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BRAStLlA-DF
República Federativa do Brasil
NACIONAL CONSTITUINTEDIÁRIO
sÁBADO, 18 DE JUNHO DE 1988ANO 11- N9 266
ASSEMBLÉIA
ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE'
1 - ATA DA 290' SESSÃO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE,EM 17 DE JUNHO DE 1988
1-Abertura da sessão11-Leitura da ata da sessão anterior
que é, sem observações,assinada11I - Leitura do Expediente
OFÍCIOS
N° 71/88 - Do Senhor Constituinte MárioCovas, Líder do Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB, participando queo Sr. Constituinte Euclides Scalco deixa deintegrar, a partir de 16 de junho do corrente,o Colégio de Vice-Líderesdaquela agremiaçãopartidária.
N° 72/88 - Do Senhor Constituinte MárioCovas, Líder do Partido do MOVimento Democrático Brasileiro - PMDB, participando queo Sr. Constituinte Nelson Jobim passa a exercer as funções de Primeiro Více-Líder daquelaagremiação partidária, a partir de 16 do corrente.
N°28/88 - Do Senhor Constituinte Eucli~des Scalco, participando seu desligamentodos quadros do Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB, a partir de 16 docorrente.
REQUERIMENTOSDo Senhor Constituinte ErVIn Bonkoski, so
licitando o abono de suas faltas às sessõesda Assembléia Nacional Constituinte realizadas nos períodos compreendidos entre 19 a24 de maio de 26 de maio a 12 de junho.
Do Senhor Constituinte Alarico Abib, solicitando o cancelamento de suas faltas aos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte noperíodo compreendido entre 6 e 13 de junhodo corrente..
SUMÁRIO
Do Senhor Constituinte Mario Assad, solicitando o cancelamento de suas faltas às sessões da Assembléia Nacional Constituinteocorndas no período compreendido entre 8e 10 de junho do corrente. _
Do Senhor Constituinte Jacy Scanagatta,Justificando suaausência aos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte no períodocompreendido entre 5 e 12 do corrente.
Do Senhor Constitumte Francisco Coelho,solicitando licença para tratamento de saúde.
Da Senhora Constituinte Márcia Kubitschek,participando que se ausentará do País no período compreendido entre 5 e 9 do corrente.
Do Senhor Constituinte OlívioDutra, participando que se ausentará do País no períodocompreendido entre 17 e 25 do corrente.
Da Senhora Constituinte Irma Passoni, participando que se ausentará do País nos dias16 e 17 do corrente.
Da Senhora Constituinte Anna Mana Rattes,participando que se ausentará do País no período compreendido entre 16 e 18 do corrente.
PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Concessão da palavra aos Constituintes, nos termosdo § 2° do art. 39 do Regimento Interno, tendoem vista a inexistência de quorum para votação.
ASSIS CANUTO - Isenção da correçãomonetária Incidente sobre empréstimos tomados por microempresários e pequenos e médios produtores rurais durante o Plano Cruzado. Garantia, no futuro texto constitucional,dos chamados "Soldados da Borracha".
AMAURY MÚLLER - Rejeição, pela Assembléia Nacional Constituinte, da realização deeleições para Governador do Distrito Federalem 1988. Improcedência dos argumentoscontrários à concessão de anistia da correçãomonetária mcidente sobre empréstimos toma-
. ,dos por microempresários e pequenos e médIOS produtores rurais.
LÉlIO SATHLER - Consequéncias das hesitaçôes governamentais no tocante à adoçãode medidas de amparo aos microempresánose pequenos e.médíos produtores rurais.
DORETO, CAMPANARI - Reforma ministerial.
ELIAS MURAD - Manifesto de intelectuaismineiros contra a criação do Estado do Triângulo. Protesto contra a possível extinção daFundação Mendes Pimentel, da UniversidadeFederal de Minas Gerais, Estado de Minas Gerais.
PAULO DE.LGADO - Perversidade da política econômica do Governo José Sarney.
DARCY DEITOS (pela ordem) - Pedidode verificação de quorum.
PRESIDENTE - Resposta ao ConstituinteDarcy Deitos.
TITO COSTA - Transcurso do 80° aniversário da imigração japonesa no Brasil.
LUIZ SOYER- Efeitos da pretendida equiparação do preço do álcool hidratado ao dagasolina.
ONOFRE CORRÊA- Elevação do Distritode São Pedro de Água Branca, atualmentepertencente a Imperatriz,Estado do Maranhão,à categoria de Município.
FRANCISCO ROLLEMBERG - Reintegração à organização político-admlnstratíva sergipana dos Municípios de Jandaíra, Itapicuru eRio Real, hoje integrantes do Estado da Bahia.
MÁRIO MAlA - Declaração, pelo TribunalSuperior do Trabalho, de inconstitucionalidade do Decreto-Lei na 2.425.
MATHEUS IESEN -lnveracidade de noticiário na imprensa a respeito de pagamentode direitos autorais ao compositor Edison Fernandes Coelho por editora de propriedade doorador.
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11414 Sábado 18 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Junho de 1988
FLORICENO PAIXÃo - Apoio à fusão deemendas concedendo anistia aos micro e pequenos empresários e agricultores nos débitoscontraídos durante a vigência do Plano Cruzado.
SÓLON BORGES DOS REIS - Agilizaçãodos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte VIsando à promulgação da futura Constituição o mais rapidamente possivel.
MAURÍCIO NASSER - Transcurso do 80'aniversário da imigração japonesa no Brasil.
MENDES RIBEIRO - Obrigatoriedade damanutenção, pelos Constituintes, da círcunspecção devida no plenário da Assembléia Nacional Constituinte.
MANOEL MOREIRA- Transcurso do 80'aniversário do início da imigração japonesano Brasil,
FERES NADER- Necessidade de criaçãode juizado especial para julgar as infraçõesde trânsito.
PAULOMACARINI- Conveniênciada revogação do Decreto n° 95.715, de 1988, quedispõe sobre reservas florestais no País.
JOSÉ GUEDES (Pela ordem) - Encaminhamento de discurso sobre deshgamento doorador dos quadros do PMDB. Manifestaçãode admiração pelo Presidente Ulysses Guimarães.
PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Agradecimento ao Constituinte José Guedes
pelas palavras proferidas a seu respeito.PRESIDENTE - Realização de verificação
de quorum.
(procede-se à verificação.)
PRESIDENTE - Convocação de sessão daCâmara dos Deputados e da Assembléia Nacional Constituinte para o dia 20, às 9h e14h30min, respectivamente.
SIQUEIRACAMPOS (Pela ordem) - Realízação da I' Convenção Nacional do PartidoDemocrata Cristão, Brasília, Distrito Federal.
MÁRIO COVAS (Pela ordem) - Convocação de reunião da bancada do PMDB paraeleição do novo Líder do partido na Assembléia Nacional Constituinte.
JOSÉ LOURENÇO (Pela ordem) - Apeloao Constituinte Mário Covas para permanência à frente da Liderança da bancada do PMDBna Assembléia Nacional Constituinte
NELSON CARNEIRO(Pela ordem) - Conveniência da reafirmação, pela bancada doPMDB, do Constituinte Mário Covas na Liderança do partido na Assembléia NacionalConstituinte.
FERNANDO SANTANA (Pela ordem) Apelo ao Constituinte Expedito Machado parasustação do movimento de destituição doConstituinte Mário Covas da Liderança da bancada do PMDB na Assembléia Nacional Constituinte.
NEL..C:;ON JOBIM (Pela ordem) - Perrnanência do orador, na condição de l°-ViceLíder, à frente da bancada do PMDB na Assembléia Nacional Constituinte até a data dareunião para eleição do novo Líder partidário.
JUAREZ ANTUNES, CHAGAS RODRIGUES, MOEMASÃO THIAGO,ARNALDOFARIA DE SÁ (pela ordem) - Registro da presença dos oradores à sessão.
PRESIDENTE - Testemunho sobre a dedicação e competência do Constituinte MárioCovas no exercício da Liderança da bancadado PMDB na Assembléia Nacional Constítuin-.te. Importância para os trabalhos de elaboração constitucional da permanência de S. Ex'no desempenho do cargo. Anúncio da inexistência de quorum para votação.
LUIZ ROBERTO PONTE (pela ordem) Apelo ao Constituinte Mário Covas para permanência na Liderança da bancada do PMDBna Assembléia Nacional Constituinte.
IV - ENCERRAMENTO
2 - MESA (Relação dos membros)
3 - LÍDERES E VICE-LÍDERES DEPARTIDOS (Relação dos membros)
4 - COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO (Relação dos membros)
Ata da 290~ Sessão, em 17 de junho de 1988Presidência dos Srs.: Ulysses Guimarães, Presidente;
Jorge Arbage, Segundo-Vice-Presidente.
ÀS 09:00HORAS COMPARECEM OSSENHORES:
Abigail Feitosa - PSB; AcivalGomes - PMDB;Adauto Pereira - PDS; Ademir Andrade - PSB;Adolfo Oliveira- PL;Adylson Motta - PDS; Aéciode Borba - PDS; Affonso Camargo - PTB;Afonso Sancho - PDS Agassiz Almeida - PMDB;Agripino de Oliveira Lima - PFL;Airton Sandoval- PMDB;Alarico Abib - PMDB;Albano Franco- PMDB;Albérico Cordeiro - PFL; Alceni Guerra- PFL; Aldo Arantes - PC do B; Alércio Dias- PFL;Alexandre Costa - PFL; Alexandre Puzyna- PMDB;Almir Gabriel- PMDB;Aloisio Vascon-celos - PMDB; Aloysio Chaves - PFL; AluizioBezerra - PMDB;AluízioCampos - PMDB;Álvaro Antônio - PMDB; Alysson Paulinelli -PFL;Amaral Netto - PDS; Amaury Mi.I1ler - PDT;Amilcar Moreira - PMDB; Ángelo Magalhães PFL; Anna Maria Rattes - PMDB;Annibal Barcellos - PFL; Antero de Barros - PMDB; AntônioBritto - PMDB;Antônio Carlos Franco - PMDB;Antôniocarlos Konder Reis - PDS; Antônio deJesus - PMDB;Antonio Ferreira - PFL; AntonioGaspar - PMDB; Antonio Salim Curiati - PDS;Amaldo Martins - PMDB;Amaldo Prieto - PFL;
Amold Fioravante - PDS; Artenir Wemer- PDS;Artur da Távola - PMDB; Asdrubal Bentes PMDB; Assis Canuto - PFL; Átila Lira - PFL;Augusto Carvalho - PCB; Áureo Mello - PMDB;Basílio ViIlani - PTB; Benito Gama - PFL; Bernardo Cabral - PMDB; Beth Azize- PSB; Bonifácio de Andrada - PDS; Bosco França - PMDB;Brandão Monteiro -'PDT; Cardoso AlvesPMDB; Carlos Alberto Caó - PDT; Carlos Benevides - PMDB; Carlos Cardmal - PDT; CarlosCotta - ; Carlos De'Carli - PTB; Carlos Mosconi - ; Carlos Sant'Anna - PMDB; Carrel Benevides - PTB; Cássio Cunha Lima - PMDB;Célio de Castro - ; Celso Dourado - PMDB;César Cals Neto - PDS; Chagas Duarte - PFL;Chagas Rodrigues - PMDB; Chico HumbertoPDT; Cid Carvalho - PMD8; Cid Sabóia de Carvalho - PMDB; Cláudio Ávila - PFL; CleonâncioFonseca - PFL; Costa Ferreira - PFL; CristinaTavares- ; Dálton Canabrava-PMDB; DarcyDeitos-PMDB;Darcy Pozza - PDS; Daso Coimbra - PMDB; Davi Alves Silva - PDS; Del BoscoAmaral - PMDB; Délio Braz - PMDB; DenisarAmeiro - PMDB; Dionísio Dal Prá - PFL; DirceTutu Quadros - PTB; Dirceu Carneiro - PMDB;Domingos Juvenil - PMDB; Domingos Leonelli
- PMDB; Doreto Campanari - PMDB; EdésioFrias - PDT; Edison Lobão - PFL; Edvaldo Holanda - PL; Edrrulson Valentim - PC do B;Eduardo Bonfim - PC do B; Eduardo Jorge PT; Eduardo Moreira - PMDB; Elias Murad PTB; Ehel Rodrigues - PMDB; Eliézer Moreira- PFL; Enoc Vieira - PFL; Eraldo Tinoco PFL; Eraldo Trindade - PFL; Ervin Bonkoski PTB; Etevaldo Nogueira - PFL; Euclides Scalco- PMDB; EUnice Michiles - PFL; Evaldo Gonçalves - PFL; Expedito Machado-PMDB; FábioFeldmann - PMDB; Fábio Raunheitti - PTB;Farabulini Júnior - PTB; Fausto Rocha - PFL;Felipe Mendes - PDS; Feres Nader - PTB; Fernando Cunha - PMDB; Fernando GomesPMDB; Fernando Henrique Cardoso - PMDB;Fernando Lyra - ; Femando Santana - PCB;Femando Velasco - PMDB; Firmo de Castro PMDB;Florestan Fernandes - PT; Floriceno Paixão - PDT; Francisco Amaral - PMDB; Francisco Benjamim - PFL; Francisco Cameiro PMDB; Francisco Dornelles - PFL; FranciscoKilster-PMDB; Francisco Pinto-PMDB; Francisco Rollemberg - PMDB; Francisco Rossi PTB; Francisco Sales - PMDB; Furtado LeitePFL; Gabriel Guerreiro - PMDB; Gandi Jamil
Junho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sábado 18 11415
Brasília, 16 de junho de 1988
- PFL; Genebaldo Correia - PMDB; GeovaniBorges - PFL; Geraldo Alckmin Filho - PMDB;Geraldo Bulhões - PMDB; Geraldo Campos PMDB; Geraldo Melo - PMDB; Gerson Camata- PMDB; Gerson Peres - PDS; Gidel Dantas- PMDB; Gonzaga Patriota - PMDB; GuilhermePalmeira - PFL; Gumercindo Milhomem - PT;Haroldo Lima - PC do B; Hélio Duque - PMDB;Hého Manhães - PMDB; Hélio Rosas - PMDB;Henrique Córdova - PDS; Hermes Zaneti PMDB;Homero Santos - PFL; Humberto Lucena- PMDB; Humberto Souto - PFL; Iberê Ferreira- PFL; Ibsen Pinheiro - PMDB; Inocêncio Oli-veira - PFL; Irajá Rodrigues - PMDB; IrapuanCosta Júnior - PMDB; Israel Pinheiro - PMDB;Itamar Franco - ; Ivo Cersósimo - PMDB; IvoLech - PMDB; Ivo Mainardi - PMDB;Jacy Scameiro - PDC; Jalles Fontoura - PFL; JarbasPassarinho - PDS; Jayme Paliarin - PTB;JaymeSantana - PFL; Jesualdo Cavalcanti - PFL; .Jepus Tajra - PFL; Joaci Góes - PMDB; Joãot\gripinQ - PMDB; João Alves - PFL; João Calrnon - PMDB; João Castelo - PDS; João daMata - PDC; João de Deus Antunes - PTB;João Lobo - PFL; João Machado Rollemberg:........ PFL; João Menezes - PFL; 'João Natal PMDB; João Paulo - PT; João Rezek - PMDB;Joaquim Bevilacqua - PTB; Jofran Frejat - PFL;Jonas Pinheiro ~ PFL; Jonival Lucas - PDC;Jorge Arbage - PDS; Jorge Hage - PMDB;Jorge Medauar - PMDB; Jorge Uequed - PMDB;José AgrIpino -'- PFL; José Carlos Grecco PMDB; José Carlos' Sabóia -'PSB; José Costa- ; José da Conceição - P/I1DB; José Elias- PTB; José Fernandes - PDT; José Fogaça- PMDB; José Genoíno - PT; José Guedes -P/I1DB; José IgnáCIO Ferreira - PMDB;JoséJorge- PFL; José LIns - PFL; :José Lourenço - PFL;José Luiz de Sá - PL; José Luiz Maia - PDS;José Maranhão - PMDB; José Maria Eymael PDC; José Melo - PMDB; José Moura - PFL;José Paulo Bisol- PMDB; José Queiroz - PFL;José Richa - PMDB; José Tavares - PMDB;José Thomaz Nonõ- PFL; José Tinoco - PFL;José Viana - PMDB; Juarez Antunes - PDT;Júlio Costamilan - PMDB;Jutahy Magalhães PMDB; Koyu lha - ; Lael Varella - PFL; LavoísierMaia - PDS; Lélio Souza - PMDB; LeopoldoBessone - PMDB; Leopoldo Peres - PMDB; Levy Dias - PFL; Lezio Sath\er - PMDB; Lídiceda Mata - PC do B; Lourival Baptista - PFL;Lúcio Alcântara - PFL; Luís Eduardo - PFL;Luís Roberto Ponte - PMDB; Luiz Alberto Rodrigues - PMDB; Luiz Freire - PMDB; Luiz Gushiken - PT; Luiz InáCIO Lula da Silva - PT; LuizMarques - PFL; LuizSalomão - PDT; LuIZ Soyer- PMDB; Lysâneas Maciel-PDT; Maguito Vilela,- PMDB;Manoel Castro - PFL; Manoel Moreira- PMDB; Mansueto de Lavor - PMDB; MárCIaKubitschek - PMDB; Márcio Braga - PMDB;Márcio Lacerda - PMDB; Marco Maciel - PFL;Marcondes Gadelha - PFL; Maria de LourdesAbadia - PFL; Maria Lúcia - PMDB;Mário Assad- PFL; Mário Covas - PMDB; Mário de Oliveira- PMDB; Mário Maia - PDT; Marluce Pinto -PTB; Matheus Iensen - PMDB; Mattos Leão PMDB; Maurício Correa - PDT; Maurício Fruet- PMDB; Maurício Nasser - PMDB; MaurícioPádua - PMDB;Maurílio Ferreira Lima - PMDB;Mauro Benevides - PMDB; Mauro Borges PDC; Mauro Miranda - PMDB; Mauro Sampaio
- PMDB; Max Rosenmann - PMDB; Meira Filho- PMDB; Melo Freire - PMDB; Mello Reis -PDS; Mendes Botelho -.:... PTB; Mendes Ribeiro- PMDB; Messias Góis - PFL; Messias Soares- PTR; Michel Temer - PMDB; Milton Lima -PMDB; Milton Reis - PMDB; Miraldo Gomes PDC; Miro Teixeira - PMDB; Moema São Thiago- PDT; Mozárildo Cavalcanti - PFL; Mussa Demes - PFL; Nabor Júnior - PMDB; NaphtaliAlves de Souza - PMDB; Nelson Carneiro '-PMDB; Nelson .Jobirn - PMDB; Nelson Seixas- PDT; Nelson Wedekin - PMDB; Nelton' Friedrich - PMDB; Ney Maranhão'- PMB; NIlsonGibson - PMDB; Nion Albernaz- PMDB; NyderBarbosa - PMDB; Octávio ElÍsió - ; OdacirSoares - PFL; Olívio Dutra - PT; Onofre Corrêa- PMDB; Orlando Bezerra - PFL; Oscar Corrêa- PFL; Osmar Leitão - PFL; Osmir Lima '---PMDB; Osmundo Rebouças - PMDB; OsvaldoBender - PDS; Osvaldo Coelho - PFL; OttomarPinto - PTB; Paes de Andrade - PMDB;' PaesLandim-PFL; Paulo Delgado-PT; Paulo Macarini - PMDB; Paulo Mincarone - PMDB; PauloPaim - PT; Paulo Pimentel- PFL; Paulo Ramos- PMDB; Paulo Silva - PMDB; Paulo Zarzúr'PMDB;Pedro Canedo - PFL; Plínio Arruda Sampaio-PT; Pompeu de Sousa - ; Rachid Saldanha Derzi - PMDB; Raimundo Lira ~ PMDB;Raimundo Rezende - PMDB; Raquel Cândido- ; Raquel Capiberibe - PSB; Raul Belém PMDB; Renan Calheiros - ; Renato Vianna 'PMDB; Ricardo Fiuza - PFL; Rita Camata PMDB;Roberto Augusto - PTB; Roberto Balestra- PDC;Roberto Freire - PCB; Roberto RoJ1em'berg - PMDB;Roberto Torres - PTB; RodriguesPalma - PTB; Ronaldo Aragão - PMDB; Ronaldo Carvalho - PMDB; Ronan Tito - PMDB; .Ronaro Corrêa - PFL; Rosa Prata - PMDB;Rose'de Freitas - PMDB; Rospide Netto - PMDB;Rubem Branquinho - PMDB; Rubem Medina PFL; Ruberval Pilotto - PDS; Ruy Bacelar r:PMDB; Ruy Nedel - PMDB; Sadie Hauache PFL; Salatiel Carvalho - PFL; Sandra Cavalcanti- PFL; Saulo Queiroz - PFL; Sérgio Spada ..:....:PMDB; Sigmaringa Seixas - PMDB; Sílvio Abreu- PMDB; Simão Sessím - PFL; Siqueira Campos - PDC; Sólon Borges dos Reis - PTB; StélioDias - PFL; Tadeu França - PDT; TeotônioVilelaFilho - PMDB;Tito Costa - PMDB; Ubiratan Aguiar - PMDB; Ubiratan Spinelli - PDS;Uldurico Pinto - PMDB; Ulysses Guimarães .:....:.PMDB; Valmir Campelo '- PFL; Vasco Alves .::....:.PMDB; Victor Faccroní - PDS; Victor Fontana- PFL; Virgildásio de Senna - PMDB; VIrgílioGalassi - PDS; VIrgílio Guimarães - PT; VivaldoBarbosa - PDT; Vladimir Palmeira- PT; WagnerLago - PMDB; Waldec Ornélas - PFL; WaldyrPugliesi - PMDB; Walmor de Luca - PMDB;Wilson Campos - PMDB; Wilson Martms PMDB.
1-ABERTQRA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - A
lista de presença registra o comparecimento de198 Senhores Constituintes.
Está aberta a sessãoSob a proteção de Deus e em nome do povo
brasileiro, imciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da
sessão anterior.
11- LEITORA DA-ATAO SR. PAULO DELGADO, servindo como
Segundo-Secretário, procede à leitura da ata dasessão antecedente, a qual é, sem observações,assinada.
O SR. PRESIDENlE (Jorge Arbag€:) - Pas-sa-se à leitura do expediente, '
O SR. AMAURY MÜllER. servindo comoPrimeiro-Secretário, procede à leitura do seguinte:
111- EXPEDIENTE
, OFÍCIOSDo Sr. Constituinte Mário CoVas, Líder do
PMDB. nos seguintes termos:
Of. n° 071/88 ,
Brasília, 16 de junho de 1988. .ExceIentíssimo SenhorDeputado Ulysses GuimarãesDignissimo Presidente da Assembléia NacionalConstituinteNesta
Senhor Presidente,Comunico a-V. Ex' que, nos termos do art. 12,
§ 2° do Regimento Interno da Assembléia Nacional Constituinte, o Deputado Euclides Scalco deixa de exercer, a pedido, a partir desta data, ocargo de Primeiro Vice-Líder do PMDB na Assembléia Nacional Constituinte.
Sem outro particular, reitero a V. Ex' protestosde estima e elevado apreço. - Senador MárioCovas, Líder do PMDB na Assembléia NacionalConstituinte.
Of. n° 072/88.
Brasília, 16 de junho de 1988
Excelentíssimo SenhorDeputado Ulysses GuimarãesDignissimo Presidente da Assembléia NacionalConstituinteNesta
Senhor Presidente,Comunico a V. Ex' que o Deputado Nelson
.Jobim, passa a exercer, a partir desta data, o cargode Primeiro Vice-Uder do PMDB na AssembléiaNacional Constituinte.
Sem outro particular, reitero a 'li. Ex- protestode estima e elevado apreço. - Senador MárioCovas, Líder do PMDB na Assembléia NacionalConstituinte . .
Do Sr. Constituinte Euclides Scalco; nosseguintes termos:Of.028/88
ExmvSr,Deputado Ulysses GuimarãesDD. Presidente da Assembléia Nacíonal'Contítuín-teNesta
Senhor Presidente,Cumpro o dever de comunicar a V. Ex' que
nesta data estou me desligando dos quadros doPMDB - Partido do Movimento DemocráticoBrasileiro
11416 Sábado 18 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Junho de 1988
Brasília, 16 de junho de 1988
Da Sra. Constituinte Irma Passoni, nos seguintes tennos:
Brasília, 16 de junho de 1988
Da Sra. Constituinte Anna Maria Rattes,nos seguintes tennos:
Brasília, 15 de junho de 1988
Of. rr 115/88Excelentíssimo Senhor:Venho à presença de V. Ex" a fim de informar
e solicitar autorização para me ausentar do Paísnos dias 16 e 17 de junho em virtude da participação na "Primeira Conferência do ContinenteAmericano - Encontro de Mulheres Parlamentares do Mundo", que está acontecendo na Argentina - Buenos Aires
Grata pela compreensão,Atenciosamente, - Deputada Irma R. Pas
soni.
Of n° 049/88Exmo, Sr. Presidente:Tem o presente a finalidade de comunicar, nos
termos do Regimento Intemo da Câmara dos Deputados, que estarei ausente do Brasil nos dias16, 17 e 18 de junho, em viagem à Argentina,corno participante da Primeira Conferência doContinente Americano de Mulheres Parlamentares do Mundo Para a Paz, na qualidade de representante do Grupo Brasileiro do Parlamento Latino-Americano.
Por esta razão, encareço relevar a minha ausência nos trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte.
Aproveito o ensejo para renovar protestos deelevada estima e distinta consideração. - AnnaMaria Rattes, Deputada Federal Constituinte.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Apresente sessão destina-se à votação, em primeiroturno, do Ato das Disposições Constitucionais gerais e transitórias, que consta da Ordem do Dia.
De acordo com o art. 39 do Regimento Intemo,as votações só serão iniciadas com a presençade, no mínimo, 280 Srs. Constituintes.
É evidente a falta de quorum em plenário.Isto posto, com base no § 2° do art. 39, a Presi
dência irá conceder a palavra aos Constituintesque dela queiram fazeruso, até que esteja completado o quorum em Plenário.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Concedo a palavra ao nobre Constituinte Assis Canuto.
do não comparecimento às Sessões da Assembléia Nacional Cosntituinte, no período de 17 a25 do corrente mês.
Sem mais para o momento, receba meus protestos de alta estima e consideração.
Cordialmente, - Olívio Dutra, DeputadoConstituinte, Presidente Nacional do Partido dosTrabalhadores.
O SR. ASSIS CANOTO (PFL - RO. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, nas próximas sessões, esta Casa deveráapreciar emendas de transcendental importânciapara a vida deste País. Referimo-nos, especificamente, a duas delas.
A primeira, de interesse intrisecamente nacional, é uma fusão das Emendas Mansueto de Lavor, Humberto Souto e Ziza Valadares, para supressão da correção monetária incidente em fi-
Do Sr. Constituinte Jacy Scanagatta, nosseguintes tennos:
Brasília; 1,6de junho de 1988OF/JS/116/88Exmr Sr.Deputado Ulysses GuimarãesDD. Presidente da Assembléia Nacional ConstituinteBrasília-DF
Senhor Presidente,Pelo presente encaminho a V. Ex", em anexo,
o "Atestado Médico" emitido pelo Dr. AntonioJoão de Oliveira, relativo ao tratamento a quefui'submetido no período de 5 a 12 do corrente.
Mediante o exposto e comprovação, solicito aV. Ex", mandar justificar minhas faltas no períodoacima especificado.
Atenciosas saudações, - Jacy Scanagatta,Deputado Federal PFUPR.
Do Sr. Constituinte Francisco Coelho, nosseguintes tennos:
Brasília, 16 de junho de 1988Ofício rr 30/88
Senhor Presidente, ,Cumprimentando-o cordialmente, dirijo-me a
Vossa Excelência para solicitar meu afastamentotemporário dos trabalhos da Assembléia NacionalConstituinte, por motivos de saúde, conformeatestado anexo.
"outrossim, esclareço que hesitei muito paratomar tal decisão, que hoje não é mmha e simmêdica, pois não queria de forma alguma atrapalhar o andamento dos trabalhos que Vossa Excelência vem brilhantemente dirigindo, com a firmeza que lhe é peculiar, porém desde a semanapassada já não me sentia bem, motivo pelo qualnão' compareci às sessões.
Na certeza da compreensão de Vossa Excelência aproveito a oportunidade para renovar protestos de elevada estima e distinta consideração.
Atenciosamente, - Deputado Francisco CoeIhó.
Da 51'" Constituinte Márcia Kubitschek,nos seguintes tennos:
SenhorPresidente,Honrada com o convite do Senhor Presidente
da República para integrar a delegação à Conferência sobre Desarmamento realizada pelas Nações Unidas, requeiro a V. Ex" que minha ausênciano período de 5 a 9 do corrente seja consideradacomo Missão autorização.
Brasília, 3 de junho de 1988.' - ConstituinteMárcia Kubitchek.
Do Sr. Constituinte Olívio Dutra, nos seguintes tennos:
Brasília, 14 de junho de 1988Excelentíssimo Senhor Presidente,A Convite do Senhor Erik Honeaker, Secretá
rio-Geral do Partido Socialista Unificado da Alemanha e Presidente do Conselho de Estado daRepública Democrática Alemã e por designaçãodo meu Partido - o Partido dos Trabalhadores- comparecerei ao "Encontro Intemacional paraa criação de zonas livres de Armas Nucleares",que irá se realizar nos próximos dias 20 e 22de junho, em Berlim Oriental.
E um dever indeclinável a cumprir, o que meleva a solicitar a Vossa Excelência que me excuse
Brasília, 15 de junho de 1988.Excelentíssimo Senhor Deputado ConstituinteUlysses GuimarãesDigníssimo Presidente da Assembléia NacionalConstituinteNesta
Exrrr' Sr.Dr. Ulysses GuimarãesDD. Presidente da-AssembléiaConstituinte e da Câmara Federal
Venhopela presente solicitar a V. Ex", data vênia,o cancelamento das faltas nos dias 19 a 24 demaio e 26 de maio até o dia 12 de junho, emrazão do meu estado de saúde não permitir, conforme o atestado médico anexo.
Agradeço-lhe, sensibilizado,o seu atendimento.Cordiais saudações, - EJvin Bonkoski, De
putado Federal.
Brasília, DF, 16 de junho de 1988
Antecipando agradecimentos, sírvo-me do ensejo para renovar os protestos de minha elevadaestima e apreço.
Atenciosamente, - Constituinte Alarico Abib.
Do Sr. Constituinte Mário Assad, nos seguinte tennos:
Senhor Presidente:Tomo a liberdade de solicitar de Vossa Exce
lência as providências cabíveis no sentido de determinar o cancelamento de faltas apontadas aeste Constituinte, compreendendo o período de6 de junho a 13 de junho do corrente ano, conforme Atestado Médico anexo.
Do Sr. Constituinte Alarico Abib, nos seguintes tennos:
Do Sr. Constituinte EJvin Bonkoski, nosseguintes tennos: '
Toma-se oportuno o momento para apresentara V.Ex" os protestos de consideração e respeito.
Atenciosamente, - Euclides Sacalco, Deputado.
REQUERIMENTOS
Exrrr' Sr.Deputado Ulysses GuimarãesDigníssimo Presidente da Assembléia NacionalCosntituinteNesta
Senhor Presidente,Venho pela presente, solicitar a Vossa Exce
lência, determinar que sejam justificadas as rní~as faltas dos dias 8, 9 e 10 de junho corrente,la que naqueles dias me encontrava em Belo Horizonte/MG, submetendo-me a exames médicoscom o Oculista Dr. Nassim Calixto, conformeatestado em anexo.
Esperando as providências devidas, agradeçolhe vossa compreensão, subscrevendo-me respeitosamente Mário Assad, Deputado FederalConstituinte.
Junho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sábado 18 11417
Muitoobrigado.
nanciamentos adquiridos no período do PlanoCruzado, ou seja, até 31 de dezembro de 1987,por pequenas e microempresas e pequenos emédios agricultores.
Essa emenda vem mobilizando toda a classeprodutora do Brasil, de Norte a Sul, de Leste aOeste. Dos mais longínquos rincões temos recebido apelos no sentido de que, quando essaemenda for submetida a plenário, estejamos presentes para dar nosso voto favorável.
Reiteradas vezes, desta tribuna - e V. Ex", Sr.Presidente, é testemunha disso - temos defendido intransigentemente tal emenda. Da mesmaforma, temos pedido a transcrição de inúmerosdocumentos recebidos de lideranças urbanas erurais, de vereadores, prefeitos, deputados estaduais, microempresários e pequenos e médiosagricultores.
Assistimos hoje, no programa "Bom dia Brasil",à exposição do presidente da Associação dos Microempresários, Dr. Pedro Cascaes, na qual S.S· fazia veemente apelo para que na próxima semana estIvesse em Brasíliao maior número possívelde microempresários e pequenos agricultores.Acredito ser esta e legítima forma de pressão paraque nós, Constituintes, possamos atender aos anseios nacionais. Queremos, pois, ratificar que estaremos presentes para votar favoravelmente aemenda.
A outra proposição é de caráter regional. Trata-se de algo por que a Presidência também tembatalhado e diz respeito aos "soldados da borracha", os seringueiros nordestinos recrutados, noesforço da Segunda Guerra Mundial,para o trabalho de extração do látex nas matas amazônicas,com vistas a abastecer os Aliados na luta contraas nações do Eixo. Temos emendas a respeitodo assunto, visando estender benefícios mais doque justos aos seringueiros, aos "soldados da borracha", e seus descendentes. Se cotejarmos alegislação que recrutou soldados para lutar noscampos da Itáliae civispara a Amazônia, a conclusão, clara e insofismável, será a de que a lutadestes foi muito mais dura 'e penosa do que ados que foram para os campos de batalha.
No entanto, o projeto da Comissão de Sistematização e o do "Centrão" privilegiam de maneirabastante diferente os pracinhas, na medida emque apenas timidamente beneficia os chamados"soldados da borracha".
As emendas que submetemos à decisão destaAssembléia visam estabelecer condições maisigualitárias, fazendo justiça àqueles que, aqui, noBrasil, embora não tendo ido para a Itália,enfrentaram endemias, epidemias, enfim, todo tipo dedificuldades, para manter a integridade de nossasfronteiras e contribuir para o esforço de guerra.
Neste sentido, pedimos a atenção do Plenárioe o apoio decisivo de V. Ex', Sr. Presidente, quetem sido um batalhador na defesa desses homens.
o SR. AMAURY MÜLLER (PDT- RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, SI'"' e Srs.Constituintes, ontem a Assembléia NacionalConstituinte jogou no lixo da História mais umaoportunidade de demonstrar que o Plenário é realmente democrático e está atento ao crescenteclamor das ruas. Por apenas 23 votos foi rejeitadaa emenda que pretendia devolver a cidadania aopovo do Distrito Federal, que, desde a instalação
da Capital em Brasília, está Impedido, por uma Ora, Sr. Presidente, não posso concordar comlegislação arbitrária e fascista, de dernonstrar-pe- . a afirmação de que o custo será anunciado. Menlas umas a sua soberania e o seu desejo de cons- tem os Ministros da área econômica, quando fatruir uma verdadeira democracia. ' Iam em 10 milhões de dólares. Isto não é verdade,
Aliás, isto já não é novidade. Há pessoas que como também equivocada era a afirmação deda boca para fora dizem uma coisa e no seu' . alguns Mimstros militares, de que a anistia paraíntimo agem de forma diferente, dando-se ao luxo' as vitimas da ditadura custaria 180 bilhões dede trabalhar contra as idéias que; ao menos no cruzados, se fossem concedidos os cinco anosseu c:!Jscurso, dizem professar. Os jomais pubií- ' de indenização que nós, democratas, pleiteávacam a ação de alguns ConstItuintes de Brasília mos. Amentira continua sendo a tônica das mamque teriam agido nesse sentido; votaram com a festações oficiais.emenda pró-eleições, manifestaram-se publica- Para encerrar, eu, que não tenho pendor paramente a seu favor, mas nos conluios de corredor a poesia, ne':Jl sou declamador, aproveito duastrabalhavam contra a democratização da Capital quadrinhas de um gênio extraordinário e popular,da República. o Constituinte Nelson Aguiar, a respeito da polê-
O mesmo ocorre com a emenda -dos Consti- mica questão do cancelamento da correção motuintes Mansueto de Lavor Humberto Souto e netária para pequenos e médios agricultores eZiza Valadares, a que, não 'num gesto de larga microempresários:generosidade, mas numa atitude coerente com "Só mesmo a tecnocracia,a realidade nacional, pretende devolveros direitos sanguessugas da Nação,de pequenos e médios agricultores e microem- Insiste ria economia,presários literalmente massacrados pelo Governo ' que vive de correção.da Nova República, com base sobretudo no Plano Se, de fato, 'a correçãoCruzado, o qual, meramente eleitoreiro, deu ao custa mesmo 10 milhões,então poderoso PMDB vinte e dois governadores do outro lado 'do balcão,estaduais e esmagadora maioria na Assembléia há um bando de ladrões,"Nacional Constituinte. ' ' .
Leio hoje nos jornais, Sr. Presidente, alegaçõesde que, se concedido o cancelamento dessa cor-reção monetária, os bancos estaduais irão à falên-. O SR. LÉZIo SATHLER (PMDB _ ES. Semcia. Continua-se usando o argumento pífioe esfar- revisão do orador.) _ Sr. Presidente, Sr", e Srs,rapado de que o custo social do cancelamento Constituintes, o tema, ao qual o ilustre Constí-da correção monetária sobre esses débitos seria tuinte Amaury Muller acaba de fazer referência,de um trilhão e setecentos ,bilhões de cruzados,' nas últimas semanas e _ por que não dizer?o equivalente, hoje, a dez milhões de dólares. Vou' _ até em termos de meses, vem crescendo emrepetir um argumento que tem sido sistemati- rmportáncia e a cada instante, ocupa espaço nestacamente usado pelos defensores da Idéia. Não' Assembléia Nacional Constituinte, bem como nasé monótono, cansativo ou asfíxíante, mas é racío- sessões do Congresso Nacional, da Câmara doscinio verdadeiro, matemático, científico. Se for Deputados e, de igual forma, no Senado Federal.concedido este benefício social a pequenos e mê- É fácilimagin'arque, nas Assembléias Legislativasdios agricultores e microempresários, na verdade' e nas Câmaras de Vereadores de'todo o País,a Nação despenderá algo em torno de 183 bilhões também seja um CIos temas mais frequentes.de cruzados, assim distribuídos: 156 bilhões relà-' Vejam,Srs. Constituintes, que poderíamos aquitivo a pequenos e médios agricultores, e 27:a realizardebates e reflexões sobre matéria eminen-microempresários. " .. " temente constitucional. Todavia, isto não ocorre,
Não posso concordar com os argumentos porque não é possível ígnorar o que está aconte-apresentados pelos que desfraldaram a bandeira cendo. A crise que nos atinge não estaria tãodo antipovo, da antinação, exatamente contra os ' acentuada se o Poder Executivo, pelos organis-segmentos que produzem, que' geram riquezas, mos da área financeira e econômica do governo,empregos, impostos', e, muitas vezes, apenas fan-, tivesse, no 'momento oportuno, a' responsabili-tasíando-se de ardorosos defensores do povo. dade, a coragem de tomar providências a respeito
O Decreto n° 167, editado durante a ditadura do problema.rmlítar, virtualmente proíbe a incidência da corre- Temos ouvido que este Governo só age nação monetária sobre a cédula rural pignoratícia. ' base de pressão política,da pressão da sociedade.Isso significa que não se pode cobrar, como se Agrande pressão é a própria crise. Recentemente,faz, abusiva e autoritariamente, correção mone-, o próprio Presidente da República dizia que otána sobre, débitos contraídos por pequenos e Estado chegou à exaustão. E triste, é lamentávelmédios agricultores para custeio e investimento. o desgoverno que contaminou a sociedade intei-No entanto, centenas de modestos e anônimos ra, dado o descrédito no atual Governo, por suaprodutores da riqueza nacional, nos confins deste falta de posicionamento correto nos momentosPaís, tiveram, inclusive, suas terras tomadas por adequados Os que fazem sua defesa insinuambancos, que executaram essas dívidas lastreadas que, durante o Plano Cruzado o Governo não to-no peso insuportável da correçãomonetéria Má-· mou a atitude que deveria em razão de pressõesquinas, implementos, e até animais, foram usur-: por parte de alguns segmentos políticos, Frágil,pados de pequenos e médios agricultores que imbecil declaração, eis que não se pode admitirnão conseguiram saldar, no tempo devido, seus que, em faces das pressões, um estadista, umcompromissos, e muitos bancos avançaram nas Presidente da República deixe de tomar uma deci-terras sob a proteção de uma lei míope e capenga são que se faz necessária, Hoje vemos as conse-que, apesar da sua miopia; foi, inclusive,-inob- qüêncías disso. O Presidente da República e osservada. . Ministrosda área econômica é que não tomaram
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uma decisão corajosa, necessária, no momentocerto. Não fosse isto e esta Assembléia NacionalConstitumte estaria livrepara debater temas comoo da anisna às micro, pequenas e médias empresas, ou o da falência do setor rural. Mas, comoa Constituinte tem de ser intérprete da situaçãonacional protestamos contra este Govemo, cobrando soluções.
Ao mesmo tempo, fazemos um apelo aos mesmos que aqui estiveram para garantir o mandatode 5 anos para o Presidente José Sarney e parasustentar o regime presidencialista no sentido deque no momento em que vamos votar matériade tamanha importância - que representa a salvação de 10 milhões de micro e pequenas empresas, de produtores rurais - tenham a mesmapreocupação, a mesma assiduidade, o mesmoespírito. Agora devem comparecer com o compromisso de aprovar esse conjunto de emendasque representa a anistia desses setores.
Não se trata de perdão algum, de favor algum,trata-se, isto sim de um princípio de justiça, ouseja, dar a cada um o que lhe pertence. Não podemos permitir que o setor financeiro, que ao longodos últimos anos, só teve lucros continue crescendo, principalmente às custas do micro e do pequeno produtor deste País. Chega de o sistema fínancetro, em concluio com o Governo.estar semprefazendo sofrer esses setores menos favorecidos.Chega de o Governo fazer terrorismo com números, dizendo que isso vai provocar uma evasãodo Tesouro e vai aumentar o déficit público. Epreciso entender que, acima de tudo, salvar esses10 milhões de produtores e de micro empresáriosrepresenta um investimento.
Por isso, Sr. Presidente, Srs. Constituintes, esperamos que, na próxima semana quando certamente as galerias estarão lotadas, já que um grande número de representantes do setor fará seuloby justo e necessário a Assembléia NacionalConstitumte aprova esse conjumto de emendas,possibilitando ao setor produtivo da nossa economia a sua salvação.
o SR. DORETO CAMPANARI (PMDB SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, SI"'" e Srs. Constituintes, desde que o Sr.José Sarney conquistou os cinco anos de mandato e com o agravamento da crise econômicofinanceira, disparando os impostos e as tarifaselétricas, telefônicas, além do preço do petróleoe da ameaça que pesa sobre o Proálcool, nãoé nada de mais que se esteja propalando a oportunidade de uma reforma ministerial, que atinja,inclusive, o Sr. Mailson da Nóbrega, autor dasmaiores Injustiças que o contribuinte conheceu,até hoje, na política financeira.
Quem não gostou das notícias sobre a reformafoi o Mínistro Luíz Henrique - talvez por sentir-seameaçado -, declarando diante da pergunta deum repórter sobre o assunto:
"Parece que o brasileiro gosta de crise,gosta de instabilidade, gosta de indefinição.A única pessoa que caberia criar condiçõespara essa Interrogação seria o Presidente daRepública, que tem desmentído, categoricamente, inclusive, recentemente, em NovaYork, qualquer mudança ministerial."
Confia muito o Ministro na palavra do Presidente, por não ter memória ou por obrigação
de oficio. O Sr. José Sarney declarou que limitavaem quatro anos seu mandato. Depois lutou desesperadamente pelos cinco anos, até obtê-los Também afirmou que jamais assinaria um decreto-lei,dividindo a responsabilidade de legislar com oCongresso. Até hoje, porém, nenhum presidentebaixou tantos decretos-leis em ígual período, alguns, em matéria financeira, revogando o anteriordois anos depois,
Se os jornalistas fazem tais perguntas é que"onde há fumaça, há fogo", e só não circulamapenas os aviões de carreira...
Entretanto, o Ministro objeta:
"No momento em que se fala em mudança ministerial, praticamente para a máquina do ministério, porque todos os escalões inferiores ficam na escuridão, na dúvida,se o seu Ministro permanece ou não:'
No presidencialismo é assim. A dúvida sempreestá no ar. No parlamentarismo a queda de umgabinete não leva o pânico à alta burocracia.
Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.
O SR. ELIAS MURAD (PTB -MG. Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, Sr" e Srs. Constituintes, os jornais de todo o Brasil publicaramontem um manifesto dos intelectuaís mineiroscontra a divisão do Estado de Minas Gerais, assinado por praticamente toda a inteligência do nosso Estado, desde os membros da Academia Mineira de Letras até os maiores escritores; cientistas, pesquisadores e professores.
Quero registrá-lo nos Anais da Assembléia Nacional Constituinte, chamando a atenção, principalmente, para um de seus trechos: "DividirMinasé retirar do Brasil algo que integra de maneiraindelével a sua história, o seu presente e o seuMuro:'
Ontem alguns separatistas distribuíram um volante ao Plenário desta Assembléia, sob o título:"O Triângulo não fará falta a Minas." Mas acrescentamos que Minas fará falta ao Triângulo.
Sr. Presidente, colegas Constituintes, querotambém fazer um regístro a respeito do Decreton° 96.904, que praticamente extingue as fundações em todas as universidades brasileiras. Particularmente, quero falar sobre uma delas, a Fundação Mendes Pimentel, de Minas Gerais.
A Fundação Mendes Pimentel foi criada em1930, antes mesmo da criação da própria UFMG,e tem assistido, no decorrer desses 58 anos, maisde 3 000 alunos carentes, contribuindo de formadecisiva para uma das principais reivindicaçõesdos estudantes na área da educação: ensino público e gratuito. .
Nesse contexto, é imprescindível que se ofereçaao aluno não só um curso, mas principalmentecondições que o permitam manter-se durante asua estada na Universidade. Assim, é necessárioque se crie uma infra-estrutura capaz de garantirao aluno também assistência a sua saúde (médico-odontológica), seu equilíbrio psicossocial, suaalimentação a baixo custo, fihanciamento de seumaterial escolar etc. Para quelse pesque um peixe,não basta apenas a existência do rio. É precisoque exista também a vara, o anzol e a isca.
Deste modo, a Fundação Mendes Pimentel tematuado, mesmo com sua pouca - e diga-se depassagem, própria - verba, em todas essas áreas,proporcionando ao aluno comprovadamente ca-
rente tais condições É inadmissível, portanto, quese venha a extinguir uma das poucas coísas quetêm dado certo no País, e que, em absoluto, trazqualquer tipo de ônus à Umão.
O objetivo da Fundação é criar condições paraque alunos pobres ingressem na Universidade e,principalmente, nela permaneçam até sua formatura, distanciando, assim, de nossa realidade ofantasma da evasão.
Nosso País precisa de pessoas altamente qualificadas. Para tanto é necessário incrementar oensino umversitário. E não será extinguindo umaFundação, que só benefícios tem trazido, que issoacontecerá. Não podemos fechar os olhos a essamutilação do patrimônio do próprio setor da educação brasileira.
MAf'lIFESTOA QUE SEREFERE O ORADOR:
AO POVO BRASILEIRO
Os intelectuais mineiros, alarmados com a possibilidade do seccionamento do Estado de MinasGerais, tornam púbhco seu repúdio a manobrasdivisionistas que violentam o espínto de unidadenacional.
Qualquer estudo político que se detiver no exame do fenômeno da unidade geográfica brasileira,concluirá que é do espínto mineiro, de sua moderação e de seu equilíbrio, que resultou a ínteqrídade territorial do País.
No plano político, caso se concretize essa inaceitável divisão, conseqüências desastrosas sucederão no Poder Moderador Mineiro, tantas vezesacionado nos momentos cructaís da vida brasileira.
Interesses pessoais momentâneos, subalternosou imediatistas, ligados mais às realizações deduvidoso êxito político ou efêmera demonstraçãode prestígio, não poderão preponderar sobre asmais lídimas, legítimas e inalienáveis aspiraçõesdo País.
Entre a ruptura demagógica e o Brasil, impõese o voto pelo Brasil, com o revigoramento dosEstados, atribuindo-se-lhes, isto sim, maiores somas de competências e melhores alternativas deagilizarem programas regionais para atendimentoao nosso sofrido povo. Dividir Minas é retirar doBrasil algo que integra de maneira indelével asua história, o seu presente e o seu futuro,
Os Intelectuais mineiros estão certos de quenossos constituintes saberão assimilar o problema, tendo em vista as invejáveis unidade políticae geográfica brasileiras, de que somos todos, emúltima análise, os responsáveis diretos., Academia Divinopolitana de Letras - Acade
mia Feminina Mineira de Letras - Academia deLetras de Viçosa - Academia Mineira de Letras- Adão Ventura, escrítor - Adélia Prado, escntora - Ademir R. Silva, crítico de cinema - Adilson Carlos Fernandes, jornalista - Adilson Rodrigues, jomalista - Afonso ÁVila, escritor - AfonsoBorges Filho, escritor - Afonso Romano deSant'Ana, escritor - Afonso de Souza, jornaíísta- Alan Viggiano, escritor - Alberto Barroca, escritor - Alberto de Senna Batista, jornalista Alciene Ribeiro Leite, escritora - Alcir Pires vermelho, compositor - Alexâma Itapuan Goularí,jornalista - Alvaro Andrade Garcia, escritor Álvaro Apocalypse, artista plástico - Ana ElisaGregori, escritora - Ana Maria Duarte Nunes de
Junho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sábado 18 11419
Souza C. e Bragança, escritora - Ana Raquel,ilustradora - Ângela Carrato, jornalista - ÂngelaDomeles Vaz Leão, escritora - Angela Lago, ilustradora - Ângela Leite de Souza, escritora Ângelo Osvaldo de Araújo Santos, jornalista André Carvalho, escritor - André Marques daSilva, jornalista - Aníbal Cristiano Pena, jornalista- Antônio Barreto, escritor - Antômo Cândidode Mello e Souza, crítico literário - Antônio CésarDrummond Amorín, escritor - Antônio Cocenza,jornalista - Antônio Lisboa Meira, jornalista Antônio Savino, escritor - Augusto Duarte, jornalista - Austen Amaro de Moura Drummond, escritor - Autran Dourado, escritor - Baptista Chagas Almeida, jornalista - Benedito Paulo Nogueira, escritor- Benito Barreto, escritor- BenjaminAbaliac, jornalista - Bernardo Andrade Carvalho,escritor - Beto Guedes, cantor - Borjalo, cartunista - Branca Maria de Paula, escritora - CarlosÁvila,escritor - Carlos Armando, crítico de cinema - Carlos Felipe de M. Marques Horta, jornalista - Carlos Gropen, jornalista - Carlos Herculanó Lopes, escritor - Carlos Pereira, jornalista- Carlos Perktold, marchand - Carlos RobertoPellegrino, escritor - Carlos Wolney Soares, artrsta plástico - Celene Caldeira Brant, artista plástica - Celina Machado, jornalista - Célio Horta,jornalista - Célius Aulicus, jornalista - CelrnaA1vim, artista plástica - Celso Adolfo, cantor Chanina Szejnbepi, artista plástico - Chico Marinho, chargista - Clara Arreguy, jornalista - Cláudia Renault, artista plástica - Claudinê A1bertine,jornalista - Cleonice Rainho, escritora - CristinaAgostinho, escritora - Daniel Gomes, jornalista- Danilo Andrade, jornalista - Déa Januzzi, jornalista - Décio Meíreles de Miranda, escritor Délcio Monteiro de Lima, escritor - Delfim Afonso Jr., escritor - Dirceu Mesquita Horta, jornalista- Djalma Corrêa, músico - Djalma Gomes, jornalista - Dom Marcos Barbosa, escritor - Douglas Bicalho Dias, desenhista - Duílio Gomes,escritor - Edméia Passos, jornalista - ElianaMourão, artista plástica - Eliana Rangel, artistaplástica - Elisa Melo, jornalista - Elizabeth Carvalho Guimarães, historiadora - Eloy do PradoBrandão, jornalista - Elza Beatriz, escritora Emílio Grinbaum, crítico literário/médico - Erasmo Ângelo, jornalista - Everton de Paula, jornalista - Eurípedes Alcântara, escritor - EymardBrandão, artista plástico - Fábio Lucas, críticoliterário - Fábio Pompeu, jornalista - FernandoBrant, compositor - Fernando Cesário, médico/escritor - Fernando Mitri, escritor - FernandoMorais, escritor - Fernando Rios, escritor - Fernando Sahíno,escritor - Fernando Veloso, artistaplástico - Fernando Sasso, jornalista - Fernando Teixeira, escritor - Flamínio Fantini, jornalista- Flávio Orsini Costa Vai, crítico de cinema Flávio Venturini, cantor - Francisco Brant, jornalista - Francisco Iglésias, escritor - FranciscoSantana Resende, jornalista - Francisco SthelingNeto, jornalista - Gabi Santos, jornalista - GentilUrsine do Vale, escritor - Geraldo Álvares, editorde livros - Geraldo França de Lima, escritor Geraldo Ludovico, ator - Geraldo Magalhães, jornalista - Geraldo de Oliveira Simões, jornalista- Geraldo Teles de Oliveira (G.T.O), escultorGilberto Faria, escritor- Gilberto Mansur, escritor- Giovana Martins, artista plástica - Gracie Santos, jornalista - Grande Otelo, ator - Haley Carneiro, jornalista - Hélio Marinho, cantor - Helos
Porfírio, jornalista - Henrique Novais, jornalista- Heraldo' Melo A1vim, escritor - Higma Bruzzide Melo, escritora - Híldebrando Pontes Neto,escritor - Ieda Prates Bernis, escritora - IldeuBrandão, escritor - lone Bernadete Dias de Morats, jornalista -Ildamaris Féhs, jornalista -Isaura Pena, artista plástica - Isaac Karabtchevsky,maestro -Isaías Golgher, historiador - Ítalo Bertoleti, escritor - Ivan Ângelo, escrito - IvanDrummond, jornalista - Ivan Vasconcelos, escritor -Ivany Rocha, jornalista -Jacques do PradoBrandão, escritor -Jaime Pra80 Gouvêa, escritor- Jarbas Juarez, artista plástico - Jeferson Andrade, escritor - João Bosco Carneiro Barbosa,jornalista -João Luís Traverso, jornalista -JoãoEtienne Filho, escritor - Jonas Bloch, ator José Adão Fialho, escritor -José Cercchi Fusari,escritor - José Márcio Penido, jornalista - JoséMana Mayrink, escritor - José Maria Cançado,jornalista -José Maurício VidalGomes, jornalista-José Procópio, psiquiatra/escritor-José Zubaico de cinema - José Romualdo Quintão, artistaplástico - Jorge Fernando dos Santos, escritor- José Eustáquio de Oliveira, jornaliSta - JoséHenrique de A Guimarães, livreiro - .JussaraGonçalves, jornalista - Lacyr Eschetino, escritora- Laetitia Renault, artista plástica --"- Laís Corrêade Araújo, escritora - Lauricy Belletti Rodrigues,escritora - Lázaro Barreto, escritor - Leda Bouchat, escritora - Leopoldo José de Oliveira, jornalista - Letícia Malard, escritora - Ligia Lippi,artista plástica' - Lindolfo Paoliello, escritor Lino Albergaria, escntor - Lizabeth Emermmarcher, artista plástica - Lô Borges, cantor- LucasRaposo, jornalista/músico- Lúcia Helena Gazela.jornalista - Lúcia Machado de Almeida, escritora- Lúcia Magalhães Barbosa, escritora - Lucíene'Takahashi, jornalista - Lúcio Perez, jornalista -:Luís Carlos Dolabela Chagas, escritor - Luís Fernando Rufato, escritor' - Luís Carlos Bemardes,'jornalista - Luís Nacif, escritor - Luís Paulo Ferreira de Andrade, dramaturgo - Luís Vilela,escritor - Manoel Lobato, escritor - Marcelo CastilhoAvelar, crítico de cinema - Marcelo Perine, escritor·- Marcemírio de Oliveira, escritor - MárCIaPortela, jornalista - Márcio Almeida, escritor Márcio Sampaio, artista plástico/escritor - MarcoFalabella, jornalista - Marco Túlio Resende, artista plástico - Marcos Coelho Benjamin, artistaplástico - Marcos Pedroso, escritor~Maria Angélica Melendi (Pitti), artista plástica - MargaridaMaria Andrade B. de Oliveira Mega, escritora Maria Camargos Rocha, escntora - Maria Cândido Aguiar, escritora - Maria Clara Prates, [ornalista - Maria Cléa Borges, jornalista - Maria Cristina Rodnques, jornalista - Maria de Lourdes DiasReis, escritora - Maria de Lourdes Schaefer, jornalista - Maria do Carmo Brandão, escritora Maria Helena Andrés, artista plástica - Maria Helena de Andrade Linhares, jornalista - Maria JoséQueirós, escritora - Maria LÚCIa Godoy, cantora/escritora - Maria Vilma de Oliveira, escritora Marilton Borges, músico - Marina Nazareth, arnsta plástica - Mário Flecha, jornalista - MárioGarcia de Paiva, escritor - Mário Sérgio Brant,jornalista - Mário Teles de Oliveira, escultor Mário Vale, artista plástico - Mário Zavagli, artistaplástico - Maristela Carneiro, jornalista - Maristela Tristão, artista plástica '- Marly F. Álvares,jornalista - Mauro Horta Neves, jornalista - Mauro Mendonça, ator - Mauro Werkema, jornalista
- Melchiades Cunha Júnior, escritor - Micitausdo Issás, escritor - Miguel Resende, ator - MiltonNascimento, cantor - Moacir Laterza, artista plástico - Mônica de Castella Noronha, escritora Mônica Machado de Almeida, artista plástica Mônica Sartori, artista plástica - Murilo Antunes,compositor/escritor - Murdo Fehsberto, escritor- Murilo Rubião, escritor - Napoleão da CruzMatos, historiador - Neander de Oliveira César,jornalista - Neide Magalhães Fonseca, jornalista- Nirlando Beirão - Ofélia Bhering, jornalista- Olavo Romano, escritor - Oldack Esteves,jornalista - Olívio Tavares de Araújo, artista plástico - Olympio da Cruz Simões Coutinho, jornalista - Osvaldo André de Melo, escritor - Oswaldo França Júnior, escritor - Otto Lara Resende.escritor - Pascoal Mota, escritor - Paulinho Assunção, escritor - Pauhnho Pedra Azul, cantor- Paulo Celso R.Ramos, jornalista - Paulo Faria,jornalista - Paulo Laender, artista plástico - Paulo Mendes Campos, escritor - Paulo Mercadante,escritor - Paulo Roberto A. Nogueira, jornalista- Paulo Schrnidt, artista plástico - Pedro NunesVIeira,escritor - Priscila Freire, teatróloga - Rarnon Garcia y Garcia, jornahsta - Regina PintoZigoni, escritora. - Ricardo Grinbaurn, jornalista- Rique A1eixo de Brito, escntor - Rita Espeschit,escritora - Robertinho Brant, compositor - Roberto Drurnrnond, escritor - Robson Damasceno, escritor - Rogério Miranda, jornalista - Rogério Ramos Pimentel, escritor - Ronald Claver,escritor - Ronaldo Bastos, compositor - Ronaldo Simões Coelho, escritor - Ronaldor, ator- Rosângela Rennó, artista plástica - RosanaBrant, jornahsta- Rui Castro, escritor - Rui Marcos Silveira de Almeida, jornalista - Rui Mourão,escritor - Ruiter Miranda, jornalista - Ruth Barros, escntora - Sábato MagaldI, crítico de teatro- Sara Avila,artista plástica - Sebastião GeraldoBreguês, jornalista - Sebastião Milagre, escritor- Selma Weissrnann, artista plástica - SérgioAugusto Carvalho, jornalista - Sérgio Fantini, escritor - Sérgio Vaz, escritor - Silas Alberto Pereira, jornalista - Sílvia Helena Laporte, jornalista- Silviano Santiago, escritor - Sílvio do AmaralMoreira, jornalista - Sindicato dos Escritores deMinas Gerais - Solange Borges, cantora -SôniaLabouriau, artista plástica - Son Salvador, jornalista - Stella Libânio Christo, escritora - TadeuFranco, cantor- Tavinho Moura, cantor - TeloBorges, cantor - Tereza Cristina Soares de Souza(Tecris), jornalista - Terezinha Alvarenga, escritora - Terezinha Azeredo Rios, escritora - Terezinha Soares, artista plástica - Terezinha Veloso,artista plástica - Theódulo Amaury da Mota, jornalista - Títane, cantora - Tonico Mercador,escritor - Toninho Horta, cantor - UmbertoWerneck, escritor - ValdirVasconcelos, jornalista- Vera Godoy, jornalista - Victor Couri, jornalista- Vilrna Fazito, jornalista - Vilrna GuimarãesRosa, escritora - VivaldiMoreira, escritor - VíVlna de Assis Viana, escritora - Virgínia Pinheiro,escritora - Wander Caldeira Brant, jornalista Wagner Torres, escritor - Wagner Seixas, jornalista - Wagner Tiso, músico - Wayne Fernandes, jornalista - Wdliarn Souza Santos, jornalista- Wilson Coelho Leão, escritor - Wilson Figueiredo, escritor - Wilson Frade, jornalista - YéBorges, cantor - Zancar Duarte, jornalista - ZéIio Alves Pinto, artista plástico - Ziraldo, escntor- Zulrnira Rolirn de M. Lins, escritora.
11420 Sábado 18 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Junho de 1988
o SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, SI""" e Srs.Constituintes, a função das Disposições Transitórias num texto constitucional é sempre preparara nova ordem que, teoricamente, se inicia coma entrada em vigor do novo texto que se estápreparando. São, por sua própria essência e natureza, um veículo para ser usado pela sociedadeque se quer construir com o novo texto constitucional, que necessita de algumas adaptações, afim de que não haja um processo de dificuldadeacrescido pelo descuido ao redigir-se esse texto.
No entanto, sem discutir o mérito e a naturezaprogressista ou reacionária e conservadora do texto permanente votado no primeiro turno da Assembléia Nacional Constituinte, o que estamosobservando nas Disposições Transitórias é que,em vez de preparar a transição, elas estão muitomais vinculadas à preocupação, a partir da observação de seus artigos e parágrafos, de cristalizardistorções e injustiças e manter a velha ordemdentro da nova ordem. É uma verdadeira subversão do conceito do que sejam Disposições Transitórias.
Sr. Presidente, observando a imprensa de hoje,é lamentável perceber que o povo deste País eseus trabalhadores são os mais desprotegidosnesta parte da Constituição. Não há, nos artigose parágrafos do Ato das Disposições Gerais eTransitórias, qualquer preocupação em conter aescalada de abusos da política econômica que,quando a nova ordem constitucional entrar emvigor, não terá forças para impedir a destruiçãoprovocada pelo velho, que, hoje, além de antigoe ultrapassado, é administrado de maneira perversa, não atendendo aos interesses populares.
Apolíticaeconômica do Governonão se detém,não há qualquer preocupação em criarcondiçõesde sobrevivência para o nosso povo. Há mesmoo risco de termos uma Constituição nova, masum povo sem condições mínimas de exercer acidadania de pleno direito.
O pão francês sobe quase 19% no dia de hoje,acumulando um aumento de 215,13% desde oinício do ano, contra uma inflação de 123,99%.Além disto, nos supermercados os preços sobemquase 20% neste fimde semana. Acarne continuasubindo acima da inflação.Os que têm o privilégiode possuir telefone, também a partir deste fimde semana pagarão tarifasquase 20% mais caras.O leite tipo "C" - mais uma coloração brancaque leite - sobe de 50 para 61 cruzados; O dotipo "B", de 85 para 100 cruzados.
A transitoriedade, Sr. Presidente, não estamosconseguindo dar às Disposições Transitórias,maso Governo, com essa política de massacre, impede que o cidadão, sem as mínimas condiçõesde sobrevivência, transite de uma velha ordempara uma nova.
Encerro com a observação do consumidorEduardo Ribeiro, de São Paulo, que, numa padaria, diante da surpresa diária com o preço cadavez mais alto de todos os gêneros de primeiranecessidade, afirma:
"Olimpíada dos preços. As chances de oconsumidor maltreinado, subnutrido, conquistar uma medalha são remotas. Ele sabe,desde o começo, que vai chegar sempreatrás. Se insiste em correr, é porque estávivo e não pode renunciar à esperança devencer."
É essa sobrevída do nosso povo, Sr. Presidente,que permite imaginar que este Governo,por maisviolento, insensível e incapaz que seja, não vaiconseguir derrotar a população, que ainda mantém a esperança.
O Sr. Darcy Deitos - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - TemV. Ex' a palavra, pela ordem.
O SR. DARCY DEITOS (PMDB - PRo Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, são 9h39mino Ontem o Presidente UlyssesGuimarães convocou uma sessão para hoje, às 9:00h, afirmandoque às 9h30min seria feita a verificação de quorum.
Solicito,pois, a V.Ex' que faça essa verificação,porque não é justo que os Parlamentares quepermaneceram em Brasília para dar número aesta sessão fiquem prejudicados nas suas viagens, se porventura não for obtido quorum sufíciente para dar andamento a esta reunião.
É a solicitação que faço a V. Ex'
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - APresidência deseja informar ao Plenário que, ontem, durante a sessão, instado por alguns Constituintes, o Presidente Ulysses Guimarães assegurou que, na reunião de hoje, às 9h30min, seriafeitaverificaçãode quorum. Esta Presidência nãotem por que deixar de acatar a decisão do Presidente Ulysses Guimarães e fará, em seguida, achamada dos Srs. Constituintesque se encontramnas dependências do Congresso, para que venham diretamente ao plenário, a fim de que seproceda à verificação de quorum e, assim, sepossa dar seguimento ao processo de votaçãodas matérias constantes da Ordem do Dia.
O SR. PRESIDENTE (Jorge Arbage) - Concedo a palavra ao nobre Constituinte 'fito Costa.
O SR. TITO COSTA (PMDB - SP. Sem revisão do orador.)-Sr. Presidente,SroseSrs. Constituintes, quero registrar nos Anais da AssembléiaNacional Constituinte a comemoração dos 80anos da imigração japonesa para o Brasil.
Ex-Prefeito de São Bernardo do Campo, ali tiveum convíviomuito grande com os membros dacomunidade japonesa, que, em São Paulo e outros recantos do Brasil, trouxeram contribuiçãovaliosíssima para o desenvolvimento brasileiro,não só no que se refereà agricultura,mas tambémàs artes e a outras atividades humanas.
Precisamente hoje, 17 de junho, quando chegaa São Paulo o PríncipeFumihito, da Casa Imperialjaponesa, queremos registrarnossa alegria e satisfação pela comemoração dos 80 anos da chegada do primeiro contingente de migrantes japoneses, que para cá vieram enfrentando grandes adversidades, mas que aqui se radicaram e deramexcelente contribuição ao nosso desenvolvimento, a qual todos nós, brasileiros, devemos reconhecer, aplaudir e agradecer.
Meu aplauso e meu agradecimento, portanto,à valorosa colônia japonesa, que, repito, tem sido,na sua integração com o Brasil, um dos fatorespreponderantes do progresso do nosso País.
O SR. LUIZ SOYER (PMDB-GO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs.Constituintes, pretender equiparar os preços do
álcool e da gasolina - idéia que vem sendo estudada no Ministério da Fazenda-é uma rematadaloucura e podem depor a respeito o Sr. OsiresSilva, Presidente da Petrobrás, e o Sr. AurelianoChaves, Ministro das Minas e Energia.
Por isso mesmo os consumidores e produtoresde álcool hidratado no Estado de Goiás estãose movimentando contrariamente a qualquer resolução do Conselho Nacional do Petróleo nessesentido, sustentando que a equiparação de preçosentre os dois combustíveis resulta na destruição,a curto prazo,do Proálcool,um dos planos válidosdos Governos anteriores, justamente quando o"boom" do petróleo começou a exigir, de todosos povos consumidores do mundo, uma soluçãoao menos parcial, pela produção de novos combustíveis,desde o aproveitamento da energia solaraté a utilização do lixoe da energia das marés.
Demora o reajuste dos combustíveis justamente em vista dessa reação, mas não tardará a vir,reduzindo-se a diferença entre o preço do álcool'e da gasolina, intenção que vem de longo tempo.
O Presidente da Sociedade Goiana de Produtores de Álcool, já declarou que se a equiparaçãoocorrer, irá à falência o Proálcool, com gravesprejuízos para o Estado, que tem nada menosde trezentos mil veículos movidos a álcool circulando, enquanto nada menos de vinte e uma usinas serão condenadas à concordata ou à falência.
Mas não é só isso. Existem, em todo o Paíscerca de quinhentas destilarias,gerando cerca deoitocentos mil empregos diretos e mais de trêsmilhóes indiretos.
Sabe-se que, para a extração de um barril depetróleo, são utilizados0,6 por cento de empregosdiretos, enquanto para produzir um barril de álcool, mobilizam-se cerca de quatro empregos,ou seja, a produção do álcool gera sessenta vezesmais empregos que a de gasolina.
Isso deve pesar na balança, quando há subemprego no Brasil, constituindo-se num risco gravea realizaçãodessa mudança pelo Conselho Nacional do Petróleo, quando estudos do Ministério deMinase Energia, para justificar a equiparação depreços, não ignoram esses aspectos negativose ameaçadores, tanto mais quando, desde abrilde 1987 foicrescente a melhoria da situação energética no País, reduzindo-se a importação da petróleo, apesar do aumento da frota circulante. Paralelamente, melhorou a tecnologia na produçãode motores, que passaram a consumir menoscombustíveis, inclusiveo álcool hidratado.
Era o que tínhamos a dizer.
O SR. ONOFRE cORRÊA (PMDB - MA.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, faço, desta tribuna do Parlamento brasileiro,um apelo ao Governador Epítácio Cafeteira no sentido de que encaminhe rnensagem à Assembléia Legislativa do Estado do Maranhão propondo a emancipação políticado Distrito de São Pedro de Água Branca, atualmentepertencente à cidade de Imperatriz.
Acha-se ele distante cerca de 180km da sededo Município, estando situado na divisa com oPará e Goiás. Sua população é grande, mas seencontra tristemente abandonada pela Prefeiturade Imperatriz, que não se tem preocupado comas necessidades básicas de sua população trabalhadora e ordeira.
Junho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Sábado 18 11421
Esse Distrito, juntamente com Vila Nova dosMartírios e Primeiro Cocal, possui todas as condições para gerir, sozinho, os seus destinos políticos. Estou consciente, devido aos contatos quevenho mantendo com a comunidade, de que esseé o anseio desses três núcleos populacionais doatual Município de Imperatriz.
Entendo e sempre defendi esse ponto de vistaque devemos oferecer condições práticas e legaispara que os Distritos possam ter as oportunidadesdevidas para se afirmarem. Abandonados comose encontram atualmente, esses três Distritos sofrem uma marginalização injusta e indevida. Contribuem, significativamente, para a arrecadaçãomunicipal e nada recebem em troca.
Estou certo de que o nobre Governador Epitácio Cafeteira será sensível a essa reivindicação,e dentro de muito pouco tempo haverá mais umpujante MUOlcípio trabalhando para o progressodo nosso Estado do Maranhão.
Era o que tinha a dizer.
O SR. FRANCISCO ROLLEMBERG(PMDB - SE. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Srs. Constituintes, acima de to--dos os interesses está a força do direito.
O mesmo zelo demonstrado pela Bahia na defesa da manutenção do seu território, tal comohoje, embora erroneamente demarcado, guardaa devida proporção com o temor do esbulho conforme sentido, há mais de um século, pelo Estadode Sergipe.
O Território baiano se restringia, à êpoqa doBrasil Colônia, à reqrão do Recôncavo, ocupandocerca de 4.000km2
, onde se sedíava'o GovernoGeral. Tratava-se de uma área restrita, destinadaexclusivamente ao exercício da edmínístraçãocentral da imensa terra descoberta pelos portugueses.
Com a mudança da Govemadoria Geral parao Rio de Janeiro, iniciou-se o processo avassalador daquela então Provincia, em detrimento, porcerto, das regiões vizinhas. No início do séculoatual, a área da Bahia já contava com 420.427km2
atingindo, hoje 559.951km2• Foi esta uma expansão incompreensíveL É como se o antigo DistritoFederal, após a mudança da Capital para Brasília,ocupasse todo o Estado do Rio de Janeiro. Noentanto, limitou-se a transformar-se em CidadeEstado, o da Guanabara, mantendo integralmentesua extensão territorial. Ao contrário, a Bahra seexpandiu.
Deve considerar-se os mecanismos empregados para obter tal aumento territorial. Em relaçãoa Sergipe, foram usurpados mais de 18.000km2
,
reduzindo-se a área de pouco mais de 39.000km2,
segundo informação oficial do Governo da Bahia,para 21.059km2. A partir do clIlO de 1904 - noinício de século, portanto - enquanto a superfícieda Bahia aumentava inexplicavelmente, tambémde forma inexplicável a área de Sergipe sofriadrástica redução de quase 50%.
Encontram-se em meu poder vários documentos fidedignos que comprovam a primitiva superfície do meu Estado. Entretanto, Senhores, comonão busco estimular a discórdia, não advogo adevolução da área total usurpada. Proponho, pormeio da Emenda Aditivan° 2P00587-O, o retomode apenas 3.000km2 à superfície do Estado; aoinvés dos treze municípios subtraídos à organização político-administrativa sergipana, a reínte-
gração de apenas três: Jandaíra, ltapicuru e RioReal.
Coerente com o espírito conciliador dos meusirmãos sergipanos, persigo o entendimento e acompreensão.'Foram esses os objetivos da emenda que apresentei a este augusto Plenário; pretendo, apenas, que se restaure a fronteira sul e adignidade histórica da minha terra.
Srs. Constituintes, Sergipe depõe em suasmãos essa questão que se arrasta há mais deum século, confiante no discernimento e no sensode justiça que deve presidir cada decisão destaAssembléia soberana.
Encerro esta fala com as oportunas palavrasdo editorial "Forma de luta", do jornal Gazetade Sergipe:
"Em tal questão não pode haver fronteirapartidária (...). A questão é superior, prioritária, e requer a consciência tanto individualcomo coletiva para que o erro não se perpetue no tempo."
Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente, Srs.Constituintes.
O SR. MÁRIo MAIA (PDT - AC. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, a Justiça do Trabalho cumpriu seu papele, demonstrando independência, autonomia, como espírito voltado para os interesses e os direitosdos trabalhadores, decidiu pela ilegalidade docongelamento da URP.A Justiça do Trabalho fezo que cabia às autoridades do Executivo fazer,
- fez o que cabia ao Congresso Nacional fazer.
Em dois anos consecutivos, o Executivo apropriou-se do produto do trabalho alheio. Isto equivale a uma apropriação indébita do que não lhepertence, mesmo sendo as vitimas desse esbulhoseus próprios servidores. No ano passado, na gestão, no Ministérioda Fazenda, do Sr. BresserPereira, os trabalhadores perderam, no ato de divulgação de sua política, o famoso pacote Bresser,a inflação correspondente a um mês. Depois, vieram o arrocho declarado por um lado e, por outro,as justificativas enganosas, a dissimulação e oengodo. Neste ano, com a nova política do Sr.Maílson,os trabalhadores voltaram a perder. Sempre com os mesmos argumentos que, em absoluto, não correspondem à verdade.
O CongressoNacíonal, por sua vez, infelizmente, participou desse jogo injusto com su~ omissãonesse sufocamento dos assalariados. E indeferisável a postura de certos Constituintes que defendem e justificam o congelamento dos vencimentos de quem recebe 10 ou pouco mais que 10mil cruzados por mês no Serviço Público. O argumento apresentado, de que não existem recursos,é falacioso, inverídico, basta observar algumasaplicações que o Governo vem fazendo de seusrecursos financeiros, tais como dívidas não cobradas de usineiros, compras de caças à jato, helicópteros, submarinos. Basta verificar a concentraçãode recursos em algumas áreas, em troca deapoios ao Governo, especialmente apoio aos cinco anos. Só em promessas que, obviamente, nãocumprirá, o Governo já comprometeu os orçamentos de vários governos sucessivos, como éo caso da prometida estrada ligando Cruzeiro doSul, no meu Estado, ao resto do País. Nem aligação entre Porto Velho, em Rondônia, a RioBranco, no Acre, o Governo do Sr. Sarney conse-
guirá executar, quanto mais o Rio Branco-Cruzeiro do Sul, em 20 meses.
O Tribunal ainda não deu sua decisão definitiva,porém o resultado preliminar de dez votos a doispela inconstitucionalidade do congelamento daURPé uma afirmação peremptória de sua autodeterminação e independência, afirmação esta queo Congresso Nacional está impossibilitado de fazer.
O SR. MATHEUS IENSEN (PMDB - PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, todo homem púbhco está sujeito a calúnias, infâmias e injúrias. Faz parte dacaminhada política, principalmente quando essehomem ganha projeção. A inveja é companheirainseparável daqueles que, distanciados das conquistas, buscam denegrir a honra alheia atravésde métodos falaciosos.
Desejo referir-me, em especial, ao noticiáriodos jornais Tribuna do Paraná; de 4 de junhoFolha de Londrina; de 9 de junho, e CorreioBraziliense, de 9 de junho, acolhendo falsidadeslevantadas pelo compositor Edison FernandesCoelho contra a minha pessoa, alegando não lheterem sido pagos os devidos direitos autorais sobre música de sua lavra incluídas no disco "CemOvelhas", da Editora Evangélica Estrela da ManhãLtda, de minha propriedade. Nesses noticiários,sou claramente acusado de ser mau pagador ede estar utilizando a fé evangélica para auferirlucros pecuniários em proveito próprio.
Nada mais falso, Sr. Presidente. Exibo, nesteinstante, cópia de recibo assinado pelo referidocompositor, dando plena, geral e irrevogável quitação pelos direitos autorais referentes à autoriadas músicas constantes do citado long-play. Aforma de pagamento está claramente enunciada:cinquênta mil cruzados em moeda corrente; quinhentos dos citados discos; cinco minutos diáriosna programção de Rádio Marumby, até o finaldo ano de 1986.
O recibo está datado de 28 de julho de 1986,com as firmas devidamente reconhecidas em notário público, tendo como testemunha, inclusive,Teima Moreira de Carvalho Fernandes Coelho,com quem Edison Fernandes canta em dupla.Solicito, Sr. Presidente, que esse recibo seja transcrito, integralmente, nos Anais da Casa, para quenão surjam ou permaneçam quaisquer dúvidassobre o episódio.
Averdade sobre todo esse noticiário é que estemodesto orador foi o autor da emenda que fIXOU
em cinco anos o mandato do Presidente JoséSarney. Os descontentes, aqueles que votaramcontra a emenda, buscam agora qualquer acontecimento que possa atingir minha honorabilidade.Mas tenho a consciência tranqüila.
Outro ponto contido nessas matérias díz respeito a uma emenda, também de minha autoria,que isenta do pagamento de direitos autorais amúsica sacra baseada em textos bíblicos, quandoutilizada em programas de caráter religioso. Aaprovação deste texto, Srs. Constituintes, contrariou aqueles que se servem da palavra de Deuspara fins meramente comerciais. A minha emenda mereceu significativo apoiamento, obteve oaval de inúmeros colegas. E, sobretudo, foi acolhida pela maioria absoluta dos Constituintes.
No Livro de São Mateus está escrito: "Se degraça recebestes, de graça dai." Sou, pessoalmente, cantor sacro há 25 anos, com mais de
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vinte discos lançados por grandes gravadoras. Jamais auferi direitos autorais. Entendo que a BíbliaSagrada é de domínio público e a ninguém cabeo direito de intitular-se dono da palavra de Deus.
Todo esse episódio, Sr. Presidente, deriva dareconhecida frustração daqueles que votaramcontra o mandato de cinco anos para o PresidenteJosé Sarney. E escolheram a minha pessoa comoalvo de suas retaliações Mas, nada temerei. SeDeus está comigo, quem estará contra mim? Aquem temerei?
Era o que tinha a dizer!
TEXTOA OOE SE REFEREO ORADOR:
RECIBO DE QUITAÇÃO
Pelo presente instrumento particular, eu, EDISON FERNANDES COELHO, brasileiro, casado,músico, portador da Carteira de Identidade RGn° 14.100, expedida pela Ordem dos Músicos doBrasil, Conselho Regional do Estado do RIO deJaneiro, da Carteira de Identidade RG n°02193819-6-RJ, e inscrito no CPF/MP. sob o n°371.270.477-15, residente e domiciliado à ruaJorge Lacerda, n° 125, apt- n° 102, Jardim América, na Capital do Estado do Rio de Janeiro, abaixo assinado, declaro que nesta data recebi daEDITÔRA EVANGÉLICA ESTRELA DA MANHÃLTDA., pessoa jurídica de direito privado, comsede e foro à Avenida Paraná, rr 1.879, Boa Vista,nesta Capital, devidamente inscnta no CGC/MFsob o rr 77.052.215/0001-80, inscrição estadual101.35.598-A, como segue abaixo:
A) Cz$ 50.000,00 (cinquenta mil cruzados) emmoeda corrente e legal do País, contados e achados certos, dos quais dou ao mesmo plena, gerale irrevogável quitação de pago e satisfeito paranada mais reclamar da quantia ora recebida, por .mim, meus herdeiros ou sucessores;
B) 500 (quinhentos) discos "Cem Ovelhas",long play, com 12 faixas, Gravadora Estrela daM~nhã, de propriedade, digo, com 12 faixas, daEditora Evangélica Estrela da Manhã Uda.;
C) 5 (cinco minutos) dtáríos na programaçãoda Rádio Maramby, com sede nesta capital, queopera em OM (ondas médias), até o fínal do corrente ano de 1986.
Todos esses bens servem para quitação plena,geral e irrevogável, pelos Direitos Autorais do signatário referente à autoria das músicas constantesdo LP "CEM OVELHAS", interpretado por Ozéiasde Paula, abaixo relacionadas:
1°) É assim que eu te amo.2°) Oh foi por mim.3°) Tu me guiarás.4°) Canção do Nauta.5°) Pode alguém - Gravada por Expedito Ro
drigues.A presente quitação abrange o período com
preendido entre a gravação do referido LP atéa presente data, nada mais podendo o signatárioreceber ou reclamar em tempo algum, referenteaos referidos direitos autorais, no período supraconsiderado;
O presente é firmado em caráter irrevogávele irretratável, não cabendo do mesmo arrependimento com o conseqüente prejuízo à parte quehouver originado à causa; respondendo o signatário do presente instrumento civile criminalmente pelo que se contém no presente instrumento,
Isentando a Editora supracitada de qualquer responsabihdade até a presente data.
E, por ser a expressão da verdade e para queproduza os efeitos legais, firmo o presente instrumento em 2 (duas) VIas de igual teor e forma,na presença de 2 (duas) testemunhas à este atopresentes;
Curitiba, 28 de julho de 1986. - Edison Fernandes Coelho.
De acordo:Matheus IensenTestemunhas:
José Felintoe
TeIma Moreira de Carvalho Fernandes Coelho
o SR. FLORlCENO PAIXÃo (PDT - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Constituintes, desejo, nesta oportunidade,manifestar minha solidariedade aos microempresários deste País, que aguardam, com ansiedade,uma soluçáo desta Assembléia Nacional em relação aos seus cruciantes problemas financeiros,decorrentes de empréstimos bancários realizadosna época do fracassado Plano Cruzado.·
São hoje mais de um milhão de unidades produtivas urbanas e rurais em situação de insolvabihdade, às portas da falência. Elas não desejamnem pedem anistia de suas dívidas, mas tão-somente a dispensa da correção monetária de seusdébitos, que foi restabelecida em função do fimdo Plano Cruzado. Tão-somente isso. E conclamomeus colegas a votarem as emendas Mansuetode Lavor e Humberto Souto. Estaremos, assim,não apenas reativando uma parcela ponderáveldo setor produtivo, como também reincorporando à força do trabalho centenas de milhares deempregados despedidos cumpulsoriamente emvirtude das dificuldades apontadas, que atingiramas micro, pequenas e médias empresas em todoo País.
O SR. SÓLON BORGES DOS REIS (PTB-SP. Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, Srs. Constituintes, a quem interessa o retardamento dos trabalhos da Assembléia NacionalConstituinte? A quem pode interessar?
Há os que põem na conta do Governo federalum esforço para atrasar as decisões desta Casa,na esperança de que, assim, poderia o Executivocontinuar governando mediante decretos-leis, durante mais tempo e também se retardaria a plenavigência da reforma tributária que transfere recursos da União para os Estados e os Municípios.Não creio que, com o conhecimento e o endossodo Presidente da República, uma manobra comoessa poderia empreender-se a esta altura das atividades constituintes desta Assembléia.
Há também os que debitam aos que não seconformam com as conquistas trabalhistas votadas por nós e desejariam procrastinar o mais possível a promulgação da nova Carta constitucionalbrasileira.
MenCIonam-se ainda grupos outros, instituições ou forças estranhas a esta Casa, como interessados em que a promulgação da Constituiçãoque estamos concluindo ficasse protelada parao mais tarde possível.
Não se pode, em sã consciência, afirmar a procedência dessas versões em si mesma deploráveis.
Mas a verdade é que precisamos acelerar osnossos trabalhos, concitando a todos os 559 integrantes deste extraordinário Poder, de ação histérica, a se integrarem de corpo e alma na tarefafinal de concluir o pouco que ainda resta paraacabarmos o nosso trabalho. Isto interessa muitoao povo e à Nação. E é apenas a nossa obrigaçãopolítica parlamentar, social, moral e cívica.
O SR. MAURÍCIO NASSER (PMDB- PRPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs Constituintes, antes do início dos tempos,os Irmãos lzanagi e Izanami se encontravam sobrea ponte celeste. EmbaIXO, trevas profundas e tempestuoso caos. A mulher Izanami perguntou: "Haverá algum ponto firme, no meio do abismo, ondepossamos descer?" Izanaqi mergulha o dardo depedra preciosa na massa amorfa e revoluteante.Quando o retira, cai uma gota do dardo. A gotaforma uma ilha, a ilha de Kyushu
As divindades vêm para a ilha, e nela se fixam.Acasalam-se. Da união nascem, primeiramente,as outras Ilhas, que iriam formar o Nippon. Seguem-se a elas numerosos deuses, dentre osquais o do vento, do mar, da chuva, das árvores,das montanhas, dos vales, dos alimentos, do fogo.
Izanami morreu queimada no parto do deus dofogo. Encolerizado, Izanagi sacou a espada e estraçalhou o recém-nascido. Cada pedaço se transformou em chispas e fagulhas; daí nasceram outros deuses.
Sepultada na povoação de Anma, na Provínciade Kii, o espírito de Izanami desceu, porém, aomundo subterrâneo, na Terra de Yomi. Izanagifoi buscá-la. Mas a deusa não queria mais voltarà luz e à vida. "Por que vens tão tarde? Eis quejá destruí o fogo da cozmha do país de Yomi.Não me molhes mais". Com um dente do penteenorme que consigo trazia, Izanagi fez fogo e viuo corpo da esposa como massa, em putrefação.Dos braços e pernas apodrecidos nasceram, ime-
. diatamente, os oito deuses do trovão.Aterrorizado e enojado, Izanagi tratou de fugir,
perseguido por Izanami, juntamente com os deuses do trovão. Conseguiu salvar-se, deixando Izanamí, a deusa horrível, na Terra de Yomi, ao lançar, durante a fuga, o barrete negro, depois opente, que se tranformam em uvas e brotos debambu e, por fim, lançou três pêssegos. A cadaobjeto lançado, Izanami parava a fim de examiná-los. Graças a isso, Izanagi ganhava maior distância.
Ao retornar ao mundo da luz, Izanagi se banhouno no, para purificar-se das manchas, quandose deu a grande gênese dos deuses japoneses.Da parte superior das vestes, nasceu o deus dasdoenças; da sujeira saída com a água, surgiramas duas divindades causadoras do mal; os Kamisuperiores despontaram da lavagem dos olhose do nariz. Amaterasu, a deusa do sol, brotoudo olho esquerdo e, do olho direito, a deusa lunar.O deus Susanô, irrequieto e perverso, veio donanz e estava destinado a praticar toda sorte detropelias, pondo em polvorosa a morada das divindades.
O deus Susanô põe abaixo os tapumes dosarrozais do céu, solta o fogoso cavalo celeste ese lança do telhado à sala onde Amaterasu trabalhava no tear. A deusa solar, já de si muito tímida,leva um grande susto e refugia-se no interior decaverna rochosa. O mundo mergulha nas trevas.
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(Ê possível que a lenda gire em torno de umeclipse solar total). Susanô fOI expulso do convíviodos deuses
As demais divindades Imploram a Amaterasuque saia da caverna. Ela se recusa a atender aospedidos A essa altura, a deusa Uzume se vestecom espalhafato e, diante da caverna, se põe adançar com lascívia e gestos obscenos. Os deusesnem dos trejeitos da deusa. Amaterasu se mostracuriosa sobre o que está acontecendo. Olha poruma fresta, mas nada vê Os deuses colocamum espelho à sua frente. Quando ela sai da caverna para olhar, o deus da força, que se esconderaao lado, arrasta-a de vez para fora Os deusestapam depressa a entrada da caverna com esteiras e Amaterasu não mais volta. O mundo seilumina de novo
Passado o tempo, alguns membros do conselho celeste baixam à terra, a fim de prepararema vinda do neto da deusa Amaterasu, de nome['!inigl.
Quando tudo estava pronto, Nmlgi desceu naparte oeste da Ilha da Kiushu, onde fundou olrnpéno dos Celestes. Como insígnias irnpenais,trouxe consigo o espelho, o sabre e o colar depedrarías, que, até hoje, são de uso do imperadordo Japão e veneradas por todos como dádivasdivinas.
Dá-se Jimmu Tennô como descendente dadeusa do sol e ancestral do atual tenshi (de tennô,"Imperador celeste", e shujo, soberano ou senhor).
Esclarecemos que o título de mikado é adotado quase exclusivamente em linguagem poética. Significa "Porta Sublime", de mi = sublime,kado porta.
Jimmy Tennô fundou, em 660 a.C; o reinodo Yamato, no centro da ilha de Kiushu, de ondese origina a história do Japão.
A lenda fala do guerreIro Yamato-dake, filhode rei de Yamato, que matou e mutilou o Irmão,por este haver deixado de comparecer à refeiçãocom o pai, o que se considerou ofensa muitograve.
Yarnato-dake convidou guerreiros do Kumaso,que arrotavam valentia e, após embnaqá-los nobanquete, cortou cada um ao meio com a espadae liquidou outro guerreiro de lzumo, medianteo estratagema de entregar-lhe uma espada demadeira, em vez da de aço, para o combate, nãolhe dando condição de defesa.
Noivo da princesa Miyazu, escapa de morrerno fogo, a carrunho de Sagami, graças à intervenção de sua tia; posteriormente escapa de morrerno mar, salvo que foi pela amante OtotachibanaNa planícíe de Tagi, o mitológico Yamato-dakese transformou na branca ave tarambola e subiupara os céus
O governo de Jimmu Tennõ se prolongou doano de 660 ao de 580 a C, com a duração, portanto, de oitenta anos, a enfeixar o imperador o poderabsoluto Esse regime perdurou de 580 a.c. até1192 d.C., em cujo período se sucederam cercade 81 imperadores.
A implantação do shogunato ocorreu em1192, com o fortalecimento do poder militar, emdetrimento do do imperador, predommando a famíha Mmamoto até 1213, e estando à frente oseu chefe Yorítomo, casado com mulher da família Haja. Yoritomo assumiu os poderes políticos,admírustratívo e militar e, em 1213, esses poderes
são transferidos à familia Haja, que governa até1333, quando sobrevém, pelo curto período decinco anos, entre 1333 e 1338, a restauração dopoder imperial, com o 90° tenshi Go-Daigo notrono. Takaiyi Ashikaga se insurpiu contra a cortee, em 1338, esmagou em batalha as forças queapoiavam Go-Daiqo. A família Ashikaga empalmau o shogunato por mais de dois séculos, mdode 1338 a 1590, época em que os daimyôs,mergulhados em forte rivalidade, guerreavam entre SI, pela cobiça de estender o seu domínio sobreoutras' províncias. A intervenção de HideyoshiToyotomi restabeleceu a paz, e os daimyôs lheprestaram obediência, como shôgum A famíliaToyotomi controlou o poder civil e militar portreze anos, de 1590 a 1603, quando se inauguroua era Tokugawa, após leyasu Tokugawa, fundadorda dmastía, ter vencido os Toyotomi. leyasu seato em Vedo, hoje Tokyo, depois de terem sidocapitais as cidades de Nara e Quioto.
Sob a égide da familia Ashikaga, haviam sidoadmitidos os primeiros portugueses, em 1542,no territórío japonês, acompanhados de jesuítas,com S Francisco Xavier entre os catequisadores.Mas, em 1637, os Tokugawa proibiram quaisquerrelações com o exterior e expulsaram os europeus, mcluindo os relígiosos, apesar de, nesseséculo XVII, um jesuíta haver elaborado o primeirodícionáno japonês-português. Apenas os holandeses puderam continuar residindo e negociandono Japão.
A era Tokugawa se prolongou de 1603 a 1868,ocasião em que houve a unificação do país ea concentração de maior poder em mãos do shôgum. Em 1854, o comodoro Mattew Perri chegou.ao Japão com navios de guerra norte-americanosé forçou a abertura dos portos' para o Ocidente,mediante tratado comercial, assinado, no ano seguinte, por uma delegação nipônica, nos EstadosUnidos.
Sobreveio, em 1868, o colapso do shogunato,e, em consequência, restaurou-se o poder írnpenal, tendo o tenshi Mutsuhito inaugurado a eraMeiji, notabilizada pela abertura pró-Ocidente epela modernízação do país, quandojovens nipõesforam enviados para cursarem universidades nosEstados Unidos, França e Inglaterra. Esses jovenstinham por missão adquinr os conhecimentoCientíficos e tecnológicos, para aplicarem praticamente no retorno à pátria. A era Meijise estendeuaté 1912, ocasião em que o tenshi Taisho assumiu o trono e governou até 1926, ano em queo poder-passou às mãos do Imperador Hirohito,e que é mantido por ele até os nossos dias, nãoobstante a sua provecta idade.
Na era Meiji, aconteceram alguns fatos altamente significativos. Em 1871, houve a aboliçãode leis que sustentavam o regime feudal, atravésdo damyato e do shogunato, e a promulgação,em 1899, de uma Constituição, nos moldes dada Prússia, a Alemanha de hoje. Embora a Chinahouvesse dominado o Japão no século IV e seguintes da era cristã, e houvesse introduzido obudismo no país, registrou-se, em 1894/1895, aguerra sino-japonesa, com derrota chinesa e íncorporação ao Japão da ilha formosa (Taíwan),da ilha dos Pescadores e da Penísula de üaotung. ,Em 1904/1905, o Japão derrota fragorosarnente 'a RÚSSia czarista, com a destruição da sua poderosa esquadra. A Coréia passa, em 1910, parao domínio ~ipônico, situação, qu~ hav~ri~,~e per-
durar até o esmagamento do Japão na SegundaGuerra MundIal, após a destruição, por bombasatômicas, das cidades de Hiroshina e Nagasaki.
Sob a égide do Imperador Taisho, o Japão participou da Primeira Guerra Mundial ao lado dospaíses que lutaram contra a Alemanha e a AustriaHungria, tendo incorporado, então, diversas ilhas,que haviam estado sob o domínio germânICO.
Sob Hirohíto, o Japão se apossa da Mandchúriae instaura o Estado-fantoche do Mandchukuo,com Pu-Vi como imperador. Surge, em 1937, o"incidente da China", uma guerra não declarada,em decorrência da invasão de provincias do norteda China, até transformar-se em guerra totaL Oexpansíorusmo militarista estimulou, em 1940, o"Pacto de Aço", após a formação do Eixo RomaBerlim-Tokyo. Ocorreu, a 7 de dezembro de 1941,o ataque japonês à base naval norte-arnencanade Pearl Harbor, e a guerra mundial se estendeuao Índico e ao Pacífico, quando os japoneses ocuparam a China, a Indochina, a Indonésia, o arquipélago das Molucas e outras ilhas. Era a execução,sem dúvida, dos princípios exarados no Memorandum Tanaka, de 1927, quanto à mponízaçãodo Extremo Oriente e expulsão dessa região daspotências ocidentais.
As bombas atômicas mataram dezenas de milhares de habitantes de Hiroshima e Nagasaki ereduziram essas Cidades a escombros. A ameaçanorte-americana de continuação da destruiçãosistemática do país levou o tenshi Hirohito adecidir-se pela rendição, para a preservação dopaís e para a salvação de rmlhôes de vidas. Ogeneral Mac Arthur ficou no comando, mas osassuntosínterrios continuaram sob o controle decivis japoneses. A nova Constituição, de 1947,estabeleceu a renúncia à guerra e ao armamento,com extinção da marinha de guerra e da aviaçãomilitar e a introdução da democracia, sob o regime parlamentarista. A Dieta se compõe da Câmara dos Deputados e da Câmara dos Conselheiros.Filho do Céu, como descendente da deusa Amaterasu, o imperador continua "o símbolo do Estado e da unidade do povo japonês". O tratadode paz se firmou em 1952 e passou a vigorarno ano seguinte. O Japão devolveu as conquistasterritoriais e restabeleceu relações diplomáticase comerciais com todos os paises.
De acordo com o Prlmeiro-Mlrustro Tanaka, emseu Memorandum de 1927, o samurai iria dispirse da espada e do arco e flexa, para vestir a casacado diplomata e empunhar o canudo de grau universitário.
Graças a essa revolução, o Japão se industrializou e aprimorou a sua tecnologia, a tal pontoque, sem favor algum, se coloca no elenco daspotências hiper-industrializadas, com crescentehegemonia no comércio mundial Participa, tranquilarnente, de um quarto do comércio internodos Estados Unidos e faz sentír a sua ação cadavez maior no continente europeu.
Preocupados com a progressão soviética naÁsIa, com ampla influência no Vietnã e no Cambodja, e a ocupação militar russa do Afganístão,os Estados (lmdos enVidam esforços para a milita
.rízação do Japão, no intuito de tê-lo como sentinela àvançada do anticomunismo e barreira aoavanço russo no Extremo Oriente. Tem havidoresistência ao avanço russo no Extremo Orienta.Tem havido resistência a essa intenção em váriossegmentos da sociedade nipônica, ainda com a
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memória bastante viva do tructdarnento impiedoso de homens, mulheres e crianças inocentesde Nagasaki e Hiroshima.
Os Ainos eram primitivamente senhores dasilhas do Nippon Grupos vindos da China, Coréiae outros pontos, aí desembarcaram, e foram atropelando os Aínos, de raça branca, para o norte,onde, com população reduzida, continuam a subsistir.
As quatro ilhas principais, - Hokkhaido, Honshu, Shikoku e Kyushu, - e as restantes trêsmil ilhas pequenas perfazem a área de 377.748quilômetros quadrados, com população superiora 120 milhões de habitantes. Quatro quintas partes do território são acidentadas, com 532 montanhas com altitude superior a 2 mil metros, tendo,no sagrado Monte Fuji, o ponto culminante, com3.776 metros, e possuindo nada menos de 67wlcões. Ademais, o Japão se encontra na rotados ciclones que assolam o Pacíficoe sofre, periodicamente, o flagelo de violentos terremotos, quereduzem tudo a ruínas e sacrificam, a cada vez,numerosas vidas.
O impressionante crescimento demográfico,aliado aos fenômenos naturais adversos, tem contribuído para o êxodo da população, em sua lutapela sobrevivência. Gente inicialmente devotadaao amanho da terra, apesar da diminuta área agriculturável, o japonês precisou emigrar, mesmoquando o país não se achava ainda superpovoado.Temos notícia do primeiro desembarque, em1258, de migrantes nipônicos no Havaí,tambémconhecido como terra de Makapuu. Tempos depois, outros migrantes chegaram a Mavi, transportando mudas de cana-de-açúcar, para cultivo.Aportaram em Acapulco, México, em agosto de1610, a mando do governador das Filipinas, paracontatos comerciais com as possessões espanholas. Três anos após, em 1613, cristãos de Sendaiviajaram para o Méxicono navio São Boaventura,construído no Japão por WJ11 Adarns, chamadoAnjim Miura. O shôgum leyasu Tokugawa proibiu, em 22 de junho de 1636, que súditos japoneses saíssem ou retomassem ao Japão, e o atoveio a ser revogado apenas em 1868. Um naviorusso recolheu, em 1804, quatro náufragos nipônicos, que foram deixados na praia de Kavai, Hawaí e Honolulu passou a ser escala regular denáufragos desejosos de regressarem ao Japão.De 1805 a 1875, houve o registro de mais de60 náufragos japoneses na costa dos EstadosUnidos e do Alaska, ficando os últimos em ilhasrussas da região, conhecidas, por isso, como "Japonski". Manjiro Nakahama, de Shikoku, recolhido em junho de 1841 por navio norte-americano, desembarcou em NewEngland, para estudar e, com o nome de John Mung, retomou aoJapão em 1852. Misturados com trabalhadoreschineses, chegaram aos Estados Unidos, entre1848 e 1852, muitos japoneses, que vieram comocoolies, mão de obra barata, para se dedicaremà pesca, trabalho em ferrovias, minas, peixarias,fazendas, e fábncas, coincidindo com a Corridado Ouro na Califórnia, mas, em 1856, saiu a primeira lei antioriental, que proibia chineses (os japoneses eram com eles confundidos) de garimparem ouro. Aconteceu, a 30 de junho de 1858,a naturalização do primeiro japonês, Hikozo Hamada, como cidadão norte-americano, em Baltimore. As escolas públicas de São Francisco expulsam, em 1859, os alunos filhos de chineses
e esse preconceito racial haveria de prevalecerpelos anos afora.O primeiro navioa vapor japonêsao Francisco a 17 de março de 1860, para acompanhar os emissános do país, que se dirigem aWashington, via Istmo do Panamá, hoje, Canaldo Panamá, com a missão de ratificarem o tratadocomercial com os Estados Unidos, de 1858. Denominados gannen mono, os imigrantes japoneses chegam ao Hawai, a 17 de maio de 1868,a bordo do navio inglês "Seleto" e alcançam Honolulu a 19 de junho. Refugiados políticos, soba chefia de John HenrySchenell, do clã dos Matsudaíra, vêm para São Francisco, a 27 de maiode 1869 e instalam, em Gold HilI, Califórnia,umafazenda com cultura de chá e bicho-da-seda. Outra lei,de 1870, conhecida como o Atoda Naturalização, permitiu a naturalização de negros, masexcluindo "chineses e outros mangóis". Os gannem mono, pelo fato de receberem maus tratosnas fazendas de chá e bicho-da-seda, são autorizados a regressar ao Japão antes do término doprazo do contrato de trabalho nos Estados Unidos.Segundo embaixada japonesa chega, em 1872,a São Francisco, e atravessa o território norte-americano de carruagem, com destino a Nova Iorque. A Suprema Corte dos Estados Unidos, em1875, declara inconstitucional uma lei antiimigrante, enquanto, em 1877, Manzo Nagano é oprimeiro imigrante japonês a entrar no Canadá.No mesmo ano, funda-se a Sociedade Beneficiente Japonesa de Honolulu, depois transformada em Hospital Japonês de Kuakini, e, em 1879,surge, em São Francisco, a Sociedade EvangélicaJaponesa, sob a direção de Kanichi Miyama, queorigina mais tarde a Igreja Metodista Japonesanos Estados Unidos. Editou-se, em maio de 1882,
. o Ato de Exclusão, proibindo a entrada nos Estados Unidos de trabalhadores chineses, mas consentindo na dos japoneses, por serem mão-deobra mais barata. Em 1885, doze japoneses encaminham petição para organizarem a Igreja Presbiteriana Unidos a Cristo. O Estado de Washingtoné um dos onze que, em 1889, promulga lei antijaponesa e, em 1891, a Suprema Corte nega ovisto de entrada nos Estados Unidos de Ekiu Nishimura, indo além, ao declarar, em 1894, que,por não serem livrese brancos, os japoneses nãosão naturalizáveis. A Rainha da Inglaterra baixa,um ato em 1895 pelo Conselho Privado, desqualificando o voto dos japoneses no Canadá, ao passoque, entre 1891 e 1901, cerca de 2.600japonesesingressram na Columbia Britânica. A cassaçãodo direito de votar prevaleceu até depois da Segunda Guerra Mundial para os nisseis, descendentes de imigrantes, em primeiro grau. Surge,em 1890, o movimento trabalhista japonês emSão Francisco; 1892 assinala, em Monterey Bay,Califónia,a expansão da indústria pesqueira nipônica, a ponto de, em 1900, serem esta e as deoutras localidades acusadas de dumping no comércio do salmão, o que provocou violenta reação dos brancos que, em Stevenson, na ColúmbiaBritânica, fizeram tumultos generalizados. Aparece, no Hawaí,em 1892, o primeiro jornal japonêse, em 1896, é fundada a primeira escola de línguajaponesa, pelo reverendo Takie Okumura, da Igreja Cristã de Makiki, Honolulu, enquanto a 14 dejulho de 1898, sacerdotes da Nishi Hongwanji,de Kyoto,reúnem, em São Francisco, 32 gannenmono, para criarem as Igrejas Budistas da América. O Congresso Americano aprovou, em 1902,
o Ato da Reclamação, impeditivo de direitos trabalhistas aos japoneses e, no mesmo ano, trabalhadores brancos expulsaram trabalhadores japoneses da Companhia Mineradora de Yukon. O Peruse tomou o primeiro país sul-americano a estabelecer, em 1873, relações diplomáticas com oJapão; a 3 de abril de 1899, desembarcam em CalIao, do navio "Sakura Maru", 790 trabalhadoresjaponeses e, a 29 de julho de 1903, chega aopaís o segundo grupo e lojas comerciais nipônicascomeçam a funcionar. As plantações de borrachada Bolíviareceberam, em 1906, trabalhadores doImpério do Sol Nascente, e lojas nipônicas entramem funcionamento em La Paz, em 1909. Chegados a Vancouver, Colômbia Britânica, 1200 gannen mono, procedentes do Hawaí,a 24 de julhode 1907, já a 7 de setembro, registra-se o "Conflitode 1907", quando 8 mil brancos investem contrao bairro de LittIe Tokyo, de Vancouver. Resultoudisso um acordo, segundo o qual japoneses foram substituídos por filipinos, mas sem restriçõesà entrada das "noivas por fotografias". Outubrode 1921 marcou a chegada de imigrantes nipônicos à Colômbia, para trabalharem em Cauca,ao sul de Cali, onde, em 1929, é fundada umaColônia de Japoneses colombianos. O Japão protestara, em 1897, contra a anexação do Hawaíao território norte-americano, por existirem ali,naocasião, 20 mil súditos seus. Durante a PrimeiraGuerra Mundial, imigrantes e descendentes organizaram uma Companhia da Guarda Nacional e,em 1935, o Presidente Franklin Delano Rooseveltassina o termo de naturalização dos veteranosdaquela conflagração. No Hawaí,Sanji Abe se elege Senador, em 1939, e o Exército norte-americano abre, em 1941, uma escola de línguajaponesa, mas, depois de Pearl Harbot, a Ordem Executiva rr 9.066 determina o internamento de 110mil japoneses em dez campos de concentraçãonos Estados da Califórnia,Idaho, Wyoming,Arizona, Colorado e Arkansas. O curioso é que onzenavios partiram do Peru com cidadãos japoneses,a fim de serem internados no Texas, e a Conferência Inter-Americana do Rio de Janeiro determina a expulsão de japoneses do Peru, Bolívia,Equador, Colômbia, Costa Rica e Panamá, todosconfinados nos Estados Unidos.
ALiga Nacional dos Cidadãos Japoneses-Americanos conseguiu, em novembro de 1943, a extinção do status de estrangeiro inimigo para osnisseis americanos. Aseguir, organizou-se o 100"Regimento de Infantaria, só de nisseis e que,a 25 de setembro de 1943, desembarcou emSalemo, Itália, como outros nisseis combateramem Corregidor, Filipinas e sudoeste asiático, sendo de mencionar-se também o 442" Regimentode nisseis, treinado desde janeiro de 1943, eque se apresentou para combate no norte de Roma, em 1944, cujo desfile, no retomo aos EstadosUnidos,em 1946, é assistido pelo presidente HarryTruman, em Washington. O sargento HiroshiMiyamura, do Novo México, recebeu, a 20 deagosto de 1953, a Medalha de Honra por suacaptura pelos comunistas, na guerra da Coréia,tendo sido o único nisseis vivo a receber a maisalta condecoração militarnorte-americana. O AtoMacCarran-Walter,de 27 de junho de 1952, anulou o Ato de Exclusão de 1924, assegurando anaturalização norte-americana de japoneses e outros asiáticos, e o Ato das Origens Nacionais, de3 de outubro de 1865, aumentou para 20 mil
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asiáticos a quota anual de ingresso no territónonorte-americano. Nissei participam da VIda políIguns sendo eleitos para a Câmara dos Representantes e outros postos de igual relevo, como nocaso de George Aryosh e Nelson Doi, eleitos, respectivamente, governador e vice-governador doHawaí, March Fong, eleito Secretário de Estadopela Califórnia, com 3.400.00 votos S. I. Hayakwae Spark Matsunaga, eleitos Senadores pela Califórnia e pelo Hawaí. Henry Morozumi é o primeiroDissel norte-americano e alcançar o Pólo Sul,e o major AIlison Onizuka, do Hawaí, é o primeiroDissei americano a realizar missão de estronauta,enquanto o cientista nissei chinês, Dr. TaylorWang, de Pasadena, realiza experiências no espaço.
O primeiro contato físico de brasileiros comjaponeses ocorreu, em 1793, quando éramos ainda Vice-Reino de Portugal. Vejamos o que nosconta a respeito a jornalista paranaense DayseRegina Ferreira (Jomal do Estado, de Curitiba,edição de 2-3-88):
"Em 1793, quatro pescadores japoneses naufragaram nas costas da Oceania e, socorridos poruma embarcação russa, foram levados para Leningrado (chamava-se Petrogrado, ou S. Petersburgo, na época, e capital do império czarista),lá ficando por 10 anos. A bordo do navio russo"Nadeshuda", partiram em direção ao Oriente,quando foram surpreendidos por uma tempestade, próxima às ilhas Canárias Desgovernadoe arrastado pelas correntes marítimas, o "Nadeshuda" acabou atracando no porto de Nossa Senhora do Desterro, hoje Florlanôpohs,
"Tsudayu, Ghihei, Sahei e Tajuro, todos da Provincia de Niyagui-ken, ficaram quarenta e cincodias em Santa Catarina, enquanto o barco erareparado. Penetraram 80 quilômetros pelo interiordo Estado, viram uma colonização de mil casas,conheceram o primitivo secador de arroz movidoa água, e se surpreenderam com a banana e ococo. Voltaram para o Japão, e nunca mais retornaram ao Brasil.Mas relataram o que viram principalmente as ferramentas agrícolas utilizadas naépoca".
Prosseguindo, a jornalista paranaense nos esclarece:
"O segundo contato ocorreu em 1869. Os tenentes Jurouzaemon Maeda e Itsuki ltiro, numaviagem de estudos à Inglaterra, atracaram em Salvador, Bahia, no navio de guerra "Liverpool". Maeda, de 23 anos, desesperado com a distância queo separava de seu país, praticou o hara-hiri, efoi sepultado na Bahia, enquanto Itsuki seguiuviagem para a Inglaterra."
Eis outras valiosas informações:"O engenheiro brasileiro Francisco Antonio de
Almeida, mtegrando uma comissão francesa deestudos meteorológicos, esteve em Tokyo em1874, publicando, cinco anos depois, um relatóriosobre o Japão. No mesmo ano, o alrmrante Jaceguai, embaixador brasileiro na China, manteve osprimeiros entendimentos sobre imigração como chanceler japonês Kaoru Inoue. Augusto Leopoldo, neto de D.Pedro 11, e o almirante Custódiode Mello, estiveram em Tokyo em 1889, para firmarem acordos comerciais, mas tudo o que conseguiram foi a simpatia do cicerone WasaburoOtake, que aceitou o convite para visitar o Brasil,e acabou vivendo aqui durante 10 anos, trabalhando no Ministério da Marinha e elaborando
o primeiro dicionário japonês-português "(convém lembrar que, no século XVII, um jesuíta, denacionalidade lusa, compusera um dicionárioportuguês-japonês).
"O Deputado japonês Tadashi Nemoto visitouoficialmente o Brasil em 1894, percorrendo, durante 42 dias, São Paulo, Minas, Pémambuco eBahia. Voltou ao seu país, certo de que eram promissoras as possibilidades para o envio de imigrantes. Asduas primeiras tentativas fracassaram,por falta de famosos "entendimentos governamentais" às negociações que estavam sendo feitas pela companhia brasileira de imigração PradoJordão e sua congênere Kissa lmim Kaisha e peloDepartamento de Terras do Pará e a Companhiade Imigração Oriente, do Japão. Brasil e Japãotrocaram embaixadores pela primeira vez em1897, e estava tudo programado para a vindade dois mil imigrantes, quando a crise na cafeicultura adiou, mais uma vez, o empreendimento.No início do século, Tadashi Suguimura, segundoembaixador japonês no Brasil, comunicou a Tokyo que as condições finalmente estavam favoráveis. Ryu Mizuno, ex-deputado da oposição, semteressou, e veio ao Brasil tratar diretamente como secretário da Agricultura de São Paulo, CarlosBotelho, os assuntos de interesse dos dois países.Era o ano de 1906. Enquanto o Brasil avaliavao desempenho de imigrantes japoneses no'Perue no Hawaí, Mizuno voltava ao Japão, e desencadeava uma campanha publicitária: ''Trabalhe noBrasil e fique rico."
"No Japão", conclui Dayse Regina Ferreira,"400 mil pessoas por ano deixavam o campo.'No Brasil, a cafeicultura precisava de trabalhadores. Estava feito o intercâmbio, que resultouna viagem do "Kasato Maru", que partiu de Kobeem 1908, no dia 28 de abril, trazendo para oBrasil 781 japoneses, que formavam o primeirogrupo de imigrantes. Era cônsul do Brasil emYokohama, Santos Silva. Foi uma viagem de 52dias, até o desembarque em Santos".
Sob o título "80 Anos", publicado na "Gazetado Povo", de Curitiba, edição de 17-04-88, a licenciada em História pela Universidade Federal doParaná, Keiko Ishitaninos revelou:
"Foi por ocasião da Restauração Meiji(l868),quando foram abertos os portos às nações, quehouve uma arrancada emigratória. A emigraçãojaponesa teve início com a ida de trabalhadorespara as ilhas monárquicas do Hawaí(l868). Estaemigração começou a ser proibida em 1908, sendo definitivamente proibida em 1924. No Brasil,a emigração alemã já existia desde 1824, quaseum século e meio antes da japonesa. Em 1859,pelo decreto "Von der Heydt", do então governoprussiano, foi proibida a emigração alemã destinada a São Paulo, limitando suas vindas aos estados sulinos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.Também em 1902, o govemo italiano expediuo "Decreto Prinetti," proibindo a vinda de emigrantes italianos com destino às fazendas de café:ambas as medidas foram baseadas nas condiçõesprecárias de trabalho, observadas. nas fazendas,'devido ao curto lapso de tempo decorrido desde ..a abohçâo (1888). .
"A imigração japonesa no Brasil coincide comdois acontecimentos:
1) premência de mão-de-obra nas fazendas decafé, da parte brasileira;
2) fechamento do continente norte-americanopara os japoneses.
Portanto, a imigração japonesa foi essencialmente agrícola. pertenciam os imigrantes, na suamaioria, à classe médía ou média baixa (muitoseram pequenos proprietários rurais). Além domais, o Japão emergiu do isolamento de naçãofechada, após mais de 2.00 anos, modernizando-se rapidamente, com a introdução da culturaocidental. Desde esta época, havia entre os japoneses a mentalidade de que a "ilustração" eramuito importante e os imigrantes chegaram aoBrasil com esta mentalidade.
"799 pioneiros japoneses chegaram ao portode Santos no dia 18 de junho de 1908, trazidospelo navio "Kasato Maru", navio-hospital, presade guerra no conflito entre russos e japoneses(em 190411905), que foi modificado em naviotransporte pelos primeiros imigrantes, contratados pela Companhia de Emigraçâo Kokoku.
"Chegados a Santos, às dezessete horas e quinze minutos do dia 18 de junho de 1908, partiram,no dia seguinte, de trem especial, para a capitalpaulista.
"A duração da viagem Japão Brasil foi de 52dias. As suas câmaras e demais acomodaçõesapresentavam limpeza inexcedível. Tratando-sede gente simples e humilde, seu navio apresentava, na 30 classe, mais asseio e limpeza que a10 classe de um transatlântico europeu. Ao desembarcarem na Hospedaria dos Imigrantes, saíram dos vagões na maior ordem, sem deixar atrásuma sujeira sequer, um só cuspo, uma cascade fruta ou qualquer outra coisa que demonstrasse falta de higiene. Entraram em nossas terrascom bandeiras do Brasil, de seda, feitas no Japãoe trazidas de propósito para serem amáveis. Delicadeza fina, reveladora de uma educação apreciável.
"Eram de estatura baixa. Pouca bagagem. Suasmalas eram feitas de vime branco e algumas delona pintada, contrastando flagrantemente combaús de folhas e trouxas de nossos operários.Os empregados da alfândega declararam quenunca viram gente com tanta calma e ordem,assistindo à conferência de suas bagagens, e nemuma só vez foram apanhados em mentira. Estavam vestidos à moda européia, com roupas simples: os homens de chapéu ou boné, gravata,calçando botinas, borzeguins ou sapatos baratos(com ferro na sola), usando meias. As mulheresusavam saias e as mãos calçadas com luvas brancas. As roupas foram adquiridas pelos imigrantesno Japão.
"O segundo navio aqui aportado foi o "Ryokum-Maru,' em 1910, e até 1914 vieram maisde 8 navios, trazendo um total de 13.289 imigrantes Vieram subsidiados pelo governo de São Paulo, indo trabalhar na zona da Alta Mogiana, emfazendas de café.
"Todos vinham com sonhos de enriquecimento rápido, para voltarem ricos ao Japão. Mas, arealidade no Brasil era bem diferente: obstáculosterríveis, como a língua, a comida, horário de trabalho, a aceítaçâo.de novos costumes e as doen-ças incontrgl~vei~.· '. .. '. . .
"A imigração japonesa chocou mais do quea imigração de outros ·povos porque, além daraça mongólica (feições, olhos, cor), outra culturae, principalmente, sua religião xintoísta e budista,os distanciava mais dos outros imigrantes de reli-
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gião católica ou protestante e tradições européias.Mesmo arcando com o "epíteto" de povo inassimilável, foi o povo que mais se desfez de seushábitos e costumes.
"A partir de 1952 (2' leva), o governo japonêspassou a subsidiar a imigração. Esses não foramatraídos só pelas promessas de enriquecimentorápido, mas premidos pela recessão econômicae pelo desemprego no Japão, agravados como grande terremoto de Kanto (antiga Tokyo), em1923. Ainda se dirigiam às fazendas paulistas decafé, embora alguns grupos iniciassem a colonização agrícola, em núcleos criados nos estadosde São Paulo, Paraná e Amazônia.
"A imigração continuou ininterruptamente até1934, quando foi estabelecido o regime de restrição por meio de quotas. Com a 2' Guerra Mundial,houve completa mterrupção durante uma década,retomando a corrente imigratória a partir de maisou menos 1953. Desta data em diante, surge umnovo tipo de imigrante. Não eram mais força detrabalho, vinham com algum patrimônio e equipamentos. Um exemplo típico foi a' vinda de 250jovens, entre 18 a 25 anos, recrutados na zonarural, mediante convênio com o Instituto de Imigração e Colonização e a Cooperativa Agrícolade Cotia. Eram os Cotia seinemjovens da cotia,responsáveis por uma ampla renovação na produtividade agrícola, como em termos da renovaçãotecnológica.
"Esta saga de trabalho e sacrifício, corageme perseverança está completando 80 anos. Hoje,temos no Brasil, além dos isseis(o imigrante mícial), os nissels, sanseis, yonseis, e goseis, ouseja, segunda, terceira, quarta e quinta geraçõesde japoneses, espalhados por todo o território nacional. A maioria, entretanto, concentra-se na região metropolitana de São Paulo.
"Acontribuição na agricultura foi tão marcanteque os brasileiros continuam acreditando que amaioria dos imigrantes japoneses ainda permanece na lavoura. Com a urbanização da sociedadebrasileira, houve também êxodo de japoneses para os grandes centros, dedicando-se às mais diversas atividades, e fortemente integrados na realidade sócio-econômica do país. Um dos mais espetaculares feitos dos japoneses no Brasil é arecuperação, para a agricultura, do solo do cerrado, que corresponde simplesmente a 1/4 do território nacional".
Caio Luiz de Carvalho ("Estado de S. Paulo",edição de 25-3-88) divulga o cartaz alusivo aosoitenta anos de imigração japonesa no Brasil,obrainspirada do consagrado pintor Manabu Mabe,por solicitação da Comissão Oficial dos Festejos,presidida por Masuichi Ohmi. Faz um resumoda emigração japonesa, embora, graças a subsídios por nós retromencionados discordemos dasua afirmação de que o movimento migratóriocomeçara apenas em 1868, quando verificaraque, já em 1258, japoneses haviam desembarcado no Hawaí, e que, em 1610, outros alcançaram Acapulco, no MéXICO Não perde interesseentretanto, a exposição de Caio Luizde Carvalho,razão pela qual, data vênia transcrevemo-la:
"Aimigração transmarina dos japoneses fOI iniciada em 1868, quando chegaram ao Hawaí.Em1880, eles se dingiram para os Estados Unidose, nove anos depois, desembarcaram no primeiropaís da América do Sul, o Peru". (Segundo dadosem nosso poder e citados anteriormente, o Peru
estabeleceu em 1873, relações diplomáticas como Japão, e os prírnerros 790 trabalhadores nipônicos desembarcaram em Callao, Peru, a 3 deabril de 1889, vindos no navio "Sakura Maru",e não em 1888, como diz o autor).
"Sua hístóna no Brasil começou em 1908 (vimos atrás, que o primeiro contato ocorrera em1793), com a chegada no porto de Santos dovapor "Kasato Maru", e pode ser dividida em cmcoperíodos. O primeiro foi marcado pela assinaturado Tratado de Amizade entre os dOIS países, estabelecendo relações regulares (em 1897) e abrindo as possrbihdades imigratórias Aempresa japonesa Kichisa Imim Kaish enviou um representantea São Paulo, e foram feitas as negociações paraa vinda da primeira leva de camponeses, de 20a 25 anos, num total de aproximadamente 1 500pessoas Entretanto, uma grave crise econômicaem São Paulo. causada pela queda dos preçosdo café, impediu a imigração japonesa. O primeiro desembarque só ocorreu em 1908, dentro deum programa subsrdiado pelo governo de SãoPaulo, com o objetivo de abastecer o mercadodeficitário de braços para a lavoura cafeeira. Ormrustro plernpotencíérío do Japão no Brasil Sr.Sugimura, em relatório ao seu governo, três anosantes exprimiu o seu ponto de Vistasobre a imigração: "Proibida a entrada na Austrália, discriminados nos Estados ümdos, perseguidos no Canáda, e agora limitados também nas Ilhas do pacífico, os nossos colconos trabalhadores encontrarão no Estado de São Paulo uma rara felicidadee um verdadetro paraíso. Os japoneses receberamtodas as garantias e proteção que o governo paulista concedia aos colonos europeus E mais ainda, uma subvenção para os Imigrantes solteiros,o que não era outorgada a nenhum imigrantedos demais países Nestas condições, no dia 18de junho de 1908, chegaram ao porto de Santos781 imigrantes contratados, com passagem paga,e mais 12 livres. Seu destino: o interior de SãoPaulo, para trabalhar em ricas fazendas de café.
"Em 28 de junho, o porto de Santos recebeuo segundo navio, "Ryajun Maru" (Ryokun Maru),trazendo 447 famílias com 906 pessoas e, noperíodo de 1912 a 1914, registrou-se a entradade mais oito vapores, transportando 12.289 imigrantes.
A partir daí, estava aberto um novo horizonte.Aterra era fértil,o japonês bem acolhido e aquelesque se dirigiam para trabalhar como colonos dedesenvolvimento da agricultura brasileira recebiam subsídios do governo de São paulo. De 1917a 1920, chegaram mais 3.419 famílias, e foifundada no Japão a Kalgai Kogyo Kaísha, primeiro passo do govemo daquele país, no sentido de darcunho estatal à política emigratória para o BrasiLEra, agora, não mais o governo de São Paulo,mas o do próprio Japão, que subvencionava corrente migratória para o nosso Pais.
"O terceiro período da migração vai de 1926a 1941, quando entraram no território nacional148.975 trabalhadores japoneses. Desse momento em diante, o Brasil passou a ser considerado,não apenas quanto à possibilidade de absorçãode excessos populacionais, mas também comomercado de mvestímento. Vieram imigrantes prorietários de colconízaçãoagrícola, amparados pela política e capitais oficiaisdo Japão. Houve aindaa canahzaçáo do capital japonês para setores comerciais e índustríars,
"Mas, vela a 11 Guerra Mundial e, com ela. ainterrupção da Imigração, correspondendo aoquarto período. Tudo retornou ao normal a partirde 1952, quando entraram no país agncultoresespecializados no cultivo da juta, fixando-se noAmazonas. No ano seguinte outros 1.480 colonosse estabeleceram naquele Estado, e, 1959, chegaram mais 7.041. Essa retomada do fluxo imigratório faz parte do quinto período, que é o atuale que, pelos dados disponíveis permitem fixar onúmero de imigrantes em torno de 250 mil atéhoje, quando se comemoram 80 anos do írucíoda imigração japonesa no Brasil"
Conforme Tomiko Tanaami Bom. a populaçãonikkei(assim chamadas as pessoas com sangueJaponês, de qualquer geração), em 1958, era de428.903 pessoas, e, em 1985, de, aproximadamente, 800 mil pessoas, entre as quais 120 milisseis (imigrantes).
Após fracassos nas várias tentativas de se trazerem para o Brasil numerosos gannen mono, afim de ser suprida a carência de mão-de-obranas fazendas de café em São paulo, o ex-Deputado japonês RyuMizunoveio para cá e realizouentendimentos que, em tal sentido, alcançarampleno êxito,Mizuno voltou ao Japão e promoveuintensa campanha, sob o slogan "Trabalhe noBrasil, e fique rico", até que, em 1908 chegoua primeira leva de Imigrantes. Ryu Mizuno passoua residir no bairro das Mercês, em Curitiba, capitaldo Paraná, onde permaneceu de 1926 a 1941,ajudando a fixação dos ísseísem vários pontosdo território nacional,
Por inlclanva da professora Tereza Nagata deRezende, responsável pela introdução do cursode língua japonesa na Universidade Estadual deLondrina, o Instituto Nacional do Livro, em colaboração com a Secretaria de Cultura do Paraná,está editando a biografia de Ryu Mlzuno,de autoriado jornalista Japonês Jun Ushikubo, residente emLondrina, que aportou em 1935, tendo VIajadono navio "ArabiaMaru" Ushlkubo é autor de maisde trinta livros, em língua japonesa herdou desua mãe, professora de Artes na Escola de Artesda Ueno, Japão, o dom da pintura, e trabalhaatualmente no "Paraná Shimbum", jornal da colônia japonesa, no Estado, após haver trabalhadono "Díahõ Shímbum", de São Paulo. A traduçãopara o português da obra "Ryu Mizuno, raízesno Paraná está a cargo de Teruko IwakamiBeltráo,professora de língua japonesa, na UníversidadeFederal do Paraná, Curitiba.O livrodeve ser lançado ainda no mês de junho.
O Paraná conta com numerosa colônia nipônica. Os primeiros Imigrantes, partícipes da levatrazida pelo "Kasato Maru", entraram pelo litoralno referido Estado, em 1912. O primeiro nisselparanaense nasceu em 1913 e, em 1915,jáestavaem funcionamento a pnmeíra colônia, a de Kakatsu, a 80 quilômetros da cidade de Guaraqueçaba,na orla marítima. Dois japoneses vieram a pé dolitoral para Curitiba, pela estrada da Graciosa. Umdos posteriores rrnigrantes adquiriu, em 1920,uma fazenda de 100 alqueires paulistas no Município de Bandeirantes, norte pioneiro do Paraná,para assentamento de algumas famílias japonesas, quando a região era ainda sertão bruto, tendo-se tornado uma fazenda-modelo.
O Núcleo Três Barras, dispondo da vilade Assahilândia, com área total de 18 340 alqueires paulistas, teve as terras divididas e vendidas, a partir
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de 1932, pela BRATAC.- O interesse pelas terrascresceu quando, em 1932, o governo paulistacerceou o plantio de café em seu território. Em1939, nada menos de 7.312,77 alqueires haviamsido comprados e, em 1941, estavam loteados14.800 alqueires; existiam 1.614 famílias de imigrantes e a população alcançava 8.666 habitantes.O primeiro gerente do Núcleo Três Barras fO!
Miyuki Saito, seguindo-se-Ihe o colono Kaíto Ussui e, depois, Hikohei Shimba. Saito se empenhouno alargamento em três metros da estrada paraSão Jerômmo da Serra, como construiu o primeiro escritório da BRATAC, com telhado de palhae sem paredes. O desmatamento da área se míciou a lo de maio de 1932 e Saito fixou essadata como a oficial de fundação do Núcleo, e,conseqüentemente, a da Assahilândia (Terra deSol Nascente) de outrora, sendo a Assai dos nossos dias, um dos mais florescentes municípios.do Paraná.
Na obra "O Imigrante Japonês, História de suaVida no Brasil", o escntor e pintor Tomoo Handafala do cotidiano, usos, costumes e peripéciasdos gannen mono, e de como desbravaram oentão selvagem norte do Paraná, com o enfrentamento do sertão bruto, feras, mosquitos, maleita,febres palustres, falta de estradas, ranchos de sapé, isolamento completo da civilização.
A Paraná Plantation, de capitais ingleses e participação da Coroa, fundou Londrina, cujo nomese derivou do de Londres. As datas urbanas eos lotes rurais tiveram enorme procura por parte'de migrantes nacionais e estrangeiros, em especial por parte de'colonos japoneses. Voltada paraa cafeicultura, Londrina se projetou, de imediato,por seu desenvolvimento. Assim é que a LeI n°2.519, de 3 de dezembro de 1934, criou o Município, cuja instalação se deu a lOdo mesmo mêse ano. Juntamente com Assai, constituiu-se nomais forte núcleo de radicação de imigrantes doSol Nascente. .
Organizou-se, em 1936, a Colônia Alvorada,no Município de Ponta Grossa. Mas Curitiba setomou o centro de interesse, em virtude das esco-
". las secundárias e das de nívelsuperior. As famíliasnipônicas foram se estabelecendo aos poucosnos arredores da capital paranaense, atraídas pelas favoráveis condições de produção hortifrutigranjeira e sua colocação no mercado de consumo. Dentro de poucos anos, Curitiba viu crescera colônia japonesa, com seus isseis, nisseis,sanseis, yonseis e goseis, ou seja, com seusimigrantes, filhos, netos, bisnetos e trinetos.
6 Paraná ostenta, com justificado orgulho, importantes núcleos de color ização japonesa, cumprindo destacar os de AssaÍ, (Iraí, Londrina, Cuntiba, Antonina, Cornélio Procópio, Arapongas eMaringá.
Os gannen mono se espalharam pelo Brasilinteiro, começando por São Paulo e Pararia, depois a Amazônia e Mato Grosso, prolongamentodo colar de colônias do Peru, Colômbia e Bolíviae, por último, buscaram Santa Catarina e Rio
. Grande do Sul. Com excesso de imaginação, houve 'quem assoalhasse, antes da Segunda GuerraMundial, existir plano maquiavélico de expansionismo nipônico na América do Sul, com a criaçãode Novo Japão neste hemisfério, mediante a incorporação dos territórios onde se situavam ascolônias. Explodiu a conflagação, deu-se o confisco de bens dos súditos do Eixo Roma-Berlim-
Tokyo, a retirada destes de zonas estratéqicas econfinamento no interior do país, sem que nadaacontecesse, revelando-se, POIS, que o plano expansionista não passava de fruto de imaginaçãodelirante. O Centro de Estudos Nipo-Braslleirosde São Paulo, em projeto financiado pela JapanIntemational Cooperation Agency (JlCA), fez o levantamento da população de nikkeis no Brasil,concluindo existirem 1.168.000, o que nos dá oprimeiro lugar, dentre os paises, fora o Japão,com o maior número de japoneses e descendentes. A maior colônia está em São Paulo, com828 000 pessoas, vindo, a seguir, o Paraná com137.824 pessoas, enquanto Santa Catarina e RioGrande do Sul não passam de 4.472 pessoas.
Detalhe curioso nas exigências brasileiras paraa vinda de imigrantes: o cumprimento da lei dastrês enxadas , segundo a qual cada imigrantedeveria fazer-se acompanhar de mais dois familiares, em condições de empunharem enxadas, notrabalho do campo. O acordo implicou aumentodo número de casamentos, antes da partida doJapão, graças ao que se preenchia mais facilmente o número de pessoas aptas para a lavoura.Mas esse fato não implicava permanência perpétua do issei no campo. Três anos depois, encerrado contrato de trabalho, ele, de modo geral,se punha a amanhar a terra, agora de sua propriedade, ou se encaminhava para a cidade, dedicando-se, então, ao comércio e à Indústria.
Eloqüente, assim, o depoimento do nikkei YoSIO Antonio Ueno, eminente Deputado Federaldo PFL do Paraná, sobre a epopéia vivida porseu próprio pai, o issei Yoneso Ueno, à "GazetaMercantil", de São Paulo, no caderno especial sobre "A Contribuição Japonesa" (edição de 30/4a 215/88), conforme reportagem de Claudio Lachini:
"Yoneso üeno, no princípio, seguiu a lei dastrês enxadas e, se vivo fosse, não tena motivospara arrepender-se Aos 18 anos de idade, paracumprir a estranha lei, desposou Kikue, que tmhaa mesma idade Recrutou sua própria irmã Tsutai,de 14 anos de idade, e deixou a provincia natalde Fukuoka. Alguns meses mais tarde, no dia24 de outubro de 1913, muitos milhares de rrulhasdistantes, os três desembarcaram do vapor "Tiekoku Maru", no porto de Santos.
"A lei das três enxadas era brasileira, e faziaparte do acordo de imigração, que começou aviger entre o Brastl e o Japão em 1908 - erapreciso cumpri-Ia para vir trabalhar nas lavouras(de café) do interior do País (leia-se São Paulo),exigia-se o mínimo de três pessoas de uma mesma família para empunhar a ferramenta do ofício.
"A saga de Yoneso Ueno, falecido em 1975,é um exemplo do que foi a epopéia dos japonesesque, começando pelo Estado de São Paulo. sefixaram no Paraná - hoje são cerca de 150 milentre imigrantes, nisseis (os filhos), sanseis (osnetos) e seus descendentes, responsáveis poruma produção agrícola estimada em US$ 200milhões por ano, ou cerca de 10% das safrasdo Estado, que é o principal produtor de grãosdo Brasil.
"Quando chegou, Yoneso foi para a região deMogiana, trabalhar nas plantações de café", Informa seu filho mais velho, losio Antonio Geno, 64anos, Deputado Federal (PFL) em sexta legislatura, portador da condecoração "Zuihosho KunNi Too" (Ordem do Tesouro Sagrado, recebida
do imperador Hirolnto), e sócio de um conglomerado agroindustrial e comercial que fatura cerca de US$ 65 milhões por ano. Yoneso, contao filho,lutou cinco anos nas lavouras da Moglana,até que, em 1916, empreitou uma área para plantar café no norte do Paraná, em Cambará. Ali,onde ficava a Fazenda dos Barbosa e hoje vicejaa família Matsubara e seu clube de futebol profissional, foi que ele semeou algodão em meio àscovas de café. fez as colheitas das primeiras florações (pelo sistema de empreita, o agricultor desmatava a terra, plantava e cultivava por quatroanos, usufruindo integralmente de seu trabalho)."Ganhou seis contos de réis (moeda da época),dinheiro suficiente para abrir armazém de secose molhados", narra Ueno, nascido em 1924, trêsanos depois que Yoneso abandonara a lei dastrês enxadas.
"Esse abandono, porém, fOI temporário. Os Ueno, ao longo de 75 anos de Brastl, amealharammuitas terras e muitas culturas e nunca mais deixaram de produzir, embora seus interesses hojeestejam ramificados por outros Estados, além doParaná, e por muitos negócios, além da agricultura. A multiplicação de Yoneso e Kikue e da irmãe cunhada Tsutae gerou até hoje 34 brasileirosde olhos puxados e uma vasta gama de produtosagroindustriais: os Ueno, cujos negócios são dirigidos pelo irmão mais novo de Antonio, Kurao,e o sócio Vicente Okamoto, produzem atualmente100 mil fardos de algodão (em sete usinas debeneficiamento), 40 mil sacas de café (principal-.mente em sua fazenda de 8 milhões de pés plantados em Araguari, Minas Gerais, e 50 milhões delitros de álcool em Goío-Erê, no Paraná, ondea famíliaplantou a sua base. Tocam ainda o NikkeiPalace Hotel, um quatro estrelas edificado no coração de São Paulo, e que fatura US$ 1,5 milhãopor ano.
Antonio (Ieno, além de ser um dos Deputadosmais antigos do Brasil (ele pertencia ao PartidoDemocrata Cristão antes do poder militar de1964), formou-se em contabilidade, economia edireito, tendo realizado o primeiro sonho de seupai e de todo imigrante: dar a seus filhos formaçãouniversitária. Essa regra, diz Ueno, .sequida pelosnisseis e sanseis, precisa ser transmitida às novas gerações: "Transmitir os valores culturais (doJapão) para enriquecer (culturalmente) o Brasil,integrando-se definitivamente à vida nacional".
Outros exemplos, não menos edificantes, indicam a transformação do colono contratado emagricultura independente, ou em industrial progressista, com extraordinária contribuição para odesenvolvimento econômico, social e cultural brasileiro. Citemos alguns desses exemplos, comoilustração: .
Hisato Fujiwara trabalhou seis anos na FazendaCanaã, na região da Mogiana, São Paulo. Posteriormente, foi pedreiro, depois comprou um fábrica de macarrão, em Pindorama, aplicando, assim,os 1.000 ienes doados por seu pai, antes do embarque para o Brasil.Vendeu-a em 1927 e transferiu-se para o setor de beneficiamento do algodão.Enriquecido, legou, ao morrer, em 1949, paraos sete filhos, fazendas em São Paulo e no Paraná,além das empresas Fujiminhas Agropastoril (produção de café e sementes no cerrado), A Sericitêxil (fábrica vertilizada da seda), a Minasilk (produção de fios de seda) e a F1ytec (comércio depeças e componentes de avião).
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Após frustrada tentativa de fixação no Peru, Tsunesaemon Maeda foi atraído pela cafeiculturapaulista. Ao deixar o colonato, plantou algodãono norte de São Paulo, e dele extraiu óleo. Constrói, em ltuveravas, uma fábrica, área construídade 9 mil metros quadrados, para produção mensal de 300 toneladas de fios, a partir de 1990,com 30% destinadas à exportação. Hoje,os negócios da família, presididos pelo filho mais velhoTakayuki Maeda, abrangem 25 mil hectares deterras (produção de milho e algodão), 45 toneladas de algodão em cargos por ano, três usinasde beneficiamento de algodão, com produçãoanual de 20 mil toneladas de algodão em plumapara fiação, fazendas com 8 mil cabeças de gadoconfinado e 5 mil solto no pasto, e mais as empresas Agropecuárias Maeda SA., Maeda SA Indústria e Comércio, Agropecuária Salto Belo SA.,Maeda SA. Administração e Participação, e MaedaArmazens Gerais Ltda., com faturamento médioatual de US$ 30 milhões, e projeção para US$SOmilhões.
ACooperativa de Cotia nasceu com 80 associados e capital de 215 contos de réis (moeda daépoca). Disseminou-se por todo país, com diversificação da produção e comercialização, abrangendo algumas dezenas de mlhares de associados e capital de alguns bilhões de cruzados.
Shunji Nishimura é um caso especial. No plenoe rigoroso inverno de 1932, desembarcou no Brasil, trazendo o diploma de técnico em mecânica,alguns livros, a bíblia e 50 ienes no bolso. Trabalhou na lavoura, em Pompéia, São Paulo, e depoiscomo garçon. Com quatro amigos, montou umaoficina e, a seguir, outra, sozinho, com a taboleta:Conserta-se tudo". Comprou a primeira solda euma oficina mais completa, iniciou a construçãodas primeiras máquinas. Em 1949, vendeu a suaprimeira polvilhadeira. A empres Máquinas Agrícolas Jacto 5A. é o coroláno, tendo construídoa primeira colhedeira de café no mundo e outrasmáquinas agrícolas. Surpreendeu-se, certa feita,com carta do governo imperial japonês, comunicanmdo-Ihe a concessão de condecoração, "porter valorizado o povo japonês no exterior", e escolhido para ser entrevistado, entre os premiados,pela maior rede de televisão, NHK, do Japão. Nishimurajulgou ter havido engano de pessoa, pois,a seu ver, estava beneficiando o povo brasileirocom a sua produção de máquinas agrícolas. Oerro, contudo, fopra de Nishimura. Acasa imperialqueria exaltar, como exaltou, quem, tendo partidodo nada, muito fez, "As,coisas foram acontecendosem querer", disse nu~a prova de inteligênciae capacidade de trabalho .dos filhos do Sol Nascente.
As Usinas Siderúrgicxas de Minas Gerais SA.(Usiminas), a Companhia do Vale do Rio Docee outros empreendimentos ue tais tiveram o inteiro apoio japonês, sem o qual não teriam ido avante.
Numerosas multinacionais nipônicas atuam noBrasil,entre as quais C.Itoh E Co Ltd.a MitusubishiCorporation, a Sumitono Corporation e a Mitsuie Co. Ltd.,tantoi no interioir como na Zona Francade Manaus. Partem, quando possível, para a constituição de joint-ventures, união com empresasbrasileiras, nos setores de soja, minérios, eletrônica, etc. Cedem-nos tecnologia de ponta, canalizam capitais para nós, e geram milhares de empregos.
Numerosos projetos industriais e agrícolas estão sendo financiados por bancos japoneses. Aszaibatsu se mostram grandemente interessadasem que esses projetos sejam executados comsucesso.
A cultura mutissecular modelou o povo japonês, segundo princípios de austeridade, disciplinaobediência e apurado sentido de honra. O Gorinestabelecia as cinco relações humanas: entre opríncipe e o vassalo, entre o pai e o filho, entreo senhor e servo, entre o marido e a mulher,entre o amigo e o amigo, ou entre irmão e Irmão.Essas relações se baseiam no Gokai, os cincomandamentos. não matar, não roubar, não seentregar à luxúria, não mentir:não tomar bebidasalcoólicas. O hamakure, no século XVII, imprimiuorientação á sociedade, e inspirou o bushidô,do código de conduta do samuraie do soldadodos dias de hoje, tendo no harakiri, ou seppuku,a saída jonrosa pela morte ritual, para a recuperação da dognidade perdida.
Encontramos as suas origens no Xintó, a viade Deus, que determinava a garnde prurificação- Oharai -, acmpanhada de oferendas e cerimônia expiatóna de todo povo, arrenpendido dcrime cometido, indo desrespeito aos deuses àprofanação de cadáveres, homicídio, feitiçaria,sodomia, incesto e até perturbação na cultura doarroz O Kami Inari, a cavalo numa raposa, ajudaa penetrar-se na essência do Xintó e assume,quando quer, variadas formas. Alcança-se a Viade Deus através da sublimação do ser humanoe do culto aos antepassados, realizado, este noRimoki, oratório familiar, onde o mochi, bolode arroz, alimenta as almas.
O budismo ingressou, no século N a.c , no Japão, e, no século XIII, fundiu-se praticamente como Xintó. Do sincretismo religioso adveío a concepção do Chikuskô, o mundo dos animais da Shura, o mundo da força bruta, do Jigoku, o mundodos Infernos, e do Ten, o mundo dos seres celestes. Aobediência ao Gokaie aos princípios religiosos estabelecidos conduz ao camiho da perfeiçãoespiritual, que permite o ingresso, como prêmio'no Nehan, o Nirvana para o Japonês
A massa do povo assimilou esses ensinamentos, e se amoldou a eles.
Hirohito, o 124 0 imperador, é o tenshi, o Filhodo Céu descente direito de Amaterasu, a deusado Sol, cujo neto Ninigi, tendo recebido do deusIkuninushi, - o Senhor da Grande Terra, - partedo reino de Izumu, trouxe, como símbolos imperiais, - até hoje venerados, - sabre, o espelhoe o colar de pedraspreciosas. O imperador personifica o Japão e o seu povo, que lhe presta homenagem na festa do Tentiossetsu, comemorativado seu aniversário natalicio. Esses respeito imperial igualmente de origem divina.
Convencida da obediência da sociedade à suaautoridade e ao fato de assegurar aunidade nacional, a Casa Imperial vai ao povo, em todas asocasiões que lhe oferecem.
Temos, agora, presente no Brasil, o PríncipeFumihito neto do tenshi Hirohito, como, em outras épocas, fomos honrados com a augusta presença do Príncipe Aki Hito, herdeiro do trono.
O ilustre visitante comparece às comemorações do 80 0 aniversário do início da imigraçãojaponesa em nosso País. Prestigiada a'colôniae transmite-lhe palavras de estímulo e carinhopela odisséia praticada, ao rumar para um país
inteiramente desconhecido e para o qual vemdando o melhor do seu trabalho e da sua íntelígência.
Apnmorou-se a arte guerreira no Japão, desdeas sangrentas lutas de samurais, a serviço doShogunato e dos daimyôs. Mas, a arte de defesapessoal, se inspirou no Xintó e no Zen, e extrapolou para o Ocidente, em suas variadas ramificações, - Karatê, jiu-jitsu, summô e kung-fu.Os inúmeros adeptos assimilam, concomitantemente, a filosofia que lhe deu a base e a técnica.
Muitos de nós se enfronham em outros aspectos da cultura japonesa, a literatura, a música,a históna, o teatro, os usos e costumes, o modode ser do japonês. Mishima, o mtransigente defensor das tradições, preferiu submeter-se ao harakiri do que suportar a ocidentalização do seupaís. Haikai e tanko são primores de síntesee delicadeza. Aizu Banzaie Soram Bushi fazemparte do rico repertório musical. O teatro nob,o teatro kabuki e o teatro de bonecos atraem,divertem, comovem até às lágrimas. A mulherestá mais liberada, e também disputa o mercadode trabalho, rnodífrcando, aos poucos, a figuraromântica da gueisha, a dedilhar o shamisene a participar, com os trezentos gestos de mãos,a cerimônia do chá, - chanoyu, realizado nocbachitsu, recordando que a planta do chá nasceu, com dádiva celeste, dos fragmentos de pálpebras que o apóstolo Darumá lançara ao solo.A ikebana, arte floral, se propagou até nós, como seu arranjo, com o seu colorido, com a sualinguagem.
O japonês não se esquece, no Ano Novo, deornamentar a frente da casa com ramos de pinheiro e bambu, o Kadomatsu, simbolizando o pinheiro a longevidade e o bambu, a virtude. E nãose esquece de acrescentar o shimenawa, o cordão de palha com tiras de papel branco (o gahei), em ziguezage, para espantar a má sorte.
Distante da pátria, o issei recorda a cerejeira,árvore-símbolo da perenidade. A flor cai antesde murchar, e a árvore floresce ainda uma vezno ano. Por isso, o bushidô se compara a ela,- tomba jovem no campo de batalha, e ressuscita, em outro lugar, para continuar defendendoa terra e o Imperador. O hana-mí faz parte doculto à cerejeira, quando, sob a sua sombra,a família se reune em convescote.
Tem saudades do Katsuyuki, a primeira neve; do sorí, o carrinho de madeira sobre pranchade bambu, com o qual deslisava no lençol alvacento; do yuki-gassen, a batalha de bolas deneve. Ri, interiormente, dos bonecos redondos,feitos de neve; a lembrarem, no yuki-dãruma,o monge Daruma que, conforme a lenda, engordou tanto durante a longa meditação que tomoua forma de um barril, a rolar de um para outrolado.
Empenha-se em enfeitar o mastro, junto dacasa, com os koinobori, flâmulas de papel emforma de carpa, infladas pelo vento, no Dia dosMeninos. Compenetra-se, no bonodori, a festaem honra dos mortos, com as lanternas de papele música ruidosa na rua, depois de, no botsudan,haveracendido vela, queimado incenso, e depositado o mochi para os entes da família já partidos.Na noites de manguetsu, a lua cheia, deleitafilhos e netos com a tradição da Mushi - Hanashi-Kai, associação em Tokyo que, algumas vezes, no ano, distribui milhares de grilos e outros
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insetos cantores nos ramos das árvores do parquea flrn de encantar com a musicalidade os ouvidosde toda a gente ou sonha com a festa da TanabataMatsuri, que rememora o episódio daTecelã Tsume e do vaqueiro Hikoboshi. Tsume trabalhava no tear, em casa, quando passou Hikoboshi.Apaixonou-se imediatamente. Saiu ao encalço dele, que, ao vê-Ia, também se enamorou perdidamente. Casaram-se, com as bençãos dos deuses.Mas, amando-se dia e noite, deixaram de trabalhar. O tear envelheceu e quebrou-se. O campode arroz se encheu de ervas daninhas. Entupiram-se os valos de irrigação. O gado emagreceue sucumbiu, por falta de zelo. Os deuses se irritaram e condenaram o casal à separação. Tsumee Hikoboshi, as estrelas Altair e Vega, ficaram separados pela Via Láctea e só se unem uma vezao ano, no dia 7 de julho, quando, na festa daTanabata Matsuri, os japoneses prendem, emramos de bambu, tiras de papel colorido compoemas propiciatórios. Distrai-se confeccionandoorigami,animais feitos de papel, e kaminingyo,bonecas de pano, quase sem rosto, motivos dealegria e divertimento para as crianças.
Tudo isso se transplantou e penetrou na culturada sociedade brasileira.
Devemos observar que, nos primeiros tempos,havia desconfiança de parte a parte. A diferençade língua, comportamento, mentalidade e hábitosacarretava o distanciamento entre o colono E' onativo, a ponto do japonês considerar o brasileirocomo gaijin, estrangeiro em sua própria terra,porque a sociedade nas colônias era hermeticamente fechada ao elemento estranho. Depois deanos de convívio e de observação mútuos no trabalho, ruíram as barreiras. A miscegenação racial,antes inadmissível, é hoje fato corriqueiro, aceitapor todos.
O convívio trouxe o entendimento e o empréstimo de culturas. Há colaboração espontânea. Ume outro reconhecem as virtudes e os defeitosalheios, sem preconceitos contra o amarelo e contra os hakufin (brancos). O japonês, que vieracom a preocupação de enriquecimento rápidoe retomo apressado à pátria, construiu no Brasilo ~u lar definitivo. Participa ativamente da vidasocial, política, econômica, intelectual e administrativa do nosso país. O O issei está perfeitamenteintegrado e orgulha-se dos seus descendentes,vitoriosos em todos os setores de atividade. Refulgem na indústria, no comércio, na agricultura,nas ciências, nas artes e nas letras os nisseis,os senseis, osyonseis e os goseis. Muitos delesobtêm bolsas de estudos para aperfeiçoamentotécnico-profissional, nas Universidades do Japão.E o que aprendem aplicam entre nós, para a nossamaior grandeza.
São muitas, e belíssimas, as festívídades, emtodo País, comemorativas do 80' aniversário daimigração japonesa, a contar da chegada, ao porto de Santos, do navio "Kasato Maru", a 18 dejunho de 1908. É um acontecimento que comove,por sua alta significação, o povo brasileiro. Nestedespretensioso relato, vai um pouco do reconhecimento de todos nós, pelo muito que os gannenmono fizeram pelo nosso país.
Atoda a Colônia, nosso sincero muito obrigado,japonês!
O SR. MENDES RIBEIRO (PTB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs.Parlamentares, não há renovação de ar no plená-
rio. A refrigeração funciona ao máximo. Um hábito, aliás, do Planalto Central, Nordeste e Norte.O frio recomenda aos cautelosos ocuparem osúltimos lugares, onde a cobertura resultante dopiso das galerias, proteje razoavelmente.
De lá, vejo o balão, um balão comum, bnnquedo de criança, sendo jogado de um deputadopara outro. Só dois. E, olho o painel eletrônico,são 460 os presentes.
Como era de esperar, o Presidente explode:- Senhores, é a Instínnçâo, Guardem postura!Amáquina fotográfica - atenta ao mínimo des-
lise - capta o flagrante.Sei. Manhã seguinte, destaque.Lógico. É a mais primária das regras de jorna
lismo por guia. O cachorro mordendo o homem,não vale uma linhá. O homem mordendo o cachorro é manchete.
Um parlamentar brincando de balão? É umdespropósito. Daí os aplausos quando a direçãodos trabalhos adverte. Voltono tempo. Sou jornalista principiante. Destacado para cobrir os acontecimentos na Assembléia Legislativa do Estado,assisto episódio inesquecível.
Nas acanhadas dependências de então o plenário tinha concorrência fora do comum. E, nasgalerias, as alunas do Instituto de Educação receberiam lições de educação moral e cívica.
O então Deputado Cândido Norberto presídíaa Assembléia. Um primoroso homem público. Edele, saibam, a obra do Auditório Araújo Vianae a concretização do sonho do hoje magníficoprédio do Legislativo gaúcho.
Lá pelas tantas, um deputado jovem, arrebatado, em meio ao debate, deixou escapar um palavrão. Palavrão à época. Hoje é nada. Coisa modema. Lugar comum no cinema e televisão. Masera. E como! O presidente advertiu. O parlamentarrepetiu.
O presidente mandou retirar o deputado. Retiraram.
Logo após, assumindo no lugar do exemplarPoty Medeiros, votei contra um movimento que- pasmem! - tinha por objetivo depor o Cândidoe' desagravar o faltoso. Por pouco, muito pouco,não se consumou!
Passaram, nos meus cálculos, 25 anos. Comose vê é coisa de agora, vez por outra, um destempero. A figura central do caso narrado é homemcom alto cargo na vida de nossoEstado, Comprova que até os melhores são passíveis de falha.
Olhei amarelecidos recortes. Gaurdando asproporções, a máquina de hoje é mais ágil doque a manejada faz um quarto de século. Aleviandade é igual. A postura do Presidente Ulysses,enérgica, tal qual foi, respeitando o paralelo, ado comandante do nosso parlamento regional.No entanto, agora, pela natura! ressonância, obalão é coisa de todos e não de dois. No passado,foi um dizendo o que não devia. Com nome efoto. Ressaltou-se a ação presidencial muito embora colegas - a minoria tenha comentado demasiada energia. Não foi. E marcou!
É o caso das faltas. Ou falhas. Se cortadasna base. Se punidas. Se levadas por exemplo,é saneamento. Profilático. A simples publicaçãodos nomes dos faltosos, surtiu mais efeito do quedescontar jetons ou cortar os ganhos.
O balão atirado ao ar, virou travesseiro de penas.
- Brincam de balão na Assembléia NacionalConstituinte!
U a manchete.É verdade. Verdade inteira? Para meu gosto,
na mmha ótica, não. Um. Dois. Com a reprovaçãode mais de 458.
Afinal,a dignidade e a postura representam elementos indispensáveis ao exercício do mandato.E bastaria um exemplo. Tal como vi, aí no RioGrande, quando pela primeira vez fui jornalistae parlamentar.
O SR. MANOEL MOREIRA (PMDB - SP.Pronuncia o seguinte discurso) - Sr. Presidente,Sr'" e Srs. Constituintes, na oportunidade em quese comemoram os 80 anos de imigração japonesa, movido pelo mais elevado espírito de 'respeitoe admiração, desejo, desta tribuna, homenagearo governo e o grandioso povo japonês, os valorosos imigrantes, todos os seus simpáticos e dinâmicos descendentes, bem como os denodadosbrasileiros que, direta ou indiretamente, estãocontribuindo para a realização deste evento que,sem dúvida alguma, há de ratificar,ad aeternum,o respeitoso e transparente pacto de colaboraçãoe amizade que traçamos para os nossos países.
"Deus fez do trabalho a sentinela da virtude"e os japoneses, integrando ambos, superaram asi próprio, singraram mares e fizeram do Brasilo seu querido lar, para que, juntos, pudéssemoshoje, obstante as evidentes e antipodas diferenças,usufruir desse benefício intercâmbio de abrasíleiramento ou niponização dos nossos relacionamentos.
Mas esta pujante e salutar presença nipônica,espontaneamente inserida na realidade brasileirada década de 80, revela a todos que a contemplam uma longa, árdua e combativa história. Começou quando o navio "Kasato-Maru" chegouao porto de Santos, em 18 de junho de 1908,após 60 dias de viagem desde o porto de Kobe,Japão, trazendo 791 imigrantes a bordo. Alicomeçara a saga de 165 famílias na busca perseverantee incontida da realização de um fantástico sonho:trabalhar na lavoura de café, conseguir muito dinheiro e voltar rapidamente ao Japão. Realmenterevolucionaram nossa agricultura, ganharammuito dinheiro, porém pouquíssimos retornaramà terra natal. Em diferentes datas, até 1977, novaslevas de imigrantes, totalizando 250.746 pessoas,aportaram em terras brasileiras, tonificando e ampliando as atividades dos pioneiros. O certo eo maravilhoso é que, das fazendas de café paulistas e paranaenses, espalharam-se, com seusdescendentes, em todas as direções e em todosos segmentos econômicos brasileiros, deixandoa marca indelével do mais completo e bem arquitetado sucesso.
Na agricultura, por exemplo, motivo primeiroda presença japonesa no Brasil, a colônia é responsável atualmente por 4% do PIBagrícola que,em 1987, foi equivalente a 90 bilhões de dólares.Para elucidar, sozinha, a Cooperativa Agrícola deCotia, o maior grupo cooperativo da América latina, a 19' empresa do Brasil e a sexta empresaprivada nacional, detém um faturamento globalprevisto para 1988 na ordem de Cz$ 161 bilhões.
Os japoneses e seus descendentes, contudo,. não nos beneficiaram apenas na agricultura. Atua
ram, também, no setor industrial, que começoua se desenvolver na década de 40. Para exempli-
11430 Sábadó 18 DIÃRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONALCONSTITUINTE Junho de 1988
ficar, a (Isimlnas, pnmeira Joint venture japonesa com o governo, noBrasil, é hoje a 7' empresaentre as estatais, enquanto a siderúrgica de Tubarão, uma associação de capitais pnvados brasileiros e Japoneses, é a 2' entre as de capital misto.No ranking das empresas estrangeiras, a National e a Ishíbrásestão na 43' e 44' posições, cabendo à National a 7' posição no setor eletroeletrônlcoe à Ishibrás a liderança na construção naval
No que tange ao setor financeiro, o lugar dedestaque fica para o Banco Aménca do Sul, constituído de capitais exclusivos da colônia japonesa,sendo o 210 banco do país. Três outros bancosjaponeses ainda figuram na lista dos 50 maioresdo Brasil: o Banco de Tókio (36°), o Mltsubishi(38°) e:o Sumitomo (490).
Na área de prestação de serviços, os japonesesdirecionaram-se para todos os setores, e umexemplo de sucesso são as agências de viagemque, operando quase exclusivamente com a Japan Nr Lines - JAL, e a Varig, conseguem lotarum Jumbo com destino a Tókío cmco vezes porsemana.
Quanto ao setor de comunicações, os japoneses-contarn hoje com três jornais diáríos, editadosem São Paulo e distribuídos por todo o Brasile América Latina
Enfim, a presença japonesa no Brasil é signifícativa, marcante e crescente, aplicando aqui 2,6bilhões 'de dólares, assimilando nossa brasilidadee propagando sua língua, sua religião, seus costumes, suas festas, sua cultura, sua arte, sobretudoo Ikebana, cujos arranjos florais nos deleitampor sua extraordinária beleza e nos ensinam overdadeiro exercício da sensibilidade
Em suma, 80 anos depois, o Brasil se senteorgulhoso e honrado de acolher, em seu berçoesplêndido, os queridos descendentes do país dosol nascente, que somam hoje 1.680 000 entrenisseis, sanseis, ionseis e gosseis, que se urbanizam conosco e compartilham da nossa realidade,passando a fazer parte da nossa História. O maiseloquente exemplo dessa interação se verifica naregião Sudeste, onde está a maior concentraçãode descendentes de japoneses (915.000 pessoas), cabendo o destaque para as cidades deSão Pauloe Campinas. Em Campinas, toma-sefundamental ressaltar, vivem cerca de 22.000 desses intrépidos descendentes da terra dos Samurais, honrando sua estirpe, desenvolvendo as maisdiferentes atividades no campo, na indústria, nocomércio, no ensino, na tecnologia de ponta ouem profissões liberais outras, construindo comvigor e esperança imortais o progresso de nossomunicípio, deixando aos campmeíros e ao Brasilpreciosas lições de disciplina, sabedoria e determinação, marcando nossa terra com amor e fertilidade.
Por fim, Sr. Presidente, Sr" e'Srs, Consntuíntes,. que minha voz se eleve bem alto, e percorra os
mesmos caminhos do "Kasato-Maru" e possatransmitir, solene e expressivamente, aos ouvidosda milenar e altiva nação japonesa, os versos dopoeta lusitano Femando Pessoa:
"Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequenaQuem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor."
e, também, o dito popular:
"Fica sempre um pouco de perfume nasmãos que oferecem rosas."
Era o que tinha a dizer.
o SR. FERES NADER (PTB- RJ. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes, durante a realização do ICongresso Internadonal sobre Segurança de Trânsito, em Uber·lândia, Minas Gerais, foi anunciada a adoção denovas medidas para tentar reduzir o número ea gravidade dos acidentes de trânsito que matamcerca de 50 mil pessoas por ano e causam prejuízos de 1,2 bilhão de dólares ao País.
Na ocasião, foi revelado que, entre as propostasem estudo por uma comissão interministerial, estão alterações na legislação de trânsito para torná-Ia mais drástica e eficiente. Citou-se, comoexemplo, mudanças no valor das multas: a infração mais barata - estacionamento em fila dupla- que custa hoje 5% do salário mínimo de referência - cerca de Cz$ 5 mil - passaria para100%, e a mais cara - dirigir embriagado teria seu valor triplicado para cerca de Cz$21.500,00.
Falou-se também que algumas alterações noCódigo Penal estão em estudos e poderão serintroduzidas no capítulo referente ao trânsito. Dirigir bêbado deixaria de ser contravenção, tomando-se crime. Estão também sendo examinadasmudanças processuais para acelerar a tramitaçãodos processos a fim de evitar que eles já estejamprescritos quando forem encerrados.
O presidente do Conselho Nacional de Trânsito,Roberto Scaringella, que participou do encontro,disse que o Contran pretende também utilizarmelhor os sistemas de informática para cadastrarcarros e motoristas. Admitiu inclusive que nãose sabe quantos veículos e motoristas existemno Brasil. Defendeu a necessidade de o órgãofazer um prontuário de cada motorista no qualas infrações de trânsito seriam acumuladas. De.pendendo do total ele perderia a licença.
A medida seria da maior importância, pois asautoridades de trânsito poderiam, através doscomputadores, cobrar multas de veículos de outros Estados. Isso seria possível com a simplesintegração dos sistemas de informática dos diversos órgãos envolvidos na questão. Hoje, um motorista de uma cidade pode cometer impunementeinfrações em outra localidade sem ser multado.Esta irregularidade tem causado sérios problemasa diversas cidades, cujo perímetro urbano é cortado pelo seguimento de rodovias. Podemos citar,como exemplo, Volta Redonda, na região sul fluminense, onde o trânsito de carretas e caminhõesé intenso, registando-se incontáveis infrações detrânsito e que não são transformadas em multas,por falta de instrumentos.
As medidas sugeridas fazem parte do Programade Emergência para Segurança de Trânsito, cujaprimeira experiência será promovida através deum multirão contra a violência no trânsito.
Mas para que todas estas alterações se completem, permitimo-nos, Sr. Presidente, acrescentaruma necessidade inadiável, cujos exemplos positivos são encontrados nos grandes países: a criação imediata de um Juizado Especial apenas parajulgar as infrações de trânsito. A medida agilizariaos processos registrados nessa área e robusteceria o sentimento de respeito e de previdência
de todos os motoristas. Por isso, reivindicamosao Ministério da Justiça estudos nesse sentido.
Muito obrigado.
O SR. PAULO MACARlNI (PMOB - Se.Pronuncia o seguinte díscurso.) - Sr. Presidente,o industrial Domingos Forte Filho, na qualidadede presidente do Sindicato das Indústrias de serrarias, carpintarias tanoarias, madeiras compensadas e lamínadas, aglomerados, chapas de fibrade madeira e de marcenaria de União da Vitória,refletindo o entendimento do empresariado dosul do País, manifesta sua preocupação quantoaos efeitos do Decreto n° 95.715, de 10-2-1988,que poderá criar sérios embaraços ao desenvolvimento das atividades industriais, à manutençãodas reservas florestaís, ao surgimento de novosreflorestamentos e, sobretudo, ao racional aproveitamento das florestas.
O setor representa significativa parcela da economia, com circulação de riquezas, arrecadaçãode impostos e mercado de mão-de-obra. Por tudoisso, /aliado à nova consciência desta classe, empreservar o meio ambiente, animo-me a trazerao debate deste Parlamento as razões explicitadaspelo Sindicato para exame, avaliação e confrontoquanto ao não equacionamento dos problemasnacionais.
Assim sendo, passo a ler as razões invocadaspelo Sindicato, que abrange grande número deatividades e congrega um formidável mercadode mão-de-obra que precisa ser mantido e ampliado.
Aliás, até o final do século xx, o Brasil necessitará de vinte milhões de novos empregos, e somente através de novos investimentos, numa conjugação de esforços entre o Poder Público, o empresariado e a sociedade, alcançaremos tais metas.
O documento está vazado nos seguintes termos:
"Digníssimas autoridades dos PoderesConstituídos! .
O empresariado da indústria regional ligado direta ou indiretamente ao uso da terra,representado por suas associações de classee sindicatos, contando com a presença deexperts no assunto, decidiu, em reunião realizada nesta data, enviar seu clamor a todasas dignissimas autoridades do Poder Constituído,
Da imperiosa necessidade da revogaçãodo Decreto Federal n° 95.715, de 10 de fevereiro de 1988, que regulamentou o Decreto-Lei n" 2.363,_de 21 de outubro de 1987,
Por entenderem que o citado Decreto,além de incoerente com as realidades fáticas,perpetra inovação ao Direito e conflita comnormas legais em vigor,
pedmdo vênia para expenderem suas razões:
I. Da Inovação ao Direito
AConstituição Federal disciplinou a garantia da inviolabilidade dos direitos, inclusiveos concernentes à propriedade (art. 153, §22), bem como fixou também os parâmetrosda Ordem Econômica e Social (art. 160),deixando bem claro que a desapropriaçãoé uma exceção e nunca regra geral, postoque a propriedade privada, com suas garan-
Junho de 1988
tias efetivas, é uma conquista amalgamadaem luta secular
De outra parte, é do primado do Direito,e assim consagrado pela Constituição Federal, o ordenamento jurídico instalado na hierarquia das leis, com preponderância, portanto, das leis maiores sobre as leis menores.
Assim, o Decreto rr 95.715 não atendeuao referido primado do Direito, dando ensejoà arguição de mconstitucionalidade, conforme adiante se comprova:
"A desapropriação de que trata esteartigo é da competência exclusiva daUnião e hrmtar-se-à às áreas incluídasnas zonas prioritárias, fixadas por decreto do Poder Executivo "só recaindo empropriedades rurais cuja forma de exploração contrarie o acima disposto, confonne estabelecido em lei". (Art. 161,§ 2', da CF - gnfamos).
Logo, em se dando através de decreto,a regulamentação do preceito constitucional,houve inovação ao Direito, com flagrantedesrespeito à Magna Carta e com desatençãoà inderrogável hierarquia das leis.
Enfatiza-se ainda, a circunstância de quea matéria contida no Decreto analisado, superpõem-se, ainda, a uma enorme gamade leis, como as de n'S 4.504/64 (Estatutoda Terra), 4.947/66 (Direito Agrário),5.889/73 (Estatuto do Trabalhador Rural),7.511/86 (Código Florestal), com o que seconforma o Direito, mormente num país democrático, que, por sua estrutura corresponde à um estado de direito.
Anorma constitucional enfocada já se encontrava devidamente regulamentada e: s'ealguma coisa houvesse que ser feita, teriaque ser através de uma lei e nunca por decreto.
Assim, presente está, no Decreto na95.715, verdadeira inovação ao Direito e perfeitamente caracterizada a inconstitucionalidade dessa norma, além da total ausênciado consagrado tecnicismo, indispensável naboa hermenêutica jurídica.
As classes e categorias ligadas à terra, secompraziam com a legislação agrária entãoVigente,posto que a mesma (legislação) promoveu o surpreendente desenvolvimento experimentado nesta década, com a obtençãode sucessivos recordes de produção e doperfeito entrosamento econômico-social,tornando-se supérfluas quaisquer modificações de base, principalmente, um retrocesso do direito, patenteado no referido Decre~o na 95.715.
11. A realidade desenvolvimentistarelegada pelo Decreto na95.715
O Decreto enfocado, em seu art 30 e respectivos mcisos, nega o real e efetivo desenvolvimento do setor agropastoril-pecuáno eflorestal, por contraditório, deixando de representar os legítimos anseios econômicosociais da Nação nesse setor, posto que:
"1- a legislação pertinente às relações de trabalho e aos contratos de uso'temporário da terra não está sendo cumprida" (art 30
) ;
DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE
Contrapõem-se ao texto do Decreto, asdísposições contidas na Leina5.889n3, alémde contraporem-se também, o Decreto na59.566/66, as Leis na; 4.594/64 e 4.947/66,eis que, são "a contrário sensu", as melhoresem nossos dias, as relações de trabalho eos contratos de uso temporário da terra, graças às quais normas legais, o trabalhadorrural se encontra equiparado em seus direitosao trabalhador urbano, enquanto que, também por força dessas leis, se pode retirardo ostracismo o lanfundiáríoque, através doscontratos de uso temporário da terra, tornaram produtivas as fabulosas propriedadesantes ociosas e tão-somente pelos contratosde uso temporário da terra, conseguiu o Paísos já assinalados recordes de produção.
Inservivel a assertiva contida na normaanalisada, posto que os contratos agráriosse constituem em "pacta servanda" e, comotal, ensejam, para o caso de descumprimento, as sanções do direito mediante atuaçãoda Justiça, na melhor conformidade com o.Direito e com as realidades democráticas,
.mercê de Deus recuperadas com o adventoda Nova República.
Por incoerente com a reahdade atual e,também sob o impacto de retrocesso do Di- .reíto, o preceito não corresponde aos anseiosda Nação.
"11- está sendo realizada com métodos ou técnicas inadequadas ao plenoaproveitamento de suas potencialidadesou à obtenção do grau mínimo de produtividade exigida por lei" (art. 30
)
Há total equívoco no que a respeito se contém essa norma acima.
Os métodos e técnicas usadas atualmentesão os indicados pelos órgãos governamentais, com projetos aprovados e permanentemente fiscalizados pelos órgãos técnicosem seus departamentos setoriais e estaduais,graças aos quais se conseguiu o melhoraproveitamento da terra em ação ínofensrvaà finalidade desta (terra), tanto no setor agropecuário, quanto no de extratividade vegetal.
Assim, irreal, por não comprovada a assertiva, também neste inciso li, mesmo porque, inexiste qualquer lei que defina o quese possa entender como "potencialidade ougrau mínimo de produtividade". Tais fatorestem sido evidenciados na prática, pela aplicação da melhor tecnologia e da assistênciagarantida pela então legislação específica,com resultados sempre melhores, como talexpressados nas estatísticas. A derrogaçãoda legislação anterior, é retrocesso do dlreito.
"Ill - Não observa as normas de preser-vação dos recursos naturais, importando ematividade nociva ou danosa ao meio ambiente." (Art. 30
)
As normas de preservação dos recursosnaturais se encontram consolidadas no Estatuto da Terra, nas Leis nOs 4.771 e 7.511,sempre vigiadas pelo então Instituto Brasileiro de Desenvolvimento F1orestal-IBDF, eatravés dos órgãos setoriais convenientes. Alegislação anterior, conforme se vê, era pIe-namente satisfatória e, se não cumprida poralguma minoria, perm,itia sanções pesadas
Sábado 18 11431
aos infratores. Logo, em contrariedade coma Citadaleqrslação, o Decreto na95715, diante das enormes incoerências e atecnia, aoinvés de assegurar, permite a predação desses recursos, conforme se cuidará duranteo presente mamfesto e na refutação dos demais itens nele (Decreto na95.715) contidos.
"IV-As atIvidades desenvolvidas são incompatíveis com sua vocação ou utíhzaçãoeconômica." (Art 30
)
Inexistindo zoneamentos (a não ser os naturais e o das regiões metropolitanas), a vocação da terra está sendo evrdencíada pela experiência e tecnologia ditadas pelos órgãosgovernamentais, com grande sucesso atestado pelos números alçados, que, economicamente, são os mais auspiciosos no setorda utilização econômica rural.
Se determinado latifundiário explora suapropriedade observando rigorosamente osditames da anterior legislação, no pertInenteàs relações de trabalho e em atenção às regras pertinentes aos contratos de uso temporário da terra, bem como, utilizando-se dosmétodos e técnicas adequadas, por assistidos e fiscalizados pelos órgãos constituídospara essa finalidade, a vocação da terra estásendo cumprida e respeitada. Tolher o proprietário do exercício dessa liberdade na forma e nas condições legais, é autêntico retrocesso do direito, o que trará, por certo,o desmantelamento dos sucessos obtidoscom grandes lutas e pelo trabalho.
111. Da incoerência do conceito de"Produção"
Pelo art. 50, o Decreto na 95.715, afirmade modo categórico:
"Art. 50 Também não podem ser desapropriadas as áreas em produção."
No entanto, tal preceito é derrogado pelomesmo diploma, posto que é através do seuparágrafo 20 e respectivas alíneas que formam as letras "a" até a letra "f', deixa deconsiderar "em produção", as reservas florestais com destinação industnal, mantidasa muito custo, pelo uso adequado e garantidor de sua regeneração, no que estava sendo rigidamente controlada pelos órgãos fiscalizadores e aplicação das Leis noS 4.771- 7.511/86 e através de projetos específicos,tecnicamente elaborados e com aprovaçãolegal.
Considerar, ainda, improdutivas as áreasnaturais de ervais (erva mate), campos e pastagens é simplesmente desconhecer a importância da exploração dessas fontes de riquezas, desrespeitando-se a própria vocaçãodessas áreas.
Na forma aqui aposta, a norma enfocadaé um convite à "erradicação total das reservasflorestais nativas", com total aniquilamentodas espécies naturais, bem como aniquilara economia dos setores extrativistas e da criação de gado de corte.
Atentos a que a improdutividade conceituada no preceito traz como corolário a modificação do tratamento tributário (ITR), deixadas tais áreas dentro da prioridade expropriatóna, é lógico que seus proprietános cuidarão, ímediatamente, do desmatamento das
11432 Sábado 18 OlÁRIo DA ASSEMBLÉIA NACIONAl.CONSTITUINTE Junho de 1988
mesmas, com resultados nefastos à ecologiae ao meio ambiente, além de atentatónosaos interesses nacionais.
Pela letra "b", possibilita-se a expropriaçãode todas as florestas naturais que-já foramabatidas através o manejo sustentado e queaguardam a sua renegeração para novoaproveitamento racional.
No cotejo do conteúdo das letras "c" e"d" do mencionado § 2°,verifica-se a possibihdade da "falência da agricultura brasileira",pela constatação de que nenhum proprietário rural vai permitir o preparo do solo, nemconceder o uso de suas terras em regimede contratos, pelo temor de vir a sofrer aação relativa à reforma agrária, convindo-seanotar que, atualmente, mais de 70% dasáreas cultivadas são em regime de contratosagrários.
Junho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sábado 18 11433
tantos foram sacrificados, em um autêntico horizonte visual, aquele do qual quanto mais a gentese aproxima mais distante ele fica.
Aquela bandeira, desfraldada por companheiros de todos os rincões da pátna, foisimplesmenteusurpada pelos que outrora foram os algozes dademocracia. A bandeira do PMDBestá rota e puída nas mãos de um grupo de áulícos, adesistas,corruptos que nunca deixaram e nunca deixarãode ser governistas. Encontraram abrigo na nau,que saía de nevasca. Pularam do barco que fazia.água, barco que navegava há mais de duas décadas nas águas turvas do arbítrio e que tinha comoseu timoneiro o atual ocupante do Palácio doPlanalto, vislumbrando a possibilidade de permanência no governo sob o manto do seu lídermaior
Sabiam os opressores de ontem, que o homemque derrubou a Emenda Dante de Oliveira,comoPresidente do PDS de então, seria o grande aliadopara as maquinações antídemocrátícas que adrede haveriam de pôr em marcha. Tão log""abocanharam o poder com a ação de Sarney, sàíramde suas tocas e abrigaram-se sob a sombra democrática do PMDB; fizeram pose de dernocratàse tomaram o partido de assalto, mostrando suas"verdadeiras fazes quando deixaram suas máscaras irem ao chão nas votações desta AssembléiaNacional Constituinte. .
Aliados ao Palácio do Planalto, fizeram corocom o que de mais reacionário e retrógrado pululanestA Casa. Respaldaram asações da UDR, votando com a reação na questão da, reforma agrária.Derrubaram a perspectiva de moralização destePaís, derrotando a emenda parlamentarista reforçando um presidencialismo que serve mais aosinteresses antípovo de que à grande maioria dapopulaçãobrasileiraVotaram cinco anos para osmandatos presidenciais e asseguraram, por fim,cinco anos de mandato para o atual ocupantedo Palácio do Planalto. Essas mesmas figuras preparam-se, ainda, para derrubar algumas conquistas e alguns avanços contitucionais, por ocasião
. do segundo turno de votação do projeto da nova,Carta.
As pregações do passado estão enterradas peloPMDB e com ele próprio. De que serviu tantapregação se hoje o partido, um grande aglomerado onde os homens de pensamento estão marginalizados, transformou tudo em cinzas?
Este é o triste quadro do desastre nacional quefoi gerado pelo desarticulado PMDB. Aí está umpaís desmoralizado internacionalmente e desacreditado por seus cidadãos. A juventude, a melhor e maior força nacional, está desencantadae deixando o País na busca de oportunidade emoutras terras.
A quem devemos à situação caótica em quevivemos? Será que tudo devemos aos mais devinte anos de ditadura? Não, senhoras e senhores.Devemos a maior parcela de desequilíbrio da velhíssima Nova República, que foi desvirtuada porcavalheiros viciados, de larga tradição antíderno-
. crátíca e que estão encastelados no Palácio do. Planalto, vestidos. na. pele do PMPB pará:aplicar. . 'seus golpes em todàs as direções.· .
. Enxovalhado, o 'povo ri'ãosuporta rnàis a hipocrisia; não acredita mais nas-mensagens de seupartido e, envergonhado, busca abrigo em' bandeiras outras que não possam servir de amparo
a políticos, que não tenham o sentimento, a almae a cara do povo.
O Planalto, arma seus golpes e encontra ecoem setores despreparados, expande sua ação nefasta e serve de exemplo para que em algunsEstados da Federação sejam adotados procedimentos políticos semelhantes.
Falo pelo meu Estado. Em Rondônia foi implantada uma situação política que nada diferedo que se pratica na área federal.
Eleito pelo PMDB, representando as esperanças de todo o povo rondoniense, o GovernadorJerômimo Santana repudiou seu passado de lutas,na resistência democrática, vestindo a camisa doPlanalto, e implantou métodos condenados pelopartido em toda a história política de Rondônia.
Importou pessoas para o seu secretariado epara a direção de órgãos públicos de vital importância para o Estado, algumas dos quais compassado duvidoso, envolvidos em inquéritos nosseus Estados de origem e totalmente desvinculados de Rondônia, onde nem ao menos são eleitores. Adotou métodos nada convencionais naadministração'pública, demitindo humildes servidores, com perseguições mesquinhas. Segregouforças políticas expressivas, detentoras de man.datos no Congresso Nacional, na Assembléia Legislativa e nas 'Câmaras de Vereadores e, sobretudo, relegou a segundo plano as pregações dopartido que o elegeu, esquecendo todo um passado político, agregando em tomo de si uma meia
,duzia de apaniguados que respiram e transpiramcorrupção. Também rompeu o princípio de independência e harmonia entre os poderes, interferindo de forma constrangedora no funcionamento do Legislativoe do Judiciário.
Como posso, Sr. Presidente, conviver com uma'sítuaçâo dessas? Como posso compactuar compráticas políticas dessa natureza? Como possopermanecer em um partido que tripudia sobreo povo e rasga sua própria bandeira?
Não, Sr. Presidente. O que tenho a fazer nestahora é fumar uma posição ao lado do povo queme outorgou o mandato que estou exercendocom a dignidade de quem já tem um passadode luta, um presente afirmativo e coerente comas pregações que motivaram minha eleição e como futuro deste País.
Vou em frente, Sr. Presidente. Dei um prazoao Governador de Rondônia, quando da convenção estadual do PMDB, para que a moralidadepública fosse restabelecida no Estado. Concedium prazo para que a dignidade governamentalfosse restaurada, mas o Governador fez poucocaso. Esgotei todos os meios para que o PMDBrecuperasse a postura criteriosa do passado, mastudo foi em vão, uma vezque o Governador preferiu continuar com seus métodos vergonhosos,aétícos e despudorados.
Vou em frente, Sr. Presidente. O caminho apercorrer poderá ser longo, mas a alvorada dademocracia plena e a esperança de alcançaraquele horizonte de dias melhores para o nossopovo me fascina. Vou pelos caminhos dos quetêm vergonha, têm dignidade e respeitam seusfilhos, a quem quero transrnítír um exemplo dehonradez na.vida pública.. . ,
No PMDBprovei que estou acima da fisiologiapolítica, da ambição e da ganância. No PMDBdeixeia marca da dimensão do meu caráter, colocando-me em posição de luta ao lado das figuras
mais respeitáveis do partido. Não me submeti àspressões palacianas, pelo contrário, as rechaceipor não aceitar a traição como arma política. FIquei ao lado da verdade, contra os que mentêmao povo. Não negociei, nem negociarei meu nome. Preciso enfrentar os que em mim confiaram,de cabeça erguida, olhando nos olhos de cadaum, sem tremer na hora de prestar contas dosmeus atos. Preciso aparecer diante do povo semtemer o debate, como nas lutas do passado.
Deixo o PMDB para ficar ao lado do povo naexpectativa de que as transformações e mudanças que o partido pregou possam ser conseguidaspor outras vias partidárias e políticas, sem engodos e escamoteações.. Deixo o PMDB para ser fiel a mim mesmo,
não traindo as esperanças nacionais nem mmhasconvicções democráticas.
Deixo o PMDBpara caminhar ao lado dos queacreditam neste País e estão dispostos ao sacrifício pela Pátria..
Deixo o PMDB carregando o entusiasmo queme acompanha e que alimenta as esperançasque acumulo pensando no amanhã de meu País.
Vou pelos caminhos da'verdade. Acompanhoos companheiros que não concordam com a situação à que está sendo levado o partido. Vourepartir com eles o empenho e as forças da minhaenergia para sacudir este País do marasmo emque se encontra. Vou em busca de uma política
'que tome este País uma Nação soberana, livredo fantasma da corrupção e das interferênciasinternacionais e imperalistas, confiante em quehaveremos de, juntos, resgatar a bandeira largadano meio do caminho pelo PMDB.
No novo caminho, não estarei só. Velhos companheiros, grandes lideranças, jovens políticos,idealistas, intelectuais, estudantes, trabalhadores,donas-de-casa, vamos todos caminhar na direçãoda democracia sem adjetivos, marchando na coluna de um 'partido sério, onde não haja lugarpara os arrivistas.Vou com Covas, Euclides Scalco, Montoro, Fernando Henrique, Richa, Pimentada Veiga, Paulo Silva, Moema, Cristina e tantosoutros bravos, nomes dos quais as gerações dofuturo haverão de se orgulhar.
Vou com o povo brasileiro.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Passamos à verificação de quorum.
Solicito aos Srs. Constituintes que se encontram eventualmente fora do plenário, em seusgabinetes ou em outro local da Casa, que compareçam ao recinto para votar, mesmo que sejanos postos avulsos. (Pausa.)
Srs. Constituintes, acionem simultaneamenteo botão preto e a chave sob a bancada, mantendo-os pressionados até que as luzes se apaguem.
E importante que todos os Constituintes estejam aqui r.a segunda-feira, pois precisamos avançar na votação.
(Procede-se à veriiireçêode quorum.)
O SR. PRESIDENTE (UlyssesGuimarães)Informo ao Plenário que haverá sessão da Câmarana próxima segunda-feira, às 9 horas, e da Constituinte às 14h30min.
', O Sr•.Siqueira Campos c-, Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem V.~ a palavra.
11434 Sábado 18 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Junho de 1988
o SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDC - GO.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, apesarde estarmos em processo de votação, gostariade pedir permissão para fazer uma comunicação,díríqrda especialmente a V. Ex'
Nós, do Partrdo Democrata Cristão, vamos realizar no dia 19, domingo próximo, nossa primeiraconvenção nacional. O partido reinstalou-se noBrasil depois de haver SIdo cassado pelo A1-2 erealiza agora, em meio às alegrias gerais, numagrande festa da democracia, sua primeira convenção nacional.
Já dirigi ofício a V.Ex' para, como nosso convidado de honra, participar das solenidades de abertura da convenção. Reitero, Sr. Presidente, os termos desse convite, porque a presença de V. Ex'naquele evento será altamente honrosa para todos nós.
Para nossa alegna, V. Ex' bem poderia estarpresente naquela grande festa da democraciacristã no Brasil. Estendo o convite 'a todos osdemais Srs. Constituintes.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) A convenção será em Brasília?
O SR. SIQUEIRA CAMPOS -Sim, em Brasília, no Auditório Nereu Ramos, às 9 horas. Édo ato de inauguração que esperamos V.Ex' participe como convidado de honra e, como convidados especiais, todos os Constituintes brasileiros, homens e mulheres que estão mudando estePaís. MUlto obrigado. (Palmas.)
O Sr. Mário Covas - Sr. Presidente, peçoa palavra pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem V.Ex' a palavra.
O SR. MÁRIO COVAS (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, há exatamente duas semanas, numa sexta-feira como hoje, declarei aqui que havia tomado a decisão dedeixar o partido, o PMDB. Declarei ainda que,tendo em vista o fato de eu haver reivindicadojunto à bancada o exercício da Liderança, nãome sentia à vontade para, pura e simplesmente,deixar a Liderança, porque isso me parecia umafuga à responsabilidade que eu mesmo solicitara.Corri o risco até de não ser entendido - nãosei se o fui- e de parecer que estava me apegando exageradamente ao cargo. Assim agi sobretudo porque tinha tido anteriormente uma conversa com um grupo da bancada, na qual algunscompanheiros consideram que seria mais conveniente que eu permanecesse na Liderança atéo final da Constituinte. Embora discordando, tomei aquela atitude. E disse que permaneceria namedida em que a bancada não entendesse deforma diferente. Fiz a comunicação exatamentepara que a bancada, sabendo de minha decisão,pudesse, se quisesse, tomar outra deliberação.Ao primeiro sinal que eu percebesse, no sentidode qualquer modificação, imediatamente caminharia nessa direção, e isto é perfeitamente compreensível. A liderança é um cargo de naturezapolítica que pertence à bancada. Portanto, compete a ela, em cada instante, decidir como conduzi-Ia.
Sr. Presidente, nos últimos dois dias, li nosjornais que grupos ponderáveis da bancada - Muitojusta e naturalmente - entendiam que a melhorsolução não era a que estava em curso. Li tambêrn, na coluna do jornalista Haroldo Holan-
da, que V. Ex' estava sendo muito pressionadopor alguns companheiros no sentido de modificaressa situação. E isso me pareceu um sinal suficiente. Uma das figuras apresentadas como signatário de documento a esse respeito era o Constituinte Expedito Machado. FIZ questão de procurá-lo ontem e perguntar-lhe se procedia a notíciaque eu havia lido nos jornais. S Ex' informou-meque sim, e que ina encammhar um documentoa V.Ex' ponderando que, em primeiro lugar, fizesse um apelo no sentido que eu permanecesseno partido; em hipotese contrária, que encarrunhasse uma solução para outra LIderança. Ora,como já tenho decisão tomada - e V.Ex' soubedisso antes de qualquer pessoa - me antecipo.Julgo que esta mamfestação é perfeitamente razoável. Entendo que a bancada tem toda a liberdade de assim proceder. Não vejo nisso qualquerrepresálta ou atitude constrangedora. Constrangedor seria eu permanecer no cargo, mesmo emface disso.
Nessas condições, Sr. Presidente, aproveito este momento para anunciar que convoquei reuniãoda bancada para a próxima quarta-feira, para quese possa eleger nova Liderança. Nesse intervalo,farei aquilo que puder, no sentido de contribuirpara o andamento das negociações em cursonesta Casa. Acho que já estamos numa fase emque as negociações praticamente se esgotaram.Daqui para a frente teremos o segundo turno,quando se votará "sim" ou "não". Além disso,o PMDB dispõe de homens de melhor categona,que certamente foram os responsáveis pelas negociações feitas até agora. O constituinte NelsonJobim, durante esse período, até que a reuniãose realize, pelo fato de estar ocupando a primeiraVice-Liderança, exercerá a liderança formalmente,comandando as sessões aqui.
Quero convocar a bancada para que, quartafeira, decida - se não fizer antecipadamente como escolher o novo Líder, que certamente conduzirá a bancada com muito mais qualificaçõesque eu
Devo dizer que não se trata de uma despedida,nem de agradecimento. Farei isso pessoalmentena reunião da bancada. Trata-se simplesmentede uma comunicação feita com absoluta isenção,sem nenhum sentimento de emoção maior. Nãose trata de uma atitude precipitada Pelo contrário.Entendo perfeitamente que parte da bancada, ouaté toda ela, achou que seria melhor uma outrasolução. Pessoalmente, desde o ínicio, sempreconsíderer ser esta a melhor solução. Mas apenaspor uma questão de constranqimento, de compromisso com a própria Assembléia NacionalConstituinte e com companheiros que salientavam que seria melhor se fosse feito assim, tomeia liberdade de colocar as duas alternativas. Parece,no entanto, que o melhor é caminharmos nessadireção.
De forma que, Sr. Presidente, me antecipo econvoco uma reunião para quarta-feira, como jádisse. Quis usar este meio, contando com a hberalidade de V.Ex', para fazer a comumcação formalmente à Casa. Aqui fica, portanto, desde já, omeu agradecimento, e o renovarei formalmenteno momento oportuno. Obrigado (Palmas.)
O Sr. José Lourenço - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)Tem V Ex' a palavra
O SR. JOSÉ LOURENÇO (PFL - BA.Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente. Srs. Constitumte, desde o micío de nossos trabalhos e logoapós a eleição do Constituinte Máno Covas paraLíder do maior partido do País, na AssembléiaNacional Constituinte, tenho tido, através do tempo, em função de mmhas obrigações tambémcomo Líder do PFL, os mais diversos contatoscom S Ex', homem público da melhor qualidade,da melhor estirpe, sério, digno, que me habitueía estimar e com quem tenho tido diálogos domais alto nível, em função do interesse maiordo País. Podemos divergir eventualmente, maso fazemos - e o temos feito - dentro daquiloque deve ser aceito, com respeito mútuo, na açãopolítica
Desta maneira, Sr. Presidente, em nome domeu Partido e, creio, no da Assembléia NacionalConstituinte, neste instante faço um apelo aoConstituinte Máno Covas. Não são hstas e assmaturas eventuais que nos podem levar - os líderes, que temos grande responsabilidades paracom o País neste momento - a abandonar encargos a nós transferidos por esmagadora maioriadesta Assembléia, consubstanciada no Partido doMovimento Democrático Brasileiro.
Considero indispensável a presença do Constitumte Mário Covas como Líder do PMDB, paraque continuemos a caminhar. Em função disso,Presidente Ulysses Guimarães - V.Ex' sabe queàs vezes diverqímos, mas sabe também que tenhogrande apreço por V.Ex', bem como pelo SenadorMário Covas - gostana de fazer um apelo a S.Ex', para que superasse essas dificuldades internas, pois todos as temos em nossos partidos ecom elas convivemos em nome do interesse doPaís e da nova Constituição do Brasil.
Faço este apelo ao Senador Máno Covas, nãosó em meu nome pessoal, mas no de milhõesde brasileiros, pelos quais falo no momento: caroamigo Senador Mário Covas, permaneça na liderança de sua bancada, porque isso é da maiorunportância para que possamos concluir, o maisrápido possível, a Constituição que juramos fazerpara o nosso País. Nova eleição de líder significanovo método de trabalho e novo tipo de diálogo.As coisas alterar-se-ão profundamente no momento em que estamos dando o passo final paraconcluirmos a Constituição do Brasil.
Falo, neste momento, com palavras que saemdo meu coração e, pela estima e respeito quetenho por V.Ex', peço-lhe que continue liderandoa Bancada do PMDB, para que continuemos juntos, pois todos esperam que nosso trabalho redunde no melhor resultado para a Nação brasilerra.
Estou certo de que V.Ex' acederá ao meu apelo.Não considere minhas palavras um ato emotivoe Impensado. Estou pensando, como V.Ex' sempre o faz, acima de tudo, no interesse do povobrasileiro, que deseja o término da Constituição.
Espero que V. Ex' continue Líder do PMDB.(Palmas)
O Sr. Nelson Carneiro - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Concedo a palavra ao nobre Constituinte NelsonCarneiro.
· Junho de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Sábado 18 11435
o SR. NELSON CARNEIRO (PMDB - RJ.Sem revisão do orador.) -Sr. Presidente, o nobreLíder Mário Covas anunciou que napróxima quarta-feira reunirá a Bancada para, perante ela, apresentar sua renúncia, para que a bancada escolhaaquele que deve, substituí-lo.
Sr. Presidente, acredito que, quaisquer que sejarn as divergências dentro da Bancada do PMDB,o seu dever, pensando na Constituinte e no Brasil,é reafirmar sua confiança no Constituinte MárioCovas e reelegê-lo, para que S. Ex' possa continuar a dirigi-la.
O Sr. Fernando Santana - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUimarães) Concedo a palavra ao nobre Constituinte Fernando Santana.
O SR. FERNANDO SANTANA (PCB - BASem revisão do orador.) - Sr. Presidente, todosfalam nesta Casa. E quem menos fala sou eu.Meu partido é pequeno no número, mas grandena concepção do País.
Gostaria de dizer que o Constituinte José Lourenço fez um apelo ao nobre Constituinte MánoCovas, com o qual estamos Inteiramente de acordo. Falo em meu nome e não como representantede meu partido. Entretanto, acho que o apelode S. Ex' deveria ser dirigido, em primeiro lugar,ao Constituinte Expedito Machado, autor de ummovimento para destituir da LIderança do PMDBo Constituinte Mário Covas. Tal movimento, a nosso ver, é antipatriótico, equivocado e extemporâneo, porque, na verdade - sem querer levarflores ao Sr. Mário Covas -, S. EX' tem Sido ocoordenador de todos os acordos realizados desde o preâmbulo até agora. Substitui-lo, a estaaltura dos nossos trabalhos, constitui erro histórico e prejudicial à Constituinte, que está acimados partidos e dos homens. Acima da AssembléiaNacional Constituinte só está o BrasiL
Por isso, considero que o Sr. Expedito Machadodeveria abandonar seu movimento contra a permanência. do Sr. Mário Covas na LIderança doPMDB.
O Sr. Nelson jobim - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem V.EX' a palavra.
O SR. NELSON JOBIM (PMDB - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, tendo emvista a manifestação do eminente Líder Mário Covas e considerando minha indicação, ocorrida ontem à noite, para assurntr a primeira Vlce-Líderança, passando, então, a assumir inteiramentea Liderança do PMDB, quero comunicar a V. Ex'e a este Plenário que exerceremos até quarta-feiraesta função, para que, nesse dia, a Bancada doPMDB saiba, honrando os trabalhos desenvolvidos com transparência, lucidez, correção absolutae total honestidade pelo eminente Líder Mário Covas, referendar seu nome, em face das circunstãncias históricas que estamos vivendo e dos problemas internos do partido, embora haja tambémproblemas individuais que conduzem a esta decisão.
Respeitamos a posição do eminente Líder, masverificamos que a Nação reclama o término irne.diato desta Constituição. O PMDB saberá condu-
zir-se com correção absoluta e com altivez enfrentará os problemas, de forma tal que o Pais e estaAssembléia Nacional Constituinte não sejam prejudícados. Saberemos conduzir os problemas, namterirudade, dentro da linha determinada pela forma correta, lúcida e transparente do eminenteLíder Máno Covas.
Esta, a cornumcação que gostana de fazer (Palmas)
O Sr. Juarez Antunes - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Tem V.EX' a palavra.
O SR. JCJAREZANTUNES (PDT - RJ Semrevisão do orador) - Sr. Presidente. peço a VEX' que regls~re minha presença.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUlmarães)Será registrada, Ilustre Constituinte.
O Sr. Chagas Rodrigues - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Gunnarãesj c-
Tem V. Ex' a palavra.
O SR. CHAGAS RODRIGUES (PMDB PI Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente. nãotendo meu nome figurado no painel, peço a V.EX' que reqistre minha presença
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.Ex' será atendido.
A SI'" Moema São Thiago - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem V EX' a palavra.
A SRA. MOEMA SÃO THIAGO (PDT - CE.Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, gostaria fosse registrada a minha presença.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.EX' será atendida.
O Sr. Arnaldo Faria de Sá - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem V.EX' a palavra.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PMDBSP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,gostana fosse registrada minha presença
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)-V.EX' será atendido.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses GUImarães) Srs. Constitumtes, a propósito das declaraçõesdo Líder Máno Covas, desejo afirmar que nãohá, entre os 559 Constituintes, melhor testemunha do que o próprio Senador Mário Covas deque, se dependesse de mim, S. Ex' não sainado PMDB Se dependesse de mim, Presidenteda Constituinte, S.EX' continuana Líder do PMDBna Constituinte.
Entendo que os supremos interesses deste País- portanto, interesses meus - são os da Constituinte. Desejo - nem precisaria fazê-lo, porque
está na consciência de todos - assinalar a competência e a dedicação do Constitumte Máno Covas, as quais excedem seus lirrutes físicos, chegando até a afetar sua própna saúde, no desempenho da função de Líder do PMDB na Assembléia Nacional Constituinte.
Haverá reuruão da bancada, mas quero, desdeJá, reiterar o que já disse ao Constituinte MárioCovas - é fácil fazê-lo; não é preciso sequer criatividade, pOIS já o fiz muitas vezes pessoalmente,na televisão, no rádio e em reuniões
De qualquer sorte, manifesto meu testemunhoquanto à atuação de Mário Covas, que constarános Anais como uma das figuras exponenciaisda Assembléia Nacional Constituinte do Brasil(Palmas)
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Presentes 221 Srs Constitumtes, não há quorumpara votação
REGISTRAM PRESENÇA OS SRS. CONSTI-TOINTES: . '
Presidente: Ulysses Guimarães -Acival Gomes- Ademir Andrade - Adolfo Oliveira - AdylsonMotta - Aécio de Borba - Affonso Camargo- Afonso Sancho - Agripino de Oltveira Lima-Alarico Abib -Albano Franco -Alceni Guerra- Almir Gabriel - Aloisio Vasconcelos - AloysioChaves - Aluízio Campos - Alysson Paulinelli-Amaury Müller-Anmbal Barcellos -AntônioCarlos Konder Reis - Artenir Werner - Arturda Távola - Assis Canuto - Átila Lira - BasílioVillani - Bernardo Cabral - Cardoso Alves Carlos Alberto Caó - Carlos Benevides - CarlosMosconi - Carlos Sant'Anna - Cássio CunhaUma - Célto de Castro - Celso Dourado Chico Humberto - Cid Sabóia de Carvalho Costa Ferreira - Cristina Tavares - Darcy Deitos- Daso Coimbra - DaviAlves Silva - Del BoscoAmaral- Délio Braz - Denisar Ameiro - Dionisio Dal Prá - Domingos Juvenil - Doreto Campanari - Edivaldo Holanda - Edmílson Valentim- Eduardo Jorge - Elias Murad - Eliel Rodrigues - Eliézer Moreira - Eraldo Tinoco - Eraldo Trindade - Euclides Scalco - Evaldo Gonçalves - Expedito Machado - Fábio Feldmann- Farabulini Júnior - Felipe Mendes - Fernando Cunha - Fernando Gomes - Fernando Santana - FIrmo de Castro - Florestan Fernandes- F1oriceno Paixão - Francisco Amaral- FranCISCO Benjamim - Francisco Carneiro - Francisco Dornelles - Francisco Küster - FranciscoRollemberg - Francisco Rossi - Furtado Leite- Gabriel Guerreiro - Genebaldo Correia Geovah Amarante - Geraldo Alckmin Filho Gerson Peres - Gidel Dantas - GumercindoMilhomem - Haroldo Uma - Hélio Duque HélioRosas - Henrique Córdova - Homero Santos -Ibsen Pinheiro - Inocêncio Oliveira -Irapuan Costa Júnior - Israel Pinheiro - ItamarFranco -Ivo Cersósimo - Ivo Lech -Ivo Mainardi - Jacy Scanagatta - Jarbas Passarinho-Jayme Paliarin -Jesualdo Cavalcanti -JesusTajra - João Agripino - João Calmon - Joãode Deus Antunes - João Machado Rollemberg- João Menezes - João Natal - João Paulo- João Rezek - Joaquim Bevilacqua - JofranFrejat -Jonas Pinheiro -JorgeArbage -JorgeMedauar - Jorge Uequed - José Agripino -
11436 Sábado 18 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE Junho de 1988
José Costa-José da Conceição -José Fernandes - José Fogaça - José Genoíno - JoséGuedes - José Lins - José Lourenço - JoséLuiz de Sá - José LuIZ Maia - José Tavares- José Thomaz Nonô - José Tinoco - JoséViana - Júlio Costamilan - Jutahy Magalhães- Koyu lha - Lélio Souza - Lídice da Mata- Lourival Baptista - Luís Roberto Ponte - LuizAlberto Rodrigues - LuizFreire - LuizGushiken- Luiz Inácio Lula da SIlva - Luiz Marques Luiz Soyer - Maguito Vilela - Manoel Castro- Mansueto de Lavor- Márcio Lacerda - MarcoMaciel - Marcos Perez Queiroz - Mário Assad- Mário Covas - Mário Maia - Marluce Pinto- Matheus Iensen - Maurício Fruet - MaurícioNasser - MauríliO Ferreira Lima - Mauro Benevides - Mauro Borges - Mauro Miranda - MeiraFilho - Mello Reis - Melo Freire - MendesBotelho- Messias Góis- MiltonLima - MiraldoGomes - Naphtali Alves de Souza - NelsonCarneiro - Nelson Jobim - Nelson Seixas Nelson Wedekin - Nelton Friedrich - NeyMaranhão - Nyder Barbosa - Octávio Elísio - Odacir Soares - Olívio Dutra - Onofre Corrêa Oscar Corrêa - Osmar Leitão - Osmir Lima-Osmundo Rebouças - Paulo Delgado - Paulo Ramos - PlínioArruda Sampaio - RaimundoRezende - Raquel Capiberibe - Raul Belém RitaCamata - Roberto Balestra - Roberto Freire- Roberto Rollemberg - Rodrigues Palma Ronan Tito - Rospide Netto - Rubem Branquinho - Rubem Medina - - Ruberval PIlotto- Ruy Bacelar - Ruy Nedel - Sadie Hauache- Sandra Cavalcanti - Sérgio Spada - SimãoSessim - Siqueira Campos - Sólon Borges dosReis - Stého Dias - Tito Costa - UbiratanAguiar - Ubiratan Spinelli - Valter Pereira Vasco Alves - Victor Faccioni - Victor Fontana-Virgílio Galassi - Vivaldo Barbosa - VladimirPalmeira - Waldyr Pugliesi - Wilma Maia Wilson Martins.
o Sr. Luís Roberto Ponte - Sr. Presidente,peço a palavra, pela ordem.
o SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Tem V.Ex"a palavra.
o SR. Luís ROBERTO PONTE (PMDB RS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,perdoe-me por romper, de certa forma, a hierarquia falando depois de V. Ex" sobre o mesmotema, mas acho que é importante deixar registrado aqui um aspecto que talvez não tenha sidoabordado.
O Constituinte Mário Covas mencionou sua decisão de, colocando seu cargo à disposição, levara voto na bancada, quarta-feira, a eleição de novoLíder. Queria registrar que a decisão de S. Ex',no sentido de permanecer, mesmo depois deanunciar sua retirada, foi criticada aqui e ali comoatitude que talvez não devesse ter sido tomada.
Estou entre os que solicitaram a permanênciade S. Ex' na Liderança do PMDB até o final dostrabalhos da Constituinte. Faço pois, este registroe, sobretudo, um apelo não só ao eminente Constituinte, porque acho absolutamente correta suaposição de levar a votos essa matéria, à luz dospnmeiros sinais de que alguns companheirosnossos desejam modificação, mas principalmente aos companheiros da bancada. Embora te-
nham também o direito de substituir o Constituinte Mário Covas, peço que reflitam muito atéquarta-feira, pois acho que a celendade do processo Constituinte é um desejo de todos nós.
O registro de memória que tem o ilustre Constitumte Mário Covas de alguns acertos que aindadevem ser votados, mas que foram feitos no passado, talvez indique a conveniência de se manterS. Ex"na Liderança do PMDB.
Sr. Presidente, percebo sua inquietação. Perdoe-me, mas acho que é importante registrar quena hipótese de ser o Sr. Mário Covas reconduzidopela bancada, S. Ex' deve aceitar permanecer naLiderança.. Era o registro que queria fazer.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Sobre a mesa o seguinte.
REQUERIMENTO
Sr. Presidente,Solicitamos que registre nossas presenças, por
não terem sido registradas no painel eletrônico.Brasília -DF, 17 de junho de 1988
l-José Jorge, 2-Amaldo Prieto, 3-Teotônio Vilela Filho, 4-Jorge Hage, 5-DaltonCanabrava, 6 - Ronaldo Carvalho, 7 - ValmirCampelo, 8 - Eduardo Moreira, 9 - HumbertoLucena, 10 -Aldo Arantes, 11 -João Lobo,12 -José Paulo Bisol, 13 -Asdrúbal Bentes,14 - Bonifácio de Andrada, 15 - SigmaringaSeixas, 16-Augusto Carvalho, 17 -Dirce TutuQuadros, 18-Fernando Velasco, 19-A1exandre Costa, 20-Lavoisier Maia, 2l-Miro Teixeira, 22-Antônio Ferreira, 23-Waldeck Ornelas, 24-Agassiz Almeida, 25-Carlos De'Carli, 26 - Michel Temer, 27 - Mussa Demes,28-Benito Gama, 29-Geraldo Bullhões,30Antero de Barros, 3l-Abigail Feitosa,32 - Rose de Freitas, 33 - Wagner Lago,34 - Darcy Pozza, 35 -Alexandre Puzyna,36 - Paes de Andrade, 37 - Geraldo Campos,38-Francisco Sales, 39-Angelo Magalhães,40 - Wilson Campos, 41 - Mauro Sampaio,42 - Arnaldo Martms, 43 - EUnice Michiles,44 - Amaral Netto, 45 - Maria de Lourdes Abadia, 46 - Raimundo Lira, 47 - Cid Carvalho,48 - Lysâneas Maciel, 49 - Antônio Gaspar,50 - Edison Lobão, 51 - Roberto Augusto, 52- Nion Albemaz, 53 - César Cals Neto, 54 Maz Rosenamann, 55 - Francisco Pinto.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães)Após a verificação de quorum, comparecerammais os Srs.:
Geovah Amarante - PMDB; Marcos Queiroz- PMDB; Valter Pereira - PMDB; Wilma Maia-PDS.
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão.
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
Adhemar de Barros Filho - PDT; AdroaldoStreck- PDT;Aécio Neves - PMDB;AfifDomingos - PL;Afonso Arinos - PFL; Airton Cordeiro- PFL; Albérico Filho - PMDB;Alfredo Campos- PMDB; Aloysio Teixeira - PMDB; Álvaro Pa-checo - PFL;ÁlvaroValle- PL;Antônio Câmara
_ PMDB;Antoniocarlos Mendes Thame - PFL;Antonio Mariz- PMDB;Antonio Perosa - PMDB;Antonio Ueno - PFL; Arnaldo Faria de Sá PMB;Arnaldo Moraes - PMDB;Arolde de Oliveira_ PFL; Benedicto Monteiro - PTB; Benedita daSilva - PT; Bezerra de Melo - PMDB;BocayuvaCunha - PDT; Caio Pompeu - PMDB; CarlosAlberto - PTB; Carlos Chiarelli - PFL; CarlosVinagre - PMDB; Carlos Virgílio - PDS; CésarMaia - PDT; Chagas Neto - PMDB;ChristóvamChiaradia - PFL; Cunha Bueno - PDS; DelfimNetto - PDS; Dionísio Hage - PFL; Divaldo Suruagy - PFL; Djenal Gonçalves - PI-1DB; Edivaldo Motta - PMDB; Edme Tavares - PFL;Egídio Ferreira Lima - PMDB; Enco Pegoraro- PFL; Ézio Ferreira - PFL; Fausto Fernandes- PMDB; Felipe Cheidde - PMDB; FernandoBezerra Coelho - PMDB; Fernando Gasparian-PMDB; Flavio Palmier da Veiga-PMDB; FlávioRocha - PL;França Teixeira - PMDB;FranciscoCoelho - PFL; Francisco Diógenes - PDS; Gastone Righi - PTB; Genésio Bernardino - PMDB;Geraldo Flernmq - PMDB; Gerson Marcondes- PMDB; Gil César - PMDB; GIlson Machado- PFL; Gustavo de Faria - PMDB;Harlan Gade-lha - PMDB; Haroldo Sabóia - PMDB; HélioCosta - PMDB; Henrique Eduardo Alves PMDB; Heráclito Fortes - PMDB; Hilário Braun- PMDB; Iram Saraiva - PMDB; Irma Passoni- PT; Ismael Wanderley - PMDB; Ivo Vander-Iinde-PMDB;Jamil Haddad- PSB;Jessé Freire- PFL, João Carlos Bacelar - PMDB;João Cunha - PMDB; João Herrmann Neto - PMDB;.Joaquírn Francisco - PFL; Joaquim HayckelPMDIB; Joaquim Sucena - PTB;Jorge Bornhausen - PFL; Jorge Leite - PMDB;Jorge Vianna- PMDB; José Camargo - PFL; José CarlosCoutinho - PL; José Carlos Martinez - PMDB;José Carlos Vasconcelos - PMDB; José Dutra- PMDB; José Egreja - PTB; José Freire PMDB;José Geraldo - PMDB;José MaurícioPDT; José Mendonça Bezerra - PFL; José Santana de Vasconcellos - PFL;José Serra - PMDB;José Teixeira - PFL; José Ulísses de Oliveira-PMDB;JovanniMasini-PMDB;Júlio Campos- PFL; Leite Chaves - PMDB; Leur Lomanto- PFL; Louremberg Nunes Rocha - PTB; LúciaBraga - PFL; Lúcia Vânia - PMDB; Luiz Viana- PMDB;Luiz Viana Neto - PMDB;MalulyNeto- PFL; Manoel Ribeiro - PMDB; Manuel Viana- PMDB; Marcelo Cordeiro - PMDB; MarcosLima - PMDB;Mário Bouchardet - PMDB;Mário Lima-PMDB; Maurício Campos-PFL; Mauro Campos - ; Mendes Canale - PMDB;MiltonBarbosa - PDC; Moysés Pimentel- PMDB;Myrian Portella - PDS; Narciso Mendes - PFL; Nelson Aguiar - PDT; Nelson Sabrá - PFL; NestorDuarte - PMDB; Nilso Sguarezi - PMDB; Noelde Carvalho - PDT; Olavo Pires - PMDB;Orlando Pacheco - PFL; Osvaldo Macedo - PMDB;Osvaldo Sobrinho - PTB; Oswaldo Almeida PL; Oswaldo Trevisan - PMDB; Paulo Marques- PFL; Paulo Roberto - PMDB; Paulo RobertoCunha - PDC; Pedro Ceolin - PFL; Percival Muniz - PMDB; Pimenta da Veiga - ; Plínio Martins - PMDB;Raimundo Bezerra - PMDB;RaulFerraz - PMDB;Renato Bernardi - PMDB;Renato Johnsson - PMDB; Ricardo Izar - PFL; Rita
.Furtado - PFL; Roberto Brant - . RobertoCampos - PDS; Roberto D'Ávila- PDT;RobertoJefferson - PTB; Roberto Vital- PMDB;Robson
Junhode 1988 DIÁRIO DAASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTEI
Sábado 18 11437
Marinho - PMDB; Ronaldo Cezar Coelho PMDB; Ruben Figueiró - PMDB; Samir Achôa- PMDB;Santinho Furtado - PMDB;Sérgio Brito - PFL; Sérgio Werneck - PMDB;Severo Gomes - PMDB;Sotero Cunha - PDC;Telmo Kirst- PDS; Theodoro Mendes - PMDB;Vicente Bogo - PMDB;VictorTrovão - PFL; Vieirada Silva
- PDS; Vilson Souza - PMDB; Vmgt Rosado- PMDB;Vinicius Cansanção - PFL; VitorBuaiz- PT; Ziza Valadares -
O SR. PRESIDENTE (Ulysses Guimarães) Encerro a sessão, designando para a próxima segunda-feira, dia 20, às 14:30 horas, a seguinte:
ORDEM DO DIA
Prosseguimento da votação, em primeiro turno,do Ato da Disposições Constitucionais, Gerais eTransitórias.
(Encerra-se a Sessão às 10 horas e 08 minutos.)
pAGI~JA ORIGINAL E~i BRANC,O
MESA
ASSEMBLÉIA NACIONAL'CONSmOlNTE
. ' L6>ERANÇAS'NAASSEMBLÉIA NACIONAL·CONSmOlNÍ'E
~ ~ . . , ~ .
PMDB Valmjr Campelo 'Vicé-Uderes: '
Presidente: Líder: MessiasGôís . Plínio ArrudaSampaio
ULYSSES GUIMARÃES Nt:lson Jobim, Aroldede Oliveii~' José Genoíno '
, ,Vice-Uder no exercíciot:.valdOGonç~ ,
. PL:da-Liderança . 'Uder:',
19-Vice-Presid~nte:..
Simão SesSim Adolfo OlivelÍa .
MAURO:B~~'Vice-Uderes: . . Divaldo Suruagy.
PauloMacarini. . "José Agripino Mala
AntônioBritto Maurício Campos 'PDC
29-Vice-Presidente: ' Gonzaga Patrióta . Paulo Pimentel Líder;'
JORGE ARBAGE "Osmír Líma. José Uns Mauro Borges
Gidel DantasPaes Landim
HenriqueEduardo Alves Vice-Uderes:
19-5ecretário: Ubiratan Aguiar PDS José MariaEymael
MARCELO CORDEIROLíder: Siqueira Campos
Rose de Freitas Amaral NettoJoaci Góes PCdoB
Nestor Duarte Vice-Uderes:
29-Secretário: AntonioMarizLíder:
Victor Faccioni Haroldo UmaMÃRlOMAIA Walmor de Luca CarlosVirgílio
RaulBelémRobertoBrant Vice-Uder:
3°-Secretário: MauroCampos PDT AÍdo Arantes
ARNAlJ)() FARIA DE SÁHélio Manhães
Uder:
Teotonio Vilela FilhoBrandão Monteiro PCB
Aluizio Bezerra Vice-Uderes:LÍder:
NionA1bemazRoberto Freire
1v-Suplente de Secretário: OSvaldo MacedoAmauryMüller Vice-L,íder:
BENEDITA DA SILVA Jovanni MasiniAdhemat de Barros Filho Fernando Santana
NelsonJobimVIValdo Barbosa
Miro TeixeiraJosé Fernandes
2°-Suplente de Secretário: RonaldoCésar CoelhoPSB
LUIZ SOYERPTB Líder;Líder; Ademir~
PFL Gastone RJgblLíder;
39-Suplente de Secretário: José LourençoVice-Uderes:
SOTERO CUNHA PMBVice-Uderes: Sólon Borges dos Reis
Uder:RobertoJeffersonInocênciode Oliveira EliasMurad Ney Maranhão
Fausto RochaRicardoFiuza Pf PTR
GeovaniBorges Uder: Lfder: ,MozariIdo Cavalcanti LuIz inácio Lula da sOva Messias Soares
PDS
Antonlocarlos Konder " J:ubas PesearínhoReis " Jos~'LuizMala'
Da'rcy Pozza Vlrglllo TáVora.Gerson Peres
Luiz Salomão
VIctor Faccioni
Jonas PInheIroJosé LourençoJr.~ .1noco,f<\ozarlldo C4yli\é-rttlValmir CampeloPaesLândlmRIcardoIzarOscar Corrêa
,PA..
BocayuvaCunha
PDT
PDSAdylson "'oltaBonifácio de Andrada
" "Enoc VIeira .', Furtado Leite '
GUson MachadoHugoNapoleão_ .._Jesutlldo CavalcanteJoão MenezesJofran Frejat
L}"".1\neas MacielPDT.
Brandão f4ontelroJosé Mauricio
Francisco RossiGastoneRJghl
PMDB
COMISSÃO DESISTEMATIZAÇÃO
PresIdente:AfOfUJD Arinos- PF1. :-RJ
t 9-VIce-PresIdente:A1ufzlo Campos - PMDB- PB
2<-Vk:e-Presldente:Brandêo Monteiro - PDT- RJ
RellItor:BernardoCabral- PMDB-N-\
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DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL ~CONSTIT(JINTE
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REVISTA DEINFOBMAÇÃO',LEGISLATI:VA N9: :,95'
(julho a. setembro de 1987)
Está circulando o n9 95:da Hevista de' lnforrnação L,egisla~iva, periódico tnmestral de pesquisajurídica editado pela Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal.
Este número, c01'!1 3~Q páginas, ,contém as seguintes matérias:
- Direitos humanos no Brasil ....:- compreensão teórica de sua história recente - José Rei~
naIdo de Lima Lopes_ Proteção internacional dos direitos do ho- .
mem nos sistemas regionais americano e europeu_ uma introdução ao estudo comparado dos direitos protegidos - Clemerson Merlin Cleve, ,
- Teoria do ato de governo -,J. CretellaJúnior
- A Corte Constitucional - Pin~o Ferreira '
- A interpretação eonstitucíona' e o controleda constitucionalidade das leis - Maria HelenaFerreira da Câmara .
- Tendências atuais dos regimes de governo- Raul Machado Horta
_ Do contencioso administrativo e do processo administrativo - no Estado de Direito ......:...A.a. Cotrim Neto
_ Ombudsman - Carlos Alberto Proven-ciano Gallo .
- Liberdade capitalista no Estado de Direito- Ronaldo Poletti
. :-. A'Coristituição do Estado federal e das unidades federadas - Fernanda Dias Menezes deAlmeida
- Á drstribuição dos tributos 'na Federaçãobrasileira - Harry Conrado Schüler
. - A moeda nacional e a Constituinte - Letácio Jansen
- Do. tombamento ~:uma' suqestão à As-· sembléia Nacional Constituinte - Nailê Russoma·· no .
'- Facetas da "Comissão Afonso Arinos" .e eu... - Rosah Russomano
- Mediação e bons ofícios - consideraçõessobre sua natureza e presença na história da América Latina - José·Carlos Brandi Aleixo. .
- Prevenção do dano nuclear -aspectos jurí·dicas .:.- Paulo Affonso Leme Machado
À venda na Subsecretariade Edições TéchlcasSenado Federal, Anexo I,22° andar - Praçados Três Poderes,CEP 70160 - Brasília, DF- Telefone: 211-3578
PREÇO DOEXEMPLAR:Cz$ 150,00
Assinatura para 1988(nOS 97 a 100): CZ$ 600,00
Os pedidos deverão ser acompanhados de cheque nominal à Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal ou de vale postal remetido à Agência ECT Senado Federal - CGA 470775.
Atende-se, também, pelo sistema de reembolso postal.
REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA N9 96
(outubro a dezembro de 1987)
Está circulando o n° 96 da Revista de Informação Legislativa, periódico trimestral depesquisa jurídica editado pela Subsecretaria de Edições Técrucas do Senado Federal.
Este número, com 352 páginas, contém as segumtes matérias:
Os dilemas mstrtucronais no Brasil - Ronaldo PolettiA ordem estatal e legalista. A política como Estado e o
direito como lei - Nelson SaldanhaCompromisso Constituinte -Carlos Roberto Pel/egrinoMas qual Constrturção? - Torquato JardimHermenêutica constitucional - Celso BastosConsiderações sobre os rumos do federalismo nos Esta-
dos Unidos e no Brasil - Fernanda Dias Menezesde Almeida
RUI Barbosa, Coosutumte s-. Rubem Nogueira
Relaciones y conventos de las Provrncras con sus Murucipios. con el Estado Federal y con Estados extranjeros- Jesús Luis Abad Hernando
Constnurção Sintética ou analítica? - Fernando HerrenFernandes Aguillar
Constttuição amencana. moderna aos 200 anos - Ricardo Arnaldo Malheiros Fiuza . ,
A Consntu.ção dos Estados Unidos - Kenneth L. Penegar
A evolução constitucional portuguesa e suas relações coma brasileira - Fernando Whitaker da Cunha
Uma análise sistêrruca do conceito de ordem econômicae social - Diogo de Figueiredo Moreira Neto eNey Prado
A Intervenção do Estado na economia - seu processoe ocorrência mstóncos - A. B. Cotrim Neto
O processo de apuração do abuso do poder econômicona atual legislação do CADE -José Inácio GonzagaFranceschini
Unidade e dualidade da magistratura - Raul MachadoHorta
Judicréno e rrunonas - Geraldo Ataliba
Dívida externa do Brasil e a arqurção de sua mconstrtucionalidade - Nailê Russomano
O Mmisténo Público e a Advocacia de Estado - PintoFerreira
Responsabilidade civil do Estado - Carlos Mário da SilvaVel/oso
Esquemas pnvatfstrcos no direito administrativo - J. Cretel/a Júnior .
A sindicância administrativa e a punição discrphnar - Edrnir Netto de Araújo
A vinculação constitucional, a recombilldade e a acumulação de empregos no Direito do Trabalho - PauloEmílio Ribeiro de Vilhena
Os aspectos juridrcos da Inseminação artificial e a dtsciplmaJurídicados bancos de esperma - Senador NelsonCarneiro
Casamento e família -na futura Constiturçâo brasrleua acontnburção alemã - João Baptista Vil/ela
A evolução social da mulher - Joaquim Lustosa So- brinho
Os seres monstruosos em face do direito romano e doCIVil moderno - Sílvio Meira
Os direitos mteíectuars na Consutuição - Carlos AlbertoBittar
O direito autoral do Ilustrador na literatura Infantll- Hildebrando Pontes Neto
Reflexões sobre os rumos da reforma agrána no Brasil- Luiz Edson Fachin
À venda na Subsecretariade Edições TécnicasSenado Federal,Anexo I. 220 andarPraça dos Três Poderes,CEP 70160 - Brasília, DFTelefones. 211-3578 e
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(nOS 97 a 100).Cz$ 600,00
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