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Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2017
Universidade de Coimbra
Universidade de Coimbra
Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2017
FICHA TÉCNICA
ORGANIZAÇÃODivisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento – Administração da Universidade de Coimbra (DPGD-UC)
CONTEÚDOSDivisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento – Administração da Universidade de Coimbra (DPGD-UC)Serviço de Gestão Financeira – Administração da Universidade de Coimbra (SGF-UC)
CRÉDITOS DE IMAGEM
diagramas
Divisão de Planeamento, Gestão e Desenvolvimento – Administração da Universidade de Coimbra (DPGD-UC)Serviço de Gestão Financeira – Administração da Universidade de Coimbra (SGF-UC)
design de comunicação
Projeto de Imagem, Media e Comunicação da Universidade de Coimbra (PIMC-UC)
fotografia da capa
Sérgio Brito
© Universidade de Coimbra, junho 2018
Documento otimizado para impressão frente/verso
Aprovado pelo Conselho Geral em 25 de junho de 2018[Deliberação n.º 9/2018]
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
3
ÍNDICE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................................................ 9
1. A UNIVERSIDADE DE COIMBRA ........................................................................................................................................................... 13
1.1. MISSÃO E VALORES .................................................................................................................................................................... 13
1.2. PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019 .......................................................................................................................................... 14
1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ÂMBITO DA CONSOLIDAÇÃO ....................................................................................... 16
1.4. ÓRGÃOS DE GOVERNO E DE GESTÃO .................................................................................................................................... 19
1.5. SISTEMA DE GESTÃO.................................................................................................................................................................. 22
2. PLANO ESTRATÉGICO E DE AÇÃO – MONITORIZAÇÃO 2017 ....................................................................................................... 29
3. MISSÕES................................................................................................................................................................................................. 37
3.1. INVESTIGAÇÃO .......................................................................................................................................................................... 37
3.2. ENSINO ...................................................................................................................................................................................... 40
3.3. COMUNIDADE ........................................................................................................................................................................... 45
4. SUSTENTABILIDADE ............................................................................................................................................................................. 57
4.1. INTERNACIONALIZAÇÃO ......................................................................................................................................................... 57
4.2. CIDADANIA E INCLUSÃO ......................................................................................................................................................... 63
4.3. MARCA UC ................................................................................................................................................................................. 65
4.4. COMUNICAÇÃO........................................................................................................................................................................ 67
4.5. AMBIENTE ................................................................................................................................................................................... 68
5. AÇÃO SOCIAL ...................................................................................................................................................................................... 73
5.1. APOIOS DIRETOS ....................................................................................................................................................................... 73
5.2. APOIOS INDIRETOS ................................................................................................................................................................... 75
5.3. OUTROS APOIOS ....................................................................................................................................................................... 80
6. PESSOAS ................................................................................................................................................................................................ 83
7. CONTAS ............................................................................................................................................................................................... 93
7.1. ANÁLISE ORÇAMENTAL ............................................................................................................................................................ 93
7.2. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA ..................................................................................................................................... 98
7.3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ............................................................................................................. 108
7.4. ANEXOS ÀS CONTAS .............................................................................................................................................................. 112
ANEXOS
4
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
5
ÍNDICE DE FIGURAS
FIGURA 1: QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICA 2015-2019 ........................................................................................................ 15
FIGURA 2: ORGANOGRAMA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA ............................................................................................................ 17
FIGURA 3: PARTICIPANTES NA UNIVERSIDADE DE VERÃO ................................................................................................................... 40
FIGURA 4: PATENTES ATIVAS (VALOR ACUMULADO) .......................................................................................................................... 45
FIGURA 5: ESTUDANTES INTERNACIONAIS, POR PAÍS DE ORIGEM, NO ANO LETIVO 2016/2017 .................................................. 60
FIGURA 6: TOTAL DE TRABALHADORES, POR GRUPO DE PESSOAL E GÉNERO ................................................................................. 84
FIGURA 7: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL TÉCNICO, POR CARREIRA / CARGO ..................................................................................... 85
ÍNDICE DE QUADROS
QUADRO 1: PLANO ESTRATÉGICO UC 2015-2019 EM NÚMEROS ..................................................................................................... 15
QUADRO 2: REUNIÕES FORMAIS REALIZADAS PELO CONSELHO GERAL ........................................................................................... 19
QUADRO 3: MEMBROS DA EQUIPA REITORAL ...................................................................................................................................... 20
QUADRO 4: MEMBROS DO CONSELHO DE GESTÃO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA ..................................................................... 21
QUADRO 5: ASSUNTOS ABORDADOS NAS COMUNICAÇÕES AO PROVEDOR DO ESTUDANTE ..................................................... 22
QUADRO 6: MAPA SÍNTESE DE METAS DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA ............................................................................................ 34
QUADRO 7: AVALIAÇÃO DOS CENTROS E UNIDADES DE I&D (2013) .............................................................................................. 38
QUADRO 8: CICLOS DE ESTUDOS COM ESTUDANTES INSCRITOS ..................................................................................................... 41
QUADRO 9: ESTUDANTES DE LIC. E MESTRADO INTEGRADO ADMITIDOS ATRAVÉS DE OUTRAS FORMAS DE ACESSO ............... 43
QUADRO 10: ESTUDANTES INSCRITOS, POR TIPOLOGIA DE CICLOS DE ESTUDOS E DE CURSO .................................................... 44
QUADRO 11: ESTUDANTES DIPLOMADOS, POR TIPOLOGIA DE CICLOS DE ESTUDOS E DE CURSO ............................................... 44
QUADRO 12: CURSO DE EMPREENDEDORISMO DE BASE TECNOLÓGICA ......................................................................................... 47
QUADRO 13: EVENTOS CULTURAIS E AUDIÊNCIA ............................................................................................................................... 50
QUADRO 14: UTILIZADORES DE INFRAESTRUTURAS DE ATIVIDADES CULTURAIS E DE DIVULGAÇÃO DE CIÊNCIA ..................... 51
QUADRO 15: UTILIZADORES DO ESTÁDIO UNIVERSITÁRIO ................................................................................................................ 52
QUADRO 16: ADESÕES À REDE UC (VALOR ACUMULADO) ................................................................................................................ 52
QUADRO 17: ESTUDANTES DE NACIONALIDADE ESTRANGEIRA ....................................................................................................... 58
QUADRO 18: ESTUDANTES INTERNACIONAIS, POR REGIME DE CANDIDATURA ............................................................................. 58
QUADRO 19: POSIÇÃO DA UC NOS PRINCIPAIS RANKINGS UNIVERSITÁRIOS INTERNACIONAIS ..................................................... 65
QUADRO 20: POSIÇÃO DA UC NOS RANKINGS RWU E UNIRANK ....................................................................................................... 67
QUADRO 21: PASEP ................................................................................................................................................................................. 75
QUADRO 22: ALIMENTAÇÃO ................................................................................................................................................................. 76
QUADRO 23: ALOJAMENTO ................................................................................................................................................................... 77
QUADRO 24: SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................................................................................................................................ 78
QUADRO 25: APOIO À INFÂNCIA .......................................................................................................................................................... 79
QUADRO 26: INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO ............................................................................................................................. 80
QUADRO 27: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL DO GRUPO UC ................................................................................................................. 83
QUADRO 28: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL DOCENTE E INVESTIGADOR DE CARREIRA, POR CATEGORIA ..................................... 84
QUADRO 29: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL DOCENTE E INVESTIGADOR ESPECIALMENTE CONTRATADO, POR CATEGORIA ...... 85
QUADRO 30: DISTRIBUIÇÃO DO PESSOAL TÉCNICO, POR CARREIRA / CARGO ............................................................................... 86
QUADRO 31: MOVIMENTOS DE PESSOAL – ADMISSÕES/SAÍDAS ......................................................................................................... 87
QUADRO 32: MOVIMENTOS DE PESSOAL – MOTIVO DAS SAÍDAS ...................................................................................................... 87
QUADRO 33: FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PESSOAL TÉCNICO ..................................................................................................... 89
QUADRO 34: PRINCIPAIS INDICADORES ORÇAMENTAIS ..................................................................................................................... 93
QUADRO 35: EXECUÇÃO DA RECEITA POR TIPO DE RECEITA ........................................................................................................... 94
QUADRO 36: EXECUÇÃO DA RECEITA DO ANO POR ORIGEM .......................................................................................................... 95
QUADRO 37: EXECUÇÃO DA DESPESA POR TIPO DE DESPESA ........................................................................................................... 96
QUADRO 38: EXECUÇÃO DA DESPESA POR ORIGEM DE FUNDOS ..................................................................................................... 96
QUADRO 39: EXECUÇÃO E SALDO ORÇAMENTAL POR ORIGEM DE FUNDOS ................................................................................. 97
QUADRO 40: PRINCIPAIS INDICADORES ECONÓMICOS E FINANCEIROS .......................................................................................... 98
QUADRO 41: ESTRUTURA DO ATIVO .................................................................................................................................................... 99
QUADRO 42: ESTRUTURA DOS FUNDOS PRÓPRIOS E PASSIVO ........................................................................................................ 100
QUADRO 43: ESTRUTURA E EVOLUÇÃO DOS PROVEITOS E GANHOS ............................................................................................. 102
QUADRO 44: ESTRUTURA E EVOLUÇÃO DOS CUSTOS E PERDAS ..................................................................................................... 104
QUADRO 45: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS SINTÉTICA........................................................................................................... 106
QUADRO 46: DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS AJUSTADA ........................................................................................................... 107
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
6
ÍNDICE DE GRÁFICOS
GRÁFICO 1: PUBLICAÇÕES NA WEB OF SCIENCE .................................................................................................................................... 37
GRÁFICO 2: CAPTAÇÃO DOS 25% MELHORES CANDIDATOS AO ENSINO SUPERIOR PELA UC 2014-2016 ................................. 41
GRÁFICO 3: VAGAS E CANDIDATOS COLOCADOS NA 1.ª FASE DO CNA ......................................................................................... 43
GRÁFICO 4: VISITANTES AO CIRCUITO TURÍSTICO .............................................................................................................................. 49
GRÁFICO 5: EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ESTUDANTES INTERNACIONAIS ...................................................................................... 59
GRÁFICO 6: ESTUDANTES INTERNACIONAIS, POR TIPO DE CICLO, NO ANO LETIVO 2016/2017 ................................................. 59
GRÁFICO 7: ESTUDANTES DE NAC. ESTRANGEIRA CANDIDATOS E EFETIVOS EM PROGRAMAS DE MOBILIDADE INCOMING ........ 61
GRÁFICO 8: ESTUDANTES CANDIDATOS E EFETIVOS EM PROGRAMAS DE MOBILIDADE OUTGOING ............................................... 61
GRÁFICO 9: DOCENTES CANDIDATOS E EFETIVOS A PROGRAMAS DE MOBILIDADE OUTGOING ...................................................... 62
GRÁFICO 10: VISITANTES REGISTADOS NO WELCOME CENTRE FOR VISITING RESEARCHERS ................................................................ 62
GRÁFICO 11: MÉDIA BIENAL DE AAV ....................................................................................................................................................... 67
GRÁFICO 12: CANDIDATOS E BOLSEIROS ............................................................................................................................................. 73
GRÁFICO 13: FAS PROPINAS ................................................................................................................................................................... 74
GRÁFICO 14: ESTRUTURA ETÁRIA DOS EFETIVOS ................................................................................................................................. 86
GRÁFICO 15: HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DO PESSOAL DOCENTE E INVESTIGADOR ........................................................................ 88
GRÁFICO 16: HABILITAÇÕES LITERÁRIAS DO PESSOAL TÉCNICO ....................................................................................................... 88
GRÁFICO 17: RECEITA COBRADA POR TIPO E ORIGEM DE FUNDOS .................................................................................................. 95
GRÁFICO 18: DESPESA PAGA POR TIPO DE DESPESA E ORIGEM DE FUNDOS ..................................................................................... 97
GRÁFICO 19: ESTRUTURA PATRIMONIAL .............................................................................................................................................. 98
GRÁFICO 20: ESTRUTURA DO ATIVO POR ENTIDADE ....................................................................................................................... 100
GRÁFICO 21: ESTRUTURA DOS FUNDOS PRÓPRIOS POR ENTIDADE ................................................................................................ 101
GRÁFICO 22: ESTRUTURA DO PASSIVO POR ENTIDADE .................................................................................................................... 102
GRÁFICO 23: ESTRUTURA DOS PROVEITOS E GANHOS ..................................................................................................................... 103
GRÁFICO 24: CONTRIBUIÇÃO E ESTRUTURA DE PROVEITOS E GANHOS POR ENTIDADE ............................................................. 104
GRÁFICO 25: ESTRUTURA DOS CUSTOS E PERDAS ............................................................................................................................. 105
GRÁFICO 26: CONTRIBUIÇÃO E ESTRUTURA DE CUSTOS E PERDAS POR ENTIDADE ..................................................................... 106
GRÁFICO 27: RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR ENTIDADE ............................................................................................... 107
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
7
ACRÓNIMOS E ABREVIATURAS
4ICU – 4 International Colleges & Universities
A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior
AAC – Associação Académica de Coimbra
AAV – Automatic Advertising Value
ACIV – Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil
ADAI – Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial
ADSE – Direção Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Públicas
APCER – Associação Portuguesa de Certificação
ARWU – Academic Ranking of World Universities
BCS – Biblioteca das Ciências da Saúde
BGUC – Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra
CA – Colégio das Artes
CEDOUA – Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente
CES – Centro de Estudos Sociais
CGA – Caixa Geral de Aposentações
CHUC – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
CNA – Concurso Nacional de Acesso
CNC – Centro de Neurociências e Biologia Celular
CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa
D – Doutoramento
DI – Disciplinas isoladas
ECDU – Estatuto da Carreira Docente Universitária
EEI – Estatuto do Estudante Internacional
EfS – Energy for Sustainability
ETI – Equivalente a tempo inteiro
EU – Estádio Universitário
EUG – European Universities Games
F – Feminino
FAS – Fundo de apoio social
FCDEFUC – Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra
FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia
FCTUC – Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
FDUC – Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
FEUC – Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
FFUC – Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra
FLUC – Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
FMUC – Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
FPCEUC – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
GDUC – Gabinete do Desporto da Universidade de Coimbra
GPUC – Grupo Público Universidade de Coimbra
I&D – Investigação e Desenvolvimento
ICNAS – Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde
IES – Instituições de ensino superior
III – Instituto de Investigação Interdisciplinar
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
8
INESC Coimbra – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra
IPN – Instituto Pedro Nunes
ISO – International Organization for Standardization
ITeCons – Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e
Sustentabilidade
JBUC – Jardim Botânico da Universidade de Coimbra
L – Licenciatura
M – Masculino
MCUC – Museu da Ciência da Universidade de Coimbra
ME – Mestrado
MEC – Ministério da Educação e Ciência
MI – Mestrado Integrado
NEE – Necessidades educativas especiais
N.º – Número
OCNCG – Outros cursos não conferentes de grau
OE – Orçamento do Estado
PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
PASEP – Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de tempo Parcial
PEA.UC – Plano Estratégico e de Ação da Universidade de Coimbra
PG/E – Pós-graduação/Especialização
PO – Programa Operacional
POC-Educação – Plano Oficial de Contabilidade para o Setor de Educação
RG – Receitas gerais
RJIES – Regime jurídico das instituições de ensino superior
RP – Receitas próprias
SASUC – Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra
SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta
SG.UC – Sistema de Gestão da Universidade de Coimbra
SIR – Scimago Institutions Rankings
SWOT – Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças)
TAGV – Teatro Académico de Gil Vicente
THE – Times Higher Education World University Ranking
TSU – Taxa social única
TUJE – Tribunal Universitário Judicial Europeu
UC – Universidade de Coimbra
UE – União Europeia
UNESCO – United Nations, Education, Scientific and Cultural Organization
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
9
INTRODUÇÃO
O Relatório de Gestão e Contas Consolidado visa dar a conhecer as principais atividades desenvolvidas pelo Grupo
Público Universidade de Coimbra, bem como a forma como os recursos disponíveis foram aplicados, em alinhamento com o Plano Estratégico e de Ação da instituição para o quadriénio 2015-2019.
Em termos de estrutura, explicitam-se os resultados alcançados nas diferentes missões da universidade –
investigação, ensino e comunidade – bem como nas áreas de sustentabilidade, com particular destaque para uma
área específica da cidadania e inclusão, a ação social. Ao nível dos recursos, é incorporada a informação e as
demonstrações que retratam a atividade económica e financeira do ano, bem como os principais dados de recursos
humanos, visando, para além de dar a conhecer o desempenho da universidade nestes domínios, cumprir as disposições legais relativas à prestação anual de contas.
O perímetro de consolidação mantém-se estável face aos anos anteriores, sendo composto por 17 entidades
autónomas. A sua integração no presente relatório não substitui, naturalmente, os relatórios individuais de cada
entidade, devendo a sua leitura ser completada com a consulta dos mesmos para mais informações sobre a atividade
desenvolvida por cada uma.
As contas do GPUC de 2017, descritas neste relatório, espelham um reforço da sua solidez financeira, com uma estrutura de custos e proveitos equilibrada, como mostra um novo acréscimo do resultado líquido do exercício, de
4,27M€ em 2016 para 5M€. É importante realçar que as entidades com resultado líquido negativo passam de seis
em 2016 (num total de -0,72M€) para cinco (-0,27M€), com uma significativa evolução do CNC, que regressa aos
resultados positivos, e do IPN.
Em relação às entidades com contabilidade orçamental – UC e SASUC –, houve uma enorme diminuição do saldo
de gerência do ano, de 19,5M€ em 2016 para 5,2M€, correspondendo a uma redução de 73,5%, que mostra o caráter pontual deste saldo de gerência, que em 2016 resultou essencialmente da recuperação de verbas antigas. Em
2017 esse efeito ainda se manifestou um pouco, mas os fatores principais para este saldo foram o atraso na emissão
do visto prévio pelo Tribunal de Contas à compra de um equipamento de 1,3M€, que deveria ter ocorrido em 2017
mas acabou por se concretizar apenas em 2018, a entrada nos últimos dias do ano de cerca de 1M€ vindo da FCT,
que já não foi possível aplicar em 2017, e ainda o facto de as Unidades Orgânicas terem deixado por gastar nos seus
orçamentos de desenvolvimento cerca de 1,4M€. Este equilíbrio das contas é particularmente significativo porque foi conseguido apesar de mais uma diminuição líquida
do financiamento do Estado: em 2017 registou-se um aumento da massa salarial da UC de 3,8M€, mas a dotação
vinda do Orçamento do Estado apenas subiu 2,2M€. Como as razões do acréscimo da massa salarial são
essencialmente o fim dos cortes salariais, a retoma do pagamento das valorizações salariais resultantes das
agregações e os aumentos do salário mínimo e do subsídio de refeição – fatores cobertos pelas cláusulas do acordo
assinado entre as Universidade e o Governo em julho de 2016 –, o Governo deveria ter coberto por inteiro estes acréscimos. No entanto, apenas cerca de 60% desta despesa foi coberta, deixando à UC a responsabilidade de pagar
o restante por receita própria.
Em 2017, foi possível aumentar o orçamento de funcionamento das faculdades em relação a 2016, ano em que já
tinha subido em relação ao ano anterior, fruto não só do aumento da nossa receita, mas também dos enormes
ganhos de eficiência. Conseguimos recuperar verbas de financiamentos antigos, controlar os orçamentos com muito
mais precisão, aumentar a velocidade de resposta e o rigor em inúmeros processos, eliminar quase por completo as filas nos serviços académicos. E em simultâneo, fazer grandes avanços em termos de modernização e simplificação
administrativa, de que é exemplo o novo sistema para tratamento das deslocações em serviço, desenvolvido
diretamente pela administração da Universidade. Trata-se de um processo inovador em Portugal, que baixa
drasticamente os prazos de resposta nestes processos, colocando-nos solidamente na frente a nível das
administrações universitárias.
Como resulta do referido anteriormente, estamos conscientes de que toda a nossa capacidade para investir tem de se basear em receita própria e financiamento competitivo. Atualmente, por exemplo, o orçamento de funcionamento
das estruturas atípicas de uma universidade comum, nomeadamente as unidades de extensão cultural, como a
Biblioteca Geral, o TAGV, o Museu da Ciência ou o Jardim Botânico, é assegurado pela receita do circuito turístico,
consequência do constante aumento do fluxo turístico.
Ainda em termos financeiros, importa realçar aqui um aspeto referido no capítulo 7.4, mas de enorme relevância.
Na sequência do desenvolvimento de procedimento de aquisição de serviços de fiscal único, a UC submeteu o pedido de renovação do mandato de fiscal único à Secretaria Geral da Educação e Ciência. No entanto, à data de
aprovação das contas relativas ao exercício de 2017, não foi ainda publicado o despacho conjunto de nomeação,
nem é conhecida a decisão do Senhor Ministro das Finanças, pelo que, não existindo autorização para execução do
respetivo contrato, não foi possível proceder à emissão da Certificação Legal de Contas relativa a 2017.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
10
Somos uma universidade antiga. As universidades antigas, como a nossa, que se mantiveram até aos nossos dias, são
uma pequena fração das muitas instituições de ensino superior que foram sendo criadas ao longo dos séculos.
Se nos mantivemos até hoje, 727 anos depois, foi porque coletivamente sempre nos soubemos reinventar para
responder às necessidades e expectativas da sociedade. Somos campeões da adaptação, sempre alerta para perceber
o sentido dos tempos. Somos uma universidade antiga, mas com futuro!
E como universidade antiga que somos, temos um património como nenhuma outra. Desde logo, património
edificado, com séculos de história e com um valor incalculável, integrado na zona classificada pela UNESCO como
património da humanidade desde 2013, e do qual temos de cuidar. Em 2017 concluímos a maior obra efetuada no
polo histórico da Universidade de Coimbra desde a construção dos edifícios do Estado Novo, com a reabilitação
daquela que era a última grande ruína na alta universitária, fruto de uma longa degradação que culminou numa grave
derrocada no já longínquo ano de 1988, o Colégio da Trindade.
Agora, fazendo a ponte entre o passado e o futuro, um edifício com séculos de história dá lugar à moderna Casa da
Jurisprudência, um centro de ensino e investigação na área das ciências jurídicas, que se abre decisivamente
a perspetivas interdisciplinares e se propõe desenvolver, num quadro de complementaridade de saberes, a
investigação e a formação avançada, bem como promover a prestação de serviços à comunidade, hoje indispensáveis.
Para além do enorme e inegável valor do património físico, prestamos também toda a atenção a outro património,
o imaterial, também ele consagrado na nossa classificação pela UNESCO como Património da Humanidade. Com o
projeto de reedição do "Curso Conimbricense", anunciado no final de 2017, estaremos a retomar, por direito
próprio, um lugar na primeira fila dos construtores da nossa civilização intelectual, tal como a conhecemos hoje.
Sem o contributo de Coimbra, o mundo não seria o mesmo.
Mais uma vez, estamos a fazer a ligação entre o passado e o futuro. Ao reeditar o "Curso Conimbricense",
incontestavelmente o primeiro manual universitário de expansão planetária, publicado entre 1592 e 1606, e uma
obra decisiva na evolução do pensamento ocidental e na sua expansão pelo mundo, de que nos devemos orgulhar,
estaremos a disponibilizar aos nossos próprios investigadores uma ferramenta que lhes permitirá concretizar muitas
publicações internacionais de grande relevo.
Mas o nosso maior desafio atual é conseguir, com o máximo de qualidade, manter um ritmo regular de contratação
de novos professores e de abertura de lugares para entrada e progressão na carreira docente, permitindo acelerar
o processo de renovação. Depois de elaborado, discutido e aprovado um ambicioso regulamento de contratação de
professores, que está em plena aplicação, foi possível lançar um elevado número de concursos sem paralelo na
Universidade de Coimbra, o que só foi possível graças ao bom desempenho da Universidade na angariação de novas
receitas. Com efeito, durante 2017 o Governo, incumprindo o contrato assinado com as Universidades, só reforçou
o respetivo orçamento com parte do montante necessário para cobrir os custos acrescidos em resultado das
alterações legislativas, desta forma tornando ainda mais difícil a contratação de novos professores.
Durante o ano de 2017, continuaram a decorrer a bom ritmo os trabalhos preparatórios para o maior evento
multidesportivo de sempre em Portugal, digno de uma Universidade Global – os Jogos Europeus Universitários
de 2018 –, num profícuo trabalho conjunto entre a Universidade, a Associação Académica de Coimbra, a Câmara
Municipal de Coimbra e a Federação Académica do Desporto Universitário. O sucesso dos Campeonatos Europeus
Universitários de Judo, Karaté e Taekwondo, em julho de 2017, deixam-nos confiantes para o sucesso do evento,
e para a certeza de que a UC será cada vez mais um destino óbvio para os estudantes de carreira dual, desportiva
e académica.
Noutras vertentes continuamos a fazer na Universidade de Coimbra um caminho de melhoria contínua.
O financiamento direto europeu que conseguimos é cada vez maior, temos a melhor incubadora de empresas de
Portugal, somos a única universidade portuguesa que produz medicamentos para o mercado, temos uma ação social
de referência, somos a universidade portuguesa que atrai mais estudantes internacionais – só na primeira fase de
candidaturas para 2018/2019, a procura da UC por estudantes internacionais mais do que duplicou
comparativamente ao ano passado.
O rumo de afirmação global da Universidade de Coimbra prossegue inabalável!
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
13
1. A UNIVERSIDADE DE COIMBRA
1.1. MISSÃO E VALORES
“A Universidade de Coimbra é uma instituição de criação, análise crítica, transmissão e difusão de cultura, de ciência e de
tecnologia que, através da investigação, do ensino e da prestação de serviços à comunidade, contribui para o desenvolvimento
económico e social, para a defesa do ambiente, para a promoção da justiça social e da cidadania esclarecida e responsável e
para a consolidação da soberania assente no conhecimento”.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art.º 2.º)
Fundada em 1290, a Universidade de Coimbra é uma pessoa coletiva de direito público com autonomia estatutária,
científica, pedagógica, cultural, patrimonial, administrativa, financeira e disciplinar (artigo 3.º dos Estatutos,
homologados pelo Despacho Normativo n.º 43/2008, de 1 de setembro).
A difusão e transferência do conhecimento nos mais diversos domínios, em interligação com a sociedade, a nível
nacional e a nível internacional – e com particular destaque no espaço europeu de ensino superior e no espaço da
Comunidade dos Países da Língua Portuguesa –, constituem em si o cumprimento da missão da UC, prosseguindo
os seguintes fins:
“a) A formação humanística, filosófica, científica, cultural, tecnológica, artística e cívica;
b) A promoção e valorização da língua e da cultura portuguesas;
c) A realização de investigação fundamental e aplicada e do ensino dela decorrente;
d) A contribuição para a concretização de uma política de desenvolvimento económico e social sustentável, assente na difusão
do conhecimento e da cultura e na prática de atividades de extensão universitária, nomeadamente a prestação de serviços
especializados à comunidade, em benefício da cidade, da região e do país;
e) O intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições congéneres nacionais e estrangeiras;
f) A resposta adequada à necessidade de aprendizagem ao longo da vida;
g) A preservação, afirmação e valorização do seu património científico, cultural, artístico, arquitetónico, natural e ambiental;
h) A contribuição, no seu âmbito de atividade, para a cooperação internacional e para a aproximação entre os povos, com
especial relevo para os países de expressão oficial portuguesa e os países europeus, no quadro dos valores democráticos e da
defesa da paz”.
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art.º 5.º)
Na Universidade de Coimbra, depositária de um legado histórico multissecular e matriz cultural do espaço da
lusofonia, os valores da tradição, da contemporaneidade e da inovação conjugam-se de forma única com a abertura
ao mundo, a cooperação entre os povos e a interação de culturas, no respeito pelos valores da independência, da
tolerância e do diálogo.
A Universidade valoriza o trabalho dos seus professores, investigadores, estudantes e pessoal técnico, empenhando-
se em oferecer a todos um ambiente que combine o rigor intelectual e a ética universitária com a liberdade de
opinião, o espírito de tolerância e de humildade científica, o estímulo à criatividade e à inovação, bem como o
reconhecimento e a promoção do mérito a todos os níveis.
Os antigos estudantes constituem um suporte fundamental na afirmação da Universidade, no presente e no futuro
e na sua ligação à sociedade, assumindo a Rede de Antigos Estudantes (Rede UC) um papel essencial no reforço dos
laços entre os antigos estudantes e a Universidade.
A Associação Académica de Coimbra é reconhecida e valorizada como elemento da identidade da UC,
proporcionando formação cultural, artística, desportiva e cívica complementar da formação escolar, no respeito
pelos valores da liberdade e da democracia. O apoio da UC estende-se ainda às “repúblicas” e aos “solares” bem
como às cooperativas de habitação de estudantes, reconhecidos como polos autónomos dinamizadores de cultura
e de vivência comunitária e académica.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
14
1.2. PLANO ESTRATÉGICO 2015-2019
As instituições de grande dimensão como a Universidade de Coimbra têm o exigente desafio de conseguir alinhar
os esforços individuais de todos os membros da comunidade académica. Potenciador desse alinhamento, o processo
de planeamento estratégico consubstancia um instrumento determinante para que a UC possa enfrentar os desafios
futuros, ao definir um conjunto de objetivos comuns a toda a comunidade e ao contribuir para a utilização eficiente
e coordenada dos recursos disponíveis.
Com base na experiência bem-sucedida e no conhecimento adquirido ao longo do anterior ciclo de planeamento
estratégico, a UC avançou para a construção do Plano Estratégico para o horizonte temporal 2015-2019, assente,
desde logo, na estabilidade do processo e no respeito pelos mesmos princípios – melhoria contínua, envolvimento
de todas as partes interessadas, alinhamento. A focagem que o primeiro Plano Estratégico tornou possível, a criação
de uma cultura de acompanhamento permanente e monitorização regular da atividade da Universidade e a existência
de melhores indicadores e de mecanismos mais sólidos para a sua recolha foram pontos fortes que constituíram
ponto de partida para o atual Plano.
O Plano Estratégico e de Ação da Universidade de Coimbra para 2015-2019, aprovado pelo Conselho Geral na
generalidade em novembro de 2015 e aprovado na sua versão final, por unanimidade, em março de 2016, consagra
como visão para este quadriénio:
a afirmação da Universidade de Coimbra
como a melhor universidade de língua portuguesa
protagonista de grandes avanços do conhecimento
capaz de atrair os melhores estudantes e professores
e contribuindo decisivamente
para o progresso e bem-estar da sociedade.
Para alcançar o topo com distinção, a Universidade de Coimbra terá de manter a qualidade no centro da sua
estratégia, com os patamares de exigência que se esperam de uma grande Universidade Global.
O novo Plano foi reforçado com a componente de análise prospetiva e exploração de cenários de enquadramento
do ambiente estratégico onde a UC irá competir e cooperar, introduzindo-se a componente de “incerteza” e de
“gestão do risco”. O meio envolvente em que se insere, e com que interage permanentemente, gera oportunidades
e ameaças, influenciando e determinando as suas decisões estratégicas, sendo fundamental a integração de elementos
estruturantes da envolvente global no referencial estratégico.
A Universidade está assim atenta às forças de mudança, às tendências e às incertezas do contexto, avaliando, a cada
momento, o potencial e os riscos que a rodeiam. Com base num conjunto de indicadores precursores definidos –
de que são exemplo o PIB, a taxa de desemprego ou o índice de envelhecimento da população – e partindo de alguns
elementos definidos no processo de construção de cenários – incertezas (evolução da União Europeia, situação do
Brasil, segurança internacional e relação de forças entre ensino e investigação) e tendências (economia, demografia
e ensino) –, a UC, no âmbito do processo de monitorização do PEA.UC 2015-2019, tem vindo a acompanhar a
evolução da envolvente externa de forma mais próxima, permitindo a tomada de decisões mais adequadas a cada
momento.
Sendo a qualidade o fator de diferenciação estratégica que permitirá alcançar a visão definida, o quadro de referência
e as linhas de orientação para o quadriénio 2015-2019 refletem a adoção desta estratégia, mantendo-se a estrutura
em função de dois grupos de pilares estratégicos.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
15
Quadro de referência estratégica 2015-2019 [figura 1]
Os pilares de missão estão diretamente relacionados com os fins essenciais da Universidade – a investigação, o
ensino e a comunidade –, compreendendo este último as áreas de interação da Universidade com a sociedade e com
a envolvente para além da investigação e do ensino. Os pilares de recursos consubstanciam os meios necessários
para atingir aqueles fins, estando organizados em três vertentes – as pessoas, os recursos económico-
-financeiros e as infraestruturas.
Sendo inevitável pensar a afirmação da Universidade de Coimbra num horizonte mais alargado, tal pressupõe o
reforço de dimensões com impacto transversal a todos os pilares. Perspetivar a gestão sustentável das suas atividades
e dos seus recursos a médio e longo prazo, permitindo-lhe responder com eficiência e eficácia às necessidades e
exigências atuais sem colocar em risco o futuro das gerações vindouras, implica planear dimensões que informem a
estratégia como um todo – a internacionalização, a cidadania e inclusão, a marca “Universidade de Coimbra”,
a comunicação e o ambiente.
Para cada pilar e área de sustentabilidade foram definidas as linhas de orientação estratégica a seguir até 2019,
explicitando a respetiva visão, definindo as iniciativas a desenvolver para a alcançar e determinando a(s) meta(s) de
referência. O elenco de indicadores de desempenho e de apoio à decisão que deverão ser acompanhados e
monitorizados completam a formulação estratégica.
Plano Estratégico UC 2015-2019 em números
[quadro 1]
47
iniciativas
estratégicas
20
metas
56
KPI
25 Planos de Ação – 1.009 ações
O quadro de referência encerra em si o ciclo de acompanhamento e avaliação permanente da estratégia, respeitando
os princípios de garantia da qualidade e de melhoria contínua. Este processo dinâmico, integrado no ciclo de gestão
da Universidade de Coimbra, tem-se revelado de grande importância – e mantém-se, com reforço da análise de
desvios e a implementação de ações corretivas que garantam uma maior eficácia, permitindo uma resposta mais
adequada, atempada e eficaz aos desafios que se colocam. Desta forma, assegura-se o desenvolvimento contínuo dos
processos de planeamento, monitorização, avaliação e retroação, com vista à excelência em toda a atuação da UC.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
16
A integração do Plano da Qualidade no âmbito do novo ciclo surge, assim, de forma natural e tem como objetivo
apresentar as principais linhas de orientação com vista à melhoria contínua dos processos e serviços prestados no
contexto de cada um dos pilares de missão e de recursos e das áreas de sustentabilidade.
Para que a ponte entre estratégia e ação seja concretizada, o Plano Estratégico é complementado com o Plano de
Ação institucional, de iniciativa reitoral, que procura concretizar as iniciativas estratégicas elencadas. Destaca-se,
contudo, que alcançar as metas propostas não dependerá apenas destas ações, mas também – e principalmente – do
sucesso do alinhamento das metas e das ações propostas pelas unidades orgânicas e outras unidades, nos seus Planos
de Ação. Este alinhamento estratégico e harmonização entre os diversos níveis foi aprofundado, permitindo
ultrapassar algumas das dificuldades sentidas a este nível no anterior ciclo de planeamento.
É com este quadro estratégico que a Universidade de Coimbra, através do envolvimento de todos os membros da
comunidade académica, conseguirá afirmar a sua visão como uma Universidade Global e como a melhor universidade
de língua portuguesa.
1.3. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ÂMBITO DA CONSOLIDAÇÃO
A estrutura organizativa da UC mantém-se inalterada, com 10 unidades orgânicas de ensino e investigação (Faculdade
de Letras, Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Faculdade de Farmácia,
Faculdade de Economia, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Faculdade de Ciências do Desporto e
Educação Física, Instituto de Investigação Interdisciplinar e Colégio das Artes), uma unidade orgânica de investigação
(Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde) e 9 unidades de extensão cultural e de apoio à formação
(Biblioteca Geral, Arquivo, Imprensa, Museu da Ciência, Centro de Documentação 25 de Abril, Teatro Académico
de Gil Vicente, Estádio Universitário, Biblioteca das Ciências da Saúde e Jardim Botânico). O Tribunal Universitário
Judicial Europeu, embora mencionado nos estatutos, está sem atividade.
Destaca-se ainda o Serviço Integrado de Bibliotecas, que tem como missão principal a gestão de tarefas comuns a
todas as bibliotecas da UC.
A Administração é o serviço de apoio central à governação da UC, sendo constituída por um Centro de Serviços
Comuns e um Centro de Serviços Especializados. Os Serviços de Ação Social constituem também um serviço de
apoio à governação, mas com atuação na esfera do apoio aos estudantes e da ação social universitária e gozando de
autonomia administrativa e financeira.
O Conselho Geral, o Reitor e o Conselho de Gestão constituem os órgãos de governo da UC. Os serviços de apoio
direto aos órgãos de governo dependem do Reitor, coexistindo com estruturas de caráter temporário, para ocorrer
a necessidades não permanentes – observatórios e projetos especiais. De entre as mais recentes alterações,
destacam-se duas: o Instituto Confúcio da Universidade de Coimbra, que reúne todas as condições para contribuir
para a difusão da língua e cultura chinesas, para a melhoria significativa do conhecimento da medicina tradicional
chinesa em Portugal e para a qualificação dos profissionais portugueses que a exercem entre nós, bem como para a
formação de todos os interessados em aprofundar as relações entre Portugal e a China; e o Gabinete do Desporto
da Universidade de Coimbra, criado com o objetivo de garantir, da parte da UC, o desenvolvimento do desporto
universitário e uma organização com sucesso dos EUG 2018 e eventos que os antecedem, na perspetiva dupla de
equilíbrio financeiro, desenvolvimento e consolidação da organização e promoção do desporto e atividade física na
comunidade académica da UC.
O Senado, órgão de natureza consultiva, e o Provedor do Estudante, com funções de defesa e promoção dos direitos
dos estudantes, integram também a estrutura organizativa da UC.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
17
Organograma da Universidade de Coimbra [figura 2]
Há ainda que realçar a existência de mais de trinta centros e unidades de investigação e desenvolvimento integradas
na Universidade, a que acresce um conjunto de outras estruturas autónomas na área do ensino, da investigação e da
ligação à comunidade que integram o perímetro de consolidação.
O carácter multifacetado do Grupo Universidade de Coimbra reflete-se assim numa estrutura de grandes dimensões,
servindo propósitos muito abrangentes e que transcendem largamente as suas missões centrais, com unidades e
serviços fisicamente distribuídos pela cidade, essencialmente concentrados em três áreas:
polo I, na Alta de Coimbra (zona histórica);
polo II, no Pinhal de Marrocos;
polo III, das Ciências da Saúde, em Celas.
Para além destes polos, há ainda unidades integradas noutras zonas da cidade (como a Faculdade de Economia, a
Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física ou o Estádio Universitário) e mesmo fora de Coimbra, como
acontece com o Centro de Estudos Superiores da UC em Alcobaça. Não obstante ser também nos referidos polos
que se localizam a maior parte das entidades que integram o perímetro de consolidação, estas encontram-se um
pouco mais dispersas pelo território da região, destacando-se Cantanhede (instalações do CNC no Biocant) ou a
Sertã (SERQ).
Mas a dimensão da UC não se esgota na sua estrutura organizacional ou na sua implantação física, indo muito além,
se tivermos desde logo em consideração as estruturas que se encontram intrinsecamente a ela ligadas, como é o
caso da Associação Académica de Coimbra – elemento integrante da identidade da UC, estatutariamente
consagrado.
Outro exemplo é o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, entidade com a qual a UC criou o consórcio
Centro Académico Clínico de Coimbra, através de portaria assinada pelos ministros da Saúde e da Educação e
Ciência, em 2015, na Biblioteca Joanina. A 23 de março de 2016, tomaram posse os primeiros órgãos do consórcio,
numa cerimónia que contou com a presença dos novos ministros da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
18
No âmbito da estratégia como Universidade Global, e atendendo ao seu papel na difusão da cultura e da língua
portuguesas, há ainda a destacar um outro consórcio, com a Universidade Aberta, que tem a missão de promover
uma ampla e qualificada oferta de ensino a distância, predominantemente em língua portuguesa, para pessoas situadas
em qualquer lugar do mundo, contribuindo para a valorização da comunidade de língua portuguesa no mundo.
A Universidade de Coimbra participa ainda em centenas de organismos, públicos e privados, com intervenção em
todos os seus domínios de atuação.
O perímetro de consolidação do Grupo Público UC tem também vindo a ser alargado a algumas entidades privadas
relativamente às quais existe uma posição de controlo ou de potencial controlo por parte da UC. São elas os
laboratórios associados CES e CNC e as associações IPN e Exploratório Infante D. Henrique (integradas no
perímetro desde 2011), o IPN – Incubadora e a ADAI (desde 2012), o INESC Coimbra, o ITeCons, o CEDOUA e
a ACIV (desde 2013), e, finalmente, a UC Tecnimed, a UC InProPlant e o SERQ – Centro de Inovação e
Competências da Floresta (desde 2015). Em 2017, o perímetro de consolidação do Grupo Público UC mantém-se
assim com as mesmas 17 entidades, apresentando a seguinte composição a 31 de dezembro:
Universidade de Coimbra
Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra
ICNAS Produção Unipessoal, Lda.
Dendropharma, Lda.
Associação Exploratório Infante D. Henrique
Centro de Neurociências e Biologia Celular
Centro de Estudos Sociais
IPN – Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia
Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial
IPN – Incubadora
Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil
Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente
Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra
Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção
Associação UC InProPlant – Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização
Associação UC Tecnimed – Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização
SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta
Não integram o processo de consolidação cerca de 60 entidades, essencialmente associações privadas sem fins
lucrativos em que a UC participa com vista à prossecução dos seus objetivos, mas que não reúnem as condições
para integrar o perímetro de consolidação (designadamente por serem entidades nas quais não existe participação
financeira nem condição de poder) ou que, reunindo as condições para integrar o perímetro, são entidades não
materialmente relevantes ou entidades que, contabilisticamente, se encontram refletidas nas contas da UC como
investimento financeiro.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
19
1.4. ÓRGÃOS DE GOVERNO E DE GESTÃO
O governo da Universidade de Coimbra é exercido pelo Conselho Geral, pela Equipa Reitoral e pelo Conselho de
Gestão, de acordo com os Estatutos da Universidade de Coimbra. O Senado é um órgão de natureza consultiva e
o Provedor do Estudante assume funções na defesa e promoção dos direitos dos estudantes.
As unidades orgânicas dispõem dos seus órgãos de governo e de direção, cabendo a gestão corrente da
Administração e dos Serviços de Ação Social às respetivas administradoras.
a) Conselho Geral
Na sequência do ato eleitoral para o Conselho Geral ocorrido em dezembro de 2016, realizaram-se em janeiro e
fevereiro as reuniões dos membros eleitos para efeitos da cooptação das personalidades externas deste órgão. Em
março, tomaram posse as dez personalidades externas cooptadas – Esmeralda da Silva Santos Dourado, Fernando
Henrique Lopes da Silva, João Albino Raínho Ataíde das Neves, João Manuel Gaspar Caraça, José Carlos Lopes
Martins, José Luís de Azevedo Cacho, José Luís Meneses Garcia, María del Pilar del Río Sánchez, Maria José Nunes
Pereira e Rui dos Santos Ivo. Na mesma reunião, procedeu-se à eleição do novo Presidente do Conselho Geral,
João Manuel Gaspar Caraça.
Assim, a 31 de dezembro de 2017, o Conselho Geral era constituído por 35 membros: 18 representantes dos
professores e investigadores; 5 representantes dos estudantes; 2 representantes dos trabalhadores não docentes e
não investigadores; e 10 personalidades externas à Universidade de Coimbra.
Das competências deste órgão destacam-se a eleição do Reitor, a apreciação dos atos do Reitor e do Conselho de
Gestão, a proposta das iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da Universidade e a aprovação
das alterações dos Estatutos, ouvido o Senado.
Compete ao Conselho Geral, sob proposta do Reitor, aprovar os planos estratégicos de médio prazo e o plano de
ação para o quadriénio do mandato do Reitor; aprovar as linhas gerais de orientação da Universidade nas diversas
áreas; aprovar o plano e o relatório anual de atividades, a proposta de orçamento e as contas anuais consolidadas,
acompanhadas do parecer do fiscal único, bem como fixar as propinas a pagar pelos estudantes relativamente aos
cursos conferentes de grau. O Conselho Geral pronuncia-se, ainda, sobre outros assuntos que o Reitor submeta à
sua apreciação.
Para além da reunião de membros eleitos já referida, durante o ano de 2017, o Conselho Geral cumpriu as quatro
reuniões ordinárias previstas no art.º 43.º dos Estatutos e emitiu 17 deliberações. As seis Comissões Permanentes
do Conselho Geral realizaram, no total, dezasseis reuniões e mantiveram o Plenário informado sobre o
desenvolvimento da respetiva atuação. Realizaram-se ainda reuniões dos membros externos e da comissão ad hoc
para o Desenvolvimento de Rede de Escolas de Doutoramento.
Reuniões formais realizadas pelo Conselho Geral
[quadro 2]
Plenário/Comissões N.º
Comissão de Cultura Cidadania e Desporto 3
Comissão de Estratégia e Comunicação 5
Comissão de Gestão e Auditoria, Recursos e Sustentabilidade 3
Comissão de Ensino 2
Comissão de Investigação 3
Comissão de Atratividade e Empregabilidade -
Comissão ad hoc para o Desenvolvimento de Rede de Escolas de Doutoramento 1
Membros Externos 1
Plenário 5
Total 23
Dos assuntos analisados e deliberações tomadas em plenário, para além do processo de cooptação, da eleição do
Presidente e da criação e constituição das novas Comissões, destacam-se:
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
20
aprovação do Relatório de Gestão e Contas Consolidado 2016;
ratificação da proposta de Orçamento da Universidade de Coimbra para 2018 e aprovação dos respetivos Mapas
de Pessoal;
acompanhamento da monitorização do Plano Estratégico e de Ação da UC 2015-2019 (dois documentos: um
relativo ao ano de 2016 e outro ao primeiro semestre de 2017);
aprovação da adesão da Universidade de Coimbra ao Consórcio de Escolas de Engenharia de Língua Portuguesa;
aprovação do Relatório de Atividades do Provedor do Estudante 2016;
análise das propostas de fixação de valores das propinas para cursos de 2.º ciclo;
análise da proposta de alteração do artigo 10.º do Regimento do Conselho Geral;
alteração do Regulamento Eleitoral para a eleição dos membros do Conselho Geral.
Em 19 de junho de 2017, em homenagem ao Professor Doutor Mário João de Oliveira Ruivo, membro do anterior
Conselho Geral, falecido em 25 de janeiro de 2017, foi promovida, pelo Conselho Geral e pelo Reitor da
Universidade de Coimbra, uma sessão evocativa subordinada ao tema “Portugal Face aos Desafios do Mar e do
Ambiente”.
b) Reitor
O Reitor é o órgão superior de governo e de representação externa da Universidade.
Entre as competências do Reitor estão, para além da elaboração e apresentação ao Conselho Geral das propostas
referidas anteriormente, tomar as medidas necessárias à garantia da qualidade do ensino, da investigação, do
desenvolvimento e da inovação, superintender na gestão dos assuntos académicos e pedagógicos e dos recursos
humanos, bem como na gestão administrativa e financeira da Universidade e dos SASUC, entre outras.
Membros da equipa reitoral
[quadro 3]
Reitor João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva
Vic
e-R
eit
ore
s
Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira
Luís Filipe Martins Menezes
Madalena Moutinho Alarcão Silva
Vítor Manuel Bairrada Murtinho
Joaquim Manuel Costa Ramos de Carvalho
Maria Clara Moreira Taborda de Almeida Santos
c) Conselho de Gestão
O Conselho de Gestão tem a responsabilidade de conduzir aa gestão administrativa, patrimonial, financeira e dos
recursos humanos da Universidade, assim como de fixar taxas e emolumentos. Nos termos dos Estatutos da
Universidade de Coimbra, este órgão pode ainda delegar nos órgãos próprios das unidades orgânicas e nos dirigentes
dos serviços as competências consideradas necessárias a uma gestão descentralizada e eficiente.
É constituído pelo Reitor, que o preside, por um Vice-Reitor por ele designado e pelo Administrador da
Universidade. O Reitor pode ainda designar até mais dois elementos, podendo ser convocados para participar nas
reuniões do Conselho de Gestão, sem direito de voto, os Diretores das Faculdades e de outras unidades orgânicas,
os responsáveis pelos serviços da Universidade e representantes dos estudantes e do pessoal não docente e não
investigador. Durante o ano de 2017, este órgão foi composto pelos membros elencados no quadro seguinte.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
21
Membros do Conselho de Gestão da Universidade de Coimbra
[quadro 4]
Reitor
João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva
Vice-Reitor Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira
[até 11 de junho de 2017]
Vice-Reitor Luís Filipe Martins Meneses
[a partir de 12 de junho de 2017]
Administradora
Teresa Manuela Martins Antunes
O Conselho de Gestão realizou 8 reuniões no ano de 2017 procedendo ao acompanhamento da situação orçamental
e consequente aprovação de medidas de execução orçamental, à aprovação do modelo de distribuição orçamental
interna, à aprovação de relatórios de gestão e de contas de gerência, à atribuição de fundos de maneio, à aprovação
da alteração da tabela de taxas de utilização de instalações da UC e a assuntos relativos a propinas (cobrança coerciva
e recuperação de créditos), entre outras.
Destaca-se ainda que, em maio de 2017, foi alterado o Regulamento Geral dos Serviços de Ação Social da
Universidade de Coimbra, passando a consagrar um órgão coletivo próprio dos SASUC, com composição e funções
similares ao Conselho de Gestão da Universidade, presidido também pelo Reitor, mas incluindo o Administrador
dos SASUC e permitindo a designação do Vice-Reitor que está mais próximo desses mesmos serviços, dando uma
melhor operacionalidade ao órgão. O Conselho de Gestão dos SAS realizou sete reuniões ao longo do ano,
destacando-se, de entre os assuntos tratados, a aprovação do seu Regimento; a aprovação do relatório de gestão e
contas de 2016 dos SASUC; a análise e acompanhamento da situação orçamental; a aprovação da tabela de preços
das residências universitárias, bem como a fixação de preços de outros serviços prestados pelos SASUC, incluindo
a diferenciação de preços a praticar para a comunidade externa à UC.
No entanto, a responsabilidade pela preparação dos documentos consolidados do Grupo UC cabe ao Conselho de
Gestão da Universidade de Coimbra.
d) Senado
O Senado é um órgão de natureza consultiva que coadjuva o Reitor na gestão da Universidade de Coimbra, em
especial no que se refere à coordenação das atividades de investigação científica, de oferta educativa, de
desenvolvimento e inovação, à gestão da qualidade, à mobilidade de professores e estudantes no seio da
Universidade, às relações internacionais e à gestão dos recursos financeiros e dos espaços pertencentes à
Universidade.
Integram o Senado, o Reitor, que preside, os Diretores de todas as unidades orgânicas, um estudante por cada
unidade orgânica de ensino e investigação e dois trabalhadores não docentes e não investigadores. A 31 de dezembro,
o Senado era composto por 24 elementos.
No ano de 2017, o Senado realizou 11 reuniões, apreciando documentos e dando pareceres, nomeadamente sobre
as seguintes matérias:
Plano Estratégico e de Ação;
Regulamentos e documentos orientadores;
Orçamento e outros assuntos de índole financeira;
Criação e extinção de cursos conferentes de grau;
Doutoramentos honoris causa;
Fixação de propinas;
Ação social e bolsas;
Atribuição de prémios.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
22
e) Provedor do Estudante
O Provedor do Estudante tem como função a defesa e promoção dos direitos e interesses legítimos dos estudantes
da Universidade de Coimbra. O Provedor é designado pelo Conselho Geral, sob proposta do Reitor, depois de
ouvido o Senado, para um mandato de três anos, de entre pessoas de comprovada reputação, credibilidade e
integridade pessoal junto da comunidade universitária e, designadamente, junto dos estudantes.
Desempenhou as funções de Provedor do Estudante em 2017, José Luís Ferreira Afonso, no seu segundo mandato,
conforme renovação aprovada pelo Conselho Geral em 2016.
No ano de 2017, registaram-se 378 comunicações ao Provedor do Estudante, o que representou um decréscimo de
1,6% face às 384 comunicações do ano anterior, tendo-se realizado ainda 176 audiências (menos 33 do que em
2016). Do total de comunicações, 362 foram individuais e 16 provieram de grupos de estudantes ou de instituições
representativas de estudantes, e 94,4% foram feitas por estudantes atualmente inscritos, cabendo as restantes a
candidatos à UC e a antigos estudantes.
As comunicações registadas versaram sobre 518 assuntos e dizem essencialmente respeito a pedidos de consultas
ao Provedor (51,4%), pedidos de apoio (35,3%), a reclamações (13,1%) e sugestões (0,2%). Agrupando as
comunicações por assunto, constata-se que a maioria (47,7%) corresponde a assuntos académicos.
Assuntos abordados nas comunicações ao Provedor do Estudante
[quadro 5]
Assunto N.º %
Académico 263 47,7%
Ação Social 29 5,3%
Financeiro 97 17,6%
Pedagógico 162 29,4%
Total 551 100%
Os utentes do Provedor do Estudante são maioritariamente estudantes inscritos em cursos de 1.º ciclo (40,2%) e
de mestrado integrado (27,3%) e, na sua grande maioria, são estudantes nacionais (87,0%).
1.5. SISTEMA DE GESTÃO
Na afirmação como a melhor universidade de língua portuguesa, a Universidade de Coimbra tem vindo a desenvolver
um sistema que suporta a gestão global da instituição, promovendo o alinhamento dos processos de planeamento,
monitorização, avaliação e melhoria contínua, com o objetivo de produzir informação de apoio à tomada de decisão,
contribuindo para a promoção de uma cultura de qualidade.
O Sistema de Gestão da UC integra assim o conjunto articulado de processos, documentos, sistemas de informação
e outros instrumentos de apoio ao planeamento, execução, monitorização, avaliação e melhoria contínua das
atividades desenvolvidas, com vista à satisfação global das diferentes partes interessadas, tendo como principal
objetivo a excelência da instituição em todas as áreas de atuação. Este sistema assegura, numa vertente mais interna,
a melhoria contínua dos processos e, numa vertente externa, procura dar cumprimento aos requisitos de reporte
do desempenho à sociedade, aspeto essencial no âmbito do funcionamento das IES. Com um percurso de mais de
uma década, inicialmente circunscrito à Administração, evoluiu, desde 2011, para se afirmar gradualmente como o
sistema de suporte à gestão estratégica e operacional da UC, sendo por isso transversal a todas as estruturas.
Atualmente o SG.UC está alinhado com os requisitos definidos na norma ISO 9001, bem como com os referenciais
para sistemas internos de garantia da qualidade em IES. Promove a abordagem por processos, inspirando-se no ciclo
PDCA (Plan, Do, Check, Act), e está certificado pela A3ES – Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior,
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
23
na sequência do processo de avaliação desenvolvido em 2014, e pela The International Certification Network (IQNet),
no seguimento das auditorias externas anuais que avaliam o cumprimento dos requisitos ISO 9001.
Este sistema tem como elementos basilares o Plano Estratégico e de Ação, do qual é parte integrante o Plano da
Qualidade, bem como o Manual do Sistema de Gestão. Estes documentos orientam globalmente o funcionamento
da UC e do próprio sistema de gestão, e suportam a definição e operacionalização dos processos.
O SG.UC tem subjacente o pensamento baseado em risco, nomeadamente através da integração da componente de
análise e gestão do risco no Plano Estratégico e de Ação, que permite antecipar (potenciais) riscos e oportunidades
e, assim, orientar – ou reorientar – as ações definidas; tem ainda subjacente, na monitorização dos Planos de Ação
de cada unidade, a existência de uma área de análise qualitativa referente à evolução verificada em cada período,
com justificação de desvios e com identificação de ações de melhoria a desencadear nos períodos seguintes. A gestão
do risco reflete-se ainda na prática de elaboração de um relatório anual de autoavaliação por cada unidade e serviço,
com o objetivo de promover a reflexão crítica sobre as atividades desenvolvidas, em particular as que se relacionam
com a melhoria contínua, através de uma análise SWOT simplificada. Como output, definem-se ações a privilegiar no
ciclo de melhoria contínua seguinte, com vista à otimização e eficiência dos processos, promovendo a adequada
articulação entre os processos de autoavaliação e planeamento.
Em alinhamento com esta cultura de planeamento, monitorização e avaliação, a Universidade de Coimbra privilegia,
na sua estratégia, a definição e implementação de medidas de modernização administrativa referentes à
desburocratização, qualidade e inovação, e, em especial, promotoras da disponibilização de serviços prestados de
forma digital. Entre estas, merecem destaque no ano de 2017:
a. Mecanismos de audição e participação
A UC garante que a sua atividade se orienta para a satisfação das necessidades das partes interessadas, internas e
externas, assegurando a sua auscultação e adequada participação na melhoria contínua dos serviços prestados. Assim,
para além de proporcionar a participação das partes interessadas no processo de planeamento estratégico, a UC
promove a disponibilização de mecanismos online que facilitam a recolha da opinião e a otimização da gestão do
processo de melhoria contínua. Nesse contexto, a UC tem a funcionar, desde 2011, o SIM@UC – Sistema Integrado
de Melhorias da Universidade de Coimbra, um sistema de gestão de elogios, sugestões e reclamações que assenta
numa plataforma web destinada à receção, tramitação e monitorização destes processos, estando acessível em todas
as páginas web do universo uc.pt. Através deste sistema, a UC disponibiliza os meios informáticos que permitem
apresentar elogios, sugestões e reclamações no próprio local de atendimento, mas também à distância. O SIM@UC
tem sido otimizado de ano para ano, permitindo melhorar a eficiência e eficácia na tramitação e monitorização dos
processos, o que se traduziu, em 2017, na melhoria da qualidade das respostas, tempos de resposta e apuramento
da informação essencial para os processos de tomada de decisão. Para além do SIM, a UC disponibiliza mecanismos
de avaliação da satisfação, através da aplicação de inquéritos, em especial a estudantes. Na sequência da reflexão
interna sobre os resultados destes inquéritos tem sido possível identificar ações de melhoria, muitas delas já
implementadas ou em implementação, como por exemplo a otimização da rede de bibliotecas, o ajuste de planos de
estudo, a melhoria das instalações, o alargamento de horários de funcionamento, etc. Atualmente estão em curso
práticas regulares de comunicação dos resultados destes inquéritos e das ações de melhoria daí decorrentes, tendo
sido criada uma página web especialmente dedicada a este propósito, implementada em 2017. A otimização gradual
dos processos, suportada particularmente pela informação recolhida junto das partes interessadas, tem vindo a
traduzir-se:
no aumento do número de elogios (de 116 em 2015 para 141 em 2017);
na diminuição do número de reclamações (de 721 em 2015 para 589 em 2017).
b. Acolhimento e atendimento aos cidadãos
A UC tem vindo a melhorar globalmente a divulgação online da informação sobre os locais, modalidades e horários
de atendimento. Tem ainda privilegiado a implementação e otimização de sistemas de gestão de atendimento
adequados às necessidades das várias estruturas. A este nível destaca-se o Serviço de Gestão Académica, estrutura
da UC que assegura o maior número de atendimentos a partes interessadas internas e externas, e que tem vindo a
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
24
otimizar as modalidades de atendimento telefónico, presencial e online, de modo a responder adequadamente às
necessidades de candidatos a estudantes, estudantes e antigos estudantes. Assim, o atendimento presencial está
atualmente distribuído por 5 centros, localizados em várias zonas da cidade e com horários alargados, sendo
suportado por um sistema de gestão de filas que permite a monitorização, via internet, da sua evolução, possibilitando
uma melhor gestão do tempo dos potenciais utilizadores. Relativamente ao atendimento por correio eletrónico,
este é suportado pelo preenchimento de um formulário online que permite solicitar certidões e diplomas,
informações sobre assuntos académicos, registar sugestões, reclamações e agradecimentos, etc., permitindo
processar de modo mais eficiente e eficaz o elevado volume de mensagens recebidas diariamente, proporcionando
um serviço de maior qualidade.
A preocupação com o acolhimento e atendimento aos cidadãos não se verifica apenas nas condições operacionais,
mas também ao nível das condições físicas em que o atendimento decorre. Assim, a melhoria global de instalações,
equipamentos e infraestruturas que tem vindo a ser promovida pela UC, incluindo a melhoria da acessibilidade física,
nomeadamente através da execução dos planos de reabilitação e conservação dos espaços, tem contribuído para a
conservação qualificada numa perspetiva de longo prazo. A este nível destaca-se o aumento dos gastos por m2 em
conservação (de 4,90€/m2 em 2016 para 6,02€/m2 em 2017) com vista a atingir níveis adequados de conservação e
qualificação. Destacam-se, no capítulo 3.3, algumas intervenções consideradas prioritárias e desenvolvidas em 2017
no âmbito do património edificado.
c. Comunicação administrativa
A UC tem vindo a otimizar os processos de comunicação, a nível interno e externo, em contínua adaptação à rápida
evolução do contexto. Assim, tem apostado na criação e otimização de formulários, nomeadamente eletrónicos, que
disponibiliza a utilizadores internos e externos. Deste modo, tem vindo a contribuir para evitar deslocações
desnecessárias, através da disponibilização de alternativas de atendimento online, com impacto positivo na recolha
de informação de modo estruturado e padronizado, o que tem contribuído para a diminuição dos tempos de resposta
e para a qualidade global do serviço. A este nível merece destaque:
o desenvolvimento do módulo de requerimentos online na principal plataforma de interface com os estudantes e
antigos estudantes da UC – Inforestudante, cujas funcionalidades têm vindo a ser gradualmente alargadas,
nomeadamente através da disponibilização, em 2017, de 10 novos tipos de requerimentos;
a tradução para inglês da informação apresentada em todos os formulários de requerimento online, disponíveis
na plataforma Inforestudante.
d. Divulgação de informação administrativa
A UC disponibiliza, através do seu sítio na internet, de forma periódica e atualizada, informação pública relevante,
designadamente a relacionada com o seu funcionamento, de cumprimento dos requisitos legais e outra de interesse
global, face à sua missão e áreas de atuação. De modo a assegurar continuamente a promoção da simplificação e
melhoria dos conteúdos das páginas web, está a ser desenvolvido um novo layout, devidamente adaptado à
organização interna e às necessidades das partes interessadas externas, com o objetivo de permitir uma consulta
mais simples, fácil e intuitiva dos conteúdos. A este nível merece ainda destaque: a definição de um modelo de
recolha, sistematização e divulgação da informação referente à prestação de serviços à comunidade, que passará a
ficar disponível, de forma alinhada entre as diferentes unidades orgânicas, na página web, bem como a tradução dos
conteúdos mais relevantes disponíveis nas páginas web para inglês e, sempre que adequado, para mandarim.
e. Simplificação e otimização de procedimentos
A UC tem vindo a promover a simplificação e otimização de vários procedimentos:
a entrada em funcionamento, em novembro, do novo sistema de gestão de deslocações em serviço, desenvolvido
pela Administração no âmbito do Projeto de Modernização Administrativa da UC (PMA-UC). Este novo sistema
representa ganhos de eficiência significativos, melhorando a comunicação com os intervenientes do processo,
com impacto ao nível da diminuição substancial da antecedência necessária para efetuar o pedido, na grande
maioria dos casos para apenas um dia útil, em vez do prazo mínimo de 14 dias úteis em vigor até então;
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
25
a entrada em funcionamento, em setembro, do novo sistema de gestão dos cartões de identificação e de acesso
às instalações da UC, desenvolvido pela Administração da UC. Este novo sistema, completamente
desmaterializado, permite ganhos significativos de tempo na emissão de cartões, que passou a ser de cinco dias
úteis, e respetiva entrega nos locais de proximidade definidos, após emissão, evitando que docentes, estudantes
e pessoal técnico tenham de se deslocar para requisitar ou receber o seu cartão de identificação;
desmaterialização do processo de deteção de plágio dos trabalhos entregues pelos estudantes no âmbito das
unidades curriculares que frequentam. Nesta componente foi implementado um software de deteção de plágio
que permite aos docentes, de forma automática, validar qual a taxa de plágio associado a cada trabalho entregue
no sistema de gestão académica utilizado na UC, bem como obter relatório detalhado com os resultados da
análise;
simplificação da tramitação dos concursos de professores, que deixaram de demorar mais de um ano após
publicação do edital para demorar cerca de seis meses, apesar da introdução generalizada das entrevistas, graças
à marcação prévia das reuniões, notificações por edital, calendarização muito precisa e suporte detalhado pela
Administração da UC;
simplificação dos inquéritos pedagógicos, permitindo uma resposta mais simples e com mais significado;
desmaterialização do processo de envio de dados para a A3ES. Nesta componente, foi assegurado o desenho e
implementação de mecanismos de recolha e submissão de informação relativa às fichas curriculares de docentes
necessárias no âmbito dos processos de avaliação institucional e avaliação dos ciclos de estudos;
desmaterialização do processo de candidatura dos estudantes estrangeiros aos cursos de língua portuguesa para
estrangeiros da Faculdade de Letras, através da criação de formulários eletrónicos que se encontram acessíveis
na página web da Faculdade;
desmaterialização do processo de pedido de atribuição e monitorização do estatuto de estudante-atleta da UC
para participação no desporto universitário;
continuação da desmaterialização progressiva da gestão dos processos de mobilidade de estudantes no sistema
de informação académica Nónio, em consequência dos fluxos crescentes de mobilidade;
desmaterialização das candidaturas aos serviços de apoio à infância e a alojamento no regime de estudantes de
mobilidade e estudante internacional, no âmbito do desenvolvimento dos processos de interoperabilidade e de
desenvolvimento dos sistemas de informação, cujo grau de implementação, no final de 2017, se situava em 53,9%;
implementação de meios automáticos de pagamento, através da implementação de recebimentos com referências
multibanco para os SASUC e de pagamentos com Cartão UC nas lavandarias self-service;
publicação do Regulamento de Prestação de Serviço Docente da UC, que veio contribuir para libertar os
docentes de carreira de algumas atividades delegáveis;
desenvolvimento do sistema informático GIAF para a gestão de stocks, permitindo a movimentação de artigos
por lote nos SASUC;
simplificação do processo de candidaturas através do sistema de informação Nónio, para o regime “Estudante
Internacional”, permitindo aos candidatos selecionar até 6 cursos com apenas uma candidatura à UC, com
impacto ao nível da maximização da ocupação de vagas e procura por parte dos candidatos que ficou assim mais
facilitada;
incremento das categorias de documentos em suporte digital no Inforgestão, e consequente obrigatoriedade de
inserção dos documentos na ficha de cada estudante, minimizando a necessidade de consulta do processo
individual em papel;
catalogação e informatização por código de barras de 30.000 processos individuais de estudantes, permitindo a
sua gestão através do programa de “Arquivo Académico”, com impacto ao nível da sua manutenção, tornando
os processos rastreáveis, com possibilidade de pesquisa e de registo de entrada e saída; reorganização automática
após cada fase de candidaturas (novos estudantes e processos individuais) e final do ano letivo (novos diplomados
e potenciais saídas da UC);
implementação de um sistema de descoberta em 74% das bibliotecas da UC, que maximiza o valor e a utilização
das coleções e dos recursos digitais das bibliotecas da UC, através de um serviço intuitivo de pesquisa integrada,
resultando num aumento de pesquisas;
adoção de sistema de automatização de tarefas de instalação e de configuração de sistemas de informação, que
veio, por um lado, acelerar a execução das tarefas de instalação e configuração, e por outro, garantir que os
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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procedimentos são executados sempre da mesma forma. Com esta ação obteve-se um ganho claro devido à
minimização dos erros que decorriam quando os procedimentos não eram executados de forma automática;
conclusão da implementação, nas redes geridas centralmente, do modelo único de gestão de redes
departamentais. Com esta ação, eliminaram-se configurações obsoletas passando para um modelo de rede único,
bem documentado e conhecido por todos os técnicos.
Estão assim criadas as condições para que o SG.UC alcance o estatuto de catalisador da melhoria contínua da
organização em todas as áreas de atuação, sublinhando-se, uma vez mais, o compromisso assumido
institucionalmente com vista à prossecução da promoção de uma cultura global de qualidade, transversal a toda a
Universidade de Coimbra, e com impacto na promoção e implementação de medidas de modernização
administrativa.
Além da certificação geral do sistema de gestão, o Grupo UC possui inúmeras acreditações e certificações, nos mais
variados âmbitos de atuação das entidades que o constituem. Em 2017, esse leque foi alargado, por exemplo, com a
certificação dos laboratórios LABGEO e LED&MAT do IPN pelo Instituto Português de Acreditação segundo a
norma de Acreditação de Laboratórios NP EN ISO/IEC 17025 (requisitos gerais de competências para laboratórios
de ensaios e calibração), bem como a apreciação positiva resultante da auditoria pela US Food and Drugs Administration
ao LED&MAT; ou, no caso do CNC, com a certificação em boas práticas laboratoriais para Ensaios In Vitro
Toxicológicos atribuída pelo INFARMED ao Laboratório de Reprodução Humana do CNC, tornando assim o CNC
o único centro de I&D com esta certificação em Portugal. De realçar ainda, no caso do CNC, que o empenho e a
eficácia da implementação da norma EN ISO 9001:2015 pelos laboratórios do CNC mereceram, em auditoria da
APCER, o reconhecimento de um sistema "sólido" e sem qualquer "não conformidade" ou "área sensível".
2017
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
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2. PLANO EST RAT ÉGICO E DE AÇÃO – MONITORIZAÇÃO 2017
No âmbito do processo de acompanhamento e monitorização do Plano Estratégico e de Ação da Universidade de
Coimbra 2015-2019 (PEA.UC), apresentam-se os resultados alcançados em 2017 para os indicadores que foram
objeto de definição de metas, com o objetivo de aferir a evolução ocorrida, bem como o impacto das iniciativas e
ações desenvolvidas.
Tendo-se consolidado, no período de vigência do anterior Plano Estratégico, um substancial aumento quantitativo
da produção científica da UC, a meta do pilar estratégico de investigação para o horizonte temporal 2015-2019
centra-se na sua qualidade, consolidando-se agora uma produção científica de excelência e de reconhecido prestígio,
nacional e internacional. Efetivamente, sendo a investigação o motor das grandes universidades, a Universidade de
Coimbra para ser global não pode descurar a aposta forte e o investimento neste pilar de missão.
O apuramento do indicador referente à meta definida para este pilar de missão, baseado no número de artigos da
UC publicados nas 25% revistas de maior impacto no quinquénio 2012-2016, mostra a continuação de tendência de
evolução positiva, com um crescimento de 4,17% face ao quinquénio anterior. Continua a registar-se alguma redução
no ritmo de crescimento, mas a meta encontra-se muito próxima, sendo expectável que seja atingida até ao final do
período de execução do atual PEA.UC.
Observando os outros dois indicadores de apoio à decisão definidos neste âmbito, constata-se igualmente uma
evolução bastante positiva. Efetivamente, as publicações da UC nas 10% revistas com maior impacto aumentaram
4,43% e no top 1% o crescimento foi de 1,09%.
Por área científica, e cingindo a análise ao resultado alcançado no indicador de meta, as áreas onde se registaram
mais artigos da UC publicados em revistas no top 25% de impacto mantiveram-se em 2013-2017, comparativamente
ao quinquénio anterior: a “Medicina Clínica” (1.440 publicações) e a “Física” (734). A área da “Engenharia” (514)
troca de posição com a “Química” (462). No conjunto, estas quatro áreas foram responsáveis por 52,9% do total
de artigos publicados em revistas do top 25%, de entre um total de 22 áreas.
Do ponto de vista dos acréscimos relativos, o maior regista-se, à semelhança dos anos anteriores, nos artigos
multidisciplinares (+52,9%). Mas no top das áreas com maior acréscimo não se mantém nenhumas das áreas do ano
anterior, registando a “Ciência da Computação” o segundo maior acréscimo (+25,2%), a que se segue a área de
“Psiquiatria e Psicologia” (+24,1%), depois de no ano passado ambas terem registado decréscimos face ao quinquénio
anterior. Completam o top 5 de áreas com maior crescimento a “Economia e Gestão” (+20,0%) e “Engenharia”
(+19,8%). Em sentido inverso, e pelo segundo ano consecutivo, a área de “Imunologia” regista a maior diminuição
(-7,7%), seguida das áreas de “Física” (-5,4%), “Ciências do Espaço” (-4,8%), “Geociências” (-2,7%) e “Química”
(-2,3%).
O desafio de ser uma Universidade Global obriga a uma ainda maior exigência no ensino, que deve começar desde
logo na captação, procurando a UC atrair os melhores estudantes. Um acréscimo sustentado nos indicadores deste
pilar representará o corolário dos esforços coletivos de toda a Universidade numa diferenciação pela qualidade, e
terá um forte impacto na sua sobrevivência ao inverno demográfico que se espera nos próximos anos, em articulação
com a estratégia de internacionalização em curso.
O aumento da atração dos melhores estudantes candidatos ao ensino superior público universitário constitui assim
uma das metas do PEA.UC. Com base nos dados da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso de 2017 e aplicando
a metodologia definida, conclui-se que a Universidade de Coimbra se encontra posicionada em 4.º lugar no universo
das instituições de ensino superior nacionais (ensino universitário e ensino politécnico), registando uma taxa de
captação de 7,6%, com 999 dos 25% melhores candidatos a escolherem a UC em primeira opção no CNA.
Comparativamente ao ano anterior registou-se um acréscimo no número absoluto – de 982 no Concurso Nacional
de Acesso de 2016 para os referidos 999 em 2017 –, mas uma redução na taxa de captação – de 7,9% para 7,6%.
Em termos de posicionamento relativo, a UC manteve-se na quarta posição, continuando a Universidade do Porto
a destacar-se no topo da tabela, com uma taxa de captação de 31,4% (colhendo as preferências de 4.119 dos 25%
melhores candidatos a nível nacional) – inferior à registada no ano anterior – 33,2%. As posições seguintes mantêm-
-se também sem alterações, com a Universidade de Lisboa e da Universidade Nova de Lisboa a apresentarem taxas
de 22,6% (22,4% em 2016) e 13,4% (14,1% no ano anterior), respetivamente. Imediatamente a seguir à UC, com
7,5%, encontra-se a Universidade do Minho, que regista um acréscimo significativo face a 2016 (taxa de 6,8%), ficando
agora a apenas 1 p.p. da taxa de captação de melhores candidatos alcançada pela UC. Atendendo à meta definida no
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pilar ensino do Plano Estratégico e de Ação, e apesar da descida da taxa de captação registada em 2016, regista-se
um acréscimo de 15,8% no número absoluto dos 25% melhores candidatos ao CNA que escolhem a Universidade
de Coimbra comparativamente ao ponto de partida – de 863 em 2014 para 999 em 2017.
Observando o comportamento na outra meta do pilar ensino, constata-se que, depois da diminuição ocorrida no
ano letivo anterior, se volta a registar um acréscimo do número de estudantes de doutoramento, com mais 25
estudantes no ano letivo 2016/2017 (1,0%). Com este aumento, a UC volta a aproximar-se da situação inicial
(2013/2014), mas não consegue recuperar da quebra registada no ano letivo 2015/2016 e mantém-se afastada da
meta estabelecida – 3.047 estudantes de doutoramento.
A diversidade de metas no pilar estratégico comunidade procura espelhar a grande abrangência de áreas que
representam contributos ativos da UC para o desenvolvimento, progresso e bem-estar da sociedade, e que vão da
inovação e empreendedorismo à cultura e ao desporto, passando pelo património e pelo turismo, pelas redes e
parcerias e pela comunidade local – incluindo todas as forças vivas da cidade, onde se inscreve, naturalmente, a
Associação Académica de Coimbra –, sem esquecer os antigos estudantes. Todos estes aspetos se conjugam para
justificar a singularidade da Universidade de Coimbra!
O número de comunicações de invenção (invention disclosures) anuais – comunicações solicitadas por investigadores
da UC que têm um resultado de investigação passível de valorização comercial – registou em 2017 o valor de 30,
correspondente a um acréscimo de 15,4% face a 2016 e ao maior valor registado no período em análise.
Comparativamente à situação de partida, o número de comunicações anuais de 2017 continua bastante superior ao
registado na situação de partida – 20 comunicações de invenção em 2014 –, com um acréscimo de 50%. E mantendo-
-se a tendência dos últimos três anos, a UC alcançará a meta definida para o ano de 2019 (registar pelo menos 24
comunicações de invenção anuais).
A partir da monitorização do ano 2016, foi necessário introduzir um desfasamento temporal para a obtenção dos
dados de cada ano dos indicadores associados à atividade das spin-offs, apresentando os dados no ano N apenas na
monitorização final do ano N+1 (e não na monitorização intermédia do 1.º semestre do ano N+1), dado o elevado
volume de informação a analisar, de acordo com a informação do IPN, responsável por esta monitorização. Assim,
no que respeita à atividade das 116 spin-off da UC registadas a 31 de dezembro de 2016, verifica-se um acréscimo
do volume de negócios de 14,7% face a 2015, resultante de um aumento absoluto de 11,4M€ neste indicador; desta
forma, a UC encontra-se a apenas 1,4M€ de atingir a meta estabelecida no âmbito do PEA.UC. Realça-se ainda que,
analisando outros KPI neste âmbito, foram criadas 5 spin-off em 2017 (atingindo-se um total acumulado de 121) e o
número total de empregos registou um acréscimo de 1,5% entre 2015 e 2016.
A atividade cultural da Universidade de Coimbra manteve-se bastante intensa, como é espelhado, por exemplo, no
Plano de Ação Reitoral, e constata-se um maior envolvimento dos estudantes neste âmbito nos últimos anos, depois
de uma acentuada quebra registada em 2015. O número de estudantes integrados em atividades culturais da UC
registou um acréscimo de 18,2% face a 2016, acréscimo ainda insuficiente para recuperar o valor alcançado em
2013/2014 e para alcançar a meta definida (171). No entanto, a revisão do Regulamento do Estatuto de Estudante
Integrado em Atividades Culturais da UC, processo iniciado no final de 2017, e o pleno funcionamento do
Observatório da Cultura, dedicado à monitorização da atividade cultural na UC, contribuirão para uma melhoria
deste indicador no futuro.
No que respeita ao desporto – uma das áreas de atuação da Universidade que tem registado uma significativa
transformação na sua organização, fruto de um trabalho conjunto muito intenso com a AAC –, constata-se que o
número de estudantes atletas de alto rendimento e atletas da UC registou um significativo aumento em 2016/2017
face ao ano anterior. Neste último ano registou-se mesmo o maior valor deste indicador no período em análise
(desde 2013/2014), o que resultará do acréscimo de visibilidade desta área de atuação da UC. Com a organização
dos EUG 2018 – o maior evento multidesportivo de sempre em Portugal, digno de uma Universidade Global –, com
a organização de eventos prévios aos EUG 2018, como Campeonatos Europeus Universitários de Judo, Karaté e
Taekwondo, realizados em 2017, e com a reabilitação das infraestruturas desportivas da UC, resultante de um forte
investimento na recuperação do Estádio Universitário, será expectável que o número de estudantes atletas captados
pela UC registe um significativo acréscimo, contribuindo para alcançar a meta definida.
O último indicador constituído como meta no âmbito do pilar comunidade resulta da importância crescente da
atividade turística para a UC, baseada no seu importante património histórico, cultural e arquitetónico – distinguido
como Património Mundial pela UNESCO, sendo uma das cinco universidades no mundo classificadas como
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
31
Património Mundial –, e na maior valorização social e económica deste património. A receita com origem nas visitas
aos espaços turísticos da UC (circuito turístico) ultrapassou os 4,6M€, correspondente a um acréscimo de quase
50% face ao ano anterior (mais precisamente, 48%). O valor alcançado em 2017 representa já cerca de 2,6 vezes o
valor de partida (2014), estando a meta definida para o final do período de vigência do PEA.UC 2015-2019 (2,7M€)
plenamente ultrapassada.
Uma das iniciativas estratégicas em que assenta o pilar pessoas corresponde à renovação do corpo docente, com
patamares de exigência de nível global, assumido como um dos desígnios centrais até 2019, dado o envelhecimento
que se tem vindo a verificar neste grupo de pessoal nos últimos anos. Analisando o indicador de número de docentes
e de investigadores de carreira com idade inferior a 40 anos constata-se uma significativa redução entre 2016 e 2017
– de 71 para 55, correspondente a uma diminuição de 22,5% –, contrariando o sentido da meta estabelecida no
âmbito do PEA.UC. Comparando os dados dos dois últimos anos, constata-se que 15 docentes e investigadores de
carreira tinham 39 anos em 2016, tendo transitado para o escalão etário 40-49 anos em 2017, ao completar 40 anos,
o que contribuiu para a redução verificada. De igual forma, a média etária registou um acréscimo de 52,19 para 53
anos.
No entanto, decorre já, desde o final de 2017, a aplicação em pleno do plano plurianual de contratação de docentes
da UC, com a abertura de várias dezenas de concursos, após a publicação do regulamento de recrutamento e
contratação de pessoal docente da UC e do regulamento de prestação de serviço dos docentes da UC. Este
programa de contratação de docentes, tendo por base um modelo que recorre à análise das reformas e jubilações
estimadas para os dois anos seguintes, afigura-se como um relevante instrumento de concretização da estratégia de
recrutamento e contratação, sendo determinante para a atração e manutenção dos melhores docentes, contribuindo
para uma evolução positiva destes valores nos próximos anos.
No que concerne ao pessoal técnico, a criação do plano pessoal de desenvolvimento, instrumento que se espera
venha a ter um papel importante na definição de perspetivas de evolução profissional e pessoal, no quadro de uma
cultura organizacional que potencie a igualdade de oportunidades e um tratamento harmonioso entre todos,
encontra-se atualmente em fase preparatória, no âmbito do intenso processo que está em curso de atualização do
SIADAP em que se destaca a publicação do Regulamento de aplicação da Lei n.º 66-B/2007, de 28/12, na UC
(SIADAP-UC) e a condução do processo de progressão nas carreiras, resultante do seu descongelamento, a
decorrer em 2018, que contribuirá para a iniciativa estratégica de promoção de uma cultura organizacional que
respeite e promova a igualdade de oportunidades e de tratamento.
O reforço do financiamento competitivo, através da diversificação e captação ativa de fontes de receita alternativas
que assegurem o equilíbrio económico-financeiro, com particular destaque para os programas de financiamento
2020, é o principal foco do pilar de recursos económico-financeiros.
Em 2017, registou-se uma redução do volume de receita arrecadada angariada competitivamente pela UC para o
desenvolvimento de atividades, iniciativas ou projetos através de subsídios, mecenato ou prestação de serviços,
cifrando-se nos 24,37M€, o que corresponde a um decréscimo de 30,4% face ao valor arrecadado em 2016.
A redução de receita resultante do encerramento, nos últimos anos, de um elevado número de projetos do quadro
de financiamento anterior, não foi ainda compensada pela receita de novos projetos aprovados, que se encontram
numa fase ainda muito inicial de execução.
Analisando os dados mais detalhadamente, as principais reduções verificaram-se nos projetos de infraestruturas
(redução de cerca de 5,7M€, correspondente a -93,9%) e na investigação nacional (quebra de 5,5M€, -49,2%).
Por outro lado, verificaram-se acréscimos nas receitas de projetos de mobilidade (+0,65M€, correspondente a um
acréscimo de 43,1%), e de prestações de serviços (aumento de 0,37M€, +34,2%).
Por fim, refira-se ainda que a redução de financiamento competitivo teve impacto quer no total de receita arrecadada
pela UC em 2017, quer na alteração da estrutura de financiamento, diminuindo o peso das outras receitas (em que
se inclui o financiamento competitivo) e aumentando o peso do financiamento público (OE) e das propinas.
Relativamente à meta de volume de financiamento contratualizado nos programas 2020, foi atingido o valor
acumulado de 46,76M€, o que representa praticamente o dobro do valor alcançado no final do ano de 2016.
Este acréscimo resulta da contratualização de um total de 22,82M€ em 2017, distribuídos da seguinte forma:
14,20M€ no Centro 2020, 5,43M€ no Portugal 2020 e 3,19M€ no Horizonte 2020. A destacar, com os maiores
valores de financiamento contratualizado ao longo do ano de 2017, projetos como o MATIS – Materiais e Tecnologias
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Industriais Sustentáveis, o BIN – National Brain Imaging Network-Core Infrastructure, o HealthyAging2020,
o UC – LCA Laboratório de Computação Avançada, o SUSpENsE – Sustainable built environment under natural hazards
and extreme events, o RENATURE – Valorização dos Recursos Naturais Endógenos da Região Centro, o
BIGDATIMAGE – Da modelação computacional e investigação clínica ao desenvolvimento de plataformas de
neuroimagem e big data para descoberta de biomarcadores, o BrainHealth2020 e o Erasmus+ – KA1 – Learning
Mobility of Individuals, cada um com um valor de financiamento contratualizado superior a 1M€.
Com esta importante evolução, o valor acumulado representa cerca de 58,5% da meta a atingir no final do horizonte
temporal do PEA.UC.
O cumprimento das missões da UC exige instalações físicas adequadas, o que implica o necessário e continuado
desenvolvimento de esforços – nem sempre possíveis ou muitas vezes difíceis – para dotar todas as unidades de
condições mínimas ajustadas às suas atividades e às suas necessidades, assumido no pilar estratégico
infraestruturas.
Após o levantamento das necessidades de cobertura total dos espaços úteis por fibra ótica e rede sem fios ocorrido
em 2015, que permitiu identificar, respetivamente, 27 edifícios e 45 espaços com necessidades a suprir até ao ano
2019, encontram-se em desenvolvimento os planos que permitirão a referida cobertura total. No caso da fibra ótica,
foi efetuada em 2017 a ligação do Colégio da Trindade, o que representa uma taxa global de 3,7% (considerando o
total de 27 edifícios identificados). No que respeita à rede sem fios, encontram-se implementadas as ligações da
Faculdade de Letras, do Auditório da Reitoria, do Departamento de Engenharia Mecânica (FCTUC) e da Faculdade
de Medicina (polo III), bem como 50% das necessidades identificadas na Unidade Pedagógica Central do polo III.
Considerando a totalidade de espaços com necessidades identificadas, resulta uma taxa global de 10%; se forem
considerados apenas os espaços com necessidades identificadas em auditórios e anfiteatros, a taxa é de 21,4%.
Quanto a instalações, continuam a decorrer intervenções consideradas prioritárias para dotar todas as unidades dos
espaços físicos necessários para o cumprimento das suas missões, sendo o indicador aferido apenas anualmente.
Assim, o grau de implementação do plano com vista a assegurar as instalações adequadas a todas as unidades e
serviços, a 31 de dezembro de 2017, era de 35% – aumentando 10 p.p. face ao ano anterior. Destacam-se do
conjunto de intervenções aí previstas as seguintes:
recuperar o Estádio Universitário tornando-o apto para a prática desportiva e a receber os EUG 2018 – grau de
execução de 90%;
recuperar o Jardim Botânico – grau de execução de 90%;
recuperar o Teatro Académico Gil Vicente – grau de execução de 85%;
suprir as necessidades base de instalações da Faculdade de Direito – grau de execução de 60%;
suprir as necessidades base de instalações da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física – grau de
execução de 30%;
recuperar o Paço das Escolas – grau de execução de 30%
recuperar o Colégio das Artes – grau de execução de 20%;
instalar o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra no Colégio de Jesus – grau de execução de 15%.
Perspetivar a sustentabilidade da UC a médio e longo prazo implica acompanhar as diferentes dimensões com
impacto transversal a todos os pilares que informem a estratégia como um todo, nomeadamente a
internacionalização, a cidadania e inclusão, a marca “Universidade de Coimbra”, a comunicação e o ambiente.
Na prossecução da sua ambição de se afirmar como uma Universidade Global, a UC adotou uma perspetiva de
gestão sustentável das suas atividades e dos seus recursos, permitindo-lhe responder com eficiência e eficácia às
necessidades do presente para, desta forma, assegurar o seu futuro.
A meta definida no âmbito da internacionalização continua a registar uma evolução muito positiva, com um
acréscimo significativo no número absoluto e na proporção de estudantes de nacionalidade estrangeira
(independentemente do regime ou forma de ingresso) face ao total de estudantes – em 2016/2017, registaram-se
3.953 estudantes de nacionalidade estrangeira (mais 396 face ao ano letivo anterior), correspondente a 17,13% do
total (mais 1,8 p.p.). Para além de a UC ser há muito um destino preferencial de estudantes de mobilidade a nível
europeu e de atração de estudantes de países de língua portuguesa, para estes resultados tem contribuído a forte
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
33
ação desenvolvida na captação de estudantes internacionais, com campanhas específicas dirigidas a este público-alvo
(em particular no Brasil e na China) e com o desenvolvimento de canais de comunicação próprios, com impacto
muito positivo na visibilidade e na imagem da UC.
Ao nível da área cidadania e inclusão, o número de estudantes dirigentes associativos jovens, estudantes membros
de órgãos da UC, estudantes com participação em atividades de reconhecido mérito universitário e estudantes em
ações de voluntariado credenciadas registou um acréscimo de 9,9% face ao ano anterior (mais 91 estudantes),
resultante essencialmente do incremento no número de estudantes dirigentes associativos jovens. Para melhorar a
aferição deste indicador e, consequentemente, permitir uma melhor mensuração dos resultados, será ainda
necessário introduzir mecanismos para contabilizar corretamente os estudantes em ações de voluntariado
credenciadas, permitindo a fiabilidade dos dados considerados como ”voluntariado cívico” no suplemento ao
diploma.
Os resultados alcançados no âmbito da Marca “UC”, nomeadamente no que respeita à posição nos principais
rankings universitários internacionais selecionados para este efeito, mostram que a Universidade de Coimbra
continua a deter uma posição confortável na elite das melhores universidades, de entre as mais de 17.000 que
existem em todo o mundo.
No prestigiado ranking universitário internacional QS World University Rankings (QS), subiu mais de 50 posições em
relação aos resultados obtidos no ano anterior, posicionando-se no top 1,5% das universidades do mundo.
De acordo com os resultados divulgados, no indicador de estudantes internacionais, a UC é a melhor instituição de
ensino superior portuguesa; já no contexto internacional, o indicador no qual a UC obtém a melhor pontuação é o
de reputação académica, posicionando-se no top 275 mundial, evidência do prestígio que tem junto de docentes e
investigadores de outras universidades do mundo.
Destaca-se ainda que a UC se voltou a posicionar no top 200 do ranking internacional QS Graduate Employability
Rankings (QS GER), melhorando a pontuação nos indicadores que avaliam a reputação da instituição junto dos
empregadores e as iniciativas que promovem o contacto entre estudantes e empregadores. A UC obtém a sua
pontuação mais elevada no indicador que avalia as parcerias com os empregadores, posicionando-se mesmo no top
115 mundial.
A UC posicionou-se também, uma vez mais no top das universidades do mundo no ranking da Times Higher Education
(THE), melhorando a sua pontuação em 3 dos 5 grupos de indicadores avaliados, nomeadamente nos indicadores
Teaching, Citations e International Outlook.
Finalmente, no ranking global Scimago Institutions Rankings – que substitui, no PEA.UC, o Scimago Institutions Rankings
Iberoamericano, entretanto descontinuado – a UC subiu 3 posições em 2017.
A meta de notoriedade da UC nos meios de comunicação social, medida através da média bienal do AAV – Automatic
Advertising Value, indicador geralmente utilizado para este efeito e que corresponde ao valor publicitário equivalente
ao espaço ou tempo ocupado pela notícia, continuou a registar um elevado crescimento, tendo-se verificado em
2017 um acréscimo de 36,2% face ao ano transato; comparativamente ao ano de partida, regista-se já um aumento
de 91,3%. Assim, caso o atual PEA.UC terminasse a 31 de dezembro de 2017, esta meta teria sido dada como
superada.
Analisando as notícias do período em análise, os destaques vão para as intervenções de especialistas da UC sobre
assuntos da atualidade (com o maior destaque para a área dos incêndios, só por si responsável por 3,4M€ de AAV)
e para as investigações em curso na UC, havendo a registar, no ano de 2017, 57 notas de imprensa sobre a
investigação desenvolvida na UC, contribuindo para incrementar a presença de resultados de investigação nos media
de forma coordenada, difundindo amplamente o trabalho desenvolvido na Universidade a este nível. Realça-se ainda,
reportagens sobre o Turismo na Universidade de Coimbra ou sobre o património da UC, a visita de Estado do
Presidente da República da Grécia, o Doutoramento Honoris Causa de Jean-Claude Juncker e a colaboração de
Adriana Calcanhotto com a UC.
Por último, quanto ao ambiente, a UC continua a apostar no investimento em painéis solares de produção de
energia elétrica e em painéis solares de produção de energia térmica, o que se espera que venha a ter um impacto
ambiental positivo. No final de 2017, a área de painéis solares de produção de energia elétrica era de 2.482 m2,
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
34
representando um aumento de 25,23% face à área existente em 2016 (1.982 m2), resultante da instalação de painéis
no Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores; com este acréscimo, a UC está a cerca de 1.000
m2 de alcançar a meta estratégica definida. No que concerne à produção de energia térmica, a área de painéis
mantém-se sem alterações face a 2016 (100,5 m2).
Complementarmente, destaca-se a evolução positiva noutros indicadores de desempenho, como a produção de
energia renovável (+37,81%), a diminuição do consumo de eletricidade por m2 (-12,3%) ou a diminuição de consumos
de gás por m2 (-5,87%), face ao ano anterior.
Mapa síntese de metas da Universidade de Coimbra [quadro 6]
metas
Investigação aumentar em 25% o número de artigos nas 25% revistas de maior impacto
aumentar em 10% o número dos 25% melhores candidatos ao concurso nacional de acesso que escolhem a
UC
aumentar em 20% o número de estudantes de doutoramento
aumentar em 20% o número de comunicações de invenção
aumentar em 50% o volume de negócios das spin-offs e start-ups
aumentar em 50% o número de estudantes integrados em atividades culturais da UC
aumentar em 50% o número de estudantes atletas de alto rendimento e atletas da UC
aumentar em 50% a receita com visitas aos espaços turísticos
assegurar um crescimento de, pelo menos, 15% no número de docentes de carreira com idade inferior a 40
anos
estabelecer um plano pessoal de desenvolvimento para, no mínimo, 40% do pessoal técnico
crescer 25% no financiamento competitivo
obter financiamento no valor de € 80M nos programas 2020
assegurar 100% do plano de instalações das unidades e serviços para o quadriénio
Internacionalização alcançar 20% de estudantes de nacionalidade estrangeira face ao total de estudantes
Cidadania e Inclusão
aumentar em 30% o número de estudantes dirigentes associativos jovens, estudantes membros de órgãos da
UC, estudantes com participação em atividades de reconhecido mérito universitário e estudantes em ações de
voluntariado credenciadas
Comunicação aumentar em 30% a média bienal do índice de notoriedade, medido através do AAV
triplicar a área de painéis solares de produção de energia elétrica
triplicar a área de painéis solares de produção de energia térmica
garantir a cobertura total dos espaços úteis por fibra ótica e rede wireless, abrangendo 100% dos edifícios com
necessidades identificadas
SU
ST
EN
TA
BIL
IDA
DE
Marca UCmelhorar a posição nos principais rankings universitários internacionais, considerando o universo das
instituições de ensino superior de língua portuguesa (QS, AWRU, THE, SIR Iber)
Ambiente
pilar / área
MIS
SÕ
ES
Ensino
Comunidade
RE
CU
RS
OS
Pessoas
Económico-Financeiros
Infraestruturas
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
37
3. MISSÕES
Neste capítulo, pretende-se transmitir uma visão ampla da atividade desenvolvida pela Universidade de Coimbra ao
longo do ano de 2017 no âmbito das suas principais missões – investigação, ensino e comunidade –, ilustrada através
de alguns dados e indicadores de atividade, apresentados numa perspetiva global (sem diferenciação por área do
saber).
3.1. INVESTIGAÇÃO
Posicionar a Universidade de Coimbra em patamares de excelência a nível global, através do desenvolvimento e
expansão da investigação científica e colocando-a como protagonista de grandes avanços do conhecimento assume-
-se como o desígnio central na área da investigação (PEA 2015-2019).
Tratando-se de um pilar central da produção do conhecimento nas IES, a capacidade científica da Universidade de
Coimbra tem vindo a ser reforçada e reconhecida nos últimos anos, estando atualmente presente em todas as
grandes áreas do saber. O resultado visível deste esforço traduz-se no aumento da produção científica de
reconhecido prestígio, nacional e internacional, que coloca a investigação da UC em patamares de excelência a nível
global.
A UC registou um crescimento superior a 80% no número de publicações na Web of Science, entre 2006-
-2010 e 2010-2014. Observando a evolução mais recente, constata-se um acréscimo de 66,2% entre os quinquénios
2010-2014 e 2013-2017, tendo-se verificado um aumento de 10.704 para 18.737 publicações, considerando os dados
reportados a 31 de dezembro de 2014 e de 2017, respetivamente. Quando consideramos dados mais recentes –
uma vez que estes indicadores estão em constante atualização, com a permanente indexação de títulos –, constata-
-se a existência de 14.377 publicações reportadas ao período de referência 2010-2014, à data de 31 de dezembro
de 2017, o que continua a significar um relevante crescimento de 26,8% para o quinquénio 2013-2017.
A 31 de dezembro, e considerando apenas os dados de 2017, registavam-se 3.233 publicações indexadas à
Universidade de Coimbra, com particular destaque para as áreas de Clinical Medicine (23,5% do total), Engineering
(14,3%), Social Sciences, General (8,6%) e Physics (7,3%). De entre um total de 22 áreas, estas quatro, no conjunto,
representaram mais de 50% das publicações indexadas à UC.
Estendendo a análise ao último quinquénio, destacam-se, por ordem decrescente do número de publicações, as áreas
de Clinical Medicine, Engineering, Computer Science, Social Sciences e Physics, que representam 61,9% do total de
publicações da UC na Web of Science; comparativamente ao ano anterior, há a realçar a saída da área de Chemistry,
que ocupava a terceira posição, e a entrada da área de Computer Science para este top 5.
Em termos de evolução no quinquénio, entre 2013 e 2017, destaca-se o crescimento significativo nas áreas de
Economics & Business (+121,7%) e Multidisciplinary (+88,5%). Registaram-se outras áreas com crescimento, mas com
valores de evolução menos significativos, como é o caso das áreas de Neuroscience & Behavior (22,8%),
Environment/Ecology (18,6%) e Social Sciences (17,4%).
Publicações na Web of Science
[gráfico 1]
Quanto aos artigos publicados nas 25% revistas de maior impacto, salienta-se um acréscimo de 4,2%, de 5.713 artigos
no quinquénio 2012-2016 para 5.951 artigos no período 2013-2017.
12.143
14.463
18.737
2011-2015 2012-2016 2013-2017
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
38
À semelhança do que tem vindo a acontecer nos últimos anos, verificou-se o crescimento de outros indicadores,
decorrente do aumento de produtividade científica – o número de citações no ano de 2017 na Web of Science,
referentes a publicações da UC nos últimos 5 anos, por docente e investigador doutorado ETI foi de 30,42,
representando um acréscimo face aos 26,81 que se registavam a 31 de dezembro de 2016 (+13,4%).
O ano de 2017 marca o início de um novo processo de avaliação das unidades de investigação e desenvolvimento
pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Este processo, ainda em curso, “visa o desenvolvimento e a valorização
do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN) em todas as áreas de conhecimento, e o seu fortalecimento e densificação
territorial”, e culminará com a atribuição do financiamento plurianual para o período 2019-2022.
Assim, permanece válido o resultado final do anterior processo de avaliação, espelhado no quadro 7, para os 40
centros e unidades de I&D associados à UC – 33 unidades integradas e 7 associações privadas sem fins lucrativos
(onde se incluem 4 laboratórios associados). Configurando uma reestruturação do panorama da investigação até
então existente na UC, 62,5% das unidades tiveram uma classificação final igual ou superior a “Muito Bom”, acedendo
a financiamento estratégico, para além de financiamento base. Acresce que 20% acederam a financiamento base e os
restantes 17,5%, por terem tido classificação final inferior a “Bom”, tiveram acesso apenas ao fundo de
reestruturação.
Avaliação dos centros e unidades de I&D (2013)
[quadro 7]
N.º % % acum.
Excecional 1 2,5% 2,5%
Excelente 10 25% 27,5%
Muito Bom 14 35% 62,5%
Bom 8 20% 82,5%
Razoável 5 12,5% 95%
Insuficiente 2 5% 100%
Total 40 100%
Em relação às unidades consideradas no quadro 7, há ainda a destacar que desde o momento da avaliação de 2013,
decorreram já alterações, com a criação de dois novos centros de investigação integrados: o CeBER – Center for
Business and Economics Research, com o objetivo de realizar atividades de investigação científica e aplicada nas áreas
da economia e da gestão; e o CIBIT – Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research, que pretende
focar a sua massa crítica na investigação de translação incluindo imagiologia animal e humana in vivo, tanto nas
vertentes de imagem molecular e metabólica, como nas vertentes estrutural e funcional. Ambas as unidades integram
já o processo de avaliação em curso.
No âmbito do Roteiro Nacional das Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico 2014-2020 da FCT,
a UC participa em 18 das 40 infraestruturas, na sequência do concurso que permitiu mapear e avaliar as
infraestruturas de investigação nacionais e identificar áreas prioritárias.
Ao nível das infraestruturas, é ainda relevante destacar que o número de Plataformas Tecnológicas da UC ascende
a oito, agrupando um conjunto de equipamentos científicos de ponta, nomeadamente analíticos (espectroscopia,
microscopia, análise química, física e biológica, etc.), que se encontram não apenas ao serviço dos investigadores da
UC, mas também disponíveis para apoiar a rede alargada de I&D e a indústria. Na sequência da publicação do
regulamento em abril de 2016, quatro já se encontravam em pleno funcionamento a 31 de dezembro de 2017,
estando outras duas em vias de ficar em idênticas condições.
No que concerne a financiamento, em 2017, continuaram a ser desenvolvidas ações de divulgação de ofertas de
financiamento, tendo sido apresentado um total de 708 candidaturas a projetos – apenas no âmbito da entidade UC
–, o que reflete um acréscimo de 49,4% face a 2016. A taxa de aprovação de candidaturas foi de 14,5%, ligeiramente
inferior ao ano anterior (-2,1 p.p). Realça-se que, com base nestas aprovações, foi contratualizado um volume de
financiamento que ascendeu a 23,9M€, dos quais 3,2M€ no Horizonte 2020, 5,4M€ no programa Portugal 2020 e
14,2M€ no âmbito da estratégia Centro 2020, representando, no seu conjunto, 95,4% do financiamento total
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
39
contratualizado. Destacam-se três projetos, por representarem, cada um, um valor de financiamento superior a
1,5M€: MATIS – Materiais e Tecnologias Industriais Sustentáveis, BIN – National Brain Imaging Network-Core
Infrastructure e HealthyAging2020.
Quanto ao número de projetos ativos ao longo do ano de 2017, registou-se na entidade UC um acréscimo de 10,3%
face ao ano anterior, essencialmente dado o aumento do número de projetos nacionais (+17,9%). Esta evolução é
oposta à diminuição verificada no ano anterior, resultante do encerramento de um elevado número de projetos do
quadro de financiamento anterior.
Observando os principais dados e indicadores de atividade de 2017 das unidades de I&D com avaliação FCT não
integradas na UC, mas que com ela consolidam, o CES manteve as suas atividades de investigação, inserido em 32
redes internacionais de investigação, e tendo concluído a execução, na totalidade, do financiamento de 3,9M€
atribuído pela FCT para o triénio 2015-2017. Manteve ainda a execução dos projetos financiados pela FCT, com um
montante de financiamento contratualizado de 0,93M€, e a gestão de cinco bolsas ERC, com um montante
contratualizado no ano anterior de 8,66M€, financiadas pela União Europeia. A origem dos fundos da atividade
científica do CES, incluindo atividades de consultoria, está dividida em cerca de metade com origem em fundos
nacionais (51%) e outra metade em fundos internacionais (49%).
No CNC, consolidou-se a profissionalização da direção executiva e da gestão de projetos, introduzindo-se ainda
alterações quanto à execução de projetos, à submissão de despesas e pagamentos a fornecedores, para além de uma
comunicação mais eficaz entre todos os envolvidos, o que teve como impacto uma melhoria do desempenho do
CNC, recompensada com uma taxa recorde de aprovação em projetos nacionais.
No ano de 2017 registou-se o inicio de 32 novos projetos, dos quais 11 projetos FCT no valor de aproximadamente
1,87M€, nove projetos nacionais financiados por outras entidades no valor de aproximadamente 0,4M€, quatro
projetos europeus no valor de aproximadamente 1,7M€ e, finalmente, um projeto QREN no valor de 0,18M€.
No que diz respeito ao financiamento do Programa Estratégico de Investigação, financiado pela FCT e com início em
2015, foi prorrogado até 31 de dezembro de 2018, com reforço da sua dotação orçamental, salvaguardando assim
as operações do CNC para 2018. Importa referir que este projeto corresponde à unidade de I&D CNC.IBILI cujo
promotor líder é a UC, que desempenhou um papel fulcral em 2017 ao assegurar a liquidez necessária para o normal
decorrer deste projeto, por via do adiantamento de uma verba no valor de 1M€, colmatando assim os atrasos nas
transferências de verbas pela entidade financiadora. Importa ainda realçar que em 2017 o programa Portugal2020
entrou na sua fase de aceleração de implementação, e, como tal, já se verificou um aumento de financiamento para
níveis idênticos aos do ano de 2015.
A ADAI, em 2017, manteve 44 projetos em execução, dos quais quatro internacionais, 33 nacionais e sete de
consultoria e prestação de serviços, repartidos pelas diferentes áreas e grupos de trabalho deste laboratório
associado – o Grupo de Fogos Florestais e Detónica (com particular e intensa atividade em 2017, resultado dos
incêndios ocorridos no nosso país em 2017), o Grupo de Energia, Ambiente e Conforto, e o grupo de ligação ao
ITeCons.
No INESCC, manteve-se também a execução do financiamento plurianual atribuído pela FCT (projeto
estratégico/fundo de reestruturação) e estiveram em execução três projetos de I&D no âmbito do sistema científico
nacional, como instituição participante, incluindo um projeto no âmbito dos Programas de Ação Conjunta, 19 ações
de cooperação internacional, incluindo 15 ações COST – European Cooperation in Science and Technology. Acresce
ainda a realização de oito projetos internos com financiamento competitivo, 13 projetos internos com
autofinanciamento (com as margens de contratos terminados) e cinco projetos de consultoria especializada com
empresas e outras entidades. Em 2017 foram ainda apresentadas novas propostas para projetos de I&D em todos
os domínios científicos no concurso aberto pela FCT, tendo sido submetidas seis candidaturas em que o INESC
Coimbra é instituição proponente e cinco candidaturas em que é instituição participante.
Para além das unidades de I&D avaliadas pela FCT, no conjunto de entidades que integram o Grupo Público
Universidade de Coimbra, destacam-se duas associações na área da ciência e da investigação e desenvolvimento: a
UC InProPlant e a UC Tecnimede.
A UC InProPlant – Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização resulta de uma parceria
inovadora entre a UC, através do Centro de Ecologia Funcional, e a empresa InProPlant, com o intuito de dar
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
40
resposta a alguns problemas existentes na fruticultura nacional. Em 2017 prosseguiram as atividades do ano de 2016,
dando continuidade ao exercício de atividades de investigação e desenvolvimento experimental.
A Associação UC Tecnimede – Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização foi criada no
âmbito de uma parceria estratégica entre a UC e a Tecnimede – Sociedade Técnico Medicinal, SA, e tem vindo a
desenvolver atividades de I&D nos setores farmacêutico, clínico e biotecnológico, em particular nos domínios do
medicamento, biotecnologia, terapêutica, tecnologia farmacêutica e outros das ciências da vida. Depois do sucesso
do projeto de investigação industrial IMPUCT, foi assinado em 2016 o termo de aceitação do IMPUCT II, tendo
iniciado a sua execução em janeiro de 2017.
3.2. ENSINO
A Universidade de Coimbra assume um forte compromisso na promoção da qualidade do ensino, que possibilite
uma formação integral dos estudantes e adeque a oferta formativa às necessidades da envolvente, atraindo os
melhores estudantes e professores (PEA.UC 2015-2019).
Mantém-se o desenvolvimento de ações específicas focadas na promoção e divulgação da oferta formativa para o
público pré-universitário, com vista ao aumento da captação em geral e dos melhores candidatos, em particular.
Em 2017 destaca-se a participação em feiras e eventos, com a UC a marcar novamente presença na maior feira de
educação e formação de âmbito nacional, a Futurália (em março), dando a conhecer os cursos, as faculdades e os
serviços que a Universidade tem para oferecer aos potenciais candidatos.
No que respeita às ações com escolas, o programa “Um Dia na UC”, que proporciona aos potenciais candidatos a
oportunidade de vivenciarem a realidade do mundo académico de Coimbra e de conhecerem melhor o(s) curso(s)
e a(s) Faculdade(s) de eleição, acolheu 411 alunos, provenientes de 7 escolas, de 7 distritos.
A Universidade de Verão continua a registar uma boa adesão por parte do público pré-universitário, não obstante
uma redução do número de participantes verificada em 2017, permitindo uma experiência mais imersiva. A edição
de 2017 decorreu entre 16 e 21 de julho, direcionada a alunos do ensino secundário (do 10.º ao 12.º ano) e do 9.º
ano, permitindo experienciar uma série de atividades pedagógicas, de diferentes áreas do saber e culturais, com a
colaboração de docentes, investigadores e estudantes da UC, no sentido de, numa só semana, dar a conhecer os
diferentes trabalhos de análise, pesquisa, debate, experiência e ensino desenvolvido nas faculdades, em programas
desenhados especificamente para esta iniciativa.
Participantes na Universidade de Verão
[figura 3]
Dos 323 participantes da UV em 2017 – que resultaram de um processo de seriação de 516 candidatos (-39 do que
no ano anterior) –, 315 eram de nacionalidade portuguesa, dos quais 312 frequentavam o ensino secundário em
Portugal e três residiam e estudavam no estrangeiro. O número total de estudantes de nacionalidade estrangeira
sofreu uma redução significativa, quando comparado com o número registado no ano anterior – de 33 para 8 –,
essencialmente por via da diminuição do número de estudantes residentes em Macau e de estudantes brasileiros.
Dos 37 participantes que frequentavam o 12.º ano aquando da participação na UV 2017, 31 reuniam as condições
para ser opositores ao CNA 2016 e 26 candidataram-se à UC, tendo sido colocados 17 (dos quais 11 em 1.ª opção).
Efetivaram a matrícula 17 estudantes, pelo que se conclui que a taxa de eficácia foi de 54,8% (17 matriculados em
31), bastante superior à registada em 2016 (28,6% – 12 matriculados em 42).
2015 2016 2017
277 389 323
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
41
Considerando os participantes das quatro últimas edições da UV (de 2014 a 2017), que reuniam, à partida, condições
para se candidatar ao ensino superior, via CNA no ano 2017 – ou seja, os que frequentavam, respetivamente, o 9.º,
o 10.º, o 11.º e o 12.º ano de escolaridade no momento de inscrição de cada uma das referidas edições, a taxa de
eficácia foi de 32,5%, correspondente a 98 matriculados na UC no ano letivo 2017/2018, de entre um total de 303
participantes.
A maior exigência no ensino preconizada no PEA.UC começa desde logo na captação, procurando a Universidade
de Coimbra atrair os melhores estudantes. Neste contexto, analisando a 1.ª opção de cada um dos 25% melhores
candidatos ao ensino superior a nível nacional no CNA 2017 (dados da 1.ª fase), é possível constatar que a UC
registou um decréscimo de 0,26 p.p. da sua taxa de captação face ao ano anterior no conjunto das instituições de
ensino superior público universitário. A Universidade de Coimbra, com uma taxa de 8,29%, mantém a 4.ª posição
relativa no conjunto das universidades no que respeita à captação dos 25% melhores candidatos ao ensino superior,
a nível nacional, mas verificando-se uma grande aproximação da Universidade do Minho, comparativamente ao ano
anterior (estando a apenas 0,09 p.p. da UC neste indicador).
Captação dos 25% melhores candidatos ao ensino superior pela UC 2014-2016
[gráfico 2]
No âmbito da acreditação de ciclos de estudos pela A3ES, foram acreditados 44 ciclos de estudos (incluindo três
cursos com decisão anterior de acreditação condicional e que obtiveram nova decisão em 2017), dos quais 43
resultaram na acreditação plena e um viu prorrogada a acreditação condicional da decisão anterior. Neste mesmo
ano, foram submetidos 8 pedidos de acreditação de novos ciclos de estudo e 6 pedidos especiais de renovação da
acreditação de ciclos de estudos não-alinhados.
No ano letivo 2017/2018 estão em funcionamento na UC 223 ciclos de estudos, apresentando um decréscimo de
20 cursos quando comparado com o ano letivo anterior (redução de 8,2%). Esta redução verifica-se sobretudo nos
ciclos de estudos de doutoramento e inclui os cursos Pré-Bolonha que ainda subsistiam com um número residual
de estudantes que aguardam a marcação de provas.
Ciclos de estudos com estudantes inscritos
[quadro 8]
2015/2016 2016/2017 2017/2018* Δ
L 35 35 35 0
MI 12 12 12 0
ME 119 117 108 -9
D** 84 79 68 -11
Total 250 243 223 -20
* dados a 31 de dezembro de 2017
** valor de 2016/2017 atualizado (cf. Relatório de Gestão e Contas 2016)
No que concerne aos cursos não conferentes de grau, manteve-se em 18 o número de pós-graduações e cursos de
especialização e registou-se um decréscimo, de 78 para 75, nos restantes cursos não conferentes de grau1 entre os
1 cursos de formação, como os cursos de línguas; cursos de português para estrangeiros; cursos de ensino a distância; Ano Zero; cursos de pós-doutoramento; ou cursos realizados por delegação em entidades subsidiárias de direito privado.
8,82%9,05%
8,54%8,29%
2014 2015 2016 2017
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
42
anos letivos 2015/2016 e 2016/2017. Sendo os cursos não conferentes de grau cursos de curta duração, alguns dos
quais decorrendo apenas no segundo semestre, não é ainda possível analisar a evolução para o ano letivo 2017/2018.
Destaca-se que, no âmbito do ensino a distância, no ano letivo 2016/2017 foram ministrados 14 cursos, com o
envolvimento de cinco faculdades e a participação de 141 formandos, com uma taxa de sucesso de 87,2%. Estes
cursos incluem os cursos ministrados no âmbito do consórcio estabelecido em 2015 entre a Universidade de
Coimbra e a Universidade Aberta, com o objetivo de dar resposta aos desafios colocados ao ensino superior pelas
novas tecnologias de comunicação e criar uma oferta de referência de ensino a distância em língua portuguesa no
mundo, sem exclusão de outras línguas, em todas as áreas do conhecimento.
As entidades autónomas do Grupo Público UC são parceiras ativas em ciclos de estudos da UC (bem como com
outras IES), acolhendo um conjunto diversificado de programas de doutoramento. Neste âmbito:
o CES colabora em 12 programas de doutoramento, com um total de 477 doutorandos em 2017,
proporcionando ainda cursos de formação não conferentes de grau (cursos de formação avançada, oficinas, aulas
abertas ou summer schools);
para além do programa doutoral internacional criado pelo CNC, Biologia Experimental e Biomedicina (PDBEB),
cujo grau é conferido pelo III, esta entidade coopera continuamente no programa internacional de formação
avançada MIT-Portugal e em mais três doutoramentos e dois mestrados da UC;
o CEDOUA continuou a organizar o Curso de Especialização em Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do
Ambiente, já na sua XXI edição;
entidades como o ITeCons ou a ACIV desenvolveram cursos não conferentes de grau;
a generalidade das entidades colabora na lecionação de algumas unidades curriculares e no apoio a aulas práticas,
bem como no acolhimento e/ou (co)orientação de dissertações de mestrado e teses de doutoramento de
estudantes da UC – como o IPN, a ADAI e o INESC Coimbra.
Observando os dados relativos ao acesso ao ensino superior, registou-se um ligeiro aumento de 0,1% no número
de candidatos que selecionaram a UC em 1.ª opção na 1.ª fase do CNA 2017 (licenciatura e mestrado integrado).
Relacionando o número de candidatos em 1.ª opção e o número de vagas, constata-se que o índice de satisfação da
procura se manteve superior a 1 (ou seja, com um número de candidatos em 1.ª opção superior ao número de vagas
disponibilizadas) e que se manteve estável comparativamente ao CNA 2016, com um valor de 1,04, inferior ao
registado em 2015.
Realça-se ainda que a UC foi a 5.ª universidade escolhida como 1.ª opção, recebendo a preferência de 3.327
candidatos, ou seja, 8,9% do total dos candidatos às universidades públicas.
O número total de colocados na 1.ª fase continua a aumentar desde 2014, com a UC a registar um total de 3.175
colocados em 2017, correspondente a um acréscimo de 2,3% face ao ano anterior e de 12,9% relativamente a 2014,
ano em que o valor foi mais baixo. A taxa de ocupação de vagas foi assim de 99,6% na 1.ª fase, bastante próxima da
plena ocupação, assistindo-se a um crescimento de 2,2 p.p. face ao ano de 2016.
Considerando apenas os colocados em 1.ª opção na UC, registou-se um ligeiro decréscimo de 0,3% em relação ao
ano anterior; ainda assim, trata-se de um valor superior em 4,5% ao verificado em 2014, o ano com valor mais baixo
dos últimos 5 anos.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
43
Vagas e candidatos colocados na 1.ª fase do CNA
[gráfico 3]
Dados: Direção Geral do Ensino Superior
Por fim, e considerando os dados das três fases do CNA, verificou-se mais uma vez um acréscimo no número de
novos estudantes matriculados na UC, com 3.136 novas entradas, ou seja, mais 2,2% do que no ano anterior (3.071).
Analisando a evolução de outras formas de acesso ao ensino superior – regimes especiais, concursos especiais,
mudança de par instituição/curso, reingresso e outros regimes específicos –, conclui-se que, considerando os valores
finais de 2016/2017, se registou um decréscimo de 4,7% face ao ano letivo anterior. No ano letivo 2017/2018,
considerando os dados a 31 de dezembro (ainda sujeitos a alteração), verificou-se um novo decréscimo, embora
pouco expressivo.
Estudantes de licenciatura e mestrado integrado admitidos através de outras formas de acesso
[quadro 9]
2015/2016 2016/2017* 2017/2018**
Regimes especiais
Missão Diplomática Portuguesa no Estrangeiro; Portugueses Bolseiros no Estrangeiro ou Funcionários Públicos em Missão Oficial no Estrangeiro; Oficiais da
Forças Armadas Portuguesas; Bolseiros dos PALOP; Missão Diplomática Estrangeira Acreditada em Portugal; Praticantes Desportivos de Alto Rendimento; Naturais
de Timor-Leste.
52 48 63
Concursos especiais
Acesso a Medicina por titulares de grau de licenciado 29 26 20
Maiores de 23 anos 45 60 55
Titulares de cursos superiores 87 107 89
Reingresso e mudança de par instituição/curso
Reingresso 623 519 493
Mudança de curso 150 272 292
Transferência 70 - -
Outros regimes
Licenciados Bolonha (acesso ao 4.º ano de MI) 9 9 9
Licenciados Pré-Bolonha (acesso ao grau de mestre) 33 10 21
Protocolo dos Açores (ingresso no 4.º ano no MI Med.) 37 31 36
Total 1.135 1.082 1.078
* valores finais, revistos em relação ao Relatório de Gestão e Contas 2016
** dados a 31 de dezembro de 2017
O número de estudantes inscritos em regime normal (ou seja, sem estudantes em mobilidade incoming2) registou
um decréscimo de 1,4% entre os anos letivos 2015/2016 e 2016/2017, considerando os dados finais destes anos e
2 A analisar no capítulo 4. Sustentabilidade – área de internacionalização.
3.189 3.189 3.1893.189
3.189
3.0272.896
3.452 3.324 3.327
2.836 2.8133.021 3.104
3.175
1.725
1.475 1.526 1.546 1.542
2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018
Vagas Candidatos em 1.ª opção Colocados na 1.ª fase Colocados em 1.ª opção
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
44
excluindo cursos de formação não conferentes de grau e disciplinas isoladas. Esta redução apenas não se verifica
para o ciclo de licenciatura e de doutoramento, que registam acréscimos, embora pouco expressivos, de 0,2% e
1,0%, respetivamente, conforme se constata da leitura do quadro 10.
Embora em termos globais se observe uma aparente nova redução no ano letivo 2017/2018, há que ter em atenção
que os dados deste ano letivo reportam a 31 de dezembro, sendo, portanto, dados ainda provisórios, e não
diretamente comparáveis com os dados finais de 2016/2017. Efetuando a comparação face a período homólogo –
isto é, entre os dados de 2017/2018 do quadro 10 e os dados de 2016/2017 a 31 de dezembro de 2016 constantes
do Relatório de Gestão e Contas de 2016 –, verifica-se um acréscimo de 169 estudantes (excluindo cursos de
formação não conferentes de grau e disciplinas isoladas), ou seja, mais 0,8%, o que deixa antever que poderá haver
uma inversão da tendência que se tem vindo a verificar nos últimos anos.
Realça-se que os dados do quadro 10 incluem os estudantes inscritos ao abrigo do estatuto do estudante
internacional, cuja análise detalhada será efetuada no capítulo “Sustentabilidade”, na área de internacionalização.
Nos outros cursos não conferentes de grau (conforme definidos na nota de rodapé n.º 1) registou-se um decréscimo
de 9,5% entre 2015/2016 e 2016/2017. Uma vez que os dados relativos a 2017/2018 deste tipo de cursos, espelhados
no quadro 10, representam apenas informação relativa ao 1.º semestre, não se procede à sua análise comparativa
com os dados finais do ano letivo 2016/2017.
Estudantes inscritos, por tipologia de ciclos de estudos e de curso
[quadro 10]
2015/2016 2016/2017 Δ 2017/2018* Δ
L 8.445 8.462 17 8.471 9
MI 6.844 6.680 -164 6.691 11
ME 3.593 3.432 -161 3.452 20
D 2.508 2.533 25 2.493 -40
PG/E 272 249 -23 155 -94
Subtotal 21.662 21.356 -306 21.262 -94
OCNCG 2.699 2.443 -256 1.235
DI 973 972 -1 663
Total 25.334 24.771 -563 23.160
* dados a 31 de dezembro de 2017
O número de diplomados registou um decréscimo global de 1,0% no ano letivo 2016/2017, transversal a todos os
ciclos de estudos, à exceção da licenciatura.
Estudantes diplomados, por tipologia de ciclos de estudos e de curso
[quadro 11]
2014/2015 2015/2016 2016/2017 Δ
L 1.538 1.690 1.802 112
MI 1.048 1.085 1.023 -62
ME 1.138 1.148 1.080 -68
D 310 223 208 -15
PG/E 120 147 137 -10
Total 4.154 4.293 4.250 -43
No que concerne à empregabilidade, encontram-se em fase de tratamento os dados relativos ao inquérito aos
diplomados no ano letivo 2014/2015, ministrado aos antigos estudantes durante o ano letivo 2016/2017. Neste
âmbito, destaca-se que a Universidade de Coimbra voltou a ficar posicionada entre as melhores instituições de
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
45
ensino superior no QS Graduate Employability Rankings. A edição de 2017 colocou a UC no top 190 mundial, sendo
de destacar os resultados positivos alcançados nos indicadores que avaliam as parcerias com os empregadores e a
taxa de empregabilidade dos graduados.
Em 2017, a UC atribuiu três doutoramentos honoris causa:
a Detlev Ganten (Medicina), Presidente da M8 Alliance e da Cimeira Mundial de Saúde, especialista em
farmacologia e medicina molecular e uma das maiores autoridades mundiais na área da hipertensão, sendo “um
aliado decisivo” para o sucesso da candidatura do consórcio CHUC/UC à integração na M8 Alliance;
a Prokópis Pavlópoulos (Direito), Presidente da República Helénica, distinguido pela sua longa e experiente
carreira política e pela sua dedicação ao direito, nomeadamente ao direito público, e cuja cerimónia contou com
a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na qualidade de padrinho do doutorando;
a Jean-Claude Juncker (Direito), Presidente da Comissão Europeia, pela sua destacada atividade política dedicada
à Europa. Esta cerimónia contou igualmente com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de
Sousa, também na qualidade de padrinho do doutorando.
3.3. COMUNIDADE
A Universidade de Coimbra continua a focar-se no seu contributo ativo e decisivo para o desenvolvimento,
progresso e bem-estar da sociedade, através da sua intervenção nas áreas da inovação, do empreendedorismo, da
cooperação através de redes e parcerias, do património, da cultura, do turismo, do desporto, da interação com a
comunidade local e da ligação com os seus antigos estudantes.
Considerando o contexto atual, a transferência de conhecimento resultante da investigação desenvolvida na UC,
criando valor, continua a assumir particular importância para a sua diferenciação como Universidade Global, de
referência internacional, destacando-se no âmbito da inovação e da gestão da propriedade intelectual. Sendo esta
uma das prioridades potenciadoras da inovação, encontra-se em revisão a Política de Propriedade Intelectual da UC,
com vista à sua simplificação.
E como a valorização dos resultados da investigação desenvolvida na UC assume particular importância, o esforço
desenvolvido para a proteção da propriedade intelectual resultou num acréscimo de 28 patentes ativas face ao ano
anterior (+17,9%). O portefólio acumulado de patentes ativas ascendia assim a um total de 184 no final de 2017, das
quais 37 nacionais e 147 internacionais.
Patentes ativas (valor acumulado)
[figura 4]
Complementarmente, foram submetidas 30 comunicações de invenção em 2017, representando um acréscimo de
15,4% face ao ano anterior.
A Universidade de Coimbra estabelece como prioridade a promoção da criação de novas empresas (spin-offs e
start--ups), designadamente através das contribuições do IPN e do Biocant. Destaca-se que, até ao final de 2017, a
UC tinha já no seu portefólio 121 spin-off, das quais 5 foram criadas em 2017, segundo dados do IPN.
O ano de 2017 foi um ano de recuperação para o IPN, caraterizado pelo arranque de um número significativo de
novos projetos, pela consolidação da atividade do TecBIS – Aceleradora de empresa, pelo cumprimento dos
objetivos do Centro de Incubação da Agência Espacial Europeia em Portugal e pelo dinamismo do IPN – Incubadora.
Foram iniciados 11 novos projetos em copromoção, bem como cinco projetos europeus da tipologia Interreg
POCTEP, sendo ainda de destacar a aprovação dos primeiros três projetos no âmbito da rede europeia EIT-Health,
99 116 130 156 184
2013 2014 2015 2016 2017
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
46
SwitHome, Innostars Starship e HeaLIQs4Cities, bem como os dois primeiros projetos aprovados pelo FITOLAB,
Laboratório de Fitossanidade do IPN, da tipologia PDR (Plano de Desenvolvimento Rural), I9K e PrevCRP.
O TecBIS, infraestrutura de “aceleração” de empresas do IPN, que entrou em funcionamento em 2015 – visando o
apoio ao crescimento e a consolidação de empresas de elevado potencial, a sua internacionalização e aumento de
intensidade tecnológica, impulsionando a atração e fixação de recursos humanos altamente qualificados e
aumentando significativamente as sinergias entre os meios académico e empresarial –, passou de uma ocupação de
92% em 2016 para uma ocupação plena em 2017. Com 23 empresas instaladas, agrega cerca de 650 colaboradores,
ultrapassando os objetivos inicialmente fixados. Por iniciativa da CCDR-C, o TecBIS foi finalista dos prémios
Regiostars, tendo conseguido o 2.º lugar do prémio do público.
O Centro de Incubação da Agência Espacial Europeia em Portugal (ESA-BIC), coordenado pelo IPN, cumpriu
integralmente os objetivos fixados desde o seu início, acolhendo 16 empresas em Portugal, sete das quais na
IPN – Incubadora. Para além da coordenação do ESA-BIC Portugal, destaca-se ainda o envolvimento do IPN noutras
duas vertentes de colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA): a Iniciativa Nacional de Transferência de
Tecnologia do Espaço (PTTI), sendo o papel do IPN o Broker Nacional de Tecnologia para a ESA, e a função de
embaixador do programa de telecomunicações – ESA ARTES. Destaca-se ainda que o IPN esteve a representar o
ESA BIC Portugal com um stand na Web Summit, com o objetivo de promover e divulgar as suas atividades na área
de transferência de tecnologia do espaço; para além desta presença do sector do espaço, estiveram presentes na
Web Summit cerca de 30 empresas da Incubadora e Aceleradora do IPN.
O contributo do IPN – Incubadora é fundamental no apoio à transferência de tecnologia e fomento do
empreendedorismo da UC. As atividades desenvolvidas ao longo do ano concentraram-se na prospeção de novos
jovens empreendedores, na participação em redes de cooperação tanto a nível nacional como internacional, no
apoio às empresas dos programas de Incubação Física e Virtual e na continuação da execução dos projetos
enquadrados no Sistema de Apoio às Ações Coletivas (SAAC) do Centro2020.
No segundo semestre de 2017, deu-se início à execução de dois projetos europeus: Projeto ADSA – Atlantic Digital
Startup Academy, com copromotores de Portugal, França, Irlanda, Espanha e Reino Unido, financiado pelo programa
Interreg Atlântico, e ao Projeto CETEIS – Rede Transfronteiriça de Centros de Apoio ao empreendedorismo
Inovador, com parceiros das regiões portuguesas Centro e Alentejo e da região espanhola da Extremadura,
financiado pelo programa de cooperação transfronteiriça Portugal-Espanha (POCTEP).
Em 2017 observou-se uma atividade de incubação muito dinâmica, manifestada em 80 pré-candidaturas formalmente
recebidas, mais 10 do que no ano anterior. Ingressaram 11 novas empresas no programa de incubação física –
maioritariamente na área de informática e multimédia –, cinco em cowork e 31 no programa de incubação
Virtual-Start. Detalhando alguns dados da atividade destes programas:
tendo saído, em 2017, sete empresas do programa de incubação física, este contava com 37 empresas no final
do ano (mais 4 do quem em 2016), 14 das quais com origem e fortes ligações com o sector académico (as
designadas empresas spin-off); a incubadora alcançou, ao longo do ano, uma taxa de ocupação média de 95% –
superior ao ano anterior (88,8%) e correspondente a uma ocupação de 1.603 m2 em 1.682 m2 disponíveis –,
e uma taxa de ocupação de 92% no final do ano, excluindo os espaços de cowork;
no programa cowork, estavam instalados 11 projetos no final do ano em duas salas de cowork; acresce ainda uma
sala de 20 m2 onde estavam instalados dois outros projetos em cowork ao abrigo de parceira com a iniciativa
Vodafone PowerLabs;
o programa de incubação virtual continuou a desenvolver-se de forma muito positiva, tendo ingressado 31
projetos na modalidade start e 4 na modalidade follow-up; o total de empresas neste programa, no final do ano,
ascendia a 84, das quais 57 na modalidade start e 27 na modalidade follow-up.
Em termos de incubação de novas empresas, destaque ainda para o CNC (através do Biocant) e para o SERQ.
O Biocant Park, resultante de um investimento da Câmara Municipal de Cantanhede e do CNC, permite a
consolidação de um conjunto de empresas e instituições de I&D de excelência na região Centro. É o primeiro parque
especializado em biotecnologia em Portugal, cujo objetivo é patrocinar, desenvolver e aplicar o conhecimento
avançado na área das ciências da vida, apoiando iniciativas empresariais de elevado potencial a concretizar e a
valorizar as suas iniciativas empreendedoras promovendo desta forma a fixação de profissionais altamente
qualificados na região. Para além da prestação de serviços especializados avançados em biotecnologia em geral e
nestas áreas em particular, desenvolve as condições favoráveis à afirmação das empresas no mercado global e nas
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
47
redes nacionais e internacionais de biotecnologia, procede à validação científica e económica de projetos em fase
inicial e contribui para a difusão da ciência como mecanismo de desenvolvimento económico e social.
Em abril de 2017, foi inaugurado mais um edifício, o Biocant III, em cerimónia presidida pelo Primeiro-Ministro,
António Costa, acompanhado dos ministros da Economia, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e da Educação.
O parque contava, em 2017, com cerca de 24 empresas aí sediadas, a que acrescem seis empresas afiliadas. Segundo
o CNC, o Biocant aloja já cerca de 1/3 das empresas do sector de biotecnologia em Portugal.
No caso do SERQ, o espaço dedicado à incubação foi reestruturado em 2017, de forma a criar espaços mais
pequenos, alargando-se assim a oferta de espaços para incubação e indo ao encontro das necessidades de entidades
que procuram espaços mais pequenos. No final do ano, estavam incubadas fisicamente no SERQ quatro empresas.
A UC integra ainda outros parques ou plataformas de ciência e tecnologia, nomeadamente:
Obitec – Parque Tecnológico de Óbidos;
Coimbra iParque;
OPEN – Associação Oportunidades Específicas de Negócio;
BLC 3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro;
RIERC – Rede de Incubadoras de Empresas da Região Centro.
Do conjunto de estratégias de eficiência coletiva (clusters e polos) nacionais, destaca-se a participação da UC nas
seguintes, de forma direta ou indireta:
Polo Português do Campus do Mar, desde 2016;
Cluster Agroindustrial do Centro – InovCluster;
Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar – Oceano XXI;
Cluster Habitat Sustentável – Centro Habitat;
Polo de Competitividade da Saúde – Health Cluster Portugal;
Polo de Competitividade das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica – TICE.PT;
Polo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias de Refinação, Petroquímica e Química Industrial – AIPQR
[Associação das Indústrias da Petroquímica, Química e Refinação];
Polo de Competitividade e Tecnologia Engineering & Tooling – Associação Pool-net [Portuguese Tooling Network];
Polo de Competitividade das Tecnologias de Produção – PRODUTECH, através do laboratório associado
Instituto de Sistemas e Robótica (ISR);
Polo de Competitividade e Tecnologia das Indústrias de Base Florestal – AIFF [Associação para a Competitividade
das Indústrias da Fileira Florestal], através do Biocant e do Raíz – Instituto de Investigação da Floresta e Papel.
Ainda neste âmbito, e com o objetivo de estimular as capacidades necessárias à criação de empresas de base
tecnológica, foi promovida mais uma edição do Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica. Registou-se um
decréscimo de participantes (-49,1%) e o número de planos de negócios elaborados também diminuiu em relação
ao ano anterior (de 10 para 6).
Curso de Empreendedorismo de Base Tecnológica [quadro 12]
2013 2014 2015 2016 2017
N.º de participantes 58 92 101 88 55
N.º de unidades de I&D envolvidas 6 5 5 5 10
N.º de empresas/empresários envolvidos, enquanto mentores
11 12 12 10 7
N.º de planos de negócio elaborados 6 5 5 5 10
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
48
No que respeita aos cursos de empreendedorismo de base não tecnológica, registou-se também um decréscimo de
48,3%, passando de 120 formandos em 2016 para 62 no ano de 2017.
No entanto, há que destacar a realização de novos programas de empreendedorismo, como:
EIT Health StarShip Innovation Fellowships (26 participantes): iniciativa educacional do programa EIT Health em
colaboração com parceiros europeus de destaque na área da saúde e liderada pela UC, pelo IESE Business School,
pelo Royal Institute of Technology e pelo IPN, em parceria com 6 empresas europeias parceiras do EIT Health.
O programa EIT Health dá a oportunidade de transformar ideias inovadoras em soluções de mercado,
proporciona suporte para o lançamento do próprio negócio e orienta através do processo de desenvolvimento
de negócio e entrada em mercados estrangeiros;
Ineo Start (43 participantes): programa de formação técnico e humano que adota metodologias
internacionalmente comprovadas, num programa intensivo de um mês, realizado em parceria pelo IPN, pela UC
e pela jeKnowledge, a júnior empresa da FCTUC;
Académica Start UC (35 participantes): projeto de sensibilização, educação e formação dos estudantes da UC
para a inovação e empreendedorismo, desenvolvido pela UC e pela AAC, tendo como base os 26 núcleos de
estudantes da AAC e criando uma rede de “Embaixadores para o Empreendedorismo”.
A UC mantém a aposta no seu notável património edificado e imaterial, que esteve na base da inscrição da
Universidade de Coimbra, Alta e Sofia na lista da UNESCO enquanto Património Mundial da Humanidade e que lhe
permite integrar o restrito grupo das cinco universidades a nível mundial distinguidas pela UNESCO (universidades
da Virgínia, de Alcalá, a Central da Venezuela e a Nacional Autónoma do México). Destacam-se as iniciativas
desenvolvidas durante o ano de 2017 no âmbito das redes Working Group Heritage do Coimbra Group, Rede do
Património Mundial de Portugal, Lugares Património Mundial do Centro, Associação Internacional de Cidades e
Entidades do Iluminismo (AiCEi), Ópera no Património e Associação RUAS. Ao longo do ano foram ainda
desenvolvidas algumas importantes ações como a produção de vídeos, incluindo o filme interpretativo do património
mundial, o desenvolvimento de sinalética para a zona classificada, o desenvolvimento de mapa da zona classificada
para públicos jovens e o plano de eventos para o Ano Europeu do Património Cultural.
Em particular com a UNESCO, realça-se que, no final do ano, se aguardava o resultado do projeto de cátedra Rede
de Patrimónios de Influência Portuguesa, apresentado em abril de 2017. Para além de integrar o Conselho Consultivo
da Comissão Nacional da UNESCO, a UC participou ainda no 5.º Congresso UNESCO UNITWIN 2017 – Cultura,
Turismo e Desenvolvimento.
Com o objetivo de celebrar o quarto aniversário da inscrição na Lista do Património Mundial da UNESCO, realizou-
-se em junho mais uma edição da iniciativa Sons da Cidade. Coimbra voltou a encher-se de música, teatro, concertos,
visitas guiadas, oficinas e muito mais, este ano sob o mote, “A Língua, Vozes que Viajam”, celebrando o património
mundial através da língua e convidando a uma (re)descoberta dos espaços cruzando vários patrimónios, da língua à
música, da imagem à palavra, propondo novas leituras da cidade.
A aposta no património passa naturalmente pelo desenvolvimento de projetos de reabilitação do património
edificado. Assim, e durante o ano de 2017, UC continuou a desenvolver intervenções consideradas prioritárias,
nomeadamente:
requalificação do Paço das Escolas, com a reabilitação da fachada e portal da Biblioteca Joanina concluída e com
a aprovação pela Câmara Municipal de Coimbra do projeto de reabilitação de fachadas e coberturas do Palácio
de São Pedro e da Sala dos Capelos;
reabilitação do Colégio da Trindade concluída, dando lugar à Casa da Jurisprudência, inaugurada no ano de 2017,
com a presença do Primeiro-Ministro António Costa;
recuperação de alguns espaços do Colégio das Artes;
instalação do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra no Colégio de Jesus, com a reabilitação parcial da
cave em fase de projeto;
intervenção de reabilitação do JBUC, com destaque para a reabertura da Mata, sendo agora possível efetuar o
percurso pedonal ou viajar “Da Baixa à Alta pelo Botânico” através da Linha do Botânico, servida por um
autocarro híbrido;
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
49
reabilitação do Estádio Universitário em velocidade cruzeiro, com impacto na melhoria das condições das
infraestruturas destinadas à prática desportiva e tornando-o apto para receber os EUG 2018;
conclusão da recuperação do Teatro Académico Gil Vicente;
intervenção nas residências universitárias João Jacinto, António José d’ Almeida, Padre António Vieira,
Combatentes e Polo II (residência 2), tendo o maior esforço ocorrido na residência do Penedo da Saudade, com
a requalificação completa;
reabilitação da unidade alimentar “Vermelhas”, para acolher o novo restaurante universitário;
otimização da sinalética de vários espaços (por exemplo, tradução da sinalética da Biblioteca Geral para inglês).
O vasto património, o reconhecimento pela UNESCO, a aposta crescente na divulgação do seu património e da sua
história no sentido de se mostrar ao mundo e a profissionalização do setor turístico da UC têm sido fatores para o
crescimento da afluência turística. Em 2017 foi assim ultrapassada a fasquia do meio milhão de visitantes,
correspondendo a um aumento de 13,3% em relação ao ano anterior, com reflexo na receita obtida por esta via.
Importa destacar que a receita gerada pelas visitas turísticas é afeta à reabilitação dos edifícios e à manutenção de
espaços da UC, que não são tradicionais numa universidade. E devido ao aumento significativo do número de
visitantes, a preocupação com a sustentabilidade tem sido crescente, tendo vindo a ser criados procedimentos para
controlar o afluxo de pessoas e para monitorizar os espaços em termos de temperatura, humidade e partículas.
Visitantes ao Circuito Turístico
[gráfico 4]
Com a mesma preocupação de sustentabilidade, tem sido essencial diversificar a oferta e criar programas
alternativos, procurando assim canalizar para outros espaços o excedente de turistas que não tenha lugar disponível
para visitar a Biblioteca Joanina. Ao longo do ano, para além das habituais visitas guiadas noturnas no verão
“UC By Night” e dos programas do Dia Internacional dos Museus e da Noite dos Museus, foram desenvolvidos novos
programas, proporcionando formas diferentes de sentir a UC:
programa solidário “Coimbra Património Mundial”, gratuito, para pessoas apoiadas por instituições de
solidariedade social de Coimbra, tendo como intuito dar a conhecer alguns dos espaços da UC classificados
como Património Mundial pela UNESCO, àqueles que, apesar da proximidade física, têm menos oportunidades
de os visitar;
exposições temáticas na Prisão Académica;
iniciativa "Património de Humanidade", em homenagem a colaboradores da UC;
oferta de programas escolares direcionados para diferentes públicos, desde o pré-escolar ao universitário;
“UC dos pequeninos”, uma iniciativa dirigida a crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos;
exposição itinerante “Arqueologia em Portugal: Recuperar o Passado em 2016”, no JBUC;
abertura da Mata do Jardim Botânico, área de mais de 9 hectares com um património vegetal composto
maioritariamente por árvores centenárias, vegetação em crescimento livre e o bambuzal, sendo possível ainda
encontrar património edificado, do qual se destacam a Estufa-fria, a Capela de São Bento, a Fonte dos Três Bicos,
e ainda o antigo reservatório de águas da cidade e vestígios da Muralha de Coimbra.
206.457245.690
293.132
351.918
442.510
501.583
2012 2013 2014 2015 2016 2017
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
50
Não estando incluída na listagem anterior, destaca-se ainda a exposição “Condemnados à pena última”, patente de
julho a outubro de 2017, no âmbito das comemorações dos 150 anos da abolição da pena de morte em Portugal.
As comemorações contaram ainda com outras iniciativas de que se destaca a sessão solene comemorativa, realizada
no Colégio da Trindade, e que foi presidida pelo Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa mostrou “júbilo
por estar na alma mater da universidade portuguesa” para assinalar a data. As comemorações incluíram ainda a edição
de um ebook que contém as atas relativas ao Colóquio Internacional Comemorativo do Centenário da Abolição da
Pena de Morte em Portugal, que decorreu de 11 a 16 de setembro de 1967, na Faculdade de Direito da Universidade
de Coimbra.
No âmbito das comemorações dos 727 anos da Universidade de Coimbra, comemorados através de um vasto
conjunto de iniciativas, destaca-se a 19.ª edição da Semana Cultural, dedicada ao tema “Quem somos?”. Esta edição
integrou 116 eventos, incluindo espetáculos, exposições, oficinas, conferências e debates, que contaram com um
total de 10.739 espetadores, mais 6.567 comparativamente a 2016. No final, a resposta à questão colocada através
do tema foi dada com o evento “Somos UC”, englobando uma série de iniciativas numa festa com e para o universo
UC, que culminou com a Orquestra Clássica de Coimbra a interpretar um concerto intitulado
“A nossa identidade cultural pela música”, com obras de José Firmino, António Fragoso, Sérgio Azevedo e Domingos
BomTempo.
No que concerne a eventos culturais, acresce ainda um conjunto de outras atividades desenvolvidas ao longo do
ano, espelhadas no quadro infra, num total aproximado de 50.000 espetadores e participantes. Considerando ainda
as audiências do TAGV, foi ultrapassado o número de 100.000 espetadores.
Eventos culturais e audiência [quadro 13]
iniciativas público
19.ª Semana Cultural 116 10.739
Sons da Cidade 2017 I 4.ª edição 20 6.587
Concertos na Joanina 10 1.190
Concertos Centenário Manuel Faria 9 2.880
Concertos Centenário de António Fragoso 6 1.860
Ópera no Património (em Coimbra) 1 2.000
Anozero 13 23.871
O Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra 2017, iniciativa do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra,
organizada em parceria com a UC e a Câmara Municipal de Coimbra, decorreu entre novembro e o final do ano,
dedicada ao tema "Curar e Reparar", propondo, num amplo programa, um diálogo entre a arte contemporânea e o
património multisecular. Durante esse período, foram apresentadas obras de 34 artistas, nacionais e internacionais,
entre os quais se destacam os nomes de Dominique Gonzalez-Foerster, Francis Alys, Jimmie Durham, Julião
Sarmento, Matt Mullican ou William Kentridge e abrangeu diversos edifícios patrimoniais, desde a Sala da Cidade à
Galeria de História Natural do Museu da Ciência.
No conjunto das infraestruturas de atividades culturais da Universidade, o TAGV regista o maior número de
utilizadores. Contudo, em 2017, as audiências de espetáculos sofreram um decréscimo de 7,5% face ao ano anterior,
dado o encerramento temporário da sala para a continuação das obras de requalificação.
Destacam-se o grande acréscimo de visitantes do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (+65,1%) – que se
justifica essencialmente pela sua integração no Circuito Turístico a par com o crescimento verificado no número de
turistas, bem como pelas atividades desenvolvidas pelo MCUC – e a tendência de crescimento observada no número
de utilizadores do Auditório, verificada desde 2016.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
51
Utilizadores de infraestruturas de atividades culturais e de divulgação de ciência [quadro 14]
2014 2015 2016 2017
Auditório da Reitoria 12.343 15.184 23.710 24.533
Exploratório 26.680 26.306 35.113 41.276
MCUC 19.978 22.060 31.500 52.000
Palácio de São Marcos 2.419 3.728 3.655 4.743
TAGV 67.327 60.571 56.577 52.348
Há que destacar ainda o papel do Exploratório Infante D. Henrique – Centro Ciência Viva de Coimbra, espaço
interativo de divulgação científica e tecnológica, que funciona como plataformas de desenvolvimento regional através
da dinamização dos atores regionais mais ativos nestas áreas. O ano de 2017 distinguiu-se pela estabilização a nível
da oferta de exposições e de programas realizados no Centro, mas também pelo exponencial aumento de atividades
realizadas fora de portas.
No que toca a visitantes ao espaço do Exploratório, verificou-se um crescimento de 17,6% em relação ao ano
anterior, o que representa quase a duplicação do número de visitas recebidas em apenas dois anos. O número de
visitas em contexto familiar, 20.382, foi muito próximo do número de visitas em contexto escolar, 20.894, reflexo
do esforço feito na diversificação de programas dirigidos a públicos distintos, procurando abrir o Exploratório a
todos, à cidade, à região, às famílias, aos adultos e não apenas às crianças e escolas.
Mas a grande novidade no que toca a públicos reside efetivamente no conjunto de atividades promovidas fora de
portas, em locais exteriores ao Exploratório e que totalizou em 2017 o extraordinário número de 101.598 visitantes
(não constantes do quadro anterior). Foram diversas as atividades externas realizadas, salientando-se, o Espaço
Ciência na ExpoFacic em Cantanhede, cuja exposição desenvolvida pelo Exploratório, intitulada Com a Cabeça na
Lua, contou com mais de 68.000 visitantes em 11 dias de feira. Também a exposição “Os Dinossauros Visitam a
Figueira” registou cerca de 21.000 visitas apenas entre julho e dezembro.
Para finalizar o périplo pelas infraestruturas de atividades culturais, no Centro Cultural D. Dinis, espaço ao dispor
da comunidade universitária gerido pelos SASUC, deu-se continuidade à promoção de atividades de cariz cultural e
académico, tendo-se realizado um total de 246 eventos (menos 19,3% face a 2016), de onde se destacam seminários,
reuniões, ações de formação e workshops, jantares de tertúlia ligados a temas de interesses para a comunidade
académica, sessões de cinema, lançamento de livros e outros eventos associados a serviços de catering, entre outros.
Nesta área destaca-se ainda a realização de dois encontros temáticos intergeracionais agregadores de antigos
estudantes da UC (Revival Anos 90 no Centro Cultural D. Dinis, na Queima das Fitas e Latada).
O prémio Universidade de Coimbra, atribuído desde 2004 a uma personalidade de nacionalidade portuguesa que se
tenha destacado por uma intervenção particularmente relevante e inovadora nas áreas da cultura ou da ciência,
distinguiu em 2017 a coreógrafa, professora e programadora Madalena Victorino. O seu trabalho foi reconhecido
pela sua carga humanística, tendo sido responsável pela criação de diversos projetos culturais e artísticos de
dimensão comunitária e tendo sido distinguida pelo Ministério da Cultura como uma das “Mulheres Criadoras da
Cultura” em 2015.
No âmbito do desporto, o Estádio Universitário – cuja missão visa proporcionar o exercício de atividades físicas à
comunidade universitária e à comunidade em geral, quer pela disponibilização de instalações quer pela organização
de atividades desportivas, de recreio e lazer –, tem sido objeto de obras de conservação e reabilitação, com vista à
melhoria das condições para a prática desportiva tendo em conta o acolhimento dos EUG 2018. Em 2016 foram
concluídas as obras do pavilhão I e em novembro de 2017 iniciada a empreitada de reabilitação e conservação do
pavilhão 2, levando ao condicionamento da frequência das instalações, o que contribuiu para a redução de 6,85% no
número de utilizações comparativamente a 2016.
Realça-se que, do total de utilizadores contabilizados nas instalações do EU, 88,2% são praticantes das secções
desportivas da Associação Académica de Coimbra.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
52
Utilizadores do Estádio Universitário [quadro 15]
2014 2015 2016 2.017
202.624 189.846 176.868 164.760
No contexto da profunda mudança na organização do desporto na UC foi criado, em 2016, o Gabinete do Desporto
da Universidade de Coimbra, com o objetivo de garantir o desenvolvimento do desporto universitário e a melhor
organização dos EUG 2018 e dos eventos que os antecedem, tendo sempre presente a perspetiva do
equilíbrio financeiro e desenvolvimento e consolidação da organização, bem como promover o desporto e atividade
física na comunidade académica.
De 13 a 28 de julho de 2018, Coimbra receberá a quarta edição dos EUG, sendo que este será o maior evento
multidesportivo alguma vez realizado em Portugal – mais de 4.000 atletas, de 350 universidades e de 40 países, em
competição em 13 modalidades, com o apoio de 1.000 voluntários e com um orçamento operacional de cerca de
5M€. Para que o evento seja o sucesso que a UC espera, decorreram ao longo de todo o ano de 2017 os trabalhos
do GDUC, sempre em articulação com as restantes entidades coorganizadoras – nomeadamente a Federação
Académica do Desporto Universitário, a AAC e a Câmara Municipal de Coimbra.
Servindo de teste à organização dos Jogos Europeus Universitários 2018, decorreram, em julho de 2017, os
Campeonatos Europeus Universitários de Judo, Karaté e Taekwondo, envolvendo cerca de 600 atletas de toda a
Europa.
No âmbito da promoção da atividade desportiva na UC, foram dinamizadas algumas iniciativas como:
desenvolvimento do programa de atividade física “Experimenta”, dirigido a toda a comunidade universitária,
permitindo a experimentação de um leque de atividades desportivas, como condição física, defesa pessoal,
canoagem, judo, natação e yoga;
curso de árbitros de futsal, organizado pelo GDUC, em parceria com a Associação de Futebol de Coimbra;
parceria da UC e dos Jogos Europeus Universitários na décima edição da Volta a Portugal de Cadetes, realizada
em agosto, sendo a UC palco da apresentação das equipas que participaram e de uma tertúlia desportiva que
mostrou aos jovens ciclistas a importância de conciliar os estudos com a prática desportiva baseada na ética,
e disponibilizando as suas residências universitárias para a acomodação de todos os atletas e equipas ao longo
dos três dias da prova;
promoção de atividades desportivas para alojados nas residências universitárias, com a realização da 3.ª edição
do Torneio Inter-Residências, com 441 participantes;
implementação de projeto para a promoção da prática desportiva nas residências universitárias, com 51
participantes.
No final de 2017, a Rede UC – nascida no seio da Universidade, com o objetivo de aproximação aos antigos
estudantes, reconhecendo-os como verdadeiros embaixadores da UC em Portugal e no mundo e que se pretende
que contribuam decisivamente para a atração de novos estudantes, nacionais e internacionais – apresentava um total
acumulado de 32.989 adesões, correspondente a um acréscimo de 3,2% face a 2016.
Adesões à Rede UC (valor acumulado) [quadro 16]
2013 2014 2015 2016 2017
27.598 29.301 30.819 31.970 32.989
Neste âmbito, destacam-se algumas ações como o programa "Somos UC", que inclui o estabelecimento de
protocolos com benefícios para a comunidade UC, incluindo os antigos estudantes, o lançamento da página para
alumni da UC ou a conclusão do protótipo do cartão para alumni.
No âmbito do programa de Embaixadores da UC, a cantora e compositora Adriana Calcanhotto – embaixadora da
Universidade de Coimbra no Brasil desde dezembro de 2015 – regressou a Coimbra, em 2017, como professora
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
53
convidada, tendo sido responsável por um conjunto de iniciativas (cinco masterclasses, um workshop, uma exposição,
o lançamento de um livro e um concerto).
No que respeita ao relacionamento com a comunidade local, mantém-se o dinamismo nas parcerias entre a UC e
os agentes da cidade e da região, com destaque para a Câmara Municipal de Coimbra, sendo exemplos desta profícua
relação a promoção de Coimbra como cidade da Saúde (M8Alliance e Ageing@Coimbra), a realização do World
Health Summit Coimbra 2018, a preparação dos Jogos Europeus Universitários 2018, a organização dos Campeonatos
Europeus Universitários de Judo, Karaté e Taekwondo, o Anozero – Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, a
coordenação da programação do TAGV e do Convento São Francisco, a abertura da mata do Jardim Botânico ao
público e a nova linha de transportes públicos via Jardim Botânico ou a criação dos lugares de estacionamento de
curta duração na Alta Universitária.
Em parceria com o CHUC, no âmbito do Centro Académico e Clínico, tem havido uma intensa atividade na
organização da World Health Summit Coimbra 2018, na continuação da promoção da iniciativa Ageing@Coimbra, e
um grande esforço para avançar na promoção de mecanismos de promoção da translação dos resultados da
investigação para a atividade clínica.
As diversas entidades integrantes do Grupo UC contribuem de forma ativa e decisiva para o desenvolvimento,
progresso e bem-estar da sociedade, mas é imperativo destacar, em 2017, o papel da UC, em particular do Centro
de Estudos sobre Incêndios Florestais da ADAI, cuja equipa foi convidada pelo Governo para elaborar o relatório
sobre o primeiro dos dois grandes e trágicos incêndios que marcaram o país. A divulgação deste relatório, pelo seu
conteúdo e impacto, causou um amplo debate a nível nacional, sobre as origens do incêndio e sobre a divulgação de
dados relacionados com o incêndio, mas principalmente sobre a temática dos incêndios florestais e sobre o
desenvolvimento de atividades inovadoras neste âmbito.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
57
4. SUSTENT ABILIDADE
A Universidade de Coimbra pretende afirmar-se como uma universidade global. Para tal, deve adotar uma perspetiva
de gestão sustentável das suas atividades e dos seus recursos, na qual deve basear toda a sua atuação, permitindo-
-lhe responder com eficiência e eficácia às necessidades do presente para, desta forma, assegurar o seu futuro.
E como a sustentabilidade e a responsabilidade social são uma preocupação transversal às IES, foi constituído, em
janeiro de 2017, o ORSIES – Observatório da Responsabilidade Social e Instituições de Ensino Superior, por iniciativa
da Fórum Estudante e da Secretaria de Estado do Ensino Superior, e que a UC integra desde o momento da sua
criação.
Constituída por 30 instituições de ensino superior nacionais, esta rede colaborativa pretende fomentar a dimensão
social das IES e promover a troca de experiências sobre as políticas e práticas de responsabilidade social. Entre
outros, tem como objetivos reforçar a consciência e a ação cívica da comunidade das IES nacionais; desenvolver
ações comuns, partilhadas e com impacto social de responsabilidade social nas/das IES nacionais; implementar
diagnósticos e benchmarking nacional e internacional; desenvolver indicadores de monitorização e impacto;
e partilhar metodologias, instrumentos, experiências e boas práticas.
Tendo em vista o desenvolvimento de um Livro Verde sobre responsabilidade social e instituições de ensino superior
portuguesas – com recomendações quer para as IES, como para a tutela –, o ORSIES desenvolveu ao longo de todo
o ano um intenso trabalho, que assentou num modelo de cocriação com base numa metodologia participativa,
envolvendo as partes interessadas relevantes na construção de uma visão partilhada. Neste contexto foi realizado
um workshop e 11 audições mensais, temáticas e com discussão, identificação de recomendações e de boas práticas
pelas IES, nas quais a UC participou ativamente. Para além de ter integrado os grupos de trabalho, a UC foi uma das
instituições convidadas para integrar o Conselho Consultivo do Livro Verde, dado o reconhecimento do seu trabalho
neste âmbito.
Realça-se ainda que a UC acolheu e organizou uma das reuniões mensais e apresentou, ao longo do ano, um total
de 17 boas práticas de sustentabilidade e responsabilidade social, distribuídas pelas várias áreas temáticas em que o
Livro Verde será estruturado, e algumas da quais desenvolvidas pela UC em 2017 e constantes do presente capítulo.
"Never doubt that a small group of thoughtful, committed, citizens can change the world.
Indeed, it is the only thing that ever has.”
Margaret Mead
4.1. INTERNACIONALIZAÇÃO
A internacionalização é o processo de definição e integração de uma dimensão internacional e intercultural
no ensino, na investigação e relação com a comunidade, como meio de desenvolver
a qualidade e relevância na realização da missão e visão institucionais.
O número de estudantes de nacionalidade estrangeira inscritos em cursos conferentes de grau e em pós-
-graduação/especialização – excluindo estudantes em mobilidade incoming –, continua a aumentar de ano para ano.
Com base nos dados finais do ano letivo 2016/2017, verificou-se um aumento de 8,8% face ao ano anterior,
representando estes estudantes 10,6% do total (mais 1 p.p. comparativamente a 2015/2016). Do total de 2.270
estudantes inscritos, 80,2% eram provenientes de países da CPLP, 9% da União Europeia e 10,7% de outros países;
por país, destaca-se o Brasil, com 62,9% do total.
Para o ano letivo 2017/2018, e com dados ainda provisórios (a 31 de dezembro), o número atinge os 2.515
estudantes, o que corresponde a uma percentagem de 11,8% face ao total de inscritos e a um crescimento de 10,8%
face ao ano anterior.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
58
Estudantes de nacionalidade estrangeira
[quadro 17]
2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018*
inscritos regime normal e EEI 2.082 2.086 2.270 2.515
mobilidade incoming 1.404 1.471 1.683 1.0-56
Total 3.486 3.557 3.953 3.571
* dados a 31 de dezembro de 2017
Nota: não inclui cursos de formação e disciplinas isoladas
Considerando o total de estudantes de nacionalidade estrangeira, i.e., englobando também a mobilidade incoming,
o número ascendeu a 3.953 no ano letivo 2016/2017, o que representa 17,1% do total de estudantes em cursos
conferentes de grau e em pós-graduação/especialização (com mobilidade incoming) e um aumento de 11,1% face ao
ano letivo anterior. Não é apresentado o número de estudantes em mobilidade incoming no ano letivo 2017/2018
por a 31 de dezembro estarem apenas disponíveis dados do primeiro semestre, não comparáveis com os dados dos
anos letivos anteriores.
Tendo em conta a aprovação e a publicação do “Regulamento do concurso especial de acesso e ingresso do
estudante internacional a ciclos de estudo de licenciatura e integrados de mestrado na Universidade de Coimbra”,
o enquadramento académico dos estudantes de nacionalidade estrangeira sofreu significativas alterações desde o
ano letivo 2014/2015, pelo que importa fazer a sua análise isolada. Assim, observando apenas os dados referentes a
estudantes internacionais, constata-se que o número de inscritos em cursos de licenciatura e mestrado integrado3
tem vindo a aumentar significativamente desde a entrada em vigor do EEI: de 261 em 2015/2016 para 354 no ano
seguinte, correspondendo a um acréscimo de 93 estudantes (+35,6%); considerando os dados provisórios do ano
letivo 2017/2018 (a 31 de dezembro), podemos já observar um grande acréscimo, de 177 estudantes face ao ano
anterior, o que corresponde a um aumento de 50%.
Estudantes internacionais, por regime de candidatura
[quadro 18]
2015/2016 2016/2017 2017/2018**
L MI ME Total L MI ME Total L MI ME Total
Regime de acesso e ingr. Est. Int. 148 83 - 231 214 118 - 332 330 169 - 499
Reingresso 1 1 7 9 2 0 5 7 3 1 5 9
Mudança de par instituição/curso * 21 7 - 28 16 4 - 20 24 4 - 28
Cursos de 2.º ciclo - - 239 239 - - 397 397 - - 454 454
Total 170 91 246 507 232 122 402 756 357 174 459 990
* designação decorrente do Regulamento dos Regimes Reingresso e de Mudança de Par Instituição/Curso no Ensino Superior (Portaria n.º 181-D/2015, de 19 de junho); inclui os
estudantes que ingressaram, até 2015/2016, pelos anteriores regimes de mudança de curso e de transferência
** dados a 31 de dezembro de 2017
Considerando que, nos termos do EEI, as instituições “podem fixar valores diferenciados para as propinas dos estudantes
internacionais”, a UC determinou um novo valor de propina para os estudantes internacionais de mestrado de
continuidade logo no primeiro ano de aplicação do novo estatuto, ou seja, no ano letivo 2014/2015. No que respeita
aos mestrados de formação avançada e de formação ao longo da vida, importa contextualizar que apenas em
2015/2016 se passou a aplicar o regime de EEI. Realça-se que os estudantes internacionais acedem aos mestrados
não integrados por via do acesso geral a cursos de 2.º ciclo ou através de regimes como o reingresso e não através
de um concurso especial e específico.
3 Através do regime de acesso e ingresso EI e de outras formas de acesso, uma vez que aos estudantes internacionais que sejam admitidos através dos regimes de reingresso ou mudança de par instituição/curso se aplica o mesmo regime do Estudante Internacional.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
59
Assim, no conjunto dos mestrados (não integrados), registaram-se 246 estudantes internacionais em 2015/2016, ano
em que foi aplicado o EEI aos outros mestrados. No ano seguinte, registou-se um aumento de 63,4%, que
corresponde a mais 156 estudantes face ao ano 2015/2016; e a tendência continua a ser crescente, visto que em
2017/2018, à data de 31 de dezembro, já estavam registados 459 estudantes internacionais (+14,2%).
Observando a evolução do total de estudantes ao abrigo do EEI, o aumento foi de 31% no último ano letivo (dados
a 31 de dezembro) e representa 7,3 vezes mais o número registado no primeiro ano letivo de aplicação do Estatuto,
2014/2015.
Evolução do número de estudantes internacionais
[gráfico 5]
* dados a 31 de dezembro de 2017
No ano letivo 2015/2016, os estudantes internacionais concentravam-se maioritariamente nos ciclos de licenciatura
e de mestrado integrado; em 2016/2017, a situação inverteu-se, com 53,2% dos estudantes internacionais a
frequentar os outros cursos de mestrado, dado um maior aumento de estudantes internacionais a frequentar estes
ciclos de estudos comparativamente ao aumento verificado em licenciatura e mestrado integrado. De acordo com
os dados provisórios de 2017/2018, a situação poderá inverter-se novamente, voltando os ciclos de estudos de
licenciatura e de mestrado integrado a captar mais estudantes internacionais.
Estudantes internacionais, por tipo de ciclo, no ano letivo 2016/2017
[gráfico 6]
Tendo em conta o país de origem, os estudantes inscritos na UC ao abrigo do EEI no ano letivo 2016/2017 eram na
sua maioria provenientes de países da CPLP (696, correspondente a 92,1% do total), com maior destaque para o
Brasil (616), representando 81,5% do universo total de EEI, seguido de Angola (68 estudantes, 9% do total de EEI);
dos restantes países da CPLP, apenas frequentavam a UC ao abrigo deste regime estudantes provenientes de
Moçambique (7), de Cabo Verde (3) e da Guiné-Bissau (1). Quanto aos outros países, não CPLP, a China é o país
mais representado, com 16 estudantes (2,1%), seguido do Irão, dos Estados Unidos e da Rússia, com 5, 4 e 3
estudantes, respetivamente. Seguem-se 26 países com um ou dois estudantes cada, representados na figura seguinte
a cor verde e a cor azul, respetivamente.
135
507
756
990
2014/2015 2015/2016 2016/2017 2017/2018*
30,7%
16,1%
53,2%
L MI ME
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
60
Estudantes internacionais, por país de origem, no ano letivo 2016/2017 [figura 5]
Os números anteriores não refletem os inscritos nos cursos Ano Zero, não conferentes de grau, preparatórios,
dirigidos a futuros estudantes, que lhes permitem iniciar o seu curso com níveis de conhecimentos e de fluência da
língua apropriados. Estabelece-se assim a ponte entre os conhecimentos base dos estudantes, tão diversos como os
sistemas de ensino de onde provêm, e os requisitos de entrada dos cursos da UC. No ano letivo 2016/2017,
registaram-se 10 estudantes em dois cursos do Ano Zero, dos quais 7 provenientes da China, a frequentar o Ano
Zero – Língua Portuguesa, e 3 provenientes da Síria, Líbia e Moçambique no Ano Zero – Ciência e Tecnologia.
Com o objetivo de contribuir para a difusão da língua e cultura chinesas e de ser um espaço de desenvolvimento da
medicina tradicional chinesa em Portugal, o Instituto Confúcio da Universidade de Coimbra procura estreitar as
relações entre Portugal e China. No ano letivo 2017/2018, o Instituto Confúcio lançou a sua oferta formativa para
os cursos de Língua Chinesa (I-V) e Health and Wellness (Saúde e Bem-Estar). Durante o ano de 2017 promoveram
vários eventos, destacando-se a realização de um ciclo de jantares-debate, com o objetivo de refletir sobre os
principais desafios da relação entre os dois países, e a receção do programa “UC dos pequeninos 2017”, onde 16
jovens acompanhados pelos respetivos professores fizeram uma visita e puderam contactar com a língua e cultura
chinesas.
Entre as inúmeras iniciativas desenvolvidas nesta área de sustentabilidade, manteve-se um programa regular de
apresentações públicas, visitas a escolas e participação em feiras internacionais dirigidas a candidatos ao ensino
superior (Brasil, China, Moçambique e Colômbia). Em particular no caso da China, a participação da UC na China
International Education Exhibition Tour, a realização da primeira Escola de Verão para Jovens talentos de Macau, em
colaboração com Governo de Macau, a participação no forum dos Think Tanks da China e dos Países de Língua
Portuguesa em Macau e a participação no encontro anual dos Instituto Confúcio do mundo, em Xi'na.
Observando agora em particular os dados de mobilidade, conclui-se que a evolução continua a ser bastante positiva,
tendo-se registado um acréscimo de 7,9% na procura e um acréscimo de 14,4% na frequência da UC em regime de
mobilidade incoming em 2016/2017.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
61
Estudantes de nacionalidade estrangeira candidatos e efetivos em programas de mobilidade incoming
[gráfico 7]
A grande maioria provém do programa ERASMUS (65,2%), e considerando a origem geográfica, são essencialmente
oriundos da Europa (64,5%) e da América (33,2%), destacando-se, em termos de países, o Brasil, de onde são naturais
31,9% dos estudantes. Destacam-se também a Itália (17,3%) e a Espanha (14,1%), mantendo-se como o segundo e
terceiro país de origem, respetivamente.
Contrariando a tendência de crescimento já verificada há alguns anos, no ano letivo 2016/2017 houve uma diminuição
no número de estudantes portugueses que vão fazer uma parte do seu plano de estudos fora do país – estudantes a
frequentar os programas de mobilidade outgoing – registando um decréscimo de 2,6%.
De entre os diversos programas, destaca-se o ERASMUS, com 88,6% do total de estudantes outgoing. Dentro deste
programa, mantêm-se os principais destinos comparativamente a ano anterior, escolhendo o maior número de
estudantes a Itália (19,4%) e a Espanha (19%). Nas posições seguintes também não se verificam alterações – Polónia
(10,5%), República Checa (10,2%) e França (5,4%) –, destacando-se apenas a entrada da Eslovénia (5,3%) neste top 6
constituído por países com mais de 5% de procura como destino, substituindo a Alemanha, que cai para a 9.ª posição
na preferência dos estudantes da UC que optam por fazer um programa de mobilidade no exterior.
Estudantes candidatos e efetivos em programas de mobilidade outgoing
[gráfico 8]
Ainda no âmbito da aposta da UC na internacionalização, há a destacar 1.716 acordos de cooperação em 2016/2017
no âmbito do Programa ERASMUS Aprendizagem ao Longo da Vida, representando um acréscimo de 2%
relativamente ao ano letivo anterior. Do total, 58,2% foram estabelecidos com instituições de Espanha, Itália, França
e Alemanha.
No que diz respeito ao pessoal docente e investigador, registaram-se 120 situações de docentes em missões de
ensino ERASMUS (outgoing), mantendo-se a tendência de crescimento (mais 4,3% em relação a 2015/2016). Como
principais destinos das missões destacam-se Espanha (34,2%), França (15,8%) e Itália (15%). As principais áreas de
estudo foram as ciências sociais e do comportamento (23,3%), as ciências físicas (15%), os serviços (10,8%) e a
engenharia (10%).
2.089
1.666
1.9422.020
2.180
1.667
1.376 1.4041.471
1.683
2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017
Estudantes candidatos a programas de mobilidade
Estudantes em programas de mobilidade
1.145
1.419
1.572
1.8401.753
599 549
712831 809
2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017
Estudantes candidatos a programas de mobilidade
Estudantes em programas de mobilidade
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
62
Docentes candidatos e efetivos a programas de mobilidade outgoing
[gráfico 9]
Ainda no que respeita à mobilidade, em junho, a UC celebrou os 30 anos do programa ERASMUS, com o evento
“Erasmus Turns 30 Sunset”. A festa de aniversário, aberta a toda a comunidade académica, decorreu no Largo da
Porta Férrea, com o objetivo de juntar todos à volta de um mesmo evento para celebrar um programa reconhecido
como o de maior sucesso na União Europeia.
No ano de 2017, foram registadas 315 pessoas no Welcome Centre for Visiting Researchers, um serviço da Universidade
de Coimbra especialmente vocacionado para receber e acompanhar investigadores visitantes, distribuídos por
tipologia de acordo com o gráfico infra e representando 33 nacionalidades.
Visitantes registados no Welcome Centre for Visiting Researchers
[gráfico 10]
Uma significativa parte da dimensão internacional da Universidade de Coimbra reflete-se também na sua extensa e
dinâmica participação em redes, parcerias e associações de cooperação internacional. Em termos de cooperação
institucional, a UC mantém a sua participação em pelo menos 13 redes mundiais de universidades, com destaque
para o Coimbra Group, o Grupo de Coimbra de Universidades Brasileiras, a AULP – Associação de Universidades de
Língua Portuguesa, a EUA – European University Association e a FORGES – Fórum da Gestão do Ensino Superior nos
Países e Regiões de Língua Portuguesa. Em 2017, a UC foi reeleita para novo mandato de 4 anos como membro do
Executive Board do Coimbra Group e foi reeleita para uma das Vice-Presidências da AULP.
Esta posição é ainda reforçada pela presença da maioria das entidades que integram o Grupo Público UC em redes
internacionais de investigação e de ligação à comunidade. Por exemplo, o CES participa em 32 redes internacionais,
com particular enfoque na promoção de diálogos Norte-Sul e Sul-Norte, no qual os países de língua oficial portuguesa
constituem um instrumento de importância fulcral. O CNC incrementou no último ano o número de colaborações
e parcerias internacionais, tendo contabilizado, em 2017, mais de 600 – quase o dobro das verificadas em 2016
(cerca de 350) – e atingindo um valor de cerca de 50% das publicações com colaborações com grupos de investigação
internacionais. Ainda no que respeita a redes internacionais, o IPN é outra entidade que merece destaque, tendo
passado a integrar, em 2017, o Conselho Diretor da rede EARTO (European Association of Research and Technological
140
101
146 153169 187
73 7991
112115
120
2011/2012 2012/2013 2013/2014 2014/2015 2015/2016 2016/2017
Docentes candidatos a programas de mobilidade
Docentes em missões de ensino ERASMUS
244
45
125
Investigação
Pós-Doutoramento
Doutoramento
Professor Visitante
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
63
Organisations), para além de integrar outras importantes redes como a TII (European Association for the Transfer of
Technologies, Innovation and Industrial Information), a EIT Health Innostars, ou a European Business & Innovation Centres
Network (EBN).
Sendo a UC uma referência para a difusão da língua e da cultura portuguesas, é fundamental destacar a procura da
aprendizagem de português como língua não nativa. Os cursos de português para estrangeiros, nas suas diversas
modalidades – curso anual, cursos intensivos, curso de férias ou o curso Ano Zero – Língua Portuguesa – registaram
um aumento de 116 de inscritos em 2016/2017 (totalizando 662 inscritos neste ano), o que corresponde a um
crescimento de 21,2%. Quanto às unidades curriculares dedicadas à língua portuguesa para estrangeiros – Língua
Portuguesa Erasmus e Português Expressão Oral e Escrita (para o curso Ano Zero – Ciência e Tecnologia) –
registaram um acréscimo de procura em 25,7%, contando, no ano letivo 2016/2017, com 215 inscritos.
Em paralelo, a UC tem também mantido a aposta na lecionação de cursos em parceria com instituições estrangeiras
de ensino superior de reconhecido prestígio, aproveitando sinergias internacionais, incluindo seis mestrados Erasmus
Mundus, nas áreas de filosofia (EUROPHILOSOPHIE), psicologia (WOP-P), neurociências (NEURASMUS, com a
participação do CNC), ecologia (IMAE), construção civil (SUSCOS) e engenharia de materiais (TRIBOS). Acresce
ainda o programa doutoral internacional em Biologia Experimental e Biomedicina, no âmbito da ENC Network –
European Neuroscience Campus Network (que o CNC integra) e um mestrado em parceria com outras instituições
internacionais, Património Europeu, Multimédia e Sociedade de Informação (com quatro universidades parceiras).
Por fim, a UC oferece, através da Iniciativa Energia para a Sustentabilidade, e em articulação com a área de Sistemas
Sustentáveis de Energia do programa Massachusetts Institute of Technology (MIT)-Portugal, três programas
interdisciplinares de formação avançada – curso de especialização, mestrado e doutoramento
4.2. CIDADANIA E INCLUSÃO
A cidadania e inclusão assentam num conjunto de instrumentos de política que visam criar condições de maior equidade
social no acesso a direitos de participação cívica, à qualificação e educação e ao mercado de trabalho, bem como promover
a integração neste com base no acesso a bens e serviços socialmente relevantes.
Inclui-se nesta vertente de sustentabilidade a ação social, área em permanente adequação de respostas às
necessidades e aos novos desafios, decorrentes das alterações e constrangimentos do contexto do ensino superior,
condicionado pela forte competitividade entre instituições, pelas condicionantes demográficas e pela crescente
multiculturalidade nos campi universitários. A estratégia tem passado pela adequação dos apoios e serviços
disponibilizados à comunidade UC, pela realização de investimentos potenciadores da qualidade e da melhoria
contínua dos serviços prestados neste âmbito e pela promoção da notoriedade e prestígio da ação social da UC.
Dada a sua importância e atendendo a todas as atividades desenvolvidas no âmbito da ação social, esta área integra
o presente relatório como capítulo autónomo.
A segurança internacional foi definida, no Plano Estratégico 2015-2019, como uma incerteza-chave a acompanhar no
horizonte temporal 2025, sendo considerada uma questão essencial no contexto estratégico onde a Universidade
de Coimbra se insere e onde irá competir e cooperar. Neste sentido, a UC acompanha regularmente a evolução de
alguns outros indicadores chave, que ajudam a identificar opções estratégicas e a definir o que pode ou deve
implementar.
Neste contexto, e no espírito da matriz identitária da UC e do lema de Universidade Global, mantém o programa
de acolhimento de estudantes refugiados, oferecendo a frequência, na qualidade de estudante internacional, a jovens
de famílias de refugiados a quem o Governo português haja reconhecido este estatuto. Para além de mobilizar os
mecanismos necessários ao suporte financeiro dos custos académicos, compromete-se a promover o acolhimento
e integração destes jovens, mobilizando as muitas e diversas vertentes – académica, social, cultural – das suas
estruturas de apoio.
Para além de estar ativamente envolvida com as universidades do Coimbra Group na criação de sinergias a nível
europeu na resposta à crise de refugiados, a UC articula os seus esforços com entidades estrategicamente
vocacionadas para o apoio em causa, como o Conselho Português para os Refugiados, a Plataforma de Apoio aos
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
64
Refugiados, a Câmara Municipal de Coimbra, a Associação Académica de Coimbra, a Fundação Assistência,
Desenvolvimento e Formação Profissional de Miranda do Corvo. Com o objetivo de contribuir para a criação de
um ambiente multicultural e inclusivo na cidade, destacam-se as parcerias desenvolvidas em 2017 com o Alto
Comissariado para as Migrações e com a Delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa.
No âmbito da Global Platform for Syrian Students, uma iniciativa do antigo presidente Jorge Sampaio, a UC acolhe
estudantes refugiados desde o ano letivo 2013/2014. No ano de 2015/2016, estavam inscritos 6 estudantes sírios,
dos quais um concluiu os estudos nesse ano e um concluiu em 2016/2017, continuando quatro inscritos no ano
letivo 2017/2018 (um em mestrado e três em doutoramento). Destes, houve um que se destacou em 2017,
Mohammad Safeea, por ter tido 20 valores na sua tese de mestrado em Engenharia Mecânica, brilhando na área da
robótica e tendo prosseguido para o curso de doutoramento na mesma área, que frequenta atualmente.
Inserido na 19.ª Semana Cultural, realizou-se em março no Teatro Académico de Gil Vicente a sexta edição do
Concerto Solidário da Universidade de Coimbra, com a fadista Yolanda Soares, cuja receita reverteu a favor dos
jovens estudantes refugiados que frequentam a UC, contribuindo a receita angariada apoiar as suas despesas do
dia-a-dia, já que estão isentos de propinas.
Numa perspetiva mais abrangente de direitos dos estudantes, a UC deu início em 2017 à revisão do Regulamento
de Direitos Especiais dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Este Regulamento reúne num único documento
os direitos especiais de todos os estudantes, uniformizando e generalizando a sua aplicação, eliminando tratamentos
diferenciados. Visa ainda promover um equilíbrio e proporcionalidade entre os diferentes direitos especiais e uma
aplicação rigorosa das regras, reconhecendo a importante atividade extracurricular desenvolvida pelos estudantes
em certas áreas, e que, por poder interferir com o número de horas de trabalho prevista para cada semestre,
permite a atribuição de determinadas regalias. No essencial, estes estatutos, para além de serem referidos no
Suplemento ao Diploma, permitem ao estudante ter acesso à época especial de exames, ao adiamento no prazo de
entrega de trabalhos ou outros elementos de avaliação ou à justificação de faltas quando haja coincidência de
atividades e aulas/avaliações.
Entre outros, consideram-se abrangidos por direitos especiais na UC os trabalhadores-estudantes, os estudantes
com necessidades educativas especiais, os estudantes bombeiros, militares, atletas de alto rendimento, atletas da
UC, dirigentes associativos jovens da UC, membros de órgãos da UC, integrados em atividades culturais da UC ou
com participação em atividades de reconhecido mérito universitário. Consideram-se também abrangidos estudantes
com outros direitos especiais decorrentes de distintas situações, de que são exemplo a mobilidade estudantil, os
regimes especiais de ingresso, as situações de mãe / pai estudante ou de estudantes que professem confissão religiosa
cujo dia de repouso ou culto não seja ao domingo.
Noutra vertente, no âmbito de programas alternativos à praxe, as boas-vindas aos novos estudantes da UC em
2017/2018 foi realizada no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, através da iniciativa UC.Plantas. Com o
lema “Saber plantar o futuro”, todos os novos estudantes foram convidados a adotar e a cuidar de uma planta
durante o ano letivo. Essa árvore irá depois ser plantada num espaço verde da região, em colaboração com o Instituto
da Conservação da Natureza e das Florestas, com o empenho de toda a comunidade académica. Com esta ação de
promoção da biodiversidade e de recuperação das florestas nacionais, a UC quis acolher e dar as boas-vindas aos
estudantes do 1.º ano, de forma sustentável, promovendo "fortes laços de inclusão dos novos estudantes com os
seus colegas, através de uma maior consciência e responsabilidade ambiental”.
Destaca-se ainda o desenvolvimento de outros programas alternativos à praxe, como a realização da quarta edição
do Cri’actividade, que contou com a realização de debates, música, concursos de poesia, convívios e eventos
desportivos.
Ainda nesta área de cidadania e inclusão, destaca-se o projeto Social4aLife, resultado de uma parceria entre a AAC
e a UC, e que visa promover a inovação e o empreendedorismo social, procurando sensibilizar e mobilizar toda a
comunidade estudantil da Universidade de Coimbra para as questões da inovação e empreendedorismo social aliadas
às questões de sustentabilidade. Tendo como referencial a declaração dos 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável assinado pelos países da ONU e com enquadramento nos objetivos definidos para o projeto INOV C
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
65
2020, desafiará assim a comunidade estudantil a desenvolver ações, a título individual ou em equipas, com vista a
sensibilizar e a mobilizar toda a comunidade e a cidade para esta temática. Aberta a fase de candidaturas em 2017,
as sessões de sensibilização decorrem em 2018.
De salientar que a UC manteve o selo de atribuição de 5 estrelas (classificação máxima) pela QS Stars, atribuído em
2013, na área de inclusão – Acess, que inclui indicadores como Scholarships and Bursaries, Disabled access, Gender
Balance e Low-income Outreach.
O CES assume um lugar de destaque de entre as demais unidades do Grupo UC no domínio da cidadania e inclusão,
com núcleos de investigação e programas de doutoramento dedicados a estas temáticas, tendo como principais
objetivos:
estimular uma ecologia de saberes, reconhecendo a diversidade cultural e articulando o conhecimento científico
com o conhecimento produzido pelos cidadãos e pelos movimentos sociais em todas as partes do mundo, em
todos os níveis de análise – local, nacional, regional, internacional e global;
estimular a ciência na sociedade e para a sociedade, alargando o envolvimento dos cidadãos e da sociedade civil
na cultura científica e revitalizando os direitos humanos tendo em vista os grupos sociais vítimas de opressão,
discriminação e exclusão;
promover a investigação sobre a cultura e a arte e uma avaliação crítica do passado como forma de impulsionar
novos modos de reflexão e autorreflexão sobre a ciência, o conhecimento e a sociedade;
apoiar na formulação de políticas públicas através da realização de investigação aplicada num amplo número de
áreas com reflexos no bem-estar das sociedades.
No âmbito da gestão da saúde e segurança no trabalho, componente desta área de sustentabilidade, destaca-
-se a melhoria dos resultados ao nível da vigilância da saúde dos trabalhadores da UC, com um aumento, em 2017,
de 31,5% no número de exames de medicina do trabalho – de 705 para 927 -, impulsionado pelo reforço do corpo
clínico afeto a esta área.
Procedeu-se ainda à análise, investigação, classificação, registo, notificação e remessa de 57 processos de acidentes
de trabalho ocorridos durante o ano, sendo sugeridas/adotadas 22 medidas preventivas na sequência da instrução
destes processos, com o objetivo de contribuir para um campus seguro.
4.3. MARCA UC
Atributos diferenciadores da Universidade que, com base nos seus valores institucionais,
potenciam o seu reconhecimento como referência de prestígio.
A Universidade de Coimbra é assumidamente um nome – ou uma marca – de prestígio no contexto do ensino, do
conhecimento e da cultura, reconhecida em Portugal e no mundo.
A sua posição nos principais rankings universitários internacionais é o reflexo de todo o trabalho que tem vindo a
ser desenvolvido.
Posição da UC nos principais rankings universitários internacionais
[quadro 19]
2016 2017
QS World University Rankings 451-460.º 401-410.º
Academic Ranking of World Universities (ARWU) 401-500.º 401-500.º
Times Higher Education World University Rankings (THE) 401-500.º 501-600.º
Scimago Institutions Rankings (SIR) 386.º 383.º
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
66
Em 2017, a UC manteve-se no top 500 dos mais conceituados rankings internacionais, nomeadamente no QS World
University Rankings, no Academic Ranking of World Universities e no Scimago Institutions Rankings, melhorando de posição
em dois deles e detendo assim uma posição confortável na elite das 500 melhores universidades, de entre as mais
de 17.000 que existem em todo o mundo. Relativamente ao Times Higher Education World University Rankings a
tendência foi contrária, caindo algumas posições para o intervalo 501.º-600.º.
Em termos de posição relativa no panorama lusófono, manteve-se no mesmo intervalo no QS (7.º), no ARWU
(6.º-11.º) e no SIR (9.º), não sendo possível apurar a evolução exata no THE (passou do intervalo 3.º-7.º para o
intervalo 4.º-9.º).
Por áreas, a UC mantém-se como a melhor universidade portuguesa na área de Law no QS World University Rankings
by subject, e passou a ser a melhor universidade portuguesa na área de Archaeology; no entanto, em sentido contrário,
desceu de posição nas áreas de Biological Sciences e Mathematics.
No total, em 2017, encontrava-se posicionada no top 350 em 16 áreas do saber:
Top 150 – Engineering – Civil & Structural;
Top 200 – Archaeology; Law; Geography;
Top 250 – Pharmacy & Pharmacology;
Top 300 – English Language and Literature; Modern Languages; Computer Science & Info Systems; Engineering Chemical;
Engineering Electrical; Psychology; Chemistry; Materials Science;
Top 350 – Engineering Mechanical; Mathematics; Physics & Astronomy.
Em comparação com os resultados de 2016, a UC foi classificada em novas áreas, entrando para o top as áreas de
Archaeology; Pharmacy & Pharmacology; Computer Science & Info Systems; Engineering Chemical; Engineering Electrical;
Psychology; Materials Science; Engineering Mechanical. Em 2017, Chemistry regista uma subida de posição, Biological
Sciences e Medicine descem a sua posição para o top 400 e as restantes áreas classificadas mantiveram a sua posição.
Na edição de 2017 do QS Graduate Employability Rankings, que tem como objetivo avaliar o desempenho das IES ao
nível da promoção da empregabilidade e do desenvolvimento de parcerias com os empregadores, a UC voltou a
ficar posicionada entre as melhores IES, marcando posição no top 190 mundial e melhorando a sua posição
relativamente ao ano anterior, destacando-se os resultados alcançados nos indicadores que avaliam as parcerias com
os empregadores e a taxa de empregabilidade dos graduados.
No âmbito do U-Multirank – ranking multidimensional que dispõe de uma ferramenta única que permite a comparação
do desempenho das IES considerando um conjunto vasto de indicadores que avaliam cinco dimensões: investigação,
orientação internacional, transferência de conhecimento, envolvimento regional e ensino e aprendizagem – a UC
obteve novamente nota máxima (Very Good) em vários indicadores das quatro primeiras dimensões referidas,
confirmando deste modo a tendência positiva que tem registado nos vários rankings internacionais. Dos 34
indicadores considerados na edição de 2017, a UC obteve a classificação máxima em 10: na investigação – Research
publications (size normalised); Art related output; Post-doc positions; na transferência de conhecimento – Income from
private sources; Spin-offs; Income from continuous professional development; na orientação internacional – Student mobility;
International joint publications; e no envolvimento regional – Bachelor graduates working in region; Master graduates
working in region. Merece ainda destaque o desempenho muito positivo da UC em indicadores relacionados com:
Citation rate; Research publications (absolute numbers); External research income; Interdisciplinary publications; Professional
publications; Industry co-patents; Student internships in region, todos eles com a segunda nota mais alta (Good). Para além
dos resultados globais, o U-Multirank publica ainda a avaliação de indicadores relativos a várias áreas do saber, sendo
a UC a melhor universidade portuguesa em alguns indicadores nas áreas científicas avaliadas em 2017 – Engenharia
Civil, Engenharia Química, Ciências da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia Industrial,
Estudos Económicos e Economia.
Finalmente, registou-se a atribuição de 108 prémios à UC, ou a membros da comunidade académica, durante o ano
de 2017.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
67
4.4. COMUNICAÇÃO
Forma como as pessoas se relacionam entre si, dividindo e trocando experiências, ideias, sentimentos, informações,
modificando mutuamente a sociedade onde estão inseridas.
O indicador AAV, habitualmente utilizado para avaliar a notoriedade nos meios de comunicação social e que
corresponde ao valor publicitário equivalente ao espaço ou tempo ocupado pela notícia, continua a registar um
consistente acréscimo no que diz respeito à atividade da Universidade de Coimbra.
Média bienal de AAV
[gráfico 11]
A média bienal deste indicador mantém uma evolução positiva, tendo registado um acréscimo de 36,2%,
essencialmente devido a notícias sobre trabalhos de investigação desenvolvidos na UC. Destacam-se notícias e
intervenções relativas à área de incêndios, responsáveis por 19,7% do AAV da UC alcançado em 2017. Contribuíram
também decisivamente para o aumento do AAV, duas reportagens emitidas na televisão sobre o turismo na UC e os
Erasmus na UC, bem como o destaque feito em vários órgãos de comunicação social ao doutoramento honoris causa
atribuído a Jean-Claude Juncker. Outras áreas de estudo com grande destaque em termos de AAV foram o
comportamento humano, os estudos desenvolvidos na área da saúde, e os problemas sociais, nomeadamente na área
do emprego.
Destaca-se ainda o Ranking Web of Universities e UniRank (nova designação do ranking 4 International Colleges &
Universities – 4ICU), ambos com divulgação semestral. No caso do primeiro verifica-se uma descida na posição nos
dois semestres de 2017 em comparação com o ano anterior, mais acentuada no segundo semestre. O UniRank subiu
algumas posições em 2017, comparativamente com o valor registado no segundo semestre de 2016, não tendo ainda
recuperado até ao valor registado no primeiro semestre de 2016 (345.º), encontrando-se na 371.º posição.
Posição da UC nos rankings RWU e UniRank
[quadro 20]
2016 2017
1.º sem. 2.º sem. 1.º sem. 2.º sem.
Ranking Web of Universities 298.º 275.º 306.º 343.º
UniRank* 345.º 416.º 415.º 371.º
* UniRank é a nova designação do ranking 4 Internacional Colleges & Universities (4ICU)
Atendendo à importância das redes sociais como meio de divulgação da atividade desenvolvida junto de alguns
públicos-alvo das instituições de ensino superior, tem sido efetuada a monitorização da página da UC no Facebook.
Assim, a 31 de dezembro, registavam-se mais de 127 mil seguidores, correspondendo a um crescimento de cerca
de 16% face ao ano anterior. No conjunto das universidades públicas, a UC mantém-se como a segunda com mais
seguidores, a seguir à Universidade do Porto. Apenas estas duas universidades ultrapassaram a barreira dos 100 mil
seguidores, tendo a Universidade do Minho (a terceira nesta lista) alcançado recentemente os 80 mil. Ainda no que
respeita a redes sociais, as restantes entidades consideradas no âmbito do presente relatório totalizam cerca de 60
2013 2014 2015 2016 2017
9,21M11,24M
13,09M
15,77M
21,51M
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
68
mil seguidores, o que representa um crescimento de 31,3% comparativamente a 2016; destaca-se o IPN, com um
acréscimo de 152,2% entre os dois anos em comparação.
Como ferramenta preferencial de comunicação interna, destaca-se a newsletter UC Global que tem como público-
-alvo a comunidade académica, difundida através de mailing list e que contabilizou um total de 46 edições durante o
ano 2017.
Na prossecução do seu objetivo de difusão de conhecimento, a Universidade de Coimbra continua a desenvolver
plataformas de agregação e de difusão de conteúdos digitais, permitindo o acesso a milhares de documentos que
resultam da produção científica e académica da sua comunidade ou fazem parte do seu vasto espólio, acumulado ao
longo de séculos:
o Estudo Geral – nome dado ao Repositório Digital da Produção Científica da UC, que pretende dar acesso aos
conteúdos digitais de natureza científica e académica de autores da UC – contava, no final do ano, com 32.148
documentos em acesso livre disponíveis no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, representando
um aumento muito significativo face ao ano anterior (103%), essencialmente resultante da avaliação das unidades
de I&D pela FCT;
a UC Digitalis – projeto global da UC para a agregação e difusão de conteúdos digitais, constituindo uma das
maiores bases de dados de informação académica em língua portuguesa disponível na internet e integrando a
B-On – Biblioteca do Conhecimento Online – engloba várias plataformas especializadas, desenvolvidas pela UC,
e contava, à data de 31 de dezembro de 2017, com um acervo de 23.482 documentos disponibilizados em formato
digital (mais 11,1% face a 2016).
4.5. AMBIENTE
O desenvolvimento sustentável é aquele que é capaz de satisfazer as necessidades do presente
sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades.
A Universidade de Coimbra, ao assumir-se como uma universidade ambientalmente sustentável, adotou uma
perspetiva de gestão sustentável das suas atividades e dos seus recursos, permitindo-lhe responder com eficiência e
eficácia às necessidades do presente para, desta forma, assegurar o seu futuro.
Focada no desempenho de um importante papel como agente catalisador ao nível das boas práticas da
sustentabilidade ambiental, no âmbito do PEA.UC, propõe-se adotar políticas e sistemas formais que promovam o
alinhamento de toda a Universidade no sentido do desenvolvimento ambientalmente sustentável.
No que diz respeito à área ambiental, há a destacar os seguintes dados relativos a 2017:
produção de energia renovável – aumento de 37,81%;
consumo de eletricidade por m2 utilizado – redução de 12,26%;
consumo de gás por m2 utilizado – redução de 5,87%;
consumo de água por m2 utilizado – sem alteração comparativamente a 2016;
quantidades de resíduos separados – aumento de 0,29%;
área de painéis solares térmicos – aumento de 25,23%;
área de painéis solares fotovoltaicos – manteve-se em relação ao ano anterior.
A UC continua a aposta no investimento em painéis solares de produção de energia elétrica e em painéis solares de
produção de energia térmica, o que se espera venha a ter um impacto ambiental positivo. No final do ano de 2017,
a área de painéis solares de produção de energia elétrica era de 2.482 m2, representando um aumento de 25,23%
face à área existente em 2016 (1.982 m2), resultante da instalação de painéis no Departamento de Engenharia
Eletrotécnica e de Computadores. Quanto à produção de energia térmica, a área de painéis solares manteve-se em
relação ao ano anterior (100,5 m2).
Na vertente letiva, ainda no ano letivo 2016/2017 tiveram início dois novos cursos na área de sustentabilidade
ambiental – Mestrado em Eficiência Acústica e Energética para uma Construção Sustentável e Mestrado em Gestão
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
69
Sustentável do Ciclo Urbano da Água –, que se juntam assim aos já anteriormente existentes, nomeadamente no
âmbito da iniciativa Energy for Sustainability da Universidade de Coimbra.
A iniciativa EfS é uma plataforma de colaboração multidisciplinar que congrega docentes das diversas faculdades, com
longa experiência em temas ligados à energia e ao desenvolvimento sustentável, tendo por objetivo dar resposta a
desafios na área da sustentabilidade energética. Neste contexto, intervém em quatro frentes: formação avançada
interdisciplinar, investigação científica em domínios interdisciplinares, transferência de conhecimento e de tecnologia
para a sociedade e gestão e desenvolvimento sustentáveis dos polos universitários da UC.
No âmbito desta iniciativa, a UC oferece, em articulação com o Programa MIT Portugal, três programas
interdisciplinares de formação avançada – Doutoramento em Sistemas Sustentáveis de Energia, Mestrado em Energia
para a Sustentabilidade e Curso de Especialização em Energia para a Sustentabilidade –, que contaram, no ano letivo
2016/2017, com 74 estudantes inscritos (40 dos quais em doutoramento). A aula inaugural do ano letivo 2017/2018
da iniciativa EfS abordou a temática “A economia circular e o ambiente construído”, e foi lecionada pelo cientista
Roland Clift.
Na vertente de investigação, o projeto PAVNEXT (Pavement Energy Efficient Extractor) – uma alternativa às lombas
redutoras de velocidade associadas às passadeiras para peões, permitindo a redução do número de acidentes e da
respetiva gravidade, convertendo simultaneamente a energia cinética dos veículos em energia elétrica – de um
estudante do Programa Doutoral em Sistemas de Transportes da UC, também inserido no Programa MIT-Portugal,
foi o vencedor da final do concurso BIG Smart Cities 2017.
Na componente de abertura ao exterior, a EfS promove frequentemente iniciativas abertas ao público em geral,
contando com um Conselho Externo de Aconselhamento e de Aferição, composto por investigadores e
empregadores exteriores à UC, cujo papel consiste em organizar a reflexão sobre a estratégia da UC para a área da
energia para a sustentabilidade e em avaliar a concretização dos objetivos da iniciativa EfS e da formação que se
desenvolva no seu âmbito. Em 2017 decorreu o X Encontro da Iniciativa EfS, reunindo estudantes, os docentes e
empresas e organizações integrantes do Conselho Externo, representando um importante momento de contacto.
Por fim, a valorização do conhecimento pela EfS é também direcionada para o interior da própria Universidade,
promovendo-se iniciativas e projetos de dinamização e estímulo à gestão sustentável dos edifícios e do ambiente
urbano universitários, procurando colocar as capacidades técnicas e de investigação existentes ao serviço das
necessidades e estratégias da Universidade de Coimbra.
O Jardim Botânico, uma importante mancha verde no centro da cidade, assume um papel central nesta área de
sustentabilidade ambiental, sem perder de vista a sua missão principal no suporte ao desenvolvimento do
conhecimento. Para além da abertura da mata do Jardim Botânico à cidade e à comunidade, já destacadas, no ano de
2017, o JBUC desenvolveu ou colaborou noutros projetos de destaque:
criação e lecionação de uma nova unidade curricular – Ecoliteracia –, aberta a todos os estudantes da
Universidade de Coimbra e dedicada em particular a todos os que se interessam pelos mais urgentes problemas
ambientais do Planeta, e – sobretudo – querem contribuir para um futuro mais sustentável e uma cidadania
ambiental mais ativa. Pretendendo-se estimular a discussão sobre diversos problemas ambientais e ecológicos –
agricultura e alimentação, cidades mais verdes, alterações climáticas, solos e produção sustentável,
biodiversidade, proteção do Oceano –, os temas escolhidos têm por base os 17 Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável da Agenda 2030 da UNESCO, com especial enfoque para as prioridades dentro das ciências naturais.
iniciativa UC.Plantas, já referida em 4.2, mas que tratando-se de uma ação de promoção da biodiversidade e de
recuperação das florestas nacionais, através da qual a UC quis acolher e dar as boas-vindas aos estudantes do 1.º
ano, de forma sustentável, promovendo "fortes laços de inclusão dos novos estudantes com os seus colegas,
através de uma maior consciência e responsabilidade ambiental”, merece especial referência no âmbito desta
área de sustentabilidade;
projeto “Fotossíntese: o Jardim por quem nos visita”, através do qual se estabeleceu uma relação com a
comunidade em geral, valorizando as suas memórias e conhecimentos sobre o Jardim e inscrevendo as suas
histórias na história secular do JBUC.
E para além do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido com a Cátedra UNESCO em Biodiversidade e
Conservação para o Desenvolvimento Sustentável – estabelecida oficialmente na Universidade de Coimbra em 2014
e que tem por missão implementar e apoiar uma rede de investigação, formação e comunicação de ciência nos
domínios da biodiversidade, ecologia, conservação e desenvolvimento sustentável -, prossegue-se a presença nas
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
70
redes internacionais de Jardins Botânicos, como a Botanic Garden Conservation International ou a colaboração com a
African Botanic Garden Network, uma importante plataforma para a continuidade da colaboração com as IES e Jardins
Botânicos PALOP. Em particular, em 2017, iniciou-se a execução do projeto “Herbário Nacional: referência para o
conhecimento e conservação da diversidade das plantas de São Tomé e Príncipe”, permitido o fortalecimento da
cooperação científica com a República de São Tomé e Príncipe.
A Quinta de São Marcos, integrada no espaço do Palácio de São Marcos, encontra-se num meio rural, a uma curta
distância de Coimbra. Com uma área total de 17 hectares, 13 deles ocupados por mata e os restantes pelas suas
infraestruturas (logradouros, arrumos de alfaias agrícolas, entre outros) e ainda terreno de cultivo, permite a
produção de produtos agrícolas a consumir nas unidades alimentares da UC, dando um importante contributo para
a sustentabilidade. Em 2017, apresentou resultados superiores aos do ano precedente, tendo sido produzidos
4.830,06 Kg de produtos hortícolas, representando um acréscimo de cerca de 1,2 toneladas (+32,1%). A este valor
acresce o fornecimento de 3.000 Kg de lenha a espaços universitários.
Do lado oposto à produção, é cada vez mais importante a preocupação com o desperdício alimentar e a atitude
ecologicamente responsável de todos os membros da comunidade UC. Assim, na ótica da promoção da
sustentabilidade ambiental na área alimentar, foi dada continuidade à campanha “Menos = Mais”, enquanto estratégia
de mobilização de ideias para resolução de uma questão social, económica e ambiental de abrangência global,
alicerçada na reengenharia de processos (mentais e produtivos), em ideias inovadoras e na participação da
comunidade. Em 2017, verificou-se uma melhoria ao nível da redução do desperdício alimentar, tendo-se aferido, ao
final de 3 anos de campanha, uma redução de cerca de 68% de desperdício alimentar nas unidades alimentares da
UC.
Atendendo ao ano particularmente difícil vivido em Portugal em 2017, merece uma última referência nesta área de
sustentabilidade, o contributo da ADAI, através do seu Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais, para o estudo
da temática dos fogos florestais e para o desenvolvimento de atividades inovadoras no âmbito da prevenção e do
combate aos incêndios.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
73
5. AÇÃO SOCIAL
Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, organismo destinado a levar à prática a ação social no
ensino superior e desenvolvendo-o especificamente no seio das respetivas instituições universitárias, tem a sua
missão estatutariamente definida:
“Os Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC) prosseguem os objetivos que a lei lhes atribui, apoiando
os estudantes: com medidas de apoio social direto: bolsas de estudo e auxílios de emergência; e com medidas de apoio
social indireto: acesso à alimentação e ao alojamento, acesso a serviços de saúde, apoio a atividades culturais e desportivas,
e acesso a apoio psicopedagógico e a outros apoios de caráter educativo.
Os SASUC gozam de autonomia administrativa e financeira nos termos da lei e estatutos da Universidade de Coimbra.”
(Estatutos da Universidade de Coimbra, art.º 28.º)
5.1. APOIOS DIRETOS
Ao nível dos apoios diretos, a estratégia da promoção da sustentabilidade tem-se traduzido na intensificação da
reflexão sobre estes processos à luz da alteração do paradigma da intervenção social, de um modelo assistencialista
para um modelo de intervenção com maior enfoque na mudança social pela inovação social.
Para tal, têm-se intensificado atividades de diagnóstico junto dos beneficiários de apoios sociais e de definição de
ferramentas e metodologias para a avaliação do impacto das intervenções, na ótica do respetivo ajustamento e
otimização de processos para a criação de maior valor social.
5.1.1. BOLSAS E FUNDO DE APOIO SOCIAL
A atribuição de apoios sociais diretos compreende a gestão de processos de atribuição de bolsas de estudo e a
atribuição do Fundo de Apoio Social aos Estudantes, programa de atribuição de benefícios sociais com recurso a
receitas próprias da Universidade de Coimbra.
O Regulamento de Atribuição de Bolsas de Estudo a Estudantes do Ensino Superior sofreu alterações em 2017,
havendo assim lugar à aplicação de diferentes diplomas no ano civil de 2017, no âmbito da atribuição de bolsas, nos
anos letivos 2016/20174 e 2017/20185.
O número de candidatos a bolsas de estudo no ano letivo 2016/2017 registou uma ligeira diminuição (de apenas um
candidato, correspondendo a menos 0,02%) em relação ao ano letivo anterior. Em relação ao número de bolseiros
a tendência foi semelhante, tendo-se registado um decréscimo de 36 estudantes (-0,9%). Constata-se que se registou
também uma diminuição na relação ente as bolsas atribuídas e as candidaturas efetuadas, passando de um rácio de
79,5% para 78,8%, entre os anos letivos 2015/2016 e 2016/2017.
Considerando os dados provisórios do ano letivo 2017/2018, a 31 de dezembro, constata-se, por referência a data
homóloga de 2016 para o ano letivo 2016/2017, um número superior de concorrentes (+249, correspondendo a
um acréscimo de 4,8%).
Candidatos e bolseiros
[gráfico 12]
4 Despacho n.º 8442-A/2012, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 120, de 22 de junho, retificado pela Declaração de Retificação n.º 151/2012, de 14 de agosto e alterado pelo Despacho n.º 627/2014, de 14 de janeiro, pelo Despacho n.º 10973-D/2014, de 27 de agosto, e pelo
Despacho n.º 7031-B/2015, de 24 de junho, que o republica. 5 Despacho n.º 5404/2017, publicado em Diário da República, 2.ª série, n.º 118, de 21 de junho.
3.8884.177 4.141
5.060 5.257 5.256
2014/2015 2015/2016 2016/2017
Bolseiros Candidatos
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
74
Os principais motivos de indeferimento da atribuição de bolsa em 2016/2017 foram o excesso em relação ao limite
de capitação (38,1%) e o não cumprimento dos requisitos de aproveitamento escolar (36,5%).
O inquérito aos estudantes a quem foi rejeitada a bolsa de estudo tem como objetivos conhecer as imagens e
projeções desta população relativas ao indeferimento de bolsa; as implicações do indeferimento na vida pessoal e
académica dos inquiridos; as perspetivas sobre a continuidade dos estudos em resultado do indeferimento e verificar
se tinham interesse em novo contacto com vista à análise da situação e de avaliação de respostas sociais alternativas
à bolsa de estudo. No que respeita aos resultados referentes ao ano letivo 2016/2017, foram obtidas 251 respostas
válidas, e destes respondentes, 106 assinalaram interesse em receber contacto; destes últimos, 44 foram alvo de
algum tipo de intervenção. Três dos estudantes viram a bolsa atribuída após situação de oposição/reclamação.
Os restantes 41 estudantes foram encaminhados para o Fundo de Apoio Social, programa de apoio social identificado
como o mais adequado para estes casos, em resposta alternativo à bolsa de estudo.
O Fundo de Apoio Social foi criado pela UC em 2004, com o duplo objetivo de comparticipar despesas com propinas
dos estudantes não bolseiros, com manifestas dificuldades económicas, e fazer face a situações de emergência
comprovada, sendo decomposto em dois apoios, o FAS Propinas e o FAS Subsídio de Emergência.
No ano letivo 2016/2017, registou-se um acréscimo no número de concorrentes (10,0%) e no número de atribuições
(20,1%) ao FAS propinas.
FAS propinas
[gráfico 13]
Quanto ao subsídio de emergência, deram entrada 19 requerimentos (menos 24 que no ano letivo anterior) e foram
atribuídos 11 apoios, registando-se um decréscimo de 10 no número de subsídios atribuídos.
Os apoios totais concedidos através do FAS (propinas e subsídios de emergência) ascenderam a 0,22M€,
representando um acréscimo de 8,7% face aos montantes atribuídos ano letivo anterior.
No âmbito do Fundo de Apoio Social, foi ainda disponibilizado apoio humanitário a estudantes com estatuto de
refugiado a frequentar a UC. Assim, em 2017, foram alojados 7 estudantes refugiados sírios, 5 dos quais beneficiaram
de apoio através da cedência de alojamento em residência universitária, correspondendo a um montante global de
apoios de 8.080,97€, um valor inferior ao verificado em 2016 (9.352,85€). Ressalva-se que o valor de 2016 incluiu,
além do apoio em alojamento, apoios em serviços de alimentação e em acesso a serviços de saúde da UC.
5.1.2. OUTROS APOIOS DIRETOS
Como ação complementar aos apoios diretos, destaca-se a parceria com o Fundo Solidário. Este projeto, iniciado
em maio de 2010, pelo Instituto Universitário Justiça e Paz, organismo da Diocese de Coimbra, tem por objetivo
apoiar jovens do ensino superior com manifestas dificuldades/carências económicas, visando a prevenção do
abandono dos estudos por razões socioeconómicas e alertando a comunidade académica e a população em geral
para a defesa da igualdade de oportunidades no acesso e sucesso académico, no ensino superior.
Para concretizar a eficácia destes apoios junto da comunidade da Universidade, este projeto dá forma a uma rede
que envolve os diversos serviços de apoio ao estudante na cidade de Coimbra.
No ano letivo 2016/2017, foram apoiados 66 estudantes da UC (dos 81 apoiados no total). Foram diretamente
atribuídos pelo Fundo Solidário apoios no montante de 24.229,02€, distribuídos essencialmente por pagamento de
propinas (87,9%) e rendas (5,1%). Os apoios atribuídos sob a forma de empréstimos cifraram-se em 6.985,25€,
destinados maioritariamente no apoio ao pagamento de propinas (72,4%).
335298
358
448390
429
2014/2015 2015/2016 2016/2017
Atribuições Concorrentes
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
75
5.2. APOIOS INDIRETOS
5.2.1. PROGRAMA DE APOIO SOCIAL A ESTUDANTES
O Programa de Apoio Social a Estudantes através de atividades de tempo Parcial da UC foi criado no ano letivo
2013/2014 com o objetivo de apoiar os estudantes mais carenciados, numa perspetiva de complemento a outros
apoios sociais já existentes. Em simultâneo, possibilita-lhes a aquisição e desenvolvimento de competências
transversais e permite reforçar a ligação e a participação dos estudantes em estruturas da Universidade, com o
objetivo de contribuir para a diminuição do abandono escolar e facilitar a integração dos estudantes no mercado de
trabalho.
Este apoio consubstancia-se na disponibilização de ofertas de atividades de tempo parcial, a realizar em unidades
orgânicas/serviços da UC, cuja retribuição ao estudante se traduz na atribuição de benefícios sociais, designadamente:
senhas de refeição válidas para as unidades de alimentação; contribuição total ou parcial nos custos de alojamento
nas residências; e/ou contribuição total ou parcial na propina a pagar pelos estudantes no curso em que estão
matriculados. Além do apoio social atribuído, as atividades realizadas são incluídas no Suplemento ao Diploma.
No ano letivo 2016/2017 os diversos setores da UC disponibilizaram, no âmbito deste projeto, mais 37% de ofertas
de atividade em relação ao ano letivo anterior, permitindo também um acréscimo no número de estudantes
apoiados, de 105 para 154. A tipologia de oferta com mais colocações é a referente a atividades de vigilância,
representando 64% do total de colocações em 2016/2017.
PASEP
[quadro 21]
2014/2015 2015/2016 2016/2017
ofertas de atividades 42 54 74
candidaturas apresentadas 1.032 1.234 1.406
colocações 149 161 214
estudantes apoiados 91 105 154
Os apoios concedidos em 2016/2017 ascenderam a um total de 96.189,05€, repartidos por propinas, alimentação e
alojamento, e representando um significativo aumento de 74,1% face ao ano letivo anterior.
A monitorização e acompanhamento de indicadores de atividade do PASEP, à semelhança dos anos letivos anteriores,
tem sido uma preocupação constante dos SASUC enquanto entidade gestora do programa da UC, seja ao nível da
análise de dados relativos à oferta e procura deste apoio social, análise de perfis de participação no programa (de
estudantes beneficiários e entidades promotoras de ofertas de atividade), seja ao nível do financiamento interno da
intervenção. A análise destes indicadores, complementada com informação recolhida no âmbito de outros processos,
tem-se revelado fundamental para o desenvolvimento de uma estratégia de consolidação e desenvolvimento desta
intervenção social.
Nesse mesmo sentido e tendo por base as perceções e expectativas de partes interessadas, identificadas no âmbito
do processo de melhoria contínua e do diagnóstico de necessidades de capacitação do PASEP como iniciativa de
intervenção e inovação social, em 2017 foram iniciados trabalhos visando colmatar as limitações identificadas no
programa ao nível da diversidade de apoios que compreende e da quantidade e diversidade de ofertas de atividade
disponibilizadas, bem como da sua ampla divulgação no seio da comunidade UC.
Para tal, foram identificadas algumas propostas visando a revisão do Regulamento do Programa, tendo ainda sido
realizada uma parceria com a Júnior Empresa de Estudantes da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
(Jeefeuc) visando a prestação de serviços especializados para a análise e definição de um Plano de Marketing do
PASEP.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
76
5.2.2. ALIMENTAÇÃO
O apoio alimentar à comunidade académica tem sido, desde sempre, uma das grandes preocupações da Universidade
de Coimbra. Enquanto a grande maioria dos serviços congéneres do país têm optado pela concessão desta
componente da ação social, a UC tem mantido com êxito a exploração direta destes serviços, tão importantes no
âmbito dos apoios indiretos da ação social. É, também, a face mais visível da ação social indireta, dado o acesso às
19 unidades alimentares por todos os segmentos da comunidade universitária, assinalando-se, em 2017 o reforço da
oferta de restaurante universitário em regime buffet, com a criação do Restaurante Universitário “Vermelhas” e a
introdução da oferta vegetariana estrita (sem produtos de origem animal) na oferta alimentar social.
As unidades alimentares encontram-se distribuídas pelos diferentes polos, tendo-se verificado um aumento de 0,2%
no número de lugares sentados.
Alimentação
[quadro 22]
2015 2016 2017
unidades de alimentação 17 18 19
lugares sentados 2.791 3.053 3.060
refeições servidas 925.849 872.155 867.548
média de refeições/dia 3.886 3.819 3.731
O número total de refeições servidas em 2017 registou um novo decréscimo face ao ano anterior, com menos 4.607
refeições (-0,5%), principalmente devido à manutenção da tendência de diminuição da procura de refeições da
tipologia snack. No entanto, nas refeições sociais e nas refeições de restaurante universitário registou-se, em sentido
inverso, um aumento do número de refeições servidas em 2017.
A estratégia de diversificação da oferta alimentar dos SASUC, iniciada em 2013 com o objetivo de inverter a
tendência da diminuição da procura de refeições – que se mantém desde 2003 –, continua a fazer sentido, dado o
crescimento da procura de refeições vegetarianas (de 61.125 para 72.558 em 2017) e de restaurante universitário
(de 38.514 para 53.405).
À semelhança de anos anteriores, em 2017 os SASUC deram continuidade à divulgação de ofertas sazonais dos
serviços de alimentação disponibilizados à comunidade, tais como serviço de self-service de saladas, artigos de
pastelaria associados a épocas festivas ou workshops gastronómicos, abertos a toda a comunidade UC. Destaca-se
também a prestação de serviços associados a determinadas épocas da vivência académica, tais como o apoio à
realização da Universidade de Verão, das festas académicas da Latada e da Queima das Fitas.
No que diz respeito à taxa de satisfação com a oferta alimentar, situou-se nos 63%, verificando-se uma diminuição
em 6 p.p. na avaliação média dos itens refeições, atendimento e relação qualidade/preço e instalações.
Já a atividade dos serviços de catering, que prestam apoio à comunidade universitária na organização de eventos e
em serviços especiais que vão para além do tradicional serviço das unidades alimentares (não estando espelhados
nos indicadores do quadro anterior) sofreu uma redução, justificada pela insuficiência de recursos humanos para
assegurar resposta a todas as solicitações. Não obstante o aumento do número de pedidos de serviços pela
comunidade UC, dada a qualidade dos serviços associada à rapidez de resposta às solicitações diárias e
disponibilidade na prestação do serviço nos locais requeridos pelos utilizadores, observou-se um decréscimo no
número de eventos e serviços a que foi possível dar resposta: 244 eventos e 351 serviços, englobando 26.503 pessoas
servidas.
Associado a esta área de apoio social, e com o objetivo de reduzir o desperdício alimentar nas cantinas, bares e
restaurantes da UC, em 2017 deu-se continuidade ao desenvolvimento da Campanha Contra o Desperdício
Alimentar Menos = Mais, já realçada no âmbito do capítulo dedicado à sustentabilidade.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
77
5.2.3. ALOJAMENTO
No início do ano letivo 2016/2017, o número de residências universitárias e o número de camas mantiveram-se
estáveis comparativamente ao ano letivo anterior. Relativamente ao número de candidatos, registou-se um número
idêntico a 2015/2016, a que corresponderam 1.125 alojados de regime geral (decréscimo de 5%).
Alojamento [quadro 23]
2014/2015 2015/2016 2016/2017
Residências 14 14 14
Capacidade 1.325 1.325 1.325
Candidatos (regime geral) 1.319 1.366 1.366
Alojados (regime geral) 1.139 1.184 1.125
Bolseiros DGES 831 893 850
Outros bolseiros 39 34 26
Não bolseiros 269 257 249
Bolseiros DGES alojados 72,96% 75,42% 75,56%
Constata-se, no último ano letivo, um decréscimo de 5,5% no número de alojados bolseiros (da DGES e outros
bolseiros), decorrente das alterações à estrutura e tipologia das residências e lugares disponíveis para alojamento
durante o ano letivo 2016/2017, relacionada com intervenções nas infraestruturas, designadamente na residência
Penedo e no Bloco D da residência João Jacinto – ambas ocupadas maioritariamente por bolseiros da DGES –, o que
implicou a indisponibilização de lugares para alojamento a partir de fevereiro e abril de 2017, respetivamente.
No caso do decréscimo da ocupação e do número de alojados bolseiros de outras entidades, há ainda que considerar
a aplicação do Novo Regulamento Geral das Residências dos SASUC, que deixou de contemplar as bolsas dos
governos dos PALOP para efeitos de aplicação da mensalidade de bolseiro, por falta de enquadramento legal e
ausência de financiamento complementar, gerando desinteresse por parte destes estudantes.
Realça-se que, não obstante a diminuição de lugares disponíveis para alojamento, decorrente das intervenções nas
infraestruturas referidas, tal não teve impacto nos indicadores de taxa de ocupação (90%) e de ocupação média das
residências universitárias, indicadores que compreendem não apenas alojados do regime geral, mas também do
regime de mobilidade, do Estatuto do Estudante Internacional e de grupos.
No último ano letivo, contabilizaram-se 643 alojados no regime de mobilidade e estudante internacional, dos quais
188 (29%) correspondiam a estudantes ao abrigo do estatuto de estudante internacional, 184 (29%) a residentes ao
abrigo de programas de mobilidade e 271 (42%) a outros residentes. Verificou-se assim um aumento da ocupação
das residências por estudantes ao abrigo do Estatuto de Estudante Internacional, resultado que evidencia o
contributo da ação social para a estratégia de internacionalização da UC, mas que, simultaneamente, vem salientar
as necessidades de investimento na melhoria das condições de alojamento, ao nível de infraestruturas e
equipamentos.
Merece realce a aquisição da Residência da Rua da Alegria, por 552 mil euros, provindos de receita própria da UC,
o que vai permitir a reabilitação da mais antiga residência universitária da UC, que dispõe de 44 camas.
Por fim, destaca-se a implementação de uma solução informática para submissão online de candidaturas para o regime
de alojamento de estudantes ao abrigo de programas de mobilidade e do Estatuto de Estudante Internacional, solução
que veio contribuir para a modernização e simplificação administrativa deste processo, com benefícios, quer para os
interessados em alojamento em residência universitária, quer para os SASUC.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
78
5.2.4. SERVIÇOS DE SAÚDE
A prestação de serviços de saúde à comunidade UC, enquanto apoio social indireto da ação social é gerida, desde
2014, no âmbito dos Serviços de Saúde e de Gestão da Segurança no Trabalho, agregando as valências de serviços
de saúde disponibilizados aos estudantes e restante comunidade e a gestão das atividades de saúde ocupacional dos
trabalhadores.
A reestruturação dos serviços desta área redefiniu as áreas estratégicas de apoio assistencial à comunidade
universitária. Fruto da reflexão realizada, atendendo às características específicas de uma população essencialmente
estudantil, em grande parte deslocada das suas áreas de residência habitual e cada vez mais internacional, optou-se
pelo reforço dos cuidados de saúde primários e de algumas áreas clínicas julgadas prioritárias.
Serviços de saúde [quadro 24]
2015 2016 2017
Especialidades 9 9 10
Consultas realizadas 7.150 8.063 8.549
Atos de enfermagem pagos 824 401 466
Outros atos clínicos e de enfermagem* 2.244 864 2.775
*inclui renovação de medicação
Em 2017 realizou-se um total de 11.790 atos clínicos, mais 26% do que no ano anterior, tendo-se registado um
acréscimo no número total de consultas realizadas (6,0%). Além do acréscimo do número de consultas de Clínica
Geral (3%), que em muito contribui para o crescimento do número de atendimentos, merecem destaque as áreas
da saúde mental – Psicologia Clínica (9,2%); Consulta de Psiquiatria do Jovem Universitário (58,2%); Psiquiatria
(13,8%); saúde sexual e reprodutiva – Planeamento Familiar/Ginecologia (10,1%); e a da Medicina do Viajante (22,6%).
Nesta última, das 118 consultas realizadas, 84 foram motivadas por deslocações em serviço (de trabalhadores e de
estudantes) e 43 por deslocações em lazer.
No total, recorreram a estes serviços 3.409 utentes, mais 5,4% do que em 2016 (3.233), sendo a maioria dos
utilizadores estudantes (78,4%), seguindo-se trabalhadores (18,3%) e familiares (3,3%). Realça-se ainda que 1.004
utentes (29% do total) tinham nacionalidade estrangeira, tendo realizado 3.330 atos clínicos, na sua maioria consultas.
Nesta área destaca-se a disponibilização, em 2017, de três novas respostas a necessidades da população estudantil
da UC, com a criação de consulta para emissão do atestado médico para a carta de condução, a distribuição gratuita
de métodos contracetivos aos estudantes e a disponibilização de apoio médico e psicológico a estudantes vítimas
dos grandes incêndios que deflagraram em Portugal em 2017.
5.2.5. APOIO À INFÂNCIA
Os serviços de apoio à infância desenvolvem a sua atividade nas vertentes de creche, para crianças entre os dois
meses e os três anos, e de jardim-de-infância, para crianças dos três anos até ao ingresso no primeiro ciclo de
escolaridade.
A atividade dos serviços de apoio à infância assenta num modelo pedagógico inovador, assente no Manual de
Processos Chave para Creche, do Instituto de Segurança Social e na Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar e nas
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar do Ministério da Educação, como suporte de referência para
os educadores na sua prática educativa, perspetivada como dinamizadora das diversas áreas de conteúdo. A prática
educativa vivenciada no apoio à infância diferencia-se pelo suporte nas seguintes premissas: currículo emergente;
pedagogia participativa; trabalho em equipa; educadores como investigadores; metodologia de projeto; espaço
exterior; atelier; desenvolvimento representativo; documentação (portefólio) e contexto multicultural.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
79
Nesta linha de diferenciação do modelo pedagógico, os projetos educativos de ambas as valências do apoio à infância
têm sido inspirados nos temas da Semana Cultural da UC – em 2016/2017, “Quem Somos?” e em 2017/2018 “Oh
As Casas”.
Salienta-se ainda, em 2017, o desenvolvimento do sistema de informação de suporte à gestão do apoio à infância,
que passou a disponibilizar um formulário de candidatura online, melhorando a rastreabilidade e o controlo dos
processos, bem como a eficácia do respetivo tratamento administrativo, com impacto positivo nos utilizadores
destes serviços.
Apoio à infância [quadro 25]
2015 2016 2017
Creche
Capacidade 60 60 60
Ocupação média mensal 55,27 56,36 53,73
Taxa de ocupação 92,1% 93,9% 89,6%
Jardim-de-infância
Capacidade 85 85 85
Ocupação média mensal 73,00 65,00 77,00
Taxa de ocupação 85,9% 76,5% 90,6%
A creche teve uma ocupação média mensal de cerca de 54 crianças, correspondendo a uma taxa de ocupação de
89,6%, registando uma diminuição de 4,3 p.p. em relação ao período homólogo. Já o Jardim-de-infância registou uma
ocupação média mensal de cerca de 77 crianças, com uma taxa de ocupação de cerca de 91%, valores muito
superiores aos registados em período homólogo.
Visando a otimização da capacidade instalada, o ajustamento das respostas sociais disponibilizadas às necessidades
da comunidade UC e procurando garantir a sustentabilidade desta valência da ação social na UC, deu-se continuidade
à realização do ATL de Verão, iniciado em 2014. O ATL de Verão, realizado em agosto de 2017, foi dirigido a
crianças dos 2 aos 10 anos de idade e registou a participação de 60 crianças, distribuídas por 4 semanas de duração.
Verificou-se assim um aumento de 36% no número de crianças inscritas em 2017, face ao ATL de Verão realizado
em 2016 (com 44 participantes).
Além de se ter dado continuidade à diversificação das atividades pedagógicas disponibilizadas e à realização do ATL
de Verão, em 2017 destaca-se a elaboração de projeto para a centralização das duas valências do apoio à infância
numa infraestrutura única, objetivo estratégico que se manterá em curso em 2018.
5.2.6. INTEGRAÇÃO E ACONSELHAMENTO
A procura da igualdade de oportunidades no acesso à Universidade e o sucesso académico determinam o
acompanhamento a estudantes com necessidades educativas especiais, o aconselhamento psicopedagógico e a
promoção de ações de sensibilização e formação ativadoras do desenvolvimento pessoal e de competências pessoais
e académicas de todos os estudantes.
Destaca-se, desde logo, o acompanhamento a estudantes com necessidades educativas especiais, que se baseia numa
intervenção técnica especializada, que procura contribuir para um ensino de qualidade, identificando as barreiras
físicas e de comunicação e cooperando para a integração social e escolar destes estudantes.
Neste âmbito, em 2017, através do centro de produção do Núcleo de Integração e Aconselhamento, e em parceria
com a FPCEUC, foram recebidos representantes de unidade congénere da Universidade de Cracóvia e estreitaram-
-se relações com escolas secundárias da região – entre as quais as Escolas Secundárias José Falcão, Infanta Dona
Maria, Quinta das Flores, D. Duarte e de Poiares –, com vista a divulgar os apoios existentes aos estudantes com
necessidades educativas especiais na UC. Deu-se continuidade ao apoio para estudantes com surdez profunda,
disponibilizando uma bolsa de horas de Intérprete de Língua Gestual Portuguesa, para utilização em contexto escolar,
tendo beneficiado deste uma estudante.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
80
Foram realizadas 248 entrevistas (acréscimo de 58%) e acompanhados 124 estudantes com necessidades educativas
especiais que procuraram apoio, por iniciativa própria, ou foram encaminhados por docentes e/ou órgãos de gestão,
correspondendo a um aumento de 19,2% face ao ano anterior. As patologias do foro psiquiátrico, orgânico-
-funcionais, motora e dislexia predominam, representando 78% do total de 124 estudantes em acompanhamento.
A atividade do Centro de Produção registou 165 pedidos em 2017, maioritariamente para tratamento de
documentação em suporte digital (61,2%) e de materiais em braille (33,9%).
Integração e aconselhamento [quadro 26]
2015 2016 2017
ações de formação 26 28 23
participantes em ações de formação 493 426 313
entrevistas a estudantes com NEE 136 157 248
estudantes com NEE acompanhados 110 104 124
consultas de psicologia realizadas 599 1.314 1.507
pedidos de materiais técnico-pedagógicos 250 181 165
Relativamente ao aconselhamento psicopedagógico, destacam-se as consultas de psicologia, cujo foco principal se
prende com a avaliação e o acompanhamento psicológico individual. As consultas de psicologia clínica registaram um
novo aumento face às realizadas em 2016 (de cerca de 15%), com particular destaque no acompanhamento de
perturbações de ansiedade e perturbações de humor, que representaram, respetivamente, 33,2% e 18,9% das
situações acompanhadas. Adicionalmente, realça-se também o trabalho desenvolvido na identificação de estudantes
com insucesso escolar no seio das residências universitárias, por se entender que estes estudantes reúnem fatores
de risco adicionais para um fraco desempenho académico e consequente abandono escolar. Deste trabalho resultou
a realização de 190 sessões individuais de coaching académico, envolvendo 93 estudantes.
A oferta formativa na área de integração e aconselhamento – incluindo o programa de Educação pelos Pares e as
ações de sensibilização motivadoras do desenvolvimento pessoal e competências pessoais e académicas –,
contabilizou 23 sessões, envolvendo globalmente 313 participantes.
5.3. OUTROS APOIOS
A UC oferece à sua comunidade um conjunto de outros serviços. Destacam-se os serviços de Lavandaria,
Engomadoria e Espaço Costura (LEEC), que, na valência Espaço Costura assegura à comunidade UC serviços de
confeção e arranjos de vestuário (incluindo, por exemplo vestidos para o baile de gala ou bibes para a creche e
jardim-de-infância) e o aluguer de hábitos talares, tendo-se verificado um acréscimo no número de alugueres destes
últimos. Realça-se também a dinamização do Banco de Trajes Académicos, lançado em 2016, onde é solicitada a
doação de trajes académicos a antigos estudantes para possibilitar o empréstimo a estudantes carenciados,
procurando assim assegurar a igualdade de oportunidades no acesso a festividades académicas.
A oferta de serviços de tratamento de roupas consolidou-se também ao longo do ano de 2017, com o serviço de
lavandaria self-service, a engomadoria e a lavandaria industrial a terem maior procura face ao período homólogo.
Salienta-se ainda a atividade desenvolvida no Centro Cultural D. Dinis, ligado aos múltiplos aspetos da vivência
académica, nas vertentes do convívio e da cultura, ao dispor da comunidade universitária. Durante o ano de 2017,
além das atividades de cariz cultural e académico, em articulação com as unidades orgânicas/serviços da UC e núcleos
de estudantes, destaca-se a realização de jantares tertúlia e de dois eventos agregadores de antigos estudantes da
UC – “Revival dos anos 90” –, que assinalaram as duas principais festividades académicas (Queima das Fitas e Latada).
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
83
6. PESSOAS
Os recursos humanos do Grupo Público UC encontram-se sobretudo concentrados na UC e nos SASUC,
representando 90,2% do total de pessoal afeto às entidades consideradas no âmbito da consolidação.
As pessoas ao serviço das duas entidades privadas 100% propriedade da UC (ICNAS Produção Unipessoal, Lda. e
Dendropharma, Lda.) representam 0,4%, enquanto as das demais entidades privadas autónomas da UC representam
9,4% do total.
Distribuição do pessoal do Grupo UC [quadro 27]
Associação Exploratório Infante D. Henrique 26
Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial 9
Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil 5
Associação UC InProPlant – Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização -
Associação UC Tecnimed – Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Internacionalização -
Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente 3
Centro de Estudos Sociais 57
Centro de Neurociências e Biologia Celular 87
Dendropharma, Lda. -
ICNAS Produção Unipessoal, Lda. 15
Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra 1
Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção 42
IPN – Associação para a Inovação e Desenvolvimento em Ciência e Tecnologia 71
IPN – Incubadora 15
SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta 1
Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra 411
Universidade de Coimbra 2.639
Total 3.382
Comparativamente ao ano anterior, regista-se um acréscimo total de 3,5% (mais 113 trabalhadores), essencialmente
devido ao aumento de pessoas ao serviço da Universidade de Coimbra (mais 83 pessoas, o que corresponde a um
acréscimo de 3,2% na UC). Embora com impactos menos expressivos no total, registaram-se acréscimos em outras
oito entidades, sendo de destacar o CNC (+12; +16,0%) e o ICNAS Produção (+5; +50,0%), o Exploratório (+5;
+23,8%) e o IPN (+5; +7,6%). No sentido contrário, registam-se apenas duas reduções: nos SASUC (-4; -1%) e na
ACIV (-1; -16,7%).
A análise efetuada nos quadros e gráficos seguintes reporta-se apenas à UC e aos SASUC, entidades que apresentam
dados comparáveis (por exemplo, quanto ao tipo de vínculo ou aos grupos profissionais), e que, em conjunto, como
acima referido, representam 90,9% do universo total de recursos humanos das entidades incluídas no âmbito da
consolidação.
O número de trabalhadores destas duas entidades registou um acréscimo de 2,7% em relação ao ano anterior,
apresentando um total de 3.050 efetivos a 31 de dezembro de 2017. Deste total, o pessoal docente e investigador
representava 58,3% (1.778 efetivos, +4,5% face a 2016) e o pessoal técnico 41,7% (1.272 efetivos, +0,2%
comparativamente ao ano anterior). Por entidade, e como referido anteriormente, a UC registou um acréscimo de
83 trabalhadores (+3,2%) e os SASUC uma redução de 4 (-1,0%).
Para além dos trabalhadores em funções, a UC, na sua vertente de responsabilidade social, acolhe 535 bolseiros de
investigação e 32 bolseiros curriculares com vista à promoção da formação em contexto de trabalho. Com vista a
coadjuvar as suas atividades, conta ainda com 31 avençados, para áreas de intervenção altamente especializadas e
que exercem a sua atividade com caráter autónomo.
No que respeita ao género, conclui-se que a distribuição global é maioritariamente feminina, com 53,9% dos
trabalhadores do sexo feminino e 46,1% do sexo masculino. No entanto, a análise por grupo de pessoal permite
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
84
constatar que o pessoal docente e investigador é maioritariamente do sexo masculino (56,5%), enquanto no grupo
de pessoal técnico se verifica o oposto, com 68,6% dos trabalhadores do sexo feminino.
Total de trabalhadores, por grupo de pessoal e género
[figura 6]
Pessoal docente e investigador 773
Pessoal técnico 872 Pessoal docente e investigador 1.005
Pessoal técnico 400
No final de 2017, encontravam-se em funções 1.778 docentes e investigadores, representando um aumento de 4,5%
face ao ano de 2016 (+76 trabalhadores). A este total de efetivos correspondiam 1.250 ETI, dado 679 exercerem
funções a tempo parcial ou a título gracioso (correspondendo a 151,04 ETI). Assim, não obstante o aumento de
4,5% no número absoluto de docentes e investigadores, quando medido em ETI constata-se a existência de um
ligeiro decréscimo de 0,42% (1.255,4 ETI em 2016).
Do total, 1.000 encontram-se integrados na carreira docente universitária e na carreira de investigação, o que
corresponde a 56,2% do total de efetivos. Os restantes 43,8% correspondem a pessoal especialmente contratado
(convidados, visitantes, leitores, monitores e estagiários). Realça-se ainda que dos 1.778 efetivos indicados,
8 exercem funções nos órgãos de governo da Universidade (Equipa Reitoral e Provedor do Estudante) e 54 nos
órgãos de gestão das unidades.
Distribuição do pessoal docente e investigador de carreira, por categoria
[quadro 28]
2016 2017 ∆
N.º ETI N.º ETI N.º ETI
Professor Catedrático 138 138,0 138 138,0 0 0,0
Professor Associado c/ Agregação 91 91,0 87 87,0 -4 -4,0
Professor Associado 88 88,0 90 90,0 2 2,0
Professor Auxiliar c/ Agregação 49 49,0 53 53,0 4 4,0
Professor Auxiliar 599
599,0 596
596,0 -3 -3,0
Assistente * 16 16,0 5 5,0 -11 -11,0
Investigador Coordenador 3 3,0 3 3,0 0 0,0
Investigador Principal c/Agregação 1 1,0 1 1,0 0 0,0
Investigador Principal 2 2,0 2 2,0 0 0,0
Investigador Auxiliar c/Agregação 3 3,0 3 3,0 0 0,0
Investigador Auxiliar 14 14,0 14 14,0 0 0,0
Equipa Reitoral / Provedor 8 8,0 8 8,0 0 0,0
Total 1.012 1012,0 1.000 1000,0 -12 -12,0
* assistentes ao abrigo do regime transitório previsto no ECDU, com direito de integração automática após defesa do doutoramento
3.050
1.645 1.405
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
85
Distribuição do pessoal docente e investigador especialmente contratado, por categoria
[quadro 29]
2016 2017 ∆
N.º ETI N.º ETI N.º ETI
Professor Catedrático 14 1,0 16 1,2 2 0,2
Professor Associado c/ Agregação 2 0,6 4 1,4 2 0,8
Professor Associado 11 1,8 12 1,6 1 -0,2
Professor Auxiliar c/ Agregação 2 0,6 2 0,6 0 0,0
Professor Auxiliar 150 67,1 180 73,8 30 6,7
Assistente 435 108,1 480 104,2 45 -3,9
Leitor 31 23,6 34 26,1 3 2,5
Monitor 4 1,2 9 2,7 5 1,5
Investigador Coordenador 2 1,5 2 1,5 0 0,0
Investigador Principal 4 4,0 5 5,0 1 1,0
Investigador Auxiliar 30 28,8 30 27,9 0 -0,9
Estagiário de Investigação 5 5,0 4 4,0 -1 -1,0
Total 690 243,4 778 250,0 88 6,6
O grupo de pessoal investigador, que representa 3,6% do total de pessoal docente e investigador, é composto na
sua maioria por investigadores auxiliares, predominando o pessoal especialmente contratado, incluindo este os
investigadores ao abrigo dos programas de contratação de doutorados da FCT.
O pessoal docente é maioritariamente de carreira (56,8%) e a categoria mais representada é a de professor auxiliar
(45,5% do total de 1.706 docentes), não considerando os docentes em exercício de funções reitorais.
Em relação ao pessoal técnico, as carreiras de assistente operacional, de técnico superior e de assistente técnico
representam 93,6% do total. A carreira com maior representatividade é a de assistente operacional (33,8%), dado o
elevado número de trabalhadores deste grupo afeto aos SASUC (cerca de 74% do total do seu pessoal e 70,7% dos
assistentes operacionais do grupo público UC).
Realça-se que o número de trabalhadores dos SASUC tem um peso de 32,3% no total do pessoal técnico da
Universidade de Coimbra.
Distribuição do pessoal técnico, por carreira / cargo
[figura 7]
Dir
igen
te 3
9
Outros – 9 Diagnóstico e terapêutica – 6
Dirigente – 40 Informática – 27
Assistente operacional
430
Assistente
técnico 361
Técnico superior
399
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
86
Num total de 1.272 trabalhadores efetivos, 95% possuem contrato de trabalho em funções públicas por tempo
indeterminado com o Grupo UC e 3,4% encontram-se em comissão de serviço (dirigentes e coordenadores de
projetos especiais). O restante pessoal técnico em funções encontra-se com contrato a termo (3,4 %). Realça-se
que a coluna de mobilidade reflete apenas as situações de mobilidade externas ao Grupo UC; as situações de
mobilidade entre a UC e os SASUC ou vice-versa não se encontram explicitadas no quadro seguinte dado espelhar
informação consolidada, tendo esses trabalhadores vínculo por tempo indeterminado com o Grupo (e, portanto,
estando incluídos na coluna “tempo indeterminado”).
Distribuição do pessoal técnico, por carreira / cargo
[quadro 30]
2016 2017
tempo
indeterm.
a
termo
comissão
de serviço mobilidade total tempo
indeterm.
a
termo
comissão
de serviço mobilidade total
Assistente Operacional
437 437 430 430
Assistente Técnico
363 363 361 361
Diagnóstico e Terapêutica
5 1 6 6 6
Dirigente
39 39 40 40
Informática
29
29 27
27
Técnico Superior
369 11 4* 2 386 386 20 3* 399
Outros
9 9 9 9
Total
1.212 11 43 3 1.269 1.209 20 43 0 1.272
* coordenadores de projetos especiais
No âmbito da valorização das pessoas, destaca-se a publicação do Regulamento de aplicação da Lei n.º 66-B/2007,
de 28/12, na UC (SIADAP-UC), ocorrida em novembro, e o desenvolvimento dos trabalhos conducentes à
concretização do processo de progressão nas carreiras, resultante do seu descongelamento, a concretizar em 2018.
Analisando a distribuição etária dos efetivos da Universidade de Coimbra, verifica-se que a maior concentração se
encontra na faixa etária entre os 50 e os 59 anos (36,1% do total), seguindo-se a faixa entre os 40 e os 49 anos
(28%). Considerando o pessoal docente/investigador e o pessoal técnico isoladamente, constata-se que a maior
predominância se mantém nas mesmas faixas etárias, apresentando-se o mesmo padrão de distribuição por escalões.
Estrutura etária dos efetivos [gráfico 14]
< 30 30-39 40-49 50-59 ≥ 60
Total 113 532 854 1101 450
94
347
480
592
265
19185
374
509
185
< 30 30 - 39 40 - 49 50 - 59 ≥ 60
Pessoal Docente/Investigador Pessoal Técnico
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
87
Sendo a renovação do corpo docente uma questão central no Plano Estratégico 2015-2019, realça-se que a média
de idades deste grupo de pessoal é de 49,5 anos. Considerando os docentes de carreira, a média de idades aumentou
em 2017, de 52,2 para 53 anos, registando-se 55 docentes de carreira com idade inferior a 40 anos em 2017, tendo
diminuído em relação a 2016 (55 docentes de carreira).
Relativamente ao pessoal técnico, a média de idades em 2017 situa-se nos 49,5 anos, tendo aumentado em relação
a 2016.
Em relação aos movimentos de pessoal, o número de admissões foi superior ao de saídas, tendência que se mantém
do ano anterior, tendo como consequência o referido aumento do número de trabalhadores. Da análise por grupo
profissional, conclui-se que esta variação resulta do acréscimo verificado no pessoal docente e investigador, com
uma variação líquida de 77 trabalhadores, maioritariamente no pessoal especialmente contratado. No que diz
respeito ao pessoal técnico, registou-se um número de admissões superior ao número de saídas, contrariando a
tendência verificada nos últimos anos, com um aumento líquido de 2 trabalhadores.
Movimentos de pessoal – admissões/saídas
[quadro 31]
Admissões Saídas
Pessoal docente e investigador 240 163
Carreira 6 18
Especialmente contratado 234 145
Pessoal técnico 40 38
Tempo indeterminado 20 32
Termo / Comissão de Serviço / Mobilidade 20 6
Total 280 201
Destaca-se que decorre, desde o final de 2017, a aplicação em pleno do plano plurianual de contratação de docentes
da UC, com a abertura de várias dezenas de concursos, após a publicação do regulamento de recrutamento e
contratação de pessoal docente da UC e do regulamento de prestação de serviço dos docentes da UC.
Este programa de contratação de docentes, tendo por base um modelo que recorre à análise das reformas e
jubilações estimadas para os dois anos seguintes, afigura-se como um relevante instrumento de concretização da
estratégia de recrutamento e contratação, sendo determinante para a atração e manutenção dos melhores
professores, contribuindo para uma evolução positiva destes valores nos próximos anos.
Analisando o motivo das saídas, conclui-se que a caducidade de contratos de trabalho a termo apresenta o valor
mais elevado (66,7%). Salientam-se ainda as situações de aposentação (11,4%), como segundo motivo, representando
as ocorridas por limite de idade o valor de 3,5%.
Movimentos de pessoal – motivo das saídas
[quadro 32]
N.º %
Aposentação 16 8,0%
Aposentação por limite de idade 7 3,5%
Caducidade 134 66,7%
Comissão de serviço 7 3,5%
Denúncia 18 9,0%
Falecimento 3 1,5%
Licenças 5 2,5%
Mobilidade 3 1,5%
Suspensão – saída para outro organismo 6 3,0%
Outros motivos 2 1,0%
Total 201 100%
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
88
No que concerne às habilitações literárias dos trabalhadores, verifica-se que 75,2% possui formação de nível superior,
sendo o doutoramento o grau detido pelo maior número de pessoas (41,7%).
Observando a escolaridade do pessoal docente e investigador, verifica-se que 71,1% são titulares do grau de doutor,
sendo os restantes 28,9% distribuídos pelo grau de licenciado e de mestre. Analisando em particular os docentes e
investigadores de carreira constata-se que 99,5% dos 1.000 identificados no quadro 28 são doutorados,
correspondendo os remanescentes 0,5% aos assistentes ao abrigo do regime transitório previsto no ECDU.
Habilitações literárias do pessoal docente e investigador
[gráfico 15]
Quanto ao pessoal técnico, a percentagem que detém nível de escolaridade superior ao 12.º ano corresponde a
40,6%. A percentagem de trabalhadores que detém habilitações literárias entre o 4.º e o 9.º ano continua a diminuir,
quer pela aposentação de trabalhadores com níveis de escolaridade mais baixos, quer pela exigência de habilitações
mínimas, ao nível da escolaridade obrigatória, no exercício de funções públicas.
Habilitações literárias do pessoal técnico
[gráfico 16]
Durante o ano de 2017, foram promovidas 14 ações de formação internas, nas áreas de tecnologias de informação
(9 ações), de contratação pública (2 ações), higiene e segurança alimentar e no trabalho (2 ações) e necessidades
educativas especiais (1 ação).
Destaca-se a formação sobre o novo processo de deslocações em serviço, que entrou em vigor em novembro,
considerado um sistema inovador na administração pública portuguesa e consubstanciando-se como um passo
extraordinário na melhoria do funcionamento interno. Este novo processo resulta de um desenvolvimento
organizativo e informático inteiramente efetuado pela Administração da UC, permitindo baixar drasticamente a
antecedência necessária para os pedidos de deslocação.
Licenciatura
13,5%
Mestrado
15,4%
Doutoramento
71,1%
4-6 anos de
escolaridade
20,1%
9 anos de
escolaridade
15,8%
11-12 anos de
escolaridade
23,5%
Bacharelato ou
Curso Médio
0,7%
Licenciatura
31,1%
Mestrado
8,2%
Doutoramento
0,6%
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
89
Formação profissional do pessoal técnico
[quadro 33]
N.º
Formação interna
Ações internas formais 14
Formandos 368
Trabalhadores que frequentaram ações de formação internas 259
Formação externa
Ações externas frequentadas 109
Formandos 368
Trabalhadores que frequentaram ações de formação externas 263
Total de trabalhadores que frequentaram ações de formação 422
As ações de formação interna dirigidas ao pessoal técnico envolveram 259 trabalhadores, correspondentes a 368
formandos, dada a existência de trabalhadores que frequentaram mais do que uma ação.
Para além das formações já referidas, o pessoal técnico frequentou 109 ações de formação externas, nomeadamente
workshops, colóquios e seminários, num total de 368 formandos, correspondendo a 263 trabalhadores. Destaca-se a
realização do Seminário sobre o Novo Regulamento Geral de Proteção de Dados, realizado pela Comissão Nacional
de Proteção de Dados (CNPD) e o Instituto de Gestão e Administração Pública (IGAP), em parceria com a
Administração da UC, no Auditório da Reitoria e que contou com a participação de 143 formandos da UC e dos
SASUC (incluindo 14 formandos não identificados no quadro 33, por se tratarem de docentes, investigadores e
bolseiros).
O total de trabalhadores que frequentou, pelo menos, uma ação de formação, interna ou externa, no ano de 2017,
ascendeu assim a 422.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
93
As demonstrações financeiras consolidadas do GPUC foram preparadas em conformidade com a Orientação n.º
1/2010 e a Portaria n.º 474/2010, de 1 de julho, que definem as normas relativas à consolidação de contas do setor
público da Educação.
As entidades que integram o perímetro de consolidação do GPUC encontram-se elencadas no ponto 1.3 Estrutura
organizacional e âmbito da consolidação, não havendo alteração relativamente ao ano de 2016, o que representa um
universo de 17 entidades que compõem o GPUC.
Quanto à consolidação orçamental, o perímetro é composto pelas entidades do Grupo que, no período
contabilístico, integraram o Orçamento do Estado e, por conseguinte, o perímetro de consolidação das
administrações públicas, pelo que apenas engloba, através do método de consolidação simples, as entidades UC e
SASUC.
7. CONTAS
7.1. ANÁLISE ORÇAMENTAL
A incerteza quanto ao reforço da dotação de Orçamento do Estado para fazer face, designadamente, ao aumento
do salário mínimo, do subsídio de alimentação e ao pagamento da valorização remuneratória decorrente da obtenção
da agregação, bem como as restrições provocadas pela disciplina orçamental com vista à redução do défice das
contas públicas, condicionaram o planeamento e a execução orçamental das IES públicas e, em particular, do GPUC.
Não obstante os constrangimentos orçamentais que se têm verificado nos últimos anos, o Grupo tem vindo a
procurar diversificar as suas fontes de financiamento, tendo conseguido aumentar a captação de receita própria,
nomeadamente por via dos estudantes internacionais e da oferta na área do turismo.
Quanto ao desempenho orçamental do ano de 2017 destaca-se a contração da execução de receita acompanhada
de um aumento da despesa paga. Ao nível da receita, justifica-se essencialmente pela diminuição das transferências
no âmbito de projetos e atividades, sendo importante salientar que o ano de 2016 foi um ano atípico, na medida em
que foi feita a recuperação de verbas antigas de valor significativo, a par com os reembolsos decorrentes do
encerramento do anterior quadro comunitário de apoio. No que se refere à despesa, esta cresceu essencialmente
por via do aumento da despesa com pessoal, decorrente da extinção da redução remuneratória, do pagamento das
agregações e do reposicionamento de pessoal docente relativo aos anos de 2004 a 2009, que se encontrava por
concluir, e também pelo aumento da atividade no âmbito de projetos ao abrigo do novo quadro comunitário de
apoio.
Principais indicadores orçamentais
[quadro 34]
Orçamento
Inicial
Orçamento
Corrigido
Receita Cobrada
no Ano
Despesa
Paga
Resultado da
Gerência
156.509.586,00 € 208.835.656,48 € 153.552.141,58 € 148.379.400,34 € 5.172.741,24 €
-1,5% 7,3% -4,5% 5,0% -73,5%
Grau Execução
[Orç. Corrigido]
Peso Financiamento
Ativ. e Investimento
Peso Financiamento
do Estado
Financiamento OE /
Despesa de PessoalSaldo de Gerência
98,5% 15,8% 54,4% 81,7% 57.253.826,08 €
-0,9% -31,4% 7,7% -0,9% 9,9%
2015 2017
Dese
mp
en
ho
Orç
am
en
tal
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
94
Em 2017, o GPUC dispôs de um orçamento aprovado de 156,51M€, representando um decréscimo das suas
dotações em 1,5%, face ao ano precedente.
O orçamento corrigido ascendeu a 208,84M€, o que correspondeu a uma variação de 33,4% face ao orçamento
inicial aprovado, em consequência da integração do saldo de gerência acumulado (+52,08M€), do reforço efetivo do
Orçamento do Estado (+0,22M€), e do ligeiro ajustamento das previsões relativas a fundos comunitários (+0,03M€).
7.1.1. ORIGEM DE FUNDOS
A receita cobrada do ano ascendeu a 153,55M€, representando um grau de execução do orçamento do ano de
98,0%. O saldo de gerência integrado no ano foi de 52,08M€, perfazendo uma receita total de 205,63M€ e um grau
de execução global do orçamento da receita de 98,5%.
Comparativamente ao ano precedente, verifica-se uma diminuição da receita cobrada, em 7,20M€ (-4,5%), que
resulta essencialmente da diminuição de receita proveniente de projetos e atividades, sendo de destacar, em sentido
contrário, o aumento de receita proveniente do Orçamento do Estado, das propinas de estudantes internacionais e
da atividade do turismo.
Execução da receita por tipo de receita
[quadro 35]
Analisando a execução de receita considerando a sua tipologia, verifica-se que, em termos globais, a receita cobrada
de propinas e de taxas de ensino aumentou face a 2016. As taxas de ensino mantiveram-se estáveis variando apenas
0,7% (+0,01M€), sendo que as propinas registaram, no global, um aumento de 1,71M€, impulsionado pelas propinas
de estudantes internacionais com um crescimento significativo de 86,3% (+2,43M€). As propinas de estudantes
nacionais evidenciam uma diminuição de 3,1% (-0,72M€).
Ao nível dos rendimentos de juros e dividendos verificou-se um ligeiro aumento, resultado da maior rendibilidade da
aplicação financeira CEDIC – Certificados Especiais de Dívida de Curto Prazo, tendo os rendimentos de propriedade
diminuído 0,05M€ face a 2016.
As transferências correntes e transferências de capital apresentam uma diminuição de 10,91M€, essencialmente pela
redução de receita no âmbito dos projetos e atividades, sobretudo devido ao facto de as ações relativas à
recuperação de verbas antigas terem sido concluídas.
Nas transferências correntes e de capital OE-MEC registou-se um aumento do financiamento do Estado na ordem dos
2,19M€, que consistiu num aumento da dotação inicialmente atribuída à UC, com vista à compensação da eliminação
das reduções remuneratórias na Administração Pública.
Tipo de ReceitaOrçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível
[OD]
Receita
Cobrada no
Ano
Grau de
Execução
[OD]
Orçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível
[OD]
Receita
Cobrada no
Ano
Grau de
Execução
[OD]
Δ Rec. Cob. no
Ano [€]
Δ Rec.
Cob. no
Ano [%]
Taxas de ensino 1.610.373 € 1.610.373 € 1.705.161 € 105,9% 1.601.204 € 1.601.204 € 1.693.991 € 105,8% 11.170 € 0,7%
Propinas (est. nacional) 22.819.089 € 22.819.089 € 22.679.062 € 99,4% 23.998.167 € 23.998.167 € 23.401.238 € 97,5% 722.176 €- -3,1%
Propinas (est. internacional) 4.644.190 € 4.644.190 € 5.252.868 € 113,1% 2.618.577 € 2.618.577 € 2.819.518 € 107,7% 2.433.350 € 86,3%
Juros e dividendos 3.734 € 3.734 € 15.164 € 406,1% 26.332 € 26.332 € 13.888 € 52,7% 1.277 € 9,2%
Rendimentos de propriedade 32.000 € 32.000 € 29.934 € 93,5% 79.603 € 79.603 € 79.109 € 99,4% 49.175 €- -62,2%
Transferências correntes 20.921.041 € 20.921.041 € 16.619.213 € 79,4% 24.921.777 € 24.921.777 € 25.641.411 € 102,9% 9.022.198 €- -35,2%
Transferências correntes | OE-MEC 83.594.000 € 83.594.000 € 83.594.000 € 100,0% 81.403.631 € 81.403.631 € 81.403.631 € 100,0% 2.190.369 € 2,7%
Vendas 847.548 € 847.548 € 878.692 € 103,7% 715.510 € 715.510 € 761.083 € 106,4% 117.609 € 15,5%
Prestações de serviços 15.764.637 € 15.764.637 € 16.434.495 € 104,2% 13.405.053 € 13.405.053 € 14.741.568 € 110,0% 1.692.927 € 11,5%
Outros rendimentos 356.723 € 356.723 € 351.024 € 98,4% 4.358.819 € 4.358.819 € 2.274.580 € 52,2% 1.923.556 €- -84,6%
Transferências de capital 6.109.687 € 6.109.687 € 5.943.203 € 97,3% 8.781.304 € 8.781.304 € 7.833.782 € 89,2% 1.890.579 €- -24,1%
Transferências de capital | OE-MEC - € - € - € - 125 € 125 € - € 0,0% - € -
Outros rendimentos de capital 1 € 1 € - € 0,0% 1 € 1 € - € 0,0% - €
Reposições 51.549 € 51.549 € 49.325 € 95,7% 86.451 € 86.451 € 83.996 € 97,2% 34.672 €- -41,3%
Saldo de gerência - € 52.081.085 € - € 100,0% - € 32.596.176 € - € 100,0% - € -
Total 156.754.572 € 208.835.656 € 153.552.142 € 98,5% 161.996.554 € 194.592.730 € 160.747.795 € 99,4% 7.195.653 €- -4,5%
2017 2016
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
95
As vendas e prestações de serviços registaram um aumento de 1,81M€, destacando-se o aumento da receita do turismo
e a receita proveniente dos Campeonatos Europeus Universitários de Judo, Karaté e Taekwondo.
Os outros rendimentos evidenciaram uma diminuição de 1,92M€, justificada pelo facto das transferências no âmbito
dos custos de formação da FCT terem sido efetuadas através de receitas gerais, ao contrário do que se verificou em
2016 em que a fonte de financiamento utilizada foi o Fundo Social Europeu, sendo que o normativo contabilístico
existente obriga à sua contabilização numa tipologia diferente (transferências correntes).
Execução da receita do ano por origem
[quadro 36]
Analisando a receita com base na sua origem, verifica-se que esta provém maioritariamente do Orçamento do
Estado, tendo o financiamento direto do Estado ascendido a 54,4% e o indireto, correspondente ao financiamento
competitivo, com origem nomeadamente na FCT, a 5,2% da receita cobrada. No que se refere à receita própria, esta
representa 33,0% da receita total arrecadada em 2017, registando um crescimento de 6,9%. A receita da União
Europeia assume um peso de 7,4% no financiamento global, evidenciando uma redução de 52,9% face a 2016,
decorrente da diminuição das transferências no âmbito de projetos cofinanciados.
Receita cobrada por tipo e origem de fundos
[gráfico 17]
7.1.2. APLICAÇÃO DE FUNDOS
A despesa paga ascendeu a 148,38M€, correspondendo a um grau de execução de 94,7%, quando comparada com
o orçamento do ano (exclui saldo de gerência integrado), e de 71,1%, quando comparada com o orçamento
disponível (orçamento do ano + saldo de gerência – cativos6).
Comparativamente com o ano de 2016, verifica-se um aumento da despesa paga de 5,0% (+7,12M€), essencialmente
por via do aumento da despesa com pessoal e da despesa de projetos e atividades cofinanciadas.
6 O valor dos cativos regista 0€ em 2017 e 125€ em 2016.
Origens de Fundos
Orçamento
Disponível
[OD]
Receita
Cobrada no
Ano
Grau de
Execução
Orçamento
Disponível
[OD]
Receita
Cobrada no
Ano
Grau de
Execução
Δ Rec. Cob. no
Ano [€]
Δ Rec.
Cob. no
Ano [%]
Financiamento OE 83.975.758 € 83.583.790 € 100,0% 81.542.309 € 81.280.680 € 100,0% 2.303.110 € 2,8%
Receitas Gerais OE 11.901.976 € 7.992.355 € 100,7% 11.753.600 € 8.100.249 € 101,8% 107.894 €- -1,3%
Receita Própria 79.768.890 € 50.678.106 € 103,5% 65.008.368 € 47.392.415 € 103,0% 3.285.691 € 6,9%
Financiamento da UE 33.189.032 € 11.297.891 € 69,5% 36.288.453 € 23.974.451 € 89,6% 12.676.559 €- -52,9%
Total 208.835.656 € 153.552.142 € 98,0% 194.592.730 € 160.747.795 € 99,2% 7.195.653 €- -4,5%
2017 2016
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
96
Execução da despesa por tipo de despesa
[quadro 37]
A despesa com pessoal ascendeu a 102,27M€ e representa 68,9% da despesa paga. Face ao ano de 2016, representa
um aumento de 3,76M€, relacionado com a extinção da redução remuneratória, com as agregações e com o
reposicionamento de pessoal docente, apesar de o aumento da dotação do Orçamento do Estado ter sido de apenas
2,19M€. As remunerações certas e permanentes representam 54,9% da despesa paga, tendo atingido o montante de
81,52M€, o que traduz um aumento de 3,9%, face ao ano transato. As remunerações contingentes, onde se incluem,
por exemplo, abonos variáveis, colaborações técnicas especializadas, ajudas de custo e horas extra, correspondem
a 1,3% da despesa paga e evidenciam um aumento de 0,03M€. Os encargos com a ADSE aumentaram 0,02M€,
decorrendo de regularizações relativas a anos anteriores. Os encargos com a CGA têm um peso relativo de 9,5%
sobre o total da despesa paga, tendo aumentado 3,6% (+0,49M€), face a 2016. Relativamente aos encargos com a
TSU, que representam 3,2% da despesa paga, a variação registada é de 2,9% (+0,14M€).
As despesas de funcionamento e de capital ascenderam a 46,11M€ e representam 31,1% da despesa paga, verificando-
-se um crescimento de 7,9% (+3,36M€), face ao ano de 2016. Este aumento é evidenciado nomeadamente nas
rubricas de aquisição de serviços e transferências correntes, essencialmente pelo aumento da atividade relacionada com
projetos, ao passo que as rubricas de investimento (capital) evidenciam uma ligeira diminuição (-0,10M€).
Execução da despesa por origem de fundos
[quadro 38]
No que concerne ao detalhe da despesa paga por fonte de financiamento, verifica-se que 60,7% da despesa foi
executada através de verbas do Orçamento do Estado, sendo de referir que o financiamento direto do Estado, na
componente de funcionamento, foi utilizado na íntegra em despesas com pessoal. No que se refere às restantes
origens, 29,0% da despesa foi suportada com recurso a receita própria e 10,3% com financiamento da União Europeia,
assegurando despesas de pessoal, aquisição de bens e serviços, transferências e despesas de capital. Face ao ano de
2016, as fontes de receitas gerais OE e de receita própria apresentaram, no global, um aumento significativo de 13,3%,
enquanto a despesa paga através de financiamento da União Europeia apresentou uma diminuição de 5,5%.
Tipo de DespesaOrçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível
[OD]
Despesa Paga
Grau de
Execução
[OD]
Orçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível
[OD]
Despesa Paga
Grau de
Execução
[OD]
Δ Despesa Paga
[€]
Δ
Despesa
Paga [%]
Remunerações certas e permanentes 81.081.271 € 82.854.134 € 81.518.786 € 98,4% 79.810.678 € 80.301.485 € 78.430.893 € 97,7% 3.087.893 € 3,9%
Remunerações contingentes 1.795.891 € 2.435.825 € 1.881.811 € 77,3% 2.647.136 € 3.849.553 € 1.855.597 € 48,2% 26.214 € 1,4%
Encargos da UC com ADSE 14.226 € 24.012 € 23.969 € 99,8% 3.745 € 3.745 € 3.647 € 97,4% 20.322 € 557,2%
Encargos da UC com CGA 14.002.548 € 14.181.501 € 14.060.094 € 99,1% 13.369.759 € 13.599.794 € 13.572.663 € 99,8% 487.431 € 3,6%
Encargos da UC com TSU 5.109.587 € 5.379.903 € 4.784.353 € 88,9% 4.522.460 € 4.928.188 € 4.648.438 € 94,3% 135.916 € 2,9%
Funcionamento | Bens 6.572.620 € 7.288.854 € 6.300.047 € 86,4% 7.206.795 € 7.862.671 € 5.460.066 € 69,4% 839.981 € 15,4%
Funcionamento | Serviços 19.665.028 € 58.729.410 € 16.862.679 € 28,7% 25.528.686 € 45.243.468 € 15.836.017 € 35,0% 1.026.662 € 6,5%
Funcionamento | Outras 1.754.973 € 6.684.120 € 1.442.804 € 21,6% 1.706.003 € 6.174.535 € 1.759.057 € 28,5% 316.253 €- -18,0%
Transferências correntes 15.041.144 € 17.692.728 € 12.775.353 € 72,2% 15.550.725 € 17.901.745 € 10.865.499 € 60,7% 1.909.853 € 17,6%
Investimento | Bens de capital 10.020.835 € 11.847.400 € 7.039.086 € 59,4% 9.826.540 € 12.892.536 € 7.001.495 € 54,3% 37.590 € 0,5%
Transferências de capital 1.396.448 € 1.417.769 € 1.390.420 € 98,1% 1.477.075 € 1.487.934 € 1.482.565 € 99,6% 92.146 €- -6,2%
Investimentos financeiros 300.000 € 300.000 € 300.000 € 100,0% 346.950 € 346.950 € 346.950 € 100,0% 46.950 €- -13,5%
Total 156.754.572 € 208.835.656 € 148.379.400 € 71,1% 161.996.554 € 194.592.605 € 141.262.886 € 72,6% 7.116.514 € 5,0%
2017 2016
Origens de FundosOrçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível
[OD]
Despesa Paga
Grau de
Execução
[OD]
Orçamento do
Ano [OA]
Orçamento
Disponível
[OD]
Despesa Paga
Grau de
Execução
[OD]
Δ Despesa Paga
[€]
Δ
Despesa
Paga [%]
Financiamento OE 83.583.790 € 83.975.758 € 83.466.636 € 99,4% 81.280.805 € 81.542.184 € 81.290.707 € 99,7% 2.175.929 € 2,7%
Receitas Gerais OE 7.936.229 € 11.901.976 € 6.523.848 € 54,8% 7.954.258 € 11.753.600 € 4.324.195 € 36,8% 2.199.653 € 50,9%
Receita Própria 48.987.814 € 79.768.890 € 43.046.420 € 54,0% 46.015.232 € 65.008.368 € 39.420.029 € 60,6% 3.626.392 € 9,2%
Financiamento da UE 16.246.739 € 33.189.032 € 15.342.496 € 46,2% 26.746.259 € 36.288.453 € 16.227.955 € 44,7% 885.459 €- -5,5%
Total 156.754.572 € 208.835.656 € 148.379.400 € 71,1% 161.996.554 € 194.592.605 € 141.262.886 € 72,6% 7.116.514 € 5,0%
2017 2016
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
97
Despesa paga por tipo de despesa e origem de fundos
[gráfico 18]
7.1.3. RESULTADOS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTAL
De acordo com a execução orçamental de 2017, o saldo de gerência acumulado ascendeu a 57,25M€, apesar de o
saldo do ano se ter cifrado em apenas 5,17M€, conforme se detalha no quadro 39.
Execução e saldo orçamental por origem de fundos
[quadro 39]
Analisando o saldo de gerência por origem de fundos, verifica-se que as fontes de financiamento OE, receita própria e
receitas gerais de OE foram geradoras de excedentes, apresentando o financiamento da UE um défice, em resultado
da despesa executada em projetos cofinanciados ter sido superior ao valor dos respetivos reembolsos recebidos.
Funcionando numa ótica de reembolso, parte dos pagamentos dos projetos cofinanciados são assegurados por
adiantamentos de tesouraria com origem noutras fontes de financiamento (nomeadamente através de
autofinanciamento).
Comparativamente com o ano de 2016, é de ressalvar uma diminuição do saldo de gerência do ano de 14,31M€,
que diminuiu de 19,48M€ para 5,17M€, o que vem confirmar a volatilidade e o caráter esporádico do saldo de
gerência gerado em 2016, e que resultou em grande medida da recuperação de verbas antigas e do recebimento de
saldos finais de projetos do anterior quadro comunitário, o que já não ocorreu em 2017.
Origens de Fundos Saldo InicialReceita Cobrada
no Ano Despesa Paga Saldo do Ano
Saldo para a
Gerência Seguinte
Δ Saldo Gerência
[€]
Δ Saldo
Gerência [%]
[1] [2] [3] [4]=[2-3] [5]=[1+4] [6]=[5-1] [7]=[6/1]
Financiamento OE 391.968 € 83.583.790 € 83.466.636 € 117.154 € 509.122 € 117.154 € 29,9%
Receitas Gerais OE 3.965.747 € 7.992.355 € 6.523.848 € 1.468.506 € 5.434.254 € 1.468.506 € 37,0%
Receita Própria 30.781.076 € 50.678.106 € 43.046.420 € 7.631.685 € 38.412.761 € 7.631.685 € 24,8%
Financiamento da UE 16.942.294 € 11.297.891 € 15.342.496 € -4.044.605 € 12.897.689 € -4.044.605 € -23,9%
Total 52.081.085 € 153.552.142 € 148.379.400 € 5.172.741 € 57.253.826 € 5.172.741 € 9,9%
2017
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
98
7.2. ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
Principais indicadores económicos e financeiros
[quadro 40]
7.2.1. DESEMPENHO FINANCEIRO
De acordo com a ótica patrimonial, a estrutura financeira do GPUC à data de 31 de dezembro de 2017 encontra-
-se ilustrada no gráfico seguinte:
Estrutura patrimonial
[gráfico 19]
Em síntese, a estrutura de financiamento revela a existência de um fundo de maneio positivo, onde o ativo líquido se
encontrava suportado por capitais permanentes em 54,9%, o que traduz a capacidade do Grupo para fazer face aos
seus compromissos financeiros através dos seus capitais próprios, bem como um adequado nível de solvabilidade.
O ativo circulante é largamente superior aos capitais alheios, verificando-se assim um working capital positivo ao nível
da atividade operacional, o que se traduz num elevado nível de liquidez de tesouraria. Desta forma, a longo prazo, é
expectável a manutenção de uma estrutura financeira equilibrada.
Volume de
AtividadeEBITDA EBIT
Resultado Líquido
do Exercício
170.937.547,20 € 14.838.291,16 € -3.688.807,27 € 5.010.265,46 €
6,3% 7,4% 33,7% 17,3%
Ativo LíquidoFundos Próprios
e Int. MinoritáriosPassivo Disponibilidades
605.098.538,26 € 335.280.339,24 € 269.818.199,02 € 68.272.026,39 €
3,9% 1,5% 7,0% 4,3%
2015 2017
Sit
uação
Eco
nó
mic
a
Sit
uação
Fin
an
ceir
a
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
99
Estrutura do ativo
[quadro 41]
* detalhe dos investimentos financeiros na página 128
O ativo líquido do GPUC situou-se nos 605,10M€, tendo aumentado 22,44M€ (+3,9%) face ao ano transato, no
entanto a rendibilidade do ativo continua negativa (-0,6%), embora tenha tido uma evolução favorável nos últimos
anos, evidenciando assim um potencial de melhoria ao nível da produtividade na utilização dos ativos do Grupo.
O ativo fixo (imobilizações e investimentos financeiros) ascendeu a 396,25M€ e representa a maior componente do ativo
total, com 65,5%. As imobilizações (corpóreas e incorpóreas) registam uma diminuição de 9,50M€ (-2,4%), dado que o
valor das depreciações desses ativos, nomeadamente ao nível dos edifícios e do equipamento e material básico, foi
superior ao investimento líquido em novos ativos (7,77M€). Os investimentos financeiros ascendem a 3,81M€,
verificando-se uma diminuição de 0,12M€ relativamente ao ano anterior. De referir que nos investimentos financeiros
foi criada uma provisão de 9.980€ na sequência do processo de insolvência da entidade CoimbraVita7.
O ativo circulante (existências, dívidas de terceiros e disponibilidades) ascendeu a 207,51M€ e representa 34,3% do total
do ativo líquido.
As existências diminuíram 10,4% – para 1,70M€ –, contrariando a tendência de crescimento em 2016, que tinha sido
nesse ano de 9,0%, em consequência do crescimento da venda de mercadorias, nomeadamente na entidade UC.
As dívidas de terceiros ascenderam a 137,54M€ e aumentaram 29,47M€ face ao período homólogo, influenciadas pela
rubrica de outros devedores, nomeadamente na entidade UC (+28,50M€), decorrente do reconhecimento do volume
de financiamento contratualizado em novos projetos e atividades ao abrigo do novo quadro comunitário de apoio.
A dívida de alunos registada em balanço, na UC e SASUC, ascende a 20,40M€ e aumentou 1,06M€. No entanto,
18,82M€ deste valor são relativos às propinas do ano letivo 2017/2018, cujo pagamento é faseado em prestações,
seis das quais ainda não vencidas à data de 31 de dezembro. Assim, encontram-se apenas em mora1,58M€, dos quais
0,17M€ são relativos a alojamento e o restante, no valor de 1,41M€, corresponde a dívidas de propinas de anos
letivos anteriores, cuja cobrança se encontra em processo de recuperação nos termos legais, continuando-se a
verificar em 2017 uma diminuição significativa neste tipo de dívidas.
A dívida de clientes do Grupo ascende a 9,05M€, tendo registado um crescimento de 0,14M€. Por seu lado, as dívidas
de cobrança duvidosa, ou seja, com uma antiguidade superior a um ano no caso de clientes e dois anos letivos no caso
de alunos, ascendem a 14,27M€, estando provisionadas quase na sua totalidade.
As disponibilidades a 31 de dezembro de 2017 assumem um peso de 11,3% na estrutura do ativo e totalizam 68,27M€,
embora parte significativa deste montante corresponda a verbas consignadas, nomeadamente ao nível de projetos e
atividades em curso. Face ao ano precedente verifica-se assim um aumento de 2,83M€, em consequência dos
resultados de tesouraria apurados, nomeadamente nas entidades UC (+4,35M€), Exploratório (+0,75M€), SASUC
(+0,65M€), e em sentido inverso, CNC (-3,18M€).
7 A entidade CoimbraVita, embora se encontre incluída no perímetro de consolidação do Grupo UC, não é entidade consolidante, ou seja, as
suas demonstrações financeiras não são consolidadas, sendo apenas reconhecida a participação ao nível dos investimentos financeiros consolidados do Grupo.
Ativo 2017 Estrutura Absoluta % 2016 Estrutura
Imobilizações 392.445.190 € 64,9% 9.503.292 €- -2,4% 401.948.482 € 69,0%
Investimentos Financeiros * 3.807.123 € 0,6% 120.337 €- -3,1% 3.927.460 € 0,7%
Existências 1.695.904 € 0,3% 196.558 €- -10,4% 1.892.462 € 0,3%
Dívidas de Terceiros 137.541.143 € 22,7% 29.474.874 € 27,3% 108.066.268 € 18,5%
Disponibilidades 68.272.026 € 11,3% 2.828.605 € 4,3% 65.443.421 € 11,2%
Acréscimos e Diferimentos 1.337.151 € 0,2% 40.110 €- -2,9% 1.377.261 € 0,2%
Total 605.098.538 € 22.443.183 € 3,9% 582.655.355 €
Variação 2017-2016
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
100
Quanto à estrutura do ativo líquido das diversas entidades que constituem o GPUC, verifica-se que a mesma apresenta
uma elevada diversificação, quanto à sua composição:
Estrutura do ativo por entidade
[gráfico 20]
Estrutura dos fundos próprios e passivo
[quadro 42]
Os fundos próprios do Grupo ascendem a 332,06M€, registando um aumento de 4,94M€ (+1,5%), em consequência
das variações nos movimentos de incorporação de reservas e da cedência de bens da Fundação Cultural da UC, na
sequência da sua extinção, bem como de resultados transitados do exercício de 2016 e do reconhecimento do resultado
líquido do exercício de 2017 (c.f. nota 45, c) do Anexo às Contas). No entanto, é de considerar que no passivo estão
incorporados 127,98M€ em proveitos diferidos, correspondentes a subsídios ao investimento associados a bens de
imobilizado cofinanciados que, de acordo com o normativo contabilístico vigente, apenas incorporam os fundos
próprios à medida que ocorrem as respetivas amortizações. Assim, considerando que no futuro corresponderão a
fundos próprios, contribuem para o reforço da solidez do Grupo.
Os interesses minoritários, que representam a parte dos resultados e dos ativos líquidos das subsidiárias do Grupo,
cujos fundos próprios não sejam detidos, direta ou indiretamente, pela entidade-mãe do Grupo, ascendem a 3,22M€
e representam 0,5% do total de balanço.
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
Tecnimed
UC
Inproplant
% Total do
Ativo do Grupo
5,3% 0,3% 0,0% 4,6% 0,8% 2,0% 1,8% 0,3% 0,4% 1,5% 0,2% 0,2% 0,2%82,2%
66,1%
92,0%
21,2%
41,2%
83,5%
51,7%
4,8%
51,5%
28,0%
62,9%
2,9% 2,9% 0,2%
93,8%99,0%
1,3%
0,1%
1,9%
0,6%
0,1%
0,1%
2,0%
0,3%
0,4%
6,0%
1,4%
0,7%
0,4%
0,7% 3,2%
20,5%
0,9%
52,9%
50,3%
54,2%
0,1%44,9%
74,2%
48,0%
31,6%
35,9%
52,8%
16,7%4,3%
0,4%11,6%6,7%
19,0%
47,2%
3,2%16,1% 0,7%
19,5%
0,2%
39,8%
0,7%
44,2%
79,3%
90,0%
6,2%
0,6%0,2% 0,9% 1,1% 1,4% 0,2% 0,8% 0,2% 0,2% 0,1% 0,5% 0,1% 0,4% 0,3%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Acréscimos e Diferimentos
Disponibilidades
Dívidas de Terceiros
Existências
Investimentos Financeiros
Imobilizado
0,1% 0,1%
Fundos Próprios e Passivo 2017 Estrutura Absoluta % 2016 Estrutura
Fundos Próprios 332.058.195 € 54,9% 4.944.711 € 1,5% 327.113.483 € 56,1%
Património 341.283.960 € 56,4% - € 0,0% 341.283.960 € 58,6%
Reservas 4.381.283 € 0,7% 29.813 € 0,7% 4.351.471 € 0,7%
Resultados Transitados 18.617.314 €- -3,1% 4.176.806 € 18,3% 22.794.120 €- -3,9%
Resultado Líquido do Exercício 5.010.265 € 0,8% 738.093 € 17,3% 4.272.173 € 0,7%
Interesses Minoritários 3.222.144 € 0,5% 78.973 €- -2,4% 3.301.117 € 0,6%
Passivo 269.818.199 € 44,6% 17.577.445 € 7,0% 252.240.754 € 43,3%
Provisões 333.860 € 0,1% - € 0,0% 333.860 € 0,1%
Dividas a Terceiros de MLP 534.798 € 0,1% 33.066 €- -5,8% 567.864 € 0,1%
Dividas a Terceiros de CP 9.677.413 € 1,6% 1.091.756 € 12,7% 8.585.657 € 1,5%
Acréscimos e Diferimentos 259.272.128 € 42,8% 16.518.755 € 6,8% 242.753.374 € 41,7%
Total 605.098.538 € 22.443.183 € 3,9% 582.655.355 €
Variação 2017-2016
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
101
Quanto à estrutura dos fundos próprios, verifica-se que a mesma apresenta um elevado nível de diversificação entre
as diversas entidades que constituem o GPUC:
Estrutura dos fundos próprios por entidade
[gráfico 21]
O passivo fixou-se nos 269,82M€, evidenciando assim um aumento das obrigações presentes do Grupo em 17,58M€.
O nível de endividamento8 refletido em balanço cresceu em 0,1 p.p. para os 1,7%, bem como o debt to equity9 em
+0,3 p.p. para os 3,1%, o que significa que o nível de risco dos capitais alheios aumentou ligeiramente, embora não
represente um fator de risco a médio e longo prazo.
As provisões mantiveram-se estáveis, cifrando-se em 0,33M€. As dívidas de médio e longo prazo ascendem a 0,53M€ e
diminuíram 0,03M€, para a qual contribuíram as entidades IPN – Incubadora (-0,01M€) e IteCons (-0,02M€), ao nível
de empréstimos bancários e fornecedores de imobilizado, respetivamente. As dívidas a terceiros de curto prazo, que
correspondem a dívida não vencida a fornecedores, Estado e outros credores, aumentaram 1,09M€ (+12,7%) para
os 9,68M€, destacando-se as variações ocorridas ao nível da rubrica Estado e outros entes públicos (+1,49M€) e
Fornecedores c/c (-0,40M€).
Os acréscimos e diferimentos, que ascendem a 259,27M€, registaram uma variação positiva de 16,52M€ (+6,8%).
Os proveitos diferidos, que representam o reconhecimento do direito a receber em exercícios futuros, ascendem a
243,80M€ e aumentaram 16,37M€, por via da variação registada no exercício de 2017 nos montantes
contratualizados relativos a novos financiamentos ao nível dos projetos, atividades e subsídios ao investimento
(+13,17M€), mas também ao nível dos proveitos de propinas a reconhecer em 2018 (+1,45M€) e de outros
proveitos diferidos (+1,75M€). No que respeita aos acréscimos de custos, que se referem maioritariamente ao
reconhecimento no corrente exercício dos gastos com férias e subsídio de férias a pagar em 2018, estes apresentam
uma ligeira variação de +0,15M€.
Quanto à estrutura do passivo das diversas entidades que compõem o Grupo, verifica-se igualmente alguma
diversificação quanto à sua composição:
8 Endividamento = Fundos Alheios / Fundos Totais
9 Debt to equity = Fundos Alheios / Fundos Próprios
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
Tecnimed
UC
Inproplant
% Total Fundos
Próprios do Grupo
6,8% 0,2% 0,0% 0,5% 0,3% 0,4% 0,4% 0,1% 0,4% 0,5% 0,2% 0,4% 0,2%89,6%
103,8%116,8%
6,1%
40,2%
84,6%
12,8%
64,6%
7,6%
100,4%
5,7%
51,0%
84,5%
44,5%17,7%
0,2%2,1%
1,7%
59,6%128,0%
75,5%
0,5%
6,7%
86,1%
53,6%
-5,4% -21,5%
67,3%
15,2%
-21,7%-35,5%
82,6%
-9,0%
5,8%
-4,8%
13,3%
94,4% 100,2%
-99,3%-85,7%
1,4%2,6%
24,9%
0,2% 0,2%
-19,1%-4,6%
9,3%
1,9%2,4% 0,2% 2,2%
5,6%
-0,2%
-45,2%
-32,0%
-200%
-150%
-100%
-50%
0%
50%
100%
150%
200%
Resultado LíquidoExercício
Resultados Transitados
Reservas
Património
0,0% 0,0%
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
102
Estrutura do passivo por entidade
[gráfico 22]
7.2.2. DESEMPENHO ECONÓMICO
7.2.2.1. ANÁLISE DOS PROVEITOS
No ano de 2017, os proveitos e ganhos do GPUC ascenderam a 181,59M€, registando-se um aumento de 9,90M€ em
termos absolutos e de 5,8% em termos relativos.
Estrutura e evolução dos proveitos e ganhos
[quadro 43]
Os proveitos operacionais situaram-se nos 170,94M€, representando 94,1% do total de proveitos.
Para a atividade operacional do Grupo, contribuem maioritariamente as transferências e subsídios correntes, com 64,5%
dos proveitos totais. Do valor registado nesta rubrica, 83,59M€ dizem respeito a transferências do OE atribuídas às
entidades UC e SASUC, que aumentou 2,19M€ face ao ano transato, enquanto os proveitos reconhecidos por via
das transferências de outras entidades públicas e privadas, nomeadamente no âmbito da atividade de I&D
cofinanciada, registaram um aumento de 4,93M€.
Os impostos e taxas, que incluem propinas e emolumentos, ascenderam a 29,38M€ e representaram 16,2% dos
proveitos do GPUC, registando um crescimento de 0,90M€ (+3,2%), essencialmente por via das propinas, sendo
que as taxas mantiveram um valor próximo do registado no ano anterior. Apesar da diminuição do número global
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
Tecnimed
UC
Inproplant
% Total do
Passivo do Grupo
3,5% 0,5% 0,0% 9,4% 1,5% 4,1% 3,5% 0,5% 0,4% 2,6% 0,2% 0,0% 0,1%73,3%
0,2%
0,2%
2,7%
14,4%
0,3% 0,4%
26,0%
1,7%3,2%
32,7%
53,9%
15,0%1,3%
9,3%
4,5%
28,0%
7,7%
18,3%
6,3%
76,6%
6,3%
1,1%
29,4%
98,1% 96,8%
67,1%
46,1%
85,0%
98,7%
88,0%
95,5%
57,6%
92,0%
81,3%
93,7%
23,4%
93,7%
72,7% 70,6%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Acréscimos e Diferimentos
Dívidas a Terceiros
Dívidas Médio-Longo Prazo
Provisões
0,2% 0,2%
2017 Peso (%) Absoluta % 2016 Peso (%)
Operacionais 170.937.547 € 94,1% 10.101.801 € 6,3% 160.835.746 € 93,7%
Vendas 4.353.033 € 2,4% 201.189 € 4,8% 4.151.844 € 2,4%
Prestações de serviços 19.054.308 € 10,5% 1.788.201 € 10,4% 17.266.106 € 10,1%
Impostos e taxas 29.384.560 € 16,2% 899.532 € 3,2% 28.485.028 € 16,6%
Variação da produção e trab p/ próp. ent. 7.963 €- 0,0% 40.818 €- -124,2% 32.855 € 0,0%
Proveitos suplementares 962.072 € 0,5% 173.541 € 22,0% 788.531 € 0,5%
Transferências e subsídios correntes 117.155.203 € 64,5% 7.121.509 € 6,5% 110.033.694 € 64,1%
Outros proveitos e ganhos operacionais 36.334 € 0,0% 41.353 €- -53,2% 77.687 € 0,0%
Financeiros 97.647 € 0,1% 23.480 €- -19,4% 121.127 € 0,1%
Extraordinários 10.556.009 € 5,8% 181.340 €- -1,7% 10.737.349 € 6,3%
Total de Proveitos e Ganhos 181.591.203 € 9.896.980 € 5,8% 171.694.223 €
Proveitos e GanhosVariação 2017-2016
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
103
de estudantes, regista-se um aumento dos proveitos relativos a propinas, explicado pelo acréscimo do número de
estudantes internacionais, cujo valor de propina é mais elevado.
As vendas, representativas de 2,4% da estrutura de proveitos, registaram um aumento de 0,20M€ (+4,8%), em
resultado, essencialmente, do incremento da atividade da Loja da UC, ao nível da exploração da “Marca UC”
(+0,12M€) e da venda de radiofármacos no ICNAS Produção (+0,17M€). Por outro lado, foi possível observar uma
retração na atividade de alimentação nos SASUC (-0,09M€).
As prestações de serviços, que representam 10,5% da estrutura de proveitos, registam um acréscimo de 1,79M€
(+10,4%), de onde se destaca a continuidade do crescimento registado pela atividade turística e cultural (+0,80M€),
mas também pela expansão da atividade ao nível da saúde (consultas, análises, exames e próteses dentárias)
(+0,19M€), bem como das prestações de serviço especializadas e consultoria, (+0,52M€) na grande maioria das
participadas do Grupo. Em sentido inverso, destaca-se a redução ao nível dos serviços de formação (inclui congressos
e seminários), em 0,30M€, nomeadamente nas entidades UC, INESC e ACIV, destacando-se, contudo, um
crescimento destas rubricas no CES.
Os proveitos suplementares, evidenciam uma variação, face ao ano anterior, de +22,0%, induzida pelo aumento da
atividade de aluguer de espaços (+0,16M€). Por seu lado, os outros proveitos e ganhos operacionais apresentam uma
variação de -53,2%, por via da diminuição dos rendimentos ao nível das licenças de exploração (-0,04M€).
Os proveitos financeiros, que representam 0,1% do total de proveitos, fixaram-se em 97.647€ (0,1M€), o que
representa uma diminuição no valor de 23.480€ face a 2016, decorrente do menor volume de juros recebidos.
Os proveitos extraordinários ascendem a 10,56M€, e representam 5,8% da estrutura de proveitos. Face ao ano
transato, verificou-se um decréscimo de 0,18M€ (-1,7%), em grande medida fruto das reduções de amortizações e
provisões verificadas na UC (-0,22M€).
A estrutura de proveitos e ganhos do GPUC assume a seguinte forma gráfica:
Estrutura dos proveitos e ganhos
[gráfico 23]
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
104
Relativamente à contribuição de cada entidade para o total de proveitos do Grupo, verifica-se a seguinte estrutura:
Contribuição e estrutura de proveitos e ganhos por entidade
[gráfico 24]
7.2.2.2. ANÁLISE DOS CUSTOS
Os custos e perdas totalizaram 176,57M€ no ano de 2017, verificando-se um aumento de 9,16M€ em termos
absolutos e de +5,5% em termos relativos, quando comparado com o ano precedente.
Estrutura e evolução dos custos e perdas
[quadro 44]
No ano de 2017 os custos operacionais cresceram 8,23M€ (+4,9%) para os 174,63M€, representando 98,9% do total
da estrutura de custos e perdas.
Os custos com pessoal que, pela natureza da missão do GPUC, detêm tradicionalmente um peso decisivo na estrutura
de custos (63,0%), registaram um aumento de 4,51M€ (+4,2%), ascendendo ao montante de 111,23M€. Ao nível das
entidades de direito público, esta variação ocorre em resultado da extinção da redução remuneratória e do efeito
do reposicionamento e agregações do pessoal docente, nomeadamente na UC (+3,40M€). Quanto às restantes
entidades do Grupo (+1,10M€), destaca-se o crescimento dos custos com pessoal no CNC (+0,37M€), CES
(+0,36M€), Exploratório (+0,11M€), IPN (+0,11M€), ICNAS Produção (+0,09M€) e IteCons (+0,09M€) por via do
aumento do número de efetivos ao serviço, nomeadamente em funções técnicas e de investigação.
Relativamente a custos com fornecimentos e serviços externos, verificou-se um crescimento de 2,84M€ (+11,5%) para
os 27,57M€, contribuindo principalmente as entidades UC (+1,72M€), CNC (+0,34M€), IPN (+0,31M€), ITeCons
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
Tecnimed
UC
Inproplant
% Total de Proveitos
do Grupo
5,9% 0,9% 0,0% 4,6% 0,4% 2,1% 2,7% 0,4% 0,4% 1,8% 0,2% 0,3% 0,1%80,0%
0,5%
28,6%
52,5%
0,1%0,8% 0,8% 0,5%
6,9%
17,3%
24,0%
100,0%
10,3%
54,9%
46,3%
10,2%
54,7%
36,5%
55,4%
18,5%
97,1% 96,5%
19,8%
-0,2%
0,7%
2,0%
0,1%
1,0%
0,3%
0,1%
2,7%
15,0%
2,8%
21,2%
68,1%
6,3%
41,0%
87,7%
35,3%
46,5%
21,2%
76,4%
1,8%2,3%
52,6%49,3%
0,1% 0,2%
0,1%
0,3%
0,5%
4,4%2,0% 0,3%
21,5%
37,8%
12,7%
2,0%
10,0%15,8%
23,3%
2,4%
100,0% 100,0%
-10%
10%
30%
50%
70%
90%
Prov. Ganhos Extraordinários
Prov. Ganhos Financeiros
Outros Prov. e GanhosOperacionais
Transf. e Subsídios Correntes[Tesouro]
Transf. e Subsídios Correntes[Sub. à Exploração]
Prov. Suplementares
Trabalhos p/ a própriaentidade
Variação da Produção
Impostos e Taxas
Prestações de Serviços
Vendas
0,1% 0,1%
2017 Peso (%) Absoluta % 2016 Peso (%)
Operacionais 174.626.354 € 98,9% 8.227.303 € 4,9% 166.399.051 € 99,4%
Custo das mercadorias vendidas e mat. cons. 2.569.941 € 1,5% 360.139 € 16,3% 2.209.802 € 1,3%
Fornecimentos e serviços externos 27.565.433 € 15,6% 2.842.047 € 11,5% 24.723.386 € 14,8%
Custos com pessoal 111.226.160 € 63,0% 4.506.865 € 4,2% 106.719.295 € 63,7%
Transferências correntes concedidas e prest. soc. 14.192.739 € 8,0% 1.187.383 € 9,1% 13.005.355 € 7,8%
Amortizações do exercício 18.297.087 € 10,4% 488.551 €- -2,6% 18.785.638 € 11,2%
Provisões do exercício 230.011 € 0,1% 364.096 €- -61,3% 594.107 € 0,4%
Outros custos e perdas operacionais 544.984 € 0,3% 183.516 € 50,8% 361.467 € 0,2%
Financeiros 381.431 € 0,2% 87.446 € 29,7% 293.985 € 0,2%
Extraordinários 1.559.924 € 0,9% 848.750 € 119,3% 711.174 € 0,4%
Total de Custos e Perdas 176.567.709 € 9.163.500 € 5,5% 167.404.210 €
Custos e PerdasVariação 2017-2016
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
105
(+0,19M€), IPN – Incubadora (+0,13M€), Exploratório (+0,12M€), CES (+0,11M€) e ACIV (+0,11M€). Os custos
fixos ou de estrutura, onde se incluem os custos com eletricidade, água, comunicações, seguros, vigilância e segurança
e limpeza, higiene e conforto, ascenderam a 5,92M€, e representam 21,5% dos fornecimentos e serviços externos, ou
3,4% dos custos globais do GPUC, registando face ao ano transato um aumento de 0,34M€ (+6,0%) nomeadamente
ao nível da eletricidade e limpeza. Por seu lado, os custos de desenvolvimento e de atividade, que correspondem
aos restantes custos de fornecimentos e serviços externos, ascenderam a 21,65M€, representando assim 78,5% dos
fornecimentos e serviços externos e 12,3% do total de custos do Grupo. Face ao ano transato aumentaram 2,51M€
(+13,1%) nomeadamente por via das variações registadas ao nível das rubricas de trabalhos especializados, outros
fornecimentos, deslocações e estadas, publicidade e artigos para oferta.
As transferências correntes e prestações sociais concedidas representam 8,0% do total de custos e ascenderam a
14,19M€, traduzindo um crescimento de 1,19M€, nomeadamente ao nível de transferências para famílias no âmbito
de bolsas de investigação e abonos de bolsa diversa concedidos (+2,76M€), enquanto as transferências para outras
entidades e parceiros no âmbito de projetos e investigação evidenciam uma variação de -1,57M€.
As amortizações do exercício registaram uma diminuição de 0,49M€ (-2,6%) para os 18,30M€, em resultado da retração
do investimento em ativos fixos, nomeadamente ao nível dos edifícios e outras construções e do equipamento e
material básico. As provisões do exercício registam igualmente uma diminuição de 0,36M€, para o valor de 0,23M€,
essencialmente ao nível das situações de cobrança duvidosa de alunos e clientes.
Os custos financeiros representam 0,2% da estrutura de custos do Grupo e cresceram 0,09M€ para o montante de
0,38M€, em resultado do aumento dos custos com serviços bancários suportados.
Os outros custos e perdas extraordinárias, representativos de 0,9% da estrutura de custos do Grupo, ascendem ao
montante de 1,56M€, registando um aumento de 0,85M€, por via das perdas em existências e imobilizações
(+0,50M€), bem como por via de correções relativas a anos anteriores (+0,35M€).
A estrutura de custos e perdas do GPUC assume a seguinte forma gráfica:
Estrutura dos custos e perdas
[gráfico 25]
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
106
Relativamente à contribuição de cada entidade para o total de custos do Grupo, verifica-se a seguinte estrutura:
Contribuição e estrutura de custos e perdas por entidade
[gráfico 26]
7.2.3. RESULTADOS
O GPUC apresentou um resultado líquido do exercício de 5,02M€, influenciado pela melhoria do desempenho da sua
atividade operacional e extraordinária. Deste resultado, 0,01M€ correspondem à parte dos resultados das entidades
subsidiárias que não são detidos direta ou indiretamente pela entidade-mãe do Grupo (interesses minoritários), pelo
que o resultado líquido do GPUC, excluindo o efeito dos interesses minoritários, ascende a 5,01M€.
Demonstração de resultados sintética
[quadro 45]
Da análise do desempenho económico, destaca-se uma melhoria da performance operacional, onde o EBITDA registou
uma variação de +1,02M€ para o montante de 14,84M€. Estes meios libertos, gerados pela atividade operacional,
corresponderam a 8,7% do turnover, continuando a não ser, contudo, suficientes para permitir absorver os custos
relativos às amortizações e provisões, traduzindo-se assim um resultado operacional (EBIT) de -3,69M€.
Os resultados financeiros, evidenciam um agravamento em resultado do crescimento dos custos com serviços
bancários, e continuam a apresentarem-se negativos no montante de 0,28M€.
UC SASUC ICNASDendro
pharmaCNC
Explorat.
IDH-CCVIPN CES IPN_I ADAI IteCons INESC_C ACIV CEDOUA
UC
Tecnimed
UC
Inproplant
% Total de
Custos do Grupo
5,7% 0,7% 0,1% 4,7% 0,5% 2,1% 2,8% 0,4% 0,4% 1,9% 0,1% 0,3% 0,1%80,0%
0,4%
14,6%
31,8%
17,6%
0,1% 0,2% 0,7% 0,5%
13,1%
13,2%
31,9% 60,0%
35,5%
27,8%31,9%
27,7%
41,2%
30,5% 28,7%
47,2%
61,5%
77,3%
1,9% 2,1%
66,1%
61,5%
19,1%
33,7%
40,0%
40,7% 50,2%
38,7%
22,9%33,9%
6,2%
19,7%
21,0%
9,7%
4,1%
8,5%
20,9%
8,5%8,3%
17,9% 3,7%
25,7% 5,2%27,3%
12,0%
9,2%
6,2%7,9%
0,7%
19,7% 31,8%16,4%
2,1%
14,4%19,6%
30,9%10,1%
3,6%0,5%
98,1% 97,8%
0,1%
0,1% 0,8%1,1%0,3% 0,5% 0,3%
0,3%
1,0%
0,4% 0,2%
0,2%0,6%
9,0% 0,1%
0,2% 0,3% 0,1% 0,5%
0,2%
0,9%
0,2%
0,7% 0,3%
0,6%
0,2%
0,2%
0,3% 0,1%0,9% 0,1% 0,2% 2,4% 0,7% 0,6% 0,6% 2,3% 0,3%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%Custos e Perdas Extraord.
Custos e Perdas Financeiros
Outros Custos PerdasOperac.
Provisões
Amortizações
Transf. Correntes Conc. ePrest. Sociais
Custos c/ Pessoal
Fornec. Serv. Externos
Custo Merc.Vend.eMat.Cons.
0,1% 0,1%
Rubricas 2017 2016
Proveitos Operacionais (turnover ) 170.937.547 € 160.835.746 €
Custos Operacionais 156.099.256 € 147.019.305 €
EBITDA [Meios Libertos Operacionais] (1-2) 14.838.291 € 13.816.441 €
EBITDA [% do turnover ] (3/1) 0 € 0 €
Amortizações e Provisões 18.527.098 € 19.379.746 €
EBIT [Resultado Operacional] (3-5) -3.688.807 € -5.563.305 €
EBIT [% do turnover ] (6/1) -2,2% -3,5%
Resultados Financeiros -283.784 € -172.857 €
Resultados Extraordinários 8.996.085 € 10.026.176 €
Resultado Líquido do Exercício (6+8+9) 5.023.494 € 4.290.013 €
Interesses Minoritários 13.228 € 17.840 €
Resultado Líquido do Exercício s/ IM (10-11) 5.010.265 € 4.272.173 €
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
107
Os resultados extraordinários totalizaram 9,00M€, contudo tal como já referido anteriormente, parte deste valor
resulta do reconhecimento dos proveitos relacionados com subsídios ao investimento (9,96M€), na proporção das
amortizações dos respetivos bens subsidiados. Apesar de o normativo contabilístico, atualmente vigente, os
enquadrar como proveitos extraordinários estes constituem uma das principais atividades operacionais do Grupo e,
consequentemente, uma das suas fontes permanentes de financiamento, pelo que deveriam ser considerados como
proveitos operacionais por forma a balancearem devidamente os custos e proveitos ao nível do resultado
operacional.
Considerando este ajustamento, o desempenho económico do Grupo UC poderia apresentar-se conforme se
demonstra no seguinte quadro:
Demonstração de resultados ajustada
[quadro 46]
Resultado líquido do exercício por entidade [gráfico 27]
Rubricas 2017 2016
Proveitos Operacionais (turnover ) 170.937.547 € 160.835.746 €
Custos Operacionais 156.099.256 € 147.019.305 €
EBITDA [Meios Libertos Operacionais] (1-2) 14.838.291 € 13.816.441 €
EBITDA [% do turnover ] (3/1) 8,7% 8,6%
Amortizações e Provisões 18.527.098 € 19.379.746 €
Subsídios ao Investimento (Prov. Extraordinários) 9.964.543 € 9.974.516 €
EBIT [Resultado Operacional] (3-5+6) 6.275.736 € 4.411.210 €
EBIT [% do turnover ] (7/1) 3,7% 2,7%
Resultados Financeiros -283.784 € -172.857 €
Resultados Extraordinários -968.458 € 51.660 €
Resultado Líquido do Exercício (7+9+10) 5.023.494 € 4.290.013 €
Interesses Minoritários 13.228 € 17.840 €
Resultado Líquido do Exercício s/ IM (11-12) 5.010.265 € 4.272.173 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
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7.3. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
7.3.1. BALANÇO
2016
AB AP AL AL
Ativo
Imobilizado
Imobilizações incorpóreas:
Despesas de investigação e desenvolvimento 795.755 € 699.224 € 96.531 € 28.245 €
Propriedade industrial e outros direitos 5.501.486 € 4.708.576 € 792.911 € 1.292.804 €
Imobilizações em curso de imobilizações incorpóreas - € - € - € 6 €
6.297.241 € 5.407.799 € 889.441 € 1.321.055 €
Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 93.822.980 € - € 93.822.980 € 93.822.980 €
Edifícios e outras construções 349.223.567 € 85.748.534 € 263.475.033 € 263.402.683 €
Equipamento e material básico 143.726.890 € 119.464.096 € 24.262.794 € 28.724.486 €
Equipamento de transporte 1.221.198 € 1.097.619 € 123.579 € 184.795 €
Ferramentas e utensílios 493.690 € 458.346 € 35.344 € 32.329 €
Equipamento administrativo 21.582.545 € 19.276.302 € 2.306.243 € 2.109.870 €
Taras e vasilhame 4.207 € 3.029 € 1.179 € - €
Outras imobilizações corpóreas 22.078.271 € 19.732.646 € 2.345.625 € 2.222.939 €
Imobilizações em curso de imobilizações corpóreas 5.182.972 € - € 5.182.972 € 9.960.268 €
Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas - € - € - € 167.078 €
637.336.320 € 245.780.571 € 391.555.749 € 400.627.427 €
Investimentos financeiros:
Partes de capital 804.725 € - € 804.725 € 950.094 €
Obrigações e títulos de participação 768.734 € 9.980 € 758.754 € 733.722 €
Investimentos em imóveis 2.203.858 € - € 2.203.858 € 2.203.858 €
Outras aplicações financeiras 39.786 € - € 39.786 € 39.786 €
3.817.103 € 9.980 € 3.807.123 € 3.927.460 €
Circulante
Existências:
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 738.157 € - € 738.157 € 731.531 €
Produtos acabados e intermédios 136.269 € 63.514 € 72.755 € 139.643 €
Mercadorias 884.993 € - € 884.993 € 1.021.289 €
1.759.419 € 63.514 € 1.695.904 € 1.892.462 €
Dívidas de terceiros - curto prazo:
Clientes 9.054.369 € - € 9.054.369 € 8.910.958 €
Alunos 20.399.955 € - € 20.399.955 € 19.342.727 €
Clientes, alunos e utentes de cobrança duvidosa 14.272.408 € 14.269.275 € 3.134 € 1.082 €
Adiantamentos a fornecedores 252.926 € - € 252.926 € 150.125 €
Adiantamentos a fornecedores Imobilizado 778 € - € 778 € 778 €
Estado e outros entes públicos 122.173 € - € 122.173 € 146.136 €
Outros devedores 107.707.807 € - € 107.707.807 € 79.514.463 €
151.810.417 € 14.269.275 € 137.541.143 € 108.066.268 €
Títulos negociáveis: 224.960 € - € 224.960 € - €
Conta no Tesouro, depósitos em instit. financeiras e caixa:
Conta no Tesouro 13.729.648 € - € 13.729.648 € 8.179.110 €
Depósitos em instituições financeiras 54.206.100 € - € 54.206.100 € 57.174.384 €
Caixa 111.318 € - € 111.318 € 89.927 €
68.047.066 € - € 68.047.066 € 65.443.421 €
Acréscimos e diferimentos:
Acréscimos de proveitos 480.561 € - € 480.561 € 502.757 €
Custos diferidos 856.590 € - € 856.590 € 874.504 €
1.337.151 € - € 1.337.151 € 1.377.261 €
Total de amortizações 251.188.370 € 233.916.218 €
Total de provisões 14.342.769 € 14.465.145 €
Total do ativo 870.629.678 € 265.531.139 € 605.098.538 € 582.655.355 €
2017
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
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2017 2016
Fundos próprios, interesses minoritários e passivo
Fundos próprios:
Património 341.283.960 € 341.283.960 €
341.283.960 € 341.283.960 €
Reservas:
Reservas legais 52.616 € 52.512 €
Reservas estatutárias 3.891 € 3.891 €
Reservas livres 2.026.492 € 2.022.273 €
Subsídios 588.126 € 588.126 €
Doações 1.706.039 € 1.680.549 €
Reservas decorrentes da transferência de ativos 4.120 € 4.120 €
4.381.283 € 4.351.471 €
Resultados transitados (18.617.314 €) (22.794.120 €)
Resultado líquido do exercício 5.010.265 € 4.272.173 €
(13.607.049 €) (18.521.947 €)
Total dos fundos próprios 332.058.195 € 327.113.483 €
Interesses Minoritários
Interesses Minoritários 3.222.144 € 3.301.117 €
Total de interesses minoritários 3.222.144 € 3.301.117 €
335.280.339 € 330.414.601 €
Passivo:
Provisões para Riscos e Encargos 333.860 € 333.860 €
Dívidas a terceiros - Médio e longo prazo 534.798 € 567.864 €
Dívidas a terceiros - Curto prazo:
Empréstimos por dívida titulada 1.764.529 € 1.759.759 €
Adiantamentos por conta de vendas 1.420 € 422 €
Fornecedores c/c 1.935.999 € 2.339.976 €
Adiantamentos de clientes, alunos e utentes 546.952 € 394.368 €
Fornecedores de Imobilizado c/c 441.025 € 435.774 €
Estado e Outros Entes Públicos 2.219.351 € 729.441 €
Outros Credores 2.768.137 € 2.925.917 €
9.677.413 € 8.585.657 €
Acréscimos e diferimentos:
Acréscimos de Custos 15.472.002 € 15.324.302 €
Proveitos Diferidos 243.800.126 € 227.429.071 €
259.272.128 € 242.753.374 €
Total do passivo 269.818.199 € 252.240.754 €
Total dos fundos próprios, de interesses minoritários e do passivo 605.098.538 € 582.655.355 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
110
7.3.2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS
CUSTOS E PERDAS
Custos das merc. vendidas e mat. consumidas:
Mercadorias 427.931 € 293.472 €
Matérias 2.142.010 € 2.569.941 € 1.916.330 € 2.209.802 €
Fornecimentos e serviços externos 27.565.433 € 24.723.386 €
Custos com pessoal 111.226.160 € 106.719.295 €
Transf. correntes concedidas e prestações sociais 14.192.739 € 13.005.355 €
Amortizações do exercício 18.297.087 € 18.785.638 €
Provisões do exercício 230.011 € 18.527.098 € 594.107 € 19.379.746 €
Outros custos e perdas operacionais 544.984 € 361.467 €
(A) 174.626.354 € 166.399.051 €
Custos e perdas financeiras 381.431 € 293.985 €
(C) 175.007.785 € 166.693.036 €
Custos e perdas extraordinários 1.559.924 € 711.174 €
(E) 176.567.709 € 167.404.210 €
Interesses minoritários 13.228 € 17.840 €
Imposto sobre o rendimento - € - €
Resultado líquido do exercício 5.010.265 € 4.272.173 €
Total 181.591.203 € 171.694.223 €
PROVEITOS E GANHOS
Vendas e prestação de serviços:
Vendas 4.353.033 € 4.151.844 €
Prestação de serviços 19.054.308 € 23.407.340 € 17.266.106 € 21.417.950 €
Impostos, taxas e outros 29.384.560 € 28.485.028 €
Variação da produção (7.963 €) 32.855 €
Proveitos suplementares 962.072 € 788.531 €
Trabalhos para a própria entidade - € - €
Transferências e subsídios correntes obtidos:
Transferências - Tesouro 83.594.000 € 81.402.756 €
Outras 33.561.203 € 117.155.203 € 28.630.938 € 110.033.694 €
Outros proveitos e ganhos operacionais 36.334 € 77.687 €
(B) 170.937.547 € 160.835.746 €
Proveitos e ganhos financeiros 97.647 € 121.127 €
(D) 171.035.194 € 160.956.874 €
Proveitos e ganhos extraordinários 10.556.009 € 10.737.349 €
(F) 181.591.203 € 171.694.223 €
Resultados operacionais (B-A) (3.688.807 €) (5.563.305 €)
Resultados financeiros (D-B)-(C-A) (283.784 €) (172.857 €)
Resultados correntes (D-C) (3.972.591 €) (5.736.162 €)
Resultado líquido do exercício (F-E) 5.023.494 € 4.290.013 €
Res. líq. consolidado do exercício c/ interesses minoritários (F-E) 5.010.265 € 4.272.173 €
Exercício
2017 2016
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
111
7.3.3. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
Saldo da Gerência Anterior Despesas de Fundos Próprios
Execução Orçamental - Fundos Próprios Execução Orçamental - Fundos Próprios
311 - Estado - RG não afetas a projetos cofinanciados - € 311 - Estado - RG não afetas a projetos cofinanciados 83.390.971 €
313 - Saldos de RG não afetas a projetos cofinanciados 2.966.311 € 313 - Saldos de RG não afetas a projetos cofinanciados 590.809 €
319 - Transferências de RG entre organismos - € 319 - Transferências de RG entre organismos 4.602.881 €
358 - Saldos de RG afetas a projetos cofinanciados 1.391.405 € 358 - Saldos de RG afetas a projetos cofinanciados 45.227 €
359 - Transf. de RG entre organismos afetas a projetos cofinanciados - € 359 - Transf. de RG entre organismos afetas a projetos cofinanciados 1.360.596 €
367 - RP afetas a projetos cofinanciados - Outros - € 4.357.716 € 367 - RP afetas a projetos cofinanciados - Outros - € 89.990.484 €
411 - FEDER - QCA III - € 411 - FEDER - QCA III 6.513.711 €
413 - FEDER - PO Valorização do Território - € 413 - FEDER - PO Valorização do Território 1.442.924 €
414 - FEDER - Lisboa 2020 - € 414 - FEDER - Lisboa 2020 78.525 €
418 - FEDER - Cresc Algarve 2020 - € 418 - FEDER - Cresc Algarve 2020 13.363 €
421 - FEDER - PO Transfonteiriço Espanha-Portugal - € 421 - FEDER - PO Transfonteiriço Espanha-Portugal 7.129 €
422 - FEDER - PO Transnacional - € 422 - FEDER - PO Transnacional 72.081 €
432 - Fundo de Coesão - SEUR - € 432 - Fundo de Coesão - SEUR 45.626 €
441 - Fundo Social Europeu - QCA III - € 441 - Fundo Social Europeu - QCA III - €
442 - Financiamento Comunitário em Projetos - € 442 - Financiamento Comunitário em Projetos 5.996 €
449 - Fundo Social Europeu - QREN - € 449 - Fundo Social Europeu - QREN 1.541 €
482 - Outros - € 482 - Outros 3.367.757 €
488 - Saldos de Fundos Europeus 16.942.294 € 488 - Saldos de Fundos Europeus 3.793.842 €
510 - Receita própria do ano 10.068.443 € 510 - Receita própria do ano 60.972.008 €
520 - Saldos de RP transitados 30.781.076 € 520 - Saldos de RP transitados 3.173.142 €
540 - Transferência de RP entre organismos - € 57.791.812 € 540 - Transferência de RP entre organismos 228.535 € 79.716.180 €
Total saldo de gerência na posse do serviço - fundos próprios 62.149.528 € Total da despesa - fundos próprios 169.706.664 €
Importâncias Entregues ao Estado ou Outras Entidades - Fundos Alheios
De Receita do Estado - Fundos Alheios (27.102 €) Receitas do Estado 19.281.980 €
De Operações de Tesouraria - Fundos Alheios 3.320.996 € Operações de Tesouraria 15.138.874 €
Total saldo de gerência na posse do serviço - fundos alheios 3.293.894 € Total da despesa - fundos alheios 34.420.853 €
Total saldo de gerência na posse do serviço 65.443.421 € Total da despesa do exercício 204.127.518 €
Receitas de Fundos Próprios Saldo para a Gerência Seguinte:
Execução Orçamental - Fundos Próprios Execução Orçamental - Fundos Próprios
311 - Estado - RG não afetas a projetos cofinanciados 83.594.000 € 311 - Estado - RG não afetas a projetos cofinanciados 203.029 €
313 - Saldos de RG não afetas a projetos cofinanciados - € 313 - Saldos de RG não afetas a projetos cofinanciados 2.375.502 €
319 - Transferências de RG entre organismos 5.136.367 € 319 - Transferências de RG entre organismos 533.486 €
358 - Saldos de RG afetas a projetos cofinanciados - € 358 - Saldos de RG afetas a projetos cofinanciados 1.346.178 €
359 - Transf. de RG entre organismos afetas a projetos cofinanciados 2.836.500 € 359 - Transf. de RG entre organismos afetas a projetos cofinanciados 1.475.904 €
367 - RP afetas a projetos cofinanciados - Outros 9.278 € 91.576.145 € 367 - RP afetas a projetos cofinanciados - Outros 9.278 € 5.943.376 €
411 - FEDER - QCA III 3.366.028 € 411 - FEDER - QCA III (3.147.683 €)
413 - FEDER - PO Valorização do Território 858.476 € 413 - FEDER - PO Valorização do Território (584.448 €)
414 - FEDER - Lisboa 2020 41.101 € 414 - FEDER - Lisboa 2020 (37.424 €)
418 - FEDER - Cresc Algarve 2020 369.810 € 418 - FEDER - Cresc Algarve 2020 356.446 €
421 - FEDER - PO Transfonteiriço Espanha-Portugal - € 421 - FEDER - PO Transfonteiriço Espanha-Portugal (7.129 €)
422 - FEDER - PO Transnacional - € 422 - FEDER - PO Transnacional (72.081 €)
432 - Fundo de Coesão - SEUR 8.763 € 432 - Fundo de Coesão - SEUR (36.863 €)
441 - Fundo Social Europeu - QCA III 1.637 € 441 - Fundo Social Europeu - QCA III 1.637 €
442 - Financiamento Comunitário em Projetos 6.037 € 442 - Financiamento Comunitário em Projetos 41 €
449 - Fundo Social Europeu - QREN 353 € 449 - Fundo Social Europeu - QREN (1.188 €)
482 - Outros 6.645.688 € 482 - Outros 3.277.931 €
488 - Saldos de Fundos Europeus - € 488 - Saldos de Fundos Europeus 13.148.451 €
510 - Receita própria do ano 69.423.428 € 510 - Receita própria do ano 18.519.863 €
520 - Saldos de RP transitados - € 520 - Saldos de RP transitados 27.607.934 €
540 - Transferência de RP entre organismos 420.557 € 81.141.877 € 540 - Transferência de RP entre organismos 192.022 € 59.217.509 €
Total de receitas - fundos próprios 172.718.021 € Total de saldo gerência na posse do serviço - fundos próprios 65.160.885 €
Importâncias Retidas p/ Entregar ao Estado ou Outras Entidades - Fundos Alheios
Receitas do Estado 20.816.729 € De Receita do Estado - Fundos Alheios 1.507.647 €
Operações de Tesouraria 13.421.372 € De Operações de Tesouraria - Fundos Alheios 1.603.495 €
Total de receitas - fundos alheios 34.238.102 € Total saldo de gerência na posse do serviço - fundos alheios 3.111.142 €
Total das Receitas do Exercício 206.956.123 € Total de Saldo Gerência na Posse do Serviço 68.272.026 €
Total Geral de Fluxos de Caixa 272.399.544 € Total Geral de Fluxos de Caixa 272.399.544 €
Recebimentos Pagamentos
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
112
7.4. ANEXOS ÀS CONTAS
As notas que se seguem respeitam o número de ordem definido no POC-Educação, Orientação
n.º 1/2010 aprovada pela Portaria n.º 474/2010, de 1 de julho, não se apresentando aquelas em que se considera não
existir informação que justifique a sua divulgação.
I – INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS ENTIDADES INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
A responsabilidade pela preparação das demonstrações financeiras consolidadas cabe ao Conselho de Gestão em
exercício, que tem a seguinte composição:
- João Gabriel Monteiro de Carvalho e Silva, Reitor
- Luís Filipe Martins Menezes, Vice-Reitor
- Teresa Manuela Martins Antunes, Administradora
Compete ao Reitor, de acordo com os estatutos, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas ao
Conselho Geral, órgão responsável pela respetiva aprovação.
Fiscal Único:
Na sequência do desenvolvimento de procedimento de aquisição de serviços de fiscal único, para o prazo de vigência
de 5 anos, a Universidade de Coimbra submeteu, em 19/10/2017, o pedido de renovação do mandato de fiscal único
do Dr. Jorge Manuel Felizes Morgado, à Secretaria Geral da Educação e Ciência. Foi obtido despacho favorável por
parte do Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, em 17 de novembro de 2017, tendo sido
remetido ao Senhor Ministro das Finanças para apreciação e assinatura.
Considerando que o contrato é válido por 5 anos, a contar da data de despacho de nomeação dos membros do
Governo responsáveis pelas áreas das finanças e educação e ciência e que, à data de aprovação das contas relativas
ao exercício de 2017, não foi publicado o despacho conjunto de nomeação do fiscal único, nem é conhecida a decisão
do Senhor Ministro das Finanças, não foi emitida a Certificação Legal de Contas relativa ao exercício de 2017, por
não existir autorização para execução do respetivo contrato.
Auditor Externo:
Carla Manuela Serra Geraldes, Horwath & Associados, SROC, Lda
NOTA 1 ENTIDADES INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
O Grupo Público Universidade de Coimbra, representado pela entidade-mãe, identifica-se como se segue:
a) Denominação: Grupo Público UC – Universidade de Coimbra
b) Número de contribuinte: 501 617 582
c) Código Repartição Finanças: 3050 – Coimbra 2
d) Sede: Paço das Escolas • 3004-531 Coimbra
e) Instalações: a UC encontra-se dispersa pela cidade, concentrando-se as suas infraestruturas em 3 polos
universitários fundamentais, designados por polo I (correspondente à zona histórica), polo II (Pinhal de Marrocos,
junto ao Rio Mondego) e polo III (em Celas, junto ao Centro Hospitalar Universitário de Coimbra). Dispõe ainda
de outras estruturas dispersas na cidade, designadamente as instalações da Faculdade de Economia, na Avenida Dias
da Silva, e as da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, na Avenida Conímbriga.
f) Classificação Orgânica:
Ministério 0 9 Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
Secretaria 0 1 MCTES – Atividades – Serviço e Fundo Autónomo (SFA)
Capítulo 0 3 Estabelecimento de Ensino Superior e Serviços de Apoio – Funcionamento
Divisão 0 8 Universidade de Coimbra
Subdivisão 0 0 Universidade de Coimbra
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
113
g) CAE (Principal): 85420 – Ensino Superior
h) Tutela: Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
i) Regime Financeiro: serviço e fundo autónomo com autonomia administrativa, financeira e patrimonial
j) Constituição e Orgânica: ver 1.3 Estrutura organizacional e âmbito da consolidação
k) Funcionamento: a Universidade rege-se pelo disposto na Constituição da República Portuguesa, na Lei n.º
62/2007, de 10 de setembro (RJIES), nos seus estatutos (Despacho Normativo n.º 43/2008 de 01 de setembro de
2008), bem como nos regulamentos internos das suas unidades e nos regimentos de funcionamento dos órgãos de
governo e demais legislação aplicável.
Integram o perímetro de consolidação as entidades de direito público e privado representadas na figura seguinte:
UC
ICNAS Produção,
LdaDendropharma, Lda
Associações
Privadas Sem Fins
Lucrativos em que a
UC tem
participação e poder
SASUC
Associações
Privadas Sem Fins
Lucrativos em que a
UC tem condição
de poder
Identificam-se a seguir as entidades que integram a prestação de contas consolidadas do exercício findo de 2017,
para além da UC.
Entidade Contribuinte Objeto Sede Responsáveis pela Gestão Financeira e
Patrimonial
% Detida do
Capital |
Método
Consolidação
SA
S
Serviços de Ação
Social 600 038 106
Garantir condições de estudo aos
estudantes da Universidade de Coimbra
através da prestação de serviços e
concessão de apoios.
Rua Guilherme
Moreira n.º 12
3000-214 Coimbra
Reitor: João Gabriel Monteiro de Carvalho e
Silva
Vice-Reitor: Luís Filipe Menezes (01.01.2017 a
29.10.2017)
Vice-Reitora: Madalena Moutinho Alarcão
Silva (30.10.2017 a 31.12.2017)
Administradora: Regina Helena Lopes Dias
Bento (01.01.2017 a 25.10.2017)
Administradora: Maria da Conceição da Costa
Marques (30.10.2017 a 31.12.2017)
SROC/ROC: Crowe Horwath
Simples
agregação
CE
S
Centro de Estudos
Sociais 500 825 840
Investigação e formação avançada na área
das ciências sociais e humanas.
Colégio de S.
Jerónimo Praça D.
Dinis
Apartado 3087
3001-401 Coimbra
Diretor: Boaventura de Sousa Santos
Diretor Executivo: João Paulo dos Santos Dias
SROC/ROC: Pinto Castanheira, SROC,
Unipessoal, Lda.
Simples
agregação
Ex
plo
rató
rio
Associação
Exploratório Infante
D. Henrique
503 626 406
Contribuir para a valorização cultural e
intelectual das crianças e jovens; Fomentar
o gosto pela C&T.
Rua Pedro Monteiro
3000-329 Coimbra
Presidente: Paulo Renato Trincão
Vice-Presidente: Catarina Schreck Reis
Vogal: Aurora Coelho Moreira
SROC/ROC: Crowe Horwath
85,77% |
Integral
CN
C Centro de
Neurociências de
Coimbra
502 510 439
Promover a investigação científica
fundamental e aplicada e o
desenvolvimento experimental sobre
vários aspetos das neurociências e da
biologia celular.
Departamento de
Zoologia
Universidade de
Coimbra
Largo Marquês de
Pombal
3004-517 Coimbra
Presidente: João Ramalho de Sousa Santos
Vice-Presidente: Luis Fernando Morgado
Pereira de Almeida
Vice-Presidente: Carlos Jorge Alves Miranda
Bandeira Duarte
Vice-Presidente: Carlos José Fialho da Costa
Faro
SROC/ROC: Leal Carreira & Associados,
SROC
99,68% |
Integral
IPN
IPN – Associação para
a Inovação e
Desenvolvimento em
Ciência e Tecnologia
502 790 610
Promove a investigação científica e
tecnológica orientada para a colaboração
com organismos, empresas e instituições
universitárias ou não universitárias.
Rua Pedro Nunes
3030-199 Coimbra
Presidente: Maria Teresa Ferreira Soares
Mendes
Vice-Presidente: Fernando Amílcar Bandeira
Cardoso
46,45% |
Integral
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
114
Entidade Contribuinte Objeto Sede Responsáveis pela Gestão Financeira e
Patrimonial
% Detida do
Capital |
Método
Consolidação
SROC/ROC: P. Matos Silva, Garcia JR, P.
Caiado & Associados
ICN
AS
PR
OD
UÇ
ÃO
,
LD
A
ICNAS Produção
Unipessoal, Lda 508 944 767
Desenvolver a investigação científica,
implementar novas técnicas de
investigação básica e clínica no âmbito das
tecnologias nucleares aplicadas à saúde e
divulgar os avanços científicos alcançados
na sua área de intervenção.
Azinhaga de Santa
Comba, Edifício do
ICNAS, Polo Ciências
da Saúde da Univ. de
Coimbra
Gerente: Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira
Gerente: Miguel de Sá e Sousa de Castelo
Branco
Gerente: Antero José Pena Afonso de
Abrunhosa
SROC/ROC: J. Rito, SROC, Lda.
100% | Integral
DE
ND
RO
PH
AR
MA
,
LD
A
Dendropharma, Lda –
Investigação e
Serviços de
Intervenção
Farmacêutica,
Sociedade Unipessoal
Lda
509 575 838 Atividades de consultoria, científicas,
técnicas e similares.
Faculdade de Farmácia
da Universidade de
Coimbra, Polo das
Ciências da Saúde,
Azinhaga de Santa
Comba
3000-548 Coimbra
Gerente: Amílcar Celta Falcão Ramos
Gerente: João José Martins Simões Sousa
Gerente: Francisco José de Batista Veiga
SROC/ROC: Crowe Horwath
100% | Integral
IPN
–
INC
UB
AD
OR
A
IPN – Incubadora
Associação para o
Desenvolvimento de
Atividades de
Incubação de Ideias e
Empresas
506 375 986
Tem por objetivo estimular o
empreendedorismo e fomentar a criação
de empresas inovadoras de base
tecnológica e serviços avançados.
Rua Pedro Nunes
3030-199 Coimbra
Presidente da Direção: Maria Teresa Ferreira
Sares Mendes
Vice-Presidente: Fernando Amilcar Bandeira
Cardoso
SROC/ROC: P.Matos Silva, Garcia JR,
P.Caiado & Associados
68,34% |
Integral
AD
AI
Associação para o
Desenvolvimento da
Aerodinâmica
Industrial
502 550 554
Contribuir para o progresso da
aerodinâmica industrial, através da
investigação, do ensino superior e pós-
graduado e da prestação de serviços à
comunidade.
Santo António dos
Olivais
Rua Pedro Hispano 12
3030-289 Coimbra
Presidente do Conselho de Administração:
Domingos Xavier Viegas
Vice-Presidente: Manuel Carlos Gameiro da
Silva
85,32% |
Integral
AC
IV Associação para o
Desenvolvimento da
Engenharia Civil
505 448 173
Promover a investigação científica e
atividades de caráter técnico e cultural,
através da realização de contratos-
programa, de protocolos, de conferências
e outras ações de sensibilização sobre
diferentes temáticas, com especial ênfase
naquelas com afinidades relativamente à
Engenharia Civil.
Departamento de
Engenharia Civil da
FCTUC, Polo II da
Universidade de
Coimbra
Rua Luís Reis Santos
3030-788 Coimbra
Presidente: José Alfeu de Almeida Sá Marques
Vice-Presidente: José Paulo Pereira de
Gouveia Lopes de Almeida
Vice-Presidente: António Alberto Santos
Correia
Simples
agregação
CE
DO
UA
Centro de Estudos de
Direito do
Ordenamento, do
Urbanismo e do
Ambiente
503 535 630
A promoção e o exercício da investigação
(fundamental e aplicada) nos domínios do
Ordenamento do Território, do
Urbanismo e do Ambiente, numa
perspetiva interdisciplinar.
Faculdade de Direito
da Universidade de
Coimbra
3004-545 Coimbra
Presidente do Conselho Diretivo: Fernando
Alves Correia
Vice-Presidente do Conselho Diretivo:
Francisco Ferreira de Almeida
Vice-Presidente do Conselho Diretivo:
Anabela Miranda Rodrigues
Simples
agregação
ITE
CO
NS
Instituto de
Investigação e
Desenvolvimento
Tecnológico em
Ciências da
Construção
507 487 648
Promover o desenvolvimento e a
divulgação de investigação científica e
tecnológica interdisciplinar em áreas
diretamente ligadas às Ciências da
Construção e afins.
Polo II da
Universidade de
Coimbra
Rua Pedro Hispano,
s/n
3030-289 Coimbra
Presidente da Direção: António José Barreto Tadeu
Vogal da Direção: Julieta Maria Pires António
Vogal da Direção: Nuno Albino Vieira Simões
Vogal da Direção em representação dos
Associados: Carlos Manuel Oliveira e • Luís
Alberto Goucha Jorge dos Santos
SROC/ROC: Horwath & Associados, SROC,
Lda
10,14% |
Integral
INE
SC
-C Instituto de
Engenharia de
Sistemas e
Computadores de
Coimbra
505 232 200
O exercício e a gestão da atividade de investigação científica e desenvolvimento
tecnológico, orientada para a prestação de
serviços no campo da inovação
tecnológica, e a colaboração, neste âmbito
com organismos, empresas e instituições
universitárias ou não universitárias.
Rua Antero de
Quental, n.º 199
3000-033 Coimbra
Presidente: Carlos Alberto Henggeler de
Carvalho Antunes Vogal: Cidália Maria Costa Fonte
Vogal: Luís Miguel Alçada Tomás de Almeida
Vogal: João Manuel Coutinho Rodrigues
Vogal: Luís Miguel Pires Neves
Vogal: João Coutinho Rodrigues
SROC/ROC: J. Rito, SROC, Lda.
54,00% |
Integral
UC
TE
CN
IME
D
UC Tecnimed –
Investigação, Desenvolvimento
Tecnológico e
Internacionalização
510 396 836
Investigação e desenvolvimento
competitivos nos setores farmacêutico,
clínico e biotecnológico, através do exercício de atividades de investigação,
conceção, desenvolvimento, ensaio,
formação, transferência de tecnologia e
conhecimento.
Paço das Escolas Praça da Porta Férrea
3000-447 Coimbra
Presidente: João Pedro Silva Serra
Vice-Presidente: António José Ribeiro
Secretário: Carlos Alberto Fontes Ribeiro
1.º Vogal: António Augusto de Miranda Lemos Romão Donato
2.º Vogal: Amílcar Celta Falcão Ramos
Ferreira
SROC/ROC: Horwath & Associados, SROC,
Lda
50,00% |
Integral
UC
INP
RO
PL
AN
T
UC InProPlant –
Investigação,
Desenvolvimento
Tecnológico e Internacionalização
510 542 646
Exercício de atividades de investigação e
desenvolvimento experimental, ensaio,
formação, transferência de tecnologia e
conhecimento, consultadoria nos domínios do setor agro-frutícola e agro-florestal,
biologia e ecologia.
Paço das Escolas
Praça da Porta Férrea
3000-447 Coimbra
Presidente: António Batista Santos
Vice-Presidente: Fernando Lopes em
representação de António Ricardo Jorge
Santos
Vogal: Amílcar Celta Falcão Ramos Ferreira SROC/ROC: Horwath & Associados, SROC,
Lda
50,00% |
Integral
SE
RQ
SERQ – Centro de
Inovação e
Competência da
Floresta
513 114 750
Investigação e desenvolvimento
experimental, formação, transferência de
tecnologia, consultoria, certificação e
validação de produtos e soluções,
promoção de eventos técnico-científicos e
do empreendedorismo, prototipagem e
dinamização das várias vertentes do setor
agroflorestal.
Zona Industrial da
Sertã, Lote 3
6100-711 Sertã
Presidente: Paulo Jorge Farinha Luís
Vice-Presidente: Alfredo Manuel Pereira
Geraldes Dias
Vice-Presidente: José Maria Santos Rodrigues
Saporiti Machado
40,00% |
Método
Equivalência
Patrimonial
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
115
NOTA 2 ENTIDADES EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO
No exercício de 2017, foram excluídas do processo de consolidação, ao abrigo do ponto 12.4.4 – Exclusões de
consolidação do POC-Educação, por não constituírem entidades materialmente relevantes:
Entidade NIF Total do
ativo
Total de
proveitos
Valor
participação
Método de
consolidação
Exercício
de
referência
LEDAP Laboratório de Energética e Detónica 502 523 832 37.969 € 34.597 € 99.760 € Consolidação Integral 2016
IATV Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida 503 323 365 309.771 € 102.449 € 200.000 € Consolidação Integral 2015
RUAS Associação RUAS – Recriar Universidade Alta e Sofia 510 119 948 5.741 € 32.413 € 75.000 € Consolidação Integral 2015
AEEC Associação de Estudos Europeus de Coimbra 503 751 065 45.276 € 14.776 € s/participação Simples agregação 2013
CDB Centro de Direito Biomédico 504 190 490 119.302 € 76.189 € s/participação Simples agregação 2015
CDC Centro de Direito do Consumo 504 244 515 50.261 € 18.680 € s/participação Simples agregação 2015
CDF Centro de Direito da Família 504 140 566 26.646 € 41.133 € s/participação Simples agregação 2015
CEDIPRE Centro de Estudos de Direito Público e Regulação 504 736 361 315.614 € 131.700 € s/participação Simples agregação 2013
IDPEE Instituto de Direito Penal Económico e Europeu 504 089 315 48.742 € 28.642 € s/participação Simples agregação 2014
BBS Instituto do Direito Bancário, da Bolsa e dos Seguros 504 505 521 303.244 € 85.017 € s/participação Simples agregação 2015
IDET Instituto do Direito das Empresas e do Trabalho 505 257 424 558.100 € 80.901 € s/participação Simples agregação 2014
APEU Associação para a Extensão Universitária 503 213 985 77.762 € 99.420 € s/participação Simples agregação 2015
PRODEQ Associação para o Desenvolvimento de Engenharia Química 505 413 485 606.412 € 346.533 € s/participação Simples agregação 2015
ADDF Associação para o Desenvolvimento do Departamento de
Física 505 040 557 325.809 € 730.384 € s/participação Simples agregação 2012
CEISUC Centro de Estudos e Investigação em Saúde da UC 504 807 285 214.252 € 42.434 € s/participação Simples agregação 2014
IGC IUS GENTIUM CONIMBRIGAE 504 699 237 170.362 € 214.439 € s/participação Simples agregação 2015
IJC Instituto Jurídico da Comunicação 503 863 351 209.151 € 11.139 € s/participação Simples agregação 2013
IERU Instituto de Estudos Regionais e Urbanos de Coimbra 502 849 711 75.093 € 54.266 € s/participação Simples agregação 2015
Importa referir que, no âmbito do estudo da determinação do perímetro de consolidação de contas, existe evidência
de controlo por parte da Universidade de Coimbra relativamente ao Instituto de Telecomunicações, ao Instituto de
Sistemas e Robótica, ao Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas e ao Instituto do Mar.
Contudo, atendendo a que estas entidades estão organizadas por polos ou delegações e por não ser possível o
detalhe das demonstrações financeiras por polo, foram, de igual forma, excluídas do processo de consolidação.
NOTA 3 PESSOAL AO SERVIÇO
O número de trabalhadores efetivos do universo UC e SASUC, a 31 de dezembro de 2017, era de 3.050, de acordo
com os respetivos mapas de pessoal, aqui apresentados de forma consolidada.
Equip
a R
eito
ral e
Pro
vedor
Órg
ãos
de
Ges
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Dirig
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Enca
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per
acio
nal
Ass
iste
nte
Oper
acio
nal
Enca
rreg
ado d
e Pes
soal
Auxiliar
Postos de trabalho ocupados a 31-12-2017 8 55 40 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 103
Postos de trabalho previstos para 2017 8 62 60 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 130
Postos de trabalho ocupados a 31-12-2017 0 0 0 1.655 61 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.720
Postos de trabalho previstos para 2017 0 0 0 1.620 130 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.754
Postos de trabalho ocupados a 31-12-2017 0 0 0 0 0 394 27 4 2 1 0 8 14 347 3 19 408 0 1.227
Postos de trabalho previstos para 2017 0 0 0 0 0 481 45 4 2 1 1 9 21 377 3 30 463 1 1.438
8 55 40 1.655 61 394 27 4 6 1 0 8 14 347 3 19 408 0 3.050
8 62 60 1.620 130 481 45 4 6 1 1 9 21 377 3 30 463 1 3.322
* Os membros dos órgãos de gestão são apenas considerados nessa qualidade e não na respetiva carreira de origem (do total, 51 docentes, 3 investigadores e 1 técnico superior)
Atividades
A - Gestão
B - Ensino, Investigação e Prestação de Serviços
C - Serviços de Suporte
Cargos / Carreiras / Categorias
Total
Totais Cargos / Carreiras / Categorias (Postos de trabalho ocupados a 31-12-2017)
Totais Cargos / Carreiras / Categorias (Postos de trabalho previstos para 2017)
Atividade C
Atividade A
Atividade B
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
116
Quanto às restantes entidades incluídas nas demonstrações consolidadas (entidades de direito privado),
apresentavam, no final do ano, 332 trabalhadores, cuja distribuição, por analogia com o mapa de pessoal das entidades
de direito público, se apresenta no quadro seguinte.
III – INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO
NOTA 6 DISCRIMINAÇÃO DA RUBRICA DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO
A 31 de dezembro de 2017, não existiam diferenças de consolidação em categorias de ativos ou de passivos
identificáveis das entidades incluídas nas contas consolidadas.
NOTA 9 ACONTECIMENTOS QUE TENHAM OCORRIDO ENTRE A DATA DO BALANÇO E A DATA DO BALANÇO CONSOLIDADO
Não se registaram acontecimentos relevantes entre a data das demonstrações financeiras e a data da sua emissão.
NOTA 11 HOMOGENEIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO
Considerando que apenas a UC e os SASUC utilizam o POC-Educação, e para efeito das demonstrações financeiras
consolidadas, procedeu-se à reclassificação das contas do SNC para o POC-Educação.
Não sendo materialmente relevante e, considerando que não coloca em causa a imagem verdadeira e apropriada
das demonstrações financeiras consolidadas, não se procedeu à homogeneização da informação das entidades
consolidadas, de acordo as políticas contabilísticas da entidade mãe, no que se refere ao cálculo das amortizações,
das provisões para cobrança duvidosa e da contabilização de subsídios.
NOTA 13 CONTABILIZAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES EM ASSOCIADAS
A 31 de dezembro de 2017, as participações financeiras do GPUC encontravam-se valorizadas ao custo histórico,
sendo a sua composição a que se segue:
a) Relação das participações em entidades de natureza não societária, cujo património social se encontra titulado
Denominação social Sede
Valor
nominal/
Participação
Últimas contas disponíveis
Capital
próprio
Volume de
negócios
Resultado
líquido
Exercício
de
referência
LEDAP – Lab. de Energética e Detónica Av. da Universidade de Coimbra,
3150-277 Condeixa-a-Nova 99.760 € 21.859 € 34.597 € 2.577 € 2016
IDARC – Inst. Desenv. Agrário Reg. Centro Almegue Vale Gemil,
3040-322 Coimbra 2.494 € -130.442 € - -52.444 € 2006
Associação das Universidades Portuguesas Rua Pinheiro Chagas n.º 27,
3000-333 Coimbra 49.880 € - - - -
INESC – Instituto de Eng. Sistemas Computadores Rua Alves Redol, n.º 9
1000-029 Lisboa 520.000 € 24.363.485 € 1.733.626 € 735.845 € 2016
IGAP – Instituto de Gestão e Administração Pública Rua Belos Ares, 160
4100-108 Porto 499 € 1.027.718 € 303.325 € 67.277 € 2015
Poolnet Portuguesa Tooling Network Av. D. Dinis, 17,
2430-263 Marinha Grande 1.000 € 49.500 € 69.073 € 300 € 2017
Atividade A Postos trabalho ocupados a 31-12-2017 4 5 0 31 0 0 0 2 0 0 42
Atividade B Postos trabalho ocupados a 31-12-2017 0 0 97 82 0 9 0 1 1 0 190
Atividade C Postos trabalho ocupados a 31-12-2017 0 0 0 26 5 38 3 13 10 5 100
4 5 97 139 5 47 3 16 11 5 332Totais Cargos / Carreiras / Categorias
(Postos de trabalho ocupados a 31-12-2017)
Atividades
A - Gestão
B - Ensino, Investigação e Prestação de Serviços
C - Serviços de Suporte
Cargos / Carreiras / Categorias
TOTAL
Órg
ãos
de
Ges
tão
Dirig
ente
Inve
stig
ador
Ass
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nte
Oper
acio
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de
Info
rmát
ica
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nic
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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
117
Denominação social Sede
Valor
nominal/
Participação
Últimas contas disponíveis
Capital
próprio
Volume de
negócios
Resultado
líquido
Exercício
de
referência
Instituto de Formação para Executivos 352 € - - - -
OPEN – Assoc. Oportunidades Específicas de Negócio Zona Industrial – Rua de Espanha, lt 8,
2431-901 Marinha Grande 5.000 € 995.607 € 122.301 € 4.371 € 2017
IT – Instituto de Telecomunicações Av. Rovisco Pais, 1
1049-001 Lisboa 299.279 € 2.969.940 € 996.448 € 408.485 € 2016
RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e do Papel Quinta de São Francisco – Apt 15
3801-501 Eixo 70.000 € 3.524.220 € 4.224.600 € -26.873 € 2016
CENTROHABITAT – Plataforma para a Construção
Sustentável Curia Tecnoparque 1.000 € 121.168 € 78.159 € 1.490 € 2015
Relacre – Associação de Laboratórios Acreditados de
Portugal
Rua Filipe Folque, n.º 2 – 6.ºdto,
1050-113 Lisboa 1.000 € 880.712 € 559.422 € 11.959 € 2017
IATV – Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida
Largo Marquês de Pombal,
Dep. Zoologia da UC 3000-272 Coimbra
200.000 € 170.090 € 97.548 € 0 € 2015
Associação BLC3 – Plataforma para o
Desenvolvimento da Região Interior Centro
Paços do Município,
Largo Conselheiro Cabral Metello,
3400-062 Oliveira do Hospital
3.000 € 2.887.658 € 162.944 € 14.651 € 2016
Obitec – Associação Óbidos Ciência e Tecnologia Convento S. Miguel das Gaeiras,
2510-718 Óbidos 1.000 € 4.991.177 € 204.208 € 59.012 € 2015
Associação RUAS – Recriar Universidade Alta e Sofia Colégio S. Bento, Rua do Arco da Traição
3004-531 Coimbra 75.000 € 5.679 € 0 € -18.818 € 2015
ABAP – Associação Beira Atlântico Parque Pç. Marquês Marialva C Com Rossio, 3060-
133 Cantanhede 1.000 € 2.449.361 € 497.750 € 43.171 € 2017
Biocant – Associação de Transferência de Tecnologia
Parque Tecnológico de Cantanhede,
Núcleo 04, Lote 3,
3060-197 Cantanhede
2.000 € 4.110.000 € 464.585 € -297.016 € 2017
Cesab – Centro de Serviços do Ambiente Zona Industrial Ponte Viadores,
3050 Mealhada 1.496 € 745.000 € 1.150.120 € 11.366 € 2017
Aferymed – Aferição e Medidas, Lda Rua dos Costas, Lote 19, n.º 74 R/C,
2415-567 Leiria 2.850 € 15.000 € 213.635 € 32.026 € 2017
Tecparques – Associação Portuguesa de Parques e
Ciência e Tecnologia Oeiras 2.500 € 37.500 € 0 € 5.792 € 2017
Terabiz, Lda. Rua Pedro Nunes (Quinta da Nora)
3030-199 Coimbra 1.500 € 30.000 € 0 € 0 € 2017
CERTIF – Associação para a Certificação Rua José Afonso, 9-E
2810-237 Almada 1.500 € - - - -
ADENE – Agência para a Energia Av. 5 de Outubro, 208 2.º piso
1050-065 Lisboa 2.494 € - - - -
b) Relação das ações, quotas e outras partes de capital detidas
Tipo Denominação social Sede Quant. Valor
unitário
Valor
global
Últimas contas disponíveis
Capital
próprio
Volume
de
negócios
Res. líquido
Exercício
de
referência
Ações Odabarca
Urbanização MADEFIL- Lote 13-
19, Sargento-Mor, 3021-901
Coimbra
20 249 € 4.988 € 187.676 € 72.097 € -15.366 € 2015
Ações Coimbravita ADR Rua Capitão Luís Gonzaga, n.º 74,
3000-095 Coimbra 3.000 5 € 14.968 € 416.586 € 21.355 € 86.255 € 2005
Ações
iParque – Parque para a
Inovação em Ciência,
Tecnologia e Saúde,
E.M., S.A.
Business Center Leonardo Da
Vinci, Parque Tecnológico de
Coimbra,
3040-540 Antanhol, Coimbra
13.785 5 € 68.926 € 2.616.380 € 349.874 € -452.996 € 2017
Fundo
Patrimonial
AIP – Associação
Industrial Portuguesa
Praça das Indústrias
1300-307 Lisboa n.a. - 24.940 € - - - -
c) Quanto à discriminação da conta Outras aplicações financeiras (conta 415)
IDENTIFICAÇÃO
DOS ATIVOS
VALOR NOMINAL DOS
ATIVOS EM 31.12.2017
Natureza
Transmissão
Capital
Tipo Entidade devedora/emitente
Base legal Data Valor à data da
transmissão
Depósito a
prazo Prof. Doutor Geraldes Freire – Prémio
Latim Medieval
Protocolo 1999 24.940 € 31.333 €
Títulos Certificados de renda perpétua
DL 23865, 17 maio 1934
DL 34549, 28 abril 1945 - 8.453 € 8.453 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
118
IV – INFORMAÇÕES RELATIVAS A COMPROMISSOS
NOTA 16 MONTANTE GLOBAL DOS COMPROMISSOS FINANCEIROS QUE NÃO FIGUREM NO BALANÇO CONSOLIDADO
Existem encargos assumidos com reflexo orçamental em anos económicos futuros. As contas 04 “Orçamento –
exercícios futuros” e 05 “Compromissos – exercícios futuros” refletem as responsabilidades futuras da entidade UC,
e encontram-se assim desagregadas:
Natureza da responsabilidade Compromissos para
o ano de 2018
Compromissos para
anos seguintes
Pessoal 1.388.959 € 751.325 €
Aquisições de Bens 766.811 € 412.072 €
Aquisições de Serviços 10.400.522 € 3.413.572 €
Transferências Correntes 5.985.721 € 141.510 €
Outras despesas Correntes 81.219 €
Aquisição de Bens de Capital 5.548.134 € 1.710.655 €
Total 24.171.366 € 6.429.134 €
V – INFORMAÇÕES RELATIVAS A POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
NOTA 18 CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA APLICADOS E MÉTODOS UTILIZADOS NO CÁLCULO DOS AJUSTAMENTOS DE VALOR
As demonstrações financeiras foram preparadas em harmonia com os princípios contabilísticos definidos no Plano
Oficial de Contabilidade Pública para o Setor da Educação (POC-Educação) – Portaria n.º 794/2000, de 20 de
setembro, da Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro e na Portaria n.º 474/2010, de 1 de julho, que aprova a Orientação
n.º 1/2010.
As demonstrações financeiras cumprem ainda as Normas Internacionais de Contabilidade do Setor Público, tendo
sido preparadas numa base de continuidade das operações. Durante o exercício económico, as políticas
contabilísticas foram aplicadas de forma consistente e preparadas a partir dos registos contabilísticos das entidades
incluídas na consolidação, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos:
a) Procedimentos de consolidação
As contas dos SASUC, do CES, da ACIV e do CEDOUA foram consolidadas pelo método da simples agregação.
Embora a entidade-mãe não disponha de participação nos capitais próprios destas entidades, detém controlo sobre
elas, nos termos definidos na lei e nos respetivos estatutos.
As entidades ICNAS Produção, Dendropharma, CNC, Associação Exploratório Infante D. Henrique, IPN, ADAI,
IPN – Incubadora, ITeCons, INESC Coimbra, UC Tecnimed e UC InProPlant foram consolidadas pelo método de
consolidação integral. A UC detém a participação nos capitais próprios destas entidades e o controlo.
As contas da SERQ – Centro de Inovação e Competências da Floresta foram consolidadas pelo método da
equivalência patrimonial.
As principais transações ocorridas e os saldos existentes entre as entidades incluídas na consolidação foram
eliminadas/os no processo de consolidação, nomeadamente:
as dívidas entre as entidades;
os custos e perdas e os proveitos e ganhos, relativos às operações efetuadas entre entidades;
as operações de transferências de subvenções entre entidades;
as operações de concessão de direitos de superfície entre as entidades.
Nos casos em que se aplicou o método da consolidação integral, foram reconhecidos os respetivos interesses
minoritários, em função das participações detidas.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
119
b) Imobilizado corpóreo e incorpóreo
O imobilizado corpóreo e incorpóreo está mensurado inicialmente ao custo de aquisição ou de avaliação técnica
para as situações em que se procedeu à inventariação física de bens não valorizados anteriormente.
Os bens mais antigos, em relação aos quais o valor não era conhecido, encontram-se registados nas demonstrações
financeiras pelo valor resultante da avaliação efetuada por perito independente, aquando da sua incorporação nas
contas da UC.
O património da entidade UC integra bens imóveis, cuja avaliação técnica efetuada determinou a sua valorização por
serem bens de valor imaterial e de difícil mensuração, pelo valor de 1,00€, como observado no quadro seguinte:
Conta POC Denominação do imobilizado Valor
aquisição
Depreciação
acumulada
Valor
contabilístico
4222000006 Faculdade de Direito 1,00 € - 1,00 €
4222000007 Paço das Escolas 1,00 € - 1,00 €
4222000008 Colégio de São Pedro 1,00 € - 1,00 €
4222000012 Palácio de Sub-Ripas 1,00 € - 1,00 €
4222000017 Colégio de São Jerónimo 1,00 € - 1,00 €
4224000002 Biblioteca Joanina 1,00 € - 1,00 €
4229000001 Capela de São Miguel e Museu de Arte Sacra 1,00 € - 1,00 €
4229000009 Palácio de São Marcos 1,00 € - 1,00 €
4229000034 Jardim Botânico da Universidade de Coimbra 1,00 € - 1,00 €
A valorização assim efetuada encontra fundamento legal no n.º 2 do art.º 31.º do CIBE – Cadastro e Inventário dos
Bens do Estado, que refere: “Nos casos de total impossibilidade de atribuição fundamentada do valor, designadamente de
bens de relevância histórico-cultural, os mesmos devem constar com valor zero…”, o que aconteceu com os bens imóveis
supra identificados, qualificados como “edifícios históricos” pela entidade legalmente competente para o efeito.
Assim os “edifícios históricos" não foram sujeitos ao regime de amortizações previsto no referido diploma, ao abrigo
do disposto no artigo 36.º, n.º 1 alíneas e) e f) conjugado com o n.º 2, que refere que “pela sua complexidade ou
particularidade apresentem dificuldades técnicas inultrapassáveis de inventariação ou de avaliação ou que se valorizem pela
sua raridade”.
As imobilizações incorpóreas referentes a patentes estão mensuradas ao custo de aquisição e incorporam todas as
despesas associadas à sua valorização.
c) Depreciações e amortizações
As depreciações e amortizações foram calculadas segundo o método das quotas constantes, pelo regime duodecimal
atendendo à data de início de disponibilidade do bem para utilização, com uma vida útil atribuída em função da sua
classificação conforme previsto no classificador geral (Portaria n.º 671/2000, de 17 de abril). De acordo com o
mesmo normativo, os bens de imobilizado, cuja vida útil é inferior a um ano e o valor de aquisição é inferior a 80%
do índice 100 da tabela de remunerações da Administração Pública, são totalmente depreciados no próprio ano.
Apesar do critério prevalecente ser o da UC, como entidade-mãe, relativamente às entidades ICNAS Produção,
CES, Dendropharma, CNC, Associação Exploratório Infante D. Henrique, IPN, IPN – Incubadora, ADAI, ACIV,
CEDOUA, ITeCons, INESC Coimbra, UC Tecnimed, UC InProPlant, e SERQ – Centro de Inovação e Competências
da Floresta, as depreciações e amortizações do exercício foram determinadas de acordo com o Decreto
Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de setembro, tendo sido adotado o método de linha reta, previsto nesse diploma
legal, pelo facto de se ter procedido ao recálculo e se ter concluído que não revelavam diferenças materialmente
relevantes.
A amortização de imobilizações incorpóreas, referentes a patentes, encontra-se registada à taxa de 5%, por adoção
do critério previsto no Decreto-Lei n.º 16/95, de 24 de janeiro, correspondente ao número de anos permitido para
o registo de patentes.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
120
d) Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros apresentados no balanço estão mensurados ao respetivo custo de aquisição.
e) Provisão para cobranças duvidosas
A constituição de provisões para cobrança duvidosa foi efetuada de acordo com a política descrita no ponto 2.7 do
POC-Educação. As provisões foram constituídas para os créditos que não do Estado, em sentido lato e em mora há
mais de 12 meses, desde a data do respetivo vencimento, tendo sido efetuadas diligências para o seu recebimento.
f) Existências ou inventários
As existências foram mensuradas ao custo de aquisição, sendo o custo médio ponderado a fórmula de custeio
utilizada para os diversos itens de existências. Relativamente às entidades ICNAS Produção, ACIV e CEDOUA, o
método de custeio utilizado foi o FIFO (First in, First out), considerando que na fase de homogeneização se concluiu
que, atendendo ao valor das existências ou inventários, as diferenças eram materialmente pouco relevantes.
g) Especialização de proveitos e custos
As receitas com origem no OE foram reconhecidas como proveito do exercício (Subsídio à Exploração) no momento
do seu recebimento, por débito da conta do ativo Depósitos em instituições financeiras – Conta no Tesouro.
Os custos diferidos, acréscimos de proveitos, acréscimos de custos e proveitos diferidos, foram reconhecidos de
acordo com o princípio de especialização dos exercícios, no momento em que são obtidos ou incorridos,
independentemente do momento em que o recebimento ou pagamento ocorre, bem como transferidos para os
exercícios em que devem ser reconhecidos.
No que se refere a receitas relacionadas com as propinas de cursos de licenciatura, mestrado integrado, mestrado,
doutoramento e cursos não conferentes de grau, foram reconhecidas como proveito de acordo com o princípio da
especialização dos exercícios.
As dívidas a receber de clientes correspondem ao valor das faturas emitidas, relativas a vendas e prestações de
serviços tendo o proveito sido reconhecido no momento da sua emissão.
h) Subsídios
O GPUC recebeu, no exercício económico de 2017, subsídios para imobilizações com origem em programas de
cofinanciamento, referentes a Fundos Estruturais para o Ensino e Formação, no âmbito do Quadro Comunitário de
Apoio, tendo a contabilização sido efetuada no momento do recebimento e relevada a proveito, à medida que
ocorreram as depreciações.
No âmbito de projetos de investigação, financiados nomeadamente pela União Europeia e pela Fundação para a
Ciência e a Tecnologia e outros organismos públicos e privados, os subsídios foram reconhecidos como proveito,
mediante o apuramento da taxa de execução desses projetos. Os subsídios recebidos, destinados a financiar despesas
correntes, foram registados como proveito do exercício (subsídio à exploração), na parte correspondente aos custos
incorridos durante o exercício, independentemente do momento do recebimento dos mesmos, registando-se no
passivo (proveitos diferidos) os subsídios contratualizados e não executados. Os subsídios recebidos, para financiar
despesas de capital, foram diferidos no balanço, na rubrica de proveitos diferidos, sendo transferidos para proveitos,
através da rubrica de ganhos extraordinários, em proporção idêntica aos encargos anuais com a depreciação dos bens
subsidiados.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
121
i) Operações extraorçamentais
Sempre que o GPUC atua como entidade líder em projetos de investigação e desenvolvimento, em parceria com
outras instituições, é da sua responsabilidade o pagamento, a essas mesmas instituições, dos subsídios atribuídos
pelas entidades financiadoras na quota-parte que estas têm no projeto. Nas circunstâncias em que o GPUC atua
como entidade responsável pelo pagamento a terceiros de subsídios recebidos de outras entidades, e tratando-se
de verbas comunitárias, essas operações, de pura intermediação, apenas têm reflexo em contas de balanço; e, em
termos orçamentais, em operações extraorçamentais, reconhecidas no classificador económico da receita 17.02.00
– Outras operações de tesouraria e de despesa 12.02.00 – Outras operações de tesouraria, que inclui os montantes
provenientes de fundos alheios, que deverão constituir posteriormente fluxos de entrega às entidades a quem
respeitam.
j) Enquadramento fiscal
As entidades objeto de consolidação UC e SASUC gozam de isenção parcial do Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Coletivas, uma vez que se encontram sujeitas a este imposto apenas por via da retenção na fonte,
relativamente aos seus rendimentos de aplicação de capitais. Não estão, portanto, obrigadas a entregar a declaração
anual de rendimentos.
As entidades ICNAS Produção, Dendropharma, Associação Exploratório Infante D. Henrique, ACIV, ADAI,
CEDOUA, ITeCons, IPN – Incubadora, CNC, CES, IPN, INESC Coimbra, UC InProPlant, UC Tecnimed e SERQ –
Centro de Inovação e Competências da Floresta são sujeitos passivos de IRC, de acordo com o disposto no Código
do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas.
NOTA 19 COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO DOS ELEMENTOS EXPRESSOS EM MOEDA ESTRANGEIRA
Os ativos e passivos, expressos em moeda estrangeira, são convertidos para euros, utilizando as taxas de câmbio
vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais e as apuradas
nos saldos existentes na data do balanço, por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados
correntes do exercício.
VI – INFORMAÇÕES RELATIVAS A DETERMINADAS RUBRICAS
NOTA 20 RUBRICAS DESPESAS DE INSTALAÇÃO E DESPESAS DE INVESTIGAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO
Os valores constantes na rubrica Despesas de investigação e desenvolvimento, no Balanço Consolidado, justificam-se
da seguinte forma:
Entidade Valor Referência
UC 236.347 € Despesas de investigação
ICNAS Produção, Lda 318.838 € Desenvolvimento de vários projetos de I&D, nomeadamente em radiofármacos marcados com Flúor-18, Carbono 11, Gálio-68 e Cobre-64. Este item inclui essencialmente a utilização de matéria-prima e de produto acabado para testes e os custos suportados com o pessoal afeto à produção.
IPN 234.020 € Projeto XHMS.
ITeCons 6.550 € Sistema de suporte à gestão científica de conferências (webchairing) e desenvolvimento de aplicação
RCCTE
795.755 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
122
NOTA 22 MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS ATIVO IMOBILIZADO CONSTANTES DO BALANÇO CONSOLIDADO E NAS
RESPETIVAS AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES
Os movimentos ocorridos na rubrica amortizações e provisões apresentam-se no mapa seguinte:
Rubricas Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final
Imobilizações incorpóreas
Despesas de investigação e de desenvolvimento 767.410 € - 68.186 € 699.224 €
Propriedade industrial e outros direitos 4.276.893 € 395.359 € 36.324 € 4.708.576 €
5.044.303 € 372.314 € - 8.817 € 5.407.799 €
Imobilizações corpóreas
Edifícios e outras construções 78.799.551 € 6.948.983 € 85.748.534 €
Equipamento e material básico 111.181.289 € 9.118.281 € - 853.473 € 119.464.096 €
Equipamento de transporte 1.022.736 € 74.883 € 1.097.619 €
Ferramentas e utensílios 440.007 € 18.405 € - 67 € 458.346 €
Equipamento administrativo 18.475.588 € 906.106 € - 105.393 € 19.276.302 €
Taras e vasilhame 3.014 € 14 € 3.029 €
Outras imobilizações corpóreas 18.949.730 € 858.101 € - 75.185 € 19.732.646 €
228.871.915 € 17.924.774 € - 1.016.118 € 245.780.571 €
Os movimentos verificados na rubrica ativo imobilizado demonstram-se no mapa seguinte:
Rubricas Saldo Inicial Aumentos Alienações Transferências e
Abates Saldo Final
Imobilizações incorpóreas
Despesas de investigação e de
desenvolvimento 795.655 € 99 € 795.755 €
Propriedade industrial e outros direitos 5.569.697 € 319.104 € - 8.895 € - 378.420 € 5.501.486 €
Imobilizações em curso 6 € - 6 € - €
6.365.358 € 319.104 € - 8.901 € - 378.321 € 6.297.241 €
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 93.822.980 € 93.822.980 €
Edifícios e outras construções 342.202.234 € 1.102.142 € 5.919.192 € 349.223.567 €
Equipamento e material básico 139.905.775 € 4.446.294 € - 10.613 € - 614.566 € 143.726.890 €
Equipamento de transporte 1.207.531 € 13.668 € 1.221.198 €
Ferramentas e utensílios 472.336 € 13.540 € 7.813 € 493.690 €
Equipamento administrativo 20.585.458 € 1.098.317 € - 99 € - 101.131 € 21.582.545 €
Taras e vasilhame 3.014 € 1.193 € 4.207 €
Outras imobilizações corpóreas 21.172.669 € 823.056 € 82.545 € 22.078.271 €
Imobilizações em curso 9.960.268 € 1.342.838 € - 6.120.134 € 5.182.972 €
Adiantam. p/ conta de imob. corpóreas 167.078 € - € - 167.078 € - €
629.499.342 € 8.841.048 € - 10.712 € - 993.358 € 637.336.320 €
Investimentos financeiros
Partes de capital 950.094 € 4.631 € - 150.000 € 804.725 €
Obrigações e títulos de participação 733.722 € 89.880 € - 54.868 € 768.734 €
Investimentos em imóveis 2.203.858 € 2.203.858 €
Outras aplicações financeiras 39.786 € 39.786 €
3.927.460 € 94.511 € - € - 204.868 € 3.817.103 €
A rubrica Imobilizações em curso sofreu uma diminuição no ano de 2017, resultado da transferência de bens para as
respetivas contas de imobilizado, nomeadamente na UC, com destaque para a reabilitação do Colégio da Trindade.
NOTA 25 DIFERENÇAS MATERIALMENTE RELEVANTES ENTRE OS CUSTOS DE ELEMENTOS DO ATIVO CIRCULANTE E OS
RESPETIVOS PREÇOS DE MERCADO
Não se considera existirem diferenças materialmente relevantes entre o valor contabilístico e o valor de mercado
dos elementos que integram o ativo circulante.
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
123
NOTA 31 REPARTIÇÃO DO VALOR LÍQUIDO CONSOLIDADO DAS VENDAS E DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
As vendas e prestações de serviços do GPUC totalizaram, em 2017, 23.407.340€, distribuídos da seguinte forma:
2017 2016 ∆ 17-16 [%]
1- VENDAS
Mercadorias 16.328 € 9.073 € 80,0%
Fotocópias, Impressos e Publicações 26.271 € 25.021 € 5,0%
Outros Bens 720.213 € 610.678 € 17,9%
Produtos Acabados 876.638 € 703.012 € 24,7%
Refeições 2.713.517 € 2.804.028 € -3,2%
Outros 66 € 30 € 117,6%
Subtotal Vendas 4.353.033 € 4.151.844 € 4,8%
2 - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
Alojamentos 1.336.757 € 1.325.185 € 0,9%
Apoio à Infância 298.818 € 258.247 € 15,7%
Serviços de Saúde 395.824 € 41.301 € 858,4%
Diversos 15.417 € -100,0%
Trabalhos Gráficos 49 € -100,0%
Realização de Estudos 705.076 € 524.015 € 34,6%
Colaboração Docentes 202.578 € 179.024 € 13,2%
Ações de Formação 1.417.226 € 1.660.478 € -14,6%
Inscrições em Seminários e Cursos 656.861 € 702.719 € -6,5%
Serviços âmbito cultural 331.302 € 332.102 € -0,2%
Análises Clínicas 2.997.303 € 3.045.201 € -1,6%
Serviços Prestados ao exterior 75.332 € 64.615 € 16,6%
Visitas Turísticas 3.812.629 € 3.008.876 € 26,7%
Prestação Serviços Especializados 5.526.579 € 4.874.600 € 13,4%
Protocolos e Acordos 120.000 € 120.000 € 0,0%
Outros Serviços 1.178.023 € 1.114.276 € 5,7%
Subtotal Prestação de Serviços 19.054.308 € 17.266.106 € 10,4%
Total 23.407.340 € 21.417.950 € 9,3%
NOTA 39 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS
Os Resultados financeiros apurados no exercício de 2017 têm a seguinte composição:
No decurso do ano de 2017, registou-se uma diminuição nos proveitos e ganhos financeiros em 23.480€, ao nível dos
juros obtidos e diferenças de câmbio, e um aumento nos custos e perdas financeiras, no montante de 87.446€, justificado
pelo aumento dos encargos por parte das instituições bancárias. Os Resultados financeiros registam -283.784€ e
expressam uma diminuição de 110.927€, em relação ao ano de 2016.
2017 2016 2017 2016
681 Juros suportados 47.053 € 77.471 € 781 Juros obtidos 27.100 € 32.689 €
682 Perdas em entidades ou subentidades - - 782 Ganhos em entidades ou subentidades - -
683 Amortizações de investimentos em imóveis - - 783 Rendimentos de imóveis 63.085 € 58.560 €
684 Provisões para aplicações financeiras 9.980 € - 784 Rendimentos de participação de capital - -
685 Diferenças de câmbio desfavoráveis 14.577 € 22.197 € 785 Diferenças de câmbio favoráveis 6.521 € 27.852 €
686 Descontos de pronto pagamento concedidos - 1.911 € 786 Descontos de pronto pagamento obtidos 200 € 1.142 €
687 Perdas na alienação de aplicações de tesouraria 70 € - 787 Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria - -
688 Outros custos e perdas financeiros 309.751 € 192.406 € 788 Outros proveitos e ganhos financeiros 742 € 884 €
Resultados financeiros 283.784 €- 172.857 €-
Total 97.647 € 121.127 € Total 97.647 € 121.127 €
Exercícios
Conta Custos e Perdas Financeiros
Exercícios
Conta Proveitos e Ganhos Financeiros
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
124
NOTA 40 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
Os Resultados extraordinários apurados no exercício de 2017 têm a seguinte composição:
Assistiu-se a uma diminuição nos proveitos e ganhos extraordinários no montante de 181.340€ e um aumento nos
custos e perdas extraordinários no valor de 848.750€. Os resultados extraordinários somam 8.996.085€, refletindo uma
diminuição de 10,27% em relação ao ano de 2016, e estão relacionados com o reconhecimento do proveito à medida
que ocorre a amortização dos bens de imobilizado subvencionados.
NOTA 41 MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO NA RUBRICA PROVISÕES
Os movimentos ocorridos no exercício de 2017 nas contas de Provisões analisam-se como se segue:
Conta Designação Saldo Inicial Aumento Redução Saldo Final
29 Provisões 14.773.905 € 134.550 € 305.321 € 14.603.135 €
291 Provisão para cobranças duvidosas 14.440.046 € 134.550 € 305.321 € 14.269.275 €
2911 Clientes cobrança duvidosa 2.923.261 € 134.550 € 66.688 € 2.991.123 €
2912 Alunos cobrança duvidosa 11.516.785 € 238.633 € 11.278.152 €
292 Provisões para riscos e encargos 333.860 € 333.860 €
39 Provisões para depreciação de existências 25.099 € 38.415 € 63.514 €
49 Provisões para investimentos financeiros 9.980 € 9.980 €
VII – INFORMAÇÕES DIVERSAS
NOTA 45 OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES PARA MELHOR COMPREENSÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E
DOS RESULTADOS DO CONJUNTO DAS ENTIDADES INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
Nesta nota inclui-se a informação adicional que se entende necessária para a compreensão das demonstrações
financeiras, para que as mesmas possam refletir adequadamente a posição orçamental, económica e financeira do
GPUC, o resultado das suas operações e a execução do respetivo orçamento.
a) Alunos c/c e clientes
Relativamente às dívidas de alunos, foi reconhecida tanto a dívida vencida como a não vencida, relativa a cursos de
licenciatura, mestrado integrado, mestrado, doutoramento e cursos não conferentes de grau.
As provisões para cobrança duvidosa de alunos foram mensuradas pelo valor atual da dívida vencida dos anos letivos
até 2015/2016, por o tempo de mora ser superior a um ano e terem sido desenvolvidas diligências para a cobrança,
mediante a revisão da estimativa dos anteriores períodos de relato.
No que se refere a clientes, foram reconhecidas como de cobrança duvidosa as dívidas com mora superior a um
ano. Não foram provisionadas as dívidas relativas ao Estado, em sentido lato.
O valor das cobranças duvidosas, refletidas no Balanço, inclui dívidas de clientes e de alunos que ascendem a
14.272.408€, sendo que 14.269.275€ encontram-se provisionadas.
2017 2016 2017 2016
691 Transferências de capital concedidas - - 791 Restituição de impostos 38 € 83 €
692 Dívidas incobráveis - 15.513 € 792 Recuperação de dívidas 28.371 € 28.591 €
693 Perdas em existências 124.629 € 15.416 € 793 Ganhos em existências 33.347 € 13.072 €
694 Perdas em imobilizações 402.027 € 12.483 € 794 Ganhos em imobilizações 3.327 € 27.970 €
695 Multas e penalidades 1.951 € 6.827 € 795 Benefícios de penalidades contratuais - 3.799 €
696 Aumentos de amortizações e provisões - - 796 Reduções de amortizações e provisões - 217.925 €
697 Correcções relativas a exercícios anteriores 811.513 € 483.846 € 797 Correcções relativas a exercícios anteriores 26.726 € 81.824 €
698 Outros custos e perdas extraordinários 219.804 € 177.089 € 798 Outros proveitos e ganhos extraordinários 10.464.200 € 10.364.085 €
Resultados extraordinários 8.996.085 € 10.026.176 €
Total 10.556.009 € 10.737.349 € Total 10.556.009 € 10.737.349 €
Contas Custos e Perdas Extraordinários
Exercícios
Contas Proveitos e Ganhos Extraordinários
Exercícios
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
125
No âmbito das medidas implementadas de reclamação de créditos, junto dos clientes e dos alunos, bem como de
cobrança coerciva das dívidas, foi possível a arrecadação, em 2017, de 291.857€, referentes a dívidas de cobrança
duvidosa de clientes, e de 822.700€ de alunos.
b) Caixa e equivalentes
A 31 de dezembro de 2017, o caixa e equivalentes do Grupo Público UC tinha a seguinte composição:
Designação 2017 2016
Caixa 111.318 € 89.927 €
Depósitos à Ordem 59.524.678 € 57.251.648 €
IGCP 8.729.648 € 3.179.110 €
CGD 27.482.073 € 29.057.458 €
Santander Totta 14.372.182 € 15.000.511 €
BPI 4.703.869 € 4.486.114 €
Novo Banco 2.612.711 € 2.279.283 €
Millennium BCP 1.225.372 € 994.833 €
EuroBIC 238.323 € 75.640 €
Montepio Geral 60.380 € 2.078.674 €
Bankinter 100.119 € 100.024 €
Depósitos Caução 26.438 € 26.438 €
CGD 26.438 € 26.438 €
Depósitos a Prazo 8.384.632 € 8.075.408 €
IGCP 5.000.000 € 5.000.000 €
CGD 955.000 € 1.155.000 €
Santander Totta 1.104.666 € 1.206.408 €
Novo Banco 1.199.460 € 499.000 €
Millennium BCP - € 70.000 €
BPI 10.000 € 30.000 €
Montepio Geral 15.000 € 15.000 €
Caixa de Crédito Agrícola 100.507 € 100.000 €
Títulos Negociáveis 224.960 € - €
CGD 21.000 € Santander Totta 203.960 €
Total 68.272.026 € 65.443.421 €
c) Movimento ocorrido no fundo patrimonial
Rubricas 2017
Saldo inicial Aumentos Reduções Saldo final
Património 341.283.960 € 341.283.960 €
Reservas:
Reservas legais 52.512 € 104 € 52.616 €
Reservas estatuárias 3.891 € 3.891 €
Reservas livres 2.022.273 € 4.219 € 2.026.492 €
Subsídios 588.126 € 588.126 €
Doações 1.680.549 € 25.490 € 1.706.039 €
Reservas decorrentes da transf. ativos 4.120 € 4.120 €
Resultados Transitados - 22.794.120 € 4.176.806 € - 18.617.314 €
322.841.311 € 4.206.619 € - € 327.047.929 €
Resultado líquido consolidado do exercício
Exercício de 2016 4.272.173 € - 4.272.173 €
Exercício de 2017 5.010.265 € 5.010.265 €
4.272.173 € 5.010.265 € - 4.272.173 € 5.010.265 €
Totais 327.113.483 € 9.216.884 € - 4.272.173 € 332.058.195 €
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
126
d) Acréscimos de proveitos
Os acréscimos de proveitos detalham-se da seguinte forma:
Acréscimo de Proveitos 2017 2016 ∆ 17-16 [%]
Juros a receber 4.573 € 8.612 € -46,9%
Projetos e atividades 85.572 € 92.336 € -7,3%
Outros acréscimos de proveitos 390.415 € 401.810 € -2,8%
Total 480.561 € 502.757 € -4,4%
A rubrica outros acréscimos de proveitos engloba, essencialmente, o reconhecimento de subsídios a receber em 2018,
das entidades CNC (371.507€) e CES (15.210€).
e) Custos diferidos
Os custos diferidos decompõem-se como se segue:
Custos Diferidos 2017 2016 ∆ 17-16 [%]
Seguros 68.431 € 63.544 € 7,7%
Outros custos diferidos 788.159 € 810.960 € -2,5%
Total 856.590 € 874.504 € -1,8%
A rubrica outros custos diferidos inclui, maioritariamente, rendas e outros serviços pagos em 2017 e cujo
reconhecimento do custo só será feito em 2018. Estes valores são mais relevantes nas entidades UC (757.548€),
ICNAS Produção (12.692€), Exploratório (7.846€) e ITeCons (5.808€).
f) Acréscimos de custos
Os acréscimos de custos desagregam-se como se segue:
Acréscimo de Custos 2017 2016 ∆ 17-16 [%]
Seguros a liquidar 1.621 € -
Remunerações e encargos a liquidar 14.993.622 € 14.896.684 € 0,7%
Juros a liquidar 204 € 289 € -29,3%
Outros acréscimos de custos 476.555 € 427.329 € 11,5%
Total 15.472.002 € 15.324.302 € 1,0%
A rubrica outros acréscimos de custos inclui custos relativos a consumos de água, energia e comunicações, respeitantes
ao último mês do exercício, em que o pagamento ocorre no ano seguinte. Estes valores são mais relevantes nas
entidades UC (62.539€), SASUC (47.564€), CNC (11.668€), IPN (10.903€), INESC Coimbra (124.650€) e
CEDOUA (180.467€).
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS CONSOLIDADO 2017
127
g) Proveitos diferidos
Os Proveitos diferidos apresentam-se como se segue:
Proveitos Diferidos 2017 2016 ∆ 17-16 [%]
Propinas 19.464.624 € 18.016.912 € 8,0%
Propinas licenciatura 7.222.984 € 6.686.791 € 8,0%
Propinas cursos não conferentes de grau 228.734 € 276.653 € -17,3%
Propinas mestrado 3.931.698 € 3.225.445 € 21,9%
Propinas mestrado integrado 5.237.468 € 5.088.537 € 2,9%
Propinas doutoramento 2.843.740 € 2.739.485 € 3,8%
Direitos de superfície 1.171.996 € 1.206.058 € -2,8%
Direitos de superfície 1.171.996 € 1.206.058 € -2,8%
Projetos e atividades 92.262.793 € 65.656.655 € 40,5%
Infraestruturas 13.294.615 € 117.918 € 11174,5%
Institucionais 8.080.970 € 5.132.509 € 57,4%
Investigação Nacional 44.029.865 € 38.001.734 € 15,9%
Investigação Internacional 24.626.825 € 19.490.549 € 26,4%
Projetos de I&D 2.230.518 € 2.913.946 € -23,5%
Subsídios para investimento 127.981.906 € 141.417.372 € -9,5%
OE 5.194.444 € 5.556.983 € -6,5%
PIDDAC 24.372.492 € 25.029.884 € -2,6%
Fundos comunitários 65.769.214 € 64.805.115 € 1,5%
Financiamento FCT 11.610.671 € 25.396.750 € -54,3%
Imobilizado 2.240.244 € 2.022.273 € 10,8%
Outros / Não especificado 18.794.842 € 18.606.367 € 1,0%
Outros proveitos diferidos 2.918.806 € 1.132.075 € 157,8%
Outros proveitos diferidos 2.918.806 € 1.132.075 € 157,8%
Total 243.800.126 € 227.429.071 € 7,2%
h) Investimento
No que se refere a encargos resultantes de obrigações contratuais, no âmbito de projetos de investimento aprovados
em OE, estão assumidas as seguintes responsabilidades:
Contratualizado CofinanciamentoCompart.
Nacional
HPC Ring 2.268.323 € 1.319.408 € 948.915 € 1.550.748 € - 1.550.748 € 68,4% 717.575 €
Infraestruturas Científicas e Tecnológicas das Ciências Básicas da
Universidade de Coimbra - Edifício da Física e da Química 7.353.705 € 6.426.840 € 926.865 € 7.353.705 € - 7.353.705 € 100,0% -
Faculdade de Medicina/Subunidade 2+4 428.510 € - - 263.971 € - 263.971 € 61,6% 164.539 €
Museu da Ciência 246.310 € 51.252 € 195.058 € 136.839 € - 136.839 € 55,6% 109.471 €
Req. Infraestr. do Estádio Universitário 845.758 € - - 174.011 € - 174.011 € 20,6% 671.747 €
Reabilitação das Cantinas Amarelas 710.561 € - - 394.240 € - 394.240 € 55,5% 316.321 €
Reabilitação Palácio S. Marcos 484.432 € 399.267 € 85.165 € - - - - -
Reabilitação Paço das Escolas 1.674.200 € - - 96.998 € - 96.998 € 5,8% 1.577.202 €
Reabilitação da Escola Silva Gaio - - - - - - - -
Total 14.011.798 € 8.196.767 € 2.156.003 € 9.970.512 € - € 9.970.512 € 71,2% 3.556.854 €
Despesa
programada
anos seguintes
Programa ou projeto de ação
Programação Plurianual Financiamento
acumulado a
31-12-2017
Saldo de
gerência a
31-12-2017
Despesa paga
acumulada a
31-12-2017
Taxa
exec.
UNIVERSIDADE DE COIMBRA
128
Detalhe dos investimentos financeiros enunciados no quadro 41, página 99
LEDAP – Laboratório de Energética e Detónica 99.760 €
IDARC – Instituto de Desenvolvimento Agrário da Região Centro 2.494 €
AUP – Associação das Universidades Portuguesas 49.880 €
INESC – Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores 520.000 €
IGAP – Instituto de Gestão e Administração Pública 499 €
Poolnet Portuguesa Tooling Network 1.000 €
Instituto de Formação para Executivos 352 €
OPEN – Associação para Oportunidades Específicas de Negócio 5.000 €
IT – Instituto de Telecomunicações 299.279 €
RAIZ – Instituto de Investigação da Floresta e do Papel 70.000 €
CENTROHABITAT – Plataforma para a Construção Sustentável 1.000 €
Relacre – Associação de Laboratórios Acreditados de Portugal 1.000 €
IATV – Instituto do Ambiente, Tecnologia e Vida 200.000 €
Associação BLC3 – Plataforma para o Desenvolvimento da Região Interior Centro 3.000 €
Obitec – Associação Óbidos Ciência e Tecnologia 1.000 €
Associação RUAS – Recriar Universidade Alta e Sofia 75.000 €
ABAP – Associação Beira Atlântico Parque 1.000 €
Biocant – Associação de Transferência de Tecnologia 2.000 €
Cesab – Centro de Serviços do Ambiente 1.496 €
Aferymed – Aferição e Medidas, Lda 2.850 €
Tecparques – Associação Portuguesa de Parques e Ciência e Tecnologia 2.500 €
Terabiz, Lda. 1.500 €
CERTIF – Associação para a Certificação 1.500 €
ADENE – Agência para a Energia 2.494 €
Odabarca 4.988 €
Coimbravita ADR 14.968 €
iParque – Parque para a Inovação em Ciência, Tecnologia e Saúde, E.M., S.A. 68.926 €
AIP – Associação Industrial Portuguesa 24.940 €
Prof. Doutor Geraldes Freire – Prémio Latim Medieval 31.333 €
Certificados de renda perpétua 8.453 €
Obrigações da CGD 90.000 €
SERQ – Centro de Inovação e Competência da Floresta 12.000 €
SERQ – ajustamento consolidação (considerado pelo método equivalência patrimonial) 13.034 €
Investimentos em imóveis 2.203.858 €
Terrenos IFE-UC 2.049.090 €
Terrenos INML 121.788 €
Terrenos IPC 32.981 €
Provisões Coimbravita ADR -9.980 €
Total 3.807.123 €
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