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PROJETO JOGOS DE EMPRESA– Relatório - Visita técnica PET/COPPE/UFRJ PET/COPPE/UFRJ PROJETO JOGOS DE EMPRESA TRANSPORTE AÉREO Visita técnica Terminal de Cargas do Galeão - TECA GIG Rio de Janeiro - RJ PET/COPPE/UFRJ

Relatorio Visita TECA GIG

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PROJETO JOGOS DE EMPRESA TRANSPORTE AÉREO

Visita técnica Terminal de Cargas do Galeão - TECA GIG

Rio de Janeiro - RJ

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Rio de Janeiro, 04 novembro de 2008.

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APRESENTAÇÃO

O presente Relatório apresenta o desdobramento das atividades

relacionadas à visita técnica realizada no dia 30 de outubro de 2008 pelo

Doutor André Maia e a aluna de graduação Débora Canongia, ambos

integrantes do Laboratório de Transporte de Cargas – LTC. Os dois são

responsáveis pelo setor aéreo do Projeto Jogos de Empresas, que está em

andamento no LTC com coordenação do Professor Márcio D’Agosto. Este

projeto tem o apoio do CNPq e é vinculado ao Programa de Engenharia de

Transportes da COPPE/UFRJ. De acordo com o cronograma de tal Projeto,

cada setor deve ser devidamente caracterizado a fim de aproximar ao máximo

o seu respectivo jogo de empresa à sua realidade. Deste modo fez-se

necessária uma visita aos terminais de carga, importação e exportação, do

Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/ Galeão - Antônio Carlos Jobim,

localizado na Avenida Vinte de Janeiro, s/n - Prédio Administrativo - Terminal

de Cargas, lha do Governador, visando o esclarecimento de dúvidas acerca da

logística dentro destes terminais.

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SOLICITAÇÃO DA VISITA

Para que a visita fosse realizada foi preciso entrar em contato com a

Sra. Eliana, secretária da Sra. Vera Lúcia, coordenadora de Atendimento aos

Clientes / Gerência de Logística. Feito este contato, foi pedido o envio de duas

cartas via fax, uma para a Receita Federal e outra para a Infraero descrevendo

o propósito da visita e quem a estava solicitando. Após o envio das cartas a

visita foi marcada para dia 27 de outubro às 09h30min, segunda-feira, sendo

posteriormente remarcada para o dia 30 do mesmo mês às 14h30min, quinta-

feira, tendo em vista o feriado que fora deslocado para o dia 27.

No dia e hora agendados os solicitantes à visita se apresentaram à

recepção do TECA GIG, onde receberam um crachá, e se dirigiram à

administração a fim de se encontrarem com a Sra. Elaine. Tendo a encontrado

foram apresentados a quem os guiaria durante a visita, Sr. Flávio Capello,

responsável pelo terminal de importação e receberam um novo crachá.

Não foi permitido o uso de máquinas fotográficas no interior das

instalações do TECA GIG bem como o uso de aparelhos celulares. Todos

estes equipamentos, assim como as mochilas de cada um, foram deixados na

sala da Sra. Elaine.

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FACILIDADES DO TECA GIG

O TECA GIG é formado pelo prédio de apoio, onde se encontram o setor

administrativo, bancos, restaurante e companhias aéreas, bem como o terminal

de importação e exportação. O prédio de apoio é interligado ao terminal de

importação através de uma passarela.

Outra facilidade do TECA GIG é a de possuir o Sistema Integrado de

Gerência do Manisfesto, do Trânsito e do Armazenamento – MANTRA,

responsável pelo controle das cargas aéreas procedentes do exterior e de

cargas em trânsito pelo território aduaneiro; o SISCOMEX, sistema de

informações responsável pelas atividades de descarga de aeronaves

cargueiras com procedência ou destino internacional; o TECAplus, software de

controle de armazenamento de cargas, cobrança de tarifas e integrado ao

SISCOMEX/MANTRA e o TECANet, sistema web gratuito destinado ao cliente

que esteja ligado aos sistemas anteriormente descritos, bem como à Receita

Federal. Este sistema fornece, em tempo real, informações a respeito da

movimentação da carga nos terminais.

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TECA IMPORTAÇÃO

Passando pela passarela, que liga o prédio de apoio ao terminal, e

chegando ao terminal de importação o Sr Flávio Capello guiou os visitantes ao

Ponto Zero, área de despaletização das cargas, que se localiza no lado oposto

ao da entrada do terminal. Neste setor Flávio informou que a despaletização

total das cargas leva em média 2 horas e o terminal de importação tem uma

freqüência de entrada entre 30 e 40 paletes. Neste ponto também se pôde

verificar o uso de empilhadeiras que suportavam até 7000 kg.

O guia explicou que assim que a carga é despaletizada, as companhias

aéreas responsáveis fornecem ao terminal as informações sobre a carga, que é

então verificada, identificada e separada, de acordo com o material da

embalagem, para posterior conferência por um agrônomo do Ministério da

Agricultura, antes de ser liberada. Para a identificação são utilizados códigos

que classificam a carga quanto ao setor onde esta deverá ser alocada e o seu

tipo.

Um pouco adiante ao Ponto Zero, havia um espaço considerável sendo

ocupado por diferentes cargas com embalagem de madeira. Estas cargas

haviam sido declaradas, pelo agrônomo do Ministério da Agricultura, como

cargas com madeira condenada, deste modo, precisavam ser tratadas. Flávio

Capello explicou que para a carga ser tratada é preciso que o despachante

entre com o pedido de tratamento da carga, caso contrário esta permanecerá

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no espaço anteriormente descrito . O despachante fica sabendo se sua carga

foi declarada como condenada através do sistema de informações do terminal

na internet o já mencionado TECANet. O tratamento, fumigação, leva 24h e se

caracteriza por matar qualquer tipo de microorganismos já que a madeira é

deixada durante este tempo embaixo de uma lona própria para este tipo de

tratamento. Após o tratamento a carga é então liberada para as próximas

etapas.

Caso as cargas apresentem avarias são fotografadas, lacradas e

identificadas conforme a codificação destinada a este tipo de caso.

Após a verificação, identificação, separação e tratamento, quando

preciso, da carga esta é então armazenada. Segundo Flávio Capello o

armazém do terminal de importação abrange 25.009m² e dispõe de 4

frigoríficos, dois que variam entre 16 e 22 graus Celsius e dois de 2 a 8 graus

Celsius e 4 transelevadores com capacidade de transportar até 2088 paletes.

Foram visitados dois frigoríficos, um de 16º Celsius e um de 2º Celsius,

além também da sala do armazenista, onde foi possível verificar a

automatização do processo de armazenagem e observar o funcionamento dos

transelevadores através do TECAplus.

Após a visita à sala do armazenista os visitantes seguiram para o setor

da Receita Federal, onde há a checagem da conformidade dos documentos

com a carga para posterior liberação. Toda carga tem um conhecimento aéreo,

manifesto contendo todas as informações sobre a carga e também o tipo de

desembaraço correspondente. Quando perguntado sobre as cargas que não

possuem tal documento, o guia explicou que tal carga é tida como uma DSIC,

Documento Subsidiário de Identificação de Carga, que instrui o

armazenamento da carga no Sistema, sem prejuízo a quaisquer atos de ofício

com relação a essa carga.

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Outro setor visitado foi o de perdimento. No caso das cargas não

serem retiradas em até 90 dias, estas ficam neste setor. Quando as cargas são

levadas para este setor o despachante acaba tendo que pagar por taxas mais

altas caso apareça para retirá-las. No caso de não aparecer estas são doadas,

ou leiloadas ou até mesmo destruídas.

Todas as tarifas podem ser pagas no Banco do Brasil, ou Santander, ou

Unibanco, todos localizados dentro do prédio de apoio.

Após o pagamento das tarifas de armazenagem e dos impostos

aduaneiros a carga é então entregue ao cliente final. O processo pode levar até

4 dias, dependendo da carga pode ser mais rápido ou mais lento.

Ao final da visita ao terminal de importação foi feita uma pequena

entrevista com o guia, onde este forneceu as seguintes informações:

O terminal de importação do Galeão recebe em média 400 manifestos

de cargas por dia. Isto não representa a quantidade de carga recebida,

já que em um manifesto pode haver inúmeras cargas.

Dentre as cargas recebidas a maior parte é de carga seca, normal,

sendo que a de frigorífico vem logo em seguida. Exemplos das principais

cargas importadas: Material de prospecção de petróleo e materiais

químico – farmacêuticos. Este primeiro tipo de material pôde ser

contemplado pelos visitantes, pois dentro do armazém encontravam-se

dois cilindros destinados a tal atividade, cada um com 5 toneladas.

As principais embalagens utilizadas são o papelão e a madeira, sendo

que quando uma carga possui uma embalagem diferente, porém com pé

de madeira é chamada de engradado de madeira.

A maior parte das cargas vem de aviões que combinam carga e

passageiros. Há também as conhecidas como carga em trânsito, cargas

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que chegam ao terminal por modo rodoviário e seguirão para seu

destino final em outro aeroporto.

Há 15 posições de aviões no pátio em frente ao Ponto Zero do terminal

de importação, porém o máximo que já foi visto foram 3 aviões parados

juntos.

As principais empresas cargueiras que operam atualmente no terminal

são: a APSA, a Londrina, a Air France, a Calita, a American, a

Continental, a Ibéria, a Lan Chile, a TAP e a United.

Os principais destinos são Miami, Chile e Portugal, em geral 70% vão

para os EUA.

O terminal de importação funciona 24 horas e possui 70 agentes da

Infraero envolvidos no trabalho.

TECA EXPORTAÇÃO

Terminada a visita ao TECA Importação os visitantes foram guiados até

o TECA Exportação, prédio ao lado, onde conheceram sua nova guia, Patrícia,

uma das responsáveis por este terminal.

Antes de começarem a conhecer as etapas sofridas pela carga até ser

exportada, os visitantes tomaram conhecimento sobre a criação do terminal e

suas diferenças em relação ao terminal anterior. Com isso ficou-se sabendo

que tal terminal possui apenas 1 ano de funcionamento, foi criado no dia 11 de

junho de 2007 e, assim como o terminal de importação, também funciona 24

horas, sendo que a Receita Federal segue o horário de 10h às 16h. Uma das

diferenças em relação ao de importação é o fato deste terminal possuir um

número de funcionários da Infraero inferior, um total de 28 envolvidos. O

espaço também é reduzido quando comparado ao de importação, 10.800 m².

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Essa redução no espaço e nos números de envolvidos foi explicada pela guia

Patrícia, como sendo de responsabilidade de uma demanda também reduzida

e muito mais oscilante em comparação ao terminal vizinho.

Terminada esta introdução, deu-se início à visita. O primeiro setor

apresentado foi, naturalmente, o de descarregamento da carga a ser

exportada. Foi explicado que, ao contrário do Ponto Zero do terminal anterior,

as cargas neste terminal chegam pelo lado de acesso interno do TECA GIG,

Píer, e saem pelo lado de acesso ao Aeroporto, que se encontra a 7 km do

terminal em questão. Outra diferença, também natural, é o fato da carga chegar

ao terminal via setor rodoviário, podendo ser proveniente de outro aeroporto,

do porto ou do próprio estabelecimento exportador.

Foi explicado que nesta etapa, os responsáveis pelo TECA Exportação

recebem dos motoristas dos caminhões o conhecimento aéreo, contendo as

informações da carga e um extrato de apoio à Receita Federal. À posse destes

dois documentos, a carga é então verificada, classificada quanto à necessidade

de uma avaliação mais detalhada (canal verde, amarelo e vermelho), e, na

maioria dos casos (60%), levada à máquina de Raio-X (canal vermelho) para

que possa então ser liberada. Enquanto a carga está em processo de liberação

o despachante está realizando os trâmites necessários junto à Receita Federal,

como pagamento de taxas e presença no SISCOMEX, sistema de informações

citado anteriormente.

Foi mostrado que dependendo do tipo de carga há uma declaração

diferente a ser feita. No caso de pessoa física e/ou de carga de até 30 mil

dólares americanos, esta declaração é a simplificada e a carga fica conhecida

como uma DSE. Caso contrário é uma DDE, declaração de despacho de

exportação. Cada documento deste, depois de gerado no SISCOMEX ou de

entregue pelo motorista, no caso de carga em trânsito (com destino final em

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outro aeroporto), é anexado ao conhecimento aéreo e aos comprovantes de

pagamento das taxas. Este conjunto é conhecido como Puxe de carga.

As cargas para exportação normalmente chegam em um dia e saem no

outro, sendo que quando é carga em trânsito é liberada ainda no Píer tão logo

seja verificada pelos agentes da Infraero e Receita Federal. No caso de carga

perecível, como peixe ou mamão, ficam apenas parte do dia no terminal e

rapidamente são liberadas. Por este motivo o armazém deste terminal não

possui transelevadores, possuindo apenas paleteiras, 10, e empilhadeiras, 4.

Diferentemente da entrevista feita no terminal anterior, neste terminal as

perguntas foram sendo feitas ao longo da visita, o que ao final acabou sendo a

melhor opção tendo em vista o avanço do horário de saída da guia Patrícia.

Deste modo ficou-se sabendo que:

O tipo de avião mais utilizado é o que combina passageiros e carga,

porém quando se trata de cargas como peças de aeronaves, apenas

cargueiros encontram-se aptos ao transporte;

Os produtos mais exportados são: mamão, peixe, alguns tipos de

medicamentos e confecções;

As embalagens mais utilizadas, assim como no terminal de importação,

são madeira e papelão;

Os principais destinos são: Miami, Espanha, Portugal, Madri e Israel e

As principais companhias aéreas são: APSA, Luftansa, Delta Air Lines,

TACA, BRITZ , Lan Chile e TAG, esta última com uma freqüência de

carga de 80 toneladas por semana.

Ao final da visita, 17h e 30min, os visitantes retornaram á sala da Sra.

Eliana onde devolveram o crachá de permissão à entrada nos terminais e

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pegaram suas mochilas para então se dirigirem à saída e devolverem o crachá

de visitante.