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Junho 2008
RReellaattóórriioo
Coordenadora: Célia Regina Pierantoni Profª Adjunta
DPAS/IMS
2
EEQQUUIIPPEE DDEE PPEESSQQUUIISSAA
IMS / UERJ
Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde
Coordenação Geral
Celia Regina Pierantoni
Pesquisador responsável
Thereza Varella
Auxiliares de pesquisa
Valéria Dias Mattos
Sonia Cunha
Estagiárias
Karen dos Santos Matsumoto
Ravini dos Santos Fernandes
3
SSUUMMÁÁRRIIOO
1 – SUMÁRIO EXECUTIVO ......................................................................................... 05
2 – APRESENTAÇÃO .................................................................................................
3 – INTRODUÇÃO .......................................................................................................
13
15
4 – JUSTIFICATIVA DO ESTUDO .............................................................................. 19
5 – OBJETIVOS ........................................................................................................... 24
6 – METODOLOGIA .................................................................................................... 26
7 – RESULTADOS ....................................................................................................... 31
8 – CONCLUSÃO ........................................................................................................ 66
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 69
APÊNDICES
APÊNDICE A: Tabelas ................................................................. 74
APÊNDICE B: Instrumento de Coleta de Dados – ICD ................ 77
APÊNDICE C: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ..... 89
ANEXO: Parecer do Comitê de Ética ...................................................................... 91
4
11 –– SSUUMMAARRIIOO EEXXEECCUUTTIIVVOO
5
11 –– SSUUMMÁÁRRIIOO EEXXEECCUUTTIIVVOO
Nas últimas décadas tem-se observado um crescente aumento das Escolas de
Enfermagem no país e do interesse cada vez maior pela graduação em Enfermagem.
Assim, este estudo buscou identificar o perfil do aluno que está cursando a graduação, os
motivos que o levaram a escolher a profissão, e quais eram as expectativas e
perspectivas profissionais e de inserção no mercado de trabalho.
O aumento observado levanta uma série de indagações que nortearam o estudo:
O que vem motivando a procura desta graduação?
O mercado de trabalho favorável tem influenciado a procura por esta
graduação?
A ascensão social de técnicos e auxiliares via acesso à educação superior
justifica a expansão de cursos de graduação para enfermeiros?
Até que ponto as políticas de expansão da rede básica por meio do Programa
Saúde da Família podem, também, estar no conjunto destas explicações?
A pesquisa ora apresentada justifica-se então para responder a estas e a outras questões
que poderão orientar políticas no campo da educação, tecer perspectivas sobre mercado
de trabalho da enfermagem e propor medidas no campo da regulação da educação e do
trabalho em saúde.
Selecionou-se como objetivo geral:
Delinear o perfil dos alunos de graduação de enfermagem e analisar a motivação
dos mesmos para a procura desta graduação bem como suas perspectivas
presumidas para a inserção no mundo do trabalho.
E como objetivos específicos:
Estabelecer a diferença entre o perfil de alunos de instituições de ensino de
natureza pública e privada.
Qualificar o tipo de emprego a que estão submetidos os estudantes de
enfermagem
Qualificar o que motiva a escolha por esta graduação.
Investigar a perspectiva presumida de inserção profissional dos alunos da
graduação de enfermagem
6
A proposta metodológica deste estudo está apoiada em uma abordagem quantitativa de
natureza exploratória - descritiva.
Os cenários da pesquisa foram o 58º Congresso Brasileiro de Enfermagem realizado pela
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) na cidade de Salvador – BA e o 9º
Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem realizado pelo Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN) na cidade de Porto Seguro – BA, no mês de novembro de 2006.
Os sujeitos desta pesquisa foram os alunos de graduação de enfermagem presentes nos
referidos Congressos e que aceitaram participar da pesquisa. Utilizamos como
instrumento de coleta de dados, um survey aplicado por meio de questionário a estes
alunos, tendo sido preenchidos 1097.
O questionário é composto por 66 questões objetivas e estruturadas, contendo perguntas
informativas e opinativas, agrupadas em cinco blocos.
Bloco 1 – Identificação
Sexo, idade, nacionalidade, naturalidade, estado civil, município em que reside e estuda.
Bloco 2 – Perfil Sócio-Econômico
Com quem reside, renda familiar, nível de escolaridade dos pais, inserção no mercado de
trabalho, tipo de trabalho que atua, situação de trabalho dos pais.
Bloco 3 – Situação e Atividade acadêmica
Escola em que cursou ensino médio, fez curso profissionalizante e em que área, curso de
inglês, faculdade ou escola de enfermagem em que está cursando a graduação, ano de
ingresso, atividades extra-curriculares, participação em Congressos.
Bloco 4 - Motivações e expectativas profissionais
A enfermagem como primeira opção no vestibular, motivação na enfermagem,
expectativas em relação ao mercado de trabalho.
Bloco 5 - A Enfermagem e sua participação Sócio-Política - Opinativas
Satisfação com as condições oferecidas pela faculdade que cursa, problemas mais
importantes que afetam a enfermagem no Brasil, o reconhecimento social do enfermeiro
na atualidade, autonomia profissional, legislação do exercício profissional.
O cálculo amostral foi realizado a partir do universo de 153.359 estudantes de
enfermagem matriculados em 2005 no país (INEP, 2005). Obteve-se uma amostra
simples de 1087 estudantes, considerando-se um intervalo de confiança de 95% e
7
margem de erro de 3%. Portanto, o número de respondentes foi superior ao mínimo
estabelecido pelo cálculo amostral.
Foi desenvolvida uma base de dados no programa Access, interfaciada por formulário
eletrônico padronizado para digitação. Após a digitação, os dados foram processados e
tabulados através dos softwares Sphinx. O primeiro programa foi operado pelas autoras,
que não necessitaram de treinamento por ser de fácil manuseio. Enquanto o segundo foi
operado por um estatístico contratado para este fim.
Foram analisados todos os Blocos do questionário e os resultados organizados em
tabelas, gráficos e figura, que retratam achados obtidos tanto da tabulação das questões,
quanto pelo cruzamento a partir de variáveis selecionadas.
RReessuullttaaddooss
Verificou-se que apesar de haver uma maior participação de alunos do sexo
masculino, há ainda uma predominância do sexo feminino (90%).
A população do estudo é predominante jovem, estando na faixa etária de 23 a
28 anos, tanto em instituições públicas quanto privadas, representando 54,9% e
41,5%, respectivamente, dos alunos participantes do estudo.
O estudo abrangeu alunos de graduação em enfermagem de todo o Brasil,
observando-se uma maior concentração de residentes (60%) e estudantes (24,2%)
na Região Nordeste, fato que deve ser explicado pela localização dos eventos, os
quais se realizaram nas cidades de Salvador-BA e Porto Seguro-BA.
No que se refere à escola em que cursou o ensino médio, observou-se que
69,3% dos alunos de instituições públicas e 59% dos alunos de instituições privadas
cursaram o ensino médio em escolas privadas.
Verificou-se que 70,2% dos alunos não fizeram curso profissionalizante.
Dentre os que realizaram, comparando novamente as instituições públicas e
privadas, constatou-se que os alunos das instituições privadas fizeram mais curso
profissionalizante do que os alunos das públicas (35,3% e 14,5%, respectivamente).
Verificou-se que 54,9% dos alunos das instituições públicas realizaram curso
em outra área e 23,5%, o curso técnico de enfermagem. O inverso ocorre com os
alunos de instituições privadas, onde 54,8% realizaram curso técnico de
enfermagem e 8,4%, outro de outra área.
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Constatou-se que 67,4% estão cursando a graduação em instituições
privadas, enquanto 32,1% em públicas.
Para 58,9% dos graduandos a enfermagem foi a primeira opção no vestibular
Dentre estes, 26,3% eram de instituições públicas e 73,7% de instituições privadas.
Dos que optaram pela enfermagem como 1ª opção, 67% a escolheram por
vocação; 15,8% pela perspectiva de conseguir emprego e 11,9% pela possibilidade
de ascender profissionalmente, pois já trabalhavam na enfermagem.
Os alunos afirmam também que a motivação na enfermagem é trabalhar
cuidando de pessoas enquanto para 23,1% é o mercado de trabalho favorável.
Em relação à expectativa dos graduandos sobre sua inserção no mercado de
trabalho, observou-se que a aspiração profissional de 47,5% é conseguir um
emprego público com vínculo estável. Somando-se a isto, 29,2% que desejam
trabalhar em PSF, o qual essencialmente representa também o setor público,
configura-se o percentual de 86,7% de graduandos que almejam este sub-setor.
Verificou-se que 42,9% dos graduandos apresentam-se seguros para
conseguir um emprego após a conclusão do curso.
Os problemas considerados mais importantes que afetavam a enfermagem no
Brasil, foram em ordem de freqüência citada: conflitos no exercício da profissão
decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de saúde
(56,9%); baixo reconhecimento social (52,3%); conflitos no exercício da profissão
decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de enfermagem
(44,6%); e condições de trabalho desfavoráveis ao exercício da profissão (43,9%).
Os alunos consideram que o enfermeiro vem aumentando seu grau de autonomia
tendo, na atualidade, possibilidade de se estabelecer como profissão liberal
(45,3%). Entretanto, 30%, dos respondentes apontam que esta autonomia refere-se
à execução das atividades de enfermagem, sendo baixo poder decisório perante a
equipe de saúde.
DDiissccuussssããoo
Estudo realizado em 2005 pela Estação de Trabalho IMS/UERJ sobre mercado de trabalho do
enfermeiro no Brasil apontou boa empregabilidade, baixo desemprego e predomínio de
emprego formal para esta categoria.
9
Com base nesses resultados, buscamos aprofundar a motivação dos graduandos de
enfermagem na escolha da profissão. Pode-se perceber que o grupo estudado afirma
que trabalhar cuidando de pessoas e o mercado de trabalho favorável são as principais
motivações para a escolha da enfermagem. Em relação as suas expectativas, os
graduandos sentem-se seguros para a inserção no mercado de trabalho.
Uma das questões norteadoras foi a de que a graduação de enfermagem poderia ser
uma forma de ascensão profissional e social para egressos de cursos técnicos e de
auxiliares de enfermagem. Não foi possível observar este movimento uma vez que os
alunos egressos de cursos técnicos e auxiliares de enfermagem representam uma
pequena parcela dos graduandos respondentes (28,4%). A visualização desta graduação
como forma de ascensão social não é a principal motivação para a escolha da
graduação, tendo em vista que apenas 9% mencionam esta opção.
Cabe ressaltar que este pode ser um viés da pesquisa que teve como cenário os
congressos da categoria. Vale a reflexão que alunos de graduação de enfermagem que
exerçam a profissão de técnico ou auxiliar devem ter mais dificuldade de participar de
eventos pela sua condição de trabalhador da saúde, bem como a situação
socioeconômica supostamente como elemento limitador para a inserção nessas reuniões.
Entretanto, o estudo demonstrou que, neste pequeno segmento do universo estudado, os
auxiliares/técnicos de enfermagem estão cursando a graduação em enfermagem como
forma de progressão social e de alcançar melhores condições de trabalho.
Mesmos conscientes da limitação da pesquisa em oferecer extensas generalizações, os
resultados, quando articulados, podem oferecer subsídios para opiniões mais conclusivas
sobre o propósito a que se dedica.
O SUS e as políticas de expansão da rede básica via estratégia de Saúde da Família
foram indutores da procura pela graduação em enfermagem e consequentemente pela
expansão deste curso. Tal afirmação pode ser confirmada pelo fato de 47,5% dos
graduandos pretenderem trabalhar no setor público e 29,2% no PSF. O trabalho em
Saúde da família parece ser uma boa expectativa profissional para a enfermagem.
Apesar do mercado de trabalho favorável ser a segunda opção que motiva a escolha pela
profissão, este parece ser um fator relevante para a procura por esta graduação. Isto
pode ser corroborado pelo fato de 42,9% dos graduandos sentirem-se seguros quanto à
inserção no mercado de trabalho.
Os achados mostram que a maioria dos graduandos (69,3%) de instituições públicas
cursou o ensino médio em escolas privadas. Políticas de ações afirmativas, que já vem
10
sendo implementadas para egressos de escolas públicas, poderão no futuro modificar
este quadro.
Observou-se ainda que os graduandos de instituições públicas parecem apresentar
condições mais favoráveis para a formação. Os achados demonstram que tais alunos
realizam mais estágios extracurriculares, submetem trabalhos científicos em congressos,
estudam outro idioma, de forma diferenciada dos que cursam a graduação em
instituições privadas. Tal fato pode ser ainda reforçado pelo desenvolvimento dos
currículos em tempo integral em instituições públicas e, em tempo parcial em instituições
privadas.
Ao lado desta discussão suscitada pelo estudo está uma nova proposta para a Enfermagem
posta atualmente na arena de discussão: a de carreira única na Enfermagem. O Projeto
de Lei prevê a extinção das profissões de auxiliar e técnico de enfermagem, passando a
existir apenas enfermeiros para prestarem os cuidados necessários aos pacientes. Um
movimento semelhante já foi feito anteriormente, quando se aboliu o atendente de
enfermagem e aqueles que desejavam continuar nesta área foram capacitados e
passaram a exercer a ocupação de auxiliares de enfermagem.
Neste contexto se insere a questão da formação profissional e do mercado de trabalho do
enfermeiro. Assim, é preciso que se façam alguns questionamentos: o sistema
educacional superior está preparado para receber um contingente tão grande de
profissionais? E se recebê-los, estaria apto a capacitá-los de maneira adequada? E
aqueles que escolhem a graduação em enfermagem como primeira opção, estariam
sendo formados com qualidade? O mercado de trabalho para o enfermeiro suportaria um
número tão grande de profissionais?
Vale refletir também que a expansão desordenada de cursos de graduação,
expressivamente verificada no setor privado, impõe medidas regulatórias, tanto por parte
das autoridades educacionais quanto por representações da comunidade profissional,
para que sejam detectados abusos e desmandos com potencialidade indutiva de
comprometer a qualidade da formação e, por conseqüência, colocar em risco a
assistência prestada a população.
Apesar de não ser possível fazer grandes afirmações, o estudo oferece subsídios para o
desenvolvimento de políticas na área da educação que fortaleçam a formação de
recursos humanos para atuar no SUS, importante cenário tanto para a atuação
profissional quanto para as atividades formativas. Por ser um tema extenso e complexo,
tal pesquisa não tem a intenção de esgotar o assunto e sim possibilitar novas discussões
e incentivar a realização de novos estudos.
11
Embora a pesquisa aponte uma sensibilização vocacional para a profissão de
enfermagem e a perspectiva de inserção no mercado de trabalho, diversas questões
permanecem não respondidas. Discute-se por um lado, o redirecionamento de atividades
para o trabalho em equipe, a incorporação tecnológica e a evolução da sociedade –
envelhecimento- que demandam novas habilidades, por outro como garantir acesso,
formação e trabalho em um país desigual e de dimensões continentais, por exemplo. O
debate ainda é um processo em curso e está aberto para novas análises e considerações
12
22 -- AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO
13
22 –– AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO
Este relatório apresenta os resultados do estudo sobre Alunos de Graduação em
Enfermagem – Perfil, Expectativas e Perspectivas Profissionais, que compõem o conjunto
de estudos sobre mercado de trabalho do enfermeiro no Brasil, sob a coordenação da
Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde (RORHS/MS).
Diante do crescente aumento das Escolas de Enfermagem no país e do interesse cada
vez maior pela graduação em Enfermagem, realizou-se um estudo que buscou identificar
o perfil deste aluno que está cursando esta graduação, os motivos que o levaram a
escolher esta profissão, e quais eram as expectativas e perspectivas profissionais e de
inserção no mercado de trabalho.
O estudo apontou alguns sinais, porém por ser um tema muito extenso, não se tem a
intenção de esgotar o assunto, mas suscitar discussões e incentivar que novos estudos
sejam realizados, de maneira a ampliar o conhecimento e a análise desta problemática,
bem como buscar soluções e alternativas aos problemas que se apresentam nesta
conjuntura.
14
33 -- IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
15
33 -- IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO
A formação de Enfermeiros teve início com a criação, pelo governo, da Escola
Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional
de Alienados do Ministério dos Negócios do Interior. Esta escola, que é de fato a primeira
escola de enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal nº 791, de 27 de
setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto,
pertencendo à Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO. Reformado pelo decreto de 23
de maio de 1930, o curso passou a ter três anos de duração e era dirigido por
enfermeiras diplomadas.
Em 1922, é criada junto ao Hospital Geral de Assistência do Departamento Nacional de
Saúde Pública, a Escola de Enfermeiras do Departamento Nacional de Saúde Pública, a
atual Escola de Enfermagem Anna Nery, com padrão de ensino no modelo Nightingale
(CARVALHO, 1976). Em 1937, foi incluída na Universidade do Brasil como Instituto de
Ensino Complementar, passando, em 1946, a ser igualada às demais unidades
acadêmicas.
A Escola de Enfermagem Anna Nery foi a primeira escola do Brasil integrada à
Universidade. A lei 775 de 6 de agosto de 1949 (regulamentada pelo decreto 27.426 de
novembro de 1949) dispõe sobre o ensino de enfermagem no país com a distinção de
dois cursos ordinários: o curso de enfermagem (com duração de 36 meses e como pré-
requisito o ensino secundário) e o curso de auxiliar de enfermagem (18 meses e o como
pré-requisito o ensino primário) (PAIXÃO, 1969).
A primeira iniciativa de que se tem registro, sobre o dados de nível nacional da
enfermagem, deve-se à ABEn, que realizou entre 1956 e 1958 um levantamento de
Recursos e Necessidades de Enfermagem no Brasil, para atender a uma demanda da
Fundação Kellogg, que solicitava informações das escolas de enfermagem do país, bem
como de alunos matriculados e diplomados, dentre outras questões (VIEIRA & SILVA,
1994; FERRAZ, 2003)1.
O resultado deste levantamento apontou que, já naquela época, havia uma proliferação
desordenada de escolas, sem considerar as necessidades regionais, além de ausência
de um órgão controlador e fiscalizador das escolas, de um número reduzido de
1 Tem-se registro de estudo publicado pela ABEn em 1969 sobre a formação de Pessoal de Enfermagem no
Brasil. Em 1975, o Ministério da Educação e Cultura (MEC) divulgou um trabalho intitulado “Desenvolvimento do Ensino Superior de Enfermagem”. Na década de 80, o COFEN e a ABEn realizaram uma pesquisa de campo, publicada em 1985, retratando o Perfil da Força de Trabalho de Enfermagem.
16
candidatos para os cursos existentes, de um corpo docente deficiente em quantidade e
em qualidade e, por fim, de grande diversidade de currículos de um curso para outro.
(CARVALHO, 1976).
A tendência expansionista de cursos e instituições do ensino de enfermagem é percebida
a partir da década de 70. O crescimento de escolas era a solução, apontada pelas
entidades de enfermagem, para suprir o déficit de enfermeiros no país. Somado a isso
havia uma política governamental de expansão de vagas e de acesso da classe média ao
ensino superior. Entre 1970 e 1985 houve um crescimento de 210% no quantitativo de
instituições de graduação de enfermagem. Em 1990, o número de escolas era de 102,
alcançando 181 em 2000 (Observarh/IMS/UERJ)
Observa-se, entretanto, que o crescimento de instituições de graduação de enfermagem,
além de não se manter constante, não teve correspondência na procura por vagas nos
cursos, no número de egressos no decorrer da década de 70 e 80, nem tampouco na
configuração da estrutura ocupacional da enfermagem.
A década de 70, onde se alavanca o desenvolvimento do setor médico assistencial
privado, deixa como herança para a área de enfermagem uma polarização na assistência
entre médicos e atendentes, e um déficit de enfermeiros e auxiliares de enfermagem. Se,
em 1956, os enfermeiros representam 11,3% da força de trabalho em enfermagem, no
início da década de 80 este percentual decresce para 8,5%. (VARELLA, 2006)
O acesso de estudantes à universidade, nos anos 80, comporta-se com um afunilamento
crescente, mostrado pelo aumento da relação candidato/vaga em carreiras como
medicina e odontologia. Na enfermagem, ao contrário, essa relação sofre uma redução e
estabilização de candidatos para os cursos da área. Algumas análises pouco otimistas
apontavam para o risco de extinção da profissão, explicado, por um lado, pela pouca
procura e, por outro, pela expressiva evasão (DAL POZ & VARELLA, 1994).
A situação de baixa procura pelos cursos de enfermagem, embora se observasse uma
grande empregabilidade nas instituições/serviços de saúde, pode ser vista por situações
exemplares: a Escola Paulista de Medicina (hoje denominada Universidade Federal de
São Paulo – UNIFESP), em 1988 reduziu suas vagas de 120 para 80; a Escola de
Enfermagem da Universidade de São Paulo, também em 1988, preencheu apenas 33
vagas das 80 oferecidas, da mesma forma que a Escola de Enfermagem de Ribeirão
Preto, da mesma Universidade, teve apenas 12 vagas preenchidas em 1986 e 33 em
1987. A Universidade do Oeste Paulista (UNIOESTE) não realizou o concurso vestibular
para enfermagem em 1988 por falta de candidatos. Ainda no mesmo ano, a Escola de
17
Enfermagem Anna Nery, no primeiro semestre, preencheu apenas 6 vagas das 60
oferecidas. (MISHIMA, 1998).
Por outra via, o número de egressos de graduação de enfermagem em 1980 era de
3.139, e em 83 chega a 4.934, quando se inicia um declínio acentuado, alcançando em
1990 um quantitativo de 3.359 diplomados.
A década de 90 registrou um aquecimento no sistema educativo da enfermagem, com
uma expressiva expansão de cursos2 e de vagas para a graduação em enfermagem.
Note-se que, na primeira metade dessa década, predominavam cursos de instituições
públicas, sendo este percentual em 1991 de 57,5%. Este quadro começa a se inverter em
2000, onde 59,01% dos cursos são oferecidos em instituições de natureza privada
(VARELLA, 2006).
O crescimento da oferta de cursos e vagas de graduação para enfermeiros acentuou-se a
partir de 1997 chegando em 2004 com 50 mil novos ingressantes nesta graduação.
Assim, a presente pesquisa pretende investigar a motivação dos alunos para procurarem
esta modalidade de curso, delinear o perfil deste aluno, bem como apontar suas
expectativas e perspectivas presumidas em relação a sua inserção no mundo do
trabalho.
2 Cabe lembrar aqui que existe diferença entre o número de cursos e o de instituições, uma vez que a mesma instituição pode oferecer mais de um curso.
18
44 -- JJUUSSTTIIFFIICCAATTIIVVAA
19
44 –– JJUUSSTTIIFFIICCAATTIIVVAA DDOO EESSTTUUDDOO
O aumento do número de vagas registrado na década de 90 foi atrelado à expansão do
setor privado. Em 1991, 51,4% das vagas ofertadas estavam no setor público de ensino.
Já em 1994, o setor público, apesar de deter o maior número de escolas, oferece 41,9%
das vagas. Em 1999, 68,8% das vagas oferecidas são de instituições privadas. Ressalte-
se ainda que este crescimento não foi eqüitativamente distribuído pelas regiões do país.
A concentração da oferta de vagas se deu nas regiões sudeste (62,4%) e sul3 (16,9%)4 .
A expansão da oferta de vagas foi acompanhada do aumento da relação candidato/vaga,
que na década de 80 era em média de 3,5 por vaga e em 1999 chega a 5,7. Cabe
ressaltar que o crescimento da rede educacional privada não se refletiu, na década de
90, de forma equivalente, no número de egressos. Neste período, o setor público é o que
mais diploma enfermeiros (60,2% em 1995 e 55,7% em 1999). O reflexo da expansão do
número de vagas, especialmente do setor privado, será observado na década seguinte.
O cenário de crescimento do sistema educativo, com expressiva participação do setor
privado e concentrado nas regiões sul e sudeste, pode estar atrelado à implementação
do SUS, com expansão de postos de trabalho, principalmente na esfera municipal, e à
implantação do PSF, que se tornou uma perspectiva atraente no mercado de trabalho
dos enfermeiros. De forma geral, houve um aumento de postos de trabalho em todo o
setor saúde na década de 90, na qual o patamar de empregabilidade dos enfermeiros
atingiu 92,4% de absorção em 1999. (VIEIRA, 2002).
A tendência observada na década de noventa se intensifica nos anos 2000. Se, ao final
da década de noventa, o crescimento de vagas no setor privado foi bastante expressivo,
toma proporções muito maiores a partir do ano 2000. O percentual de crescimento de
vagas de enfermagem, entre o último ano da década passada e o primeiro desta, foi de
48,2%. Tal crescimento foi de inteira responsabilidade do setor privado de ensino, que
teve uma variação percentual de 69,6%. O número de vagas que, em 2000, girava em
torno de 20 mil, chega a 2004 com 70.400 vagas para a graduação de enfermagem.
Deste conjunto 92,04% estão em cursos do setor privado de ensino, e 67,2% na região
Sudeste. Entre o início dos anos 90 e 2004 o crescimento acumulado de vagas de
enfermagem foi de 843,7%.
O aumento das vagas foi, obviamente, conseqüência da criação de novos cursos que, em
3 A concentração regional observada na oferta se repete na distribuição de profissionais registrados nos seus respectivos Conselhos nas regiões do País. Em 2001 a região Sudeste detinha 49,3% dos enfermeiros registrados no Brasil.
4 Os percentuais regionais apresentados referem-se ao ano de 1999.
20
2004, somam 415 (77,6% de natureza privada) contra 106 em 1991. O número de
cursos da rede pública cresce 4,5% em 13 anos, e o de número de vagas cresce na
ordem de 28,1% neste período. Observa-se que, em termos proporcionais, as vagas
públicas crescem mais nas regiões Norte (de 190 vagas em 1995 para 536 em 2004) e
Nordeste (de 1205 vagas em 1995 para 1925 em 2004).
Apesar do intenso crescimento do número de vagas, é interessante analisar, também, o
quantitativo de ingressantes e o percentual de ocupação destas vagas. Pode-se observar
que o percentual de ocupação das vagas se mantém constante por quase todo o período
analisado, apresentando uma queda a partir de 2000. Entretanto, comparado ao
crescimento do número de vagas, esta queda não é expressiva e mostra que as vagas
para a graduação estão sendo preenchidas, de 70% a 90%, nos quatro últimos anos.
Se analisarmos as vagas em relação ao tipo de unidade acadêmica, temos que 51,5%
são oferecidas por Universidades, e 28,9% por Centros Universitários. As demais são por
faculdades integradas ou faculdades isoladas5.
A mudança observada está na inversão privado/público do quantitativo de diplomados.
Enquanto nos anos 90 a rede pública detinha o maior quantitativo de egressos, a partir de
2000 a situação se inverte; a rede privada passa a ostentar o maior o número de
egressos. Tal fato já é reflexo da expansão mais acentuada da rede privada a partir de
1997. Observa-se que, em 2004, o percentual de egressos da rede privada chega a
72,1%.
A tendência ao crescimento de egressos da rede privada provavelmente será mais
5 O INEP faz a seguinte classificação para tipos de Unidades acadêmicas: Universidades - São instituições pluridisciplinares, públicas ou privadas, de formação de quadros profissionais de nível superior, que desenvolvem atividades regulares de ensino, pesquisa e extensão.
Universidades Especializadas - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, especializadas em um campo do saber como, por exemplo, Ciências da Saúde ou Ciências Sociais, nas quais são desenvolvidas atividades de ensino e pesquisa e extensão, em áreas básicas e/ou aplicadas.
Centros Universitários - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, pluricurriculares, que devem oferecer ensino de excelência e oportunidades de qualificação ao corpo docente e condições de trabalho à comunidade escolar.
Centros Universitários Especializados - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, que atuam numa área de conhecimento específica ou de formação profissional, devendo oferecer ensino de excelência e oportunidades de qualificação ao corpo docente e condições de trabalho à comunidade escolar.
Faculdades Integradas e Faculdades - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, com propostas curriculares em mais de uma área do conhecimento, organizadas sob o mesmo comando e regimento comum, com a finalidade de formar profissionais de nível superior, podendo ministrar cursos nos vários níveis (seqüenciais, de graduação, de pós-graduação e de extensão) e modalidades do ensino.
Institutos Superiores ou Escolas Superiores - São instituições de educação superior, públicas ou privadas, com finalidade de ministrar cursos nos vários níveis (seqüenciais, de graduação, de pós-graduação e de extensão).
Centros de Educação Tecnológica - São instituições especializadas de educação profissional, públicas ou privadas, com a finalidade de qualificar profissionais em cursos superiores de educação tecnológica para os diversos setores da economia e realizar pesquisa e desenvolvimento tecnológico de novos processos, produtos e serviços, em estreita articulação com os setores produtivos e a sociedade, oferecendo, inclusive, mecanismos para a educação continuada.
21
expressiva, nos anos subseqüentes, em função do “boom” no número de vagas deste
setor. Considerando que o percentual de evasão vem se mantendo entre 23,7% e
34,5%6, nos próximos dois anos, adotando-se uma taxa de evasão de 30% e calculando
os ingressos a partir de 2001, o país contará com cerca de 99 mil enfermeiros a mais
disponíveis no mercado de trabalho. (VARELLA, 2006)
Pode-se pensar em algumas tendências para o futuro do mercado de trabalho do
enfermeiro. Em primeiro lugar, aumentando a oferta poderá ocorrer uma redução do
preço do trabalho no mercado. A competitividade aponta para a necessidade de elevar a
qualificação da força de trabalho, via alternativas de pós-graduação. O aumento da oferta
de enfermeiros poderá diminuir as oportunidades no mercado de trabalho para técnicos e
auxiliares.
A graduação de enfermagem parece ser uma alternativa de ascensão social e
profissional para os componentes da equipe de enfermagem. Estudos mais específicos
sobre o perfil dos graduandos de enfermagem poderão oferecer instrumentos para
elucidar questões que ainda estão em aberto.
Os dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, uma das modalidades de
avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da educação superior, apontam
características do perfil sócio econômico dos graduandos de Enfermagem. Participaram
do exame 46.859 estudantes dos quais 76,1% eram ingressantes e 23,9% concluintes.
Foram selecionados 18 indicadores sobre o perfil sócio econômico familiar e acadêmico
dos estudantes desta graduação (MEC/MS).
O estudo observou que os graduandos são predominantemente do sexo feminino,
declaram ser de cor branca, com renda familiar entre 3 e 10 salários mínimos e cursaram
o ensino médio em escolas públicas. Em relação a escolaridade dos pais os dados
mostraram que o pai tem em geral até a 4ª série e a mãe o ensino médio. Interessante
ressaltar que os estudantes de enfermagem são trabalhadores sem financiamento para o
custeio de seus estudos. Além disso, não possuem conhecimento de língua inglesa,
estudam em média de 1 a 2 horas por semana e utilizam a TV, predominantemente, e a
internet para se atualizarem (MEC/MS, 2006).
Nesse sentido, ainda precisa ser investigado se atualmente os alunos de graduação da
enfermagem são egressos de cursos técnicos e de auxiliares de enfermagem, e se estão
exercendo esta atividade profissional. Outra questão a ser pesquisada é se os que estão
nesta condição cursam a graduação em instituições públicas ou privadas.
O aumento da procura de cursos de graduação de enfermagem necessita ser explicada.
6 O percentual de evasão foi calculado comparado os concluintes e os ingressos de 4 anos anterior.
22
O que vem motivando a procura desta graduação? Algumas hipóteses necessitam ser
confirmadas: o mercado de trabalho favorável, a ascensão social de técnicos e auxiliares
via acesso a educação superior, entre outras. Até que ponto as políticas de expansão da
rede básica por meio do Programa Saúde da Família pode, também, estar no conjunto
destas explicações?
A pesquisa ora apresentada justifica-se para responder a estas e a outras questões que
poderão orientar políticas no campo da educação, tecer perspectivas sobre mercado de
trabalho da enfermagem e propor medidas no campo da regulação da educação e do
trabalho em saúde. Cabe ressaltar ainda que este estudo integra a linha de pesquisa
sobre mercado de trabalho e empregabilidade do enfermeiro no Brasil, com pesquisa já
concluída.
23
55 -- OOBBJJEETTIIVVOOSS
24
55 -- OOBBJJEETTIIVVOOSS
OObbjjeettiivvoo GGeerraall::
O estudo pretende delinear o perfil dos alunos de graduação de enfermagem e
analisar a motivação dos mesmos para a procura desta graduação bem como suas
perspectivas presumidas para a inserção no mundo do trabalho.
OObbjjeettiivvooss EEssppeeccííffiiccooss::
Estabelecer a diferença entre o perfil de alunos de instituições de ensino de
natureza pública e privada.
Qualificar o tipo de emprego a que estão submetidos os estudantes de
enfermagem
Qualificar o que motiva a escolha por esta graduação.
Investigar a perspectiva presumida de inserção profissional dos alunos da
graduação de enfermagem
25
66 –– MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA
26
66 –– MMEETTOODDOOLLOOGGIIAA
A proposta metodológica deste estudo está apoiada em uma abordagem quantitativa de
natureza exploratória - descritiva.
Gauthier et al (1998) dizem que a pesquisa quantitativa é a de escolha para quando se
quer pesquisar de forma exploratória o objeto ou problema em estudo, de maneira a
aumentar seus conhecimentos sobre os mesmos.
A principal finalidade da pesquisa exploratória é esclarecer, desenvolver e modificar
idéias e conceitos para formulação de problemas mais precisos ou hipóteses de interesse
para pesquisas posteriores, além de dar, sobre determinado fato, uma visão aproximada
da realidade, sendo também utilizada em temas pouco explorados (GIL, 1999).
Este tipo de pesquisa exige mais rigidez no planejamento. Normalmente engloba o
levantamento de materiais bibliográficos e documentais, entrevistas sem padronização e
estudo de caso. Não costuma ser utilizada com amostragens e técnicas qualitativas de
coleta de dados. (op.cit, 1999).
Um estudo exploratório-descritivo tem por objetivo descrever completamente determinado
fenômeno, como o estudo de um caso para o qual são realizadas análises empíricas e
teóricas. Podem ser encontradas descrições quantitativas e/ou qualitativas quanto a
acumulação de informações detalhadas como as obtidas por intermédio da observação
participante. Além disso, utiliza-se o caráter representativo sistemático e os
procedimentos de amostragem são flexíveis (LAKATOS; MARCONI, 1991).
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do Instituto de Medicina Social/UERJ.
Foram respeitados os critérios do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, a
partir da Resolução 196/96, que normaliza as pesquisas envolvendo seres humanos.
O teste piloto foi realizado na Faculdade de Enfermagem da UERJ, no mês de setembro
de 2006, com 37 alunos do 1º e 8º períodos, e após algumas alterações no instrumento,
este foi validado pelas autoras da pesquisa. Todos os alunos que aceitaram participar do
teste assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Os cenários da pesquisa foram o 58º Congresso Brasileiro de Enfermagem realizado pela
Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn) na cidade de Salvador – BA e o 9º
Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem realizado pelo Conselho Federal de
Enfermagem (COFEN) na cidade de Porto Seguro – BA, no mês de novembro de 2006.
27
A experiência de realização do inquérito utilizando como cenários os Congressos da
categoria mostrou-se factível e viável como estratégia para a coleta de dados da tese de
doutorado de Varella (2006). Tal recurso trouxe agilidade e otimização no índice de
resposta, além disso, participam graduandos de enfermagem de diversos estados e
universidades do Brasil. Observa-se uma grande participação de alunos nos dois
Congressos, com inserção diferenciada: o do COFEN concentra um grande número de
estudantes de instituições privadas e o da ABEn os estudantes de faculdades públicas.
Além das etapas metodológicas, o trabalho exigiu procedimentos operacionais prévios,
com vistas à viabilidade do processo. Para a realização da pesquisa foram feitas
articulações com os dirigentes das instituições responsáveis pelos eventos (Presidente
do COFEN, Presidente da ABEn Nacional e a Presidente do 58º Brasileiro de
Enfermagem- ABEn Bahia).
A solicitação foi oficializada pela Coordenação da Estação de Trabalho do IMS/UERJ, da
Rede Observatório de Recursos Humanos, acompanhada de cópia do projeto de
pesquisa e do instrumento de coleta de dados.
O foco desta pesquisa está apontado para um inquérito dirigido a alunos de graduação
de enfermagem e investiga a situação atual destes graduandos. Utilizamos como
instrumento de coleta de dados, um survey aplicado por meio de questionário aos alunos
de graduação de enfermagem que participaram dos referidos Congressos.
Nos dois eventos os graduandos foram convidados aleatoriamente a participar da
pesquisa, sendo, no momento da abordagem, explicitados os objetivos do estudo e
identificada a instituição responsável pela pesquisa. Os que aceitaram em participar
receberam o questionário, sendo solicitada a devolução do mesmo, devidamente
preenchido, até a finalização do evento, tendo sido devolvidos 1097 questionários. Os
graduandos que não desejaram participar foram excluídos da pesquisa.
O questionário é composto por 66 questões objetivas e estruturadas, contendo perguntas
informativas e opinativas, agrupadas em cinco blocos.
Bloco 1 – Identificação
Sexo, idade, nacionalidade, naturalidade, estado civil, município em que reside e estuda.
Bloco 2 – Perfil Sócio-Econômico
Com quem reside, renda familiar, nível de escolaridade dos pais, inserção no mercado de
trabalho, tipo de trabalho que atua, situação de trabalho dos pais.
28
Bloco 3 – Situação e Atividade acadêmica
Escola em que cursou ensino médio, fez curso profissionalizante e em que área, curso de
inglês, faculdade ou escola de enfermagem em que está cursando a graduação, ano de
ingresso, atividades extra-curriculares, participação em Congressos.
Bloco 4 - Motivações e expectativas profissionais
A enfermagem como primeira opção no vestibular, motivação na enfermagem,
expectativas em relação ao mercado de trabalho.
Bloco 5 - A Enfermagem e sua participação Sócio-Política - Opinativas
Satisfação com as condições oferecidas pela faculdade que cursa, problemas mais
importantes que afetam a enfermagem no Brasil, o reconhecimento social do enfermeiro
na atualidade, autonomia profissional, legislação do exercício profissional.
O cálculo amostral foi realizado a partir do universo de 153.359 estudantes de
enfermagem matriculados em 2005 no país (INEP, 2005). Obteve-se uma amostra
simples de 1087 estudantes, considerando-se um intervalo de confiança de 95% e
margem de erro de 3%. Portanto, o número de respondentes foi superior ao mínimo
estabelecido pelo cálculo amostral.
Foi desenvolvida uma base de dados no programa Access, interfaciada por formulário
eletrônico padronizado para digitação. Após a digitação, os dados foram processados e
tabulados através dos softwares Sphinx. O primeiro programa foi operado pelas autoras,
que não necessitaram de treinamento por ser de fácil manuseio. Enquanto o segundo foi
operado por um estatístico contratado para este fim.
O Access é um banco de dados para Windows, que tem como principal característica
tornar fácil o uso de recursos, permitindo que se trabalhe virtualmente em qualquer
formato de banco de dados. Fornece um conjunto de ferramentas, permitindo rastrear,
relatar e compartilhar informações rapidamente em um ambiente gerenciável
(MICROSOFT, 2007).
Já os softwares Sphinx são ferramentas para apoiar o processo de pesquisa e para
análise de dados gerenciais e acadêmicos. Permite a realização de análises quanti e
qualitativas e possibilita a publicação de questionários (coleta) e relatórios (análise) na
web. Na área de educação possibilita realizar pesquisa de avaliação institucional,
avaliação de cursos de formação continuada, procedimentos de recrutamento
universitário, enquetes sobre futuro e inserção profissional, pesquisas acadêmicas
(graduação, mestrado e doutorado), dentre outras. Podem-se citar algumas das suas
funcionalidades: diferentes interfaces para coleta/inserção de dados, controle de
29
integridade dos dados, criação de perfis dinâmicos para análise de segmentos da
amostra, criação de tabelas simples, cruzadas, de médias e de grupos e consulta
individual das respostas (SPHINX BRASIL, 2007).
Foram construídos gráficos e tabelas apresentando freqüências simples e percentuais, as
quais são exemplos de estatística descritiva, utilizadas para descrever, sintetizar e
analisar os dados (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004).
30
77 -- RREESSUULLTTAADDOOSS
31
77 -- RREESSUULLTTAADDOOSS
Neste capítulo serão apresentados os resultados da pesquisa a partir de freqüências
simples e percentuais.
Foram analisados todos os Blocos e os resultados organizados em tabelas, gráficos e
figura, que retratam achados obtidos tanto da tabulação das questões, quanto pelo
cruzamento a partir de variáveis selecionadas.
BBLLOOCCOO 11:: IIddeennttiiffiiccaaççããoo
Neste bloco será apresentada a identificação dos alunos de graduação em Enfermagem
que participaram da pesquisa.
Observou-se que apesar de haver uma maior participação de alunos do sexo masculino,
há ainda uma predominância do sexo feminino (90%) (Tabela 1).
Tabela 1: Alunos de graduação em enfermagem segundo gênero. Brasil, 2007. N=1097
Sexo n %
Masculino 105 9,6
Feminino 987 90,0
Não sabe/Não respondeu 5 0,5
Total 1097 100,0
A população do estudo é predominante jovem, estando na faixa etária de 23 a 28 anos,
tanto em instituições públicas quanto privadas, representando 54,9% e 41,5%,
respectivamente, dos alunos participantes do estudo (Tabela 2). Investigou-se também a
nacionalidade dos alunos e verificou-se que 99,4% são de nacionalidade brasileira
(Tabela 3).
32
Tabela 2: Alunos de graduação em enfermagem segundo ano de nascimento de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Ano de Nascimento Pública Privada Total
n % n % n %
Menos de 1967 1 0,3 40 5,4 41 3,8
De 1967 a 1973 1 0,3 58 7,8 59 5,4
De 1973 a 1979 14 4,0 91 12,3 105 9,6
De 1979 a 1985 209 59,4 307 41,5 516 47,3
1985 e mais 126 35,8 235 31,8 361 33,1
Não resposta 1 0,3 8 1,1 9 0,8
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0
* Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Tabela 3: Alunos de graduação em enfermagem segundo nacionalidade. Brasil, 2007. N=1097
Nacionalidade n %
Brasileira 1090 99,4
Estrangeira 4 0,4
Não sabe/Não respondeu 3 0,3
Total 1097 100,0
Observou-se que os participantes da pesquisa são predominantemente naturais da Bahia
(41,2%), seguido do Rio de Janeiro (10,8%) (Apêndice A, Tabela 1). Verificou-se também
que os alunos participantes do estudo são majoritariamente solteiros (81,1%) e não
possuem filhos (83,1%) (Tabela 4 e Gráfico 1).
Tabela 4: Alunos de graduação em enfermagem segundo estado civil. Brasil, 2007. N=1097
Estado Civil n %
Solteiro 890 81,1
Casado 0 0,0
Separado 0 0,0
Viúvo 3 0,3
Não sabe/Não respondeu 204 18,6
Total 1097 100,0
33
Gráfico 1: Alunos de graduação em enfermagem segundo a referência de filhos. Brasil, 2007.
Dentre aqueles que têm filhos (16%), possuem, predominantemente, apenas um (54,9%)
(Tabela 5).
Tabela 5: Alunos de graduação em enfermagem segundo número de filhos que possuem. Brasil, 2007. N=175
O estudo abrangeu alunos de graduação em enfermagem de todo o Brasil, observando-
se uma maior concentração de residentes (60%) e estudantes (24,2%) na Região
Nordeste, fato que deve ser explicado pela localização dos eventos, os quais se
realizaram nas cidades de Salvador-BA e Porto Seguro-BA (Figura 1 e Apêndice A,
Tabela 2).
Nº. de filhos n %
1 filho 96 54,9
2 filhos 56 32,0
3 filhos 15 8,6
4 filhos 4 2,3
Não sabe/Não respondeu 4 2,3
Total 175 100,0
34
Figura 1: Alunos de graduação em enfermagem residentes por região. Brasil, 2007.
BBLLOOCCOO 22:: PPeerrffiill SSóócciioo EEccoonnôômmiiccoo
Neste bloco buscou-se analisar o perfil sócio-econômico dos participantes do estudo,
através das seguintes variáveis selecionadas: residência com os pais, tipo de moradia,
total de residentes na casa, contribuição com a manutenção da casa, renda familiar,
profissão e grau de escolaridade dos pais, outra graduação antes da enfermagem, se
possuem computador em casa e acesso a internet.
Observou-se que 52% dos alunos residem com os pais e em moradia própria (79,6%)
(Gráfico 2 e Tabela 6).
Gráfico 2: Alunos de graduação em enfermagem segundo residência com os pais. Brasil, 2007.
35
Tabela 6: Alunos de graduação em enfermagem segundo tipo de moradia de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
A Moradia dos Pais/ou a sua é: Pública Privada Total
n % n % n %
Própria 277 78,7 593 80,2 870 79,7
Alugada 61 17,3 112 15,2 173 15,9
Cedida 13 3,7 30 4,1 43 3,9
Não sabe/Não respondeu 1 0,3 4 0,5 5 0,5
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
O estudou investigou também a moradia dos alunos que estavam estudando fora da
cidade de origem e verificou-se que 46,3% residem em moradia alugada (Tabela 7).
Tabela 7: Alunos de graduação em enfermagem segundo tipo de moradia que residem temporariamente. Brasil, 2007. N= 337
Reside Temporariamente em Moradia: n %
Própria 92 27,3
Alugada 156 46,3
Cedida 13 3,9
Vaga/república 28 8,3
Parentes/amigos 48 14,2
Total 337 100,0
Ao analisarmos o total de residentes na casa em que moram os participantes da
pesquisa, constatou-se que 4 era o total mais freqüente (25%) (Tabela 8).
TABELA 8: Alunos de graduação em enfermagem segundo total de residentes na casa em que mora. Brasil, 2007. N=1097
Total dos residentes na casa em que mora n %
1 36 3,3
2 136 12,4
3 241 22,0
4 274 25,0
5 202 18,4
6 e mais 120 10,9
Não resposta 88 8,0
Total 1097 100,0
36
O estudo procurou investigar também se os alunos contribuíam para a manutenção da
casa, e observou-se que esta contribuição é num percentual baixo, tanto para os alunos
de instituições privadas quanto para os das públicas. Apenas 36,3% e 21,9%,
respectivamente, contribuem para a manutenção da casa (Tabela 9).
Tabela 9: Alunos de graduação em enfermagem segundo contribuição para a manutenção da casa de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Você contribui com a manutenção da casa? Pública Privada Total
n % n % n %
Sim 77 21,9 268 36,3 345 31,6
Não 266 75,6 448 60,6 714 65,4
Não sabe/Não respondeu 9 2,6 23 3,1 32 2,9
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Dentre aqueles que contribuem com a manutenção da casa, buscou verificar de que
maneira e observou-se que entre os alunos das instituições públicas, esta contribuição se
faz principalmente através de bolsas de estudo (53,2%), enquanto os das privadas
contribuem trabalhando (74,3%) (Gráfico 3).
Gráfico 3: Alunos de graduação em enfermagem segundo a forma como contribuem para a manutenção da casa de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007.
Entre aqueles que trabalham na área da saúde, buscou-se saber em que atividade. Entre
os alunos das instituições públicas, 50% trabalham em outra atividade não relacionada na
37
questão, enquanto 40,2% dos alunos das instituições privadas trabalham como técnicos
de enfermagem (Tabela 10).
Tabela 10: Alunos de graduação em enfermagem segundo a atividade que exercem na área da saúde de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=227
Se trabalhar na saúde, assinale em que atividade:
Pública Privada Total
n % n % n %
Técnico de enfermagem 6 21,4 80 40,2 86 37,9
Auxiliar de enfermagem 1 3,6 20 10,1 21 9,3
Laboratório 0 0,0 6 3,0 6 2,6
Imagens (RX e outros) 0 0,0 2 1,0 2 0,9
Administrativa 4 14,3 15 7,5 19 8,4
Outra 14 50,0 63 31,7 77 33,9
Não sabe/Não respondeu 3 10,7 13 6,5 16 7,0
Total 28 100,0 199 100,0 227 100,0
Indagou-se também a renda pessoal com o trabalho e observou-se que 50% dos alunos
de instituições públicas possuem uma renda menor que R$ 500,00, enquanto para 47,2%
dos alunos das instituições privadas a renda está entre R$ 500,00 e R$ 900,00 (Tabela
11).
Tabela 11: Alunos de graduação em enfermagem segundo a renda pessoal com o trabalho de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=227
Qual a sua renda com o trabalho? Pública Privada Total
n % n % n %
Menos de R$500 14 50,0 35 17,6 49 21,6
De R$500,00 a R$999,00 6 21,4 94 47,2 100 44,1
De R$1000,00 a R$1999,00 6 21,4 49 24,6 55 24,2
De R$2000,00 a R$3999,00 0 0,0 18 9,0 18 7,9
De R$4000,00 a R$5999,00 2 7,1 1 0,5 3 1,3
Não sabe/Não respondeu 0 0,0 2 1,0 2 0,9
Total 28 100,0 199 100,0 227 100,0
Investigou-se também a renda familiar dos alunos de graduação em enfermagem e
observou-se que a renda prevalente estava entre R$ 2000,00 e R$ 3999,00 (32,5%) para
famílias de ambas as instituições, o que demonstra que os alunos participantes do estudo
pertencem à classe média (Tabela 12). Este pode ser um viés do estudo, tendo em vista
que a participação nos Congressos requer uma série de investimentos, o que poderia
inviabilizar a participação daquelas cuja renda é menor.
38
Tabela 12: Alunos de graduação em enfermagem segundo a renda familiar de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Qual é a renda total da sua família? Pública Privada Total
n % n % n %
Menos de R$500 6 1,7 7 0,9 13 1,2
De R$500,00 a R$999,00 35 9,9 75 10,1 110 10,1
De R$1000,00 a R$1999,00 106 30,1 224 30,3 330 30,2
De R$2000,00 a R$3999,00 115 32,7 240 32,5 355 32,5
De R$4000,00 a R$5999,00 60 17,0 91 12,3 151 13,8
Acima de R$6000,00 23 6,5 77 10,4 100 9,2
Não sabe/Não respondeu 7 2,0 25 3,4 32 2,9
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Em relação às profissões dos pais, verificou-se que predominantemente (25,3%), a
profissão do pai não se aplicava em nenhuma das profissões listadas no questionário, de
acordo com o Código Brasileiro de Ocupações. Foram expressivas também as
profissões/ocupações de Vendedores e prestadores de serviço do comércio (12,3%) e de
Trabalhadores de serviços (6,0%) (Gráficos 4 e 5).
Gráfico 4: Alunos de graduação em enfermagem segundo a profissão/ocupação do pai. Brasil, 2007.
39
Gráfico 5: Alunos de graduação em enfermagem segundo a profissão/ocupação da mãe. Brasil, 2007.
Ao analisarmos a situação de trabalho dos pais dos participantes da pesquisa, verificou-
se que tanto os pais quanto as mães estão em situação de trabalho ativo (56,2% e 54,1%
respectivamente) (Tabelas 13 e 14).
Tabela 13: Alunos de graduação em enfermagem segundo a situação de trabalho do pai. Brasil, 2007. N=1097
Situação de trabalho do Pai n %
Ativo 617 56,2
Aposentado 268 24,4
Afastado 25 2,3
Desempregado 35 3,2
Falecido 4 0,4
Não se aplica/Não resposta 148 13,5
Total 1097 100,0
Tabela 14: Alunos de graduação em enfermagem segundo a situação de trabalho da mãe. Brasil, 2007. N=1097
Situação de trabalho da Mãe n %
Ativo 594 54,1
Aposentado 218 19,9
Afastado 29 2,6
Desempregado 116 10,6
Falecida 3 0,3
Não se aplica/Não resposta 137 12,5
Total 1097 100,0
40
O estudo procurou investigar também o grau de escolaridade dos pais e constatou-se
que 33% dos pais e 36,6% das mães possuem o ensino médio completo. É importante
chamar a atenção também que 23% das mães e 18,2% dos pais possuem o ensino
superior completo. Embora estejam muito próximos, o percentual das mães que cursaram
uma graduação é superior ao dos pais, e isto pode ser observado em quase todos os
graus de escolaridade, demonstrando uma maior qualificação das mães (Tabelas 15 e
16).
Tabela 15: Alunos de graduação em enfermagem segundo o grau de escolaridade do pai. Brasil, 2007. N=1097
Grau de escolaridade do Pai n %
Sem escolaridade 32 2,9
Fundamental Incompleto 184 16,8
Fundamental Completo 94 8,6
Médio Incompleto 78 7,1
Médio Completo 362 33,0
Superior incompleto 66 6,0
Superior completo 200 18,2
Mestrado concluído 12 1,1
Doutorado concluído 6 0,5
Não resposta 63 5,7
Total 1097 100,0
Tabela 16: Alunos de graduação em enfermagem segundo o grau de escolaridade da mãe. Brasil, 2007. N=1097
Grau de escolaridade da mãe n %
Sem escolaridade 26 2,4
Fundamental Incompleto 138 12,6
Fundamental Completo 78 7,1
Médio Incompleto 74 6,7
Médio Completo 402 36,6
Superior incompleto 68 6,2
Superior completo 252 23,0
Mestrado concluído 20 1,8
Doutorado concluído 5 0,5
Não resposta 34 3,1
Total 1097 100,0
Questionou-se também sobre a realização de outra graduação antes da Enfermagem e
separou-se de acordo com a natureza jurídica da instituição de ensino. Verificou-se que
em ambas as instituições, mais de 90% dos alunos não cursaram outra graduação antes
da enfermagem. Dentre aqueles que cursaram, o percentual é maior entre os alunos das
instituições privadas (8,4%) e os cursos que aparecem com maior freqüência são outros
41
cursos de outras áreas (29%) e outros cursos da área da saúde (17,7%) (Tabelas 17 e
18).
Tabela 17: Alunos de graduação em enfermagem segundo a realização de outra graduação antes da Enfermagem de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Fez outra graduação antes da enfermagem? Pública Privada Total
n % n % n %
Sim 16 4,5 62 8,4 78 7,1
Não 333 94,6 666 90,1 999 91,6
Não sabe/Não respondeu 3 0,9 11 1,5 14 1,3
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Tabela 18: Alunos de graduação em enfermagem segundo a graduação cursada antes da Enfermagem de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=78
Qual a graduação? Pública Privada Total
n % n % n %
Pedagogia 2 12,5 9 14,5 11 14,1
Biologia 4 25,0 4 6,5 8 10,3
Administração 1 6,3 6 9,7 7 9,0
Economia 1 6,3 3 4,8 4 5,1
Ciências Contábeis 0 0,0 4 6,5 4 5,1
Educação Física 1 6,3 3 4,8 4 5,1
História 0 0,0 3 4,8 3 3,8
Outros Cursos da Área de Saúde 1 6,3 11 17,7 12 15,4
Outros Cursos de Outras Áreas 6 37,5 18 29,0 24 30,8
Não resposta 0 0,0 1 1,6 1 1,3
Total 16 100,0 62 100,0 78 100,0
Perguntou-se também o ano de conclusão da graduação anterior à enfermagem e
observou-se que 28,2% não concluíram o curso (Gráfico 6).
42
Gráfico 6: Alunos de graduação em enfermagem segundo o ano de conclusão da graduação anterior à enfermagem. Brasil, 2007.
Foi observado também que 85% dos alunos possuem computador em casa e 88,3% com
acesso à internet (Tabelas 19 e 20).
Tabela 19: Alunos de graduação em enfermagem segundo possuírem computador em casa. Brasil, 2007. N=1097
Possui computador em casa? n %
Sim 932 85,0
Não 157 14,3
Não sabe/Não respondeu 8 0,7
Total 1097 100,0
Tabela 20: Alunos de graduação em enfermagem segundo acesso à internet. Brasil, 2007. N=1097
Tem acesso a internet? n %
Sim 969 88,3
Não 60 5,5
Não sabe/Não respondeu 68 6,2
Total 1097 100,0
43
BBLLOOCCOO 33:: SSiittuuaaççããoo ee AAttiivviiddaaddee AAccaaddêêmmiiccaa
Neste bloco será apresentada a situação e a atividade acadêmica dos participantes do
estudo, através de algumas variáveis selecionadas, como: escola em que cursou o
ensino médio, realização de curso profissionalizante e em que área, natureza jurídica da
instituição de ensino que está cursando, ano de ingresso, atividades extracurriculares,
dentre outras.
Ensino médio:
No que se refere à escola em que cursou o ensino médio, observou-se que 69,3% dos
alunos de instituições públicas e 59% dos alunos de instituições privadas cursaram o
ensino médio em escolas privadas (Tabela 21). Se considerarmos que o ensino das
escolas privadas é superior ao das escolas públicas, este percentual demonstra que os
alunos mais bem preparados estão nas instituições superiores públicas.
Tabela 21: Alunos de graduação em enfermagem segundo a graduação cursada antes da Enfermagem de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007.
N=1091*
Escola em que cursou o ensino médio Pública Privada Total
n % n % n %
Pública 108 30,7 302 40,9 410 37,6
Privada 244 69,3 436 59,0 680 62,3
Não resposta 0 0,0 1 0,1 1 0,1
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Quanto à realização de curso profissionalizante, verificou-se que 70,2% dos alunos não
fizeram curso profissionalizante. Dentre os que realizaram, comparando novamente as
instituições públicas e privadas, constatou-se que os alunos das instituições privadas
fizeram mais curso profissionalizante do que os alunos das públicas (35,3% e 14,5%,
respectivamente) (Tabela 22).
44
Tabela 22: Alunos de graduação em enfermagem segundo a realização de curso profissionalizante de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Fez curso profissionalizante Pública Privada Total
n % n % n %
Sim 51 14,5 261 35,3 312 28,6
Não 297 84,4 469 63,5 766 70,2
Não sabe/Não respondeu 4 1,1 9 1,2 13 1,2
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Em relação ao curso profissionalizante concluído, verificou-se que 54,9% dos alunos das
instituições públicas realizaram curso em outra área e 23,5%, o curso técnico de
enfermagem. O inverso ocorre com os alunos de instituições privadas, onde 54,8%
realizaram curso técnico de enfermagem e 8,4%, outro de outra área (Tabela 23).
Tabela 23: Alunos de graduação em enfermagem segundo o curso profissionalizante que concluíram de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Que curso concluiu? Pública Privada Total
n % N % n %
Auxiliar de enfermagem 4 7,8 37 14,2 41 13,1
Técnico de enfermagem 12 23,5 143 54,8 155 49,7
Outro da área de saúde 6 11,8 22 8,4 28 9,0
Outro de outra área 28 54,9 54 20,7 82 26,3
Não sabe/Não respondeu 1 2,0 5 1,9 6 1,9
Total 51 100,0 261 100,0 312 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Em relação aos cursos de auxiliares e técnicos de enfermagem, averiguou-se se foram
promovidos pelo PROFAE – Ministério da Saúde e constatou-se que 76% dos cursos não
foram (Gráfico 7).
45
Gráfico 7: Alunos de graduação em enfermagem segundo curso profissionalizante que foi promovido pelo PROFAE. Brasil, 2007.
Entre os alunos que realizaram curso profissionalizante na área de enfermagem,
indagou-se sobre o exercício da ocupação de técnico ou auxiliar de enfermagem e 77%
dos alunos responderam afirmativamente (Gráfico 8).
Gráfico 8: Alunos de graduação em enfermagem segundo o exercício da ocupação de técnico ou auxiliar de enfermagem. Brasil, 2007.
46
Quanto à realização de curso de língua estrangeira, observou-se que os alunos de
instituições públicas o fazem mais. Nas públicas, 63,4% dos alunos fazem algum curso
de línguas, enquanto nas privadas, apenas 38,6% (Tabela 24). Entre aqueles que fazem
algum idioma, predomina o inglês (92,5%) (Tabela 25).
Tabela 24: Alunos de graduação em enfermagem segundo realização de curso de língua estrangeira de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Fez curso de língua estrangeira? Pública Privada Total
n % n % n %
Sim 223 63,4 285 38,6 508 46,6
Não 115 32,7 427 57,8 542 49,7
Não sabe/Não respondeu 14 4,0 27 3,7 41 3,8
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Tabela 25: Alunos de graduação em enfermagem segundo o curso de língua estrangeira que fizeram. Brasil, 2007.
Qual o idioma? n %
Inglês 470 92,5
Francês 13 2,6
Espanhol 115 22,6
Outros 9 1,8
Graduação:
Quanto à faculdade ou escola de enfermagem em que está cursando a graduação,
constatou-se que 67,4% são privadas, enquanto 32,1% são públicas (Tabela 26).
Tabela 26: Alunos de graduação em enfermagem segundo a faculdade ou escola de enfermagem que estão cursando. Brasil, 2007. N=1097
Escola de enfermagem em que está cursando a graduação: n %
Pública 352 32,1
Privada 739 67,4
Não sabe/Não respondeu 6 0,5
Total 1097 100,0
47
Em relação ao ano de ingresso, verificou-se que 27,2% e 27,1% dos alunos ingressaram
nos anos de 2003 e 2004. É também expressivo o percentual de alunos que iniciaram a
graduação no ano de 2005 (24,7%) (Tabela 27). Estes dados podem ser confirmados
pelo Gráfico 9, que demonstra o percentual de alunos de acordo com o período que
estavam cursando quando participaram do estudo, e verificou-se que os alunos
encontram-se majoritariamente entre o 4º, 6º e 8º períodos (18,5%, 16,7% e 16,5%
respectivamente).
Tabela 27: Alunos de graduação em enfermagem segundo o ano de ingresso na faculdade ou escola de enfermagem. Brasil, 2007. N= 1097
Ano de ingresso: n %
2000 e antes 9 0,8
2001 17 1,5
2002 112 10,2
2003 297 27,1
2004 298 27,2
2005 271 24,7
2006 83 7,6
Não sabe/Não respondeu 10 0,9
Total 1097 100,0
Gráfico 9: Alunos de graduação em enfermagem segundo o período que está cursando na faculdade ou escola de enfermagem. Brasil, 2007.
Para a análise do turno que os alunos de graduação estão cursando, novamente
separou-se pela natureza jurídica da instituição, e verificou-se que nas instituições
públicas, o turno integral é o de percentual mais expressivo (88,4%), enquanto que nas
48
instituições privadas, o turno da manhã é o de maior freqüência (48,3%). É também
expressivo o percentual do turno da tarde nas instituições privadas, ou seja, 23,7% dos
alunos (Tabela 28).
Tabela 28: Alunos de graduação em enfermagem segundo o turno que cursa na faculdade ou escola de enfermagem de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Qual o turno que cursa na faculdade: Pública Privada Total
n % n % n %
Manhã 28 8,0 357 48,3 385 35,3
Tarde 8 2,3 175 23,7 183 16,8
Noite 5 1,4 52 7,0 57 5,2
Integral(manhã e tarde) 311 88,4 155 21,0 466 42,7
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Indagou-se também se os alunos realizavam estágio extracurricular e constatou-se que
os alunos de instituições públicas realizam estágio com mais freqüência que os das
privadas. Entre os das públicas, 54,3% realizam algum tipo de estágio extracurricular,
enquanto 69,3% dos alunos das privadas não o realizam (Tabela 29).
Tabela 29: Alunos de graduação em enfermagem segundo a realização de estágio extracurricular de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Realiza estágio extracurricular? Pública Privada Total
n % n % n %
Sim 191 54,3 223 30,2 414 37,9
Não 161 45,7 512 69,3 673 61,7
Não sabe/Não respondeu 0 0,0 4 0,5 4 0,4
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Procurou-se identificar entre aqueles que realizavam estágio extracurricular, qual era o
tipo de estágio. Observou-se que entre os alunos das instituições públicas, 32,5% fazem
estágio em Iniciação Científica, porém também foram expressivos a Extensão e o
Acadêmico Bolsista, ou seja, 30,9% e 30,4% respectivamente. Entre os alunos das
instituições privadas, o estágio como Acadêmico Bolsista foi o de maior percentual
(31,4%) (Tabela 30).
49
Tabela 30: Alunos de graduação em enfermagem segundo o tipo de estágio extracurricular de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007.
Que tipo de estágio extracurricular
Pública Privada Total
N= 191 N= 223 N= 414
n % n % n %
Acadêmico bolsista 58 30,4 70 31,4 128 30,9
Iniciação científica 62 32,5 36 16,1 98 23,7
Extensão 59 30,9 65 29,1 124 30,0
Outros* 56 29,3 60 26,9 116 28,0
Verificou-se ainda se os alunos que realizavam estágio extracurricular possuíam bolsa.
Constatou-se que 70,2% dos alunos de instituições públicas possuem bolsa, enquanto
60,5% dos alunos das instituições privadas não contam com este benefício (Gráfico 10).
Gráfico 10: Alunos de graduação em enfermagem segundo realização de estágio com bolsa de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007.
Atividades extracurriculares:
Procurou-se analisar também o tema de interesse dos alunos de graduação, e identificou-
se que a Saúde Pública apresentou o maior percentual (47,7%). É expressivo também o
interesse pela Obstetrícia (36,8%) e pela Saúde da Família (34,1%) (Tabela 31).
50
Tabela 31: Alunos de graduação em enfermagem segundo o tema de interesse na profissão. Brasil, 2007.
Tema de Interesse n %
Saúde Pública 489 47,7
Saúde Coletiva 305 29,7
Clínica 191 18,6
Cirurgia 254 24,8
Obstetrícia 378 36,8
Educação 122 11,9
Saúde da Família 350 34,1
Saúde da Criança 249 24,3
Saúde do Adolescente 54 5,3
Saúde da Mulher 337 32,8
Saúde do Adulto 149 14,5
Saúde do Idoso 173 16,9
Saúde do Trabalhador 134 13,1
Outro 151 14,7
O estudo procurou investigar o hábito de utilizar a biblioteca como uma das fontes para
pesquisa e estudo. Observou-se 93,8% dos alunos utilizam a biblioteca como recursos
para a aprendizagem como se pode notar no Gráfico 11. Tal fato pode estar associado ao
custo elevado dos livros técnicos e ao poder aquisitivo dos alunos.
Gráfico 11 Alunos de graduação em enfermagem segundo utilização da biblioteca. Brasil, 2007.
Investigou-se também se os alunos de graduação cursavam disciplinas eletivas de outras
áreas e observou-se que 85,6% responderam negativamente, o que demonstra que os
51
alunos ficam restritos às disciplinas da graduação em enfermagem e não buscam
diversificar experiências e conhecimentos (Tabela 32).
Tabela 32: Alunos de graduação em enfermagem segundo o curso de disciplinas eletivas. Brasil, 2007. N=1097
Cursa disciplinas fora de sua grade curricular/de outras áreas? n %
Sim 137 12,5
Não 939 85,6
Não resposta 21 1,9
Total 1097 100,0
Em relação às horas semanais dedicadas ao estudo, identificou-se que os alunos
estudam de 3 a 5 horas por semana (36%), o que confere uma média de menos de 1
hora por dia (Tabela 33). Embora não se possa fazer grandes generalizações, este dado
demonstra que os alunos da graduação em enfermagem estudam muito pouco, o que é
bastante preocupante, considerando-se que a enfermagem é uma profissão da área da
saúde e, como tal exige aprofundamento teórico para lidar com questões que envolvem
as condições biológicas, psíquicas e sociais da vida.
Tabela 33: Alunos de graduação em enfermagem segundo horas semanais dedicadas ao estudo. Brasil, 2007. N=1097
Quantas horas por semana se dedica ao estudo das disciplinas da graduação: n %
Nenhuma 17 1,5
De 1 a 2 183 16,7
De 3 a 5 395 36,0
De 6 a 10 273 24,9
Mais de 10 216 19,7
Não resposta 13 1,2
Total 1097 100,0
Quanto aos recursos que os alunos utilizam para se atualizarem, observou-se que a
Internet é o recurso mais utilizado (90,8%) (Tabela 34). Tal dado pode ser corroborado
pelo o que demonstra que mais de 85% dos alunos possuem computador em casa com
acesso à internet e mostra o intenso processo de modernização e globalização
vivenciado atualmente, onde através da internet é possível ter acesso a dados em tempo
real, de inúmeros lugares do mundo.
52
Tabela 34: Alunos de graduação em enfermagem segundo recursos utilizados para atualização. Brasil, 2007.
Quais os recursos que utiliza para se atualizar? n %
Jornal 382 34,8
Televisão 667 60,8
Internet 996 90,8
Revistas 457 41,7
Livros 707 64,4
Nenhum 2 0,2
Analisou-se também a participação dos alunos em Congressos de enfermagem e
verificou-se que 90,8% responderam afirmativamente. Tal fato pode representar um viés
da pesquisa, pois a mesma utilizou participantes de congressos para coletar os dados
(Gráfico 12).
Gráfico 12: Alunos de graduação em enfermagem segundo participação em Congressos. Brasil, 2007.
Em relação à apresentação de trabalhos em algum Congresso, observou-se que os
alunos das instituições públicas (63,6%) apresentam mais trabalhos que os alunos das
instituições privadas (17,5%). Isto pode demonstrar o incentivo maior das instituições
públicas à produção científica e à publicação de trabalhos (Tabela 35).
53
Tabela 35: Alunos de graduação em enfermagem segundo apresentação de trabalhos em Congressos de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Já apresentou algum trabalho em congresso? Pública Privada Total
n % n % n %
Sim 224 63,6 129 17,5 353 32,4
Não 126 35,8 607 82,1 733 67,2
Não sabe/Não respondeu 2 0,6 3 0,4 5 0,5
Total 352 100,0 739 100,0 1091 100,0
* Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Quanto à modalidade de lazer que os alunos realizam mais freqüentemente, identificou-
se que o Cinema é modalidade de maior freqüência (59,6%), seguida de Shows Musicais
(38,9%) e Boates e Bares (37,6%) (Tabela 36).
Tabela 36: Alunos de graduação em enfermagem segundo a modalidade de lazer que mais realizam. Brasil, 2007.
Que modalidade de lazer realiza com freqüência? n %
Nenhuma 60 5,5
Cinema 654 59,6
Teatro 116 10,6
Leitura 309 28,2
Boates e bares 412 37,6
Shows musicais 427 38,9
Outros 158 14,4
No que diz respeito à realização de curso de idiomas no momento em que participaram
da pesquisa, constatou-se que 85% dos alunos não estavam freqüentando esta
modalidade de aperfeiçoamento (Tabela 37).
Tabela 37: Alunos de graduação em enfermagem segundo realização de curso de idiomas atualmente. Brasil, 2007. N=1097
Faz atualmente curso de idiomas? n %
Sim 140 12,8
Não 932 85,0
Não resposta 25 2,3
Total 1097 100,0
Dentre aqueles que estão cursando algum idioma, verificou-se que o mais cursado é o
inglês (64,3%) (Tabela 38).
54
Tabela 38: Alunos de graduação em enfermagem segundo o idioma que cursa atualmente. Brasil, 2007. N=140
Qual? n %
Inglês 90 64,3
Espanhol 13 9,3
Francês 5 3,6
Alemão 3 2,1
Francês, Inglês 3 2,1
Outros 6 4,3
Não resposta 20 14,3
Total 140 100,0
BBLLOOCCOO 44:: MMoottiivvaaççããoo ee EExxppeeccttaattiivvaa PPrrooffiissssiioonnaall
Neste bloco serão apresentadas as motivações e expectativas profissionais dos alunos
de graduação em enfermagem, através de algumas variáveis como: escolha da
enfermagem como primeira opção no vestibular, motivação na enfermagem, área
pretendida para a atuação, expectativas em relação ao mercado de trabalho.
Indagou-se se a enfermagem foi a primeira opção no vestibular e constatou-se que
58,9% dos graduandos responderam afirmativamente (Tabela 39). Dentre estes, 26,3%
eram de instituições públicas e 73,7% de instituições privadas (Gráfico 13).
Tabela 39: Alunos de graduação em enfermagem segundo a escolha da profissão como 1ª opção no vestibular. Brasil, 2007. N=1097
A enfermagem foi sua primeira opção no vestibular? n %
Sim 646 58,9
Não 440 40,1
Não sabe/Não respondeu 11 1,0
Total 1097 100,0
55
Gráfico 13: Alunos de graduação em enfermagem segundo a escolha da profissão como 1ª opção no vestibular de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007.
Dentre os técnicos/auxiliares que exerceram esta ocupação e que hoje cursam a
graduação em enfermagem verificou-se que para 80,8% esta profissão foi a 1ª opção no
vestibular. Para os que não exerceram esta ocupação o percentual é menor, porém
expressivo (72,1%) conforme observado na Tabela 40.
Tabela 40: Alunos de graduação em enfermagem segundo a relação entre o exercício da ocupação de técnico/auxiliar e a escolha da enfermagem como 1ª opção no vestibular. Brasil, 2007.
N=196
Exerceu a ocupação de técnico ou auxiliar?
A enfermagem foi sua primeira opção
Sim Não Não respondeu Total
n % n % n % n %
Sim 122 80,8 28 18,5 1 0,7 151 100,0
Não 31 72,1 12 27,9 0 0,0 43 100,0
Não sabe/Não respondeu 1 50,0 1 50,0 0 0,0 2 100,0
Total 154 78,6 41 20,9 1 0,5 196 100,0
Dos que optaram pela enfermagem como 1ª opção, 67% a escolheram por vocação;
15,8% pela perspectiva de conseguir emprego e 11,9% pela possibilidade de ascender
profissionalmente, pois já trabalhavam na enfermagem (Tabela 41).
56
Tabela 41: Alunos de graduação em enfermagem segundo o motivo da escolha pela enfermagem. Brasil, 2007. N=646
O que o fez escolher a profissão? n %
Vocação pela profissão 433 67,0
A perspectiva de conseguir emprego 102 15,8
Poder ascender profissionalmente, pois já trabalhava na enfermagem 77 11,9
Poder trabalhar no Programa Saúde da Família 49 7,6
Outra 42 6,5
Possibilidade de conseguir um bom salário 42 6,5
Melhor relação candidato/vaga 7 1,1
Foram investigados, também, os motivos pelos quais os alunos que não escolheram a
enfermagem como primeira opção no vestibular (40,1%) continuaram a cursar esta
graduação. As opções mais citadas foram: poder seguir uma profissão da saúde (55,2%)
e a perspectiva de conseguir emprego (14,3%), conforme demonstrado na Tabela 42.
Tabela 42: Alunos de graduação em enfermagem segundo o motivo que os fizeram continuar a cursar a enfermagem. Brasil, 2007. N=440
Em caso negativo, o que o fez continuar a cursar a enfermagem? n %
Seguir uma profissão da saúde 243 55,2
Outra 106 24,1
A perspectiva de conseguir emprego 63 14,3
Possibilidade de conseguir um bom salário 27 6,1 Poder ascender profissionalmente, pois já trabalhava na enfermagem 21 4,8
Não ter outra opção 3 0,7
Os dados acima são confirmados pela Tabela 43, onde 77,2% dos graduandos afirmam
que a motivação na enfermagem é trabalhar cuidando de pessoas enquanto para 23,1%
é o mercado de trabalho favorável.
57
Tabela 43: Alunos de graduação de enfermagem segundo o que os motiva na enfermagem de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
O que o motiva na enfermagem?
Pública Privada Total
N= 352 N= 739 N= 1091
n % n % n %
Trabalhar cuidando de pessoas 260 73,9 582 78,8 842 77,2
Mercado de trabalho favorável 101 28,7 151 20,4 252 23,1
Ser bem remunerado 19 5,4 24 3,2 43 3,9
Ter mais de um emprego 10 2,8 30 4,1 40 3,7
Ser um profissional liberal 11 3,1 28 3,8 39 3,6
Outra 15 4,3 13 1,8 28 2,6
Não tenho motivação 4 1,1 6 0,8 10 0,9 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
O estudo também buscou avaliar a área de atuação escolhida pelos alunos. A área
hospitalar foi a preferência de 52,4% dos graduandos de faculdades privadas, enquanto
para 49,1% dos graduandos de faculdades públicas a preferência foi a saúde pública
(Tabela 44).
Tabela 44: Alunos de graduação segundo a preferência de área de atuação de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007. N=1091*
Em que área pretende atuar:
Pública Privada Total
N= 352 N= 739 N= 1091
n % n % n %
Área hospitalar 156 44,3 387 52,4 543 49,8
Saúde pública 173 49,1 346 46,8 519 47,6
Ensino 75 21,3 88 11,9 163 14,9
Outra 14 4,0 22 3,0 36 3,3
Autônomo 2 0,6 6 0,8 8 0,7 * Neste caso, N não é 1097, pois 6 graduandos não responderam a natureza jurídica da instituição a que
pertenciam.
Em relação à expectativa dos graduandos sobre sua inserção no mercado de trabalho,
observou-se que a aspiração profissional de 47,5% é conseguir um emprego público com
vínculo estável, conforme verificado na Tabela 45. Somando-se a isto, 29,2% desejam
trabalhar em PSF, que essencialmente representa também o setor público, configurando
o percentual de 86,7% de graduandos que almejam este sub-setor.
58
Tabela 45: Alunos de graduação em enfermagem segundo as expectativas em relação ao mercado de trabalho. Brasil, 2007.
Quais as expectativas em relação ao mercado de trabalho: n %
Conseguir um emprego público/ vínculo estável 521 47,5
Trabalhar em PSF 320 29,2
Ter mais de 1 emprego 294 26,8
Ser bem remunerado não importando o tipo de vínculo 61 5,6
Outro 28 2,6
Não sei opinar 25 2,3
Trabalhar como autônomo (a) 22 2,0
Além de um mercado de trabalho favorável, a facilidade de inserção dos graduandos no
mesmo e a expectativa de conseguir emprego também os mobilizam. Por isso, o estudo
contemplou este aspecto, onde se constatou que 42,9% dos graduandos apresentam-se
seguros para conseguir um emprego após a conclusão do curso (Gráfico 14).
Gráfico 14: Alunos de graduação em enfermagem segundo o que sentem quando pensam em mercado de trabalho. Brasil, 2007.
Comparando estes dados com o período que os graduandos cursam, observa-se que os
do 1º período sentem-se mais seguros em conseguir emprego (77,8%), enquanto que os
concluintes são os mais inseguros para conseguir emprego e atuar profissionalmente
(Tabela 46).
59
Tabela 46: Alunos de graduação em enfermagem segundo a relação entre o período que está cursando e sua percepção sobre o mercado de trabalho. Brasil, 2007. N=1097
Período que está cursando:
N
Seguro para conseguir emprego
Inseguro para conseguir emprego
Medo de se inserir no mercado de trabalho
Insegurança para atuação profissional
Outro
n % n % n % n % n %
1º 9 7 77,8 1 11,1 0 0,0 0 0,0 0 0,0
2° 76 45 59,2 14 18,4 9 11,8 4 5,3 4 5,3
3° 103 62 60,2 16 15,5 18 17,5 6 5,8 3 2,9
4° 203 100 49,3 39 19,2 23 11,3 29 14,3 11 5,4
5° 122 56 45,9 23 18,9 17 13,9 22 18,0 3 2,5
6° 183 78 42,6 38 20,8 30 16,4 42 23,0 1 0,5
7° 154 35 22,7 53 34,4 22 14,3 40 26,0 5 3,2
8° 181 60 33,1 60 33,1 31 17,1 39 21,5 0 0,0
9° 46 22 47,8 12 26,1 4 8,7 7 15,2 5 10,9
10° 8 1 12,5 5 62,5 0 0,0 3 37,5 0 0,0
Não resposta 12 5 41,7 3 25,0 1 8,3 1 8,3 0 0,0
Total 1097 471 42,9 264 24,1 155 14,1 193 17,6 32 2,9
BBLLOOCCOO 55:: AA EEnnffeerrmmaaggeemm ee ssuuaa ppaarrttiicciippaaççããoo SSóócciioo--PPoollííttiiccaa –– OOppiinnaattiivvaass
Neste bloco serão apresentadas as questões opinativas relacionadas à enfermagem e a
participação sócio-política dos alunos participantes do estudo. As variáveis selecionadas
foram: satisfação com as condições oferecidas pela faculdade onde está cursando a
graduação, os problemas mais importantes que afetam a enfermagem, o reconhecimento
social do enfermeiro na atualidade, autonomia profissional do enfermeiro, futuro trabalho
como enfermeiro, legislação profissional, organização estudantil, entidade de classe da
enfermagem e trabalho no exterior como enfermeiro.
Em relação à satisfação com as condições oferecidas pela faculdade onde estavam
cursando a graduação, relacionando com a natureza jurídica da instituição de ensino,
observou-se que 55,1% dos alunos das públicas não estão satisfeitos com as condições,
enquanto 74,3% dos alunos das privadas estão satisfeitos com as condições oferecidas
pela faculdade (Tabela 47).
60
Tabela 47: Alunos de graduação em enfermagem segundo a satisfação com as condições oferecidas pela faculdade de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007.
Está satisfeito com as condições oferecidas pela faculdade em que cursa a graduação?
Pública Privada Total
N= 352 N= 739 N= 1091
n % N % n %
Sim 169 48,0 549 74,3 718 65,8
Não 194 55,1 199 26,9 393 36,0 *Os totais ultrapassam 100% pelo fato de alguns respondentes estarem satisfeitos e insatisfeitos
Procurou-se saber o motivo pelo quais os alunos estavam satisfeitos ou insatisfeitos com
tais condições. Dentre aqueles que estavam satisfeitos, observou-se que tanto os alunos
de instituições públicas quanto os de instituições privadas alegaram ser pela equipe de
professores qualificada (85,2% e 76,5%,respectivamente). Ressalte-se ainda, um
expressivo contingente que assinalaram o fato da faculdade possuir uma infra-estrutura
adequada para o ensino (57,6%) nas instituições privadas de ensino (Tabela 48).
Tabela 48: Alunos de graduação em enfermagem segundo o motivo da satisfação com as condições oferecidas pela faculdade de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007.
Sim. Por quê?
Pública Privada Total
N= 169 N= 549 N= 718
n % n % n %
Porque oferece o curso em horário que me permite trabalhar
7 4,1 148 27,0 155 21,6
Porque tem uma infra-estrutura adequada para o ensino 59 34,9 316 57,6 375 52,2 Porque conta com uma equipe de professores qualificada 144 85,2 420 76,5 564 78,6
Outro 15 8,9 11 2,0 26 3,6
Dentre aqueles que estavam insatisfeitos, verificou-se que a falta de recursos materiais e
infra-estrutura da faculdade era o motivo da insatisfação tanto para os alunos das
instituições públicas (72,7%) quanto para os das privadas (50,8%). Porém, entre os
alunos das privadas, o fato da faculdade não oferecer bons campos de prática apresenta-
se também com o mesmo percentual (Tabela 49).
61
Tabela 49: Alunos de graduação em enfermagem segundo o motivo da insatisfação com as condições oferecidas pela faculdade de acordo com a natureza jurídica da instituição. Brasil, 2007.
Não. Por quê?
Pública Privada Total
N= 194 N= 199 N= 393
n % n % n %
Porque oferece o curso em horário integral 50 25,8 17 8,5 67 17,0
Porque apresenta falta de recursos materiais e infra-estrutura 141 72,7 101 50,8 242 61,6
Porque não conta com bons professores 32 16,5 27 13,6 59 15,0
Porque não oferece bons campos de prática 48 24,7 101 50,8 149 37,9
Outro 25 12,9 26 13,1 51 13,0
Quando questionados sobre quais os problemas que consideravam mais importantes que
afetavam a enfermagem no Brasil, foram citados em ordem de freqüência: conflitos no
exercício da profissão decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe
de saúde (56,9%); baixo reconhecimento social (52,3%); conflitos no exercício da
profissão decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de
enfermagem (44,6%); e condições de trabalho desfavoráveis ao exercício da profissão
(43,9%) (Tabela 50).
Tabela 50: Alunos de graduação em enfermagem segundo os problemas que afetam a enfermagem no Brasil. Brasil, 2007.
O que você considera como os problemas MAIS IMPORTANTES que afetam a enfermagem no Brasil?
n %
Conflitos no exercício da profissão decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de enfermagem 489 44,6
Conflitos no exercício da profissão decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de saúde 624 56,9
Pouca desenvolvimento tecnológico para facilitar o trabalho da enfermagem 97 8,8
Condições de trabalho desfavoráveis ao exercício da profissão 482 43,9
Baixo reconhecimento social 574 52,3
Baixos salários 420 38,3
Poucas oportunidades de crescimento profissional 98 8,9
Não considero que a enfermagem tenha problemas 7 0,6
Outro 22 2,0
Em relação ao reconhecimento social do enfermeiro na atualidade, os alunos disseram,
majoritariamente, que o enfermeiro não é reconhecido como profissional de nível
universitário, pois qualquer membro da equipe de enfermagem é denominado de
enfermeiro (48,9%) (Tabela 51).
62
Tabela 51: Alunos de graduação em enfermagem segundo o reconhecimento social do enfermeiro. Brasil, 2007.
Como você observa o reconhecimento social do enfermeiro na atualidade? n %
O enfermeiro não é reconhecido como profissional de nível universitário, pois qualquer membro da equipe de enfermagem é denominado de enfermeiro 536 48,9 Possui baixo reconhecimento em decorrência da lei do exercício profissional que impõe limitações de atos a serem praticados pelo enfermeiro na equipe de saúde 190 17,3
É reconhecido por ocupar posição de liderança na equipe de enfermagem 112 10,2
O enfermeiro hoje é reconhecido como profissional de nível superior 106 9,7
É reconhecido socialmente pelo seu desempenho na equipe de saúde 86 7,8
Não sei opinar 30 2,7
Não respondeu 18 1,6
Outro 19 1,7
Total 1097 100,0
Quando questionados sobre a autonomia profissional do enfermeiro, os alunos disseram
que o enfermeiro vem aumentando seu grau de autonomia tendo, na atualidade,
possibilidade de se estabelecer como profissão liberal (45,3%). Chama também a
atenção, com um percentual de 30%, o fato apontado pelos alunos de o enfermeiro ter
grande autonomia para a execução das atividades de enfermagem, mas baixo poder
decisório perante a equipe de saúde (Tabela 52).
Tabela 52: Alunos de graduação em enfermagem segundo a percepção da autonomia do enfermeiro. Brasil, 2007. N=1097
Como você percebe a profissão do enfermeiro em relação à autonomia profissional? n %
O enfermeiro vem aumentando seu grau de autonomia tendo na atualidade possibilidade de se estabelecer como profissão liberal 497 45,3 O enfermeiro tem grande autonomia para a execução das atividades de enfermagem, mas baixo poder decisório perante a equipe de saúde 329 30,0 O enfermeiro tem grande autonomia para a execução de todas as atividades de saúde 84 7,7 O enfermeiro tem baixa autonomia tanto para a execução das atividades de enfermagem quanto perante os demais profissionais da equipe de saúde 81 7,4
Não sei opinar 48 4,4 O enfermeiro na sua essência é uma profissão com baixa autonomia e elevada subordinação técnica 38 3,5
Não resposta 20 1,8
Total 1097 100,0
No que se refere ao conhecimento sobre a legislação do exercício profissional, 76% dos
alunos responderam afirmativamente (Tabela 53).
63
Tabela 53: Alunos de graduação em enfermagem segundo o conhecimento sobre a legislação do exercício profissional. Brasil, 2007. N=1097
Você conhece a legislação do exercício profissional? n %
Sim 834 76,0
Não Conheço 244 22,2
Não resposta 19 1,7
Total 1097 100,0
Questionou-se também se os alunos participavam de organizações estudantis e 90,5%
dos alunos não participam. Dentre aqueles que participam (7,8% apenas), estão
envolvidos principalmente com diretório acadêmico (33,7%) e centro acadêmico (27,9%)
(Tabelas 54 e 55).
Tabela 54: Alunos de graduação em enfermagem segundo a participação em organização estudantil. Brasil, 2007.
N=1097
Você participa de alguma organização estudantil? n %
Sim 86 7,8
Não Conheço 993 90,5
Não resposta 18 1,6
Total 1097 100,0
Tabela 55: Alunos de graduação em enfermagem segundo o tipo de organização estudantil que participam. Brasil, 2007. N=86
Qual n %
Diretório Acadêmico 29 33,7
Centro Acadêmico 24 27,9
DCE 2 2,3
UEE 1 1,2
Outros 10 11,6
Não resposta 20 23,3
Total 86 100,0
Indagou-se também sobre a participação em entidades de classe da enfermagem e
verificou-se que 69,2% dos alunos responderam negativamente. Apenas 28,9%
afirmaram participar de alguma entidade, dentre elas estavam a ABEn (70,3%) e o
COREn (12%) principalmente (Tabelas 56 e 57).
64
Tabela 56: Alunos de graduação em enfermagem segundo a participação em entidades de classe da enfermagem. Brasil, 2007. N=1097
Participa de alguma entidade de classe da enfermagem? n %
Sim 317 28,9
Não 759 69,2
Não resposta 21 1,9
Total 1097 100,0
Tabela 57: Alunos de graduação em enfermagem segundo o tipo de entidades de classe da enfermagem que participam. Brasil, 2007. N=317
Qual n %
ABEN 223 70,3
COREN 38 12,0
ABEN – COREN 9 2,8
ABEN - COREN e Outra 2 0,6
Sindicato 2 0,6
Outras 10 3,2
Não resposta 33 10,4
Total 317 100,0
E no tocante ao desejo de trabalhar fora do Brasil após se formarem, observou-se que
57,2% dos alunos gostariam de sair do país e trabalhar como enfermeiros no exterior
(Tabela 58).
Tabela 58: Alunos de graduação em enfermagem segundo o desejo de trabalhar fora do país como Enfermeiro. Brasil, 2007. N=1097
Você gostaria de trabalhar fora do Brasil depois de formada? n %
Sim 628 57,2
Não 450 41,0
Não resposta 19 1,7
Total 1097 100,0
65
88 -- CCOONNCCLLUUSSÃÃOO
66
8 –– CCOONNCCLLUUSSÃÃOO
A realização deste estudo teve como propósito ampliar a análise do mercado de trabalho do
enfermeiro, objeto de pesquisa realizada em 2005 sobre a empregabilidade desta categoria no
Brasil. O estudo anterior apresentou dados que configuravam boa empregabilidade, baixo
desemprego e com predomínio de emprego formal.
Com base nesses resultados, buscamos aprofundar, a motivação dos graduandos de
enfermagem na escolha da profissão. Pode-se perceber que o grupo estudado afirma
que trabalhar cuidando de pessoas e o mercado de trabalho favorável são as principais
motivações para a escolha da enfermagem. Em relação as suas expectativas, os
graduandos sentem-se seguros para a inserção no mercado de trabalho.
Uma das questões norteadoras foi a de que a graduação de enfermagem poderia ser
uma forma de ascensão profissional e social para egressos de cursos técnicos e de
auxiliares de enfermagem. Não foi possível observar este movimento uma vez que os
alunos egressos de cursos técnicos e auxiliares de enfermagem representam uma
pequena parcela dos graduandos respondentes (28,4%). A visualização desta graduação
como forma de ascensão social não é a principal motivação para a escolha da
graduação, tendo em vista que apenas 9% mencionam esta opção.
Cabe ressaltar que este pode ser um viés da pesquisa que teve como cenário os
congressos da categoria. Vale a reflexão que alunos de graduação de enfermagem que
exerçam a profissão de técnico ou auxiliar devem ter mais dificuldade de participar de
eventos pela sua condição de trabalhador da saúde, o que dificulta sua liberação do
trabalho, bem como a situação socioeconômica supostamente como elemento limitador
para a inserção nessas reuniões.
Entretanto, o estudo demonstrou que, neste pequeno segmento do universo estudado, os
auxiliares/técnicos de enfermagem estão cursando a graduação em enfermagem como
forma de progressão social e de alcançar melhores condições de trabalho.
Mesmos conscientes da limitação da pesquisa em oferecer extensas generalizações, os
resultados, quando articulados, podem oferecer subsídios para opiniões mais conclusivas
sobre o propósito a que se dedica.
O SUS e as políticas de expansão da rede básica via estratégia de Saúde da Família
foram indutores da procura pela graduação em enfermagem e consequentemente pela
expansão deste curso. Tal afirmação pode ser confirmada pelo fato de 47,5% dos
67
graduandos pretenderem trabalhar no setor público e 29,2% no PSF. O trabalho em
Saúde da família parece ser uma boa expectativa profissional para a enfermagem.
Apesar do mercado de trabalho favorável ser a segunda opção que motiva a escolha pela
profissão, este parece ser um fator relevante para a procura por esta graduação. Isto
pode ser corroborado pelo fato de 42,9% dos graduandos sentirem-se seguros quanto à
inserção no mercado de trabalho.
Os achados mostram que a maioria dos graduandos (69,3%) de instituições públicas
cursou o ensino médio em escolas privadas. Políticas de ações afirmativas, que já vem
sendo implementadas para egressos de escolas públicas, poderão no futuro modificar
este quadro. Estas políticas, de acordo com o Observatório Latino-Americano de Políticas
Educacionais (OLPEd, 2007, online), consistem em: políticas de promoção social,
econômica, cultural e política de segmentos ou grupos que historicamente foram
discriminados, ou ainda tiveram o seu acesso negado aos bens materiais e imateriais da
sociedade. Significam a implementação ou incremento de políticas de discriminação
positiva, tendo por objetivo central revisitar o conteúdo sociológico e jurídico,
vislumbrando colocá-lo num patamar de aplicabilidade real. Ação afirmativa é um gênero
da qual a política de cotas faz parte.
Observou-se ainda que os graduandos de instituições públicas parecem apresentar
condições mais favoráveis para a formação. Os achados demonstram que tais alunos
realizam mais estágios extracurriculares, submetem trabalhos científicos em congressos,
estudam outro idioma, de forma diferenciada dos que cursam a graduação em
instituições privadas. Tal fato pode ser ainda reforçado pelo desenvolvimento dos
currículos em tempo integral em instituições públicas e, em tempo parcial em instituições
privadas.
Ao lado desta discussão suscitada pelo estudo está uma nova proposta para a Enfermagem
posta atualmente na arena de discussão: a de carreira única na Enfermagem. O Projeto
de Lei prevê a extinção das profissões de auxiliar e técnico de enfermagem, passando a
existir apenas enfermeiros para prestarem os cuidados necessários aos pacientes. Um
movimento semelhante já foi feito anteriormente, quando se aboliu o atendente de
enfermagem e aqueles que desejavam continuar nesta área foram capacitados e
passaram a exercer a ocupação de auxiliares de enfermagem.
Neste contexto se insere a questão da formação profissional e do mercado de trabalho do
enfermeiro. Assim, é preciso que se façam alguns questionamentos: o sistema
educacional superior está preparado para receber um contingente tão grande de
profissionais? E se recebê-los, estaria apto a capacitá-los de maneira adequada? E
68
aqueles que escolhem a graduação em enfermagem como primeira opção, estariam
sendo formados com qualidade? O mercado de trabalho para o enfermeiro suportaria um
número tão grande de profissionais?
Vale refletir também que a expansão desordenada de cursos de graduação,
expressivamente verificada no setor privado, impõe medidas regulatórias, tanto por parte
das autoridades educacionais quanto por representações da comunidade profissional,
para que sejam detectados abusos e desmandos com potencialidade indutiva de
comprometer a qualidade da formação e, por conseqüência, colocar em risco a
assistência prestada a população.
Apesar de não ser possível fazer grandes afirmações, o estudo oferece subsídios para o
desenvolvimento de políticas na área da educação que fortaleçam a formação de
recursos humanos para atuar no SUS, importante cenário tanto para a atuação
profissional quanto para as atividades formativas. Por ser um tema extenso e complexo,
tal pesquisa não tem a intenção de esgotar o assunto e sim possibilitar novas discussões
e incentivar a realização de novos estudos.
Embora a pesquisa aponte uma sensibilização vocacional para a profissão de
enfermagem e a perspectiva de inserção no mercado de trabalho, diversas questões
permanecem não respondidas. Discute-se por um lado, o redirecionamento de atividades
para o trabalho em equipe, a incorporação tecnológica e a evolução da sociedade –
envelhecimento- que demandam novas habilidades, por outro como garantir acesso,
formação e trabalho em um país desigual e de dimensões continentais, por exemplo. O
debate ainda é um processo em curso e está aberto para novas análises e considerações
69
RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS
70
RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS
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região sudeste-Brasil: a inserção da equipe de enfermagem. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692004000100019.
Acesso em: 21/04/2006 às 12:31h.
73
AAPPÊÊNNDDIICCEESS
74
AAPPÊÊNNDDIICCEE AA:: TTaabbeellaass
75
APÊNDICE A: Tabelas
Tabela 1: Alunos de graduação em enfermagem segundo naturalidade. Brasil, 2007.
N=1090
Naturalidade n %
AC 4 0,4
AL 10 0,9
AM 3 0,3
BA 449 41,2
CE 32 2,9
DF 10 0,9
ES 38 3,5
GO 25 2,3
MA 30 2,8
MG 65 6,0
MS 8 0,7
MT 8 0,7
PA 22 2,0
PB 28 2,6
PE 29 2,7
PI 15 1,4
PR 12 1,1
RJ 118 10,8
RN 33 3,0
RO 1 0,1
RR 1 0,1
RS 24 2,2
SC 6 0,6
SE 30 2,8
SP 66 6,1
TO 12 1,1
Não sabe/Não respondeu 11 1,0
Total 1090 100,0
76
Tabela 2: Alunos de graduação em enfermagem segundo Município em que estuda. Brasil, 2007.
N= 1097
Município em que estuda n %
Salvador 266 24,2
Feira de Santana 96 8,8
Rio de Janeiro 66 6,0
Natal 37 3,4
Aracajú 31 2,8
Vila Velha 21 1,9
Vitória da Conquista 20 1,8
Recife 19 1,7
Sâo Luís 19 1,7
Niterói 18 1,6
Duque de Caxias 17 1,5
Goiânia 17 1,5
Fortaleza 16 1,5
Santa Maria 16 1,5
Campina Grande 15 1,4
Barreiras 13 1,2
Belo Horizonte 13 1,2
Belém 12 1,1
Maceió 12 1,1
Vitória 12 1,1
Alagoinhas 11 1,0
João Pessoa 11 1,0
Crato 10 0,9
Dourados 10 0,9
Jequié 10 0,9
Teresina 10 0,9
Colatina 9 0,8
Ipatinga 9 0,8
São Carlos 9 0,8
Uberlândia 9 0,8
Campinas 8 0,7
Cruz das Almas 8 0,7
Gurupi 8 0,7
Itabuna 8 0,7
Juiz de Fora 8 0,7
Araguaína 7 0,6
Marília 7 0,6
Curitiba 6 0,5
Fernandópolis 6 0,5
Guanambi 6 0,5
Imperatriz 6 0,5
São Paulo 6 0,5
Várzea Grande 6 0,5
São Cristovão 5 0,5
Taguatinga 5 0,5
Outros 152 13,9
Não sabe/Não respondeu 11 1,0
Total 1097 100,0
77
AAPPÊÊNNDDIICCEE BB --
IInnssttrruummeennttoo ddee ccoolleettaa ddee
ddaaddooss
78
APÊNDICE B: Instrumento de Coleta de Dados – ICD
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Instituto de Medicina Social
Rua São Francisco Xavier, 524 / 7º andar / Bloco D - Maracanã CEP: 20559-900 - Rio de Janeiro - BRASIL
TEL: 55-021-2587-7303 / 2587-7572 / 2284-8249 FAX: 55-021-2264-1142
Estação de Trabalho IMS/UERJ
Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde
QUESTIONÁRIO PARA ALUNOS DE GRADUAÇÃO DE ENFERMAGEM
Setembro
2006
AALLUUNNOOSS DDEE GGRRAADDUUAAÇÇÃÃOO DDEE
EENNFFEERRMMAAGGEEMM PERFIL, EXPECTATIVAS E PERSPECTIVAS PROFISSIONAIS
79
Carta aos Estudantes de Graduação de Enfermagem Prezados Alunos,
A Estação de Trabalho do Instituto de Medicina Social da Rede
Observatório de Recursos Humanos em Saúde, coordenada pelo Ministério da
Saúde em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde, está realizando
uma pesquisa sobre Alunos de Graduação de Enfermagem - perfil, expectativas e
perspectiva profissional.
Lembramos que o estudo sobre a graduação de enfermagem será
fundamental como subsídio para o desenvolvimento de políticas tanto no campo
da saúde como também no do trabalho e da educação, em um momento em que
se verifica expansão de postos de trabalho e de oferta de cursos de graduação.
Assim, pedimos a colaboração de todos no preenchimento do questionário
ora distribuído, sem o qual não será possível a conclusão do trabalho. Cabe
esclarecer que o questionário não é identificado, ficando, deste modo,
resguardada a privacidade dos dados pessoais coletados.
Estaremos com stand no evento, devidamente sinalizado, para receber os
questionários preenchidos, bem como esclarecer qualquer dúvida que possa ser
suscitada.
Certos de contar com o apoio de todos
Atenciosamente
Estação de Trabalho IMS/UERJ Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde
80
Instruções de Preenchimento
Observe as instruções apresentadas a seguir antes de aplicar o questionário.
1. As informações deverão ser registradas a tinta.
2. Observe o fluxo das questões.
3. Observe que há questões em que existe a possibilidade de marcar mais de uma
alternativa, nesse caso assinale com “X” até quantas forem indicadas.
4. Não deixe nenhuma questão em branco, exceto quando o fluxo indicar salto de
questões.
5. Obrigado por sua colaboração.
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BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO
1.1- Sexo: 1 M 2 F
1.2- Ano de nascimento: (______) 1.3- Nacionalidade: 1 Brasileira 2 Estrangeira - País?________________________
1.4- Naturalidade: (Sigla do estado)
1.5- Estado civil: 1 Solteiro 2 Casado* 3 Separado** 4 Viúvo
*casado ou outras formas de união ** desquitado ou divorciado
1.6- Têm filhos?
1 Sim. Nº. de filhos____________ 2 Não
1.7- Município em que reside __________________________________ 1.8- Município em que estuda _________________________________
BLOCO 2 – PERFIL SÓCIO- ECONÔMICO
2.1- Reside com os pais?
1 Sim 2 Sim, mas está fora para estudar 3 Não
2.2- Moradia dos Pais/ou sua própria moradia:
1 Própria 2 Alugada 3 Cedida
2.3- Caso esteja estudando fora da cidade de origem, reside temporariamente em moradia:
1 Própria 2 Alugada 3 Cedida 4 Vaga/república
5 Parentes/amigos
2.4- Total dos residentes na casa em que mora (moradia oficial): __________
2.5- Você contribui com a manutenção da casa? (Em caso negativo, passe para a questão 2.6). 1 Sim 2 Não
82
2.5 a-Se respondeu afirmativamente, de que forma? 1 Trabalha
2 Bolsa de estudos 3 Pensão ou renda
2.5 b- Se na questão anterior respondeu o item TRABALHA e se trabalhar na saúde, assinale em que atividade: 1 Técnico de enfermagem 2 Auxiliar de enfermagem 3 Laboratório 4 Imagens (RX e outros) 5 Administrativa 6 Outra 2.5 c- Qual a sua renda com o trabalho?
1 Menos de R$500 2 de R$500,00 a R$999,00 3 de R$1000,00 a R$1999,00 4 de R$2000,00 a R$3999,00 5 de R$4000,00 a R$5999,00 6 Acima de R$6000,00
2.6- Qual é a renda total da sua família?
1 Menos de R$500 2 de R$500,00 a R$999,00 3 de R$1000,00 a R$1999,00 4 de R$2000,00 a R$3999,00 5 de R$4000,00 a R$5999,00 6 Acima de R$6000,00
2.7- Profissão ou ocupação dos pais: (Ver código na tabela pág. 13)
1 Pai: 2 Mãe:
2.8- Situação de trabalho dos pais: (Se falecido, indicar a situação anterior) Pai Mãe 1 Ativo 1 Ativa 2 Aposentado 2 Aposentada 3 Afastado 3 Afastada 4 Desempregado 4 Desempregada
2.9- Grau de escolaridade dos pais:
Pai Mãe
1 Sem escolaridade 1 Sem escolaridade
2 Fundamental incompleto 2 Fundamental incompleto
3 Fundamental completo 3 Fundamental completo
4 Médio incompleto 4 Médio incompleto
5 Médio completo 5 Médio completo
6 Superior incompleto 6 Superior incompleto
7 Superior completo 7 Superior completo
8 Mestrado concluído 8 Mestrado concluído
9 Doutorado concluído 9 Doutorado concluído
2.10- Fez outra graduação antes da enfermagem? (Em caso positivo, responda às questões A e B)
1 Sim 2 Não
2.10 a-Qual a graduação?___________________ 2.10 b-Ano de conclusão: ________
83
2.11- Possui computador em casa? 1 Sim 2 Não
2.12- Tem acesso a internet?
1 Sim 2 Não
BLOCO 3 – SITUAÇÃO E ATIVIDADE ACADÊMICA
ENSINO MÉDIO
3.1- Escola em que cursou o ensino médio:
1 Pública 2 Privada
3.2- Fez curso profissionalizante (Educação profissional):
1 Sim 2 Não
3.2a- Se respondeu afirmativamente, que curso concluiu?
1 Auxiliar de enfermagem 2 Técnico de enfermagem 3 Outro da área da saúde 4 Outro de outra área 3.3- Se fez curso auxiliar ou técnico de enfermagem, este curso foi promovido pelo PROFAE –Ministério da Saúde?
1 Sim 2 Não 3 Não sabe
3.4- Exerceu a ocupação de técnico ou auxiliar? 1 Sim 2 Não
3.5- Fez curso de língua estrangeira? 1 Sim 2 Não 3.6 a-Qual o idioma?
1 Inglês 2 Francês 3 Espanhol 4 Outro
GRADUAÇÃO:
3.6- Faculdade ou Escola de enfermagem em que está cursando a graduação: 1 Pública 2 Privada 3.7- Ano de ingresso: __________ 3.8- Período que está cursando: _______________ 3.9-Qual o turno que cursa na faculdade:
1 Manhã 2 Tarde
84
3 Noite 4 Integral (manhã e tarde)
3.10- Realiza estágio extracurricular? 1 Sim 2 Não
3.10 a-Que tipo? Pode ser assinalada mais de uma opção 1 Acadêmico bolsista 2 Iniciação científica 3 Extensão 4 Outro: ___________________
3.11- Possui algum tipo de bolsa? 1 Sim 2 Não
ATIVIDADES EXTRA CURRICULARES: 3.12- Tem acesso a Computador/Internet?
1 Sim 2 Não
3.12 a-Tema de Interesse: Assinale com um X até 3 opções 1 Saúde Pública 2 Saúde Coletiva 3 Clínica 4 Cirurgia 5 Obstetrícia 6 Educação 7 Saúde da Família 8 Saúde da Criança 9 Saúde do Adolescente 10 Saúde da Mulher 11 Saúde do Adulto 12 Saúde do Idoso 13 Saúde do Trabalhador 14 Outro____________________
3.13- Freqüenta a Biblioteca:
1 Sim 2 Não
3.14- Cursa disciplinas fora de sua grade curricular/de outras áreas?
1 Sim 2 Não
3.15- Quantas horas por semana se dedica ao estudo das disciplinas da graduação: 1 nenhuma 2 1 a 2 3 3 a 5 4 6 a 10 5 mais de 10
3.16-Quais os recursos que utiliza para se atualizar? (Assinale com um X até 3 opções das mais freqüentes).
1 Jornal 2 Televisão 3 Internet 4 Revistas 5 Livros 6 Nenhuma
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3.17- Participa de Congressos de enfermagem? 1 Sim Qual?__________________ 2 Não
3.18- Já apresentou algum trabalho em congresso?
1 Sim 2 Não
3.19- Que modalidade de lazer realiza com freqüência? Assinale com um X até 2 opções 1 Nenhuma 2 Cinema 3 Teatro 4 Leitura 5 Boites e Bares 6 Shows musicais 7 outros________
3.20- Faz atualmente curso de idiomas? 1 Sim Qual?__________________ 2 Não
BLOCO 4 – MOTIVAÇÃO E EXPECTATIVA PROFISSIONAL
4.1- A enfermagem foi sua primeira opção no vestibular?
1 Sim 2 Não
4.1 a-Em caso positivo, o que o fez escolher a profissão?
1 A perspectiva de conseguir emprego 2 Poder ascender profissionalmente, pois já trabalhava na enfermagem 3 Possibilidade de conseguir um bom salário 4 Vocação pela profissão 5 Melhor relação candidato/vaga 6 Poder trabalhar no Programa Saúde da Família 7 Outra______________________
4.1 b-Em caso negativo, o que o fez continuar a cursar a enfermagem?
1 A perspectiva de conseguir emprego 2 Poder ascender profissionalmente, pois já trabalhava na enfermagem 3 Possibilidade de conseguir um bom salário 4 Seguir uma profissão da saúde 5 Não ter outra opção 6 Outra______________________
4.2- O que o motiva na enfermagem?
1 Mercado de trabalho favorável 2 Ser um profissional liberal 3 Ser bem remunerado 4 Ter mais de um emprego 5 Trabalhar cuidando de pessoas 6 Não tenho motivação 7 Outra__________________
4.3- Em que área pretende atuar:
1 Área hospitalar 2 Saúde pública 3 Ensino 4 Autônomo 5 Outra______
86
4.4- Quais as expectativas em relação ao mercado de trabalho: 1 Conseguir um emprego público/ vínculo estável 2 Trabalhar como autônomo (a) 3 Trabalhar em PSF 4 Ter mais de 1 emprego 5 Ser bem remunerado não importando o tipo de vínculo 6 Não sei opinar 7 Outro: _____________________________________
4.5- O que você sente quando pensa em mercado de trabalho:
1 Seguro para conseguir emprego 2 Inseguro para conseguir emprego 3 Medo de se inserir no mercado de trabalho 4 Insegurança para atuação profissional 5 Outro: _____________________________
BLOCO 5 – A Enfermagem e sua participação Sócio-Política – Opinativas
5.1- Está satisfeito com as condições oferecidas pela faculdade em que cursa a graduação?
1 Sim
. Por quê? (Assinale com um X até 2 opções)
Porque oferece o curso em horário que me permite trabalhar Porque tem uma infra-estrutura adequada para o ensino. Porque conta com uma equipe de professores qualificada. Outro: ________________________
2 Não
. Por quê? (Assinale com um X até 2 opções)
Porque oferece o curso em horário integral. Porque apresenta falta de recursos materiais e infra-estrutura. Porque não conta com bons professores Porque não oferece bons campos de prática Outro: ________________________
5.2- O que você considera como os problemas MAIS IMPORTANTES que afetam a enfermagem no Brasil? (Assinale com um X até 3 opções).
1 Conflitos no exercício da profissão decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de enfermagem 2 Conflitos no exercício da profissão decorrentes do relacionamento com outros profissionais da equipe de saúde
3 Pouca desenvolvimento tecnológico para facilitar o trabalho da enfermagem 4 Condições de trabalho desfavoráveis ao exercício da profissão 5 Baixo reconhecimento social 6 Baixos salários 7 Poucas oportunidades de crescimento profissional 8 Não considero que a enfermagem tenha problemas 9 Outro__________________________
87
5.3- Como você observa o reconhecimento social do enfermeiro na atualidade? (Assinale com um X em apenas 1 opção).
1 O enfermeiro não é reconhecido como profissional de nível universitário, pois qualquer membro da equipe de enfermagem é denominado de enfermeiro 2 Possui baixo reconhecimento em decorrência da lei do exercício profissional que impõe limitações de atos a serem praticados pelo enfermeiro na equipe de saúde 3 É reconhecido socialmente pelo seu desempenho na equipe de saúde 4 É reconhecido por ocupar posição de liderança na equipe de enfermagem 5 O enfermeiro hoje é reconhecido como profissional de nível superior 6 Não sei opinar 7 Outro __________________________
5.4- Como você percebe a profissão do enfermeiro em relação à autonomia profissional? (Assinale com um X apenas 1 opção).
1 O enfermeiro tem grande autonomia para a execução de todas as atividades de saúde. 2 O enfermeiro tem grande autonomia para a execução das atividades de enfermagem, mas baixo poder decisório perante a equipe de saúde. 3 O enfermeiro tem baixa autonomia tanto para a execução das atividades de enfermagem quanto perante os demais profissionais da equipe de saúde 4 O enfermeiro vem aumentando seu grau de autonomia tendo na atualidade possibilidade de se estabelecer como profissão liberal 5 O enfermeiro na sua essência é uma profissão com baixa autonomia e elevada subordinação técnica 6 Não sei opinar
5.5- Você conhece a legislação do exercício profissional?
1 Sim 2 Não conheço
5.6- Você participa de alguma organização estudantil? 1 Sim. Qual? ____________________________ 2 Não 5.7- Participa de alguma entidade de classe da enfermagem?
1 Sim. Qual? ____________________________ 2 Não
5.8- Você gostaria de trabalhar fora do Brasil depois de formada? 1 Sim 2 Não
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PESQUISA CÓDIGOS DE OCUPAÇÃO DOS PAIS
Códigos
Forças Armadas, Policiais e Bombeiros Militares
1.1 Membros das Forças Armadas
1.2 Policiais militares
1.3 Bombeiros militares
Membros superiores do poder público, dirigentes de organizações de interesse público e de empresas e gerentes
2.1 Membros superiores e dirigentes do poder público
2.2 Dirigentes de empresas e organizações (exceto de interesse público);
2.3 Dirigentes e Gerentes em empresas de serviços de saúde, de educação, ou de serviços culturais, sociais e pessoais;
2.4 Gerentes
Profissionais das ciências e das artes
3.1 Pesquisadores e profissionais policientíficos;
3.2 Profissionais das ciências exatas, físicas e da engenharia;
3.3 Profissionais das ciências biológicas, da saúde e afins;
3.4 Profissionais do ensino;
3.5 Profissionais das ciências jurídicas;
3.6 Profissionais das ciências sociais e humanas;
Técnicos de nível médio
4.1 Técnicos polivalentes;
4.2 Técnicos de nível médio das ciências físicas, químicas, engenharia e afins;
4.3 Técnicos de nível médio das ciências biológicas, bioquímicas, da saúde e afins;
4.4 Professores leigos e de nível médio;
4.5 Técnicos de nível médio em serviços de transportes;
4.6 Técnicos de nível médio nas ciências administrativas;
4.7 Técnicos de nível médio dos serviços culturais, das comunicações e dos desportos;
4.8 Outros técnicos de nível médio.
Trabalhadores de serviços administrativos
5.1 Escriturários;
5.2 Trabalhadores de atendimento ao público.
Trabalhadores dos serviços, vendedores do comércio em lojas e mercados
6.1 Trabalhadores dos serviços;
6.2 Vendedores e prestadores de serviços do comércio.
Trabalhadores agropecuários, florestais, da caça e pesca
7.1 Produtores na exploração agropecuária;
7.2 Trabalhadores na exploração agropecuária;
7.3 Pescadores e extrativistas florestais;
7.4 Trabalhadores da mecanização agropecuária e florestal.
Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais
8.1 Trabalhadores da indústria extrativa e da construção civil;
8.2 Trabalhadores da transformação de metais e compósitos;
8.3 Trabalhadores da fabricação e instalação eletroeletrônica;
8.4 Montadores de aparelhos e instrumentos de precisão e musicais;
8.5 Joalheiros, vidreiros, ceramistas e afins;
8.6 Trabalhadores das indústrias têxtel, do curtimento, do vestuário e das artes gráficas;
8.7 Trabalhadores das indústrias de madeira e do mobiliário;
8.8 Trabalhadores de funções transversais.
Trabalhadores da produção de bens e serviços industriais
9.1 Trabalhadores em indústrias de processos contínuos e outras indústrias;
9.2 Trabalhadores de instalações siderúrgicas e de materiais de construção;
9.3 Trabalhadores de instalações e máquinas de fabricação de celulose e papel;
9.4 Trabalhadores da fabricação de alimentos, bebidas e fumo;
9.5 Operadores de produção, captação, tratamento e distribuição (energia, água e utilidades).
Trabalhadores de manutenção e reparação
10.1 Operadores de outras instalações industriais;
10.2 Trabalhadores em serviços de reparação e manutenção mecânica;
10.3 Polimantenedores;
10.4 Outros trabalhadores da conservação, manutenção e reparação.
89
AAPPÊÊNNDDIICCEE CC –– TTeerrmmoo ddee
CCoonnsseennttiimmeennttoo LLiivvrree ee
EEssccllaarreecciiddoo
90
APÊNDICE C: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Instituto de Medicina Social
Estação de trabalho IMS/UERJ da Rede Observatório de Recursos Humanos em Saúde
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Você está sendo convidado para participar da pesquisa: Alunos de Graduação de
Enfermagem- Perfil, Expectativa e Perspectiva Profissional. Você foi selecionado por ser
Aluno de graduação e estar no Congresso, e sua participação não é obrigatória. A qualquer
momento você pode desistir e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo a
sua relação com o pesquisador ou com a instituição
Os objetivos deste estudo são delinear o perfil dos alunos de graduação de
enfermagem e analisar a motivação dos mesmos para a procura desta graduação, bem como
suas perspectivas presumidas para a inserção no mundo do trabalho.
Sua participação nesta pesquisa consistirá em preencher o questionário e devolvê-
lo no local indicado. Não identificamos riscos relacionados a sua participação e , os benefícios são
apoiar o estudo sobre as condições de graduação da enfermagem e oferecer subsídios à
formulação de políticas no campo da saúde, do emprego e da educação para a categoria.
As informações obtidas através dessa pesquisa serão confidenciais e asseguramos o
sigilo sobre sua participação. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua
identificação uma vez que os questionários não são identificados.
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço do
pesquisador principal, podendo esclarecer suas dúvidas sobre o projeto e sobre sua participação,
agora ou a qualquer momento.
Vale ressaltar que esta pesquisa tem o apoio da Rede Observatório de Recursos
Humanos em Saúde.
Nome do pesquisador: Thereza Christina Varella, [email protected]
Rua São Francisco Xavier 524, 7º andar, sala 7010, Bloco E – Maracanã – Rio de
Janeiro - RJ CEP 20559-400 – Tel.: (21)- 2234-7378
Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa
e concordo em participar.
Data: ___/___/___
_________________________________________
Participante da pesquisa
Thereza Christina Varella
91
AANNEEXXOO –– PPaarreecceerr ddoo
CCoommiittêê ddee ÉÉttiiccaa
92
Parecer do Comitê de Ética