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Relatório e Contas 2014 - · PDF fileO ano de 2014, terceiro ... DIREÇÃO DE PRODUÇÃO ... estratégias, procedimentos e práticas comuns a toda a organização

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Relatório e Contas 2014

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RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S. A.Relatório e Contas 2014

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Índice

07 Mensagem do Presidente

11 A Empresa

17 Principais Acontecimentos

A - Relatório de Gestão21 Introdução

21 Enquadramento Macroeconómico

22 Enquadramento do Setor

24 Regulação

27 Análise Económica e Financeira

32 Atividade Operacional

41 Objetivos de gestão

42 Cumprimento das obrigações legais

42 Perspetivas para o futuro

42 Fatos relevantes após o termo do exercício

42 Sucursais da sociedade

42 Considerações �nais

43 Proposta de aplicação de resultados

43 Anexo ao relatório

43 Relatório dos administradores não executivos

B - Contas do Exercício49 Contas Individuais

88 Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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Mensagem do Presidente

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O ano de 2014, terceiro e último ano do mandato do atual Conselho de Administração, foi um ano de transição para o Setor dos resíduos em Portugal em que ocorreram significativas alterações de enquadramento legislativo, regulatório e estratégico que constituirão enormes desafios para os próximos anos.

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Se há 3 anos eramos ainda um conjunto de entidades com culturas e práticas distintas, no ano em que completámos 5 anos de idade podemos orgulharmo-nos da Resinorte ser já detentora de cultura e identidade própria, que contamos continuar a reforçar no futuro.

Num mandato especialmente marcado pelas di�culdades económico-�nanceiras do país, foi necessário implementar na Resinorte duras medidas de reestruturação e reorganização com vista à otimização dos recursos e contenção dos gastos.

Após vários anos de sacrifícios, 2014 revelou-se um ano de viragem, voltando a veri�car-se um aumento dos quantitativos tratados na Resinorte, com o correspondente aumento de receitas, assim como uma redução sustentada das taxas de juros, aliviando a empresa dos encargos da dívida bancária, que, apesar da dívida líquida ter reduzido cerca de 5M€, se mantém ainda em montantes bastante elevados.

Assinalável é também a redução da dívida de clientes municípios em cerca de 3,3 M€, sinal do esforço dos municípios em cumprir com as suas responsabilidades para com a Resinorte, que não só saúdo como agradeço. Apesar de a dívida vencida dos municípios se manter ainda acima dos 9M€, esta concentra-

se num número muito reduzido de municípios e na sua quase totalidade está coberta por acordos de pagamento.

Muito ainda está por fazer, mas estou convicto, agora que praticamente anulámos os 4 M€ de remuneração acionista em atraso a 31 de dezembro de 2011, de que estão criadas as condições para nos concentrarmos apenas no futuro e implementarmos os projetos que nos permitirão cumprir as exigentes metas ambientais que o novo PERSU2020 determinou para a Resinorte.

Finalmente, e como principal balanço destes 3 anos, quero deixar público o forte orgulho no empenho e sacrifício dos colaboradores da Resinorte que, enfrentando todas as di�culdades, têm vindo a construir a Resinorte do futuro.

Aos municípios e à EGF deixo o meu obrigado pelo apoio e pela forma construtiva, mesmo nos momentos de crítica, com que nos acompanharam ao longo destes 3 anos.

Finalmente, à população que servimos deixo a garantia que poderão continuar a contar com o empenho da Resinorte na busca contínua de vos servir da forma mais e�caz e e�ciente que as nossas forças nos permitam.

Mensagem do Presidente

Tomás Joaquim de Oliveira SerraPresidente do Conselho de Administração

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A Empresa

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A Empresa

A RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. é a sociedade concessionária do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, que integra como utilizadores 35 municípios: Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guimarães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Vizela.

A estrutura orgânica e funcional da empresa é a que se representa na �g.1.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

COMISSÃO EXECUTIVA

SECRETARIADO DA ADMINISTRAÇÃO

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO

INFRAESTRUTURA / OPERAÇÃO SERVIÇOS PARTILHADOS

APOIOTÉCNICODEPARTAMENTO DE

GESTÃO DE EQUIPAMENTO E MANUTENÇÃO

UNIDADE DE PRODUÇÃO DE BOTICAS

UNIDADE DE PRODUÇÃO DE CELORICO DE BASTO

GABINETE DE RECURSOS HUMANOS

UNIDADE DE PRODUÇÃO DE RIBA D’AVE

GABINETE DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

UNIDADE DE PRODUÇÃO DE LAMEGO

GABINETE DE APROVISIONAMENTO

GABINETE DE RESPONSABILIDADE

EMPRESARIAL

DIREÇÃO ADM. E FINANCEIRA

Fig. 1 – Organigrama

No Relatório de Governo Societário 2014, produzido em separado, apresenta-se a informação relativa ao governo da sociedade durante o ano de 2014.

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1. Acionistas

A RESINORTE, é uma empresa de capitais públicos, com capital social de 8.000.000 de euros integralmente realizado, distribuído por Empresa Geral de Fomento, S.A., na percentagem de 51% e os restantes 49% distribuídos pelos municípios utilizadores do sistema de forma direta ou através de associações de acordo com o Quadro 1.

Acionista Nº Ações % Valor

Amarante 244.470 3,056% 244.470 €

Armamar 28.428 0,355% 28.428 €

Baião 83.105 1,039% 83.105 €

Boticas 67.832 0,848% 67.832 €

Cabeceiras de Basto 70.348 0,879% 70.348 €

Celorico de Basto 78.972 0,987% 78.972 €

Chaves 67.832 0,848% 67.832 €

Cinfães 81.448 1,018% 81.448 €

Lamego 104.033 1,300% 104.033 €

Marco de Canaveses 218.745 2,734% 218.745 €

Moimenta da Beira 43.657 0,546% 43.657 €

Mondim de Basto 33.073 0,413% 33.073 €

Montalegre 67.832 0,848% 67.832 €

Penedono 13.202 0,165% 13.202 €

Resende 46.423 0,580% 46.423 €

Ribeira de Pena 67.832 0,848% 67.832 €

São João da Pesqueira 32.251 0,403% 32.251 €

Sernancelhe 24.084 0,301% 24.084 €

Tabuaço 24.922 0,312% 24.922 €

Tarouca 33.224 0,415% 33.224 €

V. Pouca de Aguiar 67.832 0,848% 67.832 €

Valpaços 67.832 0,848% 67.832 €

AMAVE 1.928.940 24,112% 1.928.940 €

AMVDN 423.683 5,296% 423.683 €

EGF 4.080.000 51.000% 4.080.000 €

TOTAL 8.000.000 100 % 8.000.000 €

Quadro I – Estrutura acionista em 31.12.2014

Não houve alteração acionista durante o ano de 2014.

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2. Cadeia de Valor

A RESINORTE atua numa extensa e complexa cadeia de valor de acordo com o modelo técnico da empresa, congregando um conjunto interdependente de competências e valor acrescentado, desde a identi�cação dos recursos até à entrega dos produtos �nais aos clientes como sejam as entidades gestoras, SPV, Valorpneu, Amb3E, ERP, Ecopilhas.

Na �g. 2 representa-se esquematicamente a cadeia de valor do negócio do tratamento e valorização dos resíduos com a especi�cação das diferentes atividades de operação.

Fig. 2 – Cadeia de Valor

RECOLHA TRATAMENTO

Aterro Sanitário Energia

Vidro, Papel, Metal, Plástico

Vidro, Papel, Metal, Plástico

Indiferenciados

Recicláveis Triagem

CompostoTratamentoMecânico

TratamentoBiológico

Estações de Transferência

VALORIZAÇÃO

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Principais Acontecimentos

O ano de 2014 foi o terceiro ano do atual mandato dos órgãos de gestão, mandato que foi iniciado em 30 de Abril de 2012.

No contexto do processo de integração das organizações originárias da RESINORTE e de adaptação da estrutura às atuais necessidades da empresa e da atividade, prosseguiu-se o processo de reengenharia da organização, com especial enfoque na gestão da produção, na gestão de recursos humanos, na gestão de aprovisionamento, no planeamento e gestão do sistema de informação e na gestão do equipamento e da manutenção.

Os Sistemas de Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental e Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho, todos no âmbito da Recolha, Tratamento e Valorização de Resíduos Sólidos, viram con�rmada a sua certi�cação em outubro, na segunda auditoria de acompanhamento após a renovação obtida em 2012. Pela primeira vez, estes Sistemas abrangem toda a área de intervenção da RESINORTE, passando pois a integrar a área dos Municípios que compõem a Associação de Municípios do Vale do Douro Norte (AMVDN).

Tal como estava previsto, cessaram em 30 de junho de 2014 as prestações de serviço de recolha indiferenciada, serviços não concessionados, aos Municípios de Montalegre e Ribeira de Pena.

Relativamente à exploração energética do biogás destacam-se os seguintes eventos:• Em 26.06.2014 e 02.07.2014, respetivamente, iniciou-se a exploração, ainda que em fase experimental, dos sistemas de

aproveitamento energético do biogás produzido nos aterros sanitários de Boticas e Guimarães;• Em 11.12.2014 iniciou-se a exploração, ainda que em fase experimental, do sistema de aproveitamento energético do biogás

produzido no aterro sanitário de Santo Tirso;• Iniciou-se em 12.06.2014 a execução da empreitada de conceção, construção, fornecimento e montagem de sistemas de

aproveitamento energético do biogás produzido nos aterros sanitários de Bigorne, e Codessoso (2º motor), prevendo-se que a entrada em exploração possa ocorrer no primeiro trimestre de 2015;

No âmbito do processamento de RSU, destacam-se os seguintes acontecimentos:• Incremento constante da produção da unidade de tratamento mecânico e biológico (TMB) de Riba D’Ave, re�etindo o impacto

dos melhoramentos que foram introduzidos na linha de produção;• Conclusão da obra da unidade de tratamento mecânico simples (TMS) de Celorico de Basto e entrada em exploração

experimental em 11.07.2014;

De importância geral destacam-se também os seguintes eventos e iniciativas:• Prossecução do investimento na modernização e integração do sistema de informação da empresa, nomeadamente nos domínios

do controlo de gestão, do controlo das operações de aprovisionamento e de logística e da gestão de recursos humanos;• Manutenção da política de investimento na melhoria das condições de trabalho dos funcionários da empresa, em especial das

áreas fabris.• Execução da empreitada de reabilitação dos sistemas de tratamento de lixiviados dos aterros sanitários de Celorico de Basto,

Boticas e Lamego e de instalação e um novo sistema no aterro sanitário de Vila Real (arranque previsto para o início de 2015).• Execução da empreitada de selagem do aterro sanitário de Guimarães (em curso).

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A - Relatório de Gestão

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A - Relatório de Gestão

1. Introdução

A RESINORTE é uma empresa que resultou da fusão e da integração de cinco organizações diferentes. Estas fusão e integração são ainda recentes. Decorre daqui, então, que a RESINORTE, para além da exigência da atividade que lhe está acometida e do exigente contexto de mercado atual, desenvolve o seu trabalho no contexto de um desa�o acrescido consubstanciado na necessidade de, num período curto, compatibilizar, desenvolver e consolidar conhecimentos, estratégias, procedimentos e práticas comuns a toda a organização.

Completa este enquadramento a heterogeneidade de ambientes e expectativas existentes no território da concessão que se estende por 35 Municípios, de dimensão territorial e demográ�ca muito diferente e de ambiências ou vincadamente rurais ou vincadamente urbanas. Sendo este um desa�o especial, é também um dos alicerces da lógica de associação que presidiu à criação da RESINORTE, onde a e�ciência decorrente da escala acompanha a complementaridade de valências e a solidariedade entre territórios.

2. Enquadramento Macroeconómico

GlobalÀ semelhança dos últimos dois anos, em 2014 a economia mundial apresenta níveis de crescimento moderados, aproximadamente 3,5% (3,0% em 2013; 3,1% em 2012). Os Estados Unidos da América apresentam um crescimento baixo, em linha com o do ano anterior (2,4% vs 2,2%), embora apresente uma muito ligeira melhoria, suportado por um crescimento relevante dos níveis de emprego e igualmente do mercado imobiliário. O crescimento das economias emergentes (China, Índia, Brasil, Rússia, México, Indonésia, Malásia, Filipinas, países africanos, etc.) permance muito acima dos países desenvolvidos (4,4% em 2014), embora a níveis reduzidos quando comparados com anos recentes. Tres grande fatores explicam este arrefecimento: (i) os níveis de investimento na China diminuiram com impacto nas economias asiáticas; (ii) as vulnerabilidades da economia russa, como consequência do colapso dos preços do petróleo e das tenções geopolíticas, e (iii) a diminuição dos preços de algumas commodities, que representam uma fatia relevante das receitas económicas de alguns países emergentes.

União EuropeiaO ano de 2014 �cou marcado pelo fraco crescimento económico na Zona Euro, justi�cado pelo aumento dos con�itos geopolíticos, especialmente as tensões com a Rússia, a par do enfraquecimento de algumas economias desenvolvidas e emergentes, com relações estreitas com os países do centro da Europa. Neste ponto, realce para as três principais economias, Alemanha, França e Itália, cujo desempenho económico foi determinante para o fraco crescimento na área do euro, contrariamente a outros países, como Irlanda, Espanha, Portugal e Grécia, cujo crescimento foi melhor que o esperado.

As melhorias registadas no mercado de trabalho foram modestas, em linha com o crescimento económico, que não foi su�cientemente robusto para alavancar a formação de emprego. A taxa de desemprego deverá ter sido de 11.6% em 2014 de acordo com a Comissão Europeia, melhor do que em 2013 (11.9%), resultado das melhorias registadas nos países mais vulneráveis. As diferenças entre Estados-Membros continuaram a ser signi�cativas em 2014, variando entre 5.1% na Alemanha e 26.8% na Grécia. As fracas melhorias registadas no mercado de trabalho tiveram impacto limitado no consumo privado, que se espera que tenha crescido 0.7% em 2014, um aumento face a 2013, quando a variável diminuiu 0.6%. A pesar neste crescimento reduzido esteve a incerteza sobre os rendimentos futuros e o processo lento de desalavancagem no sector das famílias. Apesar de ter sido afectado pelo processo de desalavancagem, num contexto de baixa in�ação e de fraca procura, o investimento em 2014 parece ter iniciado uma recuperação face ao decréscimo de 2.4% observado em 2013, crescendo 0.6%. A in�ação continuou bem abaixo do objectivo dos 2% (a in�ação previsional em Dezembro, de acordo com o Eurostat, foi de -0.2%, e espera-se que no total do ano a in�ação tenha sido de 0.4%), in�uenciada pela queda dos preços da energia e da alimentação, assim como pelo frágil ambiente económico da Zona Euro. A balança corrente na Zona Euro tem veri�cado excedentes, registando, em 2014, 2.5% do PIB. Curiosamente, este excedente não se deve ao fortalecimento das exportações, mas antes à vulnerabilidade da procura interna, que afectou desfavoravelmente as importações.

PortugalA economia portuguesa deverá registar um crescimento de aproximadamente 0.9% em 2014. A procura interna acabou por contribuir mais do que se esperava para o crescimento anual, enquanto a procura externa líquida contribuiu negativamente, com uma dimensão signi�cativa: um contributo de cerca de -1.1 pontos percentuais para um crescimento que se projecta em torno de 0.9%. Caso se con�rme, o contributo desfavorável das exportações líquidas só encontra paralelo em 2010 ou nos anos imediatamente anteriores à crise �nanceira internacional.

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RC 2014_22

As exportações desiludem e as importações aumentam acima do previsto. Vários factores concorreram para este comportamento. Do lado das exportações, o encerramento temporário da unidade de re�nação de petróleo nos primeiros meses de 2014, justi�cou um comportamento pior que o esperado. De facto, a venda de combustíveis re�nados ao exterior fora responsável por cerca de 60% do crescimento das exportações de bens em 2013, pelo que esta paragem teve efeitos signi�cativos. Nos primeiros dez meses do ano, as exportações de combustíveis registavam um decréscimo de cerca de 22%, gerando um contributo negativo de 2.2 p.p. para o total. Deste modo, a actual projecção aponta para um aumento das exportações (em volume) em torno de 2.5%, que contrasta com +3.5% antecipados no início de 2014. Do lado das importações, veri�cou-se também um aumento acima do esperado, re�ectindo a retoma mais acentuada da procura interna e a satisfação de alguma procura pendente, nomeadamente de bens duradouros.

Depois de alguma recuperação que se registou em meados de 2013, tem-se registado uma estabilização do PIB em níveis mais baixos.Todavia, analisando os contributos das principais componentes para a geração de riqueza, veri�ca-se que em 2014 o padrão de comportamento foi mais equilibrado que nos anos de vigência plena do PAEF. Efectivamente, depois de três anos consecutivos de retracção, a procura interna voltou a aumentar, embora bem menos que em 2010 ou em anos anteriores à eclosão da crise �nanceira internacional. As exportações (sem combustíveis), registam um comportamento assinalável, com um crescimento até Novembro de 4.7%. Mais, os contributos foram bastante uniformes, pontuando os bens de consumo, bens industriais, bens de capital ou alimentação e bebidas. A análise por destinos, denota também bom desempenho em diversos mercados, com destaque para o Reino Unido, Alemanha, França e Espanha. Nos países fora da União Europeia, o comportamento das exportações é também favorável, denotando-se diversi�cação por produtos e destinos, com destaque para os mercados dos EUA, Angola e China. Nota para os serviços que representam actualmente cerca de 33% das exportações totais, reforçando o seu posicionamento ao longo das últimas décadas (em 2014, foram as exportações de serviços de turismo que mais adicionaram às exportações de serviços, gerando um contributo de cerca de 75% e um acréscimo no ano estimado em 16%).

Desde Julho de 2014, a in�acção regista níveis inferiores a zero, re�ectindo em grande parte o movimento de quedas dos preços de bens energéticos, mas também fragilidade da procura interna e efeitos do esforço de melhoria da competitividade da economia portuguesa. A informação até agora conhecida aponta para que no conjunto do ano, a in�ação média se situe em -0.3%.

Relativamente às contas públicas é previsível uma redução do dé�ce do Estado para 6.42 mil milhões de euros nos primeiros onze meses de 2014 (numa base de caixa). Esta evolução re�ecte o bom desempenho da receita �scal, +6.2% face ao ano anterior, enquanto que a despesa registou um crescimento de apenas 0.8% no mesmo período e põe em evidência o esforço de consolidação das contas públicas levado a cabo nos últimos anos, dando suporte ao desenho de uma trajectória de melhor sustentabilidade da dívida pública.

A taxa de desemprego terá �cado, aproximadamente, nos 13,1% em 2014.

Fonte: FMI world economic outllook; BPI Research; Boletim económico do Banco Portugal; Eurostat; INE.

3. Enquadramento do Setor

Em 2014 assistiu-se à concretização de algumas das medidas traçadas para os setores das águas e dos resíduos, de�nidas pelas linhas orientadoras do Programa do XIX Governo Constitucional:

• Reorganizar o setor do abastecimento de água e saneamento de águas residuais, com prioridade para a sua sustentabilidade económico-�nanceira;

• Prosseguir a identi�cação e resolução do dé�ce tarifário, a revisão do sistema de tarifas, maior abertura à participação de entidades privadas na exploração e gestão dos sistemas, a promoção da e�ciência, a integração vertical e a agregação de sistemas exigentes, a adequada manutenção de redes e equipamentos antigos e a prevenção da construção de capacidade desnecessária;

• Autonomizar o subsetor dos resíduos no seio do Grupo Águas de Portugal e implementar as medidas necessárias à sua abertura ao setor privado.

As atividades desenvolvidas durante o ano de 2014 deram lugar a três eventos representativos dos esforços desenvolvidos nos setores das águas e resíduos desde 2012: a. A apresentação da estratégia integrada de reestruturação do setor das águas pelo senhor Ministro do Ambiente, do Ordenamento

do Território e da Energia, em outubro de 2014;b. A assinatura, em novembro de 2014, do contrato de compra e e venda da participação da AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A.

no capital social da EGF – Empresa Geral do Fomento, S.A., à SUMA-Tratamento, SA, empresa que resultou da formalização do agrupamento vencedor do concurso público internacional;

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c. A conclusão dos trabalhos de elaboração dos novos planos estratégicos para os serviços urbanos de águas, PENSAAR 2010 – Uma nova estratégia para o setor de abastecimento de água e saneamento de águas residuais, e para os serviços de gestão de resíduos, PERSU 2020 – Plano estratégico de resíduos sólidos urbanos, que de�nem as metas e objetivos do Estado para cada um dos setores.

No seguimento das alterações legislativas veri�cadas em 2013, de que se destacam a Lei n.º 35/2013, de 11 de junho e o Decreto-Lei n.º 92/2013, de 11 de julho foram publicados em 2014 os seguintes diplomas legais:• Lei n.º 10/2014, de 6 de março, que aprova os novos estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos

(ERSAR), reforçando os seus poderes e independência;• Lei n.º 12/2014, de 6 de março, que aprova a fatura detalhada para os serviços de águas e resíduos;• Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, que aprova o processo de reprivatização da EGF – Empresa Geral do Fomento, S.A.• Decreto-Lei 96/2014, de 25 de junho, que aprova as bases do contrato de concessão aplicáveis aos sistemas multimunicipais de

tratamento e de recolha selectiva de resíduos sólidos urbanos, com maioria de capital privado.

Neste novo regime jurídico entre muitos aspetos de limitação da atividade das Concessionárias, de relacionamento e partilha de riscos e obrigações entre o Estado Concedente e as Concessionárias, da �xação de uma caução em garantia do cumprimento do contrato, é de registar a de�nição detalhada dos objetivos de serviço público, de�nidos em articulação com a ANMP e com os Municípios, que as Concessionárias se obrigarão a respeitar.

Este novo enquadramento contratual assenta no respeito dos seguintes princípios:• Garantia da acessibilidade das populações aos serviços de resíduos mediante a adequação das tarifas à respetiva capacidade

económica;• Clari�cação do regime aplicável aos futuros contratos de concessão da exploração e gestão da recolha e tratamento de resíduos

urbanos, com defesa do interesse público nacional e municipal e garantias de transferência para os Municípios das infraestruturas afetas à concessão no termo do seu prazo;

• Poderes de �scalização e regulação do Estado e da ERSAR, na arbitragem da relação entre as empresas concessionárias e os Municípios;

• Garantias de transparência, equidade territorial e sustentabilidade económico-�nanceira dos sistemas, à luz do novo regulamento tarifário e das metas previstas no PERSU 2020;

• Manutenção ou melhoria da qualidade do serviço público prestado às populações.

Reprivatização da Empresa Geral do FomentoQuanto ao processo de reprivatização da EGF, que a 31 de dezembro de 2014 se encontrava a aguardar a pronúncia das Autoridades da Concorrência, iniciou-se com a publicação do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, tendo o respetivo caderno de encargos sido aprovado em 8 de abril, pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 30/2014.

O anúncio do concurso público foi publicado no Jornal O�cial da União Europeia, JO/S S82, de 26 de abril de 2014, sob o n.º 2014/S 082-143174 e no Diário da República n.º 71, 2.ª série, de 10 de abril de 2014, através do Anúncio de Procedimento n.º 1988/2014.

O prazo de apresentação de propostas não vinculativas terminou a 20 de maio, tendo sido recebidas sete propostas não vinculativas, e a Resolução de Conselho de Ministros n.º 36-A/2014, de 5 de julho, determinou a admissão de todos os concorrentes à fase de apresentação de proposta vinculativa.

No dia 31 de julho, data limite de entrega das propostas vinculativas, foram apresentadas quatro propostas, tendo o vencedor sido escolhido, nos termos do concurso, por decisão do Conselho de Ministros, conforme Resolução de Conselho de Ministros n.º 55-B/2014 de 18 de setembro

A par do processo de privatização foi aprovado e homologado o regulamento tarifário aplicável aos serviços de gestão de resíduos pela Deliberação n.º 928/2014 da ERSAR, homologada pelo Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia e publicada em Diário da República, 2.ª série, em 15 de abril.

Regulamento Tarifário de Resíduos UrbanosNo domínio da regulação, haverá que referir a homologação por Despacho do senhor Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, publicado em Diário da República, 2ª série, nº 74, de 15 de Abril, do novo Regulamento Tarifário aplicável aos serviços de gestão de resíduos.

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RC 2014_24

Este Regulamento Tarifário, que se prevê venha a vigorar já em 2016, assenta num novo modelo de regulação económica com as seguintes bases:

• Modelo do tipo “Revenue Cap”, com de�nição de proveitos permitidos para cobertura dos custos de capital, estimados através da remuneração de uma base de ativos, e dos custos de exploração;

• Introdução de incentivos à e�ciência produtiva na base de custos contraláveis pelo operador, incluídos nos custos de exploração a suportar pelos proveitos permitidos;

• Remuneração dos ativos em exploração e com incentivos para decisões e�cientes de investimento, no que diz respeito aos incrementos da base de ativos a remunerar, incluindo a partilha de infraestruturas com vista ao maior aproveitamento da capacidade de tratamento instalada no país;

• Remuneração da base de ativos por referência a um custos de capital de�nido pelo regulador, como incentivo para a otimização dos custos e estrutura de capital.

Planos estratégicos para os setores das águas e dos resíduosOs planos estratégicos para os setores das águas e dos resíduos (PENSAAR 2020 e PERSU 2020, respetivamente) desenvolveram-se em articulação com o Acordo de Parceria 2014-2020, submetido por Portugal à Comissão Europeia para efeitos do Quadro Estratégico Comum (QEC), concluído em julho de 2014, que norteia a aplicação dos fundos europeus da Política de Coesão, da Política Agrícola Comum, da Política Comum das Pescas e da Política dos Assuntos do Mar.

Os planos aprovados e os instrumentos de �nanciamento associados, cujos respetivos programas operacionais foram apresentados já no decorrer de 2015, evidenciam os novos desa�os decorrentes de uma mudança de paradigma do setor e as posições recentes da Comissão Europeia, visando a sustentabilidade e a e�ciência, para além do incremento de exigências ambientais e reforço dos mecanismos de acompanhamento, patente na previsão de um conjunto de importantes condicionalismos ex-ante e ex-post.

Sem prejuízo de corresponder ao cumprimento das exigências ambientais patentes na posição dos serviços da Comissão Europeia, com especial incidência no domínio dos resíduos, às intervenções de cariz infraestrutural sucede agora uma tipologia de investimento de melhoria, de consolidação e de reforço dos ativos existentes. Acresce que, em paralelo com o investimento, haverá que criar condições para que as entidades gestoras possam também evoluir para níveis organizacionais mais e�cientes e capacitados.

Persu 2020O PERSU 2020 - o Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos, foi aprovado, pela Portaria n.º 187-A/2014, publicada em DR (I Série) n.º 179, de 17 de setembro de 2014, e encerra a visão estratégica para o setor no horizonte 2014-2020.

Este Plano prossegue como objetivo garantir um alto nível de proteção ambiental e da saúde humana, através do uso de processos, tecnologias e infraestruturas adequadas no setor dos resíduos. Promove ainda a minimização da produção e da perigosidade dos resíduos e procura integra-los nos processos produtivos como materiais secundários por forma a reduzir os impactes da extração de recursos naturais.

Estabelece ainda um modelo que, pela primeira vez, permite de�nir individualmente e para cada sistema de gestão de RU, as seguintes metas:a) Metas de retomas de recolha selectiva b) Metas de desvio de RUB de aterro c) Metas de preparação para reutilização e reciclagem

4. Regulação

As atividades de abastecimento de água, saneamento de águas residuais e gestão de resíduos urbanos desenvolvidas pelo grupo AdP são serviços de interesse económico geral, indispensáveis ao bem-estar das populações, ao desenvolvimento das atividades económicas e à proteção do meio ambiente.

A exploração e gestão dos sistemas está assente nos princípios da prossecução do interesse público, do caráter integrado dos sistemas, da e�ciência e da prevalência da gestão empresarial.

No ano de 2014 veri�caram-se alterações signi�cativas em matéria regulatória nos sectores onde atuam as empresas que integram o grupo AdP, quer ao nível das formas de atuação e organização das empresas do sector quer ao nível dos poderes da Entidade Reguladora.

Das alterações mais impactantes nas formas de atuação e organização das empresas do sector, destacam-se a privatização do sector dos resíduos em curso, permitida pela Lei n.º 35/2013, de 11 de junho, que acarreta a revisão do regime jurídico das concessões da

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exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de resíduos urbanos, e a possibilidade de agregação e reorganização territorial de sistemas multimunicipais de serviços de abastecimento público de água e saneamento de águas residuais.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados, público e cooperativo.

De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º).

Em face das alterações em concretização nos sectores das águas e dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desa�o signi�cativo quer para a entidade reguladora quer para as entidades reguladas.

É expetativa do grupo AdP que, com este reforço de poderes da ERSAR, o sector integre uma agenda consentânea com a fase de desenvolvimento em que se encontra, colocando-se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas vertentes económica, social e ambiental.

Durante o ano de 2014, em concretização do novo poder regulamentar da ERSAR, o regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, foi publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril, cuja produção de efeitos se prevê para 1 de janeiro de 2016. Este regulamento acarreta uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos permitidos (revenue cap), que remunera uma base de ativos ao custo de capital e�ciente e permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de e�ciência produtiva.

A gestão do risco regulatório, pelo impacto que a atuação deste passa a poder ter na esfera patrimonial das empresas reguladas, torna-se uma matéria ainda mais fulcral para estas e para a AdP SGPS.

A atuação da RESINORTE, concessionária da exploração e da gestão do sistema multimunicipal de gestão de resíduos urbanos está sujeita ao disposto no Decreto-Lei n.º 294/94, de 16 de novembro, na redação que lhe é dada pelo Decreto-Lei n.º 195/2009, de 20 de agosto.

Nos termos dos seus estatutos, a ERSAR é �nanciada através da cobrança de taxas de regulação estrutural, económica e qualidade de serviço e da qualidade da água para consumo humano às entidades gestoras reguladas independente do modelo de gestão.

Nesse contexto, a RESINORTE tem vindo ao longo dos anos a efetuar o pagamento respetivo destas taxas. Em 2014, apesar da continuação do esforço de contenção de gastos operacionais, nomeadamente com os FSE, veri�ca-se que o peso dos gastos suportados com as taxas da ERSAR (um gasto �xo) assume uma importância relativamente mais expressiva no total dos gastos incorridos pela RESINORTE.

No grá�co seguinte apresenta-se a relação entre a evolução dos FSE suportados pela RESINORTE e as taxas ERSAR em percentagem desses gastos com os FSE, desde 2010.

Relação entre gastos com FSE e taxas da ERSAR

10.000.000,00

9.000.000,00

8.000.000,00

7.000.000,00

6.000.000,00

5.000.000,00

4.000.000,00

3.000.000,00

2.000.000,00

1.000.000,00

0,00

3,00%

2,50%

2,00%

1,50%

1,00%

0,50%

0,00%2010 2011 2012 2013 2014

Taxas ERSAR

FSE total

Peso

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RC 2014_26

Regulação económicaNos termos do disposto no contrato de concessão em vigor, o ciclo regulatório anual inicia-se com a apresentação ao Concedente e à Entidade Reguladora das propostas de orçamento e projeto tarifário para o(s) ano(s) seguinte(s). O Decreto-Lei n.º 195/2009, de 20 de agosto, procedeu à harmonização dos prazos de aprovação das propostas para todos os sistemas multimunicipais, em 60 dias.

O ciclo orçamental de 2014, iniciado em setembro de 2013, estendeu-se até fevereiro de 2014, sendo que após a emissão do projeto de parecer pela Entidade Reguladora e o exercício de contraditório por parte da RESINORTE, a tarifa foi aprovada pelo Concedente.

O Decreto-Lei 195/2009, de 20 de agosto, determina que os tarifários aplicados aos utilizadores produzem efeitos a partir do início do exercício económico a que dizem respeito, independentemente da sua data de aprovação, o que permite um mais adequado balanceamento entre os proveitos e os encargos de prestação dos serviços.

Em setembro de 2014 iniciou-se o ciclo orçamental para 2015, não tendo nem a proposta de orçamento nem a proposta tarifária sido aprovadas até 31 de dezembro de 2014.

As propostas de orçamento e tarifa para 2014 e para 2015 foram apresentadas nos termos da Portaria n.º 269/2011, de 19 de setembro como dispõem os novos estatutos da ERSAR.

De acordo com o modelo regulatório vigente na maioria das entidades gestoras de sistemas multimunicipais, custo do serviço (cost plus) em cenário de e�ciência produtiva, e nos termos dos contratos celebrados, podem gerar-se diferenças entre o volume de rendimentos necessário à cobertura da totalidade dos encargos incorridos pela entidade gestora, incluindo os impostos sobre os resultados da empresa e a remuneração dos capitais próprios, e o volume de rendimentos efetivamente gerado em cada um dos exercícios económicos. Estas diferenças denominam-se de desvios tarifários ou desvios de recuperação de gastos.

Estes desvios podem assumir uma natureza de�citária, quando os rendimentos gerados são inferiores aos necessários, ou excedentária (superavit), quando os rendimentos gerados são superiores aos necessários, salvaguardados os montantes relativos a ganhos de produtividade ou e�ciência nos termos dos contratos de concessão.

Nas demonstrações �nanceiras consolidadas do grupo AdP para 2014 estão relevados os desvios tarifários ou desvios de recuperação de gastos. Esta informação encontra-se detalhada no Relatório e Contas consolidado de 2014 do grupo AdP.

A Entidade Reguladora apresentou, durante o ano de 2010, uma proposta legislativa para o reconhecimento e recuperação dos desvios tarifários (dé�ce e superavit) ou desvios de recuperação de gastos relativos a cada sistema multimunicipal, bem como dos procedimentos para a distribuição dos ganhos de produtividade contratuais, uma vez que estes não se encontravam su�cientemente detalhados nos contratos de concessão e na legislação aplicável.

A sustentabilidade das entidades gestoras e do setor, em estrito cumprimento da legislação vigente e dos contratos de concessão, exigem que não se adie por mais tempo o expresso reconhecimento e densi�cação do modelo regulatório de recuperação de gastos preconizado nos contratos, designadamente da de�nição do montante dos desvios tarifários ou desvios de recuperação de gastos das entidades gestoras, assegurando a recuperação dos desvios de recuperação de gastos gerados no âmbito da concessão, cujas regras de ressarcimento urge clari�car.

Regulação da qualidade do serviçoNos termos dos seus estatutos compete à Entidade Reguladora assegurar a regulação da qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras, avaliando o desempenho dessas entidades.

Deste modo, a qualidade de serviço no abastecimento público de água, no saneamento de águas residuais urbanas e na gestão de resíduos urbanos prestados pelas entidades gestoras é avaliada anualmente, e atualmente, através da aplicação da 2.ª geração do sistema de avaliação com recurso a de indicadores desempenho de qualidade do serviço. Os resultados deste sistema de avaliação são parte integrante do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP).

Em 2014 foi publicado e divulgado o Volume 3 do RASARP com os resultados do sistema de avaliação da qualidade de serviço prestado pelas entidades gestoras para o ano de 2012, referenciados a 31 de dezembro.

Regulação das relações comerciaisNos termos dos seus estatutos, compete à ERSAR regular as relações comerciais através da de�nição de regras de relacionamento entre as entidades gestoras em alta e em baixa e entre estas últimas e os respetivos utilizadores, nomeadamente, no que respeita às condições de acesso e contratação do serviço, medição, faturação, pagamento e cobrança e prestação de informação e resolução de litígios, regulamentando os respetivos regimes jurídicos e a proteção dos utilizadores de serviços públicos essenciais.

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No âmbito das suas competências, foi emitida pela ERSAR a Recomendação n.º 1/2010 relativa aos conteúdos que devem constar nas faturas dos serviços públicos de abastecimento de água para consumo humano, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos prestados aos utilizadores �nais, pelas entidades gestoras que prestem esses serviços

Adicionalmente, com a publicação da Lei n.º12/2014 de 6 de março que procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, modi�caram-se os regimes de faturação e contraordenacional das entidades gestoras de sistemas municipais.

O Decreto-Lei n.º 114/2014, de 21 de julho, determina que aquelas entidades gestoras são obrigadas, a partir de 1/março/2015, a cumprir, nomeadamente, com a emissão de faturas detalhadas aos clientes �nais (utilizadores em baixa) que incluam a decomposição das componentes de custo que integram o serviço prestado a tais utilizadores, seja de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais ou de gestão de resíduos urbanos.

A legislação da “fatura detalhada”, vincula as entidades gestoras de sistemas municipais à obrigação de transferirem 50 % do valor da fatura cobrada de cada um dos serviços de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais ou de gestão de resíduos urbanos, para a entidade gestora do sistema multimunicipal ou intermunicipal e sempre limitado ao valor devido a essa entidade gestora, não podendo o produto da cobrança ser utilizado para qualquer outro �m.

Regulação ambientalAs entidades gestoras dos serviços resíduos urbanos do grupo AdP estão também sujeitas à intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o regulador ambiental.

A APA desenvolve ainda atribuições no âmbito dos resíduos enquanto Autoridade Nacional de Resíduos, cabendo-lhe entre outras, o controlo operacional da informação das operações de gestão de resíduos, o planeamento e gestão de resíduos de todas as tipologias de resíduos e as diversas origens, assegurar o tratamento de informação no âmbito do SIRER e SILOGR, garantir a validação da informação necessária à aplicação do regime económico e �nanceiro da gestão de resíduos e diligenciar no sentido da implementação do regulamento relativo à aplicação da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR), de�nir, implementar e acompanhar as políticas e estratégias nacionais para a gestão de resíduos setoriais, assegurar a elaboração dos planos e dos programas de gestão de resíduos, acompanhar a sua execução e proceder à respetiva monitorização, aprovar os modelos técnicos de gestão de resíduos, assegurar uma abordagem integrada de licenciamento das operações de gestão de resíduos, coordenar e harmonizar os critérios a adotar para o licenciamento pelas Autoridades Regionais de Resíduos e acompanhar as auditorias técnico-ambientais ou económico-�nanceiras à atividade exercida por operadores de gestão de resíduos bem como proceder à análise técnica de processos de candidatura a fundos comunitários relativos a infraestruturas para operações de gestão de resíduos urbanos.

No âmbito do modelo de regulação económica previsto no regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos (RTR), a APA será chamada a dar parecer sobre os investimentos propostos pelas entidades gestoras que integrarão a base de ativos a remunerar.

5. Análise Económica e Financeira

A RESINORTE foi constituída pelo Decreto-lei 235/2009 de 15 de setembro e o seu início de atividade é de 20 de outubro de 2009, data da primeira Assembleia Geral de acionistas.

5.1. Análise Económica

O resultado líquido cifra-se em 2.466.382 EUR positivos cuja descrição é a seguinte:

Descrição 2012 2013 2014

Resultados Operacionais 2.106.649 € 3.661.749 € 4.320.885 €

Resultados Financeiros -1.579.328 € -1.341.795 € -751.909 €

Resultados antes de Impostos 527.321 € 2.319.955 € 3.568.976 €

Imposto sobre Rendimento -38.036 € -750.979 € -1.102.593 €

Resultado Líquido 489.286 € 1.568.975 € 2.466.382 €

Quadro II – Análise económica - Resultados

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O Resultado Liquido apurado foi in�uenciado signi�cativa e negativamente pelos Resultados Financeiros, pese embora estes tenham sido muito melhores que os do ano transato.

Os resultados operacionais têm um incremento de aproximadamente 18,0%, em resultado do aumento do volume de negócios em 4,4% conjugado com um aumento de apenas 1,2% dos gastos operacionais.

Dos Gastos Os gastos, no montante de 18.065.448 EUR, tiveram a seguinte estrutura:

2012 2013 2014

Custo das vendas/Variação de inventários 238.182 € 157.703 € 101.496 €

Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) 6.575.627 € 5.538.954 € 6.071.855 €

Gastos com pessoal 4.784.504 € 4.147.304 € 3.610.320 €

Amortizações, depreciações e Reversões do Exercício 4.514.095 € 6.601.483 € 6.580.487 €

Provisões e Reversões do Exercício 321.353 € - -

Perdas por imparidade e reversões - 29.610 € -138.373 €

Outros Gastos e Perdas Operacionais 455.533 € 237.944 € 382.902 €

Gastos e Perdas de Financiamento 2.462.995 € 1.916.872 € 1.456.761 €

Total 19.352.289 € 18.629.870 € 18.065.448 €

Quadro III – Estrutura de Gastos

Em 2014, os gastos de natureza operacional (custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas, os fornecimentos e serviços externos e os gastos com pessoal e outros gastos e perdas) mantiveram-se no mesmo patamar, tendo aumentado apenas 84,7 mil euros.

A variação dos FSE, que se cifra em 532 mil euros (9,6%), detalha-se na nota 25 às demonstrações �nanceiras.

A análise dos gastos �nanceiros deve ser feita em conjunto com os rendimentos �nanceiros. Assim, os resultados �nanceiros apresentam um resultado negativo de 751.909 EUR, melhorando o do ano passado em cerca de 590 mil euros.

Os gastos �nanceiros, comparativamente com 2013, reduziram-se em cerca de 460 mil EUR, resultado quer da redução das taxas de juro, que registaram descidas constantes durante o ano de 2014, quer do aumento da e�ciência das operações de tesouraria, nomeadamente através da recuperação de créditos em clientes.

Os gastos �nanceiros devem-se, em cerca de 56%, aos encargos com o �nanciamento de MLP (incluindo os suprimentos), sendo no restante devido ao ainda muito elevado volume de créditos em clientes. Apesar da redução conseguida em 2014 de 3,76 milhões de euros, a dívida vencida à data de 31 de Dezembro de 2014, é ainda do montante de 9.898.953 EUR, obrigando a RESINORTE a manter a utilização de suprimentos no montante de 10.250.0000 EUR.

Dos RendimentosOs rendimentos, no montante de 21.794.585 EUR, tiveram a seguinte estrutura:

2012 2013 2014

Vendas 4.536.575 € 6.104.262 € 6.638.812 €

Prestação de Serviços 11.852.480 € 11.565.470 € 11.807.710 €

Subsídios ao Investimentos 2.400.582 € 2.465.957 € 2.443.791 €

Outros rendimentos e ganhos Operacionais 229.606 € 173.455 € 199.420 €

Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares 883.667 € 575.077 € 704.852 €

Total 19.902.910 € 20.884.221 € 21.794.585 €

Quadro IV – Estrutura de rendimentos

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O volume de negócios registado em 2014 foi de 18.446.522 EUR, mais 4,4% que em 2013, graças aos incrementos da venda de materiais recicláveis e energia (8,8%) e da prestação de serviços (2,1%). O aumento das vendas em cerca de 535 mil euros signi�ca que a RESINORTE tem hoje menor dependência da tarifa municipal.

O volume de vendas foi, contudo, ligeiramente inferior (-1,3%) ao previsto em sede do Orçamento e Projeto Tarifário para 2014, devido ao atraso signi�cativo das obras de conceção e execução dos novos sistemas de exploração energética do biogás de aterro, gorando as expectativas de faturação de energia em cerca de 360 mil euros.

Os rendimentos da rubrica “RSU Municipal” registaram, por comparação com 2013, um incremento de cerca de 297 mil euros, ou seja, de 2,7%, o que parece ser um indicador de que a tendência de redução de resíduos que se vinha veri�cando nos últimos anos estará a inverter-se.

5.2. Análise Financeira e Patrimonial

O Balanço apresenta a seguinte estrutura:

Balanço 2012 2013 2014

Ativos não Correntes 115.851.904 € 118.215.381 € 117.086.363 €

Ativos Correntes 20.672.620 € 17.329.024 € 16.640.154 €

Total do Ativo 136.524.524 € 135.544.405 € 133.726.517 €

Capital Próprio 12.556.955 € 11.194.026 € 12.169.882 €

Passivos não Correntes 115.352.344 € 113.116.277 € 109.003.387 €

Passivos Correntes 8.615.225 € 11.234.102 € 12.553.248 €

Total do Capital Próprio e Passivo 136.524.524 € 135.544.405 € 133.726.517 €

Quadro V – Estrutura do Balanço

Da análise à estrutura de balanço, podemos concluir que as diferenças com maior relevância entre 2013 e 2014 se veri�caram:• Na redução dos ativos não correntes por via das amortizações do exercício;• Na redução dos ativos correntes com a diminuição da dívida de clientes;• No aumento do resultado líquido do exercício face a 2013;• Na redução dos passivos não correntes devido à amortização de 2,5M€ do empréstimo de m/l prazo;• Na redução dos passivos correntes devido essencialmente ao IRC a pagar, pelo facto de estar re�etido o valor dos pagamentos

por conta efetuados em 2014.

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5.3. Passivo e outras responsabilidades

No passivo, destaca-se o facto de se continuar a amortização do capital do empréstimo de médio e longo prazo, tendo sido amortizado o montante de 2,5 milhões de euros.

A RESINORTE tem neste momento as seguintes responsabilidades bancárias:

31.12.2012 31.12.2013 31.12.2014

Empréstimos bancários - banca comercial 28.515.459 26.046.735 23.576.496

Empréstimos - Locação �nanceira 29.526 - -

Empréstimos - Empresa-mãe 10.250.000 10.250.000 8.250.000

Não correntes 38.794.984 36.296.735 31.826.735

Descobertos bancários - - -

Empréstimos bancários - banca comercial 1.250.000 2.500.000 2.500.000

Empréstimos - Locação �nanceira 37.939 35.038 3.578

Empréstimos - Conta corrente não Concessionada 4.000.000 4.000.000 4.000.000

Empréstimos - Empresa-mãe - - 2.000.000

Correntes 5.287.939 6.535.038 8.503.578

Total de empréstimos 44.082.923 42.831.772 40.330.313

Quadro VI – Responsabilidades bancárias

5.4. Evolução do PMR

PMR 1ºT 2012 2ºT 2012 3ºT 2012 4ºT 2012

PMR de Clientes

1442 715 474 355

1ºT 2013 2ºT 2013 3ºT 2013 4ºT 2013

1501 743 448 312

1ºT 2014 2ºT 2014 3ºT 2014 4ºT 2014

1058 442 302 197

Quadro VII – Prazo Médio de Recebimentos (dias)

Relativamente aos prazos médios de recebimento, podemos veri�car que comparativamente a 2013 o prazo médio de recebimentos, baixou de 312 para 197 dias, fruto do esforço que tem vindo a ser feito pelos Municípios no sentido de regularizarem as dívidas e de cumprirem os prazos de pagamento acordados.

5.5. Investimento

No ano de 2014, realizou-se investimento �rme no montante de 3.311.423 EUR, de onde se destacam os seguintes investimentos:• Conceção e construção da linha de tratamento mecânico simples da unidade de produção de Celorico de Basto (442.450 EUR);• Conceção, construção, fornecimento, montagem execução das obras dos sistemas de aproveitamento energético de Biogás

(Boticas, Gonça e Santo Tirso) (2.176.741,22 EUR);• Impermeabilização do aterro de Bigorne (26.880,00 EUR);• Impermeabilização do aterro de Boticas (90.720,00 EUR);• Aquisição de ecopontos (49.900,00 EUR);• Alargamento do aterro de Celorico de Basto (205.000,00 EUR);• Conceção e construção da remodelação do sistema de transportes da triagem (21.600,00 EUR);• Desmontagem, deslocação e montagem da prensa de recicláveis (24.280,00 EUR);

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RC 2014_31

Relativamente ao investimento em curso, aguarda-se a conclusão das empreitadas:• Conceção, construção, fornecimento, montagem execução das obras dos sistemas de aproveitamento energético de Biogás

(Boticas, Gonça e Santo Tirso), (valor do contrato 2.343.531,36 EUR);• Conceção, construção, fornecimento, montagem execução das obras dos sistemas de aproveitamento energético de Biogás

(Bigorne e Codessoso), (valor do contrato 1.219.700 EUR);• Conceção, construção, fornecimento, montagem e execução das obras de reabilitação das osmoses inversas de Boticas, Lamego

e Codessoso, e instalação e uma nova no aterro sanitário de Vila Real, (valor do contrato 659.750 EUR).

5.6. Financiamento

A construção das infraestruturas que corporizam hoje o sistema apoiou-se, na componente �nanceira não elegível, em �nanciamento de curto e de médio e longo prazo.

A divida da RESINORTE tem a seguinte estrutura: • Sindicato bancário BPI/Millennium BCP com um saldo de 26,25 milhões de euros. • Caixa Geral de Depósitos com um saldo de 2 milhões de euros a curto prazo. • BPI com um saldo de 1 milhão de euros a curto prazo. • BCP com um saldo de 1 milhão de euros a curto prazo. • Suprimentos com a EGF com um saldo de 10,25 milhões de euros.

5.7. Tarifas

A RESINORTE durante o ano de 2014 aplicou a tarifa de 36,30€/ton de RU, igual à de 2013, de acordo com o despacho de 5 de março de 2014 do Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

5.8. Principais indicadores económico-financeiros

Indicadores 2012 2013 2014

Solvabilidade Geral 10,13% 9,00% 10,02%

Capital Próprio/Passivo Total

Autonomia Financeira 9,20% 8,26% 9,11%

Capital Próprio/Ativo Total

Liquidez Geral 239,95% 64,83% 158,10%

Ativo Corrente/Passivo Corrente

Liquidez Reduzida 235,57% 151,28% 153,74%

(Ativo Corrente-Existências)/Passivo Corrente

Liquidez Imediata 32,88% 47,40% 75,52%

(Caixa+Dep.Ordem)/Passivo Corrente

Rendibilidade do Capital Próprio 3,90% 14,02% 20,27%

Resultado Líquido/Capital Próprio

Prazo Médio de Pagamentos 73 67 60

Prazo Médio de Recebimentos 355 312 197

Capital Social 8.000.000 8.000.000 8.000.000

Capital Próprio 12.556.955 11.194.026 12.169.882

Ativo Líquido Total 136.524.524 135.544.405 133.650.701

Volume de Negócios Total 16.389.055 17.669.732 18.446.522

Resultados Operacionais 2.106.649 3.661.749 4.320.885

N.º Trabalhadores 270 249 220

População Servida 956.445 956.445 947.916

N.º de Concelhos 35 35 35

Investimento 592.718 2.608.623 3.311.423

Quadro VIII – Principais indicadores económico-�nanceiros

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RC 2014_32

6. Atividade Operacional

6.1. Área de Produção

A área de produção garante a orientação técnica e a coordenação e controlo das atividades de exploração, de tratamento e valorização desenvolvidas em cada uma das Unidades da organização, colaborando na de�nição estratégica de políticas e programas de exploração que visem a otimização das operações e racionalização de recursos.

6.1.1. Receção de resíduosDurante o ano 2014 foram recebidos os resíduos urbanos provenientes de recolhas municipais e de particulares dos 35 municípios da área de intervenção da RESINORTE, com a descriminação que se apresenta de seguida:

6.1.1.a) Recolha IndiferenciadaAs quantidades globais de RU rececionadas nos aterros sanitários de Bigorne, Boticas, Codessoso, Santo Tirso e Vila Real e na unidade de tratamento mecânico e biológico de Riba D’Ave, com origem na recolha indiferenciada, foram as seguintes:

Recolha Indiferenciada (Ton.)

2014 Total Total

Aterro Sanitário TMS TMB 2013 2012

Bigorne 34.040 0 0 32.026 33.127

Boticas 29.238 0 0 28.435 31.543

Codessoso 64.324 1.082 0 63.414 63.944

Santo Tirso 35.912 0 0 65.057 87.083

Vila Real 39.023 0 0 37.624 38.883

Riba D`Ave 106.251 72.229 55.732

Total 202.537 1.082 106.251 298.786 310.312

Quadro IX – Quantidades recebidas da recolha indiferenciada por instalação

Comparativamente com o ano de 2013, registou-se um aumento de 3,71%.

6.1.1.b) Recolha SeletivaOs materiais provenientes das recolhas seletivas multimaterial são encaminhados para as unidades de triagem, das quais resulta a expedição de vidro, de papel/cartão e de embalagens de plástico e de metal, através do contrato estabelecido com a SPV.

Nos ecocentros foi feita a receção, de forma seletiva, de outros materiais para além dos recolhidos em sistema multimaterial, nomeadamente, resíduos elétricos e eletrónicos, pneus, madeiras e metais, entregues por munícipes e por pequenas entidades particulares.

No Quadro XI apresenta-se um resumo das quantidades recebidas nas diferentes unidades de produção.

Na globalidade, a captação de valorizáveis com origem na recolha seletiva registou em 2014 uma redução de 0,8% relativamente a 2013.

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RC 2014_33

No que respeita à recolha seletiva das �leiras Papel/Cartão, Plástico/Metal e Vidro registamos um ligeiro decréscimo global em relação a 2013, como se pode veri�car no quadro seguinte:

Resíduos recolhidos 2014 (ton)

Origem P/C, Plástico/ metal, Vidro

REEE, sucata, madeira, pilhas e pneus

Total2014

Total 2013

Total 2012

UPBO

Recolha seletiva

2.841 390 3.231 3.198 3.368

UPCB 4.403 25 4.428 4.125 4.139

UPLA 3.988 982 4.970 5.551 5.493

UPRA 18.716 975 19.691 19.721 19.483

Total 29.948 2.372 32.320 32.595 32.483

Quadro X – Resíduos recolhidos – recolha seletiva

Papel/cartão UPBO UPCB UPLA UPRA Total

2012 1.168 1.565 1.114 4.686 9.134

2013 1.057 1.618 1.096 4.615 9.070

2014 1.149 1.588 1.589 4.646 8.972

Var. (2013-2014) 7,8% -2,3% -9,9% 0,7% -1,1%

Embalagens UPBO UPCB UPLA UPRA Total

2012 474 558 606 3.071 5.063

2013 460 579 611 3.337 5.351

2014 473 600 933 3.707 5.712

Var. (2013-2014) 2,8% 2,9% -3,4% 11,1% 6,9%

Vidro UPBO UPCB UPLA UPRA Total

2012 1.213 1.991 988 10.673 15.656

2013 1.160 2.032 928 10.741 15.677

2014 1.219 2.215 1.465 10.363 15.263

Var. (2013-2014) 2,0% 8,4% -13,6% -3,5% -2,6%

Variação (2013-2014) Total

4,4% 3,6% -9,9% 0,1% -0,5%

Quadro XI – Recolha seletiva tri�uxo

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RC 2014_34

A evolução 2013-2014 das quantidades recolhidas de material valorizável não é uniforme em toda a área da concessão, registando-se um decréscimo de 0,5% relativamente ao ano 2013. Por produto, regista-se que a recolha de Papel/Cartão melhorou em Boticas e Riba D`Ave e piorou em Celorico de Basto e Bigorne - Lamego; a recolha de vidro melhorou em Boticas e Celorico de Basto tendo piorado em Bigorne - Lamego; por �m, as embalagens de plástico e de metal, melhoraram signi�cativamente em Riba D`Ave tendo piorado em Lamego.

Assinale-se entretanto que, com a recolha seletiva a ser agora operada pela RESINORTE nos concelhos de Vila Real, Mesão Frio, Régua, Alijó, Sabrosa, Sta. Marta de Penaguião e Murça, desde 2013, se registou um aumento em média de 8% da recolha seletiva nestes concelhos.

Recolha seletiva (ton)

2014 2013

recolhaCapitação

(kg/hab.ano)recolha

Capitação(kg/hab.ano)

UPBO 2.841 25,4 2.724 24,4

UPCB 4.403 22,4 4.254 21,7

UPLA 3.988 25,0 4.428 27,7

UPRA 18.716 39,6 18.692 39,5

Total 29.948 31,8 30.098 32,0

Quadro XII – Recolha seletiva - capitações

Analisada na perspetiva da capitação, a recolha de valorizáveis apresenta um espectro de resultados muito largo.

Dos resíduos valorizáveis destacam-se os resíduos de embalagem de Papel/Cartão, Plástico/Metal e Vidro, cuja evolução se apresenta nos grá�cos seguintes.

UPBO

UPBO

UPCB

UPCB

1.066

460

1.625

583

1.763

966

4.615

3.377

9.070

5.346

1.149

473

1.588

600

1.589

933

4.646

3.707

8.972

5.712

UPLA

UPLA

UPRA

UPRA

Total

Total

2013

2014

2013

2014

Globalmente, foram recolhidas 8.972 ton de papel/cartão no ano de 2014, menos 98 ton do que em 2013, o que corresponde a um decréscimo de aproximadamente 1%.

Fig. 3 – Recolha seletiva – papel/cartão

Fig. 4 – Recolha seletiva – embalagens de plástico/metal

No conjunto, em 2014 foram recolhidas 5.712 ton de resíduos provenientes do embalão, mais 366 ton (6,8%) do que em 2013.

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RC 2014_35

UPBO UPCB

1.196 2.044 1.696

10.741

15.677

1.219 2.215 1.465

10.363

15.263

UPLA UPRA Total

2013

2014

Fig. 5 – Recolha seletiva – Vidro

Em 2014 foram recolhidas 15.263 ton de vidro, menos 414 ton (2.6%) do que em 2013.

6.1.2.Tratamento, Valorização e Confinamento Técnico

TriagemNas várias unidades de triagem deu entrada um total de 32,6 mil toneladas de resíduos provenientes da recolha multimaterial, vidro, papel/cartão e plástico/metal. No quadro seguinte apresenta-se a distribuição por instalação e por produto acabado.

Unidade de Produção EntradasStock2013

Saídas (ton)refugo global

%Stock2014P/C % plástico % Vidro %

madeirae pilhas

%

Boticas (1) 2.814 133 1.061 39% 386 14% 1.218 45% 4 0% 48 25 257

Celorico de Basto (1) 4.403 193 1.255 32% 344 9% 2.184 56% 0.4 0% 108 3% 705

Lamego (1) 3.988 415 1.616 42% 512 13% 1.508 39% 43 1% 166 4% 558

Riba D’Ave 18.716 550 4.918 26% 3.052 16% 10.370 54% 3 0% 910 5% 14

Total 29.948 959 8.851 30% 4.294 15% 15.208 52% 49 0% 1.231 4% 1.534

(1) Triagem Manual (2) Triagem automáticaQuadro XIII – Triagem: entradas e saídas

Tratamento Mecânico e BiológicoNo ano de 2014 foram recebidas e processadas na unidade de Tratamento Mecânico e Biológico de Riba D`Ave 106.990 toneladas de RSU. Do processamento destes resíduos obtiveram-se os seguintes resultados:

Processamento TMBQuantidades 2014 Quantidades 2013

ton % ton %

ENTRADAS 106.990 52.804

SAÍDAS

Parcela valorizável 5.416 5,1% 3.650 6,9%

Composto 4.662 4,4% 6.140 11,6%

Refugos 87.587 81,9% 41.379 78,4%

Humidade e perdas 9.325 8,7% 1.635 3,1%

Quadro XIV – TMB de Riba D’Ave: entradas e saídas

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RC 2014_36

Da parcela valorizável, depois de triada, resultou:

Valorizáveis TMBQuantidades 2014 Quantidades 2013

ton % ton %

5.416 5,1% 3.650 6,9%

SAÍDAS

Recicláveis 3.579 3,3% 3.615 6,8%

�lme 2.757 2,6% 1.685 3,2%

cartão 0 0,0% 268 0,5%

vidro 0 0,0% 28 0,1%

PET 98 0,1% 404 0,8%

PEAD 102 0,1% 220 0,4%

Mistos 336 0,3% 351 0,7%

ECAL 25 0,0% 254 0,5%

metal 261 0,2% 404 0,8%

Refugo 1.838 1,7% 35 0,1%

Quadro XV – Triagem dos valorizáveis obtidos na TM

Esta unidade fecha o ano a laborar a cerca de 70% da sua capacidade, esperando-se que rapidamente atinja os 100%.

A produção de composto por sua vez decresceu muito devido ao estado das instalações que reclama intervenção urgente.

Das 87.587 ton de refugo originado na TMB, 13.447 ton (15 %) foram encaminhadas para valorização energética na LIPOR - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, no âmbito de uma parceria que envolve também a receção de escórias que são valorizáveis como cobertura de aterros.

Valorização Energética do BiogásPese embora as vicissitudes na execução das respetivas empreitadas, foi possível arrancar em fase de teste com as instalações de Boticas e de Codessoso.

Biogás AS Celorico de BastoNo que respeita ao sistema de valorização energética de biogás do aterro sanitário de Celorico de Basto, veri�cou-se, relativamente ao ano de 2014, uma produção de energia de 5.204.616 MWh, menos 1.269.179 MWh do que em 2013. A situação resultou do facto de ter existido uma avaria no motogerador implicando a sua paragem por aproximadamente 2 meses.

Os principais indicadores apresentam-se na tabela seguinte.

Valorização energética biogás UPCB

jan-14 fev-14 mar-14 abr-14 mai-14 jun-14 jul-14 ago-14 set-14 out-14 nov-14 dez-14 Total 2014 Total 2013 Total 2012

Energia produzida (kWh/mês) 508.788 410.735 40.936 0 432.488 540.438 550.740 560.935 539.196 557.475 539.071 523.814 5.204.616 6.473.795 6.426.808

Energia injetada na rede (kWh/mês)

498.812 402.681 40.133 0 424.008 529.841 539.941 549.936 528.624 546.544 528.501 513.543 5.102.564 6.346.856 6.150.056

Biogás tratado motores (m3/mês) 182.786 149.407 15.090 0 155.463 194.903 200.783 202.157 203.823 204.473 188.747 179.193 1.876.825 2.531.636 2.471.182

Biogás tratado tocha (m3/mês) 293 2.691 13.564 63.767 28.558 0 0 0 0 0 0 0 108.873 161 354

% média de metano no biogás 60.59 60.61 60.48 60.12 59.82 59.59 59.27 59.93 60.64 60.58 60.08 59.91 60 59.7 57.5

Quadro XVI – valorização energética do biogás de Codessoso

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RC 2014_37

Confinamento TécnicoA deposição em aterro sanitário comportou um total de 285.665 ton, aproximadamente a mesma quantidade depositada no ano anterior.

Destes, 202.537 ton. correspondem a resíduos urbanos e 7.076 ton. a resíduos industriais banais e equiparados a urbanos. Foram ainda con�nadas 76.051 ton. de refugos, oriundos do sistema TMB e das unidades de triagem. No quadro seguinte apresenta-se a distribuição da deposição de resíduos pelos vários aterros sanitários.

Con�namento Técnico (Ton)

UP RU RIB REU RCD Refugos Total 2014

Total 2013

Total 2012

∆ 2014/13

Boticas 29.238 1 891 0 48 30.177 30.000 33.012 0,6%

Bigorne 34.040 216 437 71 195 34.960 32.884 34.393 6,3%

Vila Real 39.023 0 419 0 0 39.442 38.088 39.795 3,6%

Codessoso 64.324 0 276 0 1.598 66.198 63.745 64.381 3,8%

Santo Tirso 35.912 0 4.837 0 74.211 114.960 120.818 127.000 -4,8%

Total 202.537 217 6.859 71 76.051 285.736 285.535 298.581 0,0%

Quadro XVII – Con�namento técnico

Foram ainda recebidas 11.483,88 ton de resíduos inertes, 462 ton provenientes dos Municípios e 11.022 ton de particulares, resultantes de construção e demolição (RCD), e 5.732 ton de escória resultante da valorização energética de RSU (Lipor), sendo 4.032 ton recebidas em Bigorne e 1.700 ton em Santo Tirso, que pelas suas características foram valorizadas como terras de cobertura e na execução de caminhos de acesso.

6.1.3. Outras AtividadesRecolha Indiferenciada – Montalegre e Ribeira de Pena

Durante o ano de 2014 a RESINORTE ainda prestou o serviço de recolha de resíduos indiferenciados nos municípios de Montalegre e Ribeira de Pena até �nal de junho. A quantidade de resíduos recolhidos em 2014 nestes municípios foi de 2.087 ton que correspondeu a uma redução de 57% relativamente ao ano de 2013, o que se justi�ca por se tratar apenas da primeira metade do ano e não abranger o verão. No quadro seguinte apresenta-se a distribuição por Município.

Município2013 (ton) 2014 (ton)

RU REU Total RU REU Total

Montalegre 2.977 - 2.977 1.198 - 1.198

Ribeira de Pena 1.664 207 1.871 771 118 890

TOTAL 4.640 207 4.848 1.969 118 2.087

Quadro XVIII – Atividades complementares – recolha indiferenciada

6.2. Gestão de Equipamento e Manutenção

O departamento de Gestão de Equipamento e Manutenção integra a Direção de Produção, tendo sido constituído tendo em vista a centralização e controlo de toda a atividade de manutenção dos equipamentos e gestão da frota da RESINORTE.

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RC 2014_38

Durante 2014 foram recebidos e respondidos 1954 pedidos de intervenção, mais cerca de 19% do que em 2013.

Além das operações normais de manutenção preventiva, destacam-se outras intervenções efetuadas durante 2014:• Reabilitação das “boxes” das Triagens de Codessoso e de Bigorne;• Reabilitação das estruturas das Estações de Transferência de Moimenta da Beira e de S. João da Pesqueira;• Reabilitação de uma mesa densimétrica da AF2, na Upra;• Reabilitação de 7 dos 11 Ventiladores laterais da AF2;• Reabilitação da prensa de metais da Triagem de RA;• Recondicionamento da prensa Mac 108 de Codessoso.• Diversas intervenções de manutenção pesada em máquinas de aterro,

6.3. Apoio técnico

6.3.1. Estudos Projetos e ObrasAs principais intervenções neste domínio ao longo de 2014 foram:• Conclusão da obra da entrada da Unidade de Produção de Riba D’Ave, obra que permitiu duplicar o sistema de pesagem e

abrir mais uma pista de acesso à unidade, visando responder com e�ciência ao grande aumento de entradas e saídas originado pelo funcionamento da TMB, reduzir o impacto de eventuais avarias e melhorar as condições de acessibilidade, nomeadamente por questões de segurança;

• O acompanhamento das obras de instalação do sistema de exploração energética do biogás dos aterros sanitários de Boticas, Guimarães e Santo Tirso, cuja entrada em funcionamento pleno se espera possa ocorrer no primeiro trimestre de 2015;

• Reabilitação das osmoses inversas de Boticas, Celorico de Basto e Bigorne e fornecimento e conceção e instalação de uma nova osmose no aterro sanitário de Vila Real;

• Conclusão da empreitada de construção da Unidade de Tratamento Simples de Celorico de Basto, tendo em vista a triagem dos RSU recebidos na unidade;

6.3.2. LicenciamentosNo decurso do ano de 2014, foram efetuados os seguintes licenciamentos e autorizações:— Renovação da Licença Ambiental n.º 373/2010 de 28 de maio e averbamento à Licença de Exploração n.º 9/2009/DOGR, 1

abril de 2011, do aterro de Santo Tirso;— Aditamento da Licença Ambiental n.º 335/2009 de 27 de outubro e averbamento da licença de Exploração n.º 5/2007/INR do

Alto Tâmega (entrada em funcionamento do motogerador);— Aditamento da Licença de Exploração n.º 01/2007/INR de 15 de fevereiro de 2007 do aterro de Guimarães (comunicação de

entrada em funcionamento do motogerador);— Renovação do alvará de Licença n.º 77/2009/CCDR-N do ecocentro de Bigorne, com integração das instalações con�nadas ao

mesmo espaço numa única licença de operação de gestão de resíduos ( triagem, REEEs e Pneus);— Renovação do alvará de Licença n.º 90/2009/CCDR-N da Estação de Transferência e ecocentro de Moimenta da Beira;— Renovação do alvará de Licença n.º 89/2009/CCDR-N da Estação de Transferência e Ecocentro de São João da Pesqueira;— Renovação do alvará de Licença de operação de gestão de resíduos n.º 43/2009/CCDR-N da Estação de Transferência de Baião;— Renovação do alvará de Licença de operação de gestão de resíduos n.º 119/2009/CCDR-N da Estação de Transferência de

Cabeceira de Basto.

Foram ainda diligenciados junto das entidades competentes os seguintes procedimentos:— Solicitação de aprovação à CCDR-N do projeto de execução da construção da 2.ª célula do aterro sanitário de Vila Real;— Pedido de alteração à CCDR-N, para regime trienal das monitorização das emissões atmosféricas da chaminé do motogerador,

instalado no aterro sanitário de Codessoso ;— Disponibilização de informação e acompanhamento da auditoria realizada pelo ERSAR no Âmbito dos Indicadores de

desempenho;— Preenchimento e submissão dos formulários PRTR dos aterros de Codessoso, Boticas, Bigorne, Vila Real, Gonça e Santo Tirso

na plataforma SIRAPA.— Elaboração dos Relatórios Ambientais Anuais dos aterros de Codessoso, Boticas, Bigorne, Vila Real, Gonça e Santo Tirso e envio

dos mesmos à APA e à CCDR-N;— Preenchimento de formulários da organização RESINORTE e validação/submissão na plataforma Sirapa dos formulários MRRU 2013;

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RC 2014_39

6.3.3. Metas e Objetivos Estratégicos A Estratégia Nacional e Comunitária de Gestão de Resíduos encontra-se fundamentalmente consubstanciada no Decreto-Lei n.º 183/2009, de 10 de agosto, alterado pelo Decreto-Lei n.º 88/2013, de 09de julho, e no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos - PERSU 2020, onde se estabelece um reforço acentuado na redução das quantidades de resíduos a encaminhar para destino �nal, com prioridade para a sua reutilização, reciclagem, valorização orgânica e aproveitamento energético. Neste sentido, torna-se necessário desenvolver no âmbito do modelo de intervenção implantado na RESINORTE, um conjunto de ações que permitam concretizar de forma progressiva as metas e os objetivos estratégicos quanti�cáveis estabelecidos.

Metas Apresentam-se de seguida as metas intercalares propostas pela RESINORTE à APA, no âmbito do Persu2020, ainda pendentes de aprovação, bem como o ponto de situação do seu cumprimento em 2014 e a expectativa de valores associados às metas intercalares, uma vez que as mesmas ainda não foram de�nitivamente aprovadas.

Designação da meta 2014Meta intercalar

2015 2016 2017 2018 2019 2020

Preparação para a reutilização e reciclagem 37% 41% 43% 46% 50% 54% 59%

Deposição de resíduos urbanos biodegradáveis em aterro 61% 57% 54% 51% 49% 47% 42%

Retomas com origem em recolha seletiva (kg/hab.ano) 30 29 30 32 34 36 41

Quadro XIX - Metas

Resíduos urbanos

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

350.000

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

024.860

Quantidades (ton) ∆ 3,41%

46.262

70.739

96.754

121.548

145.917

175.044

206.115233.920

261.036285.065

309.871

24.801

46.337

70.677

96.318

120.897

144.342

172.236

202.750

227.472

253.139

276.076

299.640

Meta Realizada Acumulada

Meta Orçamentada Acumulada

Fig. 6 – RU recebidos versus previsão do OPT

No que respeita ao tratamento de RU proveniente da recolha indiferenciada com origem nos concelhos, foram recebidas em 2014, 309.871ton..

No grá�co anterior estão registadas as quantidades recebidas por comparação com as quantidades previstas no OPT referente ao mesmo período. Constata-se assim que a realidade esteve acima das previsões do OPT, veri�cando-se um aumento de 3,40% relativamente às metas de�nidas para os RU indiferenciados previstos em OPT.

Seletiva MultimaterialOs quantitativos de resíduos encaminhados para valorização atingiram durante o ano de 2014 a quantidade de 35.064 ton.

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RC 2014_40

2014 OPT Real Difª

Papel/Cartão 9.412 9.024 -388

Plástico 8.492 6.943 -1.549

Vidro 15.102 15.384 282

Metais Ferrosos 1057 922 -135

Metais não ferrosos 18 40 22

REEE 180 198 18

Sucata 119 300 181

Pilhas 10 9 -1

Outros - Plásticos não embalagem 170 228 58

Pneus 1.419 1.315 -104

Madeira 91 43 -49

TOTAL 39.769 35.064 -4.705

Quadro XX – Metas OPT2014 versus real 2014

Veri�camos, em termos globais, relativamente aos materiais encaminhados para reciclagem, uma diminuição de 11,80%, que corresponde a menos 4.705 ton relativamente às quantidades previstas em OPT. O material que registou a diferença mais acentuada foi das embalagens de plástico/metal com menos 1.549 ton do que as previstas. Regista-se também, em sentido contrário, a quantidade de vidro, que ultrapassou em 282 ton. a quantidade estimada.

Objetivos EstratégicosTendo presente o modelo técnico, bem como a contribuição para o cumprimento das exigências nacionais e comunitárias para o setor, os objetivos estratégicos para o novo paradigma da gestão de resíduos que a RESINORTE pretende assumir no contexto orientador dado já pelo PERSU2020 e, suportados em 3 pilares da sustentabilidade, ou sejam, as vertentes ambiental, social e económico-�nanceira, e, subsidiariamente a estes princípios, no cumprimento estrito da legislação nacional e comunitária aplicável, passam fundamentalmente por desenvolver as intervenções que se descriminam em seguida, apresentadas por Unidade de produção e tipo de atividade.

UP / Actividade Vector de intervenção Acções Objectivos Situação Actual

UP BoticasAterro sanitário de Boticas

Implementação do sistema electroprodutor de energia

Valorização energética

Em execução

Instalação de Unidade de Tratamento Mecânico Simples a montante do aterro sanitário

Desvio de RUB de aterro

Em estudo

UP Celoricode Basto

Aterro sanitário de Codessoso

Aquisição do 2º motor para o sistema electroprodutor de energia

Valorização energética

Em execução

Aterro sanitário de Vila Real

Implementação do sistema electroprodutor de energia

Valorização energética

Executada

Instalação de Unidade de Tratamento Mecânico Simples a montante do aterro sanitário

Desvio de RUB de aterro

Em estudo

UP Riba D’Ave

CITRUS

Otimização do Tratamento MecânicoValorização multimaterial

Executada

Requali�cação da estação de triagem automatizada

Valorização multimaterial

Executada

Aterro sanitário de Guimarães

Implementação do sistema electroprodutor de energia

Valorização energética

Em teste

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RC 2014_41

UP / Actividade Vector de intervenção Acções Objectivos Situação Actual

Aterro sanitário de Santo Tirso

Implementação do sistema electroprodutor de energia

Valorização energética

Em teste

UP LamegoAterro sanitário de Bigorne

Implementação do sistema electroprodutor de energia

Valorização energética

Em teste

Recolha Seletiva

Recolha seletivaReforço da rede de recolha; Expansão do número de ecopontos; Reforço dos meios.

Reciclagem Em curso

Recolha seletiva PaP

Recolha seletiva PaPExpansão da Recolha seletiva Porta a Porta

Reciclagem Em curso

Energias renováveis

Energias renováveisImplantação de painéis solares, fotovoltaicos e produção de biodiesel

Valorização energética

Em Estudo

Sensibilização ambiental

Sensibilização ambiental

Incremento das acções e recurso a meios móveis de informação da população escolar

Reciclagem Em curso

Quadro XXI – Objetivos estratégicos PAPERSU

7. Objetivos de gestão

As orientações estratégicas aprovadas em Assembleia Geral da RESINORTE de 14 de março de 2014, traduziram indicadores de gestão que apresentamos de seguida.

Indicadores de gestãoCumprimento

Quanti�cação Justi�caçãoS N N.A.

1. Plano de redução de custos x Atingido

2. Receitas de Novos Negócios x Não atingido Atrasos na execução das empreitadas de exploração energética de biogás; Acidente grave com motor de Codessoso

3. Dívida comercial de devedores municipais UNR x Superado

4. Degradação da Tesouraria de exploração x Superado

5. PEC endividamento x Superado

6. ROCE x Superado

7. Margem EBITDA x Superado

8. Prestação da informação e cumprimento de orientações corporativas

x Superado

Quadro XXII – Objetivos de gestão

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RC 2014_42

A Avaliação Global de Desempenho, de acordo com as orientações estratégicas aprovadas em Assembleia Geral da RESINORTE, o valor do atingimento dos objetivos de gestão é de 2,64, considerando-se assim, de acordo com a tabela-escala de�nida, como superados os objetivos de 2014.

8. Cumprimento das obrigações legais

Conforme explicitado no ponto IX do RELATÓRIO DE GOVERNO SOCIETÁRIO.

9. Perspetivas para o futuro

Durante o exercício de 2015 será dado cumprimento ao plano de investimentos aprovado, retratando-se de seguida os mais relevantes.• Conclusão das empreitadas de instalação dos sistemas de valorização energética do biogás dos aterros sanitários de Boticas,

Guimarães e Santo Tirso;• Execução das obras de instalação dos sistemas de valorização energética do biogás dos aterros sanitários de Bigorne e Celorico

de Basto (reforço);• Conclusão da empreitada de construção da unidade de tratamento mecânico simples em Celorico de Basto;• Execução das obras de reabilitação dos sistemas de tratamento de lixiviados por osmose inversa dos aterros de Boticas,

Celorico de Basto e Bigorne, bem como a aquisição e instalação do sistema de tratamento de lixiviado por osmose inversa no aterro sanitário de Vila Real;

• Execução do projeto de reabilitação do sistema de desodorização do ar da TMB de Riba D’Ave;• Execução da 2ª fase do aterro sanitário de Vila Real;• Execução do projeto de ampliação do aterro sanitário de Celorico de Basto;• Execução das obras de selagem do aterro sanitário de Guimarães;• Execução das obras de impermeabilização temporária dos aterros sanitários de Boticas, Bigorne e Codessoso.

10. Factos relevantes após o termo do exercício

Não é do nosso conhecimento a existência de fatos relevantes após o termo do exercício, salvo:• A renúncia ao cargo por razões pessoais e de saúde apresentada pelo Presidente do Conselho Fiscal em 03 de fevereiro de

2015.• A amortização de suprimentos no montante de dois milhões de euros, ocorrida em 28.01.2015.

11. Sucursais da sociedade

A empresa não tem sucursais.

12. Considerações finais

O Conselho de Administração deseja expressar o seu profundo reconhecimento:

Aos Acionistas Câmaras Municipais e Associações de Municípios, o agradecimento pela participação nos diversos aspetos da atividade da empresa.

Ao Acionista EGF pelo contínuo apoio que tornou possível a boa execução dos objetivos da Empresa durante o exercício decorrido.

Ao Revisor O�cial de Contas, Auditor e Conselho Fiscal pela disponibilidade e colaboração prestada.

À ERSAR, APA, CCDR-N e ARH-N pela colaboração prestada.

A todos os colaboradores da empresa, que com a sua dedicação e competência tornaram possível a concretização dos objetivos de�nidos.

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RC 2014_43

13. Proposta de aplicação de resultados

O Conselho de Administração propõe que o resultado líquido do exercício de 2014, no valor de 2.466.382,36 EUR positivos, tenha a seguinte aplicação:

APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Reserva Legal (5%) 123.319,12 EUR

Remuneração acionista do ano 549.330,50 EUR

Amortização de dívida de remuneração 1.793.732,74 EUR

Quadro XXIII – Aplicação de resultados

14. Anexo ao relatório

O capital social da RESINORTE – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, SA era integralmente detido pelos acionistas que constam do Quadro I.

15. Relatório dos administradores não executivos

1. Introdução

Nos termos do n.º 8 do artigo 407º do Código das Sociedades Comerciais, e no âmbito das nossas competências de vigilância geral sobre a atuação dos administradores com funções executivas, é emitido o presente relatório sobre o desempenho dos mesmos durante o exercício de 2014.

2. Atividade

Nos termos da Lei, e das competências que o Estatuto do Gestor Público determina, e de outras atribuições decididas pelo conselho de administração, acompanhámos a gestão da empresa e o desempenho dos administradores executivos.

As nossas funções foram exercidas com independência, sendo nosso juízo, no que se refere aos administradores executivos, livre e incondicionado.

3. Parecer

Face ao acima exposto, fazemos uma apreciação positiva do desempenho global dos administradores executivos, salientando a sua preocupação em auscultar as nossas opiniões e juízos de valor sobre as ações de gestão, adotando em muitas ocasiões os conceitos das nossas intervenções mais relevantes, tendo em vista um melhor rigor na gestão da empresa.

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RC 2014_44

Codessoso, 12 de fevereiro de 2015Os Administradores não executivos,

Eng.º Artur João Lopes Cabeças

Eng.º Miguel de Matos Esteves

Eng.º Francisco Manuel Lopes

Eng.º José João dos Anjos Pinto Rodrigues

Dr. Joaquim Barbosa Ferreira Couto

Eng.º Fernando Ferreira Campos

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RC 2014_45

Codessoso, 12 de fevereiro de 2015O Conselho de Administração,

Eng.º Artur João Lopes Cabeças

Eng.º Miguel de Matos Esteves

Eng.º Gerardo José S. S. Saraiva de Menezes

Eng.º Francisco Manuel Lopes

Eng.º José João dos Anjos Pinto Rodrigues

Eng.º Tomás Joaquim de Oliveira Serra

Dr. Joaquim Barbosa Ferreira Couto

Eng.º Carlos Manuel Sanches Gonçalves

Eng.º Fernando Ferreira Campos

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B - Contas do Exercício

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RC 2014_49

B - Contas do Exercício

Demonstração da Posição Financeira

Notas

31.12.2014 31.12.2013

IFRS IFRS

Activos Não Correntes

Activos intangíveis 6 107.424.999 108.339.863

Activos �xos tangíveis 7 74.271

Propriedades de investimento

Investimentos �nanceiros 8 1.442.623 1.180.328

Impostos diferidos activos 9 3.846.861 3.668.813

Clientes e outros activos não correntes 10 4.371.880 4.952.106

Total dos activos não correntes 117.086.363 118.215.381

Activos Correntes

Inventários 11 456.817 334.594

Clientes 12 7.574.206 10.758.118

Estado e outros entes públicos 13 89.983 89.983

Outros activos correntes 14 606.164 821.776

Caixa e seus equivalentes 15 7.912.984 5.324.553

Total dos activos correntes 16.640.154 17.329.024

Total do activo 133.726.517 135.544.405

Capital próprio dos accionistas maioritários

Capital social 16 8.000.000 8.000.000

Reservas Legais 16 1.703.500 1.625.051

Resultados transitados 16

Resultado líquido do exercício 2.466.382 1.568.975

Total do capital próprio 12.169.882 11.194.026

Passivos Não Correntes

Empréstimos 17 31.826.496 36.296.735

Fornecedores e outros passivos não correntes 25.000 467.425

Impostos Diferidos Passivos 9 2.726.146 3.096.570

Acréscimos de custos do investimento contratual 18 11.849.334 9.842.642

Subsídios ao investimento 19 62.576.411 63.412.904

Total dos passivos não correntes 109.003.387 113.116.277

Passivos Correntes

Empréstimos 17 8.503.578 6.535.038

Fornecedores 20 1.045.342 1.437.577

Outros passivos correntes 21 1.615.282 1.074.103

Imposto sobre o rendimento do exercício 22 206.625 987.220

Estado e outros entes públicos 13 1.182.422 1.200.165

Total dos passivos correntes 12.553.248 11.234.102

Total do passivo 121.556.636 124.350.379

Total do passivo e do capital próprio 133.726.517 135.544.405

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RC 2014_50

Demonstração de Resultados

Notas

31.12.2014 31.12.2013

IFRS IFRS

Vendas 23 6.638.812 6.104.262

Prestações de serviços 23 11.807.710 11.565.470

Volume de negócios 18.446.522 17.669.732

Custo das vendas/variação dos inventários 24 15.089 (157.703)

Margem bruta 18.461.611 17.512.029

Fornecimentos e serviços externos 25 (6.071.855) (5.538.954)

Gastos com pessoal 26 (3.610.320) (4.147.304)

Amortizações, depreciações e reversões do exercício 27 (6.580.487) (6.601.483)

Provisões e reversões do exercício 28

Perdas por imparidade e reversões 29 (138.373) 29.610

Subsídios ao investimento 19 2.443.791 2.472.339

Outros gastos e perdas operacionais 30 (382.902) (237.944)

Outros rendimentos e ganhos operacionais 31 199.420 173.455

Resultados operacionais 4.320.885 3.661.749

Gastos �nanceiros 32 (1.456.761) (1.916.872)

Rendimentos �nanceiros 33 704.852 575.077

Ganhos/(perdas) de investimentos �nanceiros

Resultados �nanceiros (751.909) (1.341.795)

Resultados antes de impostos 3.568.976 2.319.955

Imposto corrente 22 (1.651.065) (1.364.373)

Imposto diferido 9 e 22 548.472 613.394

Resultado líquido do exercício operações continuadas 2.466.382 1.568.975

Resultado líquido de operações descontinuadas

Resultado líquido do exercício 2.466.382 1.568.975

Resultado por ação (básico e diluído) 16 0,31 0,20

Notas

31.12.2014 31.12.2013

IFRS IFRS

Resultado líquido do exercício 2.466.382 1.568.975

Ganhos de reavaliações

Perdas atuariais

Rendimento integral 2.466.382 1.568.975

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RC 2014_51

Demonstração dos Fluxos de Caixa

31.12.2014 31.12.2013

Fluxo de caixa das atividades operacionais

Recebimentos de clientes 25.640.808 21.993.438

Pagamentos a fornecedores (8.044.565) (10.453.128)

Pagamentos ao pessoal (2.219.914) (2.533.648)

Pagamentos do Imposto sobre o Rendimento (2.412.988) (940.146)

Pagamentos Segurança Social (859.188) (973.466)

Pagamentos de Outros Impostos (2.254.197) (721.831)

9.849.956 6.371.219

Fluxo de caixa das atividades de investimento

Recebimentos de investimentos �nanceiros 30.278 1.900.000

Recebimentos de subsídios de investimento 1.604.297 1.766.069

Pagamentos de investimentos �nanceiros (262.295) (262.295)

Pagamentos de ativos intangíveis (3.399.178) (1.054.351)

(2.023.898) 2.349.422

Fluxo de caixa das atividades de �nanciamento

Pagamentos de empréstimos obtidos (2.531.459) (1.285.039)

Pagamentos de juros e gastos similares (1.160.317) (2.036.823)

Pagamentos de dividendos (1.545.851) (2.906.945)

(5.237.627) (6.228.806)

Variação de caixa e seus equivalentes 2.588.431 2.491.836

Caixa e seus equivalentes no início do período 5.324.553 2.832.716

Caixa e seus equivalentes no �m do período 7.912.984 5.324.553

2.588.431 2.491.837

31.12.2014 31.12.2013

Caixa 1.299 1.551

Depósitos à ordem 1.911.684 1.798.002

Depósitos a prazo 6.000.000 3.525.000

7.912.984 5.324.553

Descobertos bancários

7.912.984 5.324.553

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RC 2014_52

Demonstração das Variações do Capital Próprio

Capital social

Reserva legal

Resultados transitados

Resultado líquido do exercício

TOTAL

Saldo a 31 de Dezembro de 2013 IFRS 8.000.000 1.625.051 1.568.975 11.194.026

Aplicação do resultado líquido do exercício

78.449 1.490.526 (1.568.975)

Dividendos pagos (1.490.526) (1.490.526)

Correções de exercícios anteriores

Resultado líquido do exercício 2.466.382 2.466.382

Saldo a 31 de Dezembro de 2014 IFRS 8.000.000 1.703.450 2.466.382 12.169.882

Notas às Demonstrações Financeiras

1. Atividade económica da RESINORTE

1.1. IntroduçãoA RESINORTE foi constituída em 20 de Outubro de 2009, graças à publicação do Decreto-Lei n.º 235/2009, de 15 de Setembro. Realizou-se assim e, em simultâneo, a operação de fusão das sociedades REBAT - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, S. A., RESAT - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., e RESIDOURO - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A..

No �nal de 2009 foram assinados os contratos de integração das infraestruturas das Associações de Municípios do Vale do Ave e do Vale do Douro Norte, na sequência do que se assinaram também os contratos de entrega e receção com os municípios utilizadores pertencentes ao Vale do Ave e ao Vale do Douro Norte, produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2010.

A sede social da Sociedade é no Aterro Sanitário de Celorico de Basto, Freguesia de Codessoso, Concelho de Celorico de Basto.

A empresa possui instalações principais em Celorico de Basto, em Boticas, em Vila Real, em Lamego, em Riba D’Ave e em Santo Tirso.

A RESINORTE foi constituída tendo como acionistas a Empresa Geral do Fomento, S.A., os Municípios de Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Lamego, Marco de Canaveses, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Penedono, Resende, Ribeira de Pena, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, as Associações de Municípios do Vale do Ave (AMAVE) e do Vale Douro Norte (AMVDN) e a EHATB – Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e Barroso, EIM, SA.

1.2. AtividadeA Empresa tem por objeto, nos termos do artigo 5.º do Decreto-lei nº 235/09, de 15 de Setembro, “a exploração e gestão do sistema do Norte Central”.

Tendo por base o Contrato de Concessão celebrado com o Estado Português em 20 de Outubro de 2009, foi atribuída à Sociedade, em regime de exclusividade, a concessão da gestão, da aquisição, exploração, manutenção, reparação e renovação dos equipamentos e infraestruturas para processamento dos Resíduos Sólidos Urbanos, ou a tal equiparados nos termos da lei, gerados nas áreas dos municípios utilizadores, bem como a gestão, da aquisição, instalação, exploração, manutenção e renovação dos equipamentos de recolha seletiva para deposição, remoção, triagem e encaminhamento dos materiais depositados em pontos �xos constituídos por contentores especí�cos para matérias de pequena dimensão (ecopontos) ou, se for caso disso, para materiais de pequenas e grandes dimensões (ecocentros), pelo prazo de 30 anos.

1.3. Aprovação das Demonstrações financeirasAs presentes Demonstrações Financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da RESINORTE no dia 12 de Fevereiro de 2015.

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2. Políticas contabilísticas

As presentes demonstrações �nanceiras foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) emitidas pelo “International Accounting Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”), adotadas pela UE, em vigor para exercícios iniciados em 1 de Janeiro de 2010.

As políticas contabilísticas mais signi�cativas utilizadas na preparação destas demonstrações �nanceiras encontram-se descritas abaixo. Estas políticas foram aplicadas de forma consistente nos períodos comparativos, exceto quando referido em contrário.

2.1. Bases de apresentaçãoOs valores apresentados, salvo indicação em contrário, são expressos em euros (EUR).

As demonstrações �nanceiras da RESINORTE foram preparadas segundo a base do custo histórico.

A preparação de demonstrações �nanceiras em conformidade com os IAS/IFRS requer o uso de estimativas e assunções que afetam as quantias reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Apesar destas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e ações correntes, em última análise, os resultados reais podem diferir dessas estimativas. No entanto, é convicção da gestão que as estimativas e assunções adotadas não incorporam riscos signi�cativos que possam causar, no decurso do próximo exercício, ajustamentos materiais ao valor dos ativos e passivos.

2.1.1. Alterações voluntárias de políticas contabilísticasDurante o exercício não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação �nanceira relativa ao exercício anterior apresentada nos comparativos.

Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor a partir 01 de Janeiro de 2014

• Adoção da IFRS 10 Demonstrações �nanceiras consolidadas, da IFRS 11 Acordos conjuntos e da IFRS 12 Divulgação de interesses noutras entidades, bem como das versões alteradas da IAS 27 Demonstrações �nanceiras separadas e da IAS 28 Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos (Regulamento n.º 1254/2012, de 11 de dezembro)

O objetivo da IFRS 10 é fornecer um modelo de consolidação único, que identi�ca a relação de controlo como base para a consolidação de todos os tipos de entidades. A IFRS 10 substitui a IAS 27 Demonstrações �nanceiras consolidadas e separadas e a SIC 12 Consolidação — Entidades com �nalidade especial. Um investidor controla uma investida se e apenas se tiver, cumulativamente: (a) poder sobre a investida; (b) exposição ou direitos a resultados variáveis por via do seu relacionamento com a investida; e (c) a capacidade de usar o seu poder sobre a investida para afetar o valor dos resultados para os investidores. As mudanças introduzidas pela IFRS 10 requerem que a Gestão faça um julgamento signi�cativo de forma a determinar que entidades são controladas e consequentemente ser incluídas nas Demonstrações �nanceiras consolidadas da empresa-mãe.

A IFRS 11 estabelece princípios para o relato �nanceiro pelas partes em acordos conjuntos e substitui a IAS 31 Interesses em empreendimentos conjuntos e a SIC 13 Entidades conjuntamente controladas – Contribuições não monetárias por empreendedores.

A IFRS 12 combina, reforça e substitui os requisitos de divulgação para as �liais, acordos conjuntos, associadas e entidades estruturadas não consolidadas. Em consequência destas novas IFRS, foi também emitida uma versão alterada da IAS 27 e da IAS 28. A IFRS 12 Divulgação de participações em outras entidades estabelece o nível mínimo de divulgações relativamente a empresas subsidiárias, empreendimentos conjuntos, empresas associadas e outras entidades não consolidadas. Esta norma inclui, por isso, todas as divulgações que eram obrigatórias na IAS 27 Demonstrações �nanceiras consolidadas e separadas referentes às contas consolidadas, bem como as divulgações obrigatórias incluídas na IAS 31 Interesses em empreendimentos conjuntos e na IAS 28 Investimentos em associadas, para além de novas informações adicionais. O objetivo desta Norma é exigir que uma entidade divulgue informação nas suas demonstrações �nanceiras que permita que os utentes avaliem: (a) a natureza e os riscos associados aos seus interesses noutras entidades; e (b) os efeitos desses interesses na sua posição �nanceira, desempenho �nanceiro e �uxos de caixa. Para isso, uma entidade deve divulgar : (a) os julgamentos e pressupostos signi�cativos nos quais se baseou para determinar a natureza do seu interesse noutra entidade ou acordo e para determinar o tipo de acordo conjunto no qual tem um interesse; e (b) informação sobre os seus interesses em subsidiárias, acordos conjuntos e associadas; e entidades estruturadas que não sejam controladas pela entidade. Para efeitos desta Norma, um interesse noutra entidade refere-se ao envolvimento contratual e não-contratual que expõe uma entidade a uma variabilidade do retorno em função do desempenho da outra entidade. Um interesse

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noutra entidade pode ser evidenciado, entre outros, pela propriedade de ações ou de instrumentos de dívida, bem como por outras formas de envolvimento como o fornecimento de �nanciamento, de assistência à liquidez, de aumentos de crédito e de garantias. Isso inclui os meios pelos quais uma entidade tem controlo, controlo conjunto ou in�uência signi�cativa sobre outra entidade. Uma entidade não tem necessariamente um interesse noutra entidade apenas por via de uma normal relação de cliente-fornecedor.

• Emendas à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, à IFRS 11 Acordos Conjuntos e à IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades (Regulamento n.º 313/2013, de 4 de abril)

O objetivo das emendas consiste em clari�car a intenção do IASB quando emitiu pela primeira vez as orientações de transição relativas à IFRS 10. As emendas proporcionam também uma �exibilidade de transição suplementar relativamente à IFRS 10, à IFRS 11 e à IFRS 12, limitando o requisito de prestação de informações comparativas ajustadas apenas ao período comparativo precedente. Além disso, para as divulgações relativas a entidades estruturadas não consolidadas, as emendas suprimem a obrigação de apresentar informações comparativas para os períodos anteriores à aplicação pela primeira vez da IFRS 12.

• Emenda IAS 39 Instrumentos �nanceiros derivados

A emenda cobre as novações: que resultem da aplicação ou da alteração de leis ou regulamentos nas quais as partes do instrumento de cobertura concordam que uma ou mais contrapartes da compensação substituam as contrapartes originais de forma a tornarem-se as novas contrapartes de cada uma das partes; que não resultem em outras alterações aos termos do contrato original do derivado para além das alterações diretamente atribuíveis à alteração da contraparte para assegurar a compensação. Todas as condições acima referidas devem ser cumpridas para se continuar a contabilidade de cobertura de acordo com esta exceção. A emenda cobre novações efetuadas para contrapartes centrais, bem como para intermediários como sejam membros de câmaras de compensação, ou clientes dos últimos que sejam eles próprios intermediários. Para as novações que não cumpram os critérios da exceção, as entidades devem avaliar as alterações ao instrumento de cobertura à luz das regras de desreconhecimento de instrumentos �nanceiros e das condições gerais para continuar a aplicação da contabilidade de cobertura.

• Emenda à IAS 32 – Instrumentos �nanceiros derivados (divulgações)

A emenda clari�ca o signi�cado de “direito legal correntemente executável de compensar” e a aplicação da IAS 32 aos critérios de compensação de sistemas de compensação (tais como sistemas centralizados de liquidação e compensação) os quais aplicam mecanismos de liquidação brutos que não são simultâneos. O parágrafo 42 a) da IAS 32 requer que “um ativo �nanceiro e um passivo �nanceiro devem ser compensados e a quantia líquida apresentada no balanço quando, e apenas quando, uma entidade tiver atualmente um direito de cumprimento obrigatório para compensar as quantias reconhecidas”. Esta emenda clari�ca que os direitos de compensar não só têm de ser legalmente correntemente executáveis no decurso da atividade normal mas também têm de ser executáveis no caso de um evento de incumprimento e no caso de falência ou insolvência de todas as contrapartes do contrato, incluindo da entidade que reporta. A emenda também clari�ca que os direitos de compensação não devem estar contingentes de eventos futuros. O critério de�nido na IAS 32 para a compensação de instrumentos �nanceiros requer que a entidade de reporte pretenda, ou liquidar numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar simultaneamente o passivo. A emenda clari�ca que só os mecanismos de liquidação pelo valor bruto que eliminam ou resultam em riscos de crédito e liquidez insigni�cantes em que o processo de contas a receber e a pagar é um único processo de liquidação ou ciclo podem ser, de facto, equivalentes a uma liquidação pelo valor líquido, cumprindo com efeito o critério de liquidação líquido previsto na norma.

• Alterações à IFRS 10 Demonstrações Financeiras Consolidadas, IFRS 12 Divulgação de Interesses Noutras Entidades e IAS 27 Demonstrações Financeiras Separadas (Regulamento n.º 1174/2013, de 20 de novembro)

A IFRS 10 é emendada a �m de re�etir melhor o modelo de negócio das entidades de investimento. Exige que essas entidades mensurem as suas �liais pelo justo valor através dos resultados, em vez de procederem à respetiva consolidação. A IFRS 12 é emendada a �m de exigir uma divulgação especí�ca sobre essas �liais das entidades de investimento. As emendas à IAS 27 eliminaram ainda a opção que era dada às entidades de investimento no sentido de mensurarem os seus investimentos em determinadas �liais pelo custo ou pelo justo valor nas suas demonstrações �nanceiras separadas. As emendas à IFRS 10, à IFRS 12 e à IAS 27 implicam, por conseguinte, emendas à IFRS 1, IFRS 3, IFRS 7, IAS 7, IAS 12, IAS 24, IAS 32, IAS 34 e IAS 39, a �m de assegurar a coerência entre as normas internacionais de contabilidade.

• Alterações à IAS 36 Imparidade de ativos (Regulamento n.º 1374/2013, de 19 de dezembro)

As principais alterações envolvem: (i) a remoção do requisito de divulgação da quantia recuperável das unidades geradoras de caixa relativamente às quais não foi reconhecida qualquer imparidade; (ii) introdução do requisito de divulgar informação acerca dos pressupostos-chave, técnicas de avaliação e nível aplicável da hierarquia de justo valor para qualquer ativo individual (incluindo o

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goodwill) ou para qualquer unidade geradora de caixa relativamente aos quais foi reconhecidas ou revertidas perdas de imparidade durante o período, e para as quais o valor recuperável consiste no justo valor menos custos de vender; (iii) introdução do requisito de divulgação das taxas de desconto que foram usadas no período corrente e em mensurações anteriores das quantias recuperáveis dos ativos em imparidade que tenham sido baseadas no justo valor menos custos de vender usando a técnica do valor presente; (iv) remoção do termo “material”, por se ter considerado desnecessária a referência explícita quando a norma faz referência aos requisitos de divulgações para os ativos (incluindo goodwill) ou unidades geradoras de caixa, para os quais uma perda ou reversão “material” de imparidade tenha sido incorrida durante o período.

• Alterações à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração - Novação de Derivados e Continuação da Contabilidade de Cobertura (Regulamento n.º 1375/2013, de 19 de dezembro)

O objetivo das alterações é o de resolver as situações em que um derivado designado como instrumento de cobertura é objeto de novação entre uma contraparte e uma contraparte central por razões legais ou regulamentares. A solução prevista permitirá a continuação da contabilidade de cobertura independentemente da novação, o que não seria permitido na ausência destas emendas.

• Alterações à IAS 27 Demonstrações �nanceiras consolidadas e separadas (Revista em 2011)

Com a introdução da IFRS 10 e IFRS 12, a IAS 27 limita-se a estabelecer o tratamento contabilístico relativamente a subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas nas contas separadas.

• Alterações à IAS 28 Investimentos em associadas e joint ventures

Com as alterações à IFRS 11 e IFRS 12, a IAS 28 foi renomeada e passa a descrever a aplicação do método de equivalência patrimonial também às joint-ventures à semelhança do que já acontecia com as associadas.

As alterações e emendas nas normas acima referidas ou não são aplicáveis ou não é expectável que da sua adoção resulte qualquer efeito relevante nas demonstrações �nanceiras.

Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor em exercícios com início em ou após 01 de Janeiro de 2015

• Adoção da IFRIC 21 Taxas (Regulamento n.º 634/2014, de 13 de junho)

Esta interpretação diz respeito à contabilização de um passivo correspondente ao pagamento de uma taxa caso esse passivo seja abrangido pela IAS 37. Diz igualmente respeito à contabilização de um passivo pelo pagamento de uma taxa cujo calendário e montante são conhecidos. Contudo, esta interpretação não diz respeito à contabilização dos custos decorrentes do reconhecimento de um passivo correspondente ao pagamento de uma taxa. As entidades deverão aplicar outras normas para determinar se o reconhecimento de um passivo correspondente ao pagamento de uma taxa dá origem a um ativo ou a uma despesa, não estando igualmente abrangidas: a) saídas de recursos abrangidas pelo âmbito de aplicação de outras normas (como por exemplo os impostos sobre o rendimento, que são do âmbito da IAS 12 Impostos sobre o rendimento); e b) coimas ou outras sanções aplicadas por infração da legislação. A interpretação esclarece que uma entidade reconhece um passivo para uma taxa quando a atividade que desencadeia pagamento ocorre, tal conforme identi�cada pela legislação pertinente. Para uma taxa que é desencadeada ao atingir um limiar mínimo, esta interpretação clari�ca que nenhuma responsabilidade deve ser antecipada antes do limite mínimo especi�cado ser atingido. Uma entidade deve aplicar, no relatório �nanceiro intercalar, os mesmos princípios de reconhecimento de taxas que aplica nas demonstrações �nanceiras anuais, sendo requerida aplicação retrospetiva.

• IAS 19 R – Benefícios de Empregados (Emenda): Contribuições de empregados

Esta emenda aplica-se a contribuições de empregados ou terceiros para planos de benefícios de�nidos. Simpli�ca a contabilização das contribuições que sejam independentes do número de anos de prestação de serviço do empregado, como por exemplo, contribuições efetuadas pelo empregado que sejam calculadas com base numa percentagem �xa do salário, que sejam uma quantia �xa ao longo de todo o período de serviço ou uma quantia que dependa da idade do empregado. Tais contribuições passam a poder ser reconhecidas como uma redução dos custo do serviço no período em que o serviço é prestado.

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• Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012

Nas Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012, o IASB introduziu sete melhorias em sete normas cujos resumos se apresentam de seguida:

√ IFRS 2 Pagamentos com base em AçõesAtualiza de�nições, clari�ca o que se entende por condições de aquisição e clari�ca ainda situações relacionadas com preocupações que haviam sido levantadas sobre condições de serviço, condições de mercado e condições de performance.

√ IFRS 3 Combinações de NegóciosIntroduz alterações no reconhecimento das alterações de justo valor dos pagamentos contingentes que não sejam instrumentos de capital. Tais alterações passam a ser reconhecidas exclusivamente em resultados do exercício.

√ IFRS 8 Segmentos OperacionaisRequer divulgações adicionais (descrição e indicadores económicos) que determinaram a agregação dos segmentos. A divulgação da reconciliação do total dos ativos dos segmentos reportáveis com o total de ativos da entidade só é exigida se for também reportada ao gestor responsável, nos mesmos termos da divulgação exigida para os passivos do segmento.

√ IFRS 13 Mensuração ao Justo valorClari�ca que as contas a receber e as contas a pagar sem juro declarado podem ser mensuradas ao valor nominal quando o efeito do desconto é imaterial. Assim, a razão pela qual foram eliminados parágrafos da IAS 9 e IAS 39 nada teve a ver com alterações de mensuração mas sim com o facto de a situação em concreto ser imaterial e, por esse facto, não ser obrigatório o seu tratamento conforme já previsto na IAS 8.

√ IAS 16 Ativos �xos tangíveis e IAS 38 Ativos intangíveisNo caso de revalorização a norma passa a prever a possibilidade de entidade poder optar entre proceder ao ajustamento do valor bruto com base em dados observáveis no mercado ou que possa alocar a variação, de forma proporcional, à alteração ocorrida no valor contabilístico sendo, em qualquer dos casos, obrigatória a eliminação das amortizações acumuladas por contrapartida do valor bruto do ativo. Estas alterações só se aplicam a revalorizações efetuadas no ano em que a alteração for aplicada pela primeira vez e ao período imediatamente anterior. Pode fazer a reexpressão para todos os períodos anteriores mas não é obrigada a fazê-lo. Contudo, se não �zer, deverá divulgar o critério usado nesses períodos.

√ IAS 24 Divulgações de Partes RelacionadasClari�ca que uma entidade de gestora – uma entidade que presta serviços de gestão – é uma parte relacionada sujeita aos requisitos de divulgação associados. Adicionalmente, uma entidade que utilize os serviços de uma entidade de gestão é obrigada a divulgar os gastos incorridos com tais serviços.

• Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013

Nas Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013, o IASB introduziu quatro melhorias em outras tantas normas cujos resumos se apresentam de seguida:

√ IFRS 1 Adoção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato �naneiroClari�ca o que se entende por normas em vigor.

√ IFRS 3 Combinações de NegóciosAtualiza a exceção de aplicação da norma a “Acordos Conjuntos” clari�cando que a única exclusão se refere à contabilização da criação de um acordo conjunto nas demonstrações �nanceiras do próprio acordo conjunto.

√ IFRS 13 Mensuração ao Justo valorAtualiza o parágrafo 52 no sentido de a exceção ao porfolio passar a incluir também outros contratos que estejam no âmbito ou sejam contabilizados de acordo com a IAS 39 ou a IFRS 9, independentemente de satisfazerem as de�nições de ativos �nanceiros ou passivos �nanceiros nos termos na IAS 32.

√ IAS 40 Propriedades de InvestimentoClari�ca que é à luz da IFRS 3 que se deve determinar se uma dada transação é uma combinação de negócios ou compra de ativos e não a descrição existente na IAS 40 que permite distinguir a classi�cação de uma propriedade como sendo de investimento ou como sendo propriedade ocupada pelo dono.

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As alterações e emendas nas normas acima referidas ou não são aplicáveis ou não é expectável que da sua adoção resulte qualquer efeito relevante nas demonstrações �nanceiras.

Novas normas, interpretações e alterações, ainda não endossadas pela União Europeia, com data de entrada em vigor em exercícios com início em ou após 01 de Janeiro de 2015

IFRS 9: Instrumentos �nanceiros (emitida em 24 de Julho de 2014)

IFRS 10 e IAS 28: Venda ou entrega de ativos por um investidor à sua associada ou empreendimento conjunto (Emendas emitidas em 11 de Setembro de 2014)

IFRS 10, IFRS 12 e à IAS 28: Entidades de investimento: Aplicação da exceção de consolidação (Emendas emitidas em 18 de Dezembro de 2014)

IFRS 11: Contabilização da aquisição de participações em operações conjuntas (Emendas emitidas em de 6 de Maio de 2014)

IAS 27: Método da equivalência patrimonial nas demonstrações �nanceiras separadas (Emenda emitida em 12 de Agosto 2014)

IFRS 14: Contas de diferimento relacionadas com atividades reguladas (emitida em 30 de Janeiro de 2014)

IFRS 15: Rédito de contratos com clientes (emitida em 28 de Maio de 2014)

IAS 1: Clari�cação sobre divulgações no relato �nanceiro (Emendas emitidas em 18 de Dezembro de 2014)

IAS 16 e à IAS 41: Plantas que geram produto agrícola (Emendas emitidas em 30 de Junho de 2014)

IAS 16 e à IAS 38: Clari�cação sobre os métodos de cálculo de depreciação e amortização permitidos (Emendas emitidas em 12 de Maio de 2014)

• Melhorias anuais relativas ao ciclo 2012-2014 (emitidas em 25 de Setembro de 2014)IFRS 5 – Ativos não correntes detidos para venda e Operações descontinuadas IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: DivulgaçõesIAS 19 – Benefícios de EmpregadosIAS 34 – Relato Financeiro Intercalar

2.2. Atividade regulada – reconhecimento de ativos e passivos regulatórios

2.2.1. IntroduçãoAs empresas gestoras de SMM (sistemas multimunicipais) atuam no âmbito das atividades reguladas. O maior efeito da regulação sobre a atividade das empresas está no escrutínio que a entidade reguladora, a ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos, I.P. (Lei n.º 10/2014 de 6 de março), faz da tarifa a aplicar aos serviços prestados aos utilizadores e bem como do respetivo orçamento anual.

A atividade da RESINORTE é regulada, sendo que os preços são �xados pelo Regulador, a ERSAR.

2.2.2. Acréscimos de custos para investimentos contratuaisEm cumprimento do estipulado nos contratos de concessão e com as regras regulatórias, e sempre que aplicável, é registada a quota-parte anual dos custos estimados para fazer face aos encargos futuros em investimentos contratuais (regulados) ou em investimentos de expansão (regulados) da concessão.

Estes acréscimos são calculados com base no investimento contratual de substituição de�nido na revisão ao modelo económico (Estudo de Viabilidade Económico Financeiro), submetido para análise e aprovação do concedente, e são registadas em resultados por contrapartida de passivo não corrente.

Saliente-se que os acréscimos de custos para investimentos contratuais visam garantir o princípio da especialização dos exercícios e o balanceamento, durante o prazo de vigência dos contratos de concessão com o Estado, dos proveitos (tarifas) e dos custos (incorridos e a incorrer) que constituem a sua base de cálculo.

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Na prática estes acréscimos correspondem a um reembolso futuro à tarifa, permitindo um nível de estabilização da mesma, bem como o balanceamento, durante o prazo de vigência dos contratos de concessão com o Estado, dos proveitos (tarifas) e dos custos (incorridos e a incorrer) referidos anteriormente.

Estes acréscimos são reconhecidos em custos na rubrica Gastos de Depreciação e Amortização e no passivo (não corrente), sendo transferido o passivo para amortizações acumuladas aquando da concretização do investimento subjacente.

2.3. Atividade concessionada – IFRIC 12

2.3.1. EnquadramentoA IFRIC 12 – “Acordos de concessão de serviço” de�ne os princípios a observar na contabilização dos contratos de concessão de serviço público, atendendo aos serviços a que a concessionária se obriga a prestar e ao controlo que exerce sobre os ativos da concessão.

No âmbito da IFRIC 12 estão os contratos de concessão de serviço que possuem as seguintes características:(i) O objetivo do contrato é a prestação de um serviço público aos utilizadores em geral;(ii) O contrato de concessão regula o tipo e a qualidade dos serviços a serem prestados pelo concessionário;(iii) O concessionário é responsável pela conceção, desenho e construção / requali�cação das infraestruturas necessárias à prestação

do serviço público;(iv) Os preços a praticar (tarifas) são aprovados pelo concedente sob escrutínio do regulador;(v) O concedente controla qualquer valor residual das infraestruturas independentemente de quem a construiu ou detêm a

titularidade uma vez que (a) o concessionário não pode onerar, alienar ou ceder as infraestruturas da concessão e (b) no �nal da concessão, as infraestruturas da concessão revertem para o concedente / associação de municípios.

A IFRIC 12 proporciona orientação quanto ao tratamento contabilístico a adotar pelos concessionários de serviços públicos com as características acima identi�cadas. Quando a IFRIC 12 é aplicada, o concessionário não pode reconhecer nas suas demonstrações �nanceiras, como ativos �xos tangíveis, os ativos da concessão utilizados na prestação do serviço por não deter o controlo sobre os mesmos, embora retenha o risco de construção e de �nanciamento.

Dado que a construção/aquisição das infraestruturas da concessão não quali�ca como investimento em ativos próprios do concessionário, em substância o concessionário presta um serviço de construção que terá de registar de acordo com a IAS 11 – Contratos de construção.

A aplicação da IAS 11 prevê o reconhecimento da totalidade dos gastos incorridos na prestação do serviço de construção/requali�cação das infraestruturas da concessão consoante a sua natureza, e o registo do justo valor do rédito da construção.

Uma vez que no caso das concessões este serviço está associado ao contrato de concessão que prevê a exploração subsequente das infraestruturas construídas/ adquiridas, é necessário determinar a contraprestação do rédito reconhecido.

A IFRIC 12 preconiza dois modelos de contabilização para os serviços de construção consoante os riscos e benefícios assumidos pelo concessionário:i) o modelo do ativo �nanceiro – se o concedente tem a responsabilidade de pagar ao concessionário pela prestação do serviço

de construção, os montantes despendidos constituem um direito a receber;ii) o modelo do ativo intangível – se o concessionário tem direito a cobrar consoante a prestação do serviço públicos aos

utilizadores (pagando o utilizador ou o concedente), os montantes despendidos constituem o custo da aquisição do direito de concessão.

O concessionário deve reconhecer um ativo �nanceiro na medida em que tem um direito contratual de receber dinheiro ou outro ativo �nanceiro do concedente pelos serviços de construção e o concedente não tem como evitar o pagamento, uma vez que o contrato tem a força de lei. O concessionário tem um direito incondicional de receber dinheiro se o concedente garantir contratualmente esse pagamento ao concessionário que corresponde a (a) um montante especi�co, ou (b) à diferença, se existir, entre os montantes recebidos dos utilizadores do serviço público, e outro montante especí�co, mesmo que o pagamento seja contingente ao facto de o concessionário assegurar que a infraestrutura está de acordo com os requisitos de qualidade e e�ciência.

O concessionário deve reconhecer um ativo intangível na medida em que recebe um direito (licença) de cobrar aos utilizadores pela prestação do serviço público. O direito a cobrar aos utilizadores por um serviço público não é um direito incondicional de cobrança, porque os montantes estão condicionados ao facto de os utilizadores utilizarem o serviço.

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O concessionário deve reconhecer o rédito e os custos relacionados com o serviço de operação da concessão de acordo com o IAS 18 - Rédito.

Nos termos desta interpretação a RESINORTE presta os dois tipos de serviços: o de construção, requali�cação e renovação das infraestruturas afetas ao sistema; e o de exploração e gestão do sistema constituído pelas infraestruturas, necessárias à prestação de serviços aos utilizadores, pelo que aplica os princípios da IFRIC 12.

Decorrente da atividade concessionada, a RESINORTE, gestora de um SMM (sistema multimunicipal) está sujeita à regulação económica em vigor para o serviço público prestado. O maior impacto da regulação sobre a atividade da empresa está no escrutínio que a entidade reguladora faz da tarifa a aplicar aos serviços prestados aos utilizadores, bem como do respetivo orçamento anual e plano de investimentos.

Concessões, prazo e indexantes

Água e saneamento/ Resíduos

Concessão /Parceria

Prazo Período Remuneração acionista

Taxa Incidência

Resíduos Concessão 30 Anos 2010-2039 OT 10 anos+3% Capital Social e Reserva Legal

Nos termos do n.º 1 do art.º 9.º do decreto-Lei n.º 235/2009 de 15 de setembro com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei 106/2014 de 2 de julho, o período da concessão será reduzido para 31 de dezembro de 2034 na data em que a RESINORTE deixar de ser detida maioritariamente por entidades públicas (n.º 2 art.º 8.º do DL 106/2014 de 2 de julho).

2.3.2. Classificação da infraestruturaA RESINORTE encontra-se integrada no universo do Grupo AdP, constituindo uma sociedade estabelecida com os Municípios e Associações de Municípios para a execução do contrato de concessão prestação do serviço público de valorização e tratamento de resíduos atribuídos pelo Estado.

Do ponto de vista dos acionistas da RESINORTE, a concessão assenta num modelo tendente à classi�cação como ativo �nanceiro, uma vez que, tendo os acionistas direito a uma remuneração (mínima) anual garantida contratualmente, cujo recebimento pode ser diferido no tempo, na sua perspetiva, não está sujeito a perda de valor.

Contudo, na esfera jurídica da RESINORTE que possui o contrato de concessão de prestação de serviço público, a contabilização de acordo com o modelo do ativo �nanceiro não se aplica, uma vez que de acordo com a de�nição de ativo �nanceiro, estabelecida pelo IAS 32 – Instrumentos �nanceiros, a RESINORTE não possui um direito presente e incondicional a receber dinheiro ou outro ativo �nanceiro. De entre os vários mecanismos de reequilíbrio dos contratos de concessão; (i) aumento de tarifas, (ii) indemnização direta do concedente e/ou (iii) extensão do prazo de concessão, esta última não cumpre com os requisitos previstos naquela norma (IAS 32), uma vez que constitui um direito futuro a cobrar aos utilizadores, inviabilizando o reconhecimento do ativo �nanceiro.

Deste modo, a RESINORTE como concessionária de SMM classi�ca os montantes incorridos na construção/ aquisição das infraestruturas dos sistemas que explora como ativos intangíveis – Direito de concessão.

A formação do custo dos ativos intangíveis (direitos de concessão) compreende o custo de aquisição ou construção, incluindo os custos e proveitos (líquidos) diretos e indiretamente relacionados com os projetos de construção, que são capitalizados em ativos intangíveis em curso, por permuta com os serviços de construção prestados.

Os encargos �nanceiros relacionados com empréstimos obtidos para �nanciamento dos projetos de construção em curso são capitalizados na sua totalidade até à entrada em exploração das infraestruturas do sistema.

Os investimentos adicionais de expansão ou modernização nas infraestruturas da concessão, cuja vida útil se prolongue para além do prazo da concessão, e que apresentem valor residual no termo da concessão, darão lugar a uma indemnização equivalente ao valor ainda não amortizado a essa data, pelo que a RESINORTE procede ao registo, na data da permuta pelo direito de concessão, do valor a receber descontado como um ativo �nanceiro.

As despesas com grandes reparações e benfeitorias às infraestruturas da concessão (incluindo bens de substituição), por via da regulação económica da concessão, são especi�camente remuneradas na medida em que concorrem igualmente para a formação

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da tarifa (ou seja, têm uma recuperação implícita na aceitação da amortização pelo regulador), sendo desta forma contabilizadas como parte do ativo intangível.

A manutenção e conservação corrente das infraestruturas, são contabilizadas em resultados no exercício em que ocorrem.

A empresa considera no conceito de infraestrutura a universalidade dos bens afetos à concessão.

2.3.3. AmortizaçõesO ativo intangível, direito de concessão, é amortizado numa base sistemática de acordo com o padrão de obtenção dos benefícios económicos associados ao mesmo. No caso da RESINORTE os benefícios económicos obtidos da exploração do direito de concessão são determinados pela regulação económica e a aceitação dos custos de amortização na formação anual das tarifas por parte do regulador.

2.3.4. Acréscimos de custos por responsabilidades contratuaisEm cumprimento do estipulado no contrato de concessão e com as regras regulatórias, é registada a quota-parte anual dos gastos estimados para fazer face às responsabilidades em investimentos contratuais da concessão. Estes acréscimos são calculados com base no padrão de obtenção dos benefícios económicos associados ao mesmo. No caso da RESINORTE os benefícios económicos obtidos são determinados pela regulação económica tendo por base o modelo económico de suporte ao contrato de concessão e são registados em resultados do exercício por contrapartida de passivo não corrente. Na prática estes acréscimos correspondem a uma responsabilidade por reembolso a tarifas futuras.

2.3.5. Rédito – serviços de construçãoDe acordo com o IFRIC 12 – Contratos de concessão, o rédito dos serviços de construção deve ser reconhecido de acordo com o IAS 11 – Contratos de construção. O modelo regulatório e as regras de cálculo das tarifas não permitem que a RESINORTE expurgue da tarifa o serviço de construção e o serviço de operação, e que se determine o justo valor do respetivo rédito com �abilidade.

Saliente-se ainda que a RESINORTE, na fase de construção das infraestruturas atua como um “agente” intermediário, transferindo os riscos e os retornos a um terceiro (que constrói), sem apropriação de qualquer margem, no decurso da sua atividade operacional.

Assim, e tendo em conta a atividade regulada da RESINORTE, o rédito reconhecido é aquele que resulta da aplicação das tarifas aprovadas pelo concedente e escrutinadas pelo regulador.

2.4. Ativos intangíveis

2.4.1. Direitos de utilização de infraestruturasCom base na IFRIC 12, os direitos de utilização das infraestruturas foi valorizado pelo custo de aquisição da universalidade dos investimentos, sendo a vida útil calculada com base no prazo em falta para o termo da concessão, contado a partir da aquisição dos investimentos. (ver nota 2.3.2.)

2.5. Ativos e passivos financeiros

2.5.1. Classificação de ativos financeirosOs ativos �nanceiros da RESINORTE são classi�cados nas categorias que abaixo se descrevem:

2.5.1.1. Empréstimos e contas a receberOs empréstimos e contas a receber são registados inicialmente ao justo valor e subsequentemente pelo custo amortizado, não têm implícito juros por não ser material o valor temporal do dinheiro e como tal estão mensuradas pelo seu valor nominal com base na taxa de juro efetiva, deduzidos de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade são registadas com base na estimativa e avaliação das perdas associadas aos créditos de cobrança duvidosa, na data do balanço, para que re�itam o seu valor realizável líquido.

São registados ajustamentos por imparidade quando existam indicadores objetivos de que a RESINORTE não irá receber todos os montantes que lhe são devidos de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identi�cação de situações de imparidade são utilizados indicadores como: análise de incumprimento; incumprimento há mais de 6 meses; di�culdades �nanceiras do devedor; probabilidade de falência do devedor.

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2.5.2. Passivos financeirosOs passivos �nanceiros são classi�cados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem. O IAS 39 – Instrumentos �nanceiros: reconhecimento e mensuração, prevê a classi�cação dos passivos �nanceiros em duas categorias: (i) passivos �nanceiros ao justo valor por via de resultados; (ii) outros passivos �nanceiros. Os outros passivos �nanceiros incluem Empréstimos obtidos e Fornecedores e outras contas a pagar.

2.5.2.1. Empréstimos bancáriosOs empréstimos são reconhecidos inicialmente ao justo valor deduzidos de custos de transação incorridos e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre o valor de emissão (líquido de custos de transação incorridos) e o valor nominal é reconhecido em resultados durante o período de existência dos empréstimos de acordo com o método do juro efetivo. Os empréstimos obtidos são classi�cados no passivo corrente, exceto se a RESINORTE possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos 12 meses após a data do balanço, sendo neste caso classi�cado no passivo não corrente.

2.5.2.2. Fornecedores e outras contas a pagar Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são inicialmente registados pelo seu valor nominal, o qual se entende ser o seu justo valor.

2.6. Clientes e outras contas a receberOs saldos de clientes e outras contas a receber são valores a reconhecer pela venda de mercadorias ou de serviços prestados pela RESINORTE no curso normal das suas atividades. São registados ao justo valor.

2.7. InventáriosOs inventários estão valorizados ao custo de aquisição (o qual inclui todas as despesas até à sua entrada em armazém) e ao valor realizável líquido. O valor realizável líquido resulta do preço de venda estimado no decurso da atividade normal da empresa. O método de custeio adotado para a valorização das saídas de armazém é o FIFO.

2.8. Caixa e equivalentes de caixaO caixa e equivalentes de caixa incluem numerário, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo.

2.9. Imparidade

Clientes, devedores e outros ativos financeirosSão registados ajustamentos para perdas por imparidade quando existem indicadores objetivos que a RESINORTE não irá receber todos os montantes a que tinha direito de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos. Na identi�cação de situações de imparidade são utilizados diversos indicadores, tais como: (i) análise de incumprimento; (ii) incumprimento há mais de 6 meses; (iii) di�culdades �nanceiras do devedor; (iv) probabilidade de falência do devedor.

2.10. CapitalAs ações ordinárias são classi�cadas no capital próprio.

2.11. Dividendos a pagarOs dividendos são classi�cados no capital próprio, pelo valor realizado.

2.12. Subsídios do governoOs subsídios para investimento são reconhecidos quando existe uma segurança razoável que o subsídio será recebido e que a RESINORTE cumprirá as obrigações inerentes ao seu recebimento. Os subsídios para investimento relativos à aquisição e/ou construção de ativos intangíveis são incluídos nos passivos não-correntes e são creditados na demonstração dos resultados com base no mesmo método da amortização dos ativos subjacentes.

Os restantes subsídios são reconhecidos na demonstração dos resultados no mesmo período dos gastos que pretendem compensar.

2.13. ImpostosO imposto sobre rendimento do período compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são registados na demonstração dos resultados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos capitais próprios. O valor de imposto corrente a pagar, é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras �scais.

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Os impostos diferidos são reconhecidos usando o método do passivo de balanço, considerando-se as diferenças temporárias provenientes da diferença entre a base �scal de ativos e passivos e os seus valores nas demonstrações �nanceiras. Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que os lucros tributáveis futuros estarão disponíveis para utilização da diferença temporária ou quando se espera a reversão de um imposto diferido ativo para a mesma altura e com a mesma autoridade.

Os impostos diferidos são calculados com base na taxa de imposto em vigor ou já o�cialmente comunicada, à data do balanço e que se estima que seja aplicável na data da realização dos impostos diferidos ativos ou na data do pagamento dos impostos diferidos passivos.

Os impostos diferidos são registados no resultado líquido ou em capital próprio consoante o registo da transação ou evento que lhes deu origem.

2.14. Rédito O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e descontos. O rédito é reconhecido como segue:

2.14.1. Prestação de serviçosAtividade regulada – Receção e tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos

O rédito é registado pelo valor do produto entre a tarifa aprovada e as toneladas entregues pelos Municípios utilizadores;

Atividade não regulada – Todas as demais;

O rédito é registado pelo preço �xado/acordado com o utilizador para a atividade.

2.14.2. Venda de bensAtividade regulada – Entregas à Sociedade Ponto Verde

O rédito é registado pelo valor do produto entre a tarifa aprovada por Despacho emitido pelos Ministérios do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e da Economia e da Inovação e as toneladas entregues para valorização;

Atividade regulada – Entregas a Outros Retomadores

O rédito é registado pelo valor do produto entre a tarifa de�nida no contrato celebrado com as respetivas entidades ou na inexistência de contrato celebrado pelo valor de cotação mais elevado e as toneladas entregues para valorização;

Outras vendas de valorizáveis – Concursos próprios ou através do MOR.

2.15. JurosO rendimento de juros é reconhecido com base na taxa de juro efetiva e são registados no período a que respeitam, de acordo com o regime do acréscimo.

2.16. Gastos e perdasOs gastos e perdas são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o regime do acréscimo (especialização do exercício).

2.17. Eventos subsequentesOs eventos ocorridos após a data de balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são re�etidos nas demonstrações �nanceiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se materiais e não ajustáveis são divulgados nas notas às Demonstrações �nanceiras, se ajustáveis são alteradas as Demonstrações �nanceiras.

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3. Políticas de gestão do risco financeiro

3.1. Fatores de riscoAs atividades da RESINORTE estão expostas a uma variedade de fatores de risco �nanceiro: risco de crédito, risco de liquidez e risco de mercado (risco de taxa de juro, risco de �uxos de caixa associado à taxa de juro). O Grupo AdP desenvolveu e implementou um programa de gestão do risco que, conjuntamente com a monitorização permanente dos mercados �nanceiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos na performance �nanceira da AdP e suas participadas. A gestão do risco é conduzida pelo departamento central de tesouraria com base em políticas aprovadas pela Administração. A tesouraria identi�ca, avalia e realiza operações com vista à minimização dos riscos �nanceiros, em estrita cooperação com as unidades operacionais do Grupo AdP. O Conselho de Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas especí�cas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados, outros instrumentos não estruturados e o investimento do excesso de liquidez. O Conselho de Administração tem a responsabilidade de de�nir princípios gerais de gestão de riscos, bem como limites de exposição. Todas as operações realizadas com instrumentos derivados carecem de aprovação prévia do Conselho de Administração, que de�ne os parâmetros de cada operação e aprova documentos formais descritivos dos objetivos das mesmas.

3.2. Risco de créditoO risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda �nanceira para a empresa. A RESINORTE está sujeita ao risco de crédito nas suas atividades operacionais, de investimento e de tesouraria. O risco de crédito está relacionado com créditos de serviços prestados a clientes. Este risco é em teoria reduzido dadas as características do serviço prestado (predominantemente a entidades estatais - Municípios). Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o per�l de risco do cliente, consoante se trate de cliente institucional ou empresarial; ii) o prazo médio de recebimento, o qual difere de negócio para negócio; e iii) a condição �nanceira do cliente.

O grupo AdP tem vindo a alertar o Governo Central para a insustentabilidade da atual situação de mora junto de alguns municípios, no sentido de encontrar alternativas que permitam cobrar os valores em dívida. O Conselho de Administração da RESINORTE e da AdP SGPS, encontram-se em permanência a avaliar a adoção de medidas que visem assegurar a recuperabilidade dos saldos a receber dos Municípios, entre as quais o acionamento do mecanismo associado ao Privilégio Creditório, o qual incide sobre as dívidas correntes, bem como o estabelecimento de acordos de pagamento. Ainda que atendendo à incerteza existente acerca dos prazos em que os clientes Municípios procederão ao cumprimento das suas obrigações, o Conselho de Administração da RESINORTE continua a entender que sobre esses saldos não existem à data indicadores que conduzam ao reconhecimento de perdas por imparidade.

RatingsLongo prazo Longo prazo

Ano 2014 Ano 2013

BANCO BPI Ba3 Ba3

BANCO COMERCIAL PORTUGUES, SA B1 B1

CAIXA GERAL DE DEPOSITOS, SA Baa3 Baa3

SANTANDER-TOTTA Baa1 Ba1

BANIF - BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL, SA Caa1 Caa1

CAIXA ECONOMICA MONTEPIO GERAL B2 Ba3

BPN - BANCO PORTUGUES DE NEGOCIOS, SA Baa3 Baa3

CAIXAS DE CREDITO AGRICOLA MUTUO n.d. n.d.

INSTITUTO DE GESTÃO DE CRÉDITO PÚBLICO Ba1 Ba3

A seguinte tabela representa a exposição máxima da RESINORTE ao risco de crédito (não incluindo saldos de clientes e de outros devedores) a 31 de dezembro de 2014, sem ter em consideração qualquer colateral detido ou outras melhorias de crédito. Para ativos no balanço, a exposição de�nida é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face do Balanço.

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31.12.2014 31.12.2013

Depósitos à ordem 1.911.684 1.799.553

Depósitos prazo 6.000.000 3.525.000

Fundo de reconstituição do capital 1.442.623 1.180.328

9.354.307 6.504.881

3.3. Risco de liquidezA gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível razoável, a viabilidade da consolidação da dívida �utuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. Em virtude da dinâmica dos negócios subjacentes, a tesouraria da RESINORTE pretende assegurar a �exibilidade da dívida �utuante, mantendo para o efeito as linhas de crédito disponíveis. A RESINORTE efetua a gestão do risco de liquidez através da contratação e manutenção de linhas de crédito e facilidades de �nanciamento com compromisso de tomada �rme junto de instituições �nanceiras nacionais e internacionais de elevada notação de crédito que permitem o acesso imediato a fundos.

No último exercício a RESINORTE conseguiu recuperar um montante signi�cativo de divida vencida de clientes, o que permitiu reduzir a exposição da empresa ao recurso das linhas de crédito disponíveis para fazer face à insu�ciências de tesouraria.

A tabela abaixo apresenta as responsabilidades da RESINORTE por intervalos de maturidade residual contratual. Os montantes apresentados na tabela são os �uxos de caixa contratuais, não descontados a pagar no futuro (sem os juros a que estão a ser remunerados estes passivos).

< 1 ano 1 a 5 anos > 5 anos

Financiamentos 6.503.578 20.250.000 13.576.496

Fornecedores e outros passivos 2.584.808

3.4. Risco de fluxos de caixa e de justo valor associado à taxa de juroO risco da taxa de juro da RESINORTE advém, essencialmente, da contratação de empréstimos de longo prazo. Neste âmbito, empréstimos obtidos com juros calculados a taxas variáveis expõem a RESINORTE ao risco de �uxos de caixa. Igualmente associado à volatilidade das taxas de juro está remuneração garantida dos contratos de concessão, e consequentemente o desvio tarifário.

Análise de sensibilidade à variação de taxa de juro

31.12.2014 31.12.2013

Juros suportados Real 1.456.761 1.916.872

Juros suportados tx média +1% 1.780.932 2.291.944

Juros suportados tx média -1% 1.132.590 1.541.800

3.5. Risco de capitalO objetivo da RESINORTE em relação à gestão de capital, é manter uma estrutura de capital ótima, através da utilização prudente de dívida que lhe permita reduzir o custo de capital.

O objetivo da gestão do risco do capital é salvaguardar a continuidade das operações do grupo, com uma remuneração adequada aos acionistas e gerando benefícios para todos os terceiros interessados.

A política da RESINORTE é contratar empréstimos com entidades �nanceiras, ao nível da empresa-mãe, a AdP, SGPS, S.A. (exceção feita aos empréstimos relacionados com o investimento), que por sua vez fará empréstimos às suas �liais. Esta política visa a otimização da estrutura de capital com vista a uma maior e�ciência �scal e redução do custo médio de capital.

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31.12.2014 31.12.2013

Empréstimos não correntes 31.826.496 36.296.735

Empréstimos correntes 8.503.578 6.535.038

Disponibilidades (7.912.984) (5.324.553)

Dívida 32.417.089 37.507.220

Subsídios ao investimento 62.576.411 63.412.904

Total do capital próprio 12.169.882 11.194.026

Capital 107.163.382 112.114.150

Dívida/total do capital 0,30 0,33

3.6. Risco regulatórioA regulação é a mais signi�cativa restrição à rendabilidade das atividades económicas desenvolvidas pelo Grupo. O regulador pode tomar medidas com impacto negativo no cash-�ow, com todas as consequências adversas que daí resultam. De forma a minimizar estes riscos, o Grupo tem procurado acompanhar mais de perto as atividades do regulador, procurando, assim, antecipar potenciais impactos negativos nas empresas decorrentes das regras emanadas pela ERSAR.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). Esta publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º). Em face das alterações em concretização nos sectores das águas e dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desa�o signi�cativo quer para a entidade reguladora quer para as entidades reguladas. É expetativa do Grupo que, com este reforço de poderes da ERSAR, o sector integre uma agenda consentânea com a fase de desenvolvimento em que se encontra, colocando-se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas vertentes económica, social e ambiental.

Durante o ano de 2014, em concretização do novo poder regulamentar da ERSAR, o regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, foi publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril, cuja produção de efeitos se prevê para 1 de janeiro de 2016 (após o processo de privatização). Este regulamento acarreta uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos permitidos (revenue cap), que remunera uma base de ativos ao custo de capital e�ciente e permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de e�ciência produtiva.

4. Estimativas e julgamentos

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações �nanceiras da RESINORTE são continuamente avaliados, representando à data de cada relato a melhor estimativa da Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis. A natureza intrínseca das estimativas pode levar a que o re�exo real das situações que haviam sido alvo de estimativa possam, para efeitos de relato �nanceiro, vir a diferir dos montantes estimados. As estimativas e os julgamentos que apresentam um risco signi�cativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico de ativos e passivos no decurso do exercício seguinte são as que seguem:

4.1. ProvisõesA RESINORTE analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento ou divulgação.

4.2. Ativos intangíveisAs depreciações são calculadas pelo período da Concessão, tendo em conta os investimentos de substituição apresentados no Orçamento e Projeto Tarifário para 2014.

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4.3. ImparidadeA determinação de uma eventual perda por imparidade pode ser despoletada pela ocorrência de diversos eventos, muitos dos quais fora da esfera de in�uência da RESINORTE, tais como a disponibilidade futura de �nanciamento, o custo de capital ou a manutenção da atual estrutura regulatória do mercado, bem como por quaisquer outras alterações, quer internas, quer externas à Empresa.

À data de emissão das demonstrações �nanceiras da RESINORTE não é considerada como provável a existência de qualquer situação de imparidade nos ativos reportados.

Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o per�l de risco dos clientes e a situação �nanceira dos mesmos.

5. Instrumentos financeiros por categoria

Exercício de 2014

Activos �nanceiros

ao justo valor por resultados

Empréstimos e contas a receber

Passivos �nanceiros

ao justo valor por resultados

Passivos �nanceiros ao custo

amortizado

TOTAL Activos e passivos não classi�cados

como instrumentos �nanceiros

Total de balanço a

31.12.2014

Ativos intangíveis 107.424.999 107.424.999

Ativos �xos tangíveis

Propriedades de investimento

Investimentos �nanceiros 1.442.623 1.442.623 1.442.623

Impostos diferidos ativos 3.846.861 3.846.861

Clientes e outros ativos não correntes

4.371.880 4.371.880

Inventários 456.817 456.817

Clientes 7.574.206 7.574.206 7.574.206

Estado e outros entes públicos 89.983 89.983

Outros ativos correntes 606.164 530.348 530.348

Caixa e seus equivalentes 7.912.984 7.912.984 7.912.984

Total do ativo 17.535.977 17.535.977 116.190.540 133.726.517

Provisões

Responsabilidades com pensões

Empréstimos não correntes 31.826.496 31.826.496 31.826.496

Fornecedores e outros passivos não correntes

25.000 25.000

Impostos diferidos passivos 2.726.146 2.726.146

Acréscimos de custos do investimento contratual

11.849.334 11.849.334

Subsídios ao investimento 62.576.411 62.576.411

Empréstimos correntes 8.503.578 8.503.578 8.503.578

Fornecedores 1.045.342 1.045.342 1.045.342

Outros passivos correntes 1.615.282 1.615.282 1.615.282

Imposto sobre o rendimento do exercício

206.625 206.625

Estado e outros entes públicos 1.182.422 1.182.422

Total do passivo 42.990.697 42.990.697 78.565.938 121.556.636

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Activos �nanceiros

ao justo valor por resultados

Empréstimos e contas a receber

Passivos �nanceiros

ao justo valor por resultados

Passivos �nanceiros ao custo

amortizado

TOTAL Activos e passivos não classi�cados

como instrumentos �nanceiros

Total de balanço a

31.12.2014

Activos intangíveis 108.339.863 108.339.863

Activos�xos tangíveis 74.271 74.271

Propriedades de investimento

Investimentos �nanceiros 1.180.328 1.180.328 1.180.328

Impostos diferidos activos 3.668.813 3.668.813

Clientes e outros activos não correntes

4.952.106 4.952.106

Inventários 334.594 334.594

Clientes 10.758.118 10.758.118 10.758.118

Estado e outros entes públicos 89.983 89.983

Outros activos correntes 821.776 821.776 821.776

Caixa e seus equivalentes 5.324.553 5.324.553 5.324.553

Total do activo 18.084.775 18.084.775 117.459.630 135.544.405

Provisões

Responsabilidades com pensões

Empréstimos não correntes 36.296.735 36.296.735 36.296.735

Fornecedores e outros passivos não correntes

Impostos diferidos passivos 3.096.570 3.096.570

Acréscimos de custos do investimento contratual

9.842.642 9.842.642

Subsídios ao investimento 63.412.904 63.412.904

Empréstimos correntes 6.535.038 6.535.038 6.535.038

Fornecedores 1.905.002 1.905.002 1.905.002

Outros passivos correntes 1.074.103 1.074.103 1.074.103

Imposto sobre o rendimento do exercício

987.220 987.220

Estado e outros entes públicos 1.200.165 1.200.165

Total do passivo 45.810.877 45.810.877 78.539.501 124.350.379

Exercício de 2013

6. Ativos intangíveis

31.12.2014 31.12.2013

Direitos de utilização de infraestruturas 107.424.999 108.339.863

107.424.999 108.339.863

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RC 2014_68

6.1. Movimentos do período

Valor Bruto 31.12.2013 Aumentos Abates Alienações Transfer 31.12.2014

Despesas de desenvolvimento

Propriedade industrial e outros direitos

Direitos de utilização de infraestruturas 161.111.522 7.541.170 (2.019.955) 166.632.738

161.111.522 7.541.170 (2.019.955) 166.632.738

Amortizações acumuladas 31.12.2013 Aumentos Abates Alienações Transfer 31.12.2014

Despesas de desenvolvimento

Propriedade industrial e outros direitos

Direitos de utilização de infraestruturas (52.771.659) (4.573.795) (1.862.284) (59.207.739)

(52.771.659) (4.573.795) (1.862.284) (59.207.739)

108.339.863 2.967.376 (3.882.239) 107.424.999

Valor Bruto 31.12.2013 Aumentos Abates Alienações Transfer 31.12.2014

Terrenos 7.985.524 (467.425) 7.518.099

Edifícios e outras construções 103.661.798 504.085 104.165.883

Equipamento básico 38.216.945 2.794.535 831.673 41.843.154

Equipamento de transporte 8.585.570 2.024 1.084.095 9.671.689

Equipamento administrativo 954.858 10.779 619 966.255

Outros 737.411 20.199 757.579

DUI em curso 969.416 4.229.747 (3.489.086) 1.710.078

161.111.522 7.541.170 (2.019.955) 166.632.738

Amortizações acumuladas 31.12.2013 Aumentos Abates Alienações Transfer 31.12.2014

Terrenos (1.046.717) (220.041) (1.266.758)

Edifícios e outras construções (32.087.795)

(2.834.719)

(34.922.514)

Equipamento básico (14.506.587)

(849.816)

(756.110) (16.112.513)

Equipamento de transporte (3.671.161) (202.025) (1.085.387) (4.958.572)

Equipamento administrativo (863.911) (15.434) (619) (879.963)

Outros (172.086) (10.238) (20.169) (202.492)

Ajustamento (423.403) (441.523) (864.926)

(52.771.659) (4.573.795) (1.862.284) (59.207.739)

108.339.863 2.967.376 (3.882.239) 107.424.999

6.2. DUI – movimentos do período

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RC 2014_69

7. Ativos Fixos tangíveis

31.12.2014 31.12.2013

Ativos �xos tangíveis 74.271

74.271

31.12.2014 31.12.2013

Fundo de renovação

Fundo de reconstituição 1.442.623 1.180.328

Participação �nanceira

1.442.623 1.180.328

7.1. Movimentos do período

Valor Bruto 31.12.2013 Aumentos Abates Alienações Transfer 31.12.2014

Ativos �xos tangíveis 1.936.556 (1.936.556)

1.936.556 (1.936.556)

Amortizações acumuladas 31.12.2013 Aumentos Abates Alienações Transfer 31.12.2014

�xos tangíveis (1.862.284) 1.862.284

(1.862.284) 1.862.284

74.271 (74.271)

8. Investimentos financeiros

Para cumprimento do estabelecido no contrato de concessão encontra-se criado o Fundo para a Reconstituição do Capital Social no montante de 1.442.623 EUR.

No exercício de 2014 a RESINORTE reforçou o Fundo Reconstituição de Capital, IGCP - Instituto de Gestão do Crédito Público, em 262.294,08 EUR.

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RC 2014_70

9. Impostos diferidos

Saldo Inicial Correções Dotação Utilização Saldo Final

Taxa de IRC 23,00% 21,00% 21,00% 21,00% 21,00%

Taxa de Derrama 0,70% 0,70% 0,70% 0,70% 0,70%

Ativos por Impostos Diferidos

Amortizações não aceites /investimento contratual não realizado

15.480.227 2.448.215 (200.966) 17.727.476

Base de incidência 15.480.227 2.448.215 (200.966) 17.727.476

IRC 3.560.450 (309.605) 514.125 (42.203) 3.722.768

Derrama 108.362 17.138 (1.407) 124.093

Imposto diferido ativo reconhecido 3.668.812 (309.605) 531.263 (43.610) 3.846.861

Taxa de IRC 23,00% 21,00% 21,00% 21,00% 21,00%

Taxa de Derrama 0,70% 0,70% 0,70% 0,70% 0,70%

Outros

Ajustamentos Transição - Amortizações /subsídios - investimento contratual não realizado

13.065.696 (502.810) 12.562.886

Base de incidência 13.065.696 (502.810) 12.562.886

IRC 3.005.110 (261.314) (105.590) 2.638.206

Derrama 91.460 (3.520) 87.940

Imposto diferido passivo reconhecido 3.096.570 (261.314) (109.110) 2.726.146

No seguimento das alterações introduzidas no exercício de 2012, fruto do parecer vinculativo da AdP e da Lei nº66-B/2012, que no seu artº 255, introduziu um regime transitório nos contratos de concessão de sistemas Multimunicipais, aditando para o efeito ao Decreto-Lei nº159/2009, de 13 de julho o artigo 5º-A, neste exercício foi somente necessário ajustar os impostos diferidos pelo facto do orçamento de estado para 2015, prever uma redução da taxa de IRC para 21%. Esta alteração resulta do facto, da norma exigir no cálculo dos impostos diferidos, a estimativa mais real.

Os outros ajustamentos são relacionados com a execução do investimento previsto no EVEF.

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RC 2014_71

10. Clientes e outros ativos não correntes

31.12.2014 31.12.2013

Clientes - Municípios (acordos) 4.371.880 4.952.106

4.371.880 4.952.106

31.12.2014 31.12.2013

Mercadorias 4.482

Matérias-primas 106.357 96.237

Produtos acabados 350.460 233.875

456.817 334.594

31.12.2014 31.12.2013

Município de Chaves 1.159.252 3.305.806

Município de Santo Tirso 2.416.722

Município de Tabuaço 23.268

Município de Valpaços 740.079 1.110.119

Município de Vila Pouca de Aguiar 161.365

EMAR, Vila Real 36.206 253.439

Município de Vizela 19.622 98.108

4.371.880 4.952.106

Os valores dos ativos não correntes em 2014 são referentes a acordos de regularização de divida com Municípios celebrados no ano de 2013 e 2014.

Durante o ano de 2014 o Conselho de Administração da RESINORTE manteve a preocupação em recuperar dívida vencida dos clientes tendo conseguido formalizar um acordo com o Município de Santo Tirso, regularizando uma divida de cerca de 2,5 M€.

A Norma de Contabilística e de Relato Financeiro 27, tem por base as Normas Internacionais de Contabilidade IAS 32 – Instrumentos Financeiros, os princípios estabelecidos nesta Norma complementam os princípios para o reconhecimento e a mensuração de ativos �nanceiros e de passivos �nanceiros enunciados na IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, bem como os princípios para a divulgação de informação sobre os mesmos enunciados na IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações.

No ano de 2014, a RESINORTE reverteu o passivo �nanceiro referente aos desconto da divida dos acordos de regularização de divida celebrados com os Municípios no ano de 2012, no montante de 24.239,21 EUR.

Relativamente aos novos acordos de regularização de divida celebrado em 2013 e 2014, está prevista a cobrança de juros vincendos pelo que não foi reconhecido qualquer desconto de divida.

11. Inventários

As existências de matérias-primas e subsidiárias são valorizadas ao menor dos valores de aquisição ou produção e de mercado. O critério de movimentação das saídas é o FIFO. Os valores apresentados na rubrica de Matérias-primas respeitam a �ta e arame, materiais utilizados no tratamento de lixiviado, através do sistema de osmose inversa, óleos e combustível e peças diversas para conservação e reparação de viaturas.

Os produtos acabados referem-se às existências de material reciclável existente nas instalações da RESINORTE para venda à SPV e outros retomadores autorizados. Os produtos acabados estão valorizados ao valor de realização.

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RC 2014_72

31.12.2014 31.12.2013

Activo Corrente

Clientes municípios 6.361.578 9.118.898

Clientes outros 1.828.735 2.107.592

Imparidade Clientes (616.107) (468.371)

Sub-total 7.574.206 10.758.118

Activo não Corrente

Clientes municípios 4.371.880 4.952.106

Sub-total 4.371.880 4.952.106

Total 11.946.086 15.710.224

12. Clientes

Os valores de clientes municípios em ativo corrente e não corrente diminuíram signi�cativamente em 2014, fruto do cumprimento dos clientes que formalizaram acordos de pagamento e também por uma maior e�cácia na cobrança dos créditos.

Relativamente aos clientes privados a RESINORTE procedeu à emissão de injunções aos devedores maiores de forma a reclamar a dívida.

A dívida total dos municípios, corrente e não corrente, diminuiu 23,7% em 2014.

A conta ”Clientes Outros”, baixou cerca de 280m€ face a 2013 re�etindo também o empenho da empresa na cobrança de divida vencida. Dos valores em dívida desta rúbrica 972m€ é da Sociedade Ponto Verde e 93m€ da EDP Serviço Universal, SA..

Neste momento estão a ocorrer os seus termos, 13 injunções, estando em preparação as restantes relativas aos clientes com mais mora nos pagamentos.

12.1. Clientes – municípios – total da dívida por vencimentoOs municípios com acordos de regularização de dívida em curso são os de Chaves, Peso da Régua, Resende, Tabuaço, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Vizela e Santo Tirso cujo acordo foi celebrado a 23 de dezembro de 2014.

Foram entretanto constituídas duas injunções, uma ao Município da Trofa, na sequência de se terem gorado todas as tentativas de acordo de regularização, e outra aos Municípios de Boticas e de Vila Pouca de Aguiar, visando a cobrança do serviço de receção e tratamento dos resíduos produzidos e entregues pelo primeiro.

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RC 2014_73

Antiguidade da dívida – Municípios

Vencido há mais de 2 anos

Vencido até 2 anos

Vencido até 1 ano

Total vencido

Não vencido

Total

Alijó 91.683 26.630 120.313 32.945 153.258

Amarante 111.661 111.661

Armamar 44.135 44.135 14.618 58.753

Baião 36.904 36.904

Boticas 61.406 61.406 11.610 73.016

Cabeceiras de Basto 1.870 984 2.854 14.655 17.509

Celorico de Basto 27.969 27.969

Chaves 255.082 1.125.605 260.317 1.641.005 97.873 1.738.878

Cinfães 569 569 17.748 18.317

Fafe 49.958 49.958

Guimarães 196.995 196.995

Lamego 39.886 39.886 73.029 112.915

Marco de Canavezes 58.055 58.055

Mesão Frio 132 64.625 64.757 13.530 78.287

Moimenta da Beira 694 12.461 13.156 23.218 36.373

Mondim de Basto 6.417 6.417

Montalegre 885 885

Murça 44.850 44.850 14.524 59.374

Penedono 1.161 1.161 6.972 8.133

Peso da Régua 452 56.573 57.025 49.040 106.065

Resende 22.456 50.816 73.272 21.352 94.624

Ribeira de Pena 5.063 26.808 1.163 33.034 11.815 44.849

São João da Pesqueira 65 53.732 53.796 20.034 73.830

Sabrosa 5.407 9.222 14.628 15.232 29.860

Santo Tirso 739.818 1.195.261 815.456 2.750.536 178.528 2.929.063

Sernacelhe 4.851 4.851

Santa Marta Penaguião 8.321 8.321

Tabuaço 23.659 895 8.000 32.553 13.354 45.908

Tarouca 199 39.784 39.983 16.755 56.738

Trofa 1.395.774 870.725 217.870 2.484.369 119.700 2.604.068

Valpaços 615.265 386.640 26.911 1.028.816 15.797 1.044.614

Vila Nova de Famalicão 140.492 140.492

Vila Pouca de Aguiar 147.249 7.825 14.024 169.098 23.972 193.070

Vila Real - EMAR 253.529 3.195 256.724 130.311 387.035

Vila Real - MUNICÍPIO 351 351

Vizela 98.108 98.108 27.954 126.062

3.654.964 3.619.481 1.851.589 9.126..033 1.607.425 10.733.458

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RC 2014_74

Relativamente ao montante de dívida vencida (9,13M€) está em contratualizado em acordos de pagamento formalizados com os Municípios o montante de 5,8M€.

13. Estado e outros entes públicos

31.12.2014 31.12.2013

Outros 89.983 89.983

EOEP ativos 89.983 89.983

IVA a pagar (12.988) (21.213)

Retenções - IRS (22.146) (73.553)

Retenções - Segurança social (66.267) (75.508)

Outros - TGR - Taxa de Gestão de Resíduos (1.081.021) (1.029.891)

EOEP passivos (1.182.422) (1.200.165)

(1.092.438) (1.110.182)

31.12.2014 31.12.2013

Fundo de coesão a receber 225.585 225.585

Outros devedores 140.769 459.229

Acréscimos de proveitos 65.510 25.446

Gastos a reconhecer 98.484 111.516

Adiantamento de fornecedores 75.816

606.164 821.776

31.12.2014 31.12.2013

Caixa 1.299 1.551

Depósitos à ordem 1.911.684 1.798.002

Depósitos a prazo 6.000.000 3.525.000

7.912.984 5.324.553

Relativamente aos valores em dívida ao estado, não existe qualquer valor em mora.

O valor registado no ativo na rúbrica outros, diz respeito a uma reclamação graciosa da TGR.

14. Outros ativos correntes

Na rubrica acréscimos de proveitos encontram-se registados juros a receber referentes ao Fundo de reconstituição de Capital.

Na rúbrica Fundo de Coesão está re�etido o valor a receber por parte da Associação de Municípios do Vale Douro Norte, verba adiantada a esta Associação pela RESINORTE aquando do acordo de integração de infraestruturas.

Na rubrica adiantamento de fornecedores, está re�etido o montante do adiantamento ao consórcio Painhas SA./PA Residel, SA., no âmbito do contrato para a conceção/construção, fornecimento, montagem e execução das obras dos sistemas de aproveitamento energético de Biogás (Boticas, Gonça e Santo Tirso).

15. Caixa e bancos

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RC 2014_75

16. Capital

Capital subscrito e realizado31.12.2014

Capital subscrito e realizado31.12.2013

Amarante 3,056% 244.470 244.470

Armamar 0,355% 28.428 28.428

Baião 1,039% 83.105 83.105

Boticas 0,848% 67.832 67.832

Cabeceiras de Basto 0,879% 70.348 70.348

Celorico de Basto 0,987% 78.972 78.972

Chaves 0,848% 67.832 67.832

Cinfães 1,018% 81.448 81.448

Lamego 1,300% 104.033 104.033

Marco de Canaveses 2,734% 218.745 218.745

Moimenta da Beira 0,546% 43.657 43.657

Mondim de Basto 0,413% 33.073 33.073

Montalegre 0,848% 67.832 67.832

Penedono 0,165% 13.202 13.202

Resende 0,580% 46.423 46.423

Ribeira de Pena 0,848% 67.832 67.832

São João da Pesqueira 0,403% 32.251 32.251

Sernancelhe 0,301% 24.084 24.084

Tabuaço 0,312% 24.922 24.922

Tarouca 0,415% 33.224 33.224

Valpaços 0,848% 67.832 67.832

Vila Pouca de Aguiar 0,848% 67.832 67.832

AMAVE 24,112% 1.928.940 1.928.940

AMVDN 5,296% 423.683 423.683

EGF 51,000% 4.080.000 4.080.000

100% 8.000.000 8.000.000

16.1. Resultado por ação

31.12.2014 31.12.2013

Resultado líquido 2.466.382 1.568.975

Número médio de ações (1,00Eur/cada) 8.000.000 8.000.000

Resultado por ação 0,31 0,20

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RC 2014_76

31.12.2014 31.12.2013

Até 1 ano 8.503.578 6.535.038

De 1 a 2 anos 10.750.000 12.750.000

De 2 a 3 anos 2.500.000 2.500.000

De 3 a 4 anos 2.500.000 2.500.000

De 4 a 5 anos 2.500.000 2.500.000

Superior a 5 anos 13.576.496 16.046.735

40.330.073 42.831.772

31.12.2014 31.12.2013

Empréstimos bancários BEI

Empréstimos bancários - banca comercial 23.576.496 26.046.735

Empréstimos - Locação �nanceira

Empréstimos - Empresa-mãe (suprimentos) 8.250.000 10.250.000

Não correntes 31.826.496 36.296.735

Descobertos bancários

Empréstimos bancários - banca comercial 2.500.000 2.500.000

Empréstimos - Locação �nanceira 3.578 35.038

Empréstimos - Conta corrente 4.000.000 4.000.000

Empréstimos - Empresa-mãe (suprimentos) 2.000.000

Correntes 8.503.578 6.535.038

Total de empréstimos 40.330.073 42.831.772

16.2. Movimentos do período

31.12.2013 Aplicação do Res. Liq. Ex.

Dividendos Res. Liquido 2014

31.12.2014

Reservas Livres 1.565.270 1.565.270

Reservas Legais 59.780 78.449 138.229

Resultados transitados 1.490.526 (1.490.526)

Resultado líquido do exercício 1.568.975 (1.568.975) 2.466.382 2.466.382

3.194.026 (1.490.526) 2.466.382 4.169.882

As reservas legais só podem ser destinadas à cobertura de prejuízos ou ao aumento de capital social, sendo que 5% do Resultado deve ser afetado a esta Reserva até ao máximo de 20% do Capital Social.

17. Empréstimos

Relativamente ao empréstimo de suprimentos, está considerado o valor que 2.000.000 EUR como corrente, pelo facto de a 28 de janeiro de 2015 ter-se amortizado no mesmo montante, os suprimentos à EGF.

17.1. Empréstimos por intervalos de maturidade

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RC 2014_77

17.2. Empréstimos por tipo de taxa de juro

17.3. Justo valor dos financiamentos

Taxa de juro variável 31.12.2014 31.12.2013

Até 1 anos 8.503.578 6.535.038

De 1 a 2 anos 10.750.000 12.750.000

De 2 a 3 anos 2.500.000 2.500.000

Superior a 3 anos 18.576.496 21.046.735

40.330.073 42.831.772

31.12.2014 31.12.2013

Empréstimos bancários - banca comercial 26.076.496 28.546.735

Empréstimos - Empresa-mãe 8.250.000 10.250.000

Não correntes 34.326.496 38.796.735

Capital em dívida por ativo locado 31.12.2014 31.12.2013

Equipamento básico 3.578 35.038

3.578 35.038

31.12.2014 31.12.2013

Fundo de coesão 18.862.469 17.946.798

Integração de património 43.713.942 45.466.107

62.576.411 63.412.904

31.12.2014 31.12.2013

Acréscimos de custos de investimento contratual

11.849.334 9.842.642

11.849.334 9.842.642

17.4. Locação financeira

O valor de locação �nanceira, é referente a um contrato que termina em janeiro de 2015.

18. Acréscimos de custos de investimento contratual

Este ano originou um acréscimo de custos de investimento contratual face a 2013, no montante de 2.006.692 EUR.

19. Subsídios ao investimento

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RC 2014_78

Em agosto de 2013, foi aprovada, pelo POVT a candidatura para �nanciamento do investimento dos sistemas de aproveitamento energético do Biogás e da TM da unidade de produção de Riba D’Ave. O montante de �nanciamento aprovado foi de 3.819.734,34 EUR, sendo que ao �nal de 2014 o POVT já reembolsou à RESINORTE o montante de 2.670.446,70 EUR.

19.1. Movimentos do período

31.12.2013 Aumentos Resultados Regularizações 31.12.2014

Fundo de coesão 17.946.798 1.607.297 (691.626) 18.862.469

Integração de património 45.466.107 (1.752.165) 43.713.942

63.412.904 1.607.297 (2.443.791) 62.576.411

20. Fornecedores correntes

31.12.2014 31.12.2013

Fornecedores gerais 858.608 1.146.774

Fornecedores empresas do Grupo (Nota 34) 186.734 290.803

1.045.342 1.437.577

31.12.2014 31.12.2013

Acréscimos com férias e subsídio de férias 380.069 415.669

Empresas do Grupo

Fornecedores de investimentos 535.204

Outros acréscimos e diferimentos 495.925 556.246

Outros credores 204.084 102.187

1.615.282 1.074.103

21. Outros passivos correntes

O valor inscrito em outros acréscimos e diferimentos tem essencialmente a ver com a liquidação de juros e de outros gastos que ainda estavam em conferência no �nal do ano.

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RC 2014_79

22. Imposto sobre o rendimento

31.12.2014 31.12.2013

Resultado antes de impostos 3.568.976 2.319.955

Variações Patrimoniais Positivas 149.489 149.489

Acréscimos à matéria Coletável 280.982 156.519

Amortizações de Investimentos Futuros 2.448.215 2.518.309

Deduções à matéria Coletável (32.221) (23.341)

Prejuízos Fiscais

Matéria Coletável 6.415.440 5.120.930

Imposto 1.347.242 1.280.233

Resultado da Liquidação (artº 86º)

Retenções na Fonte (10.092)

Pagamentos por conta (1.296.716) (314.976)

Tributação Autónoma 9.297 13.002

Derrama 9.431 8.962

Derrama Estadual 147.463

Imposto a Pagar 206.625 987.220

31.12.2014 31.12.2013

Imposto corrente 1.651.065 1.364.373

Imposto diferido (548.472) (613.394)

1.102.593 750.979

31.12.2014 31.12.2013

Resultado antes de impostos 3.568.976 2.319.955

Imposto 1.093.297 733.865

Tributação autónoma 9.297 17.115

Total do imposto 1.102.593 750.979

Taxa efetiva de imposto 30,9% 32,4%

22.1. Imposto do exercício

22.2. Reconciliação entre a taxa normal e a taxa efetiva de imposto

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RC 2014_80

23. Vendas e prestação de serviços

23.1. VendasNo ano de 2014 registou-se um aumento signi�cativo das vendas de resíduos resultado quer da otimização da unidade de tratamento mecânico de Riba D’Ave quer do aumento da e�ciência de processos da empresa.

Relativamente à exploração de energia do Biogás concluiu-se em 2014 a instalação de mais três motogeradores, contudo o rendimento gerado por estes no ano de 2014 ainda foi reduzido, fruto do atraso na conclusão das obras. Espera-se que em 2015 estes motores possam produzir com a e�cácia equivalente à do motor de Celorico, o que permitirá à empresa aumentar signi�cativamente este tipo de rendimentos.

No �nal do 1.º semestre de 2015 espera-se ter em funcionamento mais dois motogeradores (2.º em Celorico e mais um em Bigorne).

31.12.2014 31.12.2013

Vendas de resíduos 5.959.067 5.454.394

Vendas de energia 679.744 649.868

6.638.812 6.104.262

31.12.2014 31.12.2013

Prestação de serviços a municípios 11.427.684 11.046.038

Prestação de serviços a particulares 199.195 86.396

Prestação de serviços – Atividade não Concessionada

180.831 433.036

11.807.710 11.565.470

31.12.2014 31.12.2013

CMVMC – Matérias-primas 101.496 159.979

101.496 159.979

Variação da produção (116.585) (2.276)

(15.089) 157.703

23.2. Prestação de serviçosApesar do �m da atividade de recolha indiferenciada, o valor das prestações de serviço aumentou relativamente a 2013, essencialmente devido ao incremento da quantidade de resíduos entregues pelos Municípios.

Em junho de 2014 terminaram os contratos de prestação de serviços de recolha indiferenciada nos Municípios de Ribeira de Pena e Montalegre.

24. Custo das Vendas

Os valores apresentados na rubrica CMVMC respeitam apenas a arame, e materiais utilizados no tratamento de lixiviado, através do sistema de osmose inversa.

O consumo de gasóleo, óleo e pneus utilizados pelas viaturas da Empresa, materiais para ecopontos e o produto para neutralização de odores são registados na rubrica Fornecimentos e Serviços Externos.

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RC 2014_81

25. Fornecimentos e Serviços Externos (FSE)

31.12.2014 31.12.2013

Sub-contratos 1.586.910 1.413.673

Trabalhos especializados 693.581 602.429

Conservação e Reparação 1.135.862 845.442

Energia 506.635 469.385

Combustíveis 1.315.938 1.442.945

Outros FSE's 832.929 765.079

6.071.855 5.538.954

FSE's capitalizados

6.071.855 5.538.954

31.12.2014 31.12.2013

Remunerações 2.898.558 3.340.907

Encargos sociais sobre remunerações 546.142 731.312

Encargos com pensões

Outros custos com pessoal 165.620 75.084

Correções relativas a exercícios anteriores

3.610.320 4.147.304

Gastos com pessoal capitalizados

3.610.320 4.147.304

O incremento de gastos com FSE �cou a dever-se a:

• Sub-contratos

O aumento dos gastos nesta rúbrica deve-se essencialmente aos gastos com o tratamento de lixiviados, em resultado das osmoses inversas terem estado em obras de reabilitação, aos gastos com o transporte de escória da LIPOR para os aterros de Bigorne e de santo Tirso, por permuta de refugos para valorização energética, e aquisição de serviços de trabalho temporário.

O aumento devido ao tratamento de lixiviado, caracterizado por um ano muito chuvoso, transporte de escória da LIPOR para os aterros da RESINORTE (contrato que permitiu uma redução na aquisição de terras de cobertura) e aquisição de serviços de trabalho temporário para os picos de produção e substituição de pessoal.

• Conservação e reparação

Mais e maiores intervenções devido a reabilitação de equipamentos e na reparação de acidentes como foi o caso do motogerador de Biogás de Celorico e das máquinas de aterro de Celorico e Bigorne que juntos atingiram cerca de 110 m€.

26. Gastos com Pessoal

A diminuição dos gastos com pessoal está relacionada com o �m da atividade de recolha de resíduos nos Municípios de Montalegre e Ribeira de Pena e com o ajustamento em curso da estrutura da empresa às atuais necessidades.

O incremento na rúbrica de “outros custos com pessoal”, resulta da harmonização dos seguros de saúde e de vida operada apenas em meados de 2013, razão pela qual o valor indicado para esse ano não corresponde à sua totalidade

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RC 2014_82

Número médio de colaboradores 2014 2013

Órgãos sociais

Mesa da Assembleia Geral 3 3

Conselho de Administração 9 9

Conselho Fiscal 3 3

Comissão de Vencimentos 2 2

Trabalhadores efetivos 231 257

Número médio de colaboradores a 31 Dez. 31.12.2014 31.12.2013

Órgãos sociais

Mesa da Assembleia Geral 3 3

Conselho de Administração 9 9

Conselho Fiscal 3 3

Comissão de Vencimentos 2 2

Trabalhadores efetivos 218 248

31.12.2014 31.12.2013

Depreciação de propriedades de investimento

Amortizações de ativos intangíveis 4.132.272 4.062.988

Amortizações de ativos �xo tangíveis 0 20.169

Acréscimos de custos do investimento contratual 2.448.215 2.518.326

Reversões de amortizações de ativos intangíveis

6.580.487 6.601.483

26.1. Quadro de pessoal

Dos membros do CA apenas 3 têm funções executivas.

No conjunto dos 220 colaboradores, estão considerados dois funcionários que neste momento não estão ao serviço da empresa, um por estar em regime de cedência de interesse público e outro em exercício de funções autárquicas a tempo inteiro.

A redução de efetivos veri�cada de 2013 para 2014 decorreu do processo de ajustamento da estrutura da empresa às necessidades do mercado e do serviço.

27. Depreciações, amortizações e reversões do exercício

28. Provisões e reversões do exercício

Nada a assinalar.

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RC 2014_83

29. Perdas por imparidade e reversões do exercício

31.12.2014 31.12.2013

Perdas por imparidade de clientes (179.872) (42.891)

Perdas por imparidade de outros devedores

(179.872) (42.891)

Reversões de perdas por imparidade 41.499 72.501

(138.373) 29.610

31.12.2014 31.12.2013

Impostos 264.158 217.296

Donativos 6.176 15.057

Outros gastos operacionais 112.568 5.591

382.902 237.944

31.12.2014 31.12.2013

Rendimentos suplementares 63.799 37.237

Subsídios à exploração 3.548 2.795

Outros rendimentos e ganhos operacionais 128.696 125.219

Correções relativas a exercícios anteriores 3.378 8.204

199.420 173.455

O valor registado em perdas por imparidade de clientes é relacionado com os clientes que têm divida vencida superior a 6 meses e com risco de incobrabilidade.

30. Outros gastos operacionais

A rúbrica de outros gastos operacionais são relacionadas com sinistros de equipamentos de produção da empresa.

31. Outros rendimentos e ganhos operacionais

Os rendimentos suplementares estão basicamente relacionados com uma comparticipação �nanceira para a compra de compostores domésticos, e com o registo dos reembolsos das participações efetuadas à seguradora dos sinistros ocorridos.

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RC 2014_84

31.12.2014 31.12.2013

Juros de atualização de dívida de clientes

Juros de atualização de dívida do concedente

Juros de mora 636.532 544.262

Outros juros 68.320 30.815

704.852 575.077

31.12.2014 31.12.2013

Juros suportados 1.427.000 1.885.596

Custo Amortizado - Acordos MLP 29.761 31.276

Outros gastos �nanceiros

1.456.761 1.916.872

Castos �nanceiros capitalizados

1.456.761 1.916.872

32. Gastos financeiros

33. Rendimentos financeiros

No exercício de 2014, a RESINORTE continuou a emitir regularmente Juros de Mora pela dívida vencida.

34. Saldos e transações com entidades relacionadas

34.1. Transações

31.12.2014 31.12.2013

Proveitos Custos Proveitos Custos

Águas de Trás dos Montes e Alto Douro, SA (3.445) (2.517)

AdP - Serviços Ambientais, SA (46.469) (74.353)

EGF - Empresa Geral do Fomento, SA (991.561) (1.193.781)

ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro, SA (4.393)

Suldouro, SA (732)

Valorlis, SA 16.828

Resulima 653

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RC 2014_85

34.2. Saldos

31.12.2014 31.12.2013

Ativos Passivos Ativos Passivos

Águas de Trás dos Montes e Alto Douro, SA 2.817 (918) 7.512 (2.668)

AdP - Serviços Ambientais, SA (855) (27.786)

EGF - Empresa Geral do Fomento, SA (182.429) (258.268)

EGF - Empresa Geral do Fomento, SA - Suprimentos (10.250.000) (10.250.000)

ERSUC - Resíduos Sólidos do Centro, SA (2.532)

Suldouro, SA (2.081)

35. Compromissos

35.1. CompromissosA Empresa tem assumidos os seguintes compromissos que não se encontram incluídos no Balanço apresentado, ambos decorrentes do Contrato de Concessão em vigor:• Os investimentos futuros reversíveis incluídos no EVEF perfazem 73.446.456 EUR.• Remuneração acionista em dívida no montante de 2.478.022,08 EUR.

35.2. Garantias prestadas

Data Objeto Bene�ciário Entidade Financeira

Valor

07-01-2000 Contrato de Concessão Ministério do Ambiente CGD 300.946,61 €

28-05-2001 Contrato de Concessão Ministério do Ambiente CGD 296.046,14 €

12-11-2001 Contrato de Concessão Ministério do Ambiente CGD 296.046,14 €

27-09-2002 Indemnização devida pela expropriação de

terrenos - ET de Cabeceiras de Basto

Juiz de Direito do Tribunal de Trabalho de

Cabeceiras de Basto

CGD 6.300,00 €

27-09-2002 Indemnização devida pela expropriação de

terrenos - ET de Cabeceiras de Basto

Juiz de Direito do Tribunal de Trabalho de

Cabeceiras de Basto

CGD 16.609,00 €

27-09-2002 Indemnização devida pela expropriação de

terrenos - ET de Cabeceiras de Basto

Juiz de Direito do Tribunal de Trabalho de

Cabeceiras de Basto

CGD 2.420,00 €

27-09-2002 Indemnização devida pela expropriação de

terrenos - ET de Cabeceiras de Basto

Juiz de Direito do Tribunal de Trabalho de

Cabeceiras de Basto

CGD 4.650,00 €

03-12-2004 Contrato ao Contrato de Promessa de

Compra e Venda de Terrenos adstritos

ao Projeto n.º 01-03-16-FDR-00016 -

Sistema Multimunicipal de Valorização e

Tratamento do Vale de Douro Sul

Comissão de Coordenação e

Desenvolvimento Regional do Norte -

Gestor do ON - Operação Norte

BES 168.158,53 €

18-06-2002 Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos,

Fornecimento, Manutenção e Lavagem de

Contentores

Câmara Municipal de Boticas Santander 20.854,24 €

04-07-2002 Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos,

Fornecimento, Manutenção e Lavagem de

Contentores

Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar Totta 45.300,75 €

15-12-2004

Prestação de serviços para remoção e tratamento de lixos – Recolha de resíduos sólidos urbanos, fornecimento, manutenção e lavagem de contentores

Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar BCP 2.217,86 €

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RC 2014_86

36. Informações exigidas por diplomas legais

Art.o 397.o do Código das Sociedades ComerciaisRelativamente aos seus administradores, a sociedade RESINORTE, não lhes concedeu quaisquer empréstimos ou créditos, não efetuou pagamentos por conta deles, não prestou garantias a obrigações por eles contraídas e não lhes facultou quaisquer adiantamentos a remunerações. Também não foram celebrados quaisquer contratos entre a sociedade e os seus administradores, diretamente ou por pessoa interposta.

Art.o 324 do Código das Sociedades ComerciaisA sociedade RESINORTE, não possui quaisquer ações próprias nem efetuou até ao momento qualquer negócio que envolvesse títulos desta natureza.

Art.o 21 do Decreto-Lei n.o 411/91 de 17 de SetembroDeclara-se que não existem dívidas em mora da Empresa ao Sector Público Empresarial nem à Segurança Social, e que os saldos contabilizados em 31 de Dezembro de 2014, correspondem à retenção na fonte, descontos e contribuições, referentes a Dezembro, e cujo pagamento se efetuará em Janeiro do ano seguinte.

37. Informações complementares

A esta data, o Conselho de Administração da RESINORTE tem conhecimento de que no âmbito do processo de reprivatização da EGF, acionista maioritário da RESINORTE, através do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, o Governo aprovou o processo de reprivatização da EGF mediante a alienação de 100% das ações representativas do seu capital social detidas pela AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. O mesmo diploma determinou ainda que o processo de alienação se faria por concurso público internacional estabelecendo as fases do mesmo bem como o direito de aquisição dos trabalhadores de 5% de capital social da EGF e determinou a opção de venda e direitos de preferência a conceder aos municípios acionistas das entidades gestoras de sistemas multimunicipais nas quais a EGF é acionista. Na Resolução do Conselho de Ministros n.º 30/2014, de 3 de abril, publicada no Diário da República de 8 de abril, o Governo aprovou o caderno de encargos que regula os termos do concurso público de alienação e determinou a sua abertura.

Em 31 de julho de 2014, 4 dos 7 concorrentes convidados à apresentar propostas vinculativas para a aquisição das ações da EGF efetivaram as suas propostas. Através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 55-B/2014, de 19 de setembro, foi selecionado o Agrupamento SUMA, constituído pelas empresas Suma - Serviços Urbanos e Meio Ambiente, S.A., Mota - Engil Ambiente e Serviços, SGPS, S.A, e Urbaser, S.A., como vencedor do concurso público de reprivatização da EGF.

No dia 6 de Novembro de 2014 foi assinado o contrato de compra e venda de 95% do capital social da EGF entre a AdP - Águas de Portugal, SGPS, S.A. e a Suma Tratamento, S.A., empresa constituída pelos membros do Agrupamento SUMA. Os restantes 5% do capital estão reservados para aquisição pelos trabalhadores do universo EGF, a ocorrer após a conclusão da transação.

A Suma Tratamento, S.A. noti�cou a operação de compra das ações da EGF à Autoridade da Concorrência, entidade da qual se aguarda a aprovação �nal da operação, o que constitui uma condição precedente da sua conclusão, que se concretizará com a transmissão das ações da EGF da AdP - Aguas de Portugal SGPS, S.A. para a Suma Tratamento, S.A.

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RC 2014_87

Accionistas Remuneração em dívida a 31-12-2013

Dividendos pagos em

2014

Saldo em dívida

Remuneração do Exercício

de 2014

Remuneração 2014

da dívida

Saldo em dívida

31-12-2014

Amarante 91.215 45.550 45.664 16.787 3.082 65.534

Armamar 19.682 5.291 14.391 1.952 971 17.314

Baião 31.310 15.487 15.823 5.707 1.068 22.598

Boticas 32.487 12.640 19.847 4.658 1.340 25.845

Cabeceiras de Basto 38.717 24.572 14.145 4.831 955 19.930

Celorico de Basto 44.313 28.200 16.113 5.423 1.088 22.623

Chaves 32.487 12.640 19.847 4.658 1.340 25.845

Cinfães 55.632 15.174 40.459 5.593 2.731 48.782

Lamego 70.810 19.392 51.418 7.144 3.471 62.033

Marco de Canaveses 81.797 40.751 41.046 15.020 2.771 58.837

Moimenta da Beira 28.895 8.138 20.757 2.998 1.401 25.155

Mondim de Basto 12.571 6.156 6.415 2.271 433 9.119

Montalegre 32.487 12.640 19.847 4.658 1.340 25.845

Penedono 8.918 2.459 6.458 907 436 7.801

Resende 31.140 8.645 22.495 3.188 1.518 27.201

Ribeira de Pena 32.487 12.640 19.847 4.658 1.340 25.845

São João da Pesqueira 22.089 6.007 16.082 2.215 1.086 19.383

Sernancelhe 16.809 4.486 12.322 1.654 832 14.808

Tabuaço 17.707 4.650 13.057 1.711 881 15.650

Tarouca 23.449 6.186 17.263 2.281 1.165 20.710

Valpaços 32.487 12.640 19.847 4.658 1.340 25.845

Vila Pouca de Aguiar 32.487 12.640 19.847 4.658 1.340 25.845

AMAVE 608.211 359.396 248.815 132.453 16.795 398.063

AMVDN 149.280 78.938 70.341 29.093 4.748 104.182

EGF 1.749.797 760.168 989.629 280.159 66.800 1.336.587

TOTAL 3.297.263 1.515.486 1.781.778 549.331 120.270 2.451.378

38. Rendimento garantido

Conforme disposto no contrato de concessão, os capitais próprios aplicados na empresa serão remunerados através de uma margem, a qual corresponderá à aplicação, ao capital e reserva legal, de uma taxa correspondente às Obrigações do Tesoura a 10 anos, acrescida de 3 pontos percentuais a título de prémio de risco.

O valor das remunerações do capital calculado nos termos da concessão era o seguinte, por acionista em 31 de Dezembro de 2014:

Celorico de Basto, 12 de Fevereiro de 2015

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Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

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RC 2014_90

Certificação Legal de Contas

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RC 2014_93

Relatório sobre Objetivos de Gestão de 2014

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