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RELATÓRIO E CONTAS 2018 1/104 RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2018 Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 4 de abril de 2019

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2018 · RELATÓRIO E CONTAS 2018 4/104 Prosseguindo um programa plurianual de linhas de crédito garantidas e bonificadas, destinadas

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2018

Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 4 de abril de 2019

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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ÍNDICE

I. Relatório do Conselho de Administração .......................................................................................... 3

I.1 Atividade desenvolvida .................................................................................................................... 3

I.1.1 FINOVA ....................................................................................................................................... 7

I.1.2 FACCE ....................................................................................................................................... 26

I.1.3 FSCR PME-IAPMEI ................................................................................................................... 27

I.1.4 Fundo de Coinvestimento 200M ............................................................................................. 27

I.1.5 Fundo para a Inovação Social ................................................................................................ 29

I.1.6 Comunicação e Marketing ...................................................................................................... 29

I.1.7 Área Jurídica e de Compliance .............................................................................................. 30

I.1.8 Organização e Recursos Humanos ....................................................................................... 32

I.2. Plano de atividades para 2019 ........................................................................................................ 33

I.3. Cumprimento das Orientações Legais .......................................................................................... 45

I.4. Situação económica e financeira ................................................................................................... 61

I.5. Agradecimentos ............................................................................................................................... 65

I.6. Proposta de Aplicação de Resultados .......................................................................................... 65

II Demonstrações Financeiras .......................................................................................................... 67

II.1. Balanço em 31 de dezembro de 2018 ........................................................................................... 68

II.2. Demonstração de Resultados em 31 de dezembro de 2018 ..................................................... 69

II.3 Demonstração dos Fluxos de Caixa dos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 .................................................................................................................................................. 70

II.4 Demonstração das Alterações do Capital Próprio nos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 ................................................................................................................................. 71

II.5 Demonstração de Rendimento Integral nos Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2018 e 2017 .................................................................................................................................................. 72

II.6 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras do Exercício Findo em 31 de dezembro de 2018 ............................................................................................................................................. 73

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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I. RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

I.1 Atividade desenvolvida

Comemorámos em 2018 dez anos de atividade de gestão de Linhas de Crédito bonificadas e

garantidas, num total de vinte duas, que fizeram chegar à economia mais de 19 mil milhões de

euros de financiamento bancário.

Congratulamo-nos pela confiança depositada pelas entidades financiadoras que nos atribuem

estas funções, nomeadamente a Tutela Setorial e o IAPMEI, e reafirmamos o nosso

empenhamento numa participação ativa e de maior valor acrescentado na montagem e

operacionalização destes instrumentos de dívida.

Saudamos também o Sistema Nacional de Garantia Mútua e as Instituições de Crédito

protocoladas, parceiros cruciais na operacionalização dos produtos de dívida, cuja intervenção

é determinante para o seu sucesso, e expressamos o nosso propósito de consolidação destas

parcerias de longa data, assente num trabalho diário de efetiva cooperação, promovendo a

conjugação de esforços no sentido de melhorar a eficiência e eficácia destes instrumentos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Prosseguindo um programa plurianual de linhas de crédito garantidas e bonificadas, destinadas

à melhoria das condições de financiamento da economia, destaca-se em 2018 o lançamento e

gestão da Linha Capitalizar 2018, com um plafond de 1.600 M€, que, apesar de uma redução da

intensidade dos apoios públicos que lhe estão associados, regista um nível de procura

importante, especialmente no segmento das micro e pequenas empresas, cujo plafond

inicialmente definido se encontra tomado ao fim de 7 meses. Na sequência dos danos

provocados pelo Furacão Leslie, a PME Investimentos promoveu o lançamento e

operacionalização de uma Linha de Crédito no valor de 10 M€ destinada a apoiar o investimento

e a tesouraria de empresas que foram afetadas por esta intempérie.

Motivo de especial regozijo em 2018, a captação para a esfera da gestão da Sociedade de dois

instrumentos de política pública especializados, mobilizando fundos comunitários do Portugal

2020, o Fundo de Coinvestimento 200M e o Fundo para a Inovação Social (FIS)

Em maio de 2018, a Sociedade foi designada como entidade gestora do Fundo de Coinvestimento

200M, criado pelo Decreto-Lei n.º 126-C/2017, de 6 de outubro, vocacionado para promover o

desenvolvimento de startups científicas e tecnológicas, através de um modelo de coinvestimento com

parceiros privados, nacionais e internacionais.

Com esta iniciativa, a Sociedade vê o universo dos seus stakeholders alargado aos Programas

Operacionais Regionais das Regiões Norte, Centro e Alentejo dotadores do Fundo de Capital &

Quase-Capital, gerido pela IFD – Instituição Financeira para o Desenvolvimento, S.A.. A estas

entidades manifestamos o nosso apreço pela parceria estabelecida e o nosso empenhamento

na execução deste instrumento de acordo com os objetivos de política pública que lhe estão

subjacentes.

Na verdade, na fase de lançamento e operacionalização do Fundo, a Sociedade assegurou a

elaboração dos regulamentos necessários ao seu funcionamento, definiu e implementou o processo

de receção e análise de propostas de investimento, desenvolveu modelos de acompanhamento dos

investimentos e de reporte aos stakeholders e promoveu de forma bastante ativa o Fundo junto de

potenciais investidores e do meio empresarial, com ações que se multiplicaram a vários níveis, desde

a participação em eventos até à publicitação através dos media.

Corolário destas ações e tendo iniciado a aceitação de candidaturas no mês de setembro, a

Sociedade rececionou até ao final do ano 4 candidaturas, que globalmente representam um valor

superior a 30 milhões de euros de investimento na economia portuguesa, dos quais cerca de 11

milhões de euros a financiar pelo Fundo de Coinvestimento 200M. Foi ainda possível concretizar em

2018 a primeira operação de coinvestimento numa empresa da área de Life Science, no valor total de

10 milhões de euros, dos quais 50% cofinanciados pelo Fundo.

Quanto ao Fundo para a Inovação Social e no culminar de contactos desenvolvidos nos últimos

anos com a Estrutura de Missão Portugal Inovação Social, a PME Investimentos foi convidada

pelo COMPETE 2020 - Programa Operacional Competitividade e Inovação para se candidatar

às entidade gestora do Fundo.

A elaboração desta candidatura implicou a sistematização da experiência acumulada da

Sociedade na operacionalização, gestão e acompanhamento de instrumentos financeiros de

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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capital e dívida, bem como no estabelecimento de parcerias com intermediários financeiros e

coinvestidores, ficando desde logo sinalizados os princípios de atuação e metodologias a

prosseguir na gestão, acompanhamento e divulgação do FIS.

Estando em causa uma iniciativa no âmbito da economia social que incorpora produtos da área

de dívida e de capital, a sua nomeação como entidade gestora do Fundo foi motivo de enorme

satisfação para a Sociedade que, desde logo, mobilizou as suas equipas especializadas para a

operacionalização deste Fundo.

Iremos assim promover este novo projeto de instrumentos financeiros, com uma candidatura no

valor global de 82 milhões de euros, agora sob a Tutela do Ministério do Planeamento, financiado

pelo COMPETE 2020 e pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, cujos

fundos serãoveiculados pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão, como detentor da

totalidade de capital do FIS, entidades às quais expressamos o nosso empenhamento no

estabelecimento e consolidação de parcerias que contribuam para o sucesso deste projeto.

Por via destes dois novos fundos sob gestão, a Sociedade vê alargadas as suas áreas de

atuação, sendo mais uma vez reconhecidas as suas competências específicas na gestão de

instrumentos de política pública destinados ao financiamento das empresas portuguesas.

Ao mesmo tempo, a Sociedade prossegue a atividade de acompanhamento dos projetos e

operações que integram as carteiras sob gestão, que, pelo seu volume, diversidade e

especificidade, são bastantes exigentes, requerendo um esforço continuado de investimento em

sistemas de informação e automatização de procedimentos, que sustentem uma melhoria dos

seus níveis de eficiência, do sistema de controlo e uma maior qualidade do serviço prestado.

No que respeita ao acompanhamento, merece destaque a atividade de desinvestimento,

particularmente consumidora de recursos afetos à gestão do FACCE, facto justificado pelo

caráter retalhista deste Fundo, pela quantidade de processos em curso, nalguns casos

enquadrados em situações de contencioso que exigem também um maior envolvimento de

assessoria jurídica, quer interna, quer externa

No Fundo de Sindicação de Capital de Risco PME-IAPMEI assinala-se a venda de uma

participação em mercado secundário pelo valor de 2,9 milhões de euros, com um múltiplo de 16x

face ao custo de aquisição, e o facto de o Portugal Venture Capital Initiative (PVCi), em

simultâneo com a manutenção do programa de investimentos e correspondentes chamadas de

realização de capital, ter dado início ao processo de reembolso de capital aos seus participantes,

operações que geraram um encaixe financeiro líquido para o fundo de cerca de 1 milhão de

euros.

Situação similar se observa nos Fundos Revitalizar que realizaram 8 investimentos (entre novas

operações e reforços) e 24 operações de desinvestimento (entre alienações e reembolsos), no

montante de, respetivamente, 12 milhões de euros e de 13,9 milhões de euros. tendo o Fundo

Revitalizar Centro, gerido pela Oxy Capital, procedido em setembro de 2018, à devolução de

1.250.000 euros, ao FINOVA.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Relativamente à carteira de participações do FINOVA em Fundos de Capital de Risco mantêm-

se os processos de desinvestimento por parte das entidades gestoras. Ainda que globalmente

estes desinvestimentos não tenham gerado mais-valias, alguns FCR (nomeadamente o FCR Ask

Celta, o FCR Fast Change II, o FCR Capital Criativo, o FCR Novabase Capital Inovação e

Internacionalização e o FCR PME/Novo Banco) alcançaram resultados muito satisfatórios

nalgumas operações de desinvestimento, que atingiram os dois dígitos de rentabilidade.

Em termos das Entidades Veículo de Business Angels apoiadas pelo FINOVA, estas prosseguem

os seus programas de acompanhamento e desinvestimento das participações detidas em

carteira.

Do ponto de vista da organização societária, cumpre realçar que, em adaptação ao novo quadro

regulatório, procedeu-se em 2018 à implementação das regras relativas ao Regulamento Geral

de Proteção de Dados Pessoais e ao desenho das políticas de prevenção de branqueamento de

capitais e de combate ao financiamento do terrorismo da PME Investimentos, bem como à

definição dos correspondentes procedimentos internos, visando um reforço do ambiente de

controlo interno que previna eficazmente a exposição da Sociedade a riscos associados a estes

temas.

Ainda a este nível, regista-se que o modelo organizacional e de gestão de recursos humanos foi

objeto de atualização, tendo-se procedido à revisão do Regulamento de Remunerações e

Carreiras, procurando adequá-lo ao normativo legal vigente nesta matéria e à realidade da PME

Investimentos.

Uma nota final para o desempenho económico positivo registado em 2018, com o apuramento de um

resultado líquido num valor próximo dos 3 milhões de euros, superior em 8% ao orçamentado,

prosseguindo-se uma política de racionalização de recursos e contenção de custos de exploração

que, no seu cômputo global, ficaram 8% abaixo do valor previsto.

Para 2019, a Sociedade manterá um forte empenho na promoção dos instrumentos sob gestão,

abraçando com um enorme entusiasmo os desafios inerentes à sua gestão e monitorização, e

continuará a procurar captar para a esfera da sua atuação novas iniciativas com vista a dinamizar e

promover o alargamento da oferta de instrumentos financeiros de política pública às empresas,

apostando na competitividade, empreendedorismo, inovação e internacionalização do setor

empresarial português.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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15 anos de experiência na gestão de instrumentos financeiros

A figura seguinte ilustra o impacto na economia dos instrumentos geridos pela PME

Investimentos:

I.1.1 FINOVA

No decurso de 2018, o capital subscrito do FINOVA registou um aumento de 54 milhões de euros,

fixando-se no final do ano em 1.001 milhões de euros, dos quais 852 milhões de euros já se

encontram realizados.

No que respeita aos instrumentos de dívida, o capital subscrito registou um aumento de 57 M€.

Paralelamente à subscrição de compromissos associados às Linhas de Crédito para Apoio a

Empresas Afetadas pelos Incêndios de 2017, Capitalizar e Capitalizar 2018, num total de 138

M€, registaram-se reduções de capital por incorporação de bonificações relativas às Linhas PME

Investe III, V e VI no valor de 44 M€, bem como uma redução de 37 M€ nas Linhas PME Investe

IV e Crescimento resultante da libertação de dotações de capital do FCGM que não se mostraram

necessárias face ao nível de contragarantias executadas e foram afetas à cobertura de

necessidades das Linhas Capitalizar.

As realizações de capital efetuadas pelo IAPMEI em 2018 ascenderam a 32 M€ afetos às várias

edições das Linhas de Crédito PME Crescimento e Capitalizar, bem como à Linha para Apoio às

Empresas Afetadas pelos Incêndios de 2017.

Nos instrumentos de capital registou-se apenas uma redução de 2,6 M€, correspondente à

liquidação do projeto do Fundo de Capital de Risco Patris.

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A repartição dos fundos por tipologia de produtos, entidades financiadoras e origem dos fundos

encontra-se evidenciada no quadro seguinte:

Os instrumentos de dívida mobilizam 801 milhões de euros, correspondentes a 80% do capital

do FINOVA, com financiamento maioritariamente nacional, num total de 752 milhões de euros.

Os fundos comunitários correspondentes à intervenção do COMPETE e dos Programas

Operacionais Regionais de Lisboa e Algarve, no financiamento das Linhas de Crédito PME

Investe QREN I e II, após as reduções registadas, ascendem a 49 milhões de euros.

Aos instrumentos de capital encontram-se afetos 200 milhões de euros, neste caso quase que

integralmente financiados com fundos comunitários.

O IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I.P., com uma participação de 934

milhões de euros, é a entidade participante maioritária, detendo 93,3% do capital do Fundo. O

Turismo de Portugal, I.P., financiador de 3 linhas de crédito e promotor de um projeto de capital

de risco, detém uma participação de 40 milhões de euros, a AICEP - Agência para o Investimento

e Comércio Externo de Portugal, EPE, também com intervenção num fundo de capital de risco,

investiu 7 milhões de euros e o Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P., cofinanciando

a Linha de Crédito PME Investe III para micro e pequenas empresas, detém uma participação

de 20 milhões de euros.

Considerando que os instrumentos de dívida integram o mecanismo de garantia prestada pelo

Sistema Nacional de Garantia Mútua, que tem associada a necessidade de capitalização do

Fundo de Contragarantia Mútuo, o FINOVA é o principal dotador deste instrumento, com um

valor global de 439 milhões de euros, correspondentes a 55% do seu capital.

(M€)

IAPMEI 698 46 744

TP 34 3 37

IEFP 20 0 20

IAPMEI 3 187 190

TP 0 3 3

AICEP 0 7 7

Total 755 246 1 001

Linhas de Crédito e Seguros

Capital de Risco

InstrumentoEntidade

Financiadora

Fundos Públicos

Nacionais

Fundos

Comunitários

(SAFPRI)

Total do Capital

Capital do FINOVA

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No final de 2018, a PME Investimentos mantinha sob gestão 22 Linhas de Crédito, garantidas e

bonificadas em parceria com a Banca e com o Sistema Nacional de Garantia Mútua, com o

objetivo de facilitar o acesso das PME ao crédito bancário e melhorar as suas condições de

financiamento.

Após 10 anos de gestão de Linhas de Crédito destacam-se os indicadores:

O valor dos empréstimos concedidos pela Banca continua em contração significativa, atingindo

no final de 2018 um novo mínimo de cerca de 55 mil milhões de euros, enquanto a carteira de

crédito vivo ao abrigo das Linhas de Crédito se mantém num valor próximo dos 4 mil milhões de

euros, desde 2013.

A comparação entre a evolução dos empréstimos concedidos a PME pela Banca e o valor dos

financiamentos vivos ao abrigo destas Linhas de Crédito ilustra a importância deste instrumento:

LINHAS DE CRÉDITO GERIDAS PELA SOCIEDADE

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De salientar que, segundo informação do Banco de Portugal, o crédito concedido a PME nos

últimos 6 anos registou uma quebra de 30%, ao invés da quota das Linhas de Crédito geridas

pela PME Investimentos que evidencia uma tendência crescente, atingindo um novo máximo de

7,9% no último trimestre de 2018.

Os indicadores da atividade de análise e enquadramento de operações registaram a seguinte

evolução:

Em 2018, foram rececionadas 20.883 candidaturas, representando em termos acumulados um

aumento de 8% face a 2017.

Crédito Bancário a PME vs Financiamentos Linhas de Crédito

Operações de Financiamento - Entradas

+ 8%

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As operações enquadradas durante o ano ascenderam a 17.697, representando um aumento de

9% face ao valor acumulado no final do ano anterior.

Para este comportamento foi determinante a procura registada nas Linhas de Crédito Capitalizar.

O ano de 2018 foi marcado pelo encerramento em agosto passado da Linha de Crédito

Capitalizar, dando lugar à Linha de Crédito Capitalizar 2018.

Na data do encerramento e após 18 meses de vigência, a Linha Capitalizar atingiu uma utilização

de 165% do seu plafond inicial, com 2.636 milhões de euros de financiamentos aprovados.

Operações de Financiamento - Enquadradas

+ 9%

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Os financiamentos ao abrigo da Linha Capitalizar foram concedidos maioritariamente a empresas

dos setores do comércio e indústria. As regiões norte e centro do país absorveram 1.900 milhões

de euros de financiamento, correspondendo a cerca de 72% do valor da Linha de Crédito.

As empresas apoiadas por este instrumento são maioritariamente Micro, Pequenas e Médias

Empresas, que consumiram 96% do valor disponibilizado nesta Linha de Crédito.

Decorridos apenas 5 meses desde o seu lançamento, no final de 2018, a procura da Linha de

Crédito Capitalizar 2018 revela-se intensa, ultrapassando os 600 milhões de euros de

financiamentos aprovados.

Linha Capitalizar - Indicadores

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Na edição de 2018 da Linha Capitalizar, observa-se um ritmo crescente da procura, tendo sido

aprovados em média 120 milhões de euros de financiamento por mês.

De realçar o bom desempenho da Linha Específica para Micro e Pequenas Empresas, que viu

os montantes máximos de financiamento por empresa duplicarem face aos limites que vigoravam

inalterados desde 2009, podendo as micro e pequenas empresas aceder a 50.000 e 100.000

euros, respetivamente.

Salienta-se que mais de 50% das operações enquadradas, beneficiaram da majoração destes

plafonds.

Linha Capitalizar 2018 – Procura

Linha Capitalizar 2018 – Procura Mensal

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Neste contexto, o número médio de operações sob gestão registou um aumento de 4,33%, face

ao ano anterior, totalizando 84.000 operações.

O ano de 2018 foi ainda marcado pelo lançamento de uma Linha de Crédito para apoio a

empresas afetadas pelo furacão Leslie e pelos incêndios que deflagraram na região de

Monchique em agosto de 2018, no valor de 10 milhões de euros, com objetivo de financiamento

de necessidades de investimento e de fundo de maneio associados ao relançamento da

atividade.

Num esforço contínuo de melhorar a eficiência do sistema de reporte instituído junto das

Instituições de Crédito e Sociedades de Garantia Mútua, a Sociedade mantém uma relação

próxima com estas entidades, tendo implementados procedimentos de reconciliação de

informação originada pelos diferentes operadores que permitem verificar a consistência dos

dados reportados e detetar falhas de informação.

No decurso de 2018 e tendo em consideração o objetivo de encerramento provisório da Linha III do

Setor do Turismo e das Linhas PME Investe V e VI, os trabalhos de reconciliação incidiram

fundamentalmente sobre operações destas Linhas de Crédito, tendo-se procedido a reduções de

capital, por incorporação de bonificações liquidadas, num valor global de 44 milhões de euros.

De salientar que as reduções de capital operadas por via de incorporação de bonificações

liquidadas atingem em 31 de dezembro de 2018 um valor acumulado de 280 milhões de euros,

representando cerca de 59% do total de bonificações pagas até à data.

Paralelamente e apesar de o Fundo de Contragarantia Mútuo (FCGM) não registar reduções de

capital, com o encerramento dos projetos associados às Linhas de Crédito e porque as

contragarantias vivas assumem um caráter residual e, consequentemente, o trabalho de

acompanhamento é também ele residual, as correspondentes dotações de capital do Fundo deixam

de ser ponderadas para efeitos de cálculo da comissão de gestão, a cobrar pela PME Investimentos.

A 31 de dezembro de 2018, encontram-se nesta situação cerca de 273 milhões de euros, respeitantes

às Linhas PME Investe I a VI e Linha de Seguros de Crédito, que correspondem a cerca de 62% da

participação detido pelo FINOVA no capital do FCGM à mesma data.

Ao nível do acompanhamento das operações vivas deve ainda salientar-se a manutenção de uma

estreita articulação com as entidades protocoladas, tendo em vista a disponibilização de informação

mais atualizada sobre o valor das operações efetivamente contratadas e os seus níveis de utilização.

Consequentemente, no final de 2018, a taxa de contratação reportada fixou-se em 97% e os

reportes de utilização processados evidenciam taxas de utilização de 98%.

No decurso de 2018, foram processados 33 milhões de euros de bonificações, num total

acumulado de 465 milhões de euros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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No decurso de 2018, o IAPMEI realizou cerca de 32 milhões de euros de capital do FINOVA, valor

que foi insuficiente para fazer face ao pagamento pontual de bonificações de comissões de garantia

cobradas pelas Sociedades de Garantia Mútua. Esta situação, bem como o pagamento de comissões

de gestão à PME Investimentos, foram regularizados no decurso do mês de janeiro de 2019, após

realização adicional de capital por parte do IAPMEI no valor 8,6 milhões de euros.

No âmbito das atividades de acompanhamento, destaca-se também a área de incumprimentos e

correspondente execução de garantias, fatores que dão origem à cessação de bonificações.

As taxas de incumprimento protocolar e de garantias executadas nas Linhas de Crédito mantêm-se

inferiores ao rácio de crédito vencido apurado pelo Banco de Portugal, conforme evidenciado no

gráfico seguinte.

De acordo com informação disponibilizada pelo Sistema de Garantia Mútua, o valor das

contragarantias acionadas totalizava, no final de 2018, 375 milhões de euros, correspondentes

a uma taxa de sinistralidade de 4,35%.

No final de 2018, registavam-se incumprimentos em 19.787 das cerca de 212.000 operações

contratadas até 31 de dezembro, com um capital em dívida de cerca de 1.218 milhões de euros.

dez-2017 mar-2018 jun-2018 set-2018 dez-2018Variação

Dez 17/Dez 18

Número (*) 1.347.342 1.347.489 1.347.992 1.348.073 1.348.169 827

Valor 175,2 M€ 175,2 M€ 175,2 M€ 175,2 M€ 175,2 M€ ,04 M€

Número (*) 2.578.812 2.669.584 2.750.808 2.840.013 2.927.302 348.490

Valor 256,7 M€ 265,0 M€ 273,0 M€ 281,2 M€ 289,6 M€ 32,9 M€

(*) Número de prestações processadas

Bonificações processadas

IC

Bonificações processadas

SGM (*)

Bonificações Processadas

Evolução da Taxa de Incumprimento

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Numa perspetiva de avaliar a existência de desconformidades no processo de enquadramento das

operações que é delegado nas Instituições de Crédito que comercializam estes produtos, a PME

Investimentos promove um programa anual de verificações, cujo âmbito e natureza são definidos pelo

Conselho Geral do FINOVA.

À semelhança do aconteceu no ano anterior, a Sociedade lançou e assegurou integralmente, sem

recurso a subcontratação, a realização de trabalhos de verificação das condições de elegibilidade

para uma amostra de cerca de 500 operações contratadas ao abrigo da Linha PME Crescimento

2015.

Prosseguindo uma política de investimento contínuo nos sistemas de informação, em 2018, para além

dos desenvolvimentos necessários ao lançamento de 2 novas Linhas de Crédito, vários módulos

foram objeto de atualização, destacando-se ainda dois novos projetos, um para geração de ficheiros

para integração automática na contabilidade do FINOVA, e outro correspondente à reformulação do

módulo de registo de apoios de minimis, de forma a acomodar as alterações introduzidas pela Agência

para o Desenvolvimento e Coesão.

A PME Investimentos mantém um diagnóstico atualizado da execução financeira dos projetos das

Linhas de Crédito e da reavaliação dos custos associados aos mesmos, aspetos que se tornaram

mais prementes no contexto mais recente, em que as necessidades de tesouraria do FINOVA são

aferidas em função da execução efetiva e com uma margem de segurança mínima.

Assim sendo e depois de em 2015 e 2016 se ter procedido à reafetação de verbas disponíveis no

FINOVA num valor próximo dos 150 milhões para financiamento de novas iniciativas desta natureza,

não se antecipa que num futuro próximo seja possível recorrer de novo a este mecanismo, que não

seja por via de reafetação de verbas disponíveis no FCGM.

dez-15 dez-16 mar-17 jun-17 set-17 dez-17 mar-18 jun-18 set-18 dez-18

Número Operações 15.806 17.296 17.814 18.151 18.394 18.651 18.908 19.227 19.498 19.787

Capital em Divida 1.014 M€ 1.107 M€ 1.127 M€ 1.146 M€ 1.159 M€ 1.171 M€ 1.186 M€ 1.199 M€ 1.210 M€ 1.218 M€

Taxa Incumprimento 7,34% 7,10% 7,05% 7,02% 6,88% 6,77% 6,72% 6,64% 6,56% 6,45%

Registo de Incumprimentos - Evolução Histórica (2015-2018)

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Ainda que com um âmbito bastante restrito, existem alguns instrumentos de dívida financiados através

do FINOVA que não são geridos pela PME Investimentos, sendo que, nestes casos, são

estabelecidos circuitos de comunicação com as respetivas entidades gestoras, tendo em vista a

disponibilização de informação que permita o acompanhamento da execução destes projetos.

Neste âmbito, destaca-se a Linha de Apoio à Recuperação Empresarial da Região da Madeira, gerida

pelo IDE-RAM, que se mantém em fase de execução, justificando acompanhamento, nomeadamente

ao nível da validação dos pagamentos efetuados pela entidade gestora da Linha, para efeitos de

libertação de verbas para pagamentos de bonificações.

Até final de 2018 foram realizadas 7 tranches, no valor total de 6,8 milhões de euros, e desenvolver-

se-ão esforços junto do IDE-RAM no sentido de, ainda este ano, serem libertadas duas novas

tranches no valor de 2,4 milhões de euros, com eventual possibilidade de encerramento do projeto.

Não se antecipa necessidade de o IAPMEI realizar novas dotações de capital do FINOVA para

afetação a este instrumento, em que se estima que os custos não ultrapassem o valor já realizado de

capital de 10,2 milhões de euros.

Adicionalmente, encontra-se ainda em vigor a Linha de Adiantamento de Incentivos lançada em

meados de 2016, que regista um nível de procura bastante baixo que à data de 31 de dezembro de

2018 correspondia à emissão de garantias no valor de 5,2 milhões de euros associadas a apenas 20

projetos apoiados com Incentivos no âmbito do Portugal 2020. Não havendo ainda registos de

execução de contragarantias, é expetável que uma parcela bastante significativa dos 6,8 milhões de

euros da dotação do FCGM que lhe está afeta possa vir a ser realocada a outros instrumentos.

Os Instrumentos Financeiros de Capital apoiados por Fundos Comunitários no âmbito do FINOVA

encontram-se em plena fase de acompanhamento e desinvestimento, levando a que a PME

Investimentos concentre a sua atividade no acompanhamento das carteiras de participações detidas

por esses Instrumentos de Capital, nomeadamente:

▪ Analisando o enquadramento dos novos investimentos concretizados por alguns Fundos de

Capital de Risco (FCR);

▪ Analisando e acompanhando os processos de desinvestimento realizados pelos FCR e pelas

Entidades Veículo apoiadas ao abrigo das Linhas de Financiamento a Business Angels;

INSTRUMENTOS DE DÍVIDA GERIDOS POR TERCEIROS

CAPITAL DE RISCO

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▪ Efetuando pontos de situação sistemáticos (através dos relatórios de acompanhamento e de

reuniões periódicas) com as Entidades Gestoras dos 18 FCR e com as Entidades Veículo,

relativamente à evolução dos Instrumentos de Capital e de cada uma das suas participadas,

com enfoque em situações críticas/relevantes (contribuindo, nesses casos e com base na

experiência detida, com sugestões de melhoramento);

▪ Analisando detalhadamente o nível e a qualidade da aplicação dos montantes investidos pelos

Instrumentos de Capital nas suas participadas, por forma a aferir situações de

desconformidade.

Adicionalmente, manteve-se o reporte semestral às Autoridades de Gestão dos Programas

Operacionais Financiadores, tendo-se aprofundando o detalhe de reporte de informação

relativamente à execução dos projetos apoiados, bem como da evolução das participações detidas

pelos respetivos instrumentos financeiros.

− Fundos de Capital de Risco (“FCR”)

Ao abrigo dos Avisos de Abertura de Concurso nº 01 a 04 / SAFPRI / 2009 foram constituídos 18

Fundos de Capital de Risco (FCR) de várias tipologias (Inovação e Internacionalização, Corporate

Ventures, Pré-Seed e Early Stages), cujo período de execução se iniciou em 2010 e terminou em

dezembro de 2015 com resultados muito satisfatórios, correspondentes a taxas de utilização de capital

realizado superiores a 90% (destacando-se quatro fundos, que usaram 100% ou mais do seu capital,

tendo as utilizações excedentes sido suportadas por rendimentos provenientes de juros de aplicações

e de desinvestimentos entretanto ocorridos).

Durante o referido período de execução, estes fundos participados pelo FINOVA concretizaram

operações de investimento em 120 PME, com um total de investimento de cerca de 113 milhões de

euros, permitindo a criação de cerca de 500 empregos e a manutenção de mais de 1.200 postos de

trabalho.

Importa referir ainda que embora o período de execução dos Fundos de Capital de Risco tenha

terminado, estes podem ainda concretizar novos investimentos ou o reforço de investimentos detidos

em carteira (utilizando para tal os excedentes de tesouraria ou o resultado dos desinvestimentos),

desde que respeitem a política de investimento inicial. Neste sentido, em 2018, procedeu-se à análise

de enquadramento de reforços de investimento em participadas detidas em carteira, efetuados por 2

Fundos no valor total de cerca de 50 mil euros.

No que respeita a desinvestimentos, apenas um dos FCR apoiados pelo FINOVA ainda não iniciou o

seu ciclo de desinvestimentos, sendo que os demais já concluíram alguns processos de

desinvestimento, quer por via da aplicação do definido contratualmente (nomeadamente em termos

de reembolso de tranches de suprimentos), quer através de oportunidades de desinvestimento

ocorridas, ou ainda através vendas aos promotores. Em termos globais, o montante conseguido

nestes processos de desinvestimento, durante o ano de 2018, ascende a cerca de 3,4 milhões de

euros, para um valor de custo de aquisição na ordem dos 6,8 milhões de euros.

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Em termos acumulados, o montante efetivamente conseguido pelos FCR nos processos de

desinvestimento ascende a cerca de 23,35 milhões de euros, para um valor de custo de aquisição na

ordem dos 34 milhões de euros. Salienta-se que alguns FCR alcançaram resultados muito

satisfatórios nalgumas operações de desinvestimento (nomeadamente o FCR Ask Celta, o FCR Fast

Change II, o FCR Capital Criativo, o FCR Novabase Capital Inovação e Internacionalização e o FCR

PME/Novo Banco), tendo obtido rentabilidades na ordem dos dois dígitos.

Salienta-se ainda que durante o ano de 2018, os FCR ASK Capital e ASK Celta efetuaram reduções

de capital, tendo o FINOVA recebido um montante total que rondou os 287 mil euros.

Em resultado dos investimentos e desinvestimentos concretizados ao longo dos 8 anos de vida dos

FCR apoiados pelo FINOVA, a carteira total de participações destes, reportada a 31 de dezembro de

2018, ascendia a um montante de investimento de cerca de 84 milhões de euros em 86 PME.

Em termos de localização dos projetos

apoiados, destacam-se as Regiões Norte e

Centro como recetoras da maioria do volume

de investimento (88% do montante investido

correspondente a 74 milhões de euros).

No que respeita a setores de atividade,

encontram-se representados todos os setores

abrangidos pelo SAFPRI, destacando-se

áreas dos Serviços, com 69% do volume de

investimento (57,5 milhões de euros).

Características do Investimento dos FCR

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No que se refere à dimensão das empresas

apoiadas, destaca-se um forte apoio a Micro

empresas (48%), com cerca de 40 milhões de

euros de investimento.

− Linhas de Financiamento - Business Angels (“BA”)

A Linha de Financiamento a BA (Linha BA) e a Linha de Financiamento a Operações desenvolvidas

por BA (Nova Linha), lançadas, respetivamente em dezembro de 2010 e fevereiro de 2014,

terminaram o seu ciclo de investimento em 2 de dezembro de 2015, com níveis de execução muito

satisfatórios (Linha BA – 95% execução | Nova Linha – 100% execução).

Ao longo de todo o período de execução, o FINOVA concedeu 307 financiamentos a 55 Entidades

Veículo (EV) diferentes, num valor total de 29,28 milhões de euros, que permitiram apoiar 158 PME

com um montante global de investimento de 45,6 milhões de euros . Este investimento permitiu criar

cerca de 400 empregos e assegurar mais de 420 postos de trabalho.

Salienta-se ainda que as duas Linhas de Financiamento a BA permitiram a mobilização da

comunidade de Business Angels portuguesa para o investimento em startups (as EV apoiadas pelo

FINOVA são detidas por mais de 200 Business Angels), com a injeção de capital privado na ordem

dos 16 milhões de euros.

Não havendo novos investimentos financiados pelo FINOVA, em 2018 a atividade da Sociedade

centrou-se no acompanhamento das carteiras de participações detidas pelas EV apoiadas, bem como

nos desinvestimentos concretizados. A este nível, durante o exercício em apreço, os desinvestimentos

concretizados pelas EV originaram pagamentos ao FINOVA no valor total de cerca de 300 mil euros,

correspondendo a 544 mil euros de valor de financiamento concedido.

Em termos acumulados, cerca de metade das EV apoiadas pelo FINOVA no âmbito das duas Linhas

de Financiamento já concretizaram processos de desinvestimento, tendo o FINOVA recebido

globalmente, cerca de 818 mil euros de reembolsos de financiamentos concedidos. Este montante é

amplamente influenciado pelas características assimétricas desta tipologia de Instrumentos de

Capital, que permitem, por um lado, que as EV sejam ressarcidas de até 3% dos seus custos

operacionais incorridos, e por outro, que os Business Angels sejam ressarcidos assimetricamente face

ao FINOVA. Caso não existissem assimetrias nem houvesse lugar à comparticipação de custos das

EV, em resultado dos desinvestimentos verificados até ao final de 2018, o FINOVA receberia um

montante próximo dos 2,5 milhões de euros.

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No final de 2018, a carteira total de participações das Entidades Veículo apoiadas pelo FINOVA no

âmbito das duas Linhas de Financiamento correspondia a investimentos na ordem dos 41 milhões de

euros, dos quais 26 milhões de euros financiados pelo FINOVA.

Do montante total de investimento, 33 milhões

de euros foram canalizados para empresas de

Micro dimensão, tendo as de Pequena

dimensão absorvido um montante de 7,8

milhões de euros. O montante investido nas

empresas de Média dimensão não

ultrapassou os 300 mil euros.

Por outro lado, o setor preponderante é o dos

Serviços, que absorveu 28,4 milhões de euros

de investimento, logo seguido do setor do

Comércio (5,4 milhões de euros) e da Indústria

(3,6 milhões de euros).

Salienta-se ainda que os investimentos

efetuados pelas EV detidas pelos BA se

distribuem pelas regiões Norte, Centro e

Alentejo, destacando-se ligeiramente a região

do Alentejo, cujo valor investido ascende a

15,5 milhões de euros, sendo logo seguida

pela região Norte (com 14,7 milhões de euros

de volume de investimento).

Características das Participadas

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− Fundos de Capital de Risco Revitalizar

Durante o ano de 2018, a PME Investimentos, como entidade gestora do FINOVA, fundo participante,

juntamente com 7 instituições de crédito, dos três Fundos de Capital de Risco Revitalizar, constituídos em

2013, os Fundos de Capital de Risco Norte, Centro e Sul, continuou a desenvolver a sua atividade de

acompanhamento próximo da gestão destes Fundos.

Este acompanhamento foi realizado através de uma forte proximidade com as entidades gestoras dos três

fundos, a saber, a Explorer Investments, a Oxy Capital e a Capital Criativo e traduziu-se nas seguintes

ações:

• na análise de enquadramento, de acordo com as regras definidas para os Fundos, de

todas as operações de investimento, propostas em 2018, pelas sociedades e que

englobaram investimentos em novos projetos e reforços de investimentos em empresas

já participadas.

• na representação do FINOVA e exercício dos respetivos direitos de voto, em todos os

Comités Consultivos e Assembleias de Participantes, convocados pelas respetivas

entidades gestoras dos três fundos.

• na análise dos reportes trimestrais e anuais e de acompanhamento da atividade dos

fundos e da performance das respetivas empresas participadas.

• na promoção de reuniões com as entidades gestoras dos fundos, para esclarecimento

de dúvidas sobre os temas de acompanhamento, sempre que tal se revelou necessário.

Nesse âmbito, a PME Investimentos analisou e acompanhou as operações propostas e realizadas pelos

três Fundos Revitalizar, sendo que, em 2018, os Fundos Revitalizar realizaram 8 investimentos (entre novas

operações e reforços) e 24 operações de desinvestimento (entre alienações e reembolsos), no montante

de, respetivamente, 12 milhões de euros e de 13,9 milhões de euros.

Durante esse ano, foi também enquadrado e analisado o pedido apresentado conjuntamente pelas três

entidades gestoras, no sentido de ser estendido o período de investimento destes fundos, por um período

adicional de cerca de quatro meses (até final de 2019), tendo a PME Investimentos estabelecido os contatos

necessários com as entidades públicas financiadoras dos Fundos Revitalizar, no sentido de ser obtida

autorização para tal adiamento.

De referir que este pedido de autorização acabou por não ser aprovado, apesar de ter sido obtida a

concordância das entidades financiadoras públicas, por não ter merecido acolhimento positivo por parte de

algumas das entidades bancárias participantes dos Fundos Revitalizar.

Enquadrou-se também, no âmbito das funções da PME Investimentos, o acompanhamento do 1º processo

de devolução de capital encetado por um dos Fundos, o Fundo Revitalizar Centro, gerido pela Oxy Capital,

que procedeu em setembro de 2018, à devolução de 1.250.000 euros, ao FINOVA.

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Os três Fundos de Capital de Risco Revitalizar foram constituídos com um montante global de subscrição

de 220 milhões de euros, sendo a participação do FINOVA de 110 milhões de euros (50% do montante de

subscrição) e o montante remanescente subscrito pela Caixa Geral de Depósitos, Novo Banco, Banco BPI,

Banco Comercial Português, BANIF, Montepio Geral e Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo.

De agosto de 2013 (data da constituição dos Fundos) até 2 de dezembro de 2015 (término do período de

execução) os Fundos realizaram investimentos em 98 empresas PME’s, num montante total de 204,5

milhões de euros:

Em termos dos projetos apoiados, o maior volume de investimento

foi canalizado para o setor da Indústria (91 milhões de euros de

investimento), logo seguido por um grande apoio ao setor dos

Serviços, que absorveu cerca de 54 milhões de euros, e às

empresas do setor do Turismo, onde chegaram 36,7 milhões de

euros.

No que se refere à dimensão das empresas apoiadas, a

maioria do investimento foi canalizada para empresas de

Média dimensão (107 milhões de euros), correspondendo

as empresas de Micro dimensão a projetos de startups,

onde foram investidos cerca de 25 milhões de euros.

O investimento concretizado durante o período de execução permitiu criar mais de 500 empregos e

assegurar cerca de 3.500 postos de trabalho já existentes.

(m€)

FCR Capital Subscrito Capital Realizado Investimento Nº PME

FCR Revitalizar Norte 80.000 80.000 75.000 30

FCR Revitalizar Centro 80.000 80.000 80.600 42

FCR Revitalizar Sul 60.000 56.000 48.935 26

Total 220.000 216.000 204.535 98

Capital Subscrito, Realizado e Aplicado dos Fundos Revitalizar

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O período de investimento estabelecido pelo Regulamento de Gestão dos Fundos Revitalizar compreende

um período de 6 anos, iniciado na data de constituição do fundo (agosto de 2013), pelo que, após a data

limite definida para o período de execução (dezembro de 2015) e até agosto de 2019 ainda é possível às

sociedades gestoras dos fundos apresentar novas operações de investimento desde que tal investimento

seja realizado pela reaplicação dos fundos desinvestidos.

Desta forma, os Fundos ainda realizaram, durante os anos de 2016, 2017 e 2018, operações de

investimento adicionais, pelo que, em valores agregados, desde a data de constituição dos Fundos (agosto

de 2013) e até 31.12.2018, foram realizados investimentos em 101 empresas com um valor global de 228,2

milhões de euros, com a seguinte distribuição:

Em simultâneo, e também desde a data de constituição dos Fundos e até 31.12.2018, foram já realizados

desinvestimentos (entre alienações, reembolsos de empréstimos, nomeadamente suprimentos e/ou de

prestações acessórias), no montante de 60,1 milhões de euros, repartidos entre:

FCR Nº de empresas

Montante de

Investimento desde

início do Fundo

FCR Revitalizar Norte 33 81 000 000

FCR Revitalizar Centro 42 97 600 000

FCR Revitalizar Sul 26 49 640 000

Total 101 228 240 000

FCR Nº operações

Montante de

desinvestimento desde

início do Fundo

FCR Revitalizar Norte 9 12 759 845

FCR Revitalizar Centro 24 37 886 648

FCR Revitalizar Sul 13 9 526 770

Total 46 60 173 263

Investimentos e Desinvestimentos dos Fundos Revitalizar

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A 31.12.2018, a carteira dos Fundos Revitalizar é constituída por 73 empresas, com um montante total de

investimento de 176,3 milhões de euros, com a seguinte distribuição geográfica:

Esta carteira encontra-se repartida, maioritariamente por Pequenas e Médias Empresas, dos setores da

Indústria e Serviços:

FCR Nº de empresas % Valor de Investimento %

FCR Revitalizar Norte 29 40% 67 389 823 38%

FCR Revitalizar Centro 20 27% 67 892 006 39%

FCR Revitalizar Sul 24 33% 41 028 608 23%

Total 73 100% 176 310 437 100%

Carteira dos Fundos Revitalizar a 31.12.2018

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I.1.2 FACCE

Durante o ano de 2018, a PME Investimentos, na sua qualidade de entidade gestora do FACCE – Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas, concentrou a sua atividade no desenvolvimento de duas vertentes distintas de ações, em sintonia com o estado de maturidade deste Fundo, que, em 2019, fará 10 anos:

• Uma vertente ligada ao acompanhamento da

performance das empresas participadas que

fazem parte do portfolio da carteira atual do

Fundo e

• Uma segunda vertente ligada ao

desinvestimento progressivo, com o objetivo

de maximizar o retorno para o FACCE dos

montantes investidos nas várias empresas

apoiadas:

(i) nos termos consagrados nos Acordos Parassociais, assinados com os acionistas promotores dos projetos apoiados e

(ii) em termos alternativos, identificados quando tal se apresenta necessário e a situação assim o exiga, para permitir a concretização dos desinvestimentos.

Tendo em vista a monitorização dos investimentos e eventual tomada de medidas de ajustamento,

sempre que considerado necessário, foram acompanhadas de perto as decisões tomadas pelos

Conselhos de Administração das empresas participadas, quer pelo exercício do papel de observador

quer pela nomeação de pessoas externas para exercício das funções de Observador Externo /

Administrador / Interim Shareholder Advisor

Relativamente à promoção de ações para concretização dos desinvestimentos e recuperação dos

montantes investidos pelo Fundo, e após períodos alargados de negociação e análise e validação de

complexos processos contratuais, foi possível concretizar o desinvestimento de duas empresas

participadas, assinado um contrato de promessa de compra e venda, para alienação da participação

do Fundo de outra empresa participada, foi exercido o direito de put option relativamente a quatro

investimentos e realizadas negociações com os respetivos acionistas alvo da put option;

Por fim, de referir ter sido também realizado o acompanhamento dos processos jurídico/contenciosos

que se encontram a decorrer relativamente a quatro empresas que haviam sido alvo de investimento

pelo FACCE.

Desta forma, a carteira de participadas do Fundo, que no início de 2018 correspondia a 12 empresas

ativas, terminou, no final de 2018 com um total de 9 empresas ao qual acresce a participação na

Reditus que se encontra no processo de venda a prazo já referido.

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I.1.3 FSCR PME-IAPMEI

Durante o ano de 2018 manteve-se o programa de investimentos do Portugal Venture Capital Initiative

(PVCi), tendo sido efetuadas duas chamadas de capital, cujo valor total para o FSCR PME-IAPMEI

ascendeu a 1,46 milhões de euros. Paralelamente, o PVCi iniciou o processo de reembolso de capital

aos seus participantes, em resultado de desinvestimentos concretizados pelos fundos em que

participa, tendo sido atribuído ao FSCR PME-IAPMEI o montante aproximado de 2,57 milhões de

euros. A carteira de participações do PVCi corresponde a investimentos em 7 fundos de capital de

risco, com um montante realizado de 85 milhões de euros. Estes fundos, cuja dimensão total ascende

a 484 milhões de euros, concretizaram investimentos em 51 empresas num montante total de 345

milhões de euros.

Relativamente à restante carteira de participações do FSCR PME-IAPMEI, durante o ano de 2018 foi

efetuada a alienação de uma participada, com um múltiplo de 16x face ao custo de aquisição, através

de um processo de venda em mercado secundário (Plataforma NASDAQ Private Market). Acresce

ainda a venda de um lote de ações de uma participada afeta ao Programa NEST, bem como o

recebimento parcial de um refinanciamento concedido pelo FSCR PME-IAPMEI. Globalmente, os

desinvestimentos efetuados durante o ano de 2018 resultaram em recebimentos, para o FSCR PME-

IAPMEI, na ordem dos 2,9 milhões de euros.

No final do ano de 2018 a carteira do FSCR PME-IAPMEI era composta por participações em 3

empresas e em 2 fundos, e por créditos a operadores de capital de risco, que globalmente

representam um investimento na ordem dos 15 milhões de euros (dos quais 10,2 milhões de

euros correspondem à participação no PVCi).

I.1.4 Fundo de Coinvestimento 200M

Tendo sido selecionada como Entidade Gestora do Fundo de Coinvestimento 200M, através de

procedimento concursal e nomeada através de Despacho dos Gabinetes do Ministro da Economia e

do Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, a PME Investimentos, após a celebração,

em maio de 2018, do Acordo de Financiamento com o participante do Fundo (o FC&QC gerido pela

IFD), desenvolveu e implementou todos os procedimentos e mecanismos necessários ao lançamento

do Fundo, tendo em vista o cumprimento das prioridades e objetivos definidos pelas entidades

financiadoras deste Instrumento de política pública, elaborando:

▪ Regulamentos de funcionamento do Fundo, nomeadamente Regulamento de Gestão,

Regulamento do Comité de Investimento e metodologia de admissão e seleção de

candidaturas, aprovados em Conselho Geral do Fundo 200M;

▪ Manuais de procedimentos respeitantes aos workflows associados aos processos de análise

de investimentos, acompanhamento de participadas e análise de desinvestimentos.

Paralelamente, foram definidos diversos modelos de acompanhamento e reporte, tais como:

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▪ Modelos de acompanhamento a implementar junto dos coinvestidores e das empresas

investidas, que permitam, detalhadamente, monitorizar a evolução dos investimentos, os

desvios existentes e o cumprimento de objetivos de execução, de desempenho e de resultado;

▪ Modelos de reporte à entidade participante, ao Comité de Investimento, ao Conselho Geral e

aos demais stakeholders do Fundo de Coinvestimento 200M, que possibilitem a estas

entidades o acompanhamento do cumprimento dos objetivos e prioridades existentes, bem

como da execução das políticas públicas definidas.

Por outro lado, iniciou-se um trabalho de automação de processos e informatização deste produto

financeiro, materializado pelo desenvolvimento de:

▪ Um novo software informático com as caraterísticas associadas à gestão de um fundo como

o 200M, tendo em vista que os processos inerentes ao investimento, acompanhamento e

desinvestimento de participadas sejam simplificados e tornados mais eficientes, bem como

que toda a informação operacional esteja mais acessível, podendo ser tratada de forma mais

eficaz;

▪ Um portal web, disponibilizado via website do Fundo de Coinvestimento 200M, que constitui

uma plataforma de gestão de investimentos, permitindo a apresentação de candidaturas de

forma totalmente desmaterializada, contribuindo para a desburocratização dos procedimentos

de candidatura, e para um reforço das práticas ambientais / sustentáveis da atividade da PME

Investimentos.

Desde que foi designada como Entidade Gestora do Fundo de Coinvestimento 200M, a PME

Investimentos tem efetuado, de forma relevante, a promoção e divulgação do Fundo junto de

potenciais investidores e do meio empresarial (nomeadamente potenciais empresas beneficiárias,

incubadoras, aceleradoras e outras entidades relevantes), tendo em vista a captação de operações

de coinvestimento.

Sendo o Fundo de Coinvestimento 200M um fundo especialmente dirigido a investidores estrangeiros,

importa enfatizar a necessidade e o esforço acrescido com vista à divulgação fora de Portugal deste

instrumento. A destacar a divulgação do Fundo nos eventos: Lisbon Investment Summit; Venture

Summit; Web Summit; Conferência Blockchain; Lisbon Tourism Summit; Portugal Talks “Investment

in Tech”- Embaixada de Portugal em Londres, FNABA Business Angels Summit. Também no âmbito

da divulgação acrescem ações de comunicação nos seguintes meios de comunicação social:

Expresso (caderno de economia); JN (Suplemento Especial Startups); JE (Especial Fim de Ano).

Adicionalmente foram realizados inúmeros contactos com potenciais coinvestidores, nacionais e

internacionais, e com potenciais beneficiários finais do Fundo, no sentido de dar a conhecer o Fundo

e a sua política de investimento.

Tendo as candidaturas aberto no final do mês de setembro, em resultado da divulgação efetuada na

fase de lançamento do Fundo, foram submetidas 4 candidaturas de coinvestimento até final de 2018,

com as seguintes características:

- Investimento total previsto: cerca de 31 milhões de euros (dos quais cerca de 11 milhões de

euros cofinanciados pelo Fundo 200M);

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- Coinvestidores: VCs e Entidade Corporate, de nacionalidades sueca, francesa, alemã,

portuguesa e belga;

Setores envolvidos: Life Science, Digital/E-commerce e IT

Regiões abrangidas: Alentejo, Centro e Norte.

I.1.5 Fundo para a Inovação Social

Em finais de dezembro de 2018 a PME Investimentos foi designada como entidade gestora do Fundo

para a Inovação Social (através de Despacho Conjunto do Gabinete da Ministra da Presidência e da

Modernização Administrativa, do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do

Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão), em resultado da candidatura apresentada em

resposta ao Aviso Convite nº 01/IF/2018 lançado pelo COMPETE 2020.

A elaboração da referida candidatura importou um relevante trabalho de esquematização do track

record da PME Investimentos na operacionalização, gestão e acompanhamento de instrumentos

financeiros de capital e dívida, bem como da experiência em parcerias com diversos players dos

mercados de capital e dívida. Importou ainda a procura e análise de iniciativas que pudessem servir

de exemplo na montagem dos produtos a disponibilizar pelo FIS, e na definição de metodologias de

gestão, acompanhamento e divulgação de um Fundo com características tão inovadoras como o FIS.

Após a designação da PME Investimentos como Entidade Gestora do FIS, a Direção de Fundos deu

início ao processo de montagem do produto de capital que será disponibilizado através do FIS, que

consistirá numa Linha de Coinvestimento para concretização de operações de capital e quase capital,

com coinvestidores, em empresas de micro, pequena e média dimensões, que desenvolvam projetos

de Empreendedorismo Social e da Economia de Impacto, com forte potencial de inovação na resposta

a problemas e a necessidade sociais e societais não satisfeitas.

I.1.6 Comunicação e Marketing

O Gabinete de Comunicação e Marketing é responsável pelos fluxos de comunicação interna e

externa da PME Investimentos com o mercado, os parceiros, as empresas apoiadas e o público

em geral. O Gabinete assume como principal objetivo da sua atuação o reforço da imagem,

identidade e notoriedade da PME Investimentos e dos seus produtos, através de uma estratégia

concertada de comunicação.

Comunicação externa

No decorrer de 2018, e por forma a cumprir com os compromissos assumidos perante os stakeholders,

o Gabinete de Comunicação e Marketing deu continuidade à divulgação contínua dos instrumentos

financeiros geridos pela PME Investimentos, desenvolvendo e executando atividades de promoção

dos mesmos e, simultaneamente, reforçando a imagem e identidade da Sociedade. Nesse sentido,

entre outras, destaque para as seguintes atividades:

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▪ lançamento e comunicação do novo Fundo de Coinvestimento 200M com (i) campanhas na

imprensa, media e digital, (ii) criação de um novo website exclusivo, (iii) produção de materiais

gráficos de divulgação e (iv) apoio e presença ativa em vários eventos nacionais e

internacionais para apresentar e promover o Fundo, nomeadamente deslocações a Londres,

Israel e Brasil;

▪ lançamento e comunicação da Linha de Crédito Capitalizar 2018, promovida pelo Ministério da

Economia, em campanhas na imprensa, media e digital;

▪ celebração de dez anos de atividade de gestão de Linhas de Crédito bonificadas e garantidas;

▪ promoção da atividade da Sociedade em vários eventos relacionados com o âmbito da sua

missão e dos instrumentos que gere – em 2018 a PME Investimentos patrocinou e participou

ativamente no APBA Spring Investment Dinner; FNABA Business Angels Summit ; Lisbon

Investment Summit ; Lisbon Tourism Summit e Venture/WebSummit;

▪ formalização de acordos de parceria e cooperação com a Aliança Portuguesa de Blockchain e

Impact Hub Lisbon;

▪ atualização permanente da newsletter, websites e plataformas de social media, produzindo e

partilhando conteúdos, eventos e notícias relacionados com a área de negócio da PME

Investimentos, os seus instrumentos financeiros e com a atividade das participadas.

Comunicação interna

A nível interno, procurando proporcionar aos colaboradores um ambiente de trabalho favorável

ao crescimento pessoal e profissional promoveram-se iniciativas para:

▪ fortalecer a união da equipa, o espírito de grupo e a cultura da empresa;

▪ melhorar os processos e fluxos de comunicação;

▪ incentivar boas práticas ambientais de redução de consumos de papel e plástico,

separação do lixo e sua reciclagem;

▪ envolver a equipa a favor de causas solidárias, como a Operação Nariz Vermelho e em

recolhas de bens para entrega á comunidade.

I.1.7 Área Jurídica e de Compliance

Em 2018, os Gabinetes de Legal e de Compliance da PME Investimentos verificaram um aumento

significativo da sua atividade, tendo intervindo de forma significativa através de trabalho desenvolvido

internamente, mas também através da gestão e coordenação de advogados externos, sempre sujeito

a princípios de estrita necessidade e de subsidiariedade, nas seguintes atividades:

• Implementação do Fundo 200M, em que participou na elaboração de toda a

documentação constitutiva do Fundo e na sua operacionalização, tendo ainda

acompanhado as primeiras candidaturas e negociado a contratualização do primeiro

investimento deste Fundo, concluída ainda antes do final do ano de 2018;

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• Acompanhamento do programa PREVPAP e elaboração dos contratos de trabalho

destinados à integração dos colaboradores integrados no quadro de pessoal da PME

Investimentos;

• Preparação e implementação das políticas internas de proteção de dados pessoais

associadas à entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados Pessoais,

com o inerente trabalho de levantamento prévio da realidade da PME Investimentos neste

âmbito e subsequente desenho das referidas políticas;

• Desenho das políticas de prevenção de branqueamento de capitais e de combate ao

financiamento do terrorismo da PME Investimentos, em adaptação ao novo quadro

regulatório, bem como a conceção e execução prática das atividades internas neste

âmbito, visando um reforço do ambiente de controlo interno neste domínio que previna

eficazmente a exposição da Sociedade a riscos com ligação a estas áreas, sendo de

realçar o baixo nível de risco a que a Sociedade se encontra exposta em virtude de

apenas dispor como “clientes”, na aceção aqui tradicionalmente referida, de entidades

integradas no subsetor Administração Central e que, como tal, não dispõem de qualquer

beneficiário efetivo, sendo o mais próximo desta qualificação o Estado Português;

• Participação no desenho do FIS e na discussão sobre os modelos de instrumentos a

implementar no âmbito deste Fundo tendo em vista assegurar o cumprimento permanente

do normativo aplicável a este tipo de instrumentos financeiros e a orientação do mesmo

para um modelo de funcionamento eficiente e para a eficácia na obtenção dos resultados

procurados com a sua instituição, sendo ainda de relevar a participação da área na

preparação e revisão da candidatura apresentada pela Sociedade à gestão do FIS, cuja

atribuição se veio a verificar no final do ano;

• Negociação de diversos contratos de desinvestimento dos Fundos sob gestão da PME

Investimentos em empresas participadas por estes, tendo as operações acompanhadas

internamente totalizado um valor superior a € 15 000 000,00, e análise e revisão de

diversos contratos de investimento por parte dos Fundos Revitalizar no âmbito das

operações executadas por estes, para o efeito de assegurar a conformidade do

enquadramento das respetivas operações com o normativo aplicável.

Para além do acima referido, continuou a possuir especial relevo a prestação de aconselhamento

às demais áreas operacionais da Sociedade, em particular no que respeita às participadas do

FACCE, atento o número de processos de desinvestimento e/ou contencioso em curso

relativamente às mesmas, bem como o valor elevado dos montantes correspondentes às

participações deste Fundo nas suas participadas.

Importa também assinalar o contínuo acompanhamento das questões quotidianas da Sociedade, no

que respeita à sua estrutura jurídica e nas questões relativas ao enquadramento regulatório a que a

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PME Investimentos está sujeita enquanto empresa pública e instituição financeira, incluindo em

matérias de contratação pública.

Por fim, a PME Investimentos tem o prazer de informar as Tutelas e os seus Acionistas que, em

reconhecimento da qualidade, diversidade e volume do trabalho desenvolvido pelo Gabinete Legal da

PME Investimentos, este foi selecionado pelo júri independente dos prémios Gold Awards promovidos

pela Iberian Lawyer, uma publicação internacional especializada na área jurídica, para integrar os

quatro finalistas (de entre mais de 200 equipas jurídicas inhouse que apresentaram candidaturas) nas

seguintes categorias:

Legal Team of the Year (Portugal); e

Corporate Team of the Year (Portugal).

I.1.8 Organização e Recursos Humanos

Ao nível da organização societária, regista-se que o modelo organizacional e de gestão de

recursos humanos foi objeto de atualização, tendo-se procedido à revisão do Regulamento de

Remunerações e Carreiras, procurando adequá-lo ao normativo legal vigente nesta matéria e à

realidade da PME Investimentos.

Refira-se também que, em junho de 2018, no âmbito do PREVPAP, foram integrados no quadro

de pessoal efetivo 8 colaboradores que anteriormente mantinham com a Sociedade uma relação

contratual como prestadores de serviços, o que se traduziu numa maior solidez e estabilidade

dos recursos humanos da Sociedade e uma melhor adequação aos níveis de atividade

desenvolvidos.

Com efeito, após um período (2013-2016), em que o quadro de pessoal registou uma quebra

significativa, com a saída de 9 colaboradores sem que fosse possível a sua substituição, no final

de 2018 a PME Investimentos dispõe de um quadro de pessoal com 26 efetivos.

Num quadro de atuação em que a atividade desenvolvida mantém uma tendência de crescimento,

mantém-se uma política de recurso a subcontratação de serviços especializados, bem como de

realização de trabalho suplementar. Com o mesmo objetivo, prosseguem-se investimentos ao nível

dos sistemas de informação que permitam uma maior eficiência dos recursos, processos e

procedimentos.

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I.2. Plano de atividades para 2019

A PME Investimentos tem por missão dinamizar e promover o alargamento da oferta de instrumentos

financeiros de política pública, em particular às PME, atuando como catalisador do

empreendedorismo, inovação, competitividade e internacionalização do setor empresarial Português.

Numa lógica de dinamização e alargamento da oferta de financiamento sustentável às PME, detém

um papel consolidado como grossista e retalhista, quer em instrumentos financeiros de dívida, quer

de equity, e em todos os segmentos e dimensões de empresas (micro, startups, PME´s, midcaps e

grandes empresas).

Esta diversidade permite de uma forma ágil e eficaz chegar com produtos ao mercado e às empresas,

num quadro de maximização de valor, que a PME Investimentos potencia com competências

distintivas que a caraterizam:

Instrumentos financeiros de políticas públicas, em linha com o mercado e com elevada execução

Ao longo destes cerca de 30 anos já colocámos no mercado mais de 22 mil milhões de euros, apoiando mais de 90 mil empresas e envolvendo mais de um milhão de postos de trabalho.

Os objetivos de colocação dos fundos têm sido sempre cumpridos, e muitas vezes ultrapassados.

Competências distintivas na gestão de fundos nacionais e europeus; equipas com larga experiência

Sociedade financeira do setor empresarial do Estado sujeita à supervisão do Banco de Portugal, não enquadrável no perímetro orçamental do Estado.

Capacidade acreditada como financiador direto e como agente financeiro de fundos públicos, quer de origem nacional quer comunitários, suportada por uma equipa com larga experiência o que lhe confere uma enorme agilidade na implementação das soluções financeiras.

Participação no desenho, estruturação e financiamento de produtos à medida das empresas, em diferentes fases de desenvolvimento.

Conhecimento do mercado e fomento de fontes de financiamento alternativas, numa lógica de adicionalidade, promovendo o acesso ao financiamento e capitalização das PME´s em condições que o mercado não o faria, dinamizando a entrada de novos players, conforme melhores recomendações e práticas nacionais e internacionais.

Existência de diversos programas de interface automatizados, construídos e ajustados com os Bancos, parceiros fulcrais nos produtos de dívida, e com as entidades financiadoras.

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Estabelecimento de acordos, parcerias e negócios com multi-stakeholders

Estabelecimento de acordos, parcerias e celebração de contratos negociais com os mais diversos stakeholders: IAPMEI, Sistema Nacional de Garantia Mútua, Bancos, Fundos de Capital de Risco, Sociedades Gestoras de Private Equity, Business Angels, IFD - Instituição Financeira de Desenvolvimento, S.A., Programas Operacionais do Portugal 2020, Agência para o Desenvolvimento e Coesão, I.P., Investidores, Empresários.

Enquanto entidade gestora de instrumentos financeiros promovidos no âmbito de políticas

públicas de apoio ao financiamento de entidades nacionais, são objetivos a prosseguir pela

Sociedade:

• Participar no desenho de novos instrumentos financeiros, contribuindo para que os

mesmos sejam ajustados às condições de mercado e correspondam às efetivas

necessidades dos segmentos alvo destinatários, por forma a potenciar os resultados dos

apoios públicos envolvidos;

• Coordenar a sua operacionalização junto dos intermediários financeiros, definindo o

normativo e procedimentos aplicáveis, numa perspetiva de agilizar o acesso a estes

instrumentos de apoio;

• Desenvolver modelos de acompanhamento que permitam um controlo eficaz das

operações;

• Dispor de um sistema de reporte às entidades públicas financiadoras que permita uma

adequada monitorização da execução operacional e financeira dos instrumentos e da

eficácia das políticas públicas implementadas;

• Maximizar a utilização dos fundos públicos sobre gestão.

Para prosseguir os objetivos a que se propõe, a Sociedade observará como princípios de

atuação:

• Capitalizar as competências e capacidades adquiridas no domínio da gestão de

instrumentos financeiros, mantendo uma equipa dedicada e especializada,

necessariamente versátil para que possa atuar nas várias fases dos processos, em

função das prioridades estabelecidas;

• Promover um investimento contínuo nos sistemas de informação específicos, adaptando-

os às características dos instrumentos, ao seu ciclo de vida e promovendo alterações que

visem melhorias de controlo e de eficiência;

• Consolidar as parcerias estabelecidas com os intermediários financeiros, através de uma

maior interação e um alinhamento de interesses entre as partes;

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• Manter uma estreita articulação com as entidades financiadoras, assegurando um serviço

qualidade e uma pronta capacidade de resposta às suas solicitações e necessidades.

A Sociedade pretende consolidar e diversificar a sua atuação no âmbito da gestão de novos

instrumentos de engenharia financeira dirigidos a empresas e à Economia. Se por um lado, a

intervenção da Sociedade na gestão destes instrumentos poderá potenciar os recursos existentes,

também o know-how e as competências adquiridas da Equipa na estruturação e operacionalização

deste tipo de produtos constituirão um contributo relevante para a concretização dos objetivos que

lhes estão subjacentes.

Em complemento da oferta da carteira de produtos tradicionalmente sob gestão, a PME Investimentos

procura alargar o âmbito dos fundos e instrumentos sob gestão, com produtos inovadores,

vocacionados para segmentos de mercado distintos dos tradicionais.

São exemplos de sucesso desta estratégia a recente angariação da gestão de 2 Fundos inovadores

e especializados, que veiculam políticas públicas que visam atuar em falhas de mercado, apoiando

startups de base tecnológica, no caso do Fundo de Coinvestimento 200M, ou iniciativas inovadoras e

de empreendedorismo social, no caso do Fundo para a Inovação Social.

Salienta-se também os contactos mantidos com a Direção-Geral de Política do Mar tendo em vista a

montagem e operacionalização de uma Linha de Crédito que se pretende que venha a apoiar o

financiamento das atividades emergentes da economia do mar, bem como a inovação e aumento de

intensidade tecnológica das atividades mais tradicionais da economia do mar.

FINOVA

Linhas de Crédito sob gestão

A captação de novos instrumentos de dívida para o âmbito da gestão da Sociedade constitui uma das

suas principais prioridades, mantendo uma estrutura humana qualificada que participe na estruturação

de novos instrumentos de caráter inovador, que assegure a prestação de um serviço de gestão

profissional, eficiente e de qualidade,

No âmbito do lançamento de novos produtos, destaca-se para 2019, pelo seu caráter inovador a Linha

de Crédito para Financiamento de Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social, instrumento

de crédito e garantia financiado através do Fundo para a Inovação Social.

Tratando-se de um instrumento de política setorial vocacionado para o apoio a projetos de Inovação

Social com forte potencial de inovação na resposta a problemas e a necessidade sociais e societais

não satisfeitas, a definição e validação das condições de elegibilidade dos beneficiários finais

assumirá uma maior complexidade do que a requerida por produtos que se dirigem à economia numa

lógica mais transversal.

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Paralelamente, o facto de se tratar de um instrumento financiado através de Fundos Europeus

Estruturais e de Investimento, nomeadamente, do Fundo Social Europeu, coloca também exigências

específicas ao nível do acompanhamento e dos reportes de execução a adotar pela entidade gestora.

A Direção de Dívida continuará empenhada em promover uma revisão sistemática dos processos e

procedimentos de operacionalização, visando melhorar os níveis de eficiência não só da Sociedade,

mas também dos intermediários financeiros, procurando também por esta vai consolidar as parcerias

estabelecidas.

A reconciliação da informação residente no sistema de informação e análise de inconsistências e

falhas de comunicação por parte dos Bancos e Sociedades de Garantia Mútua continuará a ser uma

prioridade para a Direção de Dívida, numa perspetiva de sensibilização dos intermediários financeiros

para a necessidade destas ações de controlo e da regularização das divergências detetadas, tendo

como objetivo último contribuir para a construção de soluções que permitam minimizar a ocorrência

de anomalias nos sistemas de reporte, bem como a regularização/reposição da informação em falta

com maior eficiência, quer para as instituições, quer para a própria Sociedade.

No exercício de 2019, será prioritário o tratamento das divergências das Linhas de Crédito PME

Investe VI Aditamento e PME Crescimento, para efeitos de encerramento dos correspondentes

projetos.

Mantém-se a necessidade de um programa anual de auditorias a operações contratadas no âmbito

das Linhas de Crédito geridas, por forma a sinalizar junto das empresas e dos bancos ações de

controlo tempestivas e eficazes por parte da entidade gestora, que em 2019 barangerá uma amostra

de 2,5% das operações da Linha Capitalizar contratadas em 2017, correspondentes a 450 operações.

À semelhança do que ocorreu em 2018, a Direção de Dívida procurará assegurar integralmente a

realização destes trabalhos, sem recurso a subcontratação de serviços externos.

Manter-se-á também um programa anual de encerramento de projetos que, em 2019, incidirá sobre

as Linhas de Crédito PME Investe VI Aditamento e PME Crescimento, estimando-se uma redução de

capital do FINOVA por incorporação das bonificações liquidadas aos bancos e sociedades de garantia

mútua, de 43 milhões de euros.

A reavaliação em contínuo dos custos associados às Linhas de Crédito sob gestão é também uma

das prioridades da Sociedade, tendo em vista assegurar a adequada capitalização do FINOVA e

diagnosticar excedentes de recursos que possam ser realocados a outras iniciativas, numa ótica de

otimização dos fundos públicos geridos.

Continuará a promover-se uma atualização sistemática da aplicação que assegura a gestão das

Linhas de Crédito, pretendendo-se implementar dois desenvolvimentos específicos que permitirão

melhoria significativas de eficiência: arranque da criação de um portal para comunicação de reportes

de acompanhamento e de apresentação de candidaturas por parte dos Bancos e desenvolvimento

de novas funcionalidades que permitam a integração automática de informação indispensável à

análise de candidaturas.

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Capital de Risco

Encontrando-se os Fundos de Capital de Risco e as Linhas de Financiamento a Business Angels em

fase de desinvestimento, considera-se fulcral o seu acompanhamento e monitorização, e da respetiva

carteira de participações, tendo em vista aferir os níveis de recuperabilidade e rentabilidade dos

montantes investidos pelo FINOVA, através dos mecanismos de acompanhamento existentes,

nomeadamente:

▪ Análise dos Relatórios de Acompanhamento periódicos bem como de informação

contabilística dos FCR / Entidades Veículo de Business Angels e das respetivas participadas;

▪ Análise das operações de desinvestimento, por forma a aferir do cumprimento das condições

de elegibilidade;

▪ Participação em reuniões periódicas, visando o acompanhamento da evolução da atividade

dos FCR e Entidades Veículo de Business Angels e da sua carteira de participações;

▪ Participação nas Assembleias de Participantes dos FCR.

Consequentemente, mantém-se a necessidade de melhoramento contínuo dos processos de

acompanhamento por forma a que se tornem mais eficientes e eficazes, mantendo as parcerias e

bom relacionamento existentes com as Sociedades Gestoras dos FCR participados e com as

Entidades Veículo financiadas pelo FINOVA.

Em 2019 dar-se-á continuidade aos planos de verificação e acompanhamento dos projetos apoiados

por Fundos Comunitários, que incidirão sobre as operações de investimento concretizadas pelos FCR

e Entidades Veículo de BA e sobre as PME apoiadas, no sentido de:

▪ Aferir o cumprimento das regras de elegibilidade definidas pelos Programas Operacionais

Financiadores destes Instrumentos e pela regulamentação aplicável;

▪ Efetuar a monitorização e o acompanhamento do nível e da qualidade da aplicação dos

montantes investimentos pelos Instrumentos Financeiros nas PME apoiadas.

Os trabalhos de verificação serão da responsabilidade direta da Sociedade, prevendo-se a

contratação de serviços externos para a execução de determinadas tarefas de validação.

Paralelamente, e tendo em vista a prestação de informação aos Programas Operacionais

Financiadores, às Entidades Participantes, às Entidades de Auditoria e aos demais stakeholders do

FINOVA, pretende-se, em 2019:

▪ Consolidar o software para a gestão integrada das diversas áreas operacionais o qual

permitirá tornar mais eficientes os processos de reporte e a melhoria significativa na utilização

da informação disponível.

▪ Acompanhar as ações de auditoria e verificação promovidas por entidades externas, tendo

como preocupação a implementação das recomendações dai resultantes.

Será ainda prioridade da Sociedade potenciar as competências e capacidades adquiridas na gestão

de Instrumentos de Capital, promovendo condições para que a equipa afeta à Direção de Fundos se

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mantenha motivada, disponível e apta a dar resposta às diferentes fases em que se encontram os

Instrumentos de Capital sob gestão.

Relativamente aos Fundos Revitalizar e no que respeita às previsões para o ano de 2019, importa

desde logo referir que, em agosto deste ano, se iniciará uma nova fase de vida destes fundos, uma

vez que nessa data será dado início à fase de desinvestimento definida nos seus regulamentos de

gestão.

De facto, uma vez que os Fundos Revitalizar foram criados em 2013, com uma duração de 12 anos,

correspondente à soma de um período de investimento de 6 anos e de um período de desinvestimento

de 6 anos adicionais (com hipótese de prorrogação por mais 2 anos), tal significa que o ano de 2019

será o último ano para que as sociedades gestoras destes fundos apresentem, aos participantes,

propostas de novos investimentos ou reforços de investimentos em empresas já participadas.

Prevê-se, assim, que, durante os primeiros 7 meses do ano de 2019, se verifique um acréscimo de

atividade na componente de análise de enquadramento de novas operações de investimento e/ou

propostas de reforço de investimento, propostas pelas entidades gestoras dos três fundos, a Oxy

Capital, a Capital Criativo e a Explorer Investments.

Para além da componente de acompanhamento inerente à análise e enquadramento de novas

operações, já referida, será dada continuidade à promoção de outras ações intrinsecamente ligadas

ao processo de acompanhamento e que englobam, entre outros, a representação do FINOVA e

exercício dos respetivos direitos de voto nos Comités Consultivos e Assembleias de Participantes, a

análise dos reportes trimestrais e anuais e de acompanhamento da atividade dos fundos e da

performance das respetivas empresas participadas e a promoção, sempre que considerado

necessário, de reuniões com as entidades gestoras dos fundos, para esclarecimento de questões

sobre os temas de acompanhamento.

Em paralelo, antecipa-se também a necessidade de enquadramento, no âmbito das funções da PME

Investimentos:

(i) de análise, acompanhamento e validação dos termos de concretização de operações de

desinvestimento de algumas das empresas participadas pelos Fundos Revitalizar;

(ii) de acompanhamento dos processos de devolução de capital ao FINOVA, na sequência do

processo já iniciado em 2018 por um dos Fundos, o Fundo Revitalizar Centro, gerido pela

Oxy Capital.

FACCE

No ano de 2019, o FACCE – Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas

atingirá uma maturidade de 10 anos de existência, tendo em consideração que a atividade do Fundo

foi iniciada em 2009 (Fundo criado pelo decreto-lei 105/2009 de 12 de maio).

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A carteira inicial de investimentos do Fundo foi constituída por 25 operações de investimento

(concretizadas entre maio de 2009 e novembro de 2011), sendo que o ano de 2019 se iniciará com a

seguinte composição de carteira:

▪ participações em 10 empresas ativas (dos quais uma em situação de venda a prazo);

▪ um conjunto de 5 outros investimentos, 1 em situação de earn out relativamente a uma

empresa já alienada e 4 situações, já de caráter jurídico, relativamente à tentativa de

recuperação de parte do investimento do FACCE realizado nessas empresas.

Desta forma, a PME Investimentos, beneficiando e rentabilizando o know-how e expertise acumulado

ao longo dos anos, pretende em 2019, e enquanto entidade gestora do FACCE, dar continuidade ao

trabalho que tem vindo a ser desenvolvido:

▪ no acompanhamento da performance das empresas que constituem a sua carteira de

investimentos, em toda a diversidade que o processo implica, desde a supervisão das

medidas e políticas implementadas pelas equipas de gestão até a análise da performance

económico-financeira das empresas, procurando contribuir para o crescimento e estabilidade

das empresas e desenvolvendo iniciativas tendentes à valorização da sua participação

acionista.

▪ no desenvolvimento de diligências no sentido de serem criadas condições para a

concretização de operações de desinvestimento.

Pretende-se, assim,

(i) dar continuidade ao trabalho já iniciado em 2018 e obter a conclusão dos processos negociais já atualmente em curso, conducentes ao desinvestimento de 3 das suas empresas participadas e

(ii) prosseguir no sentido de serem criadas condições para a concretização de novas operações de desinvestimento.

▪ no acompanhamento dos processos que se encontram em situação jurídica ou de

contencioso, tendo em vista a proteção dos interesses do FACCE, procurando encontrar

soluções para que permitam a conclusão dos processos em termos favoráveis aos interesses

preconizados para o FACCE.

Neste ponto inclui-se o acompanhamento próximo dos processos já iniciados em 2018, na sequência

da tomada de conhecimento de algumas situações concretizadas pela equipa de gestão e/ou

acionistas de algumas das empresas participadas, e que foram consideradas lesivas para os

interesses do FACCE.

FSCR PME-IAPMEI

No que se refere ao FSCR PME-IAPMEI, continuar-se-á a acompanhar a evolução das participações

em carteira e os desinvestimentos que venham a ocorrer, através da informação reportada e de

contatos regulares com os operadores de capital de risco, sendo que, em casos específicos e

justificados, contactar-se-á diretamente com as empresas participadas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Relativamente à participação detida no Portugal Venture Capital Initiative, cujo compromisso não foi

ainda integralmente realizado, considera-se indispensável a manutenção do fluxo sistemático de

reporte, tanto ao nível dos investimentos concretizados pelos fundos participados pelo PVCi, por forma

a acautelar a liquidez necessária do FSCR PME-IAPMEI para fazer face às chamadas de capital, bem

como ao que respeita à carteira de participações destes, respetivas performances e desinvestimentos

ocorridos.

FUNDO DE COINVESTIMENTO 200M

O ano de 2019 será o primeiro ano completo de atividade do Fundo de Coinvestimento 200M, sendo

por isso prioritário dar continuidade ao programa de promoção e divulgação do Fundo junto de

potenciais coinvestidores nacionais e internacionais bem como junto do meio empresarial.

Em resultado desta promoção, perspetiva-se a concretização de diversas operações de

coinvestimento, cujo valor permitirá com que se efetuem chamadas de capital ao participante do

Fundo (Fundo de capital e Quase Capital, gerido pela IFD), no valor de cerca de 50 milhões de euros.

Manter-se-á igualmente como prioritário:

▪ O melhoramento contínuo dos modelos de acompanhamento junto dos coinvestidores e

das participadas, tendo em vista, a todo o momento, monitorizar a evolução dos

investimentos e o cumprimento dos objetivos de execução, desempenho e resultado

definidos;

▪ O desenvolvimento do software informático de acompanhamento das participadas e dos

processos de desinvestimento, tendo em vista a simplificação e eficácia dos respetivos

processos e procedimentos, bem como o melhoramento do software no que diz respeito

ao módulo de submissão e análise de candidaturas;

▪ O início de planos de verificação em relação aos projetos apoiados, no sentido de aferir

o cumprimento das regras de elegibilidade definidas pelos Programas Operacionais

Financiadores do Fundo 200M e pela regulamentação aplicável e de efetuar a

monitorização e o acompanhamento do nível e da qualidade da aplicação dos montantes

investimentos nas PME apoiadas.

FUNDO PARA A INOVAÇÃO SOCIAL

Na sequência da sua nomeação como entidade gestora do Fundo para a Inovação Social, a PME

Investimentos deu início aos trabalhos de operacionalização, tendo em vista o cumprimento das

prioridades e objetivos definidos pelas entidades promotoras deste instrumento de política pública.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Linha de Crédito para Financiamento de Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo

Social

Para efeitos de operacionalização da Linha de Crédito para Financiamento de Iniciativas de Inovação

e Empreendedorismo Social, serão prioridades em 2019:

▪ Preparação e negociação de protocolo a celebrar com os intermediários financeiros para

implementação desta Linha de Crédito e elaboração dos documentos de

operacionalização, definindo os procedimentos a adotar pelos beneficiários finais e

entidades financeiras envolvidas na colocação do produto na fase de aprovação das

candidaturas;

▪ Definição de modelos de acompanhamento, a implementar junto dos intermediários

financeiros e dos beneficiários finais que permitam, detalhadamente, monitorizar a

evolução dos projetos e dos financiamentos, bem como a concretização de objetivos de

execução e de indicadores de resultados;

▪ Definição de modelos de reporte de acompanhamento e execução a disponibilizar aos

órgãos de gestão do FIS e aos diversos stakeholders do FIS, destacando-se a Autoridade

de Gestão do Compete 2020 no âmbito dos reportes a que estão sujeitos os FEEI;

▪ Adaptação dos manuais de procedimentos respeitantes aos workflows associados aos

processos de enquadramento de candidaturas, acompanhamento das operações e

pagamento de bonificações às especificidades desta Linha de Crédito;

▪ Realização de desenvolvimentos informáticos para adaptação do sistema de informação

que assegura a gestão das Linhas de Crédito às caraterísticas deste novo produto;

▪ Participação em ações de promoção e divulgação do FIS junto de intermediários

financeiros e beneficiários finais, tendo em vista dinamizar a procura da Linha de Crédito

e promover a sua execução de acordo com os objetivos que estiveram subjacentes à sua

constituição.

Linha de Capital e Quase Capital para Coinvestimento em Iniciativas de Inovação e

Empreendedorismo Social

A Sociedade irá desenvolver e implementar todos os procedimentos e mecanismos necessários ao

lançamento do produto de capital associado ao Fundo para a Inovação Social (Linha de Capital e

Quase Capital para Coinvestimento em Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social) , tendo

em vista o cumprimento das prioridades e objetivos definidos pela entidade financiadora deste

instrumento de política pública.

O produto de capital consistirá numa Linha de Coinvestimento para concretização de operações de

capital e quase capital, com coinvestidores, em empresas de micro, pequena e média dimensões, que

desenvolvam projetos de Empreendedorismo Social e da Economia de Impacto, com forte potencial

de inovação na resposta a problemas e a necessidade sociais e societais não satisfeitas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Desta forma, e tendo em consideração a complexidade associada a este tipo de iniciativas, será

prioridade:

▪ Elaboração da metodologia de admissão e seleção de candidaturas e da metodologia de

avaliação de ativos;

▪ Elaboração dos manuais de procedimentos respeitantes aos workflows associados aos

processos de análise de investimentos, acompanhamento de participadas e análise de

desinvestimentos;

▪ Definição de modelos de acompanhamento e reporte, que permitam, detalhadamente,

monitorizar a evolução dos investimentos, os desvios existentes e o cumprimento de objetivos

e prioridades existentes, bem como a execução de políticas públicas definidas;

▪ Adaptação do software informático às caraterísticas do FIS por forma a que os processos

inerentes ao investimento, acompanhamento e desinvestimento de participadas sejam

simplificados e tornados mais eficientes, bem como desenvolvimento de formulário online

destinado à apresentação de candidaturas de forma totalmente desmaterializada, tal como

sucede no Fundo de Coinvestimento 200M;

▪ Promoção e divulgação regular do Fundo tendo em vista a captação de investimentos.

COMUNICAÇÃO E MARKETING

Em 2019, o Gabinete de Comunicação e Marketing continuará a sua política ativa de comunicação,

procurando potenciar e reforçar o reconhecimento da marca PME Investimentos enquanto entidade

de referência que tem vindo a construir.

Em termos de atividade o Gabinete procurará dar continuidade às atividades que têm vindo a ser

desenvolvidas, nomeadamente:

▪ promoção e divulgação contínua das atividades desenvolvidas ao abrigo dos programas

comunitários e dos seus financiadores, na imprensa, media e digital;

▪ patrocínio, promoção e divulgação proativa dos instrumentos financeiros geridos pela

PME Investimentos em eventos relacionados com o seu âmbito de atuação, em Portugal

e no estrangeiro;

▪ acompanhamento e incentivo às Entidades Gestoras dos FCR, das Entidades Veículo

dos BA e das Instituições de Crédito para a promoção e divulgação dos apoios do

FINOVA;

▪ atualização permanente dos websites PME Investimentos, 200M e Fundo para a

Inovação Social;

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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▪ manter presença contínua nas plataformas de social media, Facebook e Linkedin,

promovendo uma imagem dinâmica e atual da Sociedade e dos seus produtos,

permitindo-lhe:

a) estar onde estão os seus clientes e parceiros;

b) dar visibilidade às empresas participadas e aos seus accomplishments;

c) e ser uma montra da atividade, dinamismo e desenvolvimento do ecossistema

empreendedor.

Adicionalmente, o ano de 2019 representará um acréscimo de atividade e novos desafios para o

Gabinete de Comunicação e Marketing, como:

▪ O lançamento e promoção do novo Fundo para a Inovação Social (FIS), um Fundo pioneiro

no contexto da União Europeia e no quadro do Fundo Social Europeu que visa reforçar os

instrumentos criados no âmbito da iniciativa pública Portugal Inovação Social para dinamizar

o mercado de investimento social em Portugal. Nesta fase de vida do Fundo, incluem-se na

divulgação e promoção do FIS:

a) a importância de criar awareness e visibilidade do Fundo junto do público em geral,

parceiros, investidores e potenciais dinamizadores de iniciativas de inovação e

empreendedorismo social;

b) a sensibilização para a Inovação e Empreendedorismo Social, delineando diferentes

mensagens e estratégias de divulgação e de promoção do Fundo;

c) criação de um website exclusivo que funcionará como canal privilegiado de

enquadramento desta iniciativa, pretendendo-se que seja simples e intuitivo, no sentido

de aproximar os potenciais interessados ao FIS, para além de estabelecer processos de

candidatura online;

d) participação em diversas ações integradas em iniciativas, fóruns e eventos associados a

temáticas de inovação social, empreendedorismo, redes sociais, entre outros.

▪ A celebração dos 30 anos da PME Investimentos que se pretende marcar com um evento

impactante junto do ecossistema e da rede de parceiros institucionais e outras entidades

públicas, bancos, Business Angels, participadas e empresas no geral.

No âmbito da comunicação interna, encarando-a como uma área fundamental de criação de valor

partilhado e tendo em vista o fortalecimento de uma cultura organizacional saudável, o Gabinete

procurará:

▪ melhorar os fluxos de comunicação interna, garantindo que se processa de forma aberta

e eficaz entre todos;

▪ desenvolver atividades que proporcionem momentos de celebração e aprendizagem,

valorizem o trabalho em equipa e mantenham as equipas motivadas e alinhadas com os

objetivos da Sociedade;

▪ continuar a incentivar boas práticas ambientais;

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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▪ envolver a equipa a favor de preocupações sociais e causas solidárias.

ÁREA JURÍDICA E DE COMPLIANCE

Em 2019, os Gabinetes de Legal e de Compliance manterão o foco da sua atividade no

aprofundamento, supervisão e controlo do cumprimento do normativo aplicável, incluindo a

revisão das regulamentações internas atualmente existentes e a implementação de

regulamentações novas, tendo em vista a redução contínua dos riscos a que a atividade da

Sociedade está sujeita e inovações regulatórias na vida das instituições financeiras, e na

preservação dos padrões éticos da Sociedade.

Neste sentido, serão regularmente revisitados os anteriores procedimentos de identificação e de

avaliação de riscos associados ao desenvolvimento da atividade da Sociedade, para reforço do

acompanhamento técnico-jurídico das diversas matérias de relevo para a Sociedade e

aprofundamento da assessoria jurídica a prestar às diversas áreas operacionais e ao Conselho

de Administração.

Durante o período de referência, destacam-se como principais desafios para os Gabinetes de

Legal e de Compliance:

• o acompanhamento da atividade do Fundo 200M, que já se encontra em plena atividade

de investimento, sendo por isso de relevar a redação e acompanhamento da negociação

de contratos a celebrar com os coinvestidores e as empresas beneficiárias;

• a instituição e operacionalização do FIS, através da redação dos respetivos documentos

constitutivos e discussão dos mesmos com os stakeholders relevantes, instituição de

procedimentos base de ação no âmbito deste Fundo e desenho e lançamento dos

instrumentos financeiros de dívida e capital a instituir no âmbito do FIS;

• o trabalho desenvolvido pela área jurídica e de compliance no que respeita à instituição

de procedimentos de KYCC (Know Your Customer’s Customer) especificamente

destinados à prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento do

terrorismo em sede do Fundo 200M e do FIS, atenta a orientação do primeiro para

investidores estrangeiros e a necessidade de assegurar que a PME Investimentos não

incorre em riscos reputacionais neste domínio; e

• o acompanhamento da fase de desinvestimento do FACCE, dada a importância dos

valores em disputa e a convolação em situações contenciosas de alguns destes

processos de desinvestimento, que implicam um consumo significativo de recursos

internos e externos, com o consequente aumento dos gastos associados a estes

processos (sendo de notar que, por força de os litígios associados a estes investimentos

se encontrarem sujeitos a arbitragens obrigatórias, o valor das custas e encargos

associados aos mesmos serem significativamente elevados).

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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I.3. Cumprimento das Orientações Legais

Objetivos de Gestão

Os objetivos de gestão e resultados a atingir no âmbito da atividade desenvolvida pela Sociedade são

definidos pelos acionistas, em sede de aprovação do seu plano de atividades e orçamento.

Os Instrumentos Previsionais de Gestão para o período 2018-2020 mereceram parecer favorável da

Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Empresarial do Estado e foram

aprovados por Despacho Conjunto do Exmo. Senhor Secretário de Estado Adjunto e das Finanças e

do Exmo. Senhor Ministro Adjunto e da Economia, de 27 de dezembro de 2018.

Neste contexto, para efeitos de análise da performance alcançada, contrapõem-se indicadores

de desempenho subjacentes ao orçamento proposto para 2018 e os valores realizados neste

ano:

INDICADORES DE DESEMPENHO

A Sociedade registou um volume de negócios, incluindo comissões de gestão cobradas aos

fundos sob gestão e prestação de serviços a empresas participadas pelos Fundos geridos, no

valor de 6,7 milhões de euros, 1% acima do que havia sido proposto.

Propostos Realizados

Custos operacionais/EBITDA. 0,80 0,68

Custos com pessoal/EBITDA. 0,41 0,38

Taxa de variação dos custos com

pessoal21% 21%

Gastos gerais e

administrativos/EBITDA.0,29 0,23

Taxa de variação de gastos gerais e

administrativos15% -3%

Capacidade de

endividamentoDívida/capital próprio. 0,01 0,01

EBITDA/receitas 0,57 0,60

Taxa de variação das receitas -17% -16%

Remuneração do

capital investidoResultado líquido/capital investido 0,06 0,06

Rentabilidade e

crescimento

Eficiência

Indicadores de Desempenho2018

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Com uma atuação norteada por uma preocupação de contenção de custos, foi possível atingir

indicadores de eficiência e rentabilidade ligeiramente mais favoráveis do que o previsto.

As despesas com pessoal atingiram valores muito próximos do previsto, enquanto que os gastos

gerais e administrativos tiveram uma performance mais positiva do que a prevista, situando-se

cerca de 15% abaixo dos valores orçamentados. A generalidade destas rubricas de custos

situou-se abaixo do previsto, destacando-se com desvios favoráveis mais significativos as

despesas de comunicação e marketing, ações de formação, subcontratação de serviços na área

de capital de risco e custas judiciais e contencioso.

O resultado apurado ascendeu a 3.038 mil euros, superando o previsto em cerca de 220 mil

euros e proporcionando uma taxa de rentabilidade do capital investido de 6,0%, que ultrapassou

ligeiramente os 5,6% previstos.

O investimento realizado limitou-se a cerca de 15 mil euros, respeitantes a renovação do parque

informático e outros equipamentos.

Prazo médio de pagamento e atrasos nos pagamentos

A Sociedade não regista atrasos no pagamento de bens e serviços, cumprindo os prazos

estipulados pelos seus fornecedores. O prazo médio de pagamentos reportado a 31 de dezembro

de 2017 e 2018 registou a evolução constante do quadro seguinte.

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS

Cumprimento de recomendações acionistas

Cumpre assinalar a orientação transmitida pelos acionistas IAPMEI e Direção-Geral do Tesouro e

aprovada em reunião da Assembleia Geral realizada em 28 de março de 2018, no sentido de a

Sociedade, em 2018, promover a otimização dos gastos operacionais, no que se refere aos gastos

associados à frota automóvel.

Esta recomendação foi acolhida, tendo os custos com a frota automóvel ficado abaixo dos valores

aprovados no âmbito do orçamento, em cerca de 6.200 euros (- 8,7%)

Valor %

Prazo (dias) 17 12 5 42%

PMPVariação 2018/2017

2018 2017

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Não foram emitidas quaisquer outras recomendações acionistas.

Remunerações

Através de Deliberação Unânime por Escrito datada de 1 de julho de 2015, os Acionistas

procederam a uma alteração estatutária, acometendo à Assembleia Geral a competência para

fixação das remunerações dos órgãos sociais, em detrimento da existência de uma Comissão

de Vencimentos, tendo igualmente deliberado sobre as remunerações e demais benefícios e

regalias dos membros dos órgãos sociais a vigorarem no mandato 2015-2017, em conformidade

com as disposições do Estatuto do Gestor Público e demais legislação aplicável.

Cumulativamente, através de Deliberação Unânime por Escrito de 13 de maio de 2016, os

Acionistas procederam à nomeação do Dr. Marco Biscaia Fernandes como Presidente Executivo

do Conselho de Administração, cargo que exercia até à data, mas sem funções executivas, tendo

igualmente deliberado sobre as remunerações e demais benefícios e regalias que lhe são

aplicáveis.

Também por Deliberação Unânime dos Senhores Acionistas de 28 de dezembro de 2017 o Dr.

Gonçalo Oliveira Lage foi designado como Vice-Presidente do Conselho de Administração, tendo

igualmente sido fixadas as remunerações e demais benefícios e regalias que lhe são aplicáveis.

Em reunião da Assembleia Geral de Acionistas realizada em 9 de maio de 2018, foram nomeados

os membros dos Órgãos Sociais para o triénio 2018-2020, tendo sido fixado o correspondente

estatuto remuneratório.

Nos quadros seguintes, indicam-se os valores das remunerações auferidas e outros benefícios

concedidos aos membros dos órgãos sociais, referentes ao exercício de 2018.

Unid: €

Valor %

Combustíveis 17 689 16 317 -1 372 -7,8%

Portagens + Estacionamentos 6 923 5 820 -1 103 -15,9%

Manutenção e conservação 14 200 10 455 -3 745 -26,4%

Subtotal 38 812 32 592 -6 220 -16,0%

Renting 26 936 27 335 399 1,5%

Seguros 4 420 4 003 - 417 -9,4%

Imposto de ci rculação 1 552 1 573 21 1,4%

Subtotal 32 908 32 911 3 0,0%

Total de Gastos com a frota automóvel (€) 71 720 65 503 -6 217 -8,7%

Nº de viaturas afetas ao serviço Sociedade 10 10 - -

2018

Previsão

2018

ExecuçãoExecução / Previsão

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Composição em 2018

Acumulação de Funções

Mandato

(Início - Fim)

2015 - 2017 Presidente IAPMEI / Miguel Sá Pinto (a) 500,00 1 000,00

2015 - 2017 Secretário DGTF / Mário José Alveirinho Carrega 350,00 700,00

2018 - 2020 Presidente IAPMEI / Miguel Sá Pinto (a) 500,00 -

2018 - 2020 Secretário DGTF / Mário José Alveirinho Carrega 350,00 -

Total 1 700,00

Cargo NomeValor da senha

Fixado (€)

Valor Bruto Auferido

(€)

(a) Renunciou à remuneração correspondente ao cargo desempenhado, sendo a mesma liquidada ao IAPMEI.

MandatoDesignação OPRLO (2)

(Início - Fim) Forma (1)

Data Sim / NãoEntidade de

Origem

Pagadora

[O/D]

2015 - 2017 Presidente Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes (a) DUE 13-05-2016 n.a. n.a. - 1

2015 - 2017 Vice-Presidente Gonçalo Oliveira Lage (b) DUE 28-12-2017 n.a. n.a. - 1

2015 - 2017 Vogal Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho DUE 28-12-2017 n.a. n.a. - 1

2018 - 2020 Presidente Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes AG 09-05-2018 n.a. n.a. - 2

2018 - 2020 Vice-Presidente Vasco Vilela AG 09-05-2018 n.a. n.a. - 1

2018 - 2020 Vogal Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho AG 09-05-2018 n.a. n.a. - 2

(1) indicar Resolução (R)/AG/DUE/Despacho (D)

(2) Opção Pela Remuneração do Lugar de Origem - prevista no n o 8 do artigo 28.º do EGP; indicar entidade pagadora (O-Origem/D-Destino)

(a) Nomeado em 1 de julho de 2015 como Presidente não Executivo, passou a exercer funções executivas remuneradas a partir de 13 de maio de 2016

(b) Nomeado em 1 de julho de 2015 como Vogal, foi designado para o cargo de Vice-Presidente em 28 de dezembro de 2017, cargo que exerceu até 31 de maio de 2018

Cargo NomeNº de

Mandatos

Acumulação de Funções

Entidade Função Regime

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes (1) Portugal Capital Ventures, SA

Membro do Conselho Geral

de SupervisãoPúblico

Gonçalo Oliveira Lage (1) Portugal Capital Ventures, SA

Membro do Conselho Geral

de SupervisãoPúblico

Gonçalo Oliveira Lage (1) Portugal Venture Capital Initiative

(PVCi)

Membro do Board of

DirectorsPúblico

(1) Cargo não remunerado

Membro do Conselho de Administração

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Remunerações

Remunerações

A remuneração auferida pelos membros do órgão de administração não inclui qualquer

componente variável e, em 2018, não lhes foi atribuída qualquer remuneração sob a forma de

participação nos lucros e/ou pagamento de quaisquer prémios, incluindo prémios de gestão.

Em 2018 não foram pagas ou são devidas a ex-administradores executivos quaisquer

indemnizações relativamente à cessação das suas funções durante o exercício.

Estatuto do Gestor Público

Fixado Classificação

[S/N] [A/B/C]Vencimento

mensal

Despesas

Representação

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes S C 4 578 1 831

Gonçalo Oliveira Lage (1) S C 4 120 1 648

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (2) S C 3 663 1 465

Vasco Vilela (3) S C 4 120 1 648

(1) Até 31 de maio de 2018

(2) A partir de 1 de fevereiro de 2018

(3) A partir de 20 de agosto de 2018

NomeRemuneração mensal bruta €

Fixa (1) Variável (2)Valor Bruto

(3) = (1) + (2)

Reduções

Remuneratórias

(4)

Valor Bruto

Final (5)=(3)-

(4)

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 86 071 - 86 071 4 304 81 767

Gonçalo Oliveira Lage 42 504 - 42 504 2 125 40 379

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho 71 838 - 71 838 3 593 68 245

Vasco Vilela 38 250 - 38 250 1 914 36 336

Total - - 238 663 11 936 226 727

(1) O valor da remuneração Fixa corresponde ao vencimento+despesas de representação (sem reduções).

(4) Redução prevista no artigo 12.º da Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho.

Nome

Remuneração Anual (€)

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Benefícios Sociais

Os benefícios sociais concedidos aos membros executivos do Conselho de Administração

observam as condições praticadas para os colaboradores da Sociedade.

Encargos com Viaturas

Gastos Anuais Associados a Deslocações em Serviço

Beneficíos Sociais (€)

Subsídio de Refeição Regime de Proteção Social Outros

Valor / Dia

(*)

Montante

pago AnoIdentificar

Encargo

AnualIdentificar Valor

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 4,77 892 Segurança Social 19 420 2 619 - 123

Gonçalo Oliveira Lage 4,77 305 Segurança Social 9 590 1 676 - 123

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho 4,77 992 Segurança Social 15 991 1 859 - -

Vasco Vilela 4,77 410 Segurança Social 8 637 744 - -

Total - 2 599 - 53 638 6 898 - - 246

(a) - Seguro contratado para todos os administradores, em condições idênticas às dos restantes colaboradores

Seguro

Acidentes

Pessoais

(a)

NomeEncargo

Anual

Seguro de

Saúde

Encargo

Anual

Seguro de

Vida

Encargos com Viaturas

Viatura

atribuída

Celebração

de contrato

Valor de

referência

da viatura

Modalidade

(1)

Ano

Início

Ano

Termo

Valor da

Renda

Mensal

Gasto

Anual com

Rendas

Nº Prestações

Contratuais

Remanescentes

[S/N] [S/N] [€] [Identificar] [€] [€] (Nº)

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes (a) S N 39 950 Aquisição 2009 - - - -

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes (b) S N - Outra 2018 2018 680 4 896 -

Gonçalo Oliveira Lage (c) S N 40 000 Aquisição 2010 - - - -

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (d) S N - Outra 2018 2018 625 7 575 -

Vasco Vilela (e) S N 40 000 Aquisição 2010 - - - -

Vasco Vilela (f) S N - Outra 2018 2018 680 2 113 -

Total - 0 79 950 0 1 985 14 584 0

(1) Aquisição; ALD; Leasing ou Outra

(a) Até de 28 de maio de 2018 (c) Até 31 de maio de 2018 (e) De 20 de agosto até 11 de outubro de 2018

(b) A partir de 29 de maio de 2018 (d) A partir de 1 de fevereiro de 2018 (f) A partir de 12 de outubro de 2018

Nome

Gastos anuais associados a deslocações em serviço (€)

Deslocações

em Serviço

Custo com

Alojamento

Ajudas de

CustoOutras

Gasto total

com viagens

[€] [€] [€] [Identificar] Valor [€] [€]

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 10 561 4 081 n.a. - - 14 642

Gonçalo Oliveira Lage (a) 610 555 n.a. - - 1 165

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (b) 5 456 3 424 n.a. - - 8 879

Vasco Vilela (c) 225 660 n.a. - - 885

Total 16 852 8 720 - - - 25 572

(a) - Em exercício de funções até 31 de maio de 2018

(b) - Em exercício de funções a partir de 1 de fevereiro de 2018

(c) - Em exercício de funções a partir de 20 de agosto de 2018

Nome

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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CONSELHO FISCAL

Composição em 2018

Remunerações

Revisor Oficial de Contas

Identificação em 2018

Mandato

(Início - Fim)Forma (1) Data

2015 - 2017 Presidente (ROC) Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC (2) (3) 21/09/2016 1 137,50 2

2015 - 2017 Vogal Maria João Dias Pessoa Araújo DUE 01/07/2015 803,00 2

2018 - 2020 Presidente (ROC) Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC (2) AG 09/05/2018 1 442,13 3

2018 - 2020 Vogal Maria João Dias Pessoa Araújo AG 09/05/2018 961,42 3

2018 - 2020 Vogal Paulo Alexandre Bento Fernandes AG 09/05/2018 961,42 1

(1) Indicar AG / DUE / Despacho

(2) Representada por José Luís Guerreiro Nunes

Cargo NomeDesignação

(3) Nomeado para o cargo de Vogal do Conselho Fiscal, através de DUE de 1 de julho de 2015 e, face à renúncia do anterior Presidente, foi designado para desempenhar esta

cargo em reunião do Conselho Fiscal de 21 de setembro de 2016, nos termos e para os efeitos do disposto no art. 415.º, 2 do Código das Sociedades Comerciais

Nº de

Mandatos

Estatuto

Remuneratório

Fixado Mensal [€]

Remuneração Anual (€)

Bruto (1)

Reduções

Remuneratórias

(2)

Valor Final

(3)=(1)-(2)

Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC 15 782 0 15 782

Maria João Dias Pessoa Araújo 12 826 0 12 826

Paulo Alexandre Bento Fernandes 6 506 0 6 506

Total 35 114 0 35 114

Nome

Mandato

(Início -

Fim) Nome

N.º

inscrição

na OROC

N.º

registo

na CMVM

Forma (1) Data

Data do

Contrato

2015 - 2017 ROC EfetivoIsabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC

representada por José Luís Guerreiro Nunes 64

109820161400 DUE 01/07/2015 29/01/2016 6 6

2015 - 2017 ROC SuplenteOliveira, Reis & Associados, SROC

representada por Joaquim Oliveira de Jesus

23

105620161381 DUE 18/04/2016 - - -

2018 - 2020 ROC EfetivoIsabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC

representada por José Luís Guerreiro Nunes 64

109820161400 AG 09/05/2018 20/08/2018 7 7

2018 - 2020 ROC SuplenteOliveira, Reis & Associados, SROC

representada por Joaquim Oliveira de Jesus

23

105620161381 AG 09/05/2018 - - -

(1) Indicar AG / DUE / Despacho

Cargo

Identificação de SROC/ROC Designação Nº de anos de

funções

exercidas no

grupo

Nº de anos de

funções

exercidas na

sociedade

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Remunerações

Auditor Externo

Identificação em 2018

Remunerações

O Conselho de Administração deu cabal cumprimento às disposições aplicáveis a remunerações

dos membros órgãos sociais, auditor externo e trabalhadores.

A Sociedade não tem em vigor qualquer sistema de complemento de pensões de reforma.

Estatuto do Gestor Público

De acordo com o disposto nos artigos 32.º e 33.º do Estatuto do Gestor Público, os membros do

Conselho de Administração não utilizaram cartões de crédito e outros meios de pagamento para

Valor

(1)

Reduções

(2)

Valor Final

(3)=(1)-(2)

Valor

(1)

Reduções

(2)

Valor Final

(3)=(1)-(2)

Isabel Paiva, Miguel Galvão & Associados, SROC

representada por José Luís Guerreiro Nunes15 782 0 15 782 0 0 0

Oliveira, Reis & Associados, SROC (1)

representada por Joaquim Oliveira de Jesus0 0 0 0 0 0

(1) ROC Suplente

Nome ROC / FU

Valor Anual do Contrato de

Prestação de Serviços - 2018 (€)

Valor Anual de Serviços Adicionais -

2018 (€)

NomeNº de inscrição

na OROC

Nº Registo na

CMVM

BDO & Associados, SROC 29 20161384 21/03/2019 2018 - 2020 nd 6\

(1) Informação não dsiponível, dado que a PME Investimentos não é empresa-mãe de grupo

Identificação do Auditor Externo (SROC/ROC)

Data da

Contratação

Duração do

Contrato

Nº de anos de

funções exercidas

no grupo (1)

Nº de anos de

funções exercidas

na sociedade

Identificação do

ServiçoValor

BDO & Associados, SROC 3 950 Auditoria FINOVA 4 000

Nome ROC / FU

Valor Anual do Contrato

de Prestação de

Serviços - 2018 (€)

Valor Anual de Serviços Adicionais - 2018 (€)

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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pagamento de despesas realizadas ao serviço da Sociedade e não foram reembolsados de

quaisquer despesas no âmbito de despesas de representação pessoal.

Gastos com Comunicações Móveis

Gastos Anuais Associados a Viaturas

Despesas não documentadas ou confidenciais

De acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 16.º do Decreto-Lei n.º 133/2013, de 3 de outubro,

e do artigo n.º 11º do Estatuto do Gestor Público, não foram realizadas despesas não

documentadas ou confidenciais.

Gastos com Comunicações Móveis (€)

Plafond Mensal

DefinidoValor Anual Observações

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 80 736 -

Gonçalo Oliveira Lage (a) 80 385 -

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (b) 80 281 -

Vasco Vilela (c) 80 195 -

Total - 1 597 -

(a) - Em exercício de funções até 31 de maio de 2018

(b) - Em exercício de funções a partir de 1 de fevereiro de 2018

(c) - Em exercício de funções a partir de 20 de agosto de 2018

Nome

Combustível Portagens Total Observações

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes 458 2 211 712 2 923 -

Gonçalo Oliveira Lage (a) 412 1 063 717 1 780 -

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho (b) 366 1 470 435 1 905 -

Vasco Vilela (c) 412 1 282 452 1 734 -

Total - 6 026 2 317 8 343

(a) - Em exercício de funções até 31 de maio de 2018

(b) - Em exercício de funções a partir de 1 de fevereiro de 2018

(c) - Em exercício de funções a partir de 20 de agosto de 2018

Nome

Plafond Mensal

Combustível e

Portagens

Gastos anuais associados a Viatura (€)

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Relatório sobre remunerações pagas a mulheres e homens

A PME Investimentos preparou e divulga na sua página na Internet o Relatório previsto no artigo

2.º da Resolução do Conselho de Ministros n.º 18/2014, de 7 de março, encontrando-se a

implementação das medidas resultantes do mesmo dependentes do descongelamento de

progressões salariais e de carreira no setor público empresarial. O endereço onde o referido

Relatório poderá ser consultado é o seguinte:

http://www.pmeinvestimentos.pt/sobre-nos/institucional/plano-de-igualdade-de-genero/

Relatório anual sobre prevenção da corrupção

A PME Investimentos dá cumprimento à obrigação de preparação de um relatório anual de

prevenção de riscos de corrupção prevista no Regime Jurídico do Setor Público Empresarial

mediante a elaboração dos seus Relatórios de Gestão de Riscos e de Compliance, a cuja

elaboração está obrigada nos termos da regulamentação que lhe é aplicável enquanto sociedade

financeira.

Deve ser notado que, por força do dever de segredo a que a PME Investimentos está vinculada

nos termos do disposto no Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras,

que conflitua com o dever de divulgação do relatório em referência, a mesma não procede à

respetiva divulgação, em conformidade com o disposto no número 6 do artigo 14.º do Regime

Jurídico do Setor Público Empresarial.

Contratação pública

Atendendo a que PME Investimentos está abrangida pelo âmbito de aplicação subjetivo do

Código dos Contratos Públicos, dando cumprimento ao disposto no Ofício n.º 1.730/10, de 25 de

fevereiro e ao Despacho n.º 483/10, de 10 de maio, do Senhor Secretário de Estado do Tesouro

e Finanças, a aquisição de bens e serviços por parte da Sociedade respeita os princípios e

procedimentos da contratação pública, nomeadamente as decorrentes das normas de

contratação pública vigentes em 2018.

A PME Investimentos apenas detém uma participação financeira de 5% no capital social da

Portugal Capital Ventures – Sociedade de Capital de Risco, S.A., pelo que não se verifica a

extensão do âmbito de aplicação das regras em referência a outras entidades.

No que respeita aos procedimentos internos de contratação pública, os mesmos não se

encontram autonomizados em regulamento interno específico, sendo observadas as regras e

formalidades previstas no Código dos Contratos Públicos. Neste sentido, o procedimento inicia-

se com deliberação da sua realização pelo Conselho de Administração da Sociedade, que aprova

os documentos concursais relevantes, prosseguindo através da utilização da plataforma Saphety

ou de correio eletrónico para a consulta ao mercado ou às entidades convidadas relativamente

ao objeto da prestação a contratar. O processo é acompanhado pela área jurídica da Sociedade

ou por um júri designado pelo Conselho de Administração, sendo a seleção do adjudicatário

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

55/104

formalizada por meio de deliberação do Conselho de Administração, a que se segue, sempre

que aplicável, a formalização do respetivo Contrato. Considerando que os procedimentos

instituídos na Sociedade são a estrita observância das disposições legais aplicáveis, os mesmos

são revistos quando há lugar à revisão de alguma das disposições legais aplicáveis.

A PME Investimentos não praticou quaisquer atos ou celebrou quaisquer contratos com valor

superior a 5 milhões de euros.

Sistema Nacional de Compras Públicas

A PME Investimentos segue uma prática de racionalização, transparência e eficiência dos

procedimentos e política de aprovisionamento de bens e serviços, não tendo em 2018 aderido

ao Sistema Nacional de Compras Públicas ou a qualquer outra central de natureza análoga.

Medidas de redução de gastos operacionais

Para efeitos de análise de eficiência operacional, após parecer favorável da Unidade Técnica de

Acompanhamento e Monitorização do Setor Empresarial do Estado, foi aprovada através de

Despacho da Senhora Secretária de Estado da Indústria de 27 de outubro de 2017 e do Despacho

n.º 1025/17, do Senhor Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, um indicador alternativo ao

ratio “gastos operacionais / volume de negócios”.

A metodologia aprovada para aferição da eficiência operacional assenta no apuramento de uma taxa

média ponderada de evolução da atividade desenvolvida, mediante:

• aferição dos níveis de atividade através de indicadores específicos das atividades associadas

a instrumentos de dívida e instrumentos de capital, “nº. de operações vivas” e “unidades de

ação” , respetivamente

• apuramento do peso relativo destas duas áreas de atividades específicas, tendo por base o

nº de colaboradores e subcontratados afetos diretamente às respetivas áreas operacionais.

A avaliação da melhoria de eficiência dos recursos utilizados é aferida através da contraposição da

taxa de variação da atividade desenvolvida versus taxa de variação dos gastos operacionais.

A taxa de crescimento da atividade prevista e concretizada em 2018 foi, respetivamente, de 20,2% e

14,0%:

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

56/104

Atestando da melhoria de eficiência operada em 2018, a taxa de variação dos gastos operacionais foi

inferior ao crescimento de atividade, ascendendo a 11%:

Os Instrumentos Previsionais de Gestão para o período 2018-2020 mereceram parecer favorável da

Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Empresarial do Estado e foram

aprovados por Despacho Conjunto do Exmo. Senhor Secretário de Estado Adjunto e das Finanças e

do Exmo. Senhor Ministro Adjunto e da Economia, de 27 de dezembro de 2018.

2018 2018 2017

Previsão Execução Execução

Indicadores de Atividade

Capital - Nº de unidades de ação 7 237 6 671 5 592

Dívida - Nº de operações vivas 83 010 84 023 80 536

Recursos humanos direto afetos a atividades opercionais 20,0 19,8 21,0

Capital 13,0 12,8 14,0

Dívida 7,0 7,0 7,0

Taxa de ponderação de atividades operacionais

Capital 65,0% 64,6% 66,7%

Dívida 35,0% 35,4% 33,3%

Taxa de crescimento anual de atividade 20,2% 14,0% 17,5%

Unid: €

2018 2018 2017 2016

Execução Previsão Execução Execução ∆ Absol. Var. %

(1) Gastos administrativos 917 834 1 083 400 943 910 809 445 - 26 076 -3%

(2) Gastos com o pessoal, corrigidos dos encargos i), ii) e iii) 1 539 014 1 541 959 1 269 810 1 186 387 269 204 21%

(2.i) Indemnizações pagas por rescisão 0 0 0 0 0 -

(2.ii) Valorizações remuneratórias nos termos da LOE 2018 0 0 0 0 0 -

(2.iii) Impacto da aplicação do disposto no artigo

21.º da Lei n.º 42/2016, de 29 de dezembro 0 0 0 0 0 -

(3) Gastos operacionais a)= (1)+(2) 2 456 848 2 625 359 2 213 720 1 995 832 243 128 11%

(4) Taxa de variação dos gastos operacionais (2018 / 2017) 11,0% 18,6%

(5) Taxa de variação do nível de atividade (2018/2017) 14,0% 20,2%

(5A) Indicador de Eficiência (5) / (4) 1,28 1,09

a) Para aferir o grau de cumprimento das medidas de redução de gastos operacionais (Gastos

Administrativos (CMVMC+FSE)+ Gastos com Pessoal) não são considerados os gastos com as

indemnizações por rescisão, com a aplicação do disposto no artigo 21.º da Lei n.º 42/2016, de

28 de dezembro, e com as valorizações remuneratórias nos termos do disposto na LOE 2018.

2018 / 2017

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Em simultâneo foi aprovado pedido de exceção ao cumprimento das medidas de redução de

gastos aplicáveis ao ano de 2018.

O valor dos custos registados em 2018 não atingiu os valores autorizados para as diversas

rubricas indicadas no quadro seguinte:

Os custos com pessoal, totalizando 1.539.014 euros, encontram-se ligeiramente abaixo do

orçamento, registando um acréscimo de 21% face a 2017, justificado pelo aumento de custos

associado à recomposição dos órgãos sociais, nos termos aprovados pelos Senhores Acionistas,

bem como pelo impacto resultante da integração no âmbito do PREVPAP de 8 colaboradores

que anteriormente mantinham com a Sociedade uma relação contratual como prestadores de

serviços.

Também os gastos administrativos registam um desvio favorável de 15% face ao previsto, com

uma redução de 3% face ao anterior.

Os gastos com deslocações / alojamentos, com viaturas e com a contratação de estudos,

pareceres, projetos e consultoria ficaram aquém dos valores autorizados em 70 mil euros, com

um desvio favorável de cerca de 18%.

Unid: €

2018 2018 2017 2016

Execução Previsão Execução Execução ∆ Absol. Var. %

(1) Gastos administrativos 917 834 1 083 400 943 910 809 445 - 26 076 -3%

(2) Gastos com o pessoal, corrigidos dos encargos i), ii) e iii) 1 539 014 1 541 959 1 269 810 1 186 387 269 204 21%

(2.i) Indemnizações pagas por rescisão 0 0 0 0 0 -

(2.ii) Valorizações remuneratórias nos termos da LOE 2018 0 0 0 0 0 -

(2.iii) Impacto da aplicação do disposto no artigo

21.º da Lei n.º 42/2016, de 29 de dezembro 0 0 0 0 0 -

(3) Conjunto dos gastos com deslocações, ajudas de custo

e alojamento, e os associados à frota automóvel (i+ii+iii) 92 066 100 234 51 766 38 915 40 300 78%

(i) Gastos com Deslocações/Alojamento (FSE) 27 800 29 815 10 748 7 476 17 052 159%

(ii) Gastos com Ajudas de Custo (Gastos c/ Pessoal) 0 0 0 0 0 -

(iii) Gastos com as viaturas a) 64 266 70 419 41 018 31 439 23 248 57%

(4) Conjunto dos gastos com contratação de estudos,

pareceres, projetos e consultoria 233 552 295 260 226 157 217 100 7 395 3%

(5) Número Total de RH (OS+CD+Trabalhadores) (médio) 26,2 26,2 22,0 22,5 4,2 19%

Nº de Órgãos Sociais (OS) (médio) 2,7 2,7 2,0 1,8 0,7 35%

Nº de Cargos de Direção (CD) (médio) 4,6 4,6 4,0 4,0 0,6 15%

Nº de Trabalhadores (sem OS e sem CD) (médio) 18,9 18,9 16,0 16,7 2,9 18%

Nº Trabalhadores /Nº Cd 4,1 4,1 4,0 4,2 0,1 3%

(9) Nº de Viaturas 10 10 9 9 1 11%

a) Os gastos com as viaturas deverão incluir: rendas/amortizações, inspeções, seguros, portagens, combustíveis, manutenção, reparação, pneumáticos,

taxas e impostos.

2018 / 2017

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Auditorias conduzidas pelo Tribunal de Contas

No triénio 2016-2018, o Tribunal de Contas não dirigiu à Sociedade quaisquer recomendações

resultantes de auditorias conduzidas por esta entidade.

Divulgação de Informação

A Sociedade dá integral cumprimento aos deveres de divulgação de informação junto da Direção

Geral do Tesouro e Finanças, encontrando-se disponível no portal das empresas do Setor

Empresarial do Estado toda a informação requerida por aquela entidade.

S/N/NA Data Atualização

Estatutos S 27/fev/18

Caraterização da Empresa S 9/mai/11

Função de tutela e acionista S 15/jan/16

Modelo de Governo / Membros dos Orgãos Sociais:

- Identificação dos Órgãos Sociais S 23/out/18

- Estatuto remuneratório fixado S 23/out/18

- Divulgação das remunerações auferidas pelos Órgãos

SociaisS 23/out/18

- Identificação das funções e responsabilidades dos

membros do Conselho de AdministraçãoS 23/out/18

- Apresentação das sínteses curriculares dos membros dos

Órgãos SociaisS 23/out/18

Esforço Financeiro do Estado S 17/abr/18

Ficha sintese S 23/out/18

Informação financeira histórica e atual S 17/abr/18

Princípios de Bom Governo

- Regulamentos internos e externos a que a empresa está

sujeitaS 17/abr/18

- Transações relevantes com entidades relacionadas S 17/abr/18

- Outras transações S 17/abr/18

- Análise de sustentabilidade da empresa nos domínios:

Económico S 17/abr/18

Social S 17/abr/18

Ambiental S 17/abr/18

- Avaliação do cumprimento dos Princípios de Bom Governo S 17/abr/18

- Código de Ética S 13/jul/16

Informação a constar no Site do SEE

Divulgação

Comentários

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Síntese

CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS

Cumprimento

S/N/N.A.

Objetivos de Gestão:

Objetivo 1 - Lançamento, operacionalização e acompanhamento de

instrumentos de política pública integrados nos fundos sob gestãoS n.a.

conforme relatado no ponto I.1 -

atividade desenvolvida (pág. 3 a

6)

Metas a atingir constantes do PAO 2018:

Princípios Financeiros de Referência S

Investimento S n.a.

Gastos com Pessoal S

Grau de execução do orçamento carregado no SIRIEF S n.a.

conforme relatado no ponto I.4 -

situação económico-financeira

(pág. 61 a 65)

Evolução do PMP a fornecedores S + 5 diasCumprimento dos prazos

acordados com os fornecedores

Divulgação dos Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") N.A.

Recomendações do acionista na última aprovação de contas

Promover a otimização dos gastos operacionais, no que se refere

aos gastos associados à frota automóvel.S n.a.

conforme relatado no ponto I.3 -

cumprimento de recomendações

(pág. 57)

Remunerações:

Não atribuição de prémios de gestão S n.a.

CA - reduções e reversões remuneratórias vigentes em 2018 S 11 869 € Total da redução remuneratória

Fiscalização (CF/ROC/FU) - reduções e reversões remuneratórias

vigentes em 2018N.A.

Quantificação /

Identificação

Justificação / Referência ao

ponto do Relatório

conforme relatado no ponto I.3 -

objetivos de gestão (pág. 45 e

46)

Cumprimento das Orientações legais

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS

Cumprimento

S/N/N.A.

EGP - Artigo 32º e 33º do EGP

Não utilização de cartões de crédito S n.a.

Não reembolso de despesas de representação pessoal S n.a.

Valor máximo das despesas associadas a comunicações S n.a.

Valor máximo de combustível e portagens afeto mensalmente às

viaturas de serviçoS n.a.

Despesas não documentadas ou confidenciais - nº 2 do artigo

16º do RJSPE e artigo 11º EGP

Proibição de realização de despesas não documentadas ou

confidenciaisS n.a.

Promoção da igualdade salarial entre mulheres e homens - nº

2 da RCM nº 18/2014

Elaboração e divulgação do relatório sobre as remunerações pagas

a homens e mulheresS n.a.

http://www.pmeinvestimento

s.pt/sobre-

Elaboração e divulgação do relatório anual sobre Prevenção

da CorrupçãoS n.a.

conforme relatado no ponto I.3 -

relatório anual sobre prevenção

da corrupção (pág. 54)

Contratação Pública

Aplicação das Normas de contratação pública pela empresa S n.a.conforme relatado no ponto I.3 -

contratação pública (pág.54 e 55)

Aplicação das Normas de contratação pública pelas participadas N.A.

Contratos submetidos a visto prévio do TC N.A.

Auditorias do Tribunal de Contas N.A.

Parque Automóvel

Nº de Viaturas + 1Em função da nomeação de um

membro do CA adicional

Gastos Operacionais das Empresas Públicas S

conforme relatado no ponto I.3,

medidas redução de gastos

operacionais (pág.55 a 57)

Justificação / Referência ao

ponto do Relatório

conforme relatado no ponto I.3 -

estatuto do gestor público (pág.

53)

Cumprimento das Orientações legaisQuantificação /

Identificação

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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I.4. Situação económica e financeira

No exercício de 2018, a Sociedade registou um lucro de 3.037.760 euros, 8% acima dos

2.817.290 euros previstos.

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Proveitos de exploração

Num total de 6.734.107 euros, os proveitos de exploração situam-se 1% acima dos valores

orçamentados e apresentam um decréscimo de 16%, quando comparados com os apurados em

2017.

PROVEITOS DE EXPLORAÇÃO

Valor % Valor %

Rendimentos de comissões 6 601 780 7 856 462 6 514 700 -1 254 682 -16% 87 080 1%

Outros proveitos de exploração 132 327 173 114 133 560 -40 787 -24% -1 233 -1%

Total de Proveitos de Exploração 6 734 107 8 029 576 6 648 260 -1 295 469 -16% 85 847 1%

Custos com o pessoal 1 539 014 1 269 810 1 541 959 269 204 21% -2 945 0%

Outros gastos administrativos 917 834 943 910 1 083 400 -26 076 -3% -165 566 -15%

Depreciações e amortizações 107 648 110 851 125 780 -3 203 -3% -18 132 -14%

Outros custos 203 836 211 080 253 384 -7 244 -3% -49 548 -20%

Total de Custos de Exploração 2 768 332 2 535 651 3 004 523 232 681 9% -236 191 -8%

Margem de Exploração 3 965 774 5 493 924 3 643 737 -1 528 150 -28% 322 037 9%

Resultados Financeiros 217 200 169 259 214 974 47 941 28% 2 226 1%

Resultados de Valorização de Ativos -140 581 -48 198 -120 000 -92 383 192% -20 581 17%

Resultados de Venda de Ativos 0 6 100 30 000 -6 100 - -30 000 -

Impostos sobre Lucros 1 004 634 1 433 448 951 421 -428 814 -30% 53 213 6%

Resultado líquido do exercício 3 037 760 4 187 638 2 817 290 -1 149 878 -27% 220 470 8%

Variação Real/OrçamentoDemonstração de resultados Real 2018 Real 2017

Orçamento

2018

Variação 2018/2017

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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As comissões de gestão ascendem a 6.601.780 euros, 1% acima do valor orçamentado.

Comparando com o período homólogo do ano anterior, constata-se uma redução de 1.255 mil

euros (- 16%), refletindo as reduções de capital do FINOVA que têm vindo a ser registadas com

o encerramento das Linhas de Crédito.

A rubrica de outros proveitos num total de 132.327 euros, que respeitam quase que

exclusivamente a faturação a empresas participadas do FACCE, apresenta um desvio negativo

de 1% face aos valores orçamentados e regista um decréscimo de 24% face ao ano anterior,

resultante de operações de desinvestimento e suspensão da faturação a empresas que entram

em processos de insolvência.

Custos de exploração

Os custos de exploração cifraram-se em 2.768.332 euros, 8% abaixo do valor orçamentado,

representando um acréscimo de 9% face ao ano anterior.

CUSTOS DE EXPLORAÇÃO

Os custos com pessoal totalizam 1.539.014 euros, valor muito próximo do previsto A

recomposição dos órgãos sociais e a passagem ao quadro de pessoal de 8 colaboradores no

âmbito do PREVPAP são responsáveis pelo acréscimo de 21% destas despesas face a período

homólogo do ano anterior (+269 mil euros).

Os custos com fornecimentos e serviços externos, com um valor total de 917.834 euros, registam

um desvio favorável global face ao orçamento da ordem dos 15% (-166 mil euros) e uma redução

de 3% face a 2018.

A generalidade destas rubricas regista um ritmo de realização de despesa inferior ao previsto no

orçamento, com exceção de custos com comunicações, deslocações e estadas e sistemas de

informação, todos eles com desvios de valores muito pouco significativos.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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A rubrica de outros custos, respeitando essencialmente a IVA suportado, totalizam 203.836

euros, encontrando-se abaixo do valor orçamentado em 20%.

O valor das amortizações regista uma redução face ao ano anterior de cerca de 3 mil euros e

situou-se 18 mil euros abaixo do previsto, nomeadamente porque os investimentos ficaram

aquém dos valores previstos.

Outros resultados

Os resultados financeiros, correspondentes a juros e proveitos equiparados, no valor de 217.200

euros que registam um acréscimo de 28% face a 2017 por via do reforço das aplicações em

títulos da dívida pública, que proporcionam rentabilidades mais interessantes do que as

aplicações em depósitos bancários. Os juros obtidos estão consonantes com os valores

orçamentados.

O resultado líquido apurado incorpora ainda resultados de valorização de ativos num total de

140.581 euros negativos que respeitam ao reforço de imparidades de saldos devedores.

RESULTADO LÍQUIDO

De salientar ainda que com a aplicação da IFRS 9 à data de 1 de janeiro de 2018, as perdas por

imparidade foram reforçadas em 112.511,65 euros, valor que foi registado em conta de outro

rendimento integral acumulado.

Fluxos de caixa

Os fluxos financeiros associados à exploração geraram um saldo de exploração de 4.376.630

euros, cerca de 624 mil euros superior ao previsto.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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O nível de liquidez à data de 31 de dezembro de 2018 encontra-se abaixo do valor orçamentado

em 2.046.611 euros, contribuindo para este desvio, de forma relevante, o atraso registado no

pagamento de comissões de gestão porparte do FINOVA, situação que foi regularizada no mês

de janeiro.

Em contrapartida, os pagamentos ao pessoal e fornecedores foram inferiores aos previstos em

309 mil euros, acompanhando a tendência dos custos com fornecimentos e serviços externos.

De referir ainda que não se concretizou a alienação de ativos fixos prevista, aspecto que foi

compensado pelo facto do investimento ter ficado aquém do orçamentado.

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

Estrutura Patrimonial

Com um ativo líquido da ordem dos 51,4 M€, em que as aplicações em instituições de crédito e

títulos da dívida pública representam 82% do total, a estrutura financeira mantém-se bastante

sólida.

O nível de endividamento encontra-se 20% do previsto, mas respeita exclusivamente a dívidas

correntes de funcionamento, sem que haja qualquer atraso no pagamento.

O aumento do capital próprio e do ativo líquido face ao previsto reflete fundamentalmente uma

performance mais favorável do que a perspetivada, com o apuramento de um resultado líquido

acima do previsto em 220 mil euros.

Valor %

ACTIVIDADES OPERACIONAIS

Juros e comissões 5 128 995 7 507 371 -2 378 376 -32%

Pagamentos a pessoal e fornecedores -2 513 570 -2 822 580 309 010 -11%

Outros resultados -247 750 -269 895 22 145 -8%

Outros ativos 320 000 320 000 0 0%

Impostos sobre lucros -1 033 128 -1 033 409 281 0%

Total 1 654 547 3 701 487 -2 046 940 -55%

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO

Aquisições de activos f ixos -14 491 -44 820 30 329 -68%

Alienações de ativos f ixos 0 30 000 -30 000 -

Total -14 491 -14 820 329 -2%

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Dividendos distribuídos -3 350 110 -3 350 110 0 -

Total -3 350 110 -3 350 110 0 -

Variação de Liquidez -1 710 054 336 557 -2 046 611 -608%

Liquidez no início do período 33 502 568 33 502 568 0 0%

Liquidez no f im do período 31 792 514 33 839 125 -2 046 611 -6%

Demonstração de fluxos de caixaReal

2018

Orçamento

2018

Variação Real/Orçamento

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BALANÇO

I.5. Agradecimentos

O Conselho de Administração manifesta o seu reconhecimento a todas as instituições que

colaboraram com a Sociedade no decurso do ano de 2018, nomeadamente aos Acionistas,

Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral, pela disponibilidade e colaboração prestada, e às

entidades participantes e membros dos órgãos sociais dos fundos geridos pela confiança e

cooperação manifestadas, bem como aos colaboradores da Sociedade, pelo empenho e elevado

profissionalismo evidenciados no desempenho das suas funções.

I.6. Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação para o lucro do exercício de 2018, no

valor de 3.037.760,24 euros:

Para Reserva Legal 303.776,02 €

Para Dividendos 1.518.880,12 €

Para Reservas Livres 1.215.104,10 €

Valor %

Activo

Aplicações em instituições de crédito 31 794 045 33 839 125 -2 045 080 -6%

Ativos f ixos 2 331 254 2 348 716 -17 462 -1%

Participações de capital 2 163 321 2 202 321 -39 000 -2%

Títulos de Dívida Pública 10 493 018 10 493 018 0 0%

Outros activos 4 627 917 2 163 192 2 464 725 114%

Total do activo 51 409 555 51 046 371 363 184 1%

Passivo

Outros passivos 477 579 392 346 85 233 22%

Total do Passivo 477 579 392 346 85 233 22%

Capital próprio

Capital 23 228 000 23 228 000 0 0%

Outras reservas e resultados transitados 24 666 216 24 608 735 57 481 0%

Resultado do exercício 3 037 760 2 817 290 220 470 8%

Total do capital próprio 50 931 976 50 654 025 277 951 1%

Total do passivo e do capital próprio 51 409 555 51 046 371 363 184 1%

BalançoReal

2018

Orçamento

2018

Variação Real/Orçamento

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Lisboa, 4 de abril de 2019

O Conselho de Administração

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes

Vasco Miguel Almeida Varanda Pereira Vilela Peixoto

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho

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II DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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II.1. Balanço em 31 de dezembro de 2018 (em euros)

O Responsável da Contabilidade O Conselho de Administração

Sónia Isabel de Matos Timóteo Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes

Vasco Miguel Almeida Varanda Pereira Vilela Peixoto

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho

Notas 31.Dez.2018 31.Dez.2017

Ativo

Caixa, saldos de caixa em bancos centrais e outros depósitos à ordem

Dinheiro em caixa 4 3 250,00 3 250,00

Outros depósitos à ordem 5 88 263,79 155 076,31

Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral

Instrumentos de capital 6 2 163 321,10 2 202 321,10

Ativos financeiros pelo custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos- Instituições de crédito 7 31 702 530,95 33 346 238,56

Empréstimos e adiantamentos- Outros 8, 14 4 088 437,87 1 972 690,01

Títulos de dívida 9 10 695 634,90 10 992 266,58

Ativos tangíveis

Ativos fixos tangíveis 10 2 281 608,14 2 345 067,95

Ativos intangíveis

Outros ativos intangíveis 11 49 645,86 79 427,94

Ativos por impostos

Ativos por impostos correntes 12 245 211,82 216 717,73

Ativos por impostos diferidos 12 46 146,44 -

Outros ativos 13 45 504,23 351 321,17

Total de Ativo 51 409 555,10 51 664 377,35

Notas 31.Dez.2018 31.Dez.2017

Passivo

Outros passivos 15 477 578,49 365 019,55

Total de Passivo 477 578,49 365 019,55

Capital

Capital 16 27 500 000,00 27 500 000,00

Outro rendimento integral acumulado 16 - 88 853,56 -

Outras reservas 16 24 755 069,93 23 883 719,90

Ações próprias 16 -4 272 000,00 -4 272 000,00

Resultados atribuíveis aos proprietários da empresa mãe 16 3 037 760,24 4 187 637,90

Total de Capital 50 931 976,61 51 299 357,80

Total de Passivo + Capital 51 409 555,10 51 664 377,35

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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II.2. Demonstração de Resultados em 31 de

dezembro de 2018

(em euros)

O Responsável da Contabilidade O Conselho de Administração

Sónia Isabel de Matos Timóteo Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes

Vasco Miguel Almeida Varanda Pereira Vilela Peixoto

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho

Notas 2018 2017

Receitas de juros

Ativos financeiros pelo custo amortizado 18 217 200,34 169 259,47

Despesas com juros

Outros passivos 19 - - 0,90

Receitas de taxas e comissões 20 6 601 779,73 7 856 461,81

Despesas de taxas e comissões 20 - 13 126,53 - 9 101,18

Diferenças cambiais 21 - - 21,27

Ganhos ou perdas com o desreconhecimento de ativos não financeiros 22 - 6 100,00

Outras receitas operacionais 23 132 326,79 177 037,41

Outras despesas operacionais 23 - 190 709,48 - 205 880,22

Receitas Operacionais Totais (Valor Líquido) 6 747 470,85 7 993 855,12

Despesas administrativas

Custos com o pessoal 24 -1 539 013,90 -1 269 810,24

Outras despesas administrativas 25 - 917 833,89 - 943 909,70

Depreciação

Ativos fixos tangíveis 10 - 77 865,96 - 100 912,30

Ativos fixos intangíveis 11 - 29 782,08 - 9 939,00

Imparidades ou reversão de imparidades de ativos financeiros não mensurados

pelo justo valor através dos resultados

Ativos financeiros pelo custo amortizado 14 - 140 581,24 - 48 198,31

Resultado antes de impostos 4 042 393,78 5 621 085,57

Impostos

Correntes 12 1 004 633,54 1 433 447,67

Diferidos - -

Resultados após impostos 3 037 760,24 4 187 637,90

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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II.3 Demonstração dos Fluxos de Caixa dos

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018

e 2017

(em euros)

2018 2017

Atividades Operacionais

Juros e comissões recebidos 5 128 994,79 8 914 176,75

Juros e comissões pagos - 15 675,37 - 10 620,49

Pagamentos ao pessoal e fornecedores -2 513 570,03 -2 384 579,27

Outros resultados operacionais - 232 074,71 - 337 800,45

Pagamento / recebimento de impostos sobre os lucros -1 033 127,63 -1 804 546,34

Outros ativos 320 000,00 -10 456 923,69

1 654 547,05 -6 080 293,49

Atividades de Investimento

Recebimentos de devedores por venda de participações - 4 278,53

Aquisições de ativos tangíveis e intangíveis - 14 490,91 - 54 362,90

Vendas de ativos tangíveis - 6 100,00

- 14 490,91 - 43 984,37

Atividades de Financiamento

Distribuição de dividendos -3 350 110,32 -2 734 021,37

-3 350 110,32 -2 734 021,37

Aumento (diminuição) de caixa e seus equivalentes -1 710 054,18 -8 858 299,23

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 33 502 567,97 42 360 867,20

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 31 792 513,79 33 502 567,97

2018 2017

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 250,00 3 250,00

Disponibilidades em outras instituições de crédito 88 263,79 155 076,31

Ativos financeiros pelo custo amortizado - Empréstimos instituições de crédito 31 702 530,95 33 346 238,56

Rendimentos a receber

De depósitos à ordem -

De depósitos a prazo - 1 530,95 - 1 996,90

Total 31 792 513,79 33 502 567,97

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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II.4 Demonstração das Alterações do Capital Próprio

nos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2018

e 2017

(em euros)

Demonstração de alterações no capital próprio Capital Ações próprias Reserva legalReserva

especial

Reservas

Livres

Outro

rendimento

integral

acumulado

Resultados

transitados

Resultado do

exercício

Total do Capital

Próprio

Saldo inicial em 1.Jan.2017 27 500 000,00 -4 272 000,00 8 614 450,60 71 715,25 - - 12 362 337,31 5 468 042,73 49 744 545,89

Ajustamento de transição IAS 39 - Imparidade de devedores - - - - - - 101 195,38 - 101 195,38

Aplicação dos resultados de 2016 - - 546 804,27 - 14 549 554,40 - -12 362 337,31 -5 468 042,73 -2 734 021,37

Resultado do exercício de 2017 - - - - - - - 4 187 637,90 4 187 637,90

Saldo final em 31.Dez.2017 27 500 000,00 -4 272 000,00 9 161 254,87 71 715,25 14 549 554,40 - 101 195,38 4 187 637,90 51 299 357,80

Resultados de valorização de justo valor - - - - 96 000,00 - 88 853,56 - - 7 146,44

Ajustamento de transição IFRS 9- Imparidade de devedores - - - - - - - 62 177,55 - - 62 177,55

Aplicação dos resultados de 2017 - - 418 763,79 - 418 763,79 - - -4 187 637,90 -3 350 110,32

Resultado do exercício de 2018 - - - - - - - 3 037 760,24 3 037 760,24

Saldo final em 31.Dez.2018 27 500 000,00 -4 272 000,00 9 580 018,66 71 715,25 15 064 318,19 - 88 853,56 39 017,83 3 037 760,24 50 931 976,61

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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II.5 Demonstração de Rendimento Integral nos

Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2018 e

2017

(em euros)

2018 2017

Resultado Líquido do Período 3 037 760,24 4 187 637,90

Items que não serão reclassificados para o resultado líquido

Ajustamento de transição IAS 39 - Imparidade de devedores - 101 195,38

Resultados de valorização de justo valor 7 146,44 -

7 146,44 101 195,38

Total de Rendimento Integral do Período 3 044 906,68 4 288 833,28

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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II.6 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

do Exercício Findo em 31 de dezembro de 2018

0. Introdução

A Sociedade foi constituída em 1989, sob a forma de sociedade anónima, com a denominação

de SULPEDIP – Sociedade para o Desenvolvimento Industrial, S.A., com sede em Lisboa, tendo

em 1998 alterado a sua denominação para PME Investimentos – Sociedade de Investimento,

S.A..

O seu objeto social consiste na realização de operações de natureza financeira e na prestação

de serviços conexos, que visem fundamentalmente a melhoria das condições de financiamento

de entidades do setor não financeiro, de forma a impulsionar o investimento, o desenvolvimento

e a reestruturação empresarial.

No desenvolvimento da sua atividade, a Sociedade dedica-se, especialmente, às seguintes

operações:

• consultoria de empresas em matéria de estrutura de capital, estratégia empresarial,

comercial e tecnológica, bem como consultoria e serviços no domínio da fusão ou compra

de empresas;

• administração de fundos de investimento fechados, bem como outros previstos em leis

especiais;

• gestão e tomada de participações no capital das sociedades, promovendo o lançamento

de novas empresas e a recuperação e revitalização de outras.

1. Bases de apresentação e comparabilidade

As demonstrações financeiras individuais da PME Investimentos foram preparadas no pressuposto

da continuidade das operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo

com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC).

Os elementos constantes nas presentes Demonstrações Financeiras são comparáveis com os do

exercício anterior, à exceção dos impactos resultantes da adopção da IFRS 9, conforme indicado na

nota 2 deste anexo.

As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2018 foram

aprovadas pelo Conselho de Administração da PME Investimentos em 29 de março de 2019 e irão

ser apresentadas para aprovação da Assembleia Geral.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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2. Adoção pela primeira vez da IFRS 9

Na adoção pela primeira vez da IFRS 9, a PME Investimentos avaliou os títulos de dívida pública

quanto ao modelo de negócio usado para os gerir e às características contratuais de fluxos de

caixa dos títulos de dívida, com base nos factos e circunstâncias prevalecentes na data de

transição. Quanto ao modelo de negócio, o objetivo da posse dos títulos de dívida é recolher os

fluxos de caixa contratuais. Efetivamente, os títulos de dívida são geridos em conjunto e o seu

desempenho é avaliado e comunicado ao Conselho de Administração considerando a realização

dos fluxos de caixa mediante a recolha de pagamentos contratuais durante a vida dos títulos de

dívida. A PME Investimentos não vendeu, em períodos anteriores, valores significativos de títulos

de dívida e não tem a expectativa de, no futuro, o fazer. Quanto aos fluxos contratuais, os títulos

de dívida dão origem, em datas definidas, a fluxos de caixa que são apenas reembolsos de

capital e pagamentos de juros sobre o capital em dívida. Os títulos de dívida são obrigações de

taxa fixa e de taxa variável, refletindo essa taxa uma retribuição pela passagem do tempo. Além

disso, o capital relativo aos títulos de dívida corresponde ao justo valor no reconhecimento inicial.

Os termos contratuais dos títulos de dívida não incluem condições que possam alterar o

calendário ou a quantia dos fluxos de caixa contratuais. Sendo o objetivo do modelo de negócio

recolher os fluxos de caixa contratuais e sendo os termos contratuais dos títulos de dívida apenas

capital e juros, os títulos de dívida são mensurados pelo custo amortizado.

Quanto às participações financeiras detidas na data de aplicação inicial da IFRS 9, a PME

Investimentos designou-as como mensuradas pelo justo valor através do outro rendimento

integral, com base nos factos e circunstâncias prevalecentes nesta data. A entidade optou por

exercer a opção de mensurar as ações pelo justo valor com as variações do justo valor

reconhecidas em outro rendimento integral.

A PME Investimentos avaliou também as aplicações em instituições de crédito quanto ao modelo

de negócio usado para as gerir e às características contratuais de fluxos de caixa, com base nos

factos e circunstâncias prevalecentes na data de transição. O objetivo da entidade relativamente

a estas aplicações é recolher os fluxos de caixa contratuais e os termos contratuais destas

aplicações incluem apenas capital e juros. Desta forma, as aplicações em instituições de crédito

devem ser classificadas, na data de aplicação inicial da IFRS 9, como ativos financeiros

mensurados pelo custo amortizado.

Por último, a PME Investimentos mensurou os créditos de clientes pelo custo amortizado uma

vez que o objetivo da entidade relativamente a estes créditos é recolher os fluxos de caixa

contratuais e os termos contratuais dos créditos incluem apenas capital e juros, quando aplicável.

O quadro da página seguinte resume a reclassificação dos ativos financeiros de acordo com a

IAS 39 para os ativos financeiros de acordo com a IFRS 9.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Na data de aplicação inicial da IFRS 9, é determinado se houve, ou não, um aumento significativo

do risco de crédito desde o reconhecimento inicial. Para tal, foram utilizadas informações

razoáveis e sustentáveis que estavam disponíveis sem custos ou esforços indevidos (informação

histórica, informações constantes de relatórios internos e estatísticas, informações sobre

produtos semelhantes ou a experiência de outras entidades com instrumentos financeiros

comparáveis). A PME Investimentos optou por uma das exceções previstas na IFRS 9 para

determinar se se verificou um aumento significativo do risco de crédito, desde o reconhecimento

inicial: foi considerado que o risco de crédito associado a um ativo financeiro aumentou

significativamente desde o reconhecimento inicial quando os pagamentos contratuais estão

vencidos há mais de 30 dias.

Assim, os créditos que não estejam em mora há mais de 30 dias são considerados como estando

no stage 1. Para estes créditos, a provisão para perdas de crédito previstas é mensurada por

uma quantia igual às perdas de crédito esperadas num prazo de 12 meses. Os créditos em mora

há mais de 30 dias, mas sem estarem em imparidade de crédito, são considerados como estando

no stage 2. Para estes créditos, a provisão para perdas de crédito previstas foi mensurada por

uma quantia igual às perdas de crédito esperadas ao longo da respetiva duração. Os créditos

em mora há mais de 30 dias, e em imparidade de crédito, são considerados como estando no

stage 3. Para estes créditos, a provisão para perdas de crédito previstas foi mensurada por uma

quantia igual às perdas de crédito esperadas ao longo da respetiva duração.

O quadro da página seguinte reconcilia as perdas por imparidade reconhecidas em 31 de

dezembro de 2017, calculadas de acordo com a IAS 39, com as perdas por imparidade a 1 de

janeiro de 2018, de acordo com a IFRS 9.

Ativos

financeiros

Categoria do ativo

financeiro (IAS 39)

Categoria do ativo

financeiro (IFRS 9)

Valor contabilístico do

ativo financeiro (IAS 39)

Valor contabilístico do

ativo financeiro (IFRS 9)

Títulos de

dívida pública

Investimentos até à

maturidade

Ativos financeiros

mensurados pelo

custo amortizado

10.992.266,58 10.992.266,58

Participações

financeiras

Ativos financeiros

disponíveis para

venda

Ativos financeiros

mensurados pelo justo

valor através do outro

rendimento integral

2.202.321,10 2.202.321,10

Aplicações em

instituições de

crédito

Aplicações em

instituições de crédito

Ativos financeiros

mensurados pelo

custo amortizado

33.346.238,56 33.346.238,56

Créditos a

clientesCréditos a clientes

Ativos financeiros

mensurados pelo

custo amortizado

2.301.542,39 2.189.030,74

Total 48.842.368,63 48.729.856,98

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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3. Principais Políticas Contabilísticas

As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações financeiras

foram as seguintes:

3.1 Especialização dos Exercícios

Os custos e proveitos são registados de acordo com o princípio da especialização de exercícios,

sendo registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou

recebimento. Os juros vencidos e não cobrados são desreconhecidos três meses após a data do seu

vencimento, conforme disposto na Instrução nº 6/2005 do Banco de Portugal. Os dividendos são

reconhecidos quando são atribuídos.

3.2 Transações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são registadas às taxas de câmbio em vigor na data da

transação. Os ativos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para

euros, à data do balanço, com base nas taxas de câmbio divulgadas pelo Banco de Portugal.

As diferenças de câmbio apuradas nesta conversão são reconhecidas como ganhos ou perdas do

período na demonstração de resultados.

3.3 Ativos financeiros

Os investimentos em ativos financeiros foram classificados em:

• Ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado: inclui os ativos financeiros cujo

modelo de negócio é recolher os fluxos contratuais e estes fluxos de caixa contratuais

correspondem apenas a capital e juros; e

• Ativos financeiros mensurados pelo justo valor através do outro rendimento integral: inclui

participações financeiras adquiridas relativamente às quais foi exercida a opção de as

mensurar pelo justo valor através do outro rendimento integral.

Perda por imparidade Perda por imparidade

1 de janeiro de 2018 31 de dezembro de 2017

IFRS 9 IAS 39

Títulos de

dívida pública0,00 0,00 0,00

Participações

financeiras0,00 0,00 0,00

Aplicações em

instituições de

crédito

0,00 0,00 0,00

Créditos a

clientes1.868.568,61 1.756.056,96 112.511,65

Total 1.868.568,61 1.756.056,96 112.511,65

Ajustamento

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Os ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado são mensurados inicialmente pelo custo de

aquisição e subsequentemente pelo custo amortizado utilizando-se a taxa de juro efetiva. Estes ativos

financeiros estão sujeitos aos procedimentos de imparidade.

Os ativos financeiros mensurados pelo justo valor através do outro rendimento integral são

mensurados inicialmente pelo custo de aquisição e subsequentemente pelo justo valor, com as

variações do justo valor reconhecidas no capital próprio. O justo valor é determinado com referência

ao valor atual dos fluxos financeiros futuros. Estes ativos financeiros não se encontram sujeitos a

procedimentos de imparidade.

Os ativos financeiros são desreconhecidos quando os direitos ao recebimento dos fluxos monetários

originados por esses investimentos expiram ou são transferidos, assim como todos os riscos e

benefícios associados à sua posse.

3.4 Imparidade em ativos financeiros

A Sociedade avalia se existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, de

acordo com as disposições relevantes da International Financial Reporting Standard 9: Instrumentos

Financeiros, tendo em consideração as orientações e esclarecimentos transmitidos pelo Banco de

Portugal através das Cartas Circulares n.º 06/2018/CC, de 24 de janeiro de 2018, e n.º 62/2018/CC,

15 de novembro de 2018.

Na mensuração das perdas de crédito esperadas, foram objeto de análise individual todos os créditos,

dada a reduzida dimensão da carteira de clientes. Os créditos no stage 3 foram evidenciados

separadamente.

Para a determinação do nível de imparidade em que os ativos financeiros se encontram, no stage 1

ou no stage 2, foram definidos critérios para se identificar se o risco de crédito aumentou, ou não, de

forma significativa desde o reconhecimento inicial do ativo financeiro. Os créditos são classificados no

stage 2 ou no stage 1 consoante tenham sofrido, ou não, um aumento significativo do risco de crédito,

respetivamente.

A definição de aumento significativo do risco de crédito baseia-se em três pilares, determinados a

partir da experiência histórica da entidade, da avaliação do risco de crédito e da informação prospetiva,

sendo, dos seguintes, o primeiro o indicador primário e o segundo o indicador secundário: elemento

quantitativo, elemento qualitativo e indicador backstop. Assim, como elemento quantitativo, considera-

se que o risco de crédito aumenta significativamente quando o número de dias em mora ultrapassa

30 dias. A PME Investimentos tem uma política para cálculo dos dias que considera o total dos dias

em mora, contados desde o primeiro dia em que o crédito se encontra vencido e até à data de relato.

A renovação, refinanciamento, renegociação ou reestruturação de uma operação de crédito não

interrompe a contagem do número de dias em atraso, exceto no caso de o devedor liquidar os juros

vencidos sem recorrer a novo financiamento para esse propósito, direta ou indiretamente. Esta política

de cálculo de dias em mora é aplicada consistentemente. Como elementos qualitativos, foram

considerados: as alterações adversas, existentes ou previstas, nas condições comerciais, financeiras

ou económicas que previsivelmente venham a causar uma alteração significativa na capacidade do

mutuário para cumprir com as suas obrigações relativas à dívida; e uma alteração significativa, efetiva

ou esperada, nos resultados de exploração do mutuário. Tal como previso na IFRS 9, como indicador

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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backstop considera-se que ativos financeiros em mora há mais de 30 dias ou que tenham sido objeto

de perdão são considerados como tendo um aumento significativo do risco de crédito.

Para a determinação do nível de imparidade em que os ativos financeiros se encontram, no stage 2

ou no stage 3, foram definidos critérios para se identificar se um crédito se encontra em imparidade

de crédito. Os créditos são classificados no stage 3 ou no stage 2 consoante tenha havido um aumento

significativo do risco de crédito e estejam, ou não, em imparidade de crédito.

Os ativos financeiros em imparidade de crédito são os que verificam pelo menos uma das

seguintes situações:

a) Créditos sobre empresa com trânsito em julgado de sentença de insolvência; ou

b) Créditos reestruturados com situações de incumprimento; ou

c) Créditos reestruturados em situação de cumprimento em que o acordo de reestruturação

ocorreu há menos de um ano; ou

d) Créditos sobre empresas que cumpram cumulativamente três das seguintes condições:

i) Sem informação financeira ou quando as demonstrações financeiras do ano anterior (ou

do último semestre) evidenciam pelo menos três dos seguintes indicadores: (i) Fluxos de

caixa insuficientes face aos encargos da dívida / negativos; (ii) Capitais próprios

negativos; (iii) Resultado líquido negativo nos últimos três anos; (iv) Redução da margem

bruta das vendas superior a 50%;

ii) Quando não existir evidência de qualquer pagamento nos últimos dois anos;

iii) Em processo eminente de insolvência e/ou liquidação pedido pelos credores;

iv) Com dívidas à Segurança Social, Autoridade Tributária ou empregados; ou

v) Com Certificação Legal de Contas ou Relatório de Auditoria modificados que coloquem

em causa (i) saldos com potencial impacto na situação líquida da empresa (superior a

75%) ou (ii) continuidade do negócio.

Default foi definido, de acordo com a política e procedimentos de crédito da PME Investimentos,

como incluindo créditos que estejam em mora há mais de 90 dias ou créditos relativamente aos

quais é considerado improvável a sua recuperação integral sem recursos a procedimentos

adicionais. Esta definição foi aplicada a todos os créditos e é consistente com a definição de

incumprimento dos reguladores. Considera-se que a diferença entre a definição regulatória e a

contabilística é imaterial.

Considera-se “crédito curado” aquele que saiu da situação de incumprimento, tendo-se verificado

simultaneamente:

a) Uma melhoria da situação do devedor, sendo expectável, mediante a análise da condição

financeira, o reembolso total de acordo com as condições originais do contrato ou

modificadas;

b) Que o devedor não apresenta qualquer valor vencido; e

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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c) Que decorreu um período de quarentena de um ano, após o primeiro pagamento de capital,

em que o devedor cumpriu com as suas responsabilidades regularmente, isto é, liquidou um

valor não insignificante de capital e juros do contrato sem que tenha apresentado qualquer

exposição vencida por um período superior a 30 dias.

Para os créditos no stage 1, a mensuração das perdas de crédito esperadas a 12 meses é

efetuada considerando: ECL12meses = Loss rate x EAD x Dt

Onde

Loss rate é o valor atual da perda/Valor bruto dos créditos em default;

EAD é a exposição ao default. É a estimativa da exposição numa data futura de default. Inclui

capital vincendo, capital vencido, juros corridos e juros vencidos.

Dt é o efeito do desconto, utilizando uma taxa para descontar a perda esperada. A taxa de

desconto é a taxa de juro efetiva determinada no reconhecimento inicial ou uma aproximação da

mesma. Para os ativos financeiros com taxa de juro variável, as perdas de crédito esperadas são

descontadas usando a taxa de juro efetiva corrente. Para os ativos financeiros com taxa de juro

efetiva nula, não existe o reconhecimento de qualquer efeito do desconto.

Para os créditos no stage 2, a mensuração das perdas de crédito esperadas ao longo da vida é

efetuada considerando: LECL = LPD x EAD x LGD x Dt

Onde

LPD é a lifetime probabilidade de default. É a estimativa do número de operações que a

determinado momento se encontravam sem indícios de imparidade, mas que entraram em

default durante a duração do ativo financeiro. A LPD é baseada na LPD histórica e é

calibrada com fatores macroeconómicos futuros.

EAD é a exposição ao default. É a estimativa da exposição numa data futura de default.

Inclui capital vincendo, capital vencido, juros corridos e juros vencidos.

LGD é a loss given default. É a estimativa da perda que resulta do default. É uma % da

exposição ao default. O valor da LGD é calculado dividindo o valor da perda esperada pelo

valor bruto do crédito em default (VBCD). A perda esperada (numerador) é calculada

considerando a taxa de perda histórica, ajustada pelos efeitos macroeconómicos, aplicada

ao valor da exposição à data de relato. A taxa de perda histórica é determinada dividindo as

perdas incorridas relativas aos fluxos de caixa contratuais (capital e juros) de exposições em

default pelo valor da exposição em default, considerando os últimos 5 anos. A taxa de perda

histórica é ajustada tendo em conta fatores macroeconómicos. Assim, a LGD é determinada

da seguinte forma:

𝐿𝐺𝐷 = ⌊𝑉𝐵𝐶𝐷 − ∑

𝐹𝐶𝐶(1 + 𝑖𝑒1)

𝑡𝑡𝑟𝑡𝑖

𝑉𝐵𝐶𝐷⌋

𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑎

VBCD é o valor bruto do crédito em default;

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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FCC são os fluxos de caixa contratuais (capital e juros);

ie1 é a taxa de desconto do crédito em default;

ti é o momento em que ocorre o default;

tr é o momento em que o processo de recuperação do crédito é dado como concluído;

t é o prazo médio de recuperação;

Dt é o efeito do desconto, utilizando uma taxa para descontar a perda esperada. A taxa de

desconto é a taxa de juro efetiva determinada no reconhecimento inicial ou uma aproximação da

mesma. Para os ativos financeiros com taxa de juro variável, as perdas de crédito esperadas são

descontadas usando a taxa de juro efetiva corrente. Para os ativos financeiros com taxa de juro

efetiva nula, não existe o reconhecimento de qualquer efeito do desconto.

Para os créditos no stage 3, a mensuração das perdas de crédito esperadas ao longo da vida é

efetuada considerando a fórmula anterior com uma LPD de 1.

No cálculo das perdas de crédito esperadas são ponderados fatores macroeconómicos

estimados. Os fatores macroeconómicos considerados são:

- Taxa de crescimento do PIB;

- Taxa de desemprego; e

- Variação das taxas de juro de mercado.

Como política de anulação de créditos (write-off), a PME Investimentos anula um crédito quando

ele se encontra em incumprimento e já não existe uma perspetiva razoável de recuperar os fluxos

de caixa decorrentes do ativo financeiro. Considera-se que não existe uma perspetiva razoável

de recuperação dos fluxos de caixa decorrentes do ativo financeiro quando:

a) O devedor tenha pendente processo de execução, processo de insolvência, processo

especial de revitalização ou procedimento de recuperação de empresas por via extrajudicial

(SIREVE); ou

b) Os créditos tenham sido reclamados judicialmente ou em tribunal arbitral; ou

c) Se verifiquem cumulativamente as seguintes condições:

i) Os créditos tenham pelo menos uma prestação em mora há mais de 24 meses;

ii) Existam provas objetivas de imparidade, nomeadamente, não se terem verificado

pagamentos significativos nos últimos dois anos ou existirem dívidas à Segurança Social,

Autoridade Tributária ou trabalhadores; e

iii) Tenham sido efetuadas diligências para cobrança dos créditos.

A PME Investimentos não utilizou a opção de considerar que um instrumento financeiro tem um

baixo risco de crédito à data de relato nem foi ilidida a presunção de que houve um aumento

significativo no risco de crédito para ativos financeiros vencidos há mais de 30 dias. Em 2018,

não foram introduzidas alterações nos métodos de estimativa ou nos pressupostos significativos

durante o período de relato.

Em caso de modificação de créditos, a PME Investimentos procede ao cálculo do valor atual dos

fluxos financeiros resultantes da modificação, atualizados à taxa de juro efetiva original. Este

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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valor é comparado com o custo amortizado à data da modificação de modo a identificar se a

modificação é, ou não, substancial. Caso a diferença entre o custo amortizado e o valor atual

dos fluxos financeiros resultantes da modificação seja igual ou superior a 10%, a modificação é

considerada substancial. Caso contrário, a modificação não é considerada substancial.

Para efeitos de imparidade, os créditos modificados por incumprimento do devedor são

considerados no stage 3. Os créditos modificados em estado de cumprimento são considerados

no stage 1 ou no stage 2, atendendo à verificação, ou não, respetivamente, dos critérios definidos

para considerar que houve um aumento significativo do risco de crédito. Os créditos estão

sujeitos a um ano de probation, aplicando-se as definições de aumento significativo do risco de

crédito e de ativos financeiros em imparidade de crédito.

3.5 Outros ativos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Sociedade para o desenvolvimento da sua atividade são

valorizados ao custo histórico, deduzido de subsequentes depreciações.

Os ativos tangíveis são depreciados numa base linear, pelo método das quotas constantes, utilizado

as taxas máximas anuais permitidas para efeitos fiscais de acordo com o Decreto Regulamentar

25/2009 de 14 de setembro, que se consideram adequadas face à vida útil estimada dos bens.

As despesas de investimento em obras realizadas em imóveis arrendados são amortizadas em prazo

compatível com o da sua utilidade esperada.

Anos

Imóveis de serviço próprio

Edifícios 50

Benfeitorias 8

Obras em edifícios arrendados 10

Equipamento:

Mobiliário e material 8

Equipamento informático 3

Outros ativos tangíveis 4 a 10

3.6 Ativos intangíveis

Os ativos intangíveis, que correspondem essencialmente a software, encontram-se registados ao

custo de aquisição, deduzido de depreciações. As depreciações são registadas numa base linear, de

acordo com a depreciação calculada segundo o método das quotas constantes, utilizando as taxas

máximas anuais permitidas para efeitos fiscais de acordo com o Decreto Regulamentar 25/2009 de

14 de setembro, que se consideram adequadas face à vida útil estimada do software (3 anos).

3.7 Provisões e passivos contingentes

Uma provisão é constituída quando existe uma obrigação (legal ou construtiva), resultante de eventos

passados onde seja provável o futuro dispêndio de recursos e este possa ser determinado com

fiabilidade. A provisão corresponde à melhor estimativa da Sociedade de eventuais montantes que

seria necessário desembolsar para liquidar as responsabilidades à data do Balanço.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Caso não seja provável o futuro dispêndio de recursos, trata-se de um passivo contingente. Os

passivos contingentes são apenas objeto de divulgação, a menos que a sua hipótese de

concretização seja remota.

3.8 Benefícios de empregados

A Sociedade não assume responsabilidades com benefícios dos trabalhadores complementares ao

regime geral da Segurança Social.

3.9 Imposto sobre o rendimento

A Sociedade encontra-se sujeita a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas

Coletivas (IRC) e à correspondente derrama. De acordo com a legislação em vigor, as declarações

fiscais da Sociedade estão, na generalidade dos casos, sujeitas a correção por parte das autoridades

fiscais durante um período de quatro anos contado a partir do exercido a que respeitam (dez anos

para a Segurança Social).

As declarações fiscais da Sociedade relativas aos exercícios de 2015 a 2018 encontram-se ainda

pendentes de revisão pelas autoridades fiscais. A Administração da Sociedade entende que as

correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações

fiscais de impostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de

dezembro de 2018.

A Sociedade regista como impostos diferidos passivos e ativos os valores respeitantes ao

reconhecimento de impostos a pagar e a recuperar no futuro, decorrentes de diferenças temporárias

entre o valor de um ativo ou passivo no balanço e a sua base de tributação. Os créditos fiscais também

são registados com impostos diferidos ativos.

Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e avaliados numa base anual, utilizando

as taxas de tributação que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças

temporárias. Os passivos por impostos diferidos são sempre registados. Os ativos por impostos

diferidos apenas são registados na medida em que seja provável a existência de lucros tributáveis

futuros que permitam o seu aproveitamento.

Os impostos sobre o rendimento são registados por contrapartida de resultados do exercício, exceto

em situações em que os eventos que os originaram tenham sido refletidos em rubrica específica de

capital próprio, nomeadamente, no que respeita à valorização de ativos financeiros disponíveis para

venda. Neste caso, o efeito fiscal associado às valorizações é igualmente refletido por contrapartida

de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

3.10 Estimativas e assunções na aplicação de políticas contabilísticas

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adoção de

pressupostos pela gestão, que podem afetar o valor dos ativos e passivos, réditos e custos.

• Valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos

Na valorização de instrumentos financeiros não transacionados em mercados ativos são

utilizados modelos ou técnicas de valorização tal como descrito nas Notas 3.3 e 3.4. Como tal,

as valorizações obtidas correspondem à melhor estimativa do justo valor dos referidos

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

83/104

instrumentos à data do balanço, sendo que os valores futuros efetivamente realizados poderão

diferir das estimativas efetuadas.

• Impostos

O reconhecimento de impostos diferidos ativos pressupõe a existência de resultados e de

matéria coletável futura. Adicionalmente, os impostos diferidos ativos e passivos foram

determinados com base na interpretação da legislação fiscal atual. Deste modo, alterações na

legislação fiscal ou na sua interpretação por parte das autoridades competentes podem ter

impacto no valor dos impostos diferidos.

3.11 Caixa e equivalentes de caixa

Na demonstração de fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa correspondem a valores em

caixa e a saldos à ordem e depósitos a prazo junto de instituições de crédito.

3.12 Alterações de políticas contabilísticas

3.12.1 Alterações de políticas contabilísticas

A adoção da IFRS 9 foi tratada prospetivamente, isto é, no período que se inicia em 1 de janeiro de

2018 a Sociedade aplicou a nova política contabilística, sem reexpressar os saldos existentes no início

desse período. Da adoção da IFRS 9 resultou o apuramento de ajustamentos negativos na

valorização de ativos financeiros, à data de 1 de janeiro de 2018, no valor de 112.511,65 euros, que

foram registados em conta de resultados transitados.

3.12.2 Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor

a partir de 1 de janeiro de 2018

O conjunto das novas normas, interpretações e alterações, já em vigor em 1 de janeiro de 2018, é o

seguinte:

• Adoção da IFRIC 22: Transações em Moeda Estrangeira e Retribuição Antecipada

(Regulamento 2018/519, de 28 de março)

- A IFRIC 22 estabelece a data da transação como o fator determinante para o cálculo a taxa

de câmbio a usar nas contraprestações pagas ou recebidas em adiantado em moeda

estrangeira. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

• Transferências de Propriedades de Investimento – Alterações à IAS 40 (Regulamento

2018/400, de 14 de março)

- As alterações à IAS 40 - Propriedades de Investimento - vêm clarificar que a transferência

de ativos só pode ser efetuada quando existe prova da sua alteração de uso, sendo que a

alteração de decisão da gestão não é suficiente para ser efetuada a transferência. Aplicável

aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

• Classificação e Mensuração de transações de pagamentos com base em ações – Alterações

à IFRS 2 (Regulamento 2018/289, de 26 de fevereiro)

- Estas alterações à IFRS 2 estão relacionadas com aspetos de classificação e de -

mensuração para um conjunto de aspetos em que as orientações existentes na Norma não

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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eram muito claras. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de

2018.

• Melhoramentos anuais: ciclo 2014-2016 (Regulamento 2018/182, de 7 de fevereiro)

- Os melhoramentos incluem pequenas emendas a três normas internacionais de

contabilidade, das quais duas são aplicáveis aos exercícios iniciados em ou após 1 de

janeiro de 2018:

▪ IFRS 1 Adoção pela Primeira Vez das IFRS: Esta melhoria elimina as isenções

temporárias previstas na transição para a IFRS 7, IFRS 10 e IAS 19.

▪ IAS 28 Investimentos em Associadas e Empreendimentos Conjuntos: Esta melhoria

clarifica que os investimentos em associadas ou empreendimentos conjuntos detidos

por uma sociedade de capital de risco podem ser mensurados, de forma individual, ao

justo valor. A melhoria refere ainda que uma entidade que não é uma entidade de

investimento, mas detém investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos

que são entidades de investimento, pode manter a mensuração ao justo valor da

participação que essas associadas ou empreendimentos conjuntos têm nas suas

próprias subsidiárias, na aplicação do MEP (método de equivalência patrimonial).

• Aplicar a IFRS 9 Instrumentos Financeiros com a IFRS 4 Contratos de Seguros – Alterações

à IFRS 4 (Regulamento 2017/1988, de 3 de novembro)

- Estas alterações à IFRS 4 dão resposta às preocupações das entidades cuja atividade

predominante seja a de seguradora sobre a implementação da nova norma sobre

instrumentos financeiros (IFRS 9) antes da entrada em vigor da IFRS 17 - Contratos de

Seguros. Estas alterações são aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de

janeiro de 2018.

• IFRS 15: Rédito de Contratos com Clientes (Regulamento n.º 2016/1905, de 22 de setembro)

- Esta nova norma aplica-se a contratos para a entrega de produtos ou prestação de

serviços, e exige que a entidade reconheça o rédito quando a obrigação contratual de

entregar ativos ou prestar serviços é satisfeita e pelo montante que reflete a

contraprestação a que a entidade tem direito, conforme previsto na “metodologia dos 5

passos”. Esta norma será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2018.

• Rédito de Contratos com clientes – Clarificações à IFRS 15 (Regulamento 2017/1987, de 31

de outubro)

- Estas alterações à IFRS 15 vieram clarificar alguns requisitos e proporcionar uma maior

facilidade na transição para as Entidades que estão a implementar esta Norma tais como:

a) a determinação das obrigações de desempenho de um contrato; b) determinação do

momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual; c)

seleção de novos regimes transitórios previstos para implementação da IFRS 15. Aplicável

aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018.

• IFRS 9: Instrumentos Financeiros (Regulamento n.º 2016/2067, de 22 de novembro)

A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à classificação e mensuração dos

ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre créditos a receber

(através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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classificação da contabilidade de cobertura. A adoção desta norma acarreta, igualmente e em

conformidade: (i) alterações das normas (IAS/IFRS) e interpretações (IFRIC/SIC): IAS 1, IAS 2,

IAS 8, IAS 10, IAS 12, IAS 20, IAS 21, IAS 23, IAS 28, IAS 32, IAS 33, IAS 36, IAS 37, IAS 39,

IFRS 1, IFRS 2, IFRS 3, IFRS 4 Contratos de Seguro, IFRS 5, IFRS 7, IFRS 13, IFRIC 2, IFRIC

5, IFRIC 10, IFRIC 12, IFRIC 16, IFRIC 19, SIC 27; e (ii) revogação da IFRIC 9 Reavaliação de

Derivados Embutidos. Esta norma será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1

de janeiro de 2018.

3.12.3 Novas normas, interpretações e alterações, com data de entrada em vigor

em exercícios com início em ou após 1 de janeiro de 2019

• Alterações à IFRS 9: Características de pagamentos antecipados com contribuição negativa

(Regulamento 2018/498, de 22 de março)

- Esta alteração à IFRS 9 passa a permitir que determinados os instrumentos se possam

qualificar para mensuração pelo custo amortizado ou pelo valor justo através do outro

rendimento integral (dependendo do modelo de negócio) ainda que não satisfaçam as

condições do teste SPPI. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2019.

• IFRS 16: Locações (Regulamento 2017/1986, de 31 de outubro)

- A IFRS 16 estabelece os princípios aplicáveis ao reconhecimento, à mensuração, à

apresentação e à divulgação de locações. O objetivo da norma é garantir que os locatários

e os locadores fornecem informações pertinentes de uma forma que represente fielmente

essas transações, revogando IAS 17 - Locações, assim como um conjunto de

interpretações (SIC e IFRIC), nomeadamente: IFRIC 4 – Determinar se um Acordo Contém

uma Locação; SIC 15 – Locações Operacionais – Incentivos; e SIC 27 – Avaliação da

Substância de Transações que Envolvam a Forma Legal de uma Locação. Esta norma

será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019.

• Adoção da IFRIC 23: Incerteza quanto aos tratamentos do imposto sobre o rendimento

(Regulamento 2018/1595, de 23 de outubro)

Esta interpretação clarifica como devem ser aplicados os requisitos de reconhecimento e

de mensuração da IAS 12 quando existem incertezas quanto aos tratamentos do imposto

sobre o rendimento. Esta interpretação será aplicável aos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2019.

3.12.4 Normas (novas ou revistas) emitidas pelo “International Accounting

Standards Board” (IASB) e interpretações emitidas pelo “International Financial

Reporting Interpretation Commitee” (IFRIC) e ainda não endossadas pela União

Europeia

• Venda ou Contribuição de Ativos entre um Investidor e a sua Associada ou Empreendimento

Conjunto - Alterações à IFRS 10 e à IAS 28 (emitida pelo IASB em 11set14)

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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- Esta alteração vem clarificar o tratamento contabilístico para transações quando uma

empresa-mãe perde o controlo numa subsidiária ao vender toda ou parte do seu interesse

nessa subsidiária a uma associada ou empreendimento conjunto contabilizado pelo

método da equivalência patrimonial. Ainda não foi definida a data de aplicação destas

alterações e o processo de endosso pela União Europeia apenas será iniciado após

confirmação da data de aplicação das alterações pelo IASB.

• IFRS 14: Contabilização de Diferimentos Regulatórios (emitida pelo IASB em 30jan14)

- Esta norma permite aos adotantes pela primeira vez das IFRS, que continuem a reconhecer

os ativos e passivos regulatórios de acordo com a política seguida no âmbito do normativo

anterior. Contudo para permitir a comparabilidade com as entidades que já adotam as IFRS

e não reconhecem ativos / passivos regulatórios, os referidos montantes têm de ser

divulgados nas demonstrações financeiras separadamente. Aplicável aos exercícios que

se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2016, tendo a Comissão Europeia decidido não

iniciar o processo de endosso desta norma transitória e aguardar pela norma definitiva a

emitir pelo IASB.

• IFRS 17: Contratos de Seguros (emitida pelo IASB em 18mai17)

- A IFRS 17 resolve o problema de comparação criado pela IFRS 4 exigindo que todos os

contratos de seguros sejam contabilizados de forma consistente, beneficiando assim quer

os investidores quer as empresas de seguros. As obrigações de seguros passam a ser

contabilizadas usando valores correntes em vez do custo histórico. A informação passa a

ser atualizada regularmente, providenciando mais informação útil aos utilizadores das

demonstrações financeiras. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro

de 2021, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União

Europeia.

• Alterações à IAS 28: Interesses de longo prazo em associadas e empreendimentos conjuntos

(emitida pelo IASB em 12out17)

- Esta alteração vem clarificar que uma entidade deve aplicar a IFRS 9 aos interesses de

longo prazo em associadas e empreendimentos conjuntos em que o método da

equivalência patrimonial não é aplicado. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2019, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso

pela União Europeia.

• Melhoramentos anuais: ciclo 2015-2017 (emitida pelo IASB em 12dez17)

- Os melhoramentos incluem pequenas emendas a três normas internacionais de

contabilidade, como segue:

▪ IFRS 3 Concentrações de atividades empresariais e IFRS 11 Acordos conjuntos

▪ IAS 12 Impostos sobre o rendimento

▪ IAS 23 Custos de empréstimos obtidos

- Estas emendas serão aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de

2019, estando ainda sujeitas ao processo de endosso pela União Europeia.

• Alterações à IAS 19: Alteração, redução ou liquidação de plano de benefícios definidos

(emitida pelo IASB em 7fev18)

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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- Esta alteração exige que uma entidade utilize pressupostos atualizados para a

remensuração do custo do serviço corrente e do custo líquido de juros para o período

remanescente após a modificação do plano. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2019, estando esta alteração ainda sujeita ao processo de endosso

pela União Europeia.

• Alterações às referências para a Estrutura Concetual das IFRS revista (emitida pelo IASB em

29mar18)

- Em março de 2018 o IASB procedeu à revisão da Estrutura Concetual das IFRS. Para as

entidades que usam a Estrutura Concetual para desenvolver políticas contabilísticas

quando nenhuma IFRS se aplica a uma determinada transação particular, a Estrutura

Concetual revista é efetiva para os períodos anuais iniciados em ou após 1 de janeiro de

2020. As necessárias alterações às diversas IFRS decorrentes da revisão da Estrutura

Concetual foram também já emitidas pelo IASB estando essa alteração ainda sujeita ao

processo de endosso pela União Europeia.

• Alterações à IFRS 3 – Concentrações de atividades empresariais (emitida pelo IASB em

22out18)

- Estas alterações à IFRS 3 vêm aperfeiçoar a definição de concentração de atividade

empresarial, ajudando as entidades a determinar se uma determinada aquisição efetuada

se refere de facto a uma atividade empresarial ou apenas a um conjunto de ativos. Para

além da alteração da definição, esta alteração vem providenciar algumas orientações

adicionais. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2020,

estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso pela União Europeia.

• Alterações à IAS 1 e à IAS 8: Definição de Material (emitida pelo IASB em 31out18)

- Estas alterações à IAS 1 e à IAS 8 vêm atualizar a definição de “material”, de forma a

facilitar os julgamentos efetuados pelas entidades sobre a materialidade. A definição de

“material”, um importante conceito contabilístico nas IFRS, ajuda as entidades a decidir

sobre se a informação deverá ser ou não incluída nas demonstrações financeiras. As

alterações clarificam a definição de “material” e a forma como a mesma deverá ser utilizada

através da inclusão na definição de orientações que até ao momento não faziam parte das

IFRS. Adicionalmente, as explicações que acompanham essa definição foram

aperfeiçoadas. Por último, as alterações efetuadas asseguram que a definição de “material”

é consistente ao longo de todas as IFRS. Aplicável aos exercícios que se iniciem em ou

após 1 de janeiro de 2020, estando esta nova norma ainda sujeita ao processo de endosso

pela União Europeia.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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4. Dinheiro em caixa

(em euros)

5. Outros depósitos à ordem

(em euros)

6. Ativos financeiros pelo justo valor através de outro rendimento integral -

Instrumentos de capital

A PME Investimentos designou investimentos em instrumentos de capital próprio como mensurados

pelo justo valor em outro rendimento integral, tal como permitido pela IFRS 9. Os ativos financeiros

incluídos nesta rubrica referem-se a participações financeiras e o exercício da opção prevista na IFRS

9 reflete o interesse da PME Investimentos em manter a classificação anteriormente adotada para

estes ativos (de acordo com a IAS 39, as participações estavam classificadas como ativos financeiros

disponíveis para venda). Não são calculadas perdas por imparidade relativamente a estes ativos.

No decurso de 2018, registaram-se as seguintes variações:

(em euros)

A PME Investimentos não desreconheceu investimentos em instrumentos de capital próprio

mensurados pelo justo valor através do outro rendimento integral durante o período de relato.

2018 2017

Caixa

Em euros 3 250,00 3 250,00

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 3 250,00 3 250,00

2018 2017

Depósitos à ordem

Em instituições de crédito no país 88 263,79 155 076,31

88 263,79 155 076,31

Total 88 263,79 155 076,31

Saldo Inicial em

1.jan.2018

Reexpresso

Aquisições /

Reforços

Alienações /

Reduções

Variação do Justo

Valor

Saldo Final em

31.Dez.2018

Portugal Capital Ventures, SCR, S.A. 2 202 321,10 - - - 39 000,00 2 163 321,10

2 202 321,10 - - - 39 000,00 2 163 321,10

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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7. Ativos financeiros pelo custo amortizado - Empréstimos e adiantamentos

Instituições de crédito

(em euros)

(em euros)

8. Ativos financeiros pelo custo amortizado - Empréstimos e adiantamentos

Outros

Esta rubrica inclui valores a receber por prestação de serviços e vendas de participações com

pagamento a prazo.

(em euros)

2018 2017

Aplicações em instituições de crédito no pais

Em outras instituições de crédito

Depósitos a prazo 31 701 000,00 33 344 241,66

Rendimentos a receber

De depósitos a prazo 1 530,95 1 996,90

Total 31 702 530,95 33 346 238,56

Provisões para imparidade de aplicações em instituições de crédito - -

2018 2017

Duração residual

Até 3 meses 300 002,50 -

De 3 meses a 1 ano 31 402 528,45 33 346 238,56

De 1 a 5 anos - -

Mais de 5 anos - -

31 702 530,95 33 346 238,56

2018 2017

Devedores e outras aplicações

Devedores por prestação de serviços 4 926 740,46 2 596 002,36

Devedores por venda de participações 1 026 020,72 1 026 020,72

Devedores diversos 8 756,31 8 756,31

5 961 517,49 3 630 779,39

Juros vencidos a regularizar de devedores por venda de participações 85 736,13 79 985,44

Total 6 047 253,62 3 710 764,83

Imparidade acumulada para devedores e outras aplicações -1 958 815,75 -1 738 074,82

4 088 437,87 1 972 690,01

Vencido 6 047 253,62 3 710 764,83

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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9. Ativos financeiros pelo custo amortizado - Títulos de Dívida

Os títulos de dívida são mensurados pelo custo amortizado usando o método do juro efetivo. A taxa

de juro efetiva é a taxa que faz com que o valor inicial das obrigações seja igual ao valor atual dos

fluxos financeiros futuros. Para os títulos de dívida de taxa fixa, a taxa de juro efetiva é calculada

inicialmente e mantém-se até à maturidade. Para os títulos de dívida de taxa variável, a taxa de juro

efetiva é recalculada periodicamente.

(em euros)

(em euros)

No final de 2018, não foram reconhecidas perdas por imparidade relativamente a estes ativos.

10. Ativos fixos tangíveis

(em euros)

2018 2017

Instrumentos de dívida

De residentes

Dívida pública portuguesa 10 493 017,10 10 789 648,64

10 493 017,10 10 789 648,64

Juros a receber 202 617,94 202 617,94

10 695 635,04 10 992 266,58

2018 2017

Maturidade dos investimentos

Até 1 ano - -

De 1 a 5 anos 6 732 280,93 1 089 316,32

Mais de 5 anos 3 963 353,97 9 902 950,26

10 695 634,90 10 992 266,58

Valor BrutoAmortizações

acumuladasAquisições

Reavaliações

(líquido)Imobilizado Amortizações

Outros ativos tangíveis

Imóveis de serviço próprio 2 726 627,65 - 600 001,79 - - - - - 41 652,34 - 2 084 973,52

Obras em imóveis arrendados 137 971,76 - 24 939,82 - - - - - 2 759,44 - 110 272,50

Equipamento 1 071 035,48 - 965 625,33 14 406,15 - - - - 33 454,18 - 86 362,12

3 935 634,89 -1 590 566,94 14 406,15 - - - - 77 865,96 - 2 281 608,14

Amortizações

do exercício

Alienações e

abates

(Líquido)

Valor líquido

em

31.Dez.2018

Contas

Saldo em 31.Dez.2017 Aumentos Transferências

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11. Outros activos intangíveis (em euros)

12. Ativos por impostos

Os ativos por impostos sobre o rendimento têm a seguinte composição:

(em euros)

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o valor dos impostos diferidos ativos e passivos é o seguinte: (em euros)

13. Outros ativos (em euros)

Valor BrutoAmortizações

acumuladasAquisições

Reavaliações

(líquido)Imobilizado Amortizações

Ativos intangíveis

Sistemas de tratamento automático de dados 89 355,30 - 9 927,36 - - - - - 29 782,08 - 49 645,86

Outros ativos intangíveis - - - - - - - - -

89 355,30 - 9 927,36 - - - - - 29 782,08 - 49 645,86

Amortizações

do exercício

Alienações e

abates

(Líquido)

Valor líquido

em

31.Dez.2018

Contas

Saldo em 31.Dez.2017 Aumentos Transferências

2018 2017

Ativos por impostos correntes

IRC a recuperar 245 211,82 216 717,73

2018 2017

Impostos diferidos

Ativos 46 146,44 -

Passivos - -

46 146,44 -

Registados por contrapartida de:

Reserva de justo valor

Instrumentos financeiros disponíveis para venda 46 146,44 -

46 146,44 -

2018 2017

Devedores e outras aplicações

IGFEJ - Caução Pensão 7 944,18 7 944,18

Devedores por prestação de serviços 15 591,30 25 242,82

Devedores diversos - 321 591,70

23 535,48 354 778,70

Rendimentos a receber

Outros rendimentos a receber 3 236,07 -

Despesas com encargo diferido 18 732,68 14 524,61

Total 45 504,23 369 303,31

Imparidade acumulada para devedores e outras aplicações - - 17 982,14

45 504,23 351 321,17

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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14. Imparidade, provisões e passivos contingentes

No decurso de 2018, registaram-se as seguintes variações:

(em euros)

15. Outros passivos

(em euros)

16. Capital próprio

Em 31 de dezembro de 2018, o capital da Sociedade encontra-se integralmente subscrito e realizado,

sendo representado por 5.500.000 ações com o valor nominal de 5 euros cada.

A reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital

social. A legislação portuguesa aplicável ao setor bancário (art.º 97º do Decreto-Lei nº 282/92, de 31

de dezembro) exige que a reserva anual seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro

líquido anual, até à concorrência do capital.

Em Assembleia Geral realizada em 28 de março de 2018, foi aprovada a seguinte aplicação para o

resultado do exercício de 2017, no valor de 4.187.637,90 euros:

• Para reserva legal 418.763,79 €

• Distribuição de dividendos 3.350.110,32 €

• Para reservas livres 418.763,79 €

Constituição /

Reforço

Reposição /

Anulação /

Reversão

Provisões para imparidade acumulada

Ativos financeiros pelo custo amortizado

Empréstimos e adiantamentos - Outros 1 868 568,61 170 869,58 - 30 288,34 - 50 334,10 1 958 815,75

1 868 568,61 170 869,58 - 30 288,34 - 50 334,10 1 958 815,75

Total 1 868 568,61 170 869,58 - 30 288,34 - 50 334,10 1 958 815,75

Movimento em 2018

Saldo Inicial em

01.Jan.2018

Reexpresso

Por Resultado ExercícioPor Outro

Rendimento

Integral

Saldo Final em

31.Dez.2018

2018 2017

Fornecedores 106 512,05 53 368,58

Outros Credores 19,45 611,31

Setor publico administrativo - Imposto sobre o valor acrescentado 5 446,68 2 719,44

Setor publico administrativo - Retenções de impostos 91 351,88 95 332,54

Setor publico administrativo - Contribuições para a segurança social 29 794,48 23 558,44

Setor publico administrativo - Contribuições para Fundos de Compensação 132,91 -

Encargos a pagar de custos com o pessoal 208 568,79 165 885,12

Encargos a pagar de gastos gerais administrativos 31 629,87 19 376,84

Outros encargos a pagar 4 122,38 4 167,28

477 578,49 365 019,55

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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O capital próprio da Sociedade apresenta a seguinte composição:

(em euros)

17. Contas extrapatrimoniais

(em euros)

Por ter extinção do processo no âmbito do qual havia sido prestada uma garantia de 14.241,66

euros, esta foi cancelada.

18. Receitas de juros

(em euros)

2018 2017

Capital 27 500 000,00 27 500 000,00

Ações próprias -4 272 000,00 -4 272 000,00

Outro rendimento integral acumulado - 88 853,56 -

Reserva legal 9 580 018,66 9 161 254,87

Reserva especial 71 715,25 71 715,25

Reservas livres 15 064 318,19 14 549 554,40

Resultados transitados 39 017,83 101 195,38

Resultados atribuíveis aos proprietários da empresa mãe 3 037 760,24 4 187 637,90

Interesses minoritários (interessesque não controlam) - -

Total do Capital Próprio 50 931 976,61 51 299 357,80

2018 2017

Garantias prestadas

Garantias e avales

Residentes - 14 241,66

Garantias reais

Ativos dados em garantia - 14 241,66

Garantias reais

Ativos recebidos em garantia 1 224 000,00 1 224 000,00

Responsabilidade por prestação de serviços

Valores administrados pela instituição (Nota 32) 619 524 942,93 631 366 145,40

Outras contas extrapatrimoniais

Créditos abatidos ao Ativo 36 143,10 36 143,10

2018 2017

Juros e rendimentos similares

Ativos financeiros pelo custo amortizado - Instituições de crédito 66 458,99 103 077,24

Ativos financeiros pelo custo amortizado - Títulos de dívida 141 754,59 58 425,56

Ativos financeiros pelo custo amortizado - Clientes 8 986,76 7 756,67

217 200,34 169 259,47

Juros e encargos similares

- -

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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19. Despesas com juros

(em euros)

20. Receitas e despesas de taxas e comissões

(em euros)

No âmbito do desenvolvimento da sua atividade, em 31 de dezembro de 2018, a PME Investimentos

é entidade gestora de 5 Fundos: Fundo de Sindicação de Capital de Risco PME-IAPMEI, FINOVA –

Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação, Fundo Autónomo de Apoio à Concentração e

Consolidação de Empresas (FACCE), Fundo de Coinvestimento 200 M e Fundo para a Inovação

Social. No caso deste último Fundo e contrariamente aos restantes, a remuneração pela sua gestão

não assume a configuração de comissões, mas sim de prestação de serviços.

21. Diferenças cambiais

(em euros)

2018 2017

Juros e encargos similares

Disponibilidades em outras instituições de crédito - 0,90

- 0,90

2018 2017

Rendimentos de serviços e comissões

Comissões por administração de valores 6 601 779,73 7 856 461,81

6 601 779,73 7 856 461,81

Encargos com serviços e comissões

Serviços de terceiros 12 906,01 8 879,93

Outras comissões 220,52 221,25

13 126,53 9 101,18

2018 2017

Resultados de reavaliação cambial

Ganhos em diferenças cambiais - -

Perdas em diferenças cambiais - 21,27

- - 21,27

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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22. Ganhos ou perdas com o desreconhecimento de ativos não financeiros (em euros)

23. Outras receitas e despesas operacionais (em euros)

24. Custos com o pessoal e volume de emprego

Os custos com o pessoal apresentam a seguinte composição:

(em euros)

2018 2017

Resultados de alienação de outros ativos

Ganhos em ativos tangíveis - 6 100,00

- 6 100,00

2018 2017

Outros rendimentos e receitas operacionais

Prestação de serviços 132 326,79 173 113,79

Recuperação de crédito juros e despesas - 10,88

Outros ganhos - 3 912,74

132 326,79 177 037,41

Outros encargos e gastos operacionais

Quotizações 12 694,00 12 545,00

Donativos - 10,21

Impostos 175 813,10 191 451,74

Outras perdas 2 202,38 1 873,27

190 709,48 205 880,22

- 58 382,69 - 28 842,81

2018 2017

Salários e vencimentos

Orgãos de direcção e fiscalização

Conselho de Administração 229 393,60 149 927,91

Conselho Fiscal 19 332,33 11 242,10

Assembleia Geral 1 700,00 350,00

Empregados 954 386,66 832 377,18

1 204 812,59 993 897,19

Encargos sociais obrigatórios 281 726,48 232 802,12

281 726,48 232 802,12

Outros custos com o pessoal 52 474,83 43 110,93

1 539 013,90 1 269 810,24

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Não existem adiantamentos ou créditos concedidos a membros dos órgãos sociais, bem como

compromissos assumidos por sua conta a título de qualquer garantia.

Em 31 de dezembro de 2018 e 2017, o quadro de administradores/colaboradores da Sociedade tinha

a seguinte composição:

Para os efeitos do Aviso nº 10/2011, de 29 de dezembro, do Banco de Portugal, divulgam-se as

remunerações dos colaboradores identificados no nº 2 do seu art.º 1º:

(em euros)

Para os mesmos efeitos se declara ser o Conselho de Administração o órgão competente para a

avaliação do desempenho de todos os colaboradores da Sociedade.

25. Outros gastos administrativos

(em euros)

2018 2017

Administradores Executivos 3 2

Quadros diretivos e técnicos 24 16

Administrativos 2 4

29 22

Direção

Administrativa

e Financeira

Direção de

Fundos

Direção de

Dívida

Direção de

Private Equity

Direção de

Legal &

Compliance

Nº de Colaboradores 1 1 1 1 1 5

Remuneração anual fixa (1) 101 680 62 332 62 391 76 746 28 762 331 911

(1) - Remuneração efetivamente auferida

Global

Áreas de Actividade

Os colaboradores beneficiam de seguro de saúde e acidentes pessoais em condições idênticas aos demais trabalhadores da Sociedade

2018 2017

Água, energia e combustíveis 31 857,01 31 808,48

Material de consumo corrente 4 825,66 5 254,20

Outros fornecimentos de terceiros 14 035,87 18 654,73

Rendas e alugueres 77 642,90 51 891,30

Comunicações 21 505,69 16 841,73

Deslocações, estadas e representação 46 513,15 27 196,19

Publicidade e edição de publicações 85 988,67 104 832,38

Conservação e reparação 33 051,87 37 896,67

Formação 17 724,50 38 123,92

Seguros 6 532,30 8 466,06

Outros serviços de terceiros 1 701,53 1 458,88

Serviços especializados

Serviços jurídicos 110 085,86 130 904,47

Serviços de auditorias e revisão legal de contas 19 732,41 17 430,00

Serviços informáticos 142 781,33 103 478,03

Outros serviços especializados 303 855,14 349 672,66

917 833,89 943 909,70

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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26. Honorários por serviços de Revisão Oficial de Contas e afins incluídos na

rubrica de Gastos Gerais Administrativos

A Sociedade de Revisores Oficiais de Contas que no decurso do exercício de 2018 exerceu funções

de Presidente do Conselho Fiscal aufere as remunerações que se encontram contratualmente

estabelecidas e em consonância com a política de remunerações definida Senhores Acionistas, num

total anual de 15.782,41 euros.

27. Gestão de Riscos

A Sociedade desenvolve a sua atividade vocacionada para a gestão de ativos, nomeadamente, de

fundos de investimento específicos, instrumentos de política pública, que visam a criação de

mecanismos facilitadores do acesso a condições de financiamento mais adequadas por parte das

PME, nomeadamente aquelas que se encontram envolvidas na prossecução de estratégias de

crescimento sustentado, com enfoque nas iniciativas de caráter inovador e de internacionalização.

Neste contexto e ponderando a estrutura organizativa existente e a solidez da estrutura financeira,

entende-se não se justificar a criação de uma função de gestão de riscos independente, encontrando-

se a Sociedade dispensada da existência da mesma, dado que o seu número de colaboradores é

inferior a 30 e os seus proveitos operacionais não atingem os 20 milhões de euros.

O sistema de gestão de riscos assenta na análise das principais atividades/processos potencialmente

sujeitos a riscos materiais, segmentando-se entre:

• Aspetos gerais da Sociedade;

• Aspetos relacionadas com os fundos geridos.

Para cada um dos processos/atividades, são identificados os processos e respetivos controlos,

que visam mitigar um risco específico ou um conjunto de riscos. Esta análise de processos e

controlos é avaliada e revista anualmente, assegurando-se assim o acompanhamento da

adequação e eficácia do sistema de gestão de riscos, bem como a adequação e eficácia das

medidas tomadas pelas respetivas áreas funcionais para corrigir eventuais deficiências. As

conclusões são apresentadas ao Conselho de Administração da Sociedade, não tendo sido

detetadas insuficiências relevantes em matéria de gestão de risco.

Risco de Crédito

A Sociedade incorre em risco de crédito pelas exposições ativas registadas em Balanço,

nomeadamente no que respeita a ativos financeiros ao custo amortizado relativos a depósitos junto

de instituições de crédito e títulos de dívida pública, bem como apenas uma participação inferior a 5%

no capital de uma sociedade que se encontra registada justo valor através de outro rendimento

integral. Assim, as políticas de gestão de riscos incidem fundamentalmente na análise e definição dos

limites de exposição por entidade e prazo, considerando o grau de qualidade de crédito atribuído às

instituições. Centrando a sua atividade na gestão de ativos, nomeadamente fundos de investimento

públicos, a carteira de instrumentos de capital assume um caráter residual na estrutura dos seus

ativos. Neste contexto, genericamente os procedimentos instituídos resumem-se da seguinte forma:

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Ativos financeiros ao custo amortizado

O Conselho de Administração define e revê periodicamente os limites de exposição por entidade e

prazo, tendo em consideração uma análise prévia do grau de qualidade de crédito que lhes é atribuído,

mediante proposta da Direção Administrativa e Financeira.

A contratação de aplicações financeira é precedida de consulta ao mercado realizada pela referida

Direção, com observância dos princípios definidos na política aprovada, sendo a mesma sujeita a

aprovação por parte de um elemento do Conselho de Administração.

Numa base mensal, é efetuado reporte ao órgão de administração sobre o nível de exposição de cada

Entidade e respetivas condições de contratação.

Ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral

A carteira de ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral é constituída por

uma participação de caráter institucional, correspondente a uma participação no capital da Portugal

Capital Ventures – SCR, S.A. inferior a 5%.

Neste caso, os principais procedimentos instituídos respeitam fundamentalmente à monitorização e

controlo da participação detida, funções que são asseguradas pela Direção de Fundos e tendem a

revestir um caráter anual, na fase de aprovação de contas e em simultâneo com o processo de

avaliação da carteira, isto sem prejuízo de a Sociedade assumir uma maior intervenção sempre que

tal seja considerado necessário.

A informação é reportada, numa base sistemática, ao Conselho de Administração e quaisquer

eventuais medidas a adotar são aprovadas por este órgão.

Risco de Compliance

A Função de Compliance assegura as atribuições que lhe estão cometidas de uma forma

contínua, o que passa pela constante monitorização e acompanhamento técnico-jurídico das

diversas áreas funcionais da PME Investimentos de forma a garantir, a todo o momento, sem

prejuízo de outras formas de divulgação, o total conhecimento e cumprimento do normativo

vigente por parte de todos os colaboradores da Sociedade.

Neste âmbito todas as opiniões técnicas (jurídicas e de compliance) emitidas pelo responsável

da Função de Compliance são examinadas com especial diligência por parte do Conselho de

Administração da PME Investimentos, que decide da sua sujeição, ou não, a validação externa.

Por outro lado, todos os documentos relativos ao relacionamento da Sociedade com terceiros

e/ou entidades com poderes jurisdicionais, de tutela ou de supervisão, que possam determinar

qualquer forma de responsabilidade por incumprimento do normativo vigente, são previamente

submetidos à apreciação do responsável da Função de Compliance.

Adicionalmente, a Função de Compliance assegura um procedimento de diagnóstico e

levantamento de eventuais deficiências tendo por objetivo identificar e avaliar os riscos de

incumprimento de obrigações previstas no normativo vigente associados ao desenvolvimento da

atividade da Sociedade, por forma a assessorar a promoção e implementação de normas e

procedimentos internos adequados ao controlo de risco de Compliance.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

99/104

De igual modo, e porque o exercício de funções de Compliance depende, em todo o caso, (i) de

informação regular e periódica, de cada área funcional, sobre a respetiva área de atuação; e (ii) de

apreciação circunstanciada dos respetivos modus operandi, procedimentos internos e externos,

presentes ou futuros, a Função de Compliance solicita a cada um dos responsáveis por uma área

funcional a emissão de relatórios mensais de Compliance, por escrito e dirigidos ao responsável da

Função de Compliance, nos termos dos quais se reportem quaisquer situações de risco operacional

ou desconformidade detetada com o normativo vigente, tendo por objeto e referência a atuação do

respetivo departamento.

Risco Operacional

Dado o acréscimo da atividade de gestão de fundos públicos bem como a dimensão/estrutura

organizativa da Sociedade, considera-se que a Sociedade está exposta a risco operacional.

Tendo em consideração a dimensão e natureza da atividade da Sociedade, não se encontra

implementado um efetivo sistema de gestão de risco operacional. Neste contexto é de salientar o

elevado envolvimento do Conselho de Administração na gestão corrente da Sociedade em conexão

direta com os responsáveis das áreas funcionais, fator considerado determinante na gestão do risco

operacional. De salientar ainda o facto de se privilegiar a circulação de informação escrita e uma

adequada segregação de funções, permitindo que a generalidade das operações de caráter

administrativo seja devidamente conferida, minimizando assim o risco de ocorrência de qualquer falha

que não possa ser atempadamente detetada e retificada.

Risco de Sistemas de Informação

Os sistemas informáticos disponíveis na PME Investimentos têm vindo a ser adequados à dimensão

e natureza da atividade, acompanhando a sua evolução e requisitos.

São efetuadas cópias de segurança diárias para disco e posteriormente uma cópia quinzenal para

tape do conjunto de dados considerados relevantes para manutenção de longo prazo. Mensalmente

é verificada aleatoriamente uma cópia de segurança garantindo a qualidade dos dados presentes em

cópia de segurança. Complementarmente é utilizada a tecnologia StorageCraft para garantir um nível

adicional de segurança contra perda de ficheiros

Encontra-se instalado um sistema de firewall com análise de dados e verificação de regras para

controlo do fluxo de dados de e para a Internet e um sistema de segregação de ligações Wi-Fi para

suporte de convidados na rede (serviço de acesso à Internet). É utilizado o protocolo HTTPS (vertente

encriptação) para os serviços acedidos pelos colaboradores a partir do exterior. O tráfego de correio

eletrónico com origem no exterior é verificado pelo serviço da Mail Protection Hosted Services

(fornecido pela Anubis Networks) para filtrar SPAM e ameaças potenciais.

Adicionalmente existem mecanismos de controlo de riscos e segurança específicos para a Aplicação

PME Investe, sobre a qual assentam processos operacionais fundamentais na gestão do negócio da

Sociedade.

Encontra-se presentemente em curso um upgrade do sistema de firewall, para colmatar algumas

insuficiências na proteção atual.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

100/104

A gestão e manutenção dos sistemas informáticos são asseguradas por técnico especializado em

regime de outsourcing, que reporta diretamente ao Conselho de Administração da Sociedade.

Risco de Reputação

Dada a natureza da atividade desenvolvida, nomeadamente dinamização e promoção do

financiamento às PME, atualmente por via da gestão de fundos públicos, o risco de reputação advém

essencialmente de uma eventual perceção negativa da gestão efetuada pela Sociedade, por parte

dos principais stakeholders (PME, sociedades de capital de risco, instituições financeiras, entidades

públicas financiadoras, público em geral), que poderá ser impactada por falhas no processo de gestão

de fundos e respetivos controlos instituídos.

Os principais processos associados à gestão dos fundos públicos e respetivos mecanismos de

monitorização e acompanhamento são os descritos no Anexo ao relatório de controlo interno de 30

de junho de 2018. Conforme explicitado no referido Anexo, existem fundos em que o estabelecimento

dos programas de incentivo, definição dos protocolos com as entidades financiadoras, análise/seleção

das Sociedades de Capital de Risco elegíveis para obtenção de benefício são da responsabilidade de

entidades públicas, funcionando a PME Investimentos como um agente de operacionalização dos

instrumentos por aquelas definidos. Existem outros fundos, em que a Sociedade toma parte na

definição dos programas, estando os procedimentos instituídos devidamente descritos no Anexo

referido acima.

Restantes Riscos

Para os restantes riscos dispostos no artigo 11º do Aviso n.º 5/2008 do Banco de Portugal, foi efetuada

uma avaliação no âmbito do Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP),

tendo-se concluído que estes são imateriais, tendo em consideração as especificidades e

características da Sociedade.

Dado que a Sociedade não se dedica à realização de operações de crédito, não há necessidade de

estabelecimento de normas e procedimentos específicos de controlo de risco na concessão de

crédito.

Atendendo à natureza da atividade desenvolvida e dado que a sua estrutura de financiamento é

baseada quase que exclusivamente em capitais próprios, a Sociedade não incorre em riscos de

liquidez que justifiquem a implementação de normas e procedimentos específicos nesta área.

Dado que em 31 de dezembro de 2018, a Sociedade não detém ativos financeiros destinados a

negociação, o risco de mercado foi considerado não aplicável.

Também a análise dos riscos de liquidação de operações cambiais não é aplicável à Sociedade, na

medida em que os investimentos realizados se limitam a empresas sediadas em Portugal, não

havendo, portanto, aplicações, nem origens de fundos, denominadas noutra moeda que não o euro.

De igual forma, a Sociedade não incorre em risco de taxa de juro, dado que nos seus ativos e passivos

financeiros não são praticadas condições de remuneração a taxa fixa.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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28. Saldos e transações com entidades relacionadas s

Os saldos, transações e compromissos com entidades relacionadas apresentam a seguinte

decomposição: (em euros)

(em euros)

29. Elementos da Demonstração de Resultados e do Balanço ventilados por linhas

de negócio e por mercados geográficos

A Sociedade dedica-se exclusivamente à atividade de gestão de ativos no mercado nacional.

Entidades relacionadas Sede% de

Participação

Entidades que direta ou indiretamente controlam a Sociedade

IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, IP Porto 74,1%

Direção-Geral do Tesouro e Finanças Lisboa 15,0%

Empresas controladas por entidades que controlam a Sociedade

Portugal Capital Ventures - Sociedade de Capital de Risco, S.A. Porto 4,6%

Membros do Conselho de Administração

Marco Paulo Monsanto Biscaia Fernandes - -

Vasco Miguel Almeida Varanda Pereira Vilela Peixoto - -

Marta Isabel Barbosa Pinto Coelho - -

Fundos Geridos pela Sociedade

Fundo de Sindicação de Capital de Risco PME-IAPMEI Porto -

FINOVA - Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação Porto -

Fundo Autónomo de Apoia à Concentração e Consolidação de Empresas Porto -

Fundo de Coinvestimento 200M Porto -

Fundo para a Inovação Social Porto -

2018 2017

Instrumentos de Capital 2 163 321,10 2 202 321,10

Crédito a clientes 4 071 747,15 1 829 579,92

Outros ativos - 320 000,00

2018 2017

Rendimentos de serviços e comissões 6 601 779,73 7 856 461,81

Custos com o pessoal 1 000,00 -

Dividendos distribuidos 3 307 947,23 2 699 612,12

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

102/104

30. Eventos após a data de balanço

Nos termos e para os efeitos previstos na NCRF 24, o Conselho de Administração autorizou a emissão

das demonstrações financeiras em 20 de fevereiro de 2019.

De salientar que, após realização de capital do FINOVA por parte do IAPMEI no dia 2 de janeiro de

2019 e a aplicação destes fundos na regularização de dívidas vencidas às sociedades de garantia

mútua, por bonificações de comissões de garantia mútua, e à PME Investimentos, por comissões de

gestão, o FINOVA viu-se impossibilitado de, a partir do final de janeiro de 2019, continuar a assegurar

os pagamentos regulares a estas entidades. A Sociedade tem vindo a facultar informação detalhada

sobre os compromissos existentes junto das diversas entidades envolvidas, numa perspetiva de que

a curto prazo seja encontrada uma solução que permita repor a regularidade da situação de tesouraria

do FINOVA.

Não são do conhecimento da Administração da Sociedade quaisquer eventos subsequentes à data

de relato das demonstrações financeiras que afetem ou condicionem de alguma forma a posição

económica e financeira da Sociedade tal como se encontra expressa nas presentes demonstrações

financeiras.

31. Outras informações

Em 31 de dezembro de 2018 não existiam dívidas em mora ao Estado e à Segurança Social.

Corre termos no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa ação administrativa de que é autora a

Kreab Limited e é Ré, entre outros, a Sociedade, tendo por objeto um pedido de condenação dos

Réus no pagamento do montante de 1.236.567,50 euros, a título de serviços alegadamente prestados

por aquela entidade até ao ano de 2011. Constatando-se que a referida ação não contém quaisquer

elementos dos quais se permita retirar a responsabilidade da PME Investimentos pelo pagamento do

montante em apreço, não sendo articulados quaisquer factos ou apresentada qualquer prova

documental donde decorra que os supostos serviços foram prestados a pedido de ou em benefício

da PME Investimentos, e mantendo-se a convição da Sociedade que o pagamento da quantia em

apreço não lhe é exigível por qualquer título, continua a não se mostra necessária a constituição de

qualquer provisão para fazer face a eventuais responsabilidades decorrentes desta ação.

A PME Investimentos desenvolve a atividade de administração de Fundos.

Desde 26 de junho de 2003, a PME Investimentos assegura a gestão do Fundo de Sindicação de

Capital de Risco PME - IAPMEI. O valor deste fundo, a 31 de dezembro de 2017, era de

14.786.291,33 euros.

Em 26 de agosto de 2008, a PME Investimentos assumiu funções de entidade gestora do FINOVA –

Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação, constituído através do Decreto-Lei nº 175/2008, que,

à data de 31 de dezembro de 2017, tinha um valor de 555.916.468,98 euros.

Em de maio de 2009, a PME Investimentos assumiu funções de entidade gestora do Fundo Autónomo

de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE), constituído através do Decreto-Lei

nº 105/2009, que, à data de 31 de dezembro de 2017, tinha um valor de 15.733.947,33 euros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

103/104

A referência ao valor dos Fundos reportado a 31 de dezembro de 2017 decorre do facto de os prazos

de encerramento de contas dos mesmos não permitirem a disponibilização de informação mais

atualizada à data da elaboração destas notas.

Em 17 de outubro de 2018, a PME Investimentos assumiu as funções de entidade gestora do Fundo

de Coinvestimento 200M, constituído nos termos do Decreto-Lei nº 126-C/2017 e alterado pelo

Decreto-Lei nº 46/2018. O valor do capital realizado deste Fundo em 31 de dezembro de 2018 era de

12.500.000,00 euros.

Em 21 de dezembro de 2018, a PME Investimentos assumiu as funções de entidade gestora do Fundo

para a Inovação Social, constituído nos termos do Decreto-Lei nº 28/2018. O valor do capital realizado

deste Fundo em 31 de dezembro de 2018 era de 20.588.235,29 euros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2018

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Anexo

Artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais

Não existe qualquer participação no Capital Social por parte dos membros dos órgãos de

administração e fiscalização da Sociedade.

Artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais

Em 31 de dezembro de 2018 a relação dos acionistas com mais de 10% de participação no Capital

Social da Sociedade era a seguinte:

• IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. 74,1%

• Direção-Geral do Tesouro e Finanças 15,0%

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I

Tel: +351 217990420 Av. da República, 50- 100Fax: +351 217990439 1069-211 Lisboa

________________

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RELATÓRIO DE AUDITORIA

RELATO SOBRE A AUDITORIA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Opinião

Auditámos as demonstrações financeiras anexas da PME Investimentos - Sociedade de

Investimentos, SA (adiante também designada por PME Investimentos ou Empresa), quecompreendem o balanço em 31 de dezembro de 2018 (que evidencia um total de 51 409 555euros e um total de CapitaL próprio de 51 931 977 euros, incluindo um resultado Líquido de3 037 760 euros), a demonstração de resultados, a demonstração do rendimento integral, ademonstração das alterações do capital próprio e a demonstração dos fluxos de caixa relativasao ano findo naquela data, e as notas anexas às demonstrações financeiras que incluem umresumo das políticas contabilísticas significativas.

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras anexas apresentam de forma verdadeira eapropriada, em todos os aspetos materiais, a posição financeira da Empresa em 31 de dezembrode 2018 e o seu desempenho financeiro e fluxos de caixa relativos ao ano findo naquela data deacordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS) taL como adotadas na UniãoEuropeia.

Bases para a opinião

A nossa auditoria foi efetuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria (ISA) edemais normas e orientações técnicas e éticas da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Ásnossas responsabilidades nos termos dessas normas estão descritas na secção “Responsabilidadesdo auditor pela auditoria das demonstrações financeiras” abaixo. Somos independentes daEmpresa nos termos da lei e cumprimos os demais requisitos éticos nos termos do código de éticada Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.

Estamos convictos de que a prova de auditoria que obtivemos é suficiente e apropriada paraproporcionar uma base para a nossa opinião.

ResponsabiLidades do órgão de gestão e do órgão de fiscalização pelas demonstraçõesfinanceiras

O órgão de gestão é responsável pela: (i) preparação de demonstrações financeiras queapresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira, o desempenho financeiro eos fluxos de caixa da Empresa de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro(IFRS) tal como adotadas na União Europeia; (ii) elaboração do relatório de gestão nos termoslegais e regulamentares aplicáveis; (iii) criação e manutenção de um sistema de controlo internoapropriado para permitir a preparação de demonstrações financeiras isentas de distorçãomaterial devido a fraude ou erro; (iv) adoção de políticas e critérios contabilísticos adequadosnas circunstâncias; e (v) avaliação da capacidade da Empresa de se manter em continuidade,

800 & Associados, SROC, Lda., Sociedade por quotas, Sede Av. da República, 50 - 1 0, 1069-211 Lisboa, Registada na Conservatória do Registo Comercial deLisboa, NIPC 501 340 467, Capital 100 000 euros. Sociedade de Revisores Oficiais de Contas inscrita na OROC subo número 29 e na CMVM sob o número 20161384.

A BDO & Associados, SROC, Lda., sociedade por quotas registada em Portugal, é membro da 800 International Limited, sociedade inglesa limitada porgarantia, e faz parte da rede internacional BtlO de firmas independentes.

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divulgando, quando aplicável, as matérias que possam suscitar dúvidas significativas sobre acontinuidade das atividades.

O órgão de fiscalização é responsável pela supervisão do processo de preparação e divulgação dainformação financeira da Entidade.

Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações financeiras

A nossa responsabilidade consiste em obter segurança razoável sobre se as demonstraçõesfinanceiras como um todo estão isentas de distorções materiais devido a fraude ou erro, e emitir

um relatório onde conste a nossa opinião. Segurança razoável é um nível elevado de segurançamas não é uma garantia de que uma auditoria executada de acordo com as SÃ detetará sempreuma distorção material quando exista. As distorções podem ter origem em fraude ou erro e são

consideradas materiais se, isoladas ou conjuntamente, se possa razoavelmente esperar queinfluenciem decisões económicas dos utilizadores tomadas com base nessas demonstraçõesfinanceiras.

Como parte de uma auditoria de acordo com as SÃ, fazemos julgamentos profissionais emantemos ceticismo profissional durante a auditoria e também:

(i) identificamos e avaliamos os riscos de distorção material das demonstrações financeiras,devido a fraude ou a erro, concebemos e executamos procedimentos de auditoria querespondam a esses riscos, e obtemos prova de auditoria que seja suficiente e apropriadapara proporcionar uma base para a nossa opinião. O risco de não detetar uma distorçãomaterial devido a fraude é maior do que o risco de não detetar uma distorção material

devido a erro, dado que a fraude pode envolver conluio, falsificação, omissõesintencionais, falsas declarações ou sobreposição ao controlo interno;

(ii) obtemos uma compreensão do controlo interno relevante para a auditoria com o objetivode conceber procedimentos de auditoria que sejam apropriados nas circunstâncias, masnão para expressar uma opinião sobre a eficácia do controlo interno da Empresa;

(iii) avaliamos a adequação das políticas contabilísticas usadas e a razoabilidade dasestimativas contabilísticas e respetivas divulgações feitas pelo órgão de gestão;

(iv) concluímos sobre a apropriação do uso, pelo órgão de gestão, do pressuposto dacontinuidade e, com base na prova de auditoria obtida, se existe qualquer incertezamaterial relacionada com acontecimentos ou condições que possam suscitar dúvidassignificativas sobre a capacidade da Empresa para dar continuidade às suas atividades. Seconcluirmos que existe uma incerteza material, devemos chamar a atenção no nossorelatório para as divulgações relacionadas incluídas nas demonstrações financeiras ou,caso essas divulgações não sejam adequadas, modificar a nossa opinião. As nossasconclusões são baseadas na prova de auditoria obtida até à data do nosso relatório.Porém, acontecimentos ou condições futuras podem levar a que a Empresa descontinueas suas atividades;

(v) avaliamos a apresentação, estrutura e conteúdo global das demonstrações financeiras,incluindo as divulgações, e se essas demonstrações financeiras representam as transaçõese acontecimentos subjacentes de forma a atingir uma apresentação apropriada; e

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@PQ

(vi) comunicamos com os encarregados da governação, entre outros assuntos, o âmbito e o

calendário planeado da auditoria, e as concLusões significativas da auditoria incluindo

qualquer deficiência significativa de controlo interno identificado durante a auditoria.

Á nossa responsabiLidade incLui ainda a verificação da concordância da informação constante do

relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

Lisboa, 4 de abril de 2019

/44o LGonçalo Raposo Cruz, m representação de

BDO & Associados -SROC

(inscrita no Registo de Auditores da CMVM sob o n.° 20161384)

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