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Relatório de Atividades 2 (3157710) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 1 3157710 08016.012670/2016-87 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA RELATÓRIO DE ATIVIDADES Nº 2/2016/COEEC/CGPC/DIRPP/DEPEN Processo: 08016.012670/2016-87 Assunto: Relatório de visita técnica ao Estado de Roraima Interessados: Diretoria de Políticas Penitenciárias; Gabinete do Diretor-Geral do DEPEN 1ª VISITA TÉCNICA DE APOIO AO SISTEMA PRISIONAL DO ESTADO DE RORAIMA PERÍODO DA VISITA: 20/10/2016 a 21/10/2016 LOCAL: Boa Vista/RR PARTICIPANTES DA COMITIVA: NOME SETOR CARGO Letícia Maranhão Matos Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania / Diretoria de Políticas Penitenciárias Coordenadora de Educação, Esporte e Cultura Pablo Moreira de Carvalho Coordenação-Geral de Modernização / Diretoria de Políticas Penitenciárias Agente Federal de Execução Penal OBJETIVO GERAL: 1. A visita técnica se deu em razão da crise iniciada no estado no dia 16/10/2016 (domingo) após rebelião ocorrida na Cadeia Pública de Boa Vista e na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, aparentemente motivada por conflitos entre duas organizações criminosas. Destaca-se que em Rondônia e Ceará foram iniciadas rebeliões motivadas pela mesma razão. 2. Foram agendadas reuniões com os mais diversos atores envolvidos com a execução penal do estado, incluindo visita técnica às unidades prisionais da capital, visando ao reconhecimento das atuais condições físicas, de segurança e de gestão no estado. 3. É importante destacar ainda que em junho de 2015, foi realizada visita técnica por representantes do DEPEN (Relatório de Visita Técnica n.º 3173890), quando foram identificadas diversas situações críticas no estado, resultando na pactuação de compromissos sob responsabilidade do DEPEN e da SEJUC (Medidas para Melhoria da Política Penal), mas que, no entanto, não foram realizadas em sua completude. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL LOCAL: 4. O órgão responsável pela administração prisional é a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania (SEJUC), cujo Secretário é o Senhor Uziel de Castro Júnior, e o Secretário Adjunto o Senhor Francisco Xavier Medeiros de Castro. 5. O sistema prisional do estado de Roraima é composto por 06 unidades prisionais, relatadas abaixo, com um total de 1.276 vagas e 2.323 pessoas presas. Unidade Vagas Total de Presos Presos provisórios Quantidade de servidores

RELATÓRIO DE ATIVIDADES Nº … · O sistema prisional do estado de Roraima é ... e pelo Poder Judiciário: Solicitação à Vara de Execução ... dos servidores envolvendo a Escola

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Relatório de Atividades 2 (3157710) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 1

3157710 08016.012670/2016-87

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES Nº 2/2016/COEEC/CGPC/DIRPP/DEPEN

Processo: 08016.012670/2016-87Assunto: Relatório de visita técnica ao Estado de RoraimaInteressados: Diretoria de Políticas Penitenciárias; Gabinete do Diretor-Geral do DEPEN1ª VISITA TÉCNICA DE APOIO AO SISTEMA PRISIONAL DO ESTADO DE RORAIMAPERÍODO DA VISITA�: 20/10/2016 a 21/10/2016LOCAL: Boa Vista/RR

PARTICIPANTES DA COMITIVA:

NOME SETOR CARGO

Letícia Maranhão MatosCoordenação-Geral de Promoção da

Cidadania / Diretoria de PolíticasPenitenciárias

Coordenadora de Educação,Esporte e Cultura

Pablo Moreira de CarvalhoCoordenação-Geral de

Modernização / Diretoria de PolíticasPenitenciárias

Agente Federal de ExecuçãoPenal

OBJETIVO GERAL:

1. A visita técnica se deu em razão da crise iniciada no estado no dia 16/10/2016(domingo) após rebelião ocorrida na Cadeia Pública de Boa Vista e na Penitenciária Agrícola doMonte Cristo, aparentemente motivada por conflitos entre duas organizações criminosas.Destaca-se que em Rondônia e Ceará foram iniciadas rebeliões motivadas pela mesma razão.

2. Foram agendadas reuniões com os mais diversos atores envolvidos com aexecução penal do estado, incluindo visita técnica às unidades prisionais da capital, visando aoreconhecimento das atuais condições físicas, de segurança e de gestão no estado.

3. É importante destacar ainda que em junho de 2015, foi realizada visita técnica porrepresentantes do DEPEN (Relatório de Visita Técnica n.º 3173890), quando foram identificadasdiversas situações críticas no estado, resultando na pactuação de compromissos sobresponsabilidade do DEPEN e da SEJUC (Medidas para Melhoria da Política Penal), mas que,no entanto, não foram realizadas em sua completude.

CONTEXTUALIZAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL LOCAL:

4. O órgão responsável pela administração prisional é a Secretaria de Estado daJustiça e da Cidadania (SEJUC), cujo Secretário é o Senhor Uziel de Castro Júnior, e oSecretário Adjunto o Senhor Francisco Xavier Medeiros de Castro.

5. O sistema prisional do estado de Roraima é composto por 06 unidades prisionais,relatadas abaixo, com um total de 1.276 vagas e 2.323 pessoas presas.

Unidade Vagas Total dePresos

Presosprovisórios

Quantidadede

servidores

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Cadeia Pública Feminina de Boa Vista 92 118 73 34Cadeia Pública de Boa Vista 120 320 12 40

Casa do Albergado Dr.ª Aracélia Souto Maior 109 180 0 18Cadeia Pública de São Luiz do Anauá 24 59 34 24

Penitenciaria Agrícola do Monte Cristo 750 1.485 983 99Centro de Progressão Penitenciária 181 161 0 21

TOTAL 1.276 2.323 1.102 236Fonte: Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania/outubro de 2016.Observação: 15 agentes penitenciários estão atuando no Departamento do Sistema Penitenciário do Estado eoutros 17 na Divisão de Inteligência e Captura = 268.

CONTEXTUALIZAÇÃO DA CRISE NO SISTEMA PRISIONAL DO ESTADO:

6. Após as conversas realizadas no âmbito estadual, pode-se perceber o clima tensoe com pouca técnica com que a administração prisional local tem gerido as crises e as rotinas dasunidades prisionais. Apesar de todos os esforços da atual gestão, verifica-se a ausência deplanejamento específico e atento às reais necessidades do sistema prisional do estado.

7. A presença da Polícia Militar no dia-a-dia da Penitenciária Agrícola do MonteCristo (PAMC), por exemplo, que se arrasta desde 2014 (após anterior crise enfrentada peloestado), mostra a falta de priorização das demandas do sistema prisional. Os agentespenitenciários do estado são diariamente escoltados pela Polícia Militar na realização de seusafazeres mais corriqueiros, perpetuando a presença de policiais que não foram capacitados paraatuar em prisões.

8. O atendimento das assistências - saúde, educação, atendimento jurídico e social,laboral - não está sendo propiciado pelo estado, o que tem provocado o empoderamento dosgrupos criminosos no interior das unidades. O espaço vazio deixado pela não prestação deserviços adequados à população prisional é ponto crucial para a crise vivida pelo estadoatualmente, e foi abordado em várias conversas realizadas durante a visita técnica.

9. É preciso, no entanto, deixar claro a atuação das secretarias estaduais quetransversalmente se articulam com a SEJUC, que em esforço incomensurável, tentam resistir àsmais variadas tentativas de interrupção de seus atendimentos, como é o caso da SecretariaEstadual de Saúde e de Educação. Professores, médicos, enfermeiros, lidam diariamente com atruculência ofertada pela Polícia Militar e com a conivência da gestão prisional e dos agentespenitenciários nesse trato.

10. É preciso registrar que segundo informações da SEJUC foi identificada apresença de pessoas presas que se declaram pertencer ao grupo "PCC" e ao grupo "ComandoVermelho". Há registro de outras facções no estado, com reduzida expressão local, semabrangência nacional e que, por isso mesmo, têm sido toleradas pelas organizações criminosasde grande porte, precitadas. Esta convivência, corriqueiramente pacífica, todavia, não temcaráter estável, podendo ceder ao simples comando geral das organizações principais, comdesfecho semelhante ao observado no dia 16 último. Nesse sentido, foi relatado pelo SecretárioAdjunto que a crise ocorrida no dia 16/10/2016, que resultou na morte por homicídio de 10presos, foi motivada por ordens recebidas pelos membros do "PCC" para que assassinassemmembros do grupo rival - "Comando Vermelho".

11. Os pontos observados durante as visitas realizadas na Cadeia Pública de BoaVista e na Penitenciária Agrícola do Monte Cristo apontam para péssimas estruturas físicas,gestão prisional inexistente, servidores não capacitados, e por fim, total ausência demecanismos e metodologias que oportunizem a recuperação das pessoas privadas de liberdade,que por sua vez, encontram-se em situação absolutamente degradante.

12. Ao longo do presente relatório poderá ser observada a descrição das agendasrealizadas com os diversos atores que atuam com a execução penal no estado.

ENCAMINHAMENTOS PACTUADOS NO ÂMBITO ESTADUAL:

13. Considerando diversas instâncias do governo local foram observadas as seguintesprovidências adotadas pelo Poder Executivo e pelo Poder Judiciário:

Solicitação à Vara de Execução Penal para separação de presos conforme o

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pertencimento ao grupo "PCC" ou ao grupo "Comando Vermelho".Conforme solicitado pela equipe do DEPEN, o estado, por meio do Secretário

Adjunto, apresentou lista de necessidades, relatadas no item de detalhamento das agendas, que seresumem basicamente a equipamentos de segurança e materiais administrativos.

Apresentação de cronograma para conclusão da obra do Presídio de Rorainópolise da construção de nova unidade prisional, por meio da Parceria Público Privada à Casa Civil.

O Tribunal de Justiça irá provocar o Exército para solicitar apoio no sentido deobter "tendas" para a Penitenciária Agrícola do Monte Cristo (PAMC) como medida emergencialfrente as condições de superlotação da unidade, em especial, para a substituição dosbarracos que hoje integram um conjunto sugestivamente denominado de "favelinha" e quemereceu especial registro por fotografias, em anexo.

ENCAMINHAMENTOS SUGERIDOS PELO DEPEN:

14. Considerando o cenário visualizado no estado e ausência de planejamentoespecífico para a melhoria das condições do sistema prisional local, o DEPEN sugere, s.m.j., arealização das medidas descritas abaixo:

Plano de retirada da Polícia Militar da rotina das unidades prisionais do estado.Plano de capacitação continuada dos servidores envolvendo a Escola de Gestão

Penitenciária e a Escola Nacional de Serviços Penais.Planejamento para retomar as atividades da PAMC e da Cadeia Pública, incluindo

a elaboração de manuais e portarias que regulamentem o funcionamento das atividades eresponsabilidades de cada setor: movimentação de presos internamente e entre estabelecimentospenais; rotinas de banho de sol diário, visita familiar e íntima nas unidades; atendimentoeducacional e de saúde, e entre outras atividades.

Plano para melhoria no atendimento das assistências prestadas às pessoas presas eseus familiares, prosseguindo na articulação da SEJUC entre as demais Secretarias Estaduaiscom pautas transversais (saúde, educação, assistência social).

Fortalecer a Ouvidoria do Sistema Prisional no Estado.Melhoria da comunicação (acesso à internet, telefone e rádio comunicação) na

sede da SEJUC e nas unidades prisionais.Instalação de CFTV em todas as unidades prisionais do estado.Aprimorar o sistema de controle de armamento e munição menos letal e letal,

tornando o acesso aos insumos e equipamentos de forma mais eficiente.Diagnosticar o funcionamento da área de inteligência da SEJUC.Providenciar contratos de manutenção predial, limpeza, equipamentos de

inspeção, veículos, computadores e outros.Acelerar o andamento dos convênios firmados com o DEPEN para a estruturação

das oficinas do Procap e das Unidades Básicas de Saúde.Retomada do conjunto de Medidas para Melhoria da Política Penal estabelecido

em junho de 2015 pelo DEPEN em conjunto com a SEJUC.

CRONOGRAMA DE AGENDA DA VISITA TÉCNICA:

DATA HORÁRIO AGENDA PARTICIPANTES OBJETIVO

20/10/2016(quinta-

feira)

14:00 Visita Cadeia Pública deBoa Vista

Letícia,Pablo, Marcondes, Hallisson eRicardo (agentes penitenciários)

Verificar condições estruturais ede gestão da unidade

15:30 Reunião com Juízes daVara de Execução

Letícia, Pablo, Juíza Graciete eJuiz Marcelo

Situação processual das pessoaspresas e visão da VEP a respeito

das condições das unidades

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feira)

prisionais

16:00Visita Penitenciária

Agrícola do Monte Cristo(PAMC)

Letícia,Pablo, Marcondes, Hallisson eRicardo (agentes penitenciários)

Verificar condições estruturais ede gestão da unidade

21/10/2016(sexta-feira)

9:00Reunião com a Diretoria

responsável pelasassistências ao preso

Letícia, Pablo e Diretora Esdra

Levantamento dos projetos eações realizados nas unidades

prisionais voltados à garantia dasassistências

9:30 Reunião com o SecretárioAdjunto

Letícia, Pablo, Major Francisco eRicardo (Agente Penitenciário)

Informe sobre o objetivo daVisita Técnica do DEPEN ao

estado, e obtenção deinformações gerais sobre o

sistema prisional local

11:00 Reunião Casa Civil

Letícia, Pablo, Dr. Oleno Matos(Secretário Chefe da Casa Civil),Marcondes, Hallisson e Ricardo

(Agentes Penitenciários)

Articulação do Governo doEstado com a SEJUC e as

demandas do sistema prisionallocal

12:00 Reunião SecretariaEstadual de Saúde

Letícia, Esdra, representantesda SESAU

Situação da articulaçãoentre SESAU e SEJUC para

atendimento nas unidadesprisionais

13:00 Reunião SecretariaEstadual de Educação

Letícia e Arleth (Diretora daEscola/SEED)

Situação da articulaçãoentre SEED e SEJUC paraatendimento nas unidades

prisionais

15:00 Reunião sobre o projeto decooperativismo

Letícia, Pablo, representante daOAB, representante

do SESCOOP, agentespenitenciários

Apresentação do projeto emparceria com o SESCOOP, OAB

e SEJUC sobre projeto decooperativismo que seráimplementado na PAMC

16:00 Reunião Defensoria PúblicaLetícia, Pablo, Dr. JanuárioMiranda e Dra. Vera Lúcia

Pereira

Verificar as ações de assistênciajurídica no estado

18:00 Reunião Presidência doTribunal de Justiça

Letícia, Pablo, Dr.Almiro, Marcondes, Hallisson eRicardo (Agentes Penitenciários)

Articulação do TJ coma SEJUC e as demandas do

sistema prisional local

19:00Reunião Sindicato dos

Agentes Penitenciários doEstado

Letícia, Pablo, Sobrinho(Presidente do Sindicato) e

Barbosa

Demandas do Sindicato esituação da carreira no estado

19:30 Reunião com o SecretárioAdjunto

Letícia, Pablo, Major Francisco eRicardo (Agente Penitenciário)

Fechamento da agenda erecebimento da lista de

necessidades de aparelhamentodo estado

DETALHAMENTO DAS AGENDAS REALIZADAS:

CADEIA PÚBLICA DE BOA VISTA

15. A equipe foi recebida pelo Diretor da Unidade, Senhor Fraga, que informouinicialmente a impossibilidade de visitar a unidade por completo, em razão de estar ocorrendomovimentação para iniciar transferência de presos da Cadeia Pública para a PenitenciáriaAgrícola do Monte Cristo (PAMC).

16. A transferência, que ainda aguardava autorização da Vara de Execução Penal,visava a separação dos presos que se declararam membros do grupo "PCC" e do grupo"Comando Vermelho", devido à rebelião e mortes por homicídio que ocorreram nos últimos dias.A SEJUC solicitou a transferência de 70 presos para a PAMC, nos regimes fechado esemiaberto, além de presos provisórios.

17. Foi informado pelo Diretor da unidade a existência de presos declarados dosgrupos "PCC" e "Comando Vermelho", não sendo identificados outros grupos criminosos noestado. Em razão disso, no dia 16/10/2016 (domingo) foi iniciada rebelião na unidade, durante avisita familiar, resultando na morte por homicídio de 10 presos. A crise foi iniciada às 15h, sendoque alguns familiares permaneceram na unidade durante o episódio, no entanto, não foi registradonenhuma vítima entre os familiares. Às 19h o Grupo de Intervenção Tática (GIT) e o BOPE

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conseguiram entrar na unidade para controlar a situação.18. Destaca-se que segundo informações do Diretor da unidade, 90% dos presos são

do regime semiaberto que não obtiveram o benefício do trabalho e/ou estudo. A unidade nãopossui espaço físico para realização de atividades escolares ou de trabalho, portanto, não sãorealizadas ações nesse sentido, exceto quanto à realização do Exame Nacional do EnsinoMédio para pessoas privadas de liberdade (ENEM PPL) anualmente. O atendimento à saúde érealizado pela equipe habilitada pela PNAISP em espaços improvisados, por isso grande parteda demanda é atendida no hospital ou posto de saúde da unidade. Está em fase de estruturação(por meio de Convênio com o DEPEN) Unidade Básica de Saúde que poderá ampliar oatendimento na unidade. O espaço destinado foi visitado pela equipe do DEPEN, que contaapenas com cadeira odontológica prevista no Convênio, os demais itens encontram-se em fasede licitação.

19. A estrutura física da unidade encontra-se em situação crítica, em uma das alas,onde foi possível visitar, as paredes encontram-se destruídas, pois houve tentativa dos presosdurante a rebelião de acessar as demais alas de unidade. Além disso, as condições de limpezaestão péssimas, a superlotação da unidade piora a situação das celas e demais espaços deconvivência.

20. A unidade conta com a média de 04 agentes penitenciários por plantão. Emconversa com o Diretor e os agentes penitenciários de plantão no dia da visita técnica, foirelatado a ausência de equipamentos necessários, como coletes, armas, etc. Além disso o baixoefetivo durante os plantões torna-se um fator dificultador para realização da movimentaçãointerna da unidade. O transporte de presos para audiências ou consultas médicas reduz aquantidade de servidores do plantão, por exemplo.

21. Não foi possível conversar com os presos que estavam envolvidos na rebelião dodia 16/10/2016.

22. Em conversa com os presos da ala destinada à presos "ex-policias" foi informadoque no dia da rebelião o clima na unidade ficou bastante tenso, especialmente pela tentativa deinvasão da ala por parte dos presos que estavam envolvidos na rebelião. A ala possui 16 presos,que não se sentem seguros. Estes mesmos presos foram transferidos da PAMC para a CadeiraPública em 2014, também em razão da ameaça por parte outros presos. Foi informando que aquantidade de dias da visita familiar foi reduzido pela nova gestão, passando a ser realizadasomente aos domingos (09h às 17h). Crianças podem entrar apenas uma vez ao mês. No que serefere à alimentação, são fornecidas apenas três refeições diárias, em quantidade suficiente e emcondições adequadas. Apenas em alguns dias o almoço e jantar são considerados ruins.

23. Quanto ao atendimento jurídico na unidade, foi informado pelo Diretor, ereforçado pelos presos, que a Defensoria Pública não realiza visitas frequentes, e que a Direçãoda unidade precisa filtrar os processos dos presos para enviar para a Defensoria Pública. Aunidade conta com uma sala específica para atendimento jurídico, mas pouco utilizada.

REUNIÃO COM A VARA DE EXECUÇÃO PENAL

24. A agenda com a Vara de Execução Penal foi realizada em uma sala da CadeiaPública, com participação da Juíza Graciete e do Juiz Marcelo.

25. Foi relatado pelos juízes a séria instabilidade que o sistema prisional do estadovive, considerando as frequentes fugas de presos, diversas denúncias sobre violação dosdireitos humanos, condições estruturais e de limpeza das unidades inadequadas, entre outrosaspectos.

26. Exemplificando a instabilidade citada, os juízes informaram que a apenas 90 diasnão há fugas registradas em todo o sistema prisional do estado.

27. A respeito da presença da Polícia Militar nas unidades prisionais, especialmente naPenitenciária Agrícola do Monte Cristo, foi informado pelos juízes que sabe-se informalmentedas ações violentas atribuídas ao grupo, no entanto, até o momento nenhuma denúncia foiregistrada, dificultando a atuação do judiciário nesse caso.

28. Outro ponto observado pelos juízes foi que, com dificuldade o judiciário nosúltimos anos conseguiu separar adequadamente os presos por cada unidade segundo o regime depena, feito que poderá ser perdido em razão da solicitação da SEJUC para transferir presos deuma unidade para a outra de acordo com a organização criminosa a que se declarem formalmentepertencer, reunindo os membros do "PCC", facção mais numerosa, na PAMC e os do "CV" naCadeia Pública. Tal auto declaração faria com que novamente presos de regime fechado,

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semiaberto e presos provisórios cumprissem suas prisões em uma mesma unidade, criando oureconhecendo um critério de classificação extralegal, superior àqueles previstos na LEP. Até adata da visita técnica a Vara de Execução Penal não se havia manifestado formalmente sobre asolicitação em questão.

29. Durante a reunião foi dito ainda que a ausência de formação continuada aosagentes penitenciários impede a realização adequada dos procedimentos. Não há portaria ouinstrumentos semelhantes que regulem as atividades diárias nas unidades, e, por diversas vezes,o judiciário é provocado pela própria administração a decidir sobre questões quotidianas, sobpena de ficarem sem qualquer solução.

PENITENCIÁRIA AGRÍCOLA DO MONTE CRISTO

30. A visita à penitenciária se iniciou pouco antes das 17h, quando a equipe foirecebida pelo diretor do estabelecimento, Agente Penitenciário Paulo Passos e seu diretor-adjunto, agente penitenciário Gabriel. Depois de breves entendimentos, foi iniciado o ingressoda equipe na unidade, acompanhada por agentes penitenciários em serviço, pelo diretor e diretor-adjunto da unidade e por policiais militares, especialmente integrantes do Batalhão de OperaçõesEspeciais - BOPE, que, com equipamento completo, incluindo capacete, balaclava, arma curta earma longa, precediam a entrada da equipe em todos os ambientes da unidade mesmo aqueles nãoocupados, a princípio, pelos internos do estabelecimento. Esta varredura preliminar se justificavaporque os presos eram hábeis em abrir os cadeados e, assim, circulavam livremente por umavasta extensão de área da unidade, podendo ocultar-se nos numerosos prédios inacabados ousemi-destruídos espalhados pelas cercanias dos pavilhões. A guarnição do BOPE contava commais de 30 homens e guardava também todo o trajeto da equipe, que avançava com um soldadodo BOPE à dianteira, portando um escudo.

31. A equipe visitou área considerável da unidade, entre estas o pavilhão ondeficavam os integrantes do "PCC", verificando as muitas passagens abertas pelos presos porocasião da rebelião que culminou com o assassínio de integrantes da facção rival - "ComandoVermelho". Os agentes penitenciários noticiaram que, no dia fatídico, integrantes do "PCC", comos restos de uma coluna de sustentação de concreto armado obtida entre os escombros que seacham nos limites internos da unidade e utilizada como aríete, abriram em poucos minutos três ouquatro passagens nas paredes que limitavam o pavilhão e, em seguida nos muros que osseparavam do pavilhão ocupado pelo "Comando Vermelho" durante a visita de familiares. Partedos presos então se encontrava dentro do pavilhão de celas cujas paredes, feitas de concretoarmado, ofereciam maior resistência à entrada dos rebelados porém, uma outra parte, ignorandoas orientações dos guardas, lançou-se, em uma ação "suicida", contra os invasores, em muitomaior número, munidos de estoques que previamente esconderam pelo pátio. A esta altura jáestava aberta uma passagem no muro, protegida pelos disparos feitos pela guarda posicionada namuralha, por onde eram evacuadas as visitas e também parte dos presos, Os integrante do PCCainda atearam fogo nos corpos mutilados dos membros assassinados da facção rival etambém no pavilhão que ocupavam, depois de romperem a parede de concreto.

32. Foi verificado o palco das ações narradas, que embora livre de grandeparte do entulho, ainda guardava sinais do ocorrido. Ao longo da visita mereceu destaque oacúmulo de lixo, restos de comida e quentinhas de isopor que se acumulavam aos montes àentrada dos pavilhões, exalando um odor fétido que dominava o ambiente. A limpeza, segundonoticiaram os agentes penitenciários, era cometida aos próprios presos, que, todavia,frequentemente e seguindo o comando das lideranças locais das facções, recusavam-se à tarefa.Havia também acúmulos consideráveis de restos de obras de construção e de demolição, cujaretirada também se recusavam os presos, pois deles retiravam vergalhões para fabricarestoques de até 50 cm de comprimento, além de pedras, que lançavam às dezenas de cada vezcontra os guardas dos muros obrigando-os a se abrigarem enquanto outros presos saltavam amuralha com o auxílio de escadas.

33. As barracas de lona e outros materiais improvisados pelos presos na falta de celasonde se abrigam não sofreram redução desde 2014, mas, ao contrário, ampliaram-se, formandoatualmente uma vila, com pequenos comércios equipados com geladeira, com uma igreja e umaacademia de ginástica com pesos feitos de cimento. Todas estas peculiaridades, quereproduzem um espaço de convivência humana infelizmente bastante comum na periferia dasgrandes cidades e que se notabiliza pela precariedade das instalações e pelo esgoto a céuaberto, quando encontradas dentro de uma unidade prisional chamam a atenção para o maisemblemático abandono pelo estado, além de representarem a perfeita antítese da segurança quese espera existir em uma penitenciária.

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34. As instalações elétricas da penitenciária também se achavam em estado bastanteprecário cada vez mais agravado pelos reiterados danos causados pelos presos, quando orestabelecimento do fornecimento dependia de manutenção improvisada por outro interno. Suareforma a contento, segundo informações, superaria com larga diferença os custos de uma redeinteiramente nova.

35. Para o incidente da rebelião, além daquelas causas já conhecidas que remetem aoscomandos nacionais do crime organizado, os diversos atores ouvidos apontam ainda outras.Policiais militares são criticados pelo uso ora excessivo, ora completamente desnecessário eindiscriminado da força contra os internos, elevando a tensão entre os presos e os agentespúblicos. Estes abusos, a despeito de não serem formalmente denunciados, são, todavia,informalmente explicados pela formação dos policiais militares inadequada à finalidade deressocialização. Os agentes penitenciários, por sua vez, são acusados por mais de umaautoridade e mesmo por alguns de seus colegas de se recusarem a executar os procedimentos desua atribuição sob o argumento de falta de segurança e de equipamentos, exigindo, porconseguinte, escolta policial para as tarefas mais comezinhas. Os efeitos nocivos da integraçãoda polícia na rotina diária da penitenciária, aliás, são dos poucos pontos em torno de que háunanimidade entre todos os atores ouvidos.

36. Houve também críticas de alguns agentes ao enrijecimento imposto bruscamenteà disciplina na unidade, a exemplo do confinamento dos presos em suas celas quando, antes,costumavam andar livremente pela área interna da unidade, mesmo fora dos horários de banho desol, hoje restritos a 2 horas por dia. Estas e outras rotinas, modificadas de supetão, respondem,para alguns, pelo incremento do número de evasões em massa que antecederam o episódio daúltima rebelião. Agentes penitenciários atribuem o recrudescimento da disciplina ao padrão degestão militar adotado recentemente, inclusive com a seleção de diretores com perfil afim, adespeito de serem agentes penitenciários. Como evidência disso, destacam que o diretor daPAMC veste invariavelmente trajes operacionais e o seu diretor adjunto porta continuamente àbandoleira um fuzil de calibre .556 durante todo o expediente administrativo.

37. Merece ainda menção, as condições em que permaneciam temporariamenteguardados os presos que se declararam integrantes do Comando Vermelho como preço a pagarpor sua segurança. Cerca de 80 presos, desde o episódio da rebelião até ao menos o dia em aequipe realizou a visita permaneciam encerrados em uma sala de 28 m2 com um banheiro, semjanelas, porém com aberturas menores localizadas a elevada altura do chão, situação que vaimuito além do desconforto, considerando a temperatura de mais de 40º aferida na noite da visita.Não foi possível o contato com estes presos, haja vista o adiantado da hora e a notícia darebelião que há pouco se iniciara na Cadeia Pública, onde a equipe estivera mais cedo, e que seprenunciava na própria PAMC, tudo a recomendar o encerramento da visita a bem da segurança.

38. As visitas familiares estavam suspensas desde o episódio da rebelião, assim comotambém as aulas e os banhos de sol, além de que, desde então, o serviço de saúde passou a serprestado externamente. Antes, porém, a unidade contava com a presença de um enfermeiro quediariamente ministrava as medicações e agendava os atendimentos de acordo com as demandas.Foi registrado, todavia, a interferência do comando local das facções na seleção dosinternos que poderiam se submeter ao atendimento de saúde.

REUNIÃO SOBRE AÇÕES DE ASSISTÊNCIA

39. A agenda foi realizada com a Diretora de Assistência ao Preso, Senhora Esdra,que informou que as ações de educação, saúde e assistência social estão sob a responsabilidadeda Diretoria em parceria com as Secretarias Estaduais.

40. No que diz respeito às ações educacionais, estas são realizadas pela Secretariade Estado de Educação, através de escola criada para o atendimento escolar nas unidadesprisionais do estado. A parceria é bastante profícua, exceto pelas condições ruins das salas deaulas nas unidades.

41. Quanto ao atendimento à saúde, este é realizado pela única equipe habilitada pelaPNAISP, fruto da adesão estadual, mas que no entanto, é reduzida ante à demanda apresentadaem cada unidade. As condições físicas das unidades dificultam consideravelmente o trabalhorealizado pela equipe. Em razão da não adesão municipal à PNAISP, a relação com a SecretariaEstadual e Municipal tem se tornado conflituosa.

42. Foi destacado pela Diretora que a unidade feminina do estado não é atendida pelaequipe, resultando no encaminhamento externo de todas as demandas da unidade. Destaca-se queestá em fase de andamento Convênio entre o DEPEN e a SEJUC para implantação da Unidade

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Básica de Saúde na Penitenciária Feminina do Estado.43. Em relação ao atendimento das demandas de assistência social, o estado possui

inexpressivas ações nesse sentido, contando com duas assistentes sociais que se dividem entretarefes administrativas na SEJUC e às relacionadas aos internos.

REUNIÃO COM SECRETÁRIO ADJUNTO

45. Primeiramente foi apresentado ao Major Francisco Xavier Medeiros de Castro,Secretário Adjunto da SEJUC, os objetivos da visita técnica do DEPEN ao Estado de Roraima.

46. Na sequência, o Secretário Adjunto relatou a carência atualmente existente arespeito das ações de inteligência prisional, como orientações e diretrizes emanadas peloDEPEN aos estados. Foi informado o trabalho desenvolvido pelo DEPEN, em conjunto com oPNUD, visando ao fortalecimento dos setores de inteligência prisional no Estado, indicando oscontatos para obtenção de maiores informações.

47. A respeito da crise ocorrida no dia 16/10/2016, o Secretário informou que o climanas unidades prisionais do estado já estava bastante tenso, fato reforçado pela presença daPolícia Militar e pelas frequentes fugas. Dessa forma, apesar da relação das mortes edas rebeliões com o crime organizado (disputa entre "PCC" e "CV"), a instabilidade das unidadesprisionais permitia inferir que a qualquer momento poderiam ocorrer novas situações de crise nosistema prisional, principalmente na PAMC.

48. Foi informado pelo Secretário Adjunto que há aproximadamente 02 meses foiestruturado o Grupo de Intervenção Tática (GIT), composto por 04 agentes penitenciários e 06Policiais Militares, visando a prestar apoio às ações do BOPE. Um total de 30 agentespenitenciários passaram por capacitação para atuarem no grupo, e a expectativa é de que o GITfuturamente seja composto somente por agentes penitenciários. O grupo aguarda publicaçãode Decreto Estadual para regularizar sua atuação.

49. O Secretário ressaltou ainda que, visando ao fortalecimento da carreira, a gestãoatual optou por manter à frente das unidades prisionais agentes penitenciários, no entanto, sabe-se que existem outras carências a respeito das demandas dos servidores (equipamentosadequados, capacitação continuada, etc).

50. Foi destacado ainda durante a reunião que está em andamento a liberação de R$ 4milhões para a reforma da PAMC.

51. Por fim, foi solicitado ao Secretário Adjunto que apresentasse ao DEPEN relaçãocontendo as necessidades de equipamentos e materiais identificados pela SEJUC. Segue abaixolistagem apresentada:

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REUNIÃO COM A CASA CIVIL DO ESTADO

52. A agenda foi realizada com o Secretário Chefe da Casa Civil, Dr. Oleno Matos,que informou estar acompanhando diretamente os desdobramentos da crise enfrentada pelosistema prisional do Estado. A Casa Civil recebeu recentemente o cronograma de conclusão daobra do presídio de Rorainópolis e ainda o cronograma para construção de um novo presídio,por meio de Parceria Público Privada, com capacidade de aproximadamente 630 vagas. Ocronograma apresentado pela SEJUC estima concluir ambas as ações em até 15 meses.

53. Foi apontado pelo Dr. Oleno a atuação da Casa Civil junto à SEJUC na intenção deimplementar nova unidade com o modelo APAC. A Casa Civil está mobilizando parceiros paraobtenção de espaço físico para estruturação da APAC o mais breve possível.

54. O Dr. Oleno ressaltou ainda a dificuldade de atuação do Conselho da Comunidade,atualmente presidido pela Juíza Graciete, que, devido ao excesso de atribuições não pode sededicar à efetiva atuação do conselho no âmbito do sistema prisional local. Destacou ainda aimportância de que o Conselho da Comunidade assuma uma atuação própria, destacada do PoderJudiciário, visando ao engajamento da sociedade na gestão do sistema. Existe ainda umaAssociação do Parentes de presos que também possui pouca expressividade no cenário atual.

REUNIÃO SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE

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55. A equipe do DEPEN foi recebida pela Diretora Luana e pelos membros da equipede atendimento nas unidades prisionais. Inicialmente foi dito pela SESAU que o estado aderiu àPNAISP em abril de 2016, permitindo a habilitação de uma equipe de saúde, que atualmentepresta atendimento somente na PAMC. A equipe é composta por: 01 enfermeiro, 01 técnico deenfermagem, 01 psiquiatra, 01 assistente social, 01 clínico geral, 01 infectologista, 01farmaceutico, 06 dentistas, 01 técnico em saúde bucal e 01 auxiliar em saúde bucal.

56. Atualmente o atendimento na PAMC está suspenso por determinação da SESAUem razão da crise ocorrida no dia 16/10/2016. Destaca-se que o atendimento nas demaisunidades é feito na rede estadual ou municipal de saúde, no entanto, fora dos estabelecimentospenais. Registre-se que não há equipe habilitada na unidade feminina.

57. Foi informado que a Secretaria Municipal de Saúde de Boa Vista enviou ofício àSecretaria Estadual de Saúde comunicando a impossibilidade de adesão municipal à PNAISPdevido a ausência de recurso. Esse fato impossibilita a ampliação das equipes e o atendimentonas unidades.

58. Em conversa com a equipe de saúde, foi relatado a insegurança sentida por todosos membros da equipe, que enfrentam dificuldade diárias no atendimento realizado, devido àspéssimas condições físicas da PAMC. É comum, por exemplo, que os espaços de atendimentonão tenham lâmpadas, sabe-se que os internos furtam as lâmpadas para levarem para o interior desuas celas.

59. Foi observado que durante o atendimento nenhum agente penitenciário permanecepróximo ao local para acompanhamento.

60. No que diz respeito à triagem dos internos que serão atendidos, a equipe desaúde, especialmente na pessoa do enfermeiro, informa que existe uma manipulação de demandapor parte dos internos, ou seja, a relação de pessoas que serão atendidas é feita pelos grupos deliderança em cada ala. Inicialmente a equipe de saúde entrava nas alas para realizar a triagem, masos conflitos entre presos x agentes penitenciários x policias militares impedia de que oprocedimento fosse realizado de forma adequada.

61. Outro problema apontado está no agendamento de consultas externas, que pordiversas vezes são desmarcadas em virtude não impossibilidade de movimentação dos internosaté o local da consulta. Alega-se a ausência de veículos para transporte, servidores, entre outrospontos.

62. A equipe de saúde mencionou a tensão imposta pela presença da Polícia Militar naPAMC, que por sua vez age com agressividade com os presos e com a própria equipe de saúde.As regras de convivência são constantemente modificadas e não são informadas comantecedência.

REUNIÃO SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

63. A reunião foi realizada com a professora Arleth, Diretora da Escola que atende aPAMC, informando inicialmente que o atendimento escolar também está suspenso devido à criseocorrida.

64. A Diretora informou que a Escola está em fase de construção de seu ProjetoPolítica Pedagógico. O atendimento ocorre por meio da modalidade de Educação de Jovens eAdultos (EJA) e tem os seguintes números: i) 2015.1: 516 alunos, ii) 2015.2: 312 alunos, iii)2016.1: 595 alunos, iv) 2016.2: 511 (até a interrupção). As atividades são realizadas de segunda-feira a sexta-feira, por uma média de 03 horas por turno (manhã e tarde). Atualmente a escola tem35 professores, que para atuar na escola do sistema prisional recebem 5% de periculosidade eadicional de deslocamento (área rural da cidade).

65. A professora reforçou a relação hostil que existe entre a Polícia Militar e internos,sem intervenção dos agentes penitenciários, que ficam prejudicados pois por motivos banais nãosão movimentados até a escola.

66. A localização da escola fica em local impróprio, pois não possibilita aparticipação de todos os internos da unidade. Além disso, recentemente o espaço da bibliotecafoi destruído para que fosse construído um muro de contenção na parte interna da PAMC.

REUNIÃO SOBRE O PROJETO DE COOPERATIVISMO

67. A equipe do DEPEN foi convidada a participar de uma agenda previamentemarcada sobre implementação de uma cooperativa na PAMC. Participam do projeto a SEJUC,

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SESCOOP, Tribunal de Justiça e OAB.68. O projeto visa, imediatamente, a iniciar uma oficina de reciclagem de pneus, e

envolverá a capacitação e contratação de 27 internos da PAMC. O curso de capacitação seráofertado pelo SESCOOP, que se responsabilizará pela certificação (aproximadamente40 horas/aula), prestando apoio técnico sobre empreendedorismo, comercialização, etc. Foiainda elaborado um termo geral de condições sob as quais se pretende futuramente expandir ainiciativa, conservando-se o modelo do cooperativismo, para outras atividades e mesmo paraoutros públicos, como, por exemplo, os familiares dos internos e os egressos.

69. O projeto está em fase de estruturação com previsão de início para daqui 60 dias.O Tribunal de Justiça se responsabilizará pelo apoio financeiro ao projeto.

REUNIÃO DEFENSORIA PÚBLICA

70. A Defensoria Pública do Estado conta com dois Defensores incumbidosde atuar junto à Vara de Execuções Penais no atendimento das demandas do sistema prisional, Dr.Januário Miranda e Dra. Vera Lúcia Pereira. Ambos demonstraram estarem agindo de formabastante ativa, encontrando obstáculos diante das estruturas de segurança e de gestão no estado.

71. Foi informado pelos Defensores, que estão preparando nova provocação junto àCorte Interamericana de Direitos Humanos, denunciando as péssimas estruturas físicas e deatendimento nas unidades prisionais do estado e, a título ilustrativo, citaram nesta reunião ocaso de um interno que, com livramento condicional já concedido, permaneceu por mais deum ano preso aguardando apenas por uma audiência de justificação.

72. Ressaltou-se ainda as condições de presos indígenas, condenadosfrequentemente por crimes sexuais, especialmente estupro de vulneráveis menores de 14 anos,relações que, segundos os costumes das tribos, não são consideradas delitivas. Denunciam que,ordinariamente, estas diferenças culturais não costumam ser adequadamente consideradas nosjulgamentos, resultando em condenações longas, com as restrições próprias da lei de crimeshediondos, a despeito dos esforços da Defensoria para instruir o processo com pareceres deantropólogos. Para agravar ainda mais o quadro, com a condenação do chefe de família, naorganização tipicamente patriarcal que vigora nas tribos locais, toda a família, a esposa e oscurumins, como são chamadas as crianças indígenas na região, mudam-se da tribo para ascomunidades no entorno das sedes das unidades prisionais, onde imperam as mais baixascondições de habitação, saneamento, etc. Esta família, então, passa a enfrentar os desafios deprover sua subsistência em uma organização humana estranha, regulada por costumesmarcados por diferenças culturais profundas e desconhecidas tanto para os indígenas quanto paraos locais, o que se revela origem de muitos conflitos, tudo sem qualquer suporte do estado.Sugerem a criação de uma ala específica para custodia dos índios e se louvam no exemplo deuma experiência, infelizmente ainda isolada, em que o Judiciário local reconheceu o resultado deum julgamento tribal em um caso de homicídio, quando ficou decidido que o condenado deveriaprover o sustento de toda a família da vítima, conservando para tanto sua liberdade.

73. As audiências de custódia estão sendo apoiadas pela Defensoria Pública doEstado, que informou que estão alcançando a margem de 40% de liberação.

74. Por fim, foi registrado que a constante alteração da titularidade do juiz deexecução penal causa descontinuidade das ações realizadas.

REUNIÃO PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

76. O Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Almiro Padilha, recebeu aequipe do DEPEN ao final das agendas realizadas, demostrando total apoio ao enfrentamento dacrise vivida pelo sistema prisional.

77. Informou que realizou visita à PAMC recentemente, e que observando asquestões relacionadas à superlotação, estão solicitando junto ao Exército apoio para doação detendas que sirvam de abrigo aos internos que estão ao relento, principalmente no espaçodenominado "favela". A medida é de caráter emergencial, e que está em fase de alinhamento, nasemana seguinte seria finalizada. Asseverou que manteve contato com a governadora do estadoe, recentemente chegado de Brasília, lá manteve entendimentos para que a presidente do STF,Ministra Cármen Lúcia, visite Boa Vista/RR, considerada a gravidade do problema enfrentadopelo sistema prisional.

78. Destacou também a disposição do Tribunal de Justiça de prover com recursospróprios acesso a internet com qualidade às unidades prisionais da capital, pelo menos, de

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modo a informatizar as demandas da execução penal e assim evitar atrasos em sua apreciação.79. Ressaltou, por fim, a ausência de um plano de ação estratégico por parte da

SEJUC, com medidas a curto, médio e longo prazo, fato que impossibilita minimizar os danoscausados pela superlotação e esquecimento por parte do estado daqueles que estão sob suacustódia.

REUNIÃO SINDICATO DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS DO ESTADO

79. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado se reuniu com a equipe doDEPEN, por meio do Presidente, Sr. Lindomar Ferreira Sobrinho e pelo Diretor Financeiro,Sr. Francisco Rarison Barbosa.

80. Os representantes informaram que estão em fase de negociação com a Casa Civilpara implementação de um "plano de voluntariado" em que os agentes penitenciários poderãocumprir plantão em suas folgas, recebendo o pagamento de hora extra, em razão do baixoefetivo nas unidades prisionais. O projeto encontra-se em fase de deliberação.

81. Foi alertado pelo Sindicato a crítica situação com que os agentes penitenciáriostem atuado em suas funções; ausência de armamento e equipamentos de segurança adequados efalta de capacitação foram pontos observados.

82. Além disso, apontaram a inexistência de comunicação na Cadeia Pública de SãoLuíz do Anauá, onde não há internet e nem telefone. Nessa unidade já foi identificado membrosdo grupo "PCC".

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

83. Diante de todas as informações apresentadas, sugere-se que o DEPEN continueacompanhando a atual situação do Estado de Roraima.

84. O anexo n.º 3186911 apresenta fotos retiradas durante a visita técnica.85. É o relatório que apresentamos à consideração superior.

Respeitosamente,

Documento assinado eletronicamente por PABLO MOREIRA DE CARVALHO, AgenteFederal de Execução Penal, em 31/10/2016, às 16:02, conforme o § 2º do art. 10 da MedidaProvisória nº 2.200/01.

Documento assinado eletronicamente por LETICIA MARANHAO MATOS,Coordenador(a) de Educação, Esporte e Cultura, em 31/10/2016, às 19:04, conforme o §2º do art. 10 da Medida Provisória nº 2.200/01.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.autentica.mj.gov.brinformando o código verificador 3157710 e o código CRC 95D3F8D9 O trâmite deste documento pode ser acompanhado pelo site http://www.justica.gov.br/acesso-a-sistemas/protocolo e tem validade de prova de registro de protocolo no Ministério da Justiça.

Referência: Processo nº 08016.012670/2016-87 SEI nº 3157710

Criado por let icia.matos, versão 167 por pablo.carvalho em 31/10/2016 16:02:20.

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 13

Relatório Visita TécnicaRoraima

22, 23 e 24 de junho de 2015

EquipeValdirene Daufemback – Diretora de Políticas PenitenciáriasMaria Gabriela – Ouvidora do Sistema PenitenciárioJoão Victor Loureiro – Assessor do Gabinete do Diretor GeralMarcus Castelo Branco Alves Semeraro Rito – Assessor da Coordenação de Alternativas PenaisMarden Marques Soares Filho – Coordenador de Apoio à Assistência Jurídica, Social e à SaúdeLeonardo Bernardes Guercio Gouveia – Coordenador de Aparelhamento de Estabelecimentos Prisionais

Agenda

22.07 • Reunião com Secretário de Justiça e Cidadania• Visita à Penitenciária Agrícola Monte Cristo (PAMC)

23.07• Audiência com Governadora e Secretários de Estado• Reunião com Presidente do Tribunal de Justiça de Roraima, Procuradora Geral e Promotores da

Execução Penal (convidada a Defensoria Pública que não compareceu)• Reunião com Secretária de Assistência Social e equipe• Reunião com Secretário de Segurança Pública, Delegado da Polícia Civil, Comandante e

Subcomandante da Polícia Militar• Reunião com equipe da Secretaria de Justiça

24.07• Reunião com Sociedade Civil (Conselho Indígena de Roraima – CIR, Conselho Penitenciário,

Pastoral Carcerária, Missionários e indigenistas, Universidade Federal Roraima).• Reunião com o Defensor Público-Geral, Subdenfesor Público-Geral do Estado e Defensora da

Execução Penal • Reunião com Secretária de Educação e equipe• Reunião com Secretário de Saúde e equipe• Reunião com equipe da Secretaria de Justiça• Reunião com equipe da Secretaria de Obras• Visita ao Departamento de Inteligência e Captura (DICAP)

Órgão Responsável pela Administração do Sistema Prisional:Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania

Gestor Responsável pela Administração Prisional:Josué Filho

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 14

1. SITUAÇÃO ATUAL

1.1 Dados Gerais

4 Unidades: Casa do albergado Dra. Aracelia Souto Maior, Cadeia Pública Feminina, Penitenciária Agrícola de Monte Cristo e Cadeia Pública de São Luiz do Anauá.

Roraima atualmente tem 1.610 pessoas privadas de liberdade (para 1.106 vagas).

Proporção de 6,8 presos por agente de custódia.

Déficit de vagas: 60 vagas para 747 presos provisórios; 43 vagas no semi-aberto para 120 presos.

47% da população prisional do Estado é de jovens entre 18 e 29 anos de idade, inferior à média nacional,de 70%.

6% da população prisional do Estado é de indígenas (maior percentual entre os Estados da Federação).

4,5% dos presos em RR são estrangeiros

28% têm ensino médio completo (acima da média nacional, de 8%)

16% das pessoas privadas de liberdade realizam algum tipo de trabalho, sendo 58% delas envolvidas com trabalho externo.

Cerca de 34% das pessoas privadas de liberdade em RR o estão por motivo de tráfico de entorpecentes, e cerca de 23% por furto ou roubo.

Mais de 63% dos presos condenados foram condenados a penas superiores a 8 anos.

Todas as unidades são geridas pelo poder público e todas também terceirizam algum tipo de serviço.

Média de visitas: 0,3 visitas por preso por mês.

Apenas em uma unidade há módulo de saúde (1 em cada 10 pessoas com possibilidade de atenção), com uma equipe reduzida, de um médico e um auxiliar técnico de enfermagem.

80% das unidades não contam com sala de aula para pessoas privadas de liberdade.

PERFILRR BRASIL

População Carcerária total 1.610 607.731Presos provisórios 597 216.342Quantidade de vagas 1.080 376.669Déficit de vagas 543 231.062Quantidade de Servidores 330 113.183

*Dados fornecidos pelos Estados ao Infopen junho de 2014

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 15

Resumo de repasses de convênios e contratos de repasse do Fundo Penitenciário Nacional (FUPEN)

1995 a 2002 R$ 6.211.096,712003 a 2010 R$ 5.985.121,782011 a 2014 R$ 670.244,60Total investido: R$ 12.866.463,09

*Obs: No exercício de 2014 não houve formalização de Convênio.

1.2 Corte Interamericana de Direitos Humanos – Caso PAMC

CIDH: medidas para evitar violência, para aprimorar condições estruturais e garantir cobertura médica.

750 vagas – aprox. 1200 homens.

Instalações precárias, ausência ou insuficiência de assistências, acesso ao banho de sol irregular, entre outros. Fugas constantes. Condições deficientes para atuação dos servidores que estão fazendo atividades de forma restrita.

Destruição de alas em rebelião.

Processo de favelização da unidade.

Presença da Força Nacional de Segurança Pública de outubro de 2014 a março de 2015

Força Tarefa (PMRR) e Grupo de Monitoramento e Fiscalização

Mutirões carcerários nos meses de junho e julho de 2014 e junho e julho de 2015

Realização de Inspeções por OSPEN, CNPCP e Ouvidoria da SDH

1.3 Projeto Atenção Integral aos Indígenas – FUNAI

FUNAI realizou diagnóstico da situação dos indígenas privados de liberdade na PAMC e na Penitenciária Feminina de Monte Cristo, entrevistando 96 pessoas, sendo que apenas 53% deles estavam assim identificados na lista oficial.

Povo/Etnia:

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 16

01020304050607080

1

72

4 1 1

15

2

Estado Civil:

05

10152025303540

18

18

38

30

1

Escolaridade:

Local de nascimento:

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 17

Cidade; 51%Comunidade; 48%

Sem registro; 1%

Faixa etária:

Benefício Sociais:

Tipo do crime:

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 18

Conhecimento da legislação nacional:

Não Sim Um pouco0

1020304050607080

Conhecimentos sobre os direitos indígenas:

1.4 Políticas Nacionais em Roraima

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 19

1.4.1 - Trabalho

UF Município Unidade PrisionalBeneficiados

diretosBeneficiados

indiretosOficina Curso Valor

RR Boa Vista

Penitenciária Agrícola de Monte Cristo

40 1.130Corte e Costura e Panificação.

Corte e Costura e Panificação.

299.702,63Cadeia Pública Feminina de Boa Vista

20 112 Panificação. Panificação.

Para execução das atividades, foi aprovado o valor de R$ 321.075,09, sendo R$ 299.702,63 a cargo doConcedente e R$ 21.372,46 de contrapartida.

O instrumento em comento foi firmado em 28 de dezembro de 2012, com previsão de execução dasatividades em 24 (vinte e quatro) meses. Após duas prorrogações, o instrumento tem seu termo finalem 04 de janeiro de 2016.

Até a presente data, 6 Relatórios Trimestrais de Monitoramento, sendo o referente ao período de julho amarço de 2014, aprovado.

Convênio encontrava-se em estágio embrionário, com a licitação para compra dos bens ainda emexecução, mas sem nenhum item adquirido. O processo de contratação da instituição de ensino queministrará os cursos não iniciado, assim como as articulações interinstitucionais e as adequações dosespaços.

Convenente encontra-se inadimplente quanto à regularidade no encaminhamento dos RTMs, devendoapresentar 03 exposições das atividades (outubro a dezembro de 2014; janeiro a março de 2015; abril ajunho de 2015).

1.4.2 – Saúde

Plano Nacional de Saúde no Sistema Prisional – PNSSP:

UF habilitada no PNSSP em 02 de agosto de 2011, Portaria 1.847/2011.

Equipes habilitadas: 01 equipe habilitada em 01 unidade prisional.

O PNSSP está em fase de transição para a PNAISP, isso significa que em 31/12/2016 o PNSSP seextinguirá.

Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional –PNAISP:

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 20

Adesão da UF: Não houve publicação por portaria. O estado assinou o Termo de Adesão, mas ainda nãocompletou a adesão por meio do preenchimento do Sistema FormSUS para que a portaria de adesãoseja publicada.

Municípios que já aderiram à PNAISP: aguardando a adesão estadual.

Equipes habilitadas: 00 equipes habilitadas em 00 unidades prisionais

Aparelhamento de Unidades Básicas de Saúde – UBS e Centros de Referência à Saúde Materno Infantil –CRMI:

02 Unidades Prisionais – UBS - Convênio em 2011 – em vigência

01 Unidade Prisional – CRMI – Convênio em 2013 – em vigência

02 Unidades Prisionais com demanda de equipamentos para UBS, aquisição direta (Portaria nº121/2015).

01 Computador para as UBS com previsão de entrega em 2015

1.4.3 – Educação

Participação em Exames Nacionais:

• § ENEM PPL, 186 inscritos em 2013; 128 inscritos em 2014;

• § ENCCEJA PPL, 69 inscritos em 2013; 36 inscritos em 2014.

Recursos repassados pelo Ministério da Educação (MEC): o Estado solicitou entre 2011 a 2014, R$81.090,00. Os recursos foram utilizados para auxiliar na elaboração do Plano Estadual de Educação epara adquirir acervo bibliográfico.

Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC):

• Em 2013, foram efetivadas 0 matrículas;

• Em 2014, foram efetivadas 188 matrículas;

• Para 2015, foram demandadas pela UF 160 vagas, ainda pendentes de homologação pelo MEC

Plano Estratégico de Ensino no Sistema Prisional (PEESP): o Estado entregou o Plano Estadual que já foianalisado pelos Ministérios da Educação e Justiça. Devolutiva foi entregue aos Estados e Distrito Federalem abril de 2014.

Segundo o Plano Estadual entregue em 2012, dos 05 estabelecimentos penais, 05 ofertam educação, oque representa 06 salas de aula, com 400 vagas de ensino ofertadas. O Estado informa ainda que contacom 01 biblioteca.

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O Estado está em fase de atualização do diagnóstico e metas 2015/2016, para elaboração do segundoPlano Estadual de Educação nas Prisões, previsão de finalização em agosto.

1.4.4 – Política para Mulheres

O Estado de Roraima criou o comitê estadual e não enviou a minuta da Política Estadual de Atenção àsMulheres em Situação de Privação de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional, com base na PolíticaNacional (Portaria Interministerial MJ SPM nº 210/2014) para avaliação da Coordenação do ProjetoMulheres.

1.4.5 – Aparelhamento de Estabelecimentos Prisionais

Foram doados ao Estado em 2011, 02 veículos cela e 02 ambulâncias, para o transporte adequado depresos, com um investimento de R$ 431.080,00.

Em 2013/2014, foram doados 05 veículos cela, com investimento de R$ 532.500,00. Os veículos foramentregues em maio de 2014.

Está em andamento processo de aquisição do novo modelo de furgões cela do Depen/MJ, commelhorias gerais, tais como cinto de segurança para os detentos, ar condicionado, iluminação natural,intercomunicador, sensores de estacionamento, dentre outras. A previsão é que o Estado de Roraimareceba aproximadamente 7 veículos. A previsão é que a licitação ocorra ainda em 2015, com entregasomente para 2016.

A aquisição de caminhonetas 4x4 também está em andamento e terá como produto o primeiro 4x4 paratransporte de presos do Brasil com cela humanizada. Desta forma, teremos as mesmas funcionalidadesdo furgão, com uma melhor ergonomia, numa plataforma de veículo com capacidade adequada para afinalidade off-road. A previsão e realização da licitação em 2015 ou início de 2016, porém ainda nãotemos a estimativa de quantitativo para cada Estado. Doações a partir de 2016.

Existe também um projeto de ônibus para transporte de presos em andamento, sem previsão ainda paralicitação.

Para o ano de 2015, o Depen/MJ realizou licitação de aquisição de equipamentos para inspeçãoeletrônica. Serão investidos R$ 157.610,00 e o Estado de Roraima será contemplado com doação de:

01 aparelhos Raio-X;06 Detectores de Metal tipo Portal;22 Detectores de Metal manual; e10 Detectores de Metal tipo Banqueta.Estado de Roraima irá receber os equipamentos de inspeção no 1º (primeiro) lote de entrega, comprevisão de remessa até setembro de 2015.

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 22

Está prevista ainda a doação de 12 (doze) computadores para o Estado para uso exclusivo do SistemaSISDEPEN e 01 (um) Computador para Unidade Básica de Saúde. O processo licitatório está concluído eem fase de contratação. Previsão de entrega ainda para 2015.

1.4.6 – Alternativas Penais

Não há convênios em andamento com a Unidade Federada.

O Estado respondeu o questionário de monitoração eletrônica, bem como o ofício de financiamento dasações de fomento às alternativas. Sinaliza positivamente quanto à implantação da Central Integrada deAlternativas Penais e Central de Monitoração Eletrônica.

Audiência de Custódia: início em 04 de setembro de 2015.

1.4.7 – Construções

O Depen/MJ, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Sistema Prisional, disponibilizou ao Estado, noperíodo de 2011 a 2013, recursos, na ordem de R$ 8.336.886,29, contudo o Estado não apresentoupropostas aptas para aprovação do Depen.

A construção do Presídio Provisório Masculino na Comarca de Rorainópolis, com 160 vagas, encontra-separalisada, com investimento na ordem de R$ 5.181.256,41, orçamento de 2006. O Contrato nãoprecisou ser rescindido. Ao final de sua vigência, não houve prorrogação. Após levantamentos daSecretaria, observou-se que restam valores a serem devolvidos pela empresa. Verificou-se ainda que oantigo projeto aprovado não possuía todos os elementos essenciais para o funcionamento doestabelecimento prisional. O projeto contendo as obras remanescentes já se encontra com a Caixa e oedital já está pronto. Porém, neste novo projeto são necessários R$ 4.429.447,30 para conclusão daobra. O saldo e rendimento do convênio será utilizado de acordo com o permitido, porém a Secretariaainda precisa levantar parte do recurso com o Governo Estadual.

1.4.8 – Capacitação Servidores

Cursos de Especialização em Gestão em Saúde no Sistema Prisional, Direitos Humanos e PopulaçãoVulnerável; Noções de Gerenciamento de Crise e Mediação de Conflitos; e Políticas Públicas no SistemaPrisional: 116 vagas – R$ 71 mil

Aparelhamento do Núcleo Pedagógico De Capacitação Continuada dos Agentes Penitenciários do Estadode Roraima - NPCCAR/RR: 28/12/2012 a 08/10/2015 – R$ 169 mil

1.4.9 – Inteligência Prisional

Grupo formado - DICAP

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 23

Curso de capacitação básico realizado pelo DEPEN, em maio de 2015.

1.5 Participação Social

Há Conselho Penitenciário no Estado, no entanto, de atuação pouco expressiva no que tange às ações defortalecimento do controle e participação da execução penal (por exemplo, não são realizadas inspeçõesperiódicas aos estabelecimentos e serviços penais). Destaca-se, também, a não integração no Conselhode membros representantes da comunidade, como por exemplo, de organizações indígenas.

Embora se tenha notícia da criação do Conselho da Comunidade pela Vara de Execução Penal nomunicípio de Boa Vista, não foi possível identificar atuação de possíveis Conselheiros.

Não há Ouvidoria do Sistema Penitenciário no Estado.

1.6 Defensoria Pública no Estado

Atualmente a Defensoria Pública do estado conta com apenas uma defensora designada para atuarperante a execução penal, assim prejudicando ações como as inspeções prisionais e atendimentoregular.

2. MEDIDAS PARA MELHORIA DA POLÍTICA PENAL

2.1 Ações do Governo Federal

2.1.1 – Assistência técnica nas áreas de: a) estratégias de gestão organizacional; b) correição, capacitação e saúde dos trabalhadores; c) participação e controle social; d) alternativas penais; e) monitoração eletrônica; f) política para pessoas egressas;g) políticas de saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e trabalho para pessoas privadasde liberdade;h) respeito e valorização da diversidade;i) segurança de estabelecimentos prisionais;j) arquitetura e engenharia penal;k) aparelhamento de estabelecimentos prisionais;l) sistemas de informação;m) inteligência prisional;

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 24

2.1.2 – Assistência técnica para aprovação complementar de Rorainópolis na Caixa Econômica;

2.1.3 – Doação de equipamentos de inspeção;

2.1.4 – Curso de capacitação para inspeções prisionais;

2.1.5 – Curso em gestão e rotinas prisionais;

2.1.6 – Curso de formalização, acompanhamento e prestação de contas de convênios;

2.1.7 – Apoio financeiro de acordo com a disponibilidade orçamentária, conforme as linhas definanciamento do Departamento Penitenciário Nacional, em especial: aparelhamento de UnidadesBásicas de Saúde, Programa de Capacitação Profissional e Centrais de Alternativas Penais eMonitoramento Eletrônico.

2.2 Ações do Governo Estadual

2.2.1 – Reestruturação Administrativa da Secretaria de Justiça e Cidadania;

2.2.2 – Priorização das ações da SEJUC no próximo PPA (estrutura, equipamento, pessoal e serviços);

2.2.3 – Regulamentação do funcionamento dos estabelecimentos penais frente às diversidades (gênero, idade, etnia, entre outras características);

2.2.4 – Elaborar e/ou rever fluxos de movimentação de presos internamente e entre estabelecimentospenais;

2.2.5 – Estabelecer rotina de banho de sol diário nos estabelecimentos penais;

2.2.6 – Execução das propostas do Plano Emergencial do Estado de Roraima;

2.2.7 – Integração da Secretaria de Assistência Social e Trabalho com as políticas de reintegração socialda SEJUC;

2.2.8 – Mapeamento das necessidades de assistência social dos presos e familiares;

2.2.9 – Elaboração e entrega do Plano Estadual de Ensino até 30 de setembro de 2015;

2.2.10 – Elaboração e entrega da Política Estadual de Efetivação dos Direitos das Mulheres até30 desetembro de 2015;

2.2.11 – Instalação de CFTV nos estabelecimentos prisionais;

2.2.12 – Adoção de processo seletivo com requisitos mínimos para cargos de diretores deestabelecimentos penais, incluindo etapa de formação;

2.2.13 – Criar regras de remoção interna de servidores entre os estabelecimentos penais;

2.2.14 – Redistribuir de maneira mais eficaz os servidores nos estabelecimentos penais;

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 25

2.2.15 – Reestruturação da área de inteligência da SEJUS focando-se na inteligência penitenciária eredirecionamento das outras atividades para as forças policiais;

2.2.16 – Realizar força-tarefa para avaliação e execução dos convênios vigentes com o DEPEN;

30 de setembro de 2015;

2.2.17 – Elaboração do Plano de Ação para Adesão da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde dasPessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP); adesão ao Serviço de Avaliação eAcompanhamento de Medidas Terapêuticas Aplicávies à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito coma Lei (EAP); convrersão da única equipe de saúde do PNSSP em equipe da PNAISP; articulação Regionale/ou Bipartite com os municípios para a adesão e cadastramento de equipes municipais, ou estaduais,caso os municípios não queiram, nos sistemas CNES e SAIPS do Ministério da Saúde com vistas à emissãode portaria de habilitação de equipes PNAISP; cadastramento de equipe estadual EAP no CNES e SAIPSdo Ministério da Saúde.

2.2.18 – Adequação do atendimento dos profissionais de saúde da Penitenciárias Monte Cristo,inserindo atividades de busca ativa e triagem nas vivências.

2.2.19 – Estabelecer contratos de manutenção (predial, equipamentos de inspeção, veículo,computadores e outros);

2.2.20 – Revisão do contrato de alimentação, inserindo a 4ª refeição;

2.2.21 – Adequação dos itens de higiene e limpeza fornecidos as pessoas privadas de liberdade,considerando regularidade e qualidade;

2.2.22 – Estabelecer sistema de controle de armamento e munição;

2.2.23 – Estabelecimento de um registro de ocorrências para todos os Estabelecimentos Penais;

2.2.24 – Estabelecer política de capacitação continuada de servidores com reativação dos trabalhos daEscola de Serviços Penais;

2.2.25 – Conclusão da obra de Rorainópolis;

2.2.26 – Revisão da composição, regimento e mandato do Conselho Penitenciário com inclusão derepresentante do Conselho Indígena;

2.2.27 - Fortalecimento das ações e estruturação do Conselho Penitenciário do Estado, garantido,inclusive, a representatividade de seus membros conforme Lei de Execução Penal (“professores eprofissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, bem comopor representantes da comunidade” – artigo 69);

2.2.28 – Criar Ouvidoria externa da Administração da Execução Penal, nos termos da Resolução nº 3, de18 de julho de 2014 do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária – CNPCP.

2.2.29 – Instituição de um Comitê Gestor do Plano de Trabalho a ser construído a partir dessas medidas.

2.3 Ações do Poder Judiciário

Anexo Pactuação 2015 RR (3173890) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 26

2.3.1 – Implantação das Audiências de Custódia;

2.3.2 – Medidas para avaliar e considerar as condições antropológicas para a decisão criminal eacompanhamento da execução penal;

2.3.3 – Implantação e fortalecimento dos conselhos da comunidade, em especial nas comarcas onde háestabelecimentos prisionais;

2.3.4 – Articulação com a SEJUC para a implantação das Centrais Integradas de Alternativas Penais e deMonitoração Eletrônica.

2.4 Ações da Defensoria Pública

2.4.1 – Restabelecer atuação regular do atendimento e realização de eventuais mutirões nosestabelecimentos prisionais;

2.4.2 – Apoio à implantação da Audiência de Custódia;

2.4.3 – Atentar de pareceres antropológicos nos processos;

2.4.4 – Designar número condizente de defensores específicos para a área criminal e execução penal deacordo com a demanda existente.

2.5 Ações do Ministério Público

2.5.1 – Restabelecer a rotina de visitas mensais aos estabelecimentos penais conforme previsto na Lei deExecução Penal;

2.5.2 – Apoio à implantação da Audiência de Custódia;

2.5.3 – Acompanhamento específico das denúncias de tortura e casos de mortes envolvendo pessoasprivadas de liberdade.

Anexo Fotos (3186911) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 27

Relatório de fotos da visita técnica em Boa Vista/RR

20 e 21 de outubro de 2016

Cadeia Pública Masculina de Boa Vista

Anexo Fotos (3186911) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 28

Anexo Fotos (3186911) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 29

Penitenciária Agrícola de Boa Vista (PAMC)

Anexo Fotos (3186911) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 30

Anexo Fotos (3186911) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 31

Anexo Fotos (3186911) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 32

Anexo Fotos (3186911) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 33

Minuta Despacho DIRPP (3201135) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 34

3201135 08016.012670/2016-87

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA

MINUTA

Processo: 08016.012670/2016-87Assunto: Relatório de visita técnica ao Estado de Roraima

1. Ciente do relatório apresentado.2. Encaminhe-se ao Gabinete do Diretor-Geral para conhecimento e adoção das

providências cabíveis.

Respeitosamente,

Documento assinado eletronicamente por LETICIA MARANHAO MATOS,Coordenador(a) de Educação, Esporte e Cultura, em 01/11/2016, às 10:56, conforme o §2º do art. 10 da Medida Provisória nº 2.200/01.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.autentica.mj.gov.brinformando o código verificador 3201135 e o código CRC 9FB10E2A O trâmite deste documento pode ser acompanhado pelo site http://www.justica.gov.br/acesso-a-sistemas/protocolo e tem validade de prova de registro de protocolo no Ministério da Justiça.

Referência: Proces s o nº 08016.012670/2016-87 SEI nº 3201135

Criado por let icia.matos, versão 2 por let icia.matos em 01/11/2016 10:56:44.

Despacho 2856 (3275625) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 35

3275625 08016.012670/2016-87

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA

Despacho nº 2856/2016/DIRPP/DEPENAssunto: Relatório de visita técnica ao Estado de RoraimaDestino: DIGEPROProcesso: 08016.012670/2016-87

1. Ciente do relatório apresentado.2. Encaminhe-se ao Gabinete do Diretor-Geral para conhecimento e adoção das

providências cabíveis.

Respeitosamente,

Documento assinado eletronicamente por Valdirene Daufemback, Diretor(a) de PolíticasPenitenciárias , em 16/11/2016, às 17:54, conforme o § 2º do art. 10 da Medida Provisória nº2.200/01.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.autentica.mj.gov.brinformando o código verificador 3275625 e o código CRC 67B89309 O trâmite deste documento pode ser acompanhado pelo site http://www.justica.gov.br/acesso-a-sistemas/protocolo e tem validade de prova de registro de protocolo no Ministério da Justiça.

Referência: Proces s o nº 08016.012670/2016-87 SEI nº 3275625

Criado por lidiane.santos, versão 3 por lidiane.santos em 16/11/2016 16:45:40.

Despacho 3880 (3280116) SEI 08016.012670/2016-87 / pg. 36

3280116 08016.012670/2016-87

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA

Despacho nº 3880/2016/GAB DEPEN/DEPENAssunto: Visita Técnica ao Estado de Roraima.Destino: Diretoria de Políticas Penitenciárias - DIRPPProcesso: 08016.012670/2016-87 1. Em atenção ao Despacho nº 2856/2016/DIRPP/DEPEN (3275625), manifesto ciênciaquanto ao teor do Relatório de Atividades nº 2/2016/COEEC/CGPC/DIRPP/DEPEN (3157710), quereporta a visita técnica realizada aos estabelecimentos prisionais do Estado de Roraima.2. Dessa forma, restitua-se este processo à DIRPP para monitoramento da matéria, cominforme a esta Direção-Geral quando da existência de novas informações.

Atenciosamente,

Documento assinado eletronicamente por MARCO ANTÔNIO SEVERO SILVA,Diretor(a)-Geral do Departamento Penitenciário Nacional, em 17/11/2016, às 18:08,conforme o § 2º do art. 10 da Medida Provisória nº 2.200/01.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://sei.autentica.mj.gov.brinformando o código verificador 3280116 e o código CRC 9407A299 O trâmite deste documento pode ser acompanhado pelo site http://www.justica.gov.br/acesso-a-sistemas/protocolo e tem validade de prova de registro de protocolo no Ministério da Justiça.

Referência: Proces s o nº 08016.012670/2016-87 SEI nº 3280116

Criado por laenny.pinto, versão 4 por laenny.pinto em 17/11/2016 13:51:29.