Renato Janine Ribeiro_As Duas Eticas e a Acao Possivel

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Renato Janine Ribeiro_As Duas Eticas e a Acao Possivel

Citation preview

  • fr, no scr o caso de apostarnos Da liberdclc, como luz qui,rcduz as trevas da corrupoi eucr dizcr, er vez de procLraros conler a corrrpro rcorndo o gr0u, a regr3, orde,Delor ser lo(ar c('nla cl e nonc de ourr desordem, qrc i di crio de novrs odens, c de oolro dcsregranento, q e oda enancipa ein tace das regras vigenles. Nossa nlse noficarri nos morlos dc controlar c policiar desle
  • sin, f.lar em drdJ ticis, conr laz Mx \!cbe, isso clamcntc tirutrio do Iorentino.

    O tena ds dllxs ticas, ou rello, o da segrda tica, daque o estdisla pratic, torrou,sc nestes ltnos os un dostpicos cetns d laa de un prescnrc brasieiro formado uaseincias sociais. Elc p(')pri( un cietjst P(rlrico,,p.]rte sign;icati\,r dc su.r lh cosisriu en !tar a ingenui(ate claquces cluepc,,\4,,, !t,rr i,1,, t\, i.o.rerrri., pJdrdr \J., r\J^ I,ur r(Srr\r,u,.,i.. \JU .c p.1. Jr/(, ,t,rc o

    -,r dr..1,,", ,r...,,dlnpn.,cjJoriginal: nio pretcDdc s lo. trlc c seus partidrios eronlm, bi,sicnentc, o que Webcr disse. Isso c nada redvzi inlportttit1de su discu$.

    ^o p(Jliiico, no cibe ranro origirald.rde, mas

    o crdos$ e cxecur'io. Enquurto no munrlo das clas ir novidatle, a or;ginalidadc conlanr cnorrencte, no dr ao o qucvalc rncsmo pr as idias na prric- O pensador escrcve, opolilico assina. Os prprios inteccriris rm conscinci disso,quanclo se cansam

  • Muito sc discuc quen seria o "heri" do prnpe. Ctalnentc, ess gLria atribuida a Csaj.Borgia, que teri inpressionado tnto a Maquiave que o ivro seria quase Lna rei,exosobre selr modo de proccder. En vios pontos o filho do papaAlerrandre vr .orresponde o qlre lenos no prlr.?. um prircipc novo, que no enl el favor de seu poder a long. drrrro,e por conscguint opinio de tegi[inidde que seus sditos ri_brtrian a una dinasta consolidada ro trono. Alou se ao poder ,ohrcrr.du peL. arn,.r, rttrci.rs ro .a,..s .tue u t,.,i p,,fJconseguiu, por negociaes a; mais diversas, esrinuar.

    l,rr.a r,, r .,.rr tl,,rgir.r,r0 rcnr rm re.L pr,\c,r^ lr(rn J,jLr(.le prncipio cic inrciar q.e lev os srdibs a acarr un rei baslantc rui olr iDeficz, nlas cuja dinsr ven dcsde lenpos imenoriais

    -

    nen o fab, ro ccLebrado por Burckhrdt, dc se untotldottec gue por seu vigor prprio conquislaria sucessivasvit.ias. En vez disso, devc ele suas aquisioes polttiLa. NodelD lcgiliridde, como pediia a tradiio, /l. Jrr, .onoentenderia urra leitura apressrda do prtrc?a segundo a qualdafor se scguiria o direito. Pois o .orrloficlc burcklardianot1 Storza, un Visronri

    -

    consegue poder pela foraj j o quc rotvel en Csa Borgia ee dquiri-lo peo bom uso poll i.o dal,',\.,.I rpri I n,r.

    -,brerudo d/r, ir. I,ut :, J J* r rrd,, c u.r.odr lor5,r. rnas.rrn u J\o J\lul,, dJ tor1a.,//reir

    O probena qrc se colocava pra Csar Borgic era cono.r'.c;.rr.rr

    - t.ro ,,1-u rnurc!\< \eu pJr.u p.rf,4.cr.,irn'ccsrrncasse l fonle de seu poder

    -

    a consolidao deste rltino. ssosignifcr un segrrdo scnrido de poltic, Ln do que acinranencione (canalizrr bem as foras iheias, medialtc aianas cros dc impacto): girnrir a pcrnnncia de ul podet o tcnryo

    -1. Pd usar um p.!ue.o ana.uri\n, \er nenhuna irporrin.,, drdoque. iniroi do nn^,iDrenLo cstudadr j uor s!.ub dcD.t\

    9

    l./lrl/o. A potic tem ver con cooruo do tepo. NenhLrDpoLtico, portankr, pode agir apcnas consicerando o que certoou errado segundo os principos; precisa evar cn conta a dlr,o, a continoidade do que frz numa palavra, os efeitos ouresutaclos de seus atos.

    Or, no cssc o mesmo modo peo cpa Mandeville alrre omundo moclerno. (Assin corr o sc tila, ern xadrez, dc tl ou qu,rl"abertura'l cliramos que existcn, nesla partidr qre Doderni,dade, una aberlura Maqu;vel e u aberrLrra Mandevile.) Oitalino eDfatiza aes que procurm produzir deterrinados fins.Se no os produzem, isso sc chama fracasso. Csar tsorgia ssimfracnssou. Nem por isso, scr ee melos cligno de nossa adrirao

    -

    sempre segundo Maquiavel. Csa Borgia bateu se c fcz oque pde (ou quase). De Lodo modo, a medida d.].rio csrj naprod ro lirerd de ser resL tado.- M.rrrdevrc n inr

  • de Xlaquiav.l (evidencnenle, o do individuo .lc, lder, estacista flr pelo menos conqlristador). P ra Maldeville, portn, fudarnentaldeslocar esse ponlo dc vis ta, seqestrr, de seus auk)res,os atos. Por isso, cn1nl, o resulrado dos aros fica, par Nlaqrvcl,dqrltr deles, rris vezes hcs euruando o dcance potico npasso que, cn lllandevilc, o resuitado vai alrtn co ato, conlrindo lbe ulr.r dimenso bcn naior do que poderia tcr.

    Essas dilerenas cntre os dois gades Destrcs do \adrezpoitico obedecem a urna dlercn.r ante'ior e ftrnd.roenla. praMaqriavel, a ao c seu resutado lorDparrilhan u sentido po-/lico. Csar Bogia rgirdo e o resurado histrjco de sus ies,das de ses conteDporncos c ahda da /rranu, so, rrdo, poltica. J para ,andeville, r:o e seu resullado diferer radicaln)ente qlrno ao senido. A seu ve, ncn a rco irdividul nemscu fruto histrico srio polticos. Ocorrc ree tlnr eswtzianelltosignificativo do rcor poltno du yida.lL r on! rdscr(1l do potiico enr Nilquiavcl quc fellite Ln leilura recentc, quc carizaseus vinculos con o blrmanisno civico.)

    Em Nlandcville, a ao radicalmenre privad. No pivada apenas porque se t no recesso do ar, no ntimo da ronscincia, no cerDe do coraao. E ri porque sorrenre blsc inteessesp.*oJ....gr..,i\^ errr rrl.r.ro ro' ,,r.rr\. I pr r,,1J. rrr. lt,vorao n c negativa do tcrlo. lvidentcncnte, o irntor ll;ocluer com isso afirmar qlrc o hoen Jdir mu. Tonar o prvadoenqLrnlo nau un recurso rglrnertativo ruiro intcigeDte,pclo clual Nlandcvie implica o seguinte: se o qrLe affino vale atpara o pior, at para o nau cm estado puro, raerl nluito lxis p-a qucm ncuto eticmentc ou nesmo bon.!tle todo modo,ainda qc a o seja privida e esosta, scu resulrado e socil_

    5. !\r Jnodo de.rsu,ncnrr rrire.e j no .!i i,ime I d lng!tea, qurn-do )r..onr nno o nr rcL derm m dircno divir: se. esirimi.trdc

    r98

    Dos dois grandes exenplos dc Mandevile, urrr reza que daganncir de cada individ.ro decorre a concorn.ia cpitlista; ooutro, que da postituio no porto de Amsterdi se sege o es-pcio virtude das natronas e does.6 Nos dosr:x$s, rio si)o mvel cla ao indivdLla (busc dcsenfreada do gano econnrico, dcscjo sexua do mairheiro, desejo dc ganho ou intlecnci d.s prost;tlrt.s) no politco, mas tanbn o esultdo so'cia c,rno polriro. O es\,zi.mcnto do potico sigifica, aqui, quea sociedade passa : ser pensada en lermos, dig.mos, prrjprios,de seu incionimerto, c nao Dr:is coro fnrto .e uma aao pasnadora do mundo. A socieda(le despoilizda nis sus cus:s

    Nlaqliavel tei diiiculdadc cnr ceit.r esses ternos. Par:rce, a construo dn casd cornu dos homcns p.ss.va por unaao que he imprimisse uma 1n. bra essn ao o iluc mais lheinportv.. Aqui, porm, .] costruo prescinde dos atores oudas aes eho dizeodo, no prcscind deles, mas se fazmediante um desvio signilicxlivo enr face d coDscincir olr doinseio qLe os movessc gir.

    Or, o inrpot.nte para Mandevile justamenie cssc des-vio. O decisivo, pra ele, esrabelecrr caramente tal desvio. "Vicios privados, benefcos pblicos" assim signilca que o pontode vist do indivduo, ou de ma conscincia, se lorna insuficiente pra se entender o funcionanienlo do soci1. Aln disso, c c1.'lrrla rda icessi, por cssi via o rd.idl r itihti o poltiroe urr socia no qua: econonia deserpenh ppelrdamcnt1.

    .ib. ti prr r o tirano, o D m.! que nao seg!c o lren, qL'rllJ ni vaL.':l tirros l)ons cisi (ri. cr ,1d 1.n., n,, ,ed. Hrl)r{. .t."ta .o tu r \cur.,,p,, l".di:d, Bch Horiz(rLe, !di((r. rrrr,, lr)99, t !,.s1 pt 1.17 9

    6.\l r{evillc, /rtrlr'.//l/.In,J,respe.ti!rnentcnot.\(cH - n,.di-io da Penguir, que . que uliliz.moi, tp. ll8 jlr

  • l)essas drLas distintas abcrtLrr.rs, dccorrern cluas rnanerasbsranle difrentcs de jotrr a poirica. Se abrirnos con Marclevie, estaremos consiclerando biuata , vida socia, e os conten-larenos con o papel cic individuos pocurardo seu benr pessoal,e produzinclo a vita socia como quc por acaso. (Evidcntclente,rud" J ts\ ni.rlr,lJ,lu J. *c iog i\r., { nr td,, 1'.rs,rr por r, a,o.rquilo quc nno o i cr cons[ruir un rea de relcs que produza osocial en4ua,to almcjamos o pariiclrlar.)

    Se ubrirmos, porm, con Vlaquiave, csrcnos cosiderando o social conro resutinte do politico. Rcbiirremos a a:iopolrica, scj a do esiadisa, seji a do oposilo. O g'l,enLdtLtu t nrelteltu conpartihatn rrrn t,ri.d: vcja se po exepo o que di,Jujen Soe, nLrDa pass4ent d'O rcrtnelho c o n.gro, dc Stc dh,em quc cle exalta o dcr potico qe talvez tenh sido qrcnDais, ou meho, mesclou os papis dc cheie revoucnrio c dedirigcnte no govero:

    '' DanloD iz be cm rouber? pcrgtrntou lhe ele bruscancrt. Iisto , perguntou Juier Sorcl .,vlarlilde de r ]\.ocl, ccoDr ur r ci.la vez nis feroz Os revolucionirios do Jierr rJ J.' l.pJr'i,. drru..r .,,r t.r,,nLrcr ,, t.,,".,,rn.rirr.Drr a pessos nesmo scD nrrito lodos os postos.lo txrcilo,lodrs ds cruzesl

    ^s pessors que rilesscn cssas .ruzes ro renc,

    rirDi a volx do rci? Deve se,i! saquer o tesouro dc Tu!?NDnd pravra, seDlorita di$e, proxinr.ndo sc dcla con unr re.jvc-, o honren quc quiser e\pus d Lcrr. a gDornncir c c crine dvc ftssrr coDxr lenpcnad. c .+rrlhar o n ,

    7. Ir.t. rr,.ip. 9, f p 287 8 da.d. Abil, l9l I, na ad de De Sousr e Ca\cin) Fcrnnderi p..128 do.rign!! .n.\, na cd.llLngile.

    Bst essa pssgcm que, obscrvenos sern oos deterexerce o decisivo Papel dc conslx o crr

    noramento dc Mathid Por ldien, ao peccber ea que idacon un] homcm superio, crjos devieios no se limilal aosda vicla priv.rda, nas se a.r a questa)es ds mais relevantcspra a poca

    -, basta essa Passgen Para nostar que a lic

    da resporsabilidade no dpens do govenntc tambo do rebede, scja cle Danton, scja fuiel Sorel a de todo ;qrLc-le que v o soci corrro podcndo e/ou devenclo ser pasmadopor uma o cridora e pouco inPorla se csta e a do idi-viduo ou : do grupo. css ao que criLl o sot:iol, cabe thLtrnar

    politica assi i ao qr.re assrLme conlo seu o Porto devista da criao, qe prcterde modar, criat o social H Poitic.rquanclo nos fazenos sujeitos de uma realiclade, isto , qrrandrrnio a tomamos po dda, ou por indcpendenle d o lumn11, ras concebemos como resultando dessa ao

    -

    e, elhorind, nos proponos rgir modndo o mundo. Para se detuira ao cono potica,1o tcm mais valor falar 6 pirte ?r1 ,:pi,faar do Lrgar do prircipe

    -

    nem rlo

  • lr"'or .' /r',,/,,cD r\\, (hll,t,, l,-l\.1.;rJrnrlrLJL\11.U/.I(jrkr\scr' l.l',d( \'crh,. p,dcl nJ.,. m,rr\ urn rl.r!t,,.,r,,o ilr,(fnJJrriJ\'\..r)'r,1,,.:(J(, r,, .. l,sir,ili(i.r.t, \.,f,,,,t-;..,,,,,t,,.,,,,,,(1.'.rr ..

    .rlct'd,'.lI( \r < ,,u \( c\1,r. lr, o serr scrrrirlo tle , rrata,,

    Icto.ndo a() tei! d.s clurs )crtur.ncc 4a,clcvirc. reclLrz;;;;,il.; ;]:iI:ii:llfii;;ht'lrr.rrr.rr. e 1'ens.rn,x u,r v4,.,t quc tun, r0r). qL!.r\c t\,r .,,r.1 rt (rprja. O (lue corto leu c(rnsnro. Seu nx eloanjoini,i_sivcl.dc

    ^drr Snilh, o n(,rcirdo. J.i, sc .rl)rinos.onr Ntquia_

    vcl, da'nos intase ro l;vre c crjdor. Scu ndclo o inctivi,.r..,{ir,tr'.,jrt,,,fr. iv,,t,.,errtl,.,-,,,tr,,,..r..,_.r.rrrr.rrrr,.lh,rr:1..f- rrras r.,nrbrnr qrr.rlqrrer rrnr quc t,(1.ndJ (\(JpJ x.r.,'\l' .,'r' rDi,dr,A. l,.||.r,rr v iJ rni\ ir.\,.J.. lrr., $ r\ rtrr r\ tuln.s dc bril i rnodc,rnidrdc, urn tarre (onfikr.

    I- txlssivcl que \cj .\sc o contlik, oa tarvir ora nrrnjl), .r. r.np,. r\:.,, r,r( .r .r. ., q,ir. rrn t,. ,. . JL t;,. _ r, l\tLrr,t,,,. l.rr,rr^s J. l,,lrrii,r,.,rr.rr..r .,.lrunli.r J( rim c,n{t rx,. ( \polrtr-^ 1. p.11r1.11n J,,,' ..1;r,,n r';,, rl1. 1,1., . , 11.t,,. r.. pr,. r.r.rrrr.lrrnlr

    .,. r,,rrdi. ,rr.rrrr,.rrr,r .luc luJ.,: \rrr,.,r.i,. _ ,.I

    nonre de unr:r liberd.rdc,, quc rerianr cles ou leirnros D(rs, prcriir o social. J os drigentes d econoDia liirr, sobrctudo. il.neccssidadc. SeLr discurso o dos condiconrnre\, que s:i() rno

    m p().e$o. Iti, provavelnrcne, que nossr v(asoral seja c.rr.r, corro rrrtes procLll ei lorar, c que o nosso sociilscja ern pob rec it1u, co nro argurrenreiao.brircsrc livro. Os c{(lic'ooi'rrenros sio to pesrdos, consri{ucn Lnl lr

  • ao pollti.,. Es(i pss a sc. colsiderad inora ou amora.Ora, c)dsre uma ica da politica _ e no Lnr senrido apesdescritivo, como sc diz que h rrm tic dos crininosos, entcrdid. coro siopcs conjunro de regras. A tica da polirica a darespoDs.rbl;dadc. por isso ro se podc, govcur la pelos princi-pos, ou pea irtcno inti. No se pode rcg , por prjncpos, no porquc o politico no os tenha, mas sinrplcsruenrePorqe ces ro lhc.port:m o rlnlo lonrar. No rcsovcmseus dilcmas. bderiarros selrir nos ienldos a cizer que ica de prncpios sonra s condies necessilrias, ns o sufi_, irrr r. ,. prJ i ., ( .. oJtr- I.otr. r, .r: ,. .rgcnrr d_r rrrd r\ \p< .,r , rrrJ .egras norxis, porrr sabendo que eas Do he mostram umrtrllo qLrc poss ler sLcL,sso. A coisi nlas difici. cortud(J. eP(,r sso no basta esst comp[omisso bem pensiutc, con.itii-uur.. rrr, p,,l,rr,r, irr,.r dcfrnrrt\ru\.

    B isso porquc, ate con f.eqr:inc;, a ric do polidco fld;Jcii8.,rre que de lrncipios. por dus rz(es: i)rincira, el exigeinvenao c.orrc riscos marles do que a simplc ap;cao de unlnetro ji

    xistenre. ^

    segund est ra clebc lrasc de Iio Cs,.nrorr u \Lt,^r,,.,rJtr.riu p,Jrr("Ll f,,r.J., c\p\,, I,rrp...,:' ruiher dc Csr nao b.sta scr honest, pre.isa parecer horcst" (Plurlr.o, "ltu Csr", en snas yilrs pdrdtrtar; cap. x).

    F.ssa fasc causa tlcsconceto ao lcitor habiruado a consirle_rar(Lre tci do politico, por lidi.conl s parrci:s, efeua undesr:oDto das er.igjcirs inpos{as pei rica..verdadeira,l queseria da aio individLral regda por principir)s. Ete conprcenderia mehor algo comt) "r1rio last pxrecr honcslo, c prcciso serhonesl{i': r aparncin ,7l{,roJ que i essncil. Sinlu neosdo que scr. Qurlquel Lrn cena a honcstidarte; poucos, reancote, prrien.

    ^ssir, tejrdos po sclrs dc eogio l

    tcno e de prirnizia de uma rroral que ner sc concenrr, ercdcnos

    . oposiao enrre sc e precer_

    (bntlrdo, no assin que Ptrco cira a frasc. N versorLsuiI, o'\o bast" nluito claro e idic. qe prc.cr csr alnldc s.,: Parecer mis que scr. O significado imedi(o da frase re niio bastava a muher de Csa ridn ter co o noo que ncolejava quc, dcsejando seduzi-a, chegou a disfarar-se demulhtr para dela se aproim uma festa sgrada, Drs cor oirl1iz resultado dc scr surpleendido por Lrna rmrler dc verdJe r dr rir .r tublr.,,,, c*JnJJt,,,lc

    'err,,rr"s c',, pr rn. q,rc.;lm de e scr inocete, relhum rurnor prblco hc macuasse,, r"rn< t'epr.,dio c l,,rn.1. M.r. o . r;o", c .( r r\prc.\i r,.rndfrasc lapidar que dcixa clarissino qle a aparncia constitui umaexignci: r.li.ir,r.:l

    llis un stesc possi.r'e do que lgic0 da responsbilid.cle: o poltico, licando com paDcias

    porranto con unlmudo perigosissimo, no qua nada garantido, no qual tLrtlopode ruir , sponde tanbnr por elas. Enqln[o Do planoapenas tico o bomem privado s arca com as coscqiincias deseus tos Iivrerrente decididos, no palo potico o homen qucagc polilicamentc tenl de adniristrr tambm sua aparncix.Aqucle qr,e no o 1z nao pode invocr sus bis inrercs, pxrclegjtjnrar seus dtos. lxeprrs disso h sem .onr, nas lgica settlpre essa: r responsabilidacc pclas c(iseqnc.s ple sernrri. qrr, r o,

  • que aunetar as chances de passaf vivo e ilcso pelo cruzmenr,) sc agua.lar o vcrde, e qre posso me prc.j udicar no o fzcdo.Nossa vida cm sociedacle una enorme mel1rra
  • vras, os piDeiros alrmnl quc ticir s existe Lnaj o passo queos seglrndos reconlece hver duas rics, a d vid. p.ivada, ada vida pLlbica. T razao ncsse poto, ebora se enliarcnqumto s fronteiras ente ambas. )nnrdo, j h aqui, dc slrlJrrc. r.nr . flo .rri,,. I .u
  • as aconrpihnx)s i naad: (Por isso' o essencil aqr'i est nostraos segrndo e tercero' os que nos instan da mera rePetio

    -

    n(i limile. no tic.r -

    de valores aprenticlos' pata ertrarnos

    lir op.ro pessoal por pri ciPios, que procrarelx)s scguir')() onento em que dcixamos de scr carneios'e nos tonarnos humanos, quardo cinti: a inteno qundo' rmbr'se divisa o frucasso lsses dois lraos, o seBordo e o terceiro

    aci[ra apontatos, ligarn-se nbiicalmente S distingo a nleno do ato Porqre Percebo qunto clificjl e ariscado estar neste rLDdo. js, resie Ponto os ticos de principios se encon-trr con] lvaqLiavet: o .erne de scl aglmento' no Pt 'ilc' erao descompasso ente a iDteno (Loa) e o resrltd1r (dcsastoso)'Ees c ee, os ticos e Nlquivel, Percebem quc o rnundo da ao

    opco, quc erlre o Scsto c seu efito cnte o imPeto c o tna'h unr sem fim clc clescncontros' que, por sillal, so o quc nos faz

    f{rJ. '..' " ,luc rru' d('rriJ ( r("rrnr rrrr rurrrr q't< *i'tosso. ,Lqui, pt rtm, ao contrio dc Nlaq uiavel, longe de o resul

    lado ug.rr inteo, csl que Pevaece A nteno desc lPao to

    -

    r'qlLcn nao sabc como isso coti' na mris nina dsrcla)es,. do I1or?

    Quunto nas iDtinos somos' mais ipor!a a intcncio lbris) nesno sc uD 1ica que lida conl o no-intimo' con odesconrecido, to Pode Par.tar se Peii inteno-' una tica dproxirriclailc , sotretudo, tLa tica intelcionada sbio o.litado poPrlar "fciz no jogo, inlliz no aroil sobretLrdo se ctsoDmos cxPrcsso tancesr' quc tanbrr vale para o amor'opondo o ao jogo, "quen pcrde, ganha'l Pois, no joso' cxcui seJ rr(r\J \ lr,la * , on' o.'Lr"nlr" rrr"' r"'' rr': rrr"

    'r /''ros. ,:csafir um estranho eln duelo; o outro sc re'us' dzendo.1.r' rr," 'alt qu' rrr .1. .: " n r"lrr' :r'i nrJ\ \"1 r"1iJ\r'jogar comigo"; e o.esalado hc exPli'a que se oga com cpalq,,". o,o, nt"r.ntt,"n,. sc due enlrc igis' O joSo fl dos

    nodos, por ccclncia, de nos reaciorarnos corn o cstanho.) Joo amor, itinjdade e inteno vo jurtas. i]or isso que a peF,:a, pela gica externa, tlLrc a do jogo, que a que prevalece romunilo em geral, pode consliluir una vitrin no anor. Aosolhos dii arnadn, um ncasso de boa ileno cot mxis que

    Curiosanente, essa voca,io d,r tic da vd pessoa paLa ofracasso acaba comtiluirdo unl de slLas miorcs qualdades. l tic d rcsponsabilidade, sendo paLrldx por resultados, tcrenLrrnc dilcllddc cnr trtar com a derrota. ir evil l de todosos nodos, mas quando a cla slrclrtbir no ter defesl, ro lerdiscurso que seja plansve.

    Or, a derroa, o inlor!njo nzen p,rtc csscncial da aventura lumana. Se somente soubermos lidar com o xto. se vormos de sucesso el sucesso, ser rosso o dcsastrc 1na que osralst.s clos costunes previn p; o cortcs,o 1ancs, l.l pocade Luis xrv un dir, decaiclos clo lvor rgio, sofcr.lo cncxcesso, porque se tero ncoslundo a un njco mctro parajugar as coisas, o do xito externo, o da opiriao ilhcia. Di que atic d vid primda sirva soretudo quando o nrndo closregcios e do elprego scguc, como hoe, uma gica in4racive

    de exceente colchao dc scguran pra os noentos errl qLefiais ecessitanos de anp.ro, io , quando nada mais a vidnos sorri. intimidde esre espro de rccolhimcnto, de cuidado de si, en qle o.feto se mullpLic;r mes mcdida em qucnos devast o desaste que colhenos n ru, n pra4, no olhar

    O eo dos nossos dcfensores da tica d resporsbiidde,(lizia lirna, est.i em convcrterenr na e iira da rn:sponsabiildd{r. lsso porque nao a levn dcvidanee. srio. Pens:n nr,

  • assil cono scus criticos e dctalores, como uma tic con dcs-conto.

    ^crcditai quc a lgjca da vida pblica ou poltica seja

    nrri' l

  • caracterislica do politico, e un tica de PincPios, que Lnicaconpreendida peo aprendiz de ass.rssilo. E Provavemcrtc apea maisbrihante dc Satre, at porqlLe csse rpido resuno estlonge de esgota, e nea scvo nodificando, constantemcnte, asoposies (o etro dc Francis Jeatson, cm sua leilura delr, consistu cm s tunar esse rspcctu prjnciPl,o do conlonto entre d )-ltic. c um. noral poco invcntv).

    \la. rr^ .nr,' H,'c,l' rcr .u Lrr,\d ,'pt,d. c.\e;r'r ', :rrrrrdo acordo com o poder local que sevir aos zistas

    -

    tendo emvista um principo lraior, a derrota do fascisnro. Ou seia, ele prprio suborrina o scu quinho de responsabiitladc a urn vaorsuperior; isso o que caractei7 {) politico que prctende ludaro mundo. ssin, a dcrrota do prprio estdia s trgica, esuscita en Ds ng ma espcie de Pedade, qururdo cle dejxa deaparecer, a nossos ohos, como cxcrcedo iPcrrs a tic d responsabildade. Pos, sc confrontamos Hocderet nas Mros rdrs,con Csar logia, no Prrcipc re lvquiave, vemos qre estcrltD l]dx desperta no leilor x no ser una curiosidade

    -

    coDriseo ou sinpalia, ncnhma.l ura poitic prosaica, corro a da responsabildrde, exclLri

    a trrgdia. Mas o impede a derrol. O qlre inpedc que eslase mostre trgica. E lalvcz seja esi r s(.rck rrdg(idIle da Polti.d, scu carter trgico cevrdo ao quadxdo: to soirio o estadisla dcrrotdo que nem sequer a pieclade dos outros ele podenlivr. A picdde, sabe se, Lrnr clo socil poderosssino, c nofoi toa quc Rorsseau.r escohcu como o lator Primeiro (ptrtl,compai$o) a nos ligar a lodo! os dcnais seres vivos: soros soi-drios, sobeludo, coIrr quen solie.' -cono se Romscau trns-

    r 1. No scu I),! ir, ,r? rr t1i!ts..\ fi ai ntttos dd dcsi!tuLltrl. .nttc.J ll,,irrj, . tt., tt 76 T dr edi.io Novn (lrLr,sao Pnk), l99, e 1 97di.n rn..sr Ci.ic-ln.riu.1'is. 19t1.

    plsesse par a relao mais pur c mais anPla conr o oltroaqucla que aDlecede toda forniiZao dos elos ciquanto sociais, e quc se estende at ao qle uttrpassa o mltdo hunano

    -

    o sertimento dc compaixo ou piedade que Aristieles tinhaanaisdo na Poili.d, c que apicava os restritirenle ao gnero teitral d. ragdi.

    N.().usando enl s ncnruma pena, o govcmante derroLrdu t.cr, , * clos q.rr poLJcrir rcr ', rm .

  • tcr inprevisto, e crativo, de una atividde que o em cojo sePautar por nors prvias. E en Dosso tel]lpo cada.r,cz mais tividades, t as dr ida privad, at no que diz speiro o or e., rn\ \,r^ n, ! rnur dn Jo rrJtr.r ro. \( emJ n, ipJ.Jm c ,

    ^nr i uJ rn\c emdr,. in. rJ d!\ rrtercn!rir,,ue J 1l(\ i. gurc!Jrr.A$r sern metr() prlio craj no scllo xvr, a cordjo do

    principe novo. Hoje , mais ou ncnos, a dc todos ns. I,o isso xlio de l\,1quivel se dirilie lodos. I ranbn po jsso, irritao cor cle muda de dinenso. No l)czesseis, e at poLlcas dcadis trs, a fama do isolo se devia a mostrr ee qre apoitica obcdece eis dari,rdr das ricas. O n1uDrto potico eraaprcsertdo co|o estrnho, perigoso, separado d relativ tranqilidde

    -

    nenta, peo mcnos -

    quc a cecrcir pode proporcionar. Hojc, porm, nudou o senriilo do que seria esscDrundo "ttico':

    A pollica no e mais, essenci ou exclusiv.mente, o que sereferc ao poder. Ela ionou,se tudo qrilo qlre, sem rer rnetroprevio, exige ura ao critiva_ Agir polticaenle mollal aprpri vida Jd,] seguir Lm rcgra d,?/,rior. Diante disso, a irritaio conl Mqlrivel

    -

    que pcrdura no se devc mais o qLrccle disse sobre o nundo do poder, mas io que ele poDta quan-lu d r,',,,\ (\,,lhd. di vit]J. totl,n no, e.r.rmos rJi, reno5.o p;pel cle seu pricipe. Isro , conl fcqcia, ilsupor!vct.N,r,' s1;,1"-n rnJr. re8, J. pr. .refinitla, sohre , omo .rBir n.r prolsso, no anor, nos tratos e cortritos quc lrmamos, e que,scndo cu pridas, asseg rarian o sucesso, ou peo nenos a cer_teza mora de h\er gido ben. precisanos, costanlenente, inventar novas fornas dc o c de associao. Deparanos, vezesse nriero, conr a ditcudade, o imprevisto, r) frxcasso.lnos nossa frcDre o acance devstidor da fortLrn sobre nossas vdas, e o espari sem renhLrna garari en quc lentanos fze.uso da yirtr, d ao criador que procur modar o fturo.

    Mquiavel est muilo mais perio de s, hornens privados, doqre janais esteve: razo dc sobra PaIa o lcnernos, e tavez o

    E com isso, medi

  • rIrl. neccssi(a(le e u crJ(er irretorqLivel que ditcilmcntc hese.ir rt' il'udo nun'a pottnci do hcnrisfio Nortc, e a dos dircil{)s, unr conllito ent|e a nccessid(lc e ibcrclad{, entrc iuo-itirrisno c dcrcr.i.t.

    \,lLs, nos qLise (lc/ rnrx em qLre fui cs.rL.lcn(lo )5 tcxtos(re ort .onlcg('m nt'stc lio, nudou un lxinto scnrirl: noLl)c n.is, pckr oLnos Lrssn o pc so, corleri papel canr'rlco oUpxr.dignrlico r qualqrlcr n(xclo i existcrtc, por beDr sucedido quc scjr. Nossa rcho com o )rirciro Mur(o, oLr o

    ^tlinlico Norte, no fodc ser, da ,rrrriJ (tilv!7 d':vcss( sct nclhordizendo, i da .rrrrsc: I tc. irnparmos, per crnoio lorte que nilifcirii) quc dle fi7emos, urur illlsaor a clc nos livrarmo' itu nxlclo qllc o a o iico, neD o nehor, par organizu oroci.l)- L csta rnudara no urrxb de ver as rois.s, quc nc t'ZrccscrevL' a frlc) cerl.r\ partes do ljvr) que tinha sido pubicids seguirdo un csprin) mis bcrl-peDsrte, dcLcrmint e tcl.rina n prescnlc otr. Nad.r rrcla, espcro, expressa subservnciacIr rclxio s dcll)cricis "rcilncnle existcntes' europrs crrle rericanas. Iv!.rs um scntdo novo dl poltici, que dii lecho .ro quc aqui cxpresso, sonentc se li destilar(kr aos poucos.

    Peo

  • con o s n te.eir pcssoJ, como se desccvsscnos o flncio1ento de uma cula o os novinentos dos astros? O 1ode pontfice,,r que aludi no conco deste livro, o sinpes macducao, oL fata de boas mineims. le decorre de um equivo-co monunenlal sobre o que a o, e qle governa quase toda ahistri do pr'nsnmen!o sobre i tic e a policat e esse erro co-siste en dr les urnr delsicadc ontolgic qre elas no tnl,pala estud as nediante un tipo dc conhecimcDto objeivo,descrtivo, quc nclas nad pode apeeode de reevotc.

    Disso, porn, vou tratar cm otltro lvro, csse nas tei)rico.['or enquanto, colcluo com a segulda coisa que teria a dizer:hoje, a vida de crc un de ns impire desafios que, outora, serian apenas do estadista. Se . primcia conclrs.o quc propus quc a fiosofia politica no se pode escrever selrr tr expi.itado o scu destinalrio, que a azo de ser dela, bvio tlue asegund conclLso s podc scr clue no ugar do veho destint'io dos extos de politic:, qle er o principe! o rci, o ti, entrahoje numa democracia amejada o ciddo, o 4t;dlt,c,

    m. Ao ser excluido o absoulo. a o seren destituidas as verdadcs reveladas, cada un de ns se v posto no lugar que perlenccl o Prlr?.,pd. Cor rs verd.des se sien.Ddo, cada um 1couobrigado a norar.

    arntinu, crro, h.rvcndo una dilrena elre as duas ti-cas de quc lirnos. Mas cresceu o alcance da licir d responsbilidade. Ela no sc confin mais no poltico ern sentdo estrito,o das illstiluies. Politica, hojc, di.'vc scr sobrct do d,o

    -

    e aode cada urn, em sua prpri vid. lsto significa qlrc precis.ros

    1.1. Sobrc r dcsituio do bnulo e do lu d.nen10, ve( de Cerd lhcn, A ivcnio do novol Ir AdNno Novae\ lorg.), T.irlD. Hrrdi 'O quecsr:j livo e o qle e oflo n eri.ade Hegel nr r\d to Novaes k,rg. ),,,1r.t.,vrrcrroie ciscda aia dc ise' ir dluto Novt6 (o9.), ,4 tr.,/, , d2ir

    lprcnclcr a praticar rnehor a aberrlLr Maqui\'cl. Ngun estiia salvo de un desastrc, dc um inprevisto; n.o h nais regras qucros poupem da novidadc. Precisinos ser .or.ldtidr'i de noss;rs\ rdd\. (\rd.1ind, Je rr"s-, d$trr,,. l\-,. torun. (lu. - l -irncir.rvista prece embriagar, de poder e de perspcctivas, nao ncnhuconsooi ao contrio, um desafio para cada pessoa- Lln dcs.toque inclui a cxigncia de articuar o pess('l e o so.ial, o tico c opotico, o privato e o pblico. Mas bastr; cono dzia acirna, este.ssunrr ser lem dc ortro livro.