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Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Índice I – Relatório ............................................................................................................................................... 3

1. Sumário Executivo ................................................................................................................................. 3

1. Enquadramento ................................................................................................................................... 4

2.1 Económico ....................................................................................................................................... 4

2.2 Sectorial ........................................................................................................................................... 5

3. Actividade .............................................................................................................................................. 6

3.1 Comercial......................................................................................................................................... 6

3.2 Acções desenvolvidas .................................................................................................................... 10

4. Recursos Humanos .............................................................................................................................. 18

5. Governo da Sociedade ......................................................................................................................... 23

5.1 Missão, objectivos e políticas da empresa .................................................................................... 23

5.2 Regulamentos internos e externos ............................................................................................... 25

5.3 Transacções relevantes com entidades relacionadas ................................................................... 26

5.4 Outras transacções ........................................................................................................................ 26

5.5 Modelo de governo e membros dos orgãos sociais ...................................................................... 26

5.6 Remunerações dos membros dos orgãos sociais .......................................................................... 27

5.7. Reuniões do Conselho de Administração ..................................................................................... 30

5.8. Análise de sustentabilidade da empresa ...................................................................................... 32

5.9 Avaliação sobre o grau de cumprimento dos Princípios de Bom Governo ................................... 33

5.10 Código de Ética ............................................................................................................................ 34

6. Evolução da Taxa Média Anual de Financiamento .............................................................................. 35

7. Análise Económico-Financeira ............................................................................................................. 36

7.1 Investimentos ................................................................................................................................ 36

7.2 Análise Económico-Financeira ...................................................................................................... 40

7.3 Programa “PAGAR A TEMPO E HORAS” ........................................................................................ 48

8. Objectivos de Gestão ........................................................................................................................... 49

9. Proposta de Aplicação de Resultados .................................................................................................. 50

10. Notas Finais........................................................................................................................................ 51

II. Contas do exercício .............................................................................................................................. 52

III. Anexo ao Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e às Demonstrações dos Resultados, por Natureza e

Funções, e à Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício então findo (em milhares de Euros) ...... 57

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Índice de Quadros Quadro 1 – Evolução da economia mundial

Quadro 2 – Principais indicadores económicos

Quadro 3 – Comércio externo por modo de transporte (volume)

Quadro 4 – Comércio externo por modo de transporte (valor)

Quadro 5 – Navios em actividade comercial

Quadro 6 – Origem e destino das mercadorias

Quadro 7 – Mercadorias por modo de acondicionamento

Quadro 8 – Principais mercadorias movimentadas

Quadro 9 – Mercadorias movimentadas por cais

Quadro 10 – Pescado transaccionado

Quadro 11 – Tráfego fluvial

Quadro 12 – Tipo de resíduos

Quadro 13 – Evolução do Efectivo de Pessoal

Quadro 14 – Saídas ocorridas em 2009

Quadro 15 – Distribuição do efectivo por funções

Quadro 16 – Distribuição do efectivo de pessoal por natureza do vínculo

Quadro 17 – Distribuição do efectivo do pessoal por escalões etários

Quadro 18 – Distribuição do efectivo do pessoal por níveis de antiguidade

Quadro 19 – Evolução do potencial de trabalho utilizado

Quadro 20 – Evolução da produtividade

Quadro 21 – Evolução da taxa de absentismo

Quadro 22 – Evolução das ausências por tipo de falta

Quadro 23 – Evolução da formação profissional

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

I – Relatório

1. Sumário Executivo Num ano marcado por uma conjuntura internacional adversa e uma redução do transporte marítimo,

o movimento de mercadorias no porto de Setúbal ressentiu-se, em especial nos primeiros cinco meses

do ano, tendo registado, a partir dessa data, uma progressiva recuperação.

Apesar disso, o segmento dos contentores continuou a sua trajectória de crescimento, registando um

aumento de 27%, com mais do dobro dos navios de contentores a escalar o porto de Setúbal em

relação ao ano anterior. Por esse motivo, a dimensão total dos navios aumentou cerca de 3%. Já na

carga fraccionada, destacou-se o aumento da movimentação de frutas, madeira e pasta de madeira.

Os granéis sólidos registaram um crescimento de 5,5%, alicerçado no aumento do movimento de

clinquer e de estilha de madeira.

Em termos comerciais, assistiu-se a uma sucessão de factos que beneficiaram o porto de Setúbal: por

um lado, a GRIMALDI reforçou as escalas em portos mediterrânicos no serviço semanal que integra o

porto de Setúbal; do mesmo modo, a SAFMARINE Portugal aumentou a oferta do serviço mensal para

vários portos africanos. Por outro, a linha regular da MAERSK de ligação a Cabo Verde, Guiné-Bissau e

Mauritânia passou a incluir o porto de Setúbal entre as suas escalas; já a linha GUIVER passou a

disponibilizar um serviço mais rápido através do aumento da frequência das escalas e melhoria dos

tempos de trânsito.

A implementação de um novo serviço de ligação ferroviária diária de contentores implementado entre

o Terminal Multiusos-Zona 2 e o Parque logístico da Bobadela, veio reforçar a competitividade do

porto na penetração no hinterland da zona Norte da Área Metropolitana de Lisboa.

Salienta-se ainda a importância da entrada em funcionamento da nova unidade de produção de papel

da Portucel, que poderá potenciar a utilização do transporte marítimo de curta distância, fixando

novas linhas regulares no porto de Setúbal.

As intervenções realizadas pela APSS nos portos de Setúbal e Sesimbra, quer no exercício das suas

funções de autoridade portuária, quer enquanto empresa prestadora de serviços, prosseguiram os

objectivos estratégicos definidos para o triénio 2009-2011, seguindo uma lógica de sustentabilidade

económico-financeira, ambiental e social e em cumprimento dos Princípios de Bom Governo.

Destaca-se, no final do ano, a disponibilização da Janela Única Portuária de Setúbal, um modelo

simplificado de funcionamento referente a despachos electrónicos de navios e mercadorias, utilizado

por todas as entidades oficiais, em substituição do anterior sistema de gestão portuária.

O ano terminou com a atribuição, pela Lloyd’s Register Quality Assurance, organismo independente de

reconhecido mérito internacional e devidamente acreditado, da Certificação da Qualidade depois da

respectiva auditoria, segundo a norma NP EN ISO 9001:2008.

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

1. Enquadramento

2.1 Económico

O ano 2009 ficou marcado pela recessão da economia mundial. A redução abrupta da procura interna

das economias mais desenvolvidas reflectiu-se negativamente no comércio internacional, propagando

a crise às economias emergentes. Para restabelecer o sistema financeiro internacional e melhorar a

confiança dos agentes económicos (e, por consequência, melhorar o investimento empresarial), as

autoridades monetárias e os governos resolveram intervir na economia, em alguns casos de forma

coordenada. (variação percentual anual)

Quadro 1 Evolução da Economia Mundial 2007 2008 2009(*) 2010(*)

Produto (var. em volume)

EUA 2,0 0,4 -2,5 2,7

Japão 2,3 -1,2 -5,3 1,7

Área Euro (15) 2,7 0,6 -3,9 1,0

Comércio Mundial (var. em volume) 7,2 2,8 -12,3 5,8

Preços no Consumidor

Economias Avançadas 2,2 3,4 0,1 1,3

Restantes países 6,4 9,2 5,2 6,2

(*) Previsão

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Janeiro, 2010

A economia portuguesa foi, em 2009, fortemente afectada pela crise financeira e económica mundial,

devido à sua abertura ao exterior e forte integração nas cadeias globais de produção. Não obstante, na

segunda metade do ano, assistiu-se a uma recuperação progressiva de alguns indicadores económicos,

designadamente, das exportações, depois da acentuada quebra no início do ano, e do investimento,

seguindo a recuperação da procura externa dos países da Área Euro e dos EUA. Também as

importações seguiram a redução da procura mundial, mas os últimos dados são mais favoráveis.

(variação percentual anual)

Quadro 2 Principais indicadores económicos

2007 2008 2009(*) 2010(*)

PIB Portugal 1,9 0,0 -2,6 0,3 Zona Euro 2,8 0,6 -4,0 0,1

Taxa de Inflação Portugal 2,4 2,6 -0,8 0,8

Zona Euro 2,1 3,3 0,3 1,1

(*) Previsão Fonte: Comissão Europeia, Economic Forecasts, Outono, 2009; Ministério das Finanças Relatório OE 2010, Janeiro, 2010

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

2.2 Sectorial

Em Portugal, o sector de transporte maioritariamente usado para o comércio externo continua a ser o

transporte marítimo (60%), sendo o modo rodoviário preferido no comércio com a União Europeia. Em

valor, o modo de transporte rodoviário assume preponderância, seguido do transporte marítimo

(dados de 2008).

Unidade: mil toneladas

Quadro 3 Comércio Externo por Modo de Transporte

2004 2005 2006 2007 2008 %

Rodoviário 26.503 28.133 28.622 31.517 27.682 35,0%

Marítimo 46.272 48.953 49.759 49.269 47.696 60,2%

Aéreo 334 339 388 427 553 0,7%

Outros 2.672 2.746 2.270 2.258 3.236 4,1%

Total 75.781 80.172 81.038 83.471 79.168 100%

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Unidade: mil euros

Quadro 4 Comércio Externo por Modo de Transporte

2004 2005 2006 2007 2008 (*) %

Rodoviário 49.933 49.712 54.251 58.807 55.240 59,4%

Marítimo 19.546 21.690 24.889 26.633 30.178 32,4%

Aéreo 4.015 3.933 4.698 5.251 4.930 5,3% Outros 1.943 1.989 1.763 1.568 2.691 2,9% Total 75.438 77.324 85.602 92.258 93.039 100%

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

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3. Actividade

3.1 Comercial

Em 2009, movimentaram-se no porto de Setúbal cerca de 5,9 milhões de toneladas de mercadorias, o

que representou um decréscimo de 4,3% em relação a 2008, mormente a recuperação verificada a

partir de Maio, com crescimentos mensais positivos, face ao período homólogo do ano anterior.

MOVIMENTO DE NAVIOS

No total, escalaram o porto de Setúbal 1.580 navios, dos quais 1.321 vieram em actividade comercial e

os restantes por outros motivos (visita, reparação, dragagens, etc). A Arqueação Bruta (GT) Média por

navio aumentou 8,7%, como resultado da redução verificada no número de escalas e do aumento na

Arqueação Bruta (GT) Total.

Unidade: nº navios

Fonte: APSS, SA

MOVIMENTO DE MERCADORIAS

Analisando o movimento de mercadorias por origens e destinos, destaca-se o facto de o rácio

Exportações/Importações ter sido de 1.45, como resultado de um aumento do volume das

exportações (8,1%) e de uma redução do volume das importações (-12,9%). Refira-se que o porto de

Setúbal é o único porto nacional com um movimento de exportação superior ao de importação,

afirmando-se cada vez mais como o porto exportador da região sul.

Igualmente digno de destaque é o incremento do volume de toneladas movimentadas com destino a

países fora da União Europeia, tendo aumentado cerca de 200% no período 2007-2009, com especial

ênfase no tráfego com o continente Africano.

Representando 17% do comércio externo, o tráfego de cabotagem, sofreu uma desaceleração, como

consequência da redução da movimentação de:

Cimento a granel, carregado no Terminal da Secil com destino às Regiões Autónomas da

Madeira, dos Açores e continente;

Produtos petrolíferos (gasóleo, gasolina e fuelóleo), provenientes de Sines e descarregados

no Terminal Tanquisado.

Quadro 5 Navios em actividade comercial

2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08

Nº Navios Nacionais 277 292 247 5,4% -15,4%

GT (1000 Tons.) Nacionais 1.080 1.331 943 23,2% -29,1%

Nº. Navios Estrangeiros 1.169 1.105 1.074 -5,5% -2,8%

GT (1000 Tons.) Estrangeiros 13.244 12.870 13.651 -2,8% 6,1%

Total Navios 1.446 1.397 1.321 -3,4% -5,4%

Total GT (1.000 Tons.) 14.324 14.201 14.594 -0,9% 2,8%

GT Médio (1.000 Tons.) 9,9 10,2 11,0 2,6% 8,7%

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Unidade: mil toneladas

Quadro 6 Origem/destino das mercadorias

2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08

União Europeia 2.892 2.156 1.461 -25,4% -32,2%

Importação 1.195 923 667 -22,8% -27,7%

Exportação 1.697 1.233 794 -27,3% -35,6%

Restantes países 2.529 2.802 3.419 10,8% 22,0%

Importação 1.830 1.365 1.325 -25,4% -2,9%

Exportação 699 1.437 2.093 105,6% 45,7%

Total

Importação 3.025 2.288 1.993 -24,4% -12,9%

Exportação 2.396 2.670 2.887 11,4% 8,1%

Total comércio externo 5.421 4.958 4.880 -8,5% -1,6%

Cabotagem entrada 667 593 430 -11,1% -27,6%

Cabotagem saída 747 573 550 -23,3% -4,0%

Total cabotagem 1.414 1.166 979 -17,5% -16,0%

Total geral 6.835 6.124 5.859 -10,4% -4,3%

Fonte: APSS, SA

Analisando o tráfego por modo de acondicionamento das cargas, verificou-se que, em 2009:

Os granéis líquidos apresentaram uma redução de cerca de 28%, em especial os produtos

petrolíferos refinados e os ácidos;

Os granéis sólidos, que representam cerca de 56% do tráfego total, atingiram 3,3 milhões de

toneladas, o que representou um aumento de 5,5%, destacando-se o crescimento do clinquer

(41,2%) e da estilha de madeira para a indústria papeleira (65,5%), movimentados nos terminais

Termitrena e Multiusos - Zona 1, respectivamente.

Em carga geral movimentaram-se 1,9 milhões de toneladas de mercadorias, verificando-se uma

redução de 8,5% em relação a 2008, para a qual contribuiu, de forma significativa, a redução na

carga roll-on roll-off, como resultado da crise que atingiu o sector automóvel. A carga

contentorizada, pelo contrário, seguiu a trajectória de crescimento, aumentando 27%. Na carga

geral fraccionada destaca-se, pela positiva, o aumento na movimentação de madeira, pasta de

papel, fruta fresca e cimento ensacado e, pela negativa, a redução da importação de produtos

metalúrgicos.

Unidade: mil toneladas

Quadro 7 Mercadorias por modo de acondicionamento

2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08

Granéis líquidos 955 953 687 -0,2% -27,9%

Granéis sólidos 3.696 3.144 3.318 -14,9% 5,5%

Carga geral 2.183 2.026 1.854 -7,2% -8,5%

Carga fraccionada 1.740 1.518 1.421 -12,8% -6,4%

Carga contentorizada 118 183 232 54,8% 27,0%

Carga ro-ro 325 326 202 0,2% -38,1%

Total 6.834 6.123 5.859 -10,4% -4,3%

Nº de caixas de 20' e 40' 7.507 13.843 17.045 84,4% 23,1%

Nº TEU's 12.425 19.952 25.506 60,6% 27,8%

Nº de veículos 193.472 196.830 132.555 1,7% -32,7%

Fonte: APSS, SA

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Unidade: mil toneladas

Quadro 8 Principais mercadorias movimentadas

2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08

Clinquer 1.186 918 1.297 -22,6% 41,2%

Cimento 1.427 1.129 957 -20,9% -15,2%

P. Metalúrgicos 901 774 620 -14,1% -19,9%

Carvão/ Coque 410 571 568 39,2% -0,4%

Concentrado cobre/ zinco 426 494 345 15,9% -30,1%

Gasóleo/Gasolina 398 390 275 -2,1% -29,5%

Fuelóleo 376 392 273 4,1% -30,4%

Madeiras 220 152 240 -30,8% 57,8%

Pasta de Madeira 218 196 215 -10,0% 9,5%

Ro-Ro 325 326 202 0,2% -38,1%

P. Agrícolas 239 102 184 -57,4% 80,3%

Adubos 305 209 145 -31,6% -30,3%

Ácidos 123 110 93 -10,4% -15,7%

Frutas 40 33 36 -16,8% 7,3%

Pedras Ornamentais 17 22 14 29,7% -36,9%

Outros 223 307 396 37,6% 29,2%

Total 6.834 6.124 5.859 -10,4% -4,3%

Fonte: APSS, SA

Os terminais de uso privativo movimentaram cerca de 3,5 milhões de toneladas, representando 60%

do tráfego total do porto, destacando-se:

Terminal Termitrena, que registou um tráfego de 1,8 milhões de toneladas de clinquer e

carvão, crescendo 25%;

Terminal Secil, com uma movimentação de 854 mil toneladas, destacando-se o

crescimento de 22% no cimento ensacado;

Terminal Praias do Sado, que movimentou 458 mil toneladas, importando 112 mil toneladas

de fuelóleo e exportando 345 mil toneladas de concentrado de cobre e zinco.

Relativamente aos terminais de serviço público, o Terminal Multiusos - Zona 1 continua a ser o maior

terminal em termos de volume de mercadorias movimentadas, representando cerca de 46% do

tráfego nos terminais de serviço publico.

O Terminal Multiusos - Zona 2 apresentou o maior crescimento em relação ao ano anterior,

duplicando a sua movimentação, atingindo 575 mil toneladas no total.

O Terminal Sapec – Sólidos também teve um desempenho positivo, crescendo cerca de 10%, tendo

movimentado 419 mil toneladas.

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Unidade: mil toneladas

Quadro 9 Mercadorias movimentadas por cais

2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08

Terminais de serviço público 3.352 2.427 2.314 -27,6% -4,7%

Multiusos - Zona 1 1.846 1.422 1.071 -23,0% -24,6%

Sapec – Granéis Sólidos 962 382 419 -60,3% 9,9%

Multiusos - Zona 2 190 284 575 49,7% 102,2%

Terminal Roll-On Roll-Off 219 213 156 -2,8% -26,6%

Sapec - Granéis Líquidos 135 127 92 -6,0% -27,2%

Terminais de uso privativo 3.482 3.697 3.545 6,2% -4,1%

Termitrena 1.092 1.430 1.785 31,0% 24,8%

Secil 1.141 959 854 -16,0% -10,9%

Praias Sado 545 703 458 29,0% -34,9%

Tanquisado/Eco-Oil 609 502 375 -17,5% -25,4%

Outros Terminais 95 102 73 7,7% -28,4%

Total 6.834 6.124 5.859 -10,4% -4,3%

Fonte: APSS, SA

PESCA

No total dos dois portos sob jurisdição da APSS, verificou-se uma redução, quer em volume de

pescado quer em valor total, não obstante, no porto de Sesimbra a redução ter sido menor.

Quadro 10 Pescado transaccionado

2007 2008 2009 Var.08/07 Var.09/08

Setúbal

Peso (Toneladas) 4.805 4.101 2.692 -14,7% -34,4%

Valor (Mil Euros) 7.501 6.557 5.258 -12,6% -19,8%

Sesimbra

Peso (Toneladas) 11.781 15.091 12.638 28,1% -16,3%

Valor (Mil Euros) 21.376 22.231 20.631 4,0% -7,2%

Peso Total (Tons) 16.586 19.192 15.330 15,7% -20,1%

Valor Total (Mil Euros) 28.877 28.788 25.889 -0,3% -10,1%

Fonte: Docapesca – Portos e Lotas, SA

TRÁFEGO FLUVIAL

O tráfego fluvial entre as duas margens do Rio Sado representou, em 2009, cerca de 1,3 milhões de

passageiros, registando uma quebra de 25%, apesar da entrada em funcionamento dos catamarans de

transporte de passageiros, o que poderá ser explicado, em parte, com alteração do tarifário.

Unidade: nº de bilhetes

Quadro 11 Tráfego fluvial

2007 2008 2009 Var. 08/07 Var. 09/08

Veículos 506.902 442.747 352.483 -13% -20%

Velocípedes 14.810 12.041 9.346 -19% -22%

Passageiros 1.117.107 1.186.265 874.885 6% -26%

Passes 4.528 12.558 8.308 177% -34%

Total 1.638.819 1.653.611 1.245.022 1% -25%

Fonte: Atlantic Ferries

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

3.2 Acções desenvolvidas

A concretização da estratégia e dos objectivos que a APSS se propôs atingir em 2009 materializou-se

no desenvolvimento de um conjunto de acções e projectos, nos diversos domínios de actuação da

empresa, que se passam a descrever:

DESEMPENHO AMBIENTAL

Avaliação da Qualidade Ambiental

Enquadrado pelo Protocolo celebrado com o Instituto do Ambiente, foi efectuada a avaliação da

qualidade do ar ambiente no Trem Naval, envolvendo a utilização de amostradores passivos e da

estação móvel de qualidade do ar.

Minimização dos riscos ambientais

No âmbito do Protocolo com o IPIMAR, deu-se continuidade à implementação do Plano de

Monitorização Ambiental, associado às dragagens de manutenção, que compreende:

a) Análise dos sedimentos

A campanha de caracterização dos sedimentos, realizada em 2009, compreendeu a recolha de

amostras em 14 estações e permitiu obter a seguinte informação:

Os sedimentos recolhidos no Canal Norte e no Canal Sul eram constituídos por material a dragar

limpo ou com contaminação vestigiária (classe 1 e 2 da tabela de classificação, correspondendo

aos níveis mais baixos de poluição),

Os sedimentos do Canal da Barra Sul eram constituídos por material incluído nas duas classes de

contaminação seguintes, devido aos níveis de crómio encontrados. No entanto, a

homogeneidade destes valores nesta zona do leito do estuário, a inexistência de registos

históricos de contaminação associada à natureza destes sedimentos (areia média) e a distância a

fontes de contaminação sugere que os teores de crómio são de origem natural. Com efeito, um

estudo efectuado pelo IPIMAR demonstrou que cerca de 50 % do teor de crómio nestas amostras

é de origem litogénica e não está disponível para os seres vivos.

b) Análise de comunidades biológicas Os estudos das comunidades biológicas, desenvolvidos complementarmente à caracterização de

sedimentos, permitem acompanhar os efeitos da realização das dragagens, tanto nos locais de

remoção dos sedimentos como no local onde são imersos. Estes trabalhos iniciaram-se em 2005 e,

após a campanha de 2009, sugerem que o ecossistema do Estuário do Sado possui comunidades

de macroinvertebrados bentónicos (organismos visíveis a olho nu, que vivem no sedimento e são

normalmente utilizados como indicadores da qualidade do meio) bem adaptadas, quer às diversas

pressões antropogénicas a que estão permanentemente sujeitas, quer a factores naturais, como

por exemplo, a granulometria dos sedimentos superficiais.

Page 12: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

11

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Paralelamente, os resultados obtidos nos estudos da zona de imersão sugerem o seguinte:

A imersão de sedimentos do Canal da Barra, com valores relativamente elevados de crómio de origem natural, não evidencia mobilização deste metal para a coluna de água, não tendo sido detectadas diferenças entre as concentrações deste metal no local de imersão dos dragados e na proximidade do Parque Marinho Professor Luís Saldanha;

Os teores de Cádmio, Chumbo e Mercúrio no músculo das espécies estudadas foram, de um modo geral, inferiores aos limites legais previstos para consumo humano.

Desenvolvimento sustentável

A aplicação de Planos de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição tem como

objectivo fomentar, numa lógica de ciclo de vida, uma abordagem que garanta a sustentabilidade

ambiental da actividade de construção civil, privilegiando a redução, reutilização e reciclagem de

resíduos

Gestão de Resíduos

Em 2009, movimentaram-se nos portos de Setúbal e Sesimbra 85 toneladas de resíduos, 56% dos

quais seguiram destinos de valorização (armazenamento, reciclagem, refinação) e 44% foram para

destruição. Mantiveram-se outros circuitos de recolha selectiva, nomeadamente o encaminhamento

de óleos usados para a Sogilub – Sociedade de Gestão Integrada de Óleos Lubrificantes Usados, Ldª,

assim como outros, pouco significativos em termos numéricos, mas importantes a nível de boas

práticas na gestão de resíduos.

Unidade: Toneladas

Quadro 12 Tipo de resíduos

2009 Valorização Eliminação

Óleos usados 12,376

Resíduos com Hidro-carbonetos

Emb. e absorv. contaminados 2,562

Filtros de óleo 0,392

Solventes 0,056

Lâmpadas 0,094

Emb. madeira 30,44

Res. Const./Demolições 0,86

Redes plásticas 4,8

Resíduos de navios 13,58

Outros 0,071 20,38

Total/destino 48,229 37,38

Total geral 85,609

% 56 44

Oleões - Pontos de recolha de óleos usados

A APSS está a remodelar os pontos de recolha de óleos usados, permitindo a adopção de melhores

práticas ambientais e a integração paisagística destes pontos no ambiente envolvente. Esta acção

desenvolve-se em várias vertentes, nomeadamente:

Substituição das antigas estruturas de metal pintado, por oleões em polietileno feito por

rotomoldagem de alta resistência e com paredes duplas, permitindo assim reter, no seu interior,

um eventual derrame, sendo esta ocorrência visível através de um sinalizador exterior;

Page 13: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

12

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Colocação de equipamento complementar devidamente identificado para recolha de resíduos

contaminados por óleos usados: embalagens vazias, filtros de óleos, absorventes.

Colocação de uma cobertura de protecção, que abarca as bacias onde está o equipamento, para

evitar o arrastamento de óleos para o solo e águas, contribuindo efectivamente para preservação

do ambiente envolvente.

Plano Portuário de Gestão de Resíduos

Neste âmbito, procedeu-se à revisão do Plano Portuário de Gestão de Resíduos para os Portos de

Setúbal e Sesimbra, aprovado pelo IPTM. Foi, igualmente, feita a verificação da Declaração de

Resíduos dos navios comerciais que utilizaram o Porto de Setúbal e o acompanhamento do processo

de descarga de resíduos em 209 navios. Realizou-se ainda o acompanhamento do acondicionamento e

descarga de Resíduos Sólidos Urbanos provenientes de 71 navios.

SIGAP – SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO AMBIENTAL E PORTUÁRIA

Em 2009, procedeu-se à actualização e manutenção do sistema, tal como ao carregamento de dados

das infra-estruturas portuárias, dos relatórios de análise e amostragens efectuadas pelo IPIMAR.

SEGURANÇA MARÍTIMA E PORTUÁRIA

A APSS participou em diversos actos em coordenação com outras entidades e organismos oficiais

com competências no âmbito dos serviços de tráfego marítimo, da segurança, da protecção

marítimo-portuária, e da prevenção da poluição marítima;

Realizaram-se diversas acções de natureza preventiva e correctiva no âmbito da saúde,

segurança e higiene no trabalho;

Procedeu-se ao controlo da movimentação de mercadorias perigosas (HAZMAT);

A APSS participou no exercício de combate à poluição do mar por hidrocarbonetos “ESPADARTE

2009” da Autoridade Marítima Nacional;

O Plano de Emergência Interno (PEI) da APSS foi actualizado, com o carregamento de dados no

programa informático (EIS INFOBOOK);

Submeteu-se à aprovação da Autoridade Competente para a Protecção do Transporte Marítimo e

Portos a Avaliação e o Plano de Protecção do Porto de Setúbal;

Realizaram-se inspecções de segurança a estabelecimentos licenciados/concessionados e

diversas acções de fiscalização por via marítima à área de jurisdição da APSS;

A APSS participou, com o Oficial de Protecção do Porto de Setúbal, em vários exercícios de

protecção, envolvendo as instalações portuárias, navios de bandeira não nacional, em conjunto

com a Autoridade Competente para a Protecção do Transporte Marítimo e Portos e as demais

autoridades com jurisdição no porto de Setúbal.

Page 14: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

13

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

CENTRO DE CONTROLO DE TRÁFEGO MARÍTIMO

Prestação de serviços de tráfego marítimo pelo Centro de Controlo de Tráfego Marítimo (VTS) do

Porto de Setúbal em regime permanente, em conformidade com as disposições da Resolução da

IMO A.857 (20) “Guidelines for Vessel Traffic Services”;

Revisão e manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) - NP EN ISO 9001:2008 - do VTS,

com vista à sua melhoria contínua, o qual foi submetido a uma auditoria interna e a uma

auditoria de acompanhamento pela Det Norske Veritas (DNV), não tendo sido constatadas, em

todas elas, quaisquer Não Conformidades;

Realização de todas as tarefas previstas no Plano da Qualidade do VTS para o ano 2009;

Gestão da manutenção dos equipamentos e sistemas do Centro de Controlo de Tráfego Marítimo

(VTS), de videovigilância e de detecção e combate a incêndios e à poluição do mar por

hidrocarbonetos da APSS.

GESTÃO DE CONCESSÕES

Relativamente às licenças e concessões portuárias, procedeu-se ao acompanhamento das mesmas

através do registo de ocorrências, efectuadas no terreno pelos serviços competentes, dando-se depois

seguimento das respectivas notificações, a fim de as concessionárias procederem em conformidade

com as cláusulas dos contratos, cumprindo as obrigações deles emergentes.

Para além da optimização e rentabilização dos espaços dominiais, as acções mais relevantes

concluídas em 2009 foram as seguintes:

No âmbito da gestão de dívidas de clientes, foram sendo revogadas, ao longo do ano, diversas

licenças e autorizações e desencadeado o respectivo processo de desocupação, seja de

instalações, seja de postos de amarração de embarcações, além de terem sido efectuados

diversos cortes de água e energia eléctrica. Foi ainda accionada uma garantia bancária para

pagamentos de dívidas de uma concessão;

Nos casos em que era devido, nos termos dos respectivos contratos, foi solicitada a

actualização dos valores das cauções prestadas, a prova de vigência dos respectivos seguros e

a actualização dos planos de segurança;

Foi assinada a primeira revisão do contrato de concessão de serviço público do transporte

fluvial de passageiros, veículos ligeiros e pesados e de mercadorias, entre Setúbal e a

Península de Tróia com a Atlantic Ferries, SA;

Foi assinada a segunda revisão do contrato de concessão do direito de uso privativo de bens

do domínio público, com a Imoareia, SA;

Foi assinado o contrato de trespasse da concessão do direito de uso privativo de bens do

domínio público com a Imoareia, SA e a Grano Salis, SA;

Após as vistorias da APSS às respectivas instalações, iniciaram-se, em 28-07-2009, as carreiras

do transporte fluvial de passageiros entre a Doca das Fontainhas, em Setúbal, e a Ponta do

Adoxe, em Tróia, através dos novos catamarans.

Page 15: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

SISTEMA DE QUALIDADE

Em 2009, foi elaborado o Plano de Gestão de Riscos e Corrupção Conexas, em cumprimento do

Despacho do MOPTC de 6/11/2009, e Recomendação nº 1/2009 do Conselho de Prevenção da

Corrupção, publicada na 2.ª Série do Diário da República, nº 140, de 22/07/2009.

Por imposição do requisito 8.5 da Norma ISO 9001:2008, criou-se o procedimento P09-Melhoria

Contínua, Acções correctivas e Preventivas, possibilitando que qualquer colaborador ou cliente

identifique e proponha a adopção de melhorias nos processos ou procedimentos seguidos na APSS.

Em 2009 foram contabilizados 70 pedidos de acção abertos pelos colaboradores, estando 55 destes

fechados e 15 pedidos pendentes de resolução.

No âmbito da responsabilidade social, destaca-se a formação da Bolsa de Auditores da APSS, segundo

a Norma NP EN ISO 19011:2002, que realizaram auditorias internas, a fim de avaliar o grau de

implementação do Sistema de Gestão da Qualidade nos serviços. Realizaram-se ainda acções de

sensibilização para a importância da Qualidade dirigidos aos colaboradores.

Em 2009, realizaram-se questionários de satisfação dos clientes dos portos de Setúbal e Sesimbra,

abrangendo não só a comunidade portuária local, mas também os comandantes dos navios que

escalam o porto de Setúbal.

Ainda no âmbito da qualidade do serviço prestado, com a implementação de um procedimento

relativo à Gestão das Reclamações, procedeu-se ao acompanhamento e análise das reclamações

efectuadas em 2009.

Foi desenvolvida uma aplicação informática de apoio ao Sistema de Gestão da Qualidade (B-Quality).

Finalmente, dando cumprimento às linhas orientadoras definidas pela tutela, a Lloyd´s Registy Quality

Assurance certificou em Novembro de 2009, o Sistema de Gestão da Qualidade da APSS segundo o

referencial NP EN ISO 9001:2008.

PILOTAGEM

Os serviços da pilotagem continuaram a contribuir para a segurança da navegação, das instalações

portuárias e protecção ambiental, procurando-se apostar na formação, como forma de actualização

das melhores práticas e treino (como exemplo a frequência da acção de formação em Bridge Resource

Management na Escola Superior Náutica).

Page 16: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

MARKETING

As acções de marketing, desenvolvidas em 2009, tiveram em conta a estratégia customer centred da

APSS, designadamente através de iniciativas que procuraram conhecer os requisitos dos clientes

sobre os serviços logístico-portuários, bem como a avaliação do seu nível de satisfação. Procedeu-se

à divulgação das actividades da empresa (corporate image) e à promoção dos serviços portuários,

no sentido de aumentar o seu nível de notoriedade junto dos diversos públicos.

Nas acções orientadas para o cliente, salienta-se a realização de um programa de visitas, que visou o

aumento da proximidade, no sentido de perspectivar novas oportunidades de negócio, bem como a

fidelização dos clientes. Neste âmbito, foi operacionalizado o projecto Marketing Research System,

dirigido ao segmento de contentores. Estas iniciativas foram articuladas com os membros da

Comunidade Portuária de Setúbal, designadamente com os concessionários de serviço público.

Com o objectivo de divulgar a oferta portuária, deu-se continuidade à edição de diversos suportes

informativos, destacando-se a Newsletter, a Tabela de Marés, o Serviço de Recortes, Portnews e o site

da APSS. Promoveu-se a ligação à comunicação social local e do sector portuário, designadamente

através do envio regular de informação sobre as actividades da empresa.

A APSS esteve directamente envolvida na promoção e organização de diversos eventos sobre a

temática logístico-portuária, destacando-se o IV Seminário das Plataformas Logísticas Ibérias, com o

tema “Preparar a Retoma, Repensar a Logística”.

Com enquadramento num programa de âmbito nacional dedicado à celebração do Dia Mundial do

Mar, a APSS organizou uma palestra dedicada ao tema “Alterações climáticas: um desafio também

para a IMO” e organizou uma acção conjunta com a Sociedade de Geografia de Lisboa, que consistiu

no apoio à edição de uma medalha alusiva ao Galeão do Sal e a aposição dum carimbo comemorativo,

que reproduzia a silhueta desta embarcação típica do Sado.

PARCERIAS E COOPERAÇÃO

No âmbito do protocolo com a EVALUE, para o desenvolvimento do projecto SARA.E – Sistema

para Avaliação da Responsabilidade Ambiental das Empresas: Concepção e Desenvolvimento de

um Protótipo Operacional para as Empresas. Este projecto, apoiado pelo Sistema de Incentivos à

Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, tem como objectivo principal disponibilizar uma

ferramenta de carácter operacional que responda às necessidades e responsabilidades de

carácter operacional e técnico, já transposta para o direito interno.

A APSS participou num consórcio internacional liderado pela prestigiada organização Holandesa

TNO-Nederlandse Organisatie voor Toegepast, no âmbito de uma candidatura conjunta ao 7º

Programa-Quadro (Tema 10: Security), designada CASSANDRA – Common Accessment and

Analysis of Risk in Global Supply Chains.

Page 17: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

16

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

No porto de Sesimbra, foram realizados os testes finais do âmbito do projecto europeu GREX,

que incidiu sobre o desenvolvimento de tecnologias marinhas para aplicações científicas, como o

levantamento de fundos marinhos, que envolve o Instituto Superior Técnico e a participação de

países como Alemanha, França, Itália e Reino Unido.

Com a conclusão das obras de melhoramento efectuadas na infra-estrutura ferroviária de ligação

aos Terminais Multiusos do Porto de Setúbal, foi celebrado um protocolo com a REFER relativo à

cedência desta infra-estrutura ferroviária à APSS, que ficou responsável pela sua gestão e

manutenção.

A APSS e ENAPOR, Empresa Nacional de Administração dos Portos, responsável pela

administração dos Portos de Cabo Verde, assinaram um Protocolo de Colaboração tendo em vista

o estreitamento de relações entre estes portos.

Na ligação ao meio universitário/escolas, destaca-se o protocolo com a Escola Superior de

Ciências Empresariais, que contempla a dinamização conjunta do Prémio de Logística do Porto de

Setúbal, que tem como objectivo premiar o melhor trabalho académico em Logística Marítimo-

Portuária. Deu-se continuidade ao Projecto Escolas, com a realização de várias visitas aos portos

de Setúbal e Sesimbra.

A APSS participou em diversas reuniões com a Sociedade SetúbalPolis e com Câmara Municipal

de Setúbal, tendo emitido diversos pareceres no âmbito dos seus poderes de autoridade nos

terrenos incluídos na área de intervenção do Programa Polis.

A APSS participou nos trabalhos da Comissão Técnica de Acompanhamento da Revisão do Plano

Director Municipal Sesimbra, tendo, igualmente, passado a integrar a Comissão Técnica de

Acompanhamento da Revisão do Plano Director Municipal de Palmela.

No âmbito das obras de protecção da encosta ao longo da EN 378, no Porto de Sesimbra, a APSS

prestou toda a colaboração e o acompanhamento necessário à realização da mesma às Estradas

de Portugal.

A APSS participou no Plano de Acção para Salvaguarda e Monitorização da População de Roazes

do Estuário do Sado, promovido pelo Instituto para a Conservação da Natureza e da

Biodiversidade que tem como missão, proteger e recuperar a população de roazes do Sado, única

em Portugal, melhorando as condições do seu habitat, através da concertação dos agentes

relevantes para a sua conservação.

A APSS participou no Projecto Net Port Cities, que visa criar um sistema de informações comum

aos portos e municípios, que permita melhorar a comunicação, a troca de experiências e

informações, visando a integração/interacção entre portos e cidades.

Page 18: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

A APSS participou nos trabalhos de estudo da ligação ferroviária do Terminal Termitrena à rede

nacional, com a REFER e a Sapec.

SISTEMAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO

Migração da estrutura de networking, o que permitiu obter ganhos na optimização por

menores tempos de acesso e uma melhor monitorização de rede em tempo real;

Aquisição de uma nova estrutura de armazenamento e backup de dados e implementação de

um novo dispositivo anti-spam (Pinne-up);

Conclusão do estudo de consultoria que visa dotar a área informática de melhores práticas;

Entrada em funcionamento da JUP – Janela Única Portuária, que visa permitir a declaração

electrónica de cargas;

Continuação da colaboração com diferentes escolas públicas, proporcionando estágios na

área informática aos respectivos alunos.

PIFF - POSTO DE INSPECÇÃO FRONTEIRIÇO FITOSSANITÁRIO

Em 2009, foram concluídas as obras de instalação, as ligações às infra-estruturas e o arranjo do espaço

envolvente, tendo-se procedido à sua entrega à Direcção-Geral de Agricultura.

MANUTENÇÃO, CONSERVAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

Deu-se continuidade à realização do Plano Anual de Dragagens de Manutenção do Porto de Setúbal,

com fundos dragados a -12,70m (ZH) no canal da Barra.

Foram desenvolvidos alguns estudos relacionados com a modernização do edifício sede da APSS,

designadamente, estudos prévios da remodelação do piso térreo do edifício, do acesso exterior,

recepção e zona do corredor.

Procedeu-se, igualmente, à montagem de um gerador de emergência no posto de transformação da

Lota de Setúbal, à elaboração do projecto e fiscalização da nova rede eléctrica do edifício da ex-lota, à

realização de trabalhos de electrificação nos pontões flutuantes Carraca e Ribeira da Ajuda e dos

portões e sistema abastecimento de água do lado nascente da Doca de Recreio das Fontainhas, bem

como trabalhos de manutenção das redes eléctricas nos edifícios, equipamentos e sistemas de

assinalamento marítimo.

Os trabalhos de fiscalização incidiram sobre as obras já identificadas, repartidas entre os portos de

Setúbal e Sesimbra. Registe-se ainda a elaboração dos respectivos Planos de Segurança e Saúde da

maioria das empreitadas.

A APSS analisou e emitiu pareceres relativamente a um conjunto diversificado de obras da

responsabilidade das empresas concessionárias/licenciadas.

Page 19: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

18

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

4. Recursos Humanos

Dando continuidade ao processo de reestruturação aprovado pelo Conselho de Administração no ano

2008 e tendo em vista alcançar um dos objectivos gerais traçados no plano estratégico “adequar a

estrutura orgânica à geração de receitas e aos custos existentes; diminuir e/ou flexibilizar a estrutura

actual em pelo menos 10% do total”, foram concedidos incentivos que conduziram, durante o ano de

2009, à saída, por aposentação, de 8 trabalhadores e de 3 por rescisão amigável dos vínculos laborais.

Durante o ano 2009 não se registaram entradas de efectivos na APSS.

Unidade: 1 efectivo

Quadro 13 Evolução do Efectivo de Pessoal

2007 2008 2009

Efectivo 190 189 177

Efectivo Médio 192 189 181

Fonte: APSS, SA

Quadro 14 – Saídas

Unidade: 1 efectivo

Quadro 14 Saídas ocorridas em 2009

Quadros Superiores

Quadros Médios

Quadros Intermédios

Profissionais Altamente

Qualificados e Qualificados

Profissionais Semiqualificados

Profissionais não

Qualificados

Aposentação antecipada 1 2 1 3 - -

Aposentação - - - - - 1

Requisição - - - - - -

Cessação do contrato a termo certo

- - - - - -

Cessação do contrato a termo incerto

- - - - - -

Cessação do contrato permanente

- - - 1 - 2

Outros - - - 1 - -

Fonte: APSS, SA

DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR FUNÇÕES

A função de Apoio Técnico-Administrativo continua a ser a função com maior peso no efectivo global,

cerca de 43,5%, logo seguida da função Navegação e Segurança, que representa hoje cerca de 23% no

total de efectivos.

Page 20: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

19

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Unidade: 1 efectivo

Quadro 15

Distribuição do efectivo por funções 2007 2008 2009

Recursos Dominiais 9 9 11

Navegação e Segurança 42 42 41

Operação Portuária e Fiscalização da Actividade Portuária 28 23 18

Obras, Projectos e Ambiente 34 33 30

Apoio Técnico-Administrativo 77 82 77

Fonte: APSS, SA

DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR NATUREZA DE VÍNCULO

Como se verifica pelo quadro seguinte a quase totalidade do efectivo de pessoal encontra-se vinculado

ao quadro da administração.

Unidade: 1 efectivo

Quadro 16 Distribuição do efectivo de pessoal por natureza do vínculo

2007 2008 2009

Quadro 189 188 176

Além do quadro (a) 1 1 1

(a) Em comissão de serviço Fonte: APSS, SA

DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR NÍVEIS DE HABILITAÇÃO

Cerca de 39 % do efectivo de trabalhadores da APSS possui como habilitações escolares o ensino

superior, tendo-se registado um aumento de 8% relativamente ao ano de 2008, reflexo de uma

tendência que se vem verificando nos últimos anos de investimento dos colaboradores na sua

formação e valorização pessoal facilitada pelo reconhecimento pela APSS do Estatuto do Trabalhador

Estudante.

Em 2009 beneficiaram do Estatuto em causa 11 trabalhadores para obtenção de formação superior,

licenciaturas, pós-graduações e doutoramentos, em diversas áreas.

Regista-se a conclusão durante o ano de 2009 de duas licenciaturas por parte de dois daqueles

trabalhadores.

DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR ESCALÕES ETÁRIOS

Assinala-se o facto de o efectivo ser relativamente jovem, com uma idade média de 45 anos. A maioria

dos trabalhadores tem idade inferior a 50 anos.

Page 21: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

20

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Unidade: 1 efectivo

Quadro 17 Distribuição do efectivo de pessoal por escalões etários

2007 2008 2009

De 18 a 24 1 1 0

De 25 a 29 3 0 1

De 30 a 34 23 19 14

De 35 a 39 22 24 25

De 40 a 44 45 46 42

De 45 a 49 48 47 44

De 50 a 54 34 36 40

De 55 a 59 8 11 8

De 60 a 61 2 1 0

De 62 a 64 2 3 1

65 e mais anos 2 1 2

Fonte: APSS, SA

DISTRIBUIÇÃO DO EFECTIVO DE PESSOAL POR NÍVEIS DE ANTIGUIDADE Unidade: 1 efectivo

Quadro 18 Distribuição do efectivo de pessoal por níveis de antiguidade

2007 2008 2009

Até 1 ano 1 0 0

De 1 a 2 anos 8 1 1

De 2 a 5 anos 25 23 17

De 5 a 10 anos 56 44 39

De 10 a 15 anos 11 19 27

Mais de 15 anos 89 102 93

Fonte: APSS, SA

EVOLUÇÃO DO POTENCIAL DE TRABALHO UTILIZADO

Apesar da adjudicação da concessão do serviço público de movimentação de cargas, continuou a ser

na função de Operação Portuária e Fiscalização da Actividade Portuária que se verificou, no ano de

2009, o maior recurso ao trabalho suplementar, logo seguida da função de Segurança Marítima e

Portuária.

Verifica-se, no entanto, a manutenção da tendência decrescente do volume do trabalho suplementar

que diminuiu relativamente ao ano anterior cerca de 17,6%.

Unidade: Milhares de horas

Fonte: APSS, SA

Quadro 19 Evolução do potencial de trabalho utilizado

2007 2008 2009

Trabalho normal 298 312 229

Trabalho suplementar 4,7 3,4 2,8

Horas efectivamente trabalhadas 302,7 315,4 231,8

Page 22: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

21

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE Unidade: 1 efectivo

Quadro 20

Evolução da produtividade 2007 2008 2009

Efectivo médio 192 189 181

VAB (em milhares de euros) 15414,25 15.370,70 15.036,17

Produtividade média (em milhares de euros) 80 81 83

Fonte: APSS, SA

EVOLUÇÃO DA TAXA DE ABSENTISMO

A taxa de absentismo subiu de 5,4 % para 6,0 %, tendo como principais motivos o aumento do número

de horas de ausência por acidente em serviço e doença, ambos com alguns casos de recuperação

muito prolongada.

No conjunto das faltas justificadas nos termos da lei destacam-se a dispensa para prestação de provas

ao abrigo do estatuto de trabalhador estudante, seguida da licença por maternidade/paternidade e

das dispensas para tratamento ambulatório, conforme quadros infra.

Unidade: Milhares de horas

Quadro 21 Evolução da taxa de absentismo

2007 2008 2009

Potencial Máximo de trabalho 298 332 320

Total de horas de ausência 21 18 19

Taxa de absentismo 7,1 5,4 6,0

Fonte: APSS, SA

Unidade: 1 hora

Quadro 22 Evolução das ausências por tipo de falta

2007 2008 2009

Doença 8.495 6.766 7.833

Acidente de Trabalho 4.444 5.374 6.566

Outras faltas justificadas 7.173 6.082 4.323

Faltas injustificadas 0 0 0

Fonte: APSS, SA

EVOLUÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Assinala-se um significativo aumento do número total de horas de formação e do número de

trabalhadores que frequentaram durante o ano de 2009 acções de formação profissional, sendo que

1149 horas respeitam a dispensa para frequência de aulas e prestação de provas de avaliação, ao

abrigo do Estatuto do Trabalhador Estudante, do qual beneficiam cerca de 11 trabalhadores.

Nas instalações da empresa, realizaram-se 267 horas de formação, distribuindo-se as cerca de 2.478

horas de formação externa por áreas diversas desde jurídico/portuária, financeira, ambiental,

qualidade, pilotagem e tecnologias de informação.

Page 23: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

22

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Quadro 23 Evolução da formação profissional

2007 2008 2009

Nº de horas 1.083 2.213 3.894

Nº de participantes 125 211 264

Fonte: APSS, SA

ESTÁGIOS

À semelhança de anos anteriores, realizaram-se, em 2009, seis estágios curriculares na área de

informática para alunos de cursos técnico-profissionais, solicitados por alguns estabelecimentos de

ensino do concelho de Setúbal, com o objectivo de proporcionar a aquisição de competências técnicas

e sociais relevantes para a respectiva qualificação profissional e integração no mercado de trabalho,

num total de 1.554 horas.

RELAÇÕES LABORAIS

No campo das relações laborais não se registaram processos disciplinares.

A taxa de sindicalização registada em 2009 foi de 57%.

As avaliações de desempenho realizadas em 2009 e referentes a 2008 continuam a exibir as menções

qualitativas de Bom e Muito Bom. Sem reclamações.

Vinte e sete trabalhadores progrediram nas respectivas carreiras por mudança para grau de

desenvolvimento superior nos termos legalmente estabelecidos.

Seis trabalhadores foram reconvertidos, quatro deles para uma carreira de conteúdo funcional mais

exigente e sete foram transferidos para diferentes unidades orgânicas visando a optimização da

estrutura.

Page 24: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

23

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

5. Governo da Sociedade

5.1 Missão, objectivos e políticas da empresa

De acordo com o Decreto-Lei nº 338/98, de 3/11, a APSS, sociedade anónima de capitais públicos, tem

por objecto a administração dos portos de Setúbal e Sesimbra, visando a sua exploração económica,

conservação e desenvolvimento e abrangendo o exercício das competências e prerrogativas de

autoridade portuária. Neste sentido, assegura o exercício das competências necessárias ao regular

funcionamento dos portos nos seus múltiplos aspectos de ordem económica, financeira e patrimonial,

de gestão de efectivos e de exploração portuária e ainda as actividades associadas.

VISÃO: Ser e ser reconhecido como o porto nacional líder em ro-ro e a solução ibérica mais

interessante (em tempo e custo) para uma qualquer ligação até Madrid que pretenda utilizar Setúbal

como entrada ou saída da Península Ibérica, com navios até 12,5 m livres de calado, em qualquer

condição de maré.

MISSÃO: Assegurar uma administração portuária próxima, intensa em termos relacionais, de todos os

stakeholders:

Dominando o ro-ro nacional, suas soluções e inovação bem como todo e qualquer serviço ro-

ro iberizado;

Assegurando permanentes serviços de dragagem para manutenção dos 10m, livres em

qualquer condição de maré, e procurando alcançar os 12,5m;

Sendo uma referência ao nível ambiental e de segurança;

Trabalhando a carga geral, contentorizada e granéis, através dos seus concessionários, por

forma a tornar-se a solução mais próxima de Madrid se e quando se pretendam avaliar

objectivamente condições económicas trinomiais de tempo x custo x serviço das ligações.

A APSS tem procurado, na prestação de serviços e no exercício dos poderes de autoridade portuária,

cumprir as orientações de gestão que lhe foram fixadas, previstas na legislação, a três níveis:

1º Orientações estratégicas globais para o sector empresarial do Estado, definidas pela Resolução de

Conselho de Ministros nº 70/2008, de 22/04, a nível da definição de indicadores financeiros, da

contratualização da prestação de serviço público, da qualidade de serviço, da política de recursos

humanos e promoção da igualdade, dos encargos com pensões, da política de inovação e

sustentabilidade, dos sistemas de informação e controlo de riscos e política de compras ecológicas.

2ª Orientações gerais definidas para o sector marítimo-portuário

Aumento significativo do tráfego nos portos nacionais;

Garantir que os portos nacionais sejam uma referência nas cadeias logísticas ibéricas;

Assegurar padrões europeus a nível da segurança, ambiente e protecção no sector;

Melhorar o equilíbrio económico-financeiro dos portos nacionais;

Page 25: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

24

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Promover o ensino, qualificação, I&D e Inovação;

Reforçar a competitividade da frota e tripulações nacionais.

3º Orientações específicas para os portos de Setúbal e Sesimbra

Reforço da sua posição no segmento de carga geral, assumindo-se como primeiro porto de

carga ro-ro e de suporte à instalação da indústria correlacionada;

Desenvolvimento da sua vocação para a carga contentorizada, privilegiando-se o Transporte

Marítimo de Curta Distância;

Reforço da movimentação de granéis sólidos;

Afirmação no sistema logístico nacional através da ligação à plataforma do Poceirão e

Elvas/Caia.

Para atingir estes objectivos, a estratégia de desenvolvimento adoptada pela APSS assenta num Plano

de Acções, actualizado para o triénio 2009-2011, segundo o modelo BSC-Balanced Scorecard:

Em 2009, foi desenvolvido um conjunto diversificado de acções e projectos nas várias vertentes de

actuação desta administração portuária, que contribuíram para a prossecução do Plano de Acções,

designadamente a nível da manutenção dos canais de navegação e assinalamento marítimo, da gestão

de licenças e concessões, da simplificação de procedimentos proporcionada pela JUP-Janela Única

Portuária, da segurança marítima e portuária, da monitorização ambiental do impacte das actividades

portuárias, das acções de cooperação e marketing, no desenvolvimento de um projecto no âmbito das

Auto-estradas Marítimas, entre as principais, as quais são descritas no capítulo 3.2.

De assinalar ainda que, em 2009, a Lloyd´s Registy Quality Assurance certificou o Sistema de Gestão da

Qualidade da APSS, segundo o referencial NP EN ISO 9001:2008, dando cumprimento às orientações

da tutela.

Finalmente, é importante referir que os objectivos estratégicos definidos pelo accionista Estado no

âmbito do contrato de gestão foram atingidos para 2009, conforme se pode verificar no capítulo 8.

Balanced Scorecard APSSVisão Estratégica Integrada e Equilibrada

Financeiro

Mercado

Processos Internos

Aprendizagem e

Crescimento

F8 - Custos e Proveitos

M6 -Contentores,

Roro e Madrid

AC1 -Acessibilidades

M7 - Área Dominial e

Lazer

PI3 - Gestão da Qualidade

AC2 - Adequaçãodos Recursos

Humanos

PI5 -Segurança e Ambiente

PI4 -Intervenção e Requalificação

Page 26: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

25

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

5.2 Regulamentos internos e externos

Enumeram-se alguns dos regulamentos internos e externos a que a APSS está sujeita, que se

encontram disponíveis na sua página da internet (www.portodesetubal.pt):

Regulamento Internos Regulamentos Externos

Regulamento de Tarifas da APSS

Regulamento de Atribuição do Desconto de Carregador Estratégico a aplicar na TUP Carga

Regulamento do Exercício da Actividade de Reboque de Embarcações e de Navios

Regulamento da Actividade de Amarração de Embarcações

Regulamento de Segurança sobre Prevenção e Protecção contra Incêndios e Derrames Acidentais em Terminais Portuários

Regulamento do Serviço de Tráfego Marítimo (VTS)

Regulamento de Tarifas da área dominial da APSS

Regulamento de utilização das instalações do Trem Naval de combate à poluição e reboques

Regulamento de utilização da Doca dos Pescadores

Regulamento sobre o regime jurídico dos armazéns e módulos do edifício da antiga lota de Setúbal

Regulamento de Utilização do Ancoradouro Toca do Pai Lopes/Esguelha, Outão, Soltróia

Regulamento de Utilização da Doca de Recreio das Fontainhas e respectivo tarifário

Tarifário da Doca de Recreio das Fontainhas - lado nascente

Regulamento de exploração e Regulamento de tarifas da Tróia Marina

Normas de utilização do cais destinado a embarcações de actividade marítimo-turística localizado a poente da primeira ponte-cais do Porto de Sesimbra

Regulamento de Utilização de Instalações Portuárias por Embarcações Destinadas ao Exercício de Actividades Marítimo-Turísticas em área de jurisdição da APSS

Tarifário de Estacionamento de embarcações a seco, resultante de acções de remoção

Regulamento de Aquisição de Bens e Serviços

Regulamento de Contratação de Empreitadas

Decreto-Lei nº 338/98, de 3/11: transforma a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, instituto público dotado de personalidade jurídica de direito público e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, em sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos. Decreto-Lei n.º 298/93, de 28/08 e Decreto-Lei n.º 324/94, de 30/12: estabelecem o quadro jurídico das operações portuárias. Decreto-Lei n.º 324/94, de 30/12: estabelece a lei geral das concessões. Decreto-Lei nº 273/2000, de 9/11: aprova o regulamento do Sistema Tarifário dos Portos do Continente. Despacho nº7/SEAMP/2001: aprova os procedimentos ambientais a considerar em área de administração portuária, estabelecendo orientações para a concretização desses objectivos no sentido da integração da componente ambiental na gestão quotidiana do porto. Decreto-Lei nº 46/2002, de 2/03: atribui às autoridades portuárias a competência integrada em matéria de segurança nas suas áreas de jurisdição. Decreto-Lei nº 165/2003, de 24/07: relativo à recepção dos resíduos dos navios. Decreto-Lei nº 180/2004, de 27/07: integra a informação do Sistema VTS Português no sistema comunitário de acompanhamento e de informação do tráfego marítimo. Decreto-Lei nº 197/2005, de 8/11 e Directiva sobre Avaliação de Impactes Ambientais: incide sobre os projectos de construção de novas estruturas portuárias e ampliação das já existentes. Directiva 2005/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26/10: sobre o reforço da segurança nos portos. Decreto-Lei n.º 226/2006, de 15/11: Transpõe para o direito

nacional a Directiva do Código ISPS.

Lei nº 58/2005, de 29/12/2005: aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional a Directiva nº. 2000/60/CE do Parlamento e do Conselho e estabelecendo as bases e o quadro institucional para a gestão sustentável das águas. RCM nº 49/2007, de 28/03: aprova os Princípios de Bom Governo das Empresas do Sector Empresarial do Estado. Decreto-Lei nº 226 – A/2007, de 31 /05: estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos, alterado pelo Decreto-Lei nº. 391-A/2007, de 21/12. Decreto-Lei nº300/2007, de 23/08: define o regime jurídico do sector empresarial do Estado, alterando o Decreto-Lei nº 558/99, de 17/12. RCM nº 70/2008, de 22 de Abril: aprova as orientações estratégicas destinadas ao sector empresarial do Estado Decreto-Lei nº 300/2007, de 23/08: altera o Decreto-Lei nº 558/99, de 17/12, que estabelece o regime jurídico do Sector empresarial do Estado e bases gerais do estatuto das empresas públicas.

Page 27: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

26

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

5.3 Transacções relevantes com entidades relacionadas

IPTM - Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos

Regista-se como “transacção relevante” a transferência de 4,5% dos proveitos registados na conta 72

– “Prestação de Serviços”, excluindo a receita do serviço de pilotagem, para o IPTM - Instituto

Portuário e dos Transportes Marítimos, em conformidade com o disposto na alínea d) do nº 1 do

artigo 28º do Estatutos do IPTM, publicados em anexo ao Decreto-Lei nº 257/2002, de 22 de

Novembro.

Atendendo às atribuições especificadas no referido diploma, constituem receitas próprias do IPTM,

entre outras, “uma percentagem das receitas de exploração de cada porto integrado em

administração portuária, a fixar anualmente por despacho do ministro da tutela”.

APP – Associação dos Portos de Portugal

Nos termos dos seus estatutos, a APP – Associação dos Portos de Portugal tem, como sócios

fundadores, as administrações e juntas portuárias e como objecto “assegurar a defesa e promoção dos

interesses dos seus associados e contribuir para o desenvolvimento e modernização do sistema

portuário nacional”. Os recursos financeiros da Associação são, entre outros, as contribuições dos

sócios.

5.4 Outras transacções

Em matéria de aquisição de bens e serviços, a APSS passou a adoptar, a partir de Julho de 2008, o

Decreto - Lei nº 18/2008, de 29 de Janeiro, com as devidas adaptações, tendo os procedimentos

abertos continuado, porém, a reger-se pela anterior legislação.

Não se verificaram transacções que não tenham ocorrido em condições de mercado.

Não se registaram transacções de valor superior a 1 milhão de Euros e que representassem mais de

5% dos fornecimentos e serviços externos.

5.5 Modelo de governo e membros dos orgãos sociais

Cargo Órgãos Sociais Eleição Mandato

Presidente Secretária

Mesa da Assembleia Geral Dr. Carlos António Lopes Pereira Dra. Susana Silva Santos

28-03-2008 28-03-2008

2008-2010 2008-2010

Presidente Vogal (1) Vogal (2)

Conselho de Administração Eng.º Carlos Manuel Gouveia Lopes Dr. Francisco José Rodrigues Gonçalves Dr. Ricardo Jorge de Sousa Roque

28-03-2008 28-03-2008 28-03-2008

2008-2010 2008-2010 2008-2010

Presidente Vogal (1) Vogal (2) Suplente

Conselho Fiscal Dra. Teresa Isabel Carvalho Costa Dra. Ana Teresa Pereira Peralta Reyes Dra. Sara Alexandra Ribeiro Pereira Simões Duarte Ambrósio Dra. Alexandra Brito Carvalho

28-03-2008 28-03-2008 28-03-2008 28-03-2008

2008-2010 2008-2010 2008-2010 2008-2010

Page 28: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

27

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Efectivo Suplente

Revisor Oficial de Contas PriceWaterHouseCoopers & Associados – SROC, L.da. (representada pelo Dr. Jorge Manuel Santos Costa) Dr. José Manuel Henriques Bernardo

02-10-2008

02-10-2008

2008-2010

2008-2010

Presidente Vogal (1) Vogal (2)

Comissão de Fixação de Remunerações Dra. Filomena Maria Amaro Vieira Martinho Bacelar Dra. Maria de Lurdes Castro Dr. André Cristovão Henriques

28-03-2008 28-03-2008 28-03-2008

2008-2010 2008-2010 2008-2010

Funções e Responsabilidades Do Conselho de Administração: as estabelecidas no art.º 10º dos Estatutos da APSS, SA, aprovados

pelo Decreto-lei n.º 338/98, de 03/11 e, subsidiariamente, no Código das Sociedades Comerciais.

Do Presidente: as estabelecidas no art.º 13º dos Estatutos da APSS, SA, aprovados pelo Decreto-lei n.º

338/98, de 03/11 e responsabilidades específicas nas áreas da informática e telecomunicações,

desenvolvimento estratégico e logístico, navegação e segurança marítima e portuária, pilotagem,

equipamentos, infra-estruturas, ambiente e porto de Sesimbra.

Do Vogal (1): responsabilidades específicas nas áreas financeira, das actividades gerais e arquivo e

gestão do património dominial e gestão da qualidade.

Do Vogal (2): responsabilidades nas áreas jurídica, recursos humanos e gestão das concessões.

Do Conselho Fiscal: as estabelecidas na alteração ao art.º 16º dos Estatutos da APSS, SA, aprovada em

Assembleia Geral de 28/03/2008 e, subsidiariamente, no Código das Sociedades Comerciais.

5.6 Remunerações dos membros dos orgãos sociais

Estatuto Remuneratório Fixado

As remunerações foram fixadas em reunião de 9 de Julho de 2009 pela Comissão de Fixação de

Remunerações nomeada em Assembleia Geral da APSS, S.A., realizada em 28 de Março de 2008. As

remunerações fixadas têm efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2009 com excepção das do Conselho

Fiscal que são devidas desde 28 de Março de 2008.

1. Mesa Assembleia Geral

Presidente – Senha de presença no valor de 572,58 €;

Secretária – Senha de presença no valor de 343,33 €.

Page 29: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

28

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

2. Conselho Administração

Presidente - Remuneração Fixa de 5.738,70 euros, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009;

Remuneração Variável Anual entre 0% e 35% da remuneração fixa, em função do cumprimento dos

objectivos anuais definidos.

Vogal (1) - Remuneração Fixa de 4.825,67 €, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009; Remuneração

Variável Anual num máximo de 35% da remuneração fixa, em função do cumprimento dos objectivos

anuais definidos.

Vogal (2) - Remuneração Fixa de 4.825,67 €, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009; Remuneração

Variável Anual num máximo de 35% da remuneração fixa, em função do cumprimento dos objectivos

anuais definidos.

3. Conselho Fiscal

Presidente – Remuneração de 20% da remuneração atribuída ao Presidente do Conselho de

Administração, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009. Entre 28/03/2008 e 01/01/2009 a base de

incidência é de 5.465,43 €.

Vogal (1) – Remuneração de 15% da remuneração atribuída ao Presidente do Conselho de

Administração, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009. Entre 28/03/2008 e 01/01/2009 a base de

incidência é de 5.465,43 €.

Vogal (2) – Remuneração de 15% da remuneração atribuída ao Presidente do Conselho de

Administração, 14 vezes por ano, a partir de 01/01/2009. Entre 28/03/2008 e 01/01/2009 a base de

incidência é de 5.465,43 euros.

4. Revisor Oficial de Contas

Efectivo – Avença anual (2008): 16.870,00 € acrescido de IVA, aprovada em Abril de 2009.

Remunerações e outras regalias (valores anuais)

1. Mesa Assembleia Geral Unidade: Euros

Mesa da Assembleia Geral Presidente Secretária

Remunerações 2008 545,31 326,98

Remunerações 2009 572,58 343,33

Page 30: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

29

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

2. Conselho Administração

Unidade: Euros

Remunerações 2008 2009

Presidente Vogal (1) Vogal (2) Presidente Vogal (1) Vogal (2)

1. Remuneração

1.1. Remuneração base 58.858,52 51.181,34 51.181,34 80.341,80 67.559,38 67.559,38

1.2. Acumulação de funções de gestão 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1.3. Remuneração complementar 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1.4. Despesas de representação 17.657,52 13.160,88 13.160,88 0,00 0,00 0,00

1.5. Prémios de gestão (……meses) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

1.6. Outras (identificar detalhadamente) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

2. Outras regalias e compensações

2.1. Gastos de utilização de telefones 253,73 479,17 1.135,18 691,71 530,30 1453,84

2.2. Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço

47.625,78 41.417,85 40.956,36 47.625,78 41.417,85 40.956,36

2.3. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço

3.036,96 2.858,02 1.983,98 2.240,84 2.526,87 1.349,78

2.4. Subsídio de deslocação 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

2.5. Subsídio de refeição 1.159,95 1.202,13 1.104,13 1.193,55 1.431,54 1.265,25

2.6. Outros (identificar detalhadamente) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3. Encargos com benefícios sociais

3.1. Segurança social obrigatório 12.537,59 10.907,29 10.904,75 14.965,59 14.390,86 14.386,86

3.2. Planos complementares de reforma 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3.3. Seguros de saúde 194,34 194,34 194,34 289,94 289,94 289,94

3.4. Seguros de vida 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

3.5. Outros (identificar detalhadamente) 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

4. Informações Adicionais

4.1.Opção pelo vencimento de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não

4.2. Regime Segurança Social Regime Geral

Regime Geral

Regime Geral

Regime Geral

Regime Geral

Regime Geral

4.3. Cumprimento do n.º 7 da RCM 155/2005 Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

4.4. Ano de aquisição de viatura pela empresa 2005 2005 2005 2005 2005 2005

4.5. Exercício opção aquisição de viatura de serviço

Não Não Não Não Não Não

4.6. Usufruto de casa de função Não Não Não Não Não Não

4.7. Exercício de funções remuneradas fora grupo

Não Não Não Não Não Não

4.8. Outras (identificar detalhadamente) Não aplicável

Não aplicável

Não a plicável

Não aplicável

Não aplicável

Não aplicável

Page 31: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

3. Conselho Fiscal Unidade: Euros

Remunerações 2009

Presidente Vogal Vogal

1 . Remuneração

1.1. Remuneração Base 16.068,36 12.051,34 12.051,34

1.1.1. Remuneração Base (Retroactivos desde 03.2008) 11.612,99 8.709,67 8.709,67

1.2. Acumulação funções gestão 0,00 0,00 0,00

1.3. Remuneração complementar 0,00 0,00 0,00

1.4. Despesas de representação 0,00 0,00 0,00

1.5. Prémios de gestão (… meses) 0,00 0,00 0,00

1.6. Outras 0,00 0,00 0,00

2. Outras Regalias e compensações

2.1. Gastos de utilização de telemóveis 0,00 0,00 0,00

2.2. Valor de aquisição, pela empresa, da viatura de serviço 0,00 0,00 0,00

2.3. Valor do combustível gasto com a viatura de serviço 0,00 0,00 0,00

2.4. Subsídio de deslocação 0,00 0,00 0,00

2.5. Subsídio de refeição 0,00 0,00 0,00

2.6. Outros 0,00 0,00 0,00

3. Encargos com benefícios sociais

3.1. Segurança social obrigatória 3.414,48 2.560,88 2.560,88

3.1.1. Segurança social obrigatória (2008) 2.467,74 1.850,80 1.850,80

3.2. Planos complementares de reforma 0,00 0,00 0,00

3.3. Seguros de saúde 0,00 0,00 0,00

3.4. Seguros de vida 0,00 0,00 0,00

3.5. Outros 0,00 0,00 0,00

4. Revisor Oficial de Contas

Unidade: Euros

Remunerações 2008 2009

Revisor Oficial de Contas 16.870,00 16.870,00

5.7. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reuniu cinquenta e uma vezes ao longo de 2009, tendo daí resultado um

conjunto de deliberações. Enumeram-se, seguidamente, apenas algumas das mais relevantes:

Aprovação da execução das dragagens de manutenção dos canais de navegação e das bacias de

manobra e de estacionamento;

Adjudicação do reforço das plataformas flutuantes de apoio à náutica de recreio na Zona Nascente

da Doca das Fontainhas;

Adjudicação da prestação de serviços de “Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade da APSS,

em conformidade com a norma NP EN ISO 9001:2008”;

Page 32: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

31

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Adjudicação dos trabalhos de manutenção, beneficiação e relocalização de bóias e seus sistemas de

amarração;

Aprovação do Relatório de Sustentabilidade de 2008;

Adjudicação da empreitada de concepção/execução de novo passadiço e reparação do existente, de

acessos aos postos de embarque de passageiros de Setúbal e Tróia;

Assinatura do Protocolo de Colaboração com a REFER, no âmbito da cedência por esta empresa à

APSS, da infra-estrutura ferroviária do Terminal Multiusos;

Adjudicação da empreitada de recarga no pavimento do Terminal Ro-Ro;

Aprovação do projecto da empreitada de remodelação do pátio do edifício do mercado de 2ª venda

de pescado de Setúbal;

Aprovação do Regulamento de Contratação de Empreitadas;

Aprovação do Plano de Protecção do Porto de Setúbal;

Aprovação do Regulamento de Tarifas da APSS para 2010;

Dar continuidade ao programa de incentivos à aposentação ou reforma e à rescisão amigável dos

vínculos laborais, aprovado em 2008; Aprovação do Plano Estratégico da APSS 2009/2011; Aprovação do Auto de Recepção do Posto de Inspecção Fronteiriço Fitossanitário – PIFF; Adjudicação dos trabalhos de fornecimento e montagem de passadiços flutuantes no porto de

Sesimbra;

Adjudicação das empreitadas de recarga do manto de protecção dos molhes interiores e de recarga

no pavimento envolvente aos edifícios dos armazéns e oficinas do porto de Sesimbra;

Aprovação da redução da renda variável das concessões multiusos para os contentores vazios, em

50%, à semelhança da taxa em regime de transhipment;

Aprovar os Planos de Manutenção Preventiva dos Equipamentos de Combate à Poluição do Mar

por Hidrocarbonetos; dos Equipamentos de Combate a Incêndios; dos Sistemas Automáticos de

Detecção de Incêndios; do Sistema Norcontrol do VTS; do Grupo Gerador VOLPOR do VTS e dos

Sistemas de Videovigilância (CCTV);

Adjudicação da prestação de serviços de caracterização do ruído ambiente na área de jurisdição

da APSS;

Adjudicação da prestação de serviços de colheita e quantificação de 14 parâmetros indicadores

da qualidade da água, em Setúbal e Sesimbra;

Aprovação da ampliação da prestação de serviços de Medicina no Trabalho, com a realização de

exames complementares de diagnóstico aos trabalhadores;

Adjudicação dos trabalhos de recuperação dos passadiços da Doca de Pesca de Setúbal;

No seguimento da aprovação, pelo IPTM, do Estatuto do Provedor do Cliente do Transporte

Marítimo dos Portos de Setúbal e Sesimbra, tendo designado o Senhor Dr. Manuel Jorge Goes, o

Conselho de Administração deliberou autorizar o início de funções a partir de 1 de Janeiro de 2010.

Page 33: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

32

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

5.8. Análise de sustentabilidade da empresa

A APSS tem procurado, no exercício das funções de autoridade portuária, prosseguir uma gestão

responsável tendo em vista prosseguir os princípios da eficiência económica, financeira,

sustentabilidade social e ambiental, os quais se encontram referidos no Relatório de Sustentabilidade

anual da empresa. Esses princípios materializam-se em cinco grandes objectivos:

1. MELHORIA DA COMPETITIVIDADE do porto de Setúbal e dos serviços prestados no porto de

Setúbal, através da melhoria dos acessos aos terminais comerciais, do aprofundamento de

uma política comercial em conjunto com a comunidade portuária e focada no cliente e na

captação e consolidação de tráfegos de linha regular, premiando os que maior crescimento e

volume de tráfego geram e adoptando uma política tarifária atraente.

2. ALARGAMENTO DO HINTERLAND do porto de Setúbal, através da intensificação de actividades de

divulgação com a comunidade portuária em Espanha, até Madrid, em todos os segmentos de

carga, da criação e incentivo a ligações ferroviárias regulares entre o portos e os terminais

logísticos de 2ª linha, da participação no desenvolvimento das novas plataformas logísticas do

Poceirão e Elvas e do apoio à implementação de novos serviços regulares de Auto-estradas

Marítimas de/para o porto de Setúbal com portos europeus.

3. MELHORIA DO DESEMPENHO AMBIENTAL, através da monitorização ambiental e gestão de resíduos,

de uma gestão racional e eficiente de recursos e investindo na segurança, protecção e

qualidade.

4. MELHORIA DO DESEMPENHO SOCIAL, nomeadamente através do apoio ao desenvolvimento da

actividade piscatória, realizando intervenções de ordenamento e reabilitação em Sesimbra e

Setúbal, e procurando apoiar as actividades de lazer, turismo e náutica de recreio.

5. MELHORIA DO EQUILÍBRIO ECONÓMICO-FINANCEIRO da empresa, enquanto pertencente ao Sector

Empresarial do Estado.

No âmbito da actualização, em 2009, do Plano Estratégico dos Portos de Setúbal e Sesimbra, para o

triénio 2009-2011, foram revistos os principais constrangimentos e riscos associados à actividade e

analisadas as oportunidades e o seu potencial de crescimento, tendo sido adoptado o modelo BSC-

Balanced Scorecard, uma metodologia que assenta na monitorização de um conjunto de objectivos

estratégicos interligados em quatro perspectivas: financeira, mercado (clientes), processos internos e

aprendizagem e crescimento.

Page 34: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

33

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

5.9 Avaliação sobre o grau de cumprimento dos Princípios de Bom Governo

A APSS tem procurado assegurar na sua gestão o cumprimento dos Princípios de Bom Governo, de

acordo com a legislação em vigor, conforme se constata no quadro seguinte.

A propósito, refira-se que no Relatório de 2009 dos Princípios de Bom Governo da Direcção-Geral do

Tesouro e Finanças (Quadro 16, página 20), a APSS integra a lista das empresas do Sector Empresarial

do Estado que obtiveram um grau de cumprimento mais elevado relativamente aos itens de validação

definidos para o cumprimento dos princípios de governação.

I. Prosseguimento da Missão, objectivos e princípios gerais de actuação

Avaliação

Cumprir a missão e os objectivos económicos, financeiros, social

e ambiental.

No âmbito da actualização do Plano Estratégico, para o triénio

2009-2011, a APSS procedeu em 2009 à divulgação da missão,

visão, objectivos estratégicos e plano de acções à Comunidade

Portuária de Setúbal.

Elaborar planos de actividades e orçamentos adequados aos

recursos e fontes de financiamento disponíveis.

O Plano de Actividades e Orçamento anual é elaborado numa

óptica de equilíbrio económico-financeiro da empresa, tendo

em consideração os recursos próprios disponíveis, as

previsões de tráfego e de proveitos, os custos necessários e

indispensáveis à actividade, visando a obtenção de resultados

positivos.

Definir estratégias de sustentabilidade nos domínios

económicos, social e ambiental.

A APSS tem procurado adoptar uma gestão responsável que

integre dos três princípios da sustentabilidade, centrada em

objectivos definidos no Plano de Actividades anual. O

Relatório de Sustentabilidade sintetiza as acções

desenvolvidas neste âmbito.

Adoptar planos de igualdade. Tendo em consideração a dimensão e complexidade da

empresa, a APSS não adoptou um plano de igualdade, no

entanto procura assumir, na sua gestão, medidas que

proporcionem igualdade de tratamento e oportunidades a

todos os colabores da empresa.

Informar, anualmente, como foi prosseguida a sua missão, do

grau de cumprimento dos seus objectivos, da forma como foi

cumprida a política de responsabilidade social, de

desenvolvimento sustentável e os termos do serviço público e

em que termos foi salvaguardada a sua competitividade.

Informação relevante é divulgada no Relatório de

Sustentabilidade e no Relatório e Contas anual, sendo este

último aprovado na Assembleia Geral. Ambos são divulgados

no sítio da internet da APSS (www.portodesetubal.pt)

Políticas de investigação, desenvolvimento e integração de

novas tecnologias

Refira-se, em 2009, a implementação da JUP - Janela Única

Portuária e a consolidação do SiGAP - Sistema Integrado de

Informação Ambiental e Portuária.

Tratar com respeito e integridade os seus trabalhadores,

contribuindo activamente para a sua valorização profissional

No regulamento dos registos e controlo dos tempos de

trabalho, há flexibilidade suficiente que permite conciliar a

vida pessoal com a profissional dos colaboradores.

Relativamente à valorização profissional vide o capítulo 4.

Tratar com equidade todos os steakolders e estabelecer e

divulgar os procedimentos adoptados em matéria de aquisição e

adoptar critérios de adjudicação orientados por princípios de

economia e eficácia e que assegurem a igualdade de

oportunidades.

Os procedimentos adoptados pela empresa em matéria de

aquisição de bens e serviços encontram-se definidos sob a

forma de regulamento, no sítio da empresa

(www.portodesetubal.pt). Também no Diário da República são

publicados os anúncios de concurso público, sendo a

adjudicação publicada em www.base.gov.pt.

Ter ou aderir a um código de ética O Código de Ética encontra-se disponível no sítio da internet

(www.portodesetubal.pt).

Page 35: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

34

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

II. Detenção de sistemas de controlo adequados Avaliação

Elaboração de um relatório de avaliação do desempenho

individual dos gestores executivos

No relatório anual do Conselho Fiscal existe um ponto relativo

à avaliação do desempenho individual dos gestores.

Criar e manter um sistema de controlo adequado à dimensão e à

complexidade da empresa que deve abarcar todos os riscos

relevantes assumidos pela empresa.

O sistema de controlo de riscos, atendendo à dimensão e

complexidade da empresa, é um sistema tradicional, que

assenta, designadamente, no acompanhamento da gestão de

concessões e licenças, na existência de seguros e garantias, na

actualização dos planos de emergência, aprovação do Plano

de Protecção do porto, na execução de um plano de

monitorização ambiental, no controlo financeiro realizado, na

elaboração do Plano de Gestão de Riscos e Corrupção

Conexas, entre as principais.

III. Prevenção de conflitos de interesses Avaliação

Os membros dos órgãos sociais devem abster-se de intervir nas

decisões que envolvam os seus próprios interesses.

Não existem despesas dessa natureza.

Declaração, pelos membros dos órgãos sociais, no início de cada

mandato, ao órgão de administração, ao órgão de fiscalização e

à IGF, quaisquer participações patrimoniais que detenham na

empresa, bem como relações relevantes que mantenham com

os stakeholders, susceptíveis de gerar conflitos de interesse.

Os membros do Conselho de Administração declararam,

individualmente, à IGF informação dessa natureza.

IV. Divulgação de informação relevante Avaliação

No sítio do SEE No sítio da empresa Nos respectivos relatórios e contas

De acordo com as orientações da DGTF, procedeu-se à

actualização da informação no sítio das Empresas do SEE

(www.dgt.pt),no sítio da empresa (www.portodesetubal.pt).

No Relatório e Contas existe um capítulo relativo ao Governo

da Sociedade e outro relativo aos objectivos de gestão.

Nomeação do Provedor do Cliente Foi designado o Dr. Manuel Jorge Goes para Provedor do

Cliente do Transporte Marítimo dos Portos de Setúbal e

Sesimbra, no seguimento da aprovação da proposta pelo

IPTM.

5.10 Código de Ética

A APSS aprovou um Código de Ética em 2007, que foi divulgado junto de todos os colaboradores da

empresa e encontra-se disponível no sítio da internet (www.portodesetubal.pt).

Page 36: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

35

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

6. Gestão do Risco Financeiro

6.1 Avaliação de risco e medidas da respectiva cobertura

Em finais de 2005, e com o objectivo de mitigar o risco financeiro, a Empresa renegociou o empréstimo de médio/longo prazo no BPI, ficando as novas condições a ser conforme se descreve na Nota 48. d) do Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados. As condições do novo empréstimo incluem um contrato de opção sobre a taxa de juro subjacente de forma a gerir o risco associado. No entanto, dado o montante de endividamento existente (1,2 milhões de euros) e o prazo em que o mesmo se extingue (2012), o risco associado é diminuto.

6.2 Politicas de reforço de capitais permanentes

Dada a liquidez existente nos últimos anos, a APSS não teve necessidade de transformar passivo de curto prazo em médio e longo prazo. Pelo contrário, é de registar a redução constante e até antecipada dos capitais alheios (no final de 2005 a dívida era de 11,2 milhões de euros, enquanto que no final de 2009 é de apenas 1,2 milhões de euros) o que permitiu minimizar os custos financeiros, não tendo sido prestadas garantias reais aquando da contratação do empréstimo. Por outro lado, os capitais próprios da APSS tem registado acréscimos resultantes dos resultados positivos obtidos, não tendo estes acréscimos sido superiores devido à distribuição de dividendos ao Accionista.

6.3 Medidas para optimização da estrutura financeira

Têm sido privilegiados os investimentos que beneficiam de co-financiamento comunitário, de subsídios OE/PIDDAC e de recurso próprios, com o objectivo de minimizar a afectação de capitais alheios à cobertura dos investimentos anuais. Aliás, a redução dos capitais alheios, nomeadamente a redução da divida com empréstimos bancários reflectiu-se de forma significativa na constante melhoria dos indicadores financeiros obtidos.

6.4 Evolução da taxa média anual de financiamento

A evolução da Taxa Média de Financiamento praticada nos empréstimos bancários contratados pela APSS, está directamente associada à evolução da Taxa EURIBOR a 6 Meses, a qual registou uma grande variação nos últimos anos. Por outro lado, o montante de Juros liquidados tem vindo a sofrer significativos decréscimos, fruto da política de amortização antecipada dos referidos empréstimos. Conforme descrito na Nota 31. f) Instrumentos Financeiros do Anexo ao Balanço e Demonstração de

Resultados, na negociação do empréstimo contratado com o Banco BPI foram definidas regras para o apuramento da Taxa de Juro, em função da evolução da EURIBOR a 6 meses.

2005 2006 2007 2008 2009

Taxa Média Financiamento (%) 3,03% 3,43% 4,46% 4,52% 3,90%

Juros Pagos (Euros) 416.811,38 389.834,36 332.754,77 197.966,48 71.358,79

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

7. Análise Económico-Financeira

7.1 Investimentos

No exercício de 2009, o investimento total realizado pela APSS ascendeu ao montante de 2,8 milhões

de euros, correspondendo a 73% do valor de investimento orçamentado para este exercício.

Os Trabalhos para a Própria Empresa, no exercício de 2009, atingiram o valor de 109,09 mil euros,

registando um decréscimo de 26,1% (38,53 mil euros), comparativamente com o exercício de 2008:

(unidade: mil euros)

2009

Plano Monitorização Ambiental dos Portos de Setúbal e Sesimbra 105

Avaliação e SET-UP de Serviços das Auto-Estradas Marítimas 33

Reparação e Pavimentação do Terminal Ro-Ro 473

Infraestruturas de Atracação para Transporte Fluvial de Passageiros 550

Ordenamento do Porto de Sesimbra 684

Reabilitação do Edificio do Mercado de 2.ª Venda (ex. Lota) 185

Melhoria do Assinalamento Marítimo 162

Outras Imobilizações 599

Plano Estratégico dos Portos de Setúbal e Sesimbra 25

Estudo "Implantação da Plataforma Logistica de Elvas" 63

Concepção, Implementação e Certificação do Sistema da Gestão da Qualidade 18

Requalificação dos Pontões Flutuantes da Doca de Pesca 99

Melhoramentos na Doca de Recreio Nascente 11

Trabalhos para a própria Empresa (TPE´S) 84

Outros 298

TOTAL 2.791

Nota : Valores c/IVA Pró-Rata Incluído

INVESTIMENTO

Infraestruturas de Atracação para Transporte Fluvial de Passageiros 23,73

Reabilitação do Edificio do Mercado de 2.ª Venda (ex. Lota) 1,54

Outras Imobilizações 83,82

Page 38: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

A cobertura financeira dos investimentos realizados em 2009, foi assegurada pelas verbas

provenientes do Cap.º 50.º do OE/PIDDAC e Fundos Próprios, conforme detalhe a seguir apresentado:

A decomposição dos subsídios ao investimento provenientes do OE/PIDDAC, por projecto, é a

seguinte:

PLANO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL DOS PORTOS DE SETÚBAL E SESIMBRA

No âmbito deste projecto têm vindo a ser realizados levantamentos hidrográficos e estudos de

monitorização do ruído e da água salgada. Foram instaladas, para apoio à monitorização, Estações

Meteorológicas e Marégrafos.

Este projecto foi financiado no âmbito do Cap.º 50 .º do OE/PIDDAC.

AVALIAÇÃO E SET-UP DE SERVIÇOS DAS AUTO-ESTRADAS MARÍTIMAS

No âmbito deste projecto foi elaborada uma avaliação técnico-económica sobre o potencial de

implementação de um serviço regular de Auto-estradas Marítimas entre o porto de Setúbal e dois

portos franceses, tendo-se procurado envolver armadores, carregadores e outros operadores

logísticos para gerar volumes de tráfego suficientes e transferir carga da rodovia para o modo

marítimo.

(unidade: mil euros)

COBERTURA FINANCEIRA 2009 %

INTERNOS 1.901,03 68,12%

EXTERNOS

SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO 889,66 31,88%

PIDDAC 889,66 31,88%

TOTAL 2.790,69 100,00%

(unidade: mil euros)

ORIGEM PROJECTO MONTANTE

Plano Monitorização Ambiental Portos de Setúbal e Sesimbra 75,00

Ordenamento do Porto de Sesimbra 664,66

Reabilitação do Edificio do Mercado de 2.ª Venda (ex-Lota) 150,00

OE/PIDDAC

Page 39: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

REPARAÇÃO E PAVIMENTAÇÃO DO TERMINAL ROLL-ON ROLL-OFF

Tendo por objectivo a melhoria das condições de operação no Terminal Roll-on Roll-off, um segmento no qual o porto de Setúbal é líder nacional e pretende alargar o seu domínio até Madrid, a APSS realizou trabalhos de recarga do pavimento em toda a área afecta ao terminal, reparação do sistema de drenagem, adaptação dos sumidores e caixas de visita às novas cotas do pavimento e execução de pintura e sinalização horizontal e vertical no pavimento.

INFRA-ESTRUTURAS DE ATRACAÇÃO PARA O TRANSPORTE FLUVIAL DE PASSAGEIROS

Os passadiços e pontões flutuantes destinados às infra-estruturas de embarque de passageiros,

situados nos cais de Setúbal e Tróia, foram reparados e reforçados, de forma a operacionalizar a

entrada em funcionamento dos novos catamarans.

Todos os custos associados a esta empreitada foram partilhados pela APSS e pela Concessionária, a

Atlantic Ferries.

ORDENAMENTO DO PORTO DE SESIMBRA

Em 2009 deu-se continuidade à execução dos trabalhos previstos no Plano de Intervenções

Prioritárias, com o objectivo de melhorar as condições de acostagem, operacionalidade e de segurança

do porto, destacando-se:

Montagem de passadiços flutuantes e respectivas passarelas de acesso e cais acostável, uma

obra iniciada em 2009, que permitirá reordenar e optimizar o estacionamento das

embarcações de pesca,

Colocação de telas microperfuradas na vedação do parque de recolha selectiva de resíduos,

com o objectivo de reduzir o seu impacto visual,

Reforço dos molhes interiores, uma obra que visou a reparação dos mantos de protecção do

molhe velho, do molhe em frente ao Hotel do Mar e da retenção marginal da rampa

varadouro localizada a norte da antiga lota,

Intervenção no sistema de drenagem de esgotos e criação de central elevatória, que teve

como objectivo a melhoria do comportamento ambiental do sistema de drenagem existente,

retirando todos os efluentes domésticos gerados nas oficinas e edifício da Polícia Marítima do

colector para onde drenavam,

Repavimentação de vias e marcação de sinalização horizontal na envolvente dos edifícios

dos armazéns dos comerciantes e oficinas de apoio à actividade piscatória,

Reabilitação do cais marítimo-turístico, instalado no final da ponte-cais nº 1, através da

colocação de uma nova passarela de acesso ao pontão flutuante.

Colocação de diversos elementos de qualificação da utilização dos espaços portuários,

designadamente, mobiliário urbano, plantação de palmeiras junto ao molhe velho e

instalação de sombreadores para os estendais de pita e oleões,

Remodelação dos pontos de recolha de óleos usados, no sentido da adopção de melhores

práticas ambientais e da integração paisagística no ambiente envolvente,

Realização de levantamentos topo-hidrográficos, não só com o intuito de monitorizar os

fundos da bacia de Sesimbra, como também de dar apoio às obras marítimas que ali se estão

Page 40: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

a realizar. Foi ainda realizado um estudo de modelação matemática com vista a avaliar a

propagação da agitação marítima no interior do porto.

Aquisição de contentores plásticos para colocação de redes e de um porta-paletes eléctrico

para a sua movimentação, com o objectivo de melhorar as condições de segurança da zona

portuária e o acondicionamento das redes de pesca,

Colocação de poitas, bóias e correntes para a regularização do fundeadouro de recreio no

extremo sul do molhe antigo, melhorando as condições de operacionalidade.

A cobertura financeira deste projecto de investimento foi realizada por Fundos Próprios e verbas

provenientes do Capº 50.º do OE/PIDDAC.

REABILITAÇÃO DO EDIFÍCIO DO MERCADO DE 2ª VENDA DE SETÚBAL (EX-LOTA)

Deu-se continuidade à execução do projecto de reabilitação técnica e funcional do edifício, tendo-se

centrado esforços na remodelação do pátio interior. Em todo este processo procurou-se garantir a

articulação com os utentes de armazéns, a Associação de Comerciantes e a Junta de Freguesia da

Anunciada. Neste âmbito, foi ainda criado um novo acesso àquele mercado e eliminado o antigo

portão de entrada para o pátio.

A cobertura financeira deste projecto de investimento foi realizada por Fundos Próprios e verbas

provenientes do Cap.º 50.º do OE/PIDDAC.

MELHORIA DO ASSINALAMENTO MARÍTIMO

Foram realizados trabalhos de manutenção, beneficiação e relocalização de bóias e balizas do sistema

de assinalamento marítimo do porto de Setúbal, reforçando as condições de segurança da navegação.

ACTUALIZAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO DOS PORTOS DE SETÚBAL E SESIMBRA

Procedeu-se à actualização do Plano Estratégico dos portos de Setúbal e Sesimbra, que incluiu uma

reavaliação dos objectivos, acções e projectos a desenvolver no triénio 2009-2011, tendo-se definido

um novo Plano de Acções segundo a metodologia BSC-Balanced Scorecard.

RECUPERAÇÃO DOS PASSADIÇOS FLUTUANTES DA DOCA DOS PESCADORES DE SETÚBAL

Com o objectivo de aumentar a segurança e funcionalidade na Doca dos Pescadores, realizaram-se

trabalhos de reparação e limpeza dos passadiços existentes, e colocaram-se novos dispositivos de

ligação entre eles e a terra.

Page 41: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

7.2 Análise Económico-Financeira

Os Resultados Líquidos da APSS, no exercício de 2009, ascenderam ao montante de 2,4 milhões de

euros, verificando-se uma redução de 9% (-226,64 mil Euros) comparativamente com o exercício

anterior.

Os Resultados Operacionais têm vindo a registar significativos acréscimos nos últimos exercícios, no

entanto no ano em análise, verificou-se uma estagnação desses resultados, consequência directa da

recessão da economia a nível internacional.

Os Resultados Extraordinários obtidos no período registaram um decréscimo de 11% (- 323,90 mil

euros) face ao período homólogo.

Este decréscimo é parcialmente justificado pelo facto de, no exercício de 2008, terem sido registados

proveitos de carácter pontual resultantes da redução de provisões constituídas para os custos com o

pessoal afecto aos Ferries.

Também, o montante de Subsídios ao Investimento reconhecidos como proveito neste exercício, que

ascendeu ao montante de 2.898,85 mil euros, sofreu um decréscimo de 6% (- 186,87 mil euros).

Pela Ordem de Serviço n.º 8/2009, de 8 de Abril foi aprovado o “Programa de Reestruturação do

Quadro de Pessoal da APSS”, onde foram criados incentivos à aposentação ou à reforma dos

trabalhadores que reúnam as condições exigidas por lei e também à rescisão amigável dos vínculos à

APSS. Assim, foram acordados com alguns trabalhadores o pagamento de compensações pecuniárias

de natureza indemnizatória, sendo o respectivo custo registado em Custos Extraordinários.

Os Resultados Financeiros registaram uma significativa variação positiva de 38% (+37,85 mil euros),

resultante, essencialmente, da:

§ rentabilização dos excedentes de Tesouraria;

§ amortização total do empréstimo bancário negociado junto do Banco BPI e Banco Millenium

BCP;

§ redução das taxas de juro associadas aos empréstimos negociados.

(unidade: mil euros)

RESULTADOS LÍQUIDOS 2009 2008 Var. 2009/08

Resultados Operacionais 556,85 559,02 0%

Resultados Financeiros 137,35 99,50 38%

Resultados Extraordinários 2.511,70 2.835,60 -11%

RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS 3.205,91 3.494,11 -8%

Imposto Corrente 800,60 807,57 -1%

Imposto Diferido 0,00 54,60 -100%

2.405,31 2.631,95 -9%

Page 42: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Em termos globais, os Proveitos Operacionais, comparativamente com o exercício de 2008, registaram

um decréscimo de 4% (-761,49 mil euros). Da análise ao quadro a seguir apresentado, constata-se que

com excepção das Concessões e Proveitos Suplementares, todos os restantes proveitos desta natureza

sofreram decréscimos:

(unidade: mil euros)

PROVEITOS OPERACIONAIS 2009 2008 Var. 2009/08

Prestação de Serviços 17.139,44 17.835,90 -4%

- Serviços Portuários 7.436,55 8.027,74 -7%

TUP Navio 2.466,69 2.429,42 2%

TUP Carga 2.189,81 2.404,92 -9%

Taxa Pilotagem 2.625,61 2.709,09 -3%

Armazenagem 16,37 68,31 -76%

Estacionamento (TES) 58,75 7,56 677%

Outras 79,31 408,44 -81%

- Taxas Ocupação e Licenças 1.855,13 2.194,73 -15%

- Concessões 7.847,76 7.613,43 3%

Portuárias 6.884,14 6.751,11 2%

Não Portuárias 963,62 862,33 12%

Proveitos Suplementares 1.077,36 966,50 11%

Outros Proveitos Operacionais 319,81 404,26 -21%

Trabalhos p/Própria Empresa (TPE´s) 109,09 147,62 -26%

Reversões de Amortizações e Ajustamentos 74,51 127,42 -42%

18.720,21 19.481,70 -4%

Page 43: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

42

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Os proveitos provenientes dos Serviços Portuários registaram uma redução de 7% (-591,19 mil euros),

resultante do decréscimo verificado na TUP Carga (-215,11 mil euros; -9%) e em Outras - Aluguer de

Equipamento (-329,13 mil euros; - 81%).

Na origem da variação dos proveitos com Aluguer de Equipamento, estão os contratos de fretamento

das embarcações ferries, negociados com a empresa Atlantic Ferries, até que as novas embarcações

adquiridas pela Concessionária estivessem operacionais para efectuarem a travessia fluvial Setúbal-

Tróia, situação que veio a verificar-se em Setembro de 2008.

A movimentação de mercadorias no Porto de Setúbal atingiu 5.859.149 ton, revelando-se inferior em

4,3% (-265 mil ton) comparativamente com o ano de 2008. Esta variação teve um impacto directo na

redução dos proveitos com a TUP Carga que, no período em análise, ascenderam a 2.189,81 mil euros,

comparativamente com o valor de 2.429,42 mil euros do período homólogo.

Os proveitos provenientes das Taxas e Licenças de natureza dominial sofreram um decréscimo de 15%

(-339,6 mil euros) comparativamente com o ano de 2008, justificado essencialmente pela:

- redução de proveitos provenientes da emissão de Licenças para Obras (no ano de 2008 foram

emitidas algumas Licenças de Obras de valor relevante);

- conversão da Licença de Uso Privativo da Uralada em Concessão de Uso Privativo;

Em termos globais, os proveitos com Concessões registaram um aumento de 3% (+ 234,33 mil euros).

As Concessões Portuárias registaram um acréscimo de 2% (+133,04 mil euros), consequência do

significativo aumento da movimentação de mercadorias no Terminal Multiusos Zona 2 (102,2%). Este

acréscimo compensou as variações negativas nos proveitos registados nos Terminais Multiusos Zona 1

(-7%), Tanquisado/Eco-Oil (-19%) e Praias do Sado (-10%).

Relativamente às Concessões de natureza Não Portuária, cuja variação ascendeu a 12% (+101,29 mil

euros), destaca-se o acréscimo de proveitos provenientes da Concessão com a Atlantic Ferries (+57%).

(unidade: mil euros)

CUSTOS OPERACIONAIS 2009 2008 Var. 09/08

Consumos 20,97 22,08 -5%

Fornecimentos e Serviços Externos 2.996,76 3.239,21 -7%

Custos C\ Pessoal 8.387,43 8.462,23 -1%

Amortizações e Ajustamentos do Exercício 5.989,78 6.138,12 -2%

Provisões 22,00 60,16 -63%

Impostos 36,20 13,58 167%

Outros Custos 710,22 987,31 -28%

18.163,35 18.922,69 -4%

Page 44: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

43

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Os Custos Operacionais registaram um decréscimo de 4% (-759,33 mil euros), comparativamente com

igual período do exercício anterior. Na origem desta variação estão os custos com “Fornecimentos e

Serviços Externos” e “Outros Custos Operacionais”, com decréscimos de 7% (-242,45 mil euros) e 28%

(-277,09 mil euros), respectivamente.

O decréscimo registado nos custos com Fornecimentos e Serviços Externos comparativamente com o

ano de 2008, resultou da redução de custos com o fornecimento de “Combustíveis” e com as

”Dragagens de Manutenção do Porto de Setúbal”.

No ano de 2008 foi efectuada a contabilização da quota-parte da APSS nas responsabilidades

assumidas pela APP no âmbito do Projecto PIPE – Procedimentos e Informação Portuária Electrónica

(279,18 mil euros). Não tendo ocorrido custos desta natureza, no exercício em análise, justifica-se

assim o decréscimo de 28% (-277,09 mil euros) em Outros Custos Operacionais.

A APSS tem vindo a implementar o plano de reestruturação do quadro de pessoal, nomeadamente

através de uma redução de efectivos. No ano de 2009, o impacto desta redução ainda não é

significativo em virtude do acréscimo de custos associados à saída dos referidos efectivos. A redução

de custos com pessoal virá a verificar-se com maior relevo nos próximos exercícios.

Os Custos com o Pessoal e as Amortizações e Ajustamentos do Exercício continuam a representar um

significativo peso na globalidade dos Custos Operacionais, respectivamente, 46,2% e 32,9%.

Conjuntamente, estas duas rubricas absorvem 76,8% (75% em 2008) dos proveitos operacionais

obtidos pela APSS no exercício em análise.

Os meios libertos, numa óptica operacional, registaram um decréscimo de 3,94% (-226,26 mil euros)

face ao ano de 2008, destacando-se a variação negativa dos Resultados Líquidos obtidos e das

Amortizações e Ajustamentos:

(unidade: mil euros)

CASH FLOW 2009 2008

Resultados Líquidos 2.405,31 2.631,95

Amortizações e Ajustamentos 5.989,78 6.138,12

Provisões 22,00 60,16

Subsídios ao Investimento -2.898,85 -3.085,73

5.518,24 5.744,50

Page 45: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

44

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Face às variações atrás referidas, o EBITDA atingiu, no final do exercício, o montante de 6.568,64 mil

euros. Considerando o efeito das Amortizações/Ajustamentos e Provisões, obtemos um EBIT positivo

de 556,85 mil Euros, mantendo-se a boa performance da componente operacional nos últimos anos.

No entanto, é de referir que este indicador seria muito mais expressivo e adequado (3.455,71 mil

euros) se os proveitos (subsídios ao investimento) correspondentes às amortizações consideradas,

estivessem contabilizados como operacionais, ao invés de estarem em rubricas extraordinárias, como

preconiza o Plano Oficial de Contabilidade.

O Valor Acrescentado Bruto ascendeu, no exercício em análise, ao montante de 15.036,17 mil euros,

verificando-se um decréscimo de 2,18% (- 334,53 mil euros) face ao ano de 2008.

Apesar da redução do VAB, face ao ano de 2008, o VAB Per Capita atingiu os 83,07 mil euros, em

virtude da redução do Efectivo Médio de 189 para 181 trabalhadores, reflexo da reestruturação do

quadro do pessoal da APSS.

(unidade: mil euros)

2009 2008

Proveitos Operacionais 18.720,21 19.481,70 Prestação de Serviços 17.139,44 17.835,90 Proveitos Suplementares 1.077,36 966,50 Outros Proveitos Operacionais 319,81 404,26 Trabalhos para a p. empresa 109,09 147,62 Reversões de Amort. e Ajust. 74,51 127,42

Custos Operacionais 12.151,57 12.724,41 Consumos 20,97 22,08 Fornecimentos e Serviços Externos 2.996,76 3.239,21 Custos c\ Pessoal 8.387,43 8.462,23 Impostos 36,20 13,58 Outros Custos 710,22 987,31

EBITDA 6.568,64 6.757,30

Amortizações e Ajustamentos 5.989,78 6.138,12 Provisões 22,00 60,16

EBIT 556,85 559,02

Subsídios ao Investimento 2.898,85 3.085,73

EBIT (AJUSTADO) 3.455,71 3.644,75

Page 46: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

45

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

O Fundo de Maneio da APSS, obtido no final do ano de 2009, atingiu o valor de 3.750,28 mil euros que,

comparativamente com o ano anterior, corresponde a um aumento de 10,2% (+348,47 mil euros).

O decréscimo do Passivo de Curto Prazo, no ano de 2009, resultou da redução da Dívida a Terceiros –

Estado e Outros Entes Públicos e da redução de custos com Indemnizações ao Pessoal (Acréscimos de

Custos).

Por outro lado, o decréscimo dos Capitais Circulantes resultou da significativa redução do valor de

Disponibilidades.

A evolução da Estrutura de Capitais da APSS conforme se pode analisar através do seguinte quadro,

registou algumas variações no exercício de 2009:

(unidade: mil euros)

2009 2008

Impostos (s/IVA) 36,20 13,58

Custos c\ Pessoal 8.387,43 8.462,23

Encargos Financeiros 43,91 137,59

Amortizações e Ajustamentos 5.989,78 6.138,12

Provisões 22,00 60,16

Resultados Operacionais 556,85 559,02

15.036,17 15.370,70

Efectivo Médio 181 189

VAB/Efectivo Médio 83,07 81,33

VAB - VALOR ACRESCENTADO BRUTO

(unidade: mil euros)

FUNDO DE MANEIO 2009 2008

CAPITAIS CIRCULANTES 7.330,62 7.539,48

PASSIVO CORRENTE 3.580,34 4.137,67

3.750,28 3.401,81

Page 47: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

46

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

No exercício de 2009, os Capitais Próprios da APSS, apenas registaram uma ligeira variação, devido ao

facto da Distribuição de Dividendos ao Accionista da APSS, relativos ao exercício de 2008, ter

correspondido a 90% do Resultado Líquido obtido, ou seja, 2.368,76 mil euros.

A variação da rubrica de Provisões (-182,18 mil euros) resulta do contínuo pagamento das

Aposentações decorrentes do Decreto-Lei n.º 467/99 e do Fundo de Aposentações do ex. INPP, bem

como do registo dos seguintes movimentos:

§ a actualização à data de 31 de Dezembro de 2009, das responsabilidades da APSS no Fundo

de Aposentações do ex. INPP, que se reflectiu numa redução da provisão em 0,86 mil euros;

§ a actualização à data de 31 de Dezembro de 2009, das responsabilidades da APSS com o

pagamento da pensão vitalícia a colaborador da APSS, com uma redução da provisão em

47,43 mil euros;

§ constituição de uma provisão, no valor de 22 mil euros, para a cobertura das

responsabilidades subjacentes a um processo judicial em curso intentado por um ex.

colaborador da APSS.

A variação ocorrida ao nível do Passivo de Médio e Longo Prazo e de Curto Prazo, no exercício em

análise, tem a sua origem, basicamente, na:

§ amortização total do Empréstimo com o Banco BPI e Millenium BCP, realizada em Julho de

2009;

§ contínua amortização do Empréstimo negociado com o Banco BPI;

§ redução das Dívidas a Terceiros – Estado e Outros Entes Públicos, resultante dos pagamentos

por conta, em 2009, terem sido superiores aos efectuados no ano anterior.

A variação registada em Acréscimos e Diferimentos no ano de 2009 ficou a dever-se, essencialmente, à

transferência para Proveitos do Exercício da quota-parte dos Subsídios ao Investimento (2.898,85 mil

euros), bem como à contabilização dos novos Subsídios ao Investimento recebidos no decorrer do

exercício em análise (975,72 mil euros).

(unidade: mil euros)

ESTRUTURA DE CAPITAIS 2009 % 2008 %

Cap. Próprios 37.714,30 38,5% 37.677,75 37,2%

Provisões 1.144,05 1,2% 1.326,23 1,3%

Passivo M/L Prazo 809,84 0,8% 1.428,91 1,4%

Passivo C/Prazo 2.060,09 2,1% 2.359,10 2,3%Acresc./Difer. 56.254,99 57,4% 58.440,29 57,7%

97.983,28 100,0% 101.232,27 100,0%

Page 48: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

47

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Em termos globais, a estrutura de capitais (próprios e alheios) da APSS sofreu um decréscimo de

3.248,99 mil euros (-3,21%), comparativamente com o exercício de 2008, fruto da significativa redução

de capitais alheios.

A obtenção de Resultados Líquidos inferiores aos obtidos no período homólogo, reflectiram-se num

decréscimo dos valores dos indicadores de natureza económica, com excepção das Margens do EBIT e

EBITDA.

A redução dos Capitais Alheios, nomeadamente a redução da dívida com Empréstimos Bancários, foi

fundamental na significativa melhoria dos Indicadores Financeiros obtidos no ano de 2009,

comparativamente com o ano anterior.

O Indicador do Prazo Médio de Recebimentos sofreu um significativo agravamento, dado o acréscimo

das dívidas de clientes face ao ano anterior.

2009 2008

ECONÓMICOS

VAB\ENCARGOS PESSOAL 179,27 181,64

RENT.CAP.PRÓPRIOS Res.Liquidos/Cap.Próprios 6,38 6,99

RENT.CAP.TOTAIS Res.Líquidos/(Cap.Próprios+Passivo) 2,45 2,60

EBIT (em milhares de euros) Res. Operacionais 556,85 559,02

EBITDA (em milhares de euros) Res.Operacionais+Amort.+Ajust.+Provisões 6.568,64 6.757,30

MARGEM EBIT EBIT/Prest.Serviços 3,25 3,13

MARGEM EBITDA EBITDA/Prest.Serviços 38,32 37,89

FINANCEIROS

LIQUIDEZ (Activo Circ.+Acr.Proveitos)/(Passivo C/P+Acr.Custos) 2,15 1,88

AUTONOMIA FINANCEIRA Cap.Próprio/Activo Total Liquido 0,38 0,37

SOLVABILIDADE Cap.Próprio/Passivo Total 0,63 0,59

COBERTURA DO IMOBILIZADO Cap.Permanentes/Imob. Liquido 1,02 1,01

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (DIAS) 88 d 49 d

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS (conforme Programa Pagar a Tempo e Horas) 51 d 76 d

INDICADORES ECONÓMICOS E FINANCEIROS

Page 49: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

48

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

7.3 Programa “PAGAR A TEMPO E HORAS”

Tendo como principal objectivo a redução dos prazos de pagamento a fornecedores de bens e serviços praticados por entidades públicas, foi aprovado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008 de 14 de Fevereiro, o PROGRAMA “PAGAR A TEMPO E HORAS”. Este programa abrange

serviços e fundos da administração directa e indirecta do Estado, Regiões Autónomas, os municípios e empresas públicas, de acordo com diferentes regras e mecanismos. De acordo com o definido no n.º 6 do Anexo à RCM n.º 34/2008 e Despacho n.º 9870/2009 de 13 de Abril, a evolução do Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMP) da APSS é o seguinte:

Por norma, todos os contratos de fornecimento de bens e/ou prestação de serviços são negociados com um Prazo de Pagamento, máximo, de 60 dias (da data de emissão da factura). Habitualmente este prazo é cumprido, contudo existem algumas excepções devido ao tempo necessário na obtenção/análise de esclarecimentos que resultam num dilatar do prazo acordado e, em consequência, do prazo médio de pagamentos. Exemplo disso, são um conjunto de facturas relativamente às quais a APSS não concorda com o seu pagamento, mas cuja negociação tem sido morosa. Considerando para o respectivo cálculo o montante de 277 mil euros correspondentes a facturas em negociação/discussão de 2005 e 2006, o prazo médio de pagamentos é conforme se pode verificar no quadro seguinte:

PMP 31-03-2009 30-06-2009 30-09-2009 31-12-2009

Prazo Médio de Pagamentos 65 62 53 51

Un.: Dias

PMP 31-03-2009 30-06-2009 30-09-2009 31-12-2009

Prazo Médio de Pagamentos 87 81 72 69

Un.: Dias

Page 50: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

49

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

8. Objectivos de Gestão

Em Junho de 2009, foi celebrado o Contrato de Gestão conforme estipulado nos artigos 18º e 33º do

Estatuto do Gestor Público (Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de Março), onde foram definidos os

objectivos de gestão do Conselho de Administração da APSS, para o mandato de 2008/2010.

Os objectivos definidos, para 2009, são mensuráveis através dos indicadores apresentados no quadro

abaixo:

PESO DE 2008 QUANTIFICAÇÃO

CADA RUBRICA OBJECTIVOS REAL DIFERENÇA VAR. %

Volume de Negócios (em milhares de euros) ¹ 10,0% 19.207 17.882 18.537 655 4% 10,4%

Margem EBITDA (%) ² 18,7% 35,2% 32,3% 35,4% 3,1% 10% 20,5%

Resultados Líquidos (em milhares de euros) 21,3% 2.632 1.647 2.405 758 46% 31,1%

ROACE (%) ³ 10,0% 8,9% 6,7% 8,8% 2,1% 31% 13,1%

Movimento de Mercadorias (em milhares de toneladas) 25,0% 6.124 5.000 5.859 859 17% 29,3%

PMP (N.º de dias) ⁴ 8,0% 76 65 51 14 27% 10,2%

Grau de Cumprimento do Plano de Investimentos (%) ⁵ 2,0% 49% 85% 88% 3% 4% 2,1%

Eficiência ⁶ 5,0% 2,80 3,00 2,77 0,23 8% 5,4%

¹ Vendas + Prestação de Serviços + Proveitos Suplementares + Outros Proveitos e Ganhos Operacionais

² EBITDA/Volume de Negócios, sendo o EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações + Ajustamentos + Provisões

⁴ PMP calculado de acordo com a RCM n.º 34/2008 e Despacho n.º 9870/2009, de 13 de Abril;

⁶ Custos Operacionais/EBITDA

2009

⁵ Valor do Investimento realizado/valor do investimento orçamentado em Fundos Próprios - corresponde à taxa de realização do investimento orçamentado mas apenas

relativamente ao financiado com Fundos Próprios

³ EBIT/Capital Empregue Médio, sendo no EBIT considerados os subsidios ao investimento (levados a proveito no ano) e correspondendo o Capital Empregue à média da Situação Líquida +

Passivo Remunerado

Page 51: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

50

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

9. Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA propõe que a

aplicação dos Resultados Líquidos apurados, no montante de 2.405.309,17 Euros, seja realizada da

seguinte forma:

Reservas Legais – 10% 240.530,92€

Reserva de Investimentos 2.164.778,25€

Page 52: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

51

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

10. Notas Finais

Nestas notas finais, o Conselho de Administração gostaria de agradecer aos seus Clientes, e às

Comunidades Portuárias de Setúbal e Sesimbra toda a colaboração e bom relacionamento.

Cumpre-nos ainda registar com apreço, a preciosa colaboração dos Membros da Mesa da Assembleia

Geral e anotar a forma como tem vindo a ser acompanhada a actividade da APSS pelo Conselho Fiscal

e pelo Revisor Oficial de Contas, na função de Orgãos de Fiscalização da APSS.

Manifestamos, igualmente, o muito apreço aos trabalhadores da APSS que, com o seu esforço,

dedicação e competência, têm contribuído para um funcionamento mais eficaz e eficiente da

empresa, bem como à forma como a mesma tem sido apoiada activamente pela Tutela e pelo

Accionista.

Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA, a 18 de Fevereiro de 2010.

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Carlos Gouveia Lopes

(Presidente do Conselho de Administração)

Francisco Gonçalves

(Administrador)

Ricardo Roque

(Administrador)

Page 53: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

II. Contas do exercício

(unidade: euros)

BALANÇO - ACTIVO 2009 2008

CÓDIGO DAS CONTAS ACTIVO BRUTOAMORTIZAÇÕES

AJUSTAMENTOSACTIVO LÍQUIDO ACTIVO LÍQUIDO

ACTIVO

IMOBILIZADO

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

431 Despesas de Instalação/Estudos 3.943.333,18 3.277.301,73 666.031,45 337.966,65

433 Propriedade Industrial e Outros Direitos 696,49 696,49

442 Imobilizações em Curso 33.215,00 33.215,00 74.345,49

3.977.244,67 3.277.998,22 699.246,45 412.312,14

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

422 Edificios e Outras Construções 16.375.677,73 5.103.934,18 11.271.743,55 12.017.823,63

423 Equipamento Básico 2.157.627,41 1.993.994,89 163.632,52 195.376,76

424 Equipamento de Transporte 752.754,91 735.697,32 17.057,59 27.178,39

425 Ferramentas e Utensíl ios 138.737,03 77.281,30 61.455,73 52.343,82

426 Equipamento Administrativo 3.613.080,33 3.325.406,77 287.673,56 394.118,38

429 Outras Imobilizações Corpóreas 1.644.164,92 1.324.557,27 319.607,65 182.736,39

441/6 Imobilizações em Curso 620.782,20 620.782,20 1.532.729,88

462 BDPE - Edificios e Outras Construções 119.296.728,31 40.984.919,46 78.311.808,85 80.069.141,35

144.599.552,84 53.545.791,19 91.053.761,65 94.471.448,60

CIRCULANTE

EXISTÊNCIAS

36 Matérias Primas, Sub. e de Consumo 42.332,72 42.332,72 37.256,33

32 Mercadorias

42.332,72 42.332,72 37.256,33

DÍVIDAS DE TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO

26 Dívidas de Terceiros - M/L Prazo 53.897,50 47.545,50 6.352,00 11.952,00

53.897,50 47.545,50 6.352,00 11.952,00

DÍVIDAS DE TERCEIROS - CURTO PRAZO

211 Clientes, c/c 4.402.894,65 4.402.894,65 2.541.193,88

218 Clientes de Cobrança Duvidosa 774.605,46 698.370,99 76.234,47 47.483,35

24 Estado e Outros Entes Publicos 78.202,27 78.202,27 65.153,81

262/6/7/8+221 Outros Devedores 1.103.126,11 958.218,03 144.908,08 95.014,75

6.358.828,49 1.656.589,02 4.702.239,47 2.748.845,79

TÍTULOS NEGOCIÁVEIS

18 Outras Aplicações de Tesouraria 2.751.000,00

2.751.000,00

DEPÓSITOS BANCÁRIOS E CAIXA

12 Depósitos Bancários 874.913,98 874.913,98 339.254,48

11 Caixa 644,82 644,82 1.039,33875.558,80 875.558,80 340.293,81

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS271 Acréscimo de Proveitos 375.193,59 375.193,59 227.709,69

272 Custos Diferidos 10.717,51 10.717,51 13.577,18276 Activos e Passivos p/Impostos Diferidos 217.873,94 217.873,94 217.873,94

603.785,04 603.785,04 459.160,81

TOTAL AMORTIZAÇÕES 56.823.789,41

TOTAL AJUSTAMENTOS 1.704.134,52

TOTAL ACTIVO 156.511.200,06 58.527.923,93 97.983.276,13 101.232.269,48

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 54: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

53

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

(unidade: euros)

BALANÇO - CAPITAIS PRÓPRIOS + PASSIVO

CÓDIGO DAS CONTAS2009 2008

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO

51 Capital 14.000.000,00 14.000.000,00

571 Reservas Legais 1.251.752,84 988.557,81

576 Outras Reservas 49.040,00 49.040,00

577 Reservas Especiais 20.005.421,21 20.005.421,21

59 Resultados Transitados 2.779,26 2.779,26

88 Resultado Líquido do Exercicio 2.405.309,17 2.631.950,27

37.714.302,48 37.677.748,55

PASSIVO

PROVISÕES

298 Outras Provisões 1.144.049,80 1.326.226,30

1.144.049,80 1.326.226,30

DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO

2312 Dividas a Instituições de Crédito 809.844,88 1.428.905,59

809.844,88 1.428.905,59

DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO

221 Fornecedores, c/c 625.269,43 917.407,84

2311 Dividas a Instituições de Crédito 404.922,44 433.474,22

261 Fornecedores de Imobilizado 440.771,96 59.234,70

24 Estado e Outros Entes Públicos 499.281,51 796.491,59

262/8+211 Outros Credores 89.840,40 152.490,32

2.060.085,74 2.359.098,67

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

273 Acréscimos de Custos 1.520.249,50 1.778.569,38

274 Proveitos Diferidos 54.734.743,73 56.661.720,99

56.254.993,23 58.440.290,37

TOTAL DO PASSIVO 60.268.973,65 63.554.520,93

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO 97.983.276,13 101.232.269,48

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 55: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

54

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

(unidade: euros)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 2009 2008

CUSTOS E PERDAS

61 Custo Merc. Vend. e Mat. Consumidas 20.969,60 22.076,11

62 Fornecimentos e Serviços Externos 2.996.760,66 3.239.207,70

Custos c\ Pessoal

641+642 Remunerações 6.952.673,83 6.974.842,61

Encargos Sociais :

643 Pensões 32.745,40 1.722,88

645/8 Outros 1.402.007,50 1.485.664,52

662+663 Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorpóreo 5.920.765,89 6.091.086,08

666+667 Ajustamentos 69.017,29 47.032,46

67 Provisões 22.000,00 60.160,73

63 Impostos 36.198,39 13.578,36

65 Outros Custos Operacionais 710.215,68 987.314,29

(A) 18.163.354,24 18.922.685,74

683+684 Amort. e Ajust. de Aplicações de Inv. Finan.

681+685+688 Juros e Custos Similares :

Relativos a Empresas Interligadas

Outros 43.905,79 137.592,30

(C) 18.207.260,03 19.060.278,04

69 Custos e Perdas Extraordinárias 545.394,00 764.871,46

(E) 18.752.654,03 19.825.149,50

86 Imposto s\ Rendimento do Exercicio

Imposto Corrente 800.596,76 807.566,05

Imposto Diferido 54.595,55

(G) 19.553.250,79 20.687.311,10

88 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.405.309,17 2.631.950,27

PROVEITOS E GANHOS 2009 2008

71 Vendas

72 Prestação de Serviços 17.139.440,92 17.835.904,47

75 Trabalhos Para a Própria Empresa 109.089,81 147.617,81

73 Proveitos Suplementares 1.077.363,57 966.500,86

76 Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 319.805,34 404.258,60

77 Reversões de Amortizações e Ajustamentos 74.507,78 127.422,82

(B) 18.720.207,42 19.481.704,56

7815 Rend. de Titulos Negoc. e Outras Aplic. Finan.

7811+7818+785+786Outros Juros e Proveitos Similares 181.257,43 237.088,29

(D) 18.901.464,85 19.718.792,85

79 Proveitos e Ganhos Extraordinários 3.057.095,11 3.600.468,52

(F) 21.958.559,96 23.319.261,37

Resultados Operacionais (B) - (A) 556.853,18 559.018,82

Resultados Financeiros (D - B) - (C - A) 137.351,64 99.495,99

Resultados Correntes (D - C) 694.204,82 658.514,81

Resultados Antes de Impostos (F) - (E) 3.205.905,93 3.494.111,87

Resultados Líquido do Exercicio (F) - (G) 2.405.309,17 2.631.950,27

O Técnico Oficial de Contas O Conselho de Administração

Page 56: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

55

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

(unidade: mil euros)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 2009 2008

ACTIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimento de Clientes 17.072,55 20.028,23

Pagamentos a Fornecedores 3.737,74 4.227,28

Pagamentos ao Pessoal 9.196,35 8.842,29

Fluxo gerado pelas operações 4.138,46 6.958,65

Pagamento/recebimento do Imposto s/Rendimento 1.098,51 720,08

Outros pagamentos/recebimentos actividade operacional 461,55 397,57

Fluxo gerado antes rubricas extraordinárias 2.578,41 5.841,01

Recebimento de rubricas extraordinárias 0,00 0,00

Pagamentos de rubricas extraordinárias 0,00 0,00

FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS 2.578,41 5.841,01

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Recebimentos Provenientes de:

Investimentos Financeiros

Imobilizações Corpóreas 17,26 5,95

Imobilizações Incorpóreas

Subsidios de Investimento 975,72 872,88

Juros e Proveitos Similares 55,38 111,34

Dividendos

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos Financeiros

Imobilizações Corpóreas 2.002,71 1.849,69

Imobilizações Incorpóreas 750,72 366,76

FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO -1.705,05 -1.226,29

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos Provenientes de:

Empréstimos obtidos 0,00

Aumentos de Capital, prestações suplementares e prémios de emissão 0,00

Subsídios e Doacções

Venda de acções (quotas) próprias

Cobertura de Prejuízos

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 647,61 3.662,23

Amortização de contratos de locação financeira 79,43

Juros e Custos Similares 72,72 201,96

Dividendos 2.368,76 1.507,27

Reduções de Capital e Prestações Suplementares

Aquisição de acções (quotas) próprias

FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO -3.089,09 -5.450,89

Variação de Caixa e seus equivalentes -2.215,74 -836,17

Efeito das Diferenças de Câmbio

Caixa e seus equivalentes do inicio do período 3.091,29 3.927,46

Caixa e seus equivalentes no fim do período 875,56 3.091,29

Page 57: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

56

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

(unidade: mil euros)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES 2009 2008

Vendas e Prestações de Serviços 18.216,80 18.802,41

Custo Vendas e Prestações de Serviços 8.456,58 8.840,59

Resultados Brutos 9.760,22 9.961,81

Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 661,64 1.194,04

Custos de Distribuição

Custos Administrativos 5.212,08 5.299,25

Outros Custos e Perdas Operacionais 2.139,38 2.456,72

Resultados Operacionais 3.070,40 3.399,88

Custo Líquido de Financiamento -135,50 -94,23

Ganhos e (perdas) em fi l iais e associadas

Ganhos e (perdas) em outros investimentos

Resultados não usuais ou não frequentes

Resultados Correntes 3.205,91 3.494,11

Impostos sobre os Resultados Correntes 800,60 862,16

Resultados Correntes após Impostos 2.405,31 2.631,95

Resultados Extraordinários

Impostos sobre os Resultados Extraordinários

Resultados Extraordinários após Impostos 0,00 0,00

RESULTADOS LÍQUIDOS 2.405,31 2.631,95

Page 58: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

57

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

III. Anexo ao Balanço em 31 de Dezembro de 2009 e às Demonstrações dos Resultados, por Natureza e Funções, e à Demonstração dos Fluxos de Caixa do Exercício então findo (em milhares de Euros)

INTRODUÇÃO

A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA (adiante designada por “APSS” ou “Empresa”),

foi inicialmente constituída sobre a forma de instituto público dotado de personalidade jurídica de

direito público e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Pelo Decreto-lei n.º 338/98,

de 3 de Novembro, foi transformada em Sociedade Anónima de capitais exclusivamente públicos,

passando a reger-se pelo referido diploma e pelos seus Estatutos e, em tudo o que neles não estiver

previsto, pelas normas aplicáveis às sociedades anónimas e pelas normas especiais cuja aplicação

decorra do objecto da Empresa.

A APSS sucedeu assim automática e globalmente à Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra,

instituto público, e continuou a personalidade jurídica desta, conservando a universalidade dos bens,

direitos e obrigações integrantes da sua esfera jurídica no momento da transformação.

Mantiveram-se integrados no domínio público do Estado afecto à APSS os terrenos, terraplenos e

molhes de protecção situados dentro da área de jurisdição da Administração dos Portos de Setúbal e

Sesimbra, instituto público, ou com ela confinantes, delimitada pelos contornos e linhas definidos

pelos pontos constantes da planta anexa ao referido diploma e ainda os bens afectos à actividade de

pesca, serviços de primeira venda e actividades conexas.

Neste contexto, os bens de domínio público encontram-se afectos à actividade da Empresa, que os

pode administrar livremente, nesse âmbito, mas não pode dispor dos mesmos no que diz respeito ao

comércio jurídico privado.

Foram desafectados do domínio público do Estado e integrados no património da APSS, todos os

equipamentos e edifícios, ainda que implantados sobre terrenos dominiais, afectos à Administração

dos Portos de Setúbal e Sesimbra, instituto público. A Empresa sucedeu ainda na titularidade de todos

os bens, direitos e obrigações do Departamento de Pilotagem de Setúbal do Instituto Nacional de

Pilotagem dos Portos (INPP). Passou também a constituir património da APSS, os imóveis do INPP

afectos ao Departamento de Pilotagem de Setúbal.

A APSS assegura o exercício das competências necessárias ao regular funcionamento dos dois portos,

nos seus múltiplos aspectos de ordem económica, financeira e patrimonial, de gestão de efectivos e

de exploração portuária e ainda as actividades que lhe sejam complementares, subsidiárias ou

acessórias. Assim, são competências da Empresa:

Page 59: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

58

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

a) atribuição de usos privativos e definição de respectivo interesse público para efeitos de

concessão, relativamente aos bens de domínio público que lhe está afecto, bem como à

prática de todos os actos respeitantes à execução modificação e extinção da licença ou

concessão;

b) licenciamento de actividades portuárias de exercício condicionado e concessão de

serviços públicos portuários, podendo praticar todos os actos necessários à atribuição,

execução, modificação e extinção da licença ou concessão, nos termos da legislação

aplicável;

c) expropriação por utilidade pública, ocupação de terrenos, implantação de traçados e

exercício de servidões administrativas necessárias à expansão ou desenvolvimento

portuários, no termos legais;

d) fixação das taxas a cobrar pela utilização dos portos, dos serviços neles prestados e pela

ocupação de espaços dominiais ou destinados a actividades comerciais ou industriais;

e) protecção das suas instalações e do seu pessoal;

f) uso público dos serviços inerentes à actividade portuária e sua fiscalização.

Na sua área de jurisdição, só a APSS pode conceder licenças para execução de obras directamente

relacionadas com a sua actividade e cobrar taxas inerentes às mesmas.

As atribuições referentes à gestão da água na área de jurisdição da APSS, incluindo a supervisão da sua

qualidade, competem ao Instituto da Água e à respectiva Direcção Regional do Ambiente. A APSS terá

de obter parecer prévio das entidades responsáveis pela protecção do ambiente, no que respeita a

utilização de edifícios ou de instalações a licenciar, de que possa resultar poluição de qualquer

natureza.

No âmbito das orientações da política comum de transportes e da política nacional para o sector

marítimo-portuário, a Empresa tem vindo a alterar o modelo de gestão de autoridade portuária,

através do accionamento dos processos de concessão ao sector privado das operações e infra-

estruturas portuárias, com o consequente afastamento da APSS da área operacional (cada vez mais

"Landlord Port" e menos "Tool Port") e acentuando as funções de controlo e fiscalização e de

Autoridade Portuária.

Os prazos das concessões são de 10, 20, 25 e 30 anos, conforme o Contrato de Concessão em causa.

A Empresa foi inicialmente constituída com um capital social de 6.501.830,59 Euros, tendo

subsequentemente sido aumentado para 14.000.000,00 Euros (ver Nota 36). Este reforço foi

determinado em função da estrutura dos capitais próprios, das responsabilidades e das reservas

subjacentes ao valor de avaliação dos bens integrados nas contas aquando da sua constituição.

A Empresa tem sede na Praça da República, em Setúbal.

Page 60: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

59

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 1 - APLICAÇÃO DO POC NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As demonstrações financeiras do exercício foram preparadas, em todos os seus aspectos materiais, em

conformidade com as disposições do Plano Oficial de Contabilidade (POC), aprovado pelo Decreto-Lei

n.º 410/89 de 21 de Novembro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 238/91, de 2 de

Julho e pelo Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro.

As notas às contas respeitam a ordem e demais princípios estabelecidos pelo POC. As notas cuja

numeração se encontra ausente deste Anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não

é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras anexas.

NOTA 2 - COMPARABILIDADE DO CONTEÚDO DAS CONTAS

No exercício de 2009, a Empresa não procedeu a alterações de práticas ou políticas contabilísticas,

pelo que o conteúdo das contas relativas ao exercício de 2009 é comparável, em todos os aspectos

significativos, com os do exercício anterior.

NOTA 3 - PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS ADOPTADOS

As demonstrações financeiras Anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com os

princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Os principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos utilizados na preparação das

demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Imobilizado incorpóreo

As imobilizações incorpóreas, são constituídas essencialmente por Planos de Ordenamento e

Estudos/Levantamentos de carácter específico e encontram-se registadas ao custo de aquisição.

As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, e com base nas taxas máximas,

permitidas pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90.

b) Imobilizado corpóreo

As imobilizações corpóreas (incluindo os bens de domínio público), integradas à data de constituição

da Empresa (ver Introdução a este Anexo), foram subsequentemente registadas com base em

avaliação patrimonial efectuada em 1999 por entidade independente. A avaliação abrangeu parte

significativa dos bens integrados e reportou-se à data de 2 de Dezembro de 1998, tendo sido utilizado

o método do “Valor em Uso Continuado”. Os bens adquiridos posteriormente à data de constituição

da Empresa, encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o valor da factura do

fornecedor e respectivas despesas de compra.

Page 61: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

60

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Todas as amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes a partir do ano de aquisição

do respectivo bem (Ver Nota 10).

As taxas utilizadas são as estimadas para a vida útil económica dos bens, as quais se enquadram nos

limites previstos no Decreto Regulamentar n.º 2/90.

Relativamente às embarcações ferries, cuja taxa de amortização utilizada inicialmente correspondeu a

uma vida útil esperada de 5 anos (face ao desgaste/depreciação dos bens), no exercício de 2007,

efectuou-se uma amortização extraordinária, no valor de 320.383,33 Euros, referente ao Valor Líquido

Contabilístico, à data de 31 de Dezembro de 2007, de todas as embarcações ferries afectas ao serviço

público do transporte fluvial entre Setúbal e Tróia, dado terem sido transferidas da Concessionária

com hipotecas sobre as mesmas, situação confirmada em 2007.

As principais taxas de amortização utilizadas são as seguintes:

As reparações que se estimam aumentar a vida útil dos bens que lhe estão subjacentes, são registadas

em imobilizado corpóreo; as restantes são registadas em custos do exercício em que são efectuadas.

c) Bens de áreas concessionadas

Os bens das áreas concessionadas à Tersado e Sadoport (Concessão do Terminal Multiusos) foram

alienados aos concessionários e consequentemente foram excluídos do Imobilizado Corpóreo (ver

Nota 31, alínea d)).

No que se refere às infra-estruturas, e porque fazendo parte dos Bens do Domínio Público do Estado,

as mesmas encontram-se relevadas em conta específica do Imobilizado Corpóreo.

IMOBILIZADO CORPÓREO TAXA DE AMORTIZAÇÃO

Edificios e Outras Construções 2% - 5% - 10%

Equipamento Básico 12,5%

Equipamento Transporte 25%

Ferramentas e Utensíl ios 25%

Equipamento Administrativo 12,5% - 15% - 20% - 25% - 33,33%

Outras Imobilizações Corpóreas 10% - 12,5% - 20%

IMOB. CORPÓREO - BDPE TAXA DE AMORTIZAÇÃO

Edificios e Outras Construções 4% - 5% - 8,33% - 10%

Page 62: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

61

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

d) Existências

As existências compreendem essencialmente Material de Escritório (economato).

As existências são valorizadas a custo de aquisição, o qual é inferior ao seu valor esperado de

realização.

Como método de movimentação das saídas é utilizado o Custo Médio Ponderado.

e) Ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa

Com excepção de algumas situações específicas, os ajustamentos para créditos de cobrança duvidosa

são calculados tendo por base os critérios estabelecidos para efeitos fiscais, pois considera-se que o

ajustamento em questão não sofreria alteração significativa caso fosse apurada pelos critérios

económicos.

f) Subsídios ao investimento

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações, são contabilizados

quando existe confirmação do valor a receber, sendo os mesmos diferidos em balanço (rubrica de

Proveitos Diferidos) e posteriormente reconhecidos como proveitos (extraordinários) ao longo da vida

útil estimada dos bens que lhes estão subjacentes, em consonância com as correspondentes

amortizações (ver Nota 46).

g) Reformas antecipadas

A APSS é responsável pelo pagamento de pensões de reforma antecipadas, aos trabalhadores que

optaram pelo benefício previsto no Decreto-Lei n.º 467/99, de 6 de Novembro. Este decreto refere

que, desde que se verificassem determinadas condições até 31 de Dezembro de 2002, era permitida a

reforma antecipada dos trabalhadores ligados aos institutos e demais entidades portuárias, que

fossem subscritores da Caixa Geral de Aposentações. Esta responsabilidade cessa quando os

trabalhadores que tenham optado pela aposentação perfaçam 36 anos de serviço ou 70 anos de

idade.

As responsabilidades, determinadas com base no valor da pensão actual multiplicada pelo número de

anos em que esse benefício ainda vai vigorar (tendo por base as condições da sua cessação),

encontram-se cobertas por uma provisão registada na rubrica de Provisões – Outras Provisões (ver

Notas 31 e 34). Esta responsabilidade encontra-se registada ao seu valor nominal, por se considerar

que qualquer ajustamento a efectuar decorrente do desconto destes valores não seria significativo.

h) Pensões de reforma

Nos termos do artigo n.º 17 do Decreto-Lei n.º 338/98, de 3 de Novembro, a APSS ficou obrigada a

contribuir, em conjunto com as outras Administrações, para a manutenção do fundo de aposentações

do INPP - Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos, criado pelo Decreto-Lei n.º 188/89, de 3 de

Junho, relativamente aos aposentados que integravam o ex. departamento de pilotagem.

Para o financiamento destas responsabilidades, as quais são avaliadas por estudo actuarial

desenvolvido anualmente por entidade independente, foi constituída uma provisão, a qual se

encontra registada na rubrica de Provisões - Pensões (ver Notas 31 e 34).

Page 63: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

62

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Decorrente de um acidente em serviço que, resultou numa incapacidade permanente absoluta para o

exercício das suas funções, foi determinado pela Caixa Geral de Aposentações o valor anual da pensão

vitalícia a pagar ao trabalhador. Conforme determina o art.º 43.º do Decreto-Lei n.º 503/99, de 20 de

Novembro, o pagamento da pensão vitalícia é encargo da APSS, por se tratar de um organismo com

autonomia administrativa e financeira.

Com vista à cobertura dos encargos com a pensão vitalícia foi constituída uma provisão, com base no

estudo actuarial realizado por entidade independente, que se encontra registada na rubrica de

Provisões – Pensões (ver Notas 31 e 34).

A APSS adopta como política contabilística para reconhecimento das suas responsabilidades com

pensões de reforma, os critérios consagrados na Norma Internacional de Contabilidade n.º 19.

i) Benefícios de acção social pós-emprego (assistência médica-medicamentosa e assistência

hospitalar)

Atendendo a que foi extinta, na sequência da Resolução do Conselho de Ministros nº 39/2006, de 30

de Março, a Obra Social do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (OSMOP) e

criados os Serviços Sociais da Administração Pública (SSAP), que têm como missão assegurar a acção

social complementar da generalidade dos trabalhadores da Administração Pública, cujo regime é

regulado pelo DL 122/2007, de 27 de Abril, a APSS deixou de comparticipar, nos termos do citado

diploma, a partir de Janeiro de 2008 para a acção social complementar pelos seus trabalhadores, quer

no activo quer na situação de aposentados.

j) Imposto sobre o rendimento

O encargo sobre o Imposto sobre o Rendimento (IRC) é apurado tendo em consideração as disposições

do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC).

A Empresa adopta, de acordo com o disposto na Directriz Contabilística n.º 28, o conceito de

contabilização de impostos diferidos (ver Nota 6).

l) Passivos e dispêndios de carácter ambiental

A empresa adopta como política contabilística para o reconhecimento dos dispêndios de carácter

ambiental, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística n.º 29 emanada pela Comissão de

Normalização Contabilística (Ver Nota 49).

m) Especialização de exercícios

A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos

exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas,

independentemente do momento em que são recebidas ou liquidadas, sendo as diferenças registadas

nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

Page 64: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

63

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 6 - IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

O pagamento do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) é efectuado com base em

declarações de autoliquidação, que ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas

autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Contudo, no caso de serem apresentados

prejuízos fiscais, estas podem ser sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas autoridades fiscais

por um período de 10 anos. Os prejuízos fiscais de um determinado exercício, podem ser deduzidos

aos lucros fiscais nos 6 anos seguintes.

No exercício de 2009, foi apurado imposto corrente no valor de 800,60 mil euros. No valor do imposto

apurado no exercício está incluída a verba de 10,37 mil euros que corresponde a custos do exercício

sujeitos a tributação autónoma.

A taxa efectiva do encargo com IRC no exercício é de 25% (incluindo derrama), e encontra-se abaixo da

taxa nominal de 26,45% (incluindo derrama).

Atendendo ao período de tempo alargado para que as provisões para pensões venham a ser utilizadas,

e não sendo possível nesta data garantir que nesses anos hajam resultados suficientes para

produzirem matéria colectável susceptível de recuperar os ganhos referentes aos impostos diferidos, a

empresa, à semelhança do ano anterior, por questões de prudência, optou por não registar impostos

diferidos activos para as provisões para pensões, no montante de 297,34 mil euros. Os activos por

impostos diferidos incluem, uma verba de 180,52 mil euros, correspondente a ajustamentos para

dívidas a receber (681,19 mil euros), bem como 37,35 mil euros relativos a outras provisões (140,97

mil euros).

A reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado tributável e entre o imposto corrente e o

imposto do exercício sobre o rendimento é como segue:

a) Reconciliação da taxa de imposto

Page 65: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

64

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

(unidade: mil euros)

RECONCILIAÇÃO DA TAXA DE IMPOSTO 2009 2008

Resultado Antes de Impostos 3.205,91 3.494,11

Variação Patrimonial Positiva

Variação Patrimonial Negativa

Taxa nominal de imposto 26,45% 26,5%

847,89 925,94

Diferenças permanentes a acrescer (i) 11,30 30,73

Diferenças permanentes a deduzir (i) -68,96 -168,48

Util ização de Imposto Diferido 54,60

Tributação Autónoma 10,37 19,37

Reconhecimento de imposto diferido

Imposto sobre o Rendimento 800,60 862,16

Imposto Corrente 800,60 807,57

Imposto Diferido do Exercício 0,00 54,60

(unidade: mil euros)

A Acrescer 2009

Prémios de Seguros 13,61Reintegrações e Amortizações não aceitesProvisões não aceitesDonativos - Estatuto do Mecenato 1,23Insuficiência estimativa imposto 1,04Multas, Juros Compensatórios 0,03Despesas confidenciaisMenos-Valias Contabilisticas 0,66Mais-Valias Fiscais com intenção de reinvest. 8,17Ajudas de Custo e Desl. Viatura Própria 15,20Ajustamentos (Cobrança duvidosa) 2,80

42,74

26,45%

11,30

(unidade: mil euros)

A Deduzir 2009

Redução de Provisões Tributadas 204,18Mais-Valias Contabilísticas 17,05Menos-Valias FiscaisBeneficios Fiscais 0,23Reversão de Ajustamentos 39,31

260,76

26,45%

68,96

Page 66: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

65

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

b) Diferenças temporais – Movimentos nos Impostos Diferidos Activos

NOTA 7 - VOLUME DE EMPREGO

À data de 31 de Dezembro de 2009, o número de empregados ao serviço da Empresa foi de 177 (2008:

189 empregados) e apresentava a seguinte distribuição (Ver Nota 25):

NOTA 8 - IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Ver Nota 10.

NOTA 10 – MOVIMENTO NO ACTIVO IMOBILIZADO E RESPECTIVAS AMORTIZAÇÕES

O movimento ocorrido nas contas de imobilizações incorpóreas e imobilizações corpóreas, durante o

exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, bem como nas respectivas amortizações acumuladas foi

o seguinte:

(unidade: mil euros)

ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS SALDO INICIAL RECONHECIMENTO UTILIZAÇÃO SALDO FINAL

Provisões para outros riscos e encargos 180,52 0,00 0,00 180,52

(Ajustamentos Dívidas a Receber)

Prejuizos fiscais a reportar 0,00 0,00 0,00 0,00

Provisões 37,35 0,00 0,00 37,35

217,87 0,00 0,00 217,87

(unidade: mil euros)

PESSOAL APSS

QUADRO 176

Com Contrato Permanente 176

ALÉM DO QUADRO 1

Comissão de Serviço 1

TOTAL 177

Page 67: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

66

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

O detalhe do Reforço de Imobilizado efectuado, no exercício de 2009, pode ser analisado no Capítulo

6. Análise Económico-Financeira (6.1. Investimentos).

(unidade: mil euros)

ACTIVO BRUTO SALDO INICIAL AUMENTOS ABATES TRANSFERÊNCIAS SALDO FINAL

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Despesas de Instalaçäo 3.151,49 183,60 608,25 3.943,33

Propriedade Industrial e Outros Direitos 0,70 0,70

Imobilizações em Curso 74,35 33,22 -74,35 33,22

3.226,53 216,81 0,00 533,90 3.977,24

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Edificios e Out. Construçöes 16.352,55 23,13 16.375,68

Equipamento Básico 2.180,68 31,97 55,02 2.157,63

Equipamento de Transporte 759,60 4,62 11,47 752,75

Ferramentas e Utensil ios 108,34 30,40 138,74

Equipamento Administrativo 3.465,72 157,26 9,90 3.613,08

Outras Imobilizaçöes Corpóreas 1.432,87 211,30 1.644,16

Imobilizaçöes em Curso 1.532,73 620,78 -1.532,73 620,78

Adiant. p/Conta Imob. Corp. 0,00 0,00

25.832,49 1.079,46 76,39 -1.532,73 25.302,82

BDPE - IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Edificios e Out. Construçöes 116.803,49 1.494,42 998,83 119.296,73

116.803,49 1.494,42 0,00 998,83 119.296,73

TOTAL 145.862,50 2.790,69 76,39 0,00 148.576,80

(unidade: mil euros)

AMORTIZAÇÕES SALDO INICIAL REFORÇOANULAÇÃO/

REVERSÃOSALDO FINAL

IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Despesas de Instalaçäo 2.813,52 463,78 3.277,30

Propriedade Industrial e Outros Direitos 0,70 0,70

2.814,22 463,78 0,00 3.278,00

IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Edificios e Out. Construçöes 4.334,73 769,21 5.103,93

Equipamento Básico 1.985,30 63,72 55,02 1.993,99

Equipamento de Transporte 732,42 14,75 11,47 735,70

Ferramentas e Utensil ios 55,99 21,29 77,28

Equipamento Administrativo 3.071,60 263,03 9,22 3.325,41

Outras Imobilizaçöes 1.250,13 74,42 1.324,56

11.430,18 1.206,41 75,72 12.560,87

BDPE - IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

Edificios e Out. Construçöes 36.734,34 4.250,57 40.984,92

36.734,34 4.250,57 0,00 40.984,92

TOTAL 50.978,74 5.920,77 75,72 56.823,79

Page 68: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

67

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 14 - OUTRAS INFORMAÇÕES RELATIVAS AO IMOBILIZADO

Encontram-se em poder de terceiros os seguintes bens:

§ Duas secretárias, três cadeiras e um armário, conforme autorizado na De 0407/2006CA, a título

temporário e gratuito - Alfândega de Setúbal;

§ Equipamento Informático em consequência da implementação do SIIGEP - Sistema de Gestão

Portuária:

- um computador e um transceiver - Capitania do Porto de Setúbal;

- um computador , um transceiver, uma impressora e uma Workstation - Policia Marítima;

- um computador , um transceiver e uma impressora - Alfândega de Setúbal;

- um computador , um transceiver e uma impressora - Brigada Fiscal

NOTA 19 - VALORES DE MERCADO DOS ELEMENTOS DO ACTIVO CIRCULANTE

Considera-se que não existem diferenças significativas entre os valores de mercado e os valores

contabilísticos dos elementos do activo circulante.

NOTA 21 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO ACTIVO CIRCULANTE

NOTA 23 - DIVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Em 31 de Dezembro de 2009 as dívidas de cobrança duvidosa, por cada uma das rubricas de dívidas de

terceiros, eram como segue:

(unidade: mil euros)

AJUSTAMENTOS SALDO INICIAL REFORÇO REVERSÃO SALDO FINAL

DÍVIDAS DE TERCEIROS

Clientes de Cobrança Duvidosa 703,86 69,02 74,51 698,37

Outros Devedores 1.005,76 1.005,76

TOTAL 1.709,63 69,02 74,51 1.704,13

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO 2009 2008

Clientes Cobrança Duvidosa - Setúbal + Sesimbra 774,61 751,34

Outros Devedores - Transado 958,22 958,22

Outros Devedores - M/L Prazo 53,90 59,50

TOTAL 1.786,72 1.769,06

Page 69: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

68

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 25 - DÍVIDAS ACTIVAS E PASSIVAS RELATIVAS AO PESSOAL DA EMPRESA

Analisam-se como segue os saldos em Balanço relacionados com o pessoal:

As Indemnizações ao Pessoal correspondem a acordos efectuados ainda em 2009 para reformas

antecipadas e cujos pagamentos só vão ser liquidados após aprovação por parte da Caixa Geral de

Aposentações.

NOTA 29 - VALOR DAS DÍVIDAS A TERCEIROS A MAIS DE 5 ANOS

O valor das dívidas a terceiros que se vencem a mais de 5 anos são como segue:

(Ver Nota 48 d))

NOTA 31 - RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS POR REFORMAS ANTECIPADAS, PENSÕES DE

REFORMA, BENEFÍCIOS DE ACÇÃO SOCIAL PÓS-EMPREGO E OUTRAS

a) Fundo de Aposentações do ex- INPP

Conforme referido na Nota 3. h), a Empresa é responsável pela manutenção do fundo de

aposentações do INPP - Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos, criado pelo Decreto-Lei n.º

188/89, de 3 de Junho, relativamente aos aposentados que integravam o ex. departamento de

pilotagem.

(unidade: mil euros)

31.12.2009 31.12.2008

Férias e Subsídios de Férias a pagar em 2009 1.058,20 1.100,63

Indemnizações ao Pessoal (Ver Nota 46) 356,50 560,00

Cauções prestadas pelo Pessoal (Tesouraria) 0,00 0,47

TOTAL 1.414,70 1.661,11

DÉBITOS AO PESSOAL

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃOCAPITAL TOTAL EM

DIVIDA

CAPITAL EM DÍVIDA

A + 5 ANOS

CAPITAL TOTAL EM

DIVIDA

CAPITAL EM DÍVIDA

A + 5 ANOS

Emp. Banc. M/L Prazo - Banco BPI 1.214,77 0,00 1.619,69 0,00

Emp. Banc. M/L Prazo - Banco BPI+MILLENIUM BCP 0,00 0,00 242,69 99,93

TOTAL 1.214,77 0,00 1.862,38 99,93

2009 2008

Page 70: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

69

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

O estudo actuarial desenvolvido por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de

2009, para efeitos de apuramento nessas datas, das responsabilidades acumuladas, teve por base os

seguintes pressupostos:

Em 31 de Dezembro de 2009, a cobertura das responsabilidades da Empresa pela provisão em Balanço

era a seguinte:

A variação do valor das responsabilidades no exercício de 2009 foi a seguinte:

A actualização das responsabilidades por serviços passados da APSS, à data de 31 de Dezembro de

2009, foi registada a crédito na rubrica de custos com pessoal, pelo seu valor líquido.

b) Responsabilidades por serviços passados – Acidente de Trabalho

Conforme disposto no art.º 43.º do Decreto-Lei n.º 503/99, os encargos resultantes do acidente de

serviço são da responsabilidade da APSS (ver Nota 3. h). O valor da Provisão constituída resulta de

estudo actuarial elaborado por entidade independente e teve como base os seguintes pressupostos:

DESCRIÇÃO 2009 2008

TÁBUAS DE MORTALIDADE TV 88-90 TV 88-90

TAXA DE DESCONTO 5,25% 4,0%

TAXA DE CRESCIMENTO PENSÕES 1,75% 2,5%

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO 2009 2008

Responsabilidades por serviços passados -

Pensionistas853,69 981,24

Provisão em Balanço (Ver Nota 34) 853,69 981,24Percentagem de Cobertura da Provisão 100% 100%

(unidade: mil euros)

2009

Saldo Inicial 981,24

Custo Financeiro 36,72

(Ganhos) e Perdas actuariais -37,58

Pensões pagas no ano -126,69

Saldo Final 853,69

Page 71: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

70

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Em 31 de Dezembro de 2009, a cobertura das responsabilidades da Empresa pela provisão em Balanço

era a seguinte:

A variação do valor das responsabilidades no exercício de 2009 foi a seguinte:

A actualização das responsabilidades por serviços passados da APSS, à data de 31 de Dezembro de

2009, foi registada a crédito na rubrica de custos com pessoal, pelo seu valor líquido.

c) Responsabilidades por pensões de reforma – Decreto-Lei n.º 467/99, de 6 de Novembro

Conforme referido na Nota 3. g), a Empresa é responsável pelo pagamento de pensões de reforma

antecipadas aos trabalhadores que optaram pelo benefício previsto no Decreto-Lei n.º 467/99, de 6 de

Novembro.

A variação nas responsabilidades (determinada a custos nominais) ocorrida no exercício, bem como o

valor da provisão em Balanço é como segue:

DESCRIÇÃO 2009 2008

TÁBUAS DE MORTALIDADE TD 88/90 GKM-80TAXA DE DESCONTO 5,25% 5,25%

TAXA DE CRESCIMENTO PENSÕES 0% 0%

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO 2009 2008

Responsabilidades em 31 de Dezembro 90,12 146,38

Provisão em Balanço (Ver Nota 34) 90,12 146,38

Percentagem de Cobertura da Provisão 100% 100%

(unidade: mil euros)

2009

Saldo Inicial 146,38

Custo Financeiro 7,45

(Ganhos) e Perdas actuariais -54,88

Pensões pagas no ano -8,83

Saldo Final 90,12

Page 72: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

71

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

d) Compromissos de compra

À data de 31 de Dezembro de 2009, os compromissos com fornecedores, para aquisição de bens e

prestação de serviços para o imobilizado corpóreo e incorpóreo, totalizam o montante de 382,19 mil

euros.

e) Responsabilidades por retomas de equipamento no fim das concessões

Em conformidade com os contratos de concessão, os bens directamente relacionados com a

actividade concessionada, constituídos por infra-estruturas fixas e indesmontáveis reverterão

gratuitamente para a Concedente no termo dos prazos das concessões, sem que as concessionárias

tenham direito a qualquer indemnização.

Os casos em que poderá haver direito a uma indemnização às Concessionárias, são os relativos aos

bens que não se encontrem totalmente amortizados no termo do prazo das concessões. Isto

pressupõe, que a aquisição de novos bens ao longo da concessão, sejam previamente autorizados por

parte da Concedente, conforme previsto contratualmente.

Neste caso específico, não se consegue prever para cada concessão, o montante das responsabilidades

relacionadas com as retomas, caso venham a existir, dos bens não amortizados no termo da

concessão, pois tudo depende de diversas circunstâncias, só passíveis de análise no momento da sua

aquisição/autorização.

f) Instrumentos financeiros

Em finais de 2005 a Empresa renegociou o empréstimo de médio/longo prazo no BPI, ficando as novas

condições a ser conforme se descreve na Nota 48. d). As condições do novo empréstimo incluem um

contrato de opção sobre a taxa de juro subjacente de forma a gerir o risco associado. A gestão de risco

da APSS decorre da imprevisibilidade da evolução futura dos mercados financeiros.

O “fair value” (valor a pagar no caso de resolução do contrato de opção) a 31 de Dezembro de 2009, é

negativo de 21 milhares de euros.

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO 2009

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2008 57,64Pagamentos efectuados no exercicio de 2009 20,36

Actualização das responsabilidades

Responsabilidades em 31 de Dezembro de 2009 37,28Provisão em Balanço (Ver Nota 34) 37,28

Percentagem de Cobertura da Provisão 100%

Page 73: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

72

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

g) Empréstimo da APP - reestruturação do sector portuário

A APSS foi solidariamente responsável, em conjunto com as restantes Administrações dos Portos, pela

liquidação de um empréstimo contraído pela APP – Associação dos Portos de Portugal junto de um

sindicato bancário em Julho de 2000, o qual se destinou a financiar o reembolso antecipado da

totalidade do empréstimo obrigacionista APAJP/94.

Em Janeiro de 2007 foram negociados empréstimos bancários com o Banco BPI e Banco Millennium

BCP, com vista ao financiamento do reembolso antecipado do empréstimo atrás referido, ficando,

assim, individualizadas as responsabilidades de cada Administração Portuária e da APP – Associação

dos Portos de Portugal.

Em Julho de 2009, a APSS procedeu à amortização total do referido empréstimo bancário.

Com a contratação do empréstimo relativo à dívida da APP – Associação dos Portos de Portugal, a

APSS assumiu, em conjunto com as restantes Administrações Portuárias, a posição de Fiadora.

NOTA 32 - RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS

NOTA 34 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO NAS CONTAS DE PROVISÕES

A constituição de “Provisões” visa fazer face a:

- encargos associados ao Fundo de Aposentação do ex. INPP da responsabilidade da APSS,

quantificados através do Estudo Actuarial, realizado por entidade independente, reportado a 31

de Dezembro de 2009.

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO 2009 2008

GARANTIAS BANCÁRIAS 22,69 0,00

TOTAL 22,69 0,00

(unidade: mil euros)

PROVISÕES SALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL

293 - Provisões para processos

Judiciais em Curso 0,00 22,00 22,00

298 - Outras Provisões

Fundo de Aposentações do ex.INPP 981,24 127,55 853,69

Aposentados - DL 467/99 57,64 20,36 37,27

Renda Vitalicia 146,38 56,26 90,12

Transado (Custos c/Pessoal) 140,97 140,97

TOTAL 1.326,23 22,00 204,18 1.144,05

Page 74: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

73

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

- responsabilidades por serviços passados com os Aposentados resultantes do decreto-lei n.º

467/99, de 6 de Novembro.

- responsabilidades por serviços passados com o pagamento de uma pensão vitalícia a um

trabalhador, resultante de um sinistro ocorrido ao serviço da APSS e, devidamente suportado

por um Estudo Actuarial realizado por entidade independente.

- responsabilidades com os encargos sobre as remunerações em atraso dos ex. Trabalhadores da

Transado, SA, existentes à data em que a APSS assumiu a gestão do serviço público da travessia

do Sado, em meados de Dezembro de 2006.

- responsabilidade futura no pagamento de uma indemnização decorrente de uma acção judicial

intentada por um ex. trabalhador da APSS.

NOTA 36 - DECOMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

Conforme previsto no artigo 10.º dos Estatutos anexos ao Decreto-Lei n.º 338/98, de 3 de Novembro

(ver Introdução a este Anexo), o capital social, integralmente subscrito e realizado, foi inicialmente

fixado em 6.501.830,59 euros.

Subsequentemente, o capital passou para 14.000.000,00 euros, por incorporação de parte da reserva

de avaliação, resultante da avaliação patrimonial efectuada em 1999, conforme Despacho n.º 96/2001

da Inspecção-Geral das Finanças.

O capital social actual, totalmente subscrito e realizado, é constituído por 2.800.000 acções, com o

valor nominal de 5 euros cada. As acções são nominativas e revestem a forma escritural.

NOTA 37 - PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL SUBSCRITO

O capital social, que se encontra totalmente subscrito e realizado, é de 14.000.000,00 euros e é detido

exclusivamente pelo Estado Português - Direcção Geral do Tesouro.

NOTA 40 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO

(unidade: mil euros)

MOVIMENTO RUBRICAS

CAP.PRÓPRIOSALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL

51 - Capital 14.000,00 14.000,00

57 - Reservas Legais 988,56 263,20 1.251,75

57 - Outras Reservas 49,04 49,04

57 - Reservas Especiais 20.005,42 20.005,42

59 Resultados Transitados 2,78 2,78

88 Resultados Liquidos 2.631,95 2.405,31 2.631,95 2.405,31

Page 75: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

74

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

a) A rubrica de Reservas (excepto da reserva legal), e de acordo com a sua natureza, tem a

seguinte distribuição:

b) O Resultado Líquido do Exercício de 2008, conforme deliberação em Assembleia Geral datada de 27

de Março de 2009, foi distribuído da seguinte forma:

c) De acordo com o artigo 17.º dos Estatutos da Empresa, anualmente deverá ser transferido para

Reserva Legal, no mínimo 10% do lucro do exercício até que seja atingido pelo menos 20% do capital

social.

A reserva legal não se encontra disponível para distribuição, apenas podendo ser utilizada para

aumentar capital ou para compensar prejuízos.

NOTA 41 - CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO 2009

576 - Doacções 49,045771 - Transferência de Activos - DGP 4.747,405772 - Transferência de Activos - INPP 500,735773 - Dec. Lei n.º 338/98 (Avaliação Património) 13.191,475779 - Diversos Reserva de Investimentos (2007) 1.205,82 Casa da Arrábida (2005) 360,00

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO VALOR

Reservas Legais - 10% 263,20

Distribuição de Dividendos 2.368,76

TOTAL 2.631,95

(unidade: mil euros)

MOVIMENTOS 2009 2008

Existências iniciais 37,26 40,06

Compras 26,05 19,27

Existências Finais 42,33 37,26

CMVMC 20,97 22,08

Page 76: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

75

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 43 - REMUNERAÇÃO DOS ORGÃOS SOCIAIS

No sentido de dar cumprimento ao estabelecido no ponto 9 da R.C.M. n.º 155/2005 de 6 de Outubro

discriminam-se as remunerações auferidas pelos órgãos sociais, durante o exercício de 2009:

A) Conselho de Administração

Todos os membros do Conselho de Administração beneficiam de um seguro de saúde tal como os

restantes colaboradores da empresa. Todos são beneficiários da Segurança Social.

Com a celebração do Contrato de Gestão foram definidos os objectivos de gestão a atingir no

mandato 2008/2010, e respectivos prémios de gestão.

Não existem planos complementares de reforma de que sejam beneficiários os membros do

Conselho de Administração.

B) Orgãos de Fiscalização

Na Assembleia Geral de 28 de Março de 2008, foi deliberada a nomeação dos Orgãos Sociais para o

mandato de 2008/2010. Relativamente aos Orgãos de Fiscalização (art.º 15.º dos Estatutos da APSS),

foi aprovada a constituição de um Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

B1) Conselho Fiscal

(unidade: euros)

Nome/Cargo Rem. Base Subsídio Subsídio Desp. Repres. Subs. Refeição

(valor mensal) Férias Natal (valor mensal) (valor dia útil)

Carlos Manuel Gouveia Lopes, Presidente 5.738,70 5.738,70 5.738,70 0,00 7,23

Francisco José Rodrigues Gonçalves, Administrador 4.825,67 4.825,67 4,825,67 0,00 7,23

Ricardo Jorge de Sousa Roque, Administrador 4.825,67 4.825,67 4.825,67 0,00 7,23

Remunerações Principais Remunerações Acessórias

(unidade: euros)

Nome/Cargo Rem. Base Subsídio Subsídio

(mensal) Férias Natal

Teresa Isabel Carvalho Costa (Presidente) 1.147,74 1.147,74 1.147,74

Ana Teresa Pereira Peralta Reys (Vogal) 860,81 860,81 860,81

Sara Alexandra Ribeiro P. S. Duarte Ambrósio (Vogal) 860,81 860,81 860,81

Page 77: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

76

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

B2) Revisor Oficial de Contas

C) Mesa da Assembleia Geral

NOTA 44 - REPARTIÇÃO DAS VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADES E POR

MERCADOS

(unidade: euros)

Nome/Cargo Avença Contratada Periodicidade

(sem IVA)

Pricewaterhousecoopers & Associados - SROC, Lda, Efectivo 4.217,50 trimestral

Representada por Jorge Manuel Santos Costa

José Manuel Henriques Bernardo, Suplente

(unidade: euros)

Nome/Cargo Senhas de Presença

(por Assem. Geral)

Carlos António Lopes Pereira, Presidente 572,58

Susana Silva Santos, Secretária 343,33

(unidade: mil euros)

PRESTAÇÕES DE SERVIÇOSMERCADO NACIONAL

2009

MERCADO NACIONAL

2008

Serviços Portuários 7.436,55 8.027,74

Taxas e Licenças 1.855,13 2.194,73

Concessões 7.847,76 7.613,43

TOTAL 17.139,44 17.835,90

Page 78: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

77

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 45 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

A redução de custos provenientes de “Juros Suportados” ficou a dever-se à contínua amortização do

capital dos Empréstimos Bancários contraídos junto de Instituições de Crédito.

NOTA 46 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Em “Outros Proveitos e Ganhos Extraordinários” está contabilizada a quota-parte dos Subsídios ao

Investimentos referentes a projectos de investimentos realizados nos últimos anos.

Na rubrica de “Outros Custos e Perdas Extraordinárias” estão registados os custos resultantes da

contabilização das Indemnizações ao Pessoal reflexo do Plano de Reestruturação do Quadro de

Pessoal da APSS.

(unidade: mil euros)

CUSTOS E PERDAS 2009 2008 PROVEITOS E GANHOS 2009 2008

681 - Juros Suportados 41,03 135,41 781 - Juros obtidos 181,26 237,09

688 - Outros Custos Financeiros 2,87 2,18

RESULTADOS FINANCEIROS 137,35 99,50

TOTAIS 181,26 237,09 TOTAIS 181,26 237,09

(unidade: mil euros)

CUSTOS E PERDAS 2009 2008 PROVEITOS E GANHOS 2009 2008

691 - Donativos 1,98 1,08 794 - Ganhos em Imobilização 17,05 4,77

694 - Perdas em Imobilizado 0,66 1,07 795 - Beneficios de Pen. Contrat. 10,49 25,40

695 - Multas e Penalidades 0,02 796 - Reduções de Provisões 213,32

696 - Aumentos de Amortizações 797 - Correções Rel. a Exerc. Anteriores 2,17 165,81

697 - Correções Rel. a Exerc. Anteriores 106,47 126,01 798 - Out. Prov. e Ganhos Extraordinários 3.027,39 3.191,17

698 - Out. Custos e Perdas Extrordinárias 436,27 636,72

RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 2.511,70 2.835,60

TOTAIS 3.057,10 3.600,47 TOTAIS 3.057,10 3.600,47

Page 79: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

78

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 48 - OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES PARA MELHOR COMPREENSÃO DA

POSIÇÃO FINANCEIRA E DOS RESULTADOS (em milhares de euros)

a) Outros Devedores

- Curto Prazo:

2009 2008

Fornecedores C/C 7,44 3,08

Pessoal 137,47 91,93

Outros Devedores - Transado 958,22 958,22

1.103,13 1.053,23

- Médio e Longo Prazo:

2009 2008

Pessoal 53,90 59,50

53,90 59,50

b) Acréscimos e Diferimentos - Activo

Acréscimos de Proveitos (proveitos a registar no próprio exercício)

2009 2008

Juros a receber 27,93 7,69

Outros Acréscimos de Proveitos

(essencialmente, Proveitos de Concessões e Taxas e

Licenças)

347,26 220,02

375,19 227,71

Custos Diferidos (custos a considerar nos exercícios seguintes)

2009 2008

Prémios de Seguros Antecipados

Quotizações Antecipadas

Outros Custos Diferidos

1,10

9,62

1,92

1,10

10,56

10,72 13,58

Page 80: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

79

Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

c) Títulos Negociáveis

2009 2008

Outras Aplicações de Tesouraria 0,00 2.751,00

0,00 2.751,00

Correspondem a Aplicações Financeiras de Curto Prazo relativas a excedentes de Tesouraria, cujas

condições contratuais são variáveis face aos montantes e prazos definidos.

d) Dívidas a instituições de crédito e outras entidades

O Empréstimo Bancário de Médio e Longo Prazo negociado com o Banco BPI, em 23 de Julho de 2002,

no valor de 10.000.000 Euros, apresenta as seguintes condições contratuais:

- Prazo de Reembolso ocorre no período de 2004 a 2012;

- Pagamento de juros postecipados;

- Os períodos de contagem de juros são semestrais;

- O empréstimo vence juros à taxa nominal correspondente à EURIBOR a 6 meses, acrescido de uma

margem.

Em Julho de 2009 procedeu-se à amortização total do empréstimo negociado junto dos Bancos BPI e

Millennium BCP.

e) Outros Credores

- Curto Prazo:

2009 2008

Clientes Nacionais 25,43 1,37

Pessoal + Sindicatos 4,49 2,19

Depósitos de Garantia 59,47 33,02

Taxa de Recursos Hídricos 103,30

Outros Credores 0,45 12,61

89,84 152,49

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO CURTO PRAZO M/L PRAZO CURTO PRAZO M/L PRAZO

Emp. Banc. M/L Prazo - Banco BPI 404,92 809,84 404,92 1.214,77

Emp. Banc. M/L Prazo - Banco BPI+MILLENIUM BCP 0,00 0,00 28,55 214,14

TOTAL 404,92 809,84 433,47 1.428,91

2009 2008

Page 81: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

f) Acréscimos e diferimentos - Passivo

Acréscimo de Custos (custos a registar no próprio exercício)

2009 2008

Remunerações a liquidar (Férias+Sub. Férias) 1.414,70 1.660,63

Juros a Liquidar (Empréstimo M/L Prazo) 14,19 45,89

Outros Acréscimos de Custos 91,36 72,05

1.520,25 1.778,57

Proveitos Diferidos (receitas a considerar nos exercícios seguintes)

2009 2008

Taxas e Licenças 597,15 676,90

Concessões 599,09 602,62

Subsídios para Investimento 53.482,43 55.316,83

Outros Proveitos Diferidos 56,07 65,37

54.734,74 56.661,72

g) Trabalhos para a própria empresa

Os Trabalhos para a própria empresa são realizados sobre os bens do Imobilizado Corpóreo e são

valorizados de acordo com os custos de mão-de-obra e materiais utilizados.

NOTA 49 - INFORMAÇÕES SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS

Encargos de carácter ambiental

Em 31 de Dezembro de 2009 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer

passivo de carácter ambiental nem é divulgado qualquer contingência ambiental, por ser convicção da

Administração da Empresa que não existem a essa data obrigações ou contingências provenientes de

acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.

No entanto, no exercício de 2009, a APSS capitalizou encargos de natureza ambiental no valor de

98,87 mil euros, de forma a dar resposta aos diversos requisitos legais.

Page 82: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 50 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstração dos

resultados por naturezas e na demonstração dos resultados por funções:

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela

Directriz Contabilística n.º 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do

definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por

naturezas. Assim, em 31 de Dezembro de 2009, o valor dos custos e perdas extraordinários no

montante de 545,39 mil euros (2008: 764,87 mil euros) e os proveitos e ganhos extraordinários no

montante de 3.057,09 mil euros (2008: 3.600,47 mil euros), apresentados na demonstração dos

resultados por naturezas (ver Nota 46), foram reclassificados, para as rubricas de resultados

operacionais e resultados correntes. Estas reclassificações proporcionam as seguintes diferenças nas

diversas naturezas de resultados:

NOTA 51 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes, reconciliando os montantes

evidenciados na demonstração dos fluxos de caixa com as rubricas de Balanço:

(unidade: mil euros)

NATUREZA FUNÇÕES NATUREZA FUNÇÕES

Resultados Operacionais 556,85 3.070,40 559,02 3.399,88

Resultados Financeiros 137,35 135,50 99,50 94,23

Resultados Correntes 694,20 3.205,91 658,51 3.494,11

Resultados Extraordinários 2.511,70 0,00 2.835,60 0,00

Impostos -800,60 -800,60 -862,16 -862,16

Resultado Líquido do Exercício 2.405,31 2.405,31 2.631,95 2.631,95

DE RESULTADOS

2009 2008DEMONSTRAÇÃO

DISPONIBILIDADES 2009 2008

Numerário Caixa 0,64 1,04

Depósitos Bancários Mobilizáveis Depósitos à ordem 874,91 339,25 Depósitos a prazo Outros depósitos

Equivalentes a caixa Descobertos Bancários Títulos Negociáveis

Caixa e seus equivalentes 875,56 340,29

Outras Disponibilidades Outras aplicações de tesouraria 2.751,00

DISPONIBILIDADES DO BALANÇO 875,56 3.091,29

(unidade: mil euros)

Page 83: Relatorio e Contas de 2009 - Porto de Setubal

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Relatório e Contas 2009 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

NOTA 52 – EVENTOS SUBSEQUENTES

O Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho aprova a criação do novo Sistema de Normalização

Contabilística, designado por SNC, revogando o POC, normativo contabilístico actualmente em vigor. A

aplicação do SNC é obrigatória para os exercícios que se iniciem em ou após 1 de Janeiro de 2010 e

obriga à apresentação de informação comparativa relativa ao exercício de 2009.

Assim, a APSS irá aplicar o SNC para o exercício de 2010, pelo que terá de proceder à re-expressão das

demonstrações financeiras do exercício de 2009, de acordo com a versão das Normas Contabilísticas

de Relato Financeiro (NCRF) em vigor a 31 de Dezembro de 2010.

A APSS está a avaliar os impactos da adopção do SNC ao nível dos resultados do exercício e do capital

próprio, bem como o impacto nas suas políticas de gestão do capital e distribuição de dividendos.

Assim, tendo por base o estudo preliminar efectuado, é expectativa da APSS que, em termos

qualitativos, os efeitos nas demonstrações financeiras sejam essencialmente nas seguintes rubricas,

além de outras que a conclusão do estudo possa recomendar:

- Desreconhecimento de imobilizações incorpóreas que não cumpram com os critérios de

reconhecimento previstos no SNC;

- Reconhecimento do justo valor dos instrumentos financeiros derivados;

- Reclassificação dos subsídios ao investimento de proveitos diferidos para capital próprio;

- Reconhecimento de impostos diferidos resultantes das alterações decorrentes da entrada em

vigor do SNC em 2010;

- Eventual reclassificação/reconhecimento dos activos tangíveis e dos activos reversíveis no

âmbito dos contratos de concessão ainda está a ser objecto de uma análise mais

pormenorizada;

O efeito dos impactos acima indicados será registado em capital próprio, que, consoante a sua

magnitude, pode afectar significativamente os rácios e as políticas futuras de financiamento e de

distribuição de resultados.

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