depósitos judiciais trabalhistas 35.306 38.296
Órgãos públicos e outros entes – cessão de pessoal 4.069 2.303
Créditos a receber de ações judiciais tributárias 5.466 5.940
Repetição de indébito do ICMS 986 1.968
Créditos a receber de outras ações judiciais 63 63
Créditos e valores (convênios) 16 26
Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa (4.069) (2.303)
Total 41.932 46.381
NOTA 7 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO
NOTA 6 - DEPÓSITOS VINCULADOS OU RESTITUÍVEIS
A preponderância deste saldo refere-se a depósitos judiciais vinculados às ações com trânsito em julgado registradas no passivo circulante em obrigações trabalhistas e outras contas a pagar no montante de R$ 31.467, em 2015 (R$ 31.058, em 2014).
NOTA 5 - ESTOQUES
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 8 5
Os valores referentes à ação de Repetição de Indébito, em razão do processo de imunidade tributária dos impostos federais (IRPJ, IRRF, IOF, IPI e Imposto de Importação), estimados em R$ 14.599, considerados
de realização provável, não foram contabilizados conforme o item 89 da Resolução do CFC nº 1.180/09, de 24/07/2009, que aprovou a NBC TG 25 (R1) – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.
Contas 2015 2014
Participação em fundos de investimentos 2.160 2.160
Participação em outras empresas 89 89
Outros investimentos - Associação dos Hospitais de Porto Alegre – AHPA 6.878 6.878
Perdas estimadas com investimentos (4.126) (4.101)
Total 5.001 5.026
A participação em fundos de investimentos são aplicações no Fundo de Investimento do Nordeste - FINOR e Fundo de Investimento da Amazônia – FINAM, para estes investimentos e para as participações em outras empresas em 2015 foi constituída provisão para perdas de R$ 22, enquanto que em 2014 foi feita uma reversão de parte da provisão contituída no ano anterior de R$ 1, a fim de adequá-los ao preço de mercado. Quanto à participação na Associação dos Hospitais de Porto Alegre – AHPA, trata-se de uma associação com característica efetiva de participação societária, porém, sem previsão de remuneração
monetária direta, exceto no caso de eventual retirada do Hospital de tal Associação (retorno do investimento acrescido da variação do IGPM-FGV, conforme previsto no estatuto social da Associação). Tal participação gera um ganho monetário indireto pelo serviço de lavanderia prestado com preço favorecido restrito ao preço de custo acrescido de pequena margem de ganho para fins de capital de giro da Associação. Em 2015 houve o registro de perdas estimadas no valor de R$ 3, total de 25 (R$ 2.531 em 2014), ambas apuradas com base no balancete de novembro de cada exercício.
NOTA 9 - INVESTIMENTOS
NOTA 8 - ATIVOS CONTINGENTES
Os depósitos judiciais cíveis são para garantia de pagamento de processos em andamento sem prazo estimado para realização e estão sendo corrigidos pelo índice de correção da poupança. Os depósitos trabalhistas são para recursos ordinários e revista, e estão depositados na Caixa Econômica Federal – CEF. A atualização é feita pelo mesmo coeficiente de remuneração das contas vinculadas utilizado por aquela instituição financeira. São liberados pela justiça por alvará para pagamento de dívidas trabalhistas aos reclamantes como também podem retornar para o hospital. Os créditos a receber de ações judiciais
tributárias se referem a ações de repetição de indébito da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS. A repetição de indébito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS no valor de R$ 986 (R$ 1.968 em 2014) está vinculado ao processo de imunidade tributária que transitou em julgado em 04 de novembro de 2013, referido na nota 11. Em 2015 parte do seu valor foi baixado devido alteração nos índices de atualização. As perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa, foram consideradas suficientes e estão demonstradas na nota 4.
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .8 6
NOTA 10 - IMOBILIZADO E INTANGÍVEL
2014 2015
Contas Custo Adições Baixas Transf. Custo
Imobilizado
Terrenos 39.373 - - 9.017 48.390
Edificações 102.454 812 (223) 17.237 120.280
Edificações em imóv. de terceiros 228 - - - 228
Benfeitorias em imóv. de terceiros 2.522 - - - 2.522
Instalações 27.846 1.177 (19) 11.255 40.259
Instalações em imóv. de terceiros 9 - - - 9
Máquinas e equip. hospitalares 121.662 11.925 (3.877) 86 129.796
Outras máquinas e equipamentos 6.182 477 (122) 6 6.543
Móveis e utensílios 13.454 354 (399) 3.802 17.211
Veículos 1.288 - (43) - 1.245
Equipamentos de proc. de dados 13.305 1.893 (166) 1.357 16.389
Construções em andamento 33.855 5.479 - (37.589) 1.745
Construções em imóveis de terceiros - 485 - - 485
Outras imobilizações em andamento 7.044 5.411 - (5.171) 7.284
Subtotal 369.222 28.013 (4.849) - 392.386
Depreciação e amort. acumulada
Edificações (24.749) (2.667) 73 - (27.343)
Edificações em imóv. de terceiros (205) (23) - - (228)
Benfeitorias em imóv. de terceiros (515) (40) - - (555)
Instalações (12.187) (1.063) 19 - (13.231)
Instalações em imóv. de terceiros (9) - - - (9)
Máquinas e equip. hospitalares (65.900) (11.010) 3.583 - (73.327)
Outras máquinas e equipamentos (3.182) (427) 92 - (3.517)
Móveis e utensílios (6.767) (1.163) 305 - (7.625)
Veículos (934) (80) 43 - (971)
Equipamentos de proc. de dados (11.383) (1.250) 164 - (12.469)
Subtotal (125.831) (17.723) 4.279 - (139.275)
Total 243.391 10.290 (570) - 253.111
a) Composição do saldo e movimentação do custo do imobilizado
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 8 7
2014 2015
Contas Custo Adições Baixas Transf. Custo
Intangível
Software 955 - - - 955
Potencial construtivo 892 - - - 892
Subtotal 1.847 - - - 1.847
Amortização acumulada
Software (955) - - - (955)
Total 892 - - - 892
b) Composição do saldo e movimentação do custo do intangível
a.1) Taxas anuais de depreciação e amortização
Contas 2015 2014
Imobilizado
Edificações 1,67 a 5,97 % 1,67 a 5,97 %
Edificações em imóveis de terceiros 39,18 % 39,18 %
Benfeitorias em imóveis de terceiros 0,53 a 2,00 % 0,53 a 2,00 %
Instalações 1,72 a 20,00 % 1,72 a 20,00 %
Máquinas e equipamentos hospitalares 4,00 a 33,33 % 4,00 a 33,33 %
Outras máquinas e equipamentos 4,00 a 33,33 % 4,00 a 33,33 %
Móveis e utensílios 4,00 a 33,33 % 4,00 a 33,33 %
Veículos 3,26 a 20,00 % 3,26 a 20,00 %
Equipamentos de processamento de dados 8,33 a 33,33 % 8,33 a 33,33 %
b.1) Taxas anuais de amortização
Contas 2015 2014
Intangível
Software 33,33 % 33,33 %
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .8 8
Em 25 de agosto de 1997, os terrenos e edificações foram reavaliados por empresa especializada. A mais valia foi acrescida nas contas respectivas do imobilizado, tendo como contrapartida uma conta de reserva de reavaliação no patrimônio líquido, mantida com base na Lei nº 11.638/07. A partir de janeiro de 2009, as depreciações são calculadas pelo método linear sobre o custo, com base em taxas determinadas em função do prazo de vida útil estimado dos bens suportado por laudo técnico elaborado por empresa especializada. As benfeitorias em imóveis de terceiros estão suportadas por contratos de cessão de uso do imóvel, com prazo de vigência indeterminado, razão pela qual foram depreciadas de acordo com o prazo de vida útil estimado para os bens. A amortização de edificações em imóveis de terceiros, registrada no imobilizado, foi calculada conforme contrato vigente até 22 de setembro de 2015 e no intangível com base no
tempo de vida útil estimado para utilização dos bens. Em 2010, conforme Interpretação Técnica – ICPC 10, foi feita uma análise dos bens com valores relevantes que ainda estavam em operação e que apresentavam valor contábil diferente do seu valor justo, sendo-lhes atribuído novo valor, conforme laudo de avaliação. Tais valores foram reconhecidos no imobilizado e no patrimônio líquido na conta de ajustes de avaliação patrimonial (nota17). Do total do imobilizado, em 2015, excluído os terrenos, 91% (81% em 2014) dos bens estão segurados contra incêndio, danos elétricos, explosões, fenômenos da natureza, roubos ou furto. No final do exercício de 2015, bens no valor de R$ 17.441 (R$ 108.766 em 2014), estão penhorados como garantia no pagamento de indenizações judiciais. A redução significativa do montante se dá em função da gradativa mudança de garantia de penhora por precatórios pleiteados pelo Hospital.
NOTA 11 - IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES COM EXIGIBILIDADE SUSPENSA
a) Composição do saldo
2015 2014
Passivo circulante Principal Encargos Baixas Total Principal Encargos Total
Impostos
IOF 95 72 (167) - 95 70 165
IRPJ 118.641 54.060 (172.701) - 116.921 49.260 166.181
ISSQN 16.934 4.701 - 21.635 13.026 2.861 15.887
IPTU 2.167 595 - 2.762 1.648 364 2.012
Subtotal 137.837 59.428 (172.868) 24.397 131.690 52.555 184.245
Contribuições
INSS – Patronal e terceiros 1.483.665 519.858 - 2.003.523 1.225.929 357.468 1.583.397
INSS – Notificações fiscais 3.055 648 - 3.703 3.055 582 3.637
INSS – Parcelamento 4.392 6.158 - 10.550 4.392 5.886 10.278
COFINS 36.852 18.823 - 55.675 36.001 14.352 50.353
PIS/PASEP 7.978 4.086 - 12.064 7.816 3.116 10.932
CSLL 40.443 21.912 - 62.355 40.443 16.921 57.364
Subtotal 1.576.385 571.485 - 2.147.870 1.317.636 398.325 1.715.961
Total 1.714.222 630.913 (172.868) 2.172.267 1.449.326 450.880 1.900.206
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 8 9
Desde o ano de 2006, o Hospital demanda na justiça em busca do reconhecimento da imunidade tributária recíproca ao pagamento de impostos federais, estaduais e municipais, e o reconhecimento da imunidade em relação à incidência das contribuições previdenciárias federais, obtendo, até o presente momento, decisões judiciais suspendendo a exigibilidade dos tributos e contribuições em discussão. Em decorrência das ações judiciais propostas, o Supremo Tribunal Federal, em decisão tomada pela sistemática da repercussão geral nos autos do Recurso Extraordinário nº 580.264/RS, no qual se discutia o direito à imunidade aos impostos estaduais, reconheceu o direito à imunidade tributária recíproca para os hospitais, em decisão transitada em julgado dia 04 de novembro de 2013. Por força da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e a Receita Federal do Brasil reconheceram como indevida
a cobrança de impostos federais anteriormente lançados contra o Hospital (IRPJ e IOF), totalizando R$ 172.868, valores esses baixados no exercício de 2015. Em relação às contribuições sociais, como não são alcançáveis pela repercussão geral, os processos em que se busca o reconhecimento da imunidade continuam em tramitação. Quanto às notificações fiscais do INSS, embora contestadas através de recursos administrativos ou judiciais, estão com os pagamentos suspensos. Os impostos e contribuições contabilizados antes do efeito suspensivo estão acrescidos de multa e juros, com base na taxa SELIC, aqueles apropriados após, apenas de juros. O valor de INSS-Parcelamento teve suspenso o pagamento quando restavam 59 parcelas a serem pagas, estando estas acrescidas apenas de juros à taxa de 1% ao mês, por ser constituído em UFIR.
Na demonstração do resultado está registrada a contrapartida dos impostos com exigibilidade suspensa registrados no passivo circulante, sendo que, na rubrica impostos sobre os serviços prestados está registrado o ISSQN e parte do PIS/PASEP e da COFINS, a outra parte está nas despesas gerais e administrativas. Da mesma forma, no custo dos serviços prestados e nas despesas gerais e administrativas, estão registradas as
contribuições previdenciárias; nas despesas financeiras estão os juros de todos os tributos suspensos; nas receitas financeiras, a baixa dos juros do IRPJ e do IOF; na reversão de provisões, estão registradas as multas e os encargos legais do IRPJ baixados; em outras receitas operacionais foi baixado o valor original do IOF e na reversão da provisão para IRPJ está registrada a baixa do valor principal do IRPJ.
b) Reflexos no resultado do exercício
2015 2014
Demonstração do resultado
Com exigibilidade
suspensa
Outros custos e
despesasTotal
Com exigibilidade
suspensa
Outros custos e
despesasTotal
Impostos sobre serviços prestados (3.931) - (3.931) (3.780) - (3.780)
Custo dos serviços prestados (226.070) (1.086.847) (1.312.917) (199.658) (979.544) (1.179.202)
Despesas gerais e administrativas (21.486) (105.238) (126.724) (18.762) (93.285) (112.047)
Despesas financeiras (178.696) (509) (179.205) (132.315) (521) (132.836)
Receitas financeiras 51.027 6.076 57.103 - 3.979 3.979
Reversão de provisões 2.514 14.627 17.141 - 29.490 29.490
Outras receitas operacionais 95 13.489 13.584 - 10.887 10.887
Reversão da provisão para IRPJ 115.981 - 115.981 - - -
Total (260.566) (1.158.402) (1.418.968) (354.515) (1.028.994) (1.383.509)
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .9 0
NOTA 12 - PROVISÃO PARA INDENIZAÇÕES CÍVEIS E TRABALHISTAS
Passivo
2015 2014
Classificação de risco Circulante Não circulante Valor Total Quant.
de proc. Circulante Não circulante Valor Total Quant.
de proc.
Processos cíveis
Praticamente certo 3.623 - 3.623 9 1.869 - 1.869 8
Provável - 11.015 11.015 49 - 8.656 8.656 52
Provável - imunidade - 61.938 61.938 4 - 54.212 54.212 4
Subtotal 3.623 72.953 76.576 62 1.869 62.868 64.737 64
Processos trabalhistas
Praticamente certo 468.733 - 468.733 1.306 476.095 - 476.095 1.342
Provável - 349.492 349.492 1.655 - 317.414 317.414 1.612
Subtotal 468.733 349.492 818.225 2.961 476.095 317.414 793.509 2.954
Total 472.356 422.445 894.801 3.023 477.964 380.282 858.246 3.018
Para os processos trabalhistas ingressos na Justiça a partir de novembro de 2012, a provisão está sendo calculada por contadores. Para os demais processos, a provisão foi estimada por advogados, com base na média dos valores apurados em outros processos já decididos com pedidos similares. Ambos os profissionais são subordinados à Assessoria Jurídica do Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A.. Para os processos cíveis, a provisão é feita com base no valor inicial do ação. No decorrer do processo, os valores estimados e/ou calculados são constantemente revisados, tendo como base o andamento dos mesmos. Os processos trabalhistas passaram a ser corrigidos pelo IPCA, a partir do mês de setembro de 2015, sendo que anteriormente eram corrigidos mensalmente pelo Fator de Atualização dos Débitos Trabalhistas – FADT acrescido de juros de 1% ao mês, e os cíveis pela variação do Índice Geral de Preços do Mercado - IGPM mais 1% ao mês. Os processos trabalhistas
referem-se, basicamente, às ações movidas por empregados ativos, ex-empregados e empregados de empresas terceirizadas, sendo que muitas ações são plúrimas. Os processos cíveis, na grande maioria dos casos, são movidos por pacientes e têm como objeto principal o dano moral, indenização por erro médico e pensionamento vitalício. Durante o ano de 2011, foi constituída provisão cível para pagamento de honorários aos advogados contratados para propor ação de imunidade tributária. Esta provisão está sendo atualizada mensalmente conforme cláusula contratual, e está contabilizada no passivo não circulante com classificação de risco provável, destacada no quadro acima com a expressão imunidade. Além da quantidade de processos já citados existem também os processos classificados com grau de risco possível, que não precisam ser contabilizados, conforme Resolução do Conselho Federal de Contabilidade nº 1.180/09 que aprovou a NBC TG 25, em 24 de julho de 2009.
2015 2014
Classificação de risco possível ValorQuant. de
processosValor
Quant. de
processos
Processos cíveis 63.327 481 44.914 398
Processos trabalhistas 197.797 1.496 136.844 1.197
Total 261.124 1.977 181.758 1.595
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 9 1
NOTA 13 – TRIBUTOS DIFERIDOS
NOTA 14 - SUBVENÇÕES E ASSISTÊNCIAS GOVERNAMENTAIS
Referem-se às provisões para imposto de renda e contribuição social de longo prazo calculadas sobre a reserva de reavaliação, constituída em 1997, e sobre os ajustes de avaliação patrimonial, registrados em 2010, ambas contabilizadas a débito do patrimônio líquido e a crédito do passivo não circulante. Em 2014 e 2015,
como não houve provisão para contribuição social, o valor realizado foi transferido para a conta de prejuízos acumulados. A partir de 2015, passamos a ser imunes ao IRPJ e o valor contabilizado em exercícios anteriores, no montante de R$ 15.367, foi baixado contra o passivo não circulante.
2015 2014
Passivo não circulante
Saldo no início do exercício
Valor realizado no
exercício
Valor baixado no exercício
Saldo no final do
exercício
Saldo no início do exercício
Valor realizado no
exercício
Saldo no final do
exercício
Reserva de reavaliação
CSLL (999) 35 - (964) (1.034) 35 (999)
IRPJ (2.776) - 2.776 - (2.872) 96 (2.776)
Subtotal (3.775) 35 2.776 (964) (3.906) 131 (3.775)
Ajustes de avaliação patrimonial
CSLL (4.532) 107 - (4.425) (4.639) 107 (4.532)
IRPJ (12.591) - 12.591 - (12.889) 298 (12.591)
Subtotal (17.123) 107 12.591 (4.425) (17.528) 405 (17.123)
Total (20.898) 142 15.367 (5.389) (21.434) 536 (20.898)
Passivo
2015 2014
Contas/Descrição Circulante Não circulante Circulante Não circulante
Subvenção para custeio
Saldo no início do exercício 292 - - -
Valor recebido no exercício 1.065.351 - 953.836 -
Valor registrado na receita (1.064.522) - (953.544) -
Saldo no final do exercício 1.121 - 292 -
Subvenção para investimento
Saldo no início do exercício 9.983 109.140 10.315 101.381
Valor recebido ou apropriado no exercício - 20.983 - 18.059
Transferências do longo para o curto prazo 15.064 (15.064) 10.300 (10.300)
Realização no exercício (12.307) - (10.632) -
Saldo no final do exercício 12.740 115.059 9.983 109.140
Total 13.861 115.059 10.275 109.140
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .9 2
O financiamento refere-se à compra de imobilizado financiado pelo próprio vendedor que é o Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A.. O imóvel adquirido no final de 2013 por R$ 12.700, e entregue somente em 2014, está localizado praticamente em frente à sede da matriz do Hospital, onde será implantada a Central de Logística do Grupo Hospitalar Conceição. O valor da compra foi dividido em cinco parcelas das quais três já foram pagas totalizando R$ 8.500, mais atualização monetária de R$ 598, calculados sobre o saldo devedor com base no IGP-M (se positivo). O saldo
remanescente será pago em duas parcelas, uma em cada ano, com vencimento em 30 de abril, de 2016 e 2017, acrescidas de reajuste. No passivo circulante está registrada a quarta parcela acrescida dos juros sobre o saldo devedor, totalizando, em 2015, R$ 3.298, (R$ 2.640 em 2014, referente à terceira parcela). No passivo não circulante está registrada a quinta parcela, em 2015, de R$ 1.200 (R$ 4.200 em 2014, referente a quarta e a quinta parcela). O total registrado no passivo em 2015 é de R$ 4.498 (R$ 6.840 em 2014), com uma variação de R$ 2.342.
Em 31 de dezembro, de 2015 e de 2014, o capital social de R$ 7.446, subscrito e integralizado, é composto por ações sem valor nominal. Às ações do capital social está prevista a distribuição de um dividendo mínimo obrigatório anual correspondente a 25% do lucro líquido ajustado, assegurando sempre aos acionistas com ações preferenciais, prioridade no recebimento de dividendos de 10% ao ano, maiores do que os atribuídos às ações ordinárias, o que não se verifica em função da
apuração de prejuízos que se acumulam ao longo dos anos. As ações do acionista minoritário foram cedidas a título precário pelo próprio Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A. em função do artigo 206, inciso I, letra “d”, da Lei nº 6.404/76, para o Diretor-Superintendente, enquanto no exercício do cargo, Sandra Maria Sales Fagundes em 2015 (Carlos Eduardo Nery Paes em 2014).
NOTA 15 – EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS
NOTA 16 - CAPITAL SOCIAL
Quantidade de ações Participação sobre o capital
totalAcionistas Ordinárias Preferenciais Total
União Federal 108.511.622 4.530.000 113.041.622 99,999995 %
Sandra Maria Sales Fagundes 6 - 6 0,000005 %
Total 108.511.628 4.530.000 113.041.628 100,00 %
A Lei nº 11.638/07, com vigência a partir de janeiro de 2008, revogou a letra “d” do § 1º do artigo 182 da Lei nº 6.404/76, que permitia registrar no patrimônio líquido as doações e subvenções para investimentos. Em cumprimento à referida legislação e também à Resolução nº 1.143/08, revogada e substituída pela 1.305/10, as subvenções recebidas do Ministério da Saúde são classificadas como: (i) subvenções para investimentos, contabilizadas no passivo e transferidas
para o resultado do exercício, em conta retificadora da despesa de depreciação, na mesma proporção daquela despesa referente aos bens adquiridos com esses recursos, e (ii) subvenções para custeio, reconhecidas no resultado do exercício, como receita, quando utilizadas. Esta serve para custear despesa com pessoal, tais como folha de pagamento com encargos, indenizações trabalhistas e parte da despesa com manutenção.
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 9 3
Nas remunerações são computados os benefícios e vantagens.
De acordo com as normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade destacadas nos itens 21 e 22 da Interpretação Técnica ICPC 10, em 2010 foi apurado o custo atribuído (deemed cost) de bens móveis e imóveis para determinar o valor justo dos bens mais relevantes: terrenos, prédios, instalações, microcomputadores, veículos e outros bens. Os valores dos ajustes estão registrados no ativo não circulante, no grupo de contas do imobilizado e a contrapartida, no patrimônio líquido, na conta de ajustes de avaliação patrimonial. Foram constituídas provisões para contribuição social e imposto de renda diferidos contabilizadas no passivo não circulante e em subconta redutora da conta de ajustes de avaliação patrimonial no patrimônio líquido. A conta de ajustes de avaliação patrimonial é realizada na
mesma proporção da depreciação dos bens ajustados, quando o valor de realização é transferido para a conta de prejuízos acumulados, assim como os tributos incidentes sobre tais realizações. O não pagamento de impostos diferidos, imposto de renda e contribuição social, em função de base de cálculo negativa geraram ganhos patrimoniais contabilizados diretamente a crédito da conta de prejuízos acumulados, no montante de R$ 107 em 2015 (R$ 405 em 2014).
A imunidade tributária do IRPJ obtida em 2015 ocasionou a baixa da provisão do IRPJ diferido registrada originalmente no passivo não circulante e na conta de ajuste de avaliação patrimonial, no patrimônio líquido, no valor de R$ 12.591.
NOTA 17 - AJUSTES DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL
NOTA 18 - REMUNERAÇÕES PAGAS A EMPREGADOS E ADMINISTRADORES (em reais)
2015 2014
Contas
Saldo no início do exercício
Valor realizado
no exercício
Valor baixado no exercício
Saldo no final do
exercício
Saldo no início do exercício
Valor realizado
no exercício
Saldo no final do
exercício
Em bens próprios
Terrenos 26.995 - - 26.995 26.995 - 26.995
Edificações 22.774 (1.070) - 21.704 23.714 (940) 22.774
Instalações 376 (75) - 301 568 (192) 376
Máquinas e equip. hospitalares 218 (52) - 166 270 (52) 218
Veículos - - - - 8 (8) -
Subtotal 50.363 (1.197) - 49.166 51.555 (1.192) 50.363
Provisão para CSLL e IRPJ (17.123) 107 12.591 (4.425) (17.528) 405 (17.123)
Total 33.240 (1.090) 12.591 44.741 34.027 (787) 33.240
2015 2014
Tipo Remuneração diretores
Remuneração empregados
Salário-base empregados
Remuneração diretores
Remuneração empregados
Salário-base empregados
Maior 29.083 33.763 15.892 27.699 29.462 14.443
Menor 21.812 1.439 1.124 20.774 1.432 1.143
Média 22.418 6.788 3.416 21.351 6.478 3.246
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .9 4
Sandra Maria Sales FagundesDiretora-SuperintendenteCPF nº 381.766.700-06
Gilberto BarichelloDiretor Administrativo e FinanceiroCPF nº 521.012.829-68
José Accioly Jobim FossariDiretor TécnicoCPF nº 209.998.440-91
Rozinha Topanotti TrentinAv. Francisco Trein, nº 596Porto Alegre/RS - Fone: 51 – 3255-1614Cont.CRC/RS 41.119-CPF nº 257.247.890-00
Para garantir a viabilidade econômica do Hospital se faz necessária à manutenção permanente e equilibrada das subvenções para custeio e investimentos (nota 14) repassados pelo Ministério da Saúde, sem as
quais não há condições de manter o atendimento hospitalar 100% gratuito aos usuários do Sistema Único de Saúde - SUS
NOTA 21 - CONTINUIDADE OPERACIONAL
Em virtude da ação de imunidade tributária ter ocasionado a suspensão dos pagamentos das contribuições previdenciárias, da cota patronal e de terceiros, os valores correspondentes não foram repassados pelo Governo Federal. Como consequência, os respectivos valores não estão registrados na receita de subvenção para custeio, porém as despesas referentes a essas contribuições, acrescidas de juros, no montante de R$ 375.379 (R$ 327.561 em 2014) estão apropriadas na despesa, contribuindo
substancialmente para a formação do prejuízo apurado no exercício, no montante de R$ 302.633 (R$ 458.311 em 2014). Contribuíram também de maneira significativa as provisões para férias (menos os adiantamentos) e indenizações trabalhistas no montante de R$ 127.456 (R$ 203.187 em 2014) registradas na despesa sem contrapartida na receita de subvenção para custeio de pessoal, que é recebida e contabilizada somente no mês do pagamento dessas despesas. O impacto total no prejuízo é de R$ 502.835 (R$ 530.748 em 2014).
NOTA 20 - PREJUÍZO DO EXERCÍCIO
Foi implantado em 01 de agosto de 1998 o Plano de Contribuições Definidas - Fundo Gerador de Benefícios, um plano atuarial de previdência privada aos empregados, administrado pela empresa Bradesco Vida e Previdência S.A.. Participaram do plano 23 empregados em 2015 e 25 em 2014. O plano atuarial foi calculado segundo os parâmetros determinados pela Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1997 revogada pela Lei Complementar nº 109, de 29 de maio de 2001. A contribuição do Hospital é fixa em 8% sobre a
remuneração dos participantes. O plano de benefícios foi concebido sob o critério técnico de renda mensal vitalícia, ou de renda mensal vitalícia reversível em 50% ao cônjuge, equivalente a 40% da remuneração bruta do participante na data da implantação do plano. A taxa de administração é de 2,8 % sobre o valor total das contribuições pagas pela instituidora e participantes. No exercício de 2015, as contribuições do Hospital foram de R$ 570 (R$ 561 em 2014).
NOTA 19 - PLANO DE SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 9 5
14 CONSELHOS
H O S P I T A L N O S S A S E N H O R A D A C O N C E I Ç Ã O S . A .9 6
Parecer do Conselho de Administração
O Conselho de Administração do Hospital Nossa Senhora da Conceição S.A., no uso
de suas atribuições legais e estatutárias, após análise do RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO, e
das DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de
2015, DECIDE, por maioria de votos, recomendar, à Assembleia Geral de Acionistas, a aprovação
das Contas do exercício de 2015, do HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO S.A. –
CNPJ nº 92.787.118/0001-20, por estarem formalmente adequadas.
Porto Alegre, 11 de março de 2016
Jones Alexandre Martins Conselheiro de Administração
Alberto Beltrame Substituto legal do Presidente Conselho Administração
Hêider Aurélio Pinto Conselheiro de Administração
Sandra Maria Sales Fagundes Conselheira de Administração
R E L A T Ó R I O D A A D M I N I S T R A Ç Ã O 2 0 1 5 9 7
Parecer do Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal do HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO S.A., no uso de
suas atribuições legais e estatutárias, procedeu o exame do RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
e das DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro
de 2015, à vista do Relatório dos Auditores Independentes sobre as referidas Demonstrações,
elaborado pela empresa Exacto Auditoria S/S - Auditores Independentes, datado de 29 de
janeiro de 2016, sem ressalvas, de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil.
O Conselho Fiscal, por unanimidade de votos, é de opinião que os referidos documentos
societários refletem a situação patrimonial, financeira e de gestão do Hospital Nossa Senhora
da Conceição S.A.
Registre-se, outrossim, que este Colegiado, por unanimidade, é favorável à destinação
do Resultado do Exercício de 2015 para a conta de Prejuízos Acumulados no Patrimônio Líquido.
Porto Alegre, 11 de março de 2016.
Maurício Cardoso Oliva Conselheiro Fiscal
Arionaldo Bomfim Rosendo Conselheiro Fiscal
Jarbas Barbosa da Silva Júnior Conselheiro Fiscal
Presidenta da República Dilma Rousseff
Ministro da Saúde Marcelo Castro
GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO
Conselho de Administração Alberto Beltrame Hêider Aurélio Pinto Jones Alexandre Martins Roberta Carolina Caldas Terra Rios Bosco Soares Sandra Maria Sales Fagundes Valmor Almeida Guedes
Conselho Fiscal Arionaldo Bomfim Rosendo Jarbas Barbosa da Silva Júnior Maurício Cardoso Oliva
DIRETORIA
Diretora-Superintendente Sandra Maria Sales Fagundes
Diretor Administrativo e Financeiro Gilberto Barichello
Diretor Técnico José Accioly Jobim Fossari
Gerentes Hospital Conceição Administração - Yuri Santanna Pacientes Externos - João Albino Potrich Serviços de Diagnóstico e Tratamento - Artur Antônio Münch Unidades de Internação - Fernando Anschau
Gerentes Hospital Cristo Redentor Administração - Alvarim de Souza Severo Unidades de Internação - Walter Henrique Broock Neto
Gerentes Hospital Fêmina Administração - Marinéia Roldão da Rocha Unidades de Internação - Paulo Ricardo Bobek
Gerentes Hospital da Criança Conceição Administração - Aldacir José Oliboni Unidades de Internação - Luiz Roberto Braum Filho
Gerente Saúde Comunitária e Unidades de Saúde Mental Néio Lúcio Fraga Pereira
Gerente da Unidade de Pronto Atendimento Moacyr Scliar Fernanda Zanoto Kraemer
Gerentes da Holding Assessoria Jurídica - Angelita da Rosa Auditoria Interna - Volnei Borba Gomes Comissão de Licitação - Rosana Leivas Controladoria - Rozelaine Eduardo Ziegelmann Engenharia e Patrimônio - Ignez D’Ávila Ensino e Pesquisa - Quelen Tanize Alves da Silva Financeiro - Leandro Pires Barcellos Informática - Marco Antônio Fisch Materiais - Neury João Moretto Recursos Humanos - Rogério Diogo Santos Unidades de Apoio - Márcio Mariath Belloc
Ouvidoria Geral - Marilice Nogueira Gonçalves
Assessoria de Comunicação Social – Michelle Martinez Magalhães
Conselho Gestor Hospital Conceição - Maria Angélica Mello Machado Hospital da Criança Conceição - Sandra Regina da Silva Hospital Cristo Redentor - Paulo Roberto Padilha da Cruz Hospital Fêmina - Neusa Selma Liryo Heinzelmann
Coordenação
Gerência de Controladoria Cândido Berté Carlos Eduardo Nery Paes Daniela Oliveira da Silva Iolanda Vargas Lilian Souza Strohmeier Patrícia de Carvalho Foragi Rafael Correa Rodrigues Rosângela da Silva Eduardo Rozelaine Eduardo Ziegelmann Rozinha Topanotti Trentin
Apoio Alex Borba dos Santos Carmen Silveira de Oliveira Karol Veiga Cabral Márcio Mariath Belloc Maria da Glória Accioly Sirena Thiago Cunha dos Santos
Projeto Gráfico e Impressão Luciano Aliatti Maciel - ME