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2010Relatório de Actividades
G U A R D A N A C I O N A L R E P U B L I C A N A
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
1
NOTA PRÉVIA
Chegou a hora de fazer o balanço. O balanço de um ano na vida de uma Instituição centenária, de uma Instituição moderna, de uma Instituição que comprova, ano após ano, que está viva, que está atenta ao que a rodeia e que constitui o baluarte da segurança dos Portugueses.
Num ano marcado pelo rigor e pela contenção, em que viu reduzirem-se, uma vez mais, os recursos humanos e financeiros disponíveis, a Guarda contribuiu decisivamente para a manutenção dos baixos níveis de criminalidade e de sinistralidade rodoviária, manteve a ordem e garantiu o cumprimento da Lei na sua vasta área de responsabilidade, consolidou a sua recente e profunda reorganização interna e deu continuidade à sua tão elogiada acção além fronteiras, tanto ao nível da FRONTEX como no âmbito das missões de gestão civil de crises, abraçando, como nenhuma outra Força ou Serviço em Portugal, a dimensão mais ampla da segurança, uma dimensão centrada nas causas dos fenómenos, centrada na prevenção dos problemas na sua origem, nos territórios exportadores de insegurança e de criminalidade, seja na África Ocidental, nos Balcãs ou no Cáucaso.
E foi essa Guarda aberta ao mundo e aos novos desafios que continuou, em 2010, a ajudar o povo de Timor-Leste a encontrar os caminhos da paz, da segurança, do desenvolvimento sustentado e do progresso e que, simultaneamente, iniciou a preparação para uma nova e exigente missão no Afeganistão, onde há muito se clamava a sua presença, se pedia o seu contributo para o processo de reabilitação da Polícia Afegã, tornando-a capaz de dar resposta aos graves problemas que assolam aquela parte do globo e de cuja resolução depende, em muito, a segurança deste mundo cada vez mais global.
Mas a acção e os êxitos da Guarda na luta contra a criminalidade grave e o terrorismo não se limitaram, naturalmente, aos cenários internacionais. A Instituição mereceu notícias de grande destaque na luta contra o crime organizado e altamente violento e deu importante e decisivo contributo para a diminuição da capacidade operacional da ETA, detendo perigosos activistas e desmantelando uma base desta organização em Portugal, prevenindo a perda de um número significativo de vidas e fragilizando decisivamente aquela organização terrorista.
Os resultados falam pela Guarda. Superámos todos os objectivos operacionais constantes do QUAR GNR 2010, realizámos um sem número de acções não enquadráveis nesses objectivos, fizemos uma boa utilização dos recursos disponíveis e, para além disso, preocupámo-nos com a dimensão da qualidade. Demos passos firmes e seguros rumo à futura certificação das nossas actividades, fomentámos as boas práticas no seio da Instituição e vimos o nosso esforço premiado, tanto pelas condecorações que nos foram atribuídas como pelos prémios que conquistámos, permitindo-me destacar a imposição no estandarte da Guarda da Condecoração da Ordem Infante D. Henrique e da Medalha da Ordem de Timor-Leste e a atribuição do Prémio Boas Práticas no Sector Público, numa das suas categorias mais simbólicas, por reveladora da abertura à sociedade e às populações, na busca de soluções imaginativas e inovadoras para os problemas de segurança: a da Cooperação.
O País pode-se orgulhar, uma vez mais, dos serviços que a sua Guarda lhe prestou em 2010.
Tenho, contudo, consciência plena das dificuldades que se avizinham. O ano de 2011 será um ano de ainda mais parcos recursos e, em tal contexto, só a certeza de que comando mulheres e homens de invulgar craveira e capazes de se superarem a si mesmos nos momentos mais difíceis e exigentes, em nome do serviço público e dos valores que enformam a cultura desta Força de Segurança de natureza militar, me permite perspectivar que seremos capazes criar e manter as condições de segurança necessárias no difícil momento que o nosso País atravessa.
Portugal pode continuar a confiar na sua Guarda.
Luís Manuel dos Santos Newton Parreira Tenente-General
Comandante-Geral da GNR
Escolta de Honra | Visita Rainha Isabel II de Inglaterra | 1957
ÍNDICE
I - NOTA INTRODUTÓRIA 10
I.A. Breve análise conjuntural 12
1. Origem e História 12
2. Breve Caracterização do Ambiente Interno e Externo 13
3. Tipificação dos Serviços Prestados e Factores Distintivos 26
4. Principais Utilizadores / Destinatários (Stakeholders) 28
5. Impacto dos factores conjunturais na actividade da Guarda 30
6. Metodologia 31
I.B. Enquadramento Estratégico - Orientações gerais e específicas prosseguidas peloorganismo
33
1. Missão Restabelecida 33
2. Visão 33
3. Valores 33
4. Símbolos 35
5. Objectivos e estratégias para 2010 36
6. Objectivos Estratégicos 37
7. Objectivos Operacionais 38
II - AUTO-AVALIAÇÃO 41
II.A. Análise de resultados alcançados e os desvios verificados de acordo com o QUAR 42
1. Quadro de Avaliação e Responsabilização 42
2. Apreciação dos serviços prestados 49
3. Avaliação do Sistema de Controlo Interno 50
4. Comparação com desempenho de serviços idênticos 61
II.B. Actividades desenvolvidas, previstas e não previstas no plano, e resultados alcançados 64
1. Actividade Operacional 64
2. Protocolos e grupos de trabalhos 82
3. Cooperação e parcerias estratégicas 84
4. Gestão Interna e de apoio operacional 88
5. Formação dos Recursos Humanos 88
6. Beneficiação de Infra-estruturas e Equipamento 92
7. Sistemas e Tecnologias de Informação 95
8. Análise da execução das fichas Projecto/ Actividade do PA2010 100
II.C. Afectação real e prevista dos recursos humanos, materiais e financeiros. 101
1. Recursos Humanos 101
2. Recursos Materiais 103
3. Recursos Financeiros 105
II.D. Desenvolvimento de medidas para um reforço positivo do desempenho 116
1. Análise SWOT 116
III – BALANÇO SOCIAL 119
IV – AVALIAÇÃO FINAL 129
IV.A. Apreciação qualitativa e quantitativa dos resultados alcançados 130
IV.B. Menção proposta pelo dirigente máximo do serviço como resultado da auto-avaliação 131
IV.C. Conclusões prospectivas 131
V – ANEXOS 135
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GLOSSÁRIO AD Avaliação de Desempenho
ANOG Associação Nacional de Oficiais da Guarda
ANSGNR Associação Nacional de Sargentos da Guarda
AOG Associação dos Oficiais da Guarda
AP Administração Pública
APG Associação Sócio-profissional da Guarda
ARS Administrações Regionais de Saúde
ASOR Associação Sindical dos Oficiais dos Registos e Notariado
ASPIG Associação Sócio-profissional Independente da Guarda
BSC Balanced Scorecard
CAAIC Curso de Actualização e Aperfeiçoamento em Investigação Criminal
CAF Common Assessment Framework
CARI Comando de Administração dos Recursos Internos
CDF Comando da Doutrina e Formação
CEC Curso Específico de Cavalaria
CEDD Conselho de Ética, Deontologia e Disciplina
CF Classificação Funcional
CFG Curso de Formação de Guardas
CFO Curso de Formação de Oficiais
CFS Curso de Formação de Sargentos
CIAVE Curso de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas
CIMIN Comité Interministerial de Alto Nível da EUROGENDFOR
CLS Contratos Locais de Segurança
CO Comando Operacional
CPA Código de Procedimento Administrativo
CPC Curso de Promoção a Capitão
CPCB Curso de Promoção a Cabo
CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
CPOS Curso de Promoção a Oficial Superior
CPSA Curso de Promoção a Sargento Ajudante
CRP Constituição da República Portuguesa
CSG Conselho Superior da Guarda
CTAFMI Centro de Treino e Aprontamento de Forças para Missões Internacionais
CTER Comando Territorial
D.R. Diário da República
DAC Destacamento de Acção Conjunta
DAF Destacamento de Acção Fiscal
DCC Destacamento de Controlo Costeiro
DCQI Divisão de Controlo da Qualidade e Inovação
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DCRP Divisão de Comunicação e Relações Públicas
DCSI Direcção de Comunicações e Sistemas de Informação
DD Direcção de Doutrina
DF Direcção de Formação
DGAEP Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público
DGAI Direcção-Geral da Administração Interna
DGE Direcção-Geral de Infra-estruturas e Equipamentos
DGO Direcção Geral do Orçamento
DGO/MF Direcção-Geral do Orçamento/Ministério das Finanças
DGV Direcção Geral de Veterinária
DHCG Divisão de História e Cultura da Guarda
DI Direcção de Informações
DIE Direcção de Infra-estruturas
DIC Direcção de Investigação Criminal
DJD Direcção de Justiça e Disciplina
DO Direcção de Operações
DPERI Divisão de Planeamento Estratégico e Relações Internacionais
DRF Direcção de Recursos Financeiros
DRH Direcção de Recursos Humanos
DRL Direcção de Recursos Logísticos
DSAD Direcção de Saúde e Assistência na Doença
DSEPNA Direcção do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente
DT Destacamento Trânsito
DTER Destacamento Territorial
EG Escola da Guarda
EII Equipas de investigação e inquérito
EMA Empresa de Meios Aéreos
EP Esquadrão Presidencial
ERP Enterprise Resource Planning
EUROGENDFOR Força de Gendarmerie Europeia
FCAAT Formação Contínua de Aperfeiçoamento e Actualização de Trânsito
FF Fonte de Financiamento
FFAA Forças Armadas
FR Formação em Fiscalização Rodoviária
FRTAAT Formação sobre resposta táctica a Incidentes com armas de fogo em Estab. de Ensino
FTP Formação Técnica e Policial
GGCG Gabinete do General Comandante-Geral
GHE Grupo de Honras de Estado
GIC Grupo de Intervenção Cinotécnica
GIOP Grupo de Intervenção de Ordem Pública
GIPS Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro
GNR Guarda Nacional Republicana
GPO Gestão por Objectivos
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GS Grupo de Segurança
IAVE Investigação e Apoio a Vítimas Especificas
IESM Instituto de Estudos Superiores Militares
IG Inspecção-Geral da Guarda
IGAI Inspecção-Geral da Administração Interna
IGF Inspecção Geral das Finanças
INA Instituto Nacional de Administração, IP.
INEM Instituto Nacional de Emergência Médica
IPU Integrated Police Unit
JSS Junta Superior de Saúde
LAOS Sistema de Controlo de Costa
LOGNR Lei Orgânica da GNR
LPIEFS Lei de Programação de Instalações e Equipamentos das Forças de Segurança
MAI Ministério da Administração Interna
MDN Ministério da Defesa Nacional
MFAP Ministério das Finanças e da Administração Pública
MSU Multinational Specialized Unit
NAT Núcleos de Apoio Técnico
NCS Núcleo Comércio Seguro
NEP Norma de Execução Permanente
NES Núcleo Escola Segura
NIC Núcleo de Investigação Criminal
NICAV Núcleo de Investigação de Crimes em Acidentes de Viação
NIS Núcleo Idosos em Segurança
NMUME Núcleo Mulher Menor
NPE Núcleo de Programas Especiais
NRBQ Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico
NTP Núcleo Técnico-Pericial
ONU Organização das Nações Unidas
OOTW Other Operations Than War
OSCD Órgãos Superiores de Comando e Direcção
OSCE Organization for Security and Co-operation in Europe
OTAN Organização Tratado Atlântico Norte
PJ Polícia Judiciária
POFC Programa Operacional Factores de Competitividade
PTER Posto Territorial
QREN Programa Operacional Factores de Competitividade
QUAR Quadro de Avaliação e Responsabilização
RAFE Reforma Administrativa e Financeira do Estado
RAMMGNR Regulamento de Avaliação do Mérito dos Militares da Guarda Nacional Republicana
RASI Relatório Anual de Segurança Interna
RCM Resolução de Conselho de Ministros
RNSI Rede Nacional de Segurança Interna
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SAMA Sistema de Apoios à Modernização Administrativa
SAMMGNR Sistema de Avaliação do Mérito dos Militares da Guarda Nacional Republicana
SCI Sistema de Controlo Interno
SCOT Sistema de Contra-ordenações de Trânsito
SEE Sector Empresarial do Estado
SEF Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
SEPNA Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente
SFETC Secção de Formação Específica e Treino de Cavalaria
SFT Secção de Formação e Treino
SGBD Sistema Gestor de Base de Dados
SGG Secretaria-Geral da Guarda
SGPVE Sistema de Gestão do Parque de Veículos do Estado
SIADAP Sistema Integrado de Avaliação e Gestão do Desempenho da Administração Pública
SIADMGNR Sistema de Avaliação de desempenho dos Militares da GNR
SIC Sistema de Informação Contabilística
SIGLOG Sistema Integrado de Gestão Logística
SIGPESS Sistema Integrado de Gestão de Pessoal
SIIOP Sistema Integrado de Informações Operacionais de Polícia
SIISPA Sistema Integrado de Informação sobre Perdidos e Achados
SINAVIF Sistema Nacional de Vigilância Florestal
SIRESP Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal
SIS Serviço de Informação e Segurança
SIVICC Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa Portuguesa
SNCP Sistema Nacional de Compras Públicas
SNS Serviço Nacional de Saúde
SOIRP Secção de Operações, Informações e Relações Públicas
SQE Sistema de Queixa Electrónica
SRF Secção de Recursos Financeiros
SRH Secção de Recursos Humanos
SRL Secção de Recursos Logísticos
SSI Sistema de Segurança Interna
SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats
TAS Taxa de Álcool no Sangue
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
TSP Tourist Support Patrol
UAF Unidade de Acção Fiscal
UAS Unidade de Apoio de Serviços
UCC Unidade de Controlo Costeiro
UI Unidade de Intervenção
UNT Unidade Nacional de Trânsito
USHE Unidade de Segurança e Honras de Estado
UTIS Unidade de Tecnologias de Informação e Segurança
ZUS Zonas Urbanas Sensíveis
Ministro da Guerra General Felisberto Pedrosa e Comandante-Geral da GNR Coronel Júlio Azevedo | 1926
NOTA INTRODUTÓRIA
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I.A. Breve análise conjuntural
I.B. Enquadramento Estratégico - Orientações gerais e
específicas prosseguidas pelo organismo
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I. Nota Introdutória
O actual quadro de reformas assume a ruptura com uma Administração Pública essencialmente burocrática, fruto do excessivo primado do Direito, dando lugar a uma nova visão, orientada para a «Gestão da Administração Pública» alicerçada na performance dos resultados, na sua economia, eficiência, eficácia e, sobretudo, em padrões de qualidade e excelência, conceitos que até então apenas se utilizavam nas instituições privadas ou em instituições do Sector Empresarial do Estado (SEE).
Neste contexto de uma Nova Gestão Pública, despertou a preocupação de dotar as organizações públicas de conceitos, instrumentos, práticas e lógicas de gestão com créditos firmados no mundo empresarial, que culminou com a adopção na AP de uma cultura baseada na Gestão por Objectivos e cujo instrumento estratégico de medição da performance assenta no SIADAP - Sistema Integrado de Gestão e Avaliação da Administração Pública, considerado o pilar fundamental da Reforma da Administração e da Gestão Pública portuguesa.
O Plano e o Relatório de Actividades constituem, em tal contexto, dois pilares fundamentais e complementares do enquadramento e controlo da actuação das organizações, sem os quais não é possível, nas organizações modernas, garantir uma gestão eficiente.
Se através do Plano de Actividades se define a estratégia, se hierarquizam as opções, se programam as acções e se afectam e mobilizam os recursos disponíveis, para que se possam cumprir a missão e as múltiplas atribuições de uma forma eficiente, o Relatório de Actividades relata todo um percurso efectuado na gestão dos recursos, em função da missão e atribuições, com identificação dos desvios relativamente a todas as actividades programadas no início do ciclo de gestão anual, mediante uma avaliação circunstanciada da eficiência, eficácia e economicidade das medidas adoptadas e dos resultados atingidos, permitindo estruturar um conjunto de informação de gestão relevante para o futuro próximo da organização.
O presente Relatório de Actividades, elaborado nos termos do Decreto-Lei n.º 183/96, de 22 de Setembro, e do artigo 15.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, assente na nova estrutura definida pelo Conselho Coordenador da Avaliação de Serviços, enquadra e realça as actividades da GNR no que concerne à gestão económico-financeira desenvolvida no ano 2010, com o objectivo de avaliar os resultados das acções definidas no Plano de Actividades, encerrando ainda uma vincada preocupação no que diz respeito à performance e aos resultados de Auto-Avaliação.
A elaboração do Relatório de Actividades, numa instituição com uma dimensão ímpar, uma implantação a nível nacional e uma multiplicidade de atribuições e valências, especialmente quando a sua actividade é exercida num quadro de contenção e rigor orçamental, é uma tarefa complexa, difícil e simultaneamente estimulante. Salienta-se que a Guarda apenas em 2009 produziu o seu primeiro Plano de Actividades, em obediência ao Decreto-Lei n.º 183/96, de 22 de Setembro, documento de importância singular e que constitui o primeiro instrumento de planeamento e gestão das actividades que sustentam as múltiplas atribuições desenvolvidas e cuja análise de execução aqui se realizará.
A apresentação dos resultados da gestão do ano económico de 2010 surge numa conjuntura de implementação de uma profunda e generalizada reforma da Administração Pública (AP), que afectou significativamente a GNR, com especial incidência na modernização do seu modelo de gestão e funcionamento, na alteração das suas áreas geográficas de actuação e da sua estrutura orgânica, na racionalização dos seus recursos, na programação dos seus investimentos, na optimização da sua actuação e na desmaterialização dos seus processos burocráticos.
Com a apresentação deste Relatório, é encerrado o ciclo de planeamento e gestão das actividades desenvolvidas pela Guarda no ano transacto, o qual permite identificar os desfasamentos entre o que foi programado e o que foi efectivamente realizado, bem como analisar e avaliar os desvios verificados, permitindo que, no futuro, se optimizem as acções a desenvolver, visando a prossecução da estratégia delineada por esta Força de Segurança.
O presente Relatório e a auto-avaliação que o integra, embora seguindo, no essencial, o esquema definido pela Tutela, não podem deixar de reflectir, por um lado, o estádio inicial da aplicação do novo modelo de gestão e, por outro, a dimensão da Guarda Nacional Republicana, o vasto leque das suas atribuições, a multiplicidade de acções desenvolvidas e o importante papel da Instituição, através dos militares e civis que nela servem, para o reforço da segurança, da liberdade e da justiça, tanto em Portugal como além fronteiras.
Evidenciam-se, assim, os resultados alcançados e os desvios verificados, explicitam-se os recursos humanos, financeiros e materiais que a GNR teve ao seu dispor para o cumprimento da missão e apresenta-se, de forma clara e simples, a informação relevante sobre as actividades e os projectos desenvolvidos, nos termos do Plano aprovado, sem
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perder de vista os constrangimentos referidos e tendo como pano de fundo a consciência dos efeitos decorrentes das profundas transformações a que a Guarda foi sujeita, por força da implementação e consolidação da sua nova Lei Orgânica, que operou a maior alteração à estrutura e ao modelo de funcionamento da Instituição, ao longo dos seus 100 anos de existência com a actual denominação.
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I.A. Breve análise conjuntural
1. Origem e História
Guarda Real de Polícia
A Guarda Real da Polícia de Lisboa, criada, em 1801, pelo Príncipe Regente D. João, sob proposta do Intendente da Policia da Corte e do Reino, D. Diogo Inácio de Pina Manique, toma por modelo a Gendarmerie francesa (1791). Idênticas organizações militares surgem posteriormente na Europa: a Marechaussee na Holanda (1814), os Carabinieri em Itália (1814), a Gendarmerie Nationale na Bélgica (1830) e, mais tarde, a Guardia Civil em Espanha (1844).
Em 1802 a Guarda é vinculada ao Exército, como tropa de linha. A sua composição inicial (642 homens e 227 cavalos) revela-se a breve trecho insuficiente para o cabal cumprimento da Missão, na área geográfica a que está adstrita. Apesar de alguns pequenos aumentos de efectivos em anos seguintes, socorre-se frequentemente da ajuda de patrulhas dos Regimentos de Cavalaria e de Infantaria, aquartelados na Capital. Superando aquela dificuldade estrutural, o Marechal General Beresford procede, em 1810, à reorganização definitiva da Guarda Real da Polícia, articulando-a em 10 Companhias de Infantaria e 4 de Cavalaria, num total de 1.326 homens e 269 solípedes, ficando instalada no Convento do Carmo a 7º. Companhia de Infantaria.
A exemplo da Guarda Real da Polícia de Lisboa, são criadas a Guarda Real da Polícia do Porto e a Divisão Militar da Guarda Real da Polícia do Rio de Janeiro.
Guarda Municipal
Em fins de Maio de 1834, na sequência da guerra civil, D. Pedro, assumindo a regência em nome de sua filha D. Maria lI, dissolve as Guardas Reais da Polícia de Lisboa e Porto. Porém, cerca de um mês depois, cria a Guarda Municipal de Lisboa, com idênticas características. No ano seguinte surge a Guarda Municipal do Porto. Ambas as Guardas, sofrendo, como as anteriores, de falta de meios humanos, tentam colmatá-la com uma rigorosa selecção de pessoal, em todos os escalões de comando.
Em 1868, as duas Guardas são colocadas sob um comando único - o Comando-Geral das Guardas Municipais - sediado no Quartel do Carmo, em Lisboa, sendo-lhes introduzidas alterações de organização, de molde a compatibilizá-las com a organização do Exército, em matéria de disciplina e promoções. No que à Segurança Pública respeita, continuam subordinadas ao Ministério do Reino.
Guarda Republicana
Com o advento da República, as Guardas Municipais são extintas por Decreto do Governo Provisório, que, a título transitório - enquanto não se organiza a Guarda Nacional Republicana, como "um Corpo de Segurança Pública para todo o país"-, determina a criação, em Lisboa e no Porto, de Guardas Republicanas, sem qualquer alteração fundamental relativamente às suas antecessoras. Tratou-se de uma mera alteração de nome, de molde a fazer ressaltar o cariz do regime emergente.
O pessoal das antigas Guardas transitou maioritariamente para as novas Guardas. O Comando-Geral permaneceu no Carmo, em Lisboa, e a sua subordinação continuou como do antecedente.
Guarda Nacional Republicana
A Guarda Nacional Republicana (GNR) foi criada a 3 de Maio de 1911, «para velar pela segurança pública, manutenção da ordem e protecção das propriedades públicas e particulares de todo o país», conforme se dispunha no artigo 1º do Decreto com força de Lei, publicado no Diário do Governo do dia seguinte.
Nos termos do disposto no artigo 1º da sua actual Lei Orgânica (LOGNR) - Lei n.º 63/2007, de 06 de Novembro -, a GNR é uma força de segurança de natureza militar, constituída por militares organizados num corpo especial de tropas e dotada de autonomia administrativa. Tem por missão, no âmbito dos sistemas nacionais de segurança e protecção, assegurar a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos, bem como colaborar na execução da política de defesa nacional, nos termos da Constituição e da lei.
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A circunstância de a GNR ser integrada por militares organizados num corpo especial de tropas, permite compreender que ela colabore na execução da política de defesa nacional e, bem assim, coopere com as Forças Armadas, no âmbito das missões que lhe forem cometidas (Cfr. alínea i) nº2 artigo 3 LOGNR).
Na verdade, e como se sabe, esta situação não é inédita, sendo idêntica à que se passa, por exemplo, com a Guardia Civil, em Espanha, a Gendarmerie Nationale, em França, a Marechaussee, na Holanda, ou os Carabinieri, em Itália.
Dada a sua natureza militar, a GNR encontra-se sujeita a uma dupla dependência:
Do membro do Governo responsável pela área da administração interna;
Do membro do Governo responsável pela área da defesa nacional, no que respeita à uniformização, normalização da doutrina militar, do armamento e do equipamento, na medida que as suas forças são colocadas na dependência operacional do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, através do seu Comandante-Geral, nos casos e termos previstos nas Leis de Defesa Nacional e das Forças Armadas e do regime do estado de sítio e do estado de emergência (Cfr. artigo 2.º da LOGNR).
Pela sua natureza e polivalência, a GNR encontra o seu posicionamento institucional no conjunto das forças militares e das forças e serviços de segurança, sendo a única força de segurança com natureza e organização militares, pelo que se considera mais correcto designá-la por Força Militar de Segurança.
2. Breve Caracterização do Ambiente Interno e Externo
2.1. Ambiente Interno
2.1.1. Definição
A Guarda Nacional Republicana é, nos termos da sua Lei Orgânica, uma força de segurança de natureza militar, constituída por militares organizados num corpo especial de tropas e dotada de autonomia administrativa.
2.1.2. Enquadramento Legal
Nos termos da sua Lei Orgânica1, a Guarda Nacional Republicana é “uma força de segurança de natureza militar, constituída por militares organizados num corpo especial de tropas”, com jurisdição em todo o território nacional e no mar territorial, dependendo “do membro do Governo responsável pela área da administração interna”. As suas Forças “são colocadas na dependência operacional do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, através do seu comandante-geral, nos casos e termos previstos nas Leis de Defesa Nacional e das Forças Armadas e do Regime do Estado de Sítio e do Estado de Emergência, dependendo, nessa medida, do membro do Governo responsável pela área da defesa nacional no que respeita à uniformização, normalização da doutrina militar, do armamento e do equipamento”.
Para além da sua Lei Orgânica, do seu Regulamento de Disciplina, do seu Regulamento Geral do Serviço e do Estatuto e do Regulamento de Avaliação do Mérito dos seus militares, constituem traves mestras do enquadramento jurídico-constitucional da Guarda, a Constituição da República Portuguesa, a Lei de Segurança Interna, a Lei da Organização da Investigação Criminal, a Lei da Defesa Nacional e das Forças Armadas, a Lei das Bases Gerais do Estatuto da Condição Militar e o Regime do Estado de Sítio e do Estado de Emergência.
1 Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro, e Declaração de Rectificação n.º 1-A/2008, de 4 de Janeiro
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Apesar de ter, ao longo da sua história, sofrido os reflexos directos dos períodos de crise ou de ameaça à ordem e à segurança nacionais, vendo aumentados ou diminuídos os seus efectivos, com variações de amplitude da ordem dos 8 mil militares, a Guarda manteve-se, contudo, como características praticamente inalteráveis e fundamentais, a sua organização militar e a dupla dependência governamental, do Ministro da Administração Interna e do Ministro da Defesa Nacional, e a sujeição ao Código de Justiça Militar.
Pela sua natureza e polivalência, a Guarda encontra o seu posicionamento institucional no conjunto das forças militares e das forças e serviços de segurança, sendo a única força de segurança com natureza e organização militar. A Guarda constitui-se assim como uma Instituição numa posição de charneira, entre as Forças Armadas e as Forças e Serviços de Segurança.
Consequentemente, a GNR é uma força especialmente apta a cobrir, em permanência, todo o espectro da conflitualidade, em quaisquer das modalidades de intervenção das Forças Nacionais e nas mais diversas situações, desde o tempo de paz e de normalidade institucional ao de guerra, passando pelas situações de crise, quer a nível interno, quer externo.
Em situação de normalidade, a Guarda executa, fundamentalmente, as típicas missões policiais, embora, no âmbito da execução da política de defesa nacional e em cooperação com as Forças Armadas, lhe possam ser cometidas missões militares.
Em situações de estado sítio ou de emergência, face à sua natureza, organização, equipamento e armamento e à formação dos seus militares, apresenta-se como a força mais indicada para actuar em situações problemáticas e de transição, entre as Polícias e as Forças Armadas, caracterizando-se como uma Força de Segurança de Natureza Militar.
De igual modo, num mundo em mudança, em que as novas ameaças fazem esbater os limites entre a segurança interna e a segurança externa, a importância, a polivalência e as mais-valias da Guarda tornam-se ainda mais evidentes, colocando a Instituição na primeira linha da resposta nacional em matéria de segurança e defesa.
Figura 1– Posição da Guarda no Sistema Nacional de Forças
Já em caso de guerra, pela sua natureza militar e pelo seu dispositivo de quadrícula, que ocupa todo o território nacional, pode, isoladamente ou em complemento, desempenhar um leque muito alargado de missões das Forças Armadas. De igual forma, pode cobrir todo o espectro de missões no âmbito das denominadas OOTW - “Other Operations Than War” (Operações para além da Guerra), desde a fase de imposição à de manutenção, em complemento das Forças Armadas, com principal relevância para as fases pós-conflito, e ainda, as tarefas de polícia em substituição das polícias civis, nas fases posteriores e antes de alcançada a segurança e a estabilidade suficientes para que aquelas possam actuar.
2.1.3. Missão Legal
No âmbito, dos sistemas nacionais de segurança e protecção, a GNR tem como missão assegurar a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos, bem como colaborar na execução da política de defesa nacional, nos termos da Constituição e da Lei.
Atribuições
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Constituem atribuições da Guarda2:
Garantir as condições de segurança que permitam o exercício dos direitos e liberdades e o respeito pelas garantias dos cidadãos, bem como o pleno funcionamento das instituições democráticas, no respeito pela legalidade e pelos princípios do Estado de direito;
Garantir a ordem e a tranquilidade públicas e a segurança e a protecção das pessoas e dos bens;
Prevenir a criminalidade em geral, em coordenação com as demais forças e serviços de segurança;
Prevenir a prática dos demais actos contrários à lei e aos regulamentos;
Desenvolver as acções de investigação criminal e contra-ordenacional que lhe sejam atribuídas por lei, delegadas pelas autoridades judiciárias ou solicitadas pelas autoridades administrativas;
Velar pelo cumprimento das leis e regulamentos relativos à viação terrestre e aos transportes rodoviários, e promover e garantir a segurança rodoviária, designadamente, através da fiscalização, do ordenamento e da disciplina do trânsito;
Garantir a execução dos actos administrativos emanados da autoridade competente que visem impedir o incumprimento da lei ou a sua violação continuada;
Participar no controlo da entrada e saída de pessoas e bens no território nacional;
Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da acção humana ou da natureza;
Manter a vigilância e a protecção de pontos sensíveis, nomeadamente infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias e portuárias, edifícios públicos e outras instalações críticas;
Garantir a segurança nos espectáculos, incluindo os desportivos, e noutras actividades de recreação e lazer, nos termos da lei;
Prevenir e detectar situações de tráfico e consumo de estupefacientes ou outras substâncias proibidas, através da vigilância e do patrulhamento das zonas referenciadas como locais de tráfico ou de consumo;
Participar na fiscalização do uso e transporte de armas, munições e substâncias explosivas e equiparadas que não pertençam às demais forças e serviços de segurança ou às Forças Armadas, sem prejuízo das competências atribuídas a outras entidades;
Participar, nos termos da lei e dos compromissos decorrentes de acordos, tratados e convenções internacionais, na execução da política externa, designadamente em operações internacionais de gestão civil de crises, de paz e humanitárias, no âmbito policial e de protecção civil, bem como em missões de cooperação policial internacional e no âmbito da União Europeia e na representação do País em organismos e instituições internacionais;
Contribuir para a formação e informação em matéria de segurança dos cidadãos;
Prosseguir as demais atribuições que lhe forem cometidas por lei.
Constituem, ainda, atribuições da Guarda:
Assegurar o cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes à protecção e conservação da natureza e do ambiente, bem como prevenir e investigar os respectivos ilícitos;
2 Artigo 3.º da Lei Orgânica da Guarda Nacional Republicana (Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro, e Declaração de Rectificação n.º 1-A/2008, de 4 de
Janeiro)
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Garantir a fiscalização, o ordenamento e a disciplina do trânsito em todas as infra-estruturas constitutivas dos eixos da Rede Nacional Fundamental e da Rede Nacional Complementar, em toda a sua extensão, fora das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto;
Assegurar, no âmbito da sua missão própria, a vigilância, patrulhamento e intercepção terrestre e marítima, em toda a costa e mar territorial do continente e das Regiões Autónomas;
Prevenir e investigar as infracções tributárias, fiscais e aduaneiras, bem como fiscalizar e controlar a circulação de mercadorias sujeitas à acção tributária, fiscal ou aduaneira;
Controlar e fiscalizar as embarcações, seus passageiros e carga, para os efeitos previstos na alínea anterior e, supletivamente, para o cumprimento de outras obrigações legais;
Participar na fiscalização das actividades de captura, desembarque, cultura e comercialização das espécies marinhas, em articulação com a Autoridade Marítima Nacional e no âmbito da legislação aplicável ao exercício da pesca marítima e cultura das espécies marinhas;
Executar acções de prevenção e de intervenção de primeira linha, em todo o território nacional, em situação de emergência de protecção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes e acidentes graves;
Colaborar na prestação das honras de Estado;
Cumprir, no âmbito da execução da política de defesa nacional e em cooperação com as Forças Armadas, as missões militares que lhe forem cometidas;
Assegurar o ponto de contacto nacional para intercâmbio internacional de informações relativas aos fenómenos de criminalidade automóvel com repercussões transfronteiriças, sem prejuízo das competências atribuídas a outros órgãos de polícia criminal.
Das atribuições da Guarda, decorrem as seguintes missões parcelares:
Missões Policiais
Compreende as missões de Polícia Criminal e de Polícia Administrativa Geral e Especializada, onde, por sua vez, as acções são desenvolvidas, com vista a assegurar a observância e a defesa da ordem jurídica globalmente considerada e a garantir a segurança e ordem públicas, a fiscalização e ordenamento da circulação rodoviária, o combate às infracções fiscais-aduaneiras e a vigilância das fronteiras.
Polícia Criminal
Como Órgão de Polícia Criminal, a Guarda desenvolve um conjunto de acções que visam prevenir a criminalidade em geral e efectuar as diligências necessárias tendentes a investigar a existência de um crime, proceder à recolha de prova, determinar os seus agentes, e a sua responsabilidade e efectuar as consequentes detenções.
Polícia Administrativa
Neste âmbito, a Guarda desenvolve todo um conjunto de actividades com vista a garantir a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas, proteger pessoas e bens, prevenir a criminalidade e contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o regular exercício dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e o respeito pela legalidade democrática.
É pois muito amplo e variado o campo de actuação dos militares da Guarda Nacional Republicana, abrangendo, praticamente, todas as possíveis infracções de natureza administrativa, não obstante a existência, nalguns serviços administrativos, de órgãos com competências policiais (inspecção e fiscalização) específicas.
No âmbito da Polícia Administrativa, destacam-se ainda os seguintes tipos de missões específicas, para algumas das quais a Guarda dispõe de unidades ou forças especializadas:
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Segurança e Ordem Pública;3
Fiscalização e Ordenamento da Circulação Rodoviária;4
Polícia Fiscal e Aduaneira;5
Protecção da Natureza e do Ambiente.6
Missões de Protecção e Socorro
As missões de protecção e socorro são desempenhadas por todas as Unidades da Guarda e inserem-se na obrigatoriedade de prestação de auxílio às pessoas em perigo, quer se encontrem isoladas, quer no caso de catástrofes naturais ou outras situações de acidente grave ou calamidade.
Nestas circunstâncias, a Guarda, por iniciativa própria ou em colaboração com outras entidades, pode executar as seguintes missões:
Isolar e garantir a manutenção da Lei e da Ordem nas áreas afectadas;
Garantir o controlo do tráfego, a abertura de corredores de emergência e o controlo de acesso às áreas afectadas;
Coordenar as operações de movimentação das populações;
Definir e implementar, em colaboração com as autoridades civis, os processos de identificação e credenciação do pessoal ligado às operações de socorro em situação de emergência;
Colaborar nas acções de mortuária;
Receber e guardar os espólios dos cadáveres;
Coordenar as acções tendentes a permitir a movimentação de pessoas e bens através das fronteiras;
3 Neste tipo de missões englobam-se todas as acções, com emprego de efectivos mais ou menos volumosos, que visam garantir a segurança e
tranquilidade públicas e o restabelecimento da ordem quando alterada. Estas acções são realizadas pelas forças locais da Guarda, muitas vezes, pelas
simples patrulhas dos Postos Territoriais, por forças empenhadas nas guardas de guarnição e por forças de intervenção dos Comandos Territoriais ou da
Unidade de Intervenção. Está incluído nesta actividade, o denominado Serviço de Guarnição, que se determina pela segurança permanente ou eventual
de inúmeros Edifícios Públicos, Altas Entidades e Estabelecimentos Prisionais. Neste âmbito, a Guarda executa Operações Estáticas de Segurança e
Escoltas. Nestas últimas, destacam-se as realizadas aos movimentos de valores do Banco de Portugal, a obras de arte ou a pessoas. No que se refere à
Ordem Pública, a necessidade de a manter ou restabelecer, abarca problemas complexos e melindrosos, que se escalonam desde a simples rixa de
aldeia, que normalmente é resolvida pronta e eficientemente pelos limitados efectivos do Posto local da Guarda Nacional Republicana, até às situações
que, para controlo ou dispersão de manifestações volumosas, organizadas e agressivas, determinam a intervenção e o empenhamento de efectivos
numerosos, articulados em unidades tácticas especializadas, por vezes em conjunto com outras forças policiais. Compete ao Comandante de qualquer
força da Guarda utilizar todos os meios ao seu alcance, ditados pelo bom senso, pela proporcionalidade e pela prudência, para dissuadir os amotinados,
persuadi-los a dispersar e restabelecer a ordem.
4 As acções de fiscalização, ordenamento e disciplina do trânsito, pelas quais se visa, em primeiro lugar, garantir a segurança dos utentes das estradas do
País, são desempenhadas em todo o território continental pelas Unidades nas suas respectivas zonas de acção e por uma unidade especializada da
Guarda - a Unidade Nacional de Trânsito (UNT).
5 Sem embargo do cumprimento da missão geral, existe uma unidade especialmente vocacionada para o cumprimento da missão fiscal e aduaneira - a
Unidade de Acção Fiscal. À GNR, como órgão de polícia fiscal aduaneira, compete a fiscalização, o controlo e o acompanhamento de mercadorias
sujeitas ao regime aduaneiro, bem como a instrução de processos de contra-ordenação por infracções fiscais e aduaneiras, a aplicação das respectivas
coimas e a realização de quaisquer diligências solicitadas pelas autoridades judiciárias.
6 A protecção e defesa do meio ambiente, da fauna e da flora, contra as agressões de que são vítimas, constantes e quase sempre impunes, criaram no
homem moderno uma sensibilidade crescente para as questões ecológicas e ambientais.
Procurando dar resposta a mais este desafio, a Guarda criou o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), instituindo no seio das suas
Unidades Territoriais, equipas especializadas, dotadas de meios humanos e materiais adequados à vigilância, detecção e tratamento policial das
infracções praticadas contra a natureza e o meio ambiente.
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Colaborar nas acções de aviso, alerta e mobilização do pessoal envolvido nas operações de socorro e no aviso e alerta às populações, cedendo, sempre que necessário e possível, meios humanos e materiais;
Efectuar buscas de pessoas soterradas ou desaparecidas, com recurso às suas equipas cinotécnicas especializadas para este tipo de missões.
Mais recentemente, com a criação do Grupo de Intervenção Protecção e Socorro (GIPS), a GNR viu esta área da missão significativamente desenvolvida e qualificada, especialmente no âmbito da primeira intervenção em fogos florestais.
Missões Honoríficas e de Representação de Estado (Honras Militares)
Consistem na prestação de Guardas e Escoltas de Honra, a Altas Entidades nacionais, a Altas Entidades estrangeiras em visita ao nosso País e aos embaixadores entre nós acreditados, abrangendo, ainda, a representação nacional no estrangeiro, em cerimónias militares.
Integram-se também nestas missões honoríficas, as guardas aos edifícios onde funcionam e se alojam os principais Órgãos de Soberania do Estado, como a Presidência da República, a Assembleia da República e a Residência Oficial do Primeiro-Ministro.
São desempenhadas pela Unidade de Segurança e Honras de Estado (USHE), constituída pelo Esquadrão Presidencial, pela Subunidade de Honras de Estado e pela Subunidade de Segurança, para além da Charanga a Cavalo e da Banda da Guarda.
Missões Militares
Como Corpo Militar que é, desde as suas mais remotas origens, a Guarda, em situações de crise ou guerra, está apta a passar, em qualquer momento, ao controlo operacional do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, nos termos consignados na Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas e do regime do estado de sítio e do estado de emergência, a cumprir determinadas missões militares, ordenadas através do seu Comandante-Geral.
Para o efeito, as Unidades de Infantaria e de Cavalaria da Guarda, podem articular-se para o combate, respectivamente, em subunidades de atiradores e subunidades de reconhecimento a cavalo e motorizado.
Sublinha-se que o facto do conhecimento que o efectivo da Guarda tem do terreno, das populações e das infra-estruturas existentes, poder constituir um excelente apoio para as forças empenhadas em operações militares no território nacional, para além das valências que pode acrescentar às Forças Nacionais destacadas em operações militares de apoio à paz, onde as características e qualificações da GNR são cada vez mais indispensáveis nos modernos Teatros de Operações.
As missões militares que podem ser confiadas à Guarda são, principalmente, as seguintes: acções tácticas limitadas de defesa e ataque; missões de vigilância e de ligação entre forças fixas ou móveis; acções no âmbito da segurança da área de retaguarda; acções de contra-guerrilha como força de quadrícula; ocupação e defesa de pontos sensíveis; combate de ruas; lançamento de patrulhas de reconhecimento, de ligação e de contra-infiltração; acções no âmbito do controlo de danos; controlo das populações, de refugiados e de transviados; e fiscalização da circulação, abertura e segurança de itinerários e protecção e regulação do movimento de colunas auto.
Missões Internacionais
Decorrente das relações internacionais, multilaterais ou bilaterais estabelecidas pela Instituição, directamente ou através da tutela, podemos, genericamente, dividir o espectro do envolvimento da Guarda, no plano internacional, em missões de gestão civil de crises, de paz e humanitárias e em missões de cooperação técnica e operacional.
No que concerne às primeiras, mercê da sua dupla característica, militar e policial, a GNR está apta a desempenhar um alargado conjunto de missões e tarefas no âmbito das denominadas Operações de Apoio à Paz, que podem ir desde as missões militares, em complemento ou em cooperação com as FFAA, às missões puramente de polícia.
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Neste âmbito, a participação da GNR iniciou-se em 1995, no embargo à ex-Jugoslávia, realizado no rio Danúbio, através da presença de um Oficial. Ainda no mesmo ano, em Angola, tomou parte na UNAVEM II, tendo empenhado meios sucessivamente na UNAVEM III e na MONUA, com um contingente que incluiu, para além do 2º Comandante da CIVIPOL, cerca de 65 observadores (Oficiais e Sargentos).
Já no ano 2000, pela primeira vez na sua história, a Guarda projectou para o estrangeiro uma força auto-sustentada, de escalão Companhia, para a missão de paz em Timor, constituindo-se na Força de Intervenção Rápida da UNTAET.
Em 2003, a Guarda volta a projectar uma força para uma missão de manutenção de paz. O Subagrupamento ALFA integrou-se na Multinational Specialized Unit (MSU) da Brigada Garibaldi das Forças de Coligação no Iraque (Portaria 1164/2003, de 10 Setembro, 2ª Série).
Ao abrigo da Resolução n.º 1745, de 22 de Fevereiro de 2007, do Conselho de Segurança da ONU, a GNR, no âmbito da UNMIT, reforçou o Subagrupamento Bravo, que se encontrava presente em Timor desde a Resolução n.º 1704, de 25 de Agosto de 2006, com as missões de policiamento, segurança física e protecção das instalações e pontos sensíveis, operações anti-insurreição, operações de busca e salvamento, captura de indivíduos perigosos e policiamento de áreas sensíveis.
No final de 2007, a Guarda deu início à sua participação na missão militar da União Europeia na Bósnia-Herzegovina (Operação ALTHEA). Tratou-se de uma missão no âmbito da EUROGENDFOR, contribuindo a Guarda com um Pelotão de ordem pública, uma Equipa de investigação criminal e cinco militares para o Quartel-General da Força, integrando uma IPU (Integrated Police Unit), composta, no seu conjunto, por duas Companhia de ordem pública, uma Unidade de Investigação, uma Unidade de Apoio Logístico e um Quartel-General. Adicionalmente, a Guarda assumiu, em obediência a um critério de rotação acordado entre os países participantes, diversos lugares de comando/chefia na missão, incluindo o comando da IPU, o comando das Companhias de ordem pública e o comando da Unidade de investigação criminal.
Já no final de 2010, iniciaram-se os preparativos para a primeira participação da Guarda numa missão da NATO, neste caso no Afeganistão.
Paralelamente, a Instituição vem marcando presença em múltiplas outras missões, quer sob a égide da União Europeia quer sob a da Organização das Nações Unidas, através de participações individuais, em locais tão distantes como o Haiti, a Geórgia ou Timor-Leste.
No quadro da cooperação técnico-policial com os países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a GNR vem assegurando a realização de múltiplas acções de formação e de assessoria técnica, em Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
A Guarda vem, ainda, tomando parte em múltiplas actividades no quadro da cooperação policial Europeia, envolvendo a participação em Grupos de Trabalho e outros fóruns, a presença permanente em algumas Instituições Europeias, como a Europol, e a participação activa em actividades operacionais comuns, destacando-se, pela dimensão do empenhamento, as Operações coordenadas pela FRONTEX.
Quanto à cooperação a nível multilateral, destaca-se a participação da Guarda na Associação FIEP e na EUROGENDFOR.
ASSOCIAÇÃO FIEP
A Associação FIEP (acrónimo francês de França, Itália, Espanha e Portugal, que são considerados os quarto membros fundadores, apesar de Portugal ter entrado posteriormente) é uma associação de Forças de Segurança de natureza militar da Europa e Mediterrâneo.
Fundada em 1994 pela Gendarmerie Nationale Francesa, pela Arma dei Carabinieri e pela Guardia Civil, a Associação foi crescendo rapidamente, acolhendo, sucessivamente, a Guarda Nacional Republicana (1996), a Jandarma Turca (1998), a Royal Marechaussee da Holanda e a Royal Gendarmerie de Marrocos (ambas em 1999) e a Gendarmerie Romena (2002). A Gendarmería Nacional Argentina e os Carabineros do Chile juntaram-se à Associação FIEP, na qualidade de “Membros Associados”, em Outubro de 2005, constituindo a Gendarmerie Jordana (Darak Forces) a última adesão (2010). Alguns pedidos de associação não foram considerados, como os dos Corpos de Tropas dos Ministérios do Interior da Ucrânia e do Azerbeijão e do Serviço de Segurança Pública da Lituânia.
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O objectivo principal da Associação é promover a cooperação entre as Forças de Segurança de natureza militar que a integram, especialmente no tocante ao intercâmbio de informações e experiências nos seguintes domínios, para cada um dos quais existe uma Comissão de Trabalho que reúne anualmente:
Recursos Humanos;
Organização do Serviço;
Novas Tecnologias e Logística;
Assuntos Europeus.
EUROGENDFOR (Força de Gendarmerie Europeia)
A Força de Gendarmerie Europeia (EUROGENDFOR) é uma iniciativa de cinco países da União Europeia (Portugal, Espanha, França, Itália e Holanda), todos com forças de segurança de natureza militar, visando contribuir para o desenvolvimento da Política Europeia de Segurança e de Defesa e para dotar a Europa com uma maior capacidade para conduzir operações de gestão de crises, no âmbito das Conclusões dos Conselhos Europeus de Santa Maria da Feira e de Nice.
Animados de tal objectivo, os países referidos, potenciando as mais-valias das suas Forças de Segurança com estatuto militar, decidiram criar uma Força multinacional, operacional, pré-estruturada (modular), robusta, com capacidade de reacção rápida (800 elementos, no prazo de 30 dias, número este que poderá chegar aos 2300), dotada de altos níveis de flexibilidade e interoperabilidade e especialmente vocacionada para assegurar todas as missões de polícia no âmbito da gestão civil de crises, em especial missões de Substituição. A respectiva "Declaração de Intenções" foi assinada em 17 de Setembro de 2004, em Noordwijk (Holanda), tendo o Tratado que institui a EUROGENDFOR sido assinado em Velsen (Holanda), em 18 de Outubro de 2007.
As Forças da EUROGENDFOR, constituídas para cada missão, têm capacidade para actuar em todas as fases da resposta a uma crise, desde a intervenção militar até à transferência de responsabilidades para as autoridades civis locais ou para uma organização internacional. Estão aptas a desenvolver, em tal contexto e no âmbito de um mandato internacional, todo o espectro de tarefas de polícia, designadamente missões de restabelecimento e manutenção da ordem pública, investigação criminal, vigilância e recolha de informações, controlo de tráfico de ilícitos, polícia de fronteiras, protecção e segurança de pessoas e bens e formação de formadores e de oficiais de polícia.
A EUROGENDFOR está, prioritariamente, à disposição da União Europeia, embora possa actuar mediante requisição e mandato da ONU, da OSCE, da OTAN ou de outras organizações internacionais.
A EUROGENDFOR participou na Missão Militar da União Europeia na Bósnia-Herzegovina (Operação ALTHEA), na qual assegurou a componente policial da Missão, e na MINUSTAH (Missão das Nações Unidas no Haiti), garantindo a contribuição da UE para a situação de insegurança pós sismo.
Esta força comum participa actualmente na missão de formação da OTAN no Afeganistão (NATO Training Mission – Afghanistan), constituindo o pilar fundamental na formação e capacitação das forças de policia afegãs.
Após a admissão da Roménia, integram a EUROGENDFOR, para além da Guarda Nacional Republicana de Portugal, a Guardia Civil de Espanha, a Gendarmerie Nationale de França, a Arma dei Carabinieri de Itália, a Koninklijke Marechaussee da Holanda e a Jandarmeria Româna da Roménia. A Turquia tem o Estatuto de Observador e participa nas iniciativas e actividades da Força através da Jandarma Turca. A Polónia e a Lituânia são Parceiros da EUROGENDFOR, através da Gendarmerie Militar Polaca e do Serviço de Segurança Pública Lituano, respectivamente.
O Comité Interministerial de Alto Nível (CIMIN) é o órgão responsável pelo controlo político e pela direcção estratégica da Força de Gendarmerie Europeia (EUROGENDFOR), estando-lhe atribuídas, entre outras, as seguintes competências:
Assegurar a coordenação político-militar entre os países participantes e, quando apropriado, entre estes e os demais países que venham a contribuir para as missões da Força;
Nomear o Comandante da EUROGEDFOR e o Presidente do Conselho Financeiro;
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Aprovar a estrutura do Quartel-General Permanente, bem como os critérios de rotação das posições-chave deste;
Aprovar o programa e os objectivos anuais de formação, no âmbito da EUROGENDFOR;
Decidir sobre a participação da EUROGENDEFOR em missões, definindo o seu enquadramento e dando directivas gerais;
Designar os Comandantes das Forças, estabelecer o envolvimento do Quartel-General Permanente na cadeia de Comando e aprovar a estrutura do Quartel-General e a participação de outros países nas missões;
Decidir sobre os pedidos de adesão à EUROGENDFOR, bem como sobre a atribuição dos Estatutos de Observador e de Parceiro;
Analisar e decidir sobre os pedidos de cooperação com a EUROGENDFOR;
Aprovar o orçamento anual relativo ao funcionamento Quartel-General Permanente e as principais acções de natureza administrativo-financeira.
Têm assento no CIMIN representantes dos Ministérios que tutelam as Forças que integram a EUROGENDFOR e dos Ministérios responsáveis pela política externa dos respectivos países. Portugal é representado no CIMIN pelos Ministérios da Administração Interna (através do representado pelo Comandante-Geral da GNR) e dos Negócios Estrangeiros.
O Quartel-General Permanente da EUROGENDFOR está localizado em Itália, na cidade de Vicenza. Tem um efectivo de 36 Oficiais e Sargentos das diferentes Forças, sendo Comandado pelo Comandante da EUROGENDFOR, actualmente um Coronel da GNR.
Âmbito Territorial7:
As atribuições da Guarda são prosseguidas em todo o território nacional e no mar territorial.
No caso de atribuições cometidas simultaneamente à Polícia de Segurança Pública, a área de responsabilidade da Guarda é definida por Portaria do Ministro da Tutela.
Fora da área de responsabilidade definida nos termos do número anterior, a intervenção da Guarda depende:
Do pedido de outra força de segurança;
De ordem especial;
De imposição legal.
A atribuição relativa à prevenção e investigação das infracções tributárias, fiscais e aduaneiras, bem como à fiscalização e controlo da circulação de mercadorias sujeitas à acção tributária, fiscal ou aduaneira, pode ser prosseguida na zona contígua.
A Guarda pode, ainda, prosseguir a sua missão fora do território nacional, desde que legalmente mandatada para esse efeito.
Durante o ano de 2008, verificou-se um reajustamento relevante da área de responsabilidade da Guarda, decorrente de transferências de áreas entre as duas Forças de Segurança. Fruto deste processo, a área sob responsabilidade da Guarda é actualmente de cerca de 94% do território nacional (86.597.4 Km2), na qual residem cerca de 53,8% da população (5.756.027).
7 Artigo 5.º da Lei Orgânica da Guarda Nacional Republicana (Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro, e Declaração de Rectificação n.º 1-A/2008, de 4 de Janeiro)
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2.1.4. Estrutura Orgânica
A Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro, que aprovou a nova Orgânica da Guarda, determinou uma profunda alteração estrutural desde Corpo Especial de Tropas, substituindo o Estado-Maior do Comando-Geral por três Comandos Funcionais (para as áreas operacional, administração de recursos internos e doutrina e formação), transformando as unidades em novas unidades alicerçadas em critérios de especialização e extinguindo um escalão de comando, a Brigada Territorial. Nesse sentido foram criados os Comandos Territoriais de âmbito Distrital e Regiões Autónomas (Madeira e Açores), as Unidades Especializadas (Unidade Nacional de Trânsito, Unidade de Acção Fiscal e Unidade de Controlo Costeiro), a Unidade de Representação (Unidade de Segurança e Honras de Estado), a Unidade de Intervenção e Reserva (Unidade de Intervenção) e o Estabelecimento de Ensino (Escola da Guarda).
Assim, a Guarda passa a compreender a Estrutura de Comando, as Unidades e o Estabelecimento de Ensino.
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2.1.5. Enquadramento Nacional
Dependências
Nos termos da sua actual Lei Orgânica, a Guarda depende do membro do Governo responsável pela área da Administração Interna.
As forças da Guarda são colocadas na dependência operacional do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, através do seu Comandante-Geral, nos casos e termos previstos nas Leis de Defesa Nacional e das Forças Armadas e do regime do estado de sítio e do estado de emergência, dependendo, nesta medida, do membro do Governo responsável pela área da Defesa Nacional no que respeita à uniformização e normalização da doutrina militar, do armamento e do equipamento.
Ligações Funcionais para a Execução das Atribuições da Guarda
Para o cumprimento da sua missão, a Guarda mantém ligações funcionais com vários departamentos do Estado ou outras instituições, entre as quais avulta a dependência funcional das Autoridades Judiciárias, instituída pelo Código de Processo Penal.
Entre as demais ligações, destacam-se as seguintes:
No Âmbito Policial (Polícia Administrativa, Geral e Especializada):
Ministérios da Justiça e das Finanças, Direcções-Gerais das Contribuições e Impostos, dos Espectáculos e das Artes, das Alfândegas e Impostos Especiais de Consumo e das Florestas, Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e outras Forças e Serviços de Segurança e, de um modo geral, todas as Autoridades Públicas, Governos Civis e Autarquias Locais.
No Âmbito das Atribuições de Protecção e Socorro:
Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, Cruz Vermelha Portuguesa, Instituto Nacional de Emergência Médica e o Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência.
No Âmbito das Atribuições Honoríficas:
Ministério dos Negócios Estrangeiros - Protocolo do Estado.
No Âmbito Militar:
Ministério da Defesa Nacional, Estado-Maior-General das Forças Armadas, Estados Maiores dos Ramos e, em especial, o Estado-Maior do Exército.
Assim, da conjugação destes dois preceitos e com recurso também a outra legislação avulsa, com especial destaque para o Regulamento Geral do Serviço da Guarda, pode-se afirmar que a Missão da GNR se reparte, fundamentalmente, pelas áreas da Segurança, da Protecção e da Defesa Nacional, ou seja, pelo cumprimento de missões e tarefas policiais, militares e de protecção e socorro.
2.2. Ambiente Externo
Sem prejuízo de uma análise e reflexão mais pormenorizada, apresentam-se a seguir um conjunto de aspectos que caracterizam a envolvente externa à Guarda Nacional Republicana.
Actualmente, já não é possível estabelecer fronteiras entre segurança interna e externa. A dimensão holística e a desterritorialização das ameaças são agora os novos paradigmas de todas as estratégias de combate à insegurança. A globalização acelerada estende as ameaças e os problemas à escala planetária.
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Após os ataques terroristas de Nova Iorque, de Madrid e de Londres, assiste-se a uma redefinição das estratégias de segurança, para fazer face a uma nova tipologia de ameaças, caracterizadas pelo esbater dos limites entre os conceitos de segurança interna e segurança externa.
Assim, a abordagem do conceito de segurança começa a ser efectuada numa perspectiva alargada, abrangendo não só a indispensável dimensão da defesa, mas incluindo, também, outros domínios como os da política, economia, diplomacia, transportes e comunicações, educação e cultura, saúde, ambiente, ciência e técnica. Procura-se, por um lado, evidenciar a cooperação e a solidariedade entre os vários sectores, como elementos essenciais, e, por outro lado, fazer face a riscos e ameaças que ocorram à escala global.
O conceito de Segurança alargou-se, assim, a áreas “não-tradicionais”, como o tráfico de droga e de seres humanos, o crime organizado, os problemas ambientais, a imigração ilegal, os fluxos migratórios desregulados e as catástrofes naturais ou tecnológicas, entre outras, que outrora não eram consideradas no âmbito das políticas de segurança dos Estados e das organizações internacionais.
Por seu turno, a crise económica e o crescimento do fosso entre ricos e pobres, faz aumentar o número de excluídos e marginais da sociedade, criando condições para a eclosão de conflitos e convulsões sociais graves.
De igual modo, cada vez mais extensas regiões do globo entram em crise social, que, evoluindo amiúde para convulsões e guerras internas, obrigam a Europa a, cada vez mais, intervir no exterior. Portugal, e consequentemente a Guarda não pode ficar alheio a tal resposta e vê, também, desviados significativos recursos humanos e materiais para tais missões, designadamente através das participações em missões internacionais com forças constituídas.
Paralelamente, a crise de valores nas sociedades modernas, com reflexos no coração da estrutura social, o aumento da mutabilidade e o crescente grau de exigência dos cidadãos, fruto de uma maior consciência da cidadania, tornam mais difícil e complexo o papel de quem tem funções de autoridade. Exigem mais conhecimento, novas abordagens, recurso às novas tecnologias e grande flexibilidade e mobilidade.
O actual contexto da segurança interna caracteriza-se, entre outros aspectos, pelo aumento de algumas categorias de criminalidade (violenta e organizada) e pela crescente mediatização de tudo o que tem a ver com o crime, a polícia e a justiça, originando que o sentimento de insegurança dos cidadãos seja muito superior ao que seria expectável face à realidade criminal do nosso país, cujo combate constitui um dos desafios fundamentais das sociedades modernas.
Existem, por isso, factores críticos e ameaças para a segurança individual e colectiva da sociedade portuguesa que se traduzem em novas exigências de reorganização, de flexibilidade e de actuação das forças de segurança, destacando-se as seguintes:
Crescente possibilidade de manifestações e outras acções de protesto, com repercussões na segurança e na tranquilidade públicas;
Assimetrias de desenvolvimento regional e a existência de aglomerados periféricos das grandes cidades;
Concentração sazonal de grandes massas humanas nos espaços turísticos;
Dimensão dos problemas ambientais;
Novas formas de criminalidade transnacional (tráfico de drogas e de seres humanos, contrabando, descaminho e imigração clandestina), potenciada pelas crescentes dificuldades na vigilância da fronteira marítima e pela desestruturação do modelo de fronteiras nacionais;
A permanente evolução das tecnologias da informação, das comunicações e dos transportes, associadas à globalização, servem de desígnio às complexas organizações dedicadas ao crime e ao terrorismo sem fronteiras, reclamando a cooperação europeia e crescente participação de Portugal em missões internacionais.
Importa, assim, num processo de gestão que se prevê exigente, que seja adoptado um conjunto de medidas capazes de garantir a completa articulação entre o Ministério da Administração Interna, a Guarda Nacional Republicana e as demais Forças e Serviços de Segurança, para que as estratégias e as acções a empreender sejam todas realizadas, rentabilizando os recursos disponíveis.
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3. Tipificação dos Serviços Prestados e Factores Distintivos
Face às atribuições que lhes estão cometidas, torna-se necessário que os serviços públicos identifiquem os serviços que prestam/fornecem e analisem a sua pertinência perante a mutação permanente em que a sociedade se encontra.
Pretende-se, pois, que os organismos respondam, com eficácia, às reais necessidades dos seus clientes, apelando, para o efeito, à capacidade de inovação e à criatividade dos seus profissionais, no sentido de detectarem novos produtos e serviços que vão ao encontro dos interesses dos utentes.
Neste sentido, os serviços devem questionar-se, permanentemente, numa perspectiva de reflexão, quanto:
À validade do que fazem;
À relação custo/benefício;
À oportunidade do que produzem;
Às potencialidades de que dispõem para a realização de novos produtos.
Deve evitar-se a preocupação de fazer por fazer e de cair em rotinas burocráticas, sem qualquer valor útil para a sociedade.
Neste sentido, a Guarda Nacional Republicana tem readaptado a sua missão, reformulando o que se encontra legalmente preceituado à realidade e às reais necessidades dos seus utentes.
Tipificação dos Serviços Prestados
Manter a ordem e a tranquilidade públicas, a segurança e a protecção das pessoas e dos bens;
Prevenir a criminalidade e a prática dos demais actos contrários à lei e aos regulamentos;
Desenvolver as acções de investigação criminal e contra-ordenacional que lhe sejam atribuídas por lei, delegadas pelas autoridades judiciárias ou solicitadas pelas autoridades administrativas;
Promover e garantir a segurança rodoviária, designadamente através da fiscalização, do ordenamento e da disciplina do trânsito;
Participar no controlo da entrada e saída de pessoas e bens no território nacional e europeu;
Proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos e defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo, por causas provenientes da acção humana ou da natureza;
Manter a vigilância e a protecção de pontos sensíveis, nomeadamente infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, aeroportuárias e portuárias, edifícios públicos e outras instalações críticas;
Assegurar o cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes à protecção e conservação da natureza e do ambiente, bem como prevenir e investigar os respectivos ilícitos;
Prevenir e investigar as infracções tributárias, fiscais e aduaneiras, bem como fiscalizar e controlar a circulação de mercadorias sujeitas à acção tributária, fiscal ou aduaneira
Participar na fiscalização das actividades de captura, desembarque, cultura e comercialização das espécies marinhas;
Executar acções de prevenção e de intervenção de primeira linha, em todo o território nacional, em situação de emergência de protecção e socorro, designadamente nas ocorrências de incêndios florestais ou de matérias perigosas, catástrofes e acidentes graves;
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Colaborar na prestação das honras de Estado;
Cumprir, no âmbito da execução da política de defesa nacional e em cooperação com as Forças Armadas, as missões militares que lhe forem cometidas.
Factores Distintivos
Dada a natureza da GNR, como força militar, esta aporta os seguintes factores distintivos e/ou diferenciadores:
Choque: Caracterizado pela capacidade de intervenção reforçada ou musculada na totalidade do espectro dos grandes eventos.
Massa: Derivada da implementação territorial, da capacidade e de apoio mútuo entre unidades, o que permite uma rápida concentração de meios no local e no momento adequado.
Mobilidade: Acentua a capacidade de projecção e de apoio logístico de forças em todo o Território Nacional.
Flexibilidade e Modularização: Caracterizada pela capacidade de organização e de articulação de unidades constituídas, permitindo exponenciar a capacidade de manobra e a unidade de comando.
Prontidão, Disponibilidade e Disciplina: Enraizados nos valores e nos deveres inerentes à condição militar.
Exercidos através das seguintes valências:
Intervenção Pesada: Pela utilização de equipamento e armamento militar, bem como de outros meios especiais, dos quais se destacam os NRBQ (Nuclear, Radiológico, Biológico e Químico).
Cavalaria: Utilização, exclusiva, de forças a cavalo no patrulhamento preventivo e na manutenção e restabelecimento da ordem pública.
Cinotecnia: Reconhecida credibilidade, a nível nacional e internacional, na área da formação e no empenhamento operacional dos meios cinotécnicos.
Trânsito e Segurança Rodoviária: Pela existência de uma Unidade Nacional de Trânsito, altamente especializada no âmbito da fiscalização, do ordenamento e da disciplina do trânsito.
Controlo de Fronteiras Externas: Especialmente através da Unidade de Controle Costeiro, concretizada na vigilância e no patrulhamento e na intercepção terrestre ou marítima, em toda a costa e mar territorial do continente e das Regiões Autónomas.
Informação Criminal: Elevada capacidade de recolha de informação, face à dispersão territorial do dispositivo.
Operações Especiais: Através da resolução de incidentes táctico-policiais, intervenção em acções de contra-terrorismo, e em situações de violência concertada e de elevada perigosidade, complexidade e risco.
Protecção da Natureza: Combate às agressões ambientais e da natureza, através do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente, uma vez que o seu dispositivo se encontra implementado a nível nacional.
Seguranças e Honras de Estado: Através da protecção e segurança às instalações dos Órgãos de Soberania e pela prestação de honras de Estado.
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4. Principais Utilizadores / Destinatários / Interessados (Stakeholders)
A identificação dos principais clientes, assume especial atenção e relevância na análise do ambiente externo, face à diversidade de atribuições da Guarda. Os stakeholders, enquanto pessoas, organizações ou grupos susceptíveis de influenciar ou ser influenciados, constituem-se como partes interessadas nas actividades desempenhadas e/ou nos resultados obtidos pela Guarda na condução da sua missão e das suas atribuições.
O estudo dos stakeholders, do qual se apresenta a matriz abaixo, procurou considerar a organização Guarda como pertencente a um sistema aberto, com múltiplas relações de influência, por se entender que estas não são auto-independentes ou auto-suficientes.
Assim, identificados e analisados os interessados na actividade desenvolvida pela Guarda, ressalta a existência de pessoas ou de grupos específicos com interesse no produto final. Em face disso, e como se demonstra no quadro abaixo, após uma categorização de cada um dos intervenientes, é possível saber quem são os stakeholders, em função do seu nível de poder, que podem obstruir ou impedir o progresso da actividade, bem como quem são os que têm poder ou a influência para contribuir para o sucesso da Guarda.
Por outro lado, importa igualmente analisar os stakeholders à luz do seu nível de interesse, pois tal é fundamental para a definição da postura a adoptar.
São, pois, estas influências mútuas nas relações existentes que vão actuar, directa ou indirectamente, na escolha da estratégia a ser implementada para a tomada de decisão.
Do vasto, complexo e diferenciado conjunto de Stakeholders, destacamos os cidadãos em geral, as entidades públicas, a Tutela – MAI, os Oficiais, Sargentos, Guardas e Civis que integram o mapa de efectivos de pessoal da Guarda e a comunicação social. Existindo outros, estes são os actores que mais interagem com a Guarda e relativamente aos quais a GNR deve ser vista como um interlocutor de competência, confiança e cooperação.
Figura 2 – Stakeholders
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Stakeholders Características O que esperam de
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GCG/GNR Cultura Militar Comandante-geral da GNR
Cooperação sólida e de confiança Gestão eficaz e eficiente
Orientações específicas Persuasão e influência Interlocutor El
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Oficiais, Sargentos, Guardas e Civis/GNR
Oficiais, Sargentos, Guardas e Civis que integram o Mapa de Pessoal da Guarda
Reconhecimento profissional Progressão na carreira Bom ambiente de trabalho Orientações claras e precisas
Cumprimento da missão Competência e empenho Espírito de missão Espírito de sacrifício Solidariedade e entre-ajuda Disciplina e coesão militar
Méd
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Associações Profissionais
Associação dos Oficiais da Guarda (AOG) Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) Associação Nacional de Sargentos da Guarda (ANSGNR) Associação Sócio-profissional da Guarda (APG) Associação Sócio-profissional Independente da Guarda (ASPIG)
Diálogo Sensibilidade para com os assuntos apresentados Defesa dos interesses dos associados Melhores condições de trabalho
Espírito crítico construtivo Lealdade e clareza Defesa dos interesses dos associados com objectivos atingíveis
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Cidadãos População residente ou em trânsito nas áreas à responsabilidade da Guarda
Garante da Segurança e do bem-estar Protecção Resposta pronta às solicitações Visibilidade e proximidade
Reconhecimento do trabalho desenvolvido Colaboração M
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Fornecedores de Bens e Serviços
Fornecedores Prestadores de serviços
Cumprimento dos contratos Transparência de procedimentos
Prestação de serviços de qualidade Cumprimento das obrigações Flexibilidade R
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Entidades Públicas
Organismos Governamentais Tribunais Governadores Civis Autarquias Forças Armadas Outras entidades
Competência Colaboração Confiança Cooperação estratégica
Competência Colaboração Confiança Cooperação estratégica
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Entidades Privadas
ONG Associações Clubes Outras
Proficiência Colaboração Segurança e Protecção Resposta pronta às solicitações
Colaboração Confiança Cumprimento dos compromissos R
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Stakeholders Características O que esperam de
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Tutela – MAI
Decisor político Disponibiliza serviços partilhados Avaliador Inspecção Define orçamento Define Carta de Missão do Comandante-Geral Aprova QUAR/Objectivos Aprova o Mapa de Pessoal
Cumprimento da missão e das directivas e instruções Gestão criteriosa e racional dos recursos Prestação de um serviço de qualidade Cooperação estratégica Competência Disciplina Prontidão Lealdade
Definição de objectivos claros e exequíveis Disponibilização dos recursos necessários Defesa dos interesses institucionais e do pessoal Cooperação estratégica Apoio Reconhecimento
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Outras Forças e Serviços de Segurança Nacionais
Polícia de Segurança Pública Polícia Judiciária Serviço de Estrangeiros e Fronteiras Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo Serviços de Informações Outros
Cooperação Confiança Partilha de Informação
Cooperação Confiança Partilha de Informação R
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Outras Forças e Serviços de Segurança Estrangeiros
Guardia Civil (Espanha) Gendarmerie Nationale (França) Arma dei Carabinieri (Itália) Royal Marechaussee (Holanda) Gendarmerie Romena Jandarma Turca Outros
Cooperação Confiança Parcerias Formação
Cooperação Confiança Parcerias Formação R
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Comunicação Social
Televisão Rádio Jornais Revistas Outros
Colaboração Transparência Transmissão oportuna de informações
Confiança Respeito Reconhecimento M
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Figura 3 – Análise dos Stakeholders
5. Impacto dos factores conjunturais na actividade da Guarda
Durante o ano económico de 2010, a actividade desenvolvida pela Guarda no cumprimento da sua missão legal, foi condicionada por factores conjunturais de diversa ordem, os quais sucintamente se identificam neste ponto.
Nesse sentido, importa referir que para além dos factores socioeconómicos que naturalmente explicam a evolução e os fenómenos da criminalidade, a actividade da Guarda foi sobremaneira influenciada pela profunda reestruturação de que foi alvo pela aprovação da sua Lei Orgânica em 2007 e ainda pela sua própria regulamentação. Atente-se que essa reestruturação incidiu essencialmente na modernização do seu modelo de gestão e funcionamento, alteração de áreas geográficas de actuação, na racionalização dos seus recursos, na programação dos seus investimentos, na optimização da sua actuação e na redução da sua estrutura e desmaterialização de processos burocráticos.
As alterações decorrentes do novo quadro legal, implementado maioritariamente a partir de 1 de Janeiro de 2009, contemplaram a transferência, recíproca, de áreas de responsabilidade entre a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública, a reorganização da estrutura de comando, dos mecanismos de funcionamento interno e do dispositivo territorial, com o encerramento de alguns Grupos Territoriais, Destacamentos e Postos e a criação de
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outros, a par da extinção, criação e reconversão das demais unidades da Guarda, com a consequente deslocalização de pessoal e de meios e as significativas repercussões ao nível do funcionamento normal das diversas estruturas e serviços.
No que diz respeito às funções de apoio logístico e financeiro, a obrigatoriedade de aplicação do Código de Contratação Pública, aprovado pelo Decreto-lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, cujos moldes são substancialmente diferentes do anterior regime jurídico, não possibilitou garantir a celeridade necessária e pretendida para o abastecimento do canal logístico da Guarda. Aliado a este factor, por efeito da crise financeira mundial, existiram constrangimentos de natureza orçamental, agravados ainda pelo valor do plafond atribuído em sede de Orçamento de Estado ficar aquém das necessidades reais da GNR para o ano 2010.
6. Metodologia
Este relatório possibilita uma visão integrada da actividade da Guarda desenvolvida em 2010, permitindo realizar uma avaliação global do desempenho das suas Unidades Orgânicas, face aos objectivos superiormente fixados.
A base documental a que se socorreu, para além da legislação que regula a organização e funcionamento da Guarda, contemplou ainda os seguintes elementos:
Programa do XVIII Governo Constitucional;
Orçamento de Estado para 2009;
Proposta de Orçamento de Estado para 2010;
Lei de Organização da Investigação Criminal (Lei n.º 49/2008, de 27 de Agosto);
Objectivos definidos no Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) para 2010.
A existência de um QUAR aprovado para o ano económico de 2010, permite a adopção de uma metodologia na elaboração do presente relatório de actividades, em moldes semelhantes à estrutura do plano de actividades para 2010, procedendo-se à divisão de Projectos/Actividades em concorrentes e não concorrentes para os objectivos operacionais, alinhados com os objectivos de nível estratégico, cuja vigência se estende a médio prazo (entre 3 a 5 anos).
O presente Relatório de Actividades foi elaborado em obediência ao Decreto-Lei 183/96, de 27 de Setembro, tendo por objectivo identificar projectos, actividades e acções programadas e desenvolvidas, no sentido do cabal cumprimento da missão e atribuições da Guarda.
Ambicionando melhorar a interpretação, leitura e manuseamento do presente documento, foi opção elencar os projectos, actividades e acções desenvolvidos respeitantes aos Projectos/Actividades não concorrentes para os objectivos operacionais, por Unidades Orgânicas, estruturadas em quatro tipos, com um nível de detalhe equivalente a Direcção de Serviços, Divisão (Comando da Guarda e OSCD), Unidade e Comando Territorial, respectivamente, conforme seguidamente se descreve:
Figura 4 – Organização dos Projectos/Actividades/Acções
Quanto à análise da execução das fichas de Projecto/ Actividade concorrentes para os Objectivos Operacionais, optou-se pelo seu tratamento no âmbito do Capitulo II - Auto-Avaliação.
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A análise relativa à execução das fichas de Projecto/ Actividade concorrentes e não concorrentes para os Objectivos Operacionais, será desenvolvida numa estrutura semelhante à apresentada no Plano de Actividades de 2010, proporcionando uma interpretação clara dos resultados atingidos e dos desvios ocorridos. No entanto, considerando a sua extensão e complexidade, optou-se por remeter toda essa análise para o Anexo V.A. do presente relatório, integrando no corpo do RA 2010 uma descrição sumária e sustentada, através de quadros comparativos, organizada nos moldes seguintes:
1. Actividade Operacional;
2. Protocolos e grupos de trabalhos;
3. Cooperação e parcerias estratégicas;
4. Gestão Interna e de apoio operacional;
5. Formação dos Recursos Humanos;
6. Beneficiação de Infra-estruturas e Equipamento;
7. Sistemas e Tecnologias de Informação;
8. Análise da execução das fichas Projecto/ Actividade concorrentes e não concorrentes para os Objectivos Operacionais.
Importa clarificar que o Plano de Actividades de 2010 possui uma associação coerente com o Orçamento aprovado, tanto na componente orçamental de despesa, como na componente de receita. Porém, em virtude da dimensão da GNR, aliada à inexistência de um Sistema de Gestão Integrado, não é possível discriminar com exactidão a afectação de recursos a algumas das actividades de apoio e suporte à actividade operacional.
A metodologia de trabalho apresentou o faseamento seguinte:
Formulação dos enunciados para solicitação, à estrutura da Guarda, dos contributos relativos à execução das actividades nas respectivas áreas de actuação/responsabilidade e preenchimento das Fichas de Projecto/Actividade elencadas no Plano de Actividades da GNR para 2010, com indicação da sua execução ou não execução;
Difusão do pedido à estrutura da Guarda (e.g. Fichas de Projecto/Actividade executados e não executados, com indicação dos desvios) e recepção da informação;
Análise da informação constante das fichas de actividades desenvolvidas em 2010, designadamente em termos de correcção e preenchimento e avaliação da existência de sobreposições, incoerências e inconsistências;
Contactos informais com os responsáveis dos Comandos, Unidades e outros Órgãos da estrutura da Guarda, através de reuniões de trabalho, de forma a serem ultrapassadas algumas deficiências, duplicações e inconsistências detectadas;
Compilação e análise da informação e elaboração do Relatório;
Apresentação do 1º draft do Relatório de Actividades ao General Comandante-Geral;
Correcções e ajustamentos finais;
Elaboração da versão final e remessa a Sua Excelência o MAI.
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I.B. Enquadramento Estratégico - Orientações gerais e específicas prosseguidas pelo organismo
1. Missão Restabelecida
Defesa dos direitos e liberdades dos cidadãos, garantindo a legalidade e os mais elevados padrões de segurança e de tranquilidade públicas, nas respectivas áreas e nas matérias da sua responsabilidade.
2. Visão
Atingir os mais elevados padrões de segurança e de tranquilidade públicas na sociedade portuguesa, afirmando-se como uma instituição de referência no conjunto das forças militares e das forças e serviços de segurança.
3. Valores
O alinhamento dos valores corporativos com a missão e com a visão da Guarda são um factor determinante para o fortalecimento e desenvolvimento de uma nova cultura organizacional em busca da excelência.
Os valores a seguir apresentados têm como pressuposto fundamental a condição militar, que representa uma entrega total, pelo que encerra uma exigência constante de disponibilidade, de frequente renúncia a comodismos, de sacrifícios sem conta e, muitas vezes, com enormes incompreensões, a que se associa a prossecução de um ideal de servir. Há valores éticos e restrições voluntariamente assumidas que não têm paralelo em qualquer outra instituição, de que o juramento de doação da vida pela Pátria e a disponibilidade permanente, sem restrições, são aspectos únicos da condição militar.
Ser-se militar é, mais do que uma profissão, uma condição.
Disciplina
É o conjunto de regras e de princípios que tem por fim assegurar o cumprimento do dever, quer a ordem resulte de uma vontade colectiva, quer provenha de uma vontade individual.
Valor
Consiste em encarar, fria e serenamente, as situações mais difíceis, em sofrer com resignação as agruras da vida, os revezes da fortuna e os golpes de adversidade, procurando resistir-lhes e diligenciando vencê-los. É evidente que de nada serve o valor pessoal de cada indivíduo, se não for posto ao serviço da mais rigorosa disciplina.
Honra e dever
Estes valores andam sempre associados, visto que não pode proceder com honra quem não cumpre o seu dever. Proceder com honra e cumprir o dever são duas ideias fundamentais na vida de qualquer militar. É o apelo à prática constante do bem, que se traduz no incitamento interior a uma vida plena de dignidade. É uma vontade insatisfeita de poder corresponder, sempre, às nossas melhores possibilidades, à convicção do nosso triunfo e à realização das nossas justas aspirações (motivação não financeira).
Camaradagem e espírito de corpo
Camaradagem é o termo militar da solidariedade. Consiste na estreita união que deve ligar todos os indivíduos e que, obrigando-os a suportar as consequências, boas ou más, dos actos dos outros, lhes impõe a necessidade de se auxiliarem mutuamente, visto que cada um reflecte a felicidade ou desgraça do outro. Fruto da verdadeira solidariedade, o espírito de corpo consiste em cada um querer à sua Unidade mais do que a qualquer outra, em se orgulhar de lhe pertencer e em se esforçar para que ela seja apreciada pela sua apresentação, disciplina e operacionalidade (funcionamento em equipa).
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Lealdade
Consiste na submissão absoluta às leis da Nação, no respeito pelas autoridades que têm por missão assegurar a execução dessas mesmas leis e na obediência às ordens, em perfeito espírito de disciplina.
Na Guarda Nacional Republicana, Instituição de natureza militar que preserva as suas tradições e os seus valores, existem dois “Códigos” que, estando afixados, desde os anos 80, em todos os quartéis, constituem, a par do Código Deontológico do Serviço Policial (Resolução do Conselho de Ministros n.º 37/2002, de 7 de Fevereiro de 2002), o seu referencial de valores e orientam os procedimentos no seio da Instituição: o Código de Honra do Militar da Guarda e o Código de Conduta do Militar da Guarda.
Deontologia militar:
Trata da aplicação das regras gerais da moral ao caso concreto da condição militar, descrevendo e justificando a conduta do bom soldado, não porém ao nível das prescrições legais, mas sim das exigências da sua natureza enquanto homem (cultura institucional e valores éticos).
Código de Honra do Militar da Guarda
O militar da Guarda observa em todas as circunstâncias as características da condição militar e cumpre, rigorosa e responsavelmente, os seus deveres militares e estatutários.
O militar da Guarda, como "soldado da lei", impõe-se à consideração, respeito e simpatia das populações, através de uma impoluta integridade de carácter, reconhecida a honestidade, esmerada educação, exemplar comportamento moral e cívico, boa conduta nos procedimentos da sua vida pública e privada e respeitável ambiente familiar.
O militar da Guarda como agente da força pública, actua sempre de acordo com a autoridade em que está investido, só recorrendo ao uso da força nos casos expressamente previstos na lei, quando absolutamente necessário e apenas na medida exigida pelo cumprimento das suas funções.
O militar da Guarda só utiliza as armas para repelir uma agressão iminente ou em execução, em defesa própria ou de terceiros e para vencer a resistência violenta à execução de um serviço no exercício das suas funções e manter o princípio de autoridade, após intimação formal aos resistentes de obediência e esgotados todos os outros meios para o conseguir.
O militar da Guarda cumpre sempre o dever que a lei impõe de servir a colectividade e de proteger todas as pessoas contra actos ilegais, em conformidade com o alto grau de responsabilidade que a sua profissão exige.
O militar da Guarda respeita a dignidade humana e defende e protege os direitos fundamentais de toda a pessoa.
O militar da Guarda não comete, instiga ou tolera, qualquer acto de tortura ou qualquer outro castigo ou tratamento cruel, inumano ou degradante, nem invoca ordem dos seus superiores ou circunstâncias excepcionais para os justificar.
O militar da Guarda vela para que a saúde das pessoas à sua guarda esteja plenamente protegida e toma imediatamente medidas para que os cuidados médicos lhe sejam dispensados sempre que tal se imponha.
O militar da Guarda não só não comete quaisquer actos de corrupção, como deve rigorosamente combatê-los e opor-se-lhes quando deles tenha conhecimento.
O militar da Guarda diligencia permanentemente pelo cumprimento da sua missão em condições morais, profissionais e psicológicas que protejam a imparcialidade, a integridade e a dignidade da sua função, face às prescrições legais respeitadoras dos direitos humanos fundamentais.
O militar da Guarda é pessoalmente responsável pelos actos e omissões que tenha executado ou ordenado e que sejam contrários aos direitos fundamentais da pessoa.
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O militar da Guarda mantém sigilo quanto aos factos e matérias de carácter confidencial de que toma conhecimento no exercício das suas funções, a menos que exigências do serviço ou necessidades da justiça tal não permitam.
O militar da Guarda respeita a lei e opõe-se, em todas as circunstâncias e com toda a sua capacidade, a todo e qualquer acto que a viole, agindo prontamente quando este puder provocar prejuízo imediato ou irreparável, ou, caso contrário, esforça-se por impedir as suas consequências e a sua repetição, informando hierarquicamente.
O militar da Guarda tem a preocupação permanente de dignificar este corpo militar através do seu aprumo e da forma como se apresenta uniformizado.
O militar da Guarda tem sempre como lema a honra pessoal e o engrandecimento da pátria.
Código de Conduta do Militar da Guarda
É dever de todo o militar da Guarda:
Cumprir a Missão de acordo com a Causa Pública, o Interesse Público e a Lei.
Servir a Colectividade Nacional e proteger todas as pessoas contra os actos ilegais.
Respeitar e proteger a dignidade humana.
Defender e proteger os direitos fundamentais de toda a pessoa.
Só aplicar a força em último caso e quando for exigido pelo cumprimento das suas funções.
Só recorrer às armas de fogo em legítima defesa, quando o presumido delinquente opuser resistência armada e se não for possível a utilização de outros meios.
Não divulgar informações de carácter confidencial a não ser no cumprimento das suas funções ou quando as necessidades de justiça o exigirem.
Não infringir, instigar ou tolerar actos de tortura ou de qualquer outro tipo de castigo cruel, inumano ou degradante.
Não praticar o abuso da autoridade.
Combater e opor-se vigorosamente a todos os actos de corrupção.
4. Símbolos8
A Guarda e as suas Unidades, incluindo as Unidades constituídas para actuar fora do território nacional e o estabelecimento de ensino, têm direito ao uso do Estandarte Nacional.
A Guarda tem direito a brasão de armas, bandeira heráldica, hino, marcha, selo branco e condecoração privativa (Medalha de D. Nunes Alvares Pereira – Mérito da Guarda Nacional Republicana).
As Unidades da Guarda têm direito a brasão de armas, selo branco a bandeiras heráldicas, que, nas Subunidades, tomam a forma de guião de mérito.
O Comandante-Geral tem direito ao uso de galhardete.
Os símbolos e a condecoração referidos, bem como o regulamento de atribuição desta, são aprovados por Portaria do Ministro da tutela. 8 Artigo 7º e 8º da Lei Orgânica da Guarda Nacional Republicana (Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro, e Declaração de Rectificação n.º 1-A/2008, de 4 de
Janeiro)
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O Dia da Guarda é comemorado a 3 de Maio, em evocação da Lei que criou a actual instituição nacional, em 1911.
As Unidades da Guarda têm direito a um dia festivo para a consagração da respectiva memória histórica, definido por despacho do Comandante-Geral.
5. Objectivos e estratégias para 2010
Orientações gerais
Para a prossecução do modelo prefigurado na missão e na visão, elegeram-se como principais vectores estratégicos, que corporizam as estratégias a assumir pela Guarda, os seguintes:
Valorizar as actividades de protecção e segurança das pessoas e bens, tendo como objectivo dar uma resposta adequada e oportuna aos problemas e anseios dos cidadãos em matéria de segurança;
Garantir a capacidade de resposta qualificada e permanente aos problemas de segurança, a todo o tempo e em todos os locais de atendimento e de interface com os cidadãos e as comunidades;
Melhorar as competências ao longo de toda a estrutura, promovendo uma cultura de responsabilidade e uma participação mais efectiva de todos os militares, motivando-os e envolvendo-os nos diversos níveis dos processos de decisão, na avaliação dos resultados globais e individuais e na identificação e aplicação das boas práticas, internas e externas. Em paralelo, fomentar o trabalho de equipa, a polivalência e a disponibilidade e promover a autoformação.
Os vectores estratégicos definidos, naturalmente transversais a toda a Instituição, traduziram-se em objectivos, de nível estratégico e operacional, cuja prossecução constituiu o centro da acção de comando, o farol para a orientação do esforço e a matriz para a afectação de recursos, em sede de elaboração de Plano de Actividades para o ano 2010.
Os objectivos plurianuais e anuais da Guarda, estratégicos e operacionais, coerentes com os desígnios do programa do XVIII Governo Constitucional e das Grandes Opções do Plano em matéria de segurança interna, constam do Quadro de Avaliação e Responsabilização da GNR para 2010, tendo a sua prossecução sido alvo de monitorização periódica. De cada monitorização resultou a difusão de instruções e directivas à estrutura de comando e ao dispositivo da Guarda, visando a reorientação do esforço e a tomada de medidas correctivas, face aos desvios identificados.
Importa contudo salientar que, numa instituição com a dimensão e as atribuições da Guarda, cujas responsabilidades são exercidas em praticamente todas as áreas do sistema alargado de segurança, protecção e defesa, os objectivos e as metas são, muito mais vastos, não se podendo confinar apenas aos objectivos definidos no QUAR.
Orientações específicas
Num quadro pós profunda reestruturação organizacional, de racionalização de estruturas e de contenção de despesas, procurou-se fazer mais e melhor sem aumentar as afectações de recursos, especialmente humanos, pelo que o grande desafio foi assegurar a normalidade do processo de mudança, garantindo a manutenção dos níveis qualitativos e quantitativos do produto operacional.
Neste contexto, a melhoria do nível qualitativo da cadeia de valor da Instituição, exigiu a assumpção permanente de novos modelos e processos de gestão, bem como uma redefinição permanente de prioridades e objectivos, bem identificados, mensuráveis e inteiramente assumidos por todos quantos tinham responsabilidades na sua concretização.
A monitorização da evolução da sociedade e dos problemas emergentes, em matéria de segurança, obrigou à contínua redefinição de objectivos e metas, com o consequente ajustamento de estratégias e de procedimentos.
Paralelamente, foi estimulado o permanente envolvimento dos diferentes escalões de comando e da generalidade dos servidores da Instituição, que constituem o seu mais valioso recurso, na procura de soluções para os novos problemas identificados.
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6. Objectivos Estratégicos
No que diz respeito aos objectivos para o ano económico de 2010, importa salientar estes foram definidos em sede do Quadro de Avaliação e Responsabilização, tendo por referência a Visão e os Vectores Estratégicos citados, alinhados com os objectivos fixados na Carta de Missão do Exmo. Comandante-Geral e coerentes com os desígnios do programa do XVII Governo Constitucional e das Grandes Opções do Plano em matéria de segurança interna. Prevaleceu, na sua definição, alguma ambição, na certeza de que esta poderia funcionar como motor e catalisador do esforço, contribuindo para uma mais rápida adaptação da Instituição às novas exigências e aos novos desafios, numa linha de continuidade com aqueles que haviam sido definidos no ciclo anterior.
Para a prossecução da missão, considerou-se determinante estabelecer as orientações estratégicas que deram corpo à definição dos objectivos. Deste modo, aquando da sua definição, foram estabelecidas quatro grandes linhas estruturantes de orientação:
Alinhar objectivos e acrescentar valor - align & add value:
Garantir que o que se faz e como se faz, é relevante para os utentes e tem impactos, evidenciáveis, nas respectivas variáveis da actividade da Guarda.
Maximizar a eficiência - low cost/high value:
Reduzir custos e maximizar o contributo para o valor criado.
Construir a reputação - build a reputation:
Tornar-se uma referência, com reconhecimento externo.
Construir o futuro - build a future:
Expandir o mercado relevante, estruturando a oferta de serviços e tornando-se excelente na execução.
Esta abordagem, de derivação, permitiu definir os cinco grandes Objectivos Estratégicos previstos no QUAR para os anos 2009 e 2010 e na Carta de Missão do General Comandante-Geral, de acordo com as linhas orientadoras definidas pelo Programa do Governo e que irão nortear a Guarda nos próximos anos, uma vez que a sua vigência se estende a um horizonte temporal de médio prazo (entre 3 a 5 anos):
OE1. Melhorar a capacidade do dispositivo policial, reforçando os meios operacionais, nomeadamente através da implementação da nova estrutura orgânica;
OE2. Reforçar o policiamento de proximidade, orientado para a protecção dos cidadãos em geral e, em particular, das pessoas especialmente vulneráveis, como as crianças, os jovens, os idosos e as vítimas de maus-tratos;
OE3. Intensificar o controlo das principais fontes de perigo, com a finalidade de prevenir, reduzir e reprimir a criminalidade, bem como outros comportamentos que possam por em causa a segurança e a tranquilidade dos cidadãos;
OE4. Privilegiar o recurso a novas tecnologias de informação e de comunicação, valorizando a formação dos recursos humanos, desmaterializando actos e simplificando procedimentos;
OE5. Firmar o empenhamento da Guarda na execução da política externa, designadamente em operações internacionais de resposta a crises, bem como em missões de cooperação policial no âmbito da União Europeia.
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7. Objectivos Operacionais
Os objectivos de curto prazo, cujos resultados de execução e performance são avaliados ao nível do presente Relatório de Actividades, têm um horizonte temporal limitado a um ano económico, embora com significativas repercussões na concretização dos objectivos de médio/longo prazo.
A concretização de algumas metas e objectivos traçados para 2010 foi condicionada pela premência de outros objectivos, igualmente relevantes e, nalguns casos, fundamentais para o futuro e para o funcionamento da Guarda, destacando-se o esforço despendido na consolidação da implementação das reformas preconizadas na nova Lei Orgânica e pela implementação do novo Estatuto dos Militares da Guarda e respectivo Sistema retributivo, ambos aprovados por Decreto-Lei em 2009.
Para o ano de 2010 foram definidos os seguintes objectivos Operacionais, os quais concretizam as orientações estratégicas acima definidas, de acordo com as dimensões de Eficácia, de Eficiência e de Qualidade:
Dimensão Eficácia
OOp1. Aumentar as estruturas de apoio às vítimas particularmente vulneráveis e à investigação de crimes em acidentes de viação
Ind. 1. Nº de núcleos e de equipas com elementos de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas (IAVE)
Ind. 2. Nº de militares a formar com o Curso de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas (CIAVE)
Ind. 3. Nº de Núcleos de Investigação de Crimes em Acidentes de Viação (NICAV)
OOp2. Reforçar a participação da Guarda no âmbito da Cooperação Policial Europeia
Ind. 4. (Nº de acções asseguradas / Nº de acções solicitadas pela Agência FRONTEX) * 100
Dimensão Eficiência
OOp3. Intensificar as acções da Guarda no âmbito da segurança rodoviária, do controlo da posse ilegal de armas e da protecção da natureza e do ambiente
Ind. 5. Nº de condutores fiscalizados no âmbito do controlo da velocidade
Ind. 6. N.º de acções de prevenção direccionadas para a detecção e apreensão de armas
Ind. 7. Nº de operações efectuadas no âmbito do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA)
Ind. 8. Nº de acções de sensibilização efectuadas no âmbito do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA)
OOp4. Optimizar as estratégias de intervenção e prevenção policiais nas zonas de risco Sócio-Criminal
Ind. 9. N.º total de patrulhas efectuadas nas diversas valências operacionais da Guarda
Ind. 10. N.º de cartas de risco e planos de contingência elaborados para bairros críticos
Ind. 11. N.º de patrulhas efectuadas a bairros críticos
Dimensão Qualidade
OOp5. Qualificar a resposta em matéria de segurança da Comunidade Escolar
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Ind. 12. Nº de dispositivos de formação elaborados para Núcleos Escola Segura
OOp6. Assegurar a disponibilidade e qualificar os Sistemas Tecnológicos da Guarda, visando melhorar a interacção com o cidadão e os militares da Guarda
Ind. 13. N.º total de horas de disponibilidade dos sistemas tecnológicos em exploração / N.º total horas ano
Ind. 14. Nº de Unidades da Guarda com mais de 50% de utilizadores dos sistemas tecnológicos formados
Ind. 15. N.º total de equipamentos terminais migrados para as redes de utilização colectiva /N.º total de equipamentos terminais
Tenente Pimenta da Gama | 1966
IIAUTO-AVALIAÇÃO
II.A. Análise de resultados alcançados e os desvios
verificados de acordo com o QUAR
II.B. Actividades desenvolvidas, previstas e não
previstas no plano, e resultados alcançados
II.C. Afectação real e prevista dos recursos humanos,
materiais e financeiros.
II.D. Desenvolvimento de medidas para um reforço
positivo do desempenho
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II.A. Análise de resultados alcançados e os desvios verificados de acordo com o QUAR
1. Quadro de Avaliação e Responsabilização
De acordo com a Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, a avaliação de desempenho (AD) de cada serviço assenta num Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR), sujeito a avaliação permanente, do qual constam: a missão do serviço, os seus objectivos estratégicos plurianuais, os objectivos fixados anualmente (objectivos operacionais), os indicadores de desempenho, o grau de realização dos objectivos, a identificação dos desvios e respectivas causas e, finalmente, a avaliação final do desempenho do serviço.
Os objectivos fixados aos serviços, no respectivo Quadro de Avaliação e Responsabilização, devem relacionar-se com os objectivos fixados aos dirigentes superiores, nas respectivas cartas de missão, contratos de gestão e aos trabalhadores, alinhando desta forma a acção de serviços, dirigentes e trabalhadores na prossecução das políticas públicas9.
O Quadro de Avaliação e Responsabilização da Guarda para 2010 (QUAR 2010) foi aprovado por despacho de 1 de Março de 2010 de Sua Excelência o Secretário de Estado da Protecção Civil, reportando o seu início a 01JAN10, após ter sido analisado e obtido parecer favorável da Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI), cuja validação foi realizada segundo os parâmetros indicados no quadro seguinte:
Os objectivos
estratégicos
estão alinhados
com as políticas
públicas
Existe
adequação dos
objectivos
operacionais na
prossecução dos
objectivos
estratégicos
Há equilíbrio nas
ponderações dos
parâmetros,
qualidade,
eficácia e
eficiência, face à
missão do
organismo
Os indicadores
de desempenho
estão adequados
aos objectivos
que se
pretendem medir
(qualidade,
eficácia e
eficiência)
O grau de
ambição e
credibilidade das
metas, face ao
histórico do
serviço é positivo
As fontes de
verificação dos
indicadores estão
descritas
Figura 5 – Grelha de Validação do QUAR GNR 2010
No decurso do ano 2010, com fundamento na necessidade de avaliação permanente do nível do cumprimento dos objectivos definidos, foram realizadas monitorizações trimestrais, com vista à identificação das principais dificuldades, constrangimentos e eventuais desvios, habilitando o Comandante-Geral a emitir directivas e a accionar medidas correctivas conducentes à sua integral concretização.
O presente Capítulo encerra, pois, a derradeira etapa do ciclo de gestão, na medida em que permite avaliar o grau de realização dos objectivos definidos no QUAR e identificar os desvios ocorridos na sua prossecução, e estabelecer um conjunto de acções que conduzam a um reforço positivo do desempenho.
Nesse sentido, apresentados que foram no Capítulo anterior os Operacionais definidos no QUAR 2010, cumpre neste ponto efectuar uma análise individualizada da sua execução, atentos os factores conjunturais que condicionaram o desempenho da Guarda.
9 Vide Deliberação do Conselho de Ministros n.º 772/2007, de 27 de Dezembro
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Dimensão Eficácia
OOp 1 – Aumentar as estruturas de apoio às vítimas particularmente vulneráveis e à investigação de crimes em acidentes de viação:
1º Indicador 10 – Nº de núcleos e de equipas com elementos de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas (IAVE):
Em 31 de Dezembro de 2009, ao longo do dispositivo da Guarda, existiam 232 Núcleos e Equipas com valência IAVE (ou seja, com, no mínimo, um militar com Curso NMUME). À data de 31 de Dezembro de 2010 existiam 267 Núcleos e Equipas com valência IAVE, reflectindo a criação, no corrente ano, de 19 novos núcleos e equipas, o que, e de acordo com valor proposto para 2010, situado no intervalo de 245 a 255, significa que a meta fixada se encontra superada. O indicador apresenta uma taxa de execução de 104,71%, correspondendo a um diferencial positivo de 12 núcleos face ao limite superior da meta fixada para 2010.
2º Indicador 11 – Nº de militares a formar com o Curso de Investigação e Apoio a Vítimas Especificas (CIAVE):
A meta estabelecida para este indicador no QUAR 2010 encontrava-se fixada em 30 militares. Durante o ano em análise foram formados 50 militares, tendo, assim, a meta sido claramente superada.
O indicador apresenta uma taxa de execução de 166,67%, correspondendo a um diferencial positivo de 20 formandos face à meta fixada para 2010.
3º Indicador 12 – Nº de Núcleos de Investigação de Crimes em Acidentes de Viação (NICAV):
Durante o ano 2010, foram implementados os NICAV de S.J. Madeira e de Setúbal, perfazendo um total de 23 NICAV implementados, ficando contudo a concretização da meta aquém da efectivamente estabelecida no intervalo 24-26 NICAV para 2010, faltando apenas a implementação de um NICAV para a meta ser atingida em 2010. Em 2010, estava ainda prevista a implementação de NICAV em Braga, Santarém e Faro.
O indicador apresenta uma taxa de execução de 95,83%, correspondendo a um diferencial negativo de 1 NICAV por implementar face à meta fixada para 2010.
Graduação do OOp 1 – em resultado da conjugação dos três indicadores, o Objectivo Operacional 1 do QUAR 2010, apresenta uma taxa de realização de 119,75%, o que permite graduá-lo como OBJECTIVO SUPERADO.
Figura 6 – OOp 1 QUAR GNR 2010
10 Fonte: Dispositivo de Investigação Criminal – CO/DIC
11 Fonte: Relatório Anual de Formação - CDF
12 Fonte: Dispositivo de Investigação Criminal – CO/DIC
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OOp 2 – Reforçar a participação da Guarda no âmbito da Cooperação Policial Europeia:
4º Indicador 13 – (Nº de acções asseguradas / Nº de acções solicitadas pela Agência FRONTEX) * 100:
A participação da GNR, em 2010, nas acções levadas a cabo sob a égide da Agência Europeia FRONTEX, foi superior à meta proposta, atingindo-se uma taxa de realização de 95,60 %, o que representa uma superação de 13,65 % face ao limite superior da meta estabelecida para o ano em análise.
Importa, contudo, ter presente que em 2011 o espectro de crise financeira e as medidas de restrição orçamental adoptadas pelo Governo de Portugal, poderão, à semelhança do que aconteceu no último trimestre de 2010, inibir a participação da Guarda na totalidade das acções solicitadas pela Agência Frontex, estando a sua execução condicionada pela sua sensibilidade a questões conjunturais de ordem financeira.
Graduação do OOp 2 – o resultado atingido neste indicador, por ser único a concorrer para o presente objectivo, apresenta uma taxa de realização de 113,65%, o que permite graduá-lo como OBJECTIVO SUPERADO.
Figura 7 – OOp 2 QUAR GNR 2010
Avaliação parâmetro Eficácia – em resultado da conjugação dos dois objectivos que compõem o parâmetro de avaliação Eficácia, a Guarda apresenta uma taxa de realização de 116,70%.
Dimensão Eficiência
OOp 3 – Intensificar as acções da Guarda no âmbito da segurança rodoviária, do controlo da posse ilegal de armas e da protecção da natureza e do ambiente:
5º Indicador 14 – Nº de condutores fiscalizados no âmbito do controlo da velocidade:
A meta estabelecida para 2010 está compreendida entre o intervalo de 8.937.400 a 9.014.998 condutores fiscalizados. No final de 2010, foram fiscalizados 10.856.984 condutores no âmbito do controlo da velocidade, o que representa uma execução de 120,43% face à meta estabelecida.
6º Indicador 15 – Nº de condutores fiscalizados no âmbito do controlo do álcool:
A meta estabelecida para 2010 está compreendida entre o intervalo de 520.146 a 525.146 condutores fiscalizados no âmbito do controlo do álcool. No final de 2010, foram fiscalizados 855.386 condutores no âmbito do controlo do álcool, o que representa uma execução de 162,89% face à meta estabelecida.
7º Indicador 16 – N.º de acções de prevenção direccionadas para a detecção e apreensão de armas:
A Guarda propôs-se fazer, no ano em análise, 1.103 acções de prevenção neste domínio concreto. No final de 2010, haviam sido desenvolvidas 1.673 acções de prevenção, o que representa uma execução de 151,68%
13 Fonte: Mapa das acções realizadas no âmbito da FRONTEX – CO/DO
14 Fonte: Mapa estatístico de fiscalização rodoviária – CO/DO
15Fonte: Mapa estatístico de fiscalização rodoviária – CO/DO
16 Fonte: Mapa de registo de acções de prevenção no âmbito da detenção e apreensão de armas – CP/DO
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face à meta estabelecida. O acréscimo de acções justifica-se pela crescente preocupação em controlar o fenómeno da posse de armas ilegais, o qual está associado ao aumento de criminalidade violenta e grave, correspondendo também a indicações nesse sentido por parte da Tutela.
8º Indicador 17 – Nº de operações efectuadas no âmbito do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA):
A meta para 2010 foi fixada em 2.068 Operações SEPNA, tendo sido realizadas 2.287, o que representa uma execução de 110,59% face à meta estabelecida.
9º Indicador 18 – Nº de acções de sensibilização efectuadas no âmbito do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA):
O objectivo anual foi fixado em 606 acções. No final de 2010, haviam sido desenvolvidas 695 acções, o que perfaz uma execução de 114,69% face à meta estabelecida.
Graduação do OOp 3 – em resultado da conjugação dos cinco indicadores, o Objectivo Operacional 3 do QUAR 2010, apresenta uma taxa de realização de 131,78 %, o que permite graduá-lo como OBJECTIVO SUPERADO.
Figura 8 – OOp 3 QUAR GNR 2010
Objectivo 4 – Optimizar as estratégias de intervenção e prevenção policiais nas zonas de risco Sócio-Criminal:
10º Indicador 19 – N.º total de patrulhas efectuadas nas diversas valências operacionais da Guarda:
A meta para 2010 foi fixada no intervalo compreendido entre 1.120.573 e 1.144.500 patrulhas. No final de 2010, haviam sido desenvolvidas 1.183.107, o que corresponde a uma execução de 103,37% face à meta estabelecida. O acréscimo de acções justifica-se pela crescente preocupação em controlar os fenómenos associados ao aumento de criminalidade violenta e grave, correspondendo também a indicações nesse sentido por parte da Tutela.
17 Fonte: Mapa estatístico da actividade do SEPNA – CO/DSEPNA
18 Fonte: Mapa estatístico da actividade do SEPNA – CO/DSEPNA
19 Fonte: SITREP – CO/DO
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11º Indicador 20 – N.º de cartas de risco e planos de contingência elaborados para bairros críticos:
O compromisso consistia em elaborar dois planos de contingência ou cartas de risco para bairros críticos situados na área de responsabilidade da Guarda. Em 2010 foram desenvolvidas duas cartas de risco, atingindo a meta proposta para o indicador. Importa referir, que sendo um indicador que se resume à criação de um documento extremamente complexo e moroso, não é possível aplicar um critério de superação, classificando-se o indicador como atingido.
12º Indicador 21 – N.º de patrulhas efectuadas a bairros críticos:
A meta para 2010 foi fixada no intervalo compreendido entre 6.180 e 8.180 patrulhas efectuadas em bairros críticos. No final de 2010, haviam sido desenvolvidas 11.255, o que corresponde a uma execução de 137,59% face à meta estabelecida.
Graduação do OOp 4 – em resultado da conjugação dos três indicadores, o Objectivo Operacional 4 do QUAR 2010, apresenta uma taxa de realização de 116,05 %, o que permite graduá-lo como OBJECTIVO SUPERADO.
Figura 9 – OOp 4 QUAR GNR 2010
Avaliação parâmetro Eficiência – em resultado da conjugação dos dois objectivos que compõem o parâmetro de avaliação Eficiência, a Guarda apresenta uma taxa de realização de 123,91%.
Dimensão Qualidade
Objectivo 5 – Qualificar a resposta em matéria de segurança da Comunidade Escolar:
13º Indicador 22 – Nº de dispositivos de formação elaborados para Núcleos Escola Segura:
A Guarda, no QUAR de 2010, assumiu o compromisso de elaborar 2 Dispositivos de Formação, a cargo do Comando de Doutrina e Formação (CDF). Neste sentido, no âmbito do referencial de formação "Resposta táctica a incidentes com armas de fogo, em estabelecimentos escolares", foram elaborados dois dispositivos de formação designados por "Cadernos de apoio à acção de formação" e "Caderno de Apresentações". No âmbito da formação "Comunicar em Segurança - Segurança na Internet " foram elaborados três dispositivos de formação designados por "Caderno de Apoio ao Formador", "Caderno de Apresentações" e "Guia de Sessões Pedagógicas", perfazendo um total de cinco dispositivos de formação, correspondendo a uma execução do indicador, e do próprio objectivo, de 250% face à meta estabelecida.
20 Fonte: Cartas de risco e planos de Contingência para bairros críticos - CO
21 Fonte: Mapa de registo do patrulhamento efectuado a bairros críticos – CO/DO
22 Fonte: Dispositivo de formação - CDF
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Graduação do OOp 5 – o resultado atingido neste indicador, por ser único a concorrer para o presente objectivo, apresenta uma taxa de realização de 250,00%, o que permite graduá-lo como OBJECTIVO SUPERADO.
Figura 10 – OOp 5 QUAR GNR 2010
Objectivo 6 – Assegurar a disponibilidade e qualificar os Sistemas Tecnológicos da Guarda, visando melhorar a interacção com o cidadão e os militares da Guarda:
14º Indicador 23 – N.º total de horas de disponibilidade dos sistemas tecnológicos em exploração / N.º total horas ano:
No âmbito deste Indicador, a meta definida foi de 85%.
No final de 2010, havia sido atingida uma disponibilidade dos sistemas tecnológicos em exploração, cuja medida assenta na relação n.º de horas/ano, de 99,61%, o que corresponde a uma execução de 117,19% face à meta estabelecida.
Importa, contudo, ter presente que para a execução deste indicador em 2011, deve ser acautelados eventuais períodos de indisponibilidade em consequência das actualizações que serão realizadas no decurso do ano, com as migrações a efectuar para a rede RNSI e ainda a extensão da rede SIIOP, factores que poderão vir a condicionar o regular funcionamento dos sistemas tecnológicos que apoiam toda a estrutura operacional da Guarda.
15º Indicador 24 – Nº de Unidades da Guarda com mais de 50% de utilizadores dos sistemas tecnológicos formados:
A meta estabelecida no QUAR GNR 2010 foi fixada em 16 Unidades. Em 31 de Dezembro de 2010 a Guarda possuía 9 Unidades que cumpriam tal desiderato, correspondendo a 56,25% da meta proposta, ficando dessa forma muito aquém da meta proposta, em consequência das medidas de restrição orçamental as quais implicaram uma redução acentuada dos montantes a afectar à formação específica dos militares, nomeadamente no âmbito dos sistemas e tecnologias de informação.
16º Indicador 25 – N.º total de equipamentos terminais migrados para as redes de utilização colectiva /N.º total de equipamentos terminais:
A meta a atingir, constante no QUAR 2010, foi fixada em 65% dos equipamentos terminais migrados para as redes de utilização colectiva.
No final de 2010, havia sido atingida uma taxa de migração de 96,33%, o que corresponde a uma execução de 148,20% face à meta estabelecida.
Graduação do OOp 6 – em resultado da conjugação dos três indicadores, o Objectivo Operacional 6 do QUAR 2010, apresenta uma taxa de realização de 112,81%, o que permite graduá-lo como OBJECTIVO SUPERADO.
23 Fonte: CO/DCSI
24Fonte: CO/DCSI
25 Fonte: CO/DCSI
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Figura 11 – OOp 6 QUAR GNR 2010
Avaliação parâmetro Qualidade – em resultado da conjugação dos dois objectivos que compõem o parâmetro de avaliação Qualidade, a Guarda apresenta uma taxa de realização de 167,68%.
Avaliação Final do QUAR
Dos 6 objectivos operacionais constantes do QUAR/GNR 2010, verifica-se que, apesar dos factores condicionantes referidos, todos eles apresentam taxas de realização elevadas, o que manifesta o esforço de todas as estruturas da Guarda, para a prossecução das metas estabelecidas junto da Tutela para o ano económico que agora encerra.
Em seguida são apresentados os resultados da avaliação por parâmetros, bem como as ponderações definidas em sede de elaboração do QUAR 2010.
Figura 12 – Avaliação final do organismo
A análise ao quadro permite verificar a concretização dos objectivos operacionais das dimensões Eficácia, Eficiência e Qualidade, com uma graduação global de Objectivo Superado.
A avaliação final do organismo é, necessariamente, muito positiva, uma vez que apesar dos diversos constrangimentos que foram surgindo, apresenta uma taxa de execução global se situar em 134,88%.
Considerando este desempenho e tendo a Guarda vindo a atingir, de uma forma sustentada, elevados níveis de performance, tanto nas áreas da missão contempladas nos objectivos do QUAR como em todas as demais, num ano
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particularmente difícil, sujeito a severas restrições orçamentais, justifica-se plenamente a Classificação de BOM em sede de avaliação final da performance do desempenho organizacional.
2. Apreciação dos serviços prestados
O artigo 15.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, define os moldes em que deve ser realizada a auto-avaliação do Serviço, e cujo detalhe procura aferir com rigor, não só os resultados alcançados e os desvios verificados de acordo com o QUAR previamente estabelecido, mas também a medida em que esses resultados conferiram uma percepção e impacto de quantidade e qualidade dos serviços prestados junto dos seus stakeholders.
Por esse propósito, a legislação e as estruturas com atribuições em matéria de planeamento, estratégia e avaliação, conferem uma importância acrescida à manifestação de satisfação dos utilizadores, colaboradores e dirigentes, sugerindo que, em sede de auto-avaliação, cada organismo promova a apreciação, por parte dos utilizadores, da quantidade e qualidade dos serviços prestados, bem como a audição de dirigentes intermédios e demais trabalhadores, indicando-se para o efeito a metodologia utilizada, período de realização do inquérito/questionário, dimensão da amostra, taxa de respostas e nível de satisfação apurado.
Contudo, considerando a especificidade da GNR e da função policial, resultante da missão e atribuições, não é evidentemente possível proceder à audição dos utentes/utilizadores nos moldes sugeridos, isto porque a própria realidade dos demais serviços e organismos do Estado é bastante diferente das especificidades de uma organização militar que promove a segurança das pessoas e bens.
Repare-se, a propósito, que a legislação dá particular importância nesta apreciação aos serviços prestadores de serviços a utilizadores externos, numa lógica de fornecedor/prestador de serviços ou bens (que neste caso cumpre ao próprio Estado desenvolver), e, por outro lado, ao cliente/utente/beneficiário, numa relação por norma não conflituante.
No caso específico da GNR, ou qualquer outra força de segurança, a relação entre o prestador e o prevaricador é potencialmente conflituante, pelo que a apreciação deste será tendencialmente negativa em relação ao prestador e ao serviço prestado, de que beneficia, por regra a generalidade da população. Quanto às populações, sabido que as suas opiniões são altamente influenciadas por factores subjectivos, designadamente pelo sentimento ou sensação de segurança, e sendo certo que tal não tem correspondência directa com o melhor ou pior serviço prestado pelas forças de segurança, não se vislumbra credível a sua auscultação sem o adequado estudo que permita dirimir os efeitos perversos associados.
De igual forma, a audição de dirigentes intermédios e demais trabalhadores sugerida, não é passível de aplicação imediata, quer pela própria dimensão da população alvo de amostra (cerca de 26.000 militares e civis em funções), exigindo meios tecnológicos auxiliares para a sua concretização, quer pela necessidade da manutenção da coesão e da disciplina, uma vez que a natureza militar obriga ao exercício da acção de comando, por vezes conflituante com os interesses pessoais dos indivíduos, em prol dos superiores interesses colectivos da Organização e do País.
Acresce referir que para ambos os casos (audição de stakeholders internos e externos), a dimensão da amostra é tal que seria incomportável a realização dessa audição com recurso a meios internos, havendo, por esse motivo, necessidade de se recorrer ao mercado especializado para garantir o cumprimento desse pequeno quesito, com os elevados custos que certamente lhe estão associados e que por, força das apertadas restrições orçamentais ao nível da despesa do Estado, a Guarda não possui nem lhe é possível desviar mais recursos financeiros para actividades que são marginais ao seu core business.
Importa ainda referir que a própria Tutela tem consciência das dificuldades subjacentes a este exercício de avaliação, o que determinou a dispensa de tal exercício nos Relatórios de Actividades anteriores. Destaque-se aliás o papel determinante da DGAI em organizar diversas iniciativas junto dos parceiros onde necessariamente se incluem as Forças e Serviços de Segurança, no sentido de identificar o conjunto de benefícios, mas também de dificuldades, que a avaliação dos stakeholders comporta.
Entre essas iniciativas merecem particular evidência as diversas conferências, seminários, e workshops realizados subordinados às complexas temáticas inerentes à «medição do desempenho policial» e «qualidade e certificação dos serviços prestados pelas Forças e Serviços de Segurança», de onde se extraíram conclusões valiosas para promover à percepção e impacto de quantidade e qualidade dos serviços prestados junto dos stakeholders. Entre essas acções que contaram com o empenhamento da Guarda destacam-se as seguintes:
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Acções desenvolvidas Entidades Promotora Entidades Participantes
Conferência Internacional: «Forças de Segurança: qualidade e excelência» Governo Civil do Porto
GNR
PSP
Centro de Excelencia de Madrid
Polícia de Madrid
Mossos de Esquadra de Catalunya
Workshop: Sistemas de Gestão e Certificação da Qualidade
DGAI
DGAI
GNR
ERTZAINTZA
Workshop: Sistemas de indicadores de Gestão
DGAI Serviços do MAI
Figura 13– Principais acções desenvolvidas no âmbito da Apreciação dos serviços prestados
Em tal contexto, e apesar das acções que foram sendo desenvolvidas, compreendendo a importância da apreciação interna e externa dos serviços prestados por qualquer Organização, mas querendo fazê-lo num quadro de rigor e com uma base científica, o Comando da Guarda decidiu, no âmbito do presente Relatório de Actividades não proceder ao exercício de avaliação, por parte dos stakeholders, dos serviços prestados pela instituição.
3. Avaliação do Sistema de Controlo Interno Toda a actividade de gestão exige, para a concretização da sua eficácia, um bom sistema de controlo, sendo ambos os sistemas, o de gestão e o de controlo, indissociáveis. O controlo financeiro da Administração Pública (AP) designa toda a forma de controlo das Finanças Públicas (património, rendimentos, receitas, despesas, orçamento, contabilidade e tesouraria) que tenha por objectivo e critério verificar se a actividade financeira obedece aos princípios, normas ou regras de legalidade e regularidade que a regem e verificar se realiza os seus objectivos e resultados esperados, segundo critérios económicos ou técnicos de boa gestão (economia, eficácia, eficiência e equidade).
A publicação do Decreto-Lei n.º 166/98, de 25 de Junho, veio dar corpo ao sistema nacional de controlo interno (SCI), um sistema progressista e moderno, onde o Controlo Interno ou Administrativo, consiste na verificação, acompanhamento, avaliação e informação sobre a legalidade, regularidade e boa gestão relativamente a actividades, programas, projectos ou operações de entidades de direito público ou privado, com interesse no âmbito da gestão ou tutela governamental, em matéria de finanças públicas e outros interesses financeiros público, nos termos da Lei26.
Figura 14– Sistema de Controlo da AP27 (Fonte: Manual POCP)
26 Cfr. Artigo 2.º do Dec-Lei n.º 166/98 de 25 de Junho.
27 A articulação dos sistemas de controlo interno e externo constitui um importante meio para assegurar a eficiência do sistema global de controlo e a
transparência de processos.
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O SCI encontra-se colocado na dependência do Governo e em articulação com o Ministério das Finanças, compreendendo o domínio orçamental, económico, financeiro e patrimonial, e visa assegurar o exercício coerente e articulado do controlo no âmbito da AP. Está organizado em três níveis, para que cada nível controle o anterior, constituindo-se assim uma rede, que se pretende fiável e exaustiva, de controlo interno.
O 1º nível do controlo interno é exercido por órgãos especializados, dotados de independência técnica, mas inseridos na estrutura interna da organização, que no caso da Guarda é assegurado pela Inspecção-Geral da Guarda (IG), funcionando na dependência directa do Comandante-Geral, sendo o órgão responsável pelo desenvolvimento de acções inspectivas e de auditoria ao nível superior da Guarda, competindo-lhe apoiar o Comandante-Geral no exercício das suas funções de controlo e avaliação da actividade operacional, da formação, da administração dos meios humanos, materiais e financeiros e do cumprimento das disposições legais aplicáveis e dos regulamentos e instruções internos, bem como no estudo e implementação de normas de qualidade.
Também à Divisão de Controlo e de Auditoria Interna competem determinadas atribuições de auditoria e controlo interno no âmbito administração financeira da Guarda, embora sob a cúpula do Comando de Administração de Recursos Internos (CARI) que por sua vez assegura o comando e direcção da actividade da Guarda nos domínios da administração dos recursos humanos, materiais e financeiros.
À Divisão de Controlo e de Auditoria Interna cumpre, entre outras atribuições, nomeadamente promover a uniformidade da administração financeira da Guarda, garantindo a coordenação e o apoio adequado aos órgãos e serviços de si dependentes tecnicamente, bem como exercer a autoridade técnica e a realização de auditorias no âmbito da administração financeira, propondo, sempre que se justifique, a realização de inspecções ou auditorias com recurso a entidades internas ou externa, colaborar ainda com a Inspecção da Guarda na auditoria dos procedimentos e da gestão financeira dos demais serviços e das unidades da Guarda.
A Lei Orgânica da GNR, estabeleceu ainda um conjunto de órgãos, que apesar de nem todos eles integrarem o SCI, se mostram competentes para exercerem um controlo interno efectivo da actividade prosseguida pela Guarda no quadro da sua Missão e atribuições legais, bem como das actividades cometidas aos militares e civis que nela prestam serviço. Falamos concretamente dos órgãos de conselho - Conselho Superior da Guarda (CSG), o Conselho de Ética, Deontologia e Disciplina (CEDD) e a Junta Superior de Saúde (JSS), e ainda não menos importante, da Direcção de Justiça e Disciplina (DJD), a quem, entre outras atribuições, compete apoiar o Comandante-Geral na administração da justiça e da disciplina da Guarda, sendo por esse motivo, órgãos com uma importância singular na condução e manutenção da disciplina e coesão militar.
Sem prejuízo de no presente ponto se apresentarem as principais actividades desenvolvidas pelos órgãos internos de inspecção e auditoria, será realizado um breve percurso visando a aferição do ambiente de Ambiente de Controlo, Estrutura organizacional, Actividades e procedimentos de controlo administrativo e relativamente à Fiabilidade dos sistemas de informação.
Ambiente de Controlo
Valorização de valores éticos e de conduta
O alinhamento dos valores corporativos com a missão e com a visão da Guarda são um factor determinante para o fortalecimento e desenvolvimento de uma nova cultura organizacional em busca da excelência. Decorrente do que anteriormente foi exposto relativamente aos valores prosseguidos pela GNR, importa salientar que estes brotam do seu objecto e têm como pressuposto fundamental a condição militar e a afinidade com a cultura militar, assumindo uma forte cultura organizacional, uma história, tradições, símbolos, condutas e virtudes próprios que diferenciam a Guarda, dos demais Organismos da AP e dos seus congéneres nacionais e internacionais.
Consciente desta realidade diferenciadora, a Guarda aposta na valorização destas condutas éticas à actividade diária dos seus colaboradores, alinhando-os com a sua divisa «Pela Lei, Pela Grei», reforçando a sua cultura organizacional, em busca da excelência na sua actuação na defesa dos direitos e liberdades dos cidadãos, garantindo a legalidade e os mais elevados padrões de segurança e de tranquilidade públicas, nas respectivas áreas e nas matérias da sua responsabilidade, permitindo a concretização do mais alto compromisso assumido na Visão.
A condição militar é significado de uma entrega total, uma exigência constante de disponibilidade, de frequente renúncia a comodismos, de sacrifícios sem conta e, muitas vezes, com enormes incompreensões, a que se associa a prossecução de um ideal de servir. Há valores éticos e restrições voluntariamente assumidas que não têm paralelo em
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qualquer outra instituição, de que o juramento de doação da vida pela Pátria e a disponibilidade permanente, sem restrições, são aspectos únicos da condição militar.
Controlos financeiros efectivos
Em 2010, foram realizados controlos financeiros por entidades externas, designadamente com as auditorias levadas a efeito pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), Inspecção-Geral de Finanças (IGF).
Foram ainda desenvolvidas auditorias e controlos financeiros por órgãos internos da Guarda, designadamente a IG e a DRF/DCAI.
Em 2010 foram recebidos da IGAI seis relatórios de Inspecção S/ Aviso Prévio, que incidiram sobre a actividade operacional desenvolvida por vários Postos Territoriais, os quais mereceram análise e tratamento adequado pela IG.
Foram realizadas diversos controlos internos a serviços e áreas de actividade desenvolvidas pela Guarda, nomeadamente relacionadas com actividades de gestão de recursos financeiros, materiais e humanos, as quais seguidamente se identificam:
Entidade Acções desenvolvidas
IGF Auditoria à Contratualização centralizada de bens e serviços
IGAI Comando Territorial de Santarém
DCAI (DRF)
Auditorias à actividade desenvolvida pelas Secções e Subsecções de Recursos Humanos, logísticos e Financeiros da Unidade de Acção Fiscal (UAF) e dos Comandos Territoriais de Lisboa, Guarda, Viseu, Vila Real, Aveiro, Braga, Viana do Castelo, Setúbal, Beja, Évora, Faro, Portalegre, Castelo Branco, Bragança, Porto e Açores, com apresentação dos respectivos relatórios.
Foram realizadas reuniões de coordenação em algumas Unidades, com vista à harmonização de procedimentos ao nível da execução orçamental.
A nível interno foi ainda realizada a verificação das contas das Unidades, nomeadamente nos processos das Receitas, Reposições, Justificação de Saldos, Mapas de Pagamentos e Gerências Administrativas dos Bares e Messes.
Figura 15 – Controlos financeiros efectivos
Incentivo ao desenvolvimento de boas práticas
O plano de formação aprovado pela GNR pretende captar e incentivar os seus colaboradores, militares e civis, nomeadamente aqueles que exercem funções de direcção ou chefia das diversas unidades orgânicas, o estudo, análise e desenvolvimento de boas práticas, aliás sentidas no domínio estratégico com a produção de documentos previsionais e prestação de contas com reconhecido valor entre os organismos que integram o MAI.
Foram ainda desenvolvidas acções de incentivo ao desenvolvimento de boas práticas mediante a apresentação de trabalhos de reflexão no universo da Guarda.
Em 2010 a Guarda participou na «8ª edição do Prémio Boas Práticas no Sector Público», que visa reconhecer publicamente todos os que assumem o papel de «Servidores do Estado», trabalhando com tenacidade em prol do cidadão e constitui uma aposta no desenvolvimento, na Administração Pública, das áreas da cooperação entre diferentes Serviços e Instituições, numa lógica de integração e partilha, da maximização do potencial humano e da medição do desempenho, consideradas estratégicas para a melhoria dos serviços prestados às populações. Este Prémio constitui uma iniciativa anual da Deloitte, desenvolvida com a colaboração especial do Diário Económico, do Instituto Nacional da Administração Pública (INA) e da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).
Em 2010, a GNR apresentou seis 6 propostas de candidatura, todas de grande valor e demonstrativas da vitalidade e da dinâmica da Guarda e do seu empenho em encontrar respostas inovadoras para os novos problemas e desafios,
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visando prestar um cada vez melhor serviço ao cidadão e, cumulativamente, efectuar uma gestão mais eficiente dos sempre escassos recursos disponíveis.
Das candidaturas apresentadas à 8ª edição do Prémio Boas Práticas no Sector Público o Projecto «Azeitona Segura» e o Projecto «Sistema de Gestão Financeira – SicPlus», integraram a lista restrita dos 40 nomeados para a cerimónia final, de entre os quais foram eleitos os vencedores.
Nomeado para três categorias («Cooperação», «Serviço ao Cidadão» e «Administração Central Directa e Administração Regional»), o Projecto «Operação Azeitona Segura» arrecadou o prémio sendo o vencedor da categoria «Cooperação».
As candidaturas apresentadas pela Guarda no âmbito da 8ª edição do Prémio, entre as quais as nomeadas e a vencedora, abaixo se descrevem:
Projecto «Operação Azeitona Segura»
A «Operação Azeitona Segura» é um projecto de policiamento de proximidade, adaptado à actividade agrícola de olivicultura, com o objectivo inicial de prevenir a criminalidade associada ao furto de azeitona, através de acções dinâmicas de policiamento e articulação com várias entidades tais como, o SEF, SS, DGI/Finanças, ACT, PSP, Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos e olivicultores não associados. A operação possibilitou que o objectivo inicial da eliminação do furto de azeitona fosse atingido na plenitude e permitiu também a criação de uma base de dados agregadora de toda a informação relevante para a actividade e partilhada pelas várias entidades envolvidas.
Projecto «Sistema de Gestão Financeira – SicPlus»
O SICPlus é um sistema de informação contabilística que veio complementar o Sistema de Informação Contabilístico da RAFE, permitindo a informatização dos serviços financeiros da GNR, descentralização da informação e recolha de dados para controlo financeiro e orçamental até ao último nível hierárquico. Este sistema originou uma redução dos recursos internos directamente envolvidos de 300 para 130 e do tempo e recursos no processo de obtenção de informação financeira de 1 semana para imediato.
Projecto «Núcleo de Vacinação/Consulta do Viajante»
Serviço vocacionado para preparar os militares da GNR, a nível sanitário, para a participação em missões no estrangeiro, atendendo às especificidades e às ameaças características de cada cenário, contribuindo, paralelamente, para aumentar a operacionalidade das Forças da Guarda projectadas para o exterior e garantir o adequado acompanhamento sanitário pós-missão.
Projecto «Linha SOS Ambiente e Território»
A «Linha SOS Ambiente e Território», do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da GNR (SEPNA/GNR), presta informações e esclarecimentos ao cidadão acerca de questões ambientais e confere a todos o direito de poderem denunciar situações que possam violar a actual legislação ambiental, não só através da linha azul 808 200 520, mas também através do sistema de denúncias «SOS ambiente on-line».
Projecto «Mais Informação, Mais Segurança»
Este Projecto visa, através dos Comandos e Destacamentos Territoriais da GNR, em coordenação com os Postos e entidades parceiras, desenvolver um conjunto de acções de formação e esclarecimento, no sentido
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de sensibilizar a população, especialmente os grupos de risco, para a problemática dos furtos, burlas e segurança, numa lógica de serviço público e de proximidade, pretendendo aumentar os índices de satisfação e o sentimento de segurança dos cidadãos.
Projecto «Floresta Amiga»
Concurso de desenho do Comando Territorial de Lisboa da Guarda Nacional Republicana, destinado a todas as crianças das escolas do primeiro ciclo do Distrito de Lisboa, visando a defesa da floresta contra incêndios. Foram criados 4 escalões (1.º ano, 2.º ano, 3.º ano e 4.º ano), com 3 turmas vencedoras por cada escalão.
Salienta-se, por último, que a GNR tem desenvolvido um conjunto de acções que corporizam uma boa prática na área dos Direitos Humanos no âmbito do Projecto «Idosos em segurança», e que permite um combate eficaz à criminalidade junto deste grupo de pessoas especialmente vulneráveis, particularmente crimes de burla. Acresce referir, que esta boa prática enquadra-se num dos objectivos operacionais definidos no QUAR.
Comunicação e alinhamento entre a alta direcção e dirigentes das unidades orgânicas
A GNR possui uma estrutura organizacional definida pela Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro e pelo Decreto Regulamentar n.º 19/2008, de 27 de Novembro.
A anterior Lei Orgânica da GNR definia exaustivamente toda a organização do comando -geral, no qual se incluíam o estado-maior geral ou coordenador e o estado-maior especial ou técnico, com as respectivas repartições e chefias de serviços, num total de 20. As principais mudanças operadas pela nova lei reflectem o objectivo de promover a racionalização do modelo de organização e da utilização dos recursos da Instituição.
Assim, no que concerne ao comando, foi criada uma estrutura que compreende, para além do Comando da Guarda e dos respectivos órgãos de inspecção, conselho e apoio, três órgãos superiores de comando e direcção, que asseguram o comando funcional, respectivamente, das áreas de operações (Comando Operacional), dos recursos humanos, materiais e financeiros (Comando da Administração dos Recursos Internos) e da doutrina e formação (Comando de Doutrina e Formação). Esta nova organização da estrutura de comando da Guarda concretiza-se a dois níveis: a lei define, além dos órgãos de inspecção, conselho e apoio do Comando da Guarda, quais as áreas abrangidas pelos órgãos superiores de comando e direcção e o respectivo nível de enquadramento, habilitando o Governo a definir o número, as competências e a estrutura interna dos serviços destes órgãos, bem como o posto correspondente à respectiva chefia.
A estrutura orgânica concretizada com a reestruturação da GNR, permitiu concentrar os cargos de direcção superior e de direcção intermédia nas diversas unidades orgânicas do Comando da Guarda e dos Órgãos Superiores de Comando e Direcção, bem como disseminar pelo dispositivo territorial (unidades territoriais, especializadas, de representação e de intervenção e reserva e estabelecimento de ensino), cargos de direcção intermédia sob a autoridade técnica do Comando Operacional.
Esta estrutura permite, dentro do Comando da Guarda e dos Órgãos Superiores de Comando e Direcção, um alinhamento estreito entre os dirigentes superiores e os dirigentes intermédios responsáveis pelas unidades orgânicas, embora a própria dimensão desses órgãos possa criar algumas dificuldades na concretização das suas atribuições parcelares.
Também ao nível do exercício da autoridade técnica exercida pelos OSCD, nomeadamente o CO, por este se encontrar fisicamente distanciado das unidades territoriais, especializadas, de representação e de intervenção e reserva e estabelecimento de ensino, poderá significar a existência de constrangimentos pontuais.
Apesar dos constrangimentos, uma vez que a estrutura orgânica tem um carácter vincadamente funcional, permite-se potenciar a comunicação e o alinhamento entre a alta direcção e os dirigentes das unidades orgânicas, realizando-se com frequência reuniões intercalares, nomeadamente quando estão em causa projectos de singular importância para a instituição GNR.
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Controlos externos e constituição do órgão responsável pelo controlo da legalidade
Ao nível do Controlo Externo, não se verificaram quaisquer acções por parte da Assembleia da República (controlo político) ou do Tribunal de Contas (controlo financeiro – técnico e jurisdicional). No entanto, atente-se que desde 2006, por força do Decreto-Lei n.º 33/2006, de 17 de Fevereiro, também os Controladores Financeiros passaram a integrar o SCI, actuando de forma coordenada e integrada com as demais entidades. A Guarda não é excepção e, mensalmente, remete ao Controlador Financeiro os documentos de gestão solicitados.
No que diz respeito à constituição do órgão responsável pelo controlo da legalidade, como já foi referido anteriormente, a Lei Orgânica da GNR definiu que o controlo interno é exercido por órgãos especializados, dotados de independência técnica, mas inseridos na estrutura interna da organização.
O órgão que detém essa alta competência é a Inspecção-Geral da Guarda (IG), funcionando na dependência directa do Comandante-Geral, sendo o órgão responsável pelo desenvolvimento de acções inspectivas e de auditoria ao nível superior da Guarda, competindo-lhe apoiar o Comandante-Geral no exercício das suas funções de controlo e avaliação da actividade operacional, da formação, da administração dos meios humanos, materiais e financeiros e do cumprimento das disposições legais aplicáveis e dos regulamentos e instruções internos, bem como no estudo e implementação de normas de qualidade.
Estrutura organizacional
Obediência ao diploma orgânico
Em resultado da aplicação do novo regime jurídico definido na Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro e pelo Decreto Regulamentar n.º 19/2008 de 27 de Novembro, que definiu a missão, as atribuições e as bases da organização interna, a GNR passou a ter uma estrutura organizacional que compreende uma estrutura de comando, as unidades e o estabelecimento de ensino.
A Lei n.º 63/2007, de 6 Novembro que aprova a orgânica da GNR, procede a uma profunda alteração estrutural deste Corpo Especial de Tropas, substituindo o estado-maior do comando-geral por três comandos funcionais: Comando Operacional; Comando da Administração dos Recursos Internos e Comando da Doutrina e Formação.
Os OSCD, criados pela nova Lei orgânica, visam assegurar a superintendência e a execução em áreas ou actividades específicas essenciais, de acordo com as orientações superiormente definidas.
Importa salientar que a reestruturação realizada em 2009 teve como preocupação fundamental a manutenção dos níveis de eficiência sempre em obediência à missão, as atribuições e as bases da organização interna definidos na Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro.
Definição de responsabilidades e delegação de competências
O exercício das diferentes funções do Estado de Direito vê-se assegurado através das diversas pessoas colectivas de direito público constituídas e devidamente organizados por órgãos e serviços. A estas cumpre essencialmente prosseguir fins de interesse público superiormente consagrados na Constituição da República Portuguesa (CRP) e dos quais decorrem diversas atribuições orientadas para o seu alcance.
Com vista ao regular funcionamento das instituições democráticas, confere a lei aos actores do direito público diversas competências decorrentes das próprias atribuições das pessoas colectivas, revestindo estas competências a forma de poderes jurídicos.
Se aos particulares é permitido praticar actos que não sejam proibidos expressamente na lei, já a Administração Pública (AP) terá que possuir habilitação legal para a prática dos seus actos administrativos ainda que sejam apenas de gestão corrente, pelo que somente a lei pode fixar as suas competências, reforçando dessa forma o seu cariz irrenunciável e inalienável, conforme preceitua o Artigo 29º do Código de Procedimento Administrativo (CPA).
Note-se, aliás, que esta é a razão pela qual o órgão administrativo se deve certificar que é competente para decidir (artigo 33º do CPA).
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Deste quadro de inter-relacionamento entre pessoas colectivas de direito público e as atribuições que lhes estão conferidas, emerge a problemática das delegações e subdelegações de competências à qual a GNR, enquanto organismo da AP, se encontra sujeita.
As Competências enquanto poderes jurídicos conferidos aos órgãos de uma pessoa colectiva para o cabal cumprimento das atribuições concedidas na lei, são caracterizadas como competências próprias ou originárias (quando atribuídas por Lei) e competências delegadas (quando derivam da manifestação de vontade indispensável de outro órgão administrativo). Em ambos os casos a sua fixação ocorre em função da matéria, da hierarquia, do valor, do território e do tempo, conforme estabelecido no n.º 1 do artigo 30º do CPA.
São diversas as disposições legais que estabelecem as competências próprias dos diversos serviços e organismos do Estado, delas se destacando aquelas que se aplicam de forma generalizada e transversal por se afigurarem a Leis-Quadro (Lei n.º 2/2004, de 15 de Janeiro, alterada e republicada pela Lei 51/2005, de 30 de Agosto e Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho), e ainda as disposições cuja aplicação se cifra apenas no próprio serviço e organismo como é o caso das respectivas Leis Orgânicas ou Estatutos (Lei n.º 63/2007, de 6 de Novembro e Decreto-Lei n.º 262/99, de 8 de Julho, que aprovam respectivamente a Lei Orgânica da GNR e o Estatuto dos Serviços Sociais da GNR).
A Lei n.º 2/2004, de 15 de Janeiro que estabelece o Estatuto do Pessoal Dirigente dos serviços e organismos da administração central, regional e local do Estado, alterada e republicada pela Lei 51/2005, de 30 de Agosto, define nos artigos 6º a 10º um conjunto de competências e princípios a observar pelos respectivos titulares dos cargos dirigentes, nas diversas vertentes de âmbito operacional, de recursos humanos, de gestão orçamental e realização de despesas e, por fim, no âmbito da gestão de instalações e equipamentos.
De igual forma, o artigo 17º do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho (regime jurídico de realização de despesas públicas e da contratação pública) que subsidiariamente se aplica às empreitadas de obras públicas definidas nos termos do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, habilita os titulares dos cargos dirigentes equiparados a directores-gerais (cargos de direcção de 1.º grau), bem como os órgãos máximos dos serviços com autonomia administrativa e financeira com competência financeira para autorizar despesa com locação e aquisição de bens ou serviços. Essa competência financeira traduz-se no limite de € 100.000,00 para o Comandante-Geral da GNR e Presidente dos SSGNR e € 200.000,00 para o Conselho de Direcção dos SSGNR enquanto órgão colegial. Note-se que estes limites passarão a € 150.000,00 e € 300.000,00, respectivamente, caso as despesas se encontrem discriminadas nos respectivos Planos de Actividades.
Também a Lei Orgânica da GNR (LOGNR) e Estatuto dos SSGNR (ESSGNR), conferem, nos termos da lei, determinadas competências próprias ao GCGGNR e Presidente dos SSGNR, alicerçadas nas respectivas atribuições dos dois organismos. Saliente-se, a esse propósito, que o n.º 3, do artigo 23º, da LOGNR além de conferir determinadas competências próprias específicas ao Comandante-Geral da GNR, reforça as competências próprias inerentes ao exercício dos cargos de direcção superior de 1.º grau.
Do ponto de vista do direito administrativo a delegação de poderes (ou competência) é o acto pelo qual o órgão de uma pessoa colectiva envolvido no exercício de uma actividade administrativa pública, normalmente competente em determinada matéria e devidamente habilitada por lei, possibilita que outros órgãos ou agente pratiquem actos administrativos sobre a mesma matéria (n.º1 Artigo 35.º do CPA), podendo inclusivamente falar-se em desconcentração administrativa de poderes.
Atente-se para o facto da competência própria ou originária poder ser delegada e subdelegada, salvo nos casos em que a delegação ou subdelegação esteja expressamente proibida por lei. A habilitação legal para a atribuição de competências delegadas encontra-se prevista no n.º 2 do Artigo 35.º do CPA, reforçada ainda pela respectivas disposições legais, atrás enumeradas, que conferem aos titulares dos cargos de direcção de 1.º grau a possibilidade de, querendo, delegarem ou subdelegarem algumas das suas competências próprias ou delegadas, respectivamente, no seu imediato inferior hierárquico, adjunto ou substituto, sempre respeitando as regras, requisitos e procedimentos de habilitação inerentes à delegação de competências, à semelhança do que sucede na GNR, nomeadamente com a delegação de competências originárias do GCG e do 2.º CG, e por sua vez, destes nos seus inferiores hierárquicos sempre que se manifeste necessário.
A subdelegação é uma delegação de segundo grau, em que o delegado funciona também como delegante, estando submetida ao mesmo regime jurídico. O CPA confere aos delegados o poder de subdelegar, desde que a Lei não interdite essa subdelegação e subdelegações subsequentes e o delegante a autorize (n.º 1 do artigo 36º do CPA).
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Sendo esta uma prática corrente e convenientemente sedimentada na GNR, com a reestruturação entretanto realizada, à medida em que os cargos de direcção e chefia foram sendo providos nas respectivas unidades orgânicas nucleares e unidades orgânicas flexíveis, paulatinamente foram sendo actualizadas as delegações e subdelegações de competências em função das necessidades operacionais e de apoio administrativo.
Acresce referir que ao exercício das competências se encontra sujeita a respectiva responsabilidade civil, criminal, disciplinar e financeira, aplicando-se a prerrogativa do direito de regresso definido nos termos da Lei nº 67/2007, de 31 de Dezembro que estabelece o Regime da Responsabilidade Extracontratual do Estado e demais Entidades Públicas.
Sistema de avaliação dos colaboradores (militares e civis)
A introdução da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, que implementou o Sistema Integrado de Gestão e Avaliação da Administração Pública conhecido como SIADAP, constitui o pilar fundamental da Reforma da Administração e da Gestão Pública portuguesa, nomeadamente no que se refere à avaliação de Serviços, dirigentes e chefias e, por fim, dos restantes trabalhadores.
Na prossecução das suas atribuições a GNR integram colaboradores militares, integrados em corpos especiais, e como tal sujeitos a um regime disciplinar e de avaliação próprios, e colaboradores civis, sujeitos e avaliados desde 2004 segundo o SIADAP - entre 2004 e 2007 através da Lei n.º 10/2004, de 22 de Março, e desde 2008 segundo a Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro.
O sistema específico de avaliação dos militares da GNR aprovado pela Portaria n.º 279/2000 (2.ª série), designa-se Regulamento de Avaliação do Mérito dos Militares da Guarda Nacional Republicana (RAMMGNR) e define o sistema de avaliação do mérito dos militares da Guarda Nacional Republicana (SAMMGNR) e os princípios que regem a sua aplicação.
Preceitua a citada disposição legal que nas carreiras de regime especial e corpos especiais que disponham de um sistema de avaliação de desempenho específico que ainda não tenha sido adaptado, esta se efectue de acordo com o respectivo sistema específico, até à sua adaptação nos termos do artigo 3.º e do n.º 2 do artigo 86.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro.
Neste sentido, o sistema de avaliação específico da GNR enquanto corpo especial, mantêm -se em vigor até à sua revisão para adaptação ao disposto no SIADAP, a qual deveria ocorrer até 31 de Dezembro de 2008, sob pena de caducidade, tendo aliás a sua avaliação ocorrido mediante aquele sistema de avaliação específico. Contudo, as especificidades da organização militar impuseram que se fizesse uma profunda reflexão e estudo para a criação de um sistema de avaliação específico que não condicione a actuação da GNR nem fomente focos de instabilidade que afectem a coesão e a disciplina militar. Nesse sentido, após realizado esse estudo, o projecto de sistema de avaliação específico foi alvo de uma análise objectiva e crítica à luz do quadro jurídico definido Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro. Desenvolvido esse mecanismo, em Janeiro de 2010 foi remetido à Tutela o projecto de Sistema de Avaliação de desempenho dos Militares da GNR (SIADMGNR), prevendo-se que em breve a GNR possa aplicar ao universo de militares da Guarda o novo modelo de avaliação e de gestão do desempenho.
Politica de Formação
A política de formação prosseguida pela GNR tem em linha de conta as necessidades de médio e longo prazo e actua sobre áreas técnicas carenciadas, em evolução ou áreas emergentes. As necessidades são apuradas e definidas soluções de formação para as carências, permitindo o reforço positivo das competências individuais dos colaboradores militares e civis da GNR, em prol da melhoria contínua da sua actuação em defesa dos direitos e liberdades dos cidadãos, garantindo a legalidade e os mais elevados padrões de segurança e de tranquilidade públicas, nas respectivas áreas e nas matérias da sua responsabilidade.
A política de formação, alinhada com as orientações estratégicas da Guarda Nacional Republicana e orientada para a prestação de um serviço público e socialmente relevante, assenta entre outros, nos seguintes pilares:
Aprofundamento e diversificação das áreas de qualificação individual, proporcionando as adequadas condições de valorização aos militares e civis afectos a todas as áreas de actividade da Guarda, com especial incidência na vertente operacional;
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Responsabilização da Instituição, ao proporcionar de forma pró-activa acesso à formação relevante para aquisição de competências;
Elaboração e execução do Plano de Formação em consonância com a estratégia da Instituição e necessidades diagnosticadas das Unidades e Órgãos, de modo a assegurar um quadro de referência que melhore a informação, a coordenação e a própria afectação de recursos;
Auditoria à formação, orientada para a melhoria de processos, para cooperação, colaboração e partilha de informação no sentido da detecção de boas práticas formativas e implementação, caso necessário, de medidas correctivas procurando a rentabilização do conhecimento, enquanto instrumento de modernização da Guarda.
Actividades e procedimentos de controlo administrativo
Regulamentação do diploma orgânico
O ano 2009 constituiu para a Guarda o momento de viragem, tendo-se assistido à implementação da nova estrutura orgânica e novo modelo de funcionamento, em consequência da profunda reestruturação imposta pela publicação da sua Lei Orgânica, em 2007. Nessa dinâmica, durante o ano de 2008 foram emergindo diversas disposições a regulamentar a citada lei, em obediência ao previsto no seu artigo 53.º.
Face à dimensão e complexidade da Guarda e às suas múltiplas atribuições, o processo de regulamentação previsto na Lei Orgânica da Guarda ainda não está concluído o que acontecerá certamente durante o ano de 2011.
Manual de Controlo Interno
A realização de um Manual de Controlo Interno cuja aprovação está prevista para breve, tem por objectivo estabelecer um conjunto de regras definidoras de políticas, métodos, procedimentos de controlo e planos de organização a estarem presentes nas actividades desenvolvidas pela GNR, que permitam assegurar o desenvolvimento das actividades de forma ordenada e eficiente, incluindo a salvaguarda dos activos, a prevenção e detecção de situações de ilegalidade, fraude e erro, a exactidão e a integridade dos registos contabilísticos e a preparação oportuna de informação financeira viável e fidedigna.
A sua implementação está, no entanto, condicionada pela definição da estratégia a prosseguir quanto à implementação de um Sistema de Gestão Integrado, numa lógica de serviços partilhados, que englobe as áreas operacionais e de apoio administrativo-financeiro, desenvolvido nomeadamente nas áreas financeira, patrimonial e de recursos humanos e, necessariamente, a área estratégica a qual obviamente encerrará uma filosofia de gestão previsional alicerçada em objectivos estratégicos e operacionais na sequência do SIADAP I, bem como as metodologias consagradas a nível nacional e internacional Balanced Scorecard (BSC) e a Common Assessment Framework (CAF).
Importa, contudo, referir que, no âmbito da autoridade técnica conferida aos OSCD, têm sido difundidas diversas Circulares, Notas Circulares e, ainda, Normas de Execução Permanente (NEP) que regulam e enquadram a execução de tarefas e procedimentos em toda a latitude de atribuições cometidas à Guarda. A exemplo dessa prática, podemos enumerar as que foram produzidas no âmbito das actividades de suporte à actividade operacional, nomeadamente, nas componentes de gestão de recursos humanos, financeiros e logísticos, conforme se apresenta no quadro seguinte:
Entidade Tipo Acções desenvolvidas
DRH NEP Revisão da NEP/GNR 1.26 - regulamentação da acumulação de funções (públicas ou privadas), por parte de Militares da Guarda;
DRH NEP Revisão da NEP/GNR 1.01 - regulamentação das dádivas de sangue, de medula óssea e dádivas de outra natureza por parte de militares da Guarda;
DRH NEP Revisão da NEP/GNR 1.30 - - regulamentação das licenças a conceder a militares envolvidos em missões internacionais de carácter humanitário;
DRH NEP Revisão da NEP/GNR 1.24 - regulamentação da licença de férias, no âmbito das alterações estatutárias;
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Entidade Tipo Acções desenvolvidas
DRF Circular N.º 01/DRF/10, de 04JAN10 - Perdidos e achados – procedimentos relativos ao depósito de valores
DRF Circular N.º 02/DRF/10, de 04FEV10 - Instruções para elaboração da Conta de Gerência
DRF Circular N.º 03/DRF/10, de 26FEV10 - Despesas com funeral e subsídio por morte resultante de acidente em serviço
DRF Circular N.º 04/DRF/10, de 21JUL10 - Processamento da despesa
DRF Circular N.º 05/DRF/10, de 21JUL10 - Receitas arrecadadas nas Unidades e órgãos da GNR
DRF Circular N.º 06/DRF/10, de 21JUL10 - Processamento das Reposições
DRF Circular N.º 07/DRF/10, de 21JUL10 - Gestão de fornecedores
DRF Circular N.º 08/DRF/10, de 21JUL10 - Estornos e pagamentos efectuados
DRF Circular N.º 09/DRF/10, de 22JUL10 - Gestão utilizadores do SICPlus – atribuição, manutenção e cancelamento de “logins”
DRF Circular N.º 10/DRF/10, de 10AGO10 - Proposta orçamental 2011 – procedimentos
DRF Circular N.º 11/DRF/10, de 28DEZ10 – Transporte em viatura auto-própria – redução de valores
DRF Nota-Circular Nº. 01/DRF/10, de 04JAN10 - Processamento das receitas e despesas – encerramento da prestação de contas
DRF Nota-Circular Nº. 02/DRF/10, de 14JUN10 (Instalação de máquinas automáticas de bebidas quentes, bebidas frias e snacks)
DRF Nota-Circular Nº. 04/DRF/10, de 16JUL10 - Abono alimentação a dinheiro
DRF Nota-Circular Nº. 05/DRF/10, de 29JUL10 - Suplemento alimentar em géneros a atribuir em situações extraordinárias decorrentes da actividade operacional, no cumprimento da missão geral
DRF Nota-Circular Nº. 06/DRF/10, de 19AGO10 - Recebimento de importâncias da Direcção Geral da Administração da Justiça (DGAJ) e do Instituto Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da justiça I.P. (IGFJ, I.P.) relativas a deslocações a tribunais e comparticipação nas coimas
DRF Nota-Circular Nº. 07/DRF/10, de 11OUT10 - Receitas arrecadadas nas unidades e órgãos da GNR
DRF Nota-Circular Nº. 08/DRF/10, de 10NOV10 - Procedimentos para o encerramento do ano económico 2010
DRL Nota-Circular N.º 01/DRL/DA/2010 - Aquisição e Fornecimento de Carvão 100% Vegetal
DRL Circular N.º 18/DRL/2010 - Estratégia de Compras da Guarda
DRL Circular N.º 19/DRL/2010 - Modelo de Financiamento e Gestão das Aquisições
Figura 16 – NEP´s, Circulares e Ofícios-Circulares produzidos
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Fiabilidade dos sistemas de informação
Integração de aplicações informáticas e existência de mecanismos que garantam a fiabilidade,
oportunidade e utilidade dos outputs dos sistemas
A integração das aplicações informáticas constitui escopo fundamental da GNR, na medida em que a sua concretização proporciona fiabilidade e qualidade da informação, o seu acesso imediato e ainda uma racionalização dos recursos afectos às actividades prosseguidas.
Existem inúmeras formas de integrar aplicações, sendo a mais acessível e óbvia a utilização de um Sistema Gestor de Base de Dados (SGBD) único e relacional onde todas as aplicações acedem, a exemplo do que decorre dos sistemas ERP‟s.
A realidade do Sistemas de Informação da Guarda é caracterizada pela existência de inúmeras aplicações, umas desenvolvidas internamente, outras com recurso ao “outsourcing”, destinadas a sectores de actividades específicos das diferentes unidades orgânicas, as quais por vezes exploravam mais de uma aplicação em ambiente fechado e com plataformas diversificadas, sem interacção entre si, criando redundâncias, erros e pouca fiabilidade, o que acarreta problemas de gestão e manutenção.
Utilização da informação produzida nos processos de decisão
A informação constitui o bem mais precioso de uma organização pelo que a sua fiabilidade e segurança é fundamental para a tomada de decisão, motivo pela qual, paulatinamente se tem vindo a privilegiar a utilização das novas tecnologias no apoio gradual à actividade operacional e no apoio aos processos de tomada de decisão. Uma dessas plataformas de apoio à decisão e estratégica é o SIIOP, que contudo não se encontra devidamente integrado com outras aplicações em produtivo, que, doutra forma, possibilitariam ganhos substanciais de eficiência.
Também no âmbito das actividades de suporte à actividade operacional, nomeadamente na área financeira, a fiabilidade e segurança da informação no processo de tomada de decisão encerra uma preocupação crescente. A esse propósito, saliente-se que em 2010, com o objectivo de permitir um controlo eficaz e fiável de todos os fluxos financeiros, foi desenvolvido um upgrade do SIC (Sistema de Informação Contabilística). Este upgrade designado SICPlus, actua mediante uma ligação directa ao SIC, e que lhe valeu a nomeação para a 8.ª Edição do Boas Práticas no Sector Público, numa parceria da Deloitte e Diário Económico.
Este Sistema apesar de não consubstanciar um verdadeiro ERP permite, contudo, concentrar toda a informação em tempo real, independentemente do local, bem como, tratar essa informação e disponibiliza-la para utilização no processo decisório.
Requisitos de segurança de acessos aos SI, dos computadores de rede e na troca de informação
A segurança informática constitui um ponto crítico das TIC, sendo aliás uma área que encerra maior preocupação na actuação da DCSI, no sentido de evitar acidentes que afectem o normal funcionamento dos sistemas de informação, assente em três pilares essenciais:
A confidencialidade;
A integridade;
A disponibilidade da informação;
Conscientes de que um acidente não é completamente evitável, é necessário garantir, em qualquer circunstância, a continuidade das actividades, minimizando os prejuízos, prevenindo e reduzindo o impacto dos acidentes de segurança em duas áreas distintas:
Segurança física;
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Segurança lógica;
Na segurança física procuramos proteger todo o nosso hardware e equipamentos periféricos contra situações de:
Incêndios;
Sabotagem;
Roubos;
Inundações;
Acentuadas alterações térmicas;
Interrupção de energia;
Falhas em equipamentos;
Catástrofes naturais;
Na segurança lógica privilegiamos os aspectos mais importantes, embora seja muito importante considerar a segurança física das TIC, é indubitável que a maioria dos danos que este pode sofrer incidem sobre os dados, dai a necessidade da utilização de barreiras que controlem o acesso aos dados. A segurança lógica diz respeito a:
Segurança na utilização do software;
Protecção de dados;
Protecção de processos e programas;
Acesso autorizado dos utilizadores;
Acesso autorizado dos utilizadores;
Embora seja muito importante considerar a segurança física das TIC, a falta de segurança lógica é a que mais probabilidade tem de ocorrer, podendo afectar os dados e consequentemente a informação crítica da GNR.
Devido a este facto, a Guarda tem procurado actuar preventivamente, privilegiando os aspectos conducentes à implementação de barreiras que controlem o acesso aos dados.
Em 2010, houve um esforço de continuidade na migração dos computadores da GNR para a Rede RNSI, onde o acesso autorizado é realizado através de um controlador de domínio (PDC), em que todos os utilizadores se validam, através de um username e password, para posteriormente poderem aceder aos recursos locais e de rede tendo em conta o seu perfil de utilizador.
4. Comparação com o desempenho de serviços idênticos
Neste ponto interessa essencialmente promover uma comparação entre serviços que executem serviços e tarefas semelhantes, quer a nível interno quer a nível externo. A nível interno, importa ter presente que, estando a Guarda inserida no Sistema de Segurança Interna nacional juntamente com outras forças e serviços de segurança, existem diversas actividades que se cruzam e se complementam. Contudo o espaço que a Guarda ocupa no Sistema de Segurança Interna e no sistema de forças nacional, por razões inerentes à sua natureza e especificidade, forçosamente se distingue das demais forças e serviços, que não sendo congéneres, partilham atribuições no domínio da segurança das populações. Pelos motivos expostos não parece possível tecer comparações concretas e fidedignas que permitam posicionar o seu desempenho relativamente às demais, até porque se tratam de realidades substancialmente diferentes não só no que respeita a funções executadas, mas também no que respeita às áreas de actuação, cobertura territorial e populacional.
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Além dos factos aduzidos anteriormente, e ainda que fosse possível realizar tal comparação, não seria exequível integrá-la no presente Relatório de Actividades, porquanto os resultados do desempenho dos organismos eventualmente comparáveis, são apresentados também nos seus relatórios de actividades os quais apenas em 15 de Abril serão tornados públicos.
A nível externo, apesar de também a realidade ser substancialmente distinta, condicionada por factores geográficos, cobertura territorial e populacional e factores culturais, a existência de congéneres europeias de cariz gendármico, impõe que se estabeleçam comparações a nível da sua organização e funcionamento.
Nesse sentido, em seguida será feita uma reflexão essencialmente gráfica sobre determinados aspectos inerentes à organização e funcionamento destas forças congéneres e a GNR. Para o efeito, será realizada uma breve comparação com indicadores extraídos do Balanço da Evolução da Criminalidade do Reino de Espanha, interessando estabelecê-la com a Guardia Civil, a qual constitui, à semelhança da GNR, uma força de natureza militar e de cariz gendármico:
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Figura 17 – Comparação indicadores Guarda Civil Reino de Espanha (in Balançe da Evoluçion de la Criminalidad 2010 – Ministerio del Interior)
Nos quadros acima é possível verificar que a congénere espanhola da GNR (Guardia Civil), tem observado nos últimos anos um incremento sucessivo ao nível dos seus recursos humanos bem como ao nível das dotações atribuídas através do Orçamento de Estado, que apenas em 2010 sofreu uma queda após seis anos de progressivas subidas, situação que se estende às demais forças de segurança espanholas. No que diz respeito às forças e serviços de segurança nacionais, em particular a GNR, a situação é substancialmente diferente, verificando-se para a totalidade dos indicadores descritos anteriormente, uma tendência de diminuição quer nível dos seus recursos humanos, quer ao nível das dotações atribuídas através do Orçamento de Estado, conforme será possível analisar no Capitulo II.C. Afectação real e prevista dos recursos humanos, materiais e financeiros.
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II.B. Actividades desenvolvidas, previstas e não previstas no plano, e resultados alcançados
1. Actividade Operacional
Balanço da Execução das Orientações Estratégicas para 2010
Relativamente a este ponto será realizada uma análise global das acções desenvolvidas pela Guarda Nacional Republicana e que contribuíram para a Execução das Orientações Estratégicas para 2010 inscritas no Relatório Anual de Segurança Interna, referente ao ano de 2009, relativamente às medidas de âmbito estratégico nele inscritas, sem prejuízo daquelas, que pela sua natureza específica, foram tratadas nos pontos respectivos do presente relatório (áreas recursos humanos, materiais e tecnológicos abordados nos pontos 5 – Formação de Recursos Humanos, 6 - Beneficiação de Infra-estruturas e Equipamento e, por fim, 7 - Sistemas e Tecnologias de Informação, ambos situados neste capítulo).
Melhorar a actividade operacional das Forças de Segurança
Reforçar a presença e a visibilidade da acção policial
A Guarda promoveu esforços conducentes à consolidação da sua estrutura territorial, nomeadamente nos Distritos com maior incidência e gravidade criminal, reforçando o seu empenhamento nos domínios da intervenção, segurança e ordem pública, em coordenação estreita entre os Comandos Territoriais locais, a Unidade de Intervenção (UI) e a Unidade de Segurança e Honras de Estado (USHE), mediante a projecção de unidades móveis de escalão variável, ajustado em função da complexidade e perigosidade das acções a empreender. Entre as especialidades envolvidas nessas acções destacam-se, nomeadamente, as operações especiais, a ordem pública, a cinotécnia e a cavalaria, as quais permitem, de uma forma eficaz, garantir o reforço do policiamento em zonas turísticas e urbanas, em locais de concentração pontual de multidões e em áreas e bairros críticos, designadamente em determinados períodos do dia ou nos picos de afluência sazonal.
No cumprimento deste desiderato, a Guarda irá continuar a desenvolver acções nos chamados bairros críticos/zonas urbanas sensíveis, mediante a concepção de planos de intervenção e de contingência, a par do desenvolvimento de laços de relacionamento com as comunidades, que permitam não só colher informações para minimizar ou obstar ao cometimento de actos atentatórios contra a ordem e tranquilidade, como reprimir a criminalidade, nomeadamente a violenta e grave.
A Guarda encetou, ainda, inúmeras acções preventivas, em todo o território nacional, visando prevenir, através duma actuação dissuasora, as acções delituosas ou criminosas, contribuindo, de tal forma, para a segurança das populações.
Reforçar o policiamento de proximidade e aprofundar a segurança comunitária
Melhorar os programas de policiamento de proximidade e promover a reflexão sobre os modelos e práticas existentes
Neste domínio, a GNR tem desenvolvido medidas tendentes à melhoria progressiva do serviço prestado pelos militares que integram as diversas Secções de Programas Especiais implementadas em todo o dispositivo territorial. Essas medidas passaram, essencialmente, pela qualificação do efectivo afecto aos programas de policiamento de proximidade e pelo desenvolvimento de múltiplas iniciativas locais, designadamente integradas no âmbito dos Programas “Escola Segura, “Idosos em Segurança”, “Comércio Seguro” e “Residência Segura”, destacando-se, particularmente, a “Operação Azeitona Segura”, no Distrito de Beja, que venceu o Prémio de Boas Práticas no Sector Público, na categoria Cooperação.
A elaboração de dispositivos de formação para os Núcleos Escola Segura, permitiu ainda qualificar a resposta em matéria de segurança da comunidade escolar, tendo, paralelamente, sido garantida a continuidade do projecto “Comunicar em Segurança – Segurança na Internet”, cujas acções de sensibilização se têm desenvolvido no presente ano lectivo.
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Foi dada continuidade à participação da Guarda nos diversos Grupos de Trabalho e Comissões constituídos no âmbito dos diversos Planos Nacionais, nomeadamente Plano Nacional Contra a Violência Doméstica, Plano Nacional Contra o Tráfico de Seres Humanos, Plano Nacional para a Igualdade, Plano Nacional de Redução dos Problemas Ligados ao Álcool, Estratégia Nacional de Prevenção Rodoviária e Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas Sem-Abrigo.
Ainda integrado nesta medida, importa destacar o estabelecimento de Contratos Locais de Segurança (CLS) firmados entre MAI, os respectivos Governos Civis e os Municípios, em sede do concelho distrital de segurança e envolvendo necessariamente a GNR.
Os CLS constituem um instrumento essencial no reforço do objectivo da segurança e do aumento de confiança das populações, através do aprofundamento dos níveis de articulação entre a acção da Guarda e a comunidade, desenvolvendo os programas especiais de policiamento de proximidade, descentralizando as respostas e as competências em termos de segurança no combate à criminalidade e aos comportamentos anti-sociais.
Recorrer às novas tecnologias que garantem a promoção da segurança dos cidadãos
Projectos plurianuais, transversais e de grande interacção com o cidadão
No âmbito do Plano Tecnológico do MAI e enquadrada no Programa de Formação e Qualificação dos quadros da Guarda em Tecnologias de Informação, em 2010, foi ministrada, pela RNSI, formação de formadores a 30 militares, habilitando-os à utilização dos recursos tecnológicos de utilização colectiva e à partilha dos conhecimentos adquiridos.
Neste domínio foi ainda consolidada a rede SIRESP, tendo, em simultâneo, sido desenvolvido um esforço no sentido de qualificar 120 formadores, visando a posterior formação de 7.000 utilizadores de terminais rádio, entretanto distribuídos a nível nacional.
Enquanto entidade formadora, a Guarda ministrou formação da rede SIRESP a entidades externas, designadamente a 40 elementos civis pertencentes a entidades como a Câmara Municipal de Lisboa, o Metro de Lisboa, o SEF, a PJ, o SIS, o SSI e o INEM, entre outros.
No decurso do ano 2010, foram desenvolvidas acções visando a migração progressiva da rede da Guarda para a RNSI, tendo sido executadas, para esse efeito, obras de remodelação em 40 infra-estruturas tecnológicas e migrados os equipamentos terminais em 50 quartéis. O esforço de migração dos terminais será continuado, prosseguindo o objectivo da utilização de uma rede única e segura para a Guarda e que permitirá, a curto prazo, uma diminuição significativa de custos de manutenção e de investimento programacional, ao mesmo tempo que se alcançará um acréscimo da segurança e rentabilidade operacional.
No âmbito do Plano Tecnológico do MAI, a implementação do SIIOP, enquanto tecnologia de informação e conhecimento de suporte à actividade operacional, constitui-se como uma necessidade estrutural essencial ao funcionamento e modernização da GNR. Nesse sentido, deu-se continuidade às acções tendentes ao alargamento do SIIOP/GNR, mediante a extensão de uma plataforma digital ao território nacional continental ainda não coberto (cerca de 65%), na vertente de serviços de segurança pública, em estreito relacionamento com a Unidade de Tecnologias de Informação e Segurança (UTIS) do MAI.
No seguimento dessas acções, foi elaborada a candidatura a fundos do QREN (Programa Operacional Factores de Competitividade – Sistema de Apoios à Modernização Administrativa – SAMA) o Projecto Componente Física de Rede para o SIIOP/GNR, que permitirá integrar na rede informática da Guarda, 206 Postos Territoriais, tendo a respectiva candidatura merecido aprovação. O início da execução do Projecto está agendado para Fevereiro de 2011.
Preparar uma nova geração de profissionais das FSS para a utilização das novas tecnologias
Foi concluída a primeira fase da instalação do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa Portuguesa (SIVICC), em substituição do obsoleto sistema de controlo de costa (LAOS) que equipava a ex-Brigada Fiscal da GNR. Para o efeito, entraram em funcionamento 2 Postos de Observação Fixos e 3 Postos de Observação Móveis. A Guarda e as demais entidades envolvidas no processo continuarão a encetar os
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necessários trabalhos e esforços para que o SIVICC seja uma realidade que permita dotar a Instituição e o país com os meios de controlo da actividade junto à orla costeira, essencial para o combate aos fenómenos criminais que se podem verificar nesta área de grande sensibilidade.
Alargamento do Plano Nacional de Videovigilância
Neste domínio, importa salientar que a GNR continua empenhada no reforço da utilização de novas tecnologias, designadamente dos sistemas de videovigilância, visando a prevenção e o combate às diversas formas de criminalidade e o aumento da segurança das populações. O ano 2010 permitiu o desenvolvimento do Projecto SINAVIF, que visa garantir a prevenção, a resposta rápida e o apoio à coordenação do combate aos incêndios florestais. O projecto encontra-se em fase de ponderação das possíveis modalidades de financiamento.
Desenvolvimento de programas especiais apoiados em georeferenciação
No âmbito da plataforma “Central de Alarmes” prevê-se a recepção dos meios informáticos necessários para equipar 18 Salas de Situação existentes nos 18 Comandos Territoriais do continente, de modo a gerir os alarmes em funcionamento ao abrigo dos Programas “Táxi Seguro”, “Abastecimento Seguro” e “Farmácia Segura”, melhorando-se a capacidade operacional da Guarda para responder às ocorrências em tempo oportuno, com eficácia e eficiência.
Estão ainda previstas acções que contemplem a implementação de novas tecnologias de georeferenciação no âmbito de programas de prevenção da criminalidade, nomeadamente nos projectos “Residência Segura”, “Algarve Seguro” e “Segurança em Meio Rural”.
Consolidar a segurança rodoviária como dimensão positiva da mudança social
Prosseguir a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária 2008-2015
O ano de 2010 constituiu um marco na forma de concepção e análise da sinistralidade rodoviária, especialmente pela alteração introduzida no método estatístico de controlo dos acidentados cujo falecimento ocorre no prazo de 30 dias. Esta alteração de paradigma passou a constituir uma nova forma de percepção da realidade, conferindo maior rigor e credibilidade aos dados relativos à sinistralidade, embora tenha contribuído para o aumento dos resultados estatísticos.
Contribuindo para a concretização da estratégia rodoviária, a Guarda redefiniu procedimentos e doutrinas de actuação, através de intervenções técnicas especializadas, visando a criação e manutenção de elevados níveis de segurança rodoviária e que promovam, de uma forma sustentada, a redução da sinistralidade.
Dar um novo impulso de prevenção apoiado em novas parcerias e em novas metodologias e procedimentos
Neste âmbito, foram desenvolvidas pela GNR acções visando um patrulhamento de trânsito mais dinâmico e proactivo, assegurando visibilidade e proximidade. A doutrina de actuação dos militares e a forma de posicionamento e abordagem mereceram especiais cuidados de tratamento e divulgação.
Por outro lado, foi implementado o sistema das contra-ordenações indirectas (SCOT), permitindo uma maior celeridade processual no tratamento dessas infracções.
Foi implementado e alargado o sistema «Polícia Automático», constituindo-se como um meio que permite a melhoria e, consequentemente, o aumento da eficácia da actividade policial, contribuindo para uma diminuição do tempo de recuperação de viaturas furtadas ou que sejam alvo de falsificação de matrículas.
Garantir uma qualidade acrescida à protecção civil e ao socorro das populações
A implementação da videovigilância na defesa da floresta contra incêndios constitui um objectivo da Guarda, materializado num projecto que tem vindo a ser desenvolvido e desenhado para todo o território nacional, sob a designação de Sistema Nacional de Vigilância Florestal (SINAVIF).
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No âmbito do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), durante o ano de 2010, foram criadas novas valências de intervenção, como o HASMAT e Catástrofes, e consolidada a respectiva estrutura e capacidade de intervenção técnica e operacional.
Trata-se de um projecto de continuidade, que visa o aumento gradual da capacidade de intervenção do GIPS, quer no plano nacional, quer no plano internacional, pelo que se continuará o esforço de optimização e capacitação das equipas de intervenção, através de, designadamente, treinos operacionais e constituição de módulos europeus de protecção civil, inseridos no Mecanismo Comunitário de Protecção Civil. As áreas de intervenção prioritárias são as seguintes:
Ground Forest Fire Fighting;
Search and rescue in CBRN conditions;
Heavy urban search and rescue;
Medium urban search and rescue;
Flood Rescue using Boats;
Chemical, biological and nuclear detection and sampling.
No que concerne ao emprego dos meios disponibilizados pela Empresa de Meios Aéreos (EMA), no ano de 2010, foram esgotadas todas as horas de voo do helicóptero ligeiro Ecureuil B3 atribuídas à Guarda (71H) e ainda utilizadas 133H45 provenientes do protocolo celebrado com a ANSR. No helicóptero médio Kamov, foram utilizadas 89H35 das 114 atribuídas à Guarda. Os meios aéreos foram empregues essencialmente em treinos, fiscalização rodoviária, vigilância da fronteira marítima e policiamento geral.
Programas especiais de prevenção e policiamento
Ciente da importância da prevenção da criminalidade, a Guarda tem desenvolvido um conjunto de iniciativas integradas no âmbito do Policiamento de Proximidade e Segurança Comunitária, que visam essencialmente a redução e prevenção da criminalidade e a criação de um sentimento de segurança junto das populações, evitando a ocorrência de factos atentórios contra a vida e a integridade física das pessoas, a paz pública e a ordem democrática, mediante a utilização de meios dissuasores adequados a inibir ou intimidar potenciar delinquentes, bem como ainda, através de acções de sensibilização, proporcionar à comunidade em geral e aos grupos especialmente vulneráveis em particular, um conjunto de informação que lhes permita tomar os cuidados adequados.
Constituem estratégias de actuação neste domínio o desenvolver e implementação novas formas de organização policial e novas técnicas de proximidade e visibilidade no relacionamento diário entre o guarda e o cidadão, a par do estabelecimento de programas específicos focados em problemas concretos e naqueles em que os grupos sociais são mais vulneráveis.
No âmbito destes programas, considerando-se o policiamento de proximidade e a segurança comunitária como paradigmas de actuação essenciais no serviço às populações, tem a GNR meios materiais e efectivos humanos dedicados, em exclusividade, à prossecução destas tarefas e missões.
No que respeita à situação das escolas, com as alterações introduzidas pela publicação da nova Lei Orgânica da GNR, que entrou em vigor em 1 de Janeiro de 2009, os Núcleos de Escola Segura (NES), passaram-se a designar por Núcleos de Programas Especiais (NPE), com as mesmas atribuições e missões destes.
Em 2010, os NPE passaram a designar-se por Secções de Programas Especiais (SPE), integrando no seu seio o Núcleo Idosos em Segurança (NIS) e o Núcleo Comércio Seguro (NCS).
Nos programas especiais estão afectos em regime de exclusividade 237 militares, os quais se subdividem em 81 SPE, dispondo para a sua missão de 179 viaturas ligeiras e 42 motos.
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Sempre que as circunstâncias operacionais o exijam, os Destacamentos e Postos Territoriais reforçam e apoiam a actividade dos SPE, assim como, os militares e meios da Unidade de Intervenção (UI), da Unidade de Segurança e Honras de Estado (USHE), e da Escola da Guarda (EG).
Com vista à coordenação dos meios humanos e materiais, a Guarda promoveu à criação de uma Repartição de Programas Especiais integrada na Direcção de Operações e na dependência da sua Divisão de Emprego Operacional, competindo-lhe, a estruturação de propostas de organização dos programas especiais da GNR; a elaboração, difusão e coordenação do cumprimento das directivas e orientações relativas à prevenção criminal; policiamento de proximidade e segurança comunitária, designadamente no âmbito da violência doméstica, do apoio e protecção de menores, idosos e outros grupos especialmente vulneráveis ou de risco; assegurar a ligação da GNR às instituições e organismos parceiros nos vários programas especiais.
Dada a dispersão territorial continental da GNR, associado ao conhecimento das pessoas e lugares, levou a que fosse direccionada a actividade dos programas especiais para a resolução dos problemas. Integrada na estratégia do MAI no âmbito do Policiamento de Proximidade e Segurança Comunitária, a Guarda integra inúmeras parcerias de âmbito local com organismos governamentais, autarquias locais e da sociedade civil, nomeadamente, organizações não governamentais, iniciativa privada, fundações e empresas, tendo em vista uma abordagem mais eficaz à especificidade de cada comunidade em particular no que respeita às áreas de violência doméstica, do apoio e protecção a idosos e ao combate à discriminação, à pobreza e à exclusão social.
Em seguida será aflorada a intervenção da Guarda nos Programas Especiais de Prevenção e Policiamento integrados no âmbito Policiamento de Proximidade e Segurança Comunitária, quer digam respeito aos programas cuja génese deriva da Tutela, como daqueles que têm a sua origem na iniciativa da Guarda («Projecto Investigação e Apoio a Vítimas Específicas – IAVE», «Programa de apoio ao Turismo − Tourist Support Patrol», «Verão Seguro – Chave directa», «Operação Azeitona Segura», «Residência Segura», «Operação ao nemátodo da madeira do pinheiro» e «Operação floresta segura 2010»)
Programa Escola Segura
O Programa «Escola Segura» constitui um programa de âmbito nacional vocacionado para a segurança de toda a comunidade escolar.
A violência no meio escolar, o fenómeno do bullying e todas as situações de criminalidade associada, levaram a que a Guarda através dos NES, reforçasse as acções junto da comunidade escolar, sensibilizando-a e envolvendo-a nas questões da segurança no meio escolar.
Realizaram-se várias acções de sensibilização e distribuíram-se panfletos abordando matérias como a prevenção rodoviária, o bullying; os maus tratos; abusos sexuais e os direitos das crianças, entre outros.
Das 10.449 acções desenvolvidas o distrito de Braga foi o mais visado, com 1.134, enquanto o de Viana do Castelo foi o que teve menos realizações, 165 no total.
51
408463
165855
6371065
4551011
404476
340440
488562
2221134
349924
USHEViseu
Vila RealViana do Castelo
SetúbalSantarém
PortoPortalegre
LisboaLeiria
GuardaFaro
ÉvoraCoimbra
Castelo BrancoBragança
BragaBeja
Aveiro
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Programa Igreja Segura
De acordo com os protocolos estabelecidos com o Instituto Superior de Polícia Judiciária e Ciências Criminais, a Guarda tem assegurado, dentro da sua esfera de competência, um conjunto de acções relevantes no domínio da protecção do património secular da igreja, e património azulejar, contribuindo para o esclarecimento dos párocos, e demais entidades, das medidas de segurança, activas e passivas, de protecção dos edifícios e bens que devem ser aplicadas para evitar a delapidação, sobretudo por furto, mas também por vandalismo e incúria dos bens.
Programa SOS Azulejo
No âmbito de colaboração com a Escola de Polícia Judiciária, a Guarda tem desenvolvido, a missão que lhe foi estabelecida de protecção da propriedade azulejar, fiscalizando a actividade de comércio ilícito de azulejos e/ou antiguidades onde possam estar a ser comercializados este tipo de bens do património nacional.
Programa Apoio 65 – Idoso em Segurança
Atendendo à importância social e ao progressivo aumento da população idosa na área de jurisdição da Guarda, foram adoptadas medidas pró-activas e assertivas de apoio e segurança a esta faixa etária, considerada como um alvo fácil e remunerador para aqueles que perpetram actos criminosos.
Em face desta vulnerabilidade, a Guarda mantém com ênfase este programa, de forma a reforçar a segurança e o sentimento de segurança dos idosos. Este objectivo concretiza-se por um contacto directo e personalizado com estes cidadãos, garantindo-lhes, a segurança, assim como, pela sensibilização, a adopção de comportamentos para minimizar as tentativas da prática de actos criminosos.
Este Programa prossegue os seguintes objectivos gerais e específicos:
Garantir o reforço da segurança dos idosos que vivem isolados;
Apoiar todos os idosos principalmente os que vivem isolados;
Conhecer a sua situação em cada uma das zonas de acção;
Intensificar a proximidade aos idosos isolados;
Sensibilizar adequadamente os idosos para os diferentes tipos de criminalidade que sobre eles incidem com maior frequência;
Garantir as condições para que os idosos se sintam protegidos;
Ser diligente no atendimento pessoal ou telefónico;
Apoiar os idosos nas suas necessidades.
Para atingir os objectivos referidos, a Guarda realizou em 2010, através dos NPE com o apoio dos efectivos dos Postos Territoriais, diversas acções no âmbito da sua missão de policiamento de proximidade, que incidem desde o levantamento dos locais isolados por idosos, até á realização de acções de sensibilização/informação sobre vários temas.
Assim, no ano de 2010, os NPE e os efectivos dos Postos Territoriais realizaram durante todo o ano, visitas a idosos que vivem em situações de isolamento, colaborando em iniciativas locais, nomeadamente na sinalização de casos problemáticos e na participação em equipas multidisciplinares de intervenção e acompanhamento.
Foram ainda realizadas durante todo o ano acções de sensibilização através de contactos pessoais, palestras e distribuição de folhetos, a fim de lhes comunicar os procedimentos de segurança a observar em situações de tentativa de burla ou burla consumada.
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Neste âmbito foi executada uma acção em simultâneo em todo o território nacional e ilhas, tendo sido realizadas inúmeras acções de sensibilização, em todos os distritos do país e regiões autónomas, convenientemente divulgadas nos OCS locais e nacionais e contando com a colaboração de equipas multidisciplinares de intervenção e acompanhamento.
Programa Comércio Seguro
Este tem sido um programa de especial envolvência no que respeita ao policiamento de proximidade e segurança comunitária, tendo como principal objectivo a criação de condições de segurança em estabelecimentos que possuam, como característica determinante, o atendimento ao público, e assenta em três pressupostos:
a criação de condições efectivas de segurança e protecção aos comerciantes;
a viabilização da rápida intervenção da Guarda em situações de roubo, furto ou ameaça grave;
e o desenvolvimento dum sistema de comunicação e gestão de informação que viabilize a rápida intervenção e permita o acompanhamento e a prevenção deste tipo de criminalidade.
Neste âmbito, a Guarda através dos NCS com o apoio dos efectivos dos Postos Territoriais, realizou diversas acções de sensibilização a comerciantes, procurando, através de um adequado policiamento de proximidade, ajudando-os na tomada de medidas consentâneas que visem contribuir para uma maior segurança do comércio.
Programa Farmácia Segura
A Guarda colaborou activamente com a Associação Nacional de Farmácias, promovendo um importante apoio às farmácias e farmacêuticos que aderiram ao programa, ministrando acções no âmbito das boas práticas de segurança a desenvolver por estas entidades.
Programa transporte seguro de Tabaco
A Guarda colabora com a Associação Nacional dos Grossistas de Tabaco, em estreita coordenação com o Gabinete Coordenador de Segurança do Sistema de Segurança Interna, promovendo acções de formação e sensibilização aos seus associados. Por outro lado, a Guarda desenvolve as missões de protecção e prevenção necessárias à garantia das condições de segurança do transporte deste tipo de bens de circulação condicionada.
Programa Abastecimento Seguro
No âmbito deste programa a GNR participou nas acções de formação que foram ministradas em vários distritos. A Guarda colaborou em activamente com o MAI na prossecução deste programa. Durante o ano de 2010 o efectivo territorial da Guarda prestou o apoio necessário aos responsáveis pelos postos de abastecimento de combustível, intervindo em várias ocorrências sinalizadas para a central de alarmes da PSP.
Programa Táxi Seguro
O Táxi Seguro é um sistema inovador de prevenção e que confere maior segurança à actividade dos taxistas, permitindo accionar um alarme directamente na Central de Comando da PSP.
A Guarda colaborou em 2010 activamente com o MAI na prossecução deste programa. Durante o ano de 2010 o efectivo territorial da Guarda, prestou o apoio necessário aos taxistas, intervindo em várias ocorrências sinalizadas para a central de alarmes da PSP.
Projecto «Investigação e Apoio a Vítimas Específicas» (IAVE)
Para prossecução deste programa a Guarda criou em todos os Comandos Territoriais Núcleos de Investigação e Apoio a Vitimas Específicas (NIAVE), projecto concebido no âmbito da reorganização dos mecanismos de prevenção e investigação criminal encetada a partir de 2002 (à data designados por Núcleos Mulher Menor - NMUME), tendo como
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referência as problemáticas sociais e criminais que anteriormente não eram sujeitas a um tratamento específico e diferenciado. Neste sentido, criou-se uma valência especialmente dedicada à prevenção, acompanhamento e investigação das situações de violência exercida sobre as mulheres, sobre as crianças e sobre outros grupos específicos de vítimas.
A globalidade do projecto pretende sensibilizar e vocacionar toda a estrutura da Guarda Nacional Republicana, e a sociedade em geral, para a problemática da violência exercida sobre as mulheres e as crianças, com a criação de equipas especializadas no tratamento desta matéria – os NIAVE. Pretende-se uma abordagem abrangente e multidisciplinar, integrando a acção dos NIAVE na dinâmica das respostas (sociais e judiciais) locais, focalizando a sua acção, não só nas vítimas, mas também nos ofensores e nas causas da violência.
A Guarda implementou em todo o território continental esta valência, contando assim com 220 equipas de investigação e inquérito (EII), na área à sua responsabilidade. Para complementar e apoiar esta actividade, foram ainda criadas as Salas de Apoio à Vítima, as quais permitem uma maior privacidade no atendimento.
Este projecto sensibilizou e vocacionou toda a estrutura da Guarda e da sociedade em geral para se passar a ter uma abordagem abrangente e multidisciplinar sobre esta temática, integrando-se a acção dos NIAVE e das EII na dinâmica de resposta social e judicial local, focando-se a acção não só nas vítimas, como também, nos agressores e nas causas subjacentes.
Programa de apoio ao Turismo − Tourist Support Patrol (TSP)
Este Programa de iniciativa da GNR, garante a segurança de pessoas e bens, com especial incidência nos locais de maior concentração de pessoas e visibilidade (eventos e zonas turísticas), proporcionando o necessário sentimento de segurança e proximidade, em demonstração plena de uma Guarda moderna, colaborante e pró-activa.
Este programa, exige um grande empenhamento em determinados momentos, como os da sazonalidade − Verão, dada a especial necessidade da garantia da segurança de pessoas e bens que se encontram no gozo de férias, quer nos locais onde se realizam grandes eventos ou em zonas turísticas, proporcionando, não só, o aumento do sentimento de segurança e de proximidade, como fornece uma imagem de modernidade e de pro-actividade em estreita colaboração com a população.
Apoia as Unidades Territoriais, ao nível de um patrulhamento de visibilidade e qualidade garantidas, actuando isoladamente ou em reforço numa área específica onde desenvolve a sua acção específica, sob controlo operacional.
A força de apoio ao turismo actua em todo Território Nacional nos mais variados locais e eventos, considerando que por força da sua característica de equipas mistas (auto, ciclo, moto e apeado).
No que respeita ao meio de patrulhamento, pode actuar em praticamente em todos os locais e com uma versatilidade assinalável.
Verão Seguro – Chave directa
Esta operação de empenhamento operacional, visou a protecção da propriedade privada, executada através duma maior acção de patrulhamento e vigilância das residências dos cidadãos que solicitaram à GNR este tipo de serviços
Neste âmbito, foram solicitados 1.596 pedidos à GNR, que beneficiaram de uma vigilância mais cuidada por parte da Guarda, nas quais apenas se registou 1 tentativa de assalto, ocorrido na área do Comando Territorial de Coimbra. Estes dados permitem inferir que a acção da GNR constituiu um factor determinante de dissuasão o que certamente contribuiu para inibir a pratica de actos atentatórios contra a propriedade e contra as pessoas, pelo que poderemos considerar que este projecto tem sido um êxito.
Operação Azeitona Segura
O Destacamento Territorial de Moura, Comando Territorial de Beja, implementou um projecto de policiamento de proximidade e de segurança comunitária, adaptado à olivicultura, pretendendo-se prevenir a criminalidade associada ao furto da azeitona, através dum patrulhamento dinâmico e de articulação com diversas entidades, como o SEF, o Instituto
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de Reinserção Social, a Direcção-Geral de Finanças, a Autoridade para as Condições do Trabalho, a PSP, a Cooperativa Agrícola de Barrancos e olivicultores não associados.
Com este projecto foi possível eliminar o furto da azeitona, e ao mesmo tempo, permitiu criar-se uma base de dados onde a informação relevante da actividade ficou centralizada e partilhada pelas várias entidades envolvidas.
Nomeado para três categorias («Cooperação», «Serviço ao Cidadão» e «Administração Central Directa e Administração Regional»), o Projecto «Operação Azeitona Segura» foi vencedor da categoria «Cooperação» da 8ª edição do Prémio Boas Práticas no Sector Público.
Residência Segura
Visando dar uma resposta firme ao aumento do sentimento de insegurança na sequencia dos vários assaltos perpetrados na área do Algarve, os quais envolveram o recurso a alguma violência, foi implementado este projecto, o qual direcciona meios humanos e materiais em regime de exclusividade da SPE do Destacamento Territorial de Loulé.
Desenvolveu-se um trabalho de prevenção da criminalidade às comunidades maioritariamente estrangeiras, residentes em locais isolados, georreferenciando todas estas residências e sendo-lhes atribuída um número de polícia para melhor e mais rápida localização.
Procedeu-se à distribuição de folhetos bilingues (inglês e português), com conselhos e número de contacto com as equipas responsáveis pelo patrulhamento comunitário.
Este projecto conta com a parceria do Governo Civil de Faro, o qual forneceu os equipamentos de GPS e PDA e a Câmara Municipal de Loulé, a qual disponibilizou uma equipa de apoio psicológico.
Em Junho de 2010, este projecto foi considerado como um exemplo de boas práticas Institucional, razão pela qual foi divulgado pelo dispositivo territorial desta Guarda.
Em Dezembro foi seleccionado pelo MAI/DGAI para representar Portugal no Prémio Europeu de Prevenção da Criminalidade, tendo como tema – «Por uma casa segura, numa comunidade mais segura, através da prevenção, do policiamento e da reinserção».
Operação ao nemátodo da madeira do pinheiro
A GNR através do SEPNA desenvolveu um conjunto de acções de policiamento com a finalidade de disciplinar a transacção e utilização de madeira de pinheiro sem o devido tratamento contra o nemátodo. Em 2010 foram realizadas 2.875 operações, fiscalizados 16.092 veículos e detectadas 544 infracções sendo levantados os correspondentes autos.
Operação floresta segura 2010
No âmbito da defesa da floresta contra incêndios registaram-se 4.873 crimes de incêndio, 9 detidos e 123 suspeitos identificados, tendo sido levantados 3643 autos de contra-ordenação e realizadas 81999 acções de patrulhamento e vigilância da floresta com o empenhamento total de 160.634 efectivos.
Através do SEPNA foram registados 25.610 ocorrências de incêndios florestais responsáveis por uma área ardida de 132.018,17 hectares, dos quais 815 incêndios implicaram uma área superior a 10ha, tendo sido investigados 768 (94,2% das ocorrências) e 195 incêndios implicaram uma área superior a 100ha investigados na sua totalidade.
Acções de prevenção criminal
Operações especiais de prevenção (lei das armas)
No âmbito das acções de fiscalização direccionadas para o controlo de armamento, foram desencadeadas cerca de 702 operações, nas quais se empenharam um total de 6.973 efectivos.
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Acções e operações no âmbito do controlo de fronteiras e da fiscalização da permanência de
cidadãos estrangeiros
No âmbito do controlo de fronteiras marítimas e terrestres onde exerce a sua missão, a Guarda controlou 42.166 pessoas, nas cerca de 586 acções levadas a cabo, tendo procedido à detenção de 1.043 pessoas.
No âmbito do combate à imigração ilegal e tráfico de pessoas foram realizadas diversas operações internacionais incidindo sobre a fiscalização de viaturas de transporte de passageiros e mercadorias.
Acções no âmbito da segurança rodoviária
A Guarda efectuou 20.782 acções no âmbito da fiscalização rodoviária, tendo empenhado um efectivo de 489.037 militares.
Foram elaborados 23.838 autos por crime na condução, destacando-se 12.802 por acusarem uma TAS ≥ 1,2gr/l e 1761 por outros motivos; por outro lado, 703 condutores não possuíam habilitação suficiente para o exercício da condução enquanto 8572 não tinham qualquer habilitação.
Durante o ano de 2010 a GNR planeou e executou 7 operações especiais no âmbito do trânsito e segurança rodoviária:
Carnaval
Páscoa
Férias Seguras
Estrada Segura
Regresso Seguro
Todos os Santos
Natal Ano Novo 2011
Exercícios e Simulacros
Foram realizados os seguintes Exercícios e Simulacros:
Acções desenvolvidas Objectivos
Exercício de combate a incêndio e derrame de óleo na Barragem do Sabor
Testar a capacidade de articulação e de intervenção das diversas entidades perante uma ocorrência ambiental numa instalação crítica, a Barragem do Sabor, área de Torre de Moncorvo
Exercício de protecção e socorro por ocorrência de sismo e tsunami
Testar o Plano Especial de Protecção Civil por Risco Sísmico e Tsunami no Algarve
Simulacro de acidente grave na Via do Infante Articulação dos meios de socorro na A22, exercício denominado Infante Seguro 10
Figura 18 – Exercícios e Simulacros realizados
Investigação Criminal
No âmbito da investigação criminal desenvolvida pela GNR, registaram-se as seguintes acções comparadas com igual período de 2009:
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Figura 19 – Acções desenvolvidas no âmbito da Investigação Criminal
Diligências judiciais
As diligências judiciais constituem uma parte importante da actividade de investigação criminal e do próprio cumprimento da missão de polícia da Guarda, tendo motivado a realização de pelo menos 86.854 acções e um grande empenhamento de efectivos.
Actividade de polícia administrativa
No ano de 2010, para o cumprimento da sua missão, a GNR efectuou 1.183.309 rondas e patrulhas, as quais implicaram um empenhamento total de 2.375.922 de meios humanos.
Neste mesmo empenhamento, e no que respeita ao tempo dispendido na utilização dos meios aéreos – helicópteros, durante 2010, a Guarda efectuou patrulhamentos que se cifraram em 203.638 horas.
Acções desenvolvidas 2009 2010 Var %
Nº de inquéritos pendentes início do ano 14.281 16.432 15,06%
Nº de inquéritos entrados no ano 111.832 124.603 11,42%
Número de inquéritos pendentes f inal do ano 58.083 5.857 -89,92%
Processos concluídos com proposta de acusação/arquivamento 106.413 135.178 27,03%
Nº de acções realizadas 2.168 4.160 91,88%
Domiciliárias 1.489 2.295 54,13%
Não domiciliárias 560 1865 233,04%
Armas 1.677 1.280 -23,67%
Munições 45.542 22.851 -49,82%
Explosivos 14.345 2.178 -84,82%
Veículos 1.327 1.837 38,43%
Detenções 0 0 0,00%
Número 15.677 15.823 0,93%
Detenções flagrante delito 7.233 7.803 7,88%
Detenções fora f lagrante delito com mandato judicial 7.160 4.335 -39,46%Detenções fora f lagrante delito iniciativa da Guarda 983 3685 274,87%
Inspecções Técnicas Judiciárias 15.076 14.091 -6,53%Resenhas 1617 1541 -4,70%Zaragatoas Bucais 315 236 -25,08%Outros apoios técnicos 1546 1446 -6,47%
Detenções
Apreensões
Inquéritos
Buscas
Criminalística (Polícia Técnica)
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Figura 20 – Acções desenvolvidas no âmbito de Policia Administrativa
Acções desenvolvidas 2009 2010 Var %
Nº de acções 171.824 164.466 -4,28%
Tipo de acções - operações 2.038 8.393 311,83%
Tipo de acções - f iscalizações 169.786 156.073 -8,08%
Efectivo empenhado 152.400 220.033 44,38%
Apreensões de documentos 400 325 -18,75%
Apreensões de materiais 2.540 3.028 19,21%
Apreensões de pescado (quilos) 607 1.350 122,40%
Outras apreensões 955 2.500 161,78%
Nº de autos 12.906 12.374 -4,12%
Nº inquéritos pendentes no inicio do ano 142 220 54,93%
Nº inquéritos entrados no ano 281 826 193,95%
Nº inquéritos pendentes f inal do ano 140 258 84,29%
Nº inquéritos pendentes em no inicio do ano 519 689 32,76%
Nº inquéritos entrados no ano 2524 2.494 -1,19%
Nº inquéritos pendentes no f inal do ano 812 608 -25,12%
Nº de acções 138.130 144.344 4,50%
Aguardo 31.355 32.454 3,51%
Vigilância 22.149 31.493 42,19%
Fiscalização 34.497 32.740 -5,09%
Acompanhamento de mercadorias 1.332 1.092 -18,02%
Sentinelas 44.780 42.438 -5,23%
Buscas e varejos 325 195 -40,00%
Intervenção de equipas cinotécnicas 2.438 2.227 -8,65%
Intervenção de equipas endoscópicas 7 2 -71,43%
Operações 1.239 1.703 37,45%
Aguardo 35.439 34.340 -3,10%
Vigilância 30.959 49.885 61,13%
Fiscalização 40.549 38.826 -4,25%
Acompanhamento de mercadorias 1.201 997 -16,99%
Sentinelas 44.793 42.600 -4,90%
Buscas e varejos 1.059 562 -46,93%
Intervenção de equipas cinotécnicas 2.159 2.122 -1,71%
Intervenção de equipas endoscópicas 4 2 -50,00%
Operações 5.486 10.451 90,50%
Apreensões - - -
Viaturas 8.558 7.390 -13,65%
Embarcações 8 5 -37,50%
Mercadoria (valor) 37.700.489 35.050.042 -7,03%
Nº de acções 1.633 1.752 7,29%
N.º Contra-ordenações à caça 897 926 3,23%
N.º Crimes à caça 168 210 25,00%
N.º Contra-ordenações à pesca 455 532 16,92%
N.º Crimes à pesca 113 84 -25,66%
Inquéritos no âmbito f iscal
No âmbito f iscal e aduaneiro
No âmbito do ambiente
No âmbito da actividade venatória
Efectivo empenhado
Tipo de acções
Contra-ordenações aduaneiras
Contra-ordenações não aduaneiras
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Segurança e Ordem Pública
Neste domínio, durante o ano de 2010, para o cumprimento da sua missão, a GNR desenvolveu um conjunto de actividades que se reproduzem no quadro seguinte:
Figura 21 – Acções desenvolvidas no âmbito da Segurança e Ordem Pública
Acções desenvolvidas no âmbito de visitas e segurança de Altas Entidades
A Guarda realizou durante o ano de 2010 cerca de 356 acções no âmbito de visitas e segurança de Altas Entidades, as quais resultaram num empenhamento total 6980 militares.
Acções desenvolvidas no âmbito da realização de eventos desportivos
Em recintos:
Para a manutenção da segurança e ordem pública nos eventos realizados em recintos desportivos, a Guarda desenvolveu 34.378 acções, as quais implicaram o empenhamento total de 98.028 militares.
Na via pública:
Acções desenvolvidas 2009 2010 Var. %
Nº total de acções 575 356 -38,09%Efectivo empenhado 5175 6980 34,88%Horas de empenhamento 2073 2792 34,68%
Nº de acções 48.346 34.378 -28,89%Efectivo empenhado 116.438 98.028 -15,81%Horas de empenhamento 194.706 137.512 -29,37%
Nº de acções 2.736 6.838 149,93%Efectivo empenhado 14.616 19.155 31,06%Horas de empenhamento 16.581 41.028 147,44%
Nº de acções 7.169 11.102 54,86%Efectivo empenhado 7.766 29.190 275,87%Horas de empenhamento 33.579 52.179 55,39%
Nº de acções 79 83 5,06%Efectivo empenhado 281 557 98,22%Horas de empenhamento 226 240 6,19%
Nº de acções 137 165 20,44%Efectivo empenhado 306 2440 697,39%Horas de empenhamento 1076 1303 21,10%
Incidentes táctico-policiais 0 1 -Nº de acções 8 0 -100,00%„Barricado‟ 5 0 -100,00%„Sequestro‟ 3 0 -100,00%
Em recinto
Acções desenvolvidas no âmbito da realização de eventos desportivos
Acções desenvolvidas no âmbito de visitas e segurança de Altas Entidades
Incidentes táctico-policiais
Acções de reposição da ordem em ZUS
Acções no âmbito do exercício do direito de reunião e manifestação
Acções desenvolvidas no âmbito da realização de eventos objecto de medidas especiais de protecção e segurança, designadamente eventos oficiais, culturais e religiosos
Na via pública
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No que respeita aos espectáculos desportivos que tiveram lugar na via pública, a Guarda foi responsável por
garantir a segurança de 6.838 espectáculos, com um empenhamento total de 19.155 efectivos.
Acções desenvolvidas no âmbito da realização de eventos objecto de medidas especiais de protecção e
segurança (eventos oficiais, culturais e religiosos)
Das festas, romarias, eventos religiosos e outros em que a Guarda foi chamada a intervir, quer no âmbito da
sua acção de policiamento geral, quer no âmbito manutenção da ordem e tranquilidade públicas nos recintos,
esta Guarda efectuou 11.102 acções e empenhou um total 29.190 militares.
Acções no âmbito do exercício do direito de reunião e manifestação.
No intuito de assegurar o exercício do direito de reunião e manifestação, a Guarda interveio em 83 situações,
nas quais empenhou um total de 557 efectivos.
Acções de reposição da ordem em Zonas Urbanas Sensíveis (ZUS)
Durante o ano de 2010, a Guarda empenhou um total de 2.440 militares nas 165 acções que desenvolveu nas
ZUS situadas na sua área de responsabilidade territorial.
Incidentes táctico-policiais
Foi registado um incidente, no decorrer do designado festival «anti Boom», na área de Castelo Branco, no qual
foram empenhados meios do Comando Territorial local, apoiados por forças da Unidade de Intervenção da
GNR, o qual não teve repercussões de relevo.
Acções no âmbito da Segurança Rodoviária
A Guarda efectuou 20.782 acções no âmbito da fiscalização rodoviária, e empenhou em todo este âmbito 489.037
militares. Os resultados globais obtidos foram os seguintes:
Figura 22 – Acções desenvolvidas no âmbito de Segurança Rodoviária
Acções no Âmbito Fiscal, Aduaneiro e Controlo de Fronteiras
No âmbito fiscal e aduaneiro foram realizadas 144.344 acções (operações, aguardos, vigilância, etc.), com o
empenhamento total de 179.785 militares.
Var. %
2.120.290 1.790.544 -15,55%
481.558 1 516.642 1 7,29%
129.887 145.266 11,84%
24.958 2 29.513 2 18,25%
9.664 3 9.275 3 -4,03%
317.049 794.456 150,58%
1
2
3
1
2
3
2
0
0
9
2
0
1
0
Nota:
1.334 contra-ordenações (habilitação insuficiente) e 8.330 crimes (não habilitados)
13.861 apresentaram uma TAS >0,50 g/l e <1,20 g/l (âmbito contra-ordenacional) e 11.097 apresentaram TAS >1,20 (âmbito criminal)
460.620 de âmbito contra-ordenacional e 20.938 de âmbito criminal
492,804 de âmbito contra-ordenacional e 23.838 de âmbito criminal
16,711 apresentaram uma TAS >0,50 g/l e <1,20 g/l (âmbito contra-ordenacional) e 12.802 apresentaram TAS >1,20 (âmbito criminal)
703 contra-ordenações (habilitação insuficiente) e 8.572 crimes (não habilitados)
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Outras infracções
Infracções por falta de habilitação legal para condução
Infracções por condução sob influência do álcool
Infracções por excesso de velocidade
N.º de autos levantados
N.º de condutores f iscalizados
Acções desenvolvidas
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Foram efectuadas 234.449 fiscalizações e detidas 39 pessoas por crimes nesta área, tendo sido detectados 116 crimes aduaneiros e 297 não aduaneiros. Foram ainda elaborados 14.026 inquéritos por contra-ordenação não aduaneira e 2.883 aduaneiros. Apreenderam-se 7.390 viaturas e 5 embarcações, sendo o valor total da mercadora apreendida de 35 milhões de euros.
A Guarda, nas fronteiras marítimas e terrestres onde exerce a sua missão, controlou 42.166 pessoas, nas cerca de 586 acções levadas a cabo, tendo procedido à detenção de 1.043 pessoas.
Protecção da Natureza e do Ambiente
Dada a enorme abrangência de actividade da Guarda neste campo, há meios adstritos à natureza e ambiente e outros que, no cumprimento da missão geral têm, também, interferência sobre esta temática. Assim, realizaram-se cerca de 91.636 acções e empenharam-se um total de 220.033 efectivos.
Contudo, e no que respeita apenas à área do ambiente do SEPNA, durante o ano de 2010, registou este serviço 1.353 crimes e 17.553 contra-ordenações, conforme demonstra o gráfico abaixo:
Figura 23 – Acções desenvolvidas no âmbito da Protecção da Natureza e do Ambiente
32.454
31.493
32.740
1.092
42.438
195
2.227
2
1.703
Aguardos
Vigilância
Fiscalização
Acompanhamento mercadorias
Sentinelas
Buscas
Equipas cinotécnicas
Equipas endoscópicas
Operações
88
926
226
389
2019
2490
2903
328
1352
7
532
41
566
1016
2349
833
1488
210
2
16
30
916
9
3
84
5
78
Actividades extractivas
Caça
CITES
Fauna
Flora, Reservas, Parques e …
Incêndios florestais
Leis sanitárias
Litoral
Ordenamento do território
Património histórico
Pesca
Poluição acústica
Poluição atmosférica
Águas continentais
Resíduos
Turismo e desporto
Outras intervenções
Contra-ordenações Crimes
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No que diz respeito ao combate a incêndios florestais que constantemente têm assolado a floresta em Portugal, por iniciativa governamental, têm-se desenvolvido um conjunto de medidas políticas estratégicas, que se visam tipificar a actividade incendiária como crime de incêndio e, como tal, previsto no Código Penal, bem como na criação e publicação de legislação específica de âmbito contra-ordenacional.
O Governo, para a prossecução dos grandes objectivos estratégicos do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI), que teve a sua promulgação em 2006, estabeleceu metas cuja concretização passa pelo empenho de todas as entidades com responsabilidades no Sistema Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios, que visam, globalmente, e num horizonte temporal de 2012 a 2018, a redução da área ardida para valores equiparáveis à média dos países da bacia mediterrânica.
Para a prossecução dos objectivos referidos, durante o ano de 2010 foram accionados meios humanos e materiais visando a protecção da floresta e prevenção de incêndios, meios estes que foram reforçados com base na Directiva Operacional Nacional (DON) n.º 2 de 2010, da ANPC, onde se estabeleceu o conceito estratégico do Dispositivo Nacional de Combate a Incêndios, para, no período de 15MAI10 a 31OUT10, se assegurar a mobilização, prontidão, empenhamento e gestão dos meios e recursos, tendo em vista garantir um elevado nível de eficácia no combate aos incêndios florestais em todo o território nacional.
Durante o ano transacto, a campanha de defesa da floresta contra incêndios de 2010, incluindo a «Operação Floresta Segura 2010» pelas diversas entidades foram empenhados um total de 220.688 efectivos, dos quais 160.634 couberam à GNR, ou seja cerca de 73,8% do efectivo total empenhado. A GNR realizou 60.812 patrulhas, o equivalente a 74,1% do total efectuado por todos os intervenientes e registou 21.545 ocorrências.
Figura 24 – Análise comparativa acções desenvolvidas no âmbito da Protecção da Natureza e do Ambiente
Em 2010, no âmbito da Protecção da Natureza e do Ambiente, a GNR desenvolveu ainda um conjunto de actividades que visaram um aumento da capacidade operacional e a qualificação dos recursos humanos envolvidos, e que seguidamente se descrevem:
Acções operacionais conjuntas com o SEPRONA da Guardia Civil de Espanha, relevando-se 3 operações ao transporte de resíduos, onde foram empenhados um total de 1482 efectivos do SEPNA e 95 do SEPRONA, que procederam à fiscalização de 4.238 veículos, ao levantamento de 110 autos de notícia por infracções detectadas no âmbito da legislação dos resíduos e 108 autos por outras infracções;
Registo de 4561 denúncias através da linha SOS e resolvidas em articulação com o dispositivo Operacional existente na ZA onde se verificaram as ocorrências, resultando o levantamento de 1.074 autos pelas infracções detectadas e realizadas por escrito 1517 respostas aos denunciantes;
Realização de dois cursos de formação SEPNA, um para 40 Guardas e um para 19 Oficiais, que contribuíram para aumentar a capacidade de resposta do Serviço através de pessoal habilitado nesta especialidade;
Acções de supervisão técnica e de formação em todos os Comandos Territoriais;
2.055 acções de sensibilização ambiental direccionadas para a população estudantil e para a sociedade em geral que contaram com 50.977 presenças;
Acções desenvolvidas 2008 2009 2010 Var. %
Autos elaborados por infracção no âmbito da protecção da natureza e do Ambiente 9.658 11.306 1.353 -88,03%
Autos elaborados por infracção no âmbito de incêndios f lorestais 10.880 9.866 17.554 77,92%
Autos elaborados por infracção no âmbito da preservação das espécies animais 1.545 2.546 4.561 79,14%
Autos elaborados por infracção no âmbito do programa Antídoto 0 0 1.074 -
Autos elaborados por infracção no âmbito das áreas protegidas e Rede Natura 2000 2.225 2.412 1.517 -37,11%
Autos elaborados por infracção no âmbito da actuação em meios aquáticos 568 911 807 -11,42%
Linha SOS Ambiente e Território (Denúncias recebidas) 4.298 4.636 82436 1678,17%
Linha SOS Ambiente e Território (Informações prestadas por telefone) 7.408 5.877 84596 1339,44%
Acções de sensibilização 602 588 259 -55,95%
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Levantados, no âmbito de infracções ambientais, 1353 autos por crime e 17 554 autos de contra-ordenação.
Operações de fiscalização ao meixão, à caça, aos resíduos, à CITES e a animais potencialmente perigosos.
Criminalidade
Em 2010, foram participados à Guarda Nacional Republicana 185.912 crimes, que correspondem a um aumento de 0,4% (+663 crimes) em relação ao ano de 2009.
Este valor situa-se abaixo do valor da mediana dos últimos 10 anos (192.526 crimes participados), apresentando o segundo valor mais baixo de criminalidade dos últimos 8 anos, embora invertendo ligeiramente a tendência de descida que se verificava desde 2006.
Do total de crimes registados, e analisando as grandes tipologias criminais, verificamos uma maior incidência na criminalidade Contra o Património (98.287 registos) e Contra as Pessoas (44.415 registos), tendo sido registados ainda 23.247 Crimes Contra a Vida em Sociedade, 16.900 Crimes Previstos em Legislação Avulsa, 3.059 Crimes Contra o Estado, bem como 5 Crimes Contra a Identidade Cultural e Integridade Pessoal.
Relativamente ao número de detenções realizadas, podemos constatar que se cifraram num total de 25.784, constituindo um acréscimo de 10,2% relativamente a 2009, sendo na sua maioria por Crimes Contra a Vida em Sociedade (12.106) e Crimes Previstos em Legislação Avulsa (9.438).
Figura 25 – Análise comparativa de crimes cometidos e actuação policial
Criminalidade violenta e grave
Este agrupamento de crimes, que engloba várias tipologias criminais, constitui-se como um dos principais indicadores no âmbito do tratamento e análise da criminalidade, sendo, pelas suas características, resultados e efeitos produzidos, um dos principais potenciadores do sentimento de insegurança das populações. Em 2010, foram registados pela Guarda Nacional Republicana 4.217 crimes, verificando-se uma ligeira tendência de descida de 1,56% (- 67 crimes) em relação ao ano transacto. Este valor encontra-se ligeiramente abaixo do valor da mediana dos últimos 10 anos.
Será pertinente referir que os crimes que, actualmente, compõem o agrupamento da criminalidade violenta e grave, foram alterados de 2009 para 2010, dificultando ou mesmo impossibilitando a realização de análises comparativas entre os dois anos referidos – apenas poderão ser comparados os valores totais anuais. Os valores relativos a 2008 e 2009 para a categoria “outros roubos”, incluem todas as tipificações criminais.
A análise rigorosa destas tipologias criminais, naquilo que se refere especificamente aos crimes ocorridos na área de responsabilidade da Guarda Nacional Republicana, é inviabilizada pelo facto de se encontrar determinado que, nos crimes da competência de investigação da Polícia Judiciária, deverá ser aquela polícia a atribuir o NUIPC, ainda que seja a Guarda a participar o facto às Autoridades Judiciárias. Ora, este procedimento, por entendimentos e interpretações diversas, não se encontra implementado do mesmo modo em todas as Comarcas do país. Resulta deste facto que os crimes registados não espelham a realidade das ocorrências criminais nas áreas à responsabilidade da GNR, pelo que para se obter uma análise fiável deverão ser analisados os dados totais transmitidos ao Ministério da Justiça pelos Forças e Serviços de Segurança.
2009 2010 Var 2009 2010
Contra as pessoas 44.427 44.415 -0,03% 300 507
Contra o património 96.606 98.287 1,74% 1.371 1.573
Contra a paz e a humanidade 2 5 150,00% 0 0
Contra a vida em sociedade 24.701 23.247 -5,89% 10.682 12.106
Contra o estado 2.635 3.058 16,05% 1.862 2.160
Legislação avulsa 16.878 16.900 0,13% 8.927 9.438
Total 185.249 185.912 0,36% 23.142 25.784
CrimesDetenções RealizadasCrimes Cometidos
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81 Figura 26 – Análise comparativa da criminalidade violenta e grave e actuação policial
Consequências da actividade operacional
Durante o ano de 2010, como resultado do cumprimento da sua missão foram cometidos 1.312 crimes contra a Guarda e registaram-se 475 ocorrências com as seguintes consequências:
2008 2009 2010 Var % 2008 2009 2010 Var %
Homicídio voluntário consumado 58 21 32 52,38% 18 5 11 120,00%
Ofensa à integridade física voluntária grave 203 173 155 -10,40% 33 32 19 -40,63%
Rapto, sequestro e tomada de reféns 155 101 79 -21,78% 2 3 4 33,33%
Violação 126 92 68 -26,09% 0 4 2 -50,00%
Total 542 387 334 -13,70% 53 44 36 -18,18%
Roubo por esticão 845 893 1137 27,32% 16 15 32 113,33%
Roubo na via pública (excepto por esticão) 1.327 1.199 964 -19,60% 69 56 34 -39,29%
Roubo a residência 0 0 145 - 0 0 2 -
Roubo de viatura 0 0 57 - 0 0 3 -
Roubo a banco ou outro estabelecimento de crédito 46 8 9 12,50% 3 0 4 -
Roubo a tesouraria ou estação de correio 40 9 4 -55,56% 2 2 0 -100,00%
Roubo a farmácias 0 0 40 - 0 0 5 -
Roubo a ourivesarias 0 0 28 - 0 0 3 -
Roubo a posto de abastecimento de combustível 257 122 102 -16,39% 3 4 4 0,00%
Roubo a outros edifícios comerciais ou industriais 0 0 155 - 0 0 11 -
Roubo em estabelecimento de ensino 0 0 3 - 0 0 0 -
Roubo em transportes públicos 0 0 30 - 0 0 0 -
Roubo a transportes de valores 0 0 1 - 0 0 0 -
Outros roubos ** 1133 906 372 -58,94% 48 40 17 -57,50%
Extorsão 37 52 67 28,85% 5 5 6 20,00%
Roubo a motorista de transporte público (anterior a 2010) 28 22 -100,00% 0 6 -100,00%
Total 3685 3189 3114 -2,35% 146 122 121 -0,82%
Pirataria aérea/outros crimes contra a segurança da aviação civil 0 0 0 - 0 0 0 -
Motim, instigação e apologia pública do crime 2 1 3 200,00% 4 0 0 -
Associação criminosa 1 0 0 - 0 0 0 -
Total 3 1 3 200,00% 4 0 0 -
Crimes contra o Estado
Resistência e coacção sobre funcionário 683 685 766 11,82% 595 609 707 16,09%
Organizações terroristas e terrorismo nacional 0 0 0 - 0 0 0 -
Outras organizações terroristas e terrorismo internacional 0 0 0 - 0 0 0 -
Total 683 685 766 11,82% 595 609 707 16,09%
TOTAL GERAL 4.941 4.284 4.217 -1,56% 798 781 864 10,63%
Crimes contra a Sociedade
CrimesOcorrências registadas
Actividade policial
(detenções)
Crimes contra Pessoas
Crimes contra o Património
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Militares feridos e mortos em serviço
Militares28 Civis29
2008 2009 2010 2010
Nº de mortos 1 1 2 5
Nº feridos sujeitos a internamento 1 1 8 20
Nº feridos não sujeitos a internamento 154 165 195 128
Nº feridos não sujeitos a tratamento médico 169 181 201 N/A
Figura 27 – Análise comparativa das consequências da actividade operacional
Do quadro supra verifica-se que em 2010 os militares da GNR foram alvo de mais agressões, já que em 2009 registou-se 1 morto, 1 ferido com internamento e 346 feridos sem necessidade de internamento.
No que concerne aos danos sofridos, os 16.129 euros que estão até ao momento contabilizados não traduzem um valor real, tendo em consideração que nem todas as situações e processos foram contemplados ou sequer finalizados, até à presente data.
No que respeita aos danos pessoais e materiais em resultado da actividade dos militares da GNR, como consequência para terceiros, resultou a morte de 5 cidadãos.
2. Protocolos e grupos de trabalhos
Protocolos
A Guarda celebrou protocolos com diversas entidades, dos quais se destacam os seguintes:
Protocolo para a criação do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica do distrito de Viseu;
Protocolo para a criação do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica do distrito de Bragança;
Protocolo com a Associação de Beneficência Social e Cultural de Tourais;
Protocolo para o projecto Violência Zero do concelho da Covilhã;
Protocolo de constituição do programa de Respostas Integradas do município de Odemira;
Protocolo para a constituição do Núcleo Territorial do programa de Respostas Integradas do município de Paredes;
Protocolo para a criação da rede distrital Escolas de Referência para a Educação Rodoviária no distrito do Porto;
Carta de compromisso Fórum Nacional Álcool e Saúde;
Protocolo Grupo Violência: Informação, Investigação e Intervenção no âmbito da violência doméstica do distrito de Coimbra;
Protocolo com o Centro Infantil e Social de César, de Oliveira de Azeméis;
28 Danos pessoais nos militares da GNR
29 Danos pessoais e materiais em resultado da actividade dos militares da GNR
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Protocolo para a constituição da Comissão Municipal para Prevenção da Toxicodependência do concelho de Oliveira de Azeméis.
Celebrou ainda no âmbito da Protecção da Natureza e do Ambiente protocolos com diversas entidades, dos quais se destacam os seguintes:
Protocolo com a Administração da Região Hidrográfica do Alentejo, I.P. (ARH Alentejo) - o presente protocolo tem como objecto a cooperação institucional e a prestação de apoio mútuo entre as duas entidades outorgantes, na execução de actividades das respectivas competências na área dos recursos hídricos.
Protocolo com a Administração da Região Hidrográfica do Algarve, I.P. (ARH Algarve) - o presente protocolo tem como objecto a cooperação institucional e a prestação de apoio mútuo entre as duas entidades outorgantes, na execução de actividades das respectivas competências na área dos recursos hídricos.
Protocolo com a Administração da Região Hidrográfica do Centro, I.P. (ARH Centro) - o presente protocolo tem como objecto a cooperação institucional e a prestação de apoio mútuo entre as duas entidades outorgantes, na execução de actividades das respectivas competências na área dos recursos hídricos.
Protocolo com a Direcção Geral de Veterinária (DGV) – o presente protocolo disciplina a colaboração entre a DGV e o SEPNA/GNR, nas diversas áreas de competência da DGV.
Também ao nível das tecnologias de informação e comunicação forma estabelecidos alguns protocolos com diversas entidades, dos quais se destacam os seguintes:
Projecto Airbeam com o INOV (no âmbito do FP7);
AIS Systems com a GMV (no âmbito do FP7);
MARISS II (SEABILLA) com a EDISOFT (no âmbito do FP7);
PERSEUS com a INDRA (no âmbito do FP7);
Cooperação institucional entre a GNR, MAI, DGIE, AFN, no domínio do financiamento do projecto SINAVIF.
Grupos de Trabalho
A Guarda participou em diversos Comités e Grupos de Trabalho de âmbito internacional e nacional, dos quais se destacam os que se descrevem nos pontos seguintes:
Âmbito internacional
Task Force Europeia de Chefes de Polícia;
Assuntos Gerais e Avaliação;
LAW Enforcement;
Cooperação Policial (Criminalidade Automóvel - Ponto de Contacto nacional);
Cooperação Policial (Peritos de futebol);
Cooperação Aduaneira;
Troca de Informações e Protecção de Dados;
Terrorismo;
Protecção Civil;
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Rede Europeia de Prevenção da Criminalidade;
Assuntos SCHENGEN;
Fronteiras;
Transportes Terrestres – Segurança Rodoviária;
Rede Atlas (ATLAS Commanders Forum);
European Explosive Ordnance Disposal (EEODN);
“ENFORCEMENT CITES” da União Europeia;
“Wildlife Crime Working Group” da Interpol;
“Pollution Crime Working Group” da Interpol;
Grupo de Trabalho IMPEL-TFS - European Union Network for the Implementation and Enforcement of Environmental Law (Sobre Transporte Transfronteiriço de Resíduos);
Comissão de Protecção da Natureza e do Ambiente ao nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Âmbito nacional
Controlos móveis;
Relatório Anual de Segurança Interna;
Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP);
Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo (SIVICC);
Sistema Integrado de Informações Operacionais de Polícia (SIIOP);
Interligação do SI Schengen, com o Sistema Integrado de Informações Operacionais de Polícia;
Interoperabilidade de Comunicações Rádio com as Forças e Serviços de Segurança Europeus (Sistema TETRA);
Desenho de um protótipo para interoperabilidade de Comunicações Rádio entre Portugal e Espanha (Sistema TETRA e TETRAPOL);
Candidatura ao QREN da Infra-estrutura central de suporte ao SIIOP (SAMA - Sistema de Apoios à Modernização Administrativa);
Conclusão do Projecto VTS-Plus (GNR-IPTM).
3. Cooperação internacional e parcerias estratégicas No campo estritamente operacional, a Guarda participou em diversas acções e iniciativas internacionais, destacando-se as Operações Conjuntas da União Europeia, a Operação AUGIAS, centrada no combate ao tráfico de resíduos na Europa, e os Controlos Móveis e várias outras operações planeadas e inopinadas com as Forças de Segurança Espanholas, especialmente a Guardia Civil, destacando-se a que conduziu à detenção, em Portugal, pela GNR, de 2 elementos da ETA, com a posterior descoberta e inactivação de uma base da referida organização terrorista em Portugal (Óbidos).
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Merecem, ainda, especial destaque as actividades levadas a cabo pela Guarda no âmbito da Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas dos Estados-Membros da União Europeia (FRONTEX), salientando-se, a par de diversos Seminários e Workshops, designadamente nas áreas da cinotécnia e do furto de veículos, a participação em diversas Operações Conjuntas da FRONTEX, que se descrevem no quadro seguinte:
OPERAÇÃO (Designação) LOCAL MEIOS DATAS
Início Fim
Operação POSEIDON – Meios marítimos e de apoio Grécia 13 militares/1 meio marítimo 29-Mar 04-Mai
Operação POSEIDON – Meios Cinotécnicos Grécia 2 binómios 30-Mar 30-Abr
Operação POSEIDON – Meios marítimos (2.º período) Grécia 9 militares/1 meio marítimo 01-Mai 01-Jun
Operação INDALO – Meios marítimos Espanha 24 militares/2 meios marítimos 31-Mai 06-Jul
Operação MINERVA – Meios Cinotécnicos Espanha 2 binómios 26-Jul 15-Ago
Operação MINERVA – Meios Cinotécnicos (2.º período) Espanha 2 binómios 13-Ago 03-Set
Figura 28 – Participação da GNR em Operações Conjuntas Frontex
Ainda no campo internacional, a Guarda esteve envolvida em múltiplos outros projectos, parcerias e eventos, que permitiram promover e reforçar as suas relações com diversos parceiros externos, quer no âmbito de compromissos assumidos pelo Estado Português quer por iniciativa própria, dos quais cumpre aqui destacar os seguintes:
A participação nas acções desenvolvidas pela TISPOL (“European Traffic Police Network”), designadamente no quadro do Projecto LIFE SAVER, que é o maior projecto alguma vez levado a efeito de forma combinada, a nível Europeu, com o objectivo principal de salvar vidas nas estradas da Europa;
A participação em diversos Comités e Grupos de Trabalho da estrutura JAI do Secretariado-Geral do Conselho da União Europeia;
A representação de Portugal nas reuniões da Rede Europeia de Pontos de Contacto Nacionais para o intercâmbio internacional de informações relativas aos fenómenos de criminalidade automóvel com repercussões transfronteiriças;
A participação na European Explosive Ordnance Disposal Network (EEODN), no âmbito dos explosivos, e na Rede ATLAS, designadamente no ATLAS Commanders Forum, grupo de trabalho europeu que reúne os comandantes das Unidades Anti-terrorismo da União Europeia;
A participação nas reuniões de peritos em “cross-border radio communications”, visando melhorar as comunicações rádio nas áreas de fronteira entre os Estados-Membros da União Europeia;
A participação, a nível ambiental, no Grupo “Enforcement CITES” (Convenção sobre o comércio internacional de espécies da fauna e flora selvagem ameaçadas de extinção), e na Rede IMPEL/TFS (European Union Network for the Implementation and Enforcement of Environmental Law/Transfrontier Shipments of Waste), financiada pela União Europeia e dedicada ao controlo transfronteiriço de resíduos, assumindo, ainda, a representação nacional no Pollution Crime Working Group e no Wildlife Crime Working Group, ambos no âmbito da INTERPOL;
No âmbito do Colégio Europeu de Polícia (CEPOL), a a presença regular no Governing Board e no Budget & Administration Committee, a par do envio de Oficiais para a frequência de cursos CEPOL no estrangeiro e da organização de cursos CEPOL em Portugal;
No âmbito do controlo da fronteira externa da União, a continuidade da participação no Projecto EUROSUR (European Border Surveillance System), promovido pela Comissão Europeia, tomando parte nas respectivas reuniões de peritos/técnicos e nas reuniões do EUROSUR Big Pilot Project, patrocinado pela FRONTEX;
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A participação, integrando a Delegação Nacional, nas reuniões do North Atlantic Coast Guard Forum;
A participação na 39.ª Conferência Regional Europeia da INTERPOL;
No âmbito da Força de Gendarmerie Europeia (EUROGENDFOR), de que a Guarda é membro fundador e que reúne actualmente Forças de 9 países, há a destacar:
Participação na Operação ALTHEA, na Bósnia-Herzegovina, com um efectivo de 30 a 35 militares da GNR, em função dos critérios de rotação acordados para os cargos de chefia, garantindo uma componente fixa composta por um Pelotão de Ordem Pública (22 militares), uma Equipa de Investigação Criminal (5 militares) e 5 militares no Quartel-General da Unidade de Polícia (IPU) que integrava a estrutura da Força responsável pela condução da Missão Militar da União Europeia (EUFOR);
A manutenção da colocação no Quartel-General Permanente da EUROGENDFOR, em Vicenza – Itália, no quadro dos compromissos assumidos por Portugal, de 4 Oficiais e 1 Sargento, entre eles o Comandante da EUROGENDFOR;
A participação activa nos órgãos e estruturas de decisão da EUROGENDFOR, representando Portugal no Comité Interministerial de Alto Nível (CIMIN), no Grupo de Trabalho EUROGENDFOR e no Conselho Financeiro;
A preparação da missão no Afeganistão, no quadro da NATO Training Mission – Afghanistan.
Ainda no âmbito das Missões Internacionais de Gestão Civil de Crises, para além da ALTHEA, a Guarda marcou presença nas seguintes Missões e iniciativas:
Sob a égide das Nações Unidas:
o Manteve o esforço em território Timorense, no âmbito da United Nations Integrated Mission in Timor-Leste – UNMIT, com uma Unidade de Polícia Constituída (FPU), composta por cento e quarenta (140) militares, e 6 militares na componente UNPOL;
Sob a égide da União Europeia:
o Participou na European Union Mission in support of security sector reform in the Republic of Guinea-Bissau – EU SSR Guinea Bissau. até ao seu final, assegurando, a par de outros, o lugar de Head of Mission;
o Na European Union Monitoring Mission in Georgia – EUMM Georgia, através de dois Sargentos;
o A participação na missão de Polícia da UE na Bósnia-Herzegovina (EUPM BiH), ocupando o lugar de Chefe do Gabinete de Assuntos Políticos, o número 3 na hierarquia da Missão;
Tomou parte activa no Exercício European Union Police Forces Training (EUPFT 2010), destinado à preparação de Forças e peritos das Forças tipo Gendarmerie e de Polícia para a participação em missões de gestão internacional de crises;
Manteve um Oficial na “bolsa” de Peritos da União Europeia, no âmbito das Equipas de Resposta Civil (CRT‟s);
Ainda na área internacional, salienta-se os seguintes cargos ocupados por Oficiais da Guarda durante o ano de 2010:
Oficiais de Ligação do Ministério da Administração Interna (MAI) no Reino de Espanha, na República Democrática de Timor-Leste, na República de Angola e na República da Guiné-Bissau;
Oficial de Ligação Permanente da Guarda Nacional Republicana junto do Gabinete Nacional de Ligação junto da EUROPOL, em Haia – Holanda;
Oficial da Célula Civil-Militar de Gestão de Crises da União Europeia (“Watch Keeping Capability Officer”), em Bruxelas-Bélgica.
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A participação, através de um Oficial, na qualidade de especialista nacional designado, no Grupo de Desenvolvimento de Doutrina (DDG) para Unidades Constituídas de Polícia (FPU) das Nações Unidas/DPKO;
A representação nacional na European Network of Policewomen (EPN), integrando o General Board, através de uma das suas Oficiais;
Destaca-se, ainda, a participação activa da Guarda na Associação FIEP, enquanto organização que visa promover a cooperação entre as Forças de Segurança de natureza militar da Europa e do Mediterrâneo, especialmente no tocante ao intercâmbio de informações e experiências. Para além reunião anual de Comandantes e Directores-Gerais, a Guarda fez-se representar nas diversas Comissões de Trabalho (Recursos Humanos, Organização do Serviço, Novas Tecnologias e Logística e Assuntos Europeus).
No âmbito da Cooperação Técnico-Policial com os países da CPLP, a Guarda assegurou a realização de diversas Acções de Formação e de Assessoria Técnica, destinadas a elementos policiais da República de Moçambique, República de Angola, República de Cabo-Verde, República Democrática de São Tomé e Príncipe, República Democrática de Timor-Leste e República da Guiné-Bissau, extensíveis, num dos casos, a formandos do Botswana, África do Sul, Lesoto, Suazilândia e Namíbia.
Ainda no quadro da CPLP, a Guarda manteve a responsabilidade da coordenação da Comissão de Protecção da Natureza e do Ambiente, no âmbito do Conselho de Chefes de Polícia da CPLP, e participou, com dois Oficiais e dois Sargentos, no processo de formação e qualificação da Polícia Nacional de Timor-Leste, através da elaboração de um plano detalhado de cinco anos, visando a selecção, recrutamento e formação de novos polícias para a PNTL, no quadro da reestruturação desta Força de Segurança, transformando-a numa “polícia comunitária quanto à estratégia e filosofia de policiamento e de uma força de natureza militar quanto à sua organização, disciplina, instrução e estatuto do pessoal”.
Como corolário da relevante contribuição da Guarda para o processo de pacificação da sociedade Timorense e para a criação das condições de segurança indispensáveis ao processo de desenvolvimento sustentado de Timor, em 28 de Novembro de 2010, foi imposta, no estandarte da Guarda, por Sua Excelência o Presidente Ramos-Horta, a Medalha da Ordem de Timor-Leste, que é a mais alta condecoração de Timor-Leste atribuível a Instituições e que visa reconhecer os contributos significativos em benefício do país, dos Timorenses ou da humanidade. A Guarda foi a primeira Instituição Portuguesa a ser agraciada com esta Medalha, tendo sido, ainda, a par da Brigada Médica Cubana, a primeira Instituição a receber tal distinção.
Paralelamente a todas as actividades mencionadas, a Guarda participou, activamente, em várias Parcerias internacionais com outras Entidades e Organizações, destacando-se:
Projecto “PAX”, promovido pela APAV, no âmbito do apoio à vítima em contexto de terrorismo, tendo como objectivos mais significativos a elaboração de um manual de procedimentos para apoio às vítimas de ataques terroristas e/ou seus familiares e/ou amigos e a realização de um Seminário relacionado com o tema;
Projecto “EUROCYNO – Europe and Dog-Handling Techniques within Police Forces”, promovido pela Gendarmerie Nationale Francesa, que visou a realização de um seminário e de um exercício envolvendo profissionais da área cinotécnica, para partilha de métodos de investigação e actuação e identificação de problemas técnicos susceptíveis de serem ultrapassados por via do conhecimento de outras realidades;
Projecto “BIOSAFEWATCH” – Faculdade de Ciências Médicas da UNL, que visa o estudo das doenças transmissíveis através de mosquitos e medidas de apoio para a sua contenção (Projecto ainda em fase de preparação);
Projecto “BLUEMASSMED” (coordenado, a nível Nacional, pelo Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar): projecto da União Europeia que visa estudar os constrangimentos operacionais, legais e técnicos inerentes à interligação entre todos os sistemas de vigilância da costa e do mar, no Mediterrâneo e na costa atlântica Europeia (Projecto em curso);
Projecto “EU PKO crime and security command and tactic police training course", promovido pela Gendarmerie Nationale Francesa, tendo como objectivo final a preparação e condução, em 2010 e 2011, de exercícios simulando missões policiais internacionais de gestão civil de crises, sob a égide da União Europeia (Projecto em curso).
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A Guarda desenvolveu ainda alguns projectos com recurso a financiamento Comunitário, destacando-se:
Projecto “Centro Novas Oportunidades da GNR” (financiado no âmbito do POPH – Programa Operacional do Potencial Humano), visando a criação e implementação do Centro de Novas Oportunidades da Guarda e, por via disso, contribuir para a valorização, certificação e qualificação pessoal e profissional do efectivo da GNR, aproximar o património das competências reais às respectivas necessidades organizacionais e exigências sociais e possibilitar o acesso a novas formações, mais exigentes em termos escolares e profissionais;
Projecto “Morcego & Mobile” (financiado pelo FFE – Fundo Europeu para as Fronteiras Externas), visando dotar a GNR de meios móveis específicos para o patrulhamento da orla costeira, bem como equipamento específico para detecção, identificação e intervenção (aquisição de meios móveis de patrulhamento e intervenção rápida e equipamento de identificação de alvos em ambiente nocturno);
Projecto “Open Sea” (financiado pelo FFE – Fundo Europeu para as Fronteiras Externas), visando a substituição (meios em fim de vida) e o aumento de meios marítimos, com finalidade de manter e reforçar as capacidades da GNR em matérias de patrulhamento, vigilância e intervenção em meio marítimo, aumentando a capacidade de intervenção rápida em portos abrigados, colmatar lacunas no dispositivo e permitir o acesso a locais restritos. Visa, ainda, dotar a GNR de meios de manutenção móveis, para reduzir os tempos de inoperacionalidade dos meios.
4. Gestão Interna e de apoio operacional
A GNR dispôs de recursos financeiros provenientes do OE, tendo assegurado, na medida das limitações do plafond atribuído, todas as actividades inerentes ao funcionamento dos canais logístico, administrativo e financeiros de suporte a toda a actividade operacional. Adiante a afectação de recursos humanos, financeiros e materiais será convenientemente aflorada.
5. Formação dos Recursos Humanos
Qualificação dos profissionais das Forças de Segurança
Em 2010, um elevado número de profissionais da Guarda frequentou diferentes cursos, estágios e acções de formação que garantiram o ingresso na Instituição, a promoção e a especialização, tendo sempre como finalidade principal o reforço das suas qualificações e a valorização técnico-profissional.
Toda a formação decorreu em duas esferas diferenciadas mas essencialmente complementares: Formação Interna e Formação Externa. Em cada esfera, a formação realizou-se através de cursos, tirocínios e estágios, instrução complementar e treino, consoante a categoria profissional, posto, arma, serviço ou especialidade a que o militar pertence.
Os cursos, bem como todas as outras modalidades de formação têm duração variável e são ministrados sob a responsabilidade de entidades formadoras reconhecidas para o efeito.
O processo de formação está estruturado de forma coerente e decorre nas seguintes modalidades:
Formação Inicial;
Promoção;
Especialização ou Qualificação;
Aperfeiçoamento e Actualização.
A formação de cariz técnico-profissional, com elevado peso nos planos dos cursos, é, de uma forma geral, transversal a toda a formação com as respectivas especificidades, em função dos objectivos da formação e dos seus destinatários.
Nas diferentes modalidades, 15.776 profissionais, frequentaram cursos, estágios ou outras acções de formação.
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CURSO
FORM. INTERNA FORM. EXTERNA
TOTAL
Ofic
iais
Sarg
ento
s
Gua
rdas
Civ
is
Ofic
iais
Sarg
ento
s
Gua
rdas
Civ
is
Formação de Inicial
CFO30 252
1.801 CFS31 500 16
CFG32 1.033
Cursos de Promoção
CPOS33 29
895
CPC34 53
CPSA35 224
CPCb36 589
Cursos de Especialização e
Qualificação
InvCriminal 4 51 298 2 18 10
3.541
SEPNA 19 40
Tiro 12 12
CEC37 100
FR38 118
Outros 110 193 1.714 178 191 462 9
Formação Contínua de Aperfeiçoamento
e Actualização
- FTP39 105 499 4.024 173 37 76 413 124
9.539
- FRTAFEE40 60 206 3.198
- FCAAT41 139
- CAAIC42 28 69 388
Total 391 1.893 11.502 173 498 301 885 133 15.776
Figura 29 – Formação dos RH
30 Curso de Formação de Oficiais 31 Curso de Formação de Sargentos 32 Curso de Formação de Guardas 33 Curso de Promoção a Oficial Superior 34 Curso de Promoção a Capitão 35 Curso de Promoção a Sargento Ajudante 36 Curso de Promoção a Cabo 37 Curso Específico de Cavalaria 38 Formação em Fiscalização Rodoviária 39 Formação Técnica e Policial 40 Formação Sobre Resposta Táctica a Incidentes com Armas de Fogo em Estabelecimentos de Ensino 41 Formação Contínua de Aperfeiçoamento e Actualização de Trânsito 42 Curso de Actualização e Aperfeiçoamento em Investigação Criminal
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Neste domínio, durante o ano de 2010, a Guarda realizou diversas acções de formação que contribuíram sobremaneira para uma resposta policial mais eficiente e eficaz. Em seguida são elencadas algumas das acções concretizadas:
Investigação criminal nas mais diversas áreas e vertentes técnicas (mediante a realização dos cursos de ingresso na especialidade, recolha de vestígios, investigação de crimes em acidentes de viação, Identificação de vítimas de desastres, análise e informação criminal, negociação, investigação de crimes de drogas, seguimento e vigilância e cursos de actualização), tendo sido alvo desta qualificação 786 formandos;
Violência doméstica, mediante a realização de diversas acções de formação (curso de investigação e apoio a vítimas específicas, formação de chefes do núcleos de investigação e apoio a vítimas específicas), tendo sido alvo desta qualificação 69 formandos.
No que concerne à formação contínua, foram vários os esforços desenvolvidos pela Guarda no âmbito da concepção e operacionalização de acções de especialização e qualificação na área de investigação criminal, violência doméstica e incidentes táctico-policiais (Resposta Táctica a Incidentes com Armas de Fogo em Estabelecimentos de Ensino), visando o aumento da eficiência e eficácia do desempenho dos militares afectos à área operacional.
Estabeleceu-se uma Parceria com a Associação Sindical dos Oficiais dos Registos e Notariado (ASOR), que, através do seu Departamento de Formação, ministrou gratuitamente, formação qualificada em áreas como a Violência Doméstica e o Tráfico de Seres Humanos a militares da Guarda.
As acções de formação em apreço decorreram de forma descentralizada no território nacional, designadamente em Coimbra, Lisboa, Évora e Faro, e dotaram 50 militares/formandos de novos conhecimentos em matéria jurídica e psicossocial na área criminal, indispensáveis para o exercício das funções de que estão investidos.
Ainda no âmbito da prevenção criminal, a Guarda estabeleceu um Protocolo de Cooperação com a Agência Portuguesa do Ambiente, cujo objecto de cooperação se traduz pela operacionalização de acções de formação nas áreas de Especialização e Qualificação e Actualização e Aperfeiçoamento, nomeadamente em matérias de políticas e regimes jurídicos na área da protecção e conservação da natureza, e abordando naturalmente as formas de intervenção em caso de crimes ou atentados contra a natureza e o ambiente. Esta formação destinou-se à qualificação dos militares que compõe o Serviço de Protecção e Natureza e Ambiente da Guarda (SPENA/GNR).
No sentido de promover a segurança na internet e minimizar os riscos de atentados aos jovens, estabeleceu-se uma Parceria entre a Guarda (CDF) e a Portugal Telecom, para a concepção de conteúdos informativos a serem promovidos pelos Núcleos de Escola Segura durante Acções de Sensibilização junto de toda a comunidade escolar, a operacionalizar em 2011.
Na área dos incidentes táctico-policiais - Resposta Táctica a Incidentes com Armas de Fogo em Estabelecimentos de Ensino - importa referir a concepção de vários dispositivos de formação e preparação dos militares para uma eficaz resposta táctica a incidentes com Armas de Fogo em Estabelecimentos de Ensino. Estes conteúdos (dispositivos) foram disponibilizados através da intranet e promovidos através de acções de formação presencial e em cadeia, no sentido de abarcar, tanto quanto possível, o efectivo da Guarda.
Neste âmbito, foram realizadas 732 acções de formação e, em resultado, promoveu-se a formação de 7.000 militares da GNR afectos à actividade operacional. Este projecto dilata-se no tempo, sendo permanentemente monitorizado no que concerne à sua implementação e à necessidade de evolução de conteúdos, face à possível alteração do seu paradigma, quer devido à alteração da envolvente sociológica quer das envolventes legais e/ou operacionais.
Quanto a novos conteúdos para as plataformas de e-learning existentes e incentivo à sua utilização, importa citar as seguintes acções desenvolvidas:
Foram ministradas mais de 100 horas de formação para e-formadores, destinadas aos formadores da Escola da Guarda, tendo sido desenvolvidos novos conteúdos em diversas disciplinas e inseridos no portal da formação, estando actualmente a servir de suporte, não somente aos cursos em regime de b-learning, como
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também aos cursos presenciais, onde tais conteúdos complementam os habituais manuais e apoiam a tutoria efectuada pelos formadores.
O incentivo da utilização dos conteúdos inseridos no Portal da Formação, tem sido efectuado, sobretudo, ao nível da divulgação aos formandos aquando da sua frequência de acções de formação, podendo, no entanto, vir a ser aumentado de forma significativa, caso a qualidade e a quantidade dos conteúdos assim o justifiquem, como se espera que aconteça se as actividades e tarefas inclusas no Plano de Actividades da GNR para 2011 se concretizarem, nomeadamente no que diz respeito às ferramentas e recursos a afectar ao projecto de Formação Assistida por Tecnologias de Informação.
Uma outra área de intervenção estratégica preconizada foi a formação em investigação criminal no âmbito do Curso de Promoção a Capitão, enquanto Componente Formativa da Especialidade, e a qual visa a preparação destes futuros Comandantes de Destacamento para uma intervenção proactiva e sistemática em matéria criminal.
Simultaneamente, esta formação da especialidade foi também ministrada ao Curso de Promoção a Cabo, onde os conteúdos foram adaptados de acordo com as funções e necessárias competências dos militares deste posto.
Número de militares que concluíram acções de formação internas e externas
Observando o quadro anterior, verificamos que a formação se estendeu de forma transversal a todas as categorias profissionais, nas modalidades de formação inicial, promoção, especialização/qualificação e aperfeiçoamento e actualização, tanto na vertente interna como na vertente externa, abrangendo um total de 15.776 militares e civis, o que equivale a cerca de 2/3 do efectivo da Guarda.
As acções de formação foram asseguradas pelas Entidades formadoras da GNR com recurso às próprias instalações (Formação Interna) e, ainda, foram desenvolvidas um conjunto de acções de formação em ambiente externo (Formação Externa).
Número de militares que concluíram cursos de formação de ingresso e cursos de formação contínua
Cursos de formação de ingresso
No ano de 2010, os diferentes Cursos de Formação de Oficiais ministrados na Academia Militar contaram com 252 formandos, tendo ingressado nos Quadros da Guarda 40 Oficiais habilitados com o grau de mestre.
Concomitantemente, decorreram o 31º, 32º e 33º CFS, integrados em diferentes anos lectivos (516 formandos), tendo ingressado na Categoria de Sargentos 114 militares que terminaram o 31º Curso.
O Curso de Formação de Guardas, com 1.033 formandos, teve início em 2 de Dezembro de 2010 e decorrerá até 20 de Setembro de 2011.
Cursos de formação contínua
No âmbito da Formação Contínua de Actualização e Aperfeiçoamento, 9.539 profissionais foram alvo de formação, distribuídos pelas áreas de Formação Técnica e Policial, Formação sobre Resposta Táctica a Incidentes com Armas de Fogo em Estabelecimentos de Ensino, Formação na área do Trânsito e Formação na área da Investigação Criminal.
Discriminação por áreas técnico-policiais e outras
Ao nível dos cursos de qualificação ou especialização e formação contínua de aperfeiçoamento e actualização, com elevado peso da componente técnico-policial, 13.080 profissionais foram sujeitos a formação e considerados aptos a desenvolver a respectiva actividade específica no cumprimento da missão GNR, em prol do serviço público e do país.
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Decorrente das competências atribuídas em matéria de Investigação Criminal, a Guarda continua a investir acentuadamente na formação de especialistas nesta área. O ano de 2010 não foi excepção e concluíram com aproveitamento Cursos de Investigação Criminal 383 militares.
Com o objectivo de potenciar as acções de prevenção/fiscalização, quer no âmbito rodoviário, quer no âmbito da protecção da natureza e do ambiente, em 2010 a GNR proporcionou formação nestas áreas ao seu efectivo, tendo qualificado 59 militares no âmbito da especialidade SEPNA e 118 formandos especialistas em fiscalização rodoviária.
Na área crítica do manuseamento de armas de fogo a Guarda formou 24 militares com o Curso de Instrutores de Tiro.
6. Beneficiação de Infra-estruturas e Equipamento
Infra-estruturas
O património imobiliário afecto à GNR, embora muito vasto, evidencia níveis de degradação muito elevados, necessitando de intervenções céleres, de forma a assegurar um acréscimo qualitativo das condições em que é exercida a sua actividade, com reflexos substanciais na qualidade e eficácia da sua actuação junto das populações.
No que diz respeito à execução de beneficiações de infra-estruturas constantes do Plano de Obras para 2010, que fazia parte integrante do respectivo Plano de Actividades, embora a implementação da actual Lei Orgânica da GNR, implicasse a adaptação, reabilitação e modernização das infra-estruturas e equipamentos, registou-se nos anos subsequentes à sua entrada em vigor e que 2010 não foi excepção, uma taxa de concretização muito abaixo das expectativas e das reais necessidades da GNR, uma vez que não foram atribuídas verbas para a sua realização.
Unidade /Órgão
Plano de Instalações e Equipamentos 2010 Fonte Realização
Designação da intervenção Valor previsto OE PIDDAC S/N Valor
USHE Reparação e Pintura Exterior de Fachada de Edifício do Cmd da USHE 42.000 X N
UCC Montagem do Cais de Ancoragem em V. R. S. António 20.000 X N
UCC Pintura Exterior do Edifício do Cmd da UCC 20.000 X N
UAF Remodelação de Instalações para Alojamento do Dest Pesquisa da UAF-Beato 25.000 X N
EG Reparação da Cobertura e Pintura Exterior do Edifício de Sargentos do CFFFoz 30.000 X N
EG Reparação da Cobertura e Pintura Exterior do Edifício de Oficiais do CFFFoz 30.000 X N
CTER Aveiro Reparação e Pintura Geral do Quartel do CTer de Aveiro 30.000 X N
CTER Beja Reparações Diversas no PTer de Minas de S. Domingos 50.000 X N
CTER Bragança Reparação da Cobertura do PTer de Macedo de Cavaleiros 25.000 X N
CTER Castelo Branco Reparações Diversas no PTer de Penamacor 60.000 X N
CTER Castelo Branco Reparações Diversas no PTer de Teixoso 30.000 X N
CTER Évora Substituição da Cobertura e Reparações Diversas no PTer de Telheiro 100.000 X N
CTER Évora Remodelação de Instalações Sanitárias Femininas do CTer de Évora 35.000 X N
CTER Faro Reparações Diversas no DTer de Albufeira 45.000 X N
CTER Guarda Reparações Diversas no PTer de V. N. de Tázem 60.000 X N
CTER Guarda Reparações Diversas no PTer de Almeida 60.000 X N
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Unidade /Órgão
Plano de Instalações e Equipamentos 2010 Fonte Realização
Designação da intervenção Valor previsto OE PIDDAC S/N Valor
CTER Leiria Reparação e Pintura Exterior de Fachadas do PTer de Peniche 42.000 X N
CTER Leiria Reparação da Cobertura e Pintura Geral do Edifício do DTer de Pombal 150.000 X N
CTER Lisboa Reparação do Terraço da Casa de Função do DTer de Torres Vedras 25.000 X N
CTER Lisboa Remodelação de I.S. do PTer de Rio Maior 42.000 X N
CTER Lisboa Reparações Diversas no PTer de Pero Pinheiro 50.000 X N
CTER Portalegre Impermeabilização da fachada do PTer de Niza 30.000 X N
CTER Portalegre Reparações Diversas no PTer de Fronteira 50.000 X N
CTER Portalegre Reparações Diversas no PTer de Monforte 50.000 X N
CTER Porto Isolamento e Pintura de Paredes Exteriores do PTer de Paredes 36.000 X N
CTER Porto Reparação da Cobertura e Pintura Geral do Edifício do PTer de Medas 50.000 X N
CTER Santarém Reparações Diversas no PTer de Tomar 143.000 X N
CTER Setúbal Reparações Diversas no DTer do Montijo 20.000 X N
CTER Setúbal Reparação da Cobertura e Pintura Geral do Edifício do PTer de Grândola 50.000 X N
CTER V. Real Reparação da Cobertura e Interior do PTer de Sabrosa 30.000 X N
CTER Viseu Pintura Interior do PTer de Castro Daire 10.000 X N
CTER Viseu Reparações Diversas no PTer do Caramulo 60.000 X N
TOTAL 1.680.000
CG Remodelação do Centro de Comando e Controlo Operacional (CCCO) do CG 180.000
X S 49.500
CO Compartimentação do Laboratório de Criminalística da DIC 110.000 X N
CARI Remodelação de Instalações para Farmácia do Centro Clínico 100.000 X N
CARI Remodelação de Instalações para o Centro de Psicologia e Intervenção Social no CARI 50.000 X N
UNT Reconstrução de Pisos do Edifício dos Dest Acção Conjunta da UNT e Dest Trânsito do CTer Porto 75.000 X N
CTER Aveiro Substituição da Cobertura e Pintura Geral do Edifício do PTer de Lourosa 60.000 X N
CTER Aveiro Remodelação de Instalações para o Destacamento e Posto Territorial de Aveiro 60.000 X N
CTER Beja Substituição da Cobertura e Reparações Diversas no PTer de Salvada 80.000 X N
CTER Coimbra Substituição do Revestimento da Cobertura do PTer de Penacova 72.000 X N
CTER Faro Remodelação de Instalações para Sala de Situação do CTer de Faro 52.000 X N
CTER Guarda Reparações Diversas no DTer de Gouveia 100.000 X N
CTER Portalegre Remodelação de Instalações p/ Alojamento de Militares do CTer de Portalegre 90.000 X N
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Unidade /Órgão
Plano de Instalações e Equipamentos 2010 Fonte Realização
Designação da intervenção Valor previsto OE PIDDAC S/N Valor
CTER V. Real Construção de Celas, Reparação da Cobertura e Interior do PTer de Santa Marta de Penaguião 61.000 X N
CTER V. Real Reparação Geral do Edifício do PTer de Murça 90.000 X N
TOTAL 1.000.000
49.500
Figura 30 – Avaliação da execução do Plano de Obras para 2010
Por determinação do Exmo. GCG foram contudo realizadas as intervenções abaixo descriminadas embora não constassem do Plano de Obras para 2010, mas devidamente justificadas por motivos de impreterível urgência:
Unidade /Órgão
Plano de Instalações e Equipamentos 2010 Fonte Realização
Designação da intervenção Valor previsto OE PIDDAC S/N Valor
CTER Lisboa Reparação do Colector de Águas Residuais Domésticas N/A
X S 4.840
Figura 31 – Obras executadas em 2010
No âmbito da Lei de Programação de Infra-estruturas e Equipamentos, foram desenvolvidos diversos investimentos, sob a égide da Direcção-Geral de Infra-estruturas e Equipamentos do MAI (DGIE), que se traduzem no reforço e qualificação do parque de edifícios afectos à GNR, fundamentais para o apoio operacional, proporcionando uma actuação mais eficiente e qualificada.
Durante o ano 2010 foram recepcionados, via DGIE, as seguintes instalações:
Novos Quartéis
o DTer da Charneca da Caparica;
o PTer da Costa da Caparica;
o PTer de Vila de Rei;
o PTer da Ponte da Barca;
o PTer de Amares;
o PTer de Arouca.
Novas Carreiras de Tiro
o CTiro de Soure.
Grandes Intervenções (Remodelações)
o DTer de Silves;
o PTer de Caminha;
o Rede de Água do CFFFoz.
Média Intervenção
o Cobertura do Edifício de Cmd da USHE;
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o Cobertura do Picadeiro do 4º Esquadrão da USHE;
o Cobertura e Rede de Água do PTer de V. N. de Cerveira;
o Cobertura do PTer de Fátima;
o Cobertura do PTer da Mealhada;
o Reparações no DTer das Caldas da Rainha;
o Reparações no PTer de Avança.
Durante o ano de 2010 foram iniciadas e não concluídas, pela DGIE, as seguintes intervenções:
Novos Quartéis
o PTer de Lordelo (Parede);
o PTer de Resende;
o PTer de Sobral de Monte Agraço;
Grandes Remodelações
o PTer de Trancoso;
o PTer do Cercal do Alentejo;
o PTer de Alcoutim;
o Sala do CCCO do CG da GNR;
o Enfermaria do Centro Clínico da GNR
Equipamento
No que diz respeito à aquisição de novo material, considerando a importância da medida, no sentido de garantir elevados padrões de resposta policial, acrescida segurança aos profissionais da GNR, bem como uma maior eficiência na prevenção e combate ao crime, foram atribuídas 278 viaturas destinadas maioritariamente ao serviço operacional, num montante global de € 4.582.536,47. Foram recebidos os seguintes equipamentos, no valor total de € 2.009.057,14:
4000 pistolas Glock, no valor de € 1.234.200,00;
4000 coldres para pistola Glock, no valor de € 160.688,00;
585 coletes anti-bala, no valor de € 614.169,14.
7. Sistemas e Tecnologias de Informação
Orientações estratégicas em matéria de Sistemas e Tecnologias de Informação
Projectos plurianuais, transversais e de grande interacção com o cidadão
Integrado no âmbito do Plano Tecnológico do MAI e enquadrada no Programa de Formação e Qualificação dos quadros da Guarda em Tecnologias de Informação, em 2010 foi ministrada pela RNSI, formação de formadores a 30 militares, habilitando-os à utilização dos recursos tecnológicos de utilização colectiva.
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Neste domínio foi ainda consolidada a rede SIRESP, tendo igualmente sido desenvolvido um esforço no sentido de qualificar 120 formadores, visando a posterior formação de 7000 utilizadores de terminais rádio, entretanto distribuídos a nível nacional.
Enquanto entidade formadora, a Guarda ministrou formação da rede SIRESP a entidades externas, designadamente a 40 elementos civis pertencentes a entidades como a Câmara Municipal de Lisboa, o Metro de Lisboa, o SEF, a PJ, o SIS, o SSI e o INEM, entre outros.
No decurso do ano 2010, foram desenvolvidas acções que visaram proceder à migração progressiva da rede da Guarda para a RNSI, tendo sido executadas, para esse efeito, obras de remodelação em 40 infra-estruturas tecnológicas e migrados os equipamentos terminais em 50 quartéis. O esforço de migração dos terminais será continuado, prosseguindo o objectivo da utilização de uma rede única e segura para a Guarda e que permitirá, a curto prazo, uma diminuição significativa de custos de manutenção e de investimento programacional, ao mesmo tempo que se alcançará um acréscimo da segurança e rentabilidade operacional.
No âmbito do Plano Tecnológico do MAI, a implementação do SIIOP, enquanto tecnologia de Informação e conhecimento de suporte à actividade operacional, constitui-se como uma necessidade estrutural essencial ao funcionamento e modernização da GNR. Nesse sentido, têm sido desenvolvidas acções que visam o alargamento do SIIOP/GNR, mediante a extensão de uma plataforma digital ao território nacional continental ainda não coberto (cerca de 65%), na vertente de serviços de segurança pública, (SIIOP), promovendo sinergias entre os cidadãos e os agentes da entidade operadora, e cuja intervenção tem sido desencadeada num relacionamento estreito da GNR com a Unidade de Tecnologias de Informação e Segurança (UTIS) do MAI.
No seguimento dessas acções, foi apresentado um Projecto (Componente Física de Rede para o SIIOP/GNR) que sustenta a candidatura ao Sistema de Apoios à Modernização Administrativa (SAMA) do Programa Operacional Factores de Competitividade (POFC), tendo esta sido recentemente aprovada, prevendo-se o seu início em Fevereiro de 2011.
Foi ainda concluída a primeira fase da instalação do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa Portuguesa (SIVICC), em substituição do obsoleto sistema de controlo de costa (LAOS) que equipava a ex-Brigada Fiscal da GNR. Para o efeito, entraram em funcionamento 2 Postos de Observação Fixos e 3 Postos de Observação Móveis. A Guarda e as demais entidades envolvidas no processo continuarão a encetar os necessários trabalhos e esforços para que o SIVICC seja uma realidade que permita dotar a Instituição e o país com os meios de controlo da actividade junto à orla costeira, essencial para o combate aos fenómenos criminais que se podem verificar nesta área de grande sensibilidade.
Plano Nacional de Videovigilância
Neste domínio, importa salientar que a GNR continua empenhada no reforço da utilização de novas tecnologias, designadamente dos sistemas de videovigilância, visando a prevenção e o combate às diversas formas de criminalidade e o aumento da segurança das populações.
O ano 2010 permitiu o desenvolvimento do Projecto SINAVIF, que visa garantir a prevenção, a resposta rápida e o apoio à coordenação do combate aos incêndios florestais. O projecto encontra-se em fase de ponderação das possíveis modalidades de financiamento.
Programas especiais apoiados em georeferenciação
No âmbito da plataforma “Central de Alarmes” prevê-se a recepção dos meios informáticos necessários para equipar 18 Salas de Situação existentes nos 18 Comandos Territoriais do continente, de modo a gerir os alarmes em funcionamento ao abrigo dos Programas “Táxi Seguro”, “Abastecimento Seguro” e “Farmácia Segura”, melhorando-se a capacidade operacional da Guarda para responder às ocorrências em tempo oportuno, com eficácia e eficiência.
Estão ainda previstas acções que contemplem a implementação de novas tecnologias de georeferenciação no âmbito de programas de prevenção da criminalidade, nomeadamente nos projectos “Residência Segura”, “Algarve Seguro” e “Segurança em Meio Rural”.
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Neste quadro, foi ainda desenvolvido um protótipo de um sistema de georeferenciação de patrulhas através da utilização dos terminais de rádio SIRESP.
Tecnologias aplicadas à actividade operacional
Durante o ano de 2010 a Guarda prosseguiu a sua aposta no desenvolvimento sistémico e estruturado das novas tecnologias da informação e das comunicações, com vista à qualificação do seu produto operacional.
Num lógica de continuidade, manteve-se o esforço no âmbito dos programas específicos de policiamento e prevenção, na sua vertente tecnológica, nomeadamente, queixa electrónica, perdidos e achados, violência doméstica, contra-ordenações de trânsito, polícia automático, alargamento do Sistema AFIS, bem como, à reestruturação do site da GNR e ao recrutamento electrónico.
Sistema de Queixa Electrónica (SQE)
Este Sistema entrou em funcionamento em Janeiro de 2008, visando facilitar a apresentação de queixas relativas a um conjunto de dezoito crimes, num suporte que garantisse uma maior proximidade da Administração Pública ao cidadão.
Durante o ano de 2010, apesar da existência de alguns problemas de ordem técnica, foram registadas 991 queixas no SQE, das quais 337 destas foram confirmadas mas os respectivos queixosos/denunciantes, procedendo-se ao tratamento de 137 queixas e à remessa das mesmas ao Ministério Público.
Violência Doméstica
No decurso de 2010, a GNR registou 12.742 ocorrências de violência doméstica, correspondendo a um aumento de 10,37 % de casos face ao ano anterior.
Este aumento do número de denúncias e de situações reportadas pela GNR poderá resultar, em grande medida, da crescente sensibilização, tanto da opinião pública como das forças de segurança para a problemática da violência doméstica, bem como da formação entretanto ministrada nos diversos Comandos e subunidades da GNR, que se traduziu num acompanhamento mais próximo do fenómeno.
Sistema de Contra-Ordenações de Trânsito (SCoT)
A execução deste programa esteve a cargo da vertente de Trânsito da GNR e tem vindo a consolidar a sua posição como instrumento principal no apoio à actividade operacional, nas matérias atinentes à fiscalização rodoviária, constituindo-se como elemento catalisador no quadro de renovação de métodos e procedimentos operacionais. No final do ano de 2010 entrou em produção o módulo respeitante às contra-ordenações indirectas, permitindo uma maior celeridade processual no tratamento dessas infracções.
No decurso do ano de 2010 foram levantados através deste programa cerca de 1.000.000 autos de contra-ordenação rodoviária.
Polícia Automático
Foi implementado e alargado o sistema «Polícia Automático», constituindo-se como um meio que permite a melhoria e, consequentemente, o aumento da eficácia da actividade policial, contribuindo para uma diminuição do tempo de recuperação de viaturas furtadas ou que sejam alvo de falsificação de matrículas.
Este projecto possibilitou um aumento de eficácia operacional na prevenção da criminalidade associada ao furto e roubo de veículos, mas também na verificação e combate às situações de ilegalidade relativas ao seguro de responsabilidade civil automóvel.
No ano de 2010 foram efectuadas 759.686 leituras de matrículas, tendo sido detectadas 10.950 viaturas sem seguro e 3.844 viaturas furtadas ou roubadas.
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Alargamento do Sistema AFIS
Este projecto veio dar resposta à necessidade de efectuar a implementação, a nível nacional, de uma matriz de equipamentos que permite registar e obter, em tempo real, dados biométricos. Para o efeito, objectivando a operacionalidade do sistema, acções de formação e adaptação à Estação de Trabalho AFIS.
Foram ainda desenvolvidas, um conjunto de auditorias aos Núcleos Técnico-Periciais (NTP), tendo por objectivo preparar a instalação e apoiar a sua entrada em funcionamento. Com efeito, prevê-se para breve o inicio de funcionamento das diversas Estações de Trabalho AFIS.
Tecnologias aplicadas às actividades de apoio
Reestruturação do site da GNR na Internet
Tendo por objectivo contribuir para a modernização da imagem da Instituição, bem com garantir a publicação de conteúdos de forma mais orientada às necessidades do cidadão, em 2010 foi implementada a 5ª versão do Site Oficial da GNR.
Outro objectivo inerente à sua reestruturação, prende-se necessariamente com sua projecção como um site de referência no âmbito do e-Government enquanto veículo indispensável ao exercício da Cidadania Digital em Portugal.
Nesta versão procedeu-se à remodelação e revisão global de conteúdos que existiam na versão anterior.
Paralelamente implementaram-se formas de interacção com as redes sociais e disponibilizou-se uma maior quantidade de serviços on-line ao cidadão.
Recrutamento electrónico
A sua implementação remonta ao ano de 2008 e teve como objectivo, simplificar e desmaterializar os processos de candidatura à Guarda.
Assim, no sítio da GNR, foram disponibilizados os formulários de candidatura, com possibilidade de preenchimento on-line da respectiva documentação, bem como de anexação dos documentos exigidos no concurso.
Saliente-se, aliás, que em 2010 o recrutamento da para o Curso de Formação de Guardas, com vista ao seu ingresso no quadro da GNR, foi realizado exclusivamente através do Portal de Recrutamento, o qual registou um volume de 111.628 visitas no período entre 30 de Abril e 16 de Maio, o que correspondeu a uma média diária superior a 6.500 acessos.
Portal da Formação
Este portal disponibiliza a todos os intervenientes no processo formativo, um conjunto de funcionalidades interactivas e colaborativas, que potenciam a melhoria da qualidade da formação e os próprios resultados da avaliação individual, nomeadamente através do acesso a repositórios multimédia, fóruns de discussão, agendas multi-utilizador, actividades de grupo, entre outras funcionalidades.
Ao nível dos gestores da formação, pode constituir uma ferramenta de apoio ao processo de tomada de decisão, nomeadamente porque permite disponibilizar indicadores de acesso e utilização selectiva.
Sistema de Gestão de Recolha e Tratamento de Dados da Formação
Baseado em software residente em servidor, este sistema permite aos utilizadores devidamente credenciados, a criação, distribuição, gestão e tratamento de questionários, provas, inquéritos e outros instrumentos de recolha de dados, que depois de compilados passam a constituir um repositório único, parametrizável à medida das necessidades dos diferentes utilizadores do sistema, de forma a produzir a informação necessária à avaliação, não somente do formando e da formação, mas sobretudo de todo o processo formativo.
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Sistema de Informação Contabilística (SIC Plus)
Saliente-se que em 2010, com o objectivo de permitir um controlo eficaz e fiável de todos os fluxos financeiros, foi desenvolvido um upgrade do SIC (Sistema de Informação Contabilística). Este upgrade designado SICPlus, actua mediante uma ligação directa ao SIC, e que lhe valeu a nomeação para a 8.ª Edição do Boas Práticas no Sector Público, numa parceria da Deloitte e Diário Económico.
Este Sistema apesar de não consubstanciar um verdadeiro ERP permite, contudo, concentrar toda a informação em tempo real, independentemente do local, bem como, tratar essa informação e disponibiliza-la para utilização no processo decisório.
Este Sistema gere toda a informação Contabilística e Financeira da Guarda, complementando a Base de Dados existente no SIC da Reforma Administrativa e Financeira do Estado (RAFE). O SicPlus constitui assim um software que fornece um conjunto de dados e indicadores imprescindíveis para uma adequada gestão dos recursos financeiros da Guarda. Na verdade, são disponibilizados outputs fundamentais para o cumprimento dos objectivos e das obrigações impostas aos serviços da Administração Pública.
O SICPlus integra as seguintes aplicações:
Conta de Gerência: obtêm os dados dos sistemas financeiros existentes, nomeadamente o SIC, SICPIDDAC e SicPlus, gerando os “reportes” que suportam a Conta de Gerência, exigida aos Serviços e Organismos da Administração Publica com Autonomia Administrativa, de forma automática.
LinkRafe: constitui uma plataforma que simplifica a sincronização do RAFESIC com o Instituto de Informática (II).
Numa análise à operacionalidade do sistema, verifica-se que os 1.521 utilizadores registados efectuaram 710.581 registos no SicPlus. Salienta-se que destes, apenas 95.509 são relativos ao Ciclo da Despesa.
A reengenharia dos processos, induzida pela implementação do SicPlus, versou essencialmente na descentralização das operações de execução e recolha de dados, ao mais baixo escalão possível, ao nível dos Postos Territoriais, bem como ainda na centralização da informação em tempo real, incidindo especialmente nos ciclos de despesa e receita. Desta forma, a análise passou a ser realizada através do sistema informático, com dados actualizados no momento, de uma forma célere e oportuna.
No que concerne à despesa, a descentralização do registo das necessidades, consubstanciadas nas requisições internas, até ao nível de posto territorial e a implementação do registo de cabimentos por classificação analítica, tem permitido conhecer melhor as necessidades da Guarda e racionalizar a execução orçamental, possibilitando ainda aferir e comunicar, as necessidades da Guarda às entidades que controlam a evolução dos créditos orçamentais.
Também ao nível da Receita se sentiram grande s alterações, as quais permitiram também acelerar os processos de emissão e cobrança e o respectivo controlo, por via da emissão de Documentos Únicos de Cobrança, com numeração única a nível nacional, e encaminhados em circuitos bem definidos e controlados até à conciliação bancária.
Com efeito, foi possível reduzir o tempo que medeia a emissão e a respectiva cobrança de três meses para três dias, o que inclui a transferência dos valores cobrados nas Unidades Orgânicas até aos cofres do Tesouro, já devidamente auditados.
Plataforma Electrónica de Contratação Pública (VortalGOV)
Com a entrada em vigor do Código dos Contratos Púbicos, advieram para as instituições públicas determinadas obrigações ao nível da operacionalização da Plataforma Electrónica de Contratação Pública (VortalGOV) e ainda a obrigação de colocar na página oficial uma área dedicada à contratação pública exercida pela instituição.
Esta plataforma permite às entidades públicas adjudicantes e respectivos concorrentes, a realização de negócios em condições de mercado perfeitas, pois esta plataforma integra, por via electrónica, todas as fases do processo de contratação pública, desde a publicação do anúncio até à assinatura electrónica do contrato, fazendo com que as transacções sejam mais seguras, confidenciais, rápidas, transparentes, simples e eficazes.
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Sistema Integrado de Gestão Logística (SIGLOG)
Aplicação desenvolvida especificamente para a Guarda, essencialmente, como uma ferramenta de registo do material, de modo a permitir controlar as cargas e a sua localização. Esta ferramenta, que está em actualização, dispõe dos seguintes módulos: património, casas e quartéis do Estado e equídeos.
8. Análise da execução das fichas Projecto/ Actividade concorrentes e não concorrentes para os Objectivos Operacionais
A análise relativa à execução das fichas Projecto/Actividade e respectiva comparação face à sua previsão, será desenvolvida numa estrutura semelhante à apresentada no Plano de Actividades de 2010, proporcionando uma interpretação clara dos resultados atingidos e dos desvios ocorridos.
Considerando a sua extensão e complexidade, optou-se por remeter toda essa análise em Anexo ao presente relatório.
Importa clarificar que o Plano de Actividades de 2010 possui uma associação coerente com o Orçamento aprovado, tanto na componente orçamental de despesa como na componente de receita. Porém, em virtude da dimensão da própria GNR, aliada à inexistência de um Sistema de Gestão Integrado, não é possível descriminar com exactidão a afectação de recursos com algumas das actividades de apoio e suporte à actividade desenvolvida.
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II.C. Afectação real e prevista dos recursos humanos, materiais e financeiros
1. Recursos Humanos
A GNR tem ao seu serviço pessoal militar e civil. Os militares da GNR dispõem de um estatuto próprio - o Estatuto dos Militares da Guarda Nacional Republicana, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 297/2009 de 14 de Outubro. Conforme se dispõe nos artigos 19º da LOGNR e 5º do referido diploma, os militares da GNR estão sujeitos à condição militar, nos termos da Lei de Bases Gerais do Estatuto da Condição Militar.
Da condição militar do pessoal da GNR decorrem as restrições ao exercício de certos direitos, liberdades e garantias, que vigoram igualmente para os militares das Forças Armadas, nos termos da Lei de Defesa Nacional e das Forças Armadas. Quanto ao pessoal civil ao serviço da GNR, é-lhe aplicável o estatuto dos funcionários e agentes da administração pública.
O pessoal civil a desempenhar funções na GNR, está sujeito aos deveres e goza dos direitos previstos na lei geral para os demais funcionários e agentes da Administração Pública.
Os militares da Guarda agrupam-se, hierarquicamente, nas seguintes categorias profissionais, subcategorias e postos:
Figura 32 – Categorias profissionais militares da GNR
A situação de pessoal militar, seguidamente apresentada, tem por referência o Mapa Geral de Pessoal Militar da Guarda Nacional Republicana, aprovado pelo Despacho n.º 8372/2010, de 18 de Maio.
A Guarda em 31 de Dezembro de 2010 tinha em exercício de funções 24.108 militares e civis, distribuídos da seguinte forma:
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Figura 33 – Recursos Humanos em 2008 - 201043 44
Analisando os dados supra referidos, verifica-se que em 2010, comparativamente ao ano anterior, a Guarda sofreu uma redução considerável dos seus recursos humanos. A diferença entre períodos homólogos, a 31 de Dezembro, cifra-se em 1.330 (Balanço Social 2010, Quadro 8). Estas perdas têm ênfase no número de efectivos que passaram à reserva durante o ano e no facto de não ter sido atenuado por novas entradas, dado que não foi autorizado o Concurso em 2009, para o Curso de Formação de Guardas, cujas admissões ao quadro teriam lugar em 2010.
Saliente-se que, na tentativa de fazer face à redução de efectivos, o MAI procedeu em 2010 à abertura de vagas para a admissão ao Curso de Formação de Guardas, tendo em vista o seu ingresso no quadro da GNR. Nesse sentido, considerando a evolução dos efectivos da GNR entre 2000 e 2009, a alteração das respectivas áreas geográficas de intervenção e a população nelas residente, foram atribuídas à Guarda 1.000 vagas para admissão ao Curso de Formação de Guardas, por despacho de Sua Excelência o Ministro da Administração Interna.
Importa destacar que foi possível, através da abertura de vagas citada anteriormente, aumentar a candidatura de mais mulheres com vista o seu ingresso no quadro, frequentando, neste momento, o respectivo alistamento 118 mulheres.
Análise da execução dos RH previstos no QUAR 2010
Relativamente à taxa de execução dos recursos humanos face aos planeados no QUAR 2010, verificamos pelo quadro seguinte, que por força das variações ocorridas no efectivo da Guarda, agravada pela não inclusão dos Guardas provisórios ainda em frequência do Curso de Formação de Guardas, registou um desvio fixado em 15.762 pontos, ponderado o valor de pontos planeados em 172.806.
43 Os dados representados graficamente tem subjacente a seguinte informação:
- Oficiais 2008 - 2010 - Prestam serviço na Guarda Nacional Republicana 34 Oficiais do Exercito em Comissão de Serviço no âmbito da LVCR. - Civis 2008 - Além dos 619 civis do quadro, a Guarda detinha ainda 24 em contrato administrativo de provimento, 92 contratados em regime de avença, 375 contratados a tempo parcial, e 1 requisitado a outro serviço. - Civis 2009 - Além dos 591 civis do quadro, mencionados na figura a Guarda detém ainda 24 em contrato administrativo de provimento, 82 contratados em regime de avença e 337 contratados a tempo parcial. - Civis 2010 - Incluí o pessoal contratado a tempo parcial para execução da limpeza dos Postos da Guarda e outras instalações. - Efectivos considerados para Balanço Social em 31DEC2010, conforme dados constantes no SIOE.
44 No BS não são incluídos: - Militares e Civis da Guarda em funções em organismos nacionais externos à GNR - Militares e Civis da Guarda em funções em organismos internacionais externos à GNR
734 757 729
2.532 2.650 2.550
21.470 21.355
19.930
619 591 899
2008 2009 2010
Oficiais Sargentos Guardas Civis
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Figura 34 – Análise da execução dos RH previstos no QUAR 2010
2. Recursos Materiais
A logística está intimamente ligada à estratégia da Guarda e traduz-se na capacidade para fazer acontecer, pois constitui um processo transversal a toda a organização, assente numa rede de fluxos físicos e informacionais, que visa responder no momento, na quantidade e no local apropriados, potenciando o desempenho operacional.
Deste modo, a gestão dos recursos materiais deve orientar-se para a racionalização de meios e para a eficiência na afectação de recursos públicos assente, por um lado, no modelo de partilha de actividades comuns e, por outro lado, numa plataforma de funcionamento em rede, que abrange especialmente as actividades de natureza administrativa e logística
Foi também através de uma política de gestão criteriosa dos recursos materiais que a Guarda cumpriu, com êxito, a sua Missão.
Enquanto entidade gestora de um vasto património, cuja dispersão geográfica constitui um factor que dificulta as medidas de preservação e de manutenção dos materiais e equipamentos, a implementação de um novo conceito logístico permitiu dar cumprimento às directrizes da Tutela quanto à contenção de despesa na Guarda.
Não seria verdade, se não disséssemos que com mais certamente faríamos melhor. No entanto, com os recursos disponíveis, a Guarda Nacional Republicana procurou continuar a garantir uma melhor funcionalidade dos seus serviços e um ambiente de maior segurança.
Planeamento e Reabastecimento
O planeamento logístico visa prever e actuar sempre em antecipação. Assim, só planeando o apoio logístico é possível obter, em tempo útil, no local apropriado e na quantidade e qualidade devidas, os recursos necessários ao bom desempenho operacional.
Neste âmbito, o planeamento passou a dispor de uma lógica consolidada através da agregação de necessidades promovida pelo Plano Logístico da Guarda, em alinhamento com a proposta de Orçamento e o Plano de Actividades da Guarda.
Através da função logística/reabastecimento foi possível desenvolver um conjunto de actividades cujo objectivo é o de fornecer todos os artigos necessários para equipar, manter e permitir a actuação das Forças da Guarda.
Foram ainda desenvolvidas actividades, no âmbito do tratamento de dados estatísticos, para a obtenção de elementos de apoio ao planeamento das necessidades da Guarda e à obtenção de indicadores dos níveis de gestão logística e
Recursos Humanos 1) Pontuação Existencias 31DEC2011 Planeados Desvio
Oficiais - Direcção superior 20 11 220 220 0
Oficiais - Direcção intermédia 16 117 1.872 1.872 0
Outros oficiais 12 600 7.512 7.200 -312
Sargentos 8 2.570 21.560 20.560 -1.000
Guardas 6 20.048 130.464 120.288 -10.176
Técnico Superior 12 41 1.860 492 -1.368
Coordenador Técnico 9 0 0 0 0
Assistente Técnico 8 24 248 192 -56
Encarregado geral operacional 7 0 0 0 0
Encarregado operacional 6 5 0 30 30
Assistente Operacional 5 829 4.645 4.145 -500
Assistente Operacional (Gflorestais) 5 409 4.425 2.045 -2.380
- 24.654 172.806 157.044 -15.762
Executados
TOTAL
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prestado apoio técnico às diversas Unidades, no âmbito da elaboração das especificações técnicas de diversos procedimentos aquisitivos.
De uma forma global os procedimentos desenvolvidos pela GNR, bem como aqueles de que foi beneficiária mas que a seu desenvolvimento foi assegurado pela UMC/MAI e ANCP, são reportados no quadro abaixo. Saliente-se que, por motivos de extensão, o quadro identificativo do conjunto de procedimentos aquisitivos desenvolvidos pela GNR durante o ano de 2010, é tratado em anexo ao presente relatório de actividades.
Procedimentos por tipologia Valor Adjudicado c/ IVA (€)
2009 2010
Ajuste Directo - Regime Geral 4.454.577,48 3.887.877,32
Concurso público 2.527.278,26 4.027.528,85
Procedimentos desenvolvidos pela UMC/MAI e ANCP 3.081.265,14 4.384.764,08
Total 10.063.120,88 12.300.170,25
Figura 35 – procedimentos aquisitivos desenvolvidos pela DRL durante o ano de 2010
Instalações e Equipamentos
Em 2010 consolidou-se a estrutura decorrente da nova Lei Orgânica da GNR, o que permitiu implementar o novo conceito logístico alicerçado no Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP) e no Sistema de Gestão do Parque de Veículos do Estado (SGPVE).
Em paralelo, a Lei de Programação de Instalações e Equipamentos das Forças de Segurança (LPIEFS) veio consubstanciar um conjunto de investimentos na modernização e operacionalidade das Forças de Segurança, nomeadamente os relativos a instalações, sistemas de tecnologias de informação e comunicação, viaturas, armamento e outro equipamento, tendo por base uma programação plurianual (2008 – 2012).
A Guarda, contudo, para além da fonte mencionada, direccionada, essencialmente, para obras de alguma envergadura, vai efectuando pequenos trabalhos de manutenção, com recurso a meios próprios num património vasto, e bastante antigo. Sem este valioso recurso, a degradação das infra-estruturas seria muito maior e implicaria o dispêndio de maiores verbas em intervenções tardias. Para além das necessárias intervenções de manutenção, muito ainda há a fazer quanto a trabalhos de modernização, aspecto fundamental e melhoria da funcionalidade com o objectivo último de garantir um serviço público de qualidade e excelência.
Também através da função logística manutenção se desenvolveu um conjunto de actividades com o objectivo de conservar o material em condições de operacionalidade e assegurar tais condições ao material que as não possui, por modernização, aperfeiçoamento ou modificação.
Meios de Transporte
Através da função logística transportes foi desenvolvido um conjunto de actividades que englobam o deslocamento de pessoal, de animais e de material, bem como a sua direcção e a gestão do equipamento e das instalações a ele associadas.
O parque de veículos da Guarda tem uma dimensão, dispersão e complexidade ímpares na Administração Pública, cobrindo todas as especificidades impostas pela sua missão. Nesse parque de meios de transporte encontram-se viaturas para o programa Tourist Patrol, viaturas auto para o patrulhamento e transporte de pessoal, viaturas especiais destinadas a valências específicas (a protecção da natureza e do ambiente, investigação criminal e intervenção e socorro, entre outras), viaturas blindadas para situações especiais e especialmente destinadas à participação em missões internacionais, viaturas de transportes gerais, viaturas de transporte de solípedes e canídeos e embarcações para controlo e patrulhamento do mar territorial e vigilância da orla marítima, entre muitas outras.
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A antiguidade do parque auto encerra em si uma verdadeira preocupação para a Guarda, com evidentes reflexos no desempenho operacional. Conforme se pode constatar no quadro abaixo, a grande maioria das viaturas tem entre 6 e 16 anos de idade, o que, aliado ao grande desgaste diário, dificulta de sobremaneira o serviço a desempenhar.
Idade das Viaturas Nº Viaturas %
≤ 6 Anos 1.422 24,45
> 6 Anos 686 11,80
≥ 10 Anos 2.808 48,28
≥ 16 Anos 460 7,91
≥ 20 Anos 440 7,56
Total 5.816 100
Figura 36 – idade das viaturas da GNR
Efectivo Animal
Outra das especificidades que diferenciam a Guarda das demais instituições públicas e a tornam única, são as valências de cavalaria e cinótecnicas, as quais revestem cuidados especiais nomeadamente com a saúde e alimentação deste efectivo. Abaixo se indica a evolução destes efectivos entre 2008-2010 e respectiva distribuição.
Figura 37 – Efectivo Animal 2008-2010
3. Recursos Financeiros
A execução orçamental em 2010 foi pautada pelas limitações dos meios financeiros disponíveis para fazer face às necessidades resultantes da Missão que a Guarda levou a cabo, quer de foro interno, quer ao nível externo.
Em termos globais, a despesa total (pagamentos) fixou-se nos € 889.919.251,93, o que responde a um acréscimo de 2,4% face a 2009. De referir que ao longo do ano foram implementadas algumas alterações remuneratórias, tipificadas no Decreto-Lei n.º 298/2009 de 14 de Outubro, no entanto, o estipulado no Artigo 14.º do mesmo diploma não foi cumprido, uma vez que tais recursos financeiros não foram atribuídos apesar de solicitados.
Analisando a execução das quatro Classificações Funcionais, a despesa relacionada com a Cooperação Externa – Classificação Funcional 1013 - foi reduzida em cerca de 52%, em virtude de não terem sido satisfeitas as reais necessidades de financiamento, o que implicou que se onerasse a Classificação Funcional 1033 – Forças de Segurança, com despesas que, normalmente, não lhe seriam imputadas.
580 555 526
274 278 284
2008 2009 2010
Canídeos
Solípedes
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Esta circunstância contribuiu também para que esta última Classificação Funcional (1033) regista-se um aumento global de 7%. De referir que ficaram por liquidar, entre outras, fundamentalmente despesas com a CGA no valor de € 5.598.570,05, pois não foram atribuídos os meios financeiros solicitados.
A despesa registada na Classificação Funcional 2014, registou um aumento de 14,5%, fixando-se nos €825.725,12, o que possibilitou que não fosse tão onerada a Classificação Funcional 1033, como tem acontecido nos anos transactos.
A despesa com Encargos de Saúde dos Militares e Civis da Guarda, registada na Classificação Funcional 2024, revela uma redução de 54,9% relativamente ao ano de 2009, não tendo sido considerada a dívida ao SNS de 2010, por ter sido transferido para o Ministério da Saúde, e porque não foi atribuída a dotação suficiente para a liquidação dos encargos assumidos. Desta forma, a despesa transitada para 2011 sofreu um aumento de cerca de 19M€ relativamente ao ano anterior.
Efectuando-se a análise da Execução pela perspectiva das Fonte de Financiamento, verifica-se que na Fonte de Financiamento 111 – Esforço Financeiro Nacional (OE) – Receitas gerais não afectas a Projectos Comunitários (FF111) houve um aumento de 2,64% e na Fonte de Financiamento 123 – Esforço Financeiro Nacional (OE) – Auto Financiamento - Receitas com Transição de Saldos (FF123) uma redução de 1,85%, relativamente ao ano de 2009.
Na FF123 e conforme o determinado a receita foi, prioritariamente, afecta a despesas de funcionamento de forma a garantir a actividade operacional, reduzindo contudo as despesas de Investimento previstas na Proposta de Orçamento, que apenas se realizaram a título excepcional.
Orçamento Proposto para 2010
A Proposta de Orçamento da GNR para 2010 (POE/MAI/GNR/10) foi elaborada em obediência aos limites definidos pelo Ofício-Circular n.º 2417, de 11 de Dezembro de 2009, do Gabinete de SE O SEAAI, levando em consideração as instruções difundidas pela Direcção Geral do Orçamento (DGO), através da sua Circular n.º 1354, Série A, de 4 de Dezembro de 2009 e tendo em conta a cativação decorrente da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril. O plafond atribuído teve em conta a necessidade de a Guarda contribuir para a redução global da despesa corrente do Estado, no sentido de serem cumpridas as metas orçamentais que o Governo se propôs atingir, facto que exigiu um esforço de poupança, especialmente nas despesas com Aquisição de Bens e Serviços.
Assim, tendo em conta o plafond e as atribuições específicas ordenadas pelo Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP), naturalmente sujeitas a critérios de racionalização e contenção das despesas, na FF 111 foram afectos especificamente € 30.000.000,00 para despesas com a Saúde, € 100.000.000,00 para Pensões de Reserva e € 690.000.000,00, perfazendo um total de € 820.000.000,00.
Na FF 123, tendo em conta a expectativa da Receita a cobrar em 2010, foram orçamentados os seguintes valores e que perfazem um total de € 42.305.520,00:
€ 9.815.605 – Abonos Variáveis ou Eventuais (AVE)
€ 8.692.531 – SAD/GNR
€ 2.910.750 – Investimento
€ 20.886.634 – Restantes despesas
Relativamente à Fonte de Financiamento 242 – Fundo Social Europeu – POPH (FF242) que integra o Centro Novas Oportunidades da GNR, foram orçamentados os seguintes valores e que perfazem um total de € 245.039,00:
€ 41.480,00 – Remunerações Certas e Permanentes (RCP)
€ 203.559,00 – Funcionamento e Investimento
A sujeição a um limite orçamental determinado pelo citado plafond, obrigou à redefinição e ajustes de algumas actividades, com a supressão de alguns projectos que passaram a figurar como projectos de intenções a desenvolver mediante o necessário desbloqueio de meios financeiros que muitas vezes acabou por não se verificar
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Por imposição do Ministério das Finanças e da Administração Pública (MFAP), foi constituída uma reserva de 2,5% do montante total da despesa orçamentada para 2010, nos termos da Circular já referida, cujo valor atingiu € 17.250.000,00 na FF111 e € 840.325,00 na FF123, conforme se discrimina no quadro seguinte:
GRUPOS DE DESPESA FF 111 FF123 TOTAL
Remunerações Certas e Permanentes 14.104.388 0 14.104.388,00
Abonos Variáveis ou Eventuais 439.387 245.393 684.780,00
SAD GNR 0 0 0
Pensões de Reserva 0 0 0
Outras Despesas Segurança Social 1.844.373,00 10.000,00 1.854.373,00
TOTAL DESPESAS COM PESSOAL 16.388.148 255.393 16.643.541
Aquisição de Bens e Serviços 806.851 504.647 1.311.498
Transferências/Outras Despesas Correntes 55.001 7.525 62.526
Investimento 0 72.760 72.760
TOTAL OUTRAS DESPESAS 861.852 584.932 1.446.784
TOTAL GLOBAL 17.250.000 840.325 18.090.325
Figura 38 - Valor da Reserva por Fonte de Financiamento
Assim, a dotação atribuída, após aplicação da reserva de 2,5% ao plafond inicial, foi bastante inferior às necessidades computadas pela GNR, conforme se demonstra em seguida:
GRUPOS DE DESPESA
PROPOSTA GNR 2010
PLAFOND MAI 2010
PLAFOND FINAL 2010 DIFERENÇA
1 2 (3=2-[2,5%]) (4=2-3)
Rem. Certas permanentes 564.174.908 564.174.908 550.070.520 14.104.388
Abonos variáveis eventuais 24.341.244 17.575.448 17.136.061 439.387
ADMG 30.000.000 30.000.000 30.000.000 0
Pensões de reserva 100.000.000 100.000.000 100.000.000 0
Outras despesas Segurança Social 171.382.316 73.774.847 71.930.474 1.844.373
TOTAL PESSOAL 889.898.468 785.525.203 769.137.055 16.388.148
Funcionamento 64.399.858 32.274.789 31.467.938 806.851
Transf/Out. Desp. Correntes 2.202.608 2.200.008 2.437.507 55.001
Investimento 8238703 0 0 0
TOTAL OUTRAS DESPESAS 74.841.169 34.474.797 33.905.445 861.852
TOTAL GERAL. 964.739.637 820.000.000 803.042.500 17.250.000
Figura 39 - Plafond final 2010 – Fonte de Financiamento 111
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GRUPOS DE DESPESA
PROPOSTA GNR 2010
PLAFOND MAI 2010 PLAFOND FINAL 2010 DIFERENÇA
1 2 (3=2-[2,5%]) (4=2-3)
Rem. Certas permanentes 0 0 0 0
Abonos variáveis eventuais 9.815.605 9.815.605 9.570.212 245.393
ADMG 8.692.531 8.692.531 8.692.531
Pensões de reserva 0 0 0 0
Outras despesas Segurança Social 400.000 400.000 390.000 10.000
TOTAL PESSOAL 18.908.136 18.908.136 18.652.743 255.393
Funcionamento 20.185.634 20.185.634 19.680.987 504.647
Transf/out. Desp. Correntes 301.000 301.000 293.475 7.525
Investimento 2.910.750 2.910.750 2.837.990 72.760
TOTAL INVESTIMENTOS 23.397.384 23.397.384 22.812.452 584.932
TOTAL GERAL. 42.305.520 42.305.520 41.465.195 840.325
Figura 40 - Plafond final 2010 – Fonte de Financiamento 123
Execução Orçamental em 2010
No que concerne às despesas com pessoal (Remunerações Certas e permanentes + Abonos Variáveis e Eventuais + Segurança Social) o seu peso no Orçamento passou de 92,22%, em 2009, para cerca de 93,39% do, em 2010, factor que condicionou toda a actividade de funcionamento (6,25%) e restringiu o investimento (0,30%), conforme se demonstra na figura seguinte:
Agrupamento Dotação Proposta
Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Rem. Certas permanentes 564.216.388 564.216.388 552.689.728 552.646.450 99,99%
Abonos variáveis eventuais 34.156.849 27.391.053 28.762.321 28.096.913 97,69%
ADMG 90.000.000 38.692.531 40.551.082 40.550.989 100,00%
Pensões de reserva 134.700.000 100.000.000 130.443.871 130.443.869 100,00%
Outras despesas Segurança Social 85.774.847 74.174.847 79.710.867 79.344.303 99,54%
TOTAL PESSOAL 908.848.084 804.474.819 832.157.869 831.082.524 99,87%
Funcionamento 84.781.613 52.656.544 57.645.481 55.646.240 96,53%
Transf/out. Desp. Correntes 2.504.608 2.501.008 595.447 509.791 85,61%
Investimento 11.156.891 2918188 3.354.189 2.680.697 79,92%
TOTAL INVESTIMENTOS 98.443.112 58.075.740 61.595.117 58.836.728 95,52%
TOTAL 1.007.291.196 862.550.559 893.752.986 889.919.252 99,57%
Figura 41 - Despesa global de funcionamento realizada em 201045
45 Dotação concedida sem dedução da reserva
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O Orçamento aprovado para a GNR para 2010 apresentou, desde início, grandes constrangimentos pois o plafond atribuído pelo MAI demonstrou-se manifestamente insuficiente, agravado ainda, pelas cativações impostas pela Lei n.º 3-B/2010 de 28 de Abril (Lei do Orçamento de Estado) e pelo respectivo Decreto-Lei n.º 72-A/2010, de 18 de Junho (Decreto-Lei de Execução Orçamental de 2010).
Perante este facto, foram desenvolvidos, desde o início do ano, esforços no sentido de solicitar junto da Tutela e do MFAP os respectivos reforços orçamentais nas várias classificações funcionais e em todos os subagrupamentos da despesa.
No que diz respeito Transição do Saldos provenientes de Receita Consignada entregue nos Cofres do Estado em 2009, no ano em análise foi solicitada a respectiva transição no montante de 7M€, tendo merecido a competente autorização por SE O SEAO, o que permitiu reforçar o Orçamento da Receita, pelo que a sua afectação à despesa respondeu às seguintes prioridades:
Receitas que têm consignação directa à Despesa (Remunerados a pagar aos Militares, Descontos SAD/GNR, Protocolos, entre outras);
Despesas com Bens e Serviços que, no caso da FF111, estão sujeitas ao regime duodecimal, permitindo o pagamento de despesas essenciais ao funcionamento da GNR em tempo útil, nomeadamente, combustíveis e lubrificantes, munições para o dispositivo, conservação de bens e assistência técnica.
Despesa de Investimento com equipamento e software informático, entre outros
Em seguida apresentam-se as incidências mais importantes registadas na execução orçamental de 2010 por fontes de financiamento.
Fonte de Financiamento 111 – Receitas Gerais
Funcional 1013 – Cooperação Económica Externa
A participação da Guarda em 2 missões com forças constituídas (uma força destacada em Timor-Leste sob a égide das Nações Unidas com um efectivo de 140 militares da GNR e uma força sob a égide da EUROGENDFOR, na Missão Militar da União Europeia na Bósnia-Herzegovina (“Operação ALTHEA”) que cessou no final de 2010, exigiu um grande esforço humano, a par de um esforço financeiro e material assinalável, que por força das limitações orçamentais já reportadas anteriormente, obrigou ao desvio de fundos destinados ao Orçamento de Funcionamento.
Apesar das inerentes necessidades financeiras, próprias de missões desta natureza, não foi contemplado no Plafond inicial qualquer verba nesta Funcional tendo sido executada por conta dos fundos destinados ao Orçamento de Funcionamento.
Agrupamento Dotação Proposta Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Pessoal 6.115.796 N/A 3.617.034 3.617.033 100,00%
Bens e Serviços 1.602.559 N/A 381.911 380.904 99,74%
Outras 3.600 N/A 95 92 96,84%
Investimento 954.453 N/A 960 958 99,69%
TOTAL 8.676.408 N/A 4.000.000 3.998.987 99,97%
Figura 42 – Execução de despesa – FF111, Funcional 1013 – Cooperação Económica Externa
A figura acima representa os dados de execução de despesa da Classificação Funcional 1013 – Cooperação Económica Externa. A despesa total realizada no valor de € 3.998.987 tem em conta os seguintes pressupostos:
Abono do Suplemento de Missão;
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As 2 (duas) rotações de pessoal durante o ano, com os inerentes gastos em fardamento e equipamento individual;
Manutenção das despesas normais em funcionamento e investimento.
Em seguida, apontam-se, a título de esclarecimento, as incidências mais importantes respeitantes à execução orçamental verificada nesta Classificação Funcional:
Numa primeira instância, foi solicitado através da Informação nº 189/DRF/2010, de 13 de Abril de 2010 - OE/MAI/GNR/10 – Execução Orçamental - Necessidades de Financiamento, um Reforço no valor de 9,99M€ para as Missões Humanitárias e de Paz (Timor e Bósnia), tendo em consideração que as mesmas não foram contempladas no plafond atribuído, conforme se encontra estabelecido nas RCM n.º 169/2006, de 23 de Novembro, RCM n.º 47/2007, de 01 de Março e RCM n.º 47/2008, de 31 de Janeiro de 2008, que autorizaram as respectivas Missões. Este reforço permitiria que o défice orçamental inicial não fosse agravado, bem como garantiria ainda que fossem realizadas as respectivas despesas para manutenção das missões, delas se realçando o Suplemento de Missão, que a Lei garante aos militares pelo cumprimento deste tipo de missões.
O pedido de reforço mereceu Despacho favorável por parte de Sua Excelência o SEAO em 22 de Julho, aprovando contudo apenas 4M€.
Entretanto, face a escassez do reforço atribuído foram submetidos mais dois pedidos de reforço, em 9 de Setembro e 21 de Outubro, no valor de 2,83M€ e 1,65M€, respectivamente, os quais não mereceram Despacho superior. Desta forma, a GNR viu-se obrigada a suportar através do seu Orçamento de Funcionamento as restantes despesas inerentes às missões em Timor e na Bósnia.
Funcional 1033 – Forças de Segurança
A despesa Global no ano de 2010 foi de 810,44M€, dos quais 777M€ são relativos a encargos com Pessoal.
Agrupamento Dotação Proposta Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Pessoal 801.825.203 755.135.203 777.183.173 776.999.083 99,98%
Bens e Serviços 61.926.299 31.664.789 33.195.943 33.164.956 99,91%
Outras 2.200.008 2.200.008 279.938 279.154 99,72%
Investimento 7.284.250 - - - -
TOTAL 873.235.760 789.000.000 810.659.054 810.443.193 99,97%
Figura 43 – Execução de despesa – FF111, Funcional 1033 – Forças de Segurança
Em seguida, apontam-se, a título de esclarecimento, as incidências mais importantes respeitantes à execução orçamental verificada nesta Classificação Funcional:
Ainda no decorrer do 1.º semestre, foi solicitado através do Ofício n.º 1778/GGCG, de 24 de Maio de 2010 - OE/MAI/GNR/10 – Execução Orçamental - Necessidades de Financiamento o reforço de verba no valor de 116M€. Este pedido não obteve acolhimento pelo que houve necessidade de reiterar tal solicitação através Ofício n.º 2611/GGCG, de 30 de Julho de 2010 - OE/MAI/GNR/10 – Execução Orçamental - Necessidades de Financiamento no mesmo.
Em 7 de Outubro de 2010, considerando a ruptura financeira nas funcionais 1033 e 2024, foi solicitado um reforço no montante de € 100.939.972, dos quais € 35.013.426 se destinavam à Classificação Funcional 2024. Das necessidades referidas apenas foi autorizado, por SE SEAO em 15NOV10, 27,66M€, totalmente distribuídos pelas Rubricas do Subagrupamento Segurança Social da Classificação Funcional 1033.
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Face às restrições Orçamentais que se iam agudizando criando maiores dificuldades na obtenção do financiamento necessário junto da tutela, foi solicitado um novo pedido de reforço em 30 de Novembro no montante de 76M€ por forma a assegurar o pagamento de Vencimentos (11,7M€), ADMG (45M€), Pensões de Reserva (9,6M€), Restantes gastos com Segurança Social (5,9M€) e Aquisição de Bens e Serviços (3,86M€). Também este pedido, apesar das manifestas dificuldades enunciadas, apenas obteve Despacho favorável para a atribuição de 21,5M€.
Promoveu-se ainda, no final do ano, através da Informação 481/CARI\10 – Novo Estatuto Remuneratório dos Militares da Guarda, de 7/12/2010, à obtenção de financiamento necessário para a transição para a Nova Tabela Remuneratória. Contudo este pedido não foi considerado em virtude de não poder ser operacionalizado pelo MFAP/ DGO.
Funcional 2024 – Serviços Individuais de Saúde
O Decreto-lei n.º 158/2005, de 20 de Setembro, veio estabelecer um novo regime de assistência aos militares da GNR e seus familiares, por força do qual se vem verificando uma diminuição significativa nas despesas com a saúde.
A despesa em 2010 foi de 30M€, nesta Fonte de Financiamento, o que traduz uma redução de cerca de 50% face ao verificado no ano transacto, embora tal oscilação tenha ainda como fundamento a alteração verificada ao nível da centralização de pagamentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em determinados serviços de saúde. Com efeito, por Despacho de Sua Exa. O Senhor Ministro de Estado e das Finanças, de 19 Janeiro de 2010, o pagamento das facturas, das Administrações Regionais de Saúde (ARS) e Hospitais Oficiais, de actos médicos praticados a partir de 2010, deixaram de ser da responsabilidade da GNR. A figura abaixo representa os dados de execução de despesa da Classificação Funcional 2024 – Serviços Individuais de Saúde:
Agrupamento Dotação Proposta Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Pessoal 81.307.469 30.000.000 30.121.415 30.121.324 100%
TOTAL 81.307.469 30.000.000 30.121.415 30.121.324 100%
Figura 44 – Execução de despesa – FF111, Funcional 2024 – Serviços Individuais de Saúde
Saliente-se que, aquando da elaboração da proposta de Orçamento da GNR para 2010, a tutela imputou um plafond de 55.000.000€ para fazer face à liquidação de encargos com a saúde. Foram também inscritos, por conta das nossas receitas o valor de 8.793.531€. Ainda assim, os valores não eram suficientes para fazer face à totalidade dos encargos, que então se estimavam em 81.307.469€.
Assim, foram retirados pela DGO, à dotação inicial, 25.000.000€ pelo que o OE/MAI/GNR/2010 se cingiu a 30.000.000€ na Fonte de Financiamento 111 – Receitas Gerais Não Afectas a Projectos Co-Financiados. Face a estas limitações orçamentais, foi solicitado a Sua Ex.ª O Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, um pedido de reforço orçamental que permitisse o pagamento da dívida que transitou de 2009, no valor de 20.219.384,29.
Funcional 2014 – Estabelecimentos de Ensino Superior
Em 2010, nesta funcional houve um decréscimo de cerca de € 51.275 relativamente a 2009, fixando-se em € 825.725.
Agrupamento Dotação Proposta Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Pessoal 650.000 390.000 490.656 490.656 100%
Bens e Serviços 871.000 610.000 335.071 335.069 100%
TOTAL 1.521.000 1.000.000 825.727 825.725 100%
Figura 45 – Execução de despesa – FF111, Funcional 2014 – Estabelecimentos de Ensino Superior
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Fonte de Financiamento 123 – Receitas com Transição de Saldos
A previsão da Receita a arrecadar pela Guarda, em 2010, era de cerca de € 42.305.520, próximo do valor arrecadado € 45.274.534,03, que ainda assim ficou aquém do valor registado no ano transacto que se situou em € 52.395.896,00, conforme podemos verificar no quadro e gráfico seguintes:
Figura 46 – Execução de Receita
Figura 47 – Execução de Receita - Relação entre a receita orçamentada e cobrada
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Funcional 1033 – Forças de Segurança
Em 2010, a despesa global, nesta Funcional, foi de cerca de 33,9M€, dos quais apenas 2,6M€ referentes a despesas de Investimento, conforme podemos verificar no quadro seguinte:
Agrupamento Dotação Proposta Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Pessoal 10.215.605 10.215.605 10.274.444,07 9.424.763,00 91,73%
Bens e Serviços 20.084.634 20.084.634 23.344.635 21.541.22 92,27%
Outras 301.000 301.000 315.413 230.545 73,09%
Investimento 2.910.750 2.910.750 3.345.791 2.679.739 80,09%
TOTAL 33.511.989 33.511.989 37.280.283 33.876.268 90,87%
Figura 48 – Execução de despesa – FF123, Funcional 1033 – Forças de Segurança
A despesa em 2010 foi de cerca de 10,4M€, nesta Fonte de Financiamento, conforme podemos verificar no quadro seguinte:
Agrupamento Dotação Proposta Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Pessoal 8.692.531 8.692.531 10.429.667 10.429.666 100,00%
Bens e Serviços 101.000 101.000 191.800 190.399 99,27%
TOTAL 8.793.531 8.793.531 10.621.467 10.620.065 99,99%
Figura 49 – Execução de despesa – FF123, Funcional 1033 – Forças de Segurança
Fonte de Financiamento 242 – Outros
Funcional 1033 – Forças de Segurança
Os valores orçamentados nesta Fonte de Financiamento, no montante de € 245.039, dizem respeito à comparticipação comunitária do Fundo Social Europeu, para suportar despesas com o projecto Centro de Novas Oportunidades na Escola da Guarda.
As despesas imputadas ao referido projecto visaram a manutenção do seu funcionamento em 2010 e traduziram uma execução de € 33.691,00 correspondendo a uma execução de 13,75% face ao inicialmente projectado.
Assim, nesta Fonte de Financiamento, a despesa apresentou o comportamento reflectido no quadro seguinte:
Agrupamento Dotação Proposta Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Pessoal 41.480 41.480 41.480 0,00%
Bens e Serviços 196.121 196.121 196.121 33.691 17,18%
Outras
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Agrupamento Dotação Proposta Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
Investimento 7.438 7.438 7.438 0,00%
TOTAL 245.039 245.039 245.039 33.691 13,75%
Figura 50 – Execução de despesa – FF123, Funcional 1033 – Forças de Segurança
Capitulo 50 - PIDDAC
Acresce referir que no âmbito do PIDDAC foi ainda atribuído pela Tutela uma dotação orçamental no montante de € 440.578,00 (componente nacional) afectos aos seguintes projectos, os quais visam essencialmente a aquisição de equipamentos para a qualificação da resposta no quadro da actividade operacional desenvolvida pela GNR.
Open Sea - € 91.000,00
Morcego & Mobile - € 311.688,00
Portal de Segurança – € 37.889,80
No quadro abaixo, é possível verificar a execução global dos projectos (componente nacional e componente comunitária), a qual se cifrou em 12,62%.
Projecto Designação do Projecto Dotação Proposta
Dotação Concedida Dotação Final Executado Execução %
07298.00001 Open sea 364.000 364.000 345.800 78.777 22,78%
07427.00001 Morcego & mobile 990.000 990.000 979.500 114.337 11,67%
07439.00001 Portal de Segurança 72.795 72.795 0 0 0%
07453.00001 Outros (projectos a candidatar a outras iniciativas comunitárias) 256.752 256.752 204.915 0 0,00%
TOTAL 1.683.547 1.683.547 1.530.215 193.114 12,62%
Figura 51 – Execução Orçamento do PIDDAC
Análise da execução dos Recursos Financeiros previstos no QUAR 2010
Relativamente aos Recursos Financeiros, importa salientar que o valor € 1.007.731.774,00 que integra o QUAR, diz respeito ao valor global do Orçamento de Funcionamento proposto pela Guarda para o ano de 2010, equivalendo por conseguinte, ao valor das actividades inscritas no Plano de Actividades para 2010, sem a correcção imposta pelo plafond atribuído à Guarda através do Ofício n.º 2417 de 11DEZ09, do Gabinete do SEAAI. O citado Ofício impôs os seguintes plafonds para a despesa a inscrever no Orçamento da Guarda para 2010:
Despesas de Funcionamento – € 690.000.000,00
Dotações Específicas – Serviço de Assistência na Doença – € 55.000.000,00 (posteriormente corrigido para €
30.000.000,00)
Dotações Específicas – Pensões de pré-aposentação – € 100.000.000,00
Total - € 845.000.000,00 (por força da correcção nas Dotações Específicas – Serviço de Assistência na
Doença este valor fora corrigido para € 820.000.000,00)
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Importa recordar que tal limitação obrigou a Guarda a não inscrever na sua Proposta de Orçamento e, por sua via, a respectiva harmonização do Plano de Actividades que lhe serviu de base, nos montantes indicados na figura seguinte:
Figura 52 – Quadro Resumo dos Projectos e Actividades não valorados em consequência do plafond
Nesse sentido, em sede de QUAR, face ao diferencial entre o orçamento proposto e o plafond atribuído de aproximadamente 118 M€, a adopção do valor € 1.007.731.774,00 em detrimento daquele que fora aprovado pela Tutela cifrado em € 887.550.559,00 (o valor integra a FF111 e FF123), visou essencialmente a não penalização da Guarda quando comparada a execução orçamental com o valor aprovado, uma vez que no contexto da monitorização do QUAR, os pedidos de reforço orçamental, se bem que necessários e fundamentais para o regular funcionamento da instituição, são associados a má programação financeira ou mesmo derrapagens à execução do orçamento.
Em 31 de Dezembro de 2010, o valor total do Orçamento executado era de € 890.112.366,23, representando um desvio positivo de € 117.619.407,77, considerando o argumento apresentado no parágrafo anterior, representando contudo um desvio negativo de € 2.561.807,23, considerando o valor efectivamente atribuído à GNR por conta do OE (FF111 e FF123). O quadro abaixo ilustra essa realidade46:
Orçamento Proposto para 2010 Em 2010 47 Desvio
Orçamento de Funcionamento 996.134.305,00 889.919.252,23 106.215.052,77
Despesas com Pessoal 910.450.643,00 831.082.524,00 79.368.119,00
Aquisição de Bens e Serviços 83.182.654,00 55.646.240,00 27.536.414,00
Outras Despesas Correntes 2.501.008,00 509.791,00 1.991.217,00
Outros (Despesas Restantes) 11.156.891,00 2.680.697,23 8.476.193,77
Orçamento PIDDAC 440.578,00 193.114,00 247.464,00
TOTAL (OF+PIDDAC+ODC) 1.007.731.774,00 890.112.366,23 117.619.407,77
Figura 53 – Análise da execução dos RF previstos no QUAR 2010
46 Fonte: Direcção de Recursos Financeiros do CARI
47 Os valores apresentados já incluem as correcções finais da execução orçamental em sede de prestação da Conta de Gerência (neste ponto procede-
se à harmonização desses valores face aos previamente apresentados na monitorização final do QUAR 2010 em www.quar.gov.pt)
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
116
II.B. Desenvolvimento de medidas para um reforço positivo do desempenho
1. Análise SWOT
Para a prossecução do modelo prefigurado na missão e na visão, elegeram-se como principais vectores estratégicos que corporizam as estratégias a assumir pela Guarda os seguintes:
Valorizar as actividades de protecção e segurança das pessoas e bens, tendo como objectivo dar uma resposta adequada e oportuna aos problemas e anseios dos cidadãos em matéria de segurança;
Garantir a capacidade de resposta qualificada e permanente aos problemas de segurança, a todo o tempo e em todos os locais de atendimento e de interface com os cidadãos e as comunidades;
Melhorar as competências ao longo de toda a estrutura, promovendo uma cultura de responsabilidade e uma participação mais efectiva de todos os militares, motivando-os e envolvendo-os nos diversos níveis dos processos de decisão, na avaliação dos resultados globais e individuais e na identificação e aplicação das boas práticas, internas e externas. Em paralelo, fomentar o trabalho de equipa, a polivalência e a disponibilidade e promover a autoformação.
A racionalização das estruturas e a melhoria do nível qualitativo da cadeia de valor da Instituição, exige a assumpção permanente de novos modelos e processos de gestão, bem como uma redefinição permanente de prioridades e objectivos, embora, ainda não oficialmente identificados e assumidos pelas entidades competentes.
Para delinear a estratégia, adoptou-se a análise SWOT, que permite identificar os factores críticos, articulando a análise das vulnerabilidades e das potencialidades da Instituição e, simultaneamente, a análise do ambiente interno e externo, nomeadamente dos factores que se constituem como principais ameaças e oportunidades.
A matriz SWOT, permite-nos balancear o jogo de forças entre os pontos fracos e fortes da Instituição, por um lado, e as ameaças e oportunidades, por outro.
Figura 54 – Matriz SWOT
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
117
Em termos de análise da matriz e relativamente ao quadrante mais sensível, ou seja, aquele onde as ameaças interagem com os pontos fracos, destacam-se as restrições orçamentais, o défice de recursos humanos, a perda de regalias respeitantes aos militares, que são factores que influenciam directamente a motivação dos militares, e o aumento da criminalidade violenta, como as ameaças mais significativas.
Não podemos, ainda, nesta análise, deixar de referir os principais pontos fortes da Instituição, especialmente no âmbito da prevenção e do combate às ameaças externas, salientando a natureza militar, a versatilidade e adaptabilidade e a disponibilidade e o espírito de sacrifício dos seus elementos, características marcantes da cultura e organização militares que enformam a Guarda Nacional Republicana.
Parada Militar | Visita Rainha Isabel II de Inglaterra | 1957
IIIBALANÇO SOCIAL
Análise Sintética do Balanço Social
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
120
III.A. Balanço Social
1. Análise sintética do Balanço Social
No presente capítulo pretende-se apresentar de uma forma sucinta e meramente gráfica, a envolvente do Balanço Social nos termos definidos pelo Decreto-Lei n.º 190/96, de 9 de Outubro, relevando os aspectos mais importantes, relegando para anexo os quadros que serviram de suporte.
Figura 55 – Trabalhadores em Nomeação ou em CTFP
Figura 56 – Trabalhadores segundo o escalão etário e género
23175
899 34
Nomeação Definitiva
CTFP tempo indeterminado
Comissão de Svç (LVCR)
755
68
3306
423
4854
349
3725
219
3147
68
3841
78
2869
111
149
95
32
58
4
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2425
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30 -
3435
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-44
45 -
495
0 -
54
55 -
596
0 -
64
65
-69
70
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GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
121
Figura 57 – Antiguidade por escalão etário e segundo o sexo
Figura 58 – Escolaridade por sexo
1.708
252
4.212
533
4.390
454
3.679
169
3.610
44
4.271
17
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GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
122
Figura 59 – Portadores de deficiência por escalão etário e segundo o sexo
Figura 60 – Contagem dos trabalhadores admitidos e regressados durante o ano e segundo o sexo
Figura 61 – Contagem de saídas dos trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço segundo o motivo de saída e género durante o ano
7
9
10
14
2
39
1
2
2
1
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GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
123
Figura 62 – Progressões e alterações de posicionamento remuneratório segundo o género durante o ano
Figura 63 – Modalidade de horário de trabalho segundo o género durante o ano
3.856
80
9.960
469
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F
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GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
124
Figura 65 – Contagem dos dias de ausências ao trabalho durante o ano, segundo o motivo de ausência e género
4.640
346
33.802
13.661
6.441
178
148.051
13.097
38
7
9.586
1.149
1.560
222
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22
10
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GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
125
Figura 66 – Estrutura remuneratória por género
40
4.717
4.073
8.814
3.437
738
433
64
97
154
6
30
17
2
6
1
1
1
385
542
255
231
28
9
15
3
5
4
Até 500 €
501-1000 €
1001-1250 €
1251-1500 €
1501-1750 €
1751-2000 €
2001-2250 €
2251-2500 €
2501-2750 €
2751-3000 €
3001-3250 €
3251-3500 €
3501-3750 €
3751-4000 €
4001-4250 €
4251-4500 €
4501-4750 €
4751-5000 €
5001-5250 €
5251-5500 €
5501-5750 €
5751-6000 €
Mais de 6000 €
F
M
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
126
Figura 67 – Total dos encargos com pessoal durante o ano
Figura 68 – Disciplina
593.751.016
70.846.384
33.391.746
4.764.588
87.865.916
790.619.651
Remuneração Base
Suplementos remuneratórios
Prémios de desempenho
Prestações Sociais
Benefícios sociais
Outros encargos com pessoal
Total
932
805
1030
454
79
155
13
701
Processos transitados do ano anterior
Processos instaurados durante o ano
Processos transitados para o ano seguinte
Arquivados
Repreensão escrita
Suspensão
Demissão
Decididos - total
Pro
cess
os
Pro
cess
os
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Tenente Moreira Andrade | Exibição em Londres | 1983
1.º Comandante-Geral da GNR | General Ernesto da Encarnação Ribeiro | 1911
IVAVALIAÇÃO FINAL
IV.A. Apreciação qualitativa e quantitativa dos
resultados alcançados
IV.B. Menção proposta pelo dirigente máximo do
serviço como resultado da auto-avaliação
IV.C. Conclusões prospectivas
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
130
IV. Avaliação Final
A Guarda Nacional Republicana é uma Instituição ímpar no quadro da administração pública. A sua longa história, intimamente ligada a momentos marcantes da sociedade portuguesa, as suas tradições, a sua dimensão e dispersão territorial, a sua ligação profunda às populações, a sua inserção no tecido social, a multiplicidade das suas atribuições e valências, a forma altamente prestigiante como tem representado o país nos cenários internacionais e, acima de tudo, a sua capacidade de adaptação aos novos tempos, às novas realidades sociais e aos novos desafios, tornam-na numa Instituição de referência, que desempenha um papel primordial no âmbito da segurança e da ordem e tranquilidade públicas em Portugal.
O ano de 2010 permitiu, mais uma vez, demonstrar a vitalidade e capacidade de adaptação da Guarda a um mundo em rápida mudança e evolução.
Com efeito, a Guarda, num quadro de restrição orçamental significativa, foi capaz de cumprir a sua missão com total êxito, manter os seus níveis de operacionalidade, dar resposta qualificada ao aumento de certos tipos de criminalidade grave e/ou com alto impacto social, dar início à aplicação de um novo modelo de gestão e implementar uma nova estrutura orgânica e uma nova organização interna, decorrente da maior transformação interna alguma vez vivida ao longo da sua história.
Em 2010, prosseguindo o trabalho realizado nos anos transactos, foram definidos objectivos claros, numa lógica de gestão moderna e num quadro de negociação e de responsabilização mútua, entre a Guarda e a Tutela.
O QUAR da Guarda Nacional Republicana para 2010 contemplava 5 objectivos estratégicos e 6 objectivos operacionais, abarcando os principais eixos da sua missão e do seu funcionamento interno. Na definição de ambos os objectivos, apesar de cientes das limitações que por vezes a Guarda enfrenta e que necessariamente afectam o desempenho operacional, não caímos na tentação do êxito fácil. Decidimos aproveitar a lógica e a dinâmica intrínsecas ao novo modelo, para construir e negociar metas ambiciosas, na certeza de que, só assim, seria possível evoluir e modernizarmo-nos mais rapidamente.
Sabíamos que não seria fácil atingir todas as metas, mas tínhamos a certeza de que, mais uma vez, a Instituição daria o seu melhor, e que as suas mulheres e os seus homens se entregariam de corpo e alma à nova filosofia de gestão e de avaliação da performance e do mérito.
Sabíamos, também, que a grandeza e a vastidão das atribuições da Guarda não poderiam ser medidas, exclusivamente, em função dos objectivos constantes do QUAR.
E, por fim, estávamos conscientes de que, em caso algum, deixaríamos de nos empenhar e dar todo o nosso melhor a uma área da missão ou a um Projecto só porque não constava do QUAR ou, ao contrário, canalizaríamos todo o nosso esforço e todos os nossos recursos para uma determinada área, em detrimento de outras vitais, só para podermos dizer que cumprimos todos os objectivos traçados.
Por essas razões, neste momento, em que o dirigente máximo do Serviço avalia o trabalho desenvolvido ao longo de um ano, podemos seguramente afirmar que estamos bem connosco próprios, que estamos seguros de que cumprimos o que Portugal e os portugueses esperavam da sua Guarda, que melhoramos os serviços que lhes vimos prestando e que fizemos uma utilização criteriosa, profissional e adequada dos recursos que foram colocados à nossa disposição, ou seja, sentimos que fomos eficientes, que fizemos mais com menos, que estamos mais e melhor preparados para os novos e importantes desafios que se perspectivam.
A avaliação global da Guarda, em sede do QUAR é altamente positiva. No seguimento da actuação que nos tem caracterizado, demos passos sólidos e significativos via à futura prossecução dos nossos objectivos estratégicos, superámos totalmente as metas fixadas em sede de objectivos operacionais, com uma taxa de realização final e global de 134,88 %, e superámos as metas em cada um dos três grandes parâmetros de avaliação: de Eficácia, de Eficiência e de Qualidade. Tal significa que a Guarda ultrapassou os resultados esperados, fez uma adequada utilização dos
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
131
recursos de que dispunha e ofereceu aos cidadãos um serviço global adequado às suas necessidades e ao que esperavam da Instituição.
Além do desempenho nitidamente positivo identificado em sede de auto-avaliação, o presente Relatório espelha, claramente, toda uma actividade operacional e todo um esforço de melhoria qualitativa e de racionalização de estruturas e de procedimentos que, não podendo ser reflectidos directamente no QUAR, não podem deixar de ser devidamente ponderados na hora do balanço anual. Salientam-se aqui, apenas para espelhar uma pequeníssima parte desse esforço e dessa intensa actividade concorrente para o cumprimento da missão e das atribuições da Guarda, do Programa do Governo e das Grandes Opções do Plano, as várias Parcerias que abraçámos, os diversos Programas de policiamento comunitário que mantivemos, o número de acções operacionais que levámos a cabo, o número de Autos que levantámos, quer por crimes quer por contra-ordenações, os impressionantes números da nossa actuação em matéria de protecção da natureza e do ambiente, protecção e socorro, investigação criminal e segurança rodoviária, a importante contribuição da Guarda para o cumprimento dos desígnios da política externa portuguesa e da Política Externa de Segurança e Defesa da União Europeia, a multiplicidade de fóruns em que Instituição se fez representar, a nível nacional e a nível internacional, a forma eficiente como foram geridos os, sempre escassos, recursos humanos, materiais e financeiros e o esforço desenvolvido no sentido de se encontrarem fontes de financiamento alternativas.
Têm, ainda, que merecer a adequada valoração alguns factores relevantes que, durante o ano de 2010, condicionaram a prossecução dos objectivos definidos, destacando-se a necessidade de canalização do esforço principal para dar respostas a fenómenos criminais emergentes e inesperados, geradores de sentimentos de insegurança generalizados e a consolidação da nova estrutura orgânica e um novo dispositivo. Com efeito, a maior transformação jamais operada na Instituição, rompendo com os métodos e processos tradicionais de decisão, apoio à decisão e de gestão interna, alterando a organização territorial, encerrando e criando Unidades e Subunidades e implicando a transferência de militares, quer em termos de local de colocação quer em matéria funcional, exige um período de maturação e de sedimentação da nova organização, de cujo êxito depende, em última análise, a qualidade do serviço que a Guarda prestará, no futuro.
Não podemos, ainda, deixar de prestar homenagem aos 404 militares da Guarda que, ao longo do ano, foram vítimas de actos violentos quando se encontravam em serviço e, particularmente, aos dois militares que perderam a vida ao serviço de Portugal e da segurança dos portugueses. Eles são o testemunho mais evidente da especificidade da função policial, dos riscos que a mesma encerra, da total entrega dos militares da Guarda à sua missão e à causa da segurança e da ordem pública e dos valores que norteiam a Instituição.
Por tudo o referido, o Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, nos termos do n.º 1 do artigo 18.º da Lei n.º 66-B/2007, de 28 de Dezembro, face aos resultados atingidos no QUAR 2009, alvo de auto-avaliação expressa no capítulo II do presente Relatório, toda a actividade à margem dos objectivos neste fixado, aos constrangimentos referidos no presente Relatório e à manutenção dos níveis de excelência atingidos no ano transacto, propõe a atribuição à Instituição, no ano de 2010, a menção de “BOM”.
Por fim, cumpre salientar os principais desafios e objectivos para o ano de 2011.
Nessa lógica, em alinhamento com a política e as orientações estratégicas superiormente definidas em matéria de segurança interna, considera a Guarda que, em termos genéricos, a sua actuação neste domínio, deve continuar a privilegiar o combate aos fenómenos criminais, com vista ao aumento da segurança das populações, a redução da sinistralidade rodoviária e das suas consequências e a manutenção da ordem e tranquilidade públicas, considerando como vectores fundamentais para tais desideratos, a manutenção do esforço de valorização e qualificação dos seus recursos internos, nomeadamente os humanos, e de alargamento da disponibilidade e da utilização de novas tecnologias de informação e comunicação.
Será, assim, a principal preocupação do Comandante-Geral, na certeza de que se tratam de questões fundamentais para a prossecução dos objectivos traçados.
Paralelamente, continuaremos empenhados na progressiva implementação do ciclo de gestão e do novo modelo de avaliação, baseado no SIADAP e adaptado à especificidade das Forças e Serviços de Segurança. Da implementação deste plano resultará, certamente, uma organização mais eficiente, alinhada estrategicamente com a visão e os
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
132
objectivos institucionais e capaz de responder positivamente aos novos desafios, de transformar as ameaças em oportunidades e de superar as suas próprias vulnerabilidades, a bem do país e da segurança de todos os cidadãos que a Guarda serve.
Por fim, ao fim de dois anos da implementação da nova estrutura orgânica, julgamos ser hora de balanço e reflexão, visando propor à Tutela os adequados ajustamentos, rumo a uma Guarda ainda mais operacional e eficiente, determinada a prestar um serviço de qualidade à segurança dos Portugueses e em contribuir para a segurança do espaço Europeu em que nos inserimos e, em última análise, para um mundo mais seguro, justo e livre.
Lisboa, Quartel do Carmo, 11 de Abril de 2011
Tenente-General Luís Manuel dos Santos Newton Parreira | COMANDANTE-GERAL
Exibição Carrocel Moto 59.º Aniversário da GNR | 1970
Patrulha Rural de Infantaria | 1958
VANEXOS
V.A. Procedimentos aquisitivos realizados
V.B. Análise da execução PA 2010
V.C. Balanço Social 2010
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
137
V1 | PROCEDIMENTOS REALIZADOS
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
136
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
138
Tipologia Descrição Valor Adjudicado c/
IVA
Ajuste Directo - Regime Geral
Serviços de Limpeza e Higienização do CARI 1.º trimestre 2010 40.604,40
Ajuste Directo - Regime Geral
Ração para os canídeos durante o ano de 2010 115.200,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Cartões da ADMG 9.000,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Renovação da Manutenção do SIIOP 65.635,26
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Flâmulas, Hastes e Bases 816,00
Ajuste Directo - Regime Geral Impressão da Revista Pela Lei e Pela Grei 26.952,00
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de Aventais e Batas de Sarja 3.951,96
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de Serviços de Confecção de Calças, Saias e Calções 25.050,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Serviço de Equipamento e remodelação de PPCAD 44.377,26
Ajuste Directo - Regime Geral
Artigos fardamento e equipamento individual - TIMOR 86.920,35
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de equipamento de ginástica modelo GNR 30.262,10
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de artigos de fardamento e equipamento individual - Bósnia 35.829,60
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Material para o Ginásio CARI 14.940,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de serviço de transporte da força da GNR para a Grécia 34.812,43
Ajuste Directo - Regime Geral
Celebração de Seguro Temporário - CPOS 108,76
Ajuste Directo Regime Geral Serviços de Limpeza Secretaria-geral 2º Trimestre 71.520,00
Ajuste Directo Regime Geral Aquisição e Montagem Ar condicionado CARI 7.394,40
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de testes psicológicos Universidade do Minho 20.000,00
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de peças auto para o CTPORTO 50.719,93
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de câmara de visão nocturna 69.000,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Prestação de Serviços de Restauração e Hotelaria UI 62.412,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de blocos numerados 85.607,50
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de boinas, azul ferrete, modelo GNR 4.350,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de agulhetas de Oficial e Guardas 10.356,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Coletes Tácticos 6.714,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Produtos Químicos e Farmacêuticos para Equipamentos no Centro Clínico 44.458,63
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
139
Tipologia Descrição Valor Adjudicado c/
IVA (Cont.)
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de artigos de fardamento e equipamento individual - Bósnia 5.500,80
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de espadas para oficial 11.470,80
Ajuste Directo Regime Geral Aquisição de Calças e Calções do Uniforme n.º 2 49.210,70
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de peças auto para o CT FARO 40.490,66
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Serviços de Assistência Técnica Equipamentos Imagiologia 32.039,59
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Produtos Químicos e Farmacêuticos - Veterinária 55.207,61
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Calças de Instrução 16.431,80
Ajuste Directo - Regime Geral
Serviços de manutenção SIGSAD-2009 90.420,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Serviços de Seguros de Acidentes Pessoais - Vigilantes 2010 9.794,40
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de Serviço de Meios auxiliares de Diagnóstico (análises) 12.005,77
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de embarcações auxiliares 81.600,00
Ajuste Directo - Regime Geral Renovação contrato assistência técnica - ESRI 19.764,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Serviços de Psiquiatria 19,800,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Peças/Materiais Rep. Manutenção de Jactos Embarcações 11.669,41
Ajuste Directo - Regime Geral
Manutenção da Aplicação do Login da UAG 6.564,25
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Serviços de Seguros de Acidentes Pessoais - Vigilantes 2010 Fase Charlie 34.448,69
Ajuste Directo - Regime Geral
Seguro de acidentes de trabalho - 1/2010SGMFAP 850,40
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de lanternas e raquetes de sinalização para o Ctrânsito 6.694,69
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição serviços de manutenção armazenamento de dados e servidores 38.595,81
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição Barretes Brancos Serviço Trânsito 5.929,00
Ajuste Directo - Regime Geral Verificação anual periódica de alcoolímetros quantitativos 99.453,20
Ajuste Directo - Regime Geral Verificação periódica anual de sonómetros 53.198,96
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Renovação Licença de Software e Testes Psicologia 37.517,36
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Baterias Postos de Vigia 8.167,50
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição manutenção sistemas informáticos SIGPES-VC-LOG-SAD 476.498,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Renovação de contrato manutenção Allfusion 2E 22.512,53
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Tipologia Descrição Valor Adjudicado c/
IVA (Cont.)
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de materiais sobressalentes para pontes electrónicas 24.344,32
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Serviços de Manutenção de Radares Multanova 6F 196.902,09
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Sistemas Back - Office 79.677,19
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de artigos fardamento e equipamento individual - TIMOR - Lote 6 11.035,20
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Cinemómetros 232.320,00
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de Lanternas Com Cone para Curso de Trânsito 27.043,50
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de transporte com origem na Croácia 28.286,42
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de Kit´s descartáveis para celas 10.527,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de espadas para oficial 13.237,40
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de autos de contra-ordenação em bloco 83.950,08
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Equipamentos de combate à fraude - OLAF 321.194,85
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de matérias-primas para a oficina de alfaiataria 9.373,57
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Matérias-primas Oficina Correeiros 10.829,50
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de ferraduras e material sidero técnico 25.529,06
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de máquina de secar roupa - TIMOR 3.685,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Manutenção de computadores utilizados na fiscalização rodoviária 31.101,84
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de 100 Capacetes para Motociclistas 33.880,00
Ajuste Directo - Regime Geral Sistemas de Vigilância Remoto da Orla Marítima 68.970,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Kits para Moto 4X4 25.591,50
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Kits para Mobilidade de embarcações auxiliares 21.214,99
Ajuste Directo - Regime Geral
Manutenção Login da UAG 2010 6.719,98
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Switches de 24 Portas 34.646,11
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Serviço de Recodificação das Aplicações SIGO e SIGLOG 50.608,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Serviços de Consultoria e desenvolvimento Portal Social 9.173,50
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de embarcações auxiliares 46.827,00
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Serviços de formação Filosofia e Sociologia para EG 2011 90.629,00
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Tipologia Descrição Valor Adjudicado c/
IVA (Cont.)
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Matérias-primas p/ Oficinas Sapatarias e Correeiros 51.730,16
Ajuste Directo - Regime Geral
Aquisição de Kits Hard Top para viaturas TT 9.444,49
Ajuste Directo - Regime Geral
Renovação de contrato manutenção Allfusion 2E 23.187,90
Ajuste Directo - Regime Geral Aquisição de Kits para tripulação de embarcações auxiliares 22.506,00
Ajuste Directo - Regime Geral Serviços limpeza das cavalariças da USHE - JAN / FEV 2011 90.683,16
Tipologia Descrição Valor Adjudicado c/
IVA
Concurso público Limpeza e Higienização dos Aquartelamentos da GNR 1.446.317,44
Concurso público Limpeza e Higienização das Instalações da USHE 142.842,96
Concurso público Serviços limpeza das cavalariças da USHE - 2010 369.143,03
Concurso público Carvão 100% Vegetal 91.220,98
Concurso público Material de Consumo Hoteleiro 71.270,59
Concurso público Serviços de Manutenção de Extintores 40.253,76
Concurso público Palha e Feno para o Dispositivo 273.135,72
Concurso público Extintores para o Dispositivo 71.259,66
Concurso público Peças Auto para o CTLisboa 55.597,20
Concurso público Condecorações 175.176,00
Concurso público Serviços de Limpeza e Higienização da USHE 1.º trimestre 2010 121.784,58
Concurso público Serviços de Limpeza e Higienização do CG - 1.º trimestre 2010 77.400,00
Concurso público Aquisição de Fatos Intervenção Fogos Florestais para o GIPS 241.463,76
Concurso público Aquisição de Equipamento para o GIPS 78,231,32€
Concurso público Aquisição de Fardamento e calçado para o GIPS 91.846,94
Concurso público Serviços de Limpeza e Higienização do CARI 2.º trimestre 2010 46.699,20
Concurso público Aquisição luvas, peúgas, gravatas, distintivos de posto... 62,600,56€
Concurso público Aquisição de camisas, pólos e t-shirts 92.238,30
Concurso público Aquisição de Equipamento de Captura e Transporte de Animais 124.341,90
Concurso público Aquisição material consumo clínico para direcção investigação criminal 52.985,90
Concurso público Ração para Equídeos 123.435,94
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Tipologia Descrição Valor Adjudicado c/
IVA (Cont.)
Concurso público Armários com cacifos para pistolas 89.385,12
Concurso público Alcoolímetros quantitativos 181.500,00
Concurso público Boquilhas para aparelhos de medição de álcool no sangue 48.229,87
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V2 | ANÁLISE EXECUÇÃO PLANO
ACTIVIDADES 2010
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Observação:
a) Afectos às diversas Unidades Orgânicas intervenientes
b) Atribuídos às diversas Unidades Orgânicas para cumprimento da missão
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Outras actividades desenvolvidas - DJD
Processos Instaurados Concluídos
2008 2009 2010 2008 2009 2010
Proc. Disciplinares 1088 826 805 876 610 707
Proc. Averiguações 677 573 637 643 494 616
Proc. Ac. em serviço 744 657 757 608 533 624
Proc. Administrativos 747 668 819 530 442 574
Proc. Inquérito 14 16 6 13 12 6
Proc. Estatutário 2 2 5 2 1 1
Figura 69 – Análise de processos desenvolvidos
Recompensas/punições Executados
2008 2009 2010
Louvores 2956 1147 656
Refer. Elogiosa 90 53 -
Licença de Mérito 1244 1198 -
Rep. Escrita 105 52 60
Rep. Esc. Agravada 36 27 19
Suspensão 309 171 153
Suspensão Agravada 5 0 2
Ref. Compulsiva 8 15 10
Sep. Serviço 4 10 2
Figura 70 – Análise de recompensas vs punições desenvolvidas
Outras Executados
2008 2009 2010
Pareceres por recurso para Exmo. TGCG e S.Exª MAI 123 189 219
Patrocínios Judiciários 42 39 33
Figura 71 – Análise de outras actividades desenvolvidas
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V3 | PUBLICIDADE INSTITUCIONAL 2010
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1. Publicidade Institucional
No presente anexo pretende-se apresentar de uma forma sucinta os dados referentes às acções de publicidade
institucional desenvolvida pela GNR, nos termos definidos na Resolução do Conselho de Ministros n.º 47/2010, de 8 de
Junho, destinada ainda a posterior remessa ao Gabinete para os Meios de Comunicação Social (GMCS).
Designação Pagamento Fornecedor NIF Valor
Publicação de Anuncio Semanário Nova Guarda, Lda 504731874 54,00
Publicação de Anuncio Presselivre - Imprensa Livre, SA 500856141 260,10
Anúncio Cultural, a Cores, Com Edisport - Soc. de Publicações, SA 504587900 420,00
Anuncio Sojornal - Soc. Jornalista e Editorial, SA 500271810 748,80
Anúncio Cultural a Preto e Branco Global Noticias - Publicações, SA 500096791 921,60
Anúncio Concurso Guardas QP/GNR Edisport - Soc. de Publicações, SA 504587900 734,40
Anúncio Concurso Guardas QP/GNR Global Noticias - Publicações, SA 500096791 1.383,48
Anúncio Concurso Guardas QP/GNR Presselivre - Imprensa Livre, SA 500856141 1.468,80
Anúncio Concurso Guardas QP/GNR Sociedade Vicra Desportiva, Lda 500269335 453,60
Anúncio Concurso Guardas QP/GNR Sociedade Vicra Desportiva, Lda 500269335 453,60
Anúncio Concurso Guardas QP/GNR Sociedade Vicra Desportiva, Lda 500269335 453,60
Anúncio Concurso Guardas QP/GNR Sociedade Vicra Desportiva, Lda 500269335 453,60
Spot Televisivo Radiotelevisao Portuguesa, SA 500225680 120,00
Anuncio Metro News Publicações, SA 505434229 802,80
Publicação Concurso Sociedade Vicra Desportiva, Lda 500269335 457,38
Publicação Anuncio Presselivre - Imprensa Livre, SA 500856141 1.234,20
Publicação Anuncio Sociedade Vicra Desportiva, Lda 500269335 457,38
Publicação Anuncio Sociedade Vicra Desportiva, Lda 500269335 457,38
TOTAL 11.334,72
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V4 | BALANÇO SOCIAL 2010
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II.A. Caracterização RH
A GNR tem ao seu serviço pessoal militar e civil. Os militares da GNR dispõem de um estatuto próprio - o Estatuto dos
Militares da Guarda Nacional Republicana, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 297/2009, de 14 de Outubro. Conforme se
dispõe nos artigos 19º da LOGNR e 5º do referido diploma, os militares da GNR estão sujeitos à condição militar, nos
termos da Lei de Bases Gerais do Estatuto da Condição Militar.
Da condição militar do pessoal da GNR decorrem as restrições ao exercício de certos direitos, liberdades e garantias,
que vigoram igualmente para os militares das Forças Armadas, nos termos da Lei de Defesa Nacional e das Forças
Armadas. Quanto ao pessoal civil ao serviço da GNR, é-lhe aplicável o estatuto dos funcionários e agentes da
administração pública. O pessoal civil a desempenhar funções na GNR, está sujeito aos deveres e goza dos direitos
previstos na lei geral para os demais funcionários e agentes da Administração Pública.
Os militares da Guarda agrupam-se, hierarquicamente, nas seguintes categorias profissionais, subcategorias e postos:
Figura 72 – Categorias profissionais militares da GNR
A situação de pessoal militar, seguidamente apresentada, tem por referência o Mapa Geral de Pessoal Militar da
Guarda Nacional Republicana, aprovado pelo Despacho n.º 8372/2010, de 18 de Maio.
A Guarda em 31 de Dezembro de 2010 tinha em exercício de funções 24.108 militares e civis, distribuídos da seguinte
forma:
Figura 73 – Recursos Humanos em 2008 – 2010
48 49
48 Os dados representados graficamente tem subjacente a seguinte informação:
734 757 7292.532 2.650 2.550
21.470 21.35519.930
619 591 899
2008 2009 2010
Oficiais Sargentos Guardas Civis
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Analisando os dados supra referidos, verifica-se que em 2010, comparativamente ao ano anterior, a Guarda sofreu uma
redução considerável dos seus recursos humanos. A diferença entre períodos homólogos, a 31 de Dezembro, cifra-se
em 1.330 (Balanço Social 2010, Quadro 8). Estas perdas têm ênfase no número de efectivos que passaram à reserva
durante o ano e no facto de não ter sido atenuado por novas entradas, dado que não foi autorizado o Concurso em
2009, para o Curso de Formação de Guardas, cujas admissões ao quadro teriam lugar em 2010.
Saliente-se que, na tentativa de fazer face à redução de efectivos, o MAI procedeu em 2010 à abertura de vagas para a
admissão ao Curso de Formação de Guardas, tendo em vista o seu ingresso no quadro da GNR. Nesse sentido,
considerando a evolução dos efectivos da GNR entre 2000 e 2009, a alteração das respectivas áreas geográficas de
intervenção e a população nelas residente, foram atribuídas à Guarda 1.000 vagas para admissão ao Curso de
Formação de Guardas, por despacho de Sua Excelência o Ministro da Administração Interna.
Importa destacar que foi possível, através da abertura de vagas citada anteriormente, aumentar a candidatura de mais
mulheres com vista o seu ingresso no quadro, frequentando, neste momento, o respectivo alistamento 118 mulheres.
1. Modalidade de Vinculação
Tabela 1 - Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo a modalidade de vinculação e género a exercer funções em 31DEC
NOTA: a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
- Oficiais 2008 - 2010 - Prestam serviço na Guarda Nacional Republicana 34 Oficiais do Exercito em Comissão de Serviço no âmbito da LVCR.
- Civis 2008 - Além dos 619 civis do quadro, a Guarda detinha ainda 24 em contrato administrativo de provimento, 92 contratados em regime de
avença, 375 contratados a tempo parcial, e 1 requisitado a outro serviço.
- Civis 2009 - Além dos 591 civis do quadro, mencionados na figura a Guarda detém ainda 24 em contrato administrativo de provimento, 82
contratados em regime de avença e 337 contratados a tempo parcial.
- Civis 2010 - Incluí o pessoal contratado a tempo parcial para execução da limpeza dos Postos da Guarda e outras instalações.
- Efectivos considerados para Balanço Social em 31DEC2010, conforme dados constantes no SIOE.
49 No BS não são incluídos:
- Militares e Civis da Guarda em funções em organismos nacionais externos à GNR
- Militares e Civis da Guarda em funções em organismos internacionais externos à GNR
Grupo/cargo/carreira/
Modalidades de vinculação M F M F M F M F M F Geral
Guarda Nacional Republicana 22.170 1.005 - - - - - - 22.170 1.005 23.175
Forças Armadas a) - - - - 33 1 - - 33 1 34
Técnico Superior - - 1 4 - - - - 1 4 5
Assistente Técnico - - - 24 - - - - - 24 24
Assistente Operacional - - 13 412 - - - - 13 412 425
Docente - - 2 10 - - - - 2 10 12
Médico - - 9 10 - - - - 9 10 19
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - 5 - - - - - 5 5
Outro Pessoal b) - - 403 6 - - - - 403 6 409
Avenças - - - - - - 51 33 51 33 84
Total 22.170 1.005 428 471 33 1 51 33 22.682 1.510 24.192
Nomeação
Definitiva
CT em Funções
Públicas por
tempo
indeterminado
Comissão de
Serviço no
âmbito do LVCR
Prestação de
Serviço no
âmbito do LVCR
TOTAL
GU
AR
DA
NA
CIO
NA
L R
EPU
BLI
CA
NA
Rela
tóri
o d
e A
cti
vid
ad
es |
201
0
20
0
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F Geral
Guarda Nacional Republicana 755 68 3.306 420 4.836 340 3.674 171 3.118 6 3.726 - 2.717 - 38 - - - - - - - 22.170 1.005 23.175
Forças Armadas a) - - - - - - 2 - 5 - 7 1 10 - 6 - 3 - - - - - 33 1 34
Técnico Superior - - - - - - - - - 1 1 2 - 1 - - - - - - - - 1 4 5
Assistente Técnico - - - - - - - 1 - 3 4 - 3 - 8 - 4 - 1 - - - 24 24
Assistente Operacional - - - 2 - 8 - 26 - 48 2 65 4 97 4 78 3 50 - 26 - 12 13 412 425
Docente - - - - - - 1 7 - 1 - - 1 1 - 1 - - - - - - 2 10 12
Médico - - - - - - - - - - - 1 2 4 5 3 2 2 - - - - 9 10 19
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - - - - 2 - 2 - - - 1 - - - - - - - 5 5
Outro Pessoal b) - - - - 18 1 45 2 21 2 99 1 127 - 75 - 15 - 3 - - - 403 6 409
Sub-Total 755 68 3.306 422 4.854 349 3.722 207 3.144 63 3.835 76 2.861 106 128 91 23 56 3 27 - 12 22.631 1.477 24.108
Prestações de Serviços
(Avenças)- - - 1 - - 3 12 3 5 6 2 8 5 21 4 9 2 1 - - 2 51 33 84
Sub-Total - - - 1 - - 3 12 3 5 6 2 8 5 21 4 9 2 1 - - 2 51 33 84
Total 755 68 3.306 423 4.854 349 3.725 219 3.147 68 3.841 78 2.869 111 149 95 32 58 4 27 0 14 22.682 1.510 24.192
Grupo/cargo/carreira/Escalão
etário e género
TOTAL50 - 54 55 - 59 60 - 64 65 - 69 70 e mais20 - 24 25 - 29 30 -34 35 - 39 40 - 44 45 - 49
2.
Estr
utu
ra E
tária
Tabela 2 - Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o escalão etário e género a exercer funções em 31DEC
NOTA:
a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea).
b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
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Figura 74 – Trabalhadores segundo o escalão etário e género
755
68
3306
423
4854
349
3725
219
3147
68
3841
78
2869
111
149
95
32
58
4
27
14
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
20
-2
42
5 -
29
30
-3
43
5 -
39
40 -
4445
-49
50 -
5455
-59
60
-64
65
-6
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ad
es |
201
0
20
2
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - - - - 3 1 1 - - - - - - - - 1 4 5
Assistente Técnico - 4 - 1 - - - 4 7 - 3 - - - 4 - 1 - 24 24
Assistente Operacional - 34 - 97 - 222 1 14 6 28 2 14 1 2 3 1 - - 13 412 425
Docente - - 1 3 1 7 - - - - - - - - - - - - 2 10 12
Médico - - 1 - - 3 2 1 5 6 1 - - - - - - - 9 10 19
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - 3 - 2 - - - - - - - - - - - 5 5
Forças Armadas a) - - - - - - 5 1 4 - 7 - 5 - 9 - 3 - 33 1 34
Guarda Nacional Republicana 1.708 214 4.183 431 4.337 217 3.667 143 3.315 - 4.253 - 700 - 7 - - - 22.170 1.005 23.175
Outro Pessoal b) - - 27 1 52 2 4 1 279 2 8 - 25 - 8 - - - 403 6 409
Total 1.708 252 4.212 533 4.390 454 3.679 169 3.610 44 4.271 17 731 2 27 5 3 1 22.631 1.477 24.108
Grupo/cargo/carreira/
30 - 34 35 - 39 40 ou mais anosAté 5 anos 5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 24 25 - 29 TOTAL
3.
Estr
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ntig
uid
ad
es (
na F
P)
Tabela 3 - Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o nível de antiguidade e género (na F.P.) a exercer funções em 31DEC
NOTA:
a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
GUARDA NACIONAL REPUBLICANA
Relatório de Actividades | 2010
203
Figura 75 – Antiguidade por escalão etário e segundo o sexo (na FP)
1.708
252
4.212
533
4.390
454
3.679
169
3.610
44
4.271
17
731
2
27
5
3
1
M
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M
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M
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M
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M
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M
F
M
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M
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-19
20 -
2425
-29
30
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39
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201
0
20
4
4.
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na G
NR
)
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - - - - 3 1 1 - - - - - - - - 1 4 5
Assistente Técnico - 5 - 1 - - - 1 - 5 - 5 - - - 6 - 1 - 24 24
Assistente Operacional - 32 - 98 - 209 - 8 4 26 3 29 2 7 4 3 - - 13 412 425
Docente - - - 2 2 7 - 1 - - - - - - - - - - 2 10 12
Médico - - - - - 1 1 3 4 6 4 - - - - - - - 9 10 19
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - 1 - 2 - 2 - - - - - - - - - 5 5
Forças Armadas a) 16 - 11 1 5 - - - 1 - - - - - - - - - 33 1 34
Guarda Nacional Republicana 2.758 347 4.143 357 4.386 257 3.658 44 3.370 - 3.805 - 50 - - - - - 22.170 1.005 23.175
Outro Pessoal b) - - 32 2 51 2 1 - 291 2 - - 25 - 3 - - - 403 6 409
Total 2.774 384 4.186 461 4.444 477 3.660 62 3.671 42 3.812 34 77 7 7 9 - 1 22.631 1.477 24.108
25 - 29 30 - 34 35 - 39 40 ou mais anos TOTAL20 - 24
Grupo/cargo/carreira/
Até 5 anos 5 - 9 10 - 14 15 - 19
Tabela 4 - Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o nível de antiguidade e género (na GNR) a exercer funções em 31DEC
NOTA:
a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea).
b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
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Relatório de Actividades | 2010
205
Figura 76 – Antiguidade por escalão etário e segundo o sexo (na GNR)
2.774
384
4.186
461
4.444
477
3.660
62
3.671
42
3.812
34
77
7
7
9
1
M
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M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
Até
5 a
no
s5-
91
0-1
415
-19
20 -
2425
-29
30
-3
43
5 -
39
40
ou
mai
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GU
AR
DA
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CIO
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201
0
20
6
5.
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M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - - - - - - - - - - - 1 3 - 1 - - 1 4 5
Assistente Técnico - - - 1 - 4 - 11 - 4 - 3 - - - 1 - - - - 24 24
Assistente Operacional - 27 12 239 - 90 1 50 2 - 4 - - - - - - - - 13 412 425
Docente - - - - - - - - - - - - - - 2 9 - 1 - - 2 10 12
Médico - - - - - - - - - - - - - - 9 10 - - - - 9 10 19
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - - - - - - - - - - 5 - - - - - 5 5
Forças Armadas a) - - - - - - - - - - 1 - 1 - 28 1 3 - - - 33 1 34
Guarda Nacional Republicana - - 1.028 - 3.042 - 8.553 216 2.124 155 6.595 523 66 11 657 94 104 6 1 - 22.170 1.005 23.175
Outro Pessoal b) - - 73 - 93 - 109 - 28 1 85 4 1 1 13 - 1 - - - 403 6 409
Sub-Total - 27 1.113 240 3.135 94 8.663 277 2.152 162 6.681 534 68 12 710 123 108 8 1 22.631 1.477 24.108
Prestações de Serviços
(Avenças)- - - - - - - 1 - - - 1 - 1 48 29 3 1 - - 51 33 84
Sub-Total - - - - - - - 1 - - - 1 - 1 48 29 3 1 - - 51 33 84
Total - 27 1.113 240 3.135 94 8.663 278 2.152 162 6.681 535 68 13 758 152 111 9 1 0 22.682 1.510 24.192
12.º Ano ou
equivalenteBacharelato Mestrado DoutoramentoLicenciatura TOTAL11.º Ano
Grupo/cargo/carreira/
Menos do 4.º
Ano ou
equivalente
4.º Ano ou
equivalente
6.º Ano ou
equivalente
9.º Ano ou
equivalente
Tabela 5 - Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o nível de escolaridade e género a exercer funções em 31DEC
NOTA: a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea).
b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
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207
Figura 77 – Escolaridade por sexo
0
27
1.113
240
3.135
94
8.663
278
2.152
162
6.681
535
68
13
758
152
111
9
1
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M
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M
F
M
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M
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M
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M
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M
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M
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4.º
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6.º
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9.º
An
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11.º
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M F M F M F M F M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Assistente Técnico - - - - - - - - - - - - - 1 - 1 - 2 2
Assistente Operacional - - - - - - - 2 - - - 1 - - - 1 - 4 4
Docente - - - - - - - - - - - 1 - - - - - 1 1
Médico - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Forças Armadas a) - - - - - - - - 1 - - - 2 - - - 3 - 3
Guarda Nacional Republicana 7 9 10 14 35 - - - - - - - 75 - 75
Outro Pessoal b) - - - - - - - - 3 - 1 - - - - - 4 - 4
Total 7 9 10 14 2 39 1 2 2 1 2 82 7 89
55 - 59 60 - 64 65 - 69 TOTAL
Grupo/cargo/carreira/
50 - 5445 - 4940 - 4435 - 3930 - 34
Tabela 6 - Contagem dos trabalhadores portadores de deficiência por grupo/cargo/carreira, segundo o escalão etário e género a exercer funções em 31DEC
NOTA:
Considera o total de trabalhadores que beneficiam de redução fiscal por motivo da sua deficiência
a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea).
b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
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209
Figura 78 – Portadores de deficiência por escalão etário e segundo o sexo
7
9
10
14
2
39
1
2
2
1
2
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
35
-3
94
0 -
44
45
-4
950
-54
55 -
5960
-64
65
-6
970
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Relatório de Actividades | 2010
210
7. Trabalhadores Admitidos e Regressados
Tabela 7 - Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo a modalidade de vinculação e género a exercer funções em 31DEC
NOTA: Considera o total de efectivos admitidos pela 1ª vez ou regressados ao serviço entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro inclusive. a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
Figura 79 – Contagem dos trabalhadores admitidos e regressados durante o ano e segundo o sexo
M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - - 1 1 1
Assistente Técnico - - - - - - - - -
Assistente Operacional - - - - - 1 1 1
Docente - - - - - - - - -
Médico - - - - - - - - -
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - - - -
Forças Armadas a) - - 5 - - - 5 - 5
Guarda Nacional Republicana 34 5 - - 1 - 35 5 40
Outro Pessoal b) 834 152 - - - - 834 152 986
Total 868 157 5 - 1 2 874 159 1.033
Comissão de
serviço
Procedimento
concursal
Outras
situaçõesTOTAL
Grupo/cargo/carreira/
868
157
5
1
2
M
F
M
F
M
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Relatório de Actividades | 2010
211
8. Saídas de Trabalhadores (nomeação e comissão de serviços)
Tabela 8 - Contagem das saídas de trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço, por grupo/cargo/carreira, segundo o motivo de saída e género
NOTA: a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
Figura 80 – Contagem de saídas dos trabalhadores nomeados ou em comissão de serviço segundo o motivo de saída e género durante o ano
M F M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - - - - - - - - - -
Assistente Técnico - - - - - - - - - - - - -
Assistente Operacional - - - - - - - - - - - - -
Docente - - - - - - - - - - - - -
Médico - - - - - - - - - - - - -
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - - - - - - - -
Forças Armadas a) 1 - - - - - 6 - - - 7 - 7
Guarda Nacional Republicana 23 1 31 4 - - - 1.264 - 1.322 1 1.323
Outro Pessoal b) - - - - - - - - - - - - -
Total 24 1 31 - 4 - 6 - 1.264 - 1.329 1 1.330
TOTAL
Grupo/cargo/carreira/
Cessação por
mútuo acordo
Reforma/
AposentaçãoMorte
Cessação de
comissão de
serviço
Outros (inclui
reserva)
24
1
31
4
6
1.264
M
F
M
F
M
F
M
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M
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Mo
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Ref
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212
9. Saídas de Trabalhadores (contrato de trabalho em funções públicas)
Tabela 9 - Contagem das saídas de trabalhadores contratados, por grupo/cargo/carreira, segundo o motivo de saída e género durante o ano
NOTA: a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - - - - - -
Assistente Técnico - - - - - 3 3 3
Assistente Operacional - - - - - 12 12 12
Docente - - - - - - - - -
Médico - - - - 1 - 1 - 1
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - - - -
Forças Armadas a) - - - - - - - - -
Guarda Nacional Republicana - - - - - - - - -
Outro Pessoal b) 1 - 834 152 7 - 842 152 994
Total 1 - 834 152 8 15 843 167 1.010
TOTAL
Grupo/cargo/carreira/
MorteCaducidade
(termo)
Reforma/
Aposentação
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213
10. Mudanças de Situação (promoções e progressões)
Tabela 10 - Contagem das mudanças de situação dos trabalhadores durante o ano, por grupo/cargo/carreira, segundo o motivo e género
NOTAS:
(1) e (2) – Artigos 46.º,47.º e 48.º da Lei 12- A/2008; a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
Figura 81 – Progressões e alterações de posicionamento remuneratório
M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - - - - - -
Assistente Técnico - - - - - - - - -
Assistente Operacional - - - - - - - - -
Docente - - - - - - - - -
Médico - - - - - - - - -
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - - - -
Forças Armadas a) 4 - 18 1 - - 22 1 23
Guarda Nacional Republicana 3.852 80 9.942 468 - - 13.794 548 14.342
Outro Pessoal b) - - - - - - - - -
Total 3.856 80 9.960 469 - - 13.816 549 14.365
TOTAL
Grupo/cargo/carreira/
Promoções (carreiras
não revistas e carreiras
subsistentes)
Alteração obrigatória
do posicionamento
remuneratório (1)
Alteração do
posicionamento
remuneratório por
opção gestionária (2)
3.856
80
9.960
469
M
F
M
F
Pro
mo
ções
(ca
rrei
ras
não
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214
11. Modalidade de Horário de Trabalho
Tabela 11 - Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo a modalidade de horário de trabalho e género a exercer funções em 31DEC
NOTA: a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais. c) Não sujeitos a horário, disponibilidade permanente.
Figura 82 – Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo a modalidade de horário de trabalho e género a exercer funções em 31DEC
M F M F M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior 1 4 - - - - - - - - - - 1 4 5
Assistente Técnico - 24 - - - - - - - - - - - 24 24
Assistente Operacional 13 71 - - - 341 - - - - - - 13 412 425
Docente - - 2 10 - - - - - - - - 2 10 12
Médico 8 9 - - - - - - - - 1 1 9 10 19
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - 5 - - - - - - - - - - 5 5
Forças Armadas a) - - - - - - - - 33 1 - - 33 1 34
Guarda Nacional Republicana - - - - - - - - 22.170 1005 - - 22.170 1.005 23.175
Outro Pessoal b) - - - - - - 403 6 - - - - 403 6 409
Total 22 113 2 10 - 341 403 6 22.203 1006 1 1 22.631 1.477 24.108
Especifico c)Isenção de
HorárioTOTAL
Grupo/cargo/carreira/
Rígido Flexível DesfasadoJornada
continua
22
113
2
10
341
403
6
22.203
1.006
1
1
M
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M
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M
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M
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M
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M
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215
12. Período Normal de Trabalho (PNT)
Tabela 12 - Contagem dos trabalhadores por grupo/cargo/carreira, segundo o período normal de trabalho (PNT) e género a exercer funções em 31DEC
NOTA: Indica para cada um dos horários de trabalho semanal, assinalados ou a assinalar, o número de trabalhadores que o praticam. PNT – Número de horas de trabalho semanal em vigor no serviço, fixado ou autorizado por lei. No mesmo serviço pode haver vários períodos normais de trabalho. (*) – Trabalho a tempo parcial (art.º n.º 142º da Lei n.º 59/2008) ou regime especial (art.º 12º do DL n.º 259/98): indicar o número de horas de trabalho semanais, se inferior ao praticado a tempo completo a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - - 1 4 - - 1 4 5
Assistente Técnico - - - - 24 - - - 24 24
Assistente Operacional 3 - - 13 409 - - 13 412 425
Docente 2 10 - - - - - - 2 10 12
Médico - - 2 1 7 9 - - 9 10 19
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - 5 - - - 5 5
Forças Armadas a) - - - - - - 33 1 33 1 34
Guarda Nacional Republicana - - - - - - 22.170 1.005 22.170 1.005 23.175
Outro Pessoal b) 403 6 - - - - - - 403 6 409
Total 405 19 2 1 21 451 22.203 1.006 22.631 1.477 24.108
Tempo
completoGrupo/cargo/carreira/Tempo de
serviço
disp. permanente40 horas9 horas35 horas
TOTAL
Tempo parcial ou
outro regime
especial (*)
Tempo parcial ou
outro regime
especial (*)
Tempo parcial ou
outro regime
especial (*)
PNT inferior ao praticado a tempo completo
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216
13. Trabalho extraordinário
Tabela 13 - Contagem das horas de trabalho extraordinário durante o ano, por grupo/cargo/carreira, segundo a modalidade de prestação do trabalho e
género NOTA: Considera o total de horas suplementares/extraordinárias efectuadas pelos trabalhadores do serviço entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro, nas situações identificadas. a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - 2 - 24 - 4 - - - 30 30
Assistente Técnico - - - - - - - - - - -
Assistente Operacional - - - - - - - - - - -
Docente - - - - - - - - - - -
Médico - - - - - - - - - - -
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - - - - - -
Forças Armadas a) - - - - - - - - - - -
Guarda Nacional Republicana - - - - - - - - - - -
Outro Pessoal b) 753 4 612 2 18.956 167 - - 20.322 173 20.495
Total 753 6 612 26 18.956 171 - - 20.322 203 20.525
Dias normais de trabalho Dias de descanso e feriados
Trabalho em dias
de descanso
semanal
obrigatório
Grupo/cargo/carreira/Tempo de
serviço
TOTALTrabalho
extraordinário
diurno
Trabalho
extraordinário
nocturno
Trabalho em dias
de descanso
semanal
obrigatório
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217
14. Trabalho nocturno, normal e extraordinário
Tabela 14 - Contagem das horas de trabalho nocturno, normal e extraordinário durante o ano, por grupo/cargo/carreira, segundo o género
NOTA: Considera o total de horas efectuadas pelos trabalhadores do serviço entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro, nas situações identificadas. Na coluna “trabalho nocturno extraordinário” é considerado o trabalho extraordinário efectuado em dias normais e em dias de descanso semanal obrigatório, complementar e feriados. a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea). b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - 24 - 24 24
Assistente Técnico - - - - - - -
Assistente Operacional - - - - - - -
Docente - - - - - - -
Médico - - - - - - -
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - - -
Forças Armadas a) - - - - - - -
Guarda Nacional Republicana - - - - - - -
Outro Pessoal b) 28.569 68 612 2 29.182 70 29.252
Total 28.569 68 612 26 29.182 94 29.276
Total
Trabalho
extraordinário
diurno
Trabalho
extraordinário
nocturnoGrupo/cargo/carreira/Tempo de
serviço
GU
AR
DA
NA
CIO
NA
L R
EPU
BLI
CA
NA
Rela
tóri
o d
e A
cti
vid
ad
es |
201
0
21
8
15.
Ab
sen
tism
o
Tabela 15 - Contagem dos dias de ausências ao trabalho durante o ano, por grupo/cargo/carreira, segundo o motivo de ausência e género
NOTA:
Considera o total de dias completos de ausência.
a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea).
b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F M F Geral
Técnico Superior - - - 92 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 92 92
Assistente Técnico - - - - - 8 - 313 - - - - - - - - - - - - - - - - - 321 321
Assistente Operacional - - - 120 7 12 196 4.088 - - - 95 - - - 155 - - - - - - - 355 203 4.825 5.028
Docente - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 30 - 30 30
Médico - - - - - - 51 14 - - - - - - - - - - - - - - - - 51 14 65
Téc. Diagnóstico e Terapêutica - - - - - 5 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 5 5
Forças Armadas a) - - - - - - 20 - - - - - - - - - - - - - - - - - 20 - 20
Guarda Nacional Republicana 4.599 346 33.572 13.449 6.334 148 143.783 8.614 - 7 9.520 1.054 1.560 222 - - 585 - - - 10 - 17.325 2.217 217.288 26.057 243.345
Outro Pessoal b) 41 - 230 - 100 5 4.001 68 38 - 66 - - - 4 - - - 22 - - - 67 - 4.569 73 4.642
Total 4.640 346 33.802 13.661 6.441 178 148.051 13.097 38 7 9.586 1.149 1.560 222 4 155 585 - 22 - 10 - 17.392 2.602 222.131 31.417 253.548
Greve Injustificadas Outros TOTAL
Grupo/cargo/carreira/
CasamentoProtecção na
parentalidade
Falecimento de
familiarDoença
Cumprimento
de pena
disciplinar
Por acidente
em serviço ou
doença
profissional
Assistência a
familiares
Trabalhador-
estudante
Por conta do
período de
férias
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Relatório de Actividades | 2010
219
Figura 83 – Contagem dos dias de ausências ao trabalho durante o ano, segundo o motivo de ausência e género
4.640
346
33.802
13.661
6.441
178
148.051
13.097
38
7
9.586
1.149
1.560
222
4
155
585
22
10
17.392
2.602
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
Cas
amen
toP
rote
cção
na
par
enta
lidad
eFa
leci
men
to d
e fa
mili
arD
oen
ça
Po
r ac
iden
te e
m
serv
iço
ou
do
ença
p
rofi
ssio
nal
Ass
istê
nci
a a
fam
iliar
esTr
abal
had
or-
estu
dan
teP
or
con
ta d
o
per
íod
o d
e fé
rias
Cu
mp
rim
ento
de
pen
a d
isci
plin
arG
reve
Inju
stif
icad
asO
utr
os
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Relatório de Actividades | 2010
220
16. Participação em Greves
Tabela 16 - Contagem dos trabalhadores em greve durante o ano, por escalão de PNT e tempo de paralisação NOTA: (*) Período Normal de Trabalho (PNT)
Data Âmbito PNT*
N.º de
trabalhadores
em greve
Duração da
paralisação (em
hh/mm)
Motivo (s) da greve
35 horas 3 07/00 Outras reivindicações salariais
42 horas - - Outras reivindicações não especif icadas
Semana 4 dias (D.L. 325/99) - -
Regime especial (D.L. 324/99) - -
Outros - -
35 horas 0 0 Outras reivindicações salariais
42 horas - - Outras reivindicações não especif icadas
Semana 4 dias (D.L. 325/99) - -
Regime especial (D.L. 324/99) - -
Outros - -
35 horas 0 0 Aumentos salariais
42 horas - - Estabilidade no vínculo contratual
Semana 4 dias (D.L. 325/99) - - Outras reivindicações não especif icadas
Regime especial (D.L. 324/99) - -
Outros - -
35 horas 0 0 Aumentos salariais
42 horas - - Estabilidade no vínculo contratual
Semana 4 dias (D.L. 325/99) - - Outras reivindicações não especif icadas
Regime especial (D.L. 324/99) - -
Outros - -
35 horas 19 07/00 Outras reivindicações não especif icadas
42 horas - -
Semana 4 dias (D.L. 325/99) - -
Regime especial (D.L. 324/99) - -
Outros - -
29 de Setembro Adm.Pública-Geral
24 de Novembro Greve Geral
5 de Fevereiro Adm.Pública-Sectorial
4 de Março Adm.Pública-Geral
8 de Julho Adm.Pública-Sectorial
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221
II.B. Encargos com o Pessoal
1. Estrutura remuneratória - Remunerações mensais ilíquidas 1
Tabela 17 - Estrutura remuneratória, por género
Nota:
1 - Considera a remuneração mensal base ilíquida mais suplementos regulares e/ou adicionais/diferenciais remuneratórios de natureza permanente.
Não inclui prestações sociais, subsídio de refeição e outros benefícios sociais.
Exclui prestações de serviço.
Período de referência: mês de Dezembro.
M F Total
Mais de 6000 € 1 1
5751-6000 €
5501-5750 €
5251-5500 €
5001-5250 €
4751-5000 € 1 1
4501-4750 € 1 1
4251-4500 € 6 6
4001-4250 € 2 2
3751-4000 €
3501-3750 € 17 17
3251-3500 € 30 30
3001-3250 € 6 6
2751-3000 € 154 4 158
2501-2750 € 97 5 102
2251-2500 € 64 3 67
2001-2250 € 433 15 448
1751-2000 € 738 9 747
1501-1750 € 3.437 28 3.465
1251-1500 € 8.814 231 9.045
1001-1250 € 4.073 255 4.328
501-1000 € 4.717 542 5.259
Até 500 € 40 385 425
Total 22.631 1.477 24.108
Género/Escalão de
remunerações
Número de trabalhadores
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222
Figura 84 – Estrutura remuneratória por género
40
4.717
4.073
8.814
3.437
738
433
64
97
154
6
30
17
2
6
1
1
1
385
542
255
231
28
9
15
3
5
4
Até 500 €
501-1000 €
1001-1250 €
1251-1500 €
1501-1750 €
1751-2000 €
2001-2250 €
2251-2500 €
2501-2750 €
2751-3000 €
3001-3250 €
3251-3500 €
3501-3750 €
3751-4000 €
4001-4250 €
4251-4500 €
4501-4750 €
4751-5000 €
5001-5250 €
5251-5500 €
5501-5750 €
5751-6000 €
Mais de 6000 €
F
M
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Relatório de Actividades | 2010
223
2. Estrutura remuneratória - Remunerações máximas e mínimas
Tabela 18 - Remunerações máximas e mínimas
3. Encargos com Pessoal
Tabela 19 - Total dos encargos com pessoal durante o ano (inclui os militares na situação de reserva e a aguardar reforma)
Nota:
Incluí o subsídio de férias e o subsídio de natal.
Figura 85 – Total dos encargos com pessoal durante o ano
M F
475,00 475,00
6879,99 2998,73
Mínima (€)
Máxima (€)
Remuneração (€)
Encargos com pessoal Valor (Euros)
Remuneração Base (*) 593.751.016,24 €
Suplementos remuneratórios 70.846.384,02 €
Prémios de desempenho
Prestações Sociais 33.391.745,88 €
Benefícios sociais 4.764.588,41 €
Outros encargos com pessoal 87.865.916,28 €
Total 790.619.650,83 €
593.751.016
70.846.384
33.391.746
4.764.588
87.865.916
790.619.651
Remuneração Base
Suplementos remuneratórios
Prémios de desempenho
Prestações Sociais
Benefícios sociais
Outros encargos com pessoal
Total
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224
4. Suplementos remuneratórios
Tabela 20 - Total Suplementos remuneratórios
Nota:
Se não Incluído em trabalho extraordinário (diurno e nocturno).
Suplementos remuneratórios Valor (Euros)
Trabalho extraordinário (diurno e nocturno) 14.366,79 €
Trabalho normal nocturno 51.307,50 €
Trabalho em dia de descanso semanal, complementar e feriados (*) 273.516,93 €
Disponibilidade permanente 33.706.243,01 €
Outros regimes especiais de prestação de trabalho -
Risco, penosidade e insalubridade 28.709.707,02 €
Fixação na periferia 142.474,42 €
Trabalho por turnos 313.526,08 €
Abono para falhas -
Participação em reuniões -
Ajudas de custo 6.854.796,09 €
Representação 597.008,17 €
Secretariado -
Outros suplementos remuneratórios 183.438,01 €
Total 70.846.384,02 €
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225
II.C. Higiene e Segurança
1. Acidentes de trabalho
Tabela 21 - Número de acidentes de trabalho e de dias de trabalho perdidos com baixa durante o ano, por género
Nota: Considera os acidentes de trabalho registados num auto de notícia. O “número total de acidentes” refere-se ao total de ocorrências, com baixa, sem baixa e mortais. O “ N.º de acidentes com baixa” exclui os mortais. Exclui os acidentes mortais no cálculo dos dias de trabalho perdidos na sequência de acidentes de trabalho.
2. Incapacidade
Tabela 22 - Número de casos de incapacidade declarados durante o ano, relativamente aos trabalhadores vítimas de acidente de trabalho
Inferior a
1 dia (sem
dar Lugar
a baixa)
1 a 3 dias
de baixa
4 a 30
dias de
baixa
Superior
a 30 dias
de baixa
Mortal Total
Inferior a
1 dia (sem
dar Lugar
a baixa)
1 a 3 dias
de baixa
4 a 30
dias de
baixa
Superior
a 30 dias
de baixa
Mortal Total
M 359 17 176 71 4 627 6 2 12 6 - 26
F 22 2 16 5 - 45 1 1 2 - - 4
M - 17 176 71 - 264 - 2 12 6 - 20
F - 2 16 5 - 23 - 1 2 - - 3
M - 41 2.489 4.454 - 6.984 - 5 171 379 - 555
F - 5 186 235 - 426 - 3 24 - - 27
M - 38 2.291 6.418 - 8.747 - 9 292 377 - 678
F - 6 130 48 - 184 - - - 35 - 35
Número total de acidentes (AT) ocorridos
no ano de referência
Grupo/cargo/carreira/
In itínere
N.º de dias de trabalho perdidos por
acidentes ocorridos no ano
N.º de dias de trabalho perdidos por
acidentes ocorridos em anos anteriores
No local de trabalho
N.º de acidentes de trabalho (AT) com baixa
ocorridos no ano de referência
Número de casos
57
8
48
1
1
-
58
Casos de incapacidade
Casos de Incapacidade permanente:
Total
Casos de incapacidade temporária e parcial
Casos de incapacidade temporária e absoluta
- Absoluta para o trabalho habitual
- Parcial
- Absoluta
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226
3. Doenças Profissionais
Tabela 23 Número de situações participadas e confirmadas de doença profissional e de dias de trabalho perdidos durante o ano Nota: (*) – Conforme lista constante do DR. n.º 6/2001, de 3 de Maio, actualizado pelo DR. n.º 76/2007, de 17 de Julho.
4. Medicina no Trabalho
Tabela 24 Número e encargos das actividades de medicina no trabalho ocorridas durante o ano
Nota: Inclui as despesas com medicina no trabalho e as relativas a medicamentos e vencimentos de pessoal afecto.
Código (*) Designação
51.03 Tuberculose Pulmonar 2 730
44.02Doenças da Coluna
Vertebral13 282
Total 15 1.012
Número de dias de
ausênciaNúmero de casos
Doenças Profissionais
Número Valor
2.823 417.804,00 €
1.231 271.497,05 €
368 297.507,10 €
93 18.918,99 €
4.515 1.005.727,14 €
- -
- -
4.515 1.005.727,14 €
Total dos exames médicos efectuados
Total
Casos de incapacidade
Exames de admissão
Exames ocasionais e complementares
Exames periódicos
Visitas aos postos de trabalho
Despesas com medicina no trabalho
Exames de cessação de funções
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227
5. Segurança e Saúde no Trabalho
Tabela 25 - Número de intervenções das comissões de segurança e saúde no trabalho ocorridas durante o ano, por tipo
6. Segurança e Saúde no Trabalho
Tabela 26 - Número de acções de formação e sensibilização em matéria de segurança e saúde no trabalho durante o ano
7. Prevenção de Acidentes e Doenças Profissionais
Tabela 27 - Custos com a prevenção de acidentes e doenças profissionais durante o ano
Nota:
Encargos na organização dos serviços de segurança e saúde no trabalho e encargos na organização/modificação dos espaços de trabalho;
Encargos na aquisição de bens e equipamentos;
Encargos na formação, informação e consulta;
Inclui os custos com a identificação, avaliação e controlo dos factores de risco.
Número
-
75
-
75Total
Segurança e saúde no trabalho - Intervenções das comissões
Reuniões da Comissão
Visitas aos locais de trabalho
Outras
Número
32
1.520
Segurança e saúde no trabalho - Acções de formação
Acções realizadas durante o ano
Trabalhadores abrangidos pelas acções realizadas
Número
180.478,00 €
74,356,00€
-
-
180.478,00 € Total
Segurança e saúde no trabalho - Intervenções das comissões
Encargos de estrutura de medicina e segurança no trabalho a)
Formação em prevenção de riscos c)
Outros custos com a prevenção de acidentes e doenças profissionais d)
Equipamentos de protecção b)
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228
II.D. Formação Profissional
1. Duração
Tabela 28 - Contagem relativa a participações em acções de formação profissional realizadas durante o ano, por tipo de acção, segundo a duração
Nota: Relativamente às acções de formação profissional realizadas durante o ano e em que tenham participado os efectivos do serviço, considera como: • acção interna - organizada pela entidade; • acção externa - organizada por outras entidades.
2. Participações
Tabela 29 - Contagem relativa a participações em acções de formação durante o ano, por grupo/cargo/carreira, segundo o tipo de acção
Nota:
Considera o total de acções realizadas pelos trabalhadores, em cada grupo, cargo ou carreira Considera o total de trabalhadores que, em cada grupo/cargo/carreira, participou em pelo menos 1 acção de formação. a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea); b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais..
Tipo de acção/duraçãoMenos de 30
horas
De 30 horas a 59
horas
De 60 a 119
horas
120 horas ou
maisTotal
Internas 465 61 37 64 627
Externas 110 94 31 27 262
Total 575 155 68 91 889
Acções internas Acções externas
N.º de
participações
N.º de
participações
N.º de
participações
N.º de
participantes
- 3 3 3
- - - -
- - - -
- - - -
- - - -
- - - -
- - - -
608 239 847 16.733
19 20 39 303
627 262 889 17039
Médico
Téc. Diagnóstico e Terapêutica
Forças Armadas a)
Guarda Nacional Republicana
Outro Pessoal b)
Total
TOTAL
Técnico Superior
N.º de participações e de participantes
Grupo/cargo/carreira
Docente
Assistente Técnico
Assistente Operacional
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229
3. Horas de Formação
Tabela 30 - Contagem das horas dispendidas em formação durante o ano, por grupo/cargo/carreira, segundo o tipo de acção
Notas: Considera as horas dispendidas por todos os efectivos do serviço em cada um dos tipos de acções de formação realizadas durante o ano. a) Militares dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e Força Aérea); b) Considera o total de efectivos da carreira dos Guardas Florestais.
4. Despesas Anuais de Formação
Tabela 31 - Despesas anuais com formação
Notas: Considera as despesas efectuadas durante o ano em actividades de formação e suportadas pelo orçamento da entidade.
Tipo de acção/duraçãoMenos de 30
horas
De 30 horas a 59
horas
De 60 a 119
horas
120 horas ou
maisTotal
Internas 465 61 37 64 627
Externas 110 94 31 27 262
Total 575 155 68 91 889
Valor (Euros)
10.196.834,56 €
1.475.347,21 €
11.672.181,77 €
Tipo de acção/valor
TOTAL
Despesa com acções externas
Despesa com acções internas
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II.E. Prestações Sociais
1. Encargos com Prestações Sociais
Tabela 32 - Encargos com prestações sociais
2. Encargos com benefícios sociais
Tabela 33 - Encargos com benefícios sociais
Prestações sociais Valor (Euros)
Subsídios no âmbito da protecção da parentalidade (maternidade, paternidade e
adopção)2.669.189,54 €
Abono de família 4.876.360,01 €
Subsídio de educação especial 371.223,02 €
Subsídio mensal vitalício 41.528,64 €
Subsídio para assistência de 3ª pessoa 117.443,73 €
Subsídio de Funeral 3.230,17 €
Subsídio por morte 414.910,64 €
Acidente de trabalho e doença profissional
Subsídio de desemprego
Subsídio de refeição 24.878.659,64 €
Outras prestações sociais 19.200,49 €
Total 33.391.745,88 €
Benefícios de apoio social Valor (Euros)
Grupos desportivos/casa do pessoal €
Refeitórios €
Subsídio de frequência de creche e de educação pré-escolar €
Colónias de férias €
Subsídio de estudos 40.183,05 €
Apoio sócio-económico €
Outros benefícios sociais 4.724.405,36 €
Total 4.764.588,41 €
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231
II.F. Relações Profissionais
1. Actividade Sindical
Tabela 34 - Relações Profissionais
2. Disciplina
Tabela 35 - Disciplina
Nota: (*) Repreensão: [Escrita 60 e Escrita Agravada 19, alíneas a) e b) do artigo 27.º do RDGNR, Lei n.º 145/99, 01SET, respectivamente] (**) Suspensão: [Suspensão e Suspensão Agravada, alíneas c) e d) do artigo 27.º do RDGNR, respectivamente] (1) Trabalhadores nomeados (militares), nos termos do EMGNR e do RDGNR. (2) Trabalhadores em CTFP.
Número
239
-
-
Relações profissionais
Trabalhadores sindicalizados
Elementos pertencentes a comissões de trabalhadores
Total de votantes para comissões de trabalhadores
Número
932
805
1.030
701
454
79
-
155
13
-
-Cessação da comissão de serviço
Relações profissionais
Processos transitados do ano anterior
Despedimento por facto imputável ao trabalhador (2)
Demissão (1)
**Suspensão
Multa
*Repreensão escrita
Arquivados
Processos decididos – Total:
Processos transitados para o ano seguinte
Processos instaurados durante o ano
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Relatório de Actividades | 2010
232
Figura 86 – Disciplina
932
805
1030
454
79
155
13
701
Processos transitados do ano anterior
Processos instaurados durante o ano
Processos transitados para o ano seguinte
Arquivados
Repreensão escrita
Suspensão
Demissão
Decididos - total
Pro
cess
os
Pro
cess
os
dec
idid
os
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Relatório de Actividades | 2010
233
III. Principais Indicadores de Gestão
Nota: * Retirados os dias de férias ** Se no serviço não for relevante a existência de diferentes horários pode ser tomado como referência o horário de 35 horas por semana
Indicador Valores
Taxa de feminização 6,24%
Nível etário
Leque etário
Taxa de emprego jovem 3,40%
Índice de envelhecimento 1,57%
Nível Antiguidade (FP)
Nível Antiguidade (GNR)
Índice de rotação 0,83
Taxa de reposição 44,15%
Taxa de absentismo 3,90%
Taxa de trabalho
extraordinário0,05%
Leque salarial ilíquido €475 - €6.879,99
Índice de Tecnicidade 12,51%
Índice de Enquadramento 13,39%
Taxa de Promoções 16,33%
Taxa de Progressões 43,26%
Taxa de encargos sociais 5,62%
Taxa de Incidência de
acidentes no local de
trabalho
2,77%
Taxa de Incidência de
doenças profissionais0,06%
Taxa de celeridade de
acção disciplinar40,70%
Encargo médio anual por
servidor
Fórmula de cálculo
Total de encargos com pessoal em funções / Total efectivos
Total de processos decididos / Total de processos transitados ano anterior /
Total de processos instaurados no ano
Número de casos de doenças profissionais x 100/Total de recursos humanos
Número de acidentes no local de trabalho x 100/Total de recursos humanos
Total de encargos com prestações sociais / total de encargos com
remuneração base
Número de efectivos com progressão x 100/Total de efectivos do quadro
Número de efectivos promovidos x 100/Total Efectivos do quadro
Número de Dirigentes x 100/Total de Recursos humanos
Número de técnicos superiores x 100/Total de recursos humanos
Maior remuneração base ilíquida / Menor remuneração base ilíquida
Número anual de horas de trabalho extraordinário x 100 Total de horas
trabalháveis por semana ** x 47
Número de dias de faltas x 100/ Número anual de dias trabalháveis * x Número
total de recursos humanos
Número de admissões x 100/Número de saídas
Número de Recursos humanos em 31 de Dezembro Número de recursos em
1 de Janeiro + entradas + saídas
Soma das antiguidades (GNR) /Total de efectivos
Total efectivos género feminino/ Total efectivos x 100
Soma das antiguidades (FP) /Total de efectivos
Número de Recursos humanos com idade > 55 anos x 100 Total de recursos
humanos
Total efectivos idade inferior a 25 anos x 100 / Total efectivos
Trabalhador mais idoso /Trabalhador menos idoso
Soma das idades /Total de recursos humanos
Estafeta Moto 2.º Esquadrão Regimento de Cavalaria
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Relatório de Actividades | 2010
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