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Orientadora de estudos: Daniela Guse Weber
Relatório do curso de formação continuada – PNAIC 2014
setembro.2
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA/UFSC/SC
RELATÓRIO DO MÊS SETEMBRO.2
1. Dados do Município ou GERED
a) Município: FLORIANÓPOLIS
b)Município/Gered: SECRETARIA MUNICIPAL
c) Nome do orientador de estudo: DANIELA GUSE WEBER
d) Nome do Coordenador: ENEIDA CÉLIA RUDOLF ESPÍNDOLA
c) Datas, horário e local dos encontros de formação: Centro de Educação Continuada – CEC – Dia 24 DE
SETEMBRO de 2014 – das 8:00 às 12:00h, das 13:00 às 17:00h e das 18:00 às 22:00h.
d) Número de cursistas envolvidos e respectivos anos escolares: 27 professoras do 3º ano – 20 estavam
presentes.
2. Síntese das atividades realizadas com os cursistas.
2.1. Pauta do encontro:
MATUTINO
Acolhimento e leitura deleite.
Socialização e discussão da síntese do texto lido no encontro anterior, sobre produção de texto.
Devolutiva dos perfis de MTM.
Socialização das SDs sobre geometria articulada às outras áreas do conhecimento.
VESPERTINO
Fazer experimentações para os professores auxiliarem as crianças na apropriação dos conceitos de
grandezas e medidas: comprimento, massa, capacidade.
NOTURNO
Leitura e síntese dos textos do caderno 6, sobre grandezas e medidas.
Planejamento de uma SD para produção textual.
Avaliação do encontro.
ATIVIDADE NÃO PRESENCIAL
Aplicação da SD para trabalhar produção textual.
Orientadora de estudos: Daniela Guse Weber
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2.2. Registro em linhas gerais, das atividades realizadas com os cursistas no mês em questão:
a) conceitos trabalhados relacionados com a unidade VI:
Conceito de grandezas e de medidas;
Grama, quilo, litro, mililitro, metro, quilômetro e centímetro.
Sequência didática para a produção textual.
b) Metodologia da formação (atividades, cadernos trabalhados, textos estudados etc.)
A pedido de algumas professoras que ficariam apenas no período matutino, iniciamos com
as atividades de matemática relacionadas à grandezas e medidas, tema do caderno 6, que
estavam planejadas para o período da tarde.
Apresentamos um pequeno histórico de como a sociedade foi criando padrões de medida
para atender a uma necessidade gerada pelo comércio. Conversamos sobre as medidas não
padronizadas e padronizadas, sobre o uso que fazemos delas em nosso cotidiano, os
múltiplos e submúltiplos do grama, metro e quilo mais utilizados nas embalagens dos
produtos que consumimos... Também falamos das convenções das medidas de tempo.
Para ilustrar essa apresentação, durante a discussão fomos assistindo alguns vídeos
indicados pelas professoras formadoras de matemática:
Pesos e medidas https://www.youtube.com/watch?v=kJ7XyYtN_uc
INMETRO: O tempo todo com você.
https://www.youtube.com/watch?v=3ojA2MKMoGA
Sobre as convenções das medidas de tempo sugerimos o vídeo: De onde vem o dia e
a noite? Do acervo DVD Escola, do MEC, produzido pela TV Cultura. Também
disponível no endereço https://www.youtube.com/watch?v=QrRDgr7rs74
Dividimos a turma em dois grupos e pedimos que listassem coisas que podem ser medidas e
com quais instrumentos. A partir da análise dos cartazes de cada grupo discutimos o que é
grandeza e o que é medida.
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Para a construção dos conceitos de massa, comprimento, litro e área, fizemos diversas
atividades práticas e discutimos como realiza-las com as crianças. As atividades estão
descritas a seguir:
CONSTRUINDO O CONCEITO DE MASSA E PESO
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Durante essa atividade pudemos entender que o peso é a
ação da força da gravidade sobre a massa. O peso de caixa sobre a
nossa mão é diferente porque a massa de uma é diferente.
Concluímos que o saco de 1 Kg. de sal é menor porque a
massa é mais densa. E o açúcar sendo menos denso, precisa de
mais massa para pesar 1 Kg.
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Elencamos situações sociais
onde há a necessidade de uso de
medidas exatas e diferentes
instrumentos que se pode utilizar
para essas medições.
CONSTRUINDO O CONCEITO DE COMPRIMENTO E ÁREA
Solicitamos que medissem a mesa com diferentes objetos para questionar: se a mesa é a mesma, porque as medidas foram diferentes? Isso ajudará as crianças a perceberem que precisamos utilizar um padrão convencional se quisermos saber a medida exata de alguma coisa.
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Tendo um metro de barbante na mão podemos ajudar a criança a
entender que ele poderá ser usado para medir determinadas coisas
como a parede da sala de aula, mas se imaginarmos uma distância
com mais de mil pedaços de um metro de barbante, seria melhor
utilizar o quilômetro como medida.
Pensando na distância em quilômetros as professoras citaram que a distância entre os postes de iluminação das ruas pode servir como uma referência aproximada de medida. Estimamos que entre os postes deve haver uma distância aproximada de 50 metros.
Para medir pequenos comprimentos precisamos usar uma medida menor do que o metro...
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Começamos com um barbante de um metro.
Dividimo-lo em duas partes iguais, colamos num
cartaz e registramos que cada pedaço era uma parte
de duas, ou ½ ou metade do metro. Portando meio
metro ou 0,5m.
Nestas comparações e registros as professoras
perceberam como seria fácil associar essas medidas ao
ensino das frações.
Depois dividimos um barbante de um metro
em 10 partes iguais.
Colamos no cartaz e registramos que cada
pedaço era uma parte de dez, ou 1/10 do metro que
denominamos decímetro. Portanto, um decímetro
equivale a 0,10m.
Questionamos como poderíamos dividir um
barbante de um metro em cem pedacinhos iguais.
Foi mais fácil pegar um pedaço de 1 dm (um
décimo do metro) e dividir em 10 pedaços.
Concluímos que se fizermos isso com as 10 partes, ou
os 10 decímetros do metro, teremos ao todo 100
pedacinhos iguais.
Cada pedacinho representa uma parte de
cem, ou 1/100, ou 1 centímetro.
As professoras relataram suas dificuldades em
trabalhar com frações e solicitaram que o tema fosse
trabalhado.
Também relataram que fazer essas divisões
do metro facilitou o entendimento do conceito de
centímetro.
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Para entendermos o conceito de área, pedimos que as professoras cortassem pedaços de papel
com 1m de largura por 1m de comprimento, ou seja, de 1 m2.
Colocando-os lado a lado observamos o espaço ocupado, compreendendo o conceito de área quadrada.
Medimos a área da sala de aula e sugerimos que os registros fossem feitos em papel quadriculado. Isso facilitaria a transposição do conhecimento para a medição de outras áreas.
CONSTRUINDO O CONCEITO DE CAPACIDADE
Fizemos medições aleatoriamente, sem
um padrão de medida.
Depois utilizamos copos medidas
como padrão.
Sabendo a quantidade de uma
determinada garrafa, fizemos
comparações como: quantas garrafas de
meio litro precisamos para completar uma
garrafa de um litro?
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Para pensar em medidas menores que um litro, sugerimos a transposição das abstrações
aprendidas com o metro. Ou seja: Um litro divido em duas partes iguais, cada parte é meio
litro. Se um litro é dividido em mil partes iguais, cada parte é 1/1000 (um milésimo do litro)
ou 1 mililitro (1ml).
Ressaltamos constantemente a importância de fazer registros escritos após cada
experimentação, pois ao escrever, a criança precisará organizar e sistematizar o
conhecimento adquirido durante as atividades práticas.
Lembramos também que não devemos ensinar tais conceitos falando sobre eles e sim,
criando situações de experimentação real para a construção dos mesmos de forma
significativa.
No período da tarde finalizamos o caderno sobre grandezas e medidas discutindo os direitos
de aprendizagem e os objetivos do trabalho neste eixo. Enfatizamos a importância de
preparar o ambiente escolar para a percepção do que pode ser medido e aproximar esses
conhecimentos de seus usos reais em situações sociais.
Enfatizamos também a necessidade envolver neste trabalho: o corpo, o jogo e a literatura,
além é claro, das atividades práticas e dos registros de sistematização.
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Algumas professoras apresentaram os relatos das sequências didáticas (SD) desenvolvidas
em suas turmas, sobre geometria.
A professora Mônica desenvolveu um trabalho sobre figuras espaciais, tangram e
simetria. Através de diálogos entre as crianças e mediado pela professora, a turma
foi analisando e nomeando figuras geométricas presentes na sala de aula,
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verbalizando seus atributos e comparando semelhanças e diferenças entre elas. O
gênero textual trabalhado foi relatório.
A professora Ângela desenvolveu um trabalho sobre o trânsito. Com embalagens
trabalhou as figuras espaciais e suas planificações e construção de maquetes. A
partir das maquetes, trabalhou a representação de croquis. As crianças
confeccionaram placas de trânsito e passaram em outras turmas para explicar seus
significados e sobre segurança no trânsito (gênero textual oral). O gênero textual
escrito foi um relato sobre o caminho de casa até a escola, finalizando com um
gráfico sobre os meios de locomoção que as crianças utilizam nesse trajeto.
A professora Neide trabalhou as formas geométricas planas e o registro escrito
foram textos informativos sobre as características que definem cada figura. Também
trabalhou localização e ponto de vista, que terminou com o registro de uma lista do
que as crianças puderam observar localizados ao norte, ao sul, leste e oeste do
ponto onde estavam, que era a quadra de esportes da escola.
A professora Lúcia trabalhou também os pontos cardeais a partir de atividades de
localização e movimento no espaço escolar. O registro foi a escrita de textos que
indicavam o lugar onde estaria escondido “um tesouro” para que outra criança
pudesse encontrá-lo a partir dessas dicas.
A professora Nayara relatou um trabalho que está desenvolvendo sobre alimentação
saudável. Fez com as crianças a exploração das informações de rótulos de produtos
que trouxeram de casa. No laboratório de ciências, em parceria com a professora
Julisse, as crianças analisaram as informações nutricionais dos produtos e fizeram a
medição de quanto açúcar e sódio há em cada um. O registro foi feito através de um
painel informativo onde as crianças anotaram essas quantidades, anexando ao lado
das embalagens, um saquinho com o sal e outro com o açúcar contidos nos
produtos. O painel foi fixado no refeitório da escola para alertar sobre os problemas
causados pelo excesso dessas substâncias presentes nos alimentos industrializados.
Fizemos algumas observações sobre a organização de uma sequência didática chamando a
atenção para os objetivos, pois todas as atividades e a avaliação devem estar articuladas a
eles.
Salientamos que ensinar um gênero textual não é a mesma coisa que utilizar um texto
apenas como coadjuvante relacionado ao conteúdo que está sendo ensinado. Quando o
objetivo é ensinar um gênero textual, ele passa a ser o objeto de estudo e as atividades
planejadas devem ajudar a criança a analisar a estrutura, os suportes de circulação, a função
social, a linguagem, as expressões utilizadas para causar determinado efeito, etc.
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Solicitamos que as professoras façam um planejamento de SD com o objetivo de ensinar
algum gênero textual que esteja no planejamento curricular da escola. O anexo 1 apresenta
as orientações que passamos como sugestão para orientar esse planejamento.
A atividade não presencial será concluir o planejamento da SD.
Para a atividade noturna ficou a leitura dos textos do caderno seis, sendo que dividimos o
grupo de modo que no próximo encontro, cada equipe socialize um dos relatos, apontando
os pontos relevantes de cada um.
c) Planejamento realizado com os alfabetizadores:
Neste dia não fizemos planejamento coletivo;
Houve apresentação de algumas SD já planejadas e desenvolvidas;
Solicitamos um planejamento de SD para trabalhar produção textual.
d) Aspectos positivos desse encontro de formação
As atividades para o desenvolvimento de conceitos de grandezas e medidas foram vivenciadas na
prática, instigando as professoras a fazerem o mesmo com seus alunos;
e) Dificuldades encontradas
O tempo de curso foi curto para experimentar conceitos matemáticos, sistematizar estes
conhecimentos e também refletir sobre o trabalho com a apropriação do SEA e a produção textual.
Não conseguimos discutir o texto sobre produção textual. Mas isso será a prioridade do próximo
encontro.
Não conseguimos ainda analisar e refletir sobre o perfil de aprendizagem dos alunos na matemática.
f) Perspectivas para o próximo encontro
Discutir o tema produção de textos estabelecendo relações entre o texto estudado de Wanderley
Geraldi e as SD já planejadas pelas professoras.
Analisar o perfil de aprendizagem dos alunos na matemática;
Iniciar o estudo sobre educação estatística.
g) Referências bibliográficas de apoio
Caderno de estudos do PNAIC, número 6, sobre grandezas e medidas;
Texto “Produção de textos”, de Wanderley Geraldi, no livro “Portos de Passagem”.
Florianópolis, 25 de setembro de 2014
Daniela Guse Weber Orientadora de Estudo
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Anexo 1
Planejamento da SD para produção textual
1. Definir os objetivos pensando numa situação de letramento onde o gênero textual, objeto de estudo, tenha um uso social real.
2. Planejar com o grupo: O que escrever, para quem e como. Como escrever, diz respeito ao gênero textual adequado para a situação de comunicação que se pretende realizar.
3. Verificar os conhecimentos prévios das crianças, sobre o assunto que você vai trabalhar e motivá-las para a aprendizagem. Produção da primeira versão.
4. Estabelecer conexões entre o conteúdo a ser ensinado e a relação ou função do mesmo na vida real das crianças. Identificar situações de uso e o tipo de suporte onde circulam socialmente;
5. Conteúdos a serem trabalhados para a realização de produção textual: a. Oferecer repertório, lendo exemplos de textos do mesmo gênero que vai produzir; b. Observar a estrutura gráfica do texto; c. Reconhecer elementos característicos nos textos desse gênero:
Que tipo de vocabulário é usado pelo autor para descrever cenários e personagens?
Quais expressões são usadas para provocar sentimentos? Existem outras formas de dizer a mesma coisa, utilizando uma linguagem
mais formal? É um texto onde o autor emite sua opinião?
6. Desestabilizar o conhecimento real do aluno, causando conflito cognitivo e promovendo uma
atividade mental para que ele estabeleça relações entre seus conhecimentos prévios e os novos, de modo que aconteça a aprendizagem. Ou seja, planejar o conteúdo do texto a ser escrito, recorrendo a fontes de consultas, se necessário;
7. Mediar a atividade da criança, oferecendo ajuda necessária para que ela possa avançar em relação ao seu conhecimento atual. Ou seja, revisar o texto para percepção de elementos a serem melhorados:
a. A linguagem utilizada; b. A organização da estrutura gráfica; c. A coesão, etc.
8. Propor atividade desafiadora ao aluno, num nível que seja alcançável para ele, promovendo aprendizagem e desenvolvimento cognitivo. Ou seja, reescrever o texto aplicando os conhecimentos adquiridos.
9. Verificar se a atividade proposta é adequada para alcançar o objetivo definido. Colocar o texto produzido pelo aluno na situação social para o qual foi planejado, fazendo-o chegar
ao destinatário e cumprindo sua função.
10. Prever um instrumento de avaliação que permita que você possa analisar se houve a aprendizagem de cada criança.
11. A partir da avaliação realizada, repensar o planejamento numa concepção dialética de ensino e aprendizagem.
Estas
características
são diferentes,
de acordo com
cada gênero...