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Relatório da cidade de Tavira Portugal
Francisco Diniz Alexandre Poeta Conceição Silva
Lígia Pinto Sónia Abreu
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Departamento de Economia e Sociologia
Vila Real, Dezembro 2003
O Papel das Pequenas e Médias Cidades no Desenvolvimento Rural
QLRT–2000-01923
Um projecto de investigação financiado pelo V Programa Quadro da
Comissão Europeia
3 - Tavira
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1. Introdução
De acordo com critérios demográficos, de acessibilidade e de emprego, Tavira foi uma das
seis cidades portuguesas seleccionadas para ser estudada neste projecto. Foi escolhida não só
pela sua pequena dimensão (população residente nas freguesias urbanas do concelho inferior
a 20000 habitantes – neste caso, 175221) como também, pelos seus indicadores de turismo,
superiores à média nacional.
1.1. Localização da cidade
A cidade de Tavira, sede de concelho, pertencente à NUT II Algarve, fica situada no lado
oriental do Algarve, a pouco mais de 25 km de Espanha. Dista 2 kms do mar e está
implantada em ambos os lados do Rio Gilão, com uma ponte de via, originariamente
construída pelos romanos, ligando as duas margens.
A cidade de Tavira localiza-se a 30 km da capital Algarvia (Faro) e dista de Lisboa (centro
urbano mais próximo com mais de 500 mil habitantes) aproximadamente 320 km.
Portugal – divisão por NUTS II (1)
NUT II Algarve (1)
Freguesias do Concelho de Tavira (2)
Zona A – Santiago e Santa Maria (parte sul).
Zona B – Santa Maria (norte), Cabanas, Conceição, Cachopo, Stº Estevão, Luz de Tavira, Stª Luzia, Stª Catarina.
Zona C – Vila Real de Stº António, Castro Marim, Alcoutim, Loulé, São Brás de Alportel e Olhão.
Fonte: (1) http//www.guiadeportugal.pt; (2) http//www.anafre.pt.
Fig. 1. Localização do concelho e da cidade de Tavira
1 Consideraram-se freguesias urbanas, as áreas mediamente e predominantemente urbanas do concelho (AMUs e APUs),
segundo os critérios do INE. Os valores encontrados referem-se aos resultados preliminares do censos 2001, informação disponível aquando do processo de selecção das cidades.
3 - Tavira
3
O concelho de Tavira, com 607,2 Km2 de superfície, repartidos por 9 freguesias, apresenta
uma densidade populacional de apenas 41,2 habitantes/Km2 (INE, 2002 a). Fica situado na
zona do Sotavento Algarvio e a sua paisagem é caracterizada por três unidades distintas:
Litoral, onde se desenvolve a cidade, Barrocal e Serra.
São concelhos limítrofes de Tavira os concelhos algarvios de Vila Real de Stº António,
Castro Marim, Alcoutim, Loulé, São Brás de Alportel e Olhão.
1.2. Origens e características da cidade e do concelho
De antiga fundação, Tavira é, essencialmente, uma cidade de estuário; a sua vida, como a sua
história, estão naturalmente ligadas à evolução do seu porto e actividades com ele
relacionadas. Dados conhecidos permitem estabelecer a continuidade de presença humana no
local hoje ocupado por Tavira, a partir do domínio muçulmano. Sabe-se que, no século VIII
a.C., os fenícios estabeleceram aqui uma fortaleza, na colina hoje designada de Santa Maria.
O período de dominação romana deixou marcas indeléveis na antiga cidade de Balsa, cidade
referenciada nas fontes antigas, poucos quilómetros a ocidente de Tavira. Durante a
reconquista cristã, e consequente fundação de Portugal, Tavira foi conquistada aos mouros,
em 1242, por intermédio do Mestre da Ordem de Santiago, D. Paio Peres Correia. A partir de
meados do século XIII, depois da reconquista cristã do Algarve, aumenta a intensidade da
vida urbana no litoral. Nos séculos seguintes, Tavira consolida a sua importância devido à
sua posição privilegiada e ao dinamismo do seu porto. É elevada a cidade, em 1520, por D.
Manuel I, que também lhe concedeu um segundo foral, por ser o mais importante porto
comercial e o principal aglomerado populacional do Algarve. Com o abandono das praças de
África e a mudança dos mercadores e homens ricos para Sevilha (perante as novas
perspectivas do comércio com as Índias ocidentais), e devido ao assoreamento do rio e ao
aumento da tonelagem das embarcações, a actividade portuária acabou por se reduzir,
traduzindo-se na perda de importância estratégica, económica e social da cidade. As funções
de Tavira, outrora grande entreposto comercial, ficaram então limitadas à pesca, às salinas e à
agricultura, assentes nas produções locais e respectiva exportação (peixe, sal, figo, azeite,
vinho, amêndoa e alfarroba). A cidade perdeu o bulício de outros tempos, estagnou por
longos anos em termos económicos, demográficos e da estrutura urbana. O crescimento
urbano do século XVI que se prolongou até meados do século XIX, apenas teve expressão na
Ribeira e nos quarteirões adjacentes à margem direita do rio, mantendo-se as Hortas D’El Rei
e do Bispo. A actividade pesqueira assumiu um papel de relevo, até que, nos anos 50, em
3 - Tavira
4
virtude do afastamento dos cardumes de atum da costa, entrou em crise, juntamente com a
indústria a ela ligada (http//www.cm-tavira.pt).
Actualmente, é uma cidade voltada para o turismo (21,9%2 da população empregada no
sector do turismo contra 6,5%2 de média nacional), onde prevalece a importância do sector
agrícola (20,7%3 de mão-de-obra agrícola permanente contra 10,8%3 de média nacional).
A cidade oferece um passado histórico bastante rico que pode ser testemunhado nos seus
edifícios, nos achados arqueológicos e no traçado das ruas do centro histórico. No âmbito do
turismo, há a salientar, para além do interesse da própria cidade de Tavira, a importância do
Parque Natural da Ria Formosa, possuidor de uma flora e fauna riquíssimas que funciona
como berçário de diversas espécies piscícolas (essencial ao povoamento dos mares). Acolhe,
igualmente, muitas variedades de bivalves, que são, de resto, fundamentais na cozinha
tradicional algarvia, fazendo as delícias de quem por ali passa. Os aldeamentos turísticos
junto ao mar, conjuntamente com o turismo rural, dinamizador das freguesias serranas do
interior, através do artesanato local e da fruição da natureza (de que Cachopo é um exemplo),
constituem uma das maiores fontes de receitas da região. A agricultura tem, neste quadro, um
papel importante, não só porque abastece os mercados de frutas e hortícolas mas, também,
pela recolha e transformação de frutos secos, nomeadamente amêndoa e figo.
1.3. Demografia
Nos últimos anos, o concelho, apresentou um diminuto crescimento demográfico (0,6%),
quando comparado com a variação da população verificada na NUT II Algarve (15,8%) e em
Portugal (5,0%) (INE, 2002 a). Segundo os últimos censos, a população residente estima-se
em 24997 habitantes. Contudo, apresenta uma densidade populacional muito variável
dependendo das freguesias, estando 50,3% da população residente concentrada em apenas
um aglomerado populacional: cidade de Tavira. O Cachopo, freguesia com uma densidade
populacional de 5,2 habitantes/Km2, é exemplo de uma freguesia sujeita a um processo de
desertificação intenso, devido ao êxodo da população mais jovem em busca de alternativas à
agricultura e de bem-estar, noutros locais. São os custos da interioridade e do afastamento da
sede do concelho que poderão, em parte, ser ultrapassados pela exploração das
potencialidades destas zonas serranas através do turismo rural.
Note-se, ainda, que a taxa de actividade neste concelho (43,7% em 2001), apesar de ter
aumentado 3,6% na última década, continua inferior aos valores apresentados para a NUT II
2 Fonte: Dados fornecidos pelo D.E.T.E.F.P., Ministério do Trabalho e da Solidariedade. 3 Fonte: INE, 2001. Anuário Estatístico da Região do Algarve – 2000.
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Algarve (48,7%) e Portugal (48,2%). A taxa de desemprego (6,4% em 2001), apenas
aumentou 0,2% e é bastante próxima dos valores da NUT II (6,2%) e de Portugal (6,8%).
Trata-se de um concelho pouco jovem, já que cerca de 75% da população tem mais de 24
anos. Esta ideia é reforçada por um índice de envelhecimento4 de 187,3%, bastante superior
ao índice nacional (102%) (Quadro 1.1).
Quadro 1.1. População residente, taxa de actividade e de desemprego
População residente Taxa de actividade (%) População
desempregada Taxa desemprego (%) Zona geográfica 1991 2001 1991 2001 2001 1991 2001
Tavira 24857 24997 40,1 43,7 698 6,2 6,4 NUT II Algarve 341404 395218 43,3 48,7 11953 5,1 6,2
Portugal 9867147 10356117 44,6 48,2 339261 6,1 6,8 Fonte: INE (2002). Censos 2001 - Resultados Definitivos.
1.4. Actividade económica
A repartição da população empregada pelos diferentes sectores de actividade económica,
indica claramente a predominância do sector terciário neste concelho (Quadro 1.2).
O sector coexiste com um sector primário que ainda emprega 12,3% da população,
(tradicionalmente produtor de alfarroba, amêndoa, azeite figo e vinho e, mais recentemente,
produtor de citrinos e alguns produtos hortícolas) e com um elevado emprego no sector da
construção, certamente relacionado com as necessidades do turismo neste concelho.
Quadro 1.2. Repartição da população empregada pelos diferentes ramos de actividade económica
Zona Geográfica Tavira 1 Portugal 2
Ramos de Actividade Económica HM % HM %
População total 24997 10356117
População economicamente activa 10919 4990208 População empregada 10221 100,0% 4650947 100%
Agricultura 954 9,3% 215598 4,6%
Pesca, aquacult. e activ. serv.relacionados 307 3,0% 16048 0,3%
Sector primário 1261 12,3% 231646 5,0%
Indústrias e fabricação 707 6,9% 1062381 22,8%
Construção 1968 19,3% 570257 12,3%
Sector secundário 2675 26,2% 1632638 35,1%
Comércio 1703 16,7% 767210 16,5%
Turismo 1027 10,0% 257661 5,5%
Outros serviços 3555 34,8% 1761792 37,9%
Sector terciário 6285 61,5% 2786663 59,9%
Fonte: 1 http//www.infoline.pt; 2 INE (2002b).
4 Relação entre a população idosa e a população jovem, definida habitualmente como o quociente entre o número de
pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos (expressa habitualmente por 100 pessoas dos 0 aos 14 anos) (INE, 2002, Censos 2001 – Resultados Definitivos, Norte. Lisboa.).
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É importante referir que não é possível elaborar uma estrutura das classes sociais, apenas
identificar grupos sócio-profissionais. Sendo assim, e da leitura do Quadro 1.3, é de salientar
o facto de a maior diferença observada entre o concelho e a média nacional estar relacionada,
com a percentagem elevada (10%) da classe de Agricultores e trabalhadores qualificados da
agricultura e Pescas.
Quadro 1.3. População residente empregada segundo grupos socio-profissionais (2001)
Grupos socio-profissionais Tavira 1 Portugal 2 NUT II Algarve 1
Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresa 726 7% 325268 7% 13872 8%
Especialistas das profissões Intelectuais e científicas 687 7% 395477 9% 11858 7%
Técnicos e profissionais de nível intermédio 732 7% 442797 10% 14819 8%
Pessoal administrativo e similares 1002 10% 511589 11% 20115 11%
Pessoal dos serviços e vendedores 1702 17% 658221 14% 37714 21%
Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas 1016 10% 188054 4% 10015 6%
Operários, artífices e trabalhadores similares 2095 20% 1001568 22% 32293 18%
Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem 509 5% 398048 9% 8471 5%
Trabalhadores não qualificados 1691 17% 697514 15% 30691 17%
Forças armadas 61 1% 32411 1% 547 0%
TOTAL 10221 100% 4650947 100% 180395 100%
Fonte: 1 INE (2002a); INE(2002b).
1.5. Políticas de desenvolvimento económico
Quanto a políticas de desenvolvimento económico, uma vez que Portugal não está dividido
em regiões autónomas5, as grandes linhas de orientação são definidas a nível central, através
do Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, em ligação com as
Comissões de Coordenação das Regiões (CCR). As CCR, organismo tutelado por este
ministério, são instituições públicas com fins de planeamento e desenvolvimento regional a
nível de NUT II e participam na elaboração das bases gerais da política de desenvolvimento
regional, em articulação com a política de desenvolvimento económico e social do país. Ao
nível do município, existe um Plano Director Municipal (PDM) sujeito a aprovação, o que
leva a autarquia, através da sua elaboração, a ter alguma influência na definição das várias
estratégias de desenvolvimento.
A informação recolhida, até agora, no âmbito do nosso estudo é, ainda, insuficiente para
explorar esta temática das políticas de desenvolvimento e das estratégias que podem ser
seguidas ao nível do poder local. Espera-se um estudo mais aprofundado e conclusivo
relativamente à forma de equacionar o desenvolvimento local/regional, decorrente de
entrevistas a realizar aos agentes de desenvolvimento local na fase final deste projecto.
5 Apenas existem regiões autónomas no que concerne às regiões insulares dos Açores e Madeira.
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Sumário estatístico (segundo o censos 2001)
População e emprego
População total residente - 24997
População reformada – 24,1% (índice de envelhecimento – 187,3%)
População desempregada – 698 (taxa de desemprego – 6,4 %)
População empregada – 10221 (taxa de actividade – 43,7%)
agricultura – 9,3% pesca – 3,0% indústria – 6,9% construção- 19,3% comércio – 16,7% turismo – 10,0% outros serviços – 34,8%
Estrutura das classes socio-profissionais
Repartição da população empregada por classes socio-profissionais
Classes socio-profissionais Tavira Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresa 726 7%
Especialistas das profissões Intelectuais e científicas 687 7%
Técnicos e profissionais de nível intermédio 732 7%
Pessoal administrativo e similares 1002 10%
Pessoal dos serviços e vendedores 1702 17%
Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas 1016 10%
Operários, artífices e trabalhadores similares 2095 20% Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem 509 5%
Trabalhadores não qualificados 1691 17%
Forças armadas 61 1%
TOTAL 10221 100%
Alterações da população
Variação da população residente entre 1991 e 2001: 0,6%
variação por grupos etários 0 - 14 15 - 24 25 - 64 + 65
-24,3 -6,8 4,4 16,4
Saldo das migrações internas: (+6)
Imigrantes estrangeiros: 582
Distância à cidade mais próxima com mais de 500 000 habitantes – 320 km
(Lisboa)
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2. PROCEDIMENTOS DO ESTUDO
2.1. Estrutura da amostra
A estrutura da amostra reproduz a estrutura da população, para a unidade territorial do
concelho. Deste modo, a amostra dos agregados familiares não agrícolas foi construída
segundo o critério da dimensão (número de elementos pertencente a cada agregado), pois este
permite uma identificação e classificação imediata das unidades a inquirir (Quadro 2.1).
Quadro 2.1. Estrutura da Amostra – AGREGADOS FAMILIARES
Dimensão dos agregados familiares Questionários a realizar
Freguesias urbanas Freguesias rurais
Com 1 residente 19 10
Com 2 residentes 34 17
Com 3 residentes 23 11
Com 4 residentes 16 8
Com 5 ou + residentes 8 4
Total 100 50
Fonte: Elaborado pelos autores com base no Recenseamento Geral da População 2001 (dados provisórios), INE (2002).
A estrutura da amostra das empresas teve em conta a distribuição destas de acordo com a
Classificação das Actividades Económicas (CAE) e foi repartida como indicado no quadro
seguinte, entre empresas sediadas em freguesias urbanas e rurais.
Quadro 2.2. Estrutura da Amostra - EMPRESAS
CAE Classificação das Actividades Económicas Questionários a realizar
Freguesias urbanas Freguesias rurais
A + B Agricultura e Pesca 17 8
C Indústrias Extractivas 0 0
D Indústrias Transformadoras 5 3
E Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água 0 0
F Construção 19 10
G Comércio por Grosso e a Retalho e Reparação de Automóveis 34 15
H Alojamento e Restauração 13 7
I Transportes, Armazenagem e Comunicações 1 1
J Actividades Financeiras 1 1
K Actividades Imobiliárias e Alugueres 6 3
L a Q Adm. Pública, Educação, Saúde, Org. Internacionais 4 2
Total 100 50
Fonte: Elaborado pelos autores com base no Anuário Estatístico da Região do Algarve 2000, INE (2000).
Por último, a amostra das explorações agrícolas foi construída tendo em conta o critério da
dimensão da exploração em termos de superfície agrícola útil (SAU), medida em hectares. O
objectivo foi inquirir 30 explorações agrícolas, distribuídas por classes de área, de modo a
3 - Tavira
9
reflectir a distribuição da totalidade das explorações agrícolas do concelho (Quadro 2.3). Para
o caso dos agregados familiares agrícolas não foi seguido o critério da dimensão, uma vez
que o inquérito foi dirigido às famílias das explorações agrícolas inquiridas,
independentemente do número de pessoas do agregado familiar.
Quadro 2.3. Estrutura da Amostra - EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS
Dimensão das explorações agrícolas segundo a SAU (ha)
Número de explorações agrícolas a inquirir
[0, 1] 6
]1, 2] 7
]2, 5] 8
]5, 10] 5
]10, 20] 3
>20 1
Total 30
Fonte: Elaborado pelos autores com base no INE (2001). RGA 1999 – Algarve.
As fontes utilizadas para definir as amostras dos agregados familiares não agrícolas, das
empresas e das explorações agrícolas, foram, respectivamente, o Recenseamento Geral da
População 2001 (dados provisórios) - INE (2002), o Anuário Estatístico da Região do
Algarve 2000 - INE (2000) e o Recenseamento Geral da Agricultura 1999: Algarve - INE
(2001).
2.2. Selecção da amostra
A selecção dos agregados familiares, das empresas e das explorações agrícolas a inquirir foi
feita de forma aleatória, com o objectivo último de respeitar o número de inquéritos a realizar
dentro de cada estrato da amostra.
A dimensão da amostra foi definida na reunião de Julho de 2002, em Varsóvia, na Polónia,
do seguinte modo:
• Agregados familiares não agrícolas: urbanos 100; rurais 50;
• Empresas não agrícolas: urbanos 100; rurais 50;
• Explorações agrícolas: 30;
• Agregados familiares agrícolas: 30.
2.3. Metodologia e logística do estudo
Em Dezembro de 2002, foram estabelecidos contactos com instituições locais relevantes
(Câmara Municipal de Tavira, Associação Comercial da Região do Algarve, Direcção
Regional de Agricultura do Algarve, em Faro, Região de Turismo do Algarve, Associação
dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIHSA) e Associação dos Hotéis e
3 - Tavira
10
Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA)). Estes contactos permitiram obter, não
só, informação relativa a potenciais inquiridos, através de listagens de empresas e de
explorações agrícolas, como, também, apoio na divulgação do projecto de investigação e a
obtenção de esclarecimentos quanto à correcta delimitação da cidade. Deste modo, a equipa
estava em condições de proceder a uma adequada definição das zonas A e B. A divulgação
do projecto foi feita nos jornais Jornal do Algarve e Região Sul.
A metodologia utilizada no processo de inquirição foi a abordagem directa, ou seja, a
realização de questionários cara-a-cara. A inquirição decorreu em Janeiro e Fevereiro de
2003 e, dada a distância de cerca de 800 Km entre Vila Real e Tavira, foi necessária a
permanência nesta cidade por períodos de 10 dias.
Os inquéritos aos agregados familiares foram realizados em diversos locais, nomeadamente,
na Câmara Municipal, em escolas de Ensino Básico 2,3 e Secundárias e ainda em empresas.
A duração média de realização destes inquéritos foi de 30 minutos.
A inquirição feita às empresas exigiu uma deslocação a cada uma, por vezes com marcação
prévia, feita telefonicamente, mas, na maior parte dos casos, com a procura porta-a-porta. A
duração média do questionário, 20 minutos, dependeu da dimensão da empresa, mas,
sobretudo, do acesso à sua contabilidade. Efectivamente, algumas empresas facultaram os
balancetes contabilísticos, facilitando a inquirição. Por outro lado, verificou-se que nas
empresas que recorrem a serviços de contabilidade exteriores, as respostas fornecidas foram
mais morosas. É de referir que a Câmara Municipal teve um papel preponderante no contacto
com empresas de significativa dimensão e importância do concelho, no sentido de estas
facultarem os dados para a realização dos questionários.
Os inquéritos às explorações agrícolas exigiram enormes dispêndios financeiros e de tempo.
A dispersão geográfica das explorações, substancialmente superior à das empresas não
agrícolas, obrigou ao permanente recurso ao veículo automóvel. Os contactos com os
agricultores foram, na sua maioria, feitos previamente. Este trabalho só foi possível com o
precioso apoio dos técnicos da Direcção Regional de Agricultura do Algarve, pertencentes à
Zona Agrária de Tavira. A duração média da inquirição foi de 35 minutos, para o
questionário à exploração agrícola, e de 30 minutos, para o questionário ao agregado familiar
da respectiva exploração.
2.4. Respostas do estudo
A metodologia utilizada, inquirição cara-a-cara, permitiu à equipa realizar uma média de dez
inquéritos por dia, por investigador. Desde o início do processo de inquirição, foi estipulado
3 - Tavira
11
que não consideraríamos como válidos inquéritos que não estivessem totalmente
preenchidos, pelo que não temos inquéritos inválidos ou incompletos. Assim, a nossa
metodologia permitiu obter inquéritos sem quaisquer falta de dados.
É de salientar que a escolha dos critérios para definição da estrutura da amostra teve em conta
a possibilidade destes permitirem uma identificação e classificação imediata das unidades a
inquirir. Deste modo, facilitou-se o trabalho de inquirição e evitaram-se grandes desvios em
relação às amostras pré-definidas, garantindo-se a sua representatividade. As discrepâncias
observadas entre alguns estratos da estrutura da amostra, tanto para empresas como para
famílias, e o número de inquéritos efectivamente realizados, resultaram da menor facilidade
de contacto com os inquiridos ou, ainda, de haver, nesses estratos, menor apetência ou
disponibilidade para responderem aos inquéritos. De referir, também, que a constante
monitorização do processo aleatório de inquirição foi dificultada pelo facto de se
encontrarem, no terreno, vários elementos da equipa em simultâneo.
No caso das explorações agrícolas inquiridas, as diferenças estão relacionadas com a
combinação entre dimensão e maior facilidade de obtenção de dados, uma vez que, a maiores
explorações está, normalmente, associada uma maior capacidade organizativa a nível
contabilístico e empresarial.
De seguida, apresentam-se os quadros resumo dos inquéritos válidos realizados, para cada
tipo de questionário.
Quadro 2.4. Inquéritos válidos realizados – AGREGADOS FAMILIARES
Dimensão dos agregados familiares Questionários realizados
Freguesias urbanas Freguesias rurais
Com 1 residente 16 6 Com 2 residentes 30 13 Com 3 residentes 25 17 Com 4 residentes 21 8
Com 5 ou + residentes 8 6 Total 100 50
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Quadro 2.5. Inquéritos válidos realizados – EMPRESAS
CAE Classificação das Actividades Económicas Questionários realizados
Freguesias urbanas Freguesias rurais
A + B Agricultura e Pesca 16 8
C Indústrias Extractivas - -
D Indústrias Transformadoras 6 4
E Produção e Distribuição de Electricidade, Gás e Água - -
F Construção 12 6
G Comércio por Grosso e a Retalho e Reparação de Automóveis 36 17
H Alojamento e Restauração 13 11
I Transportes, Armazenagem e Comunicações 2 1
J Actividades Financeiras 2 -
K Actividades Imobiliárias e Alugueres 10 2
L a Q Adm. Pública, Educação, Saúde, Org. Internacionais 3 - Total 100 50
Quadro 2.6. Inquéritos válidos realizados - EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS
Dimensão das explorações agrícolas segundo a SAU (ha)
Número de explorações agrícolas inquiridas
[0, 1] 6
]1, 2] 4
]2, 5] 6
]5, 10] 7
]10, 20] 3
>20 4
Total 30
Uma vez que todos os questionários efectuados são questionários com dados válidos em
todas as suas vertentes, o quadro que se segue mais não é do que um resumo dos anteriores.
Quadro 2.7. Número de questionários utilizáveis para cada tipo de análise
Análise económica Compras
(n)
Análise económica
Vendas (n)
Análise económica Emprego
(n)
Input-output Compras
(n)
Input-output Vendas
(n)
Empresas– freguesias urbanas 100 100 100 100 100
Empresas – freguesias rurais 50 50 50 50 50
Famílias – freguesias urbanas 100 100 100 100 100
Famílias– freguesias rurais 50 50 50 50 50
Explorações agrícolas 30 30 30 30 30
Famílias agrícolas 30 30 30 30 30
Total de respostas 360 360 360 360 360
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3 RESULTADOS
3.1 Características dos Inquiridos
3.1.1 Empresas não agrícolas
Quadro 3.1 Tipo de respondente face à empresa
Tipo de respondente % n Dono da empresa 91,3 137 Gerente 3,3 5 Responsável por empresa sem fins lucrativos 0,7 1 Outro 4,7 7 Total 100 150
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Quadro 3.2 Tipo de organização
Tipo de organização % n Empresa independente, sem filiais 90,7 136 Sede, com filiais em Portugal 5,3 8 Sede, com filiais fora de Portugal 0,0 0 Ramo de uma empresa portuguesa 2,7 4 Ramo de uma empresa internacional 0,7 1 Empresa do sector público 0,0 0 Empresa sem fins lucrativos 0,7 1 Organização não governamental 0,0 0 Outro 0,0 0 Total 100 150
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
O dono da empresa é a entidade que responde ao inquérito com maior frequência (91%).
Quanto ao tipo de organização da empresa, é maioritário a empresa independente, sem filiais,
atingindo um nível um pouco acima dos 90% das empresas inquiridas.
Quadro 3.3 Tipo de empresa
Tipo de empresa % n Pesca, caça ou floresta 14,7 22 Energia ou água 0,0 0 Indústria manufactureira 6,0 9 Construção 12,0 18 Comércio por grosso e distribuição 0,7 1 Comércio a retalho 36,0 54 Alojamento e restauração 16,0 24 Transportes e comunicações 2,0 3 Actividades financeiras (banca, seguros, etc.) 9,3 14 Administração pública, saúde, educação 1,3 2 Serviços pessoais 2,0 3 Total 100 150
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
14
Quadro 3.4 Local de funcionamento
Funcionou sempre neste local? % n Sim 99,3 149 Não 0,7 1 Total 100 150
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Quadro 3.5 Número de anos a funcionar neste local
Número de anos a funcionar neste local % n Até 2 anos 14,7 22 3-5 anos 14,0 21 6-10 anos 17,3 26 11-15 anos 18,7 28 Mais de 15 anos 35,3 53 Total 100 150
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
A maior parte das empresas desenvolvem a sua actividade no comércio. A actividade com
maior peso, a seguir, é o alojamento e a restauração, representando 16% das empresas
inquiridas. O sector da construção atinge os 12% das empresas inquiridas. A quase totalidade
das empresas (99,3%) funcionou sempre no local onde decorreu a entrevista e 35,3%,
funcionam nesse local há mais de 15 anos.
Quadro 3.6a Distribuição das empresas segundo a dimensão (nº de empregados)
Trabalhadores a tempo inteiro equivalente(1)
% n Dos quais: % n
Inquirido e respectiva família (A) 60,2 50 Restantes empregados (B) 0,0 0 Ambos (A e B) 39,8 33
2 ou menos 55,3 83
Total 100 83 Inquirido e respectiva família (A) 2,6 1 Restantes empregados (B) 0,0 0 Ambos (A e B) 97,4 38
>2-5 26,0 39
Total 100 39 Inquirido e respectiva família (A) 0,0 0 Restantes empregados (B) 0,0 0 Ambos (A e B) 100 12
>5-10 8,0 12
Total 100 12 Inquirido e respectiva família (A) 0,0 0 Restantes empregados (B) 0,0 0 Ambos (A e B) 100 16
> 10 10,7 16
Total 100 16 TOTAL 100 150 1 – Trabalhadores a tempo inteiro equivalente = 1 * nº de trabalhadores a tempo inteiro + 0,5 * nº de trabalhadores a tempo
parcial + 0,125 * nº de trabalhadores sazonais/casuais
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
15
Um pouco mais de 80% das empresas têm menos de 5 trabalhadores, subindo esta
percentagem para os quase 90%, quando o número de trabalhadores é inferior a 10. Nas
empresas de menor dimensão (menos de 2 trabalhadores), o emprego é mais criado junto do
inquirido e respectiva família. Para empresas de maior dimensão, o emprego é criado tanto
junto do inquirido e respectiva família, como de trabalhadores que não estão a ele ligados por
laços familiares. Quem mais emprego cria são as empresas com mais de 10 trabalhadores,
representando cerca de 70% do emprego.
Quadro 3.6b Distribuição dos empregados segundo a dimensão (nº de empregados) das empresas
Trabalhadores a tempo inteiro equivalente(1)
% n Dos quais: % n
Inquirido e respectiva família 76,8 89,625 Restantes empregados 23,2 27,125
2 ou menos 10,5 116,75
Total 100 116,75 Inquirido e respectiva família 40,3 55 Restantes empregados 59,7 81,375
>2-5 12,3 136,375
Total 100 136,375 Inquirido e respectiva família 26,7 21,5 Restantes empregados 73,3 59
>5-10 7,3 80,5
Total 100 80,5 Inquirido e respectiva família 3,3 25,5 Restantes empregados 96,7 748,125
> 10 69,9 773,625
Total 100 773,625 TOTAL 100 1107,25
1 – Trabalhadores a tempo inteiro equivalente = 1 * nº de trabalhadores a tempo inteiro + 0,5 * nº de trabalhadores a tempo
parcial + 0,125 * nº de trabalhadores sazonais/casuais
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3.3.2 Explorações agrícolas
Quadro 3.7 Tipo de respondente face à exploração agrícola
Tipo de respondente % n Dono da exploração agrícola 100 30 Gerente da exploração agrícola 0,0 0 Outro 0,0 0 Total 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Quadro 3.8 Idade do agricultor
Idade (anos) % n Menos de 24 0,0 0 25 – 34 3,3 1 35 – 44 6,7 2 45 – 54 23,3 7 55 – 64 26,7 8 Mais de 65 40,0 12 Total 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
16
Quadro 3.9 Área da exploração agrícola
Área (hectares) % n Menos de 5 ha 53,4 16 5 - 20 ha 33,3 10 21 - 50 ha 3,3 1 51 - 100 ha 6,7 2 Mais de 100 ha 3,3 1 Total 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Quadro 3.10 Tipo de produtores
Tipo de produtores % n Produtores singulares 100 30 Sociedades familiares 0,0 0 Outras sociedades 0,0 0 Companhias 0,0 0 Outro 0,0 0 Total 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
A totalidade dos respondentes ao inquérito é o próprio dono da exploração agrícola que é em
simultâneo, um produtor singular. 2/3 dos agricultores têm mais de 55 anos e 40% têm mais
de 65. A muito pequena exploração, com menos de 5 ha, atinge os 53,4% e cerca de 85% tem
menos de 20 ha.
Quadro 3.11 Orientação produtiva
Orientação produtiva % n Produções animais especializadas 6,7 2 Produção animal mista 0,0 0 Suínos/aves 0,0 0 Cereais 0,0 0 Policultura 46,6 14 Culturas permanentes 40,0 12 Produção animal mista com áreas cultivadas 0,0 0 Horticultura 6,7 2 Outro 0,0 0 Total 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Quadro 3.12 Geração familiar a trabalhar na exploração
Primeira geração? % n Sim 20,0 6 Não 80,0 24 Total 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Em 80% das explorações agrícolas inquiridas, a família está na actividade há mais de uma
geração. Quanto à orientação produtiva a policultura (46,6%) é a forma mais frequente,
seguida das culturas permanentes (40%). As explorações especializadas na produção animal e
na horticultura representam cada 6,7% do total das inquiridas.
3 - Tavira
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Quadro 3.13a Distribuição das explorações agrícolas segundo a dimensão (nº de empregados)
Trabalhadores a tempo inteiro equivalente(1)
% n Dos quais: % n
Inquirido e respectiva família (A) 81,8 18 Restantes empregados (B) 0,0 0 Ambos (A e B) 18,2 4
2 ou menos 73,3 22
Total 100 22 Inquirido e respectiva família (A) 66,7 4 Restantes empregados (B) 0,0 0 Ambos (A e B) 33,3 2
>2-5 20,0 6
Total 100 6 Inquirido e respectiva família (A) 0,0 0 Restantes empregados (B) 0,0 0 Ambos (A e B) 100 2
>5-10 6,7 2
Total 100 2 Inquirido e respectiva família (A) - - Restantes empregados (B) - - Ambos (A e B) - -
> 10 0,0 0
Total - - TOTAL 100 30 1 – Trabalhadores a tempo inteiro equivalente = 1 * nº de trabalhadores a tempo inteiro + 0,5 * nº de trabalhadores a tempo
parcial + 0,125 * nº de trabalhadores sazonais/casuais
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
As explorações agrícolas que mais emprego geram são as que empregam menos de 2
trabalhadores e representam 73,3% do total das explorações inquiridas, criando cerca de 50%
do emprego. O emprego é criado tanto junto dos inquiridos e respectiva família, como dos
restantes trabalhadores.
Quadro 3.13b Distribuição dos empregados segundo a dimensão (nº de empregados) das explorações
agrícolas
Trabalhadores a tempo inteiro equivalente(1)
% n Dos quais: % n
Inquirido e respectiva família 97,1 29,25 Restantes empregados 2,9 0,875
2 ou menos 48,6 30,125
Total 100 30,125 Inquirido e respectiva família 93,1 15,125 Restantes empregados 6,9 1,125
>2-5 26,2 16,25
Total 100 16,250 Inquirido e respectiva família 35,2 5,5 Restantes empregados 64,8 10,125
>5-10 25,2 15,625
Total 100 15,625 Inquirido e respectiva família - - Restantes empregados - -
> 10 0,0 0
Total - - TOTAL 100 62 1 – Trabalhadores a tempo inteiro equivalente = 1 * nº de trabalhadores a tempo inteiro + 0,5 * nº de trabalhadores a tempo
parcial + 0,125 * nº de trabalhadores sazonais/casuais
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
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Quadro 3.14a Fontes de rendimento dos agregados familiares agrícolas
Actividades fonte de rendimento % n
Exploração agrícola – agricultura (A) 20,0 6
Outras actividades desenvolvidas na exploração agrícola (B) 0,0 0
Actividades exteriores à exploração agrícola (C) 33,3 10
A e B 0,0 0
A e C 46,7 14
A e B e C 0,0 0
Total 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Somente 20% dos agricultores inquiridos vivem exclusivamente da agricultura. A
pluriactividade e plurirendimento são as fontes usuais de obtenção de rendimento, o que
acontece fora da exploração. Um terço dos agricultores retira a totalidade do seu rendimento
fora da exploração agrícola.
Quadro 3.14b Proporção das fontes de rendimento dos agregados familiares agrícolas por actividade
Proporção do rendimento total [0,5] ]5,15] ]15,50] ]50,85] ]85,95] ]95,100] Total
Actividades fonte de rendimento %
(n) % (n)
% (n)
% (n)
% (n)
% (n)
% (n)
Exploração agrícola – agricultura
36,7 (11)
10,0 (3)
13,3 (4)
10,0 (3)
6,7 (2)
23,3 (7)
100 (30)
Outras actividades desen- volvidas na expl. agrícola
100,0 (30)
0,0 (0)
0,0 (0)
0,0 (0)
0,0 (0)
0,0 (0)
100 (30)
Actividades exteriores à exploração agrícola
30,0 (9)
0,0 (0)
13,3 (4)
10,0 (3)
13,3 (4)
33,3 (10)
100 (30)
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3.1.3 Agregados familiares – Agrícolas e não agrícolas
Quadro 3.15 Tipo de respondente face à habitação
Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Tipo de respondente
% n % n
Proprietário 77,3 116 96,7 29
Ocupante 22,7 34 3,3 1
Outro 0,0 0 0,0 0
Total 100 150 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
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Quadro 3.16 Número de elementos do agregado familiar
Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Número de pessoas
% n % n
1 14,7 22 3,3 1
2 28,7 43 56,7 17
3 28,0 42 13,3 4
4 19,3 29 23,3 7
5 6,0 9 0,0 0
Mais de 5 3,3 5 3,3 1
Total 100 150 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Os respondentes ao inquérito dos agregados familiares, quer agrícolas, quer não agrícolas,
são, de uma forma geral, proprietários da habitação onde vivem. Esta tendência acentua-se
mais para os agregados familiares agrícolas, onde se verifica que 96,7% dos inquiridos são
proprietários da habitação onde residem. A dimensão mais frequente do agregado familiar,
quer seja agrícola quer não agrícola, é de 2 elementos. Mais de 60% das famílias sempre
residiu no local onde habitavam aquando da inquirição, atingindo esta percentagem o valor
de cerca de 75%, no caso das famílias agrícolas.
Quadro 3.17 Ciclo familiar
Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Ciclo familiar % n % n
Grupo I: Adultos jovens (17-24) sem crianças
3,3 5 0,0 0
Grupo II: Famílias com crianças, até aos 7 anos
19,3 29 10,0 3
Grupo III: Famílias com crianças dos 8 aos 12 anos
4,7 7 0,0 0
Grupo IV: Famílias com crianças dos 13 aos 16 anos
9,3 14 0,0 0
Grupo V: Famílias de adultos, todos em idade activa
60,7 91 90,0 27
Grupo VI: Idosos (acima da idade da reforma)
2,7 4 0,0 0
Total 100 150 100 30 Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
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Quadro 3.18 Classe social
Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Classe social % n % n Ocupações profissionais superiores 30,7 46 3,3 1 Ocupações técnicas e de gestão 9,3 14 96,7 29 Ocupações especializadas - não manuais 32,7 49 0,0 0 Ocupações especializadas - manuais 4,7 7 0,0 0 Ocupações parcialmente especializadas 18,7 28 0,0 0 Ocupações não especializadas 4,0 6 0,0 0 Reformados e desempregados 0,0 0 0,0 0 Total 100 150 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Quadro 3.19 Número de veículos pertencentes ao agregado familiar
Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Número de veículos
% n % n
Nenhum 10,7 16 23,3 7
1 58,7 88 50,0 15
2 26,7 40 20,0 6
Mais de 2 3,9 6 6,7 2
Total 100 150 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
Quadro 3.20 Residência
Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Sempre residiram neste local?
% n % n
Sim 61,3 92 73,3 22
Não 38,7 58 26,7 8
Total 100 150 100 30
Nº de anos a residir neste local
Menos de 2 anos 19,0 11 0,0 0
3 – 5 anos 20,7 12 0,0 0
6 – 10 anos 8,6 5 25,0 2
Mais de 10 anos 51,7 30 75,0 6
Valores não apurados (999) 0,0 0 0,0 0
Total 100 58 100 8
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
A família típica tem adultos em idade activa, seguida das famílias com crianças até aos 7
anos.
No caso dos agregados não agrícolas, estes pertencem, na sua maioria, ao grupo dos
especializados não manuais, seguido dos que exercem funções profissionais superiores. Isso
deve-se ao facto do Algarve ser uma região essencialmente de serviços. Quando se analisa o
3 - Tavira
21
caso dos agregados agrícolas, a grande maioria pertence à classe dos gestores e técnicos,
facto que fica a dever-se à especificidade da actividade agrícola.
A maioria das famílias possui uma viatura. As famílias agrícolas que não têm viatura própria
atingem os 23,3%.
Quadro 3.21 Rendimento do agregado familiar (euros)
Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Rendimento % n % n
Inferior a 6 000€ 1,3 2 23,3 7 6 001€ - 10 000€ 18,7 28 30,0 9 10 001€ - 15 000€ 18,7 28 16,7 5 15 001€ - 20 000€ 22,7 34 13,3 4 20 001€ - 25 000€ 10,7 16 10,0 3 25 001€ - 30 000€ 10,0 15 6,7 2 30 001€ - 35 000€ 4,7 7 0,0 0 35 001€ - 45 000€ 6,7 10 0,0 0 45 001€ - 55 000€ 4,7 7 0,0 0 Superior a 55 000€ 2,0 3 0,0 0 Total 100 150 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
O tipo de emprego mais frequente, tanto entre as famílias não agrícolas, como nas agrícolas,
é a tempo inteiro. No entanto, cerca de 1/3 das famílias agrícolas têm emprego a tempo
parcial. Tal fica a dever-se à sazonalidade inerente à actividade agrícola.
Mais de 60% das famílias não agrícolas têm um rendimento anual que ultrapassa os 15 000
euros, enquanto 70% das famílias agrícolas auferem menos do que esse valor, não havendo
nenhuma que ganhe mais do que 30 000 euros.
Quadro 3.22 Tipo de emprego
Agregados não agrícolas Agregados agrícolas Tipo de emprego % n % n
Tempo inteiro 92,7 139 66,7 20 Tempo parcial 2,0 3 33,3 10 Desempregado 0,7 1 0,0 0 Estudante (tempo inteiro) 0,0 0 0,0 0 Reformado 4,7 7 0,0 0 Permanentemente doente ou incapacitado 0,0 0 0,0 0 Doméstica 0,0 0 0,0 0 Outro 0,0 0 0,0 0 Total 100 150 100 30
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
22
3.2 Resultados Económicos e Indicadores de Integração Local
3.2.1 Empresas não agrícolas
Quadro 3.23 Vendas, Compras e Indicadores de Integração Local para as empresas não agrícolas da
área em estudo
TAVIRA
Zonas Limites
Vendas (%) Compras (%)
A Freguesias urbanas do concelho 6,5 4,5
B Freguesias rurais do concelho 1,7 0,2
C Concelhos limítrofes algarvios 4,7 2,7
D Faro 0,8 34,2
E Restantes concelhos da NUT II - Algarve 1,9 1,7
F Restantes NUT II do país 19,1 8,9
G Restantes países da União Europeia 65,3 47,8
H Resto do Mundo 0,0 0,0
Total 100 100
Indicadores de Integração
A + B Indicadores de Integração Local (IIL(vendas/empresas) e IIL(compras/empresas))
0,082 0,047
A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(vendas/empresas) e IILE(compras/empresas))
0,13 0,074
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
A integração na economia local, das empresas não agrícolas pode considerar-se não existente,
tanto por parte das compras, como das vendas. O valor do IIL não chega aos 0,15, sendo o
maior valor para as vendas. Cerca de metade das compras e quase 2/3 das vendas são
efectuadas na UE.
No caso das compras, a Espanha é o principal fornecedor e os principais clientes são, por um
lado, os turistas de quase todos os países da EU, sobretudo para o comércio a retalho,
alojamento e restauração e, por outro, a Espanha para as empresas dos restantes sectores de
actividade.
3 - Tavira
23
3.2.2 Explorações Agrícolas
Quadro 3.24 Vendas, Compras e Indicadores de Integração Local para as explorações agrícolas da área em estudo
TAVIRA Zonas Limites Vendas (%) Compras (%) A Freguesias urbanas do concelho 27,6 46,5 B Freguesias rurais do concelho 13,4 12,6 C Concelhos limítrofes algarvios 16,2 2,2 D Faro 36,1 16,6 E Restantes concelhos da NUT II - Algarve 0,0 0,0 F Restantes NUT II do país 6,7 20,0 G Restantes países da União Europeia 0,0 2,1 H Resto do Mundo 0,0 0,0 Total 100 100 Indicadores de Integração A + B Indicadores de Integração Local (IIL(vendas/explorações)
e IIL(compras/explorações)) 0,41 0,59
A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(vendas/explorações) e IILE(compras/explorações))
0,57 0,61
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
As explorações agrícolas têm um grau de integração local moderado. O IIL das vendas não
chega aos 0,6 e o das compras ultrapassa em 1% os sessenta, somente quando se consideram
os concelhos limítrofes, isto é, a localidade alargada. Na zona urbana, são feitas cerca de
metade das compras e, no concelho de Faro, 1/6 das mesmas. As restantes NUT do país
abastecem em 20% as explorações agrícolas de Tavira.
3.2.3 Agregados familiares não agrícolas
Quadro 3.25 Compras de bens e serviços e Indicadores de Integração Local dos agregados familiares não agrícolas da área em estudo
TAVIRA Zonas Limites Compra de bens e
serviços de elevado valor (%)
Compra de bens e serviços de baixo
valor (%) A Freguesias urbanas do concelho 50,6 72,3 B Freguesias rurais do concelho 2,3 12,2 C Concelhos limítrofes algarvios 6,6 2,9 D Faro 20,4 9,1 E Restantes concelhos da NUT II - Algarve 7,3 1,0 F Restantes NUT II do país 11,8 1,5 G Restantes países da União Europeia 1,1 0,8 H Resto do Mundo 0,0 0,1 Total 100 100 Indicadores de Integração A + B Indicadores de Integração Local
(IIL(compras/famílias não agrícolas)) 0,53 0,85
A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(compras/famílias não agrícolas))
0,60 0,87
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
24
Os agregados familiares não agrícolas têm uma integração local mais acentuada nas compras
de bens e serviços de baixo valor, comprando na zona urbana cerca de 3/4 deste tipo de bens
e cerca de metade dos bens de elevado valor. Faro é o local de compras que os habitantes de
Tavira elegem em segundo lugar para as compras de bens e serviços de elevado valor.
As famílias agrícolas apresentam um IIL que indicia uma integração muito elevada, sendo no
concelho de Tavira que estas famílias fazem a maior parte das suas compras.
3.2.4 Agregados familiares agrícolas
Quadro 3.26 Compras de bens e serviços e Indicadores de Integração Local dos agregados familiares agrícolas da área em estudo
TAVIRA
Zonas Limites Compra de bens e serviços de elevado
valor (%)
Compra de bens e serviços de baixo
valor (%)
A Freguesias urbanas do concelho 24,4 54,1
B Freguesias rurais do concelho 59,4 26,3
C Concelhos limítrofes algarvios 4,0 7,2
D Faro 10,6 11,8
E Restantes concelhos da NUT II - Algarve 0,0 0,0
F Restantes NUT II do país 1,5 0,7
G Restantes países da União Europeia 0,0 0,0
H Resto do Mundo 0,0 0,0
Total 100 100
Indicadores de Integração
A + B Indicadores de Integração Local (IIL(compras/famílias agrícolas))
0,84 0,80
A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(compras/famílias agrícolas))
0,88 0,88
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
25
3.3 Resultados de Emprego e Indicadores de Integração Local
3.3.1 Empresas não agrícolas
Quadro 3.27 Trabalhadores a tempo inteiro equivalente (TIE) e pagamentos salariais para as empresas não agrícolas da área em estudo
Zonas Limites TIE (%)
Pagamentos salariais (%)
A Freguesias urbanas do concelho 53,4 53,4 B Freguesias rurais do concelho 36,7 33,8 C Concelhos limítrofes algarvios 4,7 5,8 D Faro 2,2 3,1 E Restantes concelhos da NUT II - Algarve 1,1 1,3 F Restantes NUT II do país 0,7 1,4 G Restantes países da União Europeia 0,9 0,8 H Resto do Mundo 0,4 0,3 Total 100 100 Indicadores de Integração A + B Indicadores de Integração Local
(IIL(TIE/empresas) e IIL(salários/empresas)) 0,90 0,87
A + B + C Indicadores de Integração Local Estendidos (IILE(TIE/empresas)) e IILE(salários/empresas))
0,95 0,93
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
A integração local ao nível do emprego criado, medida em TIE e em pagamentos salariais
efectuados pelas empresas não agrícolas, é muito forte, tanto quando a unidade territorial tida
em consideração é o concelho de Tavira, como quando se alarga a zona aos concelhos
limítrofes.
3.3.2 Explorações agrícolas
Quadro 3.28 Trabalhadores a tempo inteiro equivalente (TIE) e pagamentos salariais para as explorações agrícolas da área em estudo
Zonas Limites TIE (%)
Pagamentos salariais (%)
A Freguesias urbanas do concelho 5,9 6,7 B Freguesias rurais do concelho 93,7 91,8 C Concelhos limítrofes algarvios 0,2 0,7 D Faro 0,2 0,7 E Restantes concelhos da NUT II - Algarve 0,0 0,0 F Restantes NUT II do país 0,0 0,0 G Restantes países da União Europeia 0,0 0,0 H Resto do Mundo 0,0 0,0 Total 100 100 Indicadores de Integração A + B Indicadores de Integração Local
(IIL(TIE/explorações) e IIL(salários/explorações)) 1,0 0,99
A + B + C Indicadores de Integração Local Estendidos (IILE(TIE/explorações)) e IILE(salários/explorações))
1,0 0,99
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
26
A integração local ao nível do emprego criado, medida em TIE e em pagamentos salariais
efectuados pelas empresas agrícolas, é muito forte, tanto quando a unidade territorial tida em
consideração é o concelho de Tavira, como quando se alarga a zona aos concelhos limítrofes.
3.3.3 Agregados familiares não agrícolas
Quadro 3.29 Trabalhadores a tempo inteiro equivalente (TIE) dos agregados familiares não agrícolas da área em estudo
Zonas Limites TIE (%)
A Freguesias urbanas do concelho 84,1 B Freguesias rurais do concelho 6,6 C Concelhos limítrofes algarvios 3,1 D Faro 5,0 E Restantes concelhos da NUT II - Algarve 0,9 F Restantes NUT II do país 0,0 G Restantes países da União Europeia 0,4 H Resto do Mundo 0,0 Total 100 Indicadores de Integração A + B Indicador de Integração Local (IIL(TIE/famílias não agrícolas)) 0,91 A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(TIE/famílias não agrícolas)) 0,94
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
A integração local das famílias não agrícolas inquiridas é muito forte, atingindo o IIL 0,91
quando se considera a zona A+B, subindo este valor para 0,94 quando se considera os
concelhos limítrofes. As freguesias urbanas do concelho de Tavira conseguem atrair cerca de
84% do emprego das famílias não agrícolas.
3.3.4 Agregados familiares agrícolas
Quadro 3.30 Trabalhadores a tempo inteiro equivalente (TIE) dos agregados familiares agrícolas da área em estudo
Zonas Limites TIE (%)
A Freguesias urbanas do concelho 6,0 B Freguesias rurais do concelho 88,1 C Concelhos limítrofes algarvios 0,0 D Faro 4,8 E Restantes concelhos da NUT II - Algarve 0,0 F Restantes NUT II do país 0,0 G Restantes países da União Europeia 1,2 H Resto do Mundo 0,0 Total 100 Indicadores de Integração A + B Indicador de Integração Local (IIL(TIE/famílias agrícolas)) 0,94 A + B + C Indicador de Integração Local Estendido (IILE(TIE/famílias agrícolas)) 0,94
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
27
Quando se analisa o grau de integração local em termos de emprego dos agregados familiares
agrícolas, verifica-se que o nível de integração local é, também, elevado, com um valor do
IIL igual a 0,94, tanto quando se considera o concelho como unidade territorial, como quando
a ele se juntam os concelhos limítrofes. Como seria de esperar, as freguesias rurais atraem
cerca de 90% do emprego.
3.4 Análise Bivariada
3.4.1 Empresas não agrícolas
Quadro 3.31 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) com algumas características das empresas não agrícolas da área em estudo
Zonas A + B Zonas A + B + C Características Vendas Compras Vendas Compras
Dimensão da empresa segundo o nº de trabalhadores a TIE
14,340 ***
1,205 9,908 **
4,421
Tipo de empresa (sectores de actividade)
18,162 ***
9,742 ***
17,877 ***
22,279 ***
Tipo de organização
689,000 *
892,000 755,500 935,000
Localização da empresa (A ou B)
1980,000 **
2419,500 1992,000 **
2243,000
Anos de funcionamento neste endereço
1,735 1,457 1,762 2,622
Origem do respondente
6,582 *
1,357 7,721 *
2,547
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
A única característica que não influencia a integração local das compras e das vendas das
empresas não agrícolas no concelho de Tavira e concelhos limítrofes diz respeito ao número
de anos em funcionamento no local onde a empresa estava sediada no momento da entrevista. A
integração local das compras não é, também, influenciada pelas características da dimensão da
empresa segundo o número de trabalhadores, tipo de organização, localização da empresas e origem do
respondente.
O maior nível de confiança de rejeição da hipótese nula de igualdade de médias, no caso das
vendas, diz respeito às características referentes à dimensão da empresa segundo o número de
trabalhadores e ao tipo de empresa por sectores de actividade, o que significa que estas
características influenciam o grau de integração local das vendas das empresas não agrícolas.
O mesmo se pode dizer relativamente ao tipo de organização da empresa, à localização da
empresa e à origem dos respondentes, ressalvando, para o caso da primeira, a não integração na
zona A+B+C.
3 - Tavira
28
A integração local das compras é relevante quando se tem em mente o tipo de empresa, uma
vez que se rejeita a hipótese nula de igualdade das médias, com 99% de nível de confiança.
Para todas as outras características, não se rejeita a hipótese nula de igualdade das médias;
por conseguinte, não exercem qualquer tipo de influência na integração local das compras
destas empresas tanto no concelho como nos concelhos limítrofes.
3.4.2 Explorações agrícolas
Quadro 3.32 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) com algumas características das explorações agrícolas da área em estudo
Zonas A + B Zonas A + B + C Características Vendas Compras Vendas Compras
Dimensão da exploração segundo o nº de trabalhadores a TIE
3,403 4,840 *
0,982 7,225 **
Dimensão da exploração segundo a área (número de hectares)
4,577 2,404 0,946 0,110
Orientação produtiva
2,307 6,039 8,236 **
5,824
Primeira geração familiar na exploração 60,000 65,500 38,000 **
65,000
Idade do agricultor
3,937 0,152 0,079 0,178
Rendimento familiar proveniente da exploração (≥≥ ou << que 50%)
95,500 110,500 76,000 *
110,000
Origem do respondente
1,656 0,841 1,745 1,301
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
A dimensão da integração local no concelho de Tavira das vendas das explorações agrícolas
não é influenciada por nenhuma das características referidas no quadro 3.3.2, uma vez que
não se rejeita a hipótese nula de igualdades das médias. Quando de estende a zona para os
concelhos limítrofes, a orientação produtiva, o facto de ser ou não a primeira geração familiar na
exploração e a percentagem de rendimento familiar proveniente da exploração, passam a ter
influência no grau de integração local das vendas das explorações agrícolas, dado que se
rejeita a hipótese nula de igualdade das médias, com um nível de confiança de 95% para as
duas primeiras características, e de 90% para a última.
No caso das compras das explorações agrícolas, só a dimensão da exploração agrícola segundo o
número de trabalhadores tem influência no seu grau de integração local. O nível de confiança
com que se rejeita a hipótese nula de igualdade das médias aumenta de 90% para 95%,
quando se estende a zona considerada.
3 - Tavira
29
3.4.3 Agregados familiares não agrícolas e agrícolas
Quadro 3.33 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) com algumas características dos agregados familiares não agrícolas e agrícolas
Zonas A + B Zonas A + B + C
Características Não
agrícolas Agrícolas Não
agrícolas Agrícolas
Anos de residência na localidade
9,919 **
5,074 *
12,992 ***
5,254 *
Rendimento anual
4,501 6,901 ***
5,702 4,819 **
Número de veículos do agregado
5,489 2,987 5,889 2,868
Número de elementos do agregado familiar
1,207 5,531 3,945 6,576 *
Ciclo familiar
1,441 0,239 0,859 0,293
Localização do agregado (A ou B)
2481,000 6,000 *
2268,000 4,000 **
Localização do emprego
-- -- -- --
Classe social
11,996 ***
-- 11,582 ***
--
Tipo de despesa (baixo valor/elevado valor)
1603,500 ***
21,000 1660,500 ***
27,000
Tipo de despesa (bens/serviços)
1458,500 45,500 1488,500 55,000
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)
Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
O número de veículos do agregado, o ciclo familiar, a localização do emprego e o tipo de despesa em
bens ou em serviços não influenciam a intensidade da integração local das famílias agrícolas e não agrícolas, tanto na zona do concelho de Tavira, como quando se anexam os concelhos limítrofes. Os anos de residência na localidade influenciam a integração local das famílias agrícolas e não agrícolas. O nível de confiança com que se rejeita a hipótese nula de igualdade das médias sobe de 95% para 99%, quando se estende a zona de integração, para as famílias não agrícolas e é de 90% para as famílias agrícolas, independentemente da zona considerada. O rendimento anual e a localização do agregado só influenciam o grau de integração local das famílias agrícolas. O número de elementos do agregado familiar influencia, apenas, a integração local alargada dos agregados familiares agrícolas, uma vez que se rejeita a hipótese nula de igualdade das médias para um nível de significância de 90%. A classe social e o tipo de despesa de baixo ou elevado valor influencia, somente, a integração local das famílias não agrícolas.
3 - Tavira
30
4 SÍNTESE DE RESULTADOS
Este ponto tem como finalidade a apresentação de uma síntese dos resultados obtidos
relativamente às características das empresas e famílias, agrícolas ou não, inquiridas no
concelho onde está localizada a cidade de Tavira.
Em primeiro lugar, através das características dos inquiridos, apresentaremos um retrato dos
agentes económicos, famílias e empresas, quer estejam, ou não, ligados à actividade agrícola.
Não podemos deixar de referir, mais uma vez, que, quer para as famílias, quer para as
empresas, a inquirição teve por base uma estrutura da amostra previamente definida de
acordo com os dados oficiais concelhios, recolhidos junto do Instituto Nacional de
Estatística, e apresentados no ponto 2.
Em seguida, através dos resultados obtidos dos Indicadores de Integração Local tanto ao
nível económico, como ao nível de emprego, teceremos algumas considerações de modo a
mostrar em que medida os diferentes actores se integram na economia local do concelho de
Tavira e dos seus concelhos limítrofes.
Por fim, tendo por base a análise bivariada, comparar-se-ão as importâncias relativas de cada
uma das diferentes características dos diversos agentes económicos na determinação do grau
da sua integração local.
As empresas não agrícolas apontam para a seguinte tipologia: • Tipo de respondente face à
empresa - dono da empresa; • Tipo de organização - Empresa independente, sem filiais; •
Tipo de empresa - Serviços; • Local de funcionamento - Sempre no concelho e há mais de 15
anos; • Distribuição das empresas segundo a dimensão, em termos de número de empregados
– 2 ou menos trabalhadores a TIE; • Distribuição dos postos de trabalho de acordo com a
dimensão das empresas – maior número de trabalhadores em empresas com mais de 10
trabalhadores a TIE.
As empresas agrícolas seguem o seguinte padrão; • Tipo de respondente face à empresa
agrícola - dono da exploração agrícola, produtor singular e na exploração há mais de uma
geração • Idade do agricultor –65 ou mais anos; • Área da exploração agrícola - menos de 5
ha; • Orientação produtiva - policultura e culturas permanentes; • Distribuição das
explorações segundo o número de empregados e maior número de postos de trabalho –
menos de 2 trabalhadores a TIE; • Fontes de rendimento - Pluriactividade e pluri-rendimento.
Das famílias não agrícolas, poder-se-á dizer que a moda é: • Tipo de respondente face a
habitação - proprietário; • Número de elementos do agregado familiar - 2; • Ciclo familiar
indicar tratar-se de uma família de adultos em idade activa; • Classe social - ocupações
3 - Tavira
31
especializadas – não manuais; • Número de veículos do agregado - 1; • Local de residência -
sempre terem residido no concelho; • Rendimento anual - entre 15 000 e 20 000 euros; •Tipo
de emprego – a tempo inteiro.
Por fim, das famílias agrícolas poder-se-á dizer que a moda é: • Tipo de respondente face à
habitação - proprietário; • Número de elementos do agregado familiar - 2; • Ciclo familiar -
família de adultos em idade activa; • Classe social - ocupação técnica de gestão; • Número de
veículos do agregado - 1; • Local de residência - sempre terem residido no concelho de
Tavira; • Rendimento anual - entre 6001 e 10000 euros; • Tipo de emprego – a tempo inteiro.
Quadro 4.1 Síntese do nível de Integração Local dos diferentes agentes económicos em termos económicos e de emprego
Resultados económicos e do Emprego Delimitação da Zona A+B A+B+C Vendas das empresas não agrícolas Muito Fraco Muito Fraco Compras das empresas não agrícolas Muito Fraco Muito Fraco Vendas das empresas agrícolas Moderado Moderado Compras das empresas agrícolas Moderado Forte Compras de elevado valor das famílias não agrícolas
Moderado Forte
Compras de baixo valor das famílias não agrícolas
Muito Forte Muito Forte
Compras de elevado valor das famílias agrícolas
Muito Forte Muito Forte
Compras de baixo valor das famílias agrícolas
Muito Forte Muito Forte
Emprego – Empresas não agrícolas Muito Forte Muito Forte Emprego – Empresas agrícolas Muito Forte Muito Forte Emprego – Famílias não agrícolas Muito Forte Muito Forte Emprego – famílias agrícolas Muito Forte Muito Forte Muito Fraco – Indicador de Integração Local [0; 0,25[; Fraco – Indicador de Integração Local [0,25; 0,4[; Moderado – Indicador de Integração Local [0,4; 0,6[; Forte – Indicador de Integração Local [0,6; 0,8[; Muito Forte – Indicador de Integração Local [0,8; 1].
Fonte: A partir dos quadros 3.23 a 3.30
O quadro anterior sintetiza o segundo objectivo destas conclusões, referindo a intensidade
com que ocorre a integração local dos diferentes agentes económicos ao nível do concelho de
Tavira e dos seus concelhos limítrofes.
Os quadros que se seguem, indicam a influência exercida, ou não, pelas diferentes
características dos agentes económicos, famílias e empresas. O valor entre parênteses dá-nos
informação sobre a componente da característica que mais contribui para o exercício desta
influência no grau de integração local.
Para as empresas não agrícolas, o que mais influencia a integração local é: a dimensão da
empresa segundo o número de trabalhadores a TIE (5 ou menos); o tipo de empresa de
acordo com o sector de actividade (primário); o tipo de organização (empresas independentes
3 - Tavira
32
sem filiais); a localização da empresa (zona A); e a origem do respondente (local há menos
de 10 anos, tendo residido anteriormente na zona C ou D).
No caso das empresas agrícolas, o que mais influencia a integração local é: a dimensão da
exploração segundo o número de trabalhadores a TIE (2 ou menos); a orientação produtiva
(policultura); a geração familiar na exploração (1ª geração); e o rendimento familiar
proveniente da exploração (< 50%).
Para as famílias não agrícolas, o que mais influencia a integração local é: os anos de
residência na localidade (sempre residiram); a classe social (ocupações não especializadas); e
o tipo de despesa de baixo ou elevado valor (elevado valor).
Por fim, para as famílias agrícolas, o que mais influencia a integração local é: os anos de
residência na localidade (3 a 10 anos); o rendimento anual (inferior a 15000 euros); e a
localização do agregado (zona B).
Quadro 4.2 Influência na Integração Local de algumas características das empresas não agrícolas da área em estudo
Zonas A + B Zonas A + B + C
Características Vendas Compras Vendas Compras
Dimensão da empresa segundo o nº de trabalhadores a TIE
SIM (2 ou menos TIE)
NÃO SIM (2 a 5 TIE)
NÃO
Tipo de empresa (sectores de actividade)
SIM (Primário)
SIM (Primário)
SIM (Primário)
SIM (Primário)
Tipo de organização
SIM (Independente
sem filiais)*
NÃO
NÃO
NÃO
Localização da empresa (A ou B)
SIM (Zona A)
NÃO SIM (Zona A)*
NÃO
Anos de funcionamento neste endereço
NÃO NÃO NÃO NÃO
Origem do respondente
SIM (Local, há menos
de 10 anos e antes Zona C-D)
NÃO
SIM (Local, há
menos de 10 anos e antes Zona C-D)*
NÃO
Fonte: A partir do quadro 3:31 e do Quadro A1 e A2do Anexo
3 - Tavira
33
Quadro 4.3 Influência na Integração Local de algumas características das empresas agrícolas da área em estudo
Zonas A + B Zonas A + B + C
Características Vendas Compras Vendas Compras
Dimensão da exploração segundo o nº de trabalhadores a TIE
NÃO
SIM (2 ou menos TIE)
NÃO
SIM (2 ou menos TIE)
Dimensão da exploração segundo a área (número de hectares)
NÃO NÃO NÃO NÃO
Orientação produtiva
NÃO
NÃO
SIM (Policultura)
NÃO
Primeira geração familiar na exploração NÃO
NÃO
SIM (1ª geração)
NÃO
Idade do agricultor
NÃO NÃO NÃO NÃO
Rendimento familiar proveniente da exploração(≥≥ ou << que 50%)
NÃO
NÃO
SIM (<50%)
NÃO
Origem do respondente
NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: A partir do quadro 3:32 e do Quadro A3 e A4do Anexo
Quadro 4.4 Influência na Integração Local de algumas características dos agregados familiares agrícolas e não agrícolas da área em estudo
Zonas A + B Zonas A + B + C
Características Não agrícolas Agrícolas Não agrícolas Agrícolas
Anos de residência na localidade
SIM (Sempre)
SIM (3 a 10 anos)
SIM (Sempre)
SIM (3 a 10 anos)
Rendimento anual
NÃO SIM (<15000 euros)
NÃO SIM (<15000 euros)
Número de veículos do agregado
NÃO NÃO NÃO NÃO
Número de elementos do agregado familiar NÃO NÃO NÃO SIM (superior a 4)
Ciclo familiar
NÃO NÃO NÃO NÃO
Localização do agregado (A ou B)
NÃO SIM (Zona B)
NÃO SIM (Zona B)
Localização do emprego
NÃO NÃO NÃO NÃO
Classe social
SIM (Ocupações não especializadas)
NÃO
SIM (Ocupações não especializadas)
NÃO
Tipo de despesa (baixo valor/elevado valor)
SIM (despesa em
bens e serviços de elevado valor
≥ 50%)
NÃO SIM (despesa em
bens e serviços de elevado valor
≥ 50%)
NÃO
Tipo de despesa (bens/serviços)
NÃO NÃO NÃO NÃO
Fonte: A partir do quadro 3:33 e do Quadro A5 e A6do Anexo
3 - Tavira
34
Bibliografia
INE (2002a). Censos 2001 - XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da habitação –
Resultados Definitivos – Algarve. Instituto Nacional de Estatística. Lisboa.
INE (2002b). Censos 2001 - XIV Recenseamento Geral da População/IV Recenseamento Geral da habitação –
Resultados Definitivos – Portugal. Instituto Nacional de Estatística. Lisboa.
INE (2001). Recenseamento Geral da Agricultura 1999: Algarve: Principais Resultados. Instituto Nacional de
Estatística. Lisboa.
INE (2001). Anuário Estatístico da Região do Algarve: 2000. Instituto Nacional de Estatística. Faro.
Sites consultados
http//www.ine.pt
http//www.cm-Tavira.pt
http//www.anmp.pt
http//www.anafre.pt
http//www.guiadeportugal.pt
3 - Tavira
35
ANEXOS - ANÁLISE BIVARIADA / Resultados completos
Tabela A1 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) das compras com algumas características das empresas não agrícolas da área em estudo
Zonas A+B Zonas A+B+C Características n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico Dimensão da empresa segundo o nº de trabalhadores a TIE 2 ou menos (1) >2-5 (2) >5-10 (3) Mais de 10 (4)
150 83 39 12 16
40,2 43,0 37,0 46,7 28,4
37,5 41,8 35,1 28,4 20,7
76,8 72,3 85,1 69,3
1,205
(0,752)
150 83 39 12 16
51,5 51,2 49,8 75,7 38,8
41,3 44,4 39,6 32,4 27,7
75,5 73,2 97,8 64,6
4,421
(0,219)
Tipo de empresa (sectores de actividade) Primário (1) Secundário (2) Terciário (3)
150 22 28
100
40,2 62,3 28,0 38,7
37,5 29,2 27,6 39,7
101,2 65,7 72,6
9,742
(0,008) ***
150 22 28
100
51,2 88,5 46,4 44,8
41,3 22,7 38,4 41,2
115,1 71,8 67,8
22,279 (0,000)
*** Tipo de organização Empresa independente, sem filiais (1) Outras (2)
150 136 14
40,2 39,8 44,5
37,5 37,7 36,2
75,1 79,8
892,0 (0,696)
150 136 14
51,5 51,1 54,9
41,3 42,0 34,6
75,4 76,7
935,0 (0,911)
Localização da empresa Zona A (1) Zona B (2)
150 100 50
40,2 41,1 38,4
37,5 38,4 36,0
76,3 73,9
2419,500 (0,746)
150 100 50
51,5 49,6 55,3
41,3 42,0 40,0
72,9 80,6
2243,000 (0,298)
Anos de funcionamento neste endereço 2 anos ou menos (1) >2 –5 anos (2) >5 – 10 anos (3) Mais de 10 anos (4)
150 22 21 26 81
40,2 33,8 43,8 35,0 42,7
37,5 40,5 40,2 34,2 37,3
67,5 78,2 71,3 78,3
1,457
(0,692)
150 22 21 26 81
51,5 41,9 52,5 43,8 56,3
41,3 42,9 42,2 35,6 42,2
68,3 74,0 67,5 80,4
2,622
(0,454)
Origem do respondente Não local (1) Local, há mais de 10 anos (2) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona C ou D) (3) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona E - H) (4)
150 12
126 2
10
40,2 51,7 39,4
42,5
36,5
37,5 42,5 36,9
60,1
39,1
88,2 74,9
70,5
68,5
1,357
(0,716)
150 12
126
2
10
51,5 61,9 51,2
60,0
40,5
41,3 44,1 41,2
56,6
40,4
87,4 75,4
89,8
59,6
2,547
(0,467)
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01)
3 - Tavira
36
Tabela A2 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) das vendas com algumas características das empresas não agrícolas da área em estudo
Zonas A+B Zonas A+B+C Características n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico Dimensão da empresa segundo o nº de trabalhadores a TIE 2 ou menos (1) >2-5 (2) >5-10 (3) Mais de 10 (4)
150 83 39 12 16
64,7 70,4 66,2 67,1 30,0
37,6 33,8 37,9 39,6 39,3
80,7 78,7 79,5 37,6
14,340 (0,002)
***
150 83 39 12 16
70,6 72,9 75,5 74,2 43,4
36,1 32,8 35,2 36,5 45,3
77,3 82,7 80,3 45,3
9,908
(0,019) **
Tipo de empresa (sectores de actividade) Primário (1) Secundário (2) Terciário (3)
150 22 28
100
64,7 89,8 54,2 62,2
37,6 26,0 40,9 36,8
110,7 64,6 70,8
18,162 (0,000)
***
150 22 28
100
70,6 94,1 68,3 66,0
36,1 19,7 38,5 36,4
110,0 71,8 68,9
17,877 (0,000)
*** Tipo de organização Empresa independente, sem filiais (1) Outras (2)
150 136 14
64,7 66,5 47,5
37,6 37,0 41,1
77,4 56,7
689,000 (0,082)
*
150 136 14
70,6 71,6 60,7
36,1 35,6 40,7
76,9 61,5
755,500 (0,184)
Localização da empresa Zona A (1) Zona B (2)
150 100 50
64,7 70,0 64,7
37,6 34,0 42,5
80,7 65,1
1980,000 (0,034)
**
150 100 50
70,6 76,0 59,6
36,1 32,2 40,9
80,6 65,3
1992,000 (0,034)
** Anos de funcionamento neste endereço 2 anos ou menos (1) >2 –5 anos (2) >5 – 10 anos (3) Mais de 10 anos (4)
150 22 21 26 81
64,7 58,0 63,3 60,7 68,2
37,6 40,2 38,6 38,9 36,6
68,8 73,6 70,1 79,5
1,735
(0,629)
150 22 21 26 81
70,6 66,6 65,7 65,8 74,4
36,1 34,9 39,2 40,0 34,5
67,7 72,3 72,5 79,4
1,762
(0,623)
Origem do respondente Não local (1) Local, há mais de 10 anos (2) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona C ou D) (3) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona E - H) (4)
150 12
126 2
10
64,7 40,8 68,4
83,5
43,5
37,6 45,1 35,7
23,3
41,0
55,5 78,9
93,3
53,2
6,582
(0,087)
*
150 12
126
2
10
70,6 49,2 73,6
100,0
51,5
36,1 46,4 34,0
0,0
38,4
58,9 78,3
117,5
52,1
7,721
(0,052)
*
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01) Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
37
Tabela A3 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) das compras com algumas características das explorações agrícolas da área em estudo
Zonas A+B Zonas A+B+C Características n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico Dimensão da exploração (nº trabalhadores a TIE) 2 ou menos (1) >2-5 (2) >5-10 (3) Mais de 10 (4)
30 22 6 2 -
78,4 83,0 71,8 47,9
-
23,7 22,2 24,0 22,0
-
17,5 11,7 5,5 -
4,840
(0,089) *
30 22 6 2 -
89,3 95,7 79,7 47,9
-
18,9 7,3
27,9 22,0
-
17,6 12,3 2,5 -
7,225
(0,027) **
Dimensão da exploração (área - hectares) Pequenas (1) Médias (2) Grandes (3)
30 16 10 4
78,4 84,6 74,1 64,3
23,7 18,1 29,6 25,5
17,1 15,4 9,5
2,404
(0,301)
30 16 10 4
89,3 92,2 87,6 82,0
18,9 12,7 21,8 33,2
15,2 16,2 15,0
0,110
(0,946)
Orientação produtiva Produções animais especializadas (1) Produção animal mista (2) Suínos/aves (3) Cereais (4) Policultura (5) Culturas permanentes (6) Produção animal mista e culturas aráveis (7) Horticultura (8) Outros (9)
30 2 - - -
14 12 - 2 -
78,4 75,3
- - -
70,6 90,3
- 64,9
-
23,7 2,2 - - -
27,2 14,0
- 40,6
-
10,5
- - -
12,8 20,3
- 11,0
-
6,039
(0,110)
30 2 - - -
14 12 - 2 -
89,3 81,7
- - -
89,0 94,9
- 64,9
-
18,9 5,2 - - -
21,1 10,7
- 40,6
-
6,5 - - -
16,9 16,9
- 6,0 -
5,824
(0,120)
Primeira geração familiar na exploração Sim (1) Não (2)
30 6
24
78,4 81,8 77,6
23,7 24,3 24,0
16,6 15,2
65,500 (0,735)
30 6
24
89,3 84,6 90,4
18,9 25,2 17,5
14,3 15,8
65,000 (0,698)
Idade do agricultor Menos de 25 anos (1) 25 –44 anos (2) 45 – 64 anos (3) Mais de 64 anos (4)
30 - 3
15 12
78,4 -
87,5 78,1 76,5
23,7 -
8,7 24,7 25,9
-
16,3 15,9 14,8
0,152
(0,927)
30 - 3
15 12
89,3 -
97,1 87,2 89,9
18,9 -
2,5 22,5 16,7
-
16,0 14,9 16,2
0,178
(0,915)
Rendimento familiar proveniente da exploração ≥ 50% (1) < 50% (2)
30 13 17
78,4 76,7 79,7
23,7 25,5 23,0
15,5 15,5
110,500 (1,000)
30 13 17
89,3 85,5 92,2
18,9 25,0 12,7
15,5 15,5
110,000 (0,982)
Origem do respondente Não local (1) Local, há mais de 10 anos (2) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona A - D) (3) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona E - H) (4)
30 2
27 1 -
78,4 78,3 77,7 98,8
-
23,7 24,4 24,3 0,0 -
13,5 15,4 23,0
-
0,841 (0,657)
30 2
27 1 -
89,3 95,1 88,4 100,0
-
18,9 0,7
19,8 0,0 -
11,5 15,5 23,0
-
1,301 (0,522)
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01) Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
38
Tabela A4 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) das vendas com algumas características das explorações agrícolas da área em estudo
Zonas A+B Zonas A+B+C Características n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico Dimensão da exploração (nº trabalhadores a TIE) 2 ou menos (1) >2-5 (2) >5-10 (3) Mais de 10 (4)
30 22 6 2 -
58,1 66,3 30,8 50,0
-
45,1 42,1 46,3 70,7
-
17,1 10,0 14,0
-
3,403
(0,182)
30 22 6 2 -
76,8 81,0 64,2 68,6
-
38,0 35,7 48,4 44,4
-
16,3 13,0 14,0
-
0,982
(0,612)
Dimensão da exploração (área - hectares) Pequenas (1) Médias (2) Grandes (3)
30 16 10 4
58,1 70,4 52,6 23,1
45,1 43,2 43,6 45,5
17,8 14,9 7,8
4,577
(0,101)
30 16 10 4
76,8 78,6 70,8 84,3
38,0 39,5 40,8 31,4
16,1 13,7 17,5
0,946
(0,623)
Orientação produtiva Produções animais especializadas (1) Produção animal mista (2) Suínos/aves (3) Cereais (4) Policultura (5) Culturas permanentes (6) Produção animal mista e culturas aráveis (7) Horticultura (8) Outros (9)
30 2 - - -
14 12 - 2 -
58,1 25,0
- - -
59,7 64,5
- 42,5
-
45,1 35,4
- - -
46,4 46,4
- 53,0
-
7,8 - - -
15,8 17,0
- 12,5
-
2,307
(0,511)
30 2 - - -
14 12 - 2 -
76,8 30,0
- - -
88,6 76,5
- 42,5
-
38,0 42,4
- - -
27,2 41,6
- 53,0
-
5,0 - - -
18,1 15,8
- 6,5 -
8,236
(0,041) **
Primeira geração familiar na exploração Sim (1) Não (2)
30 6
24
58,1 47,5 60,8
45,1 50,8 44,3
13,5 16,0
60,000 (0,519)
30 6
24
76,8 47,5 84,1
38,0 50,8 31,4
16,9 9,8
38,000 (0,041)
** Idade do agricultor Menos de 25 anos (1) 25 –44 anos (2) 45 – 64 anos (3) Mais de 64 anos (4)
30 - 3
15 12
58,1 -
23,3 71,8 49,7
45,1 -
40,4 39,6 49,1
-
7,0 17,6 15,0
3,937
(0,140)
30 - 3
15 12
76,8 -
66,7 78,4 77,4
38,0 -
57,7 35,8 39,2
-
14,7 15,3 15,9
0,079
(0,961)
Rendimento familiar proveniente da exploração ≥ 50% (1) < 50% (2)
30 13 17
58,1 52,3 62,6
45,1 48,2 43,5
14,4 16,4
95,500 (0,515)
30 13 17
76,8 64,6 86,1
38,0 43,6 31,4
12,9 17,5
76,000 (0,094)
* Origem do respondente Não local (1) Local, há mais de 10 anos (2) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona A - D) (3) Local, há menos de 10 anos (anteriormente vivia na Zona E - H) (4)
30 2
27 1 -
58,1 85,0 54,6
100,0 -
45,1 21,2 46,0 0,0 -
19,3 14,9 24,5
-
1,656
(0,437)
30 2
27 1 -
76,8 100,0 74,2 100,0
-
38,0 0,0
39,3 0,0 -
21,0 14,9 21,0
-
1,745
(0,418)
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01) Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
39
Tabela A5 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) com algumas características dos agregados familiares não agrícolas da área em estudo
Zonas A+B Zonas A+B+C Características n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico Anos de residência na localidade 2 anos ou menos (1) >2 – 10 anos (2) > 10 anos (3) Sempre residiu na localidade (4)
150 11 17 30 92
73,6 58,5 63,5 75,7 76,5
21,7 20,7 25,7 20,2 20,4
44,7 58,7 78,0 81,5
9,919
(0,019) **
150 11 17 30 92
76,6 58,5 65,6 79,7 79,8
21,3 20,7 26,3 18,0 19,9
39,4 57,1 79,6 81,9
12,992 (0,005)
***
Rendimento anual (euros) < 15 000 (1) 15 001 – 30 000 (2) 30 001 – 55 000 (3) > 55 000 (4)
150 58 65 24 3
73,6 74,8 75,5 65,3 75,6
21,7 23,8 19,5 22,0 7,9
79,6 78,2 58,4 74,3
4,501
(0,212)
150 58 65 24 3
76,6 77,0 79,6 67,5 75,6
21,3 24,1 17,8 22,5 7,9
79,4 79,4 56,7 65,3
5,702
(0,127)
Número de veículos do agregado familiar Nenhum (1) 1 veículo (2) 2 veículos (3) > 2 veículos (4)
150 16 88 40 6
73,6 83,8 71,9 72,8 76,0
21,7 19,7 20,6 24,4 20,4
98,2 70,8 76,0 80,8
5,489
(0,139)
150 16 88 40 6
76,6 86,1 74,4 77,2 79,4
21,3 18,9 20,8 23,1 19,1
97,3 69,8 78,8 79,6
5,889
(0,117)
Número de elementos do agregado familiar 2 ou menos (1) 3 (2) 4 (3) >4 (4)
150 65 42 29 14
73,6 71,6 73,2 77,1 76,4
21,7 22,6 22,5 18,5 22,2
71,9 75,1 81,0 81,8
1,207
(0,751)
150 65 42 29 14
76,6 73,3 77,0 82,8 78,0
21,3 22,0 22,4 18,6 19,0
68,6 77,4 87,5 77,0
3,945
(0,268)
Ciclo familiar Adultos jovens sem crianças (1) Famílias com crianças (2) Famílias de adultos em idade activa (3) Idosos (4)
150 5 50 91 4
73,6 72,1 71,7 74,3 82,8
21,7 19,1 22,2 21,9 12,2
69,0 71,4 77,3 94,1
1,441 (0,696)
150 5
50 91 4
76,6 72,1 77,1 76,3 82,8
21,3 19,1 22,0 21,6 12,2
61,6 77,3 74,8 85,9
0,859 (0,835)
Localização do agregado Zona A (1) Zona B (2)
150 100 50
73,6 73,5 73,7
21,7 21,7 21,7
75,3 75,9
2481,000 (0,940)
150 100 50
76,6 75,7 78,5
21,3 21,6 21,0
73,2 80,1
2268,000 (0,353)
Localização do emprego (Q13C) Zona A ou B (1) Zona C (2) Zona D (3) Outras (4)
142 142
- - -
73,6 72,8
- - -
21,7 21,8
- - -
71,5
- - -
---
142 142
- - -
76,6 76,0
- - -
21,3 21,5
- - -
71,5
- - -
---
Classe social Ocupações profissionais superiores, técnicas e de gestão (1) Ocupações especializadas (2) Ocupações não especializadas (3) Reformados e desempregados (4)
150 60 84 6 -
73,6 65,7 78,5 82,8
-
21,7 23,2 19,2 14,3
-
60,6 84,8 93,7
-
11,996 (0,002)
***
150 60 84 6 -
76,6 69,3 81,4 82,8
-
21,3 22,7 19,3 14,4
-
60,8 85,2 86,7
-
11,582 (0,003)
***
Tipo de despesa Despesa em bens e serviços de elevado valor ≥ 50% (1) Despesa em bens e serviços de baixo valor < 50% (2)
150 105 45
73,6 77,9 63,6
21,7 18,2 25,8
82,7 58,6
1603,500 (0,002)
***
150 105 45
76,6 80,6 67,2
21,3 17,5 26,2
82,2 59,9
1660,500 (0,004)
*** Tipo de despesa Despesa em bens ≥ 50% (1) Despesa em serviços < 50% (2)
150 126 24
73,6 73,3 74,9
21,7 21,8 21,5
75,1 77,7
1458,500 (0,784)
150 126 24
76,6 76,6 77,0
21,3 21,3 22,0
75,7 74,5
1488,500 (0,904)
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01) Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.
3 - Tavira
40
Tabela A6 Comparação dos Indicadores de Integração (Local e Estendido) com algumas características dos agregados familiares agrícolas da área em estudo
Zonas A+B Zonas A+B+C Características n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico n Média Desvio
padrão Posição das
médias Teste
estatístico Anos de residência na localidade 2 anos ou menos (1) >2 – 10 anos (2) > 10 anos (3) Sempre residiu na localidade (4)
30 - 2 6 22
84,1 -
98,0 61,6 89,0
21,6 -
2,8 36,8 11,4
-
22,8 9,0
16,6
5,074
(0,079) *
30 - 2 6
22
89,8 -
98,0 76,2 92,7
15,2 -
2,8 22,3 11,4
-
19,0 8,5
17,1
5,254
(0,072) *
Rendimento anual (euros) < 15 000 (1) 15 001 – 30 000 (2) 30 001 – 55 000 (3) > 55 000 (4)
30 21 9 - -
84,1 90,2 69,8
- -
21,6 13,1 30,5
- -
18,2 9,1 - -
6,901
(0,009) ***
30 21 9 - -
89,8 93,1 81,9
- -
15,2 12,3 18,9
- -
17,7 10,3
- -
4,819
(0,028) **
Número de veículos do agregado familiar Nenhum (1) 1 veículo (2) 2 veículos (3) > 2 veículos (4)
30 7 15 6 2
84,1 85,3 90,5 71,6 69,5
21,6 14,2 12,6 36,3 38,7
14,6 18,0 11,8 11,0
2,987
(0,394)
30 7
15 6 2
89,8 87,7 94,2 86,8 72,8
15,2 14,9 10,6 18,2 34,1
13,3 17,7 15,0 8,5
2,868
(0,413)
Número de elementos do agregado familiar 2 ou menos (1) 3 (2) 4 (3) >4 (4)
30 18 4 7 1
84,1 85,0 94,6 76,8 77,5
21,6 24,2 6,4 20,6 0,0
16,8 21,0 10,4 6,0
5,531
(0,137)
30 18 4 7 1
89,8 91,1 97,0 80,8
100,0
15,2 14,6 3,7 18,7 0,0
17,1 18,3 8,7
24,0
6,576
(0,087) *
Ciclo familiar Adultos jovens sem crianças (1) Famílias com crianças (2) Famílias de adultos em idade activa (3) Idosos (4)
30 - 3 27 -
84,1 -
85,5 83,9
-
21,6 -
12,6 22,5
-
-
13,2 15,8
-
0,239
(0,625)
30 - 3
27 -
89,8 -
93,1 89,4
-
15,2 -
12,0 15,6
-
-
18,0 15,2
-
0,293
(0,589)
Localização do agregado Zona A (1) Zona B (2)
30 2 28
84,1 60,6 85,8
21,6 26,1 20,8
4,5
16,3
6,000 (0,065)
*
30 2
28
89,8 64,0 91,6
15,2 21,7 13,3
3,5
16,4
4,000 (0,037)
** Localização do emprego (Q13C) Zona A ou B (1) Zona C (2) Zona D (3) Outras (4)
30 30 - - -
84,1 84,1
- - -
21,6 21,6
- - -
15,5
- - -
---
30 30 - - -
89,8 89,8
- - -
15,2 15,2
- - -
15,5
- - -
---
Classe social Ocupações profissionais superiores, técnicas e de gestão (1) Ocupações especializadas (2) Ocupações não especializadas (3) Reformados e desempregados (4)
30 30 - - -
84,1 84,1
- - -
21,6 21,6
- - -
15,5
- - -
---
30 30 - - -
89,8 89,8
- - -
15,2 15,2
- - -
15,5
- - -
---
Tipo de despesa Despesa em bens e serviços de elevado valor ≥ 50% (1) Despesa em bens e serviços de baixo valor < 50% (2)
30 28 2
84,1 83,4 94,3
21,6 22,2 5,3
15,3 19,0
21,000 (0,557)
30 28 2
89,8 89,3 97,1
15,2 15,6 2,7
15,5 15,0
27,000 (0,931)
Tipo de despesa Despesa em bens ≥ 50% (1) Despesa em serviços < 50% (2)
30 25 5
84,1 82,2 93,5
21, 23,0 8,5
14,8 18,9
45,500 (0,340)
30 25 5
89,8 88,8 94,8
15,2 16,1 8,6
15,2 17,0
55,000 (0,663)
Nível de significância: * 90% (P<0,1) ** 95% (P<0,05) *** 99% (P<0,01) Fonte: Cálculos elaborados pelos autores.