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RELATÓRIO & CONTAS 2018 1 R ELATÓRIO & C ONTAS 2018

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Índice

MENSAGEM DO PRESIDENTE ....................................................................................................................................................... 7

A EMPRESA - DESTAQUES ............................................................................................................................................................ 9

PERFIL DA EMPRESA .............................................................................................................................................................. 11

ACIONISTAS ............................................................................................................................................................................ 12

INDICADORES ......................................................................................................................................................................... 13

SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................................................................................ 15

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ................................................................................................................................................. 17

ENVOLVENTE .............................................................................................................................................................................. 23

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO .............................................................................................................................. 24

ENQUADRAMENTO DO SETOR ............................................................................................................................................... 25

REGULAÇÃO ........................................................................................................................................................................... 30

GOVERNO SOCIETÁRIO .............................................................................................................................................................. 35

ATIVIDADE .................................................................................................................................................................................. 45

CADEIA DE VALOR .................................................................................................................................................................. 46

ATIVIDADE OPERACIONAL ..................................................................................................................................................... 47

RECURSOS HUMANOS ........................................................................................................................................................... 55

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................................... 58

DESEMPENHO FINANCEIRO ....................................................................................................................................................... 61

Análise económica ................................................................................................................................................................. 62

Dos Rendimentos ................................................................................................................................................................... 62

Dos Gastos ............................................................................................................................................................................. 63

Dos Resultados ....................................................................................................................................................................... 65

Análise Financeira e Patrimonial ........................................................................................................................................... 65

Passivos e Outras Responsabilidades..................................................................................................................................... 66

Clientes e Evolução do PMR ................................................................................................................................................... 66

Investimento .......................................................................................................................................................................... 67

PERSPETIVAS PARA 2019 ........................................................................................................................................................... 68

PERSPETIVAS PARA 2019 ....................................................................................................................................................... 69

FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO ............................................................................................................... 71

FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCICIO............................................................................................................ 72

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CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................................................................ 73

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................................ 74

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ............................................................................................................................. 75

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS.......................................................................................................................... 76

ANEXO AO RELATÓRIO .............................................................................................................................................................. 77

ANEXO AO RELATÓRIO .......................................................................................................................................................... 78

CONTAS INDIVIDUAIS ................................................................................................................................................................ 79

1. NOTA INTRODUTÓRIA ....................................................................................................................................................... 84

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................. 85

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS .......................................................................................................................... 85

4. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS ....................................................................................................................................... 96

5. POLÍTICAS CONTABÍLISTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS E ERROS .......................................................................... 96

6. ATIVOS INTANGÍVEIS ......................................................................................................................................................... 96

7. INVENTÁRIOS ..................................................................................................................................................................... 98

8. CLIENTES ............................................................................................................................................................................ 98

9. CRÉDITOS A RECEBER ...................................................................................................................................................... 100

10. DIFERIMENTOS ............................................................................................................................................................ 100

11. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO .............................................................................................................................. 101

12. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS .......................................................................................................................... 104

13. CAPITAL, RESERVAS E OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL ..................................................................................... 104

14. PROVISÕES .................................................................................................................................................................. 106

15. FINANCIAMENTOS OBTIDOS ....................................................................................................................................... 107

16. FORNECEDORES .......................................................................................................................................................... 108

17. OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR .......................................................................................................................................... 108

18. PARTES RELACIONADAS .............................................................................................................................................. 109

19. VENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS .......................................................................................................................... 112

20. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS ................................................................................................................... 113

21. GASTOS COM O PESSOAL ............................................................................................................................................ 114

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22. OUTROS RENDIMENTOS .............................................................................................................................................. 115

23. OUTROS GASTOS ......................................................................................................................................................... 115

24. GASTOS DE DEPRECIAÇÕES E DE AMORTIZAÇÕES ...................................................................................................... 115

25. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS SIMILARES ............................................................................................. 116

26. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES ........................................................................................................................... 116

27. RESULTADO POR AÇÃO ............................................................................................................................................... 116

28. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS ............................................................................................................................... 117

28.1. Risco de taxa de juro ................................................................................................................................................... 117

28.2. Risco de liquidez .......................................................................................................................................................... 117

28.3. Risco Regulatório ......................................................................................................................................................... 117

29. INFORMAÇÃO SOBRE OS CONTRATOS DE CONCESSÃO .............................................................................................. 118

30. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO ......................................................................................................... 121

PARECER DO CONSELHO FISCAL .............................................................................................................................................. 122

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS ........................................................................................................................................... 122

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

O ano de 2018, coincidindo com a conclusão do primeiro período regulatório, caracterizou-se pela continuação da implementação do ambicioso plano estratégico da RESINORTE, intimamente relacionado com as obrigações de serviço público, focado na concretização do plano de investimentos e forte aposta nos processos de recolha seletiva. A sua concretização tem tido o impacto negativo da incerteza regulatória e a instabilidade do sector dos resíduos. São exemplos a decisão, fortemente penalizadora, da ERSAR relativa aos proveitos permitidos para o período regulatório 2019/2021 e a indefinição das metas ambientais para a próxima década.

A equipa da RESINORTE, motivada pela realização dos seus objetivos, garantiu no ano em referência, o investimento relevante na aquisição de viaturas de recolha seletiva e contentores, garantindo deste modo o uma mais eficiente distribuição de ecopontos e um incremento da recolha porta-a-porta. Concluiu também a selagem definitiva do aterro sanitário de Gonça e implementou um conjunto significativo de melhorias nas instalações de Celorico, como seja, a nova portaria, remodelação das redes pluviais e incremento da capacidade das lagoas de lixiviados.

Em continuidade com os anos precedentes, os resíduos rececionados sofreram um incremento em relação a 2017 de 4,0% fixando-se nas 378.485 toneladas. A recolha seletiva trifluxo apresentou um crescimento significativo de 4,8% (34.608 toneladas). A exportação de energia, apresentou um valor de 23.214 MWh representando uma variação positiva de 5%.

O incremento da recolha seletiva e a expectativa do seu crescimento sustentado, são resultado de uma estratégia de comunicação e sensibilização, com forte envolvimento dos municípios e do cidadão, que integra diversos tipos de campanhas e eventos orientados para alvos específicos, são exemplo, o Eco-Valor (escolas, IPSS), Comércio a Reciclar (comércio e serviços), Ecoponto com desconto (cidadão) ou Eco-eventos (atividades lúdicas e desportivas).

Num ano de importantes investimentos e crescimento da atividade operacional, a RESINORTE apresentou um incremento de 8,6% no volume de negócios com um valor global de 18,75 Milhões de euros. O resultado liquido do exercício de 562 Mil euros, inferior ao do ano transato, é consequência do incremento do transporte de refugos e de lixiviados, de alguma forma compensado pelo incremento da exportação de energia.

Os próximos anos contemplarão exigentes desafios para a RESINORTE, que terá que conviver com uma decisão condicionante por parte do regulador e garantir em simultâneo o cumprimento das cada vez mais exigentes metas ambientais e obrigações de serviço público. Tenho a profunda convicção que a RESINORTE, com a sua equipa coesa e orientada para os resultados, garantirá a concretização dos seus objetivos.

Um agradecimento à equipa da RESINORTE, parceiros municipais e restantes stakeholders pelo profissionalismo, dedicação e persistência na persecução do cumprimento dos desafios e objetivos da empresa.

Miguel Lisboa

Presidente do Conselho de Administração

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A EMPRESA - DESTAQUES

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PERFIL DA EMPRESA

A RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., adiante designada abreviadamente RESINORTE, é uma sociedade anónima, constituída em 20 de outubro de 2009 através do Decreto-Lei n.º 235/2009 de 15 de setembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 106/2014 de 2 de julho.

Com sede em Codessoso, Celorico de Basto, é a sociedade concessionária do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, que tem como utilizadores 35 municípios: Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guimarães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Vizela.

Missão

A RESINORTE tem como Missão a Exploração e Gestão do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região e do país e para a maximização do bem-estar humano, através da criação de valor e respeitando as exigências legais instituídas para a sua área de atividade.

Política de Responsabilidade Empresarial

Para atingir os objetivos expressos na sua missão, a RESINORTE definiu a sua política de responsabilidade empresarial, que contempla os seguintes compromissos:

Estabelecer, de acordo com o princípio da melhoria contínua, objetivos e metas, avaliando de forma sistemática os resultados obtidos para um aumento da eficácia do sistema, com a preocupação constante na otimização dos custos;

Implementar de forma objetiva e continuada, processos, procedimentos e práticas de trabalho orientados para a satisfação das expectativas das partes interessadas e para a minimização e controlo dos riscos laborais e dos aspetos ambientais significativos;

Zelar pelo cumprimento da legislação, dos compromissos contratualmente assumidos e dos regulamentos aplicáveis;

Prevenir a poluição, as doenças profissionais, os incidentes e os danos para a saúde dos trabalhadores através da utilização das melhores técnicas disponíveis e das melhores práticas utilizadas no setor da gestão de resíduos sólidos;

Providenciar formação e sensibilização regular e adequada aos colaboradores, visando a melhoria contínua das suas competências e do desempenho das funções que lhes são atribuídas;

Estabelecer mecanismos de comunicação com as partes Interessadas, de forma a promover o envolvimento de todos os agentes na estratégia de desenvolvimento da RESINORTE.

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ACIONISTAS

A RESINORTE é, desde 28 de julho de 2015, uma empresa de capitais maioritariamente privados, com capital social de 8.000.000 de euros, integralmente realizado, distribuído pela EGF - Empresa Geral de Fomento, S.A., na percentagem de 75,11% e, na parte restante, pela AMVDN – Associação dos Municípios do Vale do Douro Norte e por 22 dos 35 municípios utilizadores do Sistema. A atual estrutura acionista resultou do processo de reprivatização da EGF, enquadrado pelo Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março.

Acionistas Número de

ações Montante

Percentagem de

participação

AMVDN 423 683 423 683 5,30% EGF SA 6 008 940 6 008 940 75,11% Município de Amarante 244 470 244 470 3,06% Município de Armamar 28 428 28 428 0,36% Município de Baião 83 105 83 105 1,04% Município de Boticas 67 832 67 832 0,85% Município de Cabeceiras de Basto 70 348 70 348 0,88% Município de Celorico de Basto 78 972 78 972 0,99% Município de Chaves 67 832 67 832 0,85% Município de Cinfães 81 448 81 448 1,02% Município de Lamego 104 033 104 033 1,30% Município de Marco de Canaveses 218 745 218 745 2,73% Município de Moimenta da Beira 43 657 43 657 0,55% Município de Mondim de Basto 33 073 33 073 0,41% Município de Montalegre 67 832 67 832 0,85% Município de Penedono 13 202 13 202 0,17% Município de Resende 46 423 46 423 0,58% Município de Ribeira de Pena 67 832 67 832 0,85% Município de São João da Pesqueira 32 251 32 251 0,40% Município de Sernancelhe 24 084 24 084 0,30% Município de Tabuaço 24 922 24 922 0,31% Município de Tarouca 33 224 33 224 0,42% Município de Valpaços 67 832 67 832 0,85% Município de Vila Pouca de Aguiar 67 832 67 832 0,85%

8 000 000 8 000 000 100% QUADRO 1 - ESTRUTURA ACIONISTA EM 31.12.2018

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INDICADORES

Em seguida são apresentados os principais indicadores económicos financeiros da empresa.

INDICADORES 2018 2017

Investimento DUI 5 241 690 815 310

BAR 31 163 216 32 498 784

Ativo Liquido 93 421 825 96 935 512

Volume de negócios 18 748 332 17 261 882

EBITDA 4 324 010 6 222 824

EBIT 1 305 170 1 485 777

Resultados Financeiros -540 162 -735 106

Resultado Liquido 562 416 1 049 217

Endividamento liquido 14 209 850 13 282 708

Endividamento liquido/EBITDA 3,29 2,13

Endividamento liquido/BAR 0,46 0,41

QUADRO 2 – INDICADORES ECONÓMICOS E FINANCEIROS

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No quadro abaixo estão refletidos os indicadores de atividade da empresa.

INDICADORES DE ACTIVIDADE 2017 2018

N.º de Concelhos 1 35 35

População Residente(1) 2 918 137 911 882

N.º Trabalhadores 3 241 257

RU Indiferenciados Municipais recebidos (ton) 4 325 809 337 239

RU Indiferenciados de Outras entidades (ton) 5 1 298 958

RU Recolhidos seletivamente - multimaterial (ton) 6 34 912 36 927

RU Totais recolhidos e recebidos(2) (ton) 7 362 018 375 124

RNU recebidos(3) (ton) 8 2 655 3 361

Retomas de Recicláveis RS - Embalagem (ton) 8 28 777 30 017

Retomas de Recicláveis RS - Não embalagem (ton) 10 4 137 4 906

Retomas Totais de produtos valorizáveis(4) (ton) 11 35 120 37 106

Retomas 3F (ton) 12 31 102 32 666

Capitação RU (Kg/hab.ano) 13=7/2 394 411

Capitação Retomas Totais (Kg/hab.ano) 14=11/2 38 41

Capitação Retomas 3F (Kg/hab.ano) 15=12/2 34 36

Composto vendido (ton) 16 3 932 2 407

Energia injetada na rede (Gwh) 17 22,14 23,21

(1) Fonte: 2017: INE - População média anual residente (N.º) por Local de residência (NUTS - 2013), Sexo e Grupo etário (Por ciclos de vida); publicação em Jun do ano seguinte; 2018 - Estimativa da RESINORTE admitindo a tendência do último ano

(2) Recolha Seletiva mais Recolha Indiferenciada

(3) RCD, Pneus, RIB, VFV

(4) retomas RS 3F, RS outra, RI e RNU

QUADRO 3 – INDICADORES DE ATIVIDADE

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SUMÁRIO EXECUTIVO

O ano de 2018 ficou marcado pelo forte investimento realizado no montante aproximado de 5,3 Milhões Euros, o valor mais alto dos últimos 7 anos e que corresponde na sua essência ao seguinte:

Investimento em viaturas de recolha seletiva

Ecopontos

Contentores

Empilhadores

Selagem definitiva do aterro de Gonça

No plano operacional, foram destaques do ano:

Ajustamento da tarifa implícita aos proveitos permitidos de 30,56€/to . pa a 27,17€/to . refletindo o desvio tarifário de 2016;

Incremento no transporte de refugos do Centro de Tratamento de Riba de Ave para os aterros de Boticas, Bigorne e Vila Real em virtude do encerramento de aterros próximos;

Forte aumento do transporte de lixiviados para ETAR externas por força de incapacidade operacional para tratar a quantidade de lixiviado produzida nos aterros de Celorico, Boticas, Vila Real e Bigorne;

Incêndio na Triagem de Celorico de Basto, o qual destruiu completamente a instalação, provocando necessidades de transporte de recicláveis para outras instalações da empresa;

Alteração do organigrama da empresa, com o objetivo de testar a obtenção de sinergias transversais e uma maior eficiência de processos.

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A Empresa em julho de 2018 sofreu uma alteração significativa na sua organização, sendo que em traços gerais, o organigrama atual diferencia-se do modelo anterior por:

Implementação de uma área Técnica com especiais competências nas áreas do licenciamento, estudos e projetos, reporting e gestão de investimentos

Criação de duas áreas transversais, especializadas nas atividades de Recolha Seletiva e Transportes e na gestão de aterros sanitários, neste caso incluindo a valorização energética do biogás e as estações de tratamento de lixiviados;

Autonomização da área de gestão de Equipamentos e Manutenção.

O organigrama em vigor na RESINORTE a 31.12.2018 era o seguinte:

Figura 1 – Organigrama

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

SIG QAS Secretariado

Produção Administrativa,

Financeira

e Regulação

Contabilidade e

Controlo de Gestão

Tesouraria

Faturação e

Seguros

Comunicação e

Sensibilização

Sistemas de

Informação

Aprovisionamentos Recursos Humanos

Equipamentos e

Manutenção

UP—Unidade de Produção

Técnica

UP 1 (Celorico)

UP 2 (Boticas)

UP 3 (Lamego)

UP 4 (Riba de Ave)

Recolha Seletiva

Aterros e Biogás

Licenc., Reporting

e SIGRE

Projetos e

Investimentos

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As direções centralizam e tratam a informação e coordenam e interagem de forma integrada e bidirecional com os responsáveis operacionais de cada uma das unidades de produção, e com os serviços transversais, implementando as políticas e estratégias definidas pela Administração. As principais funções de cada unidade são as seguintes:

ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

Coordenam a elaboração das propostas e a implementação dos planos estratégicos e operacionais aprovados pelo Conselho de Administração. Em articulação com os respetivos Coordenadores, definem as políticas e objetivos específicos de cada área e monitorizam a sua implementação.

Coordenam a relação com os clientes, em particular com os Municípios, visando manter a melhor relação possível através da identificação e resolução atempada de eventuais dificuldades e/ou das expectativas desses importantes stakeholders.

QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA

Gestão do SIG QAS;

Auditoria, Inspeção e Ensaios - Qualidade, Ambiente e SHT;

Estudos estratégicos de especialidade;

Identificação e análise de riscos profissionais;

Gestão de reclamações e sugestões;

Gestão de acidentes e incidentes;

Formação e sensibilização para a qualidade, ambiente e segurança;

Acompanhamento e difusão da evolução legislativa em geral;

Coordenação dos processos de certificação.

COMUNICAÇÃO E IMAGEM

Prospeção de mercado e clientes - recolha seletiva;

Desenho e implementação das ações de sensibilização e formação;

Desenho e implementação do Plano de Comunicação e Imagem;

Ação comercial;

Gestão de eventos.

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Planeamento e Administração do SI

Controlo e manutenção da segurança informática;

Gestão do processo de proteção de dados pessoais;

Gestão dos sistemas de comunicação de voz e dados;

Administração de aplicações, Intranet, site da empresa e portal do cliente, entre outras;

Estudo, implementação e controlo de aplicações informáticas;

Assistência Técnica de SW e HW e formação na àrea;

Gestão do hardware, do software e stocks relacionados;

Licenciamento de aplicações e gestão de acessos;

APROVISIONAMENTOS

Aprovisionamentos de materiais, equipamentos, serviços e empreitadas;

Concursos, consultas, negociação, encomendas e contratação;

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Coordenação geral das aquisições;

Gestão do armazém geral;

Avaliação e seleção de fornecedores.

RECURSOS HUMANOS

Processamento de admissões e contratos;

Processamento de salários, complementos e outros benefícios;

Gestão dos seguros de especialidade – Acidentes Trabalho, Saúde e Vida;

Apoio administrativo à ação disciplinar;

Gestão do serviço de Medicina no Trabalho;

Acompanhamento e difusão da evolução legislativa da especialidade;

Gestão da formação;

Gestão do sistema de avaliação de desempenho.

ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

Gestão regulatória;

Contabilidade financeira;

Relacionamento com a Administração Fiscal;

Controlo de gestão;

Relacionamento económico e financeiro com o grupo;

Gestão de garantias próprias e de terceiros;

Gestão da faturação, controlo de crédito e cobranças;

Gestão e controlo de contratos financeiros, aplicação de fundos e Tesouraria;

Estudos económicos e financeiros;

Gestão documental do património;

Acompanhamento e difusão da evolução legislativa da especialidade.

PRODUÇÃO

Coordenação Geral da Produção;

Planeamento, coordenação e controlo;

Gestão integrada de instalações e recursos operacionais.

UNIDADES DE PRODUÇÃO (UP 1, 2, 3 e 4)

Gestão da produção nas instalações principais;

Colaboração no Licenciamento da atividade;

Responsabilidade pelas Infraestruturas operacionais não transversais (Triagem, TM e TMB)

Promoção e controlo da SHT;

Gestão das estações de serviço e combustíveis;

Gestão de stock de produtos, ferramentas;

Suporte logístico às ações de comunicação e sensibilização;

Segurança das instalações.

GESTÃO DE ATERROS SANITÁRIOS

Gestão das centrais de valorização energética do biogás;

Gestão das ETAL;

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Gestão das redes de captação e condução de biogás;

Gestão e orientação técnica dos aterros sanitários;

Monitorização e manutenção de lixeiras.

RECOLHA SELETIVA

Gestão da logística da recolha seletiva e de transportes de resíduos;

Gestão de ecocentros e ET;

Gestão de clientes de recolha seletiva

DEPARTAMENTO TÉCNICO

Licenciamentos;

Coordenação de estudos e projetos;

Coordenação do reporte externo;

Processamento e análise de dados técnicos e estatísticos;

Gestão de investimentos;

Orientação técnica e estratégica.

DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE EQUIPAMENTOS E MANUTENÇÃO (DGEM)

Gestão de frota de ligeiros e pesados;

Gestão de equipamentos produtivos e administrativos, fixos e móveis da empresa.

Manutenção Preventiva e Corretiva

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ENVOLVENTE

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ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

O ritmo de crescimento da economia MUNDIAL manteve-se em 2018. A economia mundial cresceu 3,7%, o que resultou de um crescimento de cerca de 2,4% das economias avançadas e de 4,7% das economias de mercado emergentes e em desenvolvimento (Quadro 3). Este crescimento, em termos mundiais, resultou de uma aceleração do PIB nas economias avançadas e de uma manutenção nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento. Nas economias avançadas, destacou-se, contudo, uma significativa divergência na evolução económica dos países. Enquanto nos EUA se observou uma aceleração do PIB, na área do euro, Japão e Reino Unido as economias desaceleraram. Nas economias de mercados emergentes e em desenvolvimento, destacou-se a continuação da recuperação das economias brasileira e russa enquanto na China se observou um ligeiro abrandamento. A economia angolana, ao contrário do previsto no ano passado, continuou em recessão em 2017 e em 2018.

QUADRO 4 – CRESCIMENTO ECONÓMICO MUNDIAL (TAXA DE VARIAÇÃO REAL DO PIB, EM PERCENTAGEM)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2018). | Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

Na área do EURO, o crescimento económico reduziu-se de 2,4% para 2,0%. Para esta evolução contribuiu o abrandamento das exportações, ainda que se tenha mantido um contributo positivo da procura externa líquida. O crescimento económico continuou a ser suportado pela procura interna, sobretudo pelo consumo privado sendo que também o investimento acelerou significativamente.

QUADRO 5 – TAXA DE INFLAÇÃO (TAXA DE VARIAÇÃO DO ÍNDICE DE PREÇOS NO CONSUMIDOR, VALORES MÉDIOS)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2018). Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

Apesar da manutenção do crescimento económico mundial, verificou-se um ligeiro aumento da taxa de INFLAÇÃO na economia MUNDIAL, em resultado do aumento do preço dos bens energéticos. Nas economias avançadas a taxa de inflação passou de 1,7% para 2%, uma evolução semelhante à da área do EURO, cuja taxa de inflação se situou em 1,7% em 2018. O preço do petróleo dated brent registou um aumento médio de 32% para uma média de 72 USD/bbl face aos 54 USD/bbl do ano anterior.

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QUADRO 6 – TAXA DE DESEMPREGO (EM PERCENTAGEM DA POPULAÇÃO ATIVA)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2018). Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

A taxa de DESEMPREGO continuou a diminuir na generalidade das economias mundiais, incluindo a área do EURO onde se reduziu de 9,1% para 8,3%, em resultado da forte redução da taxa de desemprego na Alemanha, onde atingiu sucessivos mínimos históricos. Com dois dígitos continuam as taxas de desemprego em Espanha (15,6%), Itália (10,8%) e Grécia (19,9%).

Neste enquadramento, a ECONOMIA PORTUGUESA deverá ter crescido cerca de 2,3% em 2018, desacelerando face ao crescimento observado em 2017 de 2,7%. O crescimento em 2018 deverá resultar do contributo positivo da procura interna, compensando o contributo negativo das exportações líquidas. O consumo privado deverá continuar a crescer ao ritmo de 2,3%, observado no ano anterior. A desaceleração da economia resulta do abrandamento do investimento e das exportações, ainda que ambas as componentes continuem a crescer a significativamente.

Em relação à evolução dos preços na atividade económica, o deflator do PIB para 2018 deverá situar-se em 1,4%, diminuindo ligeiramente face ao ano anterior, quanto ao Índice de preços ao consumidor, segundo o FMI terá ficado em 1,7%, embora com tendência decrescente nos últimos meses do ano.

Ao nível do mercado de trabalho, registou-se uma diminuição da taxa de desemprego, para 7%, ao longo de 2018, paralelamente ao aumento da população ativa. Salienta-se uma desaceleração do crescimento da população empregada em 2018 face ao ano anterior, de 3,3% para 2,5%, de acordo com a estimativa do OE/2019.

No que se refere às contas externas em termos nominais, em 2018 a capacidade de financiamento da economia portuguesa deverá ter ascendido a 1% do PIB, em resultado do saldo positivo da balança de capital e da balança de bens e serviços (Quadro 6).

QUADRO 7 – BALANÇA DE PAGAMENTOS (EM PERCENTAGEM DO PIB)

Fontes: INE e Ministério das Finanças. | Nota: Os dados referem-se à conta do setor institucional Resto do Mundo, publicada pelo INE. Para 2018 os dados correspondem à previsão do OE/2019 do Ministério das Finanças

ENQUADRAMENTO DO SETOR

Em 2018 assistiu-se à concretização de algumas das medidas no setor dos resíduos, das quais se destaca:

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Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU 2020) e (PERSU 2020 +)

O (PERSU 2020), foi aprovado pela Portaria n.º 187-A/2014, publicada em DR (I Série) n.º 179, de 17 de setembro de 2014 e encerra a visão estratégica para o setor no horizonte 2014-2020.

Este Plano estabeleceu um modelo que definiu individualmente e para cada sistema de gestão de RU, as seguintes metas: a) Metas de retomas de recolha seletiva; b) Metas de desvio de RUB de aterro; c) Metas de preparação para reutilização e reciclagem, consolidadas no Despacho 3350/2015, de 1 de Abril.

Na sequência da publicação do PERSU 2020, a RESINORTE elaborou e apresentou à APA, em 30 de abril de 2015 o seu plano de ação (PAPERSU), o qual contemplou os investimentos e medidas que pretende implementar com vista à garantia do cumprimento das metas que lhe ficaram adstritas. A aprovação do PAPERSU por parte da APA foi obtida em 24 de junho de 2015.

Havendo a perceção da necessidade de revisão da estratégia nacional para os resíduos urbanos, face às alterações substanciais verificadas no enquadramento nacional e comunitário, a Secretaria de Estado do Ambiente promoveu a criação de um Grupo de Trabalho que apresentou a 19 de novembro uma versão do PERSU + o propostas de revisão ao PERSU 2020, e cuja consulta pública decorre até 25 de janeiro de 2019.

A "Proposta do PERSU2020+" contém as linhas gerais do alinhamento do novo Plano para o período pós 2020, estimando o Ministério do Ambiente e da Transição Energética que nos próximos 10 anos seja necessário um montante de investimento estimado entre 450 a 580 milhões de euros para o setor dos resíduos urbanos por forma a fazer face às exigências impostas pela UE, evidenciando ainda as grandes carências de investimento do setor e as prioridades da tutela para o mesmo.

Tendo por base as infraestruturas existentes, o PERSU 2020+ (versão em consulta pública) concretiza uma análise a nível regional (com âmbitos coincidentes com os território das CCDR), identificando as seguintes necessidades fundamentais: o reforço da valorização energética nas regiões Norte e Alentejo, com possibilidade de adaptação da central de Sines nesta última; a aposta no escoamento dos CDR para cimenteiras e unidades similares nas regiões Centro e de Lisboa e Vale do Tejo; o reforço do tratamento biológico no Algarve. Reforça também em termos transversais a importância da partilha de infraestruturas, a otimização de capacidades instaladas e reforço das unidades de triagem e tratamento mecânico. Considera ainda este documento que a recolha seletiva porta a porta de bioresíduos e os sistemas PAYT deverão ser reforçados, não se justificando, contudo, a sua universalidade num país como Portugal.

Nesta antecipação ao Persu 2020+ foi também referido pelos órgãos competentes que Portugal conseguiu já uma prorrogação de 5 anos para a meta de deposição de resíduos em Aterro, ou seja, que em 2035 Portugal terá de colocar apenas 10% dos seus resíduos em aterro, o que justifica a estratégia de reforço da incineração prevista.

Quanto às metas de reciclagem estabelecidas para 2020, é assumido nesta versão para consulta pública do PERSU 2020+ o seu adiamento em dois anos, motivado pelo bloqueio da utilização dos fundos comunitários para o setor em consequência da queixa apresentada em Bruxelas por um conjunto de empresas privadas nacionais, que alegavam falta de concorrência no mercado.

Portugal 2020 (POSEUR)

O POSEUR é o instrumento nacional, inserido nas Est at gias Eu opa e Po tugal pa a o campo da sustentabilidade e uso eficiente de recursos. A sua intervenção abrange a totalidade do território nacional.

O POSEUR integra 3 eixos de atuação, sendo o Eixo III – P otege o A ie te e P o ove a Eficiência na utilização dos e u sos , a uele e ue se i teg a as est at gias pa a o seto dos esíduos e nomeadamente as candidaturas de projetos que visem a concretização das metas nacionais e comunitárias

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inseridas no PERSU 2020. Para a globalidade do setor, e durante o período 2014-20, estão previstos apoios o u it ios a o de dos M€.

A RESINORTE apresentou, neste quadro comunitário (2016-2018), 3 candidaturas ao abrigo do Avisos POSEUR-11-2015-18, POSEUR-11-2017-21.

Regulamento Tarifário de Resíduos Urbanos (RTR)

Durante 2018 e conforme melhor descrito no capitulo de regulação, dá-se nota da publicação pela ERSAR de uma revisão do Regulamento Tarifário do serviço de gestão de resíduos (Regulamento 52/2018 de 23 de janeiro), com o qual se procurou estabelecer uma estrutura de regulação única aplicável a todo o setor independentemente da titularidade do sistema em causa, bem como de dois novos Documentos Complementares ao RTR, a saber: (DC1) 1º Documento Complementar com o objetivo de clarificar e adaptar ao novo RTR conceitos relacionados com a apresentação das Contas Reguladas Previsionais (Regulamento n.º 222/2018, publicado em Diário da República de 13 de abril); (DC3) 3º Documento Complementar onde se consagraram alguns mecanismos que premeiam bons desempenhos, em termos de incentivos e majorações (Regulamento n.º 395/2018 publicado em Diário da República de 29 de junho).

Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE)

Até final de 2016 o Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) integrava apenas uma única entidade gestora do fluxo das embalagens. Em 2017 houve uma alteração por via da atribuição de licenças a duas entidades gestoras – Sociedade Ponto Verde e Sociedade Novo Verde - as quais entraram em vigor a 1 de janeiro de 2017, estando contudo efetivamente operacionais em meados desse ano e por essa via condicionando a atividade das empresas do ponto de vista operacional e financeiro. Em 2017 foi ainda concedida uma terceira licença à entidade gestora Amb3E e foram revistas as especificações técnicas dos resíduos de embalagem provenientes da recolha indiferenciada, tendo sido retirado das

es as o fluxo Pl sti os Mistos , o ual deixou de se eto ado e po essa via faze do eg edi uito significativamente o volume de materiais recicláveis vendidos.

Os princípios e normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens em Portugal encontram-se estabelecidos no Decreto-Lei n.º 152-D/2017, de 11 de dezembro, que transpõe para ordem jurídica nacional as Diretivas n.º 94/62/CE e 2004/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, e tem por base o princípio da responsabilidade alargada do produtor. Os objetivos nacionais de valorização e reciclagem para os resíduos de embalagens, que são os seguintes:

Legislação do setor publicada em 2018

Durante 2018 foram emitidos e publicados diversos diplomas legais tanto a nível nacional como comunitário que regulam ou impendem sobre áreas especificas do setor dos resíduos, sendo seguidamente apresentados os mais importantes:

Legislação nacional

Despacho n.º 294/2018 (2ª série), de 5 de janeiro Cria um grupo de trabalho cuja missão é assegurar o processo de revisão extraordinária do Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020). Portaria n.º 20/2018, de 17 de janeiro Estabelece os critérios para a atribuição do Fim do Estatuto de Resíduo (FER) ao material de borracha derivado de pneus usados.

Valorização

Global

Reciclagem

Global

Reciclagem

Vidro

Reciclagem

Papel/Cartão

Reciclagem

Plástico

Reciclagem

Metais

Reciclagem

Madeira

≥ 60% ≥ 55% ≥ 60% ≥ 60% ≥ 22,5% ≥ 50% ≥ 15%

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Regulamento n.º 52/2018 (2ª série), de 23 de janeiro Revisão do Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos. Despacho n.º 2178-A/2018 (2ª série), de 1 de março Concede à VALORCAR - Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, Lda., licença para a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Veículos em Fim de Vida, válida de 05.03.2018 até 31.12.2021. Despacho n.º 1316/2018, de 7 de fevereiro de 2018 Cria um grupo de trabalho com a missão de avaliar a aplicação dos incentivos fiscais associados à redução do consumo de sacos plásticos e a sua aplicabilidade a outros produtos de base plástica descartável de origem fóssil. Resolução da Assembleia da República n.º 62/2018, de 1 de março de 2018 Recomenda ao Governo que pondere o fim da utilização de louça descartável de plástico na restauração. Despacho n.º 2835/2018, de 20 de março Cria um Grupo de Trabalho com a missão de promover uma análise da fiscalidade que incide sobre a energia. Resolução da Assembleia da República n.º 102/2018, de 10 de abril de 2018 Recomenda ao Governo a avaliação do impacto e da origem dos microplásticos no ambiente e na comida. Regulamento n.º 222/2018 (2 ª série), de 13 de abril Documento complementar n.º 1 ao regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, que estabelece o conteúdo das contas previsionais para efeitos regulatórios. Resolução do Conselho de Ministros n.º 46/2018, de 27 de abril de 2018 Aprova a Estratégia Nacional e o respetivo Plano de Ação de Combate ao Desperdício Alimentar. Despacho n.º 4707/2018 (2ª série), de 14 de maio Estabelece as capitações de retoma por material, por Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos e a nível global, para os anos de 2018 e 2019. Despacho n.º 5151/2018, de 23 de maio de 2018 Estabelece a composição e o funcionamento do Grupo de Coordenação do Plano de Ação para a Economia Circular em Portugal: Liderar a Transição (PAEC). Despacho n.º 5256/2018 (2ª série), de 25 de maio Concede à WEEECYCLE - Associação de Produtores de EEE licença para exercer a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE). Despacho n.º 5257/2018 (2ª série), de 25 de maio Concede à Amb3E - Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos licença para exercer a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE). Despacho n.º 5258/2018 (2ª série), de 25 de maio Concede à ERP Portugal - Associação Gestora de Resíduos licença para exercer a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (SIGREEE). Despacho n.º 5848/2018, de 14 de junho de 2018

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Concede à VALORPNEU - Sociedade de Gestão de Pneus, Lda., a licença para a gestão de um Sistema Integrado de Gestão de Pneus Usados (SGPU). Regulamento n.º 395/2018 (2ª série), de 29 de junho Documento complementar n.º 3 ao Regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, que estabelece a metodologia de aplicação do sistema de incentivos para efeitos regulatórios. Resolução da Assembleia da República n.º 189/2018, de 13 de julho Recomenda ao Governo o desenvolvimento de campanhas de sensibilização para reduzir a produção de resíduos e promover a sua coleta seletiva. Regulamento n.º 446/2018 (2ª série), de 23 de julho Regulamento dos Procedimentos Regulatórios (ERSAR). Regulamento n.º 594/2018 (2ª série), de 4 de setembro Regulamento de Relações Comerciais dos Serviços de Águas e Resíduos. Resolução do Conselho de Ministros n.º 141/2018, de 26 de outubro de 2018 Redução do consumo de papel e de produtos de plástico na Administração Pública. Lei n.º 69/2018, de 26 de dezembro Altera incentivo à devolução e depósito de embalagens de bebidas em plástico, vidro, metais ferrosos e alumínio. Decreto-Lei n.º 117/2018, de 27 de dezembro Retribuição mínima mensal garantida para 2019. Lei n.º 71/2018, de 31 de dezembro Orçamento do Estado para 2019.

Legislação comunitária

Diretiva (UE) 2018/849 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 Altera as Diretivas 2000/53/CE relativa aos veículos em fim de vida, 2006/66/CE relativa às pilhas e acumuladores e respetivos resíduos, e 2012/19/EU relativa aos resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos. Diretiva (UE) 2018/850 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 Altera a Diretiva 1999/31/CE relativa à deposição de resíduos em aterros. Diretiva (UE) 2018/851 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 Altera a Diretiva 2008/98/CE relativa aos resíduos. Diretiva (UE) 2018/852 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018 Altera a Diretiva 94/62/CE relativa a embalagens e resíduos de embalagens. Decisão de Execução (UE) 2018/896 da Comissão, de 19 de junho de 2018 Estabelece a metodologia de cálculo do consumo anual de sacos de plástico leves e que altera a Decisão 2005/270/CE. Parecer do Comité Económico e Social Europeu 10 de agosto de 2018

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Co u i ação da Co issão ao Pa la e to Eu opeu, ao Co selho, ao Co it E o ó i o e So ial Eu opeu e ao Comité das Regiões sobre a aplicação do pacote de medidas relativas à economia circular: opções pa a exa i a a elação e t e as legislações elativas aos p odutos uí i os, aos p odutos e aos esíduos . Parecer do Comité Económico e Social Europeu de 10 e agosto de 2018 Co u i ação da Co issão ao Pa la e to Eu opeu, ao Co selho, ao Co it E o ó i o e So ial Eu opeu

e ao Comité das Regiões — U a Est at gia Eu opeia pa a os Pl sti os u a E o o ia Ci ula [COM fi al] e so e a P oposta de di etiva do Pa lamento Europeu e do Conselho relativa aos meios portuários de receção de resíduos provenientes dos navios e que revoga a Diretiva 2000/59/CE e alte a a Di etiva / /CE e a Di etiva / /EU [COM fi al. Decisão de Execução (UE) 2018/1147 da Comissão, de 10 de agosto de 2018 Estabelece conclusões relativas às melhores técnicas disponíveis (MTD) para tratamento de resíduos, nos termos da Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho. Parecer do Comité Económico e Social Europeu (2018/C 367/19), de 10 de outubro de 2018 Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões sobre um quadro de controlo da economia circular Parecer do Comité das Regiões Europeu (COR 2018/00925), de 21 de dezembro de 2018 Co u i ação U a Est at gia Eu opeia pa a os Pl sti os a E o o ia Ci ula .

REGULAÇÃO

Enquadramento regulatório

A atividade de gestão de resíduos urbanos exercida pela RESINORTE é sujeita tanto a regulação ambiental, como regulação económica. É prestado um serviço público com os padrões de qualidade exigidos e com o objetivo de atingir as metas ambientais às quais a entidade gestora está vinculada.

O modelo de regulação em vigor consiste em estimar os custos considerados razoáveis – de capital e de exploração – bem como em estimar as receitas de venda de recicláveis e energia, para se poder apurar o diferencial que tem de ser coberto pelas tarifas, diferencial esse designado de proveitos permitidos.

A tarifa regulada resulta da divisão dos proveitos permitidos pelas quantidades estimadas de resíduos urbanos indiferenciados.

De acordo com o regime em vigor, os proveitos permitidos e as tarifas reguladas, a cobrar pela RESINORTE aos municípios, são definidos pela ERSAR por u pe íodo te po al desig ado pe íodo egulató io .

O período de regulação que agora se conclui, iniciou-se em 2016 pela aplicação do Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos (RTR) que foi aprovado pela Deliberação n.º 928/2014 do Conselho Diretivo da ERSAR, de 17 de fevereiro de 2014, homologado pelo Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia em 28 de fevereiro de 2014, e publicado no Diário da República nº 74 de 15 de abril.

Entre 2016 e 2017 foram aprovados três Documentos Complementares a este Regulamento, nomeadamente:

a) Regulamento n.º 817/2016, de 18 de agosto (1º Documento Complementar ao RTR) com os objetivos de clarificar e detalhar as regras aplicáveis a situações específicas, que não estavam suficientemente explicitadas no texto do RTR, e operacionalizar o modelo de contas reguladas

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previsionais a que se refere o RTR, definindo um conjunto de quadros com o formato e detalhe necessário à intervenção do regulador, de forma a obter as informações previsionais das entidades gestoras.

b) O 2º Documento Complementar ao RTR viria a ser publicado em 19 de abril, com o Regulamento n.º 202/2017. Através do mesmo veio a ERSAR estabelecer o modelo para: (i) o reporte das contas reais e movimentos de reconciliação, individuais e cumulativos, entre a demonstração de resultados regulada e a demonstração de resultados estatutária; (ii) o reporte das contas reais e movimentos de reconciliação, individuais e cumulativos, entre a demonstração da posição financeira regulada e a demonstração da posição financeira estatutária e (iii) modelo de relatório de conclusões factuais sobre as contas reguladas e os movimentos de reconciliação face às contas estatutárias.

c) O 3º Documento Complementar ao RTR foi publicado na mesma data (Regulamento n.º 201/2017) e definiu regras relativas à incorporação nos proveitos permitidos de eventuais mais-valias decorrentes da alienação de ativos referentes a atividades não reguladas.

Já durante 2018, foi publicado pela ERSAR uma Revisão do RTR, Regulamento 52/2018 de 23 de janeiro, no qual, nas palavras do regulador, face à experiência do primeiro período regulatório se procurou introduzir alguns ajustamentos ao RTR, tendo em vista a simplificação, flexibilização e clarificação de algumas das suas disposições, estabelecendo-se uma estrutura de regulação única aplicável a todo o setor independentemente da titularidade do sistema. Salienta-se, contudo, que a revisão em questão introduziu uma maior discricionariedade do regulador e, como tal, uma maior incerteza regulatória, mantendo-se ainda diferenças importantes ao nível da regulação conforme a titularidade dos sistemas, o que causa desequilíbrios no mercado.

A nova versão do RTR veio exigir a revisão e adaptação também dos modelos de reporte, pelo que em 2018 foram ainda aprovados e revistos dois dos Documentos Complementares, a saber:

a) Regulamento n.º 222/2018, publicado em Diário da República de 13 de abril (1º Documento Complementar) com o objetivo de clarificar e adaptar ao novo RTR conceitos relacionados com a apresentação das Contas Reguladas Previsionais, este novo documento complementar vem estabelecer as contas previsionais para efeitos regulatórios e é dirigido a todas as entidades gestoras de sistemas de titularidade estatal e municipal definindo um conjunto de quadros com o formato e detalhe necessário à intervenção do regulador, de forma a obter as informações previsionais das entidades gestoras. É revogado o anterior Documento complementar 1, Regulamento n.º 817/2016, de 18 de agosto.

b) Regulamento n.º 395/2018 publicado em Diário da República de 29 de junho (3º Documento Complementar) onde se consagraram mecanismos que premeiam bons desempenhos com o objetivo de majorar mais valias ambientais e económicas, sendo estes mecanismos de duas naturezas: (I) Incentivos, (i) pela superação de metas ambientais (ii) pela eficiência de investimentos, e (II) Majorações (i) pela eficiência de operações (ii) pela partilha de infraestruturas.

A gestão do risco regulatório, pelo impacto que a atuação do Regulador tem na esfera patrimonial das empresas reguladas, torna-se uma matéria fulcral para as empresas concessionárias e para os seus acionistas.

De forma a gerir este risco, durante o ano de 2018 a RESINORTE: Reviu e harmonizou o sistema de informação de reporte – de forma a garantir a fiabilidade da informação;

Reviu e harmonizou os procedimentos de aquisição de bens e empreitadas, para cumprimento do plano de investimentos;

Reforçou a fundamentação das ações previstas nas CRP;

Em termos externos, contratou um prestador de serviços para o desenvolvimento de estudos de avaliação de risco, reforçou a interação (proativa) com o concedente, APA e ERSAR, e reforçou o

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envolvimento crescente com os municípios para melhorias na qualidade de serviço e cumprimento das obrigações legais e contratuais.

A RESINORTE é remunerada por uma taxa de e u e ação TRA apli ada ase de ativos egulados BAR , ue i lui os ativos afetos s atividades p i ipais.

Em 2015 foram publicados pela ERSAR, em 16 de novembro, os parâmetros regulatórios genéricos para determinação dos proveitos permitidos para o período regulatório 2016-2018, sendo a TRA fixada em 6,14%, taxa aplicável até ao ano 2018.

Em 2018, com o novo RTR, alterou-se o calendário regulatório e alguns procedimentos, assim, estes parâmetros genéricos para o período 2019/21, foram comunicados pela ERSAR às concessionárias, com natureza indicativa, em 2 de abril, tendo os mesmos ficado fixados aquando da decisão definitiva dos proveitos permitidos, em 31 de outubro. A TRA aplicável à RESINORTE em 2019 é de 5,29%.

A Base de Ativos Regulados no primeiro período regulatório 2016-2018 foi a seguinte:

GRÁFICO 1 - BAR

Apesar dos atrasos nos investimentos ocorrido durante o exercício de 2016 e 2017, devido aos atrasos na fixação das tarifas pela ERSAR e dos atrasos na aprovação pelo POSEUR das candidaturas apresentadas por esta empresa, em 2018, a RESINORTE fez todos os esforços para aumentar a taxa de execução do plano de investimento aprovado nas CRP para o período de 2016 a 2018, o que conduz a que seja um período regulatório particularmente atípico.

As tarifas fixadas pela ERSAR refletem ainda desvios tarifários que, dois anos depois, reconciliam os (na medida que sejam justificáveis e aceites pela ERSAR) valores previstos e os ocorridos de custos e proveitos e desvios de preço.

Os ajustamentos decorrentes dos desvios são recuperados ou devolvidos, dois anos depois de ocorrerem, sendo o valor remunerado a uma taxa de capitalização indicada pela ERSAR.

No final de 2018, o saldo estimado de desvios é de cerca de 488 il € euros a devolver pela RESINORTE.

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Reporte regulatório 2018

Durante o ano findo em 31 de dezembro de 2018, foi reportada a seguinte informação ao regulador:

(CRR) Contas Reguladas Reais 2017- Em maio de 2018, a RESINORTE entregou ao regulador as CRR do exercício de 2017, tendo a ERSAR emitido, após período de audiência prévia, a sua decisão final sobre os ajustamentos aos proveitos permitidos de 2017 e sua repercussão nas tarifas de 2019, em conjunto com a decisão final sobre os proveitos permitidos e respetiva tarifa, em 31-10-2018.

(PI) Plano de Investimentos 2019/21 - Em fevereiro de 2018, a RESINORTE entregou ao regulador o plano de investimentos para o período 2019/21, tendo a ERSAR emitido um parecer preliminar sobre o mesmo em março de 2018, a RESINORTE reenviou o plano de investimentos revisto bem como as respostas às questões colocadas pela ERSAR em maio de 2018.

(CRP) Contas Reguladas Previsionais 2019/21 - Em maio de 2018, a RESINORTE entregou ao regulador as contas previsionais para o ciclo regulatório 2019/21.

A decisão definitiva do regulador sobre o PI 2019/21 foi tomada em conjunto com a decisão final sobre a CRP 2019/21, após período de audiência prévia, tendo sido definidos os proveitos permitidos e respetivas tarifas, e nomeadamente a tarifa a praticar em 2019 incluindo os ajustamentos de 2017. Salienta-se que a RESINORTE não se revê nas decisões tomadas pelo regulador para o próximo período regulatório, pelo que irá impugnar as mesmas.

Regulação da qualidade do serviço

Nos termos dos seus estatutos compete à Entidade Reguladora assegurar a regulação da qualidade de serviço prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras, avaliando o desempenho dessas entidades. Deste modo, a qualidade de serviço de gestão de resíduos urbanos prestado pelas entidades gestoras é avaliada anualmente, e atualmente, através da aplicação da 3.ª geração do sistema de avaliação com e u so a de i di ado es dese pe ho de ualidade do se viço. O Guia de Avaliação da Qualidade dos

serviços de águas e resíduos prestados aos utilizadores - 3.ª geração do sistema de avaliação foi pu li ado pela ERSAR em 31 de março de 2017.

Os resultados deste sistema de avaliação são parte integrante do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal (RASARP). Em dezembro de 2018 foi publicado, e divulgado no sítio da ERSAR, o RASARP 2018, o qual sintetiza a informação mais relevante referente à caraterização do setor no ano de 2017.

Regulação ambiental

As entidades gestoras dos serviços resíduos urbanos do grupo EGF estão também sujeitas à intervenção da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o regulador ambiental.

A APA desenvolve ainda atribuições no âmbito dos resíduos enquanto Autoridade Nacional de Resíduos. Destacando-se:

Assegurar e acompanhar a execução da estratégia nacional para os resíduos;

Competências próprias de licenciamento;

Emissão de normas técnicas aplicáveis às operações de gestão de resíduos;

Desempenho de tarefas de acompanhamento das atividades de gestão de resíduos;

Uniformização dos procedimentos de licenciamento;

Validação da informação necessária à aplicação do regime económico e financeiro da gestão de resíduos e diligenciar no sentido da implementação do regulamento relativo à aplicação da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR).

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No âmbito do modelo de regulação económica previsto no regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos (RTR), a APA será chamada a dar parecer sobre o alinhamento dos investimentos propostos pelas entidades gestoras que integrarão a base de ativos a remunerar com as políticas nacionais em matéria de resíduos urbanos.

Em 2018 foi publicado, e divulgado no sitio da APA, o Relatório do Estado do Ambiente (REA 2018) que organiza informação relevante em 8 domínios ambientais, um dos quais o setor dos resíduos, com dados referentes ao ano anterior e algumas perspetivas futuras.

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GOVERNO SOCIETÁRIO

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Os Órgãos Sociais da RESINORTE tinham, em 31 de dezembro de 2018, a seguinte composição:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Município de Armamar, representado por João Paulo Soares Carvalho Pereira da Fonseca

Vice-Presidente EGF – Empresa Geral de Fomento SA.

Secretário Marta Lopes Correia

Conselho de Administração

Presidente Miguel Pires Eurico Lisboa

Vogal Executivo

Vogal Executivo

Vogais não Executivos

Cristina Maria da Cunha Saraiva

Francisco Javier San José Sancho

Pablo Barreiro Blanco

Luis Fernando Adrada Guajardo

Joaquim Monteiro da Mota e Silva

AMVDN, representada por Carlos Manuel Gomes Matos da Silva

Município de Boticas, representado por Fernando Pereira Campos

Município de Lamego, representado por Fernando Silvério Cardoso de Sousa

Em 16 de janeiro de 2019, por deliberação do Conselho de Administração, foi cooptado o Vogal Cristina Maria da Cunha Saraiva em substituição de Gerardo José Sampaio da Silva Saraiva de Meneses.

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Notas curriculares dos membros do conselho de administração em funções

Presidente – Luís Miguel Pires Eurico Lisboa

Data de nascimento: 21 de fevereiro de 1966

Engenheiro Mecânico, ramo de produção e construções mecânicas, pelo Instituto Superior Técnico, Pós Graduado em Gestão Empresarial pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, MBA e Mestre em Logística pelo Instituto Superior Técnico.

Entre outras, salienta-se a formação em Gestão Ambiental pela Bureau Veritas, em SIX SIGMA pela Bombardier Transportation e a formação avançada em Strategic Management pela Católica Lisbon School of Business & Economics e Kellogg School of Management, Chicago.

Iniciou a actividade profissional, em 1992, como Engenheiro de Projecto na SOREFAME na área de conceção de estruturas de veículos, na elaboração de notas de cálculo e especificações técnicas. Em 1995, já integrado na ABB, assume a gestão do departamento de Engenharia de Estruturas tendo a responsabilidade de coordenar as equipas de projecto e promover a implementação das melhores práticas a nível do grupo em simultâneo com a coordenação de projectos internacionais de I&D nas áreas das tecnologias, novos materiais e optimização estrutural. Em 1999, como Director Executivo, assume a responsabilidade da unidade de negócios referente à engenharia, aprovisionamentos, produção e comercialização de estruturas para material circulante. Em 2001, na BOMBARDIER, como Director de Produção, assume a gestão integral da produção da fábrica tendo a responsabilidade de garantir a execução dos planos de produção globais e a gestão de toda a equipa produtiva.

Em 2004, no Grupo CTT, como Diretor Nacional de Tratamento, assume a responsabilidade pela gestão e coordenação de todos os centros de tratamento de correspondência a nível nacional garantindo o desenvolvimento e implementação de novos processos de trabalho e novos meios tecnológicos.

Em 2007, integra o grupo Mota-Engil, assumindo a Direcção Geral da Takargo, operador ferroviário de mercadorias. Neste âmbito e como primeiro e único operador privado no sector, gere a implementação dos processos de certificação, aquisição de material circulante, formação de tripulações e aproximação ao mercado das novas soluções logísticas. Em 2010 é nomeado Administrador Executivo e em 2016 assume a Presidência do Conselho de Administração. No âmbito do transporte ferroviário de mercadorias assume a administração executiva da Ibercargo Rail, empresa Espanhola constituída em parceira com o grupo Comsa.

Em 2016, no âmbito do grupo Mota-Engil, é nomeado Administrador Executivo da EGF – Empresa Geral do Fomento, atualmente com o pelouro de Procurement, Sinergias e Sistemas de Informação.

Cargos Sociais atualmente exercidos:

EGF – Empresa Geral do Fomento, S.A.

Administrador Executivo

ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

SULDOURO – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

VALORMINHO – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

RESINORTE – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

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Presidente do Conselho de Administração

RESULIMA – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

TAKARGO – Transporte de Mercadorias, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

IBERCARGO RAIL, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

Vogal Executivo – Cristina Maria da Cunha Saraiva

Data de nascimento: 25 de maio de 1966

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas (ISCTE : 1984/89).

Carreira Profissional:

Durante 1988/89, foi Técnica da Direção de Estatística do DAFSE – Departamento para os Assuntos do Fundo Social Europeu, com atividades na área de análise de dossiers de candidaturas.

Entre 1989 e 1993 integrou os quadros do Grupo IPE – Investimentos e Participações Empresariais, SA, onde desenvolveu tarefas nas áreas de Controlo de Gestão, Consolidação de Contas, Controlo de Participadas, Planeamento Financeiro da Holding e do Grupo e avaliação de empresas.

De 1993 a 1996, integrou a equipa da IPE Capital – Sociedade de Capital de Risco, SA, nas funções de gestora de projetos, análise a avaliação de Investimentos, e posteriormente como responsável coordenadora da área de Marketing e da Gestão dos FRIE – Fundos de Reestruturação e Internacionalização Empresarial. Também em representação da IPE-Capital, foi Administradora da empresa Mailtec-Tecnologias de Informação, SA.

Em 1996, e até, 2000, desempenhou as funções de Diretora Financeira na Spel-Sociedade Portuguesa de Explosivos, SA, tendo sido também, durante parte desse período, membro do Conselho Fiscal do Ledap – Laboratório de Engenharia e Detónica.

Em 2000 e até 2005, integrou os quadros da Valorsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), SA, como Diretora Administrativo-Financeira da empresa.

Entre Julho de 2005 e Fevereiro de 2019, foi Diretora financeira na EGF - Empresa Geral de Fomento, SA e também, em representação da EGF, Administradora de várias empresas do Grupo, nomeadamente na Amarsul, SA, na Resinorte, SA e na Recigroup-Indústrias de Reciclagem, SGPS.

Foi Presidente do Conselho de Administração da Amarsul SA., no mandato 2012/2015.

É atualmente, desde 16 de Janeiro de 2019, Administradora Executiva na Resinorte, SA.

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Vogal Executivo – Francisco Javier San José Sancho

Data de nascimento: 21/02/1961

Habilitações Académicas:

Licenciado em Engenharia Superior Industrial, pela Universidade de Navarra.

MBA Universidade de Florida / Universidade de La Laguna

Carreira Profissional:

Durante vários anos exerceu funções de diretor geral de varias empresas de produção Industrial na Ilha de Tenerife.

Responsável de contratação e aprovisionamento de construção de Centro de Tratamento de Resíduos de Cerceda, SOGAMA, Galícia. Incineradora de 500.000 t/ano.

Diretor de Exploração de os centros de tratamento de ACCIONA.

Diretor de Empresa de Grupo Hera; tratamento de solos contaminados, tratamentos de agua e efluentes, aterros e eco parques.

Diretor de Tratamento e Desenvolvimento de Negócios de TECMED (URBASER) México

Outras

Professor de Anahuac Xalapa M xi o , de MBA A alises pa a to ada de de isões e Alta di eção e de Master em Gestão Meio Ambiente com área de Gestão de Resíduos Professor de Anahuac Xalapa M xi o a ea de Ma keti g I te a io al .

Assessor de varias empresas espanholas para sua implantação no México.

Em julho de 2018 foi nomeado Administrador Executivo da Resinorte, SA

Vogal não executivo - Pablo Barreiro Blanco

Data de nascimento: 03/03/1960

Habilitações Académicas:

Licenciado em Economia pela Universidade Complutense de Madrid.

Carreira Profissional:

2009 à presente data - Vice-Presidente do Conselho de Administração da SUMA - Serviços Urbanos e Meio Ambiente S.A.

2006 - 2009 - Diretor Regional de Marrocos da Urbaser

2004 - 2006 - Membro da Direção da Feira Internacional da Galícia;

2003 - 2004 - Membro do Conselho Diretivo da Caixa Rural Galega;

1999 - 2003 - Consultor adjunto / Gerente geral da Universidade Complutense de Madrid;

1990 - 2003 - Diretor Gerente - Agroconsulting Galicia

Diretor Gerente - Sociometricts - Estudos de investigação de mercado e opinião pública. Entre clientes públicos e privados entre outros: o Grupo ACS e Dragados;

1983 - 1990 Gerente da Organização do CDS;

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Vogal não executivo – Luis Fernando Adrada Guajardo

Data de nascimento: 04/05/1973

Habilitações Académicas:

Licenciado em Ciências Económicas, especialidade em Economia Internacional e Desenvolvimento, pela Universidade Complutense de Madrid.

Carreira Profissional:

De 2000 a 2006 desempenhou funções na área de Administração e Finanças na Urbaser, em Espanha.

De 2006 a julho 2015 desempenhou funções na Urbaser em Marrocos como Diretor Administrativo e Financeiro do grupo Urbaser espanhol.

Em julho de 2015 foi nomeado vogal do conselho de administração da Empresa Geral do Fomento, S.A. e desde Setembro de 2015 foi nomeado vogal do Conselho de Administração da Algar, S.A., da Resinorte, S.A., da Suldouro, S.A. e da Valorsul, S.A..

Vogal não executivo – Joaquim Monteiro da Mota e Silva

Data de Nascimento: 09/11/1971

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas na Universidade Católica do Porto, concluída em julho de 1996;

Curso Técnico-profissional de Contabilidade e Gestão frequentado no Colégio de S. Gonçalo em Amarante.

Carreira Profissional:

Desde abril de 2005 até outubro de 2009, Administrador da REBAT - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, SA;

Desde maio de 2004 até outubro de 2009, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal Qualidade de Basto;

Desde outubro de 1999 até outubro de 2009, exerceu as funções de Vereador dos Pelouros da Cultura, Desporto, Ação Social, Educação, Desenvolvimento Local, Turismo, Comunicação, Sanidade Pecuária e Juventude, na Câmara Municipal de Celorico de Basto;

Em 2001, Deputado à Assembleia da República, durante seis meses.

Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, desde 30 de outubro de 2009.

Estágio de quatro meses na Caixa Geral de Depósitos, na agência de Felgueiras. Seguido de contrato iniciado em março de 1998, na Direção Regional de Viana do Castelo;

Est gio de seis eses a "Mota & Co pa hia SA , a di eção de o t olo de Gestão. Te do, posteriormente, trabalhado na área de Recursos Humanos no estaleiro central desta empresa;

Sócio-ge e te da fi a Alves Teixei a & Le os o sede e Celo i o de Basto. A pa ti ipação de % no capital foi adquirida em outubro de 1994, tendo sido vendida em novembro de 1996;

Só io da fi a Co ta E p esa ial, Lda , dedi ada o sulto ia e o tabilidade, criada em novembro de 2004, cuja participação no capital é de 80%.

Atividades de carácter associativo:

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- Desde janeiro de 2007 até 2009, Presidente da direção da Associação de Futsal de Celorico de Basto

- Desde 2007 até 2009, Presidente da Assembleia-Geral da Associação de Ciclismo de Celorico de Basto.

- Desde o início de 2006 até 2009, vice-presidente da Assembleia-Geral da Fena-Florestas

- Desde dezembro de 2004 até 2009, Presidente do Conselho Local de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

- Desde dezembro de 2004, Presidente da direção da Associação de Solidariedade de Santo André de Codessoso.

- Desde maio de 2004, Presidente da direção da Associação de Solidariedade Social de Basto.

- Desde outubro 2003 até 2009, Presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Celorico de Basto.

- Desde setembro de 2003 até 2009, Presidente do Conselho Municipal de Educação.

- Desde agosto de 2003 até 2008, Presidente do Mota Futebol Clube.

- Desde abril de 2003 até 2009, Presidente da direção da Cooperbasto/Casa do Agricultor.

- Entre 2002 e 2004, presidente da direção do Basket Clube de Celorico

- Desde agosto de 2002, Presidente do Conselho Local de Ação Social.

- De junho de 1999 até início de 2004, Presidente do Conselho Municipal da Juventude de Celorico de Basto.

- Em 1998 e 1999, Presidente da Comissão Executiva da Semana da Juventude de Celorico de Basto.

- De 1991 até 1994, Presidente da Direção da Associação Ação Jovem.

- Durante o período de 1991/93 Vice-Presidente e Diretor do Departamento de Exchange da Associação Internacional de Estudantes de Ciências Económicas e Empresariais (AIESEC) no comité da Católica - Porto.

- E Jove p o oto de Saúde pa a o o elho de Celo i o de Basto, o eado pelo I stituto Português da Juventude.

- No período 1990/91, Vogal da Direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa.

Vogal não executivo – Carlos Manuel Gomes Matos da Silva

Data de Nascimento: 22/03/1965

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Engenharia Florestal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em 1993 com a classificação final de 14,00 valores.

Curso de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Florestais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) no ano de 2002 / 2003 com a classificação final de 14,32 valores.

Mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em 2011 com a classificação final de 15,00 valores.

Funções Atuais:

Atualmente desempenha as funções de Vereador a tempo inteiro da Câmara Municipal de Vila Real, tempo sido eleito em 2013, com tutela dos pelouros do Ambiente, Segurança e Proteção Civil, Desenvolvimento Rural e é Presidente da Assembleia Geral da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Vila Real (EMARVR).

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Exercício de cargos dirigentes ou funções de relevante interesse público

- Em 14 de Maio de 1997 foi nomeado Responsável da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas, por despacho (nº 15/97) do Sr. Diretor Regional de Agricultura da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes.

- Em 27/11/1998 tomou posse na categoria de Técnico Superior de 2ª Classe da Carreira de Engenheiro do quadro da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, com efeitos a 01.09.1992, em consequência do processo resultante da aplicação do Dec-Lei nº 81-A (Despacho nº 20818/98, de 27/11).

- Em 19 de Março de 1999 foi nomeado Chefe de Divisão em regime de substituição da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 8913/99, de 1999/05/05 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR de 1999/05/05.

- Em 19 de Setembro de 1999 é prorrogado o prazo da chefia de Divisão em regime de substituição da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 21033/99 de 1999/11/05 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR de 1999/11/05.

- Em 29/11/1999 foi nomeado, mediante concurso, em Comissão de Serviço, para o cargo de Chefe de Divisão da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 69/2000 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR de 2000/01/04.

- No eado Coo de ado Regio al de Trás-os-Montes da Estrutura de Coordenação do Programa de Sapado es Flo estais de a o do o o Despa ho º / , de de ja ei o de do S . Se et io de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR da mesma data.

- Em 13/03/2001 tomou posse na categoria de Técnico Superior de 1ª Classe da Carreira de Engenheiro do quadro da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme despacho nº 4952/2001, de 2001/03/12 do Sr. DR da DRATM.

2002

- De 30/11/2002 a 29/05/2003 exerceu o cargo de Chefe de Divisão da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da DRATM em regime de gestão corrente.

- Através do Despacho Conjunto dos Srs. Secretários de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas de 27.04.2004, nomeado Coordenador do Centro de Prevenção e Deteção (CPD) de Incêndios Florestais do distrito de Vila Real.

- Em 10/01/2006 foi nomeado, mediante concurso, em Comissão de Serviço, para o cargo de Chefe de Divisão do Núcleo Florestal do Barroso e Padrela da Circunscrição Florestal do Norte da Direção Geral dos Recursos Florestais, conforme Despacho nº 2220/2006 do Sr. Diretor Geral dos Recursos Florestais, publicado na II Série do DR de 2006/01/27.

- Em 15/03/2006 foi nomeado, em Comissão de Serviço, por um período de três anos, Comandante Operacional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil, conforme Despacho nº 9858/2006, de 05.05.2006 do Sr. Presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil.

- Em 24/04/2007 através do Despacho nº 15.242/2007, de 12 de julho (II Série), do Sr. Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, foi nomeado, em Comissão de Serviço, por um período de três anos, Comandante Operacional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

- Em 31.01.2008, através do Louvor nº 285/2008, de 02 de abril de 2008 (II Série), é louvado pelo Sr. Secretário de Estado da Proteção Civil.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

43

- Em 16.10.2009, através do Louvor nº 921/2009, de 30 de outubro de 2009 (II Série), é louvado pelo Sr. Secretário de Estado da Proteção Civil.

- Em 19.03.2010, através do Despacho nº 4944/2010, de 19 de março (II Série, nº 55), é renovada, por um período de três anos, a Comissão de Serviço de Comandante Operacional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

- Em consequência de Eleições Autárquicas, é eleito Vereador a tempo inteiro da Câmara Municipal de Vila Real, cargo que ainda desempenha.

- Em 15.11.2013, é designado Presidente da Assembleia Geral da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Vila Real (EMARVR).

- Em 21.09.2015, é nomeado para o triénio 2015-2017, em representação da Associação de Municípios do Vale do Douro Norte (AMVDN), vogal do Conselho de Administração da Resinorte – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A..

Vogal não executivo - Fernando Pereira Campos

Data de nascimento: 17/05/1951

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais

Master in Public Administration / U. Católica

Auditor de Defesa Nacional / IDN

Carreira Profissional:

Técnico do Ministério da Agricultura

Outros cargos:

Presidente da Câmara Municipal de Boticas (1994/ 2013)

Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (1994/ 2013)

Vogal do Conselho de Administração da RESAT – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Alto Tâmega, SA entre 2000 e 2009

Vogal do Conselho de Administração da RESINORTE desde 2009

Presidente da Assembleia Municipal de Boticas

Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Boticas

Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo de Chaves

Membro do Secretariado Nacional das Misericórdias Portuguesas

Vogal não executivo – Município de Lamego –Fernando Silvério Cardoso de Sousa

Data e nascimento: 06/05/1972

Habilitações: Licenciatura em direito.

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Carreira profissional: Advogado inscrito na Ordem dos Advogados desde 2001 Cargos ocupados noutras empresas:

- Vice-Presidente do Conselho Jurisdicional da Associação de Ténis de Mesa do distrito de Viseu.

-Presidente da Assembleia do Craks Clube de Lamego.

- Secretário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lamego.

- Presidente da Assembleia de Freguesia de Lamego (Almacave e Sé) 2013 -2017

- Vereador da Câmara Municipal de Lamego, desde outubro de 2017 Atentamente Fernando Silvério

Conselho Fiscal

Presidente Município de Sabrosa,

representado por Domingos Manuel Alves Carvas

Vogal Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos Santos

Vogal Eduardo Manuel Fonseca Moura

Suplente Tiago Nuno Correia da Cruz

Revisor Oficial de Contas (ROC)

ROC Efetivo Pricewaterhousecoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais, Lda.

ROC Suplente Carlos José Figueiredo Rodrigues

Comissão de Fixação de Vencimentos

Presidente Eduardo João Frade Sobral Pimentel

Vogal Luís Filipe Cardoso da Silva

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ATIVIDADE

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CADEIA DE VALOR

A RESINORTE atua numa extensa e complexa cadeia de valor, congregando um conjunto interdependente de competências e valor acrescentado, desde a identificação dos recursos até à entrega dos produtos finais às Entidades Gestoras de fluxos específicos, aos retomadores por estas selecionados e aos clientes diretos da empresa.

Na figura seguinte representa-se esquematicamente a cadeia de valor do negócio do tratamento e valorização dos resíduos com a especificação das diferentes atividades de operação.

Refazer esta infografia

Figura II – Cadeia de valor

FIGURA 2 – CADEIA DE VALOR

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ATIVIDADE OPERACIONAL

1.1 Produção

Receção de resíduos urbanos (RU)

Durante o ano 2018 foram recebidos RU com as seguintes proveniências:

Recolha indiferenciada promovida pelos 35 municípios que integram o Sistema Norte-Central;

Recolha seletiva promovida pela RESINORTE, através das redes de ecopontos, ecocentros, ecoilhas e recolha porta-a-porta;

Entregas diretas por particulares.

Recolha Indiferenciada (RI)

A quantidade de RU com origem na recolha indiferenciada, foi no ano 2018, superior em 3,5% à que tinha sido rececionada no ano anterior. Nos quadros seguintes apresenta-se a distribuição destas entradas por cada uma das quatro unidades de produção da RESINORTE e os destinos que lhe foram dados.

Em 2018, as quantidades tarifadas à tarifa municipal, pelas entregas de clientes municipais foi de 337.271 ton.

QUADRO 8 - RECOLHA INDIFERENCIADA

QUADRO 9 - RECOLHA INDIFERENCIADA - DESTINOS

2016 2017 2018

UP1 90 736 92 866 96 463

UP2 30 197 31 452 32 354

UP3 33 863 34 266 35 227

UP4 164 176 168 523 174 152

Total 318 972 327 107 338 196* LER 200201, 200301, 200303, 200306, 200307, 200199

RU - RECOLHA INDIFERENCIADA* (ton.)

RU - DESTINOS DOS RESÍDUOS DE RECOLHA INDIFERENCIADA (ton.)

Aterro TM/TMB Aterro TM/TMB Aterro TM/TMB

Codessoso 45 240 7 613 70 452 0 71 059 0

Vila Real 38 923 0 40 380 0 43 044 0

UP2 Boticas 29 873 0 31 058 0 34 850 0

UP3 Bigorne 33 727 0 34 013 0 37 306 0

Santo Tirso 14 253 0 0 0 0 0

Riba de Ave 0 148 445 0 150 357 0 152 000

162 016 156 057 175 903 150 357 186 259 152 000

Total

* LER 200201, 200301, 200303, 200306, 200307, 200199

2018

338 259

-62

2017

326 261

846

UP1

UP4

898Outros destinos, perdas e stocks

Subtotal

2016

318 074

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Recolha Seletiva (RS)

A recolha seletiva realizada divide-se em dois grandes grupos:

i) Recolha seletiva multimaterial trifluxo (RS 3F)

Os resíduos com origem na RS 3F – papel/cartão, embalagens de plástico e metal e vidro - são encaminhados para plataformas de valorizáveis e para unidades de triagem, onde são separados, dando origem às retomas de embalagens de vidro, de papel/cartão, de plástico e de metal.

ii) Outra recolha seletiva

Nos ecocentros recebem-se também, de forma seletiva, outros resíduos para além dos considerados na RS 3F, nomeadamente, resíduos elétricos e eletrónicos (REEE), pneus, madeiras, outros plásticos e metais, entregues por munícipes, por pequenas entidades particulares e também por Municípios.

No Quadro seguinte apresenta-se um resumo das quantidades recebidas seletivamente nas diferentes unidades de produção. Este quadro mostra que, na globalidade, a captação de resíduos urbanos valorizáveis com origem na recolha seletiva registou, em 2018, um aumento de 5,8% relativamente a 2017.

QUADRO 10 - RECOLHA SELETIVA (TOTAL)

Recolha Seletiva Multimaterial (RS 3F)

No quadro seguinte detalham-se as quantidades 3F recebidas por tipo de resíduo, verificando-se que a RS 3F em 2018 superou a do ano transato em 4,8%.

Esta evolução não foi uniforme em toda a área da concessão, verificando-se que a recolha de Papel/Cartão melhorou significativamente nas UP1, UP3 e UP4, da ordem de 11 a 14%, enquanto na UP2 teve um acréscimo de aproximadamente 6%. Por sua vez, a recolha de embalagens de plástico e de metal, melhorou nas unidades de produção UP1, UP2 e UP3, tendo piorado na UP4.

No que respeita à recolha de embalagens de vidro, verificou-se a melhoria nas unidades de produção UP1, UP3 e UP4, tendo piorado na UP2.

Os gráficos seguintes ilustram a evolução de cada tipo de resíduo por UP.

2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018

UP1 5 542 5 906 6 498 41 121 79 1 065 562 579 6 648 6 589 7 156

UP2 3 444 3 412 3 490 27 39 39 285 361 412 3 756 3 812 3 940

UP3 3 247 3 389 3 682 61 107 86 1 962 1 732 2 371 5 270 5 227 6 139

UP4 19 976 20 318 20 938 1 754 1 621 2 115 10 786 0 0 32 515 21 939 23 053

Total 32 208 33 025 34 608 1 884 1 887 2 319 14 098 2 655 3 361 48 190 37 567 40 288

* Inclui M etais, REEE, Plást icos duros, M adeira, P&A, Vidro Plano e OAU

** inclui pneus, VFV, RCD e RIB

RECOLHA SELETIVA TOTAL (ton)

TotaisRS 3FOutra RS

Urbanos* RNU**

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QUADRO 11 - RECOLHA SELETIVA TRIFLUXO (RS 3F)

GRÁFICO 2 - RECOLHA SELETIVA – PAPEL/CARTÃO

GRÁFICO 3 - RECOLHA SELETIVA – EMBALAGENS DE PLÁSTICO/METAL

2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018

UP1 2 174 2 366 2 658 817 921 1 164 2 552 2 619 2 676

UP2 1 175 1 264 1 336 604 572 658 1 665 1 577 1 496

UP3 1 194 1 287 1 433 717 720 812 1 335 1 381 1 437

UP4 5 322 5 388 6 132 4 228 4 317 4 082 10 426 10 613 10 724

Total 9 865 10 304 11 559 6 366 6 530 6 717 15 977 16 191 16 332

∆ anon-1 6,3% 4,5% 12,2% 12,9% 2,6% 2,9% -0,2% 1,3% 0,9%

RECOLHA SELETIVA 3F (ton)

VidroPlástico/metalPapel/cartão

0

2 000

4 000

6 000

8 000

10 000

12 000

14 000

UP1 UP2 UP3 UP4 Total

Recolha Seletiva - Papel/Cartão

2016 2017 2018

0

1 000

2 000

3 000

4 000

5 000

6 000

7 000

8 000

UP1 UP2 UP3 UP4 Total

Recolha Seletiva - Plástico/Metal

2016 2017 2018

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Gráfico 4 - Recolha seletiva – Vidro

Outra recolha seletiva

No quadro seguinte apresenta-se um resumo das quantidades recebidas nas diferentes UP relativas a out a e olha seletiva e a sua va iação e elação a . Pode ve ifi a -se, entretanto, que esta esta é

uma atividade com reduzida expressão.

QUADRO 12 - OUTRA RECOLHA SELETIVA

Tratamento e Valorização

Triagem

Nas quatro unidades de triagem de que a empresa dispõe deram entrada 34,6 mil toneladas de resíduos provenientes da Recolha Seletiva 3F, que originaram retomas totais de valorizáveis de 32,7 mil toneladas, conforme quadro seguinte:

0

2 000

4 000

6 000

8 000

10 000

12 000

14 000

16 000

18 000

UP1 UP2 UP3 UP4 Total

Recolha Seletiva - Vidro

2016 2017 2018

2015 2016 2017 2018 2015 2016 2017 2018

Metais 175 194 174 215 Pneus 1 257 1 057 1 156 1 179

REEE 231 244 257 322 VFV 1 0 0 0

Plásticos duros 284 276 300 329 RCD 14 509 12 883 1 395 2 181

Madeira 976 1 030 986 1 192 RIB* 290 158 104 1

Pilhas e acumul. 5 10 12 8

Vidro plano 0 131 158 252

OAU 0 0 0 0

Total 1 671 1 885 1 887 2 319 Total 16 057 14 098 2 655 3 361

Var. anon-1 43,9% 12,8% 0,1% 22,9% Var. v anon-1 23,8% -12,2% -81,2% 26,6%

* Apenas nos aterros de Lamego e Boticas

Resíduos Não UrbanosResíduos UrbanosOUTRA RECOLHA SELETIVA (ton)

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QUADRO 13 - RETOMAS 3F TOTAIS E CAPITAÇÕES

QUADRO 14 - RETOMAS 3F - DETALHE POR FILEIRA

Tratamento Mecânico e Valorização Orgânica

No ano de 2018 foram recebidas e processadas na TMB de Riba de Ave cerca de 152 mil toneladas de RU com origem na recolha indiferenciada.

A produção da TMS de Celorico manteve-se suspensa por razões de gestão operacional de recursos e equipamentos. Esta suspensão será aproveitada para efetuar as necessárias alterações e melhorias inventariadas durante o período em que esteve em exploração, nomeadamente o aumento da capacidade da fossa de receção de resíduos.

O quadro seguinte resume o processamento destes resíduos e os resultados obtidos:

RETOMAS 3F (ton)

Total Cap.* Total Cap.* Total Cap.*

UP1 4 139 21 4 125 22 4 405 24

UP2 3 180 29 3 010 28 3 479 32

UP3 3 632 23 3 354 22 3 984 26

UP4 20 354 44 20 613 44 20 798 45

Total 31 306 34 31 102 34 32 666 36

∆ anon-1 4,6% -0,7% 5,0%

* capitação: Kg/hab.ano

20182016 2017

2016 2017 2018 2016 2017 2018 2016 2017 2018

UP1 1 614 1 761 1 970 213 2 43 2 312 2 363 2 391

UP2 1 190 1 202 1 406 364 326 469 1 627 1 482 1 604

UP3 1 573 1 470 1 704 453 310 455 1 606 1 575 1 825

UP4 5 843 5 954 6 542 4 043 4 001 3 489 10 468 10 658 10 767

Total 10 220 10 386 11 622 5 073 4 638 4 456 16 013 16 077 16 588

∆ anon-1 5,3% 1,6% 11,9% 21,4% -8,6% -3,9% -0,2% 0,4% 3,2%

RETOMAS 3F (ton)

Papel/cartão Plástico/metal Vidro

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QUADRO 15 - TRATAMENTO MECÂNICO E BIOLÓGICO DE RU COM ORIGEM NA RI

A parcela valorizável, depois de triada, permitiu as seguintes retomas:

QUADRO 16 - TRIAGEM DOS VALORIZÁVEIS OBTIDOS NA TM

No ano 2018 a TMB trabalhou no limite da sua capacidade de produção, esperando-se que rapidamente se possa levar a cabo o projeto da sua ampliação, de forma a perseguir o cumprimento dos objetivos fixados pelo PERSU2020 para o Sistema.

RI - TRATAMENTO MECÂNICO E BIOLÓGICO (ton)

TMS

ENTRADAS 7 613 100% 0 0

SAÍDAS

Valorizáveis 25 0,3% 0 0

Para TM(TMB) 4 362 57% 0 0

Refugos/rejeitados 3 145 41% 0 0

Humidade e perdas 80 1% 0 0

TM (TMB)

ENTRADAS dir. 148 445 150 357 151 938

Origem TMS 4 362 0 0

SAÍDAS

Valorizáveis 3 156 2% 1 139 1% 1 030 1%

Para VO 127 091 83% 134 434 89% 115 973 76%

Refugos outros 22 559 15% 14 785 10% 34 935 23%

Humidade e perdas 0 0% 0 0% 0 0%

VO

ENTRADAS 127 091 100% 134 434 116 035

SAÍDAS

Composto (venda) 3 866 3% 3 932 3% 2 407 2%

Refugos outros 112 876 89% 126 597 94% 103 862 90%

Humidade e perdas 10 349 8% 3 906 3% 9 766 8%

2016

100% 100% 100%

20182017

RI - RETOMAS DO TRATAMENTO MECÂNICO E BIOLÓGICO (ton)

fi lme 1 483 1,0% 17 0,0% 24 0,0%

cartão 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

madeira 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

vidro 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

PET 694 0,4% 643 0,4% 454 0,3%

PEAD 586 0,4% 282 0,2% 246 0,2%

Mistos 155 0,1% 0 0,0% 0 0,0%

ECAL 0 0,0% 24 0,0% 98 0,1%

metal 263 0,2% 172 0,1% 207 0,1%

Totais 3 182 2,0% 1 139 0,8% 1 030 0,7%

20172016 2018

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

53

A diminuição verificada na retoma de produtos valorizáveis provenientes da TM, comparativamente com o ano transato, deve-se fundamentalmente, à necessidade de incrementar a qualidade dos produtos triados, exigida pelas especificações técnicas publicadas em março/2017, para as quais a unidade de tratamento mecânico não foi concebida.

Por sua vez, consequência do crescente estado de degradação da TMB, que ao longo dos anos se vai acentuando, a produção de composto apresentou uma redução de 39% relativamente ao ano anterior.

Valorização Energética do Biogás

Em 2018 produziram-se 23.743 Mwh de energia, dos quais se injetaram na rede 23.214 Mwh, o que significou, em relação a 2017, um acréscimo de 5% na produção e injeção de energia na rede.

Os principais indicadores apresentam-se na tabela seguinte.

QUADRO 17 - VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA DO BIOGÁS DE ATERRO – INFORMAÇÃO EM MWH

VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA DO BIOGÁS DE ATERRO

2017 2018

Celorico de Basto - (M1=800Kw + M2=600Kw)

Energia produzida (MWh/ano) - M1 5 545 5 184 5 651

Energia injetada na rede (MWh/ano) - M1 5 436 5 082 5 540

Energia Produzida / potencial (%) - M1 79% 74% 81%

Energia produzida (MWh/ano) - M2 3 600 3 664 3 766

Energia injetada na rede (MWh/ano) - M2 3 529 3 592 3 692

Energia Produzida / potencial (%) - M2 68% 70% 72%

Boticas (800kw)

Energia produzida (MWh/ano) 5 143 2 650 4 252

Energia injetada na rede (MWh/ano) 5 042 2 598 4 168

Energia Produzida / potencial (%) 73% 38% 61%

Santo Tirso (800kw)

Energia produzida (MWh/ano) 5 575 6 057 4 680

Energia injetada na rede (MWh/ano) 5 466 5 938 4 588

Energia Produzida / potencial (%) 80% 86% 67%

Bigorne (400kw)

Energia produzida (MWh/ano) 2 192 1 994 2 541

Energia injetada na rede (MWh/ano) 2 149 1 955 2 491

Energia Produzida / potencial (%) 63% 57% 73%

Vila Real (400kw)

Energia produzida (MWh/ano) 2 817 3 095 2 853

Energia injetada na rede (MWh/ano) 2 700 2 971 2 734

Energia Produzida / potencial (%) 80% 88% 81%

TOTAL 2016 2017 2018

Energia produzida (MWh/ano) 24 873 22 644 23 742

Var. Energia produzida v anon-1 11% -9% 5%

Energia injetada na rede (MWh/ano) 24 323 22 136 23 214

Var. Energia injetada v anon-1 11% -9% 5%

2016

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Confinamento Técnico

Em 2018 foram depositadas em aterro 325.715 toneladas de resíduos, o que corresponde a um acréscimo de 2,8% comparativamente com a quantidade depositada no ano anterior.

O quadro seguinte apresenta a natureza e a origem da totalidade dos resíduos depositados em aterro:

QUADRO 18 - CONFINAMENTO TÉCNICO

1.2 Metas PERSU 2020

No que respeita às metas intercalares estabelecidas para o Sistema Norte-Central (Despacho do Secretário de Estado do Ambiente nº 3350/2015 de 10 de março, publicado no Diário da República de 1 de abril), conclui-se que a RESINORTE cumpriu com os objetivos fixados para 2018 no que respeita à meta de Preparação para a reutilização e reciclagem e à meta de Deposição de RU biodegradáveis em aterro. No que respeita à meta de Retomas com origem em Recolha Seletiva, não obstante o valor atingido ser superior ao valor da meta patente no referido Despacho, este encontra-se abaixo do valor da meta quando corrigido na proporção da totalidade dos resíduos urbanos comparativamente com os produzidos no ano 2012.

QUADRO 19 - METAS PERSU

CONFINAMENTO TÉCNICO (ton)

Total Δ a on-1 RSU/REU RIB RNU Refugos Total Δ a on-1 RSU/REU RIB RNU Refugos Total Δ a on-1

Codessoso 135 334 91% 70 452 0 0 135 481 205 933 52% 71 059 0 0 8 043 79 101 -62%

Vila Real 38 923 0% 40 380 0 0 0 40 380 4% 43 044 0 0 35 949 78 994 96%

UP2 Boticas 29 924 0% 31 058 0 0 1 499 32 557 9% 34 850 0 0 51 902 86 752 166%

UP3 Bigorne 34 034 -1% 34 013 104 0 3 898 38 015 12% 37 306 1 0 43 561 80 867 113%

UP4 Santo Tirso 56 893 -46% 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total 295 109 6% 175 903 104 0 140 878 316 885 7% 186 259 1 0 139 455 325 715 2,8%

2016 2017 2018Aterro

UP1

METAS INTERCALARES PERSU2020 (Desp nº 3350/2015 de 1abr)

2017 2018

meta real meta real

Preparação para a reutilização e reciclagem 31% 44% 32% 44%

Deposição de RU biodegradáveis em aterro 67% 49% 66% 50%

Retomas com origem em RS (kg/hab.ano) 33 34 35 35,4

- meta corrigida - RU 2018vsRU2012 (kg/hab.ano) 37,7

Designação da meta

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RECURSOS HUMANOS

A 31 de Dezembro de 2018 o Quadro de Pessoal da Empresa integrava 259 colaboradores (257 ativos e 2 com contrato suspenso). Os quadros e gráficos seguintes sintetizam a caracterização do universo dos 257 colaboradores ativos da empresa. O gráfico abaixo não reflete os Administradores que não têm contrato de trabalho com a RESINORTE.

Gráfico 5 - Colaboradores por UP

Gráfico 6 - Estrutura Etária

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Gráfico 7 - Caracterização dos Recursos Humanos

EVOLUÇÃO RECENTE

2015 2016 2017 2018

GÉNERO

Feminino 38 37 39 38

Masculino 188 205 202 219

Total 226 242 241 257

NÍVEL ACADÉMICO

Ensino Básico 168 183 176 184

Ensino Secundário 35 35 39 44

Ensino Superior 23 24 26 29

Total 226 242 241 257

TIPO DE CONTRATO

Efetivos 203 204 195 193

Contratados 23 38 46 64

Total 226 242 241 257 QUADRO 20 - RECURSOS HUMANOS - EVOLUÇÃO RECENTE

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Entradas e Saídas

No período em análise foram admitidos 49 novos colaboradores, para substituição de impedimentos temporários prolongados de alguns colaboradores, reformas de invalidez e falecimento e ainda pela admissão das novas equipas de recolha seletiva. No mesmo período foram efetuadas 39 desvinculações.

No ano de 2018 existiu ainda necessidade de recorrer a trabalho temporário para fazer face a acréscimo excecional da atividade da Empresa (stock Triagens), pelo que a 31 de dezembro existiam 30 trabalhadores vinculados a um contrato de trabalho temporário:

Trabalho suplementar

No ano de 2018 foram realizadas 15.380 horas de trabalho suplementar, representando um custo anual no valor de 89.174 EUR.

GRÁFICO 8 - TRABALHO SUPLEMENTAR – EVOLUÇÃO RECENTE

Taxa de absentismo

A taxa de absentismo para 2018 sofreu uma diminuição face a 2017 fixando-se em 11,70% sendo os principais motivos as baixas médicas, as licenças parentais e baixas por acidentes de trabalho.

Gráfico 9 - Taxa de Absentismo por serviço – evolução recente

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Saúde no Trabalho

Foram desenvolvidos trabalhos de natureza diversa, no âmbito da Saúde no Trabalho, que visaram a promoção das condições de segurança e saúde dos trabalhadores, de acordo com a legislação, normas e procedimentos internos, dos quais se destacam:

Consultas Médicas aos colaboradores de todas as unidades de produção, totalizando um volume para o ano de 2018 de 91 visitas do médico de medicina no trabalho, 585 horas de trabalho.

Vacinação gratuita para todos os Trabalhadores que a desejaram tomar. Na sequência desta campanha foi levada a cabo a vacinação da gripe sazonal a 149 colaboradores;

Ainda no âmbito da promoção da higiene e segurança no trabalho os serviços de medicina promoveram ações de formação às equipas de Primeiros Socorros incluídas no Plano de Segurança Interno de todas as unidades de produção;

O serviço de medicina teve também uma forte intervenção na fiscalização das baixas médicas e por acidente de trabalho, acompanhando e avaliando o estado clínico dos seus colaboradores.

Formação

A Formação Profissional corresponde a uma preocupação da empresa que procura enriquecer continuadamente o capital humano.

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Atividades e iniciativas

A RESINORTE teve em 2018 um forte investimento na área de comunicação e educação ambiental, com a Candidatura Conjunta de Comunicação Ambiental Estratégica da EGF.

No exercício da sua atividade, a RESINORTE interage com uma diversidade de públicos de uma forma mais ou menos direta. Daí ser importante manter uma relação de comunicação efetiva com estes públicos, identificando as necessidades de comunicação e veiculando informações relevantes de modo a informá-los e mobilizá-los para os objetivos da empresa.

O plano de ação de educação e sensibilização ambiental da RESINORTE baseou-se no apelo ao respeito pelo meio ambiente e à adoção de comportamentos conscientes que visem a Redução, Reutilização e Reciclagem dos resíduos.

De entre as várias iniciativas desenvolvidas, destacam-se as seguintes:

Ecoponto com Desconto – Reciclar Vale Mais

Esta iniciativa foi pioneira em Portugal e decorreu na área da abrangência da RESINORTE em duas Lojas Pingo Doce – Fafe (Cavadas) e Vizela (Lugar do Poço Quente), sendo uma campanha cofinanciada pelo POSEUR.

A campanha Reciclar Vale Mais pretendeu sensibilizar a população para a separação de resíduos e, em simultâneo, alertar para o benefício imediato de colocar as embalagens usadas no ecoponto, demonstrando que a reciclagem tem valor ao devolver ao cidadão uma parte para poder descontar nas suas compras em lojas Pingo Doce.

Programa Ecovalor

O programa Ecovalor destinou-se a estabelecimentos de ensino da área de abrangência da RESINORTE, e teve como objetivo promover boas práticas ambientais. Neste Programa foram realizadas 506 ações de

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sensibilização ambiental cofinanciadas pelo POSEUR, e que visaram a sensibilização ambiental de toda a comunidade escolar, onde ao mesmo tempo foi feito o lançamento do concurso separa e ganha e que permeará as instituições de ensino pelo seu bom desempenho ambiental.

Descrição das ações do projeto:

Concursos Separa e Ganha no Amarelo e Azul;

Ações de sensibilização para a Comunidade Escolar;

Visitas às instalações;

No Ano de 2018, com a realização de concursos em estabelecimentos de Ensino e IPSS foram recolhidos 164 toneladas de embalagens de plástico/metal.

Comércio a Reciclar

A ação de sensibilização "comércio a reciclar" destinou-se ao canal HORECA, comércio e serviços, e pretendeu dar apoio aos estabelecimentos da área de abrangência da RESINORTE, a partir de uma relação próxima que teve como objetivo promover a separação das embalagens usadas de forma adequada.

Durante esta ação, foram realizadas visitas a estabelecimentos comerciais, onde foram esclarecidas dúvidas sobre a separação de resíduos, assim como os seus benefícios.

Nesta campanha, a RESINORTE pode contar com o apoio do POSEUR, com a realização de 3.106 ações de sensibilização.

A Nossa Casa é um Planeta

Com uma abordagem inovadora e projetado em planetários itinerantes, as ações de sensibilização A Nossa Casa é um Planeta englobaram a apresentação de filmes, jogos sobre a temática ambiental e entrega de materiais pedagógicos que permitiram consolidar conhecimentos.

A RESINORTE realizou 217 ações de sensibilização ambiental, integradas no programa de comunicação e inovação social da EGF.

Ecoeventos

Os Ecoeventos são uma iniciativa pontual, certificada pela RESINORTE, onde se adotam medidas ambientais que promovem os conceitos da sustentabilidade.

Em 2018 foram apoiados 7 ecoeventos, com um serviço adequado de recolha seletiva adaptado à sua dimensão, sensibilização local e benefícios económicos associados à quantidade de embalagens separadas corretamente.

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Campanha de Divulgação da Colocação de Novos Ecopontos

A RESINORTE concluiu com sucesso até ao final de 2018 a colocação de 580 novos ecopontos na sua área de intervenção. Para a divulgação e sensibilização da população, foi criada uma campanha de comunicação Novos E opo tos , o v ios supo tes de i fo ação, o o po exe plo, pla as i fo ativas para

colocar em cima dos ecopontos, folhetos, outdoors, mupis, campanha digital, entre outros suportes de comunicação.

Em suma, as campanhas descritas anteriormente contribuíram para o aumento das quantidades de recicláveis recebidos.

No quadro seguinte sintetizam-se os principais indicadores da atividade de comunicação do ano 2018:

Comunicação e educação ambiental - Indicadores 2018

Plano de comunicação Percentagem de execução

96%

Visitas às nossas instalações Nº 40

Visitantes 1 392

Ações Ecovalor Nº 506

Ações comércio a reciclar Nº 3 106

Ações Planetário Nº 217

Palestras e formações Nº 201

Participantes 13 840

Concurso Ecovalor Escolas inscritas 62

Resíduos a Peso

Quantidade recolhida de resíduos de embalagem (ton)

69

Concurso Ecovalor Instituições inscritas

66

Amarelo por um sorriso

Quantidade recolhida de resíduos de embalagem (ton)

95

Ecoeventos realizados em parceria com os Municípios 7

Visitas ao Site Utilizadores 13 528

Visualizações 51 604

Rede Social Facebook Gostos 1 638

Visualizações 3 096

Reclamações externas Nº 13

Pedidos de informação Nº 33

Sugestões externas Nº 3

Notícias publicadas Nº 285

QUADRO 21 - TAXA DE ABSENTISMO POR SERVIÇO – EVOLUÇÃO RECENTE

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DESEMPENHO FINANCEIRO

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O capitulo seguinte descreve a análise Económica, Financeira e Patrimonial da empresa dos últimos dois exercícios.

Análise económica

Dos Rendimentos

Os rendimentos, no montante de 27.757.912 EUR, tiveram a seguinte estrutura:

Descrição 2018 2017 Variação

Vendas 7 428 139 7 576 394 -2%

Prestação de Serviços 11 320 193 9 685 488 17%

Subsídios ao Investimentos 3 113 414 5 993 019 -48%

Outros rendimentos e ganhos Operacionais 5 895 785 1 668 171 253%

Juros, Dividendos e Outros Rendimentos Similares 381 0 100%

Total 27 757 912 24 923 072 11%

QUADRO 22 - ESTRUTURA DE RENDIMENTOS (EM €

O volume de negócios em 2018 sofreu um aumento na ordem dos 9%, devido essencialmente à prestação de serviços tarifados mas também à significativa melhoria da exploração do Biogás de aterro, tendo inclusivamente esta componente do volume de negócios, aumentado 8% face a 2017.

Descrição 2018 2017 Variação

Prestações de Serviços (tarifas) 11 258 943 9 566 617 18%

Outras Prestações de Serviços 61 250 118 872 -48%

Vendas de Recicláveis TS 5 104 356 5 159 272 -1%

Vendas de Recicláveis TI 62 256 296 292 -79%

Vendas de Energia 2 216 197 2 050 324 8%

Vendas de Composto 45 330 70 507 -36%

Total 18 748 332 17 261 882 9%

QUADRO 23 – VOLUME DE NEGÓCIOS (EM €

No gráfico abaixo é esquematizado a estrutura do Volume de Negócios de 2018:

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GRÁFICO 10 – ESTRUTURA DO VOLUME DE NEGÓCIOS (EM €

Como se pode verificar no gráfico acima, a prestação de serviços (Tarifas), tem uma quota significativa na estrutura do Volume de negócios, contudo a empresa tem vindo a realizar um esforço significativo em termos de gestão e investimento, para que outras fontes de rendimento como a energia e a venda de recicláveis tenha cada vez mais um peso significativo na estrutura do Volume de negócios, diminuindo assim a dependência tarifária.

Relativamente aos subsídios ao investimento existe, face a 2017, uma redução significativa por força da aplicação dos critérios de vida útil dos bens sujeitos a amortização/depreciação.

No que respeita à rubrica de Outros Rendimentos e Ganhos, o aumento deve-se essencialmente à aplicação da IFRIC 12, estando refletido nesta rúbrica em 2017 em 2018 o montante do investimento associado à Concessão.

Dos Gastos

A 31.12.2018 os gastos, no montante de 26.992.904 EUR, apresentaram a seguinte estrutura:

Descrição 2018 2017 Variação

Custo das vendas/Variação de inventários -2 332 -34 043 -93%

Fornecimentos e Serviços Externos (FSE) 10 302 298 7 600 478 36%

Gastos com pessoal 4 485 814 4 030 887 11%

Amortizações, depreciações e Reversões do Exercício 6 058 414 10 608 747 -43%

Perdas por imparidade e reversões -5 460 126 319 -104%

Provisões 79 300 0 100%

Outros Gastos e Perdas Operacionais 5 534 327 1 104 907 401%

Gastos e Perdas de Financiamento 540 544 735 106 -26%

Total 26 992 904 24 172 401 12%

QUADRO 24 - ESTRUTURA DE GASTOS (EM €

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Em 2018, os gastos de natureza operacional (FSE, gastos com pessoal, gastos com depreciações e amortizações e perdas por imparidade) sofreram, face a 2017, um aumento de cerca de 1,5M euros, correspondendo a um aumento de 6,7%.

Relativamente aos FSE´s, os principais aumentos devem-se essencialmente, a subcontratos, com o t ata e to e t a spo te de lixiviados pa a ETAR’s exte as e o o t a spo te de esíduos da i stalação de Riba de Ave (Vila Nova de Famalicão), para os aterros de Boticas, Bigorne (Lamego) e Vila Real, a conservação e reparação e o pagamento de prémios do seguro multirriscos.

Os gastos com pessoal sofreram um incremento de 11%, relacionado essencialmente com o aumento do número de funcionários face a 2017.

No que respeita à rubrica de Outros Gastos e Perdas Operacionais, o aumento deve-se essencialmente à aplicação da IFRIC 12, estando refletido nesta rúbrica em 2017 em 2018 o montante do investimento associado à Concessão.

Os gastos financeiros reduziram cerca de 26%, refletindo a diminuição dos suprimentos e do empréstimo de m/l prazo. De referir que 79% dos gastos financeiros correspondem a encargos com o financiamento de MLP.

No gráfico abaixo é esquematizado a estrutura de gastos do ano de 2018:

Gráfico 11 – Estrutura de Gastos

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65

Dos Resultados

O resultado líquido do período de 2018 cifra-se em 562.415,81 EUR positivos cuja descrição é a seguinte:

Descrição 2018 2017 Variação

Resultados Operacionais 1 305 170 1 485 777 -12%

Resultados Financeiros -540 162 -735 106 -27%

Resultados antes de Impostos 765 008 750 671 2%

Imposto sobre Rendimento -202 592 298 545 -168%

Resultado Líquido 562 416 1 049 217 -46%

EBITDA 4 324 010 6 222 824 -31%

QUADRO 25 - ANÁLISE ECONÓMICA – RESULTADOS (EM €

O Resultado operacional é inferior em 12% face a 2017, devido essencialmente ao aumento significativo o os FSE’s.

O Resultado financeiro negativo, reduziu cerca de 27% face a 2017, consequência da diminuição do capital do empréstimo de M/L prazo e do reembolso parcial de suprimentos.

Análise Financeira e Patrimonial

O Balanço apresenta a 31.12.2018 a seguinte estrutura:

Balanço 2018 2017 Variação

Ativos não Correntes 80 446 924 82 115 928 -2%

Ativos Correntes 12 974 901 14 819 584 -12%

Total do Ativo 93 421 825 96 935 512 -4%

Capital Próprio 45 505 989 45 354 046 0%

Passivos não Correntes 33 892 377 41 793 125 -19%

Passivos Correntes 14 023 459 9 788 342 43%

Total do Capital Próprio e Passivo 93 421 825 96 935 512 -4%

QUADRO 26 - ESTRUTURA DO BALANÇO (EM €

Destaques:

Redução dos ativos não correntes em resultado das amortizações do período;

Redução dos ativos correntes originado pela redução de disponibilidades;

Capital Próprio em linha com o ano anterior;

Redução dos passivos não correntes, resultante da amortização de 2,5M EUR do empréstimo de MLP e 2,75M EUR de suprimentos;

Aumento dos passivos correntes originado pelo aumento da ú i a de Fo e edo es , valo este associado ao investimento realizado no final do exercício como por exemplo a compra de Viaturas de Recolha Seletiva.

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Passivos e Outras Responsabilidades

A 31.12.2018 a RESINORTE tinha as seguintes responsabilidades:

2018 2017 Variação

Empréstimos bancários - banca comercial 13 675 240 16 161 740 -15%

Empréstimos - Empresa-mãe 1 000 000 3 750 000 -73%

Não correntes 14 675 240 19 911 740 -26%

Empréstimos bancários - banca comercial 2 679 453 2 717 188 -1%

Correntes 2 679 453 2 717 188 -1%

Total de empréstimos 17 354 693 22 628 928 -23%

QUADRO 27 - RESPONSABILIDADES BANCÁRIAS (EM €

Em 2018 prosseguiu-se a redução do endividamento da RESINORTE, amortizando-se em 2,5M EUR o financiamento de médio e longo prazo e em 2,75 M EUR os suprimentos.

Clientes e Evolução do PMR

A divida de clientes em 2018 reduziu face a 2017 em cerca de 5%. Relativamente à divida de clientes não corrente é relativo ao acordo de regularização de divida com a Trofáguas e com o Município de Peso da Régua.

Montante liquido Variação

2018 2017

Não correntes:

Clientes municipais 1 398 122 1 850 226 -24%

Correntes:

Clientes municipais 3 020 441 3 082 132 -2%

Outras entidades 1 690 302 1 495 946 13%

Total Corrente 4 710 743 4 578 079 3%

Total 6 108 864 6 428 305 -5%

QUADRO 28 – DIVIDA DE CLIENTES (EM €

O prazo médio de recebimentos (PMR) em 2018, demonstrou uma melhoria comparativamente ao ano anterior. A dívida dos Municípios sofreu uma redução em relação a 2017 (-10,4%), destacando-se a formalização do acordo de regularização da dívida com o Município do Peso da Régua.

PMR 2018 2017

PMR de Clientes (dias) 139 153

QUADRO 29 - PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS

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Investimento

O a o de fi ou a ado pelo fo te i vesti e to ealizado o o ta te ap oxi ado de , M€, o valor mais alto dos últimos 7 anos e que corresponde na sua essência ao seguinte:

Investimento em viaturas de recolha seletiva

Ecopontos

Contentores

Empilhadores

Selagem definitiva do aterro de Gonça

Financiamento

O financiamento da componente não elegível dos investimentos realizados em 2018 foi realizado com recursos próprios.

A dívida financeira total da RESINORTE, em 31.12.2018, tem a seguinte estrutura:

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo com um saldo de 16,35 milhões de euros.

Suprimentos com a EGF com um saldo de 1 milhão de euros.

Tarifas

A RESINORTE, durante o ano de 2018, teve o seguinte enquadramento tarifário:

Tarifa implícita aos proveitos permitidos: 30,56€ to

Tarifa implícita com ajustamento de 2016: 27,17€ to

Tarifa faturada a clientes municipais: 27,17 € to

Entretanto, estima-se em 0,42€/to o o ta te do ajusta e to da ta ifa este a o de 2018.

Em seguida descreve-se a evolução da tarifa da RESINORTE e das empresas que deram a origem à RESINORTE antes da fusão. Como facilmente se depreende a criação da RESINORTE e as sinergias e eficiências entretanto conseguidas tem permitido um enquadramento tarifário muito vantajoso para os municípios, não obstante, a tarifa prevista para 2019, perceciona-se como excessivamente baixa, o que poderá trazer desafios significativos à empresa, neste período, em concreto.

Gráfico 12 – Evolução da tarifa

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PERSPETIVAS PARA 2019

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PERSPETIVAS PARA 2019

Em julho de 2018 a RESINORTE sofreu uma significativa alteração em termos de organização interna tendo permitindo à empresa do ponto de vista operacional tornar-se mais eficiente. É expectável que estas alterações venham a refletir-se de forma mais acentuada durante o exercício de 2019, permitindo assim estabilizar a empresa do ponto de vista operacional.

Com a entrada num novo período regulatório, CRP 19-21, a empresa terá pela frente três anos de grandes desafios, e de exigência orçamental e de eficiência importantes, quer ao nível do plano de investimentos aprovado, com montantes ambiciosos e de monta, quer sobretudo face ao baixo nível tarifário aprovado pela ERSAR.

Será objetivo fundamental, a realização do ambicioso Plano de Investimentos aprovado, que permitirá adequar a capacidade da RESINORTE tornando-a preparada para atingir as metas do PERSU 2020, já com a perspetiva das novas metas ambientais que se perspetivam no âmbito do Pacote da Economia Circular e que terão eco na Estratégia Nacional para o Sector dos Resíduos.

Para o futuro, a RESINORTE dará continuidade à sua missão, cumprindo as orientações estratégicas dos acionistas e fomentando as melhores práticas no setor para o tratamento e valorização dos resíduos.

A empresa procurará sempre manter a qualidade e níveis de serviço, e cumprir os objetivos de serviço publico, indo ao encontro dos clientes municipais e das populações servidas, o qual, com tarifas anormalmente baixas face ao histórico, será um desafio constante e continuo a que se procurará dar uma resposta adequada;

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FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO

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FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCICIO

Após o termo do Exercício a aconteceram os seguintes factos relevantes:

Coaptação em 16 de janeiro de 2019 da Administradora Executiva, Cristina Maria da Cunha Saraiva em substituição de Gerardo José Sampaio da Silva Saraiva de Meneses;

Assinatura de uma cordo de regularização de divida com o Município de Tarouca;

Deferimento do pedido de reembolso de IVA no montante de 404.626,66 EUR;

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Conselho de Administração deseja expressar o seu profundo reconhecimento:

Aos Acionistas Câmaras Municipais e Associação de Municípios, pela participação ativa e colaborante nos diversos aspetos da atividade da empresa.

Ao Acionista EGF pelo contínuo apoio que tornou possível a boa execução dos objetivos da Empresa durante o exercício decorrido.

Ao Revisor Oficial de Contas e Conselho Fiscal pela disponibilidade e colaboração prestada.

Á ERSAR, APA e CCDR-N pela intervenção institucional prestada.

A todos os colaboradores da empresa, que com a sua dedicação e competência tornaram e tornam todos os dias possível a concretização dos objetivos e da estratégia definida.

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

O Conselho de Administração, propõe que o Resultado Liquido do Período de 2018, no valor positivo de 562.415,61 EUR, tenha a seguinte aplicação:

APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Reserva Legal (5%) 28 120,79

Distribuição dividendos 281 207,91

Resultados Transitados 253 087,11

QUADRO 30 – APLICAÇÃO DE RESULTADOS (EM €

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ANEXO AO RELATÓRIO

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ANEXO AO RELATÓRIO

O capital social da RESINORTE – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, SA era, a 31.12.2018, integralmente detido pelos acionistas que constam do Quadro I - Estrutura Acionista.

Codessoso, 27 de fevereiro de 2019

O Conselho de Administração,

________________________________________

Miguel Pires Eurico Lisboa

Pablo Barreiro Blanco

Cristina Maria da Cunha Saraiva

Francisco Javier San José Sancho

Luis Fernando Adrada Guajardo

Joaquim Monteiro da Mota e Silva

Fernando Pereira Campos

Carlos Manuel Gomes Matos da Silva Fernando Silvério Cardoso de Sousa

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CONTAS INDIVIDUAIS

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31 de dezembro 31 de dezembro

Notas de 2018 de 2017

ATIVO NÃO CORRENTE:

Ativos fixos tangíveis

Propriedades de investimento

Ativos intangíveis 6 76 152 725 77 050 091

Outros ativos financeiros 7 380 3 982

Clientes 8 1 398 122 1 850 226

Ativos por impostos diferidos 11 2 888 697 3 211 629

Total do ativo não corrente 80 446 924 82 115 928

ATIVO CORRENTE:

Inventários 7 258 369 256 038

Clientes 8/18 4 710 743 4 578 079

Estado e outros entes públicos 12 1 769 904 120 381

Outros créditos a receber 9 2 541 420 419 214

Diferimentos 10 549 622 99 652

Caixa e depósitos bancários 4 3 144 843 9 346 221

Total do ativo corrente 12 974 901 14 819 584

Total do ativo 93 421 825 96 935 512

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:

Capital subscrito 13 8 000 000 8 000 000

Reserva legal 13 575 255 522 794

Outras reservas 13 1 565 270 1 565 270

Resultados transitados 13 1 101 870 629 723

Outras variações no capital próprio 13 33 701 178 33 587 042

Resultado líquido do período 562 416 1 049 217

Capital próprio atribuído a acionistas da empresa-mãe 45 505 989 45 354 046

Interesses que não controlam -

Total do capital próprio 45 505 989 45 354 046

PASSIVO:

PASSIVO NÃO CORRENTE:

Provisões 14 79 300 -

Financiamentos obtidos 15 14 675 240 19 911 740

Passivos por impostos diferidos 11 13 165 377 13 249 730

Outras dívidas a pagar 17 5 109 877 8 046 361

Diferimentos 10 862 584 585 294

Total do passivo não corrente 33 892 377 41 793 124

PASSIVO CORRENTE:

Fornecedores 16 5 342 186 1 346 259

Estado e outros entes publicos 12 2 916 942 3 190 632

Financiamentos obtidos 15 2 679 453 2 717 188

Outras dívidas a pagar 17 2 834 815 1 218 793

Diferimentos 10 250 063 1 315 471

Total do passivo corrente 14 023 459 9 788 342

Total do passivo 47 915 836 51 581 466

Total do capital próprio e do passivo 93 421 825 96 935 512

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

(Montantes expressos em Euros)

ATIVO

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de dezembro de 2018.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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31 de dezembro 31 de dezembro

Notas de 2018 de 2017

Vendas e serviços prestados 19 18 748 332 17 261 882

Variação nos inventários da produção 7 2 332 34 043

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas - -

Fornecimentos e serviços externos 20 (10 302 298) (7 600 478)

Gastos com o pessoal 21 (4 485 814) (4 030 887)

Imparidade de dívidas a receber 8 5 460 (126 319)

Provisões 14 (79 300) -

Outros rendimentos 22 5 895 785 1 668 171

Outros gastos 23 (5 534 327) (1 104 907)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 4 250 170 6 101 505

Gastos de depreciação e de amortização 24 (6 058 414) (10 608 747)

Subsídio ao investimento 13 3 113 414 5 993 019

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 1 305 170 1 485 777

Juros e rendimentos similares obtidos 25 381 -

Juros e gastos similares suportados 25 (540 544) (735 106)

Resultado antes de impostos 765 008 750 672

Impostos sobre o rendimento do período 11 (202 592) 298 545

Resultado líquido do período 562 416 1 049 217

Resultado líquido do exercício atribuível a:

Detentores do capital da empresa-mãe 562 416 1 049 217

Interesses que não controlam

562 416 1 049 217

Resultado por ação 27 0,07 0,13

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas do exercício findo em 31 de dezembro de 2018.

RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

(Montantes expressos em Euros)

RENDIMENTOS E GASTOS

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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31 de dezembro 31 de dezembro

Notas de 2018 de 2017

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS:

Recebimentos de clientes 21 728 593 22 970 425

Pagamentos a fornecedores (11 718 437) (10 000 876)

Pagamentos ao pessoal (3 744 510) (3 369 074)

Fluxos gerados pelas operações 6 265 646 9 600 474

Pagamento do imposto sobre o rendimento (1 119 089) 1 255 372

Outros recebimentos / (pagamentos) (2 976 695) (2 158 510)

Fluxos das atividades operacionais (1) 2 169 862 8 697 336

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:

Pagamentos respeitantes a:

Ativos intangíveis (3 591 064) (1 136 589)

(3 591 064) (1 136 589)

Recebimentos provenientes de:

Ativos intangíveis 350 000 -

Subsídios ao investimento 1 152 374 -Juros e rendimentos similares -

Dividendos

1 502 374 -

Fluxos das atividades de investimento (2) (2 088 690) (1 136 589)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos - -

Realização de capital - -

- -

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (2 500 000) (2 500 000)

Juros e gastos similares (507 943) (580 405)

Acionistas (2 750 000) -

Dividendos (524 608) (900 399)

(6 282 551) (3 980 804)

Fluxos das atividades de financiamento (3) (6 282 551) (3 980 804)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) (6 201 379) 3 579 943

Constituição de depósitos bancários cativos - -

Caixa e seus equivalentes no início do período 9 346 221 5 766 279

Caixa e seus equivalentes no fim do período 3 144 843 9 346 221

Depósitos bancários cativos - -

Caixa e depósitos bancários no fim do exercício 3 144 843 9 346 221

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Montantes expressos em Euros)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de 2018.

RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2018 E 2017

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

A RESINORTE – Valo ização e T ata e to de Resíduos Sólidos, S.A. RESINORTE , Co essio ia ou E p esa u a so iedade a ó i a, o stituída e pelo De eto-Lei n.º 235/2009,

posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 106/2014 de 02 de julho, com sede social em Codessoso, 4860-166 Celorico de Basto, e tem como objetivo social exclusivo, em regime de concessão de serviço público, a exploração e a gestão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva de resíduos urbanos, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Norte Central integrando como utilizadores os municípios de Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guimarães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua. Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar, Vial Real e Vizela.

Nos termos do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, o Governo privatizou a Empresa Geral do Fo e to, S.A. EGF , ue a te io e te pe a e ia o o u a su -holding da Empresa Águas de Portugal para o setor dos resíduos. A alie ação do apital so ial da EGF Su a T ata e to, S.A. Su a T ata e to , e p esa detida aio ita ia e te pelo G upo Mota-Engil), teve como consequência a alteração do enquadramento jurídico das entidades gestoras dos sistemas multimunicipais de tratamento de resíduos, nas quais se inclui a Empresa, na qual a EGF é acionista maioritária. Neste quadro, o Governo reviu o regime jurídico aplicável à atuação das entidades gestoras de sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos.

Desta forma, através do Decreto-Lei 96/2014, de 25 de junho, foram aprovadas as bases da concessão da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, atribuída a entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente privados. Foi também aprovado um novo Regime Remuneratório, tendo sido publicado pelo regulador o RTR- Regulamento Tarifário de Resíduos, com um novo modelo regulatório a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016. O contrato de concessão foi objeto de reconfiguração, com vista à adaptação do seu conteúdo às novas bases da concessão, tendo o período da respetiva concessão sido alargado até 2034.

Em abril de 2018, a Concessionária entregou ao regulador as contas reais reguladas do exercício de 2017, as quais evidenciaram um ajustamento tarifário face aos valores inicialmente aprovados e às tarifas praticadas naquele exercício.

Deste modo, a Empresa refletiu nas demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2018, aquele diferencial assim como uma estimativa relativamente ao mesmo efeito referente às tarifas praticadas e apuradas para 2018.

É entendimento do Conselho de Administração, que a estimativa do ajustamento tarifário relativo a 2018 pelo regulador não deverá acarretar diferenças significativas face aos montantes determinados pela Empresa.

As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a moeda utilizada preferencialmente no ambiente económico em que a Empresa opera.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 27 de fevereiro de 2019, contudo as mesmas ainda estão sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral. É entendimento do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua posição e desempenhos financeiros e fluxos de caixa.

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2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2.1. Referencial contabilístico

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 98/2015 de 2 de junho, que alterou o Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho, e de acordo com a estrutura concetual, as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro

NCRF e as No as I te p etativas NI o sig adas, espetivamente, nos avisos 8254/2015, 8256/2015 e 8258/2015, de 29 de julho de 2015, as quais no seu conjunto constituem o Sistema de No alização Co ta ilísti a SNC .

Acresce referir que o modelo das demonstrações financeiras e o quadro de contas também foram alterados, respetivamente, pela Portaria nº 220/2015 de 24 de julho de 2015 e Declaração de Retificação nº 41-B/2015 de 21 de setembro de 2015 e pela da Portaria nº 218/2015 de 23 de julho de 2015 e Declaração de Retificação nº 41-A/2015 de 21 de setembro de 2015.

De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por NCRF ou SNC .

O SNC estabelece que, sempre que as NCRF não deem resposta às necessidades dos utilizadores em termos de tratamento contabilístico de determinadas situações, estes deverão supletivamente recorrer, em primeiro lugar, às Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia

IFRS , de seguida, s out as IFRS ai da ão adotadas pela U ião Eu opeia.

Neste contexto, é entendido como aplicável ao caso das concessões de serviço público em geral, e ao caso da Empresa em particular, a interpretação efetuada pelo International Accounting Standards Board

IASB elativa e te a esta te ti a e ve tida na IFRIC 12 - A o dos de Co essão de Se viços IFRIC .

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:

3.1. Bases de Apresentação

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras.

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O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade da Empresa operar em continuidade, tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outra, incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras, disponível sobre o futuro. Em resultado da avaliação efetuada, o Conselho de Administração concluiu que a Empresa dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras

3.2. Ativos Intangíveis

Ativos da concessão – IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços

Os ativos adquiridos/construídos pela Empresa, ao abrigo do contrato de concessão, são ativos afetos à concessão, correspondendo à respetiva infraestrutura concessionada.

A IFRIC 12 aplica-se a contratos de concessão de serviço público nos quais o concedente controla (regula):

- os serviços a serem prestados pela Concessionária (mediante a utilização da infraestrutura), a quem e a que preço; e

- quaisquer interesses residuais sobre a infraestrutura no final do contrato.

A IFRIC 12 aplica-se a infraestruturas:

- construídas ou adquiridas pelo operador a terceiros;

- já existentes e às quais é dado acesso ao operador.

Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a concessão da Empresa encontra-se abrangida no âmbito desta IFRIC pelas seguintes razões:

- a Empresa possui um contrato de concessão de serviço público celebrado com o Estado Português Co ede te e po u pe íodo p -definido;

- A Empresa efetua a prestação de serviços públicos mediante a utilização de infraestruturas, conforme definido em detalhe na [Nota 20];

- o concedente controla os serviços prestados e as condições em que são prestados, através do regulador ERSAR;

- os diversos ativos utilizados para a prestação dos serviços revertem para o concedente no final do contrato de concessão.

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Esta interpretação estabelece os princípios genéricos de reconhecimento e mensuração de direitos e obrigações ao abrigo de contratos de concessão com as características mencionadas anteriormente e define os seguintes modelos:

i) Modelo do ativo financeiro – quando o operador tem um direito contratual incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do concedente, correspondente a montantes especificios ou determináveis, o operador deverá registar um ativo financeiro (conta a receber). Neste modelo, a entidade concedente dispões de poucos ou nenhuns poderes discricionários para evitar o pagamento, em virtude de o acordo ser, em geral, legalmente vinculativo.

ii) Modelo do ativo intangível – quando o operador recebe do concedente o direito de cobrar uma tarifa em função da utilização da infraestrutura, deverá reconhecer um ativo intangível.

iii) Modelo misto – este modelo aplica-se quando a concessão inclui simultaneamente compromissos

de remuneração garantidos pelo concedente e compromissos de remuneração dependentes do nível de utilização das infraestruturas da concessão.

Deste modo e atendendo aos termos dos contratos de concessão, nomeadamente no que se refere ao modelo remuneratório, foi entendido que as operações da Empresa são enquadráveis no modelo do ativo intangível, em virtude, essencialmente, das concessionárias terem o direito incondicional de cobrar os utilizadores e assumirem os riscos operacionais, de investimento e de financiamento da concessão.

Nesse enquadramento e em relação ao valor residual dos ativos afetos à concessão (de acordo com os contratos de concessão, a Empresa tem o direito de ser ressarcida no final da concessão com base no valor líquido contabilístico dos ativos concessionados), este foi integrado, igualmente, como uma parte do ativo intangível, sendo remunerado anualmente de acordo com o regulamento tarifário em vigor.

Atendendo ao enquadramento acima descrito, os ativos afetos à concessão (ativos intangíveis) encontram-se valorizados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base sistemática/linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados.

Para fins de amortização dos ativos afetos à concessão, foi tido em consideração o método que reflete o modelo pelo qual se espera que os benefícios económicos futuros dos ativos sejam consumidos pela Empresa. Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a Empresa considera que o método de amortização que melhor reflete o padrão de consumo esperado dos benefícios económicos futuros do ativo intangível é a amortização em função das taxas de amortização definidas e aprovadas pelo regulador (ERSAR), por ser esta a base do seu rendimento anual, ou seja, os ativos concessionados são amortizados em conformidade com o modelo de remuneração subjacente ao Regulamento Tarifário.

Importa ainda referir que, o direito atribuído no âmbito do contrato de concessão consiste na possibilidade da Empresa cobrarem tarifas em função dos custos incorridos com as infraestruturas. Assim, tendo em consideração a metodologia de apuramento de tarifas, a base de remuneração é apurada atendendo a cada item de ativo concessionado em específico, o que pressupõe a necessidade de componentização do

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direito. Consequentemente, considera-se que o direito é componentizável por partes distintas à medida que se vão concretizando as diversas bases de remuneração.

Desta forma, o ativo intangível vai sendo aumentado à medida que se vão concretizando as diversas infraestruturas afetas à concessão, sendo registado com base no seu custo de aquisição/construção e diminuído à medida que se vão consumindo os benefícios económicos futuros.

Relativamente aos subsídios ao investimento afetos aos ativos, estes são reconhecidos na demonstração de resultados na mesma cadência da amortização dos ativos.

No âmbito do contrato de concessão em vigor enquadrável, a atividade de construção é subcontratada externamente a entidades especializadas. Por conseguinte, a Empresa não tem qualquer margem na construção dos ativos afetos a concessões, pelo que o rédito e os encargos com a aquisição destes ativos apresentam igual montante (Notas 22 e 23).

3.3. Subsídios ao Investimento

Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos, quando existe uma certeza razoável de que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição.

Os subsídios de Governo não reembolsáveis, relacionados com a aquisição de ativos intangíveis, são reconhecidos inicialmente no capital próprio, juntamente com os respetivos passivos por impostos diferidos, numa base sistemática como rendimento do exercício, de forma consistente e proporcional com as amortizações dos ativos a cuja aquisição se destinam.

3.4. Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes

Provisões

São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.

O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação.

As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletirem a melhor estimativa a essa data.

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Passivos Contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota, nem provável.

Ativos Contingentes

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

3.5. Ativos e Passivos Financeiros Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais.

Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros), quando:

Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida;

Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e

Não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método da taxa de juro efetiva, de qualquer diferença entre esse montante na maturidade. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados no valor líquido contabilístico do ativo ou passivo financeiro.

Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:

Clientes;

Créditos a receber;

Fornecedores;

Adiantamentos de clientes;

Outras dívidas a pagar;

Financiamentos obtidos.

Caixa e Equivalentes de Caixa

A rubrica de caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários com vencimento inferior a três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis ou com risco insignificante de alteração de valor.

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Imparidade de Ativos Financeiros

Os ativos financeiros são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados negativamente.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.

Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo. As perdas por imparidade são registadas em resultados no período em que são determinadas.

Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é refletida em resultados.

Desreconhecimento de Ativos e Passivos Financeiros

A Empresa desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade o controlo dos ativos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.

A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

3.6. Rédito

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito reconhecido está deduzido do montante de descontos e outros abatimentos. O rédito é reconhecido não inclui IVA e outros impostos liquidados relacionados com a venda.

O rédito proveniente da venda de energia e produtos valorizáveis é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

Todos os riscos e vantagens associados à propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;

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A Empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;

O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa;

Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.

A tarifa encontra-se suportada num contrato estabelecido com o cliente, em que o preço da venda se encontra definido.

O rédito proveniente da prestação de serviços de tratamento e valorização de resíduos urbanos é reconhecido com base nas quantidades de resíduos tratados, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:

O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;

É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa;

Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade;

A fase de acabamento do serviço pode ser mensurada com fiabilidade.

O reconhecimento do rédito para as atividades concessionadas é efetuado com base na tarifa aprovada do regulador (ERSAR) determinada pelos proveitos permitidos em função das quantidades de resíduos da recolha indiferenciada.

A tarifa tem a finalidade de recuperar:

i) A amortização dos ativos da concessão associados à atividade regulada ii) Retorno no valor médio contabilístico dos ativos associados à atividade regulada, de acordo com as

taxas definidas pelo regulador iii) Os custos operacionais associados à atividade regulada

Desvios Tarifários

O regulamento tarifário, emitido pela ERSAR, define a fórmula de cálculo dos proveitos permitidos das atividades reguladas e contemplam nessa fórmula de cálculo o apuramento dos desvios tarifários que são recuperados até ao seguindo ano após a data em que os mesmos são gerados, encontrando-se assim definido o período no qual estes desvios são recuperados.

Desta forma, a Empresa apura, em cada data de relato e de acordo com os critérios definidos pelo regulamento tarifário publicado pela ERSAR, os desvios apurados entre os proveitos permitidos recalculados com base em valores reais e os proveitos faturados.

Atendendo à legislação e enquadramento regulatório em vigor acima descrito, os desvios tarifários apurados pela Empresa em cada exercício cumprem um conjunto de características (fiabilidade de mensuração, direito à sua recuperação, transmissibilidade dos mesmos e incidência de juros) que suportam o seu reconhecimento como rédito, e como ativo, no ano em que são apurados. Tal racional é igualmente válido quando são apurados desvios tarifários a entregar (a pagar), os quis são configuráveis como passivos e menos rédito.

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3.7. Imparidade de Ativos Intangíveis e Ativos Fixos Tangíveis

Sempre que exista algum indicador que os ativos intangíveis e ativos fixos tangíveis possam estar em imparidade, é efetuada uma estimativa do seu valor recuperável a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso).

Quando não é possível determinar o valor recuperável de um ativo individual, é estimado o valor recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. Para os ativos afetos ao contrato de concessão, considera-se que os ativos pertencem à mesma única unidade geradora de caixa.

O valor recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre: (i) o justo valor deduzido de custos para vender; e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.

Sempre que o valor líquido contabilístico do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior ao seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados. A reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (líquido de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

3.8. Imposto sobre o Rendimento

Os impostos sobre o rendimento correspondem à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando os impostos diferidos se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos, os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio.

Os impostos correntes sobre o rendimento são calculados com base no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como os

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resultados de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e contabilístico.

São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis.

São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura.

Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente emitidas na data de relato.

3.9. Especialização dos Exercícios

Os gastos e rendimentos são reconhecidos no período a que dizem respeito, de acordo com o princípio da especialização de exercícios, independentemente da data/momento da sua faturação. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados.

Os gastos e rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas de diferimentos.

3.10. Inventários

As mercadorias, bem como as matérias-primas, subsidiárias e de consumo, encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio.

Os subprodutos, produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao seu custo de produção.

O valor líquido de realização representa o preço de venda estimado deduzido de todos os custos estimados necessários para concluir os inventários e para efetuar a sua venda. Nas situações em que o valor do custo/produção é superior ao valor líquido de realização são registadas perdas por imparidade pela respetiva diferença.

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As variações do exercício nas perdas por imparidade de inventários são registadas na demonstração dos resultados.

3.11. Encargos Financeiros com Empréstimos Obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gastos à medida que são incorridos.

Os encargos financeiros de empréstimos obtidos relacionados com a aquisição ou construção de infraestruturas são capitalizados, sendo parte integrante do custo do ativo. A capitalização destes encargos financeiros tem início quando começam a ser incorridos dispêndios com o ativo e prolongam-se enquanto estiverem em curso as atividades necessárias para preparar o ativo para o seu uso pretendido ou para a sua venda. Tal capitalização cessa quando substancialmente todas as atividades necessárias para preparar o ativo para o seu uso pretendido ou para a sua venda estejam concluídas. Adicionalmente, a capitalização é suspensa durante os períodos extensos em que o desenvolvimento das atividades atrás referidas seja interrompido. Quaisquer rendimentos gerados por empréstimos obtidos antecipadamente relacionados com um investimento específico são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

3.12. Ativo Regulatório / Passivo Regulatório

Em 1 de janeiro de 2016 e tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2015, as concessionárias aferiram quanto à existência de uma responsabilidade para com o concedente

Saldo egulató io , se do esta determinada tendo por referência os montantes dos acréscimos de gastos referente a amortizações acumuladas de investimento contratual por realizar, deduzido do montante de imposto diferido que lhe estava associado e do valor contabilístico líquido de amortização e subsídios do conjunto de bens e ativos que não integraram a base de ativos regulados relevante para efeito de apuramento dos proveitos permitidos. Nos casos em que aquele montante foi negativo, aquela espo sa ilidade, Passivo Regulató io , foi egistada o passivo, ua do positivo, foi egistado u Ativo

Regulató io, ou Di eito Co t atual . Su se ue te e te, ua do seja esti ada u a va iação a ual de tarifas superior a 2% aos proveitos anualmente permitidos às concessionárias, o excedente àquele valor pode ser deduzido ao Passivo Regulatório, quando este exista. No final das concessões, caso ainda exista Passivo Regulatório, o correspondente montante será deduzido ao valor residual da BAR a que as concessionárias terão direito. Nos casos e ue foi dete i ado u Ativo Regulató io , o es o amortizado ao longo do período da concessão.

Decorrente da transposição do Passivo Regulatório para as demonstrações financeiras foi apurado um diferencial, o qual foi tratado como sendo uma compensação contratual por conta dos efeitos das alterações do novo modelo regulatório e remuneratório da concessão, as quais acarretaram novas responsabilidades e obrigações para a concessionária, materializadas na assunção de novos riscos, quer ao nível operacional, como ao nível do financiamento das suas atividades, para além do respetivo impacto na sua remuneração.

3.13. Juízos de Valor, pressupostos críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

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Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam o valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como os rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras anuais foram as seguintes:

Perdas por imparidade de contas a receber;

Registo de impostos diferidos;

Registo de provisões;

Registo dos efeitos do diferencial de tarifário na especialização da receita reconhecida.

3.14. Acontecimentos após a data do balanço

Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

3.15. Demonstração de Fluxos de Caixa

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. A Empresa classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende, também, os descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de financiamentos obtidos.

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento.

As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional.

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Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, os recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis, se aplicável.

As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos.

4. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os componentes da rubrica de caixa e depósitos bancários tinham a seguinte composição:

Em 31 de dezembro de 2018, o saldo da rubrica Outros depósitos bancários no montante de 1 milhão de Euros, correspondente a depósitos a prazo de curto prazo.

5. POLÍTICAS CONTABÍLISTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS E ERROS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2018 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas relativamente às utilizadas na preparação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2017, nem foram reconhecidos erros materiais ou alterações significativas das estimativas contabilísticas relativas a exercícios anteriores.

6. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica de Ativos intangíveis apresenta o seguinte movimento:

2018 2017

Caixa 1 250 1 250

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 2 143 593 9 344 971

Outros depósitos bancários 1 000 000 -

Caixa e equivalentes 3 144 843 9 346 221

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

97

Os principais investimentos realizados no decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2018, foram os seguintes:

Aquisição de Ecopontos no montante de 1,3 Milhões de Euros;

Aquisição de Viaturas de Recolha de Seletiva de Ecopontos e Porta a Porta no montante de 2,7 Milhões de Euros;

Selagem definitiva do aterro de Gonça no montante de 0,5 Milhões de Euros.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o Direito contratual subjacente ao investimento realizado nos ativos que integram as infraestruturas utilizadas na prestação do serviço era conforme segue:

Direito de

Util ização de

Infra

Estruturas

Investimentos

em curso

Outros ativos

intangíveis Total

Ativo bruto:

Saldo inicial 165 812 764 133 523 276 425 166 222 712

Adições 5 012 912 228 777 272 451 5 514 141

Redução (1 566 020) - - (1 566 020)

Saldo final 169 259 657 362 300 548 876 170 170 834

Amortizações e perdas por

imparidade acumuladas:

Saldo inicial 89 082 348 - 90 274 89 172 622

Amortizações do exercício (Nota 24) 5 785 839 - 272 574 6 058 414

Redução (1 212 927) - - (1 212 927)

Saldo final 93 655 261 - 362 848 94 018 109

Valor l íquido 75 604 396 362 300 186 028 76 152 725

2018

Direito de

Util ização de

Infra

Estruturas

Investimentos

em curso

Outros ativos

intangíveis Total

Ativo bruto:

Saldo inicial 163 563 141 1 567 836 92 129 165 223 106

Adições 308 028 507 282 184 296 999 606

Transferências 1 941 595 (1 941 595) - -

Saldo final 165 812 764 133 523 276 425 166 222 712

Amortizações e perdas por

imparidade acumuladas:

Saldo inicial 78 533 165 - 30 710 78 563 875

Amortizações do exercício (Nota 24) 10 549 183 - 59 564 10 608 747

Saldo final 89 082 348 - 90 274 89 172 622

Valor l íquido 76 730 416 133 523 186 151 77 050 091

2017

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7. INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica de inventários, é composta, essencialmente, por embalagens provenientes do processo de recolha seletiva.

A variação dos inventários da produção dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, tinha a seguinte composição:

8. CLIENTES

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os clientes têm a seguinte composição:

2018 2017

Aterros Sanitários 36 861 589 38 792 415

Tratamento mecânico 21 324 447 22 333 763

Triagem 3 146 228 3 521 040

Transferências e Transportes 2 196 388 2 568 017

Recolha Seletiva 5 103 643 1 916 378

Biogás de aterros 2 576 919 2 900 311

ETAR-ETAL 1 172 462 1 212 998

Ecocentros 2 864 611 3 009 471

Estrutura 720 409 609 549

75 966 696 76 863 940

Valor Líquido Contabi l ís ticoClasses

2018 2017

Produtos acabados:

Embalagens 185 547 187 064

Papel 38 895 52 901

Vidro 4 571 7 992

Outros 29 357 8 081

258 369 256 038

2018 2017

Saldo inicial 256 038 221 995

Regularizações de inventários - -

Saldo final 258 369 256 038

2 332 34 043

Variação dos inventários da

produção

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

99

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as contas a receber de clientes incluem saldos com partes relacionadas nos montantes de 4.432.727 Euros e 4.932.358 Euros, respetivamente (Nota 18).

De realçar o valor de 1.943 mil euros com a Trofáguas, que está em dívida em acordo de pagamento, sendo que desse montante 1.265 mil euros correspondem a dívida não corrente e remanescente no montante de 133 mil euros corresponde ao acordo de regularização de divida com o Município do Peso da Régua.

O movimento nas perdas por imparidade de clientes, durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foi conforme segue:

Do montante acima identificado, corresponde o montante de 713 mil euros à Sociedade Ponto Verde – Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens, S.A. (SPV), por não se reconhecer como devedora do valor de contrapartida financeira pelo acréscimo de custos com a recolha e triagem de determinados resíduos entregues pelo Grupo para reciclagem. No entendimento da Empresa, existem responsabilidades legais e/ou construtivas assumidas por aquela entidade, quer com o Empresa, quer com os organismos públicos responsáveis pelo Ambiente, que vinculam a SPV no pagamento daqueles montantes, razão pela qual as concessionárias a 14 de junho de 2017 apresentaram um litígio consórcio consolidado, no intuito de cobrar aqueles montantes. No entanto, em face do não reconhecimento da dívida parte da SPV e pelo facto da cobrança daqueles valores não ser certa, o Empresa decidiu constituir uma perda de imparidade para fazer face àqueles valores.

As perdas por imparidade em dívidas a receber reconhecidas na demonstração dos resultados dos períodos findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, apresentavam os seguintes reforços líquidos:

Montante Imparidade Montante Montante Imparidade Montante

bruto acumulada líquido bruto acumulada líquido

Não correntes:

Clientes municipais 1 398 122 - 1 398 122 1 850 226 - 1 850 226

Correntes:

Clientes municipais 3 020 441 - 3 020 441 3 082 132 3 082 132

Outras entidades 2 843 420 (1 153 119) 1 690 302 2 654 525 (1 158 579) 1 495 946

5 863 862 (1 153 119) 4 710 743 5 736 658 (1 158 579) 4 578 079

7 261 983 (1 153 119) 6 108 864 7 586 884 (1 158 579) 6 428 305

2018 2017

2018 2017

Reforços 7 953 135 580

Reversões (13 413) (9 262)

(5 460) 126 319

2018 2017

Saldo inicia l 1 158 579 1 032 260

Reforços 7 953 135 580

Reversões (13 413) (9 262)

Saldo fina l 1 153 119 1 158 579

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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A redução de perdas por imparidade reconhecidas no exercício findo em 31 de dezembro de 2018, decorre da recuperação de créditos considerados de cobrança duvidosa.

9. CRÉDITOS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as contas a receber têm a seguinte composição:

A u i a de Su sídios a e e e , diz esse ial e te espeito a a didatu as do POSEUR ap ovadas durante no final de 2017, relativo a investimento realizado entre o ano de 2017 e 2018.

No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2018 foi recebido subsídio ao investimento no montante de 1.152.374 Euros, estando ainda por receber do POSEUR o montante de 2.433.947 Euros.

10. DIFERIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica de diferimentos apresenta o seguinte detalhe:

(a) Este montante respeita à estimativa de desvio da base de ativos regulados entre o previsto e o realizado no período regulatório 2016 – 2018 a refletir na tarifa em 2020.

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Subsídios a receber 2 433 947 - 117 699 -

Adiantamentos a fornecedores 2 304 - 2 304 -

Outros créditos a receber 105 169 - 299 211 -

2 541 420 - 419 214 -

20172018

2018 2017

Ativo corrente:

Seguros 25 596 -

Combustíveis e materiais consumíveis 67 363 46 898

Diferimento de tarifas - novo regulamento tarifário (b) (Nota 19) 78 738 -

Desvio tarifário de 2017 (Nota 19) 295 618 -

Desvio tarifário de 2018 (Nota 19) -

Outros 82 306 52 754

549 622 99 652

549 622 99 652

Passivo não corrente:

Desvio tarifário de 2018 (Nota 19) (152 907)

Desvio tarifário da Base de Ativos Regulados (a) 1 015 491

Desvio tarifário de 2017 (Nota 19) - 585 294

862 584 585 294

Passivo corrente:

Diferimento de tarifas - novo regulamento tarifário (b) (Nota 19) - 1 064 609

Outros 250 063 250 861

250 063 1 315 471

1 112 647 1 900 765

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101

(b) Este montante respeita à diferença entre o valor da tarifa deliberada pela ERSAR para 2016 em sede de CRP 16-18 e o valor da tarifa definitiva aprovada pela ERSAR em sede de Contas Reguladas Reais de 2016.

Os montantes relativos a desvio tarifário, decorre entre a tarifa deliberada pela ERSAR face aos proveitos permitidos recalculados com base em valores reais e os proveitos faturados.

11. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Empresa encontra-se sujeitas a I posto so e o Re di e to das Pessoas Coletivas IRC taxa de % para a matéria coletável, acrescida de derrama municipal a uma taxa que varia entre 0,5% a 1,5 % sobre o lucro tributável, resultando num intervalo da taxa de imposto agregada de, no máximo entre 21,5% e 22,50%.

Adicionalmente, os lucros tributáveis do exercício que excedam os 1.500.000 Euros são sujeitos a derrama estadual, nos termos do artigo 87ºA do código do IRC, às seguintes taxas:

- 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros; - 5% para lucros tributáveis entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros; e - 9% para lucros tributáveis superiores a 35.000.000 Euros. A dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação do lucro tributável está condicionada ao maior dos seguintes limites:

- 1.000.000 Euros;

- 30% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2015 a 2018 ainda poderão estar sujeitas a revisão.

O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de revisões ou inspeções fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018 e 2017.

O prazo de dedução dos prejuízos fiscais reportáveis é de cinco períodos de tributação para os gerados em 2017 e 2018 e doze períodos de tributação para os gerados em exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2014. A dedução de prejuízos fiscais encontra-se limitada a 70% do lucro tributável.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

102

Em 31 de dezembro de 2018, a Empresa tinha prejuízos fiscais reportáveis gerados no exercício de 2018, no montante de 1.302.508 Euros, montante esse gerado no decurso do referido exercício. Em 31 de dezembro de 2018, encontram-se constituídos ativos por impostos diferidos no montante de 273.527 Euros referente a prejuízos fiscais no montante de 1.302.508 Euros.

Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica de imposto sobre o rendimento tem a seguinte composição:

a) Movimentos nos ativos e passivos por impostos diferidos

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, foi o seguinte:

2018 2017

Imposto corrente (Nota 11) 19 923 650 083

Imposto diferido reconhecido no exercício 200 979 (949 360)

Excesso de estimativa de imposto do

exercício anterior (18 310) 732

202 592 (298 545)

Saldo inicial

Demonstração

dos resultados Capital próprio Saldo final

Ativos por impostos diferidos

Perdas por imparidade de clientes 71 522 - - 71 522

Desvio tarifário 408 846 (250 787) - 158 059

Ativos intangíveis 205 158 (33 576) - 171 582

Passivo Regulatório 1 521 751 - - 1 521 751

Compensação Regulatória 495 063 (288 715) - 206 348

Prejuízo fiscal reportável - 273 527 - 273 527

Ajustamento de transição - subsídios 509 289 (23 381) - 485 908

3 211 628 (322 931) - 2 888 697

Passivos por impostos diferidos

Ajustamento de transição 1 675 739 (98 573) - 1 577 166

Subsídio ao investimento (Nota 13) 11 064 702 - 37 600 11 102 302

Ajustamento de transição - subsídios 509 289 (23 381) - 485 909

13 249 730 (121 953) 37 600 13 165 377

2018

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

103

A dezembro de 2017, foi obtido a resposta do pedido de informação vinculativo submetido à Administração Tributária pela EGF como representante das concessionárias, relativo à dedução fiscal do desreconhecimento dos ativos não afetos à BAR, o que originou a correção do prejuízo fiscal reportável referente ao exercício de 2016, passando parte substancial dos ativos desreconhecidos na sequência da alteração do modelo regulatório, a ser recuperados no futuro através da sua amortização fiscal.

Em 31 de dezembro de 2018 e em 31 de dezembro de 2017, as diferenças temporárias denominadas Ajusta e tos de t a sição esulta dos ajusta e tos de t a sição apu ados, e , po fo ça da

alteração do POC para os IFRS (sendo que posteriormente o grupo passou a adotar o SNC). Tais diferenças resultam, essencialmente, de acréscimos de gastos para investimento contratual realizado e de amortizações referentes a investimentos realizados, bem como do reconhecimento dos respetivos subsídios, as quais, face às disposições normativas aplicáveis, serão relevadas, para efeitos fiscais, durante o período remanescente dos contratos de concessão.

As restantes diferenças temporárias decorrem, essencialmente, do registo da especialização de amortizações para investimento contratual futuro (conforme modelo regulatório em vigor até 31 de dezembro de 2015) e do registo de subsídios ao investimento em capital próprio.

b) Reconciliação da taxa de imposto:

Saldo inicial

Demonstração

dos resultados Capital próprio Saldo final

Ativos por impostos diferidos

Perdas por imparidade de clientes 110 868 (39 346) - 71 522

Desvio tarifário - 408 846 - 408 846

Ativos intangíveis 249 026 (43 868) - 205 158

Passivo Regulatório 1 521 751 - - 1 521 751

Compensação Regulatória 524 184 (29 121) - 495 063

Prejuízo fiscal reportável 322 475 (322 475) - -

Ajustamento de transição - subsídios - 509 289 - 509 289

2 728 304 483 325 - 3 211 629

Passivos por impostos diferidos

Ajustamento de transição 1 774 312 (98 573) - 1 675 739

Subsídio ao investimento 12 534 021 - (1 469 319) 11 064 702

Outros 876 752 (367 463) - 509 289

15 185 085 (466 036) (1 469 319) 13 249 730

2017

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

104

12. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, as rubricas de Estado e out os e tes pú li os t a segui te composição:

(i) A taxa de gestão de resíduos corresponde a valores faturados a clientes e que serão devolvidos à Ag ia Po tuguesa do A ie te APA .

13. CAPITAL, RESERVAS E OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Capital subscrito

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o capital da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e estava representado por 8.000.000 ações com o valor nominal de 1 Euros.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o capital da Empresa era detido pelas seguintes entidades:

2018 2017

Resultado antes de impostos 765 008 750 671

Taxa nominal de imposto 21% 21%

160 652 157 641

Diferenças permanentes (32 055) (640 085)

Ajustamentos à coleta - 4 359

(Excesso)/Insuficiência de estimativa de imposto do exercício

anterior (18 310) 732

Efeito da derrama sobre movimentos de diferenças temporárias 72 382 -

Liquidações adicionais de exercícios anteriores - 129 081

Tributações Autónomas 19 923 8 776

Derrama municipal - 18 627

Derrama estadual - 22 325

Imposto sobre o rendimento 202 592 (298 545)

2018 2017

Ativo Passivo Ativo Passivo

IRC:

Pagamentos por conta 487 316 - - -

Retenções na fonte 95 - - -

Estimativa de imposto (Nota 11) (19 923) - - 650 083

Imposto sobre o Valor Acrescentado 1 212 433 - 30 398 -

Retenções de impostos sobre o rendimento - 27 393 - 19 947

Taxa de Gestão de Resíduos (i) - 2 808 710 - 2 451 458

Contribuições para a Segurança Social - 80 839 - 69 144

Outros impostos 89 983 - 89 983 -

1 769 904 2 916 942 120 381 3 190 632

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

105

Reserva legal

De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Outras reservas

Estas reservas constituem-se como reservas livres, disponíveis para distribuição.

Outras variações no capital próprio

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica Outras variações no capital próprio corresponde a subsídios ao investimento, os quais são inicialmente reconhecidos no capital próprio, sendo depois reconhecidos

Número de Percentagem

Acionistas acções Montante de participação

AMVDN 423 683 423 683 5,30%

EGF SA 6 008 940 6 008 940 75,11%

Municipio de Amarante 244 470 244 470 3,06%

Municipio de Armamar 28 428 28 428 0,36%

Municipio de Baião 83 105 83 105 1,04%

Municipio de Boticas 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Cabeceiras de Basto 70 348 70 348 0,88%

Municipio de Celorico de Basto 78 972 78 972 0,99%

Municipio de Chaves 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Cinfães 81 448 81 448 1,02%

Municipio de Lamego 104 033 104 033 1,30%

Municipio de Marco de Canaveses 218 745 218 745 2,73%

Municipio de Moimenta da Beira 43 657 43 657 0,55%

Municipio de Mondim de Basto 33 073 33 073 0,41%

Municipio de Montalegre 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Penedono 13 202 13 202 0,17%

Municipio de Resende 46 423 46 423 0,58%

Municipio de Ribeira de Pena 67 832 67 832 0,85%

Municipio de São João da Pesqueira 32 251 32 251 0,40%

Municipio de Sernancelhe 24 084 24 084 0,30%

Municipio de Tabuaço 24 922 24 922 0,31%

Municipio de Tarouca 33 224 33 224 0,42%

Municipio de Valpaços 67 832 67 832 0,85%

Municipio de Vila Pouca de Aguiar 67 832 67 832 0,85%

8 000 000 8 000 000 100,00%

31 de dezembro de 2018 e 2017

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

106

em resultados como rendimentos em base sistemática de forma a balanceá-los com os gastos a que dizem respeito.

Durante o período findo em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o movimento ocorrido na rubrica de subsídios ao investimento foi a seguinte:

Em 31 de dezembro de 2018, o montante a receber de subsídios relacionados com ativos ascende a 2.433.947 Euros (Nota 9).

Aplicação do resultado líquido do exercício

De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 22 de março de 2018, o resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2017 no montante de 1.049.217 Euros, foi aplicado 52.461 Euros para Reservas Legais, 524.608 Euros para Distribuição de Dividendos e 472.148 Euros para Resultados Transitados.

De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 24 de março de 2017, o resultado líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2016 no montante de 1.266.739 Euros, foi aplicado 63.337 Euros para Reserva Legal e 950.054 Euros para Distribuição de Dividendos e 253.348 Euros para Resultados Transitados.

14. PROVISÕES

O movimento ocorrido nas provisões no exercício findo em 31 de dezembro de 2018, foi o seguinte:

Saldo em 1 de janeiro de 2017 50 581 200

Reclassificação de subsídios anteriormente classificados como reembolsáveis -

Aumentos 117 699

Regularizações (54 135)

Rendimentos reconhecidos (5 993 019)

Saldo em 31 de dezembro de 2017 44 651 745

Aumentos 3 468 622

Regularizações (203 473)

Rendimentos reconhecidos (3 113 414)

Saldo em 31 de dezembro de 2018 44 803 480

Imposto diferido (Nota 11) (11 102 302)

33 701 178

Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final

Processos judiciais em curso - - - -

Outros riscos e encargos - - - -

Outras provisões - 79 300 - 79 300

- 79 300 - 79 300

2018

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

107

No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2017, não foram realizados movimentos.

Na opinião do Conselho de Administração e dos advogados da Empresa, com base na avaliação do risco que fazem dos processos judiciais e fiscais em curso, não se prevê que dessas ações venham a resultar responsabilidades de valores significativos que não se encontrem cobertas por provisões registadas nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2018, as quais correspondem à melhor estimativa de desembolsos resultantes daqueles processos naquela data.

15. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Os financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 têm a seguinte composição:

E de deze o de , a u i a de E p sti os a ios – Papel Co e ial i lui o financiamento bancário no montante de 16.175.240 Euros, classificado 2.500.000 Euros em corrente e 13.675.240 Euros em não corrente. Estes montantes incluem o Programa de Emissões de Papel Comercial com o Banco Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L., com data de término em 2025 a uma taxa de juro igual à Euribor para o prazo de emissão respetivo, adicionada do spread de 2,50 p.p.. A data da primeira emissão de papel comercial foi a 12 de agosto de 2016 e o período de reembolso ocorreu a 13 de fevereiro de 2017. Este Programa de Emissões de Papel Comercial tem o prazo de 8 anos e sete meses, sem possibilidade de denúncia por qualquer uma das partes, exceto em caso de incumprimento pela Empresa de um conjunto de obrigações assumidas para com a entidade financiadora, nomeadamente quanto ao cumprimento do Rácio de Endividamento, as quais se encontram a ser cumpridas em 31 de dezembro de 2018.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, os empréstimos bancários tinham a seguinte composição:

O plano de pagamentos dos empréstimos bancários obtidos é o seguinte:

Não correntes Correntes Não correntes Correntes

Empréstimos Bancários: Papel Comercial 13 675 240 2 679 453 16 161 740 2 717 188

Empréstimos Bancários: Empresa-Mãe 1 000 000 - 3 750 000 -

14 675 240 2 679 453 19 911 740 2 717 188

2018 2017

Valor Nominal Valor de Balanço Valor Nominal Valor de Balanço Vencimento Taxa de Juro

CCAM 16 354 693 16 354 693 18 878 928 18 878 928 11/02/2025 2,50%

Suprimentos - EGF 1 000 000 1 000 000 3 750 000 3 750 000 31/12/2019 2,78%

17 354 693 17 354 693 22 628 928 22 628 928

2018 2017

2018 2017

Até 1 ano 2 679 453 2 717 188

Até 2 anos 2 500 000 2 500 000

Até 3 anos 2 500 000 2 500 000

Até 4 anos 2 500 000 2 500 000

Até 5 anos 2 500 000 2 500 000

Mais de 5 anos 4 675 240 9 911 740

17 354 693 22 628 928

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

108

16. FORNECEDORES

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica Fornecedores tem a seguinte composição:

17. OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica Outras dívidas a pagar, tem a seguinte composição:

2018 2017

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Credores por acréscimos de gastos:

Remunerações a liquidar 512 190 - 462 948 -

Outros - 25 000 - 25 000

Partes relacionadas (Nota 18) - - 81 576 -

Passivo Regulatório 1 056 169 5 084 877 - 6 141 046

Compensação Regulatória 825 220 - 117 519 1 880 315

Outras dívidas a pagar 441 236 - 556 750 -

2 834 815 5 109 877 1 218 793 8 046 361

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Fornecedores de investimento 2 644 547 - 187 700 -

Fornecedores gerais 1 696 592 - 842 279 -

Partes relacionadas (Nota 18) 1 001 047 - 316 280 -

5 342 186 - 1 346 259 -

2018 2017

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

109

18. PARTES RELACIONADAS

Transações com partes relacionadas

No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

Vendas e

prestação de

serviços

Custo das

Merc.Vend.e

das Matérias

Cons.

Fornecimentos e

serviços

externos

Gastos com

Pessoal

Outros

rendimentos

Juros e gastos

similares

suportados

Acionistas:

EGF - Empresa Geral do Fomento, S.A. - - 508 274 124 509 - 95 565

Município de Amarante 544 288 - - - - -

Município de Armamar 64 640 - - - - -

Município de Baião 197 549 - - - - -

Município de Boticas 57 570 - - - - -

Município de Cabeceiras de Basto 151 239 - - - - -

Município de Celorico de Basto 148 573 - - - - -

Município de Chaves 467 910 - - - - -

Município de Cinfães 170 871 - - - - -

Município de Lamego 331 931 - - - - -

Município de Marco de Canaveses 578 365 - - - - -

Município de Moimenta da Beira 106 746 - - - - -

Município de Mondim de Basto 68 333 - - - - -

Município de Montalegre 107 191 - - - - -

Município de Penedono 28 359 - - - - -

Município de Resende 105 623 - - - - -

Município de Ribeira de Pena 63 402 - - - - -

Município de São João da Pesqueira 83 635 - - - - -

Município de Sernancelhe 48 734 - - - - -

Município de Tabuaço 56 824 - - - - -

Município de Tarouca 78 077 - - - - -

Município de Valpaços 160 745 - - - - -

Município de Vila Pouca de Aguiar 126 976 - - - - -

Outras partes relacionadas:

Trofáguas - Serviços Ambientais, E.M. 510 499 - - - - -

EMAR - Água e Resíduos de Vila Real, E.M. 597 202 - - - - -

Município de Santo Tirso 875 742 - - - - -

Município de Vila Nova de Famalicão 1 343 512 - - - - -

Município do Peso da Régua 221 558 - - - - -

Município de Guimarães 1 831 051 - - - - -

Município de Fafe 487 521 - - - - -

Município de Vizela 273 485 - - - - -

Município de Mesão Frio 52 341 - - - - -

Município de Santa Marta de Penaguião 77 778 - - - - -

Município de Sabrosa 75 651 - - - - -

Município de Murça 64 319 - - - - -

Município de Alijó 144 101 - - - - -

RESIESTRELA - Val. e Trat. Resíduos Sólidos, SA - - - - - -

SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente 4 031 - - - - -

SUMA Matosinhos - Serviços Urbanos, SA - - 14 967 - - -

REAL VERDE - Técnicas do Ambiente, SA - - 882 935 - - -

Ascendi O&M, S.A. - - 146 - - -

Manvia - Diagnósticos Eléctricos A.C.E. - - 132 470 - - -

Mesp-Mota-Engil, Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão S.A. - - 19 673 - - -

MOTA-ENGIL - Eng. e Construção, SA - - 1 082 215 - 9 956 -

10 306 373 - 2 640 680 124 509 9 956 95 565

2018

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

110

Vendas e

prestação de

serviços

Custo das

Merc.Vend.e

das Matérias

Cons.

Fornecimentos e

serviços

externos

Gastos com

Pessoal

Outros

rendimentos

Juros e gastos

similares

suportados

Acionistas:EGF - Empresa Geral do Fomento, S.A. - - 508 214 109 371 - 105 430Município de Amarante 585 931 - - - - -Município de Armamar 69 379 - - - - -Município de Baião 203 499 - - - - -Município de Boticas 61 003 - - - - -

Município de Cabeceiras de Basto 162 350 - - - - -

Município de Celorico de Basto 156 664 - - - - -

Município de Chaves 504 690 - - - - -

Município de Cinfães 182 600 - - - - -

Município de Lamego 362 291 - - - - -

Município de Marco de Canaveses 609 717 - - - - -

Município de Moimenta da Beira 113 274 - - - - -

Município de Mondim de Basto 69 227 - - - - -

Município de Montalegre 113 441 - - - - -

Município de Penedono 30 782 - - - - -

Município de Resende 115 342 - - - - -

Município de Ribeira de Pena 66 656 - - - - -

Município de São João da Pesqueira 93 157 - - - - -

Município de Sernancelhe 52 904 - - - - -

Município de Tabuaço 63 639 - - - - -

Município de Tarouca 84 052 - - - - -

Município de Valpaços 173 578 - - - - -

Município de Vila Pouca de Aguiar 132 467 - - - - -

Outras partes relacionadas:

Trofáguas - Serviços Ambientais, E.M. 551 459 - - - - -

EMAR - Água e Resíduos de Vila Real, E.M. 651 265 - - - - -

Município de Santo Tirso 941 149 - - - - -

Município de Vila Nova de Famalicão 1 454 990 - - - - -

Município do Peso da Régua 246 433 - - - - -

Município de Guimarães 1 969 995 - - - - -

Município de Fafe 525 770 - - - - -

Município de Vizela 298 983 - - - - -

Município de Mesão Frio 59 680 - - - - -

Município de Santa Marta de Penaguião 85 237 - - - - -

Município de Sabrosa 81 575 - - - - -

Município de Murça 70 364 - - - - -

Município de Alijó 160 635 - - - - -

RESIESTRELA - Val. e Trat. Resíduos Sólidos, SA - - 12 500 - - -

SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente - - - - - -

SUMA Matosinhos - Serviços Urbanos, SA - - 13 269 - - -

REAL VERDE - Técnicas do Ambiente, SA - - 649 029 - - -

Ascendi O&M, S.A. - - 36 - - -

Manvia - Diagnósticos Eléctricos A.C.E. - - 25 754 - - -

Mesp-Mota-Engil, Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão S.A.- - 17 440 - - -

MOTA-ENGIL - Eng. e Construção, SA - - 397 929 - 82 740 -

11 104 177 - 1 624 170 109 371 82 740 105 430

2017

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

111

Saldos com partes relacionadas

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas:

Clientes

(Nota 8)

Outros créditos a

receber (Nota 9)

Fornecedores

(Nota 16)

Outras dívidas a

pagar (Nota 17)

Financiamentos

obtidos (Nota 15)

Acionistas:

EGF - Empresa Geral do Fomento, S.A. - - 114 510 - 5 190 1 000 000

Município de Amarante 210 203 - - - -

Município de Armamar 18 897 - - - -

Município de Baião 36 720 - - - -

Município de Boticas 387 000 - - - -

Município de Cabeceiras de Basto 59 485 - - - -

Município de Celorico de Basto 49 411 - - - -

Município de Chaves (106 792) - - - -

Município de Cinfães 65 363 - - - -

Município de Lamego 30 743 - - - -

Município de Marco de Canaveses 54 436 - - - -

Município de Moimenta da Beira 31 484 - - - -

Município de Mondim de Basto 5 291 - - - -

Município de Montalegre (14 263) - - - -

Município de Penedono 5 325 - - - -

Município de Resende 19 013 - - - -

Município de Ribeira de Pena 4 914 - - - -

Município de São João da Pesqueira 34 380 - - - -

Município de Sernancelhe 8 814 - - - -

Município de Tabuaço 58 417 - - - -

Município de Tarouca 128 243 - - - -

Município de Valpaços (17 789) - - - -

Município de Vila Pouca de Aguiar 60 426 - - - -

Outras partes relacionadas:

Trofáguas - Serviços Ambientais, E.M. 1 943 076 - - - -

EMAR - Água e Resíduos de Vila Real, E.M. 134 833 - - - -

Município de Santo Tirso 448 549 - - - -

Município de Vila Nova de Famalicão 123 192 - - - -

Município do Peso da Régua 260 714 - - - -

Município de Guimarães 169 958 - - - -

Município de Fafe 44 208 - - - -

Município de Vizela 25 630 - - - -

Município de Mesão Frio 47 405 - - - -

Município de Santa Marta de Penaguião 41 446 - - - -

Município de Sabrosa 11 858 - - - -

Município de Murça 11 682 - - - -

Município de Alijó 26 292 - - - -

SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente 1 918 - - - -

SUMA Matosinhos - Serviços Urbanos, SA - - 1 679 - -

REAL VERDE - Técnicas do Ambiente, SA - - 170 167 - -

Manvia - Diagnósticos Eléctricos A.C.E. - - 137 102 - -

MOTA-ENGIL - Eng. e Construção, SA 12 246 - 577 588 9 445 -

RESIESTRELA - Val. e Trat. Resíduos Sólidos, SA - - - - -

4 432 727 - 1 001 047 14 635 1 000 000

2018

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

112

19. VENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica vendas e serviços prestados foram:

Clientes

(Nota 8)

Outros créditos a

receber (Nota 9)

Fornecedores

(Nota 16)

Outras dívidas a

pagar (Nota 17)

Financiamentos

obtidos (Nota 15)

Acionistas:

EGF - Empresa Geral do Fomento, S.A. - 8 604 153 586 24 638 3 750 000

Município de Amarante 119 120 - - - -

Município de Armamar 48 829 - - - -

Município de Baião 42 459 - - - -

Município de Boticas 296 987 - - - -

Município de Cabeceiras de Basto 32 336 - - - -

Município de Celorico de Basto 15 723 - - - -

Município de Chaves (35 182) - - - -

Município de Cinfães 37 561 - - - -

Município de Lamego 160 856 - - - -

Município de Marco de Canaveses 194 122 - - - -

Município de Moimenta da Beira 49 174 - - - -

Município de Mondim de Basto 6 894 - - - -

Município de Montalegre (12 088) - - - -

Município de Penedono 2 888 - - - -

Município de Resende 23 757 - - - -

Município de Ribeira de Pena 5 102 - - - -

Município de São João da Pesqueira 39 692 - - - -

Município de Sernancelhe 4 971 - - - -

Município de Tabuaço 44 712 - - - -

Município de Tarouca 59 285 - - - -

Município de Valpaços (15 746) - - - -

Município de Vila Pouca de Aguiar 12 019 - - - -

Outras partes relacionadas:

Trofáguas - Serviços Ambientais, E.M. 2 269 499 - - - -

EMAR - Água e Resíduos de Vila Real, E.M. 158 433 - - - -

Município de Santo Tirso 408 416 - - - -

Município de Vila Nova de Famalicão 156 197 - - - -

Município do Peso da Régua 277 380 - - - -

Município de Guimarães 217 072 - - - -

Município de Fafe 55 025 - - - -

Município de Vizela 32 744 - - - -

Município de Mesão Frio 115 425 - - - -

Município de Santa Marta de Penaguião 26 477 - - - -

Município de Sabrosa 13 275 - - - -

Município de Murça 40 301 - - - -

Município de Alijó 28 644 - - - -

SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente - - - - -

SUMA Matosinhos - Serviços Urbanos, SA - - 2 286 - -

REAL VERDE - Técnicas do Ambiente, SA - - 126 030 - -

Manvia - Diagnósticos Eléctricos A.C.E. - - 5 691 - -

MOTA-ENGIL - Eng. e Construção, SA - 2 513 22 061 56 095 -

RESIESTRELA - Val. e Trat. Resíduos Sólidos, SA - - 6 625 - -

4 932 358 11 117 316 280 80 733 3 750 000

2017

2018 2017

Vendas 7 428 139 7 576 394

Serviços prestados 11 320 193 9 685 488

18 748 332 17 261 882

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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Vendas

As vendas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 referem-se, essencialmente, a materiais recicláveis resultantes da recolha seletiva e do tratamento dos resíduos provenientes da recolha indiferenciada, energia e composto de verdes resultantes do processo produtivo.

Em 31 de dezembro 2018 e 2017, a rubrica Vendas detalha-se do seguinte modo:

Prestação de serviços

Os serviços prestados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 referem-se, essencialmente, ao tratamento e valorização de resíduos provenientes da recolha indiferenciada a clientes municipais.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a rubrica Prestação de serviços detalha-se conforme mapa:

No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2018, a Empresa refletiu nas suas prestações de serviços, o diferencial do desvio tarifário positivo, decorrente da diferença entre o refletido nas contas estatutárias de 2017 numa base de estimativa e o determinado pela ERSAR na aprovação de Contas Reguladas Reais 2017, no montante de 809.272 Euros por contrapartida de diferimentos passivos (Nota 10).

A Empresa refletiu ainda o desvio tarifário positivo estimado de 2018, com os mesmos pressupostos, no montante de 142.677 Euros por contrapartida de diferimentos ativos (Nota 10) e a estimativa da remuneração da BAR para o período 2016-2018 no montante de 1.015.491 Euros, por contrapartida de diferimentos passivos (Nota 10).

20. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Os fornecimentos e serviços externos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 tinham a seguinte composição:

2018 2017

Energia 2 216 197 2 050 324

Material reciclável 5 166 611 5 455 563

Composto 45 330 70 507

7 428 139 7 576 394

2018 2017

Tratamento de resíduos a municípios 11 258 943 9 566 617

Tratamento de resíduos a particulares 61 250 118 872

11 320 193 9 685 488

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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Relativa e te ao au e to sig ifi ativo de FSE’s fa e a , justifi ado pelo segui te:

Subcontratação do transporte relativo ao desvio de Refugos do Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Urbanos de Riba de Ave para os aterros de Bigorne, Boticas e Vila Real, sendo que em 2017, estes Resíduos foram encaminhados apenas para Celorico, pelo facto deste aterro naquela data ainda ter capacidade de deposição. Outro dos motivos para o aumento dos subcontratos foi a maior necessidade de tratamento de águas lixiviantes;

Conservação e reparação por necessidades extraordinárias de manutenção de equipamentos com vetustez considerável;

Seguros, com o aumento do prémio relacionado com o seguro multiriscos e com o aumento de frota automóvel;

Rendas e alugueres, com o aluguer de osmoses para tratamento de lixiviados pelo facto de as Osmoses existentes não terem a eficiência e a capacidade suficiente para tratar a totalidade dos lixiviados;

Combustíveis, relacionado com o transporte de refugo e com o aumento da recolha de ecopontos.

21. GASTOS COM O PESSOAL

A u i a de Gastos o o pessoal os exe í ios fi dos e de deze o de e , te a seguinte composição:

No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Empresa teve, em média, 250 e 242 trabalhadores ao seu serviço, respetivamente.

O aumento de gastos com pessoal, reflete o aumento de pessoal no quadro e as alterações salariais por via das atualizações legais e de alteração da politica remuneratória.

2018 2017

Conservação e reparação 2 023 071 1 599 468

Subcontratos 3 250 426 2 002 580

Trabalhos especializados 326 994 316 478

Energia e fluídos 2 326 301 2 010 153

Vigilância e segurança 385 238 287 219

Seguros 571 429 386 954

Rendas e alugueres 365 448 155 748

Limpeza, higiene e conforto 16 772 17 628

Outros fornecimentos e serviços externos 1 036 619 824 251

10 302 298 7 600 478

2018 2017

Remunerações dos orgãos sociais 220 870 185 966

Remunerações do pessoal 3 279 915 2 902 892

Encargos sobre as remunerações 695 282 671 327

Seguros 184 982 206 890

Outros gastos com o pessoal 104 765 63 813

4 485 814 4 030 887

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22. OUTROS RENDIMENTOS

A rubrica Outros rendimentos, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, tem a seguinte composição:

O valor de 5.241.690 EUR de 2018 e o valor de 815.310 EUR de 2017, resulta da aplicação da IFRIC 12 e respeita aos investimentos realizados nesses períodos.

23. OUTROS GASTOS

A u i a de Out os gastos os exe í ios fi dos e de deze o de e te a segui te composição:

O valor de 5.241.690 EUR de 2018 e o valor de 815.310 EUR de 2017, resulta da aplicação da IFRIC 12 e respeita aos investimentos realizados nesses períodos.

24. GASTOS DE DEPRECIAÇÕES E DE AMORTIZAÇÕES

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017, esta rubrica, tem a seguinte composição:

2018 2017

Rendimentos de construção em Direito de Util ização de Infraestruturas 5 241 690 815 310

Indemnizações associadas a sinistros 359 729 379 763

Rendimentos suplementares 112 002 268 633

Reconhecimento do rendimento associado à alteração do modelo

remuneratório- 117 524

Subsídios à Exploração 72 132 10 241

Juros de mora 101 840 21 792

Outros rendimentos e ganhos 8 392 54 906

5 895 785 1 668 171

2018 2017

Gastos de construção em Direito de Util ização de Infraestruturas 5 241 690 815 310

Impostos 239 982 265 512

Gastos com Produtos Acabados - -

Indemnizações 25 160 -

Donativos 22 338 5 459

Correções relativas a exercícios anteriores - 11 495

Outros gastos e perdas 5 157 7 131

5 534 327 1 104 907

2018 2017

Ativos intangíveis (Nota 6) 6 058 414 10 608 747

6 058 414 10 608 747

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25. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS SIMILARES

Os juros e gastos similares suportados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 tinham a seguinte composição:

Os juros e rendimentos similares obtidos nos exercícios findos 31 de dezembro de 2018 e 2017 tinham a seguinte composição:

26. ATIVOS E PASSIVOS CONTINGENTES

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, a Empresa tinha solicitado a prestação de garantias de execução a favor de terceiros no montante de 954.584 Euros, conforme detalhe abaixo:

27. RESULTADO POR AÇÃO

O resultado por ação básico e diluído dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:

2018 2017

Juros suportados 527 044 721 606

Outros gastos e perdas financeiros 13 500 13 500

540 544 735 106

2018 2017

Juros obtidos de aplicações financeiras 381 -

381 -

Montante Banco Natureza

Garantias bancárias de execução:

Município de Boticas 20 854 Santander Garantia de execução no âmbito da Recolha de RSU

Município de Montalegre 11 404 BPI Garantia de execução no âmbito da Recolha de RSU

Contrato de concessão 922 326 Santander Contrato de Concessão

954 584

Beneficiário

31 de dezembro

de 2018

31 de dezembro

de 2017

Resultado para efeito de cálculo do resultado líquido

por ação básico e diluído562 416 1 049 217

Número médio ponderado de ações para efeito de

cálculo do resultado líquido por ação básico e diluído8 000 000 8 000 000

Resultado líquido por ação básico e diluído 0,07 0,13

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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28. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS A Empresa encontra-se exposto, essencialmente, aos seguintes risco de financeiros:

28.1. Risco de taxa de juro

Os riscos da taxa de juro estão essencialmente relacionados com os juros suportados com a contratação de diversos financiamentos com taxas de juro variáveis.

28.2. Risco de liquidez

O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos acionistas e o reembolso de dívida.

Para reduzir este risco, a Empresa procura manter uma posição líquida e uma maturidade média da dívida que lhe permita a amortização da sua dívida em prazos adequados. No entendimento do Conselho de Administração, tendo em consideração as principais projeções de cash-flow para 2019 e a estrutura e tipologia dos seus ativos. A Empresa não antevê dificuldades em liquidar a suas responsabilidades financeiras correntes.

28.3. Risco Regulatório

Os ganhos registados em cada exercício pela Empresa resultam essencialmente dos pressupostos considerado pelo regulador ERSAR, na definição das tarifas reguladas para o setor do tratamento e gestão de resíduos e de eventuais ajustamentos/desvios tarifários a apurar.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da ERSAR. Esta publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º). Em face das alterações em concretização, no setor dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desafio significativo quer para a entidade reguladora quer para as entidades reguladas. É expetativa que, com este reforço de poderes da ERSAR, o setor integre uma agenda consentânea com a fase de desenvolvimento em que se encontra, colocando-se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas vertentes económica, social e ambiental.

Durante o ano de 2014, em concretização do novo poder regulamentar da ERSAR, o RTR - regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, foi

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publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril. Este regulamento produziu efeitos em 1 de janeiro de 2016, e acarretou uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando-se de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos permitidos (revenue cap), o qual remunera uma base de ativos ao custo de capital e permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de eficiência produtiva.

Entre 2016 e 2017 foram aprovados três Documentos Complementares a este Regulamento, nomeadamente: (a) Regulamento n.º 817/2016, de 18 de Agosto – modelo de contas reguladas previsionais (b) O 2º Documento Complementar ao RTR viria a ser publicado em 19 de abril, com o Regulamento n.º 202/2017 – com o reporte das contas reguladas reais e movimentos de reconciliação, individuais e cumulativos, entre a demonstração de resultados regulada e a demonstração de resultados estatutária; (c) O 3º Documento Complementar ao RTR foi publicado na mesma data (Regulamento n.º 201/2017) e definiu regras relativas à incorporação nos proveitos permitidos de eventuais mais-valias decorrentes da alienação de ativos referentes a atividades não reguladas.

Já durante 2018, foi publicado pela ERSAR uma Revisão do RTR, Regulamento 52/2018 de 23 de janeiro, no qual, face à experiência do primeiro período regulatório se procurou introduzir alguns ajustamentos ao RTR tendo em vista a simplificação, flexibilização e clarificação de algumas das suas disposições. A revisão ao RTR veio exigir a revisão e adaptação também dos modelos de reporte, assim, ainda em 2018 foram aprovados e revistos dois dos Documentos Complementares, a saber:

(a) Regulamento n.º 222/2018, publicado em Diário da República de 13 de abril (1º Documento Complementar) com o objetivo de clarificar e adaptar ao novo RTR conceitos relacionados com a apresentação das Contas Reguladas Previsionais sendo revogado o anterior Documento complementar 1, Regulamento n.º 817/2016, de 18 de agosto.

(b) Regulamento n.º 395/2018 publicado em Diário da República de 29 de junho (3º Documento Complementar) onde se consagraram mecanismos que premeiam bons desempenhos com o objetivo de majorar mais valias ambientais e económicas.

29. INFORMAÇÃO SOBRE OS CONTRATOS DE CONCESSÃO

A concessão em regime exclusivo por um período de 19 anos, com termo em 2034, da exploração e da gestão do sistema multimunicipal de tratamento e de recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos do Norte Central em regime de serviço público, foi atribuída à RESINORTE – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A. através da celebração de um contrato de concessão entre o Estado Português e a Empresa em 21 de outubro de 2009, reconfigurado em 30 de setembro de 2015.

A atividade objeto da concessão compreende o tratamento dos resíduos urbanos gerados nas áreas dos municípios utilizadores, incluindo a sua valorização e a disponibilização de subprodutos, assim como a recolha seletiva de resíduos urbanos, encontrando-se os municípios obrigados a entregar à Empresa todos os resíduos urbanos cuja gestão se encontre sob sua responsabilidade.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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A fiscalização da concessão é da competência da ERSAR, tendo esta a competência na definição dos proveitos permitidos e consequentemente das tarifas a aplicar, assim como na aprovação das Contas Reguladas e nos planos de investimento da Empresa.

A exploração e a gestão, anteriormente referida, compreende também a conceção, a construção, a aquisição, a extensão, a reparação, a renovação, a manutenção e a otimização de obras e equipamentos necessários ao exercício da atividade da Empresa.

As bases da concessão definem que a Empresa terá como atividade principal, a atividade relativa à exploração e à gestão do sistema multimunicipal de resíduos urbanos, compreendendo o tratamento de resíduos urbanos resultantes da recolha indiferenciada e a recolha seletiva de resíduos urbanos, incluindo a triagem, e como atividades complementares, as atividades que, não se se integrando na atividade principal, utilizam ativos afetos a esta, permitindo otimizar a respetiva rentabilidade. O exercício das atividades complementares depende de autorização do concedente, precedida de pareceres da Autoridade da Concorrência e da ERSAR.

Consideram-se como bens afetos à concessão:

- As infraestruturas relativas ao tratamento e valorização de resíduos urbanos indiferenciados e seletivos, bem como os bens utilizados na recolha seletiva de resíduos urbanos: as estações de transferência, os ecocentros, as centrais de processamento, triagem e valorização e os respetivos acessos, as infraestruturas associadas, os aterros, os ecopontos e os meios de transporte de resíduos;

- Os equipamentos necessários à operação das infraestruturas e ao acompanhamento e controlo da sua exploração;

- Todas as obras, máquinas e aparelhagem e respetivos acessórios utilizados para a receção e tratamento dos resíduos e para a manutenção dos equipamentos e gestão do sistema multimunicipal não referidos acima;

- Os equipamentos, máquinas, veículos, aparelhagem e respetivos acessórios utilizados para a recolha seletiva de resíduos urbanos.

Adicionalmente, são também considerados como ativos afetos à concessão:

- Os imóveis adquiridos por via do direito privado ou mediante expropriação para implantação das infraestruturas;

- Os direitos privativos de propriedade intelectual e industrial de que a Empresa seja titular;

- Outros bens e direitos que se encontrem relacionados com a continuidade da exploração da concessão, nomeadamente laborais, de empreitada, de locação e de prestação de serviços.

A Empresa deve elaborar e manter o inventário dos bens e direitos afetos à concessão, devendo, anualmente, enviar à ERSAR informação detalhada sobre os mesmos, assim como dos abates efetuados.

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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A Empresa tem a obrigação de, durante o prazo de vigência da concessão, manter o bom estado de funcionamento, conservação e segurança dos ativos e meios a ela afetos, efetuando todas as reparações, renovações e adaptações necessárias para a manutenção dos ativos nas condições técnicas requeridas.

A Empresa mantém o direito de explorar os ativos afetos à concessão até à extinção desta. Os ativos afetos à concessão apenas podem ser utilizados para o fim previsto na concessão. Na data da extinção da concessão, os bens a ela afetos revertem para uma Entidade Intermunicipal, Associação de municípios, o conjunto dos Municípios utilizadores, ou o Estado, mediante o exercício do respetivo direito de opção e o pagamento à concessionária, nos termos previstos nas Bases e no contrato de concessão, de uma indemnização correspondente ao valor líquido contabilístico daqueles bens.

O regime remuneratório da concessão baseia-se no reconhecimento à Empresa dos proveitos permitidos, a serem refletidos nas tarifas a aplicar aos utilizadores do sistema. A Empresa é responsável pelos riscos inerentes à concessão nos termos da legislação aplicável, assumindo os respetivos riscos operacionais. A Empresa é responsável pela obtenção do financiamento necessário ao desenvolvimento do objeto da concessão, por forma a cumprir cabal e atempadamente as obrigações assumidas no contrato de concessão, assumindo os respetivos riscos de investimento e de financiamento.

Os proveitos permitidos anualmente à Empresa, no âmbito da atividade concessionada, são definidos pela ERSAR pa a u ho izo te te po al de t s a i o a os Pe íodo egulató io . O odelo egulató io fixado pela ERSAR e assenta, entre outros, nos seguintes pressupostos:

- Elegibilidade dos custos de exploração, para efeitos de determinação dos proveitos permitidos, por referência a um cenário de eficiência produtiva da exploração e gestão do sistema multimunicipal;

- Remuneração do capital com base no custo médio ponderado, com parâmetros definidos em referência a valores de mercado e ao desempenho de entidades representativas comparáveis;

- Definição de uma base de ativos, constituída pelos bens afetos à concessão, como incidência da remuneração do capital;

- Adoção de mecanismos de incentivo à eficiência;

- Repercussão adequada nos proveitos permitidos das diferenças registadas entre as quantidades estimadas e as quantidades de resíduos urbanos entregues à Empresa.

Adicionalmente, a definição da base de custos de exploração deve atender ao seu controlo efetivo pela Empresa, às tecnologias e capacidades instaladas, bem como às oscilações da procura.

Assim, as tarifas a aplicar aos utilizadores devem proporcionar à Empresa os proveitos permitidos nos termos das bases anteriores e correspondem ao resultado da divisão dos proveitos permitidos anualmente à Empresa pelas quantidades estimadas de consumo para esse ano.

O contrato de concessão em vigor, permite um equilíbrio contratual nas condições de uma gestão eficiente, promovendo um investimento mais racional e uma maior eficiência operacional, através do reconhecimento dos custos de investimento, de operação e manutenção e na adequada remuneração dos

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ativos afetos à concessão, a serem refletidos nas tarifas aplicáveis à Empresa, as quais permitirão recuperar os custos de exploração e obter uma determinada remuneração sobre os ativos.

A concessão pode ser extinta por acordo entre as partes, por rescisão, por resgate e pelo decurso do prazo. A extinção da concessão opera a transmissão para os Municípios ou para o Estado dos bens e meios a ela afetos.

O contrato de concessão poderá ser rescindido pelo concedente se ocorrer qualquer uma das situações a seguir descritas, com impacto significativo nas operações da concessão: desvio do objeto da concessão; interrupção prolongada da exploração por facto imputável à Empresa; oposição reiterada ao exercício da fiscalização ou repetida desobediência às determinações do concedente ou, ainda, sistemática inobservância das leis e regulamentos aplicáveis à exploração; recusa em proceder à adequada conservação e reparação das infraestruturas; cobrança reiterada de valores superiores aos fixados nos contratos de concessão e nos contratos celebrados com os utilizadores; dissolução ou insolvência da Empresa; trespasse da concessão ou subconcessão não autorizadas; alienação não autorizada de participações no capital da Empresa; oneração de participações no capital da Empresa em inobservância do disposto no contrato de concessão; aumento ou redução não autorizados, quando aplicável, do capital social da Empresa; falta de prestação da caução ou de renovação do respetivo valor nos termos e prazos previstos; e recusa ou impossibilidade da Empresa em retomar a concessão.

O concedente pode resgatar a concessão, assumindo a gestão direta do serviço público concedido, sempre que motivos de interesse público o justifiquem e decorrido que seja pelo menos dois terços do prazo contratual, mediante aviso prévio feito à Empresa, por carta registada com aviso de receção, com, pelo menos, um ano de antecedência relativamente à data de produção de efeitos do resgate.

Pelo resgate, a Empresa tem direito a uma indemnização que deve atender ao valor contabilístico à data do resgate dos bens revertidos, do valor dos créditos existentes, bem como ao valor de eventuais lucros cessantes, tendo em consideração o número de anos que restem para o termo da concessão. 30. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

Subsequentemente a 31 de dezembro de 2018, ocorreram os seguintes assuntos a destacar:

Coaptação em 16 de janeiro de 2019 da Administradora Executiva, Cristina Maria da Cunha Saraiva em substituição de Gerardo José Sampaio da Silva Saraiva de Meneses;

Assinatura de uma cordo de regularização de divida com o Município de Tarouca;

Deferimento do pedido de reembolso de IVA no montante de 404.626,66 EUR;

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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PARECER DO CONSELHO FISCAL

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RELATÓRIO & CONTAS 2018

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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