188
PROJETO CAMPUS GAMA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB

Relatório Digital (PDF)

  • Upload
    lenhu

  • View
    242

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

PROJETO CAMPUS GAMAUNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB

CEPLAN

CoordenadoraMarta Adriana Bustos Romero

Arquitetos e UrbanistasArquitetos e UrbanistasCaio Frederico e Silva

Éderson Oliveira TeixeiraLorena Mileib Burgos

EstagiáriasMarianna Gomes

Martha Battaglin RamosMoira Nunes Costa Neves

Abril/ 2010

LIVRO 1

APRESENTAÇÃO DO CAMPUS

LIVRO 2

MEMORIAL JUSTIFICATIVO E DESCRITIVOMEMORIAL JUSTIFICATIVO E DESCRITIVO

LIVRO 3

PROJETO DO PLANO DE OCUPAÇÃO

LIVRO 1

APRESENTAÇÃO DO CAMPUS

Expansão UNBPlanejamento de expansão dos Campus da UnB

o RAII

o Administrador : Cícero Neildo Furtado

o Data de Aniversário: 20 de Janeiro

o Idade: 20 anos

o Padroeiro da Cidade: São Sebastião

o População: 148.000 mil Habitantes

o Área Geográfica:

Gama

o Distância até Brasília: 31,2 Km

o Cidades Vizinhas: Santa Maria, Novo Gama, Valparaíso.

o Clima: Tropical de Altitude (CWB)

Dados Gerais

Localização do Campus no DF

• Região de Influência: • DF: Gama, Santa

Maria, São Sebastião, Paranoá;

• GO: Valparaíso de Goiás (GO), Cidade Ocidental (GO), Novo Gama(GO), Santo Antonio do Antonio do Descoberto (GO). Luziânia (GO). Cristalina (GO).

• MG: Cabeceira Grande (MG), Unaí (MG).

Dados geraisLocalização do Campus no Gama

UnB Gama.:480 vagas por ano.Cursos:Bacharelado em ciências exatas e tecnologiaEngenharias de EnergiasEngenharia de Sistemas DigitaisEngenharia de SoftwareEngenharia Automotiva

Formação de ilhas de calor

Expansão UNBDinâmica dos Ventos – 12h (no entorno do terreno)

Temperaturas Superficiais - Albedo

As maiores temperaturas são registradas em superfícies de menor albedo, mostrando que, superfícies de alto albedo (terra, grama, etc) mantém a temperatura superficial mais próxima do conforto.

OKE, T.R. Boundary Layer Climates. 2nd ed. New York: Routledge, 1987.,

BROWN, Robert D.; GILLESPIE, Terry J. Microclimate landscape design: Creating thermal comfort and energy efficency. Canadá: John Wiley & Sons, 1995. 193p.

LocalizaçãoTerreno - Campus UnB-Gama

LocalizaçãoTerreno - Campus UnB-Gama

ESTUDO DA LEGISLAÇÃO LOCAL

PDL – Plano Diretor Local do Gama

Mapa - Macrozoneamento

Zona Urbana de Dinamização

Zona de Conservação Ambiental

Zona Rural de Uso Diversificado

Delimitação da RA do Gama

Sistema Viário

Hidrografia

PDL – Plano Diretor Local do Gama

Mapa – Ordenamento Territorial

AUR – Área Urbana com Restrição

APM – Área de Proteção de Manancial

ARF – Área com Restrição Físico-ambiental

ARR – Área Rural Remanescente

Malha Urbana Existente

Complexo de Educação Cultura Esportes e Lazer

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

PDL – Plano Diretor Local do Gama

Mapa – Uso do Solo

Parque Urbano

Lotes de máxima restrição – R0

Lotes com restrição – R1

Lotes com restrição – R2

Lotes com restrição – R3

Lotes com restrição – R4*

Lotes com restrição – R5

* O Art. 57 do PDL do Gama diz que no Complexo de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, os lotes corresponderão à categoria de restrição R3, vedado o uso residencial (R3 : permitido uso coletivo, atendendo residência, comércio e indústria).

PDL – Plano Diretor Local do Gama

Mapa – Coeficiente de Aproveitamento

9,0

8,0

6,0

4,0

3,0

2,0

1,61

1,5

1,0

0,2

Critérios urbanos- Taxa de permeabilidade mínima: 30%.

Restrição ambiental- Art. 57 – serão preservados os campos de murundus existentes.

Restrições- Afastamento das divisas voltadas para logradouros públicos.- Afastamento em fachadas com aberturas para aeração e iluminação0,2 iluminação- Será permitida a construção de marquises sobre a área pública.- Evitar a criação de grandes áreas de estacionamento público: mínimo uma vaga para cada 25m².

Murundus

• Tipo de microrrelevo em forma de pequenaselevações, geralmente arredondados, com alturaentre 0,1 a 1,5 m e diâmetro de até 20 m.

• Temporariamente inundável nas partes maisbaixas durante o período chuvoso.

• Formado em solos hidromórficos comdeficiência em drenagem, contendo comumenteno perfil concreções ferruginosas.

• É comum a presença do lençol freático àsuperfície ou próximo a superfície, devido aexistência de uma camada de materialimpermeável, que junto com a baixa declividade,impede ou torna deficiente a drenagem nas áreasde murundus.

• Apresenta grande importância ecológica porcontrolar o fluxo de água, a deposição denutrientes, a conservação de água de superfície ea biodiversidade. *

* Lei n° 8.830 de 21 de janeiro de 2008

ANÁLISE DO LOCAL

Fotos do terreno

Vista 1 - Sudeste. 11/11/2009. Vista 4 - Sudoeste. 11/11/2009.

Vista 3 - Nordeste. 11/11/2009.

Vista 2 - Nordeste. 11/11/2009.

UAC

Canteiro de obras - UAC. 11/11/2009. Projeto - UAC. 11/11/2009.

Canteiro de obras - UAC. 11/11/2009.

Canteiro de obras - UAC. 11/11/2009.

PRINCÍPIOS ADOTADOS

Planejamento em longo prazoFormulação de uma estrutura de planejamento capaz de permitir a evolução do campus, equilibrando a necessidade de crescimento futuro com preservação de uma paisagem verde e serena.

A visão do Plano Diretor do Campus UnB-Gama segue a linha de pensamentodas principais universidades do mundo, partindo da premissa de que aUniversidade deve ser um exemplo de desenvolvimento sustentável, equilibrandoo ambiente de campus com a conservação dos recursos naturais e patrimônio.

PRINCÍPIOS ADOTADOS NO PLANO DIRETOR DO CAMPUS UnB – GAMA

Locais de ensino e pesquisa integradosAs unidades acadêmicas e instalações de ensino devem estar integradas aos laboratórios de pesquisa, porém, a implantação dos laboratórios foi pensada de forma que as variáveis climáticas favoreçam a não interferência dos ruídos originados pelos equipamentos e máquinas nas unidades acadêmicas.

Vida no campusFornecimento de instalações adequadas e espaços de encontro convidativos.Oferecer moradia para estudantes de graduação e pós-graduação, professores e visitantes, separadas umas das outras e próximas das unidades acadêmicas. Acessibilidade entre as unidades acadêmicas.

Integração com a comunidadeManter o campus da universidade como um local ideal para as atividades acadêmicas e de melhoria da qualidade de vida da comunidade, oferecendo equipamentos e atividades ao público externo.

Campus amigo do pedestreA circulação interna no campus é feita exclusivamente a pé ou por meio de ciclovias, sendo que a circulação de veículos e os estacionamentos devem permanecer na perimetral do campus.Os passeios e calçadas devem ser acessíveis e bem implantados.A forma compacta do campus permite que o pedestre chegue a qualquer ponto em no máximo 15 minutos de caminhada.

Uma paisagem de importância vitalUma paisagem de importância vitalPreservação do campo de murundus.Introdução de uma pista de Cooper nos limites da área preservada, reforçando assim a experiência do verde e garantindo a preservação do local.Criação de uma cobertura parque como área de convívio.

Um campus sustentávelHarmonizar as edificações já previstas com a proposta de ocupação. Incentivar um campus de baixa emissão de carbono.Conceber edifícios verdes.Aproveitamento das águas pluviais e sistemas de reuso.Gestão de resíduos e compostagem.Implantação de sistemas energéticos alternativos.Infra estrutura urbana verde.

CONDICIONANTES BIOCLIMÁTICOS

Medições

MEDIÇÃO 1 (+3,00m)Decibelímetro: 65 dBAnemômetro: ventos do lesteVelocidade máxima: 6 m/sVelocidade mínima: 3 m/sVelocidade predominante: 4,2 m/s

MEDIÇÃO 2 (à nível do solo)Decibelímetro: 58 dBAnemômetro: ventos do lesteVelocidade máxima: 5 m/sVelocidade mínima: 2,1 m/sVelocidade predominante: 3,6 m/s

Medição 01 – 20/11/2009 – 10:30hs

Céu: aproximadamente 50% nublado.

3 21

Velocidade predominante: 3,6 m/s

MEDIÇÃO 3 (à nível do solo)Decibelímetro: 70,5Anemômetro: ventos do lesteVelocidade máxima: 4,8 m/sVelocidade mínima: 2 m/sVelocidade predominante: 3,3 m/s

VENTOS PREDOMINANTES

VENTOS PREDOMINANTES

VENTOS PREDOMINANTES

VENTOS PREDOMINANTES

ESTUDOS INICIAIS

ESTUDOS INICIAIS

Localização Campus x Gama

Exposição do terreno em relação aos ventos dominantes

ESTUDOS INICIAIS

Acessos e Setorização Inicial

ESTUDOS INICIAIS

ESTUDOS INICIAIS

ESTUDOS INICIAIS

PROPOSTA 1

ACESSO ACESSO

ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTO ESTACIONAMENTOCENTRO CONVENÇÕESCENTRO OLÍMPICO

QUIOSQUES/SERVIÇOS BIBLIOTECA

ESTUDO DO FLUXOGRAMA PARA O CAMPUS DA UnB GAMA

ESTACIONAMENTO

ALOJAMENTOPROFESSORES

ALOJAMENTOALUNOS

CENTRO CONVIVÊNCIA

UNIDADE ACADÊMICA

UNIDADE ACADÊMICA

LABORATÓRIOS

QUIOSQUES/SERVIÇOS LABORATÓRIOS

RU

ACESSO /CARGA

PREFEITURA

DIRETORIA

PARQUE TECNOLÓGICO

PROGRAMA DE NECESSIDADES PARA O CAMPUS UnB GAMA

� Acessos (Guaritas)� Estacionamentos� Unidades Acadêmicas� Laboratórios � Restaurante Universitário � Restaurante Universitário � Biblioteca� Centro de Cultura e Convenções (Auditórios)� Centro de Convivência� Centro Olímpico� Quiosques de Serviços� Alojamentos (Professores e Estudantes)� Administração (Reitoria)� Prefeitura� Parque Tecnológico

ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS

Diagrama de Gantt

ESTUDOS APÓS PROPOSTA 1

ESTUDOS APÓS

PROPOSTA 1

ESTUDOS APÓS PROPOSTA 1

PROPOSTA 2

ANTEPROJETO URBANÍSTICO

PLANTA GERAL

PLANTA DE COBERTURA

PLANTA DE GABARITOS

PROPOSTA PARA COTAS DE IMPLANTAÇÃO

ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO

SISTEMAS DE CALÇADAS E CICLOVIAS

SISTEMA VIÁRIO

INFRAESTRUTURA VERDE

DELIMITAÇÃO DOS GRADIS

COBERTURA -PARQUE

INFRAESTRUTURA

VERDE

Corte esquemático

Canteiro Pluvial

Planta Baixa

INFRAESTRUTURAVERDE

Biovaleta

Perspectiva

TALUDES E INFRAESTRUTURA VERDE

LIGAÇÕES ENTRE

EDIFICAÇÕES

2

Temperatura (°C) às 9:00

22,65°C

27,46°C

Desempenho Ambiental

Foram simuladas as principais áreas do campus. Os parâmetros analisados nas simulações são: temperatura do ar (°°°°C), fator de visão do céu (%), umidade (%) e ventilação (m/s).

Nas simulações de temperatura e umidade,percebe-se que a área central possuivalores mais elevados de temperatura evalores menores de umidade, indicando queé necessária a adoção de diretrizes quemelhorem o conforto térmico do lugar, taiscomo arborização, pavimentos menos

3 21

Simulações Envi-met

como arborização, pavimentos menosabsorventes e mais permeáveis, mantendoassim um alto índice de umidade e menoríndice de temperatura do ar.

A área central não é representadarealisticamente uma vez que há uma grandepraça coberta que agrega o ambiente e trazconforto para essa região, assim como agrande cobertura parque e uma garantia devegetação e de temperaturas menores.

Umidade (%) às 9:00

39,69%

65,42%

Fator de Visão do Céu (%)

0,33%

0,93%

A parte periférica exige uma melhor integração como ambiente do entorno e por isso foram pensadosespaços expansivos, destacados em cor magenta.

Os espaços entre os blocos podem serconsiderados como espaços acolhedores,permitindo melhor convivência, representado pelostons amarelos e laranjas.

E a terceira tipologia proposta de espaço, consideraum ambiente mais íntimo, caracterizado pelaintensa vegetação e pelo auto-sombreamento dasedificações, representada nas pequenas áreasilustradas no gráfico de simulação pelos tons frios(verde e azuis).

Do Partido Do Projeto

0,21m/s

1,91m/s

Velocidade dos ventos (m/s) às 9:00 Vento predominante leste : campus é ventilado porum fluxo médio de 1m/s neste horário (tonsamarelos e verdes).

As áreas azuis são consideradas como região desombra de vento, que devem ser minimizadas,incentivando o uso de pavimentos térreos maisvazados, grandes aberturas ou até mesmo uso depilotis, favorecendo assim, a ventilação cruzada noespaço livre do campi.

PARTIDO

INÍCIOSIGNIFICADODO PROJETO

3 21

O campus sustentável projeta-se compacto para minimizar os custos deimplantação e enriquecer as cenas criadas pelas construções,respeitando o entorno. A valorização dos vazios fomenta, uma melhorana qualidade de vida da população, com esses elementos cria-se oespaço seguro que permite a integração e coesão social e, com isso,democratiza os lugares, assegurando, ao mesmo tempo, a persistênciado sítio e a conservação do lugar e, com eles, a preservação damemória e da cultura em uma adequada interpretação da ideologia daUniversidade de Brasilia.

Perspectiva aérea do campus

Do Partido Do Projeto

Para a realização do projetohouve a necessidade deincorporar estratégias quecontribuíssem para melhorara percepção de organizaçãodo espaço.

A metade da área destinadapara o Campi é um campode murundus, comnecessidade rigorosa depreservação.

Na metade restante dois

3 21

Na metade restante doisedifícios acadêmicos jáimplantados compropriedades espaciaispredominantes criam limitese permeabilidade ao mesmotempo, reforçando apercepção espacial doconjunto.

Do Partido Do Início

1O conceito chave da ocupaçãoproposta é a permeabilidade, social eambiental. A primeira é dada pelosconceitos humanizadores e asegunda pela forma de ocupação dosolo prevista (10,64%, menos entãoque a máxima permitida de 50%).

Também para manter o máximo depermeabilidade recomendamos, demodo correlacionado com o caimentonatural do terreno, o uso dapavimentação permeável nosestacionamentos e vias, dentro doque denominamos Plano de

3 2

Do Partido Do Início

que denominamos Plano deDrenagem para o campus,conformado por biovaletasconectadas ao sistema de calçadas epor canteiros pluviais e jardins dechuva, localizados estrategicamenteem pontos de retenção de água.

A drenagem sustentável tem a finalidade fazer umaintegração com o sistema de drenagem convencional,diminuindo os impactos ambientais do mesmo e aumentandoas áreas permeáveis.

O uso dos tipos de infra-estrutura verde também impede que,o desnível natural do terreno conduza as águas para ocampo de murundus, uma vez que este processo deencharcamento do campo deve ser evitado.

3 21

Do Partido Do Início

Formatos diferenciados de percursos podem incentivar permanência oucontemplação e configurar pátios internos e conjunto de entradassimilares. Fronteiras permeáveis podem estabelecer relação mais diretacom o sitio.A vivacidade urbana é incentivada por diversidade de usos ao abrigo doverde, contribuindo para a sustentabilidade social. A diversidade deusuários ajuda a sustentar atividades de lazer, comerciais e de serviços einclui a diversidade social.

O plano diretor de urbanizaçãoestrutura e estabelece hierarquiaentre os espaços edificados etambém entre estes e o sistemamaior de espaços coletivos paraassim garantir uma melhordistribuição da acessibilidade egarantir o senso de urbanidadeno projeto.

Quer dizer, vai além do simplesprovimento de espaços coletivose áreas verdes requeridos pelalegislação: por meio dasensibilidade ao ambiente

3 21

sensibilidade ao ambienteconstruído e natural existente,recursos espaciais específicosaliados a parâmetros para asustentabilidade social podemcontribuir para a percepção deum sentido de lugar, para avivacidade urbana e para adiminuição da segregação sociale da dificuldade de locomoção.

Do Partido Do Início

As estratégias relativas àacessibilidade do espaçodo campus procurampropostas que cuidem daorientação dos usuáriosem relação aos ambientescriados, da relação entrecheios e vazios (massaedificada e áreas livres),da posição dos volumesedificados, da capacidadetérmica dos materiaisconstituintes dessesespaços urbanos, assimcomo do papel das áreas

3 21

como do papel das áreasverdes.

O Campus deverá ircriando forma a partir dediferentes fases deimplantação, de curto,médio e de longo prazo,com caráter de auto-suficiência em suasfunções básicas.

Do Partido Do Início

As estratégias visando ofortalecimento das relaçõescomunitárias, através dainteração social têm porobjetivo, a partir de novosusos e atividadesprodutivas e de novasformas de interação com oentorno, a criação de umcampus sustentável, comparticipação comunitária,ênfase na integração,variedade e organização

Perspectiva aérea do Campus

3 21

variedade e organizaçãoespacial.

Com isso, as relaçõessociais comunitárias ficamequilibradas e, criamsentido de pertença, aomesmo tempo que criamexpectativas dedesenvolvimentocomunitário.

Do Partido Do Significado

3 21

O partido contempla as necessidades sociais e psicológicas de umadiversidade de usuários, entre elas: vivacidade urbana, diferentes grausde privacidade e envolvimento comunitário, legibilidade, identidade,senso de proteção, variedade e expressividade sensorial.

Do Partido Do Significado

3 21

Do Partido Do Significado

O campus do Gama integra as edificações com passeios e paisagismoprodutivo como também por meio das infra-estruturas verdes, eliminandoos problema de edifícios isolados entre si por extensas áreas ajardinadasgeralmente sem nenhuma utilização, deixa visível o ciclo da água eprojeta os indutores do total aproveitamento das águas urbanas.

O projeto incluiproposições que trazemincentivos à inovação;

abertura àexperimentação (denovos materiais, novastecnologias, novasformas organizacionais);

inclusão doscustos ambientais esociais nos orçamentos

3 21

sociais nos orçamentosdos projetos de infra-estrutura;

indução denovos hábitos demoradia, transporte econsumo.

Do Partido Do Significado

O partido urbanístico docampus estabelece o uso deamplas áreas com vegetação– forração, arbustiva earbórea. Para seguir estapremissa, os espaçosarborizados, usam vegetaçãonativa do cerrado, porrepresentarem espéciestípicas, tem melhordesempenho ambiental quantoàs características climáticasda região, caracterizando umapaisagem mais sustentávelambientalmente.

3 21

Ficam privilegiados os usos deespécies com geometria decopas grandes quando asmesmas acompanham osistema de calçadas eprotegem as fachadas querecebem maior insolação,principalmente no horário datarde.

Do Partido Do Significado

Criação de uma plataformacomum de desenvolvimentode espaços abertos,combinando asnecessidades ambientaiscom o uso e solicitaçõespara sua satisfação.

Levando a ter lugar nosespaços assim criados dediferentes atividades einterações, outorgando vidaa esses lugares, uma vezque a maneira de o homem

3 21

que a maneira de o homemse relacionar com o meioambiente tem muito a vercom as formas topográficase o grau de visibilidade naspaisagens onde instala seuhabitat.

Do Partido Do Significado

Desde as avenidas e ruas doisacessos para o campus daUnB Gama foramequacionados. O primeiro aser construído é o acessonorte. O segundo a serconstruído é o acesso oeste,que passa a ser caracterizadocomo principal, por localizar-seno eixo central do campus e évoltado para a DF-480. Cadaacesso é controlado porguarita de 400m².

O acesso de carros éperimetral no campus. Essa

Entrada Norte

3 21

perimetral no campus. Essaforma de circulação prioriza oscaminhos de pedestres eciclovias, evitando que osveículos entrem em contatocom a dinâmica interna dauniversidade. As vias e osestacionamentoscorrespondem a 37.661m²,resultando em 12,55% daocupação do campus.

Entrada Oeste

Do Partido Do Significado

3 21

Um dos princípios do Plano Diretor é a mobilidade sustentável e porisso incentiva-se o uso da bicicleta como meio de transporte. Paratanto se propõe uma ciclovia de aproximadamente 2 km, que ofereceacesso a todos os edifícios do campus. Do Partido Do Significado

Buscando a integração dacomunidade do Gama com auniversidade, quiosques e o CentroOlímpico, fornecem os recursosespaciais específicos que, aliados aparâmetros de sustentabilidadesocial, auxiliam também napercepção de um sentido de lugar ena criação do sentido de pertença.Elementos esses, imprescindíveispara a vivacidade urbana,diminuição da segregação social e adificuldade de locomoção. Assim, oCentro Olímpico, está localizadoestrategicamente próximo a DF-480,possui uma projeção de 1.570 m²

3 21

possui uma projeção de 1.570 m²destinada a apoio e vestiário e norestante do espaço propõe-se aimplantação de quadras esportivas,piscinas e área para atletismo. Oscinco quiosques de apoio (225m²cada) estão distribuídos em pontoscentrais de confluência de pessoase, oferecem serviços dealimentação aos alunos,professores, funcionários evisitantes.

Do Partido Do Significado

Visando salientar aimportância das conexõeshierárquicas entreparâmetros de um mesmonível bem como dediferentes níveis criou-seum eixo principal, queposiciona a administraçãoe o conjunto formado pelabiblioteca e centro culturalao longo do mesmo.

Entre esses dois núcleos

3 21

Entre esses dois núcleosestruturais são propostasduas praças de convívio,lugar de aglomeração,reunião, ponto focal e depermanência.

Do Partido Do Projeto

Centro de convivência funcionacomo o coração do campus, e asatividades e ambientesacadêmicos se organizam ao seuredor.Suas atividades se desenvolvemsob uma ampla cobertura-parque,tipo de cobertura verde quepermite o uso como um parqueurbano em sua superfície,desempenhando duplo papel,parque urbano e cobertura verde.A cobertura parque estende-secomo um manto verde de abrigodas atividades, que em umaconfiguração integradora, tornam

3 21

configuração integradora, tornamlegível o ambiente criado. Asfronteiras aparecem permeáveis apartir das galerias, os terraços eas escadas abertas de acesso,aliadas a estruturas formais quegeram um alto grau deconformação dos espaçosresultantes de edificaçõesorganizadas ao redor de um eixoestruturador de percursos.

Do Partido Do Projeto

3 21

Assim sendo, a cobertura-parque é definida como uma estruturaque associa o uso da vegetação comum em coberturas-verdes(gramíneas e arbustos) às características de urbanização de umapraça ou parque (mobiliário e passeios).

Esta cobertura aproveita os movimentos de terra encontrados noterreno para oferecer às pessoas um acesso a uma área deconvívio na parte superior e um uso na parte inferior.

Perspectiva da Infra estrutura da cobertura-parque

Do Partido Do Projeto

A disposição dos edifíciosacompanha as curvas denível, favorecendo adrenagem natural das águase diminuindo os movimentosde terra e os impactosambientais.

A proposta também valoriza oacesso à luz natural e aventilação leste(predominante), fazendo comque os ventos sempre atinjamPerspectiva aérea do campus

3 21

que os ventos sempre atinjamas fachadas dos edifícios,evitando assim as ilhas decalor e criando sempre umambiente agradável depermanência (interno eexterno).

Perspectiva aérea do campus

Do Partido Do Projeto

O desenho proposto emlinhas construídasleste/oeste, lembrandoquarteirões curtos,continuamenteinterrompidos por vias,espaçadas por jardins ecaminhos sombreadoscria uma trama cominterseções continuas éuma riquíssima semi-reticula, carregada decomplexidade estrutural.

3 21

Propicia a criação delaços e vida nas áreas deconvívio, assim como asinterseções evitam que osistema pareçarigidamente disposto eameace a sobrevivênciadas relações sociais.

Observação dos eixos principais

Do Partido Do Projeto

Também se procurou implantar osedifícios de modo que as fachadastenham a melhor orientação(quando esta disposição não épossível, recomenda-se o uso detipos de vegetação que amenize oaquecimento provocado pelaexposição à radiação solar direta).

Todas as edificações propostasapresentam beirais largos epassagens cobertas, sem, noentanto, diminuir a luz naturalexistente, barrando com a larguraproposta, somente a radiação solar

Imagens ilustrativas da sombra projetada pelos beirais

3 21

proposta, somente a radiação solarincidente.

Esses parâmetros estimulam adiversidade de usos e de usuáriosbem como a exploração deestímulos sensoriaisproporcionados por contraste devistas, efeitos da luz natural eartificial, cores e qualidadestáteis dos materiais.

Do Partido Do Projeto

É incentivado o uso de gabaritosdiferenciados, configurando umespaço urbanizado comsuperfície mais rugosa. Adiversidade de alturas entre asedificações, permite o acesso daluz natural e garante um melhorcomportamento dos ventos noespaço do campus.

Estas técnicas passivas declimatização, podem tambémevitar, a necessidade de outrosrecursos tecnológicos que

Diferença de gabarito entre os prédios

3 21

recursos tecnológicos queimplicariam em custos muitasvezes elevados, ou mesmotrabalhar de forma complementara estes de modo a viabilizar seuuso de maneira eficiente eresponder efetivamente aosrequerimentos do entorno.

Do Partido Do Projeto

Quanto à distribuição deatividades no campus oprojeto destinou três projeçõesao uso acadêmico, compostasna sua maioria, por salas deaula e postos administrativosavançados.

Essas projeções ficam nalinha de comunicação maisdireta com a cidade do Gama,apresentando assim umafachada de ensino para acomunidade, invitando a entrar

3 21

comunidade, invitando a entrarao Campus ladeado por essasedificações. Ao mesmo tempo,criam a moldura apropriadapara conter o restante dasatividades do programaeducacional.

Perspectiva do campus à partir da DF-480

Os edifícios propostos somam17.310 m², sendo que os doisedifícios, já implantados,possuem dois pavimentos(10.200 m²) e o edifícioprevisto, três pavimentos (7.110m²), mantendo assim a cota decoroamento adotada paradeixar a silhueta destacada.

Propõem-se também quatroprojeções de uso misto, queenglobam ensino, pesquisa eextensão, somando 22.020 m²distribuídos em três

3 21

distribuídos em trêspavimentos.

Próximos dessas projeções, aoleste, estão duas projeçõescorrespondentes as edificaçõesdos laboratórios de pesquisa,que correspondem a 5.400 m²e três pavimentos.

Perspectiva dos laboratórios e edifício misto

Do Partido Do Projeto

Localizados no centro daocupação e ao abrigo dacobertura parque estão abiblioteca e o centro decultura e convenções, quepossuem 15.200 m²divididos em quatropavimentos.

Perto a esse complexo, earrematando ofechamento leste, têm-seo restaurante universitário,que possui 7.560 m²correspondentes ao

3 21

correspondentes aosubsolo e mais doispavimentos.

Abertos, amigavelmentepor meio de rampas ecaminhos sombreados, aoingresso dos usuários.

Perspectiva do R.U. e Centro de Convivência

Do Partido Do Projeto

Próximo do restaurante e nofechamento leste/noroeste docampus estão os alojamentosestudantis de quatro pavimentos(pilotis mais três) com 4.320 m². Aárea destinada à moradia fica assimpróxima também da guarita,favorecendo a segurança ehabitabilidade do espaço.

Perspectiva do moradia estudantil

Seguindo o eixo central e noarremate da perspectiva queestrutura os passeios edeslocamentos do campus,encontra-se a administração, com7.060 m².Esta possui seis pavimentos, de

3 21

Do Partido Do Projeto

Esta possui seis pavimentos, depadrão escalonado para acomodara parte em pilotis e a construída, emuma suave acomodação ao terrenoexistente.Apresenta, pelo seu lado oeste,uma larga cobertura que enfrenta apraça cívica e fornece,adequadamente, sombra para osusuários nas atividades que ai serealizem.

Vista da Direção

No lado sul do campus, de frentepara a preservada passagem demurundus, a prefeitura, de doispavimentos, com 3600m². Paraela propomos, dadas ascaracterísticas de seufuncionamento, abertura para aárea de circulação de carros eestacionamento.

Em esse mesmo alinhamento sule fechando a parte acadêmica docampus propomos um a área

3 21

campus propomos um a áreapara parque tecnológico, vistoque a proposta do futuro campusé incentivar a pesquisa e ensinona área da tecnologia. Sendoassim, propõe-se uma projeçãode três pavimentos distribuídosem 5.700 m², com a funçãoprincipal de abrigar empresas defomento.

Perspectiva do Parque Tecnológico

Do Partido Do Projeto

Acompanhando a mesmatipologia dos alojamentosestudantis, de quatropavimentos (pilotis maistrês) têm-se, em 7.080 m²,as residências dosprofessores, no extremomais próximo da cidade doGama, depois do CentroOlímpico e fornecendo olimite do campus.

Essa proximidade com acidade do Gama, fornecerá

3 21

cidade do Gama, forneceráa necessária integração doambiente de residência como contacto, regulação,intercâmbio e comunicaçãoda cidade é, sobretudo, dosmodos de organizaçãourbana,

Perspectiva das Residências dos professores

Do Partido Do Projeto

A ciclovia bidirecionalproposta para a integraçãomodal do campus tem3,0m de largura e percorree acessa todos osespaços. Costura oscaminhos e cria oambiente sustentável coma proposta projetual capazde estimular o uso (sadio)dos espaços públicos.

A inclinação máxima daciclovia é de 4% no sentido

3 21

ciclovia é de 4% no sentidodo tráfego e de 2%perpendicular ao sentidodo mesmo, estimulandoassim a drenagem natural.Como material usado paraa pavimentação tem-seplacas pré-moldas deconcreto na cor vermelha.

Perspectiva da ciclovia

Do Partido Do Projeto

Propõe-se o uso de revestimentospermeáveis dentro do campus. Para as viaspropõe-se o asfalto permeável, que é de umasfalto modificado com incorporação deborracha moída de pneus, proporcionandouma alternativa para preservação ambientale melhoria das propriedades e dodesempenho do revestimento asfáltico.Para os estacionamentos aconselha-se ouso pavimento intertravado com blocos pré-moldados de concreto, para possibilitar ainfiltração das águas pluviais no solo e ocobograma.Vista de estacionamentos e vias internas

São propostos dois tipos de calçadas: as que ligam osedifícios entre si e entre as que comunicam as áreasde convivência e estacionamentos (tipo 1) e as que

3 21

Do Partido Do Projeto

Perspectiva da calçada

de convivência e estacionamentos (tipo 1) e as quecircundam as edificações (tipo 2).

As calçadas do tipo 1 variam de 3m a 5m, comexceção do eixo central, que é de 10m, priorizando ofluxo de pedestres e uma caminhada agradável.

As do tipo 2 são calçadas funcionais e possuem 1mde largura.

Em ambos os tipos de calçada o pavimento utilizado sãoplacas pré-moldadas de concreto e dependendo dos taludesdo terreno são propostas caneletas de escoamento paraauxiliar na drenagem das águas pluviais, as biovaletas,canteiros pluviais e os jardins de chuva.

Como recurso deorganização formal eespacial, uma sucessãoininterrupta de caminhos,estrutura o fluxo depedestres de todo o campuse estabelece percursomáximo 15 minutos.

Assim o movimento ficapreservado ambientalmente,

3 21

com sombras e visuaisdiferenciadas, de acordo asespécies vegetaisincorporadas, dotando-o defamiliaridade, equivalendotambém a um ritmo desensações próprias, fruto daorganização padronizada deelementos.

Perspectiva aérea do campus

Do Partido Do Projeto

LIVRO 2

MEMORIAL JUSTIFICATIVO E DESCRITIVO

1

Índice

Apresentação 2

1. Introdução 2

2. A cidade em que o campus está inserido – Gama 2

3. Condicionantes Legais e Ambientais 3

3.1 Legislação aplicada à região 3

3.2 Legislação para Eficiência Energética 4

3.3 Condicionantes Ambientais 5

3.3.1 Dados do Clima de Brasília 5

3.3.2 Dados do Clima encontrados no local 8

3.3.3 Caracterização do Sítio 9

4. O Projeto do Campus do Gama 14

4.1 Cursos e Demandas 14

4.2 Programa de Necessidades 14

4.3 Organização dos Espaços 15

5. Simulações ENVI-met 20

6. Do Partido 22

6.1 Do Início 22

6.2 Do Significado 24

6.3 Do Projeto 26

7. Referências 30

2

Apresentação Este documento elaborado pela equipe do Laboratório de

Sustentabilidade Aplicada à Arquitetura e ao Urbanismo – LaSUS

tem como objetivo apresentar o Memorial Justificativo e Descritivo

do Plano Diretor do Campus da Universidade de Brasília do Gama –

DF.

1. Introdução

Atualmente além dos ideais de ensino e da oferta de espaços

físicos, as Instituições de Ensino Superior tem uma preocupação

legítima com o desenvolvimento sustentável do seu campus e da

cidade em que este está inserido, além de firmarem ações de

gestão ambiental contribuindo com a qualidade do seu espaço.

Dessa forma, o programa arquitetônico do campus da UnB Gama

contempla todos os espaços (institutos e faculdades) pensados por

Darcy Ribeiro, contribuindo também com a formação de um

ambiente acadêmico articulado, com espaços integrados, ricos de

vida, infra-estrutura e qualidade ambiental e sustentável.

2. A cidade em que o Campus está inserido: Gama – DF (RA II)

A região administrativa do Gama é uma área remanescente de

fazendas que compunham o sítio que veio a ser o Distrito Federal.

Conforme o Censo Experimental de Brasília de 1959 residiam na

futura área do Gama cerca de 1.000 pessoas, área

geograficamente conhecida como Platô do Gama, onde estão

localizadas as cabeceiras do ribeirão do mesmo nome, em

homenagem ao Padre Luiz da Gama Mendonça.

A RA II foi criada através da Lei n.º 49/89 e do Decreto n.º

11.921/89, que fixa os novos limites das Regiões Administrativas do

Distrito Federal. Até 1989 a RA II englobava o Núcleo Urbano de

Santa Maria, transformada em 1992 na RA XIII, por meio da Lei nº

348/92 e o Decreto nº 14.604/93, e as terras do então Recanto das

Emas que se transformou na RA XV em 27 de julho de 1993 pela

Lei nº 510/93 e o Decreto nº 15.046/93 (figura 1).

A Região Administrativa do Gama é formada por área urbana e

rural. A área urbana está dividida em seis setores: Norte, Sul, Leste,

Oeste, Central e de Indústria. O futuro campus está localizado na

área destinada ao Complexo de Educação, Cultura, Esporte e

Lazer, e sua influência se estenderá as cidades próximas tais como

Santa Maria, Novo Gama, Valparaíso.

3

Figura 1: Região Administrativa do Gama no DF

3. Condicionantes Legais e Ambientais

3.1 Legislação aplicada à região

O terreno no qual será implantado o Campus da Universidade de

Brasília (UnB) está situado na Zona Urbana de Dinamização. Esta

área urbana compreende oito setores, sendo que o setor leste, que

consiste na área situada à margem sudoeste da rodovia DF-480, é

caracterizado como Complexo de Educação, Cultura, Esporte e

Lazer (Figura 2).

Figura 2: Mapa do Ordenamento Territorial do Gama Fonte: Suplemento ao DODF n° 160 de 21 de agosto de 2006

De acordo com o Plano Diretor Local do Gama (PDL) os critérios

urbanos a serem seguidos são:

- Taxa de permeabilidade mínima: 30%.

- Restrição ambiental: - Art. 57 – serão preservados os campos de

murundus existentes.

As principais restrições são:

- Afastamento das divisas voltadas para logradouros públicos.

- Afastamento em fachadas com aberturas para aeração e

iluminação.

4

- Será permitida a construção de marquises sobre a área pública.

- Evitar a criação de grandes áreas de estacionamento público:

mínimo uma vaga para cada 25m².

Figura 3: Mapa de Uso do Solo do Gama Fonte: Suplemento ao DODF n° 160 de 21 de agosto de 2006

Embora o Mapa de Uso do Solo do Gama (Figura 3) estabeleça a

restrição do lote referente ao campus como R4, o art. 57 diz que no

Complexo de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, os lotes

corresponderão à categoria de restrição R3, onde é vedado o uso

residencial (R3: permitido uso coletivo, atendendo residência,

comércio e indústria).

Os coeficientes de aproveitamento para as áreas de projetos

urbanísticos especiais não poderão ultrapassar o seguinte valor:

- 0,8 (oito décimos) no Complexo de Educação, Cultura, Esporte e

Lazer.

Nos lotes de categorias R0, R1, R2, R3, R4 e R5, é obrigatória a

construção de, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) da área do

lote.

3.2 Legislação para Eficiência Energética

No contexto legal brasileiro, apresenta-se a Lei de Eficiência

Energética (Lei n.º 10.295/2001), em que o PROCEL (Programa

Nacional de Conservação de Energia Elétrica) promove a

racionalização da produção e do consumo de energia elétrica,

buscando a redução dos desperdícios e investimentos no setor,

além de diminuição dos impactos sobre o meio ambiente.

Neste contexto, o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) no

âmbito do PROCEL, criou um regulamento nacional específico,

onde é definida a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia

(ENCE) para o desempenho energético das edificações.

5

Em parceria com o Inmetro (2009), foi lançado, inicialmente em

caráter voluntário, o Regulamento Técnico da Qualidade para

Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e

Públicos (RTQ-C, março de 2009) que normatiza requisitos

técnicos, bem como os métodos para classificação de edifícios

quanto à eficiência energética.

Assim, o Plano Diretor do Campus estabelece que os edifícios

tenham uso racional e iniciativas de conservação de energia dos

edifícios. Para isso, orienta-se que os edifícios do Campus sejam

submetidos ao processo de Etiquetagem de Eficiência Energética

de Edificações, para que este Campus – emblematicamente -

represente o primeiro Campus Universitário do Brasil a incorporar

esta importante iniciativa de Eficiência Energética e contribuição ao

meio ambiente enquanto controle dos gastos energéticos.

3.3 Condicionantes Ambientais

3.3.1 Dados do Clima de Brasília

O Distrito Federal - DF está situado entre os paralelos 15º30’ e

16º03’, acima dos 1000 metros de altitude (1.070m), com uma

temperatura média de 21,1ºC, se enquadrando dentro dos limites

da região tropical.

O clima do DF pertence às categorias CWA e CWB de Köpper, que

correspondem aos climas mesotérmicos úmidos de verão quente e

de verão fresco. Pode ser classificado como Tropical de Altitude e é

marcado por dois períodos distintos ou duas estações do ano bem

definidas:

• Período quente-úmido – verão chuvoso, de outubro a abril, com

uma temperatura média de 22ºC. A partir da primavera, uma

massa de ar quente, proveniente da Amazônia, atua sobre o

Centro-Oeste e traz umidade para o Distrito Federal, cobrindo a

cidade de nuvens e gerando fortes pancadas de chuva. O ápice

da ação dessa massa ocorre nos meses de dezembro e janeiro.

• Período quente-seco – inverno seco, de maio a setembro, com

temperaturas mais baixas no seu início, a partir de fins de maio

a agosto, com cerca de 19ºC média, mas que crescem

acentuadamente ao longo do período. A massa quente e seca

de ar tropical que vem da extensão paraguaia do Pantanal

chega ao Centro-Oeste, impedindo a entrada de frentes frias da

Argentina e do Uruguai. Devido ao insuficiente vapor de água

presente na atmosfera, o céu fica sem nuvens e a estiagem se

instala.

A temperatura média situa-se entre 19 ºC e 26ºC durante o dia,

ocorrendo uma forte perda noturna por radiação. As amplitudes

6

térmicas diárias podem alcançar valores consideráveis,

principalmente na época da seca. É comum a sensação de

desconforto decorrente da temperatura elevada durante o dia e que

diminui abaixo dos limites de conforto à noite. Devido à localização

na área central do país e a sua altitude, essas amplitudes diárias de

temperatura são consideráveis, especialmente no período seco

sendo de aproximadamente 14ºC. Na estação chuvosa as

amplitudes diárias de temperatura são aproximadamente 10ºC.

Com relação à insolação, os valores ficam em torno de 2.600 horas

mensais sendo a média no verão (chuvoso) de 160 horas mensais e

no inverno (período seco) de 290 horas mensais. A radiação solar

apresenta valores elevados durante quase o ano todo. A radiação

difusa é mais intensa no verão. Já a radiação direta é mais

acentuada no inverno, que são meses secos com baixíssima

nebulosidade, sendo mais forte que a radiação direta em igual

latitude, ao nível do mar.

De acordo com os dados das Normais Climatológicas de 1960-1990

(Instituto Nacional de Meteorologia - INMET), o período mais

chuvoso corresponde aos meses de novembro a janeiro (média

mensal de 242,67mm), e o período seco ocorre no inverno (média

mensal de 11,13mm), especialmente nos meses de junho a agosto,

como mostra o Gráfico 1.

precipitação - média anual de 1552,1 mm

mm300200100

0

Gráfico 1: Valores mensais de precipitação para Brasília. Fonte: INMET

020406080

100%

ur maxur min

zona de conforto givoni

Gráfico 2: Valores médios da umidade relativa (UR) para Brasília. Fonte: INMET

A umidade média anual é de 67%. De abril a setembro a umidade

relativa do ar sofre uma diminuição considerável, alcançando níveis

inferiores a 25%. O mês mais seco é o mês de agosto, com 56% de

umidade relativa média. A umidade relativa mínima absoluta

registrada é de 8% no mês de setembro, como mostra o Gráfico 2.

7

Vale ressaltar que a série histórica do Instituto Nacional de

Meteorologia (INMET), mostra a queda dos índices de umidade

relativa do ar no Distrito Federal.

Figura 4: Rosa dos ventos para Brasília – Ventos por freqüência de ocorrência. Fonte: Software Sol-Ar, LABEEE – UFSC.

Ventos moderados e constantes incidem do leste (freqüência média

anual), sendo que são mais constantes nas direções leste e sudeste

no inverno e noroeste no verão, Figura 4. Sua velocidade média

anual varia entre 2 e 3 m/s, sendo caracterizado como brisa, como

mostra a Figura 5.

Figura 5: Rosa dos ventos para Brasília – Velocidades Predominantes. Fonte: Software Sol-Ar, LABEEE – UFSC.

3.3.2 Dados do Clima encontrados no Local

Com o objetivo de avaliar o desempenho ambiental da fração

urbana que incluirá o campus foram efetuadas medições

meteorológicas com instrumentos portáteis no dia 20/11/2009 no

período da manhã (10h - horário de verão). O local escolhido para

realização da medição caracteriza-se como a pista de motocross,

8

na área lindeira a via (DF-480).

Tabela 1: Medição na área do Campus UnB Gama

PONTO 1

(+3,00m)

PONTO 2

(à nível do solo)

PONTO 3

(à nível do solo)

Som: 65 dB

Ventos:

Direção: leste

Velocidade máxima:

6 m/s

Velocidade mínima:

3 m/s

Velocidade

predominante: 4,2 m/s

Som: 58 dB

Ventos:

Direção: leste

Velocidade máxima:

5 m/s

Velocidade mínima: 2,1 m/s

Velocidade

predominante: 3,6 m/s

Som: 70,5 dB

Ventos:

Direção: leste

Velocidade máxima: 4,8 m/s

Velocidade mínima:

2 m/s

Velocidade

predominante: 3,3 m/s

Medição– 20/11/2009 – 10h. Céu: aproximadamente 50% nublado

Os aparelhos utilizados foram: um decibelímetro (Modelo DEC-460 -

04208 /Marca: Instrutherm) e um anemêmetro (Modelo: AD-250 -

03965 /Marca: Instrutherm), três pontos na pista de MotoCross,

sendo o primeiro no topo da pista (à 3m acima do nível do entorno),

o segundo próximo ao campo de murundu e o terceiro próximo a

fábrica Rexam. Os resultados podem ser conferidos na tabela 1.

Assim é possível assinalar os principais pontos que possuem maior

índice de ruído, sendo um próximo a fábrica (ponto 1) e outro ao

longo da DF (ponto 3), identificados na figura 6. Quanto ao

comportamento dos ventos e a direção predominante (leste). No

ponto mais alto (ponto 1) a velocidade é maior uma vez que as

barreiras são quase nulas, enquanto que nos demais pontos (ponto

2 e 3) à nível do solo a velocidade do vento é menor e não varia

consideravelmente.

Figura 6: Locais com maiores índices de ruído

3 2

1

9

3.3.3 Caracterização do sítio

O terreno disponibilizado para implantação do campus possui

300.000 m², sendo que cerca de 48% do mesmo possui um campo

de uma vegetação bem específica, o murundu, como pode-se ver

no gráfico 4.

O murundu é um tipo de micro-relevo em forma de pequenas

elevações, geralmente arredondadas, com altura entre 0,1 a 1,5 m

e diâmetro de até 20 m. Possui as seguintes características:

• Temporariamente inundável nas partes mais baixas durante o

período chuvoso.

• Formado em deficiência em drenagem, contendo comumente no

perfil concreções ferruginosas.

• É comum a presença do lençol freático à superfície ou próximo a

superfície, devido à existência de uma camada de material

impermeável, que junto com a baixa declividade, impede ou torna

deficiente a drenagem nas áreas de murundus.

• Apresenta grande importância ecológica por controlar o fluxo de

água, a deposição de nutrientes, a conservação de água de

superfície e a biodiversidade.

As demais características do sítio podem ser verificadas na figura 7.

Gráfico 4: Relação de proporção entre o terreno e o campo de murundu

Para o desenvolvimento dos conceitos/princípios que norteiam o

planejamento do Campus junto com a analise das características do

sitio são analisados diversos campi universitários em diversas

cidades do mundo, extraindo-se os pontos estratégicos de seus

processos de planejamento, complementados pela massa crítica

apresentada por diversos autores nacionais e internacionais

(Apêndice Repertório de Campus).

O conceito de sustentabilidade aplicado nas premissas do Campus

é compreendido como um conceito que se insere na

sustentabilidade progressiva – ou seja – incrementando a forma de

atuar no espaço. Lembrando que, são necessários diversos

elementos e critérios de sustentabilidade para que se possa

analisar o urbanismo, seus valores, atitudes, instrumentos, ações,

que são ou não sustentáveis (Romero, 2006, 2009).

A sustentabilidade assim trabalhada emerge da integração de

10

quatro elementos, a serem procurados a saber: Enlace entre o

desenvolvimento econômico, a habitação acessível, a segurança

pública, a proteção meio ambiental, e a mobilidade; Inclusão, ao

reconciliar uma variedade de interesses para identificar e alcançar

valores e objetivos comuns; Previsão de objetivos a longo prazo e,

principalmente; Qualidade ao privilegiar a diversidade e não a

quantidade.

Identificamos, no conjunto de fatores emergentes dessa integração,

quatro fatores a serem levados em conta nas propostas: os

recursos, a paisagem e o lugar, o âmbito do público e as relações

sociais comunitárias. Para cada um desses fatores é preciso

desenvolver estratégias locais, adequadas ao âmbito, e são essas

estratégias definidas caso a caso, as que darão o grau de

sustentabilidade do espaço.

Buscando uma síntese, que permita aplicar os conceitos

apreendidos, são organizados sete princípios norteadores do

Campus, baseados no Master Plan da Universidade Chinesa de

Hong Kong, Quadro 1.

11

Figura 7: Situação do Campus UnB Gama

12

QUADRO 1: PRINCÍPIOS NORTEADORES DO CAMPUS

Adaptado de: Master Plan da Universidade Chinesa de Hong Kong

Planejamento a longo prazo

Formulação de uma estrutura de planejamento capaz de permitir a evolução do campus, equilibrando a necessidade de crescimento futuro com preservação de uma paisagem verde e serena.

Locais de ensino e pesquisa integrados

As unidades acadêmicas e instalações de ensino devem estar integradas aos laboratórios de pesquisa, porém, a implantação dos laboratórios é pensada de forma que as variáveis climáticas favoreçam a não interferência dos ruídos originados pelos equipamentos e máquinas nas unidades acadêmicas.

Vida no campus Fornecimento de instalações adequadas e espaços de encontro convidativos. Oferecer moradia para estudantes de graduação e pós-graduação, professores e visitantes, separadas umas das outras e próximas das unidades acadêmicas. Acessibilidade entre as unidades acadêmicas.

Integração com a comunidade

Manter o campus da universidade como um local ideal para as atividades acadêmicas e de melhoria da qualidade de vida da comunidade, oferecendo equipamentos e atividades ao público externo.

13

Um campus Amigo do Pedestre

A circulação interna no campus feita exclusivamente a pé ou por meio de ciclovias, sendo que a circulação de veículos e os estacionamentos devem permanecer na perimetral do campus. Os passeios e calçadas devem ser acessíveis e bem implantados. A forma compacta do campus permite que o pedestre chegue a qualquer ponto em no máximo 15 minutos de caminhada.

Uma paisagem de importância vital

Preservação do campo de murundus.

Criação de uma cobertura parque como área de convívio.

Um campus sustentável

Harmonizar as edificações já previstas com a proposta de ocupação. Incentivar um campus de baixa emissão de carbono. Conceber edifícios verdes. Aproveitamento das águas pluviais e sistemas de reuso. Gestão de resíduos e compostagem. Implantação de sistemas energéticos alternativos. Infra estrutura urbana verde: biovaletas, canteiros pluviais e os jardins de chuva.

As biovaletas, ou valetas de bioretenção vegetadas, se referem a depressões lineares com vegetação que limpa a água de chuva enquanto a valeta dirige para os jardins de chuva ou sistemas convencionais de drenagem. Já os jardins de chuva são depressões topográficas que recebem água pluvial. O solo, especialmente se for adicionado com composto, age como uma esponja que suga a água enquanto microrganismos e bactérias no solo removem poluentes. Adicionando plantas aumenta a evapotranspiração e remoção dos poluentes. Os canteiros pluviais seguem os mesmos princípios dos jardins de chuva, sendo que o maior diferencial é o tamanho (menor) e uma delimitação mais forte.

14

4. O Projeto do Campus UnB-Gama

4.1 Cursos e Demandas

O campus tem como principal atividade o ensino na área de

tecnologia e engenharia com quatro habilitações (Automotiva,

Eletrônica, de Energia e de Software) e recebe hoje 240 novos

alunos por semestre. No entanto é esperado para as próximas

décadas cerca de 5 mil alunos, que se formarão principalmente na

área tecnológica.

4.2 Programa de Necessidades

O Campus UnB Gama possui, em seu programa de necessidades,

as seguintes estruturas:

• Acessos (Guaritas)

• Estacionamentos

• Unidades Acadêmicas

• Laboratórios

• Restaurante Universitário

• Biblioteca

• Centro de Cultura e Convenções (Auditórios)

• Centro de Convivência

• Centro Olímpico

• Quiosques de Serviços

• Alojamentos (Professores e Estudantes)

• Administração (Direção)

• Prefeitura

• Parque Tecnológico

As diretrizes genéricas para o planejamento e projeto urbano

climaticamente responsáveis, no sentido de melhorar o conforto

ambiental dos habitantes, tanto no exterior quanto no interior das

edificações com uma adequada orientação solar e arranjo dos

edifícios tem por objetivo reduzir a demanda de energia operante

para condicionamento artificial dos edifícios; reduzir a quantidade e

melhoria da qualidade do escoamento superficial das águas;

preservar os corredores locais de ventilação sobre o assentamento

urbano, principalmente das massas noturnas descendentes de ar,

responsáveis pela exaustão do calor acumulado durante o dia;

adotar a variação da altura dos edifícios para melhorar as condições

locais de ventilação.

15

4.3 Organização dos espaços

Para facilitar a compreensão do programa de necessidades e

auxiliar no partido do projeto foi elaborado um fluxograma com as

principais estruturas do campus apoiado na metodologia de Gantt

que estabelece relações de proximidades necessárias, desejadas e

evitáveis (Figura 8).

Figura 8: Diagrama de Gantt

No fluxograma (Figura 9) o acesso principal, as unidades

acadêmicas, a biblioteca e o centro de convivência formam o tronco

central do campus. Adjacentes a essas estruturas tem-se o

restaurante universitário, os laboratórios, o centro de convenções e

os estacionamentos. Os núcleos secundários se dividem em duas

partes sendo que a primeira compreende a administração, a

prefeitura e o parque tecnológico, enquanto que a segunda parte

compreende o centro olímpico e os alojamentos dos professores e

dos estudantes (separadamente). Os quiosques de serviços

encontram-se distribuídos em todo o campus.

16

Figura 9: Fluxograma do Campus UnB Gama

17

Figura 10: Croqui da proposta de ocupação – destaque ao eixo estruturador

18

Figura 11: Anteprojeto

19

5. Simulações ENVI-met

Com o objetivo de analisar o desempenho ambiental da proposta

do campus, foi utilizado o software ENVI-met. Este programa é um

modelo microclimático tridimensional concebido para simular as

interações superfície-planta-ar no ambiente urbano. Tem aplicação

em diversas áreas correlatas à Climatologia Urbana e é utilizado

em diversos trabalhos realizados no âmbito do LaSUS.

Foram simuladas as principais áreas do campus. Os parâmetros

analisados nas simulações são: temperatura do ar (°C), fator de

visão do céu (%), umidade (%) e ventilação (m/s).

Nas simulações representadas pelas figuras 11 e 12, percebe-se

que a área central possui valores mais elevados de temperatura e

valores menores de umidade, indicando que é necessária a adoção

de diretrizes que melhorem o conforto térmico do lugar, tais como

arborização, pavimentos menos absorventes e mais permeáveis,

mantendo assim um alto índice de umidade e menor índice de

temperatura do ar. Destaca-se, contudo, que a área central não é

representada realisticamente uma vez que há uma grande praça

coberta que agrega o ambiente e traz conforto para essa região,

assim como a grande cobertura parque e uma garantia de

vegetação e de temperaturas menores.

22,65°C

27,46°C

Figura 11: Temperatura (°C) às 9:00

O espaço do campus é pensado para incorporar três tipos de

espaços, expansivos, de recolhimento e acolhedores, que revelam

também o fator de visão do céu (figura 13).

20

39,69%

65,42%

Figura 12: Umidade (%) às 9:00

Observa-se que na parte periférica exige uma melhor integração

com o ambiente do entorno e por isso foram pensados espaços

expansivos, destacados em cor magenta. Os espaços entre os

blocos podem ser considerados como espaços acolhedores,

permitindo melhor convivência, representado pelos tons amarelos e

laranjas. E a terceira tipologia proposta de espaço, considera um

ambiente mais íntimo, caracterizado pela intensa vegetação e pelo

auto-sombreamento das edificações, representada nas pequenas

áreas ilustradas no gráfico de simulação pelos tons frios (verde e

azuis).

0,33%

0,93%

Figura 13: Fator de Visão do Céu (%)

As análises da ventilação (figura 14) consideram o vento

predominante no sentido leste. Assim é diagnosticado que o

campus é ventilado por um fluxo médio de 1m/s neste horário (tons

amarelos e verdes). As áreas azuis são consideradas como região

de sombra de vento, que devem ser minimizadas, incentivando o

uso de pavimentos térreos mais vazados, grandes aberturas ou até

mesmo uso de pilotis, favorecendo assim, a ventilação cruzada no

espaço livre do campi.

21

0,21m/s

1,91m/s

Figura 14: Velocidade dos ventos (m/s) às 9:00

Em relação às simulações, conclui-se que a distribuição espacial

proposta para o campus consegue equilibrar as variáveis climáticas

com a morfologia proposta, originado um alto grau de conforto

térmico-ambiental. Ressalta-se também que o uso da ferramenta

computacional (ENVI-met) mostra-se como de fundamental

importância para lançar e validar as diretrizes morfológicas, de

gabarito, de uso de materiais de revestimento e propostas de

arborização do projeto do campus.

22

6. Do Partido

6.1 Do Início

A proposta da Universidade de Brasília – Gama, é muito mais que

um complexo de edifícios de ensino e pesquisa, faz parte de um

conceito, o da Universidade Sustentável. A sustentabilidade aqui é

entendida como um processo, interdisciplinar, abrangente e que

transcende as diferentes dimensões participantes da ocupação

urbana, não apenas como um objetivo final ou como equilíbrio

limitado à dimensão ecológica.

E por ser sustentável objetiva-se “discutir a aplicação dos conceitos

relacionados à sustentabilidade e agregar cada vez mais dados que

auxiliem na discussão sobre o papel das universidades e

instituições de ensino superior em relação ao desenvolvimento

sustentável e discutir os resultados de pesquisas e políticas

elaboradas pelas universidades...” (I Encontro Latino Americano

sobre Universidades Sustentáveis - ELAUS, 2008)

Para a realização do projeto houve a necessidade de incorporar

estratégias que contribuíssem para melhorar a percepção de

organização do espaço (Figuras 10 e 11). A metade da área

destinada para o Campi é um campo de murundu, com

necessidade rigorosa de preservação. Na metade restante dois

edifícios acadêmicos já implantados com propriedades espaciais

predominantes criam limites e permeabilidade ao mesmo tempo,

reforçando a percepção espacial do conjunto.

Assim sendo o plano diretor de urbanização teve que estruturar e

estabelecer hierarquia entre os espaços edificados e também entre

estes e o sistema maior de espaços coletivos para assim garantir

uma melhor distribuição da acessibilidade e garantir o senso de

urbanidade no projeto. Quer dizer, vai além do simples provimento

de espaços coletivos e áreas verdes requeridos pela legislação: por

meio da sensibilidade ao ambiente construído e natural existente,

recursos espaciais específicos aliados a parâmetros para a

sustentabilidade social podem contribuir para a percepção de um

sentido de lugar, para a vivacidade urbana e para a diminuição da

segregação social e da dificuldade de locomoção.

O conceito chave da ocupação proposta é a permeabilidade, social

e ambiental. A primeira é dada pelos conceitos humanizadores e a

segunda pela forma de ocupação do solo prevista (10,64%, menos

então que a máxima permitida de 50%), Também para manter o

máximo de permeabilidade recomendamos, de modo

correlacionado com o caimento natural do terreno, o uso da

pavimentação permeável nos estacionamentos e vias, dentro do

que denominamos Plano de Drenagem para o campus, conformado

23

por biovaletas conectadas ao sistema de calçadas e por canteiros

pluviais e jardins de chuva, localizados estrategicamente em pontos

de retenção de água. A drenagem sustentável tem a finalidade de

fazer uma integração com o sistema de drenagem convencional,

diminuindo os impactos ambientais do mesmo e aumentando as

áreas permeáveis. O uso dos tipos de infra-estrutura verde também

impede que, o desnível natural do terreno conduza as águas para o

campo de murundus, uma vez que este processo de

encharcamento do campo deve ser evitado.

A Sustentabilidade exige que a taxa de consumo de recursos

renováveis não exceda a respectiva taxa de reposição e que a taxa

de emissão de poluentes não supere à capacidade de absorção e

transformação, por parte do ar, da água e do solo. Além disso,

devem ser resolvidos problemas de tratamento de lixos e de águas

residuais, de transportes urbanos, de preservação do patrimônio

cultural edificado e, da destruição intensiva e extensiva de solos.

Pensamos que o Campus da UnB no Gama virá a reforçar as

questões de cidadania e igualdade, geralmente, e

preferencialmente, exercidas no espaço público, através dos

espaços de convívio, dos lugares de permanência para

determinadas atividades. Daí a necessidade de espaços que

possam oferecer as maiores alternativas ecotérmicas possíveis e

que sejam adequados às múltiplas necessidades cívicas. As

estratégias relativas à acessibilidade do espaço do campus

procuram propostas que cuidem da orientação dos usuários em

relação aos ambientes criados, da relação entre cheios e vazios

(massa edificada e áreas livres), da posição dos volumes

edificados, da capacidade térmica dos materiais constituintes

desses espaços urbanos, assim como do papel das áreas verdes.

O Campus deverá ir criando forma a partir de diferentes fases de

implantação, de curto, médio e de longo prazo, com caráter de

auto-suficiência em suas funções básicas. É importante salientar

que o processo de planejamento – Plano Diretor – deve ser

revisado a cada 5 anos, com a finalidade de ajustar o projeto ás

novas demandas, os novos usos, facilitando, assim, um

monitoramento ambiental da área. Apenas este planejamento

contínuo dá ao campus possibilidades de expansão com ampla

preservação ambiental e sustentabilidade. A Sustentabilidade,

neste caso, depende de estratégias de participação e faz parte de

um processo a ser alcançado progressivamente, apoiado em

métodos de trabalho para transitar de um urbano insustentável para

outro, sustentável. Sugerimos a elaboração de um protocolo de

conduta para a gestão sustentável do Campus.

24

6.2 Do Significado

O partido contempla as necessidades sociais e psicológicas de

uma diversidade de usuários, entre elas: vivacidade urbana,

diferentes graus de privacidade e envolvimento comunitário,

legibilidade, identidade, senso de proteção, variedade e

expressividade sensorial.

O campus do Gama continua na linha iniciada pelo Campus de

Ceilândia e elimina também outro vilão: “grande porcentual de área

destinada ao sistema viário” ao não permitir que o carro acesse ao

interior do espaço projetado, ficando na periferia do campus. O

campus do Gama integra as edificações com passeios e

paisagismo produtivo como também por meio das infra-estruturas

verdes, eliminando os “edifícios isolados entre si por extensas

áreas ajardinadas geralmente sem nenhuma utilização”, deixa

visível o ciclo da água e projeta os indutores do total

aproveitamento das águas urbanas, com isso elimina também o

ultimo vilão “paisagem extremamente uniforme”.

O projeto inclui proposições que trazem incentivos à inovação;

abertura à experimentação (de novos materiais, novas tecnologias,

novas formas organizacionais); inclusão dos custos ambientais e

sociais nos orçamentos dos projetos de infra-estrutura; indução de

novos hábitos de moradia, transporte e consumo.

O partido urbanístico do campus estabelece o uso de amplas áreas

com vegetação – forração, arbustiva e arbórea. Para seguir esta

premissa, os espaços arborizados, usam vegetação nativa do

cerrado, por representarem espécies típicas, tem melhor

desempenho ambiental quanto às características climáticas da

região, caracterizando uma paisagem mais sustentável

ambientalmente. Ficam privilegiados os usos de espécies com

geometria de copas grandes quando as mesmas acompanham o

sistema de calçadas e protegem as fachadas que recebem maior

insolação, principalmente no horário da tarde.

Criação de uma plataforma comum de desenvolvimento de espaços

abertos, combinando as necessidades ambientais com o uso e

solicitações para sua satisfação. Levando a ter lugar nos espaços

assim criados de diferentes atividades e interações, outorgando

vida a esses lugares, uma vez que a maneira de o homem se

relacionar com o meio ambiente tem muito a ver com as formas

topográficas e o grau de visibilidade nas paisagens onde instala

seu habitat.

Desde as avenidas e ruas dois acessos para o campus da UnB

Gama foram equacionados. O primeiro a ser construído é o acesso

25

norte. O segundo a ser construído é o acesso oeste, que passa a

ser caracterizado como principal, por localizar-se no eixo central do

campus e é voltado para a DF-480. Cada acesso é controlado por

guarita de 400m².

O acesso de carros é perimetral no campus. Essa forma de

circulação prioriza os caminhos de pedestres e ciclovias, evitando

que os veículos entrem em contato com a dinâmica interna da

universidade. As vias e os estacionamentos correspondem a

37.661m², resultando em 12,55% da ocupação do campus.

Um dos princípios do Plano Diretor é a mobilidade sustentável e por

isso incentiva-se o uso da bicicleta como meio de transporte. Para

tanto se propõe uma ciclovia de aproximadamente 2 km, que

oferece acesso a todos os edifícios do campus.

Buscando a integração da comunidade do Gama com a

universidade, quiosques e o Centro Olímpico fornecem os recursos

espaciais específicos que, aliados a parâmetros de sustentabilidade

social, auxiliam também na percepção de um sentido de lugar e na

criação do sentido de pertença. Elementos esses, imprescindíveis

para a vivacidade urbana, diminuição da segregação social e a

dificuldade de locomoção. Assim, o Centro Olímpico, está

localizado estrategicamente próximo a DF-480, possui uma

projeção de 1.570 m² destinada a apoio e vestiário e no restante do

espaço propõe-se a implantação de quadras esportivas, piscina e

área para atletismo. Os cinco quiosques de apoio (225m² cada)

estão distribuídos em pontos centrais de confluência de pessoas e,

oferecem serviços de alimentação aos alunos, professores,

funcionários e visitantes.

Com isso, as relações sociais comunitárias ficam equilibradas e,

criam sentido de pertença, ao mesmo tempo que criam

expectativas de desenvolvimento comunitário. As estratégias

visando o fortalecimento das relações comunitárias, através da

interação social têm por objetivo, a partir de novos usos e

atividades produtivas e de novas formas de interação com o

entorno, a criação de um campus sustentável, com participação

comunitária, ênfase na integração, variedade e organização

espacial.

26

6.3 Do Projeto

Visando salientar a importância das conexões hierárquicas entre

parâmetros de um mesmo nível bem como de diferentes níveis

criou-se um eixo principal, que posiciona a administração e o

conjunto formado pela biblioteca e centro cultural ao longo do

mesmo. Entre esses dois núcleos estruturais são propostas duas

praças de convívio, lugar de aglomeração, reunião, ponto focal e de

permanência. Assim, o centro de convivência proposto é um

ambiente que funciona como o coração do campus, e as atividades

e ambientes acadêmicos se organizam ao seu redor. Suas

atividades se desenvolvem sob uma ampla cobertura-parque, tipo

de cobertura verde que permite o uso como um parque urbano em

sua superfície, desempenhando duplo papel, parque urbano e

cobertura verde.

A cobertura parque estende-se como um manto verde de abrigo

das atividades, que em uma configuração integradora, tornam

legível o ambiente criado. As fronteiras aparecem permeáveis a

partir das galerias, os terraços e as escadas abertas de acesso,

aliadas a estruturas formais que geram um alto grau de

conformação dos espaços resultantes de edificações organizadas

ao redor de um eixo estruturador de percursos. Formatos

diferenciados de percursos podem incentivar permanência ou

contemplação e configurar pátios internos e conjunto de entradas

similares. Fronteiras permeáveis podem estabelecer relação mais

direta com o sitio. A vivacidade urbana é incentivada por

diversidade de usos ao abrigo do verde, contribuindo para a

sustentabilidade social. A diversidade de usuários ajuda a sustentar

atividades de lazer, comerciais e de serviços e inclui a diversidade

social.

Assim sendo, a cobertura-parque é definida como uma estrutura

que associa o uso da vegetação comum em coberturas-verdes

(gramíneas e arbustos) às características de urbanização de uma

praça ou parque (mobiliário e passeios). Esta cobertura aproveita

os movimentos de terra encontrados no terreno para oferecer às

pessoas um acesso a uma área de convívio na parte superior e um

uso na parte inferior.

A disposição dos edifícios acompanha as curvas de nível,

favorecendo a drenagem natural das águas e diminuindo os

movimentos de terra e os impactos ambientais. A proposta também

valoriza o acesso à luz natural e a ventilação leste (predominante),

fazendo com que os ventos sempre atinjam as fachadas dos

edifícios, evitando assim as ilhas de calor e criando sempre um

ambiente agradável de permanência (interno e externo).

27

O desenho proposto em linhas de orientação leste/oeste,

lembrando quarteirões curtos, continuamente interrompidos por

vias, espaçadas por jardins e caminhos sombreados, cria uma

trama com interseções continuas e uma riquíssima semi-reticula,

carregada de complexidade estrutural. Propicia a criação de laços e

vida nas áreas de convívio, assim como as interseções evitam que

o sistema pareça rigidamente disposto e ameace a sobrevivência

das relações sociais.

Também se procurou implantar os edifícios de modo que as

fachadas tenham a melhor orientação (quando esta disposição não

é possível, recomenda-se o uso de tipos de vegetação que

amenize o aquecimento provocado pela exposição à radiação solar

direta). Todas as edificações propostas apresentam beirais largos e

passagens cobertas, sem, no entanto, diminuir a luz natural

existente, barrando com a largura proposta, somente a radiação

solar incidente. Esses parâmetros estimulam a diversidade de usos

e de usuários bem como a exploração de estímulos sensoriais

proporcionados por contraste de vistas, efeitos da luz natural e

artificial, cores e qualidades táteis dos materiais.

É incentivado o uso de gabaritos diferenciados, configurando um

espaço urbanizado com superfície mais rugosa, estabelecendo

hierarquias e destaques. A diversidade de alturas entre as

edificações, permite o acesso da luz natural e garante um melhor

comportamento dos ventos no espaço do campus. Estas técnicas

passivas de climatização, podem também evitar, a necessidade de

outros recursos tecnológicos que implicariam em custos muitas

vezes elevados, ou mesmo trabalhar de forma complementar a

estes de modo a viabilizar seu uso de maneira eficiente e

responder efetivamente aos requerimentos do entorno.

Quanto à distribuição de atividades no campus o projeto destinou

três projeções ao uso acadêmico, compostas na sua maioria, por

salas de aula e postos administrativos avançados. Essas projeções

ficam na linha de comunicação mais direta com a cidade do Gama,

apresentando assim uma fachada de ensino para a comunidade,

convidando a entrar ao Campus ladeado por essas edificações. Ao

mesmo tempo, criam a moldura apropriada para conter o restante

das atividades do programa educacional. Os edifícios propostos

somam 17.310 m², sendo que os dois edifícios, já implantados,

possuem dois pavimentos (10.200 m²) e o edifício previsto, três

pavimentos (7.110 m²), mantendo assim a cota de coroamento

adotada para deixar a silhueta destacada.

Propõem-se também quatro projeções de uso misto, que englobam

ensino, pesquisa e extensão, somando 22.020 m² distribuídos em

três pavimentos. Próximos dessas projeções, ao leste, estão duas

28

projeções correspondentes as edificações dos laboratórios de

pesquisa, que correspondem a 5.400 m² e três pavimentos.

Localizados no centro da ocupação e ao abrigo da cobertura

parque estão a biblioteca e o centro de cultura e convenções, que

possuem 15.200 m² divididos em quatro pavimentos. Perto a esse

complexo, e arrematando o fechamento leste, têm-se o restaurante

universitário, que possui 7.560 m² correspondentes ao subsolo e

mais dois pavimentos. Abertos, amigavelmente por meio de rampas

e caminhos sombreados, ao ingresso dos usuários.

Próximo do restaurante e no fechamento leste/nordeste do campus

estão os alojamentos estudantis de quatro pavimentos (pilotis mais

três) com 4.320 m². A área destinada à moradia fica assim próxima

também da guarita, favorecendo a segurança e habitabilidade do

espaço.

Seguindo o eixo central e destacando a perspectiva que estrutura

os passeios e deslocamentos do campus, encontra-se a

administração, com 7.060 m². Esta possui seis pavimentos, de

padrão escalonado para acomodar a parte em pilotis e a

construída, em uma suave acomodação ao terreno existente.

Apresenta, pelo seu lado oeste, uma larga cobertura que enfrenta a

praça cívica e fornece, adequadamente, sombra para os usuários

nas atividades que ai se realizem.

No lado sul do campus, de frente para a preservada passagem de

murundus, a prefeitura, de dois pavimentos, com 3.600 m². Para ela

propomos, dadas as características de seu funcionamento, abertura

para a área de circulação de carros e estacionamento. Em esse

mesmo alinhamento sul e fechando a parte acadêmica do campus

propomos um a área para parque tecnológico, visto que a proposta

do futuro campus é incentivar a pesquisa e ensino na área da

tecnologia. Sendo assim, propõe-se uma projeção de três

pavimentos distribuídos em 5.700 m², com a função principal de

abrigar empresas de fomento.

Acompanhando a mesma tipologia dos alojamentos estudantis, de

quatro pavimentos (pilotis mais três) têm-se, em 7.080 m², as

residências dos professores, no extremo mais próximo da cidade

do Gama, depois do Centro Olímpico e fornecendo o limite do

campus. Essa proximidade com a cidade do Gama, fornecerá a

necessária integração do ambiente de residência com o contato,

regulação, intercâmbio e comunicação da cidade é, sobretudo, dos

modos de organização urbana,

A ciclovia bidirecional proposta para a integração modal do campus

tem 3,0m de largura e percorre e acessa todos os espaços. Costura

29

os caminhos e cria o ambiente sustentável com a proposta projetual

capaz de estimular o uso (sadio) dos espaços públicos.

A inclinação máxima da ciclovia é de 4% no sentido do tráfego e de

2% perpendicular ao sentido do mesmo, estimulando assim a

drenagem natural. Como material usado para a pavimentação tem-

se placas pré-moldas de concreto na cor vermelha. Propõe-se o

uso de revestimentos permeáveis dentro do campus. Para as vias

propõe-se o asfalto permeável, que é de um asfalto modificado com

incorporação de borracha moída de pneus, proporcionando uma

alternativa para preservação ambiental e melhoria das

propriedades e do desempenho do revestimento asfáltico. Para os

estacionamentos aconselha-se o uso pavimento intertravado com

blocos pré-moldados de concreto, para possibilitar a infiltração das

águas pluviais no solo e o cobograma.

Resumindo, são propostos dois tipos de calçadas: as que ligam os

edifícios entre si e entre as que comunicam as áreas de

convivência e estacionamentos (tipo 1) e as que circundam as

edificações (tipo 2). As calçadas do tipo 1 variam de 3m a 5m, com

exceção do eixo central, que é de 10m, priorizando o fluxo de

pedestres e uma caminhada agradável. As do tipo 2 são calçadas

funcionais e possuem 1m de largura. Em ambos os tipos de

calçada o pavimento utilizado são placas pré-moldadas de concreto

e dependendo dos taludes do terreno são propostas caneletas de

escoamento para auxiliar na drenagem das águas pluviais, as

biovaletas, canteiros pluviais e os jardins de chuva.

Como recurso de organização formal e espacial, uma sucessão

ininterrupta de caminhos, estrutura o fluxo de pedestres de todo o

campus e estabelece percurso máximo 15 minutos. Assim o

movimento fica preservado ambientalmente, com sombras e visuais

diferenciadas, de acordo as espécies vegetais incorporadas,

dotando-o de familiaridade, equivalendo também a um ritmo de

sensações próprias, fruto da organização padronizada de

elementos.

O campus sustentável projeta-se compacto para minimizar os

custos de implantação e enriquecer as cenas criadas pelas

construções, respeitando o entorno. Ao mesmo tempo, a

valorização dos vazios dentro da urbanização proposta almeja uma

melhora na qualidade de vida da população, com esses elementos

cria-se o espaço seguro que permite a integração e coesão social

e, com isso, democratiza os lugares, assegurando, ao mesmo

tempo, a persistência do sítio e a conservação do lugar e, com eles,

a preservação da memória e da cultura em uma adequada

interpretação da ideologia da Universidade de Brasilia.

30

7. Referências

ELAUS, Encontro Latino Americano de Universidades Sustentáveis,

2008. Disponível em http://www.elaus.org/ (Acesso 05/03/2010)

GUMUCHDJIAN, Philip; ROGERS, Richard. Cidades para um

pequeno planeta. Barcelona, Editorial Gustavo Gili, 2001.

Inmetro. RTQ-C - Regulamento Técnico da Qualidade para

Eficiência Energética de Edifícios Comerciais, de Serviços e

Públicos. 2009.

Normais Climatológicas de 1960-1990, Instituto Nacional de

Meteorologia – INMET.

ROMERO, Marta. Notas de Aula. Disciplina: Urbanismo

Sustentável. 2009

_______________. “O desafio da construção de cidades”, Revista Arquitetura e Urbanismo - AU, Ano 21 No 142, Editora PINI, ISSN 0102-8979, pág. 55 – 58, São Paulo. Janeiro 2006

CUHK, THE CHINESE UNIVERSITY OF HONG KONG, 2009.

Master Plan da Universidade Chinesa de Hong Kong.

UnB, 2010. Site http://www.unb.br/novos_campi/gama (Acesso

25/03/2010)

Apêndice 1: Repertório de Campus

Apêndice 2: Fichas Repertório de Soluções Sustentáveis

APÊNDICE 1PESQUISA DE REPERTÓRIO NOS CAMPI UNIVERSITÁRIOS

DA AMÉRICA DO NORTE, EUROPA E ÁSIA

CAMPUS AMÉRICA DO NORTEESCOLA DE BELAS ARTES

Localização Arquitetura Área Construída Programa / Serviços

México, Oaxaca ROW Studio salas de aula, oficinas, administração, biblioteca e cafeteria.

Meio Ambiente: preservação, paisagismo e

Circulação: Veículos e Pedestres

Infra-estrutura: acesso, drenagem,

esgoto, água,

Integração entre os espaços

tecnologias energia, resíduos sólidos, iluminação

As pistas são uma extensão da vegetação a partir da qual as salas de aula aparecem, dando a impressão de que o espaço surgiu como montes, semelhante à idéia primitiva da pirâmide.

As grandes expansões de vegetação proporcionam a oportunidade dos alunos levarem seus estudos para além dos limites da sala de aula, permitindo que o ambiente natural inspire seus trabalhos.

DESTAQUE: Os espaços verdes integram a paisagem, amenizam os ruídos causados pelos veículos no estacionamento e proporcionam conforto térmico no interior das edificações.

CAMPUS AMÉRICA DO NORTEESCOLA DE BELAS ARTES

Fine Arts School - México

Endereço eletrônico: http://www.archdaily.com/tag/oaxaca/

CAMPUS ÁSIACAMPUS UNIVERSITÁRIO EWHA

Localização Arquitetura Área Construída Programa / Serviços

Coréia do Sul, Seul Dominique Perrault

20.000 m² salas de aula, escritórios administrativos, biblioteca e cafeteria.

Meio Ambiente: preservação, paisagismo e tecnologias

Circulação: Veículos e Pedestres

Infra-estrutura: acesso, drenagem,

esgoto, água, energia, resíduos

Integração entre os espaços

tecnologias energia, resíduos sólidos, iluminação

Os espaços no campus são intercaladas acima e abaixo do solo, permitindo que a estrutura explore a interação entre os materiais de construção e a terra.

A luz penetra no interior dos prédios por meio de um canal estrutural criado entre as duas metades da edificação.

O campus foi projetado para oferecer um novo sentido de direção para o ensino superior no século XXI, estabelecendo uma relação orgânica entre os prédios e as áreas que circundam o campus, assim como os espaços acima e abaixo do aterro.

DESTAQUE: Espaços intercaladas acima e abaixo do solo, estabelecendo uma relação orgânica entre os prédios e as áreas circundantes.

DESTAQUE: Espaços intercaladas acima e abaixo do solo, estabelecendo uma relação orgânica entre os prédios e as áreas circundantes.

Ewha University’s Campus Center –Coréia

CAMPUS ÁSIACAMPUS UNIVERSITÁRIO EWHA

Endereço eletrônico: http://www.archdaily.com/23813/ewha-univeristys-campus-center-dominique-perrault/

CAMPUS ÁSIAUNIVERSIDADE ASIÁTICA PARA MULHERES

Localização Arquitetura Área Construída Programa / Serviços

Bangladesh, Chittagong

Moshe Safdie unidades acadêmicas, habitacionais e complexo cultural

Meio Ambiente: preservação, paisagismo e tecnologias

Circulação: Veículos e Pedestres

Infra-estrutura: acesso, drenagem,

esgoto, água, energia, resíduos

sólidos, iluminação

Integração entre os espaços

Um dos objetivos do projeto do campus foi

A circulação de veículos dos edifícios

A circulação estruturada por

Os espaços entre os edifícios, ao longo do projeto do campus foi

a revegetação das colinas, como estratégia de prevenção da erosão restabelecendo uma ecologia nativa que está sob ameaça na região. Aplicando-se as tradições de construção local juntamente com novas tecnologias e inovações de design, a universidade teve a oportunidade de oferecer ao país e região um novo conceito de edifício sustentável.

veículos dos edifícios residenciais e acadêmicos será feita por uma via perimetral ao campus, com uma via de serviço dedicada às instalações de apoio acadêmico. As rotas para os pedestres são claramente definidas, totalmente acessíveis, iluminadas e protegidas da chuva, aproveitando a topografia do entorno proporcionando vistas privilegiadas.

estruturada por arcadas,os sistemas de treliças e as árvores fornecem sombreamento natural, refrigeração e filtram a luz do dia. O desenvolvimento da infra-estrutura do campus será independente para sistemas de abastecimento e distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos e geração de energia elétrica (sistemas solares fotovoltaicos).

edifícios, ao longo do vale, formam uma série de jardins em terraços e escadas que permitem a estudantes e professores atravessarem os dois níveis.

DESTAQUE: Circulação de veículos feita por meio de uma via perimetral ao campus e rotas de pedestres acessíveis, iluminadas e protegidas do sol e da chuva.

CAMPUS ÁSIA

UNIVERSIDADE ASIÁTICA PARA MULHERES

Endereço eletrônico: http://www.asian-university.org/campus/plan.htm

Asian University for Women - Bangladesh

CAMPUS ÁSIAUNIVERSIDADE DE MACAU

Localização Arquitetura Área Construída Programa / Serviços

China, Macau (Ilha Hengqin)

He Jingtang 5,4 hectares Unid. Acadêmicas e habitacionais,instalações esportivas, biblioteca, centros de pesquisa e cultural.

Meio Ambiente: preservação, paisagismo e tecnologias

Circulação: Veículos e Pedestres

Infra-estrutura: acesso, drenagem,

esgoto, água, energia, resíduos

Integração entre os espaços

tecnologias energia, resíduos sólidos, iluminação

O que direcionou o planejamento do campus foi a eficiência energética e a proteção ambiental. Foram desenvolvidos corredores ecológicos e um parque ecológico com drenagem de água.

Haverá separação no sistema viário pedestres /veículos. A ligação entre os prédios sombreada para que as pessoas possam caminhar com conforto.O percurso máximo a pé15 minutos. O campus será aberto e possuirá uma área de expansão.

Como o clima é quente e a insolação alta (oceânico de monções), foram criados espaços sombreados, telhados verdes e isolamento térmico com vidro duplo nas paredes. Produção de energia eólica no campus.Reutilização da água, tratamento de esgoto e resíduos sólidos.

As diferentes faculdades foram conectadas por corredores para permitir a interdisciplinaridade.

DESTAQUE: Passarelas de ligação entre os prédios conectando os caminhos dos pedestres.

University of Macau - ChinaEndereço eletrônico: http://www.umac.mo/new_campus_project/

CAMPUS EUROPACAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PONTEVEDRA

Localização Arquitetura Área Construída Programa / Serviços

Espanha, Pontevedra Irisarri e Piñera

Ordenação do campus e construção das unidades acadêmicas.

Meio Ambiente: preservação, paisagismo e tecnologias

Circulação: Veículos e Pedestres

Infra-estrutura: acesso, drenagem,

esgoto, água, energia, resíduos

sólidos, iluminação

Integração entre os espaços

Princípios de A área Nas edificações, cada A forma geométrica Princípios de arquitetura bioclimá-tica, com a resposta perfeita para as limi-tações do lugar, e a oportunidade de regeneração do ambiente. Interação entre o construído e o não-construído,Manteve-se o ambiente natural. A área do campus e o rio foram recuperados por um espaço de cultura e lazer, transformando este espaço em um parque.

A área central do campus é ampla, criando uma praça central coberta, como um lugar que detém diferentes eventos, o que "costura" os edifícios atualmente isolados.

Nas edificações, cada módulo ocupa um andar ou um duplex que se comunicam por um núcleo, e estão envolvidos em uma pele dupla que unifica estes módulos,permitindo otimizar o funcionamento energético.

A forma geométrica do campus e dos prédios teve a intenção de criar uma atmosfera que resultasse na presença da permeabilidade , somada à decisão de fazer as diversas atividades da vida universitária participar entre elas.

DESTAQUE: Criação de uma praça na área central do campus, onde acontecerá diferentes eventos. Além de permitir continuidades visuais na secção horizontal e vertical e reconversão de espaços de circulação em áreas de convívio.

Endereço eletrônico: http://www.archdaily.com/31736/university-of-pontevedra-campus-irisarri-pinera/

University of Pontevedra Campus

CAMPUS EUROPACAMPUS UNIVERSITÁRIO CAP GEMINI

Localização Arquitetura Área Construída Programa / Serviços

Holanda, Utrecht Frits Van Dongen e Ed Veenendaal

75.000 m² Escritórios e centro de conferências da empresa CapGemini Ernst & Young.

Meio Ambiente: preservação, paisagismo e tecnologias

Circulação: Veículos e Pedestres

Infra-estrutura: acesso,

drenagem, esgoto, água,

energia, resíduos sólidos,

Integração entre os espaços

sólidos, iluminação

Um ponto de partida essencial para o projeto do complexo foi a sustentabilidade por meio da flexibilidade: no futuro, os edifícios podem ser alugados separadamente para um número de usuários sem a necessidade de alterações.

O centro do campus foi marcado por umapraça central que conecta cinco edificações. Sobre esta praça foi projetada uma cobertura parqueque liga os contornos existentes nas imediações.

Cortes adicionais na paisagem forneceram à praça iluminação natural e vistas privilegiadas. O resultado foi a formação de um espaço central no nível do terreno original em torno do qual todos os edifícios se situaram.

DESTAQUE: A Cobertura - Parque integra as edificações e sua abertura central fornece à praça iluminação natural e vistas privilegiadas.

CAMPUS EUROPA

CAMPUS CAP GEMINI

Endereço eletrônico: http://www.archdaily.com/4303/cap-gemini-campus-cie/Cap Gemini Campus - Holanda

TÓPICOS DE DESTAQUE NOS CAMPUS DA ÁSIA, AMÉRICA DO NORTE E EUROPA

Localização do Campus Canadá, Ottawa – Carleton University

Tópico de Destaque Edificação com uso misto: público nos andares inferiores e privado nossuperiores. Na área destinada às habitações foi projetado um terraço para convivência. Há uma abertura entre o subsolo e o pavimento térreo permitindo a iluminaçãonatural.

TÓPICOS DE DESTAQUE NOS CAMPUS DA ÁSIA, AMÉRICA DO NORTE E EUROPA

Localização do Campus México, Monterrey – Universidad de Monterrey

Tópico de Destaque A atualização do Plano Diretor do campus de Monterrey priorizou as necessidades do pedestre em detrimento ao carro, por meio da relocalização da entrada principal do campus, a reformulação da circulação de veículos e do sistema de estacionamento para reduzir / limitar o tráfego de automóveis no interior do campus e favorecer a circulação de pedestres em direção a um núcleo acadêmico livre.

TÓPICOS DE DESTAQUE NOS CAMPUS DA ÁSIA, AMÉRICA DO NORTE E EUROPA

Localização do Campus Estados Unidos, Nova JerseyPrinceton University

Tópico de Destaque O Plano Diretor para o Campus de Princeton se orientou no pedestre, sendo portanto um campus compacto, com estacionamentos afastados e características de parque, sustentando as fortes relações de comunidade.

TÓPICOS DE DESTAQUE NOS CAMPUS DA ÁSIA, AMÉRICA DO NORTE E EUROPA

Localização do Campus Ásia, América do Norte e Europa

Tópico de Destaque Protocolo de CondutaA maior parte dos campi pesquisados possuem um documento com orientações, recomendações e preceitos que devem ser seguidos para o seu desenvolvimento sustentável.

Localização do Campus Arábia Saudita, Jeddah – KAUST University

Tópico de Destaque passagens cobertas para incentivarTópico de Destaque Foram projetadas passagens cobertas para incentivaro pedestre a caminhar, mesmo com condições climáticasdesfavoráveis.

APÊNDICE 2FICHAS DE REPERTÓRIO TÉCNICO

Índice

APRESENTAÇÃOFICHA REPERTÓRIO 1 – Projeto de urbanismo sustentávelFICHA REPERTÓRIO 2 – Calçadas de borracha FICHA REPERTÓRIO 3 – Asfalto de borrachaFICHA REPERTÓRIO 4 – Piso intertravado FICHA REPERTÓRIO 5 – Calçada ecológicaFICHA REPERTÓRIO 6 – Fábrica “verde” do Sistema Coca-Cola na América LatinaFICHA REPERTÓRIO 7 – Exemplos de abrigos de ponto de ônibus FICHA REPERTÓRIO 8 – Pograma QuilegalFICHA REPERTÓRIO 9 – Exemplos de bicicletárioFICHA REPERTÓRIO 10 – Boas soluções para as calçadasFICHA REPERTÓRIO 11 – BiodigestoresFICHA REPERTÓRIO 12 – CompostagemFICHA REPERTÓRIO 13 – Telhado Verde em Melbourne

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 13 – Telhado Verde em MelbourneFICHA REPERTÓRIO 14 – Mobiliário urbano em Altamirano FICHA REPERTÓRIO 15 – Academia da CidadeFICHA REPERTÓRIO 16 – FAU da Universidade de Tecnologia de Delft, HolandaFICHA REPERTÓRIO 17 – Como usar a energia solar?FICHA REPERTÓRIO 18 – Asfalto poroso permeávelFICHA REPERTÓRIO 19 – Campus sustentável PUC-RioFICHA REPERTÓRIO 20 – Resfriamento evaporativoFICHA REPERTÓRIO 21 – Tratamento do ar através de micronizadoresFICHA REPERTÓRIO 22 – Sistema EvafrioFICHA REPERTÓRIO 23 – Talude de Galindez e Praça Pau CasalsFICHA REPERTÓRIO 24 – Cafe la MiellFICHA REPERTÓRIO 25 – Residência AloniFICHA REPERTÓRIO 26 – Centro cultural Hanamidori FICHA REPERTÓRIO 27 – Exemplos de telhados verdesFICHA REPERTÓRIO 28 – CobogramaFICHA REPERTÓRIO 29 – Canteiro Pluvial

FICHA REPERTÓRIO 1

Projeto: Projeto de Urbanismo Sustentável Autores: DPZ Architects and Town Planners, Desenho Alternativo, Studio Domo Arquitetura e Design, RC Arquitetura, Marchetti+Bonetti, Nelson Teixeira Netto Arquitetura e Urbanismo, Ruschel Arquitetura e Urbanismo, entre outros.Local: Cidade Universitária de Pedra Branca, Palhoça, Santa Catarina Ano: 2000Área Construída: 250 hectares

-Morar, trabalhar, estudar e se divertir num mesmo lugar-Prioridade ao pedestre

-Uso misto e complementariedade-Diversidade de moradores

Bairro onde são incorporados os conceitos do urbanismo sustentável:

Os empreendimentos serão todos verdes, com coletores solares, contando com

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

http://www.cidadepedrabranca.com.br/http://www.cidadepedrabranca.com.br/ -- acesso em 28 de janeiro de 2010acesso em 28 de janeiro de 2010

-Diversidade de moradores-Senso de comunidade-Densidade equilibrada

-Espaços públicos atraentes e seguros-Conectividade e integração regional

Os empreendimentos serão todos verdes, com coletores solares, contando com arborização de 25m2 para cada habitante, piso elevado nas travessias de pedestres e drenagem para garantir ao local rápida secagem e recarga do lençol freático. A iluminação do bairro será feita com sistemas inteligentes de dimerização da luz, ou seja, até às 00:00 horas os postes e prédios incidirão nas ruas feixes luminosos e, após esse horário, a luz será reduzida à metade para economizar energia. Ampla rede de ciclovias.A ideia do projeto é evitar o espalhamento das cidades: manter uma ligação estreita entre moradia, trabalho, lazer e estudo, para fazer com que o morador caminhe para chegar ao trabalho ou escola e, assim, evitar o uso de automóvel. O Novo Urbanismo propõe organizações espaciais que viabilizam a adoção de padrões de vida menos estressantes, sem dispensar as oportunidades encontradas nos grandes centros urbanos. Misturar pessoas de diferentes classes sociais, idades, etnias e níveis culturais.

Estimular o senso de comunidade e laços com o bairro, evitando a construção de cercas ou muros de proteção aos empreendimentos, mas, em contrapartida, aumentando reforços na vigilância local. Promover centralidade para o bairro, onde o desenho urbano, a natureza circundante e o ambiente criam um senso de lugar. Um lugar que promove o espaço público e onde a rua é o palco. Ter trabalho, escola e lazer ao alcance de uma caminhada de cinco minutos de casa. Conviver em harmonia com a natureza, na segurança e comodidade da vizinhança. Os benefícios sociais dessa comunidade incluem um menos gasto com transporte, maior interação social, e melhora da saúde pessoal. O novo urbanismo propõe espaços públicos de qualidade, o que faz com que os vizinhos se relacionem e se conheçam, melhorando a segurança coletiva. Bairros compactos com limites determinados permitem que mais terras rurais e espaços abertos sejam preservados.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 2

Projeto: Calçadas de borracha

Local: Washington, Estados Unidos

Autores: Prefeitura de Washington associada a empresa Rubbersidewalks

O cimento não permite que o ar e a água passem para o solo. Por isso, as raízes das árvores crescem para cima, em busca de alimento, e acabam empurrando e quebrando a calçada. O objetivo das calçadas de borracha é proteger as raízes das árvores e

Substituição do cimento por piso modular emborrachado.

objetivo das calçadas de borracha é proteger as raízes das árvores e assim evitar a calçada quebrada. Também economizar US$ 5 milhões anualmente com os consertos dos blocos quebrados de concreto e processos na Justiça, porque as pessoas tropeçam, se machucam e exigem indenização. Nos Estados Unidos, 86% dos pneus velhos são reciclados fazendo calçadas ou asfalto. Uma tecnologia que está dando os primeiros passos no Brasil. Cada quilômetro de estrada pavimentado com asfalto de borracha pode significar até 7 mil pneus a menos nos lixões.As calçadas de borracha poupam dinheiro. O mais importante é que salvam árvores e reciclam pneus.

Entre as placas de borracha, existe espaço suficiente para permitir a passagem de ar e de água. Como elas são maleáveis, também se adaptam à movimentação das raízes das árvores. As placas são feitas de pneus reciclados, material que ocupa os depósitos de lixo e preocupa as autoridades. Cada placa, que amortece a caminhada, significa um pneu de borracha a menos nos lixões. Ainda que as calçadas de borracha tenham um custo quase o dobro das calçadas de concreto, sua durabilidade é quatro vezes maior. Requer menos mão-de-obra para instalação, absorve a vibração, e inclusive os impactos no caso de queda de bicicleta ou skate. A instalação das placas de borracha é rápida, porque elas se encaixam umas nas outras com pinos que vão em orifícios. Além do mais, é um trabalho simples, porque elas são bem mais leves do que qualquer material de concreto. Elas também são reversíveis e não queimam com pontas de cigarro.

http://grep.globo.com/Globoreporter/0,19125,VGC0-2703-14971-2-240587,00.html –acesso em 28 de janeiro de 2010http://www.rubbersidewalks.com/# - acesso em 28 de janeiro de 2010

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 3

Técnica: Asfalto de borracha

Trata-se de um asfalto modificado com incorporação de borracha moída de pneus, que proporcionam uma alternativa para preservação ambiental e melhoria das propriedades e do desempenho do revestimento asfáltico.

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

O asfalto que se usa para fazer a mistura asfáltica é chamado de CAP (cimento asfáltico de petróleo) exercendo a função de ligante, pois o que suporta as cargas é a pedra (brita), mas é preciso envolver a pedra, e é por isto que se usa o CAP. O ligante não agüenta muito bem as cargas e envelhece com o tempo. Quando fabricado, apresenta tonalidade negra e vai ficando cinza, e quanto mais velho, vai ficando mais duro e quebradiço.Desta forma, verifica-se que todo asfalto tem uma vida útil determinada, cerca de 10 anos. Quando se funde a borracha com o asfalto, sua vida útil passa a ser de 25 a 30 anos.Através desta técnica, além do aumento na durabilidade, o custo de pavimentação é diminuído e se reduz pela metade a espessura do asfalto que está sendo aplicado, a brita que vai utilizar, energia elétrica, o transporte da massa e a compactação. Reduz-se tudo, por isto há um ganho considerável nesta tecnologia ecologicamente correta.

O pneu é reciclado e triturado, dando origem à borracha granulada, sendo necessário haver a fusão entre os dois materiais.Redução do nível de ruído provocado pelo tráfego. Quando molhado apresenta asmesmas condições para frenagem de um pavimento asfáltico convencional seco. Amistura recebe cerca de 20% de borracha. Até 40% mais resistente que o asfaltoconvencional.O asfalto-borracha mostra-se como um promissor destino para os pneus velhos –parte importante dos resíduos sólidos que poluem o ambiente. Estima-se que cadaquilômetro pavimentado com asfalto-borracha consuma, em média, 500 pneus.

http://www.revistameioambiente.com.br/2008/03/27/710/ - acesso em 29 de janeiro de 2010http://www.universia.com.br/noticia/materia_clipping.jsp?not=7854 – acesso em 29 de janeiro de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Altíssima durabilidade, resistência e beleza, conferindo ao piso excelente qualidade.

FICHA REPERTÓRIO 4

Técnica: Piso intertravado

O piso intertravado é uma evolução em termos de pavimentação, cada vez mais utilizado no mundo inteiro, transformando conceitos urbanos e estéticos em nossas cidades.

Classificado como um tipo de pavimento semi-rígido, o pavimento intertravado com blocos pré-moldados de concreto é uma excelente alternativa, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico, além de ser uma opção intermediária entre os pavimentos rígidos e flexíveis.

excelente qualidade. Não deteriorização do pavimento pela contaminação de óleos ou outros agentes solventes de asfalto. Redução da temperatura ambiente em até 7º C em relação ao pavimento asfáltico, nos locais de incidência solar. Redução dos gastos com iluminação da área, pela maior reflexão da luz sobre o pavimento. Possibilidade de manejo de tubulações e interferências sobre o pavimento retirando-se as peças e reutilizando-as sem necessidade de contratação de empresa especializada. Maior eficiência na frenagem de veículos, principalmente em dias chuvosos. Alta permeabilidade do pavimento evitando acúmulo de água. São esteticamente agradáveis e atraentes. Suporta tráfego intenso em volume ou carga, obedecendo às normas. É um sistema econômico, podendo usar mão-de-obra local e ferramentas simples. Disponibilidade em diversos formatos e padrões. Permitem inúmeras soluções de desenho e cores. É um piso ecologicamente correto. Contribui para mobilidade de deficientes visuais.

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://www.escolher-e-construir.eng.br/Dicas/DicasI/Pavinter/pag1.htm –acesso em 29 de janeiro de 2010http://www.tbssul.com.br/home/index.php?submenu=intertravado – acesso em 24 de janeiro e 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Entre as sugestões estão:

Plantar árvores de forma organizada permite que suas copas minimizem a

FICHA REPERTÓRIO 5

Projeto: Calçada ecológica

Local: São Paulo

Consiste em propor revitalização de áreas, principalmente aquelas que ladeiam grandes extensões de muros e, desse modo, convidar ao convívio em ambientes ao ar livre. Passeios públicos agradáveis para os pedestres, o que inclui melhores aspectos estéticos e o uso de materiais ecológicos.

Plantar árvores de forma organizada permite que suas copas minimizem a massa construída descontínua da cidade e propiciem sombreamento. Piso tátil de alerta e direcional, bem como a rampa de acesso para pessoas com deficiência ou dificuldade de locomoção. Incentivar seu uso como uma opção para a prática de esportes e cuidado com o corpo. Entre as soluções possíveis se destacam pista de caminhada com marcação de distância e aparelhos para ginástica. Bancos, ponto de ônibus, totem telefônico, bicicletário e postes com design diferenciado, aliado a uma iluminação estratégica que ressalte os pontos focais do caminho e proporcione segurança à noite estão entre as propostas de mobiliário urbano que convidam a população ao convívio e passeio nas calçadas. Galeria no subsolo permitindo que as fiações da rede elétrica, telefônica, de TV, fibras óticas, rede de água e esgoto sejam todas embutidas, diminuindo a poluição. Assim, a manutenção das redes pode ser feita sem quebrar ou remendar o piso, pois as peças drenantes podem ser retiradas uma a uma e recolocadas com facilidade, sem necessidade de mão de obra especializada.

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

Muito mais do que não cumprir seu papel de proteção aos cidadãos que nelas circulam (sem falar nos sérios problemas enfrentados pelos deficientes físicos), as calçadas hoje não têm contribuído para a preservação do meio ambiente. O fato de serem construídas em grande parte com materiais impermeáveis, como o concreto, dificulta a drenagem de água pelo solo, causando, entre outros problemas, as enchentes tão comuns nas grandes cidades, devido à dificuldade de escoamento das chuvas.

http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=16&Cod=617– acesso em 29 de janeiro de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 6

Projeto: Fábrica “verde” do Sistema Coca-Cola na América Latina. Local: Fazenda Rio Grande, na Grande CuritibaAno: 2009

Fábrica planejada pelos princípios de sustentabilidade, que visam causar o menor impacto possível no meio ambiente, foi cuidadosamente concebida para utilizar aspectos diferenciais de sustentabilidade.

Criar uma fábrica na qual haja economia de gastos em Construção orientada para um reduzido impacto no entorno do terreno para preservar os espaços entre os prédios e criar áreas verdes no perímetro, aumentando o bem estar

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

Criar uma fábrica na qual haja economia de gastos em energia e de consumo de água . Com o lançamento da nova fábrica, a Coca-Cola reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do Estado do Paraná, gerando empregos e receita para a região, além de se comprometer com as melhores práticas do conceito sustentabilidade, presentes nesta unidade.

os espaços entre os prédios e criar áreas verdes no perímetro, aumentando o bem estar dos ocupantes. O projeto de terraplanagem do terreno previu a menor movimentação de terra possível, reduzindo os riscos de erosão do solo. Além disto, realizou a compensação dos volumes de corte e aterro, evitando qualquer importação ou retirada de material no espaço do terreno. Uso preferencial de materiais de construção certificados, de origem conhecida e próxima à construção, que causam baixo impacto ambiental na sua extração/fabricação, uso de madeiras certificadas (como o eucalipto) e uso de materiais de baixo índice de emissão de COV (compostos orgânicos voláteis).

http://www.cocacolabrasil.com.br/release_detalhe.asp?release=211&categoria=30&chave=curitiba – acesso em 31 de janeiro de 2010

Captura da água do telhado do galpão industrial e armazenagem, para reuso em descargas, limpezas de pátios e irrigações. Além do aproveitamento da água da chuva, são usados elementos que ajudam na economia de água, como válvulas de descarga de volume reduzido. Pavimentação das calçadas para pedestres em blocos intertravados, que permite a permeabilidade da água das chuvas e evita o transbordamento do córrego. Escoamento da água de chuva por meio de valas gramadas, o que permite sua absorção pelo solo já durante a sua condução. Recomposição da mata ciliar do córrego colado ao terreno, restabelecendo o ecossistema do rio. Uso de iluminação natural nos almoxarifados, expedição e área de produção (inclusive dentro das salas de envase), no refeitório, nos vestiários e nas salas técnicas.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Abastecimento da matéria prima utilizando o desnível do terreno, aproveitando a força da gravidade para a movimentação dos produtos e reduzindo o uso de energia. Uso de aquecedores de água com energia solar, nas áreas de vestiários e laboratórios. Aplicação do teto verde (telhado vivo) nos prédios com função social, refeitório, salas técnicas e portaria. Funciona como isolante térmico natural e como purificador de ar.

FICHA REPERTÓRIO 7

Exemplos de abrigos de ponto de ônibus

Estados Unidos

Estados Unidos

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://theurbanearth.wordpress.com/tag/mobiliario-urbano/ -acesso em 31 de janeiro de 2010

Estados Unidos

São Paulo, Brasil

Dubai, Emirados Árabes Unidos – com ar condicionado

Bogor, Indonésia

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 8

Projeto: Programa QuilegalLocal: Brasília – DFAno: 2009

Iniciativa cujo objetivo é fomentar a inovação de tecnologias sustentáveis de equipamentos urbanos juntamente com um programa de empreendedorismo para o quiosqueiro.

O DF tem hoje cerca de 12 mil quiosques, incluindo trailers. Todos os estabelecimentos passarão por critérios rígidos de análise pela Coordenadoria de Serviços Públicos da Secretaria de Governo, incluindo o cadastramento de atividades e serviços. A

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

incluindo o cadastramento de atividades e serviços. A implementação começa em janeiro de 2010. O programa tem duração até o final de 2016.

Características do Programa Quilegal• fomentar a inovação de novas tecnologias para equipamentos urbanos;• criar novo conceito de mobiliário urbano, ecologicamente correto, sustentável, durável e de baixo impacto ambiental;• estimular o empreendedorismo, capacitando e preparando o empreendedor individual; • criar uma cultura de trabalho cooperativo; • criar condições para sustentabilidade do negócio;• aumentar a auto-estima e a qualidade de vida do cidadão.

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=985840- acesso em 31 de janeiro de 2010

De acordo com a proposição, os quiosques poderão ocupar até 15m² no Plano Piloto. Nas demais regiões administrativas, poderão chegar a até 60m².

O quiosque será diferenciado de acordo com o tipo de negócio. Para empreendedores urbanos (doceiros, costureiras, mecânicos, chapeiros, sapateiro, pequenos consertos, frutarias), o empreendimento será produzido com uma sistematização física e visual adequada a cada perfil.

Os quiosques são desenvolvidos em material ecológico da base ao telhado. O equipamento inclui pintura eletrostática, paredes internas em aço inoxidável, mobiliário fabricado em MDF, torneira de pia com controle de volume, pintura externa anti-pichação e iluminação – luz ecológica.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Exemplos de bicicletário

Estados Unidos

Itália

Estados Unidos

FICHA REPERTÓRIO 9

Itália

Holanda

Um estacionamento de bicicletas e ao mesmo tempo protetor das árvores nos Estados Unidos

50 bicicletas ocupando o espaço de um ou dois automóveis na rua em Montreal, Canada.

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://theurbanearth.wordpress.com/tag/mobiliario-urbano/ - acesso em 31 de janeiro de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 10Boas soluções para as calçadas.

Calçada “verde” em área residencial. Os postes sempre devem ficar fora da área de passagem.

La Paz – Bolívia

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://theurbanearth.wordpress.com/tag/mobiliario-urbano/- acesso em 31 de janeiro de 2010

Siegen, Alemanha

passagem.

Maceió, Alagoas, BrasilDetalhe da passagem rebaixada para cadeirantes , Estados Unidos

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 11

Técnica: Biodigestores

Um equipamento usado para a produção de biogás e biofertilizante, produzidos por bactérias que digerem matéria orgânica em condições anaeróbicas (isto é, em ausência de oxigênio).

Equipamento para reciclagem de dejetos fácil e barato de construir, o biodigestor pode ser construído de pedra ou tijolo e a campânula de

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

ferro, fibra de vidro ou PVC. O biogás liberado pela atividade de fermentação anaeróbia do dejeto tem elevado poder energético e a sua composição varia de acordo com a biomassa.Pode atender às necessidades energéticas básicas, tais como: cozimento, iluminação e geração de energia elétrica para diversos fins.Biofertilizante é o efluente resultante da fermentação anaeróbia da matéria orgânica, na ausência de oxigênio, por um determinado período de tempo.Pode ser utilizado como adubo do solo tanto puro quanto na formação de compostagens. A redução das necessidades de lenha poupa as matas. A produção de biogás representa um importante meio de estímulo a agricultura, promovendo a devolução de produtos vegetais ao solo e aumentando o volume e a qualidade de adubo orgânico. O Brasil dispõe de condições climáticas favoráveis para explorar a imensa energia derivada dos dejetos animais e restos de cultura, e liberar o gás de bujão e o combustível líquido (querosene, gasolina, óleo diesel) para o homem urbano aliviando com isso o país de uma significativa parcela de importação de derivados do petróleo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Biodigestor_anaer%C3%B3bico – acesso em 1 de fevereiro de 2010

http://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/artigos_energia/biodigestores.html -acesso em 1 de fevereiro de 2010

A matéria orgânica contida nos efluentes é metabolizada por bactérias anaeróbias (que se desenvolvem em ambiente sem oxigênio). Neste processo, os subprodutos obtidos são o gás (Biogás), uma parte sólida que decanta no fundo do tanque (Biofertilizante), e uma parte líquida que corresponde ao efluente mineralizado (tratado).

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 12

Técnica: Compostagem

É uma estrutura própria para o depósito e processamento do material orgânico. Geralmente feitas em locais pequenos, possuem proteção com tijolos. Neste local é colocado o material orgânico e folhas secas, por cima do monte, para evitar o cheiro ruim.

Dá-se uma finalidade adequada para mais de 50% do lixo doméstico, ao mesmo tempo em que melhora a estrutura e aduba o solo, gera redução de herbicidas e pesticidas devido a presença de fungicidas naturais e microorganismos, e aumenta a retenção de água pelo solo.

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo, a que se chama composto, e que pode ser utilizado como adubo.Materiais para fazer o composto:Esterco de animais. Qualquer tipo de plantas, pastos, ervas, cascas, folhas verdes e secas Palhas Todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal: sobras de comida, cascas de ovo, entre outros. Qualquer substância que seja parte de animais ou plantas: pêlos, lãs, couros, algas.

http://www.ib.usp.br/coletaseletiva/saudecoletiva/compostagem.htm -acesso em 1 de fevereiro de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 13

Projeto: Telhado Verde em MelbourneAutor: 1:1 Architects

Sistema modular independente de telhado verde.

Sistema criado para se adaptar às diferentes escalas de telhados e responder às mais variadas condições locais e demandas funcionais.

O telhado verde é totalmente independente da estrutura existente. O vigamento estrutural de madeira do telhado, que se apóia num

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

http://www.archdaily.com/27147/green-roofs-for-melbourne-11-architects/ -acesso em 1 de fevereiro de 2010

O vigamento estrutural de madeira do telhado, que se apóia num sistema chamado Versijack (sistema de suportes de decks), cria uma plataforma onde os usuários podem acessar os jardins (engradados de plantas).Esses engradados de madeira reciclada criam um sistema de prateleiras que exibem diferentes espécies de plantas nativas. As plantas ajudam a filtrar a poluição do ar, criando um espaço mais limpo para os ocupantes.A unidade de telhado verde proporciona espaços mais saudáveis para as pessoas, um lugar para relaxar e contemplar a vegetação, além de ar fresco e conforto.O telhado pode ser montado manualmente, excluindo a necessidade de equipamentos especiais de montagem. Os componentes são flexíveis e adaptáveis aos diferentes tamanhos de telhados de edifícios.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 13

Sistema Versijack de apoio de pisos tipo

deck.

Projeto: Telhado Verde em MelbourneAutor: 1:1 Architects

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

http://www.infolink.com.au/c/Elmich-Australia-236272/VersiJack-LH-low-height-decking-and-paver-support-n766969 - acesso em 01 de fevereiro de 2010

http://www.archdaily.com/27147/green-roofs-for-melbourne-11-architects/ - acesso em 01 de fevereiro de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 14Projeto: Mobiliário urbano em Altamirano Autores: Emilio Marín, Nicolás Norero.Local: Paseo Altamirano, Camino la Pólvora, Valparaíso, V Región, Chile.Ano: Janeiro - Março, 2007Ano de construção: Abril - Outubro, 2007

Projeto vencedor do concurso para público paradesenho de mobiliário urbano da periferia de Valparaíso, umespaço abandonado por anos. O projeto valoriza a costa,declarada como patrimônio mundial pela UNESCO.

Esse local entre a cidade e o oceano representauma oportunidade especial de promover um espaço relevante, nãosó pela sua proposta plástica, mas também porque une osdesafios lançados pela competição. Isso capacita o projeto a sedesafios lançados pela competição. Isso capacita o projeto a setornar uma parte ativa do caminho de pedestres e ao mesmotempo captura a atmosfera local. O projeto revitaliza o lugarusando elementos não diretamente relacionados à histórica cidadede Valparaiso, mas pode trazer diferentes possibilidades para acosta. A base construtiva do projeto é o hexágono,

presente nas peças pré-fabricadas de concreto do pavimento e no pergolado de aço.

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://www.archdaily.com/7163/altamiranohttp://www.archdaily.com/7163/altamirano--walkwalk--publicpublic--furniturefurniture--oficinaoficina--dede--arquitectura/arquitectura/ -- acesso em 01 de fevereiro de 2010acesso em 01 de fevereiro de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 15Projeto: Academia da CidadeAutor: Secretaria da Saúde de RecifeLocal: Recife, BrasilAno: 2002

O Programa Academia da Cidade é uma política de promoção à saúde, com ênfase na atividade física, lazer e alimentação saudável.

Potencializar os espaços públicos de lazer requalificados e equipamentos de saúde para promover a prática de atividade física e incentivar a adoção de hábitos alimentares saudáveis. A Academia da Cidade visa à melhoria da qualidade de vida da

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

http://www.recife.pe.gov.br/2007/07/04/mat_144861.phphttp://www.recife.pe.gov.br/2007/07/04/mat_144861.php -- acesso em 3 de março acesso em 3 de março de 2010de 2010

Academia da Cidade visa à melhoria da qualidade de vida da população recifense.

Contribuições do Programa para a população recifense: - Aulas de ginástica e dança; - Palestras relacionadas a temas sociais e de saúde; - Atendimento mensal a mais de 30.000 usuários com serviços

de avaliações física e nutricional;- Festivais, serestas, jogos e passeios temáticos; - Prescrição de exercícios e orientação nutricional a

hipertensos, diabéticos, obesos e cardiopatas; - Corrida dos usuários do Programa; - Bloco Carnavalesco do Programa; - Seminário de Integração Usuários, Profissionais e Gestores; - Estímulo à participação dos usuários em reuniões, fóruns,

seminários promovidos pelo Programa, conferências, instância de controles sociais e diversos setores internos e externos à Secretaria de Saúde;

- Organização de práticas corporais e de lazer voltadas aos usuários da rede de saúde.

O Programa congrega 80 profissionais das áreas de educação física e nutrição. Serve de campo de estágio para mais de 78 acadêmicos das duas áreas. Além disso, desenvolve trabalhos nos CAP's (Centro de Apoio Psicossocial), junto aos seus usuários, com a orientação de atividades físicas, jogos e passeios temáticos.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 16

Projeto: FAU da Universidade de Tecnologia de Delft, HolandaAutor:Laraqui-Bringer ArchitectureLocal: Delft, HOLANDA

Módulos fotovoltaicos de vidro cobrem cerca de metade da superfície do telhado industrial (12 000 m²) e são parte integrante do conceito de design, além da geração de eletricidade, eles também fornecem sombra e controlam a quantidade de luz recebida.

Energia solar fotovoltaica

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

http://www.buildingforbouwkunde.nl/ideascompetition/Winners/BK2008http://www.buildingforbouwkunde.nl/ideascompetition/Winners/BK20083237/tabid/147/Default.aspx3237/tabid/147/Default.aspx -- acessoacesso emem 17 de 17 de marçomarço de 2010de 2010

recebida.

O futuro da energia solar fotovoltaica apresenta-se de forma promissora. Devido à exaustão das reservais naturais conhecidas a utilização de combustíveis fósseis deverá cair acentuadamente nos próximos 50 anos. Isto abrirá uma oportunidade única para fazer da energia solar fotovoltaica uma das fontes de energia mais importantes dentro da matriz energética mundial.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FAU Universidade de

TecnologiaDelft, Holanda

FICHA REPERTÓRIO 16

Sistema interno de cicloviaUm cuidado especial foi tomado de várias maneiras as pessoas se movimentamno interior da Faculdade, sempre com uma visão para reduzir o consumo e aprodução de resíduos. O edifício, horizontal definido estende-se até quatroníveis, o que incentiva as pessoas a pé ou de bicicleta ao nível do solo. Áreas desuporte de bicicletas disponíveis perto das entradas para o edifício e todos aolongo dos passeios interiores cujas formas curvas, uma maior fluidez nas idas evinda.

Drenagem PluvialO conceito sustentável inclui também a recolha de águas pluviais em grandespiscinas integradas em todos os pátios verdes. Estas piscinas são equipadoscom tanques subterrâneos na qualidade de estouros. A água armazenada éusada para o sistema de saneamento, a manutenção normal do edifício e dagenerosidade de rega das plantas e canteiros estabelecidos nos pátios e emtorno do edifício.

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://www.buildingforbouwkunde.nl/ideascompetition/Winners/BK20083237/tabid/147/http://www.buildingforbouwkunde.nl/ideascompetition/Winners/BK20083237/tabid/147/Default.aspxDefault.aspx -- acessoacesso emem 17 de 17 de marçomarço de 2010de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Os principais atributos que tornam a energia solar particularmente interessante como fonte energética são:• Fonte não poluente e totalmente limpa;• Contribui efetivamente na redução de CO2 na atmosfera, podendo inclusive ser qualificada para projetos de seqüestro de carbono;• Não gera ruídos;• Pode ser instalada virtualmente em qualquer lugar e até mesmo

Utiliza-se a configuração clássica de um sistema de energiasolar, no qual necessariamente existe um banco de baterias, umpainel solar, um controlador de carga e, eventualmente, algumaeletrônica adicional (inversor CC-CA senoidal ou não, conversorCC-CC, Maximum Power Point Tracker [MPPT], etc.) a fim decondicionar a energia para o padrão exigido pelo tipo de carga aser alimentado. O painel solar converte a radiação solar emeletricidade corrente contínua que, por sua vez, é armazenadano banco de baterias. O controlador de carga regula a tensãodo painel solar para evitar que a bateria seja sobrecarregada ousobredescarregada. Dimensiona-se o banco de baterias paraum determinado número de dias de autonomia, usualmente trêsou mais dias, e então se obtem um sistema

COMO USAR A ENERGIA SOLAR?

FICHA REPERTÓRIO 17

• Pode ser instalada virtualmente em qualquer lugar e até mesmo incorporada em edificações(Building Integrated Photovoltaics [BIPV]);• Aproveita espaços ociosos para geração de energia limpa, tornando o custo de infra-estrutura marginal em face de outras alternativas que necessariamente precisam de linhas de transmissão, como hidroelétrica, térmica ou nuclear.

REFERÊNCIAhttp://www.solarterra.com.br/index-empresa.html -

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

acesso em 17 de março de 2010

Asfalto poroso permeável

O tratamento de piso chamado "pavimento permeável" é constituído por asfalto ou concreto poroso, executado sobre camada de pedra britada .Na parte superior e inferior da camada de pedra é colocado geotêxtil, para prevenir a sua colmatação. Nesse tipo de piso a água se infiltra pela superfície, fica retida na camada de pedra e gradativamente se infiltra no solo.

No escoamento, a água infiltra-se rapidamente na capa ou revestimento poroso (espessura de 5 a 10 cm), passa por um filtro de agregados de 1,25 cm de diâmetro e espessura de aproximadamente 2,5 cm e vai para uma câmara ou reservatório de pedras mais profundo com agregados de 3,8 a 7,6 cm de diâmetro. A capa de revestimento

FICHA REPERTÓRIO 18

Com a impermeabilização do solo, o escoamento ocorre, principalmente, pelos condutos e canais, reduzindo a infiltração e aumentando o volume que escoa pela superfície. A tendência atual na área de drenagem urbana é buscar novas tecnologias que visem ao acréscimo da infiltração e ao retardo do escoamento. Um exemplo deste novo tipo de abordagem é o uso de pavimentos permeáveis que são capazes de reduzir o volume do escoamento superficial em comparação aos pavimentos convencionais, privilegiando a infiltração e a retenção da água no subsolo.

mais profundo com agregados de 3,8 a 7,6 cm de diâmetro. A capa de revestimento permeável somente age como um conduto rápido para o escoamento chegar ao reservatório de pedras. Neste reservatório, o escoamento poderá então ser infiltrado para o subsolo ou ser coletado por tubos de drenagem e ser transportado para uma saída. Assim, a capacidade de armazenamento dos pavimentos porosos é determinada pela espessura do reservatório de pedras subterrâneo (mais o escoamento perdido por infiltração para o subsolo).

REFERÊNCIAhttp://www.iph.ufrgs.br/corpodocente/tucci/publicacoes/PAVIMENTOS.PDF - acesso em 17 de março de 2010.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Projeto: Campus sustentável, PUC-RioIntegrantes: Maria Fernanda Lemos (Coord.) – Depto. de Arquitetura e UrbanismoMarcos Cohen – IAGRodrigo Vilela – Associação de Antigos AlunosLocal: Rio de Janeiro, Brasil

FICHA REPERTÓRIO 19

Avaliar e propor as soluções e medidas a serem tomadas para tornar ambientalmente sustentável o processo de consumo,

Grupo de Trabalho Materiais e Resíduos

A A estruturaestrutura geralgeral do do trabalhotrabalho podepode ser ser resumidaresumida nasnas seguintesseguintesetapasetapas::

1. Avaliação das condições de consumo e geração /destinação de resíduos sólidos atual;

2. Definição de metas de sustentabilidade para o consumo/geraçãode resíduos no campus;

3. Elaboração de estratégias para adaptação das condiçõesexistentes indesejáveis e implementação de novos processossustentáveis;

4. Planejamento e implementação das propostas no campus, controle /monitoramento dos resultados; e

5. Divulgação/conscientização da comunidade PUC (etapacontinuada).

Desafios

A estrutura metodológica do trabalho deverá considerar os seguintes obstáculos a serem vencidos:

Sobre o consumo: as dificuldades de identificação e levantamento do

REFERÊNCIAhttp://www.nima.puc-rio.br/gruposdeestudo/universidadesustentavel/materiais.html - acesso em 17 de março de 2010

tornar ambientalmente sustentável o processo de consumo, geração e destinação de resíduos sólidos dentro do campus da PUC-Rio, considerando tanto o consumo de material diário de escritório, dos laboratórios de pesquisa, quanto o consumo com alimentação e, ainda, o da própria estrutura física edificada do campus. .

Sobre o consumo: as dificuldades de identificação e levantamento do consumo no campus dada a variedade de fontes e suas estruturas operativas, a variedade de indivíduos e departamentos / setores envolvidos, suas diferentes formas de controle e registro do consumo e, ainda, os diferentes graus de controle da PUC sobre essas fontes de consumo.

Sobre o descarte: dificuldades próprias desse trabalho de levantamento do lixo no que se refere à segurança e salubridade, e a exigência de técnicas específicas para que obtenha eficiência no resultado.

O trabalho do Grupo de Materiais e Resíduos Sólidos consiste em uma ação contínua, prevendo a renovação de técnicas, assim como a sua adaptação metodológica ao longo de todo o processo, desde o levantamento de dados até o controle e monitoramento dos resultados, dada a complexidade da estrutura de consumo de bens/geração de resíduos, hoje existente no campus. Tal estrutura envolve não apenas condicionantes físicas, como também culturais, econômicas e de gestão.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

O ar atmosférico é uma mistura de ar seco e vapor de água. Para uma dada condição de temperatura e pressão esta mistura tem capacidade de conter uma quantidade máxima de vapor de água (ar saturado = 100% de umidade relativa ou 100% UR). Na prática esta condição de ar saturado só é observada durante e logo após uma chuva. Normalmente o ar encontra-se insaturado (UR<100%) e, portanto, apto a absorver mais umidade.

FICHA REPERTÓRIO 20Técnica: Resfriamento evaporativo

Este processo ocorre basicamente quando algum meio ou produto cede calor para que a água evapore, resultando em uma corrente de ar mais fria.

Maquete virtual – Representação da cortina de águaa absorver mais umidade. Quanto mais seco o ar (menor umidade relativa), maior a quantidade de vapor de água que pode ser absorvida. Para que haja esta absorção é necessário que a água utilizada passe da fase líquida para a fase vapor. Esta mudança de fase demanda uma quantidade de energia que é retirada do meio, no caso o ar, resfriando-o. Existe um princípio básico nas reações físico-químicas segundo o qual quanto maior a superfície de contato entre os reagentes, maior a velocidade da reação. Assim sendo, devemos procurar aumentar a área de contato entre a água e o ar. Como o ar já se encontra diluído e ocupando todos os espaços disponíveis, resta-nos a água para dispersar.

REFERÊNCIAREFERÊNCIAwww.vitruvius.com.br – acesso em 17 de março de 2010http://www.cabano.com.br/resfriamento_evaporativo.htm - acesso em 17 de março de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Uma das maneiras mais utilizadas para facilitar este processo é uso chuveiros ou sprays, ambos os métodos atingem elevados níveis de umidificação e resfriamento. No entanto estes tipos de processos podem apresentar desvantagens em relação ao local utilizado. Pois quando lançada no ambiente, mesmo que micro-pulverizada, a água pode encontrar uma região já saturada, o que fará com que não seja absorvida pelo ar e se precipite, molhando o ambiente. Mesmo sistemas com umidostatos e válvulas solenóides, que cortam o fluxo de água quando determinada umidade relativa é atingida, tendem a gotejar nos bicos até a estabilização da pressão de água no sistema. Outro método que pode ser utilizado são as cortinas de água, onde há uma elevada superfície exposta. O ar atravessa transversalmente a cortina, resfriando e umidificando o meio na qual está inserido, absorvendo umidade até bem próximo da saturação.

Maquete virtual – Representação da cortina de água

Sistema composto por um módulo de alta pressão, dutos flexíveis e micro-aspersores que atomizam a água, formando uma fina névoa que evapora rapidamente baixa a temperatura sem molhar o ambiente.

Técnica: Tratamento do ar através de micronizadores

FICHA REPERTÓRIO 21

Rua climatizada

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Não exige mudanças físicas ao local a ser climatizado e nem interfere em sua aparência estética.Necessita apenas de água potável e energia elétrica.Redução de até 12º C, umidificação do ambiente, melhoria da qualidade do ar pelo assentamento de pó em suspensão e eliminação de odores.

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://www.primetech.com.br/2003_port/prod_mist.html - acesso em 17 de março de 2010

Choperia climatizada

Sistema de pulverização de água sobre o telhado.

Técnica: Sistema Evafrio

FICHA REPERTÓRIO 22

Reduz a temperatura externa do telhado de 70°C para 32°C .O teto se torna um grande painel frio não irradia calor e não aquece o ambiente. A estrutura do telhado permanece fria e deixa de acumular calor. Reduz de 4°C a 6°C a temperatura interna e melhora as condições de trabalho em áreas sem ar condicionado sem aumentar a umidade interna. Permite redução de até 9°C em dias extremamente quentes. Elimina 80% do calor irradiado e acaba com a sensação de

A água pulverizada sobre o telhado absorve o calor solar e evapora, reduzindo a quantidade significativa de calor que antes penetrava no ambiente

24 LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Elimina 80% do calor irradiado e acaba com a sensação de abafamento e torna confortável áreas sem ar-condicionado.O teto frio retira parte do calor gerado internamente por equipamentos e pessoals, transformando a cobertura fria em um grande dissipador de calor. Em áreas com ar-condicionado o sistema terá efeito equivalente a uma camada de até 150mm de material isolante, baixando mais de 25% no consumo e nos custos de energia e manutenção.Em novos projetos com ar-condicionado o resfriamento da cobertura permite reduzir em até 30% os investimentos em equipamentos. A aspersão de água sobre o telhado é intermitente e programada pelo controlador. O consumo típico é cerca de 3 litros por metro quadrado por dia.Prolonga a vida do telhado mantendo a temperatura uniforme e eliminando o choque térmico solar (stress térmico).

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://www.addesso.com.br/index.htm - acesso em 17 de março de 2010

FICHA REPERTÓRIO 23

FOTO

DETALHE

Projeto: Talude de Galindez e Praça Pau CasalsAutor:ACXT ArchitectsLocal: Bilbao, EspanhaAno: 2007Área Construída: 10.760m²

DETALHE

Intervenção em área de desnível de 18m e sem uso. Foi proposta uma praça e vários taludes.

Passeio

Parte inferior

Vista área

Detalhe dos planos triangulares

Conjunto praça-talude

Para modelar o aterro, utilizou-se planos inclinados triangulares dediferentes materiais (a pedra, a vegetação de diferentes cores,concretos nas áreas de consolidação), que revelando a topografiadiferente.

http://www.acxt.net/http://www.acxt.net/ -- acesso em 17 de março de 2010http://www.archdaily.com/9093/galindez-slope-and-pau-casals-square-acxt/ - acesso em 17 de março de 2010

Detalhe

Planta Baixa

Detalhe

Devido o crescimento desordenado, o barrancorochoso sobre a avenida Jesús Galíndez tinha a aparência de umpedaço de terra isolado dentro da cidade, dividindo-a física esocialmente. Assim a Câmara Municipal comprometeu-se a: Melhoraras condições do espaço urbano de uma série de diferentes áreasperiféricas; Eliminar as barreiras físicas e melhorar a acessibilidade aessas áreas, que são quase sempre localizados em encostasíngremes; Eliminar as barreiras sociais e melhorar as condiçõesdessas áreas, a fim de levá-los até o nível de qualidade urbana docentro da cidade. Foi neste contexto que surgiu este projeto.

Encontro dos planos triangulares

REFERÊNCIA

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

Projeto: Cafe la MiellAutor:Suppose Design OfficeLocal: Niihama, JapãoAno: 2006

Projeto de um café em que a forma pode ser incorporada a um talude.

Perspectiva externaVista Lateral

Detalhe cobertura

FICHA REPERTÓRIO 24

Planta BaixaVista Frontal

Corte

http://www.suppose.jp/index_e.html - acesso em 17 de março de 2010

http://www.archdaily.com/35842/cafe-la-miell-suppose-design-office/ - acesso em 17 de março de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

REFERÊNCIAVista interna

FICHA REPERTÓRIO 25

Projeto: Residência AloniAutor:decaARCHITECTURELocal: Antiparos, GréciaAno: 2008Área Construída: 237 m2

Residência que incorpora cobertura verde e taludes.

O sítio é marcado pelo encontro de duas elevações. No eixoNorte-Sul a inclinação sobe entre dois montes, enquanto no eixoLeste-Oeste há um declive. Assim a implantação se dá a partir deduas longas paredes de pedra que permitem que a casa se aninheno espaço interno e mantenha a continuidade da paisagem.

Talude ajardinadoIntegração com a paisagem

http://www.archdaily.com/45925/aloni-decaarchitecture/ -acesso em 17 de março de 2010

A estratégia simples apaga as arestas dacasa e faz a sua massa imperceptível noamplo horizonte da ilha.

no espaço interno e mantenha a continuidade da paisagem.

Entrada da residênciaVista área

Planta BaixaCorteElevação

REFERÊNCIA

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 26

Projeto: Centro cultural Hanamidori Autor: Atelier Bow-Wow / Yoshiharu Tsukamoto, Momoyo kaijima, Shun TakagiLocal: Tachikawa, Tokyo, JapanAno: 2005Área Construída: 5480 sqm

Centro Cultural

O edifício é composto de 15 cilindros variados pelo tamanho,estrutura e materiais, suportando um telhado ondulado comcobertura verde. Sob um telhado em forma de grande cúpula, oespaço interior é definido por um invólucro de vidro, visualmenteligado ao espaço exterior. Cada cilindro contém uma sala diferentepara um fim específico, sendo tratado como um edifício

Vista Integração com a paisagem

http://www.bow-wow.jp/profile/works_e.html - acesso em 17 de março de 2010

http://www.archdaily.com/5925/hanamidori-cultural-center-atelier-bow-wow/ -acesso em 17 de março de 2010

para um fim específico, sendo tratado como um edifícioindependente.A pessoa se sente como se estivesse andando emuma cidade onde só existissem prédios em círculo. Oficinas,exposições, café, biblioteca, o uso do espaço entre os cilindrossão definidos e reorganizados por uma série de mobiliário.

Acesso à coberturaElevador

Corte

Planta Baixa

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

REFERÊNCIA

CR Land Guanganmen Green Technology Showroom / Vector Architects

Punta Umbria Pavillion / MRDP Arquitectos

FICHA REPERTÓRIO 27Exemplos de telhados verdes

Punta Umbria Pavillion / MRDP Arquitectos

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

REFERÊNCIA

http://www.archdaily.com/ - acesso em 17 de março de 2010

Becton Dickinson Campus Center / RMJM

Lycee Jean Moulin / OFF Architecture

FICHA REPERTÓRIO 27

Exemplos de telhados verdes

Lycee Jean Moulin / OFF Architecture

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

REFERÊNCIA

http://www.archdaily.com/ - acesso em 17 de março de 2010

FICHA REPERTÓRIO 28

Técnica: Cobograma

O cobograma é um pré-fabricado com apoios que sobem até 2 cm acima das superfícies gramadas; mantendo as características de fertilidade e drenabilidade do solo.

O cobograma propõe uma solução que possibilita que qualquer solo se transforme em um gramado permanentemente saudável. É uma maneira de proteger a grama dos pés dos pedestres e dos

REFERÊNCIAREFERÊNCIA

É uma maneira de proteger a grama dos pés dos pedestres e dos pneus dos carros. A grama cresce protegida pelas peças de argamassa armada em todas as direções.

O seu uso possibilita a redução do calor, dos alagamentos e da poluição ambiental, tornando praças, estacionamentos e condomínios mais agradáveis aos passeio.

http://www.ethos.org.br/ci2008Dinamico/mostra/site/con_noticias.asp?id_noticia=319 – acesso em 17 de março de 2010http://www.truenet.com.br/aldenio/cobograma.html - acesso em 17 de março de 2010http://www.unistein.com.br/produtos_univerde.html - acesso em 17 de março de 2010http://www.lajestimbi.com.br/asp/cobograma.asp - acesso em 17 de março de 2010

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

FICHA REPERTÓRIO 29

Técnica: Canteiro pluvial

São depressões topográficas que recebem água pluvial. O solo, especialmente se for adicionado com composto, age como uma esponja que suga a água enquanto microrganismos e bactérias no solo removem poluentes. Adicionando –se plantas aumenta–se a evapotranspiração e remoção dos poluentes. As condições geotécnicas determinarão se a água poderia ser infiltrada ou transbordada durante o pico do fluxo.

LABORATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE APLICADA À ARQUITETURA E AO URBANISMO

REFERÊNCIAREFERÊNCIAhttp://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2007http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2007--1/drenagem/index.htm1/drenagem/index.htm --acesso em 23 de março de 2010acesso em 23 de março de 2010

Evitar os processos erosivos do solo, atenuar e, se possível, evitar as enchentes e o processo de perda das capacidades dos mananciais. Manutenção dos recursos hídricos e a qualidade das águas superficiais e subterrâneas. Melhorar a infiltração de águas pluviais e/ou retenção temporária por forma a reduzir a afluência de água pluvial ao sistema de coletores.

LIVRO 3

PROJETO DO PLANO DE OCUPAÇÃO

www.unb.br/fau/pesquisa/sustentabilidade